jornal maranduba news #52

16
Maranduba, Agosto de 2013 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 4 - Edição 52 “SOS Cachoeiras” Comunidade pede a SABESP que mude o local de captação de água para abaixo das cachoeiras do Sertão da Quina

Upload: jornal-maranduba-news

Post on 14-Feb-2016

249 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Noticias da Região Sul de Ubatuba

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Maranduba News #52

Maranduba, Agosto de 2013 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 4 - Edição 52

“SOS Cachoeiras”

Comunidade pede a SABESP que mude o local de captação de águapara abaixo das cachoeiras do Sertão da Quina

Page 2: Jornal Maranduba News #52

Página 2 Jornal MARANDUBA News Agosto 2013

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 9714.5678 / (12) 7813.7563Nextel ID: 55*96*28016

e-mail: [email protected]: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Responsabilidade Editorial:Emilio Campi

Colaboradores:

Adelina Campi e Ezequiel dos Santos

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Cartas à Redação

APASUCONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO ORDINÁRIA

Dia 31 de agosto de 2013, às 16:00h (1.A. convocação)e 16:30h (2ª. convocação).

ASSUNTO: BIÊNIO 2013/2015 – “NOVA DIRETORIA”LOCAL: Quiosque Boêmio Bar, Av. Marginal 1749 -

Maranduba

Ubatuba, 15 de agosto de 2013

Eliane BarthPresidente

APASU – ASSOCIAÇÃO PROTETORA DOS ANIMAIS DA REGIÃO SUL DE UBATUBA

Endereço SEDE: Rua Sargento Luiz Ribeiro Pires, 79 apto. 01 - Maranduba – Ubatuba –São Paulo

Pescaria infeliz e criminosaSenhores, eu sempre fui um

leitor assíduo desse jornal, que muito se empenha em divulgar as coisas de nosso litoral e sempre primou pela melhor informação de manei-ra clara e sem tendências para um ou outro lado. Um infor-mativo de qualidade sem dú-vidas nenhuma.

Maranduba e região não pode viver sem o mesmo. Respira e vive com expectati-vas dos assuntos do próximo número.

Mas, no último exemplar, os senhores foram muito infelizes com a publicação pescador de fim de semana, que acidental-mente acabou pescando um exemplar enorme, femea da espécime Robalo, peixe esse que vive a maior parte de sua vida no mar, mas que entra nos rios para a sua desova. Permanece no rio procurando o melhor local para desovar e aguardando um macho que possa fecundar seus ovos. Como os senhores mesmos disseram, essa espécime está em extinção e hoje é mui-to difícil os avistarmos no rio Maranduba e mesmo em ou-tros mais distantes.

E quando um exemplar com muita dificuldade consegue a façanha de subir ao rio, vem alguém que mesmo sem que-rer pesca o faminto animal, no lugar de solta-lo, acaba por

matar o peixe e servir a infe-liz femea, assada, como chur-rasco. E os senhores ainda brincam indagando qual será o prato do acompanhamento dessa infeliz pescaria, sem dú-vidas que será a cerveja.

Praticaram o crime ambiental, extinguiram e ma-taram a possibilidade de nas-cerem milhares de possíveis filhotes Robalinhos, e come-moraram com muita festa, re-gada a cerveja.

Essa notícia nunca que deve-ria ser publicada nessa forma comemorativa, inclusive com foto na pagina inicial, como se fosse um grande feito o que esse infeliz praticou.

Vamos proteger a natureza,

e também os nossos criadoros de animais silvestres, como os peixes na piracema.

Não vamos tolerar esses abusos. Verdadeiro crime ambiental. Vou enviar esse e-mail também para as auto-ridades ambientais, para que tomem conhecimento desse lamentável fato, e bem docu-mentado, já que o jornal bem mostra a prova do crime e o nome do criminoso.

Sem mais Claudmir Amadio

Morador da Praia da Lagoinha

Nota da Redação - O Jornal Maranduba News se manifes-ta sobre o teor da carta acima na página 04 desta edição.

Page 3: Jornal Maranduba News #52

Agosto 2013 Jornal MARANDUBA News Página 3

Informativo público sobre as cachoeiras do Sertão da QuinaS.O.S. CACHOEIRA

A SABESP tem um projeto em andamento em Ubatuba que prevê a captação e a dis-tribuição de água tratada às comunidades dos bairros do Sertão da Quina, Maranduba, Araribá, Lagoinha, entre ou-tros. Essa iniciativa é de inte-resse de todos. Afinal, a popu-lação local terá água tratada em casa, a prefeitura será beneficiada com um grande investimento no município e, para a SABESP, ampliar a rede é uma obrigação para a qual recebe remuneração pe-los serviços prestados. Entre-tanto, o local dessa captação, escolhido sem a participação da comunidade a ser afetada, é um dos mais belos pontos turísticos do Sertão da Quina e de Ubatuba: a cachoeira da Renata. De acordo com o projeto, será construída uma barragem logo acima dessa cachoeira, o que pode afetar o fluxo da água de pelo me-nos três pontos da Rota das Cachoeiras, a da Renata, a Cachoeira 2 e a do Corrêa, im-portantes atrativos turísticos do bairro.

A barragem de concreto e as tubulações de ferro vão interferir na paisagem natu-ral, afetando um manancial e as espécies da fauna e flora daquele local. É importante destacar que Ubatuba situa-se em região de preservação da Mata Atlântica. É uma cidade turística, de beleza única com paisagens de praias e cacho-eiras encantadoras com uma biodiversidade incrível.

A Mata Atlântica é a floresta mais diversificada do planeta. Muito rica e abrigando uma fauna diversificada, recobria de modo quase contínuo a fai-xa paralela ao litoral brasileiro. Sua devastação teve inicio no século XVI, com exploração de

varias espécies. Atualmente, de acordo com entidades am-bientes e especialistas, restam apenas 7 % da Mata Atlântica.

Alguns dos principais exem-plares da Mata Atlântica es-tão ameaçados de extinção e outros ainda são encontrados nessa mata do município de Ubatuba, que preserva 97% dessa biodiversidade existen-te na cidade, importante dado citado pelos artesãos locais. Para eles, enquanto mora-dores do Sertão da Quina e cientes com seus deveres em prol da cidadania, o resgate a cultura e a história da re-gião por meio da preservação ambiental e da geração de trabalho e renda via gestão sustentável são os pilares que sustentam sua opção de vida. Ou seja, os artesãos lutam para desenvolver o turismo do lugar como meio de subsistên-cia e despertar o interesse das pessoas pela arte e cultura, aliada à conscientização eco-lógica de preservação. Para os artesões do Sertão da Quina, o interesse turístico da Rota das Cachoeiras é inegável, tendo em vista que o fluxo de visitantes aumenta em épocas de temporada em Ubatuba, e que a região sul abriga uma variedade de corredeiras, po-ços e cachoeiras.

Pensando na manutenção desse verdadeiro patrimônio natural, foi criado o movimen-to “SOS Cachoeiras”, no qual a comunidade pede que a SA-BESP mude o local de capta-ção de água para abaixo das cachoeiras. Dessa maneira, a população terá a água trata-da em casa e as cachoeiras e tudo o que elas proporcionam serão preservados.

Entende-se que a SABESP escolheu captar a água di-retamente das cachoeiras e não abaixo delas, por motivos

econômicos, pois assim terão acesso a uma água mais pura para tratar, além de econo-mizar na energia elétrica uti-lizada para o bombeamento de água, caso a captação seja feita na parte de baixo. Mas os interesses financeiros não deveriam estar acima da von-tade da população. Por esse motivo, foi feita uma denún-cia na promotoria de Justiça Ambiental. Um inquérito foi aberto no último dia 25 de ju-lho questionando a legalidade da obra.

Em 27 de julho, o movi-mento “SOS Cachoeiras” ga-nhou ainda mais apoio, após a passeata que levou várias famílias às ruas, num exem-plo de democracia e união da comunidade. No dia 10 de agosto, uma nova ação foi re-alizada, na qual a comunidade foi convidada a dar um abraço na Cachoeira da Renata, de-monstrando a preocupação e

A FAVOR DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA ABAIXO DAS CACHOEIRAS!

Em defesa do patrimônio natural de Ubatuba!

o carinho por este recurso na-tural que está ameaçado.

Sabemos que é possível uma mudança no local de captação da água que atenda os interesses da SABESP e da comunidade. Também enten-demos que uma obra desse

porte deveria envolver toda a população, necessitando ou-vir a opinião pública. Por isso, solicitamos ampliar o diálogo com a SABESP e com o poder público para que seja possível a participação de todos em uma audiência pública.

Page 4: Jornal Maranduba News #52

Página 4 Jornal MARANDUBA News Agosto 2013

Dignidade reciclada (Nota da Redação referente a publicação na seção “Cartas à Redação” pg 2)

EZEQUIEL DOS SANTOSComeço a entender o que os

antigos diziam: para construir é necessário varias ferramen-tas e para derrubar apenas uma – a marreta. Diante de tanta ignorância percebo que existem dois mundos e garan-to aos senhores que vivo no mundo real.

Em referência a acusação de bandidagem sobre a pesca do robalo que figurou a capa da edição nº 51 deste periódico, venho mui respeitosamente elucidar o seguinte. Segun-do a Instrução Normativa nº 10, de 27 de abril de 2009, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA no uso de suas atribuições legais que lhe confere o inciso V, art. 22 do Anexo I ao Decreto no 6.099, de 26 de abril de 2007, que aprovou a Estrutura Regimen-tal do IBAMA publicada no Diário Oficial da União do dia subseqüente e tendo em vista o disposto no Decreto-lei n.º 221, de 28 de fevereiro de 1967; e no Decreto nº 5.583, de 16 de novembro de 2005; e, considerando a proposta de alteração do período de de-feso do robalo, considerando ainda que referida proposta é baseada em dados coletados pelo Projeto Piloto de Mane-jo Sustentável da Pesca de Robalo na foz do Rio Doce, no estado do Espírito Santo, que conta com a parceria do Centro TAMAR/Instituto Chico Mendes, Prefeitura de Linha-res/ES, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - INCAPER, Universidade de Linhares - UNILINHARES, Universida-de Federal do Espírito Santo - UFES e Organizações das Comunidades de Pescadores dos municípios envolvidos, entre eles a do Litoral Norte Paulista em parceria com os

órgãos de estudo e exten-são pesqueira; considerando também que a equipe técni-ca do citado Projeto realizou o monitoramento das captu-ras para avaliar os resultados obtidos com a modificação do período de defeso confor-me proposto; e, constantes do Processo IBAMA/CEPSUL nº. 02032.000047/2006-25, resolve deliberar que fica de-terminado e compreendido como período de seu defeso as datas entre 01 de maio a 30 de junho de cada ano. Por-tanto fica proibido o exercício de sua pesca, neste período e só e tão somente neste pe-ríodo, com qualquer tipo de petrecho de pesca, no litoral e águas interiores. A instrução prevê ainda que será tolerado o desembarque das espécies especificadas até o dia 2 de maio de cada ano. A Instru-ção permite, durante os me-ses de abril, julho e agosto, o exercício da pesca do robalo somente com a utilização de alguns métodos, modalida-des e petrechos, um deles é a pesca de linha e anzol utili-zando jogadas de mão, cani-ço, carretilha ou molinete, o que aconteceu com o distinto senhor, acusado de crimino-so, que tem nome, endereço e uma família respeitável e respeitosa.

O tamanho mínimo a ser pescado por lei é de 50 cm, portanto o suposto criminoso capturou um de 1,10 cm. mui-to acima do mínimo exigido pela legislação. Tudo o que esta na lei, na verdade, foram estudos baseados, em gran-de parte, nas experiências e informações de pescadores como o “criminoso” da edição 51. É comum o povo do litoral, na sua forma literária, na sua linguagem e na maneira de se expressar incluir em qualquer

conversação temas ligados a almoço/janta/café/atividades/manuais/costumes, enalte-cendo às suas especificações como: “Tem janta? Ah! uma pegoava agora!” Sai ou não sai este almoço”,” Esse peixe é bom com pirão!”, e assim, por vezes sofre algumas alte-rações, fugindo um pouco da formação primeira vinda de nossa rica miscigenação se-cular.

Outro fator de desconheci-mento ou pura ignorância é a acusação de que o peixe foi a festa regada a cerveja. Isso não aconteceu, aos “biodesa-gradaveis” de plantão o peixe foi compartilhado, um único pedaço (posta) ficou com o pescador e sua família, o res-tante dividido a quem talvez não tivesse naquele momen-to algo para colocar no prato, isto é fato, é ética de consu-mo, é repartir o pão e o peixe. O suposto criminoso não tem o costume de levar o pescado, na realidade, após as cente-nas devolvidas ao seu habitat, foi a primeira vez em que ele não soltou o peixe, levando-o, não para si somente.

O suposto criminoso que é colaborador da comunidade em todos os sentidos, inclusi-ve o de cuidar do rio, fez mui-to por aquele trecho e por isso sabe o que vê e o porquê vê, o quanto custou para ver aque-le momento, isto sim é mais importante, trata-se de uma real visão de compartilhamen-to de conhecimento local, es-pecifico, trata-se na realidade, como descrevem os especia-listas, do principio do prote-tor/recebedor, do pagamento por serviços ambientais, da compensação por décadas de proteção, respeito e cuidado com a localidade, pelas boas praticas executadas. Isto é, se eu cuidar poderei ter, pra ter,

preciso cuidar cada vez mais. Uma das fases da pratica de que os entendidos falam ser da metodologia da Logísti-ca Reversa de Preservação e Uso, ou também Manejo Sócio Sustentável ou simplesmente respeitar o tempo da nature-za, como dizem os etnoprote-tores caiçaras, quilombolas e indígenas.

Por outro lado se a revista TIME foi criticada por mostrar a realidade fora dos muros, noticiando temas do mundo real, porque pra nós seria di-ferente? Esta foi a proposta de relançar o jornal. Por isso que muitas autoridades, inclu-sive as ambientais lêem este jornal, portanto não vejo que será necessário encaminhar a suposta denuncia.

De fato o que atualmen-te existe são duas correntes ideológicas dos que atuam na área ambiental, de um lado os ambientalistas - ecocha-tos, achistas, pessoas verdo-lengas, gente ambientalóide, ecoignorantes (corrente bio-cêntrica), que consideram o meio ambiente como o centro das preocupações do universo e, de outro lado, operadores do direito, juristas, técnicos, cientistas, populações tradi-cionais (corrente antropocên-trica) que colocam o homem no ponto central do desen-volvimento sustentável, como dita o Princípio nº 1 da Carta de Princípios da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (“ECO-92”), que foi ratificado pela Conferência Internacional de 2012, no Rio de Janeiro, onde reza que “os seres hu-manos são o centro das preo-cupações do desenvolvimento sustentável e têm direito à vida saudável e produtiva em equilíbrio com a natureza”. Vale lembrar que a partir dos

dispositivos constitucionais sobre o meio ambiente, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida e “principalmente ao respeito”, isso eu acrescentei.

Já é do costume do povo do mundo real sofrer acusa-ções baseadas no modelo de repressão e sanção, das for-mas “denuncistas” e “ovacio-nistas”, produzindo apenas criticas e não soluções ou ao menos proteção real aos pro-blemas sociais, ambientais e econômicos. Fácil, por si só já se sabe de que lado está cada um. Continuemos nós então aos nossos trabalhos de for-miga a bem da comunidade e da preservação real, segura e sustentável.

Parabéns àqueles que cui-dam silenciosamente com muito carinho do rio, da mar-gem, do seu leito, a aqueles que enxergam com os olhos de ver, daqueles que sabem o como e não o porquê, que não são reconhecidos e que a qualquer momento poderão ser alvos de fofoca, ou pior, acusados de criminosos.

Divergimos em muita coisa, isto é democracia, discutimos muita coisa, isto também é democracia, podemos não concordar, isto é do direito democrático, porém acusar alguém de criminoso, isto é desrespeito, é crime.

Tenho muito a dizer, mas por enquanto por aqui esta bom. Só digo que a estes pro-tetores anônimos espero que a dignidade seja reciclada, isto é, quero dizer restabelecida.

Ezequiel dos SantosEditor de Meio Ambiente,

Comunidades Caiçaras, Cultura, Folclore

e Turismo

Page 5: Jornal Maranduba News #52

Agosto 2013 Jornal MARANDUBA News Página 5

WAGNER JOSÉA parceria entre o Lions

Club de Ubatuba, Prefeitura de Ubatuba e Associação de Mo-radores e Amigos do Sertão da Quina – AMASQ promoveram no último dia 27 e 28 de julho o 4º Mutirão Visual da Saúde que foi realizado na sede da associa-ção de moradores. Foram reali-zados exames como o de fundo de olho, pressão intraocular, mapeamento de retina e pres-crição de óculos. Os moradores atendidos saíram mais do que satisfeitos. Muitos mostravam nitidamente a satisfação pelo atendimento e pela oportunida-de de realizar um antigo sonho.

Este mutirão, segundo organizadores, já atendeu 700 pessoas em todo município. Só no Sertão da Quina foram 200 atendimentos nestes dois dias, dos quais quatro casos foram encaminhados à cirurgia.

Foram disponibilizados pela coordenação do Lions Club de Ubatuba nove voluntários, sem contar a oftalmologista Drª Patrícia e a técnica Cristi-na que realizavam os exames.

Para esta empreitada foram

Mutirão visual no Sertão da Quina supera expectativas

exigidos os seguintes documen-tos: RG, CPF e comprovante de endereço, tudo para realização do cadastro do paciente. Todos

os exames foram gratuitos e encaminhados as varias clini-cas. Segundo a coordenadora dos trabalhos, Srª Rosa, será

agendada outra data para um novo atendimento, já que a pro-cura pela campanha foi ótima.

A comunidade agradece ao

atendimento e atenção dada aos seus moradores e aguarda ansiosamente uma nova opor-tunidade de atendimento.

COMUNICAÇÃO PMUAbertas as inscrições para

a 2ª etapa da prova nata-tória do 17º Circuito L23 Ubatuba de Águas Abertas - Etapa Maranduba no pró-ximo dia 25 de agosto.

O Circuito acontece em 4 etapas e a primeira foi no dia 28 de abril na Praia do Lázaro com mais de 500 na-dadores inscritos .

Esta é uma das competi-ções mais tradicionais da região. A competição foi aos poucos ganhando cor-po, e hoje recebe cerca de 550 atletas em cada etapa, que reúne os melhores na-

17º Circuito L23 Ubatuba de Águas Abertas – Etapa Marandubadadores do Litoral Norte e Vale do Paraíba disputando as provas, que acontecem nas mais belas praias do Litoral Norte. Além de atle-tas da região, foi registrado nos últimos anos a presen-ça de nadadores da Capital, Grande São Paulo, regiões de Campinas e Bragança Paulista.

O Circuito L23 Ubatuba de Águas Abertas, é dividi-do em categorias a partir de 7 anos de idade, chegando a receber atletas com 70 anos, assim a prova oferece a opção de formação de no-vos atletas e a manutenção

da atividade física/competi-tiva para os veteranos.

Cada etapa possui provas de 250, 500, 1.000 e 3.000 metros. A área de competi-ção é demarcada com boias e tem o apoio do Corpo de Bombeiros e de salva-vidas, que acompanham os nada-dores em todo o percurso.

A produção do evento ain-da possui barcos de apoio e ambulância.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.natato-riaubatuba.com.br e mais in-formações na Secretaria de Esportes e Lazer de Ubatuba pelo telefone 3832-4061.

Page 6: Jornal Maranduba News #52

Página 6 Jornal MARANDUBA News Agosto 2013

Festa do Bom Jesus 2013na Ilha Anchieta

Devoto doa camisa de time autografada

No sábado, 3/08, centenas de paroquianos e visitantes de outras paróquias e cidades se reuniram na Ilha Anchieta para celebrar seu padroeiro, o Bom Jesus.

A Missa Solene foi presidi-da pelo pároco, Pe. Xavier e concelebrada pelo vigário pa-roquial Pe. Cláudio.

Na homilia, Pe. Xavier lem-brou da importância de reuni-rem-se enquanto comunidade para esse momento especial de celebração e louvor ao Se-nhor. Agradeceu a participação das comunidades da paróquia e os incentivou a seguirem o exemplo dos dois discípulos do Evangelho da Transfiguração, se retirando com o Senhor para orar e testemunhando Jesus Transfigurado.

Após a Santa Missa que teve dois batizados, os paroquia-nos e visitantes tiveram a tar-de toda de convivência e par-tilha, desfrutando das belezas naturais da Ilha Anchieta.

Fonte: nsdasdoresitagua.blogspot.com.br

EZEQUIEL DOS SANTOSO morador de Ubatuba

(centro da cidade) Luiz Hen-rique Martini cumpriu uma promessa que havia feito ao Padre Carlos Alexandre no dia 8 de Julho quando participou da tradicional missa e procis-são daquele dia. Desta vez fo-ram duas camisas do Santos Futebol Clube, autografadas por todos os jogadores. As camisas, uma delas dentro de um quadro de vidro, foi doada à Capela Nossa Senhoras das Graças. A outra, solta, presen-te para o pároco local.

O doador não quis aparecer mas disse que foi uma indica-ção do comerciante Rogério Frediani a comunidade, já que são amigos comuns.

A oferta foi encaminhada ao padre neste último dia 8 ao final da celebração para ser mostrada a todos. Martini, que é devoto de Nossa Senho-ra Aparecida, ficou satisfeito e aliviado por cumprir esta pro-messa.

A comunidade, principalmen-te os santistas, agradecem o presente. Resta saber o que o

padre vai fazer com elas já tem gente apostando alto que vai

arrematar esta oferta na grande festa de setembro no Emaús.

Vem aí a tradicional Festa Socialem Honra a Nossa Senhora das Graças

no Sertão da Quina. Dias 5, 6, 7 e encerramento dia 8 de

setembro de 2013 com missa e procissão ao Morro do Emaús

Participe!Procure a programação na sua paróquia

e traga sua família. Maiores informações:

(12) 3849-8532.

Festa de Nossa Senhora das Graças

Page 7: Jornal Maranduba News #52

Agosto 2013 Jornal MARANDUBA News Página 7

Projeto Pedacinho de Ubatuba Brasil começa suas atividades EZEQUIEL DOS SANTOSO projeto Pedacinho de

Ubatuba Brasil visa aplicar O resgate e a cultura e história da região através da preser-vação e geração de trabalho e renda da gestão sustentável e para isto busca parcerias. O Projeto trabalha com a inclu-são socioambiental e ressalta as qualidades naturais em for-ma de arte, e opta por viver do turismo neste lugar como um meio de vida. O resgate da cultura local e o interesse das pessoas à arte, a cultura e a conscientização ecológica de preservação a Mata Atlân-tica também é ensinada aos alunos.

Com dois sábados de atua-ção o projeto já reuniu cerca de 16 alunos inscritos. Nesta primeira fase será realizado a avaliação, o desempenho e o conhecimento de cada in-tegrante. Nos primeiros dias foram tratados temas sobre a história do local, o reaprovei-tamento, a reciclagem já que a moldura será totalmente trabalhada com material de refugo.

O trabalho que é totalmente voluntário e gratuito e é realiza-do pelo artista Sergio Filé (Ser-gio Alves de Jesus) que busca apoio e colaboração de outros voluntários. Segundo Filé o material não é muito barato e muitos pais não tem condições de arcar com o material. O ate-liê é na área da própria casa do artista e começa às 14 horas de cada sábado. Para Filé mesmo que o aluno não possua uma veia artística, ele espera que a arte possa ajudá-lo a se decidir na vida, a descobrir sua apti-dão, a lhe proporcionar uma oportunidade de trabalho e renda, comenta o professor.

O projeto inclui contação de história e conhecimento so-bre a região. A idéia também é estimular as crianças a tra-balharem com temas da nossa natureza, dos nossos costu-mes, assim o turista poderá le-var um pedacinho de Ubatuba para onde ele for.

Pais, alunos e professores estão animado com a iniciativa, agora falta só a colaboração de a comerciante ou empresário para a viabilização do projeto.

Na última segunda-feira, 12/08, alunos da escola mu-nicipal Nativa Fernandes de Faria realizaram varias apre-sentações em homenagem ao dia dos pais.

O evento lotou a escola e as crianças deram o seu máximo para agradar aos presentes.

Foram cantos, performan-ces, dança, música, tudo para chamar ainda mais a atenção do papai.

Após as apresentações foi servido um delicioso caldinho com torradas.

As crianças não escondiam a satisfação de se apresentarem

Crianças homenageiam pais com apresentações na escola Nativaaos pais e convidados, já que treinaram muito para este dia.

Os pais não escondiam a corujice por estarem sendo homenageados. Muitos se emocionaram com as apre-sentações. O clima foi de total harmonia e integração entre pais e filhos.

Ao final o evento superou as expectativas de publico e critica.

Pena que as festividades do dia dos pais é só uma vez por ano, comenta um participante.

Agora só resta aguardar a próxima data comemorativa para novas homenagens.

Page 8: Jornal Maranduba News #52

Página 8 Jornal MARANDUBA News Agosto 2013

ELTON ALISSONAgência FAPESP – Na região

do alto e do médio Rio Negro, no Amazonas, existem mais de 100 variedades de mandio-ca, cultivadas há gerações por mulheres das comunidades in-dígenas, que costumam fazer e compartilhar experiências de plantio, chegando a experi-mentar dezenas de variedades em seus pequenos roçados ao mesmo tempo.

Exemplo de conservação da agrobiodiversidade por popu-lações tradicionais, o siste-ma agrícola do Rio Negro foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artísti-co Nacional (Iphan) em 2010 como patrimônio imaterial do Brasil.

A partir da constatação de que essas práticas culturais geram uma diversidade de grande importância para a segurança alimentar, elabo-rou-se um projeto-piloto de colaboração entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope-cuária (Embrapa) e as organi-zações indígenas do médio e alto Rio Negro.

O projeto integrará uma iniciativa criada pelo Ministé-rio da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio do Conselho Nacional de Desen-volvimento Científico e Tecno-lógico (CNPq), com o objetivo de chegar a um programa que estimule a colaboração en-tre cientistas e detentores de conhecimentos tradicionais e locais.

A iniciativa foi anunciada por Maria Manuela Ligeti Car-neiro da Cunha, professora emérita do Departamento de Antropologia da Universidade de Chicago, nos Estados Uni-dos, e professora aposentada da Universidade de São Paulo (USP), na abertura da Reunião

Povos tradicionais têm papel crucial na conservação da biodiversidade

Regional da América Latina e Caribe da Plataforma Inter-governamental sobre Biodi-versidade e Serviços de Ecos-sistemas (IPBES, na sigla em inglês), ocorrida no dia 11 de julho na sede da FAPESP, em São Paulo.

“O projeto-piloto será um bom exemplo de como é possí-vel a colaboração entre a ciên-cia e os conhecimentos tradi-cionais e locais, capazes de dar grandes contribuições para a conservação da diversidade ge-nética de plantas – um proble-ma extremamente importan-te”, disse Carneiro da Cunha, coordenadora do projeto.

“A conservação in situ de variedades de plantas, por ex-celência, pode e deve ser feita pelas populações tradicionais. O Brasil, ao promulgar o tra-tado da FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura] sobre recursos fitogenéticos, se obrigou a estimular essa opção”, afirmou.

Carneiro da Cunha ressal-vou que, diferentemente do que costuma se entender, os conhecimentos tradicionais não são um “tesouro”. Não são apenas dados que devem ser armazenados e disponi-bilizados para uso quando se

desejar, como foi feito com a medicina ayurvédica, na Ín-dia. De acordo com a antro-póloga, a sabedoria tradicio-nal é um processo vivo e em andamento, composto por for-mas de conhecer a natureza, além de métodos, modelos e “protocolos de pesquisa” que continuamente geram novos conhecimentos.

IPCC da biodiversidadeCriado oficialmente em abril

de 2012, após quase dez anos de negociações inter-nacionais, o IPBES tem por objetivo organizar o conheci-mento sobre a biodiversida-

de no planeta para subsidiar decisões políticas em âmbito mundial, a exemplo do tra-balho realizado nos últimos 25 anos pelo Painel Intergo-vernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) em relação ao clima do planeta.

Para isso, o organismo in-tergovernamental indepen-dente realizará uma série de reuniões com pesquisadores da América Latina e Caribe, África, Ásia e Europa nos pró-ximos dois meses, produzin-do diagnósticos regionais que comporão um relatório sobre a biodiversidade do planeta.

Os documentos conterão as particularidades dos paí-ses de cada região e deverão levar em conta, além do co-nhecimento científico, a con-tribuição do conhecimento acumulado durante séculos pelas populações tradicionais e povos indígenas dessas re-giões para auxiliar nas ações de conservação de biodiversi-dade.

“Uma das ações mais im-portantes do IPBES deverá ser o envolvimento de popu-lações locais e indígenas des-de o início do programa, cha-mando-as para participar do planejamento dos estudos, da identificação de temas de interesse comuns a serem estudados e do compartilha-mento dos resultados”, disse Carneiro da Cunha.

“O IPCC, que iniciou suas atividades em 1988, só co-meçou a pedir a contribuição do conhecimento dos povos tradicionais e indígenas para o desenvolvimento de ações para diminuir os impactos das mudanças climáticas globais depois da publicação de seu quarto relatório, em 2007”, contou. (continua na pág 9)

Page 9: Jornal Maranduba News #52

Agosto 2013 Jornal MARANDUBA News Página 9

De acordo com Carneiro da Cunha, os povos tradicionais e indígenas são muito bem informados sobre o clima e a diversidade biológica locais – e, por isso, podem ajudar os cientistas a compreender me-lhor as mudanças climáticas e o problema da perda da biodi-versidade.

Esses povos costumam ha-bitar áreas mais vulneráveis a mudanças climáticas e am-bientais e são muito depen-dentes dos recursos naturais encontrados nessas regiões. Acompanham com minúcia cada detalhe que constitui e afeta diretamente sua vida e são capazes de perceber com maior acurácia mudanças no clima, na produtividade agrí-cola ou na diminuição de nú-mero de espécies de plantas e animais, por exemplo, apon-tou a antropóloga.

“Esse conhecimento minu-cioso é de fundamental impor-tância. Até porque uma das limitações que esses painéis como o IPCC e, agora, o IPBES enfrentam é identificar proble-mas e soluções para lidar com as mudanças climáticas glo-bais em nível local. Isso é algo que só quem mora há muitas gerações nessas regiões é ca-paz de perceber”, disse.

Segundo dados apresenta-dos por Carneiro da Cunha e por Zakri Abdul Hamid, presi-dente do IBPES na abertura da reunião na FAPESP, há apro-ximadamente 30 mil espécies de plantas cultivadas no mun-do, mas apenas 30 culturas são responsáveis por fornecer 95% dos alimentos consu-midos pelos seres humanos; arroz, trigo, milho, milheto e sorgo respondem por 60%.

Isso porque, com a chama-da “Revolução Verde”, ocor-rida logo depois da Segunda

A importância do conhecimento tradicionalGuerra Mundial, houve uma seleção das variedades mais produtivas e geneticamente uniformes, em detrimento de plantas mais adaptadas às especificidades de diferentes regiões do mundo. Diferenças de solo e clima foram corrigi-das por insumos e defensivos agrícolas. Com isso, se espa-lhou uma grande homogenei-dade de cultivares no mundo – levando à perda de muitas variedades locais.

“Houve um processo de erosão da diversidade gené-tica das plantas cultivadas no mundo. Isso representa um enorme risco para a se-gurança alimentar porque as plantas são vulneráveis a ataques de pragas agrícolas, por exemplo, e cada uma das variedades locais de cultivares perdidas tinha desenvolvido defesas especiais para o tipo de ambiente em que eram cultivadas”, contou Carneiro da Cunha.

Um dos exemplos mais cé-lebres dos impactos causa-dos pela perda de diversidade agrícola, segundo a pesquisa-dora, foi a fome na Irlanda, que matou 1 milhão de pes-soas no século XIX e causou o êxodo de milhares de irlan-deses para os Estados Unidos.

Apenas duas das mais de mil variedades de batatas existentes na América do Sul haviam sido levadas para a Irlanda, no século XVI. Uma praga agrícola acabou com as plantações, levando à fome, uma vez que a batata já era o alimento básico na Irlanda e em outros países da Europa.

A partir daí, para evitar a ocorrência de problemas do mesmo tipo, vários países criaram bancos de germoplas-ma (unidades de conservação de material genético de plan-

tas de uso imediato ou com potencial uso futuro). A medi-da por si só, no entanto, não basta, uma vez que as plantas coevoluem com os ambientes, que também mudam ao longo dos anos. Assim, é necessário complementar os bancos de germoplasma com ações de conservação in situ, ressaltou Carneiro da Cunha.

“É importante que se en-tenda que o conhecimento tradicional não é algo que simplesmente se transmitiu de geração para geração. Ele é vivo e os povos tradicionais e indígenas continuam a pro-duzir novos conhecimentos”, ressaltou.Entraves para aproximação

De acordo com a pesquisa-dora, apesar da importância da aproximação da ciência dos conhecimentos tradicionais e locais, o assunto só começou a ganhar relevância a partir da Convenção da Biodiversidade

Biológica (CDB), estabelecida em 1992, durante a ECO-92.

A regulamentação do acesso ao conhecimento tradicional, previsto no artigo 8j da CDB, no entanto, ainda é um pro-blema praticamente universal, afirmou a pesquisadora. “Peru e Filipinas já têm suas legis-lações. Mas ainda são poucos os países que editaram suas leis”, disse.

O Brasil ainda regula o aces-so a recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais as-sociados por meio de uma me-dida provisória e não se che-gou ainda a um consenso para uma legislação nacional. “Não se pode ficar somente nessa atitude defensiva e acusar todo mundo de biopirataria, nessa ‘bioparanoia’ no país, que é um grande impedimento que tere-mos de superar”, avaliou.

É preciso estabelecer rela-ções de confiança, afirmou a antropóloga, algo que só se

consegue ao longo dos anos. Uma das formas ideais de se fazer isso, segundo ela, é quando a própria comunidade tradicional tem um problema para o qual está buscando so-lução e que também interessa aos cientistas.

Um exemplo disso ocorreu recentemente no âmbito do Conselho Ártico – organização intergovernamental que toma decisões estratégicas sobre o Polo Norte, reunindo oito pa-íses e 16 populações tradicio-nais, em sua maioria, pastores de renas.

Em parceria com as comuni-dades tradicionais transuman-tes (que deslocam periodica-mente seus rebanhos de renas para regiões no Ártico, onde encontram melhores condi-ções durante partes do ano), um grupo de pesquisadores dos países nórdicos, além da Rússia, Canadá e Estados Unidos, estudou os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas, na economia e na sociedade da região.

Feito em colaboração com a Agência Espacial Norte-Ameri-cana (Nasa, na sigla em inglês) e com diversas universidades e instituições de pesquisas, o estudo resultou em um relató-rio decisivo, intitulado Informe de Resiliência do Ártico (ARR, na sigla em inglês), divulgado em 2004.

“Essa talvez tenha sido a ex-periência mais bem-sucedida até agora de colaboração da ciência e dos conhecimentos tradicionais e locais”, avaliou Carneiro da Cunha. “É impor-tante que os cientistas conhe-çam o que se faz nas comu-nidades tradicionais e, por sua vez, os povos tradicionais também conheçam o que se faz nos laboratórios científi-cos”, disse.

A infestação de batatas com Phytophtora infestans foi uma das causas principais da grande fome na Irlanda entre 1845/1849

Page 10: Jornal Maranduba News #52

Página 10 Jornal MARANDUBA News Agosto 2013

Dr. Robson Enes VirgilioAconteceu nos dias 05, 06

e 07 de Agosto, na cidade de Caraguatatuba, a tão espera-da Semana Jurídica do Litoral Norte. O evento foi promovi-do pela AJUFESP – Associa-ção dos Juízes Federais do Estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, em parceria com a OABSP – Subseção Caraguatatuba, Centro Uni-versitário Módulo, Prefeitura Municipal de Caraguatatuba, Caixa Econômica Federal e Governo Federal nas depen-dências do belo Teatro Mario Covas. Em pauta temas de suma relevância para o Litoral Norte Paulista, não só para o meio jurídico ou para os ope-radores do Direito, mas, tam-bém para toda a população. A abertura do evento foi realiza-da pelos prefeitos municipais de Caraguatatuba e Ilhabela e os trabalhos foram presidi-dos pelo juiz federal Ricardo de Castro Nascimento, da Co-marca de Caraguatatuba, Pre-sidente da AJUFESP e o even-to se pautou em três temas importantes ligados a atual realidade regional: Licenciamento e Contexto Ambiental no Litoral Norte

Este primeiro tema foi apresentado pelo Desembar-gador Federal Vladimir Passos de Freitas que, além do vasto conhecimento desta matéria, tratou do tema ilustrando com grande número de decisões dos Tribunais Regionais Fede-rais, de Leis Complementares, do Plano Nacional de Geren-ciamento Costeiro e da Cons-tituição Federal e demonstrou a atual situação fundiária do Litoral Norte Paulista, sob o ponto de vista legal. O tema foi discutido destacando a ne-cessidade de sempre se pro-mover a regularização dos imóveis públicos ou particu-lares, nas quatro cidades que compõe a região.

Chamou a atenção do pú-blico os debates de altíssimo nível, principalmente da parte do advogado e especialista em Direito Ambiental, Dr. An-tonio Fernando Pinheiro Pedro o qual deixou claro e explícito que a questão fundiária, inva-

Região Sul de Ubatuba participa da Semana Jurídica do Litoral Norteriavelmente, deve ser resolvi-da a partir do princípio eco-nômico para que as questões ambientais e sociais possam ser consideradas e, finalmen-te, legitimadas, visando sem-pre o equilíbrio entre estes três princípios fundamentais, garantidos na Constituição Federal. O advogado e Mes-tre em Direito Ambiental, Dr. Marcos Lopes Couto, morador da Tabatinga - Caraguatatuba contribuiu brilhantemente com os debates, não só por seu conhecimento técnico do assunto, mas, principalmente por vivenciar in loco as de-mandas do Litoral Norte. Uma das perguntas elaboradas pelo Comandante da Policia Ambiental do Litoral Norte foi respondida de forma objetiva e simples e em pleno acordo com as solicitações e entendi-mentos que as comunidades vêm realizando junto às au-toridades ambientais, além da necessidade de ser realizado por parte da policia ambiental um inventario, um histórico, para melhor conhecimento das comunidades por onde irão atuar.

Regularização FundiáriaNo segundo dia, sob a pre-

sidência do Dr. Pedro Luiz Sil-va, Presidente da Subseção da OABSP de Caraguatatuba, o tema foi abordado com muita propriedade pelo Desembar-gador e Corregedor Geral da Justiça do Estado de São Pau-lo, Dr. José Renato Nalini que mostrou a necessidade urgen-te da união de esforços entre o Poder Púbico e a Sociedade Civil para se promover a regu-larização de todos os imóveis, públicos ou privados, do Litoral Norte do Estado de São Paulo. Ressaltou a extrema impor-tância da cooperação entre os entes governamentais, que muitas vezes sequer se enten-dem, tudo isto para que haja maior eficiência na regulariza-ção fundiária. Segundo o Dr. Nalini, que já atuou nos anos 80 como Promotor de Justiça em Ubatuba, existem inúme-ras ferramentas que norteiam e estimulam a regularização fundiária no país. Entre elas estão o Programa Minha Casa

Minha Vida, os Provimentos n? 18/2.012 e n? 21/2.013 para registro de imóveis, o Código Civil e a Constituição Federal que, por sua vez, confere fun-ção social à propriedade. O Dr. Nalini completa, afirmando que “–... a propriedade deve estar a serviço do bem es-tar...”. Nesta noite, os deba-tedores foram o Dr. Diego Se-lhane Pérez, Oficial do Cartório de Registro de Imóveis de Caraguatatuba e a Dra. Eliane Aparecida Pereira, Diretora de Terras Públicas da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba. Ambos traçaram a presente situação dos imóveis públicos e particulares, em sua cidade e se mostraram solícitos em cooperar com o processo.

Ocupação CosteiraO tema desta vez foi deba-

tido sob a presidência do Dr. Marcelo Paiva de Medeiros, Secretário de Assuntos Jurí-dicos da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba. Segun-do os ouvintes, a palestra do Dr. Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues encerrou o evento com Chave de Ouro, tendo em vista a excepcional palestra proferida pelo advogado. Ele trouxe importantes informa-ções sobre o uso e a ocupação de áreas de marinha e praias do Litoral Norte Paulista, bem como uma verdadeira aula sobre Taxa Anual de Ocupa-ção, Foro, Laudêmio e recei-tas patrimoniais incidentes em imóveis inseridos em áreas de marinha. Aliás, o Dr. Rodrigo levantou o marco histórico para o uso do termo “Área de Marinha”, que só veio a ser empregado em 15 de No-vembro de 1.834 e não quer dizer que estes espaços sejam da Marinha do Brasil (Forças Armadas), mas, sim que são locais com influência e carac-terísticas marinhas e, por lei, pertencem ao patrimônio da União.

O órgão responsável pela identificação, pela demarca-ção, pelo cadastramento, pelo registro e pela fiscalização, bem como pela regularização dessas áreas é a SPU – Secre-taria do Patrimônio da União que, no Litoral Norte, conta

com apenas dois técnicos para a realização desse árduo e im-portante trabalho.

De acordo com o Dr. Rodri-go, para a solução das ques-tões oriundas do uso precário das áreas de marinha as fer-ramentas mais adequadas de regularização, inclusive como forma de captação de renda para a União, são a concessão de uso para fins de moradia, a permissão de uso precário, o uso público, o aforamento, entre outras previstas na Lei 9.636/98 e devem ser estimu-ladas.

Os debates foram orienta-dos pela Procuradora da Re-pública, Dra. Maria Rezende Capucci, do Ministério Públi-co Federal e pelo Procurador Seccional da União, Dr. Marco Aurélio Bezerra Verderamis, da Advocacia Geral da União. Segundo a Dra. Maria Rezen-de Capucci, somando-se a extensão do trecho costeiro de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba são, aproxi-madamente, 261 km de orla, onde apenas 4 km são demar-cados pela SPU como áreas de marinha, sendo que nos 100 km da Costa de São Sebastião não existe nenhuma demarca-ção.

UbatubaO município de Ubatuba vive

uma realidade mais favorável, em relação aos outros municí-

pios da região, na questão das áreas de marinha, já que o trabalho da SPU ali vem sendo feito há mais tempo.

Moradores da região sul de Ubatuba participaram ativa-mente dos debates, pois, vi-vem onde existem inúmeros conflitos ambientais oriundos da falta de regularização fun-diária e de uso e ocupação precária de áreas de marinha, além da existência de terri-tórios remanescentes tradi-cionais, um quilombo e uma aldeia indígena. Foram várias as perguntas elaboradas e as respostas, sempre muito pre-cisas, elucidavam a maioria das dúvidas dos participantes, já que trataram de situações e problemas semelhantes nas quatro cidades e suas micror-regiões.

O evento reuniu mais de 300 expectadores, durante todas as noites de palestras, com a presença de autoridades de âmbitos municipal, estadual e federal. Participaram também operadores do Direito, estu-dantes, empresários, socie-dade civil organizada e popu-lação em geral, o que tornou a Semana Jurídica do Litoral Norte uma empreitada de mui-to sucesso e vida longa, além de se tornar um marco para o Poder Judiciário local na luta pela regularização fundiária e ambiental em nossa região.

Page 11: Jornal Maranduba News #52

Agosto 2013 Jornal MARANDUBA News Página 11

Jornal MARANDUBA News TODO MUNDO LÊ. ANUNCIE: (12) 9714.5678

EZEQUIEL DOS SANTOSA última festa de Nossa Se-

nhora Aparecida, realizada no bairro do Ingá, recebeu os mais variados elogios. Tudo estava acima da média na-quele evento. Entre amigos, familiares e turistas todo cor-ria bem, foi um evento no dia certo pra as pessoas certas.

Porém algo chamou a aten-ção do público, principalmente sobre o objeto, que por vezes é fruto de gozações e sarros, daqueles costumeiros entre a crendice popular nacional e local. Na realidade trata-se de uma mandioca maior do que as de costume. Tudo começou com uma promessa do mora-dor José Pedro Augusto de Oliveira, 52, que a cada ano procura entre a sua produção algo para ofertar a padroeira no dia da festa. Desta vez, se-gundo ele, foi buscar os frutos mais bonitos, mais viçosos e resolveu colocar no meio da-quilo a sua mandioca, isto é no meio da cesta de produtos.

Mandioca do Seu Pedro vira atração em festa no Ingá

Na busca pela melhor man-dioca correu o quintal e a cada rama que tirava uma de-cepção, a mandioca tava pe-quena, murcha e sem graça, porém no último ‘‘eito’’ aca-bou tirando o melhor da sua mandioca - o tamanho.

Depois de colocar sua man-dioca de pé, abriu um sorriso e começou a preparar o cesto, difícil foi lavar a mandioca nas costas.

Na festa a mandioca do Seu Pedro fez sucesso e foi arre-matada por um conhecido da comunidade.

O problema não foi levar só a mandioca, foi a agüentar a tiração de sarro dos conheci-dos, mas como tudo não pas-sou de brincadeira, o sarro acabou em caldinho de cara com carne seca.

Ía me esquecendo a man-dioca levada pesou 2,5 Kg e era desse tamanho óh!

Vamos ver o que vai acon-tecer ou aparecer na próxima festa

Page 12: Jornal Maranduba News #52

Página 12 Jornal MARANDUBA News Agosto 2013

Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 22

Fonte: PEQUENO DICIONÁ-RIO DE VOCÁBULOS E EX-PRESSÕES CAIÇARAS DE CANANÉIA. Obra registrada sob nº 377.947-Liv.701. Fls. 107 na Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cul-tura para Edgar Jaci Teixeira – CANANÉIA –SP .

PREFUME - ( s.m. ) - perfume.PREGá FOGO - ( loc.v. ) - atirar com arma de fogo.PREGá O ZóLHO - ( loc.v. ) - dormir.PREGUE-LHE – ( v.t.d. ) – Apli-car, assentar, com violência; pespegar, impingir: Fazer ou tentar fazer acreditar, iludin-do; Contar mentiras; mentir: “ Pregue-lhe desse pela cara “ ( quando alguém conta uma mentira ) .PREGOU-LHE - (v.t.d.) - aplicar ou assentar com violencia. “ Um sentô-lhe a mão nos corno , otro pregô-lhe a foice . “PREGUICEIRA - ( s.f.) - cadeira preguiça.PRENSA - (s.f. ) - o mesmo que arataca ou prensa de arataca.”Primeiro a gente ranca, raspa e vira, põe na prensa”. “Quan-do é que põe na prensa ?; secaela, ela fica massa seca”. “Aí seca, adepois bota na prensa, adepois bota no tipiti”.PRENSA DE ARATACA - (s.f.) - o mesmo que arataca.PRENSá - ( v.t.) - o mesmo que cochá.PREVÁRICá -( v.t. )- cometer adultério ; faltar aos seus de-veres; equivocar-se.PRIMA - ( s.f.) - a quinta corda da viola.PRIMEIRO CANTá DO GALO - ( loc.nom. ) - hora noturna que vai da meia noite à uma hora da manhã.PRIQUITA- (s.f.) - uma cor-da da viola, que fica no braço do instrumento, sem função; corda aguda da viola caiçara, localizada entre a caixa de res-sonância e o braço.PROCISSãO DAS ALMAS - ( s.f. ) - vide procissão dos mortos.PROCISSãO DOS MORTOS- (s.f. ) - crendice popular que

fala de uma procissão de al-mas saindo do cemitério nas primeiras horas do dia de fina-dos.PROEIRO - ( s.m. ) - canoeiro que se coloca na proa da ca-noa; aquele que vai na proa da canoa à procura do cardume e que lança a poita para fundear.PROSA - (adj.) diz-se do sujei-to metido, fanfarrão.PROSEá - ( v.t. ) - conversar fiado; falar muito;PUá - ( v.t./ i. ) - gritar com a mão em concha chamando al-guém; mesmo que gritar; cha-mar alguém em voz alta.“ pue pra ele , quele deve de tá ali naquele laranjá matando passarinho, decerto “PUÇá - (s.m.) - rede cônica de malhas afuniladas, montada sobre duas varas de bambu que se abrem e fecham no for-mato de uma tesoura, usada para pesca de camarão vivo, arrastada por uma canoa a remo.PUDE - ( v.t. ) - eu não pude fazer ( pretérito perfeito do in-dicativo do verbo puder ).PUÍDO - (adj.) - desgastado pelo uso.PUJUVA -(s.f.) - espécie de mutirão feito do meio dia para a tarde.PUNILHA - ( s.f.) - espécie de cupim branco, que ataca mó-veis e papéis.PURIVILHO, PURVILHO - (s.m.) - polvilho de tapioca; polvilho fornecido pela goma da mandioca ou pela tapioca, posta a secar ao sol, espalha-da numa vasilha, ou sobre um saco branco de tecido de algo-dão.PURUNGA - ( s.f.) - cuia ou cabaça utilizada para guardar líquido; porongo/ poronga.PUXA-PUXA - ( s.f.) - bala de consistência elástica e gruden-ta.PUXADO - ( s.m. ) - construção que prolonga o corpo central da casa.QQUADRA- ( s.f. ) - época; pe-ríodo; temporada. “Nesta qua-dra a tainha tá fraca ainda. “QUAJE - ( adv. ) - quase.QUALIDADE, QUALHIDADE - ( s.f.) - espécie; modalidade.“ Essa qualhidade de pêxe ain-

da num vimo por aqui . “QUANTIA - ( s.f. ) - grande quantidade; fartura; quantida-de. “ Hái quantia de pexe que não acaba mais por lá “QUANTIDADE - ( s.f. ) - fartu-ra; abundância; muito; quan-tia. “ Ih! Matêmo quantidade de pêxe . “ “ Banana aí tem quantidade madura , até des-perdiça . “QUARá - (v.i.) - expor a roupa ao sol para branquear.QUARADOR - ( s.m. ) - quara-douro; lugar onde se expõe a roupa para quarar.QUARTA - ( s.f. ) - medida de terra que corresponde a um quarto de alqueire paulista.QUARTA - ( s.f.) - medida de peso, equivalente a uma quar-ta parte de um alqueire ( 40 litros) e que corresponde a 10 litros ( usada para milho, fari-nha , feijão etc... )QUARTEIRãO - ( s.m. ) - me-dida correspondente a quarta parte de uma garrafa.QUARTé(L) - ( s.m. ) - uma quarta de terra; um quarto do alqueire paulista. “ O pobrema que tenho cum este camarada é da cachoêra prá lá, donde ele comprô o terreno divisan-do cumigo, adonde tinha um quarté de cana prantado . “QUARTILHO - ( s.m. ) - antiga medida de capacid. para litros, igual a meio litro (,568 )QUARTO - ( s.m. ) - pedaço de carne de um animal, conside-rada a perna até a metade do lombo ( altura ) e até a metade da barriga ( largura ); ex : um quarto de paca.QUE NEM - ( conj. ) - como; feito; igual a; da mesma forma que. “ Fiquei com cara de ta-cho assim, que nem um bobo . “QUEIJO - (s.m. ) - calço de arataca ou do fuso entre a ba-lança e o tipiti, ou entre o fuso e o tipiti, de forma cilíndrica achatada, que recebe pressão do varejão ou do fuso, espre-mendo o tipiti contra a mesa.QUEBRAÇãO - ( s.f. ) - mes-mo que rebentação; ruído das ondas quando arrebentam na prais ou na costeira.QUEBRANÇA - ( s.f.) - local onde as ondas quebram.QUEBRANTO - ( s.m. ) - su-

posto resultado mórbido que o mau-olhado produz nas pessoas.”Olhe a cor da evacu-ação dessa criança.Ta verde. Ta com quebranto, ora seja por caridade.”QUEDELE - (pron. Interr.) - cadê? ; onde está ?QUEIMADA - ( s.f.) - xarope ca-seiro, feito de açúcar queimado com folhas de laranja,ou gengibre ou pinga, fervidos.QUENEM - (adj.) – igual ,seme-lhante, parecido. “ eu já pissuí uma canoa quenem essa daí de vosmecê.QUENENQUE- (adj.) – mesmo que quenem, que tem seme-lhança; que tem característicascomuns, idêntico. “ Quenenque esse, eu já tive dois”QUERê - ( s.m. ) – querer: não ter querer significa: você ainda não tem vontade própria; não em escolha. ” Não me venha com assanhamento, porque você ainda não tem querê”QUERO-MANA - ( s.f.) - um tipo de dança no fandango.QUERO-QUERO - ( s.m. ) - es-pécie de gaivota.QUEROSENA - ( s.f. ) - quero-sene.QUESTã - ( s.f. ) - questão; pendência. “ não fizemo questã de dizê tudo “QUIBEBE - ( s.m. ) - papa de abóbora; prato feito com abó-bora.QUINHãO - ( s.m. ) - parte do produto da pescaria cole-tiva, que toca a cada um dos pescadores. O quinhão varia conforme a atribuição de cada participante. Tem o quinhão da canoa, da rede, do popei-ro, do proeiro, do camarada,do ajudante e do batedô de lanço, aquele que vai pelas beiradas espantado os peixes para caí-rem na rede.QUIRELA, QUIRERA - ( s.f.) - milho quebrado, para dar às aves ou pássaros.QUIZILA - ( s.f.) - antipatia; ini-mizada ou desinteligência.

Page 13: Jornal Maranduba News #52

Agosto 2013 Jornal MARANDUBA News Página 13

EZEQUIEL DOS SANTOSComeçou no último dia 19

de agosto, até 30 de setembro 2013, o prazo para a entrega da declaração do Imposto so-bre a Propriedade Territorial Rural (ITR) deste ano. Em Ubatuba o proprietário rural deve procurar o Sindicato de Trabalhadores e Trabalhado-ras Rurais de Ubatuba – STTR, para fazer a sua declaração que é obrigatória para pesso-as físicas e jurídicas que sejam proprietárias de imóveis ru-rais, titulares do domínio, ou possuidoras, a qualquer título, incluindo aquelas que somen-te usufruem do imóvel.

Quem não fizer a declara-ção ficará impedido de tirar a Certidão Negativa de Débitos, documento indispensável para registro de compra ou venda de propriedade rural, para a obtenção de crédito rural, além de evitar as multas por atraso. O ITR fixa o homem as suas origens e o revela frente ao potencial sustentável que a região possui as boas práticas agrícolas e ambientais.

O proprietário também deve entregar o Ato Declaratório Ambiental (ADA), necessá-rio para comprovar a exis-tência de áreas de interesse ambiental em sua proprieda-de. Estas áreas são classifica-das como não tributáveis sen-do, portanto, isentas do ITR como Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais (RLs), Reservas Parti-culares do Patrimônio Natural (RPPN), Interesse Ecológico, Servidão Ambiental, Cobertas por Floresta Nativa e Alagadas para constituição de reserva-tório de usinas hidrelétricas. Por meio do ADA, também é possível ter redução da alíquo-ta para as áreas de manejo

Governo federal abre prazo para as declarações do Imposto Territorial Rural-ITRSindicato diz que propriedade rural tem de estar com imposto em dia

florestal.O ITR é um importante e

essencial instrumento para adquirir nota fiscal do produ-tor rural, é um dos conjuntos de documentos que ajuda na aposentadoria rural e os de-mais benefícios.

HistóricoO Imposto sobre a Proprie-

dade Territorial Rural (ITR) é um imposto brasileiro federal, de competência exclusiva da União conforme (Art.153, VI, da Constituição Federal). Ele foi instituído no Brasil pela Constituição Republicana de 1891, vigorando na época em âmbito estadual. A respon-sabilidade dos estados pela cobrança e administração do imposto foram mantidas nas Constituições de 1934, 1937 e 1946. Em 1961, com a promulgação da Emenda Constitucional nº.5, o ITR foi transferido aos municípios e, em 1964, com a Emenda Constitucional no. 10, ocorreu a transferência para a compe-tência da União.

Após o Estatuto da Terra em 1964, a cobrança do ITR tornou-se responsabilidade do INCRA, que antes era o IBRA (Instituto Brasileiro de Refor-ma Agrária). A legislação que rege o ITR é a Lei 9.393/1996 e alterações subseqüentes. Em 2005, foi editada a Lei 11.25/05, que atribuiu a Re-ceita Federal a celebração de convenios com os municipios.

Razão da existênciaO Direito Tributário contem-

plou vários impostos no or-denamento jurídico pátrio, e, para cada caso em questão, se tem a possibilidade de co-brar o tributo do contribuinte que estiver preenchendo os requisitos de cada tipo tribu-tário, segundo o fato gerador de cada espécie. Nessa ótica encontra-se, obviamente, o instituto do imposto em es-pécie conhecido como “Im-posto sobre a Propriedade Territorial Rural”, que, via de regra, e conforme será discor-rido, caracteriza-se por cobrar do contribuinte rural sobre a propriedade que detém, nes-sa circunstância. Tal impos-to, chamado por ITR, tem interesse especial ao Direito Agrário por fazer menção à propriedade rural, ou seja, por estar ligado a esse tipo territorial.

Fica entendido, então, que o ramo agrário do Direito busca resguardar, junto ao Direito Tributário, este imposto, cada qual com as prospectivas que lhes são atinentes: a) Direito Tributário: auferir e arreca-dar o tributo por motivo de propriedade rural; b) Direito Agrário: efetivar a proprieda-de rural como produtiva e de-sestimular a improdutividade da terra, por motivos de Re-forma Agrária, dentre outros.

Historicamente falando, esse realmente foi o objetivo

Saiba mais sobre o ITRPara saber mais sobre o ITR e atualização das declarações basta enviar um e-mail para [email protected] ou pelo fone: 12- 9727-3793. Também você pode ir pessoal-mente a Rua Alfeu Guedes Nogueira, 71, Centro da cidade, bem em frente à praça da feira de sábado (Praça BIP).

quando do estabelecimento do imposto, nas Constituições anteriores, do Brasil. Por isso, contrapondo os momentos históricos do ITR com a sua meta atual, verifica-se que o mesmo detém importância

primordial sobre o Direito (e não somente no plano agrá-rio e tributário), mas pela manutenção da terra como um todo. Essa é a razão da existência do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.

Privilegio em família

EZEQUIEL DOS SANTOSRecentemente quatro gera-ções resolveram se encontrar para uma foto em família. O JMN não poderia deixar de publicar tendo em visto a rari-dade de se encontrar um mo-mento como este. Na foto, tirada para arquivo de família, os atores privilegiados posam para fazer história.

São eles o bisavô Sebastião Pedro de Oliveira, o avô coru-ja Nelson de Oliveira, o filho Adrian Pereira de Oliveira e o Bisneto Tauan Miguel Plácido de Oliveira. É um momento que a cada dia torna-se dife-renciado que trata numa úni-ca imagem sobre a reflexão, a perpetuidade e continuidade da vida. Parabéns a família!

Page 14: Jornal Maranduba News #52

Página 14 Jornal MARANDUBA News Agosto 2013

Festa do Senhor Bom Jesus na Caçandoca traz boas recordações a moradoresEZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 4, após a mis-

sa celebrada pelo padre Ma-noel na Capela da Caçandoca, alguns moradores participa-ram de uma antiga tradição daquele território. Foi um evento que rememorou boas lembranças das festividades do dia do Senhor Bom Jesus, que no passado era coroado de maior pompa e circuns-tancias. Neste dia uma família ou um membro da comuni-dade prepara uma recepção a outros membros da mesma comunidade, visitantes, fami-liares, amigos e devotos do Senhor Bom Jesus.

Segundo a Professora Dou-tora Patrícia Martins da facul-dade Dom Bosco de Monte Aprazível-MG, a devoção do Senhor Bom Jesus, integra nosso patrimônio cultural, quer dizer, faz parte de uma tradição trazida para o Brasil junto com os portugueses, e preservada em diferentes lo-calidades pela devoção dos fiéis e dos párocos em suas paróquias.

Indícios apontam que no quilombo a devoção ficou por muito tempo a cargo de Isa-bel da Mata Amorim, que em sua época era considerado “o evento”. Naquele período o local era rodeado por roças, criação e muita simplicidade.

Todo dia 6 de agosto ha-via a tão acalorada festa, os preparativos levavam quase uma “somana” (semana) de preparação. O entorno da pro-priedade era roçado, em volta da casa era uma varrição só, preparavam os canteiros de flores, davam um trato nas imagens de santo, passavam a “bassora” (vassoura) de mato dentro de casa, depois “pinchavam” (jogavam) água no chão batido para diminuir a poeira. Enfim a festança começava no raiar do sol e terminava no cerão da noite. Havia muito doce de mamão

caseiro e bebidas da região. Para a preparação havia os

bilhetinhos indicando quem ia fazer o que, quem seria os fes-teiros, quem cuidaria da ban-deira, o capitão e o ajudante pra cuidar do mastro. Como de costume havia a função, o bate--pé que hoje raramente se vê.

O quilombola Miguel da Mata Amorim, 75, filho de Isa-bel, se recorda com facilida-de deste tempo, “é uma das minhas primeiras lembranças quando criança, a gente ti-nha medo dos foguetes, vinha gente do Morro da Quina, do Bonete, Serra Acima, de toda

a Caçandoca, de muitos luga-res”, relembra Miguel. Fala ainda que “depois da morte de minha mãe o trabalho ficou a cargo da Jacinta, da Elea-nora”. Após o falecimento da Isabel, a imagem foi pra cida-de com outra filha de Isabel - a Catarina.

Um belo dia Jacinta Antunes de Sá, 87, foi buscar a ima-gem e a festa continuou a acontecer na capela até o dia do incêndio criminoso, de-pois foi aonde havia espaço. Segundo Jacinta, a comadre “Zabé” (Isabel) fazia a festa no dia do santo mesmo, hoje

fazem no dia que dá, comenta a quilombola.

A festa, que aconteceu do-mingo dia 4, ficou a cargo de uma das filhas de Jacinta, a Benedita e alguns colabora-dores.

Neste território tão impor-tante, alguns moradores, bem ou mal, mostram a fé de uma prática religiosa muito antiga, já que a fé no Senhor Bom Jesus está sempre associada aos milagres de prosperidade do lugar onde ela se encontra. Milagre que também é uma expressão de fé dos fiéis que o cultuam.

É fácil saber porque esta pratica está na maioria das cidades praianas ou das mar-gens dos rios, é que a práti-ca do culto ao Nosso Senhor Bom Jesus começa junto com a história do Brasil, junto com a história dos primeiros povo-ados que viraram cidades, e se confunde com a história de vida das pessoas que preser-varam seu culto, passando-o de geração em geração.

Segundo a historiadora mi-neira, mais do que a manu-tenção de uma cultura, o culto do nosso Senhor Bom Jesus é um ato puro de fé, proteção e prosperidade, o que, por enquanto, a nossa região se mostra com alguns guardiões dessa rica cultura religiosa.

COMUNICAÇÃO PMUAtravés da parceria com a

Fundação Instituto das Terras- a ITESP, aconteceu em Ubatuba no final de semana passado (16,17 e 18/8) a Feira Paulista de Assentamentos e Quilombos, que tem como objetivo forta-lecer e apoiar as comunidades quilombolas do Estado de São Paulo. O evento contou com representantes dos quilombos de Ubatuba: Camburi, Casanga, Caçandoca e Fazenda Picingua-ba, que mostraram sua arte, suas comidas típicas e ainda muitas atrações culturais com o apoio da FundArt.

Na abertura do evento, além de autoridades locais, Ubatuba recebeu o Sr. Marco Pilla, Dire-tor Executivo do ITESP e da Se-

Evento reune comunidades quilombolas de Ubatubacretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania que em discurso colocou a questão das comu-nidades quilombolas que se encontram dentro dos Parques Estaduais e que as restrições das leis ambientais prejudicam diretamente esta população. “É fundamental que a titularidade das terras quando inseridas em terras públicas sejam passadas a estas comunidades. Acredita-mos que só assim devolveremos a plena cidadania a estas comu-nidades e com o fortalecimento da agricultura familiar, garantir seu sustento.” ressaltou Pilla.

O Vice Prefeito de Ubatuba, Sergio Caribé entregou quatro kits para a montagem de pada-rias nos quilombos. Estes kits doados pelo ITESP fizeram par-

te de um curso de capacitação que atendeu os assentamentos da região de Ubatuba. “Deve-mos lutar para a manutenção e apropriação das terras destas comunidades. Temos muito que aprender com este povo que é arquivo vivo da nossa história” finalizou Caribé.

As comunidades instaladas em terras devolutas (terras pú-blicas estaduais) são tituladas pelo Estado e a situação dos remanescentes dos quilombos de Ubatuba é preocupação e foco da Prefeitura, que entende o direito destas comunidades a propriedade e necessidade da regularização de suas terras para a preservação de sua cul-tura como também garantir a subsistência destas famílias.

Page 15: Jornal Maranduba News #52

Agosto 2013 Jornal MARANDUBA News Página 15

Coluna da

Adelina Campi

Porque enquanto houver a esperança, nenhum sonho está perdido!

Você faz idéia de como a sua vida está mudada? Você tem consciência que vive um momento rico, importante e intenso?

É porque na verdade, estamos presenciando um momento de transformação em todos os campos, princi-palmente no campo da infor-mação, né?

E o ritmo de mudança em nossa vida tem sido muito acelerado.

Estamos avançando veloz-mente para uma nova era de percepção e consciência e não nos damos conta disso.

Nada tem ficado fora dessa transformação. Ninguém sabe o que irá acontecer de um dia para outro. Como é que você está reagindo a estes tempos de mudanças cada vez mais rápidas?

Tenha Esperança

Está se agarrando ao passa-do, ou acompanhando o fluxo das mudanças? Onde estão depositadas suas esperanças?

E apesar de todos os desen-contros, de todos os obstácu-los, das dificuldades...

Apesar das portas fechadas, e que as vezes estão aparen-temente fechadas, ainda sim é preciso manter a esperança que vive em você!

A esperança que amanhece com você e percorre o dia todo e se fortalece com as horas.

E quando estiver com os pensamentos confusos e com as idéias não muito claras, não desista! Quando seu caminho estiver tortuoso e sentir que suas chances estão diminuí-das, lembre- se da esperança que deve ter sempre.

Afinal, esperança é a certeza de que algo de bom vai acon-tecer, certo? É a confiança que tudo vai dar certo!

Lembre-se sempre que a

esperança move a sua vida, faz você andar pra frente, faz você se sentir gente! E gen-te importante! Por isso que é bom perguntar todos os dias quais são seus projetos de vida?

Por que e por quem você tem lutado tanto? Desendure-ça o seu coração e abra mais a sua mente! Acolha as pessoas em sua vida! Deixe a fé brotar em sua vida. Tenha fé na vida, em você! Tenha fé em Deus! Tenha fé em realizações gran-diosas, tá?

E pare de ter sonhos vagos e esperanças pequenas!

Desejo que você nunca de-sista, porque enquanto houver a esperança, nenhum sonho está perdido! Nenhum!

Bom Dia! Bom divertimento! Sucesso, Saúde e Paz!

“O amor está em você! E a esperança será sempre a sua aliada para libertar os seus medos, o seu orgulho”

Guia da Marandubae Região Sul de Ubatuba

2013/2014

GARANTA JÁ SUA INSERÇÃO!Ligue:

(12) 3832.6688(12) 9714.5678(12) 7813.7563

NEXTEL: 96*28016

Page 16: Jornal Maranduba News #52