jornal maranduba news #84

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Maranduba, Maio 2016 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 7 - Edição 84 Desafio das 28 Praias movimenta costa sul de Ubatuba

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Notícias da Região Sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #84

Maranduba, Maio 2016 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 7 - Edição 84

Desafio das 28 Praias movimenta costa sul de Ubatuba

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Página 2 Jornal MARANDUBA News Maio 2016

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Editor: Emilio CampiJornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477/SP

Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SPConsultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801

Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961

Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Envie seu evento, edital, convocação ou aviso para esta seção atraves do e-mail [email protected]

A Tocha Olímpica, prin-cipal símbolo dos Jogos Olímpicos, vai passar por cidades do Litoral Norte. O Comitê Olímpico Bra-

sileiro ainda não definiu o trajeto nem os condutores mas já está acertado que a tocha passará por Ilhabela na manhã do dia 25 de ju-

lho, uma segunda-feira. Ilhabela terá o privilégio de

estar entre as 300 cidades escolhidas, dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. Na região, a tocha também pas-sará por Ubatuba no dia 27. A abertura oficial da compe-

tição será no estádio do Ma-racanã, no dia 5 de agosto.

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 serão disputados no período entre 5 a 21 de agosto, com a presença de 206 países e aproximada-mente 10.500 atletas, que disputarão 306 medalhas em 136 provas femininas, 161 masculinas e nove mistas.

Rio 2016: Tocha Olímpica passará por Ubatuba

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Maio 2016 Jornal MARANDUBA News Página 3

Reis e Rainhas do Mar são coroados em UbatubaCOMUNICAÇÃO PMU

A primeira etapa do Circuito Nacional Rei e Rainha do Mar em terras (e águas) paulistas terminou no meio da tarde deste domingo (01/05) na praia do Perequê-Açu, região central de Ubatuba.Considerado o maior festi-

val de esportes de praia do Brasil, o circuito reuniu quase dois mil atletas divididos nas categorias Beach Run (4km de corrida na areia), Beach Biathlon (1km de natação no mar + 2km de corrida na areia), Sprint (1km de nata-ção no mar), Classic (2km de natação no mar), Challenge (4km de natação no mar) e Stand Up Paddle (2km, 4km e 8km de remada no mar).Destaque para a participa-

ção de atletas olímpicos e para o grande público que lotou a praia para prestigiar os duelos. Poliana Okamoto, esperança de medalhaå na maratona aquática no Rio, marcou presença, foi rece-bida pelo prefeito Mauricio Moromizato e contou que vinha quando criança para Ubatuba. A nadadora, que ficou em

segundo lugar na categoria Sprint, comentou sobre o so-nho de ter um projeto social que popularize a natação, atualmente limitada às clas-ses sociais mais favorecidas. Okamoto se entusiasmou

ao saber que em Ubatuba a prefeitura já tem um projeto que traz crianças de escolas públicas para natação e para o surf e quer conversar com o prefeito a respeito desses projetos após as Olimpíadas.Nas provas, muitos atletas

ubatubenses representaram a cidade e conquistaram boas colocações, principal-

Perequê-Açu recebeu neste domingo maior festival de esportes de praia do Brasil

mente nas corridas de SUP. Os resultados completos você confere em nossas pró-ximas reportagens.No satff do evento, em pra-

ticamente todos os setores, diferentes profissionais da ci-dade aproveitaram a oportu-nidade para prestarem seus serviços à organização da prova. Estimativas indicam que

aproximadamente 200 uba-tubenses trabalharam direta e indiretamente na organiza-ção do festival. “Gerar esses empregos na baixa tempora-da é muito importante para

nossa população”, destacou o prefeito Mauricio.“Movimentamos a rede ho-

teleira, os restaurantes, ge-ramos empregos e fizemos a economia da cidade girar na baixa temporada. Ao mesmo tempo, geramos uma mídia extremamente positiva e Ubatuba se consolida cada vez como cenário de provas aquáticas, de esportes de prancha e de aventura. Esse era um dos objetivos e um dos desafios da nossa gestão e fico feliz em saber que con-seguimos”, comemora Mau-ricio.

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Página 4 Jornal MARANDUBA News Maio 2016

Projeto Araribá no mapa de “Inovação e Criatividade à Educação Básica” do Ministério da Educação e Cultura

Câmara de Ubatuba homenageia projeto inovador de educação

A escola Municipal Sebastiana Luiza do Prado Santos, bairro Araribá, recentemente con-quistou reconhecimento ím-par do projeto “Inovação e Criatividade na Educação Bá-sica” do Ministério da Educa-ção – MEC. O projeto nacional, lançado

no final do ano passado, trata de todas as etapas de ensino em todas as regiões do Brasil. Destes, 682 entidades foram inscritas e apenas 178 inicia-tivas foram selecionadas. Em São Paulo, foram 48 projetos aprovados. Em Ubatuba foram dois projetos, além da escola do Araribá, contemplada tam-bém a Escola Municipal de En-sino Fundamental Madre Ma-ria da Glória do Ipiranguinha. Os trabalhos foram avalia-

dos segundo cinco critérios: gestão, currículo, ambiente, metodologia e intersetoriali-

dade. As duas escolas foram as únicas selecionadas entre o Litoral Norte Paulista e o Vale do Paraíba. O projeto do governo federal

tem como objetivo o fortaleci-mento de instituições públicas e particulares, além de orga-nizações não governamentais que possuem propostas arro-jadas na Educação Básica. Em nota, a assessoria do

MEC informa que a idéia é promover a divulgação e a ar-ticulação entre as iniciativas também com universidades, secretarias de Educação e ou-tras organizações relaciona-das. O MEC informa ainda que a maior parte dos trabalhos são em escolas, sendo 52,5% públicas e 47,5%, particula-res.Foram trabalhos interessan-

tes e inovadores como o de escolas indígenas, em que o

ensino é bilíngue, em tupi e português, e o currículo inclui legislação indígena, cultura in-dígena e meio ambiente, por exemplo. Todos os trabalhos foram apontados por trazer resultados, não só dentro do ambiente escolar como além dos muros das escolas. Os participantes e

organizadores do Projeto Araribá se lembram da árdua luta dos últimos meses a esta conquista, também comentam da felicidade pelo reconheci-mento e agradecem aos que de fato torceram e colabora-ram para esta conquista. Para saber mais basta aces-

sar o mapa dos projetos no site, clicar sobre o mapa do estado de São Paulo e pro-curar, em ordem alfabética, a cidade de Ubatuba: http://simec.mec.gov.br/educriativa/mapa_questionario.php

Mapa do MEC onde figura os projetos contemplados

www.jornalmaranduba.com.brLeia o Jornal Maranduba News na Internet:

No último dia 5 de abril, a Câmara municipal de Ubatuba, em sessão ordiná-ria, reconheceu e aprovou uma Moção de Congratula-ções ao Projeto Araribá da escola municipal Sebastiana Luiza do Prado Santos pela conquista e reconhecimento dentro do projeto federal “Inovação e Criatividade na Educação Básica” do Minis-tério da Educação – MEC. Dois projetos em Ubatuba

foram selecionados dentre os mais de 680 inscritos em todo país – o da esco-la do Araribá, região sul de Ubatuba e Madre Maria da Glória do Ipiranguinha, re-gião oeste de Ubatuba. A sessão foi coroada de

elogios e apoios de suces-sos, além de surpresa a vários parlamentares, ex-pectadores presentes e ouvintes pela magnitude e importância do reconheci-mento nacional. A propositura foi encami-

nhada pelo vereador Regi-naldo Fábio de Matos (Bibi) – PMDB. No documento o vereador destaca a “edu-

cação criativa a crianças e jovens como ferramenta possível a um conhecimento mais amplo do mundo, des-creve ainda da importância do pensar autônomo, pró-prio, através deste tipo de conhecimento ao qual apri-mora o intelecto, a discipli-na e acima de tudo o espíri-to cívico e empreendedor”. O projeto recebeu inúme-

ros comentários nas redes sociais e esta servindo de modelo a outras iniciativas. “A homenagem é justa e

serve para incentivar e re-conhecer cada vez mais os bons projetos em nossa cidade, principalmente na área da educação e do es-porte”, comenta o vereador Bibi. Os participantes se senti-

ram honrados com a comen-da destacando que o esfor-ço de fato valeu a pena. Parafraseando o educador Paulo freire “onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”.

* * *

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Maio 2016 Jornal MARANDUBA News Página 5

Passagem urbana é reajustada em 11,76% e prefeito diz que a causa

é a elevação dos insumos do transporte coletivo

Moradores de Ubatuba foram surpreendidos com o reajuste da passagem do transporte coletivo urbano em R$ 3,80, um reajuste de 11,76%, mui-to acima do acumulado dos últimos doze meses cuja infla-ção alcançou 9,39% dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA. O reajuste foi autorizado

pelo prefeito Maurício Moro-mizato (PT) e publicado em matéria no site da prefeitura (http://www.ubatuba.sp.gov.br/smf/tarifa-dos-onibus-da--verde-bus-e-reajustada-para--r-380/). A alegação é sobre a eleva-

ção dos custos dos insumos do Transporte Coletivo, como o preço dos combustíveis por exemplo, que aumentaram os custos da empresa. Em entre-vista ao InforMarUbatuba, Mo-romizato disse que a empresa VerdeBus havia queixado a ele do aumento dos insumos, por outro lado fala que não rece-be queixas significativas con-tra os serviços prestados pela empresa, atribuindo nota 7 a VerdeBus.

O contrato havia sido reno-vado por 10 anos em 2013 pelo prefeito. Como vantagem a empresa informa que os usuários podem se locomover de norte a sul do município em um período de 3 horas e 20 minutos com apenas uma pas-sagem, a cada carga comple-ta de 20 unidades, ganha-se bônus de mais duas unidades, viagens mais rápidas e segu-ras e para obter seu bilhete de forma gratuita, basta com-parecer ao Terminal Rodovi-ário e fazer a solicitação com uma cópia do RG, uma do CPF e um comprovante de resi-dência atual. Segundo a equi-pe da Verde Bus, o cartão fica pronto em cerca de 48 horas. Muitos usuários reclamaram

de não possuir acesso a pla-nilha de custos e investimen-tos da empresa, pelo menos um prestação de contas sobre o tema. Os usuários ouvidos pelo JMN dizem que a falta de transparência gera dúvidas e desconforto dos usuários quando se trata de qualquer aumento sem uma explicação razoável.

Carolina LemosNo inicio de abril Guias de Tu-

rismo, condutores auxiliares e a equipe do Núcleo Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar) realizaram uma visita técnica na Trilha do Pico do Corcovado. Ações importantes foram realizadas como implan-tação de cordas de ancoragem, retirada de lixo dos mirantes, mapeamento de pontos para colocação de placas de orienta-ção ao visitante, estudo para a futura implantação de banheiro seco e marco para a abertura da temporada de trilhas 2016.A equipe, que é formada por

componentes de Grupo de Trabalho – GT- e que integra a Câmara Técnica de Turis-mo e Uso Público do PESM, tem como objetivo estruturar a visitação na trilha do Corco-vado, incentivando o público a acessar os serviços da Unidade de Conservação de forma mais segura, além de contribuir con-sideravelmente com a conser-vação do meio ambiente. Para o grupo o objetivo é melhorar a comunicação com o ecoturista,

GT realiza visita Técnica ao Pico do Corcovado e marca início da temporada de trilhas 2016

visitante do atrativo, através de placas e agendamento com in-formações via e-mail. Esta fer-ramenta possibilita levantar da-dos para estudo de impacto do solo e ações coerentes em caso de emergências e penalidades.Por conta de sua beleza cê-

nica, nível de dificuldade e di-vulgação pelos apaixonados por montanhismo nas redes sociais, a procura por este atra-tivo cresce a cada temporada. Importante lembrar que o visi-tante que queira encarar este desafio deve estar com bom condicionamento físico, devi-damente equipado, e contratar guias e monitores cadastrados

na UC, pois além do enriqueci-mento proporcionado por estes profissionais ao local visitado, conhecem os melhores cami-nhos e como agir em caso de acidentes.Para mais informações en-

tre em contato: Parque Esta-dual Serra do Mar – Núcleo Picinguaba - Rodovia Rio San-tos BR 101 Km 11 – Ubatuba – SP. (12) 997072426 ou envie email para [email protected] e boa cami-nhada.Carolina Lemos: Turismóloga,

Guia de Turismo – Cadastur, Monitora Ambiental e apaixona por natureza

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Página 6 Jornal MARANDUBA News Maio 2016

Mutirão de limpeza e reparos no Morro do São CruzeiroNo último dia 23, um gru-

po de paroquianos realizou mutirão no antigo Morro do São Cruzeiro, atual Emaús. Foi realizado o corte da

grama, capina, desbaste do mato alto, limpeza da obra, recolhimento e guarda de material solto, colocação de cabos de aço, alinhamento do telhado da capela e trocas de algumas telhas. O serviço terminou lá pelas

duas horas da tarde, mas al-gumas pessoas continuaram no local para contemplar o término do serviço. Sonham os paroquianos em voltar a executar atividades religiosas na antiga capela de pedra. Os agradecimentos a Luiz

Félix, Manoel Cabral, Dito Branco, Pedro Celestino, Wladimir, Dilsinho, Wesley, Aguinaldo, Bidite, João Alen-car, Silas, Elias, Eliseu, Mano-el Celestino, Jango, Rogério Gaspar, Roberto Ygarashi, Toninho da Chica, Marcelo, Ceará, Zé Bidico, Rosana, Marlene, Letícia e Socorro pelo esforço conjunto nesta obra. Como relembra a paroquia-

na Marlene Amorim – “A ca-minho do Emaús... o nosso coração ardia quando ele nos falava: E hoje continua a arder! – Aqui ergueremos nossa Tenda, para cantar um hino de louvor...” Capela Nossa Senhora das Graças.

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Maio 2016 Jornal MARANDUBA News Página 7

No último mês de abril a Fo-lia do Divino visitou famílias na região sul que ainda mantém o vínculo histórico, cultural e religioso da época do desco-brimento do país. Conhecido como manifestação religiosa popular ela foi intensa no li-toral paulista e na cidade de Ubatuba. Mesmos os que não mais

respeitam as tradições religio-sas têm em seu interior recor-dações da infância cujo acom-panhamento da folia era uma grande festa e um momento memorável a comunidade e a fraternidade dos povos que aqui habitavam. A peregrinação da Folia do

Divino foi mais intensa aos

Folia do Divino reencontra famílias dentro das tradições

religiosas na região

finais de semana, onde o nú-mero de moradores são maio-res por conta dos encontros familiares. Os agraciados com sua visita

tem relatado tamanha emo-ção ao receberam a peregri-nação devido ao alto grau de recordação do passado a tona através da execução de canto-rias religiosas e manifestação de fé. As pessoas param suas ativi-

dades ou festejos, sejam elas quais forem para contemplar sua cultura original. O grupo da Folia do Divino

Espírito Santo recebe anu-almente o apoio cultural da FUNDART e é sempre bem vindo a região.

Família interrompe aniversário para contemplar a cultura e a fé

ALEX KOROVINPertencente a ordem Stri-

giformes, Família Strigidae, as corujas mochos e caburés apresentam distribuição cos-mopolita, ocorrendo até em regiões polares.São predadores noturnos vo-

razes em sua maioria, haven-do poucas exceções, dispõem de excelente audição e boa visão para localizar suas pre-sas; podendo virar a cabeça em angulos de até 270 graus, compensando assim o estreito campo visual oferecido pelos olhos em posição frontal. Cap-turam roedores, morcegos e outros mamíferos, bem como artrópodes , répteis e anfíbios.Apresentam plumagens mi-

méticas e muitas espécies apresentam topetes desenvol-vidos sobre a cabeça, visando atenuar as formas arredonda-das que apresentam quando pousam em meio à galharia, de onde espreitam suas pre-sas.As corujas possuem as bor-

das das primárias com estru-turas serrilhadas em sua mar-gem externa , para atenuar ruídos super-sônicos durante o voo.Muitas corujas e caburés

apresentam duas fases distin-tas de plumagem numa mes-ma população : uma marrom escura e outra ruiva no caso de Glaucidium sp. : ou cinza e ruiva no caso do gênero Me-gascops.Os sexos são normalmente

semelhantes entre sí e embora haja exceções , a fêmea é usu-almente pouco maior que seu companheiro.Algumas espécies de olhos

amarelados desenvolvem ati-vidades de caça e vocalização , mais em horário de crepúscu-lo , enquanto outras de olhos escuros , são estritamente no-

turnas e bem poucas se movi-mentam à luz do dia. Suas vo-calizações consistem em sons guturais estranhos, gritos e grunidos roucos e graves.Nidificam frequentemente

em cavidades naturais em bu-racos nas arvores , na maio-ria das espécies e chocam em média dois a três ovos semi--esféricos brancos.Os filhotes são cuidados pe-

los pais. Quando desenvol-vidos, ingerem presas como ratos e pequenos vertebrados , engolindo-os inteiros como fazem seus pais.Os adultos e jovens regu-

larmente regurgitam pelotas contendo pêlos e ossos de pequenos vertebrados e os éli-tros de quitina de insetos nos arredores dos ninhos. Essas pelotas regurgitadas permi-tem uma boa caracterização dos hábitos alimentares de uma espécie em certo local e são usualmente coletadas em campo, por ornitólogos , para uma posterior análise. A plu-magem dos jovens se mostra muito diferente da dos adultos e aparecem padrões de penu-gem branca em muitas espé-cies.O estudo das corujas nas

densas florestas tropicais bra-sileiras é ainda campo quase inexplorado e difícil. Em vista disso, espécies novas foram descritas para a ciência ape-nas na última década.As simpáticas “corujinhas

-do-mato” ( Megascops choli-ba) da foto, estão em sua fase cinza, têm em média 22 cm , é uma espécie comum em áreas semi-abertas , cidades, zona rural, capoeiras e beira de ma-tas secas ou úmidas, mas evita o interior de florestas densas.Ocorrem duas fase distintas

de plumagem , uma cinza e outra ruiva, além de outras plumagens intermediárias. Di-fere de suas congêneres pelas “orelhas curtas” e pelo padrão mais claro da plumagem em geral.Vocaliza mais em horários de

crepúsculo. Captura mais inse-tos que pequenos vertebrados e adentra as cidades.O casal pode cantar em due-

tos.Nidifica em ocos de àrvores

ou em buracos escavados por pica-paus.Assim como seus congêne-

res, a espécie é com frequ-ência incluída no gênero Otus por muitos autores.

Corujas mochos e caburés

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Página 8 Jornal MARANDUBA News Maio 2016

Desafio das 28 Praias movimenta costa sul de UbatubaCOMUNICAÇÃO PMU

Mais de 1.800 mil atletas participaram da 4ª edição do Desafio das 28 Praias, que aconteceu hoje na região sul de Ubatuba. O trecho percor-rido foi da praia da Tabatinga, na divisa com Caraguatatuba, até a entrada do rio Escuro, na Praia Dura.A prova contou com duas

categorias: solo (masculino e feminino), com circuitos de 42 km ou 21 km, e revezamento (masculino, feminino ou mis-to), com 42 km percorridos por até cinco atletas.As 28 praias percorridas no

percurso foram: Tabatinga, Galhetas, Figueira, Ponta Aguda, Mansa, Lagoa, Simão, Saco das Bananas, Raposa, Caçandoquinha, Caçandoca, Pulso, Maranduba, Sapê, Pon-tal, Lagoinha, Oeste, Peres, Bonete, Grande do Bonete, Deserto, Cedro, Fortaleza, Brava da fortaleza, Costa, Ver-melha do sul, Brava do sul e Praia Dura.Quem passou pela costa sul

da cidade, percebeu o impacto positivo e a quantidade de tu-ristas e atletas na região, que chegaram inclusive a causar lentidão em alguns trechos da Rodovia Rio-Santos.Organizador do Desafio, Faus-

to Ferrarias agradece o apoio da Prefeitura e comemora o sucesso da quarta edição da prova na cidade. “Mais uma vez deu tudo certo e fizemos mais uma prova maravilhosa, sem-pre atentos à segurança dos participantes”, disse Fausto.“O sucesso do evento, que

cresce a cada ano desde a primeiro edição em 2013, re-flete nos números: quase dois mil atletas participando e 180 ubatubenses trabalhando em nosso staff”, informa Ferrarias.

Promover eventos esportivos é parte da estratégia da Prefeitura para movimentar cidade na baixa temporada

Quarteto que conquistou 4° lugar no evento. Dentre os atletas o jovem Fabiano que na categoria solo conquistou primeiro lugar no pódio

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Maio 2016 Jornal MARANDUBA News Página 9

Turistas elogiam o eventoPrimeira colocada da catego-

ria Solo 21 km, Mari Deguchi estava eufórica com o resul-tado. Moradora de Suzano, ela elogiou a organização do evento e exaltou as paisagens de Ubatuba. “Passei por lugares maravi-

lhosos, incríveis mesmo. As trilhas estão muito bem mar-cadas e não tem como se per-der. Muito legal vencer essa prova”, contou Mari, especia-lista em corridas de monta-nha.Os amigos Vagner Medeiros,

do ABC, e Cairo Donatti, de Jundiaí, também estavam eu-fóricos com o bom resultado na categoria Solo 21 km. “Ain-da não sabemos quem ficou em segundo e terceiro. Atra-vessamos a linha de chega-da quase ao mesmo tempo”, lembrou Donatti. “Queria elo-giar a organização da prova. Estava nota dez”, completou Medeiros.Italiano, Nicola Trevisam

está em Campinas, interior de SP, a trabalho. Apaixona-do por esse tipo de corrida, o morador da famosa região de Veneza não perdeu a oportu-nidade quando soube da cor-rida. “Vim visitar Ubatuba de férias. Quando fiquei sabendo da prova, decidi participar na hora. Imperdível”, comenta Nicola.Já o prefeito Mauricio Moro-

mizato comemora a consolida-ção de mais um evento espor-tivo em Ubatuba e reafirma o compromisso de sua gestão no combate à queda do fluxo de visitantes durante a baixa temporada. “Sabíamos que os eventos

eram fundamentais para com-bater a sazonalidade e mo-vimentar a cidade na baixa temporada. Planejamos uma

estratégia, investimos, nos empenhamos ao máximo e obtivemos sucesso. O resulta-do é toda essa mídia positiva gerada e Ubatuba movimen-tada como nunca, há meses e meses”, avalia o prefeito. “Importante lembrar que

boa parte do staff da prova é obrigatoriamente da mão de obra local. Essa é uma das contrapartidas que pedimos dos organizadores. Ou seja, além de movimentar a cida-de e fazer girar nossa econo-mia, os eventos ainda geram empregos temporários para os ubatubenses”, destacou Mauricio.

mportante lembrar que boa parte do staff da prova é obrigatoriamente da mão de obra local

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Página 10 Jornal MARANDUBA News Maio 2016

Aniversário a moda antiga no Sertão do Ingá

Gírias do Surf pra galera que está começando a pegar onda

Indícios sobre a história da origem do surfe nos remetem a algumas ilhas do Pacífico, especificamente as da Poliné-sia central. A prática teria sido derivada

de uma das técnicas de pesca, onde os nativos utilizavam-se de um barco bastante tradicio-nal. Para voltar à terra firme, eles deslizariam sobre as on-das para retornar com maior rapidez. Essa prática teria se perpetuado até o Havaí, per-manecendo restrita entre a realeza local. No contexto havaiano o sur-

fe era praticado como ritual de oferenda, apresentando relações diretas com agradeci-mento pelos coqueiros e seus frutos. O modo pelo qual o surfe era

praticado se dava de acordo com a estrutura hierárquica da sociedade: a posição em pé era permitida apenas aos reis e seus filhos, que surfa-vam em pranchas de aproxi-madamente dois metros de comprimento. Outras pessoas vinculadas

à realeza podiam praticar o surfe, desde que em pranchas menores e que nunca ficas-sem em pé na prancha. Ao restante dos nativos era proi-bida a prática.Assim, o surfe ficou restrito

às ilhas havaianas por 900 anos, eles fizeram questão de eternizar nas rochas vul-cânicas das ilhas o momento pioneiro de navegar nas on-das a bordo de uma prancha. Então, pranchas grandes e de madeira vermelha, porém sua divulgação se deu a partir do ex-nadador olímpico havaiano Kahanamoku, que ao receber a medalha de ouro nos Jo-gos de Estocolmo, em 1912,

declarou-se surfista, levando a prática e o arquipélago onde nasceu à fama mundial. Ele sempre levava sua pran-

cha para os lugares em que tinha competição e não parou mais.

Rango - Comida. Reef Break - Praia com fundo de coral. Regular - Surfista que pisa

como pé esquerdo na frente

(base Regular). Rip - Estar no Rip é estar em

forma. Secret Point - Local secreto.

Sessão - Parte de uma onda. Cada sessão propicia mano-bras diferentes. Sessão: cada parte de uma

onda é uma sessão, que pro-picia diferentes manobrasSérie - Sequência de ondas.

Show - Uma coisa boa. “O mar estava show.” Strap - O mesmo que leash

ou cordinha. Swell - Ondulação. Tá Gringo - Quando o mar

está excelente. Tail Slide - Manobra em que

o surfista derrapa a rabeta da prancha. Pode ser conjugada com outras manobras. Toco - Prancha velha, ama-

relada, pesada, escabufada. Tubo - Manobra em que o

surfista fica dentro da onda. Trip - Viagem de surf, ge-

ralmente para um lugar com altas ondas. Vaca - Tombo; Queda. Varrer - Quando uma onda

grande ou uma série de ondas grandes pegam todos despre-venidos no inside. WCT - World Championship

Tour, é a 1ª divisão do Circui-to Mundial de Surf.Wipe Out - Mesmo que Vaca;

ou seja, tombo, queda. WQS - World Qualifing Se-

ries, é a 2ª divisão do Circuito Mundial de Surf. 360º - Manobra em que o

surfista executa uma volta completa em torno de si mes-mo (com sua prancha) e con-tinua na mesma direção.

Fonte: Atalaia Click Surf – blog do Dragão, http://brasiles-cola.uol.com.br/, http://www.jn.pt/arquivo/2006/interior

Ex-nadador olímpico havaiano Kahanamoku- levou o surf ao

conhecimento do mundo

Foto: Rosangela GiglioNo último dia 16 a família

Rosa e Oliveira, acompanhado de amigos e convidados, com-partilhou grande alegria num reencontro de aniversario tra-dicional. Era a comemoração de aniversário de Antonio José de Oliveira – carinhosamente conhecido como Nicodemo. Ninguém confirmou e nem

desmentiu, mas parece que o aniversariante assoprou 72 velas naquele dia. Um ban-quete foi serviço no sitio dos irmãos embaixo da fumaça do fogão de lenha: feijão gordo, costela, pato cozido, galinha caipira, arroz e outros como se fazia antigamente. Não faltaram sobremesas e o bolo de aniversário, que não tinha velas para indicar a idade do protagonista. Os preparativos começaram

bem antes da festividade e contou com a colaboração dos familiares e amigos. Era uma “correição” de gen-

te a caminho do Sertão do Ingá. Até uma “cervejinha”, pelo menos uma caixa de la-tas, rolou para alguns amigos e companheiros, que diga Ed-son Camarão. Foi uma alegria só e uma

oportunidade de reencontrar familiares e amigos numa fra-ternidade. Olha que a casa ficou pequena pra tanta fartu-ra. Foi, digamos, um aniversá-rio, como diz Nicodemo “tudo na ética”. Tem gente comentando po-

sitivamente o evento. Mui-tos com saudades dos velhos tempos, aqueles com sabor de infância.

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Maio 2016 Jornal MARANDUBA News Página 11

Água que o passarinho bebe... e muito Ajude a APASU!

Latinhas descartáveis ajudarão no bem estar dos animais da Região Sul.

Local para entrega: Boêmio Bar

No centro de Observação de Aves do Cambucá, dentro do PESM- Núcleo Picinguaba, uma imagem inusitada cha-mou a atenção dos amantes da natureza e observadores de aves. O observador de aves Carlos

Rizzo foi contemplado com a graça de realizar os primeiros socorros, por assim dizer, em um beija-flor Rabo-branco-ru-bro (Phaethornis ruber) que não se encontrava em boas condições. “Encontramos ele - beija flor-

totalmente desidratado, fui cuidar e logo já estava voando de novo”, comenta Rizzo. Com todo cuidado foi posto

na mão do observador e para melhor se recompor bebeu água a vontade, depois se sa-cudiu e voou. Para não dizer que é história

de pescador foi feito o regis-tro do majestoso momento. Lembrando que este é um momento muito delicado para as aves e animais silvestres, é necessário uma boa habilida-de e conhecimento para este trato a fim de não aumentar os danos aos animais. Entre os moradores tradicio-

nais é comum ouvir histórias de contatos pacíficos entre animais selvagens e humanos que ficaram para os contos da tradição oral de nosso povo, para posteridade aqui registra-mos com foto mais um destes.

ANUNCIE:

(12) 99714-5678(12) 3832-6688

JornalMaranduba News

Page 12: Jornal Maranduba News #84

Página 12 Jornal MARANDUBA News Maio 2016

“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 25Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.

EZEQUIEL DOS SANTOS“Revista Igarati – Ano 1 -

nº 10, Ubatuba, outubro de 1993, na pagina 13. Na edição anterior descrevemos que os detentos haviam planejado fugir na embarcação “Ubatu-binha”, mas algo deu errado. O barco chegou mais cedo

e seu comandante percebeu uma movimentação estranha na ilha e retornou avisando as autoridades. Depois de horas escondidos na mata, no entar-decer, soldados e funcionários da ilha voltavam ao entorno do presídio e suas casas. Lá viram os presos de posse da estrutu-ra e até o diretor do presídio – Sadi Ferreira - encarcerado. Na época o diretor relatou o

acontecido ao Jornal Correio Paulistano. Sua entrevista foi publicada com destaque na se-gunda feira, 23, quando mais de 600 soldados do Batalhão de Caçadores da Força Pública ocupavam o litoral norte. Sadi conta que sua casa havia sido invadida e atacada pelos pre-sos, estes se entrincheiraram no barranco defronte a encos-ta sul do morro. Sadi comenta ao repórter que

“ não se pode imaginar a situa-ção dramática que viveu a ilha nestas últimas horas, quando uma multidão de homens alu-cinados, prontos para vender caro a vida, se atirou contra nós, para varrer os obstáculos que se antepunham para con-quistarem a liberdade”. Conti-nuando a entrevista o diretor reforça “que todos achavam os revoltosos possuídos de tre-menda fúria, deixando cadáve-res de soldados pelo caminho. Felizmente pudemos contar com boa parte dos presos que mantiveram fiéis à direção do presídio lutando ao lado das autoridades. Estes homens,

que vivem a margem da so-ciedade, pagando suas faltas, demonstram que estão aptos a retornar ao convívio social. Não fosse a atitude decidida destes presos hoje não estarí-amos aqui”, diz Sadi ao jornal. Ele se referia a um detento

conhecido como “Meia Más-cara”, apelido de José Bueno da Silva. Segundo o Correio Paulistano pode levantar na época, este elemento e ou-tros dois – não citados- eram extremamente perigosos, da-dos os seus antecedentes cri-minais e rebeldia a qualquer tratamento. “Na Penitenciaria do Estado tinham fama de truculentos e terríveis, sendo considerados os mais ferozes e inadaptáveis a disciplina que por lá passaram. Quando transferidos à Ilha Anchieta os três se fizeram temidos por todos”, reitera o entrevistado. Na época o jornal publica que

eram eles – Meia Máscara e seus dois companheiros – que por ocasião do motim foram os esteios da defesa naquele

inferno. Estes praticaram atos de bravura e coragem numa clara e firme intenção de re-generar-se. Em outras decla-rações a imprensa o capitão Sadi Ferreira contou que Meia Mascara ao saber que o dire-tor do presídio estava preso, este arrombou a grade da cela e se atracou com amotinados, aos quais, a vista da fúria de Meia Mascara na defesa do diretos, acharam por bem fu-gir - o que fizeram, deixando para traz o armamento que carregavam. O valente pegou as armas abandonadas cor-reu até os fundos do prédio, a fim de atacar os rebeldes, chegando a enfrentar sozinho meia dúzia deles, colocando--os em fuga.

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Maio 2016 Jornal MARANDUBA News Página 13

Aves da nossa rica Mata Atlântica – Aracuã-pintado Fotos:

Alessandra/BR flickr.com Carmem Mattoso/Tear TurismoCom porte de galinha, mas

com aspecto geral semelhante a um faisão, esta ave alcança pouco mais de 600 gramas e mede entre 42 a 53 centíme-tros de comprimento. Ela foi eleita em 2010 a Ave Símbo-lo de Blumenau/SC, por sorte figura em seu estado de con-servação como pouco preo-cupante, porém toda atenção é valida a sua proteção. A Aracuã-pintado (Ortalis gutta-ta) possui asas arredondadas, causa relativamente longa, pa-tas curtas e geralmente ama-reladas. Seu peito dá a im-pressão de ser escamado, uma vez que as margens destas pe-nas são brancas. Possui ainda a garganta nua vermelha, mas emplumada ao longo da linha mediana e por isso parecendo ser toda empenada. Seu canto, isto é, vocaliza-

ção se assemelha a Galinha D’Angola doméstica e também é semelhante a um cacarejo; “ha-ga-gá-gogok” (“aracu-an”), repetido, apressado, ás-pero. A vocalização das aves muito além do encantamento que causa ao ser humano tem para as aves o mesmo papel que para nós tem a fala, sen-do veículo de interação social, alerta e cortejo. Estas vocalizações estimu-

lam a cultura musical e poesia popular relacionado a beleza, saudade e tristeza. Portan-to, dizem os observadores de aves, que a diminuição ou até mesmo a ausência dos cantos destas aves é um indicador seguro que algo não está cer-to com a natureza ao redor. Vivem em matos e capo-

eiras, sempre em pequenos bandos, podem invadir plan-tações grandes, nem sempre

em bando. O par faz seu ninho em mata fechada, às vezes no alto das árvores ou em ramos sobre a água ou ainda em troncos caídos; aproveitam também ninhos abandonados de aves diferentes.Personagem de TV Esta ave apareceu na TV pela

primeira vez no filme “Você já foi à Bahia?” (título em inglês: “The Three Caballeros”), de 1945. O personagem reaparece no desenho “Palhaço da Selva” (Clown of the Jungle) de 1947, e também tem uma participa-ção no filme “Melody Time”, no segmento “Blame it on the Samba”, de 1948, ficando as-sim muito conhecido por parti-cipações em filmes da Disney. Décadas depois - 1980, o

pássaro foi ressuscitado por desenhistas brasileiros sob o nome de Folião, personagem integrado a turma de adoles-centes da Disney - Turma da

Pata Lee. Em 2002, o Aracuã fez tam-

bém uma aparição em um episódio da série O Point do Mickey.Deu Aracuã na cabeçaNa última semana deste mês,

em visita ao Vale Europeu/SC, Carlos Rizzo foi surpreendido com a descida de um Aracuã em seu boné. “A encontramos em um caquizeiro e começa-mos a fotografá-la, para mim um lifer (indica que a pessoa registrou uma ave pela pri-meira vez na vida). Ela esta-va alerta, mas não agressiva ou arredia. Quando me virei para ir embora, ele voou dire-to para o meu boné, acho que por conta do tecido camufla-do”, comenta Rizzo. Fonte: Wikiaves, Coaves,

Ubatubabirds, Promata, Pro-jeto A Ultima Arca de Noé. http://diretodareserva.tumblr.com/, flick.com

Alessandra/BR flickr.com

Carmem Mattoso/Tear Turismo

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Página 14 Jornal MARANDUBA News Maio 2016

Quilombo Caçandoca recebe 1º Encontro de Estudantes Negros e Negras de SP

Projeto “Terra de Guaiamum” realiza atividades no quilombo

mês de seu aniversário

Completando três anos de existência o “Projeto Terra de Guaiamum” realizou diversas atividades na Comunidade Quilombola da Caçandoca. Foi realizada a limpeza do man-gue, oficinas culturais, tra-tamento de beleza e lanches gratuitos as crianças. O projeto, que é totalmente

sem fins lucrativos, recebeu apoio da ONG Aliança Pela Infância, da Flávia Grasso ma-nicure, Vânia da Sala verde, Sabesp e Lu cabeleireira.

O projeto visa aprimorar o conhecimento sobre a espé-cie, sua importância na cultu-ra local, seu trato e manejo, usá-lo como ferramenta de educação ambiental e seu uso sustentável como integrante tradicional da cultura na gas-tronomia local. Em pouco tempo de vida os

frutos do projeto já são obser-vados por moradores, visitan-tes, turistas e principalmente os Guaiamuns. Colabore, participe!

Entre os últimos dias 15 a 17 de abril, o Quilombo Caçandoca recebeu o 1º En-contro de Estudantes Negros e Negras da União Estadual dos Estudantes de São Paulo UEE/SP. O encontro reuniu mais de 300 pessoas. O objetivo do encontro foi a

reflexão profunda sobre iden-tidade, lutas e resistências dos estudantes negros no estado e no país. Para muitos foi a oportunidade ideal de discu-tir os temas propostos em um dos territórios considerado fonte das lutas por igualdade de direitos e respeito dentro da sociedade brasileira e mun-dial – território quilombola. Alguns participantes se senti-

ram maravilhados com as belas paisagens e o bom acolhimento da comunidade. Ao final o re-sultado foi positivo e o objetivo alcançado, destaque também as trocas de experiências e sabe-dorias, as contribuições aos de-bates em território quilombola

e o reforço na união em defesa dos objetivos propostos. Para Andrea Mendes - es-

tudante de Artes Visuais da PUC – “a troca de experiências dos diversos coletivos e movi-mentos sociais, universitários e da comunidade, confirma a importância dos vínculos e das

trocas de saberes”. Andrea conclui ainda que o maior ga-nho do encontro foi a união de todos “nos reconhecendo em nossos irmãos, entendendo a importância da união e da luta em defesa do nosso espaço nessa sociedade classista e racista”, finaliza.

Debates e discussões a parte, não faltou atividade cultural e muita musicalidade no en-contro. O evento contou com a presença de ilustres perso-nagens como o escritor João Samuel (Escritos da dor: o ge-nocídio de Ruanda em 1994), a blogueira Preta Pariu, o gru-po roda de samba Peregrinos, ativista cultural Guilherme Oli-veira, Andrea Mendes da Pon-to de Vista e Memória Ibao, a equipe do movimento cultural Adeola, Jango O De Casa e Maracatu Itaomi.Convidada também a depu-

tada estadual Leci Brandão – PCdoB, que participou da abertura do evento, realizou uma conversa com a associa-

Programação cultural e visitantes ilustres

ção local, recebeu da diretoria algumas solicitações, colocou--se a disposição para a reso-lução de encaminhamentos passados e acompanhou o evento na íntegra colabo-rando com os palestrantes e recepcionando os estudantes no evento. Organizadores e

comunidade se manifestaram satisfeitos com o encontro e agradecem os colaboradores e apoiadores que acreditaram nesta reunião fraterna e soli-daria a bem das comunidades estudantis negras e sofridas deste país. Colaboração: Ma-rio Gabriel do Prado

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Maio 2016 Jornal MARANDUBA News Página 15

Coluna da

Adelina Fernandes

Homenagem ao Dia das Mães

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Jornal Maranduba News

Zeca Pedro – PROMATAParece soar estranho, mas

é a pura realidade, alguns de nossos antepassados faziam isso pra sobreviver. Melhor! Faziam para nossas roças so-breviverem. Com a quantidade de ani-

mais e aves que rondavam as nossas casas, algumas provi-dências tínhamos que tomar. Bastava começar abrir a roça e lá vinham elas, sempre em grande quantidade. Para que as aves não co-

messem as sementes depois de cobertas com terra era co-mum, antes do plantio, mer-gulhar as sementes no piche. Mesmo assim elas retiravam

as sementes, viam que esta-vam com piche e largavam em cima da terra, voltávamos lá e enterrávamos de novo. O feijão era atacado pela Ju-

ruti, que tirava a semente en-terrada, quando o feijão con-seguia despontar era a lebre que vinha comer o pé inteiro. Que luta! O milho não era diferente,

quando ele “cacheava” vinha a ave vira-bosta (conhecido como João Congo pelos anti-gos) e colhia as melhores es-pigas. Se não bastasse ainda vinha

as Maritacas acabar com o que sobrou do milho. O restante da roça, por ve-

zes, tínhamos que cercar com taquara pra evitar a Preá, que comia de tudo. Mas havias as roças sobrevi-

ventes, algumas crianças pas-

Passarinho no saco de perna pra cima

savam o dia ou parte dele de vigia, espantando os bichos. Não tinha saída, era o que os

alimentava também, então ti-nham que correr pra espantar os bichos. Mas havia os esper-tos, que de tanto observar as aves pegavam suas artima-nhas e segredos. João Correa, por exemplo,

impedia que as aves retiras-sem as sementes e comessem seu broto, quando a planta es-tava num ponto em que a raiz tinha força o suficiente para uma boa briga, entre a planta e a ave, ele parava de vigiar a roça. Simples! Como o complemento da ali-

mentação – proteínas princi-palmente - vinham de peixes e carne de caça, João Correa com um saco de linho come-çou a pegar os “João Congos” com a mão também para ali-mentação. É que, como os brotos da produção estavam fortes, as aves faziam tanta força pra retirar a planta que caíam de costas e de perna pra cima. Como tinham dificul-dade pra se recompor e voar João Correa os apanhava com as mãos, colocando todos no saco. Os pequenos eram sol-tos, mas os graúdos iam pra panela ou pra brasa alimentar a família. Tecnologia da escassez era

o que não faltava a este povo antigo, não havia necessidade de usar a espingarda pra levar carne pra casa. Agora dizem que isto de fato

aconteceu. Vai saber “lhéi só”!

No dia em que Deus criou as mães (e já vinha virando dia e noite há seis dias), um anjo apareceu-lhe e disse:- Por que esta criação está lhe

deixando tão inquieto Senhor?E o Senhor Deus respondeu-

-lhe:- Você já leu as especificações

desta encomenda? Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico. Deve ter 180 partes móveis e substituí-veis, funcionar à base de café e sobras de comida. Ter um colo macio que sirva de travesseiro para as crianças. Um beijo que tenha o dom de curar qualquer coisa, desde um ferimento até as dores de uma paixão, e ain-da ter seis pares de mãos.O anjo balançou lentamente

a cabeça e disse-lhe:- Seis pares de mãos Senhor?

- Parece impossível !?!Mas o problema não é esse,

falou o Senhor Deus - e os três pares de olhos que essa criatu-ra tem que ter?

O anjo, num sobressalto, perguntou-lhe:- E tem isso no modelo pa-

drão?O Senhor Deus assentiu:- Um par de olhos para ver

através de portas fechadas, para quando se perguntar o que as crianças estão fazendo lá dentro (embora ela já sai-ba); outro par na parte pos-terior da cabeça, para ver o que não deveria, mas precisa saber, e naturalmente os olhos normais, capazes de consolar uma criança em prantos, di-zendo-lhe: - “Eu te compreen-do e te amo! - sem dizer uma palavra.E o anjo mais uma vez co-

menta-lhe:- Senhor...já é hora de dor-

mir. Amanhã é outro dia.Mas o Senhor Deus explicou-

-lhe:- Não posso, já está quase

pronta. Já tenho um modelo que se cura sozinho quando adoece, que consegue alimen-

tar uma família de seis pesso-as com meio quilo de carne moída e consegue convencer uma criança de 9 anos a tomar banho...O anjo rodeou vagarosamen-

te o modelo e falou:- É muito delicada Senhor!Mas o Senhor Deus disse en-

tusiasmado:- Mas é muito resistente!

Você não imagina o que esta pessoa pode fazer ou supor-tar!O anjo, analisando melhor a

criação, observa:- Há um vazamento ali Se-

nhor...- Não é um simples vaza-

mento, é uma lágrima! E esta serve para expressar alegrias, tristezas, dores, solidão, orgu-lho e outros sentimentos.- Vós sois um gênio, Senhor!

- disse o anjo entusiasmado com a criação.- Mas, disse o Senhor, isso

não fui eu que coloquei. Apa-receu assim...

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