jornal maranduba news #73

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Maranduba, Junho 2015 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 6 - Edição 73 Festa do Remo, Stand Up Paddle e Canoa Caiçara 2015 na Maranduba Foto: Robson Virgilio

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Notícias da Região Sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #73

Maranduba, Junho 2015 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 6 - Edição 73

Festa do Remo, Stand Up Paddle eCanoa Caiçara 2015 na Maranduba

Foto: Robson Virgilio

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Página 2 Jornal MARANDUBA News Junho 2015

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Editor Chefe: Emilio CampiJornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477/SP

Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SPConsultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801

Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961

Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Agradecemos ao público e a todos os colaboradores da or-ganização, em especial os pa-trocinadores do Bazar Benefi-cente realizado pelo Centro de Integração Rural e Sítio do Gengibre, no dia 24 de maio pp. Asteka Hinomoto (Maria

AGRADECIMENTO

COMUNICAÇÃO PMUCerca de 80 atletas da me-

lhor idade representaram a ci-dade em 13 modalidadesUbatuba conquistou a sex-

ta colocação geral entre os 25 municípios participantes do XIX Jogos Regionais do Idoso, que aconteceram no último final de semana em Caraguatatuba. O desempenho da equipe

garantiu um total de 63 pon-tos na classificação geral mas-culino e feminino, apenas três a menos do quinto colocado.Atletas da cidade subiram

mais de dez vezes no pódio, com destaque para competi-dores do tênis, natação, atle-tismo e dança de salão, que conquistaram vagas para re-presentar o município nos Jo-gos Abertos do Idoso. “Tivemos uma boa coloca-

ção, principalmente se levar em conta a estrutura das de-mais cidades participantes, como Jacareí, Caraguatatuba

Ubatuba fica com sexta colocação geral nos Jogos Regionais do Idoso

e Cruzeiro, que tiveram menos pontos que Ubatuba”, avalia Wladimir Rojo Vega, conheci-do como Chileno. “Esse resultado comprova o

esforço e trabalho dos atletas e professores envolvidos na competição, que, mesmo com as nossas limitações e difi-culdades, colocaram Ubatuba entre as melhores equipes da região”, completa.Ainda segundo o coordena-

dor, o trabalho do projeto da Melhor Idade evolui a cada dia, não só na parte de com-

petição, mas principalmente no atendimento social. “Neste ano, praticamente do-

bramos o número de pessoas atendidas por nossas ativida-des de caminhada, alonga-mento e ginástica nos bairros da cidade. O objetivo é que o trabalho continue aumentan-do, inclusive, com um projeto mais planejado para o Jori do ano que vem”, completa Chile-no, ressaltando que o projeto é custeado totalmente pela Pre-feitura Municipal, com apoio do Fundo de Solidariedade.

Paixão e Sr José). Loja Flóri-da Decorações, Gengibre de Ubatuba e Famílias Kamiyama e Giraud.A renda total foi diviida entre

a Igreja Divina Fé em Cristo, Igreja do Pastor Jonatas Sou-za, Casa de Recuperação do

Pastor Luiz e bolsas-escola da Escola do Araribá. Todos os produtos remane-

cescentes foram doados a gru-po sociais assistenciais.Agradeço pela atenção e

muito obrigada. Anne Kamiyama

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Junho 2015 Jornal MARANDUBA News Página 3

Weslley Dantas comanda a festa na etapa de abertura do Ubatuba Pro Surf 2015

COMUNICAÇÃO PMULocal de Itamambuca, Weslley

Dantas derrotou o experiente Hizunome Bettero na bateria de-cisiva e sagrou-se campeão da categoria Masculino Profissional da etapa de abertura do Ubatuba Pro Surf 2015, encerrada no meio da praia Grande no fim da tarde deste domingo.

De quebra, o garoto de apenas 17 anos levou para casa também o troféu de campeão da categoria Junior. Irmão do top do circuito mundial Guigui Dantas e da bi-campeã brasileira, Suelen Naraisa, Weslley exibiu um surf de alta per-formance durante todo o evento.

Mesclando manobras de linha e aéreos muito bem executados, apresentou seu potencial e des-ponta a cada dia como candidato para uma das vagas no WSL dos próximos anos.

“Vencer duas categorias no Ubatuba Pro Surf não é nada fá-cil. O evento é de auto nível e os atletas mandam muito bem. Fico muito feliz em conquistar as duas categorias, troféus que coroam meus treinamentos e meu esfor-ço nos últimos meses. Quero em breve representar Ubatuba e nos-so país ao lado do Filipinho, do Guigui e dos outros atletas brasi-leiros”, disse Dantas.

Na Feminino Profissional, Jés-sica Bianca sagrou-se campeã com uma performance impecável e deixou suas duas adversárias, Suelen Naraisa e Açucena Vaz, em combinação durante boa par-te da bateria.

Atleta da nova geração, Bianca saiu da água com um grande sor-riso no rosto. “Quando comecei a competir, a Suelen era minha principal referência. Sempre quis fazer uma final com ela e vencer. Hoje aconteceu e estou muito fe-liz”, comemora.

Suelen finalizou a primeiro etapa como vice-campeã. Açucena Vaz

Atleta de 17 anos conquistou o título das categorias Profissional e Junior e saiu da praia Grande como principal destaque da primeira etapa do Circuito Municipal de Surf

terminou na terceira colocação. Petit - Na primeira final do dia,

Ryan Miranda, Leonardo Costa, Davi Santos e Gabriel de Souza duelaram pelo caneco. Em seu segundo ano no circuito, Gabriel, 10 anos, exibiu um surf de gente grande, com boas batidas, e ficou com o título. Ryan Miranda termi-nou na segunda colocação.

“A bateria foi difícil, mas deu tudo certo”, comenta o garoto, que saiu do mar nos ombros do pai, Fabio Nunes. “Ano passado eu ainda empurrava ele nas on-das. Treinamos e ele evoluiu mui-to. Ver o Gabriel vencer é muito melhor do que eu ganhar qualquer coisa”, disse Nunes, orgulhoso.

Iniciantes - Na segunda final, os amigos e rivais Diego Aguiar e Daniel Adisaka mandaram ver. Mateus Pires e Kauan Terra corre-ram por fora. Na segunda metade da bateria, Adisaka achou uma boa, cravou uma nota na casa dos 9 pontos e garantiu o título com o high score.

“Demorei para achar aquela onda. Vi o Didi vindo na da frente, esperei a de trás e ela encaixou certinho na bancada”, conta o campeão. Diego finalizou na se-gunda posição.

Feminino Iniciantes - Na decisão da Feminino Iniciantes, Luana So-ares, 10 anos, atleta da escolinha do Camburi não deu chance para as adversárias e sagrou-se cam-peã. “Muito legal competir. Mais le-gal ainda é ganhar”, comentou So-ares. Maria Luiza Pereira finalizou o evento na segunda colocação.

Estreantes - a final da Estrean-tes, Diego Aguiar voltou para a água e de cara já saiu quebrando uma esquerda (8.50 pontos). Ar-tur Barone, Lucas Pereira e Lucio Rosário tiveram que correr atrás do prejuízo, mas Didi achou outra boa vala e colocou a rapaziadinha em combinação durante boa par-te do confronto.

Com ampla vantagem, garantiu mais um caneco para sua pra-teleira. “Achei aquela onda ali, consegui uma boa sequência de manobras e fiz a nota. Venho trei-nando bastante para aprimorar as manobras e está dando resulta-do”, afirmou o campeão.

Lucio Rosário bem que tentou, saiu da combinação, só não en-controu uma segunda onda boa e terminou como vice-campeão.

Long Kahuna - Na categoria dos Legends, Carlinhos Roberto, Ro-gério Alemão, Alfredinho Correa e Arthur Marquezi duelaram onda a onda pelo título. Alemão surfou melhor e acabou com a vitória.

Mirim - A disputa decisiva da categoria Mirim reuniu a nata do surf competitivo para atletas de até 16 anos: Daniel Adisaka, Gui-lherme Villas Boas, Mateus Go-mes e Kalani Joan.

Sem favoritos, o duelo arrancou aplausos do público. No fim, Ma-teus se deu melhor. “Ando trei-nando bastante e estou muito fe-liz com essa conquista. Vou correr atrás do caneco do ano”, promete o campeão.

Sup Wave - Fabio Tavares, Alexandre Miranda, Rodrigo Tre-membé e o jovem Kauan Terra fizeram a final da categoria que estreia no circuito em 2015.

Tremembé achou as melhores ondas e grudado na prancha fa-turou o título. “Foi uma bateria de alto nível, com o Kauan dando trabalho pra gente. Agradeço pri-meiro a Deus pela vitória”, vibrou Tremembé.

Grand Karruna - presidente da Aus, Carlinhos Roberto, voltou para a água para sua segunda fi-nal do dia e dessa vez ficou com o título. Mauricio Eras, Carlos Perei-ra e Augusto Motta completaram a bateria.

Depois de não ter achado as boas na Long Kahuna, Carlinhos novamente apostou na vala à

direita do palanque. “Apostei no meu back side, na vala mais aqui na frente e dessa vez as ondas apareceram”, explicou o presi-dente. Mauricio Eras é o vice--campeão da etapa.

Open 18 UP - Joelson Lima, Mai-col Santos, Cristiano Rosário e Da-niel Araújo fizeram a final da cate-goria Open 18 UP, outra novidade do circuito. Maicol, Joelson e Da-niel duelaram do primeiro ao últi-mo minuto e fizeram a bateria mais acirrada desta primeira etapa.

Maicol garantiu a virada na últi-ma onda, nos últimos segundos, e saiu da água eufórico, direto para os braços dos familiares. “Fui campeão no ano passado nessa categoria. Esse eu não ia correr esse ano, mas recebi incentivo do pessoal da AUS e me inscrevi. O resultado está aí. Semana vem cumpro a burocracia e na próxi-ma vou cair como Profissional”, promete Maicol.

Long Open - Fabio Alves, Ro-drigo Tremembé, Alef Araújo e Augusto Olinto caíram na água para a decisão da Long Open. Mesclando um surf clássico com manobras progressivas, Olinto arrancou aplausos do público e terminou como campeão.

“O Long quase perdeu sua es-sência, que eram as manobras clássicas, de bico. Agora essa es-sência está de volta e para quem gosta é uma carta na manga. Estou muito feliz com a vitória”, vibra Olinto.

Gran Master - Alexandre Moliter-no, Alexandre Miranda, Isaias Sil-va e Cristiano Herbert fizeram a fi-nal da Gran Master. Local da praia Grande, Isaias, que surfa quase todo dia no pico, não deu mole. Logo no começo do confronto encontrou duas ondas boas e co-locou seus adversários em combi-nação, imprimindo um ritmo forte.

Durante a disputa, administrou bem a vantagem, contou com a

falta de sorte dos adversários e levantou o caneco. “Achei aque-las duas boas e fiz uma boa van-tagem. Sei bem como essa onda funciona e isso ajuda bastante”, analisou Silva.

Junior - estaque desta primei-ra etapa, Wesley Dantas correu a final da Junior contra Gustavo Ramos, Felipe do Carmo e Maru-an Farah, três expoentes da nova geração local.

Irmão mais novo do top Guigui Dantas e da bicampeã brasileira Suelen Naraisa, o garoto de 17 anos impressionou o público. Com aéreos irretocáveis e variados, cravou a maior nota do evento depois de destruir uma esquerda e finalizar com uma decolagem. Não satisfeito, fez outro highscore e garantiu o título com ampla van-tagem. Gustavo Santos terminou como vice-campeão.

“Meu surf encaixa nessa vala da praia Grande e com esse tamanho de mar consigo mostrar todo meu potencial. Estou amarradão com a vitória e agora vou com tudo em busca do título da Profissional”, disse Dantas.

A segunda etapa do evento está marcada para acontecer entre os dias 24 e 26 de julho na lendária praia de Itamambuca, costa norte da cidade.

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Página 4 Jornal MARANDUBA News Junho 2015

Comunidade de Nossa Senhora das Graças nas redes sociais

“A história do seu bairro” no evento Escola da Família

No ano do centenário da Apa-rição da Santa na região, foi criado a fiéis, paroquianos, colaboradores e entusiastas da história da comunidade de Nossa Senhora das Divinas Graças o face book NSG da paróquia nas redes sociais. Implantado no dia 3 de abril deste ano, o face já conta com 2058 amigos. A rede social é exclusiva para tratar de assun-tos religiosos da comunidade, mas interage com todo tipo de pessoas. Ainda em fase de construção o paroquiano poderá curtir fotos, verificar o cronograma de atividades, ver algumas imagens de época, palestras e deixar seu comentário. Está em andamento um pro-jeto ao qual contará a história regressa da formação religiosa e cultural da comunidade liga-do ao centenário da aparição. Idealizado pelo paroquiano Rogério Manoel dos Santos, 48 e autorizado pelo pároco padre Daniel Inácio, o face já recebeu inserções de pesso-as que admitem falar muitas besteiras e que por isso, ini-cialmente, resistiram em adi-cionar-se ao grupo.

Pe. Daniel confere o face se-manalmente, todos os domin-gos após a missa ele senta em frente ao computador e junto com o administrador confere os trabalhos. Embora a gran-de maioria de visitantes seja do Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo, o face NSG recebeu recentemen-te gente do mundo inteiro. Uma das solicitações foi de um internauta do Peru para integrar-se a comunidade. A idéia, segundo o idealiza-dor, é atingir um público de qualidade, portanto não há preocupação com o numero de pessoas já que se trata de um serviço de utilidade públi-ca religiosa muito especifico. O visitante também pode in-teragir enviando fotos e da-dos para engrossar a rede. Conheça a sua matriz da história religiosa regional, faça parte dela, acesse visi-te, compartilhe e solicite adi-cionamento ao NSG no face, tem muita coisa interessante lá. Link:h t t p s : / / w w w . f a c e -b o o k . c o m / p r o f i l e .php?id=100009419168863

PEF – Colégio AureaNo último dia 23, manhã de

sábado e dentro da progra-mação da Escola da Família do colégio Áurea Moreira Ra-chou, Sertão da Quina, foi apresentado à comunidade, professores, alunos e convi-dados o projeto que trata do evento sobre “A história do seu bairro”. O evento contou com exposições e vídeo de fotos antigas dos bairros do Sertão da Quina e Maranduba mostrando a história do povo e da região desde quando por aqui chegaram as primeiras câmeras fotográficas.Lúcia Helena, professora do

colégio e moradora do bairro se mostrou orgulhosa ao re-conhecer pessoas, lugares, festas e atividades mostrando os costumes da época, suas roupas e os tipos de moradias, por exemplo. A diversão, o trabalho, as fa-

mílias, os benfeitores do bair-ro e as antigas construções serviram de recordações para professores e funcionários da escola. O professor Yeve aprovei-

tou a oportunidade para falar

da importância da história na vida das pessoas.Também dentro das ativi-

dades uma oficina de teatro com o tema Shakespeare para adolescentes, ministrada pelo professor Décio, aconteceu. Os alunos presentes tiveram a oportunidade de conhecer algumas das obras mais famo-

sas do dramaturgo inglês, sua vida e as características do seu trabalho. A partir dessa aula será montado um grupo de teatro para a escola com o apoio da profª Néia, cujas ofi-cinas acontecerão aos sába-dos das 10h às 13h. Compare-çam a prestigiem o Programa Escola da Familia.

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Junho 2015 Jornal MARANDUBA News Página 5

No último dia 9, a escritora Grazielle Maria, 22, autora da obra e moradora do Araribá em parceria com a educadora artística Ana Luiza, 23, mora-dora do Sertão da Quina, rea-lizaram a tarde de lançamento do livro “Desenhos escritos e poesias pintadas” da Editora Multifoco na renomada livraria Nobel no Itaguá em Ubatuba. O evento contou com a pre-sença de amigos, familiares, ex-professores e amantes da boa literatura. As primeiras edições foram

esgotadas já no dia de lança-mento. De um jeito descon-traído e festivo o evento de lançamento em Ubatuba foi muito rápido para quem levou muito tempo para produzir e desenhar a obra. As duas artistas não escon-

deram a satisfação, alegria e prazer em estar autografando os livros neste primeiro dia. Ana Luiza foi quem deu, em forma de arte e desenho, o acabamento das palavras ave-ludadas da jovem escritora. O trabalho conta ainda com

participação, em uma página do livro, de Leandro Steinhoff, músico e esposo de Grazielle. Ana Luiza conta que “assim

como escrevi na dedicatória que está no livro, ilustrar todo o segundo livro de poesias da Grazielle foi uma experiência muito boa e gratificante. Co-nheço a autora e seu talento desde a infância e para mim foi uma honra ser convidada a criar os desenhos, além se ser, também, a realização de um sonho, o de ilustrar um livro”, comenta a ilustradora. Ana conta ainda que a autora possibilitou a ela total liberda-de para criar as ilustrações, para dar vida e cor aos sen-timentos que aquelas pala-vras pudessem provocar. Para

Livro produzido por jovens caiçaras esgotam no lançamentoisto Ana optou trabalhar com aquarela, aquela técnica que dá a arte a impressão de que os desenhos – seus pigmen-tos - encontram-se suspensos ou dissolvidos em água, que criam uma suavidade angelical e que por conta da suavidade dos tons combinam com a le-veza das poesias de Grazielle. O livro poderá ser adquirido

acessando o link http://edito-ramultifoco.com.br/loja/pro-duct/desenhos-escritos-em--poesias-pintadas que será entregue pela editora em sua casa via correios.

A caminhada A autora conta que seu pri-

meiro contato com a editora foi através de uma matéria na internet. Ela descobriu que a empresa incentivava autores inéditos, mas com trabalho de qualidade. Após pesqui-sas, contato e envio de poe-sias para analise recebeu um email após 30 dias. Com uma resposta positiva - a de que eles pretendiam publicar seu material - começa a correria: elaborar um projeto, indicar público alvo, montar uma si-nopse de uma idéia de juntar poesia e imagens. Após primeiros contatos com

a amiga Ana Luiza - ilustra-dora da capa do primeiro li-vro “Braziluz”- a resposta não foi diferente, foi positiva por parte da artista. “Expliquei a editora que buscava comple-mentar uma arte em outra, e que, ambas dariam significado a cada poesia, sendo que uma sem a outra seria uma obra incompleta para a proposta do trabalho”, reitera a poetisa. Por ser o primeiro trabalho

ilustrado da autora e a primei-ra a ser publicado pela editora foram várias as negociações até a provação final. A escri-tora orgulha-se do resultado,

porque segundo ela, a junção de duas sensibilidades distin-tas criou algo novo, enrique-ceu as duas vertentes artís-ticas, dando uma identidade única ao trabalho.

Agradecimentos“Só tenho a agradecer a

Deus pela oportunidade que recebi em poder me expressar através da literatura. Também a minha amiga Ana Luiza que tão gentilmente transbordou seu talento neste livro, dando mais vida às poesias e com-pletando o trabalho, a Editora Multifoco que incentiva auto-res iniciantes de forma profis-sional e prestativa, e aos ami-gos, família, leitores que dão todo apoio e fazem tudo valer a pena, numa troca carinhosa que nos dá ainda mais vonta-de de seguir em frente. Agradeço também ao Espaço

e ao carinho dispensado por todos os funcionários da livra-

ria Nobel, do Itaguá, foi bom demais!”, finaliza a autora.

ComentárioUma das fãs do trabalho da

escritora e da artista comen-tou a leitura do livro. Segundo a professora Karina Guedes o encantamento pela sintonia entre a autora e a ilustrado-ra foi o que mais chamou sua atenção. “É como se uma tra-duzisse a voz da outra, usan-do duas das mais libertadoras linguagens que o ser humano já criou, a palavra e a ima-gem”, diz a professora. Para ela, entre os pigmentos

e rimas, a suavidade e leveza dos poemas e ilustrações são como suspiros que o pulmão evoca nesse tempo confuso e turvo em que se vive. Diz ainda que a sensação

que envolve o ser humano é a de estar no meio do caos e de repente, ao ver bater de asas de uma borboleta, instantane-

amente se recupera o fôlego e o sentido da vida. Reitera que a naturalidade dos versos de-nuncia o quanto o ser humano torna a vida complexa demais, se distanciando de algo essen-cial e possível: o amor. Karina não economiza elo-

gios e ao final manifesta-se encantada com a parceria que produziu a ela um “colorido todo especial a minha tarde de sábado e fortaleceu uma fé que carrego comigo no fundo da alma”. No decorrer da tarde de lan-

çamento foram vários os elo-gios ao trabalho e alguns se mostraram surpresos com a pouca idade e grande capa-cidade artística das duas per-sonagens que, num mundo vivido a clicks de realidade vir-tual, o trabalho real e físico foi o diferencial pra quem procu-ra sentido à vida terrena.

* * *

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Página 6 Jornal MARANDUBA News Junho 2015

Infância Missionária surpreende com encenação em homenagem ao dia das mães

Jornal Maranduba News

ANUNCIEAQUI

(12) 99714-5678(12) 3832-6688

No último dia 10 de maio, em celebração festiva ao dias das mães, as crianças do grupo Infância Missionária preparam uma celebração es-pecial à importante data da-quele mês. O padre Daniel Inácio foi o

celebrante e endossou a im-portância de Deus e das mães na vida das pessoas e seu papel no mundo. As crianças conseguiram emocionar os adultos varias vezes, a alegria era contagiante, conseguiram também transmitir o recado tão bem estudado durante os dias que antecederem a celebração. Mesmo o padre, acostumado a encenações dentro das missas, se surpre-endeu com a bela e espontâ-nea atuação das crianças. No momento da leitura as

mães acompanhavam seus filhos a todo o momento e quem podia registrar os mo-mentos não perdia a oportu-nidade.

Perdão as mãesEm momento de reflexão o

padre pede perdão por várias situações em que a humani-dade submete suas mães: drogas, bebidas, constran-gimento, separação, brigas, abortos, abandono, entre outras. Também lembrou do sofrimento destas guerreiras em áreas de conflitos e que sofrem com privações, estu-pro, fome e tortura principal-mente. Organizados e atentos as

encenações das crianças fo-ram o ponto alto da celebra-ção. As palavras de Deus nas vozes doces e aveludadas destes pequenos paroquianos se faziam ouvir até no interior dos ouvidos dos mais céticos dos viventes naquela hora. “Mãe é Deus que dá e não

nós que escolhemos”

Vestidos de brancos as crian-ças mostraram maturidade para ler e falar das escrituras divinas e enviar seu recado as famílias, principalmente às mães e aos filhos. Com ar de felicidade e junto com o pa-dre elas desempenharam pa-pel fundamental na transmis-são da mensagem. Em certo momento parecia de fato que os fiéis viam nas crianças da Infância Missionária o padre envolto de pequenos anjos que lá estavam para ajudá-lo neste trabalho dominical. Para a comunidade Padre

Daniel reforça e diz que mãe é a expressão do amor de Deus e como tal deve ser res-peitada, segundo o religioso “em 289 vezes a palavra mãe aparece na bíblia de tão im-portante. Filho nenhum tem o direito de desprezar sua mãe, não importa em quais condi-ções esteja. Ao invés de mal-tratar porque não rezar por ela, seja o que for ela ainda é sua mãe”, reitera Pe. Daniel. Ele aproveitou a oportunida-

de para solicitar às grávidas que ficassem a frente no altar ao seu lado, também agrade-ceu a uma paroquiana que o abriga como mãe neste lugar.

Exemplos para o dia do Juízo Final

O padre fala também da mãe que nunca ofereceu o amor verdadeiro e direto na educação dos filhos, porém por vezes, estes são os me-lhores exemplos de filhos – os que não receberam este amor. Fala dos vários tipos de mães que existem na bí-blia, umas consideradas maus exemplos e outras não. Porém, segundo o religio-

so, as mães que abandona-ram, jogaram seus filhos no lixo, trocaram por drogas, submeterem-nos a castigos

extremos, abortaram terão a chance de, no dia do juízo final, responder a indagação de Deus a seguinte pergunta: “Mãe onde está o seu filho?”. A grande maioria, diz o padre, responderão com alegria. Da bíblia Pe. Daniel mostrou os vários exemplos sobre o ser mãe, que mesmo no céu – aquelas que partiram – não perderam a capacidade de consolar seus filhos na terra, comenta. Um puxão de orelhas tam-

bém foi dado aos maridos que não reconhecem o papel da companheira na educação e na vida dos filhos. Ao final todos assistiram uma encena-ção baseada em fatos cotidia-nos colocando em cheque o papel de mãe e filhos na vida com Deus. Em seguida as crianças, enquanto cantavam sua homenagem as mães, distribuíram rosas em agrade-cimento e lembrança por esta bela manhã.

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Junho 2015 Jornal MARANDUBA News Página 7

Folia do Divino na Caçandoca rememora tempos áureos da cultura regionalEZEQUIEL DOS SANTOS

No último dia 30, sábado o Quilombo Caçandoca estava em festa. A comunidade em parceria com a FUNDART re-alizou a tradicional visita da Folia do Divino na casa dos moradores do território. O evento, que foi considera-

do o mais importante e respei-tado pelas comunidades re-gionais, hoje é uma pequena fração dos tempos áureos da cultura histórica religiosa. Para moradores tradicionais

somente os que respeitam a história, a vida e a luta des-tes povos é que sabe da im-portância da manutenção das tradições.Quem participa geralmente

se emociona, pois sabe do va-lor agregado que isso repre-senta, tanto para moradores

Trazida pela Rainha Isabel de Portugal no séc. XVII, a Fes-ta do Divino Espírito Santo é uma das mais antigas mani-festações religiosas do Brasil. Em Ubatuba, essa manifesta-ção ocorre de Norte a Sul há mais de dois séculos, segundo antigos caiçaras. No passado, até a década de 50, a Festa do Divino Espírito Santo era a mais respeitada e valorizada.As comunidades das praias e sertões se preparavam com antecedência para receber a Folia do Divino, que com seus foliões, visitava a casa dos devotos com suas violas, ra-becas e caixa seguindo a ban-deira sagrada. Nesses últimos 50 anos a Folia do Divino de Ubatuba vem so-frendo muitas alterações devi-do à atuação de vários fatores adversos, mas nunca perdeu a essência da fé e coletividade

de nossa cultura. Atualmente a Folia é composta por pes-soas de várias extremidades do município, como Almada, Ubatumirim, Promirim, Praia Vermelha e Itaguá. Filhos e netos de antigos fo-liões, essas pessoas levam consigo a arte e a cultura de

quanto para turistas que bus-cam os últimos redutos cultu-rais da formação do país. A FUNDART mantém um

respeitável grupo de folia que atende a mais de 100 quilô-metros de costa para atender a necessidade cultural, históri-ca e religiosa da população do município. Moradores ouvidos pelo JMN

contam que era comum as pessoas pararem suas ativi-dades para seguir a folia. Era possível ouvir, nas várzeas do Sertão da Quina, Ingá e Maranduba, o “tropé” do pes-soal e o tambor da folia des-cendo o morro da Caçandoca pela antiga trilha em direção as comunidades, contam os mais antigos. Quem relembra estes tem-

pos costuma se emocionar.

Histórico da Folia do Divino

um povo que resiste a tantas mudanças, a Cultura Caiçara. A peregrinação, que tem o apoio da FundArt, tem início no mês de março e vai até junho. Em Ubatuba, a Festa da Folia do Divino, acontece sempre no mês de julho. Fonte: FUNDART

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Página 8 Jornal MARANDUBA News Junho 2015

Festa do Remo - Stand Up Paddle e Canoa Caiçara 2015 na Maranduba Texto e fotos:

Robson E. VirgilioEm um belíssimo Sábado de

Outono (09/05/15), atletas, patrocinadores, torcedores, amigos e familiares de todo o Brasil estiveram na Praia do Sapé, Maranduba, na costa sul de Ubatuba, para presti-giarem a 1ª Etapa do Circuito Festa do Remo de Stand Up e Canoa Caiçara 2015. Conside-rada uma competição pioneira em águas brasileiras, o evento integra as tradições das ca-noas caiçaras com a atualida-de do SUP (Stand Up Paddle) celebrando a importância do oceano e da manutenção das tradições caiçaras. Estabelece ainda, definitivamente, uma data certa no Calendário Ofi-cial de Eventos de Ubatuba e no coração de todos.O prestígio alcançado de-

vido ao pioneirismo e à qua-lidade desta festa, fez com que atletas de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela, Paraty, Santos, São Vicente, Trindade, Florianópo-lis, e de outras cidades elevas-sem o nível técnico da prova para superarem os desafios de 6 km e 10 km nas categorias do Stand Up Paddle e 1, 2 e 3 Remos da Canoa Caiçara Mas-culino e 2 Remos da Canoa Caiçara Feminino.Para conferir um plus na já

intensa competição, as condi-ções do mar se apresentaram como um desafio a mais, já que as ondas de até 03 pés se fizeram presentes durante todo o dia, contou ainda com um insistente Vento Leste soprando na parte da tarde. Segundo o atleta ubatuben-se Juba de Oliveira “ as con-dições adversas do mar são favoráveis aos competidores de Ubatuba, graças ao nosso enfrentamento habitual dessas

ondas, além de deixar tudo mais bonito”, comenta Juba.Enquanto os remadores luta-

vam na pista líquida, o nume-roso público literalmente fazia a festa nas limpas areias do Sapé se confraternizando com as belezas naturais e usufruin-do da bela estrutura do evento que contou com a arquibanca-da natural da praia e com as dependências do Hotel Porto do Eixo, um dos patrocinado-res. Foram servidos frutas e água para todos o dia todo, além das deliciosas tainhas as-sada, ao final da competição e depois da premiação.Nos dias 19 de Julho, no

Ubatumirim e 06 de Dezem-bro, na Praia do Cruzeiro, ocorrerão a segunda e a ter-ceira etapas do circuito. O Circuito Festa do Remo 2015

é apresentado pela Prefeitura Municipal de Ubatuba, reali-zado pela Comtur, organizado pela Secretaria de Esportes e Lazer,promovido pela Secreta-ria de Turismo,patrocinado por Hotel Porto do Eixo,co-patroci-nado por Federal Art e apoiado por Ubatuba Sup.

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Junho 2015 Jornal MARANDUBA News Página 9

1ª Etapa do Circuito Festa do Remo de Stand Up e Canoa Caiçara 2015

Race Masculino14 Pés –10 km

1° Itamar do Carmo – Trinda-de – Equipe Sup Trindade – 1h.03.48seg2°Juba de Oliveira – Ubatuba – UbatubaSup – 1h.06.47seg3° Ricardo Freitas – Ubatuba – UbatubaSup – 1h.21.02seg4° Rodrigo Cesar – São José dos Campos – 1h.29.04seg5° Maick Walace – Ubatuba – SJC Paddle – 1h.35.07seg

Fun Race Masculino12,2 Pés – 6Km

1° André Paiva Magalhães – Santos – Sup Six – 44.30seg2° Samuel dos Santos – Ilha Bela – DK Sup – 46.15seg3° Ubiratan Mourão – São Se-bastião – 49.19seg

Fun Race Feminino 12,2 Pés – 6Km

1°Iasmin M.N. da Silva – Ilha Bela– Sup Treiner – 50.58seg2°Ana Carolina Lemos – Ubatuba – Sapé Tur – 58.33seg3° Ariany da Silva Nascimento – São Vicente – 59.40seg

Race Masculino 12,6 Pés – 10km

1°Paulo dos Reis – Ilha Bela – 1h2’08seg2° Guilherme dos Reis – Ilha Bela – 1h3’09seg3° Arill Alves dos Santos – Ilha Bela – Paddle Club – 1h4’58seg

Race Feminino 12,6 Pés – 10km

1° Stefani Moraes – Ilha Bela – 1h11’10seg2° Moah Jéssica Matos – São Vicente– 1h14’13seg3° Aline Abad Mota – São Sebastião – Paddle Club – 1h15’30seg

Kids Feminino 2 Km1° Isabely M.N. da Silva – Ilha Bela – DK Sup – 09’27seg2° Iasmin Moraes – Ilha Bela – Dk Sup – 10’57seg3° Amanda Flores – Ilha Bela – Dk Sup – 12’43seg

Kids Masculino 2km1° Flávio Souza – Ilha Bela – Dk Sup – 6’51seg2° Guilherme – Ilha Bela – 7’64seg

Canoa Caiçara – 1 RemoMasculino

1° Nélio Higino – Barra Seca2° Edson dos Santos – Ubatumirim3° Jailson dos Santos – Praia da Justa

Canoa Caiçara – 2 RemosMasculino

1° Nélio Higino/Helbert – Bar-ra Seca2° Edson/Joanilson – Praia da Justa e Ubatumirim3° Donizete/Renato – Fortale-za e Sete Fontes

Canoa Caiçara – 3 RemosMasculino

1° Nélio Higino/Helbert/Nel-son2° Edson/Joanilson/Sergio3° Renato/Lucas/Lu

Canoa Caiçara – 2 RemosFeminino

1° Marta e Bruna2° Luciana e Helena

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Página 10 Jornal MARANDUBA News Junho 2015

PROMATA participa do “Grande Dia Global de Observação de Aves” e conquista pontuação respeitável dentro da atividade mundial

No último dia 9, dentro do Global Big Day, a PROMATA conseguiu atingir o 33º lugar dentre os 14 mil participantes do evento em todo o mundo. Para este evento a associa-

ção do Sertão da Quina con-seguiu em dois dias registrar 209 espécies, o que, dentro do estado de São Paulo, re-presenta 44,01% das espé-cies registradas em todo ter-ritório paulista, colocando-a em 1º colocado no estado, tanto por lista quanto por es-pécie. Os registros da associação

contaram com a participação de Carlos Rizzo, renomado entusiasta da observação de aves no município, esta-do e país. Numa espécie de ranking on line, fora do Big Day, o “Top 100 ebird” indica a PROMATA, até o fechamen-to desta edição, entre os dez mais visitados do mundo. No quesito espécies de aves

figura em 7º colocado e no quesito listas de aves em 10º. Já no ranking Hotspot - áreas que apresentam uma gran-de biodiversidade, mas que se encontra em alto risco de degradação ambiental onde na América do Sul encontra--se cinco pontos, uma delas a Mata Atlântica - a PROMATA ficou na 6ª colocação. As listas contem um registro

que é iniciado por uma letra e uma série de oito núme-

ros, por exemplo, a lista de aves no bairro do Araribá no ebird observadas pela associação esta registrada como S23509568. Uma das imagens mais visitadas foi o registro do Apuim-de-costas--pretas (Touit melanonotus--Brown-backed Parrotlet). O evento não é uma compe-

tição, trata-se de um trabalho de registro voluntário, serve para indicar pontos de ob-servação de aves no mundo, lugares ainda desconhecidos a serem visitado por turistas internacionais e a situação das aves no planeta.Visão globalA real-time, um programa

de lista de verificação on-line, que administra o ebird revo-lucionou a maneira em que os relatórios comunitários de observação de aves são rea-lizados e disponibilizados ao público. Lançado em 2002 pelo reno-

mado Laboratório Cornell de Ornitologia e National Audu-bon Society, o ebird fornece ricas fontes de dados para informações básicas sobre a abundância e distribuição das aves em uma variedade de escalas espaciais e tempo-rais. Seu objetivo é maximizar a utilidade e acessibilidade do grande número de observa-ções de aves realizadas anu-almente por observadores recreativos e profissionais da

observação de aves. Ele apre-senta uma rede de dados em franco crescimento dos recur-sos de informações da biodi-versidade ainda existentes. Um exemplo disso foi o le-

vantamento realizado em março de 2012 onde os par-ticipantes relataram mais de 3,1 milhões de observações

de aves em todo continente norte americano.A América do sul e o resto

do globo pode agora contar com os dados levantados pela associação de base co-munitária PROMATA sobre o Litoral Norte e principalmente Ubatuba. Para os integrantes foi um

Apuim de Costas Pretas - Touit melanonotus - Brown-backed Parrotlet

resultado agradável indican-do que o esforço em destacar nossa região vale a pena. Agradecimentos aos apoia-

dores e aos moradores tra-dicionais que colaboram com as informações específicas que fazem toda diferença no trabalho de base comunitário dentro do planeta.

Gráficos e tabelas mostram as conquistas da PROMATA no Dia Global de Observação

de Aves no eBird

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Junho 2015 Jornal MARANDUBA News Página 11

Felipe Toledo no Circuito Mundial de Surf - Oi Rio Pro

Texto e foto: Robson E. Virgilio

O carismático e revolucioná-rio surfista ubatubense Filipe Toledo não perdeu uma ba-teria sequer em seu caminho para a épica vitória no Oi Rio Pro. Todos os elementos de seu jogo pareciam afinados durante todo o evento - o principal deles, as pranchas sob seus pés.Até mesmo a quebra de seu

equipamento foi impressio-nante. Após aterrissar de um aéreo de 10 pontos na final, Toledo vibrou (trincou) a prancha modelo Santo Toledo e a substituiu pelo modelo OK, sem comprometer a perfor-mance. Apesar da nota máxima logo

no início da bateria, ele man-

teve a estratégia e obteve uma nota 9,87. Isso não foi casual: ao longo dos últimos anos, Marcio Zouvi das afia-das SharpEye Surfboards, tem trabalhado em estreita colaboração com Toledo, de-senvolvendo suas pranchas que levaram o brasileiro à três vitórias nesta temporada.O empenho do pai de Filipe

Toledo, o bicampeão brasilei-ro Ricardo Toledo, tem parti-cipação decisiva nas conquis-tas de seu filho, ajudando com a preparação e acompa-nhando o garoto em todos os eventos.Atualmente, Filipe Toledo

ocupa a 2ª posição no Ranking Mundial da WSL – World Surf League (Liga Mundial de Surf) e segue bem de perto o líder

Adriano de Souza, com pouca diferença de pontos.

EntrevistaWorld Surf League: Parece

que Toledo usou sua prancha mágica na Gold Coast, Austrá-lia?Marcio Zouvi: O modelo OK

que ele usou na final da Oi Rio Pro foi um duplicado daquela da Gold Coast, um “x 18.25” x 2.25 “ round tail 5’9, 24 litros de volume. Ele pintou exa-tamente o mesmo desenho como o da prancha de Sna-pper Rocks, Gold Coast. Acho que foi uma coisa mental.World Surf League: Filipe

quebrou duas pranchas em uma bateria. Quantas pran-chas ele normalmente usa em um ano?Zouvi: No ano passado nós

fizemos um pouco mais de 60 pranchas.World Surf League: Parece

que tentou recuperar suas pranchas quebradas no meio da multidão da praia. Você sabe onde as pranchas acaba-ram?Zouvi: O modelo OK foi rou-

bado na praia e o modelo San-to Toledo foi doado por enga-no. Ouvi dizer que foi vendida no mesmo dia por R$10.World Surf League: Filipe re-

aliza muitas variações quando executa aéreos. O segredo do projeto seriao design da rabe-ta que lhe permite obter esse impulso fora da água?Zouvi: Filipe gera muita ve-

locidade nos bottons turns e carves. Acho que é por isso que ele se lança tão facilmen-

te. Nós temos alguns segredos que eu acho que pode fazer a diferença, mas eu não posso te dizer. Ha, ha.World Surf League: Como

será a mudança de quiver para a próxima etapa do cir-cuito, em Fiji? Que tipos de pranchas ele vai levar?Zouvi: Ele vai levar o modelo

OK 5’10 “a 6’0”, todas as ra-betas round e modelos semi--gun de 6’1 “a 6’8”, todas com rabetasround pin. Todas em fiberglass um pouco mais pe-sadas.Não percam as altíssimas

performances de Filipe Toledo e dos demais brasileiros Top 34 no Samsung Pro Fiji, ao vivo na página da World Surf League, na Internet a partir de 01 de Junho.

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Página 12 Jornal MARANDUBA News Junho 2015

“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 14Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.

EZEQUIEL DOS SANTOS“Revista O Cruzeiro - Edição

39, Rio de Janeiro, sábado, 5 de julho de 1952, ano XXVI”. A alimentação foi um ponto

comum das queixas, diziam os repórteres da época. No presí-dio eram servidos arroz, feijão e carne seca a todos sem dis-tinção. Pela manhã uma “gui-za” quente de café e um pão. Contam que depois de ingeri-rem estes alimentos sem sus-tância saiam para lida, para um regime duro, árduo, espi-nhoso e rude sem um reforço alimentar no meio da manhã para que os corpos moribun-dos dos presos tivessem maior resistência para as atividades que a eles era exigida. Cortar, picar e transportar as

lenhas das árvores da ilha era o único trabalho que poderia se realizado por um grande número de prisioneiros. O local geralmente era íngre-

me, tortuoso que por vezes se fazia instransponível como o Morro do Papagaio de onde os prisioneiros vinham com os lombos cheios de suas toras a serem utilizados nas fornalhas do presídio, esse movimento, segundo os detentos, era em-pregado mais de oitos horas por dia de suor e lágrimas para atingir o objetivo. Descrevem para as autorida-

des que não era verdadeira a fala de que os presos se dedi-cavam a produção de hortali-ças, criação de suínos, bovinos e galináceas publicadas várias vezes em jornais e revistas.

Os sobreviventes, os que mo-raram lá discordam, havia sim algumas produções e havia um mangueirão de criação de ca-bras e bovinos. Ainda, segun-do os sobreviventes, existem as marcas da leiras de hortali-ças distribuídas pela ilha, hoje coberta pela floresta.Os presos afirmaram que

havia uma pequena horta, modesta para deleite da ad-ministração, porcos apenas algumas cabeças ao chefe de disciplina, as galinhas, as poucas que os presos des-crevem são utilizados para alimentação da diretoria. En-quanto isso a barbárie era

publicada e imagens que cau-saram indignação a alguns eram distribuídas aos quatro cantos. Dentro de uma des-tas imagens a descrição fala da recaptura de Geraldo de Oliveira que afirmava a todo o momento de que a fome por ali era tenebrosa. Os repórteres exibiam fotos

que mais pareciam serem vis-tos e navios negreiros, uma delas mostrava um amonto-ado de presos juntos a ca-dáveres dos próprios colegas levados apenas para uma contagem, a notícia diz que os presos pagaram caro o sonho de tentativa de uma liberdade

forçada. Do outro lado da imagem

uma ponta de metralhadora, que estava sob o comando da policia marítima, era exibi-da dando a entender quem é que mandava ali e como eram tratados os evadidos. Noutra página mostra um soldado com varias algemas na mão sorrindo com ar sarcástico. As imagens de um par de mãos decepadas foi a que mais cau-sou revolta entre os civis. Num dado momento, o delegado de Ubatuba na época, Sr. D.T. Guimarães, enviou ao médico legista, Dr. Ary Marques, den-tro de um saco de pano, um par de mãos amputadas e a faca utilizada para a barbárie. A atitude foi considerada um

gesto bárbaro, já que a auto-ridade policial havia realiza-do a amputação apenas para confirmar a identidade do fu-gitivo recapturado em Parati/RJ. A identificação pelo legista foi realizada sob protesto. Os presos eram amarrados nos pés e nas mãos e tratados como feras selvagens, coloca-dos em cubículos a serem en-tregues novamente as mãos da polícia, isso causava pâni-co entre os foragidos, porque a grande maioria não voltava com vida. Quanto a criação de animais

em depoimento dos sobrevi-ventes, o presos dizem que o único animal grande lá exis-tente, de quatro patas era o cavalo do diretor – Capitão Fausto Sadi – recebido no dia seguinte a rebelião cujo nome era Hidalgo em homenagem ao comandante do 5º bata-lhão ao qual Sadi pertencia - Coronel Benedito E. Hidalgo.

Os presos reclamam que o atendimento médico-hospi-talar nem sequer poderia re-ceber o titulo de precário. O hospital era um xadrez sem qualquer proteção, as doen-ças, bem...fica para a próxima edição.

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Junho 2015 Jornal MARANDUBA News Página 13

Promata participa do AVISTAR 2015Entre os dias 15 a 17 de maio

o Instituto Butantã-SP foi pal-co do maior evento de obser-vadores de aves da América Latina - 10º Encontro Brasi-leiro de Observação de Aves – Avistar Brasil 2015 e contou com uma vasta programação incluindo exposições, shows, palestras, oficinas, lançamen-tos de livros, stands de cida-des voltadas a este público, saídas de campos, atividades ao público infantil, homena-gens, concursos, entrega de prêmios entre outras ativida-des. Também com instalações de

auditórios e espaços ao ar li-vre por todo o parque, a fei-ra promoveu quatro mostras, shows, mais de 70 palestras e sessões de autógrafos. A associação PROMATA do

Sertão da Quina participou do evento no dia 16 trocando experiências, fazendo novos amigos, distribuindo convites, realizando novos contatos e de canja cedeu uma entrevis-ta sobre a atividade no litoral norte nos moldes do estilo base comunitária. A Prefeitura de Ubatuba par-

ticipou do evento em parceria com a Prefeitura Municipal de Ilha Bela. Ao canal “clicandoe-andando” Antonio de Oliveira – tio – fala do porque surgiu a PROMATA, do inicio da ob-servação de aves na região do litoral, suas potencialidades,

seus benefícios – tanto am-bientais quanto comunitários, agradece principalmente os moradores tradicionais que socializam com a associação as informações e convida os amantes da atividade a visita-rem a região. A preocupação com a fauna

e flora também foram temas discutidos dentro das ativida-des. O evento ganhou desta-que nacional e internacional e figuraram em várias mídias especializadas e regionais so-bre a importância da atividade e seus trabalhos periféricos. Para Carlos Rizzo, “a mu-

dança para o instituto Butantã faz com que o Avistar inicie um ciclo mais focado no ob-servador de aves. Ficou muito claro que a partir deste ano a observação estará voltada aos iniciantes. Vários secretários de turis-

mo e meio ambiente além de representantes dos países vi-zinhos como Chile, Argentina e Uruguai participam efetiva-mente destes projetos. Ubatuba destaca-se por es-

tar desde 1998 fazendo parte da observação de aves e é re-ferencia como destino e qua-lidade da atividade”, comenta Rizzo. Segundo a prefeitura a parti-

cipação de Ubatuba no even-to permitiu a divulgação de Ubatuba para um público es-pecifico e criterioso, que está

sempre em busca de novos roteiros para observar novas espécies e ampliar seus regis-tros fotográficos. “Por meio da Secretaria

de Turismo a Prefeitura de Ubatuba está investindo na di-vulgação do município, nacio-nalmente e internacionalmen-te, desta forma consegue-se mostrar que Ubatuba é muito mais do que Sol e Praia”, colo-ca João Mauro Carrilo, Secre-tário Adjunto de Turismo.

Acima: Entrevista Tio A direita: Integrantes da

PROMATA divulgando a observação de aves de

base comunitária

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Página 14 Jornal MARANDUBA News Junho 2015

O tamanho da “digeresa”CLAUDIONOR COSTA

Ainda me “alembro” que era de costume as grandes an-danças pelas várzeas, monta-nhas e praias para se chegar a um vilarejo, a alguma outra “préia” (praia), a cidade ou a casa de um compadre ou co-madre para as mais variadas prosas, versos e assunto. “Bão”, mas chegou uma hora

em que os barulhos da cidade grande vinham derrubando as arvores, os ranchos de canoas, as casas a beira da roça, co-mendo as terras pra tampar nossos ria-chos, matando nos-sos bichos, deixando as terras quadradas e retas e abrindo uma “minhocona” (minho-ca grande) pra se an-dar em cima. Era a “tar estrada

de rodage”. Tudo era novidade, aquele monte de aço em cima daque-las rodas carregando de tudo, principalmente o nosso sos-sego, nossa dignidade, nossa paz, nossa fé, nosso conheci-mento, porque as nossas ter-ras “tavam” indo de pouco e pouco parar na mão de quem não carecia (precisava) e ou-tros que ganhavam dinheiro as nossas custas. Mas havia coisas que muito

tempo não se podia contar, eram assuntos que causavam

“imbeja” (inveja) ou “bergo-nha” (vergonha) a algumas pessoas. Acontecimentos que eram trágicos e engraçados. Me “arrecordo” (recordo) ago-ra sim gastei os “estudo”!) de um acontecimento aonde, na época dos caminhões igual a do Pacheco, os pau-de-arara (ônibus), os moradores iam amontoados em meio as gali-nhas, os porcos, os tipitis, os balaios, cumbús, covos, peixe

seco, as fazendas de panos, baús, panelas e todo tipo de quinquilharia. Havia, feito de pau lavrado do mato, rara-mente de tabuas, um banco para as moçoilas, as senhoras sentarem e não ficarem em posição, digamos, “arreganha-da”, “desengonçada”, “desca-belada”, “funhanhada” porque naquela época só existia a saia e nada mais pra segurar a “coisa” por baixo, tanto é que algumas mulheres poderiam

fazer xixi em pé, digamos que elas ficavam com as “partes” tomando vento. Enquanto o tempo estava

bom a “rodage” também tava boa, bastava chover e os bu-racos apareciam, eram só so-lavancos e trancos e nessa era gente pra todo quanto é lado, gente de perna “pra riba” (pra cima), os “pexes” se misturan-do aos porcos, era galinha que saia voando pela caçamba, um

balaio de gato. Mas as donas saiam com compostura, mas nem sempre. “Me alembro” de

uma comadre, numa viagem destas, que num solavanco des-tes pra não cair de uma vez ela deu uma ninja, ou tentou pelo menos. O caminhão passou por um bura-co e jogou todo mun-do pra cima e antes

dela cair virou um “cambóte” (dar uma volta sobre seu eixo) de pernas abertas e rapida-mente segurou a barra da saia e se sentou de “cróqui” (có-coras) no canto do caminhão dizendo: “compadre você viu o tamaaanho da minha digeresa (rapidez)?”. O matuto que viu aquilo di-

reitinho respondeu: “O coma-dre, “bóis me descurpe” mais isso na minha terra tem outro nome!”.

COMUNICAÇÃO PMUA nadadora ubatubense Sa-

brina Jacob Todão, 17 anos, disputou recentemente o Campeonato Brasileiro, o Campeonato Sulamericano Ju-venil de Natação e voltou para casa com nada menos que oito medalhas, sendo quatro de ouro.Filha do vereador Eraldo To-

dão Xibiu, a atleta deu suas primeiras braçadas nas aulas da Piscina Municipal, conta com apoio do SESI e atual-mente faz parte da equipe brasileira juvenil de natação.Sua especialidade são as

provas de velocidade, como os 50 e 100 metros livres. E foi exatamente nessas pro-vas que a jovem competidora se deu bem. “Conquistei uma medalha de ouro no Brasileiro no 4 por 100 livre e outras três medalhas de ouro no Sulame-ricano: 50 livre, 4 por 100 li-vre, 4 por 50 livre-misto”, con-ta orgulhosa.“Também fui bem nos 100

livre, nos 4 por 50 livre e nos

Nadadora ubatubense conquista três medalhas de ouro no Campeonato Sulamericano Juvenil de Natação

4 por 100 medley do Brasilei-ro e acabei com a medalha de prata nessas categorias. Isso sem esquecer os 50 livre do Brasileiro, onde conquistei o bronze”, completa Sabrina. De acordo com a atleta, ape-

sar de existir a possibilidade, a expectativa para participar das Olimpíadas do Brasil em 2016 é pequena. “Disputar as Olimpíadas aqui no Brasil é um sonho, mas está difícil. Agora, para 2020 estou bem animada. Estarei no auge da minha forma como atleta”, ex-plica Jacob. “Ver atletas ubatubenses re-

presentando a cidade dessa forma me enche de orgulho. Não só eu ou o Xibiu ficamos orgulhosos. A cidade toda fica”, diz o prefeito Mauricio. “Estamos na torcida para ver uma ubatubense nas Olimpía-das”, completa o prefeito.Agora, Sabrina segue sua ro-

tina de treinos. “Esse ano ainda tenho o campeonato paulista e o Troféu José Finkel para dis-putar”, finaliza a atleta.

Page 15: Jornal Maranduba News #73

Junho 2015 Jornal MARANDUBA News Página 15

Coluna da

Adelina Fernandes

Crônica do Amor

Guia da Marandubae Região Sul de Ubatuba 2015

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Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes te-riam uma fila de pretendentes batendo a porta.O amor não é chegado a

fazer contas, não obe-dece à razão. O ver-dadeiro amor acontece por empatia, por mag-netismo, por conjunção estelar.Ninguém ama outra

pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.Ama-se pelo cheiro,

pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que pro-voca.Ama-se pelo tom de

voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se re-vela quando menos se espera.Você ama aquela pe-

tulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela dei-xou a seco.Você gosta de rock e ela de

chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?Então, que ela tem um jeito

de sorrir que o deixa imobiliza-do, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar

com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.Você ama aquele cafajeste.

Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos em-

pregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.Quando a mão dele toca na

sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escre-ve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos ir-mãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu va-lor.

É bonita. Seu cabelo nas-ceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.Você tem bom humor, não

pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um cur-rículo desse, criatura, por que está sem um amor?Ah, o amor, essa raposa.

Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim. Amar não requer conheci-

mento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de in-definível.

Honestos existem aos milha-res, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do

jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a manei-ra mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Martha Medeiros

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