jornal maranduba news #15

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Maranduba, 15 de Setembro de 2010 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano I - Edição 15 Irregularidades no IPTU:: Justiça afasta vereador Biguá e MP move ação de improbidade contra prefeito Notícias: Comunidade recupera Capela Pro-Vocações comemora 10 anos International Coastal Cleanup Festa de Nossa Senhora das Graças Modelos infantis da Região Sul desfilam no Vale do Paraíba Festival da Música da Maranduba Turismo: Ponta Aguda: Praia de encantos inesperados Gente da Nossa História: Luiz Henrique de Oliveira: o bom moço Cultura: Gente apaixonada por Ubatuba: A saga Patural Humor: Desopilando o mau humor

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Noticias da Regiao Sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #15

Maranduba, 15 de Setembro de 2010 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano I - Edição 15

Irregularidades no IPTU::

Justiça afasta vereador Biguá eMP move ação de improbidade contra prefeito Notícias:

Comunidade recupera CapelaPro-Vocações comemora 10 anosInternational Coastal CleanupFesta de Nossa Senhora das Graças

Modelos infantis da Região Suldesfilam no Vale do Paraíba

Festival da Música da Maranduba

Turismo:

Ponta Aguda:Praia de encantos inesperados

Gente da Nossa História:

Luiz Henrique de Oliveira: o bom moço

Cultura:

Gente apaixonada por Ubatuba:A saga Patural

Humor:

Desopilando o mau humor

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Página 2 Jornal MARANDUBA News 15 Setembro 2010

Meio ambiente meu ou deles?Desabafo de um “criminoso ambiental” do litoral

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Caixa Postal 1524 - CEP 11675-970Fones: (12) 3843.1262 (12) 9714.5678 / (12) 7813.7563

Nextel ID: 55*96*28016e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: quinzenal

Responsabilidade Editorial:Emilio Campi

Colaboradores:

Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues, Camilo de Lellis Santos, Denis Ronaldo e Fernando Pedreira

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Editorial

É difícil, é estranho, dizer que está tudo bem da forma que foi e está. Se há alguma coisa ainda a ser feita para nos ma-tar de uma vez, então venha! Mais venha também entender o quanto só você pode dar um simples passo de cada vez, as-sim como fizemos para sobrevi-ver até agora.

Pare e pense no amor que resiste dentro de nós e em você. Será que você é capaz de entender toda a poesia que conhecemos da natureza e da produção, poesia esta que tor-na mais valiosa a minha vida, que prova a toda a minha famí-lia que ainda dá para ser feliz.

Perceba que só a natureza pode compreender o meu in-terior, as minhas necessidades físicas, culturais, religiosas e históricas. Sou parte da nature-za, pois sei que foi Deus que a criou para os homens de bem, não aos homens que ganham dinheiro e status em cima de nós. Tudo que é de Deus tem de ser respeitada, só assim en-tenderei que toda esta poesia torna novamente mais valiosa a minha vida, da pra ser feliz apenas continuando minha vida, passando o meu conhe-cimento, as minhas experiên-cias. E amanhã? E hoje? Só vejo drogas, crimes, nenhuma outra opção.

Imaginei a vida inteira mo-rar em um pequeno sítio. Cada

manhã iria sair para uma volta, contemplar o florir das Araçás, o nascer do palmito, a me-xirica temporão, os bichos a nosso alcance. Pronto, demos uma volta em nosso quintal. As observações são frutos de várias experiências minhas e a de meus pais, que infelizmente não posso passar a meus filhos e netos, o que eles serão meu Deus? Infelizmente não sabe-rão o que é o cheiro da terra para plantar o milho, belezas que entram em nossos olhos, lugar que foi feito para morar, lugar considerado nossa casa, nossa cultura, nossa tradição, nosso mundo.

De umas décadas para cá fui perseguido, maltratado. Muda-ram–me de trabalhador para criminoso. Um mal, um pecado que carrego que ainda não sei qual é, mas sou considerado um criminoso ambiental, tira-ram minha luz, peguei um ano de cadeia, minha mãe foi ofen-dida, o artesão preso, o pesca-dor condenado, o índio virou inimigo e o quilombola nada! Mas as pessoas “biodesagra-dáveis” ganharam status em minha desgraça, dinheiro em minha miséria, conhecimentos outros os que não os da rea-lidade, a minha vida não vale mais nada, virei ninguém, mais um. E pensar que este ambien-te eu ajudei a preservar e cons-truir e que os “écochatos” po-

dem usufruir sem punições. Já fui espécie tradicional, depois espécie exótica, depois espécie invasora, agora só falta ser es-pécie erótica, apenas para ver e alguém passar a mão.

A terra virou negócio, pra mim ela é ferramenta deixada por Deus para transformação de minha cultura. A ecologia que eu entendo, como dizem também é minha casa. Somos seres que giramos em torno de nossa casa, se destruímos a natureza, nos destruímos. Sou de uma cultura endêmi-ca (só existe aqui), mas até quando? O elo que existia na transferência de tecnologia e

do etnoconhecimento foi que-brado, é muito difícil resgatar a cultura que criou o país.

Mas chega! Eu cuido dela, ela é parte de mim, ela foi criada para que eu plante e pesque. Não posso comer papel, não sou farinha do mesmo saco, não vou pagar pelos mercan-tilistas, por quem combate a violência e usa de violência conosco. E quem sujar, por fa-vor, limpe. Chega, cansei, va-mos a luta!!!

Ezequiel dos SantosTecnico em Turismo Rural

Educador Popular e Membro do CMMA, MDRP e STTR

Está chegando mais uma eleição. Se fizermos a escolha certa as coisas podem melho-rar para todos. A decisão está na ponta do dedo de cada ci-dadão. Ao votar você passa uma procuração para o candi-dato, se eleito, representá-lo junto as decisões que influen-ciarão no futuro da nação, do estado, e até do município.

Conheça o candidato antes de votar. Verifique seu passa-do, suas ações, seu currículo e principalmente suas intenções. Votar em alguém só porque um amigo ou conhecido vem lhe pedir, sem conhecer o candida-to, é a razão da política estar do jeito que está. O poder econô-mico compra pessoas para pedir votos. Quanto mais poderoso, mais votos consegue comprar. Só que essa compra sai caro. Custa o futuro de nossos filhos, nossos netos e gerações vin-douras. Custa a saúde, a edu-cação, o progresso do país.

Vote consciente. O voto é sua arma. Com o voto você pode mudar o futuro da nação.

Se for votar sem conhecer o candidato só porque um ami-go ou conhecido lhe pediu, pelo menos se divirta assistin-do o horário político. Lá exis-tem opções que poderão ter o mesmo resultado, com a van-tagem de nos fazer rir.

“Pior que está não fica!” afir-ma um candidato disparado nas pesquisas.

Emilio Campi

Page 3: Jornal Maranduba News #15

15 Setembro 2010 Jornal MARANDUBA News Página 3

Irregularidades no IPTU:Justiça afasta vereador Biguá e MP move ação de improbidade contra prefeito

valor desta publicidade: R$ 250,00

SAULO GILA Justiça de Ubatuba deferiu o

pedido de afastamento liminar do vereador Gerson de Oliveira (Bi-guá) da Câmara Municipal, em função de participação direta no caso de irregularidades na co-brança de IPTU em Ubatuba.

Além da liminar, a Justiça ain-da acolheu integralmente a Ação Civil Pública movida pelo Minis-tério Público local, que pede a condenação do Prefeito Eduardo Cesar, do chefe de Gabinete Del-cio José Sato e da Secretária de Fazenda, Vera Lúcia Ramos, por prática de improbidade adminis-trativa, em razão da violação à Lei de Responsabilidade Fiscal e pela omissão, no que toca o início das investigações sobre o sumiço indevido de dívidas de IPTU no município.

Segundo a inicial, o vereador Gerson de Oliveira, valendo-se de sua função pública e de sua gran-de influência política na cidade, te-ria introduzido nos setores de Dí-vida Ativa e de Execução Fiscal da Prefeitura pessoas de sua confian-ça, dentre elas seu filho André Luis Oliveira e José Augusto da Silva.

Por meio deles, e contando com uma suposta falha de segurança no sistema informático de contro-le das dívidas relativas ao IPTU, criou-se um suposto esquema ilí-cito envolvendo negociações de valores devidos aos cofres muni-cipais. Assim, eram dadas quita-ções quanto aos débitos de IPTU, o que seria feito por meio de acor-dos firmados entre os particulares e a Fazenda Municipal, renuncian-do o recolhimento devido.

Para o Ministério Público, há nítida violação dos princípios da publicidade e da moralidade ad-ministrativa, uma vez que quase

todos os acordos de quitação de tributos foram efetivados sem regular procedimento adminis-trativo. Além disso, a promotoria também afirma que há indícios de que o prefeito Eduardo Cesar, o chefe de Gabinete Délcio Sato e a Secretária de Fazenda Vera Lúcia já sabiam desse esquema desde 2005 e foram omissos quanto às denúncias da época.

“Pela prova produzida em sede de inquérito, Eduardo, Délcio e Vera agiram de forma omissa porquanto deixaram de tomar as medidas administrativas ca-bíveis, quer instaurando pro-cedimento administrativo, quer comunicando, à época, à Promo-toria de Justiça, embora os fatos já fossem de seus conhecimen-tos em razão de informações encaminhadas por terceiros para eventual medida em conjunto”.

Nos autos da Ação, o MP pros-segue: “Revela destacar que o Município de Ubatuba instaurou processo com vistas à elucidação dos fatos apontados somente após o deferimento das ordens de busca e apreensão decorren-tes da Ação preparatória, o que demonstra a conduta omissiva pelas autoridades até então”.

Sobre a participação efetiva no desvio de verbas, o Ministé-rio Público relata que, pela prova documental e testemunhal, “o esquema existente no setor da dívida ativa e da execução fiscal do Município foi organizado para beneficiar o vereador Gerson de Oliveira e o grupo de servidores introduzido na prefeitura, in-cluindo seu filho André, qual tra-balhou no setor de dívida ativa”.

O juíz João Mário Estevam da Silva acatou o pedido de afasta-mento do vereador Gerson de

Oliveira e do funcionário da prefeitura José Augusto da Silva e ainda justificou o defe-rimento da liminar:

“...Os afastamentos pre-tendidos justificam-se não só pela gravidade dos eventos, mas também pelo fato de que, enquanto no exercício dos car-gos, o suposto esquema conti-nuou ocorrendo. O justo receio ainda encontra base na acusa-ção de que o requerido Gerson de Oliveira muitas vezes teria comparecido pessoalmente no setor investigado da prefeitu-ra, onde supostamente solici-tava os parcelamentos de dé-bitos referentes a terceiros...”

De acordo com a Ação mo-vida pela promotoria, somen-te nos casos denunciados, que relataram alguns acordos ilícitos firmados entre 2008 e 2010, o total da receita renun-ciada foi de quase R$ 150 mil.

Na decisão expedida ontem pela Justiça, o MP ainda teve deferido os pedidos de que-bra de sigilo bancário e fiscal dos requeridos (Gerson de Oliveira, Andre Luis de Cabral Oliveira, José Augusto da Sil-va, Eduardo de Souza Cesar, Delcio José Sato, e Vera Lucia Ramos, bem como seus res-pectivos cônjuges e filhos). Além disso, os autos foram enviados à Polícia Judiciária para instauração de inquérito policial para apuração de cri-mes de quadrilha, lavagem de dinheiro, e corrupção ativa/passiva.

Os requeridos nos autos te-rão o prazo de 15 dias para oferecerem manifestação por escrito sobre o caso.

Fonte: Imprensa Livre

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Página 4 Jornal MARANDUBA News 15 Setembro 2010

MARLENE AMORIMNo último dia 29, cerca de

1.500 pessoas estiveram no Centro Esportivo Ubaldo Gon-çalves em Caraguatatuba, onde aconteceu o Pro-Vocações 2010, que neste ano além das atividades normais do encontro comemorou sua primeira dé-cada de existência. O evento consiste em reunir famílias e a juventude na busca do desper-tar para as vocações, que po-dem ser leigas ou ministeriais, focadas na responsabilidade e na formação vocacional religio-sa. O município de Ubatuba foi representado pela comunidade Nossa Senhora das Graças com a participação de 40 integran-tes, sendo 30 jovens participan-do através da música.

Além das atividades religio-sas, como a acolhida e a mis-sa presidida por Dom Altieri, o evento preparou atividades culturais, esportivas, musicais, danças e gincanas. A mais im-portante foi à gincana de ar-recadação de livros. Foram ar-recadados mais de 4 mil livros religiosos que foram destinados a montagem da biblioteca do Centro de Detenção Provisória–CPD de Caraguatatuba. A cam-panha de arrecadação de livros foi considerada um sucesso, já que os primeiros colocados fo-

ram a equipe da catedral, que conseguiu mais de mil livros, a Paróquia Nossa Senhora das Graças conseguiu mais de 600 exemplares.

No festival de musica a Pa-róquia de Ubatuba foi a vence-dora com a música “Encontrar Jesus”, interpretada pelo gru-po de jovens Filhos da Luz. Na música Ilhabela ficou com a se-gunda colocação, também abri-lhantando o evento. No esporte os padres venceram os semi-naristas no futebol. Os padres, verdadeiros atletas esbanjaram preparo físico e técnica dentro das quatro linhas. Destaque para os padres Marcos (artilhei-ro), Alessandro (o mais dispos-to) e padres Antonio e Ernesto os mais preparados fisicamen-te. Todos os atletas das diver-sas modalidades receberam suas medalhas. Destaque ainda para a equipe de São Sebas-tião, que esbanjou maestria na apresentação do espetáculo de dança que representou a união de todos os povos. Agradeci-mentos a todos, especialmente a Dom Altieri que cumpre seu papel de Pai quando trata de cuidar de seus filhos queridos e aos padres, que aceitaram o desafio de trazer Jesus vivo no mundo de hoje. Agora é espe-rar para o próximo ano.

Pro-Vocações comemora 10 anosde atividades vocacionais no litoral

EZEQUIEL DOS SANTOSA comunidade da Maranduba

se reuniu na última semana de agosto e a primeira de se-tembro para a realização de mutirão de limpeza, manuten-ção e recuperação da Capela da Maranduba. Houve colabo-ração de comerciantes, mora-dores e visitantes na recupe-ração da capela.Por ser um espaço pequeno,

pela construção de um espa-ço maior (Matriz), houve o aumento do desuso, que che-gou a causar o abandono da capela, que influenciou ainda na especulação sobre a venda do local, não confirmada pelos organizadores do mutirão. Embora trata-se de um lo-

cal pequeno, a comunidade sabe da importância deste patrimônio na formação histó-rica e religiosa da população, a capela ainda guarda muitos segredos e histórias sobre sua vida e construção e tem gran-de valor sentimental aos paro-

quianos. Após conversas com o Padre Inocêncio Xavier foi autorizado o mutirão. A 1ª capela da Maranduba

era um salão até grande con-feccionada de pau-a-pique. Ela foi erguida no Largo do Sapé por volta de 1950, a sua frente havia um pé de Guapé-va. Erguida e acabada tudo através de mutirão. Esta pri-meira foi derrubada por João Pimenta para ser erguido uma outra, depois de vários pro-blemas sobre o novo local, foi resolvido erguer onde se en-contra. Claro que depois de muitas quermesses coordena-das por Maria Balio e trabalha-das por toda a comunidade. A construção da segunda capela teve seu terreno foi doado por João Samuel e foi realizada em dois estágios. O primeiro estagio teve seu forro realiza-do por Mario Fava que mon-tou uma estrela no centro do forro. Como estava ficando pequena ela foi ampliada, já o

segundo estagio é basicamen-te o complemento de onde termina o altar e começa o salão que dá acesso a Rua do Eixo. Por um tempo a porta da frente da capela ficou fechada, sendo utilizada uma na lateral. De uma forma empreende-

dora e descontraída as equi-pes foram divididas entre, co-zinha: Rosangela, Vera, Dita, Sena, Balbina, Rose, Chica, Dalva, D. Emilia, Cida, Dedé, Tatiana, Clarice, Regina e Lala. Já a pintura, limpeza e manutenção ficou por conta de Aldo, Fabinho, Guilherme, Piri, Camarão, Zé Roberto, Joao Vitor, Levi, Levizinho, Dito Felix, Sr. Pedro, Tonhão, Alfredo, Ari, Marcos Nié, Davi, Ivan, Claudia, Patrícia, Cacau, Gilson, Elizeu, Edson Cama-rão, Julia, Giovana, Gabriel, Rafaela, Tidinho, Humberto. Doações para cozinha a car-go de Penha, Berenice, Lucia, Luiz Carlos, Solange, Vera, Sena, Chica, Lídia, Cida Balio, Zélia, Rosangela, Angelim, Ju-lia, Pedro Fofoca, D. Regina, Maria Dinei, Rose, Lídia da Ração, Marcelo, Dalva, Tatia-na, D. Emilia, Balbina, Dita, Terezinha, Carlota, Terezinha Branca, Fátima do Beija-flor, Vitória, Maria Cruz, Lala, Lídia Diomar.A doação de mate-rial foi através de Seu Pedro, Giovana, Paulo, André, Sena, Telma, Wagner, Seu Silvio, As-tério, Edmilson, Hidrel, Rogé-rio Frediani, Claudinei, Manoel Cabral, Zélia, Edílson, Cacau, Francisco, Néco, Zé Euclides, Clemente, Sr. Camilo. Os organizadores agradecem

a participação de todos e se desculpa se esqueceu de men-cionar o nome de alguém. Vale lembrar que o almoço coletivo estava maravilhoso e que a sobremesa foi literalmente ti-rada no pé, de jabuticaba.

Comunidade recupera Capela da Maranduba

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15 Setembro 2010 Jornal MARANDUBA News Página 5

International Coastal Cleanup25/09 - Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias

ROBSON ENES VIRGILIOA AMMA – Associação dos

Moradores de Maranduba e Amigos - em parceria com as Secretarias Municipais de Meio-Ambiente, Turismo e de Obras, Ocean Conservancy, Boraposurf, ASSU, Agenda 21, APA-Marinha,, Instituto Ar-gonauta, Instituto Bicho-Pre-guiça, Aquário de Ubatuba, CREA-Ubatuba, Associação das Marinas de Ubatuba, SAI--Sociedade Amigos da Ita-mambuca, Colégio Objetivo e tantos outros voluntários, re-alizará o Dia Mundial de Lim-peza de Rios e Praias 2010, na Maranduba, em 25 de Se-tembro próximo, a partir das 9 horas.

Esse evento completa 25 anos de luta por um melhor ambiente e a AMMA, junta-mente com a Ocean Conser-vancy, ong norte-americana que atua na preservação dos recursos hídricos do planeta, comemorará este aniversário

de uma maneira que não po-deria ser diferente: mutirão de voluntários para limpar entor-nos de rios e praias no Distrito de Maranduba. O lixo coletado será catalogado, registrado e os relatórios serão fornecidos a Ocean Conservancy, através da ASSU – Ubatuba, para for-mação de dados estatísticos necessários, para possibilitar ações posteriores da maneira mais adequada para a realida-de local, posteriormente será destinado ao depósito de lixo por um caminhão da Secreta-ria Municipal de Obras.

Quem quiser participar dessa festa em nome de um melhor ambiente, basta procurar um sócio da AMMA ([email protected]) e se inscrever como voluntário até o dia 21 de Setembro de 2010 ou atra-vés da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. No dia 25, o ponto de encontro dos volun-tários será a Praça de Eventos – Praia Maranduba.

WAGNER JOSÉNo último dia 8, a tradicio-

nal missa de encerramento foi marcada por fortes emoções. A chuva constante não atra-palhou o andamento das ati-vidades festivas e religiosas. Segundo os organizadores do evento mais de sete mil pes-soas participaram de toda a programação. Foram dez dias de atividades, que no passado chegava há quase um mês, e toda a comunidade abrigava os peregrinos oferecendo pouso e comida.

A missa do dia 8 foi presi-dida pelo Padre Alessandro, Vigário Geral da Diocese de Caraguatatuba. Este ano o encerramento contou com a participação de Gabriel Chalita, ex-secretário estadual de edu-cação. A programação dos dez dias contou com a presença de Dom Altieri, os padres Rafael, Mauro, Sérgio, Douglas, Ernes-to, Carlos e Xavier.

Os organizadores da festa la-mentaram o mau tempo, pois previam um maior número de pessoas. Mesmo com as chu-vas houve um maior número de participantes. Muitos fiéis se emocionaram por conta da

Fortes emoções na missa de encerramento da Festa de Nossa Senhora das Graças

lembrança e da luta das me-ninas para sobreviver às hu-milhações e chacotas a elas dirigidas na época e que até a atualidade as famílias ainda são alvos de questionamentos. Por décadas muitos buscaram a materialização de algo so-brenatural e não entenderam o mistério da fé que a elas fora confiado.

As palavras de Padre Alessan-dro, responsável pela retomada desta antiga manifestação his-tórica e religiosa, deram real sentido a continuidade desta

identidade religiosa. Explicou do solo santo e da motivação que levou as meninas a presen-ciarem o fato. Também teceu detalhes da verdadeira história e o sentido de toda esta mani-festação que não é vazia.

Quem sabia um pouco do relato da aparição em 1915 fi-cou sabendo mais detalhes do acontecimento. Agora é aguar-dar o próximo ano e você está convidado desde já a participar e colaborar deste grande even-to e manifestação de fé do pró-ximo ano.

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Página 6 Jornal MARANDUBA News 15 Setembro 2010

Modelos infantis da Região Sul desfilamno Shopping Jacareí no Vale do Paraíba

No último sábado, 15 alunos da escola estadual Áurea Mo-reira Rachou participaram da 2ª fase da 6ª OBMEP ( Olimpí-adas Brasileira de Matemática de Escolas Públicas) realizada no Capitão Deolindo no centro da cidade. O professor de ma-temática, José Lourenço, foi o responsável pela turma que participou desta fase.

Alunos do Áurea participam da 2ª Olimpíada Nacional de Matemática

No ultimo dia 22 de agos-to, quatro crianças da região sul de Ubatuba participaram de um desfile realizado no Shopping Jacareí, Vale do Paraíba. O evento que contou com três mil pessoas foi reali-zada pela equipe da Agencia Márcia Figueiredo. Sucesso de público e crítica o

desfile contou com mostra de modelos da grande São Pau-lo, Vale e Litoral Norte, muito bem representados pelas mo-delos Maria Clara Montemor da Silva, 4, Ana Carolina Du-tra, 4, Amanda de Fátima, 4 e Kelia Santos, 10. Participaram do evento espe-

cialistas e olheiros de book in-ternacional, representantes de agencias publicitárias e con-sultores de moda. Com a mos-tra do estilo primavera-verão e reciclagem, o desfile causou entusiasmo aos convidados. No evento não foi difícil ou-

vir os gritos ou palavras de estímulos e orgulho dos fami-liares. Os pais e avós corujas eram os mais entusiasmados. Outras crianças da região es-tão na equipe da agencia e neste evento não participa-ram. Alguns modelos já fize-ram comercial de tv. Vale a torcida para as nossas

belas representantes. Maria Clara, do Sertão da Quina, desfila no Vale do Paraíba

Segundo ele a participação dos alunos é muito importan-te, que chegar até esta fase os tornam vencedores. “É bom que ganhem experiência e vão se preparando para as provas que enfrentarão em suas vi-das”, comenta José Lourenço.

Os pais que acompanharam, mesmo na torcida em casa, se mostraram orgulhosos pela

participação dos filhos nesta fase da olimpíada nacional.

Os alunos concorreram a medalhas de ouro, prata e bronze, além de bolsa de ini-ciação cientifica Jr. Do CNPq e certificado de Menção Hon-rosa. A experiência e o certi-ficado de participação depen-dendo da pontuação poderão ainda ser usados no ingresso

do ensino superior.Os alunos que participaram

da 2ª fase foram: Érica de Pau-la Prado, Rodolpho Del Frari Fontes Trigo, Gabriela Alves Fernandes dos Santos, Pedro Gabriel de Almeida, Ana Flávia de Carvalho Amorim, Bruno Antoniazzi Colber Lima Moura, Matheus Nicolau da Silva, Jean Lucas da Silva, Amanda Carva-

lho Silva, Marcus Vinicius Ro-drigues Carneiro, Larissa Lima Plácido dos Santos, Anderson Soares de Souza, Guilherme Prado dos Santos, Renata Car-doso Mendes, Gilberto Jesuíno de Oliveira.

Os que passaram para a ou-tra fase da olimpíada já mere-cem medalhas. A estes alunos uma boa sorte.

AMILTON SOUZA No último dia 28 de agosto,

no Anchieta Café, centro de Ubatuba, foi realizada a grande final do “II 1° Festival da Músi-ca Própria da Maranduba”, que contou com 8 finalistas. Dois de-les desistiram tamanha o alto ní-vel que eles sabiam que iam en-contrar. Como não podia deixar de ser, a Casa contou com sua capacidade máxima devido ao festival, cerca de 480 pagantes e 114 convidados, fora aqueles que queriam entrar e não po-diam. Apesar de tudo, tivemos os seguintes vencedores:

1° lugar: Beto, Fubá e Batata Misha com a música Olhe Pra Si.

Prêmio: R$ 500,00.2°lugar: Nilo Mariano com a

música Liberdade Vigiada 2.Prêmio: 1 Microfone Le Son

SM58 Cedido pela Gê Musical.

Festival da Música Própria da Maranduba – Finais

3°lugar: Bárbara Pop Porn com a música The Book is on the table.

Prêmio: 3 horas de gravação no Estúdio e Escola de Música E Bra-sil em Caraguatatuba.

Foi uma confraternização entre os músicos que sofrem por não terem nenhum tipo de incentivo por parte das autoridades. Gos-taria de agradecer a pedido dos organizadores todos os que con-tribuíram de alguma maneira para realização deste evento, vou citar 10% das pessoas: Carlinhos Ga-rapa, Everaldo e Carú (sua esposa e fotógrafa do evento), Bartou e Mityo, Hirão Filmagens, Vaguinho Lan e Tequila, Fubá gravações Pro-tools, Tobias Bicicletaria, Car-rinho de Mão do Marcão, Maestro Dilsinho, Jornal Maranduba News e Hércules Bingo e Cia. Gostaria de citar todos aqui, mas por falta de espaço não será possível.

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15 Setembro 2010 Jornal MARANDUBA News Página 7

EZEQUIEL DOS SANTOSA missionária francesa Clau-

die Perreau realizou entre os dias 24 de fevereiro a 15 de maio de 1966 o primeiro censo de que se tem noticia na região sul de Ubatuba. Os dados co-lhidos por Claudie têm grande importância histórica e social em relação a população que vi-viam por estas bandas. Muitos moradores visitados na época ainda estão vivos e lembram da visita da moça que fala-va pouco o português. O real objetivo da estadia de Claudie e da coleta de dados foi para ajudar “uma jovem do lugar” (Izabel Félix dos Santos) a con-cretizar a aprendizagem que recebeu da ALA (Assistência ao Litoral Anchieta), eram os primeiros feitos de Izabel, que com a ajuda da francesa, atu-ava como enfermeira. Com os dados pôde também organizar um posto de saúde na casa construída anteriormente com a ajuda das Irmãs, que servia como Centro Social, que além de posto de saúde, promovia outras atividades com reuniões, recebimento de autoridades e religiosos. Com uma meto-dologia mais simples e sem a “maquininha” usada atualmen-te ela percorreu todos os rin-cões, onde era apontado que tinha algum morador, ia ela sa-ber quem era. Muitas de suas fotos têm salvado moradores tradicionais, principalmente na questão ambiental, tem ainda fortalecido o ela entre as famí-lias, pois existem fotos únicas de personagens tiradas por ela, algumas utilizadas pelo Maranduba News. Ela destaca ainda a importância da nature-za para o antigo e o atual mo-rador (“Fique em contato com a natureza, e você estará em contato com Deus”- Claudie), a mistura do morador com a

Missionária francesa realiza 1º Censo no Sertão da Quina em 1966

floresta é fundamental para di-fusão e perpetuação da cultura caiçara. No documento ela des-creve que o Sertão da Quina é um lugarejo perdido no meio de bananais e está situado a apro-ximadamente 4 km da estrada litorânea entre Caraguatatuba e Ubatuba. A via de acesso ao local é um caminho de terra quase impraticável em dias de chuva, em razão do riacho que transborda e fecha o caminho.

A capela, a escola, o posto médico e sete casas formam o centro do vilarejo, as outras estão espalhadas na roça e no mato. Elas se localizam sempre perto de um rio (riacho), pois não há água canalizada nem tampouco luz elétrica.

O lugar é maravilhoso, uma vegetação surpreendente, mas infelizmente aí se encontra a miséria (pobreza) da vida primi-tiva (a falta de infra-estrutura da vida primitiva), um povo que sofre em silêncio, mas que está tão perto de Deus. Destaque mesmo ficou por conta do pri-meiro posto de saúde, que foi inaugurada com a presença das mais importantes autoridades da época. Os dados acima são copias fiéis colhidos por Claudie Perreau em 1966

Recenseamento:92 casas, sendo: 88 de pau-a-piqueTotal de 512 pessoas, sendo:• 31 de 0 a 2 anos;• 87 de 2 a 7 anos;• 135 de 7 a 14 anos;• 127 mulheres;• 132 homens.

Alfabetização:• 98 crianças a partir de 7 anos (este ano 3 classes) vão à escola;• 30 já concluíram o 4º ano (fim do primário);• 118 analfabetos;A escola existe a cerca de 10 anos. Salário: Cr$ 50.000,00 por mês, por trabalhador. A retirada média por família dependendo do número de trabalhadores na família: Cr$ 73.000,00. N.B. Isto é possível quando o tempo está bom e quando não há doenças.

Profissões encontradas:• Saúde (combate aos insetos)... quatro• Funcionários municipais... quatro• Todos os demais trabalhadores são lavradores (trabalho nas plantações).

Religião:A população é 100% católica. O vigário de Ubatuba, Frei Vitório, vem aproximadamente a cada dois meses para celebrar a missa e fazer confissões. Não há presença efetiva na Capela. O povo é muito devoto e se reúne todas as noites na Capela para uma prece comunitária, (há necessidade de uma pequena renovação litúrgica).Diferentes movimentos:• Cruzada Eucarística• Filhas de Maria: 28 membros• Congregação Mariana (masculina): 60 membros• Apostolado do Sagrado Coração• Confraria de São Francisco de Assis• Confraria de São JoséConferência de São Vicente de Paulo: Dois ramos: N.S. de Fátima e São Francisco de Paulo.

Catequese:O catecismo é ensinado às crianças por Isabel e dois rapazes do lugar, aos domingos pela manhã.Culto: Todos os domingos à noite, têm lugar um culto dirigido por um rapaz que vai prepará-lo no sábado com a Irmã Hercília na A.L.A. de Ubatuba. Batismo, Primeiras Comunhões, Crisma, Casamentos são celebrados no lugar.

Higiene:Seis casas possuem filtros de água. Nas outras casas bebe-se água diretamente do riacho. Um outro riacho serve para lavar a roupa, os legumes e para o banho.Quinze casas possuem uma fossa.Para as outras, os banheiros encontram-se... atrás das bananeiras.Uma campanha para utilização de filtros e de fossas está organizada pela A.L.A., mas caminha vagarosamente devido à falta de recursos financeiros para a compra do material.

Claudie segura a pequenaRosana Aparecida em

frente a casa da farinha no Sertão da Quina

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1º) Procure conhecer o passa-do, as ideias e valores do can-didato ou candidata. Se ele já se envolveu em escândalos de corrupção, comprou votos, foi cassado pela Justiça, renunciou a mandatos para escapar de punições ou se aliou a grupos envolvidos com essas práticas: simplesmente não vote nele(a)!2º) Não basta que os candi-

datos tenham a “ficha limpa”. É preciso conhecer as intenções e propósitos de cada candidata/o: quem financia a sua campanha? Quem ele realmente vai repre-sentar? Procure se informar. Exija dela/e uma vida honrada, do mesmo jeito com que você procura conduzir a sua vida;3º) Conheça mais sobre a lei

eleitoral: participe de palestras, reuniões e debates. Sua vida em comunidade exige que você esteja mais informado sobre as-suntos tão importantes.4º) Procure saber quem são

os políticos locais que apóiam os candidatos, veja se os mes-mos fizeram alguma coisa de concreto por Ubatuba. Verifique a forma em que os apoiadores trabalham. Pesquise o passado destes apoiadores e dos can-didatos a serem votados. Peça para os eleitores visitarem os si-tes oficiais que fornecem os da-dos e a condição de cada políti-co. Se houver qualquer processo sobre o candidato desista. 5º) Denuncie a compra de vo-

tos: quando uma pessoa aceita um benefício em troca do seu voto se condena a viver sem emprego, educação, segurança pública. Assim, o remédio hoje recebido em troca do voto po-derá mais tarde custar a falta do hospital que salvaria a sua vida ou a de seu filho.6º) Denuncie o desvio de re-

cursos públicos para fins elei-

Dez Mandamentos do Voto Conscientetorais. É muito grave que um candidato se utilize de bens e serviços públicos para ganhar as eleições.7º) Tire fotos, grave ou filme

se notar qualquer sinal de com-pra de voto ou de apoio eleitoral, utilizando o mal uso do dinheiro público, pois ajuda a comprovar a irregularidade na denúncia ao Juiz Eleitoral, ao Ministério Pú-blico ou até mesmo à Polícia.8º) Não vote em pessoas que

mudam de partido, como “quem muda de roupa”. Ao votar no candidato, não estamos votando só na pessoa, mas no partido, ajudando a eleger outros candi-datos do mesmo partido ou co-ligação: por isso saiba quem são os outros candidatos da legenda.9º) Procure saber se o can-

didato tem compromisso com a defesa da vida em todas as suas fases, bem como com a realização da Reforma Política, Reforma Agrária e com Direi-tos Sociais fundamentais: como criação de emprego e geração de renda, melhoria da saúde e da educação, defesa do meio ambiente e da Cultura da Paz. Cobre esse compromisso.10º) Pense bem antes de vo-

tar, escolhendo pessoas que se prepararam para administrar (Presidente e Governador) ou fazer leis (deputado federal e estadual e para o senado) em benefício de toda a sociedade, nunca em proveito pessoal. Não deixe para a última hora a esco-lha dos candidatos a deputado e senador. Depois da eleição, acompanhe o trabalho dos elei-tos. Comissão Dominicana de Jus-

tiça e Paz do Brasil e Comissão Brasileira Justiça e Paz, organis-mo da CNBBVeja www.cbjp.org.brwww.fichalimpa.org.br

MARCOS GUERRAUbatuba vive um de seus

mais importantes momentos. Finalmente conseguimos reu-nir ao mesmo tempo fatores imprescindíveis para a viabili-zação de uma mudança rápi-da e profunda. Temos cons-ciência de nossos problemas, sabemos que estamos no fundo do poço, começamos a perder o medo de falar, reco-nhecemos nossas omissões, confiamos em nosso poder de alterar a realidade e principal-mente conseguimos aparecer na mídia nacional.

Verdades não contadas ou simplesmente escondidas são, na realidade, a chama que alimenta a impunidade e sus-tenta ímprobos. Enfrentar de peito aberto pessoas ou situa-ções é o melhor remédio para solucionar o problema e prin-cipalmente para perceber que gigantes quando vistos de per-to são anões. Durante muitos anos a população de Ubatuba permitiu que supostos coronéis fizessem o que bem entendes-sem. A omissão de muitos fez com que poucos assumissem o poder. Hoje finalmente através da internet e agora até mesmo pelas emissoras de televisão a sujeira veio à tona. Ubatuba está na mídia pelas razões er-radas mas o mais importante é que temos a visibilidade há muito desejada.

O renascimento de Ubatuba

Estamos muito perto de po-dermos demonstrar que há cidadãos competentes e ca-pazes de alterar e corrigir os rumos de nossa cidade. Pode-mos nos tornar um exemplo de cidadania tal e qual Ribei-rão Bonito. Cada passo dado, cada mudança conquistada, cada prova de ilegalidade apresentada deve ser moti-vo de grande comemoração e divulgação. Seria oportuno que os meios de comunica-ção ao citar os escândalos de Ubatuba utilizassem sempre que possível uma imagem de alguma paisagem de Ubatuba. Indiretamente estaremos de-monstrando que por mais belo que um lugar possa ser, pes-soas que desconhecem o sig-nificado de cidadania podem

ofuscar toda a beleza e po-tencial da cidade. Diretamen-te estaremos mostrando que uma cidade tão bela merece a união de todos para a sua reconstrução ética e moral.

No intuito de iniciar esse novo modelo de apresentar Ubatuba (problemas e solu-ções), utilizei a imagem aci-ma que apresenta uma das paisagens de Ubatuba que eu tenho o privilégio de ver todos os dias e que na realidade per-tence a todos nós moradores e visitantes.

Nota do Editor:Marcos de Barros Leopoldo

Guerra, natural de São Pau-lo - SP, morador de Ubatuba desde 2001, é empresário na área de consultoria tributária.

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Ponta Aguda, praia de encantos inesperadosEZEQUIEL DOS SANTOSNossa costa é uma das mais

privilegiadas do litoral do Bra-sil. Cada encosta uma surpre-sa e cada praia um adjetivo e alguns nem existem no dicio-nário. Uma dessas praias é a Ponta Aguda, que além de en-cantar os olhos encanta a alma.

Para chegar até este para-íso, temos que enfrentar um trecho grande de estrada de terra, mas o sacrifício vale a pena. O acesso que dá a esta praia está quase no centro en-tre Caraguatatuba e Ubatuba, você entra pelo bairro da Tabatinga, tanto de um muni-cípio quanto de outro, na ro-dovia SP-55.

A estreita estrada, cerca de 3,5 km, adentra a mata e por duas vezes sai da floresta para os mirantes, onde o visitante poderá ver e cima belas pai-sagens, coisas de cinema. De um lado fotos da Tabatinga do outro lado fotos do mar, da Ilha do Tamanduá, da Praia da Figueira e dos costões ro-chosos. Também é possível avistar Ilhabela, até mesmo a base de gás. Em todo o trecho é possível ouvir as aves do lu-gar e por alguns períodos aves raras e cantos entusiasmados. Tem ainda flores e água em abundancia por todo o trecho.

Segundo os moradores mais antigos o local já foi um bair-ro movimentado. Vale lembrar que o lugar já tinha gente an-tes de começar a rodovia, an-tes ainda o local já foi palco de uma grande fazenda de café, cana e do trafico negreiro. Re-centemente por volta de vinte anos atrás houve instalações importantes como a ASEL (As-sistência Social Estrela do Li-toral) e uma pequena escola.

Na praia existe um camping e uma boa estrutura de aten-dimento ao turista, tendo em

vista as dificuldades do local. O camping ainda oferece som-bra e água fresca, é possível colher frutas como jabutica-bas, jacas, amora, mexirica, pitanga, manga, laranja, tem até um chalé para as galinhas do lugar, um restaurante para passarinho.

O local é muito freqüenta-do por moradores da região sul de Ubatuba e norte de Caraguá. São os descenden-tes dos antigos moradores. O interessante é que na tempo-rada e feriados prolongados, o lugar que parece ser protegido dos acontecimentos do mundo

é muito bem freqüentado. O formato geográfico da

costeira, ao lado esquerdo da praia, nomeia o lugar: Ponta Aguda. A praia guarda o silên-cio de um grande lago, a cum-plicidade dos mistérios ocor-ridos na Ilhabela, que revela toda a sua extensão, nos pas-sando a ilusão de proximidade de nossa costa. Ao lado direi-to, está a Ilha do Tamanduá, que oculta a vista de São Se-bastião e Caraguatatuba, e mostra o pequeno cenário da vizinha praia Mansa, aonde se chega somente por uma pe-quena trilha, ao lado esquer-

do. O jundú da praia é um es-petáculo a parte, as floradas na areia encantam mesmo os moradores mais antigos. Dá para ver todas as pegadas de animais que visitam o mar. Bom é imaginar que ela está quase do jeito que os índios Tupinambás deixaram. Para-disíaca como é a Praia da Pon-ta Aguda nos revela o mundo fascinante da natureza, onde ainda é possível ouvir os “ics, ics”da areia limpa e pura.

O mar é calmo, as águas são claras, a praia é linda, lá dá para fazer de tudo, mergu-lho, natação, remo, futebol,

leitura. Mas o bom mesmo é a contemplação e a limpeza espiritual e física que o lugar proporciona. Imaginem o som das águas quebrando nestas areias, o vento resfriando o rosto, o canto das aves, pare-ce sonho, mas é pura realida-de, é possível fazer tudo isso.

Fora da temporada, a praia é quase deserta, só não é de toda isolada por conta do mo-rador “Mirtinho Guédis” que cuida e mora no lugar. No lu-gar não existe coleta de lixo, os moradores e freqüentado-res se mobilizam e recolhem o lixo que fica na praia e no acesso. Lindo mesmo é ver as pequenas plantas que nascem na areia, vestígio da limpeza e pureza do lugar. A praia é muito indicada para famílias, principalmente as que tem crianças, já que em uma das pontas, o mar o mar forma uma piscina natural entre as pedras. Um córrego de águas limpas deságua no mar.

A praia possui duas bicas com água potável para uso dos banhistas. O encanto ain-da é por conta da ausência de energia elétrica, por outro lado existe a necessidade de atendimento aos que lá fre-qüentam e moram. A mata exuberante é fruto de uma antiga fazenda que depois do declínio econômico, foi aban-donada ainda no período do império. O restante da trilha leva a outra fazenda, hoje quilombo.

De tão belo, existe a neces-sidade de atenção ao lugar, o mais importante é não degra-dar a natureza e sempre levar de volta o lixo que foi produ-zido por conta do seu passeio. A natureza agradece e em troca ela manterá este visual diferenciado e surpreendente. Bom passeio!

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A saga Patural (Gente apaixonada por Ubatuba - Parte II)

JOSÉ RONALDO DOS SANTOSNo final da primeira parte, rela-

tei a decisão do casal Patural em investir em Ubatuba, após uma experiência com batatas em Re-denção da Serra. Convém lem-brar que a estrada mais antiga, que permitia o acesso a outros municípios, era a de Taubaté, existente desde o início da dé-cada de 1930. A segunda via de acesso rodoviário foi construída vinte anos depois, ligando esse município com Caraguatatuba. Seria interessante que surgissem pesquisadores para descrever o quão difícil foi essa segunda em-preitada. Vários trabalhadores dessa obra ainda estão vivos, moram por aqui mesmo. Isso pode ser tratado mais tarde; é outra história; vai ficar de lado por enquanto. Voltemos ao rela-to da dona Silvia; imaginemos o quanto é penoso, mesmo após tanto tempo e realizações (os filhos formados, a nora e uma netinha), tornar pública a sua história. Por outro lado, é mo-tivo de orgulho falar do idealis-mo, da coragem de ambos em virem para o Brasil, de terem encontrado, no último município do litoral norte paulista o lugar perfeito para a utopia que por-tavam. Também deveria nos orgulhar, enquanto caiçaras, de pertencer a uma terra que aco-lhe tanta gente disposta a con-tribuir para tornar este chão um lugar viável e prazeroso. Imagi-nem o humilde lar do morador praiano abrigando um casal de estrangeiros que ainda tropeça-va na língua portuguesa. (Faço questão de lembrar que o “dia-leto” caiçara tinha as suas parti-cularidades, capaz de complicar ainda mais). Ainda bem que era um povo muito acolhedor!

“Em 1954 nós partimos à pro-cura de um lugar que, além de agradável, oferecesse as condi-ções propícias de cultivo e de

instalações. Meu marido era um empreendedor. O lado sul do município logo ficou fora de cogitação. Motivo: a abertura da rodovia Ubatuba-Caragua-tatuba estava sendo concluída, fazendo com que os preços das terras daquele lado encareces-sem muito. Então nos falaram do lado norte, das vastas áre-as e de outras vantagens. Num final de semana, após deixar-mos a nossa filha Patrícia com alguém de muita confiança em Taubaté, começamos a nossa aventura para o lado norte do município. Por volta do meio--dia deixamos a cidade, seguin-do sempre a pé. Passamos o Perequê-açu, o Saco da Mãe Maria, a praia Vermelha com suas areias grossas, a praia do Alto - que até hoje é muito bo-nita -, a praia de Itamambuca. Imaginem tudo isso a pé e com muito calor! Depois chegamos ao morrão da praia do Félix e, finalmente, paramos ao escu-recer, na praia do Léo - aquela que, desde 1991, devido a um desabamento da estrada após forte chuva, está soterrada numa boa parte.

Na praia do Léo batemos pal-mas numa casa e perguntamos se havia ali por perto alguma pousada ou coisa do gênero. Imaginem só !!! Isso era co-mum na Europa. Disseram que não. Nos ofereceram um pouso, numa cama simples com estei-ra de taboa. Foram muito gen-tis conosco. No dia seguinte, já sabendo dos nossos motivos, disseram que para os lados do Ubatumirim e do Puruba é que tinha boas terras. E era mesmo! Pura verdade!

No rio Puruba nós fizemos uma parada; esperamos um bom tempo até que o balsei-ro aparecesse. Parece que ele estava almoçando; depois deve ter dormido um pouqui-

nho. Nem me lembro mais di-reito deste detalhe. Só sei que ele apareceu e, assim, depois de seguir a trilha do telégrafo, alcançamos a praia da Justa. Finalmente, depois de um pe-queno morro, estávamos no Ubatumirim.

De fato as terras do Ubatumi-rim, sobretudo as da Sesmaria, nos agradaram muito. Aí fomos acolhidos na casa da família do Manoel Leopoldo. Para a dor-mida nos dispuseram uma sala com esteiras e penico, onde ha-via um montão de sapê secan-do. Era um calorão de janeiro; baratas passeavam por todos os lados. Ao abrirmos a porta para a entrada de frescor, também entraram os cachorros. Mesmo assim, nós, de tão cansados, desmaiamos.

No dia seguinte fomos co-nhecer a Sesmaria, dos Nunes Pereira. Gostamos muito. Ainda bem que a volta para a cidade foi de canoa.

Chegando à cidade, logo pro-curamos nos informar sobre a situação legal daquelas ter-ras. Quem nos deu segurança e nos garantiu da propriedade dos Nunes Pereira foi o coronel Ernesto de Oliveira, pai do “Fi-lhinho” (da farmácia). Satisfei-tos e cansados embarcamos no ônibus para Taubaté. A viagem durava na média de quatro ho-ras, mas o tempo tinha de estar bom, sem chuva, senão...

Após um breve período fize-mos a segunda viagem para o Ubatumirim. Desta vez o anoi-tecer nos alcançou na praia da Itamambuca. Novamente pedi-mos pouso, mas as condições estavam tão críticas, enquanto que o luar e a noite estava tão convidativos, que acabamos pegando uma humilde coberta que nos ofereceram e fomos dormir nas areias da praia. Jean-Pierre somente ajeitou os

“travesseiros” com a própria areia. Só sei que acordamos no dia seguinte com o sol brilhando e a maré quase nos alcançando os pés. Chegando ao Ubatumi-rim nos reencontramos com o Mané Leopoldo e compramos a Sesmaria do Ubatumirim, que era dos Nunes Pereira. Ela dis-tava seis ou sete quilômetros da praia. Mais tarde nós compra-mos mais uma posse. L o g o iniciamos a plantação de bana-neiras, alcançando a marca, em poucos anos, de trinta mil pés.

A primeira dificuldade sentida era com relação ao deslocamen-to, pois se perdia muito tempo indo a pé desde a cidade até o Ubatumirim. Parece-se me, se não me engano, que pelo mar a distância era de vinte e dois quilômetros, enquanto que por terra, seguindo o caminho usu-al dos caiçaras, perfazia trinta e seis quilômetros.

Eu trabalhava lecionando francês em Taubaté, enquanto o meu marido se dedicava com exclusividade ao nosso empre-endimento em Ubatuba, pois

tínhamos camaradas que pre-cisavam ser orientados e acom-panhados em seus trabalhos, senão... Dessa necessidade sur-giu a idéia de se fazer um barco. Foi quando o nosso quintal em Taubaté se transformou num mini-estaleiro, recebendo as madeiras e o motor de centro modelo Ford alemão.

Logo o barco ficou pronto. E agora? Como tirá-lo do quintal? Ainda bem que no terreno ao lado não havia nada de constru-ção. A solução foi derrubar um pedaço do muro, passar o barco e, depois, refazer a parede. Um caminhão foi utilizado para tra-zer o barco até Ubatuba. Foi o primeiro barco registrado na Co-lônia dos Pescadores. Isso foi em 1956. Ainda temos tal documen-to em perfeito estado de conser-vação. Esse barco nos foi muito útil. Porém, em diversas ocasiões em que precisávamos dele pas-sávamos raiva, pois os emprega-dos se aproveitavam das nossas ausências e saíam para passear ou pescar. Era algo que gastava a nossa paciência”.

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15 Setembro 2010 Jornal MARANDUBA News Página 11

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Você éA mais luzidia de todas as estrelasDo meu mel a mais doce das abelhasDe meus poemas a melhor das rimasDe meu inverno o melhor dos climasDo meu amor a esperada doçuraDe minhas pinturas a sonhada figuraA maior das ondas deste meu marQue vai onde a imaginação possa chegarCom o tempero daquele desejo incontidoQue faz a vida ter algum sentidoDe minha imaginária aeronave a proaQue não me deixou voar pela vida à toaDe meus pecados o sublime perdãoE a luz límpida de minha redençãoDo arco-íris a minha exclusiva corDe todos os amores, meu único amor

Manoel Del Valle Neto

A palavra perfeitaA palavra perfeita não esta no luxo do rico, nem com a simplicidade do pobre,A palavra perfeita não esta escondida num palácio ou aparente numa favela,A palavra perfeita não esta bordada em ouro, nem escrita com carvão, A palavra perfeita não esta na crença do religioso, nem na verdade do materialista,A palavra perfeita não esta no verso da musica ou impressa em papel,A palavra perfeita não esta na inocência da criança, nem na experiência de um ancião,A palavra perfeita não esta na força de um homem, nem na delicadeza de uma mulher,A palavra perfeita esta na alma, transmitida no verbo da sinceridade e pode ser entendida por um conjunto de silabas, por um simples gesto ou até mesmo por um olhar.A palavra perfeita pode estar na verdade ou até mesmo num engano.A palavra perfeita pode estar num discurso, ou quem sabe se encontrar no silencio.

Márcio Barbosa Gonçalves

Cantinho da Poesia

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AMILTON SOUZA1- Old Cinto (76 anos) disse

para Tony Little tomate (82 anos) em 1997 numa dispu-tadíssima partida de truco em que os dois eram parcei-ros: “Bóistais bom pra ir pro ajilo...” Tradução: “a vossa senhoria está em ótimas con-dições para morar no Lar Vi-centino”

Tony Little tomate respon-deu sem dar tempo pra res-pirar:.. “e bóisprospicho”. Tradução “e sua admirável pessoa têm todos os requisi-tos para freqüentar o manicô-mio.”

2- Little Sunday disse uma vez em 1984: “é Mané Gas-pá... vai apanhar poco...” Tradução: “Senhor Manoel Gaspar, cuide-se porque se-não irá tomar um corretivo e terá que arcar com as conse-qüências”

3- Nilo Mariano disparou para minha pessoa em 2010: “Magina... eles vão ado-rar...” Tradução: “Os vizinhos que estão dormindo agora (03h30min da manhã), vão achar o máximo o som ao vivo que vamos fazer no volu-me 12(de uma escala que vai de 0 a 10)!!!”

Patrícia Carlos Mariano quando soube, disse: “Le-gal...”

4- Um usuário desconhe-cido do ônibus Costamar em 1991 que disse pro Hiro: “Desbaratina daqui!!!”... Tra-

Frases e conversas do povo caiçaradução: “Caro adolescente ju-venil faça o enorme favor de retirar-se da minha presen-ça, pois você pode cuidar do corpo, pois sua alma está em estado de putrefação avança-do...”

5- No ano de 1989 um tio-zinho de 78 anos, em cima da ponte da laje, certa vez disse para o Zé Luís, Samu-ca do Tiltcham Féle e Eu, que estávamos indo para a casa depois da aula de Educação Física, a seguinte parábola: “Que rapaziada jovem, forte e bonita...” nesse instante, ficamos totalmente lisonje-ados, porém ele ia acabar a frase... “... vadiando num dia como esse”.

6- “O trato foi vocês virem aqui nos divertir e irem em-bora a pé.”

Everaldo (Filho do Lendá-rio Cara de Onça) e Tofo (ir-mão do Tofinho) disseram em 1995 a duas senhoritas distin-tas que os acompanharam até a Praia do Pulso, entretanto, segundo um dos envolvidos, essa frase não cata muié...

7- “Já pensou se vem um carro cortando a milhão de lá pra cá?”

Everaldo (Filho do Lendário Cara de Onça) em 1995 justi-ficando a saída da pista e qua-se queda na costeira da Praia Grande para Gilberto da Lola.

8- “e o piãozinho aí, vai querer o quê?”

O balconista da Sorveteria

Chicken-in em 1992 disse a Samuca do Tiltcham Féle, deixando-o perplexo.

9- “E aí, Bródaiada?” (do ‘verbo’ Brother que quer dizer irmão em inglês).

Foi como Little Joseph nos cumprimentou em 1989... 1x0 pra ele...

10 - No outro dia, encontra-mos Little Joseph novamente e decidimos cumprimentá-lo ao seu modo e dissemos:

“E aí, Bródaiada?”... E ele com toda a sua sensibilidade, respondeu sem pestanejar:

“Fala, Manada!” (do ‘verbo’ Mano)... Depois dessa golea-da, entregamos o jogo...

11- “É doze e cruuuuza.” Tio Dú em 1988 explicando de maneira explícita as regras do jogo de taco para a comu-nidade.

12- Mané Preá enquanto dava umas dicas preciosas de violão a David Maia em 2010: “Eu tinha uma guitalha dos Bitus, Djavi”... Tradução: “Eu tinha uma guitarra dos Bea-tles, Davi”...

Alguns nomes são fictícios, porém todas as histórias são verdadeiras, por increça (in-crível) que parível (pareça). Mês que vem tem mais.

Amilton Souza é músico profissional e já tocou no Bar do Vestiário com Marcinho do Ferreira nos teclados e meni-no-boi na [email protected]

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Página 12 Jornal MARANDUBA News 15 Setembro 2010

Gente da nossa história: Luiz Henrique de Oliveira, o bom moçoEZEQUIEL DOS SANTOSNo Sertão da Quina a família

de Guido Correia e Benedito Anastácio estava em festa no dia 24 de janeiro de 19882, é que nesta data nascia mais um neto, era ele Luiz Henri-que de Oliveira Santos, que como todos por aqui possuía um apelido. O dele era Lick, tão conhecido que poucos não sabiam que seu nome era Luiz Henrique.

Procurando o que escrever dele, pouco se achou para colocar em palavras, mas em sentimento caberia em um caminhão. Este menino, ou jovem moço era apaixonado pela família e os amigos, era um daqueles que tirava sua camisa para doar a quem não tinha.

De sorriso farto e coração grande, não há alguém que apontasse qualquer descon-tentamento sobre ele. Adora-va um bom tutu de feijão com peixe frito principalmente feito no fogão à lenha. Tinha como paixão os irmãos Marco Auré-lio, Emilia, Jean, Eliza, Jorge e Eduarda. Nascido do amor de Luiz Gonzaga dos Santos (Luiz Pescoço) e Margarida Rosa de Oliveira Santos, Lick era um daqueles filhos que gostava de estar rodeados pelos fami-liares e dos amigos. Sua edu-cação de base era semelhante as dos outros amigos, tudo que ele aprendeu na infância era aplicado n a adolescência e na vida adulta.

Quando criança já pensava nos outros irmãos. Quando ganhava alguma coisa ou algo para comer guardava uma parte ou pedaço ao irmão. Era um daqueles meninos que ti-ravam boas notas na escola, mesmo sendo bom aluno não deixava de brincar, de pescar, de jogar bolinhas de gude,

de andar com estilingue no pescoço. Gostava muito de participar das Folias de Reis, ajudava a fazer farinha de mandioca. Vivia quebrando a cabeça quando chegava o dia de pagar a conta de energia elétrica. Caiçara nato adora-va pescar, não era adepto a bagunça, nunca deu trabalho, bom exemplo de pessoa, filho, ami-go, não gostava de “pouca-vergo-nha” como dizia os antigos. Lick trabalhou com o pai na construção civil, trabalhou como jardineiro e em seu primeiro salário fixo com-prou uma moto. Esta era sua outra paixão – o moto-ciclismo, ele era diretor dos bar-bados do Asfalto, uma irmandade moticiclistica. Seu último empre-go foi na Câma-ra Municipal de Ubatuba, onde deixou muitos amigos. Menino simples, dedica-do e muito aten-cioso, Lick res-peitava muito as pessoas, princi-palmente os mais velhos. O reflexo do respeito adqui-rido era reflexo direto pelo respeito que tinha pelos outros. Ele adorava seu padrinho Rafael (tio Faé) que ficava sentadinho em frente a porta da sala em sua casa. Seu pai era o responsável pelo Baile do Pescoço, quem nunca participou dos bailes da época do vinil, embalados por lâmpa-

das coloridas na sala, algumas pintadas a mão, encostado no enorme pé de pinheiro no quintal. Era da época em que as pessoas ocupavam a rua com coisas boas, vale lembra que o baile é responsável pelo surgimento de muitas famílias existentes na atualidade. Nes-ta época Lick dava seus pri-

meiros passos de dança. Meni-no simples, dedicado e muito atencioso conquistava as pes-soas por seu sorriso farto, mas seu comportamento ainda é exemplo a “molecada”, me-nino que não precisou entrar em “parada errada” para ser alguém, nunca mexeu com

ninguém e nem se meteu em encrenca. Lick fazia questão de dizer que os seus melho-res amigos eram os que cres-ceram junto com ele, eram: Marcelo, Maicon, Dinho, Tom, Wesley, Fernando, Chapuleta, Marco Aurélio, Maninho, Ade-ílson, João Carlos e Nerlinck. Orgulho do pai da mãe e da

comunidade onde vivia. Infelizmen-te, um acidente de moto levou este moço. Lick ia para Taubaté ao encontro de sua amada e na entrada da cida-de ele sofreu um acidente com um caminhão. Foi um dia chuvoso, sábado de ma-nhã, trágico dia. Um dia antes, sexta, ele ouviu da mãe que não fosse neste tem-po de chuva, mas a saudade era muita e como a namorada não podia vir por con-tas das provas na faculdade ele ia ao encontro da moça. Naquela noite, sexta, ele ainda deitou na cama dos pais, bem no meio dos sois e começou a assistir televi-são e ao mesmo

tempo matava a vontade dos carinhos e abraços de seus genitores.

As 10h30min do dia 19 de outubro de 2008, sábado, a mãe recebeu um telefonema que mudou a vida de todos. A tragédia parecia mentira. A tristeza pairou sobre a região.

Mesmo na dor os pais se im-pressionaram com a quanti-dade de pessoas que vieram a seu velório. Gente até de outro estado, de todo o mu-nicípio, do Vale do Paraíba, gente de todas as idades. Os familiares nunca haviam visto tanta gente, os irmãos moto-queiros fizeram um pelotão a frente do cortejo, em sua ho-menagem fecharam o transito para seu corpo passar.

Os pais ganharam um qua-dro com a pintura de seu ros-to e quem lá for visitar poderá vê-lo na parede da sala, de um filho que nunca saiu de casa. Em sua homenagem a Câmara Municipal de Ubatuba aprovou um projeto de Lei que dá o seu nome a quadra esportiva na entrada do Ingá, que até a presente data na foi colocada placa com seu nome. A família recebeu ainda uma Moção de Pesar também da Câmara Mu-nicipal, já que lê trabalhava lá, onde fez e tem muitos amigos saudosos. Apesar de novo, Luiz Henrique, que tem nome de rei fez história, de exemplo, de dedicação, de amizade, de fraternidade.

Sua postura serve de exem-plo de como um filho deve ser, de como tratar as pessoas, de como dedicar-se aos senti-mentos mais nobres como o amor, o respeito, a simplicida-de. Aos pais a lembrança de um bom moço, que o pouco tempo de vida, cumpriu a sua tarefa e que ao lembrar emo-ciona os amigos e familiares. Lick, seu sorriso ainda é vis-to por muitos e sua voz ainda pode ser ouvida por nós, que com tanta saudade, choramos sua ausência e desejamos do fundo de nosso coração dar ainda um grande abraço em você. Que Deus sempre aben-çoe este bom moço!

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15 Setembro 2010 Jornal MARANDUBA News Página 13

Cautelas com sua casaComece a prevenção a cri-

mes certificando-se de que sua residência estará protegi-da enquanto você estiver fora. O segredo é fazer com que sua casa aparente estar habitada;

Tenha certeza de que todas as portas e janelas estão fun-cionando e fechadas;

Reforce portas, portões e janelas com trincos, trancas e cadeados internos;

Nas áreas externas, não dei-xe ferramentas e escadas, elas podem ser usadas para arrom-bamento;

Examine os pontos vulne-ráveis de sua casa. Se pos-sível, instale dispositivos de segurança, como alarmes, sensores de presença, reforço à tranca normal de janelas e portas, etc;

Uma boa opção de reforço para as janelas e colocar na parte interna um pedaço de madeira ou outro material que impeça sua abertura;

Ative sistemas de segurança que você tenha instalado;

Suspenda correspondências e jornais dos quais você te-nha assinatura ou peça para que alguém de sua confiança recolha-os diariamente;

Dificulte o acesso ao interior de sua residência, trancando as portas de todos os cômodos e recolhendo as chaves;

Evite deixar sua casa toda apagada ou também manter luzes acesas diuturnamente. Procure instalar lâmpadas com foto-célula;

Televisores e rádios podem ser programados para ligarem e desligarem em alguns horários;

Peça para que um vizinho estacione em sua garagem, especialmente à noite;

Não deixe chaves reservas escondidas embaixo de tape-tes, dentro de vasos, sobre batentes de portas, etc;

Não informe seus planos de viagem a pessoas que você acabou de conhecer ou próxi-mo a pessoas estranhas;

Telefone para alguém de sua confiança de vez em quando, para saber se está tudo bem;

Nas ausências prolongadas, peca a um parente para visitar sua casa, para demonstrar a presença de pessoas (abrindo janelas, regando jardins, en-trando com carro na garagem, etc.);

Não deixe jóias ou dinheiro dentro de casa, mesmo que seja em cofre.

Utilize cofre de bancos;No caso de residências com

jardim na frente, contrate al-guém para mantê-lo limpo, evitando o aspecto de aban-dono;

Só deixe a chave com pesso-as de absoluta confiança;

Evite colocar cadeados do lado externo do portão. Isso pode denunciar sua saída;

Desligue a campainha. As-sim, você deixa em dúvida quem usá-la apenas para ve-rificar se você está em casa;

Se você deixar um cachorro para cuidar do local, é reco-mendável que ele seja treina-do para não comer alimentos jogados no chão;

Ao chegar procure identificar a presença de pessoas estra-nhas, antes de desembarcar de seu veículo ou entrar em sua casa;

Caso existam sinais de arrom-bamento não entre em casa;

Cuidado no momento de descarregar seu veículo;

Evite permanecer com por-tas abertas, especialmente no interior de sua casa. Se você vai ficar no fundo da residência tranque as portas da frente.

* * *Fonte: Base Comunitária de

Segurança da Maranduba

LILIAN NAKHLEA palavra solidão é freqüente-

mente associada ao abandono, dor, tristeza, perda, angústia e dificilmente as pessoas con-seguem perceber que estar só pode revelar um precioso cami-nho para descobrir quem somos realmente. Ao entrar em conta-to com nosso eu interior atende-mos a uma necessidade de res-peitarmos nosso próprio ritmo interno, de não dar satisfação a ninguém, de entrar em contato com nossa criança interior, com nossas conquistas e também é uma chance de encararmos nos-sas dores, medos e apegos.

O autoconhecimento possibi-lita nosso crescimento interior uma vez que nos dá condições de descentrar, pois uma vez que sabemos lidar com nossas emo-ções fica fácil nos colocarmos no lugar do outro.

Ouvindo o silêncio de nosso coração podemos rever postu-ras, atitudes, comportamentos e por vezes alterar nosso modo de agir. É interessante enxergar que não somos dono da verdade e reconhecer que a nossa verda-de muitas vezes não é a mesma verdade para o outro. Reconhe-cer nossos fracassos, sucessos, qualidades, defeitos ajuda a perceber quem realmente so-

Você tem medo da solidão?

mos e até mesmo descobrir que o mundo não vai mudar para nos alegrar, ao contrário, somos nós quem precisa mudar.

Infelizmente são nos momen-tos difíceis, naqueles quando sentimos a vontade de gritar: “Pare o mundo porque eu quero descer”, quando olhamos para dentro de nós e encaramos a tal... Solidão. Na realidade, é aí que temos a chance de nos conhecer, de demonstrar nossa coragem e até de nos surpreen-dermos com nossa atitude.

Quando estamos felizes sen-timos medo que a sensação de paz acabe logo e quando estamos tristes pensamos que este momento nunca mais aca-bará. Talvez quando o medo for desqualificado e a solidão enca-rada como uma saudável aliada para nos livrarmos do apego e da dependência poderemos con-quistar verdadeiramente nossa autonomia. É interessante notar que estar sozinho não é neces-sariamente estar solitário. Pode-mos ser excelentes companhias para nós mesmos e aí então dar permissão para pessoas mental-mente saudáveis virem ao nosso encontro. Assim, uma viagem ao interior de si mesmo poderá ser uma aventura reveladora, emo-cionante e renovadora.

Page 14: Jornal Maranduba News #15

Página 14 Jornal MARANDUBA News 15 Setembro 2010

Desopilando o mau humorMinerimDurante escavações no

estado do Rio de Janeiro , arqueólogos fluminenses descobriram, a 100 m de pro-fundidade, vestígios de fios de cobre que datavam do ano 1000aC. Os cientistas cariocas concluíram que seus antepas-sados já dispunham de uma rede telefônica naquela época.

Os paulistas, para não fi-carem para trás, escavaram também seu subsolo, encon-trando restos de fibras óticas a 200 m de profundidade. Após minuciosas análises, conclu-íram que elas tinham 2000 anos de idade. Os cientistas paulistas concluíram, triunfan-tes, que seus antepassados já dispunham de uma rede digi-tal a base de fibra ótica quan-do Jesus nasceu!

Uma semana depois, em Belo Horizonte , foi publicado por cientistas mineiros o se-guinte estudo: “Após escava-ções arqueológicas no subsolo de Contági, Betim, Barbacen, Selagoa, Pass-Quato, Jijifó, Sans Dumon, Pous Alegre, Santantoin do Monte,Vargim, Nanuque, Águas Formosa, Moncarmelo, Carnerim, La-goaDorada, Sanjão Del Rei, Sirvianópis, Beraba, Berlân-dia, Belzonte, Bosta daRa-guari, Divinópis, Parr de Mins, Furmiga, Vernador Valdars, Tióf’Otoni, Piui, Carm Cajuru, Lagoa Santa, Morro do Ferr, Biraci e diversas outras cida-des mineiras, até uma pro-fundidade de 500 metros, não foi encontrado absolutamente nada! Concluindo então, que os antigos mineiros já dispu-nham há 5000 anos de uma rede de comunicações sem--fio: ‘wireless’”.

Nota dos arqueólogos: Por isso se pronuncia “UAI” reless.

* * *

No confessionário- Padre, eu pequei. Fui se-

duzido por uma mulher casa-da que se diz séria.

- És tu, Joãozinho?- Sou, Sr. Padre, sou eu.- E com quem estivestes tu?- Padre, eu já disse o meu pe-

cado… Ela que confesse o dela.- Olha, mais cedo ou mais

tarde eu vou saber, assim é melhor que me digas agora!….

Foi a Isabel Fonseca? Per-guntou o padre.

- Os meus lábios estão sela-dos, disse Joãozinho.

- A Maria Gomes?- Por mim, jamais o saberá…- Ah! A Maria José?- Não direi nunca!!!- A Rosa do Carmo?- Padre, não insista!!!- Então foi a Catarina da

pastelaria, não?- Padre, isto não faz sentido.O Padre rói as unhas deses-

perado e diz-lhe então:- És um cabeça dura, Joãozi-

nho, mas no fundo do coração admiro a tua reserva.

Vai rezar vinte Pais-Nossos e dez Ave-Marias.. . Vai com Deus, meu filho…

Joãozinho sai do confessionário e vai para os bancos da igreja.

O seu amigo Maneco desliza para junto dele e sussurra-lhe:

- E então? Conseguiu a lista?- Consegui. Tenho cinco no-

mes de mulheres casadas que dão para todo mundo.

Aprenda: O planejamento estratégico, começa com a análise do mercado!

* * *Inseminação artificialUm fazendeiro comprou vários

porcos e porcas, pois queria co-meçar uma criação na fazenda. Depois de várias semanas, no-tando que nenhuma das porcas emprenhara, ligou para o veteri-nário pedindo ajuda. O veteriná-rio disse ao fazendeiro, que ele

teria que fazer uma inseminação artificial. O fazendeiro não tinha a menor idéia do que era aquilo, mas não querendo demonstrar ignorância, concordou e pergun-tou ao veterinário como saber quando as porcas estariam pre-nhas. O veterinário disse que elas parariam de ficar andando e iriam mergulhar na lama o dia todo. O fazendeiro desligou o telefone e ligou para o compadre, para per-guntar como se fazia isto.

O compadre disse que insemi-nação artificial significava que ele mesmo teria que emprenhar as porcas. Então, ele colocou as por-cas na kombi e foi para o meio do mato… Transou com cada uma delas, voltou para a fazenda e foi para a cama descansar.

Na manhã seguinte, ele foi ver as porcas e elas continuavam an-dando pra lá e pra cá. Ele concluiu que teria que fazer tudo de novo. Colocou as porcas na kombi e foi para o meio do mato: transou com cada uma, duas vezes, para garantir. Voltou para a fazenda e foi para a cama descansar.

No outro dia, ele foi ver as por-cas e elas continuavam andando pra lá e para cá. Bem, teria que fazer tudo de novo… Colocou as porcas na kombi e foi para o meio do mato. Passou o dia tran-sando com cada uma delas, vá-rias vezes.

Voltou para a fazenda e, esgo-tado, atirou-se a cama. Na ma-nhã seguinte, ele nem conseguia abrir os olhos, muito menos le-vantar para olhar as porcas. En-tão, ele pediu à mulher para dar uma olhada e ver se as porcas estavam na lama.

- Não – disse ela – Elas estão todas na kombi, e uma delas não pára de buzinar!

* * *A RifaCom sérios problemas finan-

ceiros, o caipira vendeu sua mula por 100 reais a outro

caipira, que concordou em re-ceber o animal um dia depois. No dia seguinte, o primeiro caipira chegou e disse:

- Cumpadi, cê me discurpa mas a mula morreu.

- Morreu?- Morreu.- Intão devorve o dinheiro.- Ih… já gastei.- Intão me traiz a mula.- Mas o que cê vai fazê com

uma mula morta?- Vou rifá.- A mula morta? Quem vai

querê?- É só eu num falá que ela

morreu, ué!Um mês depois os dois se

encontram e o caipira que vendeu a mula pergunta:

- Ô cumpadi, e a mula morta?- Rifei. Vendi 500 biete a 2

real cada. Faturei 998 real.- Eita! E ninguém recramô?- Só o homi que ganhô.- E o que cê feiz?- Devorvi os 2 real pra ele.

* * *Embréstimo na bancoO turco Salim chega ao ban-

co e fala para o gerente:- Eu quer fazê uma embrés-

timo!Surpreso, o gerente pergun-

ta para Salim:- Você, Salim, querendo um

empréstimo? De quanto?- Uma real.- Um real? Ah, isso eu mes-

mo te dou.- Não, não! Eu querer em-

brestado da banco mesmo! Uma real!

- Bem, são 12% de juros, para 30 dias…

- Zem broblema! Vai dar uma real e doze zentavos. Onde eu assina?

- Um momento, Salim. O banco precisa de uma garan-tia. Sabe como é, são as nor-mas.

- Bode begá meu Mercedes

zerinha, que tá lá fora e deixá guardado no garagem da ban-co, até eu bagá a embréstimo. Tá bom azim?

- Feito!Chegando em casa, Salim

diz para Jamile:- Bronto, nóis já bode viajá

bra Turquia zem breogubazon. Conzegui dexar a Mercedes num garagem do Banco do Brasil bor 30 dias, e eu só vai bagá doze zentavos.

* * *O pai e o jardimUm velhinho vivia sozinho em

Minnesota. Ele queria cavar seu jardim, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que normalmente o ajudava, estava na prisão. O velho então escreveu a seguinte carta ao filho, falando de seu problema:

“Querido filho,Estou triste porque, ao que

parece, não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo porque sua mãe sempre adorava a época do plantio depois do inverno. Mas eu estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não pode me ajudar com o jardim, pois está na prisão.

Com amor, papai”Pouco depois o pai recebeu

o seguinte telegrama:“PELO AMOR DE DEUS, pa-

pai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos!”

Às quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de agen-tes do FBI e policiais aparece-ram e cavaram o jardim in-teiro, sem encontrar nenhum corpo. Confuso, o velho es-creveu uma carta para o filho contando o que acontecera.

Esta foi a resposta:“Pode plantar seu jardim ag-

ora, pai. Isso é o máximo que eu posso fazer no momento.”

Page 15: Jornal Maranduba News #15

Túnel do Tempo 15 Setembro 2010 Jornal MARANDUBA News Página 15

O movimento “Ubatuba Viva” entregou cartilhas de Combate a Corrupção a todos os candidatos...

Coluna da

Por Adelina Campi

A Bagagem

2004

1989Eu não pedi pra você fechar a torneira?

1989Tinha gente que pescava na varanda... Assim é fácil.

Recolhando os panos de rede com um dedo de prosa 1966

Inauguração da Regional Sul da Maranduba

2004

A dificil escolha dos modelitos...

Entrevista usando o avô do MP3

2005

1976Cuidado com o marimbondo!

1977

1958Áureos tempos do Hotel Picaré, na barra do Rio Maranduba

Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão.

A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você reco-lhe pelo caminho, porque pen-sa que são importantes.

A um determinado ponto do caminho começa a ficar insu-portável carregar tantas coi-sas, pesa demais, então você pode escolher:

Ficar sentado a beira do ca-minho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem. Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem. Ou você pode aliviar o peso, esvaziar a mala.

Mas, o que tirar? Você começa tirando tudo

para fora.Veja o que tem dentro:Amor, Amizade ... nossa! Tem bastante, curioso, não

pesa nada...Tem algo pesado ... você faz

força para tirar... Era a Raiva - como ela pesa!

Aí você começa a tirar, tirar

e aparecem a Incompreensão, Medo, Pessimismo.

Nesse momento, o Desâ-nimo quase te puxa pra den-tro da mala. Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem.

Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade!

Aí você coloca as mãos den-tro da mala de novo e tira pra fora a Tristeza.

Agora, você vai ter que procu-rar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante.

Procure então o resto, a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Res-ponsabilidade, Tolerância e o Bom e Velho Humor.

Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela.

Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar lá dentro de novo, heim!

Agora é contigo.E não esqueça de fazer isso

mais vezes, pois o caminho é muito, muito longo...