jornal maranduba news #71

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Maranduba, Abril 2015 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 6 - Edição 71 Diminuição da atividade turística na região poderá ocorrer também por conta da erosão, conclui especialista da UFRJ

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Notícias da Região Sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #71

Maranduba, Abril 2015 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 6 - Edição 71

Diminuição da atividade turística na região poderá ocorrer também por conta da erosão, conclui especialista da UFRJ

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Página 2 Jornal MARANDUBA News Abril 2015

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Editor Chefe: Emilio CampiJornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477

Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SPConsultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801

Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961

Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Os agricultores rurais terão até o dia 6 de maio para se inscrever no CAR (Cadastro Ambiental Rural), evitando, assim, passar por problemas legais no futuro. Devido à im-portância da inserção de dados dentro do prazo, a secretária estadual do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, tomou a ini-ciativa de alertar os agriculto-res sobre a necessidade de ca-dastramento no sistema, que contém uma base de dados geoespacial com informações sobre limites, vegetação nati-va, rios, córregos e nascentes.O anuncio foi realizado em

fevereiro na cidade de Cam-pinas em evento cujo objetivo foi de mobilizar os dirigentes quanto à inscrição no CAR.Além de Patrícia Iglecias,

participaram do encontro o se-cretário de Estado da Agricul-tura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, e o presidente da Fa-esp, Fábio de Salles Meirelles. ”Quem descumprir o prazo pode ser autuado por não ter o CAR”, disse a secretária, acrescentando que o cadastro é pré-requisito para o crédito agrícola e exigido por cartórios para alterações no registro do imóvel. O documento também é obrigatório para a solicitação de licenciamento ambiental. “O CAR é um cadastro eletrô-nico obrigatório e declaratório,

Secretaria do Meio Ambiente de SP convoca agricultores para inscrição no CAR

fundamental para a conser-vação ambiental, adequação ambiental das propriedades, combate ao desmatamento ilegal e monitoramento das áreas de restauração”. O cadastro auxiliará, ainda, o

cumprimento de metas nacio-nais e internacionais, do ponto de vista de restauração, além de facilitar o licenciamento da propriedade. A importância do CAR também se relaciona com o chamado Programa de Re-gularização Ambiental (PRA), criado pelo novo Código Flo-restal. “No caso de São Paulo, já está em vigor através da lei estadual n° 15.684, de 2015″.No Estado de São Paulo, o

cadastramento é feito há mais de um ano. Até o dia 9 de fevereiro, foram registrados 43,7 mil cadastros de proprie-dades no CAR-SP, com área

total de 4,4 milhões de hec-tares, correspondente a cerca de 25% da área cadastrável. Em Ubatuba as propriedades

e posses rurais tem os dados inscritos no sistema de Ca-dastro Ambiental através do o STTR que possui um cadas-trador autorizado cuja agenda começa a ficar sem espaço para atender tanta demanda. Para se inscrever o interessa-do poderá procurar o sindi-cato através do telefone 12- 99727-3793 com Tadeu ou 12- 98176-2330 com Cleber e estar com os documentos da propriedade em dia, caso não esteja basta procurar o sindi-cato para atualizá-lo. Quem não realizar o CAR

terá problemas para regulari-zar a situação de suas terras frente aos governos estadual e federal.

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Abril 2015 Jornal MARANDUBA News Página 3

Prefeitura não cumpre prazo para entrega da UPA na regiãoO término da obra da Unidade

de Pronto Atendimento 24 horas da região expirou e frustra mo-radores, visitantes e turistas que aguardavam utilizar os serviços de saúde desta unidade. Os serviços começaram feve-

reiro de 2014 e tinha como prazo a entrega em 12 meses após seu inicio. Na ocasião da solenidade oficial o prefeito Mauricio Moro-mizato (PT) estava acompanha-do de uma comitiva de políticos, correligionários, secretários, moradores, convidados e sim-patizantes que participaram do evento marcado por pompas e circunstâncias. Na época, Alexandre Padilha,

então Ministro da Saúde estava presente. Em sua fala o prefeito fez questão de chamar atenção para a carência na área de saúde na região sul da cidade e discur-sou sobre a necessidade da ins-talação da UPA da Maranduba. O prefeito havia afirmado que

a seria apenas o primeiro passo no sentido de estender as políti-cas públicas para os bairros da região sul. “Essa obra confirma nosso compromisso em am-pliar a atuação da prefeitura em bairros como Maranduba, Ingá, Arariba, Vila Santana, Beira Rio, Sertão da Quina e ou outros. Esse é apenas o começo de um trabalho em busca de uma de-legacia, uma agência bancária, uma loteria, uma agência dos Correios e etc”, afirmava o chefe do executivo ubatubense. “Quero também dar destaque

para a importância dos vereado-res envolvidos neste processo. Em breve, eles receberão uma proposta de criação para uma Sub-Prefeitura na região sul”, completava o prefeito a fren-te dos populares (http://www.ubatuba.sp.gov.br/ministro-co-manda-cerimonia-de-inicio-das--obras-da-upa-da-maranduba/).

O Jornal Maranduba News ten-ta contatos com representantes da prefeitura desde janeiro para ouvir a prefeitura, porém o pedi-do não foi atendido até o fecha-mento desta edição. A única mo-vimentação dos últimos meses vista pelos moradores é a poda da grama do lado externo da obra e a limpeza do local. Mora-dores ouvidos pelo jornal temem que, se abandonado, o local vol-te a ser um ponto de consumo de drogas como era a antiga quadra que existia no local.

Comissão EspecialO vereador Reginaldo Fábio

de Mattos “Bibi” também do PT,

encaminhou no último dia 17 de março ao plenário da Câmara Municipal um Projeto de Reso-lução (01/15) que cria uma Co-missão Especial no legislativo ara o acompanhar as ações desen-volvidas pelo Instituto Biosaúde contratada para gerir parte do sistema de saúde no município. O vereador diz que foi informa-

do que 50% da UPA já estavam concluídos e que ao verificar no local descobriu uma grande men-tira. O Instituto Biosaúde possui um contrato com a prefeitura de Ubatuba para abrir processo de seleção para colaboradores da Rede de Saúde do município.

Não foi levantado se ela seria responsável também para ge-rir as unidades, como a UPA da região. Com sede em Mogi das Cruzes, o instituto, em sua pa-gina na internet, informa que tem por objetivo fornecer apoio técnico operacional ao desenvol-vimento de projetos na área de saúde e educação, que possui as credenciais necessárias junto

ao poder público na área e está habilitado a atuar na administra-ção de projetos e na prestação de serviços, por intermédio de convênios e contratos. Segundo Bibi, são os números

que não são informados que os vereadores e que a população quer ter acesso, tem muita coisa a ser esclarecida ainda, comenta o vereador.

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Página 4 Jornal MARANDUBA News Abril 2015

O Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra do Mar – PESM esta divulgando por email informações sobre os procedimentos para o licen-ciamento de roças dentro da Unidade de Conservação. O procedimento esta sendo

discutido dentro do Grupo de Trabalho Manejo e Extrativis-mo, equipe específica para esta finalidade. O conselho é formado por entidades civis e governamentais e nos últimos anos conseguiu avançar em al-gumas discussões. Considerada um tema de re-

levante importância ao que sobrou da comunidade caiçara dentro da Unidade de Conser-vação e dos pequenos produ-tores no município, é grande a expectativa sobre o final desta longa metragem. O parque preparou um mate-

rial de analise do procedimen-to necessário para a efetivação das roças, que visa contribuir e adequar o a uma aplicação mais próxima das necessida-des do agricultor tradicional. Na realidade os trabalhos se

arrastam desde junho de 2014 por se tratar de um complexo jogo de interesses e do aten-dimento de diversas leis e complementos que por vezes divergem. A esperança das comunida-

des que sobraram da pressão exercida pelo parque desde sua criação não é tão otimista porque o trabalho ainda será remetido à apreciação final da Assessoria Jurídica da Funda-ção Florestal. Até lá seus mora-dores continuarão sendo trata-dos pelos órgãos fiscalizadores como bandidos ambientais. Resta aguardar o desfecho.

Parque Estadual discute, após 38 anos, possível licenciamento de roças no interior

da Unidade de Conservação

Casa e roça de moradores tradicionais abandonada por pres-são do PESM desde sua criação

Na realidade os trabalhos se arrastam desde junho de 2014 por se tratar de um complexo jogo de interesses e do atendimento de diversas leis e

complementos que por vezes divergem.

Nos últimos dias 21 e 22, a UNIVIDA e a associação dos remanescentes quilombolas da Caçandoca realizaram evento de literatura, oficinas, teatro e muita interação e brincadeiras com a comunidade local. O evento é parte de uma di-

dática acadêmica de contação de história promovida pela universidade proponente, da turma de pós-graduação Latu--Sensu em literatura com ên-fase no Contador de Histórias. Como parte das atividades foi apresentada dois espetácu-los aos quilombolas e brinca-deiras para jovens e adultos. Conhecida como jornada edu-cativa, cultural, artística e de encantamentos a programa-ção é composta de shows, es-petáculos de teatros, feiras de livros, espetáculos lítero-musi-cais, espetáculos de bonecos, saraus, circo, danças, rodas, fogueiras, brincadeiras, dan-ças circulares entre outras. Desta vez o quilombo foi agra-ciado com um final de semana de programação e também com vagas a seus moradores para participar diretamente do aprendizado lá ministrado. O curso completo tem carga

horaria de 400 horas, reconhe-cidos pelo MEC e cada módulo apresenta varias atividades como contextualização sobre a arte de contar história com

Em evento de pós graduação Quilombo e Universidade promovem atividades

literárias, teatrais, culturais e de lazerenfoque social, poético, edu-cacional, artístico, literário, e profissional, por exemplo. Tradição oralPara os organizadores do

evento uma das preocupações do mundo contemporâneo tem sido a dos povos não perde-rem a memória, a história é o que identifica as pessoas e as culturas como seres integrais. A narrativa, ou a contação de histórias, é uma das atividades de resistência a essa possível perda. Para eles ouvir e contar e sem dúvida um dos mais im-portantes caminhos de resga-te, criação e recriação de iden-tidade dos povos, bem como no início da civilização, quando o conhecimento era transmiti-do de forma oral. Os organizadores destacam

que o intuito deste aprendi-zado é dar mais um impulso à memória popular, dando crédito à diversidade cultural de todos os povos do plane-ta, fruto da mistura de distin-tas etnias e culturas e nada melhor quem um território quilombola legitímo para colo-car em pratica os experimen-tos e estudos acadêmicos des-ta natureza. A universidade apresentou

também no quilombo um es-petáculo teatral intitulado “Café com Lobos” concebido e dirigido por Marcos Brytto.

EDITALCONVOCAÇÃO

A Associação dos Remanescentes da Comunidade de Quilombo Caçandoca – ARCQC - CONVOCA todos os asso-ciados para eleição de nova diretoria. A eleição ocorrerá

dia 3 de abril de 2015, sexta-feira, na sede social da enti-dade, sito a Rua Benedita Luiza dos Santos, 1474, Praia da

Caçandoca, das 9 horas da manhã às 17 horas. ARCQC.

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Abril 2015 Jornal MARANDUBA News Página 5

RC Park reúne truckmodelistas na Pousada das CachoeirasEstiveram reunidos na pis-

ta do RC Park Pousada das Cachoeiras no último final de semana vários praticantes de truckmodelismo RC em uma confraternização promovi-da pela MF Video Pr0dução, ECampi Rc Custom Models e Pousada das Cachoeiras.

O evento teve a finalidade de promover o hobby divul-gando as várias opções de modelos em controle remoto.

O truckmodelismo RC é uma modalidade que vem crescendo no Brasil. Consiste em montar e customizar mi-niaturas de caminhões, carre-tas, ônibus, tanques e carros, a maioria na escala 1/14 rádio controle.

Alex Ohara, um dos partici-pantes que veio de São Paulo/SP, comentou: “Gostei muito do Rc Park, onde mais uma vez fui muito bem recebido pelo Emilio Campi e pela Pou-sada das Cachoeiras, onde tive oportunidade de fazer novos amigos, fascinados as-sim como eu pelo truckmode-lismo, reunidos em uma pista projetada para os Trucks e modelos 1/14”.

Já Luis Fernandes, de Bertioga, disse que os dias 28 e

29 foram dias maravilhosos de realizaçoes com pessoas mais que especiais. “O encontro de truckmodelismo foi um sucesso num lugar bacana. A pista de truck é muito boa onde pode-mos desfrutar com nossos mo-delos e trocar varias experien-cias bacanas. Nao vejo a hora do proximo encontro”.

Um pouco da história da região: o “vermelho” do Atlântico

Já está marcado para ou-tubro o 3º Encontro Nacio-nal 4x4 Fun/BARDAHL de automodelismo offroad, onde as atrações principais serão modelos offroad 4x4 na escala 1/10. Também haverá a par-ticipação de trucks, tanques, tratores, ônibus e outros mo-delos em várias escalas.

Neste ultimo final de semana aqui em Ubatuba tive o prazer de conhecer o RC PARK da Pou-sada das Cachoeiras no Sertão da Quina. Como sou aeromode-lista há 35 anos , não poderia deixar de prestigiar essa atitude de mostrar para Ubatuba que nós temos aqui tbm pessoas que passam uma imagem posi-tiva da cidade e que temos mui-to a oferecer, não só para os da cidade como para os amantes do modelismo da região. Ali tive o prazer de conhecer

e ver o trabalho fantástico de varias pessoas que vieram ex-clusivamente para esse encon-tro, pessoas de São josé dos Campos, Sorocaba, São Paulo, Itajai/SC e de outros lugares. Parabéns pela iniciativa e eu

como um velho e bom modelis-ta não poderia ficar fora .

Na proxima estarei com meu TIGER e deixo aqui o meu con-vite a todos a participarem do proximo evento, seja para par-ticipar ou para conhecer o que temos de mais modernos em caminhões, tratores, carros, tanques em RC. Valeu até a pro-xima, e que venha logo!

Luis Stocco - Ubatuba/SP

Diversão para todos

Fiilé e Luiz Fernandes na pista

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Página 6 Jornal MARANDUBA News Abril 2015

Caminhada de fé e exemplo de superação da cidade para o SertãoAGUINALDO JOSÉ

Com 7 horas de caminha-da, paroquianos do Centro de Ubatuba vieram até a região sul para cumprir uma tradição de fé. Vindos pelo Monte Va-lério, de forma inversa, refize-ram o caminho realizado pelas meninas quando intimadas a depor as autoridades no cen-tro sobre a visão que tiveram da mãe de Deus em 1915. O grupo que se aventurou

já é velho conhecido das ca-minhadas de fé por estas es-tradas da vida. Caminhando e cantando rezando a canção a Nossa Senhora o grupo par-ticipou do tradicional terço e celebração na região vindo a pé nos meses de fevereiro e março. Por aqui foram recebi-dos com alegria. O paroquiano Lalo ofereceu

em sua casa um café reforça-do, com sustância como dizia os antigos. Vários colabora-dores – moradores - cederam chuveiros aos caminhantes da fé neste dia. Este último com um estímulo a mais por ser o dia internacional da mulher.AgradecimentosDentre os caminhantes, a

agraciada Lúcia tinha um mo-tivo especial para vir a pé. Ela veio agradecer a Santa pela incrível recuperação que teve depois de ficar tetraplégica no ano passado. Sua fé inabalá-vel fez com que médicos de-sacreditassem de sua recupe-ração e em menos de um ano já estava dando novos passos a sua vida. Na capela de Nossa Senhora das Graças deu seu testemunho e disse que havia pedido a Mãe para que o Filho a atendesse - deu certo. Para quem não acredita ou continua duvidando, dizem os conheci-dos, tava lá a prova.

Fotos: Aguinaldo José

Os caminhantes da fé saíram da matriz em Ubatuba às 8 da manhã e por aqui chegaram por volta das três da tarde. No caminho algumas para-das, para um lanche e água. Alguns destes são moradores tradicionais, outros acompa-nham as varias procissões e manifestações da fé original da formação do Brasil.

Na caminhada os fieis vie-ram rezando o santo terço. A alegria da chegada foi no dia internacional da mulher foi sim um motivo a mais para pedir bênçãos a Nossa Senhora – exemplo de mãe e de mulher fiel da Deus e aos filhos aqui da terra, mesmo aos que não acredi-tam Nela.

Dia 29/03 Domingo de RamosCapela N.sra das Graças- Sertão da Quina as 08:00 hsCapela Santa Cruz- Sapé as 08:00 hsCapela N.sra de Fátima -Tabatinga as 10:00 hsCapela Santa Filomena - Arariba as 17:30 hsCapela N.Sra Aparecida – Sertão do Ingá as 17:30 hsCapela são Maximiliano-Lagoinha as 19:30 hs

Dia 01|04 Celebração PenitencialCapela N.sra das Graças-Sertão da Quina as 19:30 hsCapela São Maximiliano -Lagoinha as 19:30 hsCapela N.sra das Graças no Sertão da Quina vigília as 21:00 e as 06:h00 da manhã

Dia 02/04 Ceia do SenhorCapela N.sra das Graças Sertão da Quina -19:30 com adoração ao Santíssimo até as 00:00Capela São Maximiliano – Lagoinha -19:30 com adoração ao Santíssimo até as 00:00 Matriz Cristo Rei na Maranduba-19:30 hs com adoração ao San-tíssimo até as 00:00

Dia 3/04 Sexta Feira Santa-Paixão do SenhorCapela N.Sra das Graças S. Quina funções litúrgicas as 15:00 hsProcissão do Senhor Morto-Sertão da Quina as 19:30Capela são Maximiliano-Lagoinha funções litúrgicas as 15:h00Matriz Cristo Rei as funções litúrgicas as 15:h00

Dia 04/04 Vigília PascalCapela N.sra das Graças -Sertão da Quina as 19:30 hsCapela São Maximiliano-Lagoinha as 19:30 hsMatriz Cristo Rei-Maranduba as 19:30 hs

Dia 05/05 Domingo de Pascoa Domingo da Ressurreição - Missa da Alvorada Capela N.sra das Graças Sertão da Quina - 06:00 hs Capela Santa Cruz - Sapé - 08:00 hsCapela N.sra de Fátima –Tabatinga-10:00 hsCapela Santa Filomena-Araribá as 17:30 hsCapela N.sra Aparecida no Ingá as 17:30 hsCapela São Maximiliano-Lagoinha as 19:30 hs

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA 2015Paróquia Nossa Senhora das Graças – Matriz Cristo Rei

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Abril 2015 Jornal MARANDUBA News Página 7

Quilombolas pedem descriminalização de práticas tradicionais e aplicação do

Programa Brasil Quilombola com urgência

EZEQUIEL DOS SANTOSNos últimos dias 13 e 14,

comunidades quilombolas do Estado de São Paulo produzi-ram o que chamam de Carta das Comunidades Quilombolas do Estado durante a Oficina de Comercialização promovida pelo Ministério do Desenvol-vimento Agrário e INCRA em Iporanga/SP. No documento reivindicam a titulação dos ter-ritórios assim como a aplicação das políticas do Programa Bra-sil Quilombola não implemen-tadas no Estado de São Paulo. O resultado do documen-

to será acompanhado pela CONAQ - Comissão Nacio-nal Quilombola – onde a Caçandoca tem representante. A carta foi entregue a órgãos federais e estaduais que em tom de desabafo demonstra o descontentamento quilombola com a forma de como as políti-cas públicas vem sendo execu-tadas nas comunidades dentro do estado, também expressar a indignação com a ameaça aos

direitos territoriais garantidos pela Constituição Brasileira. ReivindicaçõesNa lista de reivindicações

consta a preocupação com a ameaça iminente do retroces-so aos direitos quilombolas já adquiridos, ameaça à manu-tenção do decreto 4.887/2003 (que atualmente está com a ADIN 3239 questionando sua constitucionalidade), a amea-ça da PEC 215 que retira do poder executivo e passa ao legislativo a titulação de nos-sas terras, retirada de regime de urgência do projeto de Lei (PL 7735) atualmente no se-nado, que trata do uso dos conhecimentos tradicionais e patrimônio genético. Exigem ainda a inclusão da

repartição dos benefícios de forma justa para as comunida-des tradicionais, condições de repartição e consulta que seja discutida e acordada com a Comissão dos Povos e Comu-nidades Tradicionais do Brasil, que desafetem as Unidades

de Conservação sobrepostas aos territórios quilombolas respeitando a convenção 169 que garante o direito de con-sulta prévia e informada para qualquer empreendimento ou ato que afete seus territórios, descriminalização das práticas tradicionais, que a Secretaria de Meio Ambiente estadual re-alize os Planos de Manejo nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Estado de São Paulo, buscando resolver os conflitos com os territórios tradicionais, entre outras. Já em relação à comercializa-

ção e créditos agrícolas são as mais variadas reivindicações, dentre elas do acesso as políti-cas públicas a melhores escla-recimentos das verbas desti-nadas para infra-estrutura nas comunidades quilombolas.Ao final foi produzido um abai-

xo assinado onde as lideranças quilombolas do Estado de São Paulo junto com entidades que apóiam as reivindicações en-grossaram a solicitação.

Regional Sul promove entrega de certificado do SENAI

No último dia 11, a Adminis-tração Regional Sul realizou a entrega de certificados do curso de eletricista instalador residencial ministrado pelo SENAI em parceria com a prefeitura de Ubatuba. O curso atraiu 32 alunos em

duas turmas, uma a tarde e outra a noite. O evento con-tou com a presença de Ana Lucia Almeida dos Santos Cursino, coordenadora de relacionamento com a indús-tria, Carlos Ortunho Serra, diretor da escola SENAI de São José dos Campos, Edson Ávila Ratco, professor de elé-trica que ministrou o curso, Paulo Celso de Oliveira Co-elho, supervisor de ensino da secretaria de educação municipal, Maria Rosa Con-ceição de Oliveira, secretaria adjunta de assistência social e Carlos José (Cajé), admi-nistrador regional sul, alu-nos, amigos, representantes de associações e convidados. Na fala todos mencionaram

a importância da qualificação profissional de moradores. A secretaria adjunta, Maria Rosa, lembrou da experiên-cia que teve há décadas com

o SENAI e que o curso que realizou ajudou muito em sua vida profissional. Para o professor Edson a satisfação esta também no pós curso quando o aluno, após con-cluir os estudos, liga para discutir detalhes sobre proje-tos e a profissão. Já Carlos Ortunho diz que

quando vai assinar um cer-tificado pensa primeiro em Deus e que faz questão de estar de gravata no mo-mento de assinar um certi-ficado tamanho respeito aos educandos. Carlos José fala que nunca é tarde para co-meçar e que aprender se faz necessário sempre. Os alu-nos foram chamados um a um para receber o tão espe-rado certificado, nesta hora, além das palmas pode ser ouvido outras manifestações de alegria e apoio dos com-panheiros de curso, agora de profissão. Um slide com imagens do

curso ficou a disposição do público. Ao final um comes e bebes foi oferecido aos participantes encerrando um evento que mais parecia um encontro familiar.

Jornal Maranduba News

ANUNCIEAQUI

(12) 99714-5678(12) 3832-6688

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Página 8 Jornal MARANDUBA News Abril 2015

Diminuição da atividade turística na região poderá ocorrer também por conta da erosão, conclui especialista da UFRJ

EZEQUIEL DOS SANTOSCom 117 páginas, o estu-

do do pesquisador Leonardo dos Santos Pereira, mestran-do em geografia pela Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro intitulado “Análises físico-químicas de solos com distintas coberturas vegetais e processos hidroerosivos em área degradada na bacia do rio Maranduba - Ubatuba, São Paulo” mostra a realidade nua e crua da atual situação do solo e suas característi-cas dentro da região sul de Ubatuba. Preocupante é saber que

o estudo aponta problemas que podem afetar diretamen-te não só de moradores, mas de toda a fauna e flora local e consequentemente da econo-mia regional. Tudo por conta, segundo o estudioso, do ace-lerado processo de erosão de nosso solo, encostas, morros e montanhas da bacia hidro-gráfica (área na qual ocorre a captação de água – drena-gem - para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas) do Rio principal - o Maranduba. As implicações quanto a esta degradação são econômicas, sociais e ambien-tais aponta o estudioso. Foram dados recolhidos e

catalogados em árduos 17 meses de monitoramento, ini-ciado em agosto de 2013 até dezembro de 2014, totalizan-do um ano e cinco meses de estudo. PrejuízosA alteração da dinâmica

do solo causa perturbação nos sistemas de captação de água das chuvas, como o assoreamento dos rios – o que

já acontece com a foz do Rio Maranduba. Isso afeta a quali-dade da água devido à quanti-dade de material que acumula no fundo dos rios, cuja origem é do escoamento de ambien-tes degradados. Logo, os prejuízos também

são de ordem social e econô-mica, pois a sociedade sofre as consequências dos efeitos de impactos ambientais nega-tivos também fora do local, ou seja, a erosão tem suas con-seqüências danosas, não ape-nas onde ela ocorre, mas seus efeitos podem ser notados vários quilômetros do local de onde o processo erosivo este-ja acontecendo e pode afetar inclusive praias, mar áreas de banho, espaços a beira do rio, campos, praças, roças, casas, comércios, estradas e outras estruturas, por exemplo. O estudo acrescenta dados

de outros pesquisadores e fala que a região de Ubatuba é bem suscetível aos escor-regamentos, também da pre-ocupação do risco natural de movimentos de terra ou rocha que esta região apresenta. A maior freqüência de tais

movimentos se multiplica de-vido ao inadequado uso e manejo da área por parte da população local, com constru-ções irregulares, e também, com o turismo predatório. Segundo o pesquisador num cenário hipotético hollywoo-diano, daqueles de filmes do final dos tempos, as florestas perderiam a sua função de equilibrar o meio ambiente, afetando, por exemplo, o ciclo natural da água, onde diversas espécies de animais e vegetais também deixariam de existir, isto é, se a absorção da água

da chuva pelo solo não tiver equilíbrio natural culminaria no rápido escoamento super-ficial das encostas para o rio com grande carga de partícu-las de diversos materiais. Trocando em miúdos, tal

processo, aliado a descarga de esgoto, lixo e outros ma-teriais, provocaria catástrofes como a definitiva poluição dos rios, que além de ruim ao meio ambiente e a sociedade seria pior ainda aos negócios. No caso deste cenário, o

assoreamento dos rios se-ria muito mais intensificado, pois o fluxo do escoamento nas encostas ocorreria em maior concentração, sendo mais volumoso, com elevada capacidade de arraste de ma-terial, como as partículas de solo. Como consequência do assoreamento dos rios, sur-ge em maior probabilidade as ocorrências de inundações e enchentes nas cidades, cau-sando transtornos sociais.

Neste cenário também se-ria possível observar gra-ves perturbações no sistema ambiental pela sua fragilidade às ações não conservadoras dos seres humanos, isto cau-saria as florestas, por exem-plo, um processo de extinção muito mais acelerado do que já se encontram atualmente em alguns lugares, que um

dia foi uma exuberante Mata Atlântica, comenta Leonardo. Para que isso não se torne

uma realidade possível o es-tudo aponta, por assim dizer, principalmente ao poder pú-blico, uma diretriz colabora-tiva para a realização de um trabalho de melhor planeja-mento do uso e ocupação do solo da região.

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Abril 2015 Jornal MARANDUBA News Página 9

Papel da geografia à população local Assim, reitera o pesquisador,

“se a geografia do lugar so-fresse com a total negligência dos indivíduos e das autorida-des seria comprometida com uma brusca transformação ambiental, social e econômi-ca”, reitera o mestrando. O papel da geografia, des-

se modo, é compreender a interação entre sociedade e natureza, pensando em for-mas sustentáveis de produ-ção social do espaço, além de viabilizar meios de mitigar a degradação ambiental. Nes-sa perspectiva é que surgem estudos importantes para so-lucionar tais problemas, como os estudos coordenados pelo professor titular da Univer-sidade Federal do Rio de Ja-neiro, doutor Antonio José Teixeira Guerra. O Laboratório de Geomorfo-

logia Ambiental e Degradação dos Solos (LAGESOLOS), que Guerra coordena é referên-cia em diversas pesquisas no município de Ubatuba e fora dele, como aqui é o caso do estudo da Doutoranda Maria do Carmen Oliveira Jorge, que tem o objetivo de analisar as potencialidades e limitações das trilhas do município para adequado uso e manejo do mesmo, pesquisa muito im-portante aos operadores do turismo, seja ele de qual mo-dalidade for. Já a Mestranda Aline Muniz

Rodrigues tem a sua disser-tação de mestrado pautada na análise da degradação dos taludes da bacia do rio Maranduba. “A minha pes-quisa de mestrado tem como objetivo fazer um diagnóstico ambiental de solos degrada-dos em terrenos de baixa de-clividade em uma sub-bacia do rio Maranduba em Ubatuba, a fim de se entender e totalizar

os fluxos de escoamento su-perficial, correlacionando com os índices pluviométricos e a hidrologia do solo em zona não saturada. Nessa pers-pectiva, pretendeu-se diag-nosticar também o nível de resistência do solo (Aspectos Físico-químicos) frente aos agentes modeladores do rele-vo, ou seja, entender o solo como um sistema ativo nas interações com o meio am-biente, utilizando os resulta-

dos obtidos para a difusão do conhecimento científico para a população local. Folder a comunidadeEmbora seja um estudo ex-

clusivamente técnico, o pes-quisador se preocupou em so-cializar os dados colhidos, por isso elaborou, de forma sim-ples e didática, um folder que resume o pra que serve tan-to trabalho e pesquisa e que convida as pessoas a entender a dinâmica da erosão. O estu-

do fala um pouco das caracte-rísticas gerais de Ubatuba, de um breve histórico do municí-pio, das formas da superfície e da formação do solo na re-gião, dos volumes das chuvas também. Ao final fala da es-tação experimental onde tudo aconteceu pelo menos grande parte do estudo. O pesquisador agradece a

Annie Kamiyama, ao Sitio Re-canto da Paz – Gengibre de Ubatuba e ao técnico de aferi-

ção da estação Sebastião Jor-ge, também aos parceiros de pesquisas que colaboraram na coleta e processamento de informações a este importan-te estudo. A PROMATA solicitará uma

cópia do trabalho para ficar disponível as autoridades, a comunidade, outros pesqui-sadores, curiosos, alunos e professores na biblioteca Do-raci em sua sede no Sertão da Quina.

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Página 10 Jornal MARANDUBA News Abril 2015

Integrante da PROMATA participa de oficina sobreo enfrentamento a violência

contra a mulher em Bauru/SP

Nos últimos dias 10, 11 e 12 de março a integrante da Promata Isaura Monteiro participou de oficina sobre o enfrentamento a violência contra as mulheres do campo, da floresta e das águas realizada em Bauru/SP. Organi-zado pela FETAESP – Federação dos Trabalhadores na Agricul-tura Familiar do Estado de São Paulo e CONTAG – Confedera-ção Nacional da Agricultura, a oficina tem como objetivo for-talecer ações estratégicas para a criação e efetivação do fórum estadual de enfrentamento a violência contra as mulheres deste segmento. Representando cada qual sua

região, 30 mulheres participa-ram da oficina que aconteceu no Obeid Plaza Hotel. O evento contou com a participação de Sonilda Pereira, assessora de mulheres da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Números da violência contra mulheres no país

Houve uma palestra de Elaine Polidoro, assistente social da Se-cretaria do Bem estar Social de Bauru e coordenadora do Centro de Referência da Mulher. Duran-te os três dias, diversos dados foram apresentados, entre eles o fato de que 15 mulheres mor-rem por dia no Brasil vítimadas pela violência familiar. Por ano, esse número supera cinco mil mulheres. Além disso, o Brasil é

o sétimo país em violência con-tra mulheres. Após o evento foi elaborado

um documento que será enviado ao governador Geraldo Alckmim com as demandas do grupo. As mulheres pedem ao governador que as unidades móveis cum-pram de fato o seu papel e aten-dam as mulheres que trabalham na agricultura e sofrem algum tipo de violência. É que o esta-do de São Paulo recebeu duas unidades móveis e 450 mil reais para sua manutenção, mas elas ainda não estão funcionando. As unidades móveis são ônibus

adaptados com salas de atendi-mento e profissionais capacita-dos para atender e informar as mulheres vítimas de violência sobre seus direitos. Segundo Isaura, “na oficina

foi discutida a prevenção, ações educativas e culturais que in-terfiram nos padrões sexistas, empoderamento da mulher, for-talecimento e cruzamentos de dados na rede de atendimento a mulher vitima de agressão, capacitação de agentes públicos ações punitivas e cumprimento do rigor da lei Maria da Penha e da nova lei do feminicídio san-cionada na véspera do encontro (9 de março) considerada uma conquista de nós mulheres, pos-so dizer que a oficina foi muito positiva e deveria ser estendida as regiões”, finaliza a ativista. Fonte: FETAESP

No último dia 8, na Capela de Nossa Senhora das Gra-ças, Sertão da Quina, a Rede Vida de TV realizou uma ma-téria intitulada “Ubatuba ce-lebra 100 anos da aparição de Nossa Senhora das Gra-ças” exibida no dia seguinte (9) no JCTV daquela rede de televisão. A matéria tratou resumida-

mente de mostrar outro lado da cidade, não só de praias e surfe, mas da formação his-tórica, cultural e religiosa da formação original deste povo, especificamente do século de aparição da bela senhora na região sul do município. O prefeito Mauricio Moro-

mizato também na entrevista salienta que na ocasião da canonização de Padre José de Anchieta (que serviu de moeda de troca entre índios e colonizadores) o Papa cita duas cidades – São Paulo e Ubatuba, para o prefeito isto

Matéria sobre um século da aparição de Nossa Senhora na RedeTV

reforça a formação cristã na origem da cidade. Já na região sul o repórter

Thiago Fagnani fala na ma-téria que o local guarda uma devoção centenária. Entre-vistando alguns moradores ele se depara com varias in-formações sobre o ocorrido na localidade em 1925. O fiel Manoel Celestino mos-

tra um book com informa-ções e fotos antigas para que o repórter entenda melhor a trajetória de luta e resistên-cia da população local para manter esta tradição acesa. A imagem mostra centenas

de fiéis na capela e na entre-vista o padre Daniel Inácio explica o porquê deste acon-tecimento não ser conhecido no Brasil. Segundo ele, trata--se de um fenômeno que ain-da não é algo que possa ser proclamado como oficial, “a igreja está acompanhando, colhendo os testemunhos e

realizando a vivencia da de-voção popular”, fala o padre ao repórter. Ao final o repórter fecha a

matéria falando da devoção e mobilização do povo pela mãe de Deus na região que realmente comove e reforça a fé de todos os católicos. A equipe de TV mostra tam-bém o Morro do São Cruzeiro (Emaús), a igreja do Itaguá, a Matriz no centro da cidade e a estátua de Padre José de Anchieta na Praia de Iperoig. A matéria pode ser aces-

sada através do sitio da internet da JCTV da REDETV no seguinte endereço:http://redevida.com.br/programa/jctv/ubatuba-celebra-100--anos-da-aparicao-de-nos-sa-senhora-das-gracas.html. A equipe de reportagem finaliza os trabalhos agra-decendo a prefeitura de Ubatuba e a Secretaria Mu-nicipal de Turismo.

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Abril 2015 Jornal MARANDUBA News Página 11

Especialistas em Geoturismo, parceiros da PROMATA, proferem

palestra em faculdade inglesa

Embaixador da Bulgária, na Moldávia, elogia livro da Ilha Anchieta

EZEQUIEL DOS SANTOSIntitulado “Geoconservation

and Geotourism, in Ubatuba - São Paulo State - Brazil, re-lated to soil properties (Geo-conservação e Geoturismo, em Ubatuba /Estado de São Paulo / Brasil, relacionada com as propriedades do solo), os especialistas em geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, Antonio José Teixeira Guerra e Maria do Carmo Oliveira Jorge pro-feriram importante palestra a professores e doutorandos da Faculty of Science and Engine-ering (Faculdade de Ciências e Engenharia) da Inglaterra. A palestra é parte de um se-

minário sobre Geoturismo, Ge-oconservação e Geodiversida-de da bacia do rio Maranduba, relacionado às propriedades dos solos e das trilhas. “A re-percussão foi ótima e tivemos perguntas bem interessantes, uma professora que é ecólo-ga ficou bem interessada em fazer um trabalho de campo conosco em Ubatuba, para isso tentaremos verba da Ca-pes (Comissão de Aperfeiçoa-mento de Pessoal do Nível Su-

perior) ou do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para trazê-la”, diz o especialista, também ressalta que “esta ecóloga é considerada na Eu-ropa uma grande autorida-de na área, uma profissional muito competente e ao mes-mo tempo, uma pessoa super simples”, reitera professor Guerra. Outro especialista que virá ao

Brasil, a Ubatuba especifica-mente, será o professor Mike Fullen, mesmo com a agenda sempre lotada tem sua che-gada prevista para fevereiro de 2017. Na agenda de Fullen está a visita a Ubatuba para uma palestra, uma conversa com a PROMATA e a realiza-ção de trabalhos de campo com os parceiros brasileiros. Os especialistas brasileiros

enfatizaram, na palestra aos ingleses, as parcerias entre a UFRJ, PROMATA, Jornal Maranduba News e comunida-des e seus resultados positivos que futuramente todos pode-rão usufruir diretamente. O terreno está preparado agora é só plantar pra colher.

Após o lançamento do Livro “Imigração no Brasil - Búlgaros e Gagauzos Bessarabianos” do brasileiro e membro da Asso-ciação Pró Resgate Filhos da Ilha Anchieta Jorge Coccicov no renomado Instituto de Et-nografia e Folclore e Museu Et-nográfico (IEFSEM) na Bulgária em 20 de janeiro, varios foram os comentarios na europa so-bre o trabalho de Coccicov. Desta vez foi Ivan Duminika,

renomado historiador e co-mentarista búlgaro que trata do tema como de importante relevancia a historiografia das migrações européias, principal-mente de seu país de origem. Fala dos renomados membros das varias ciencias que parti-lharam da felicidade e alegria de apreciar uma história real acontecida com europeus na América do Sul, precisamente em Ubatuba no estado de São Paulo (Ilha Anchieta). Fala da apresentação oficial do livro ocorrida na Biblioteca búlgara “Hristo Botev”, em Chisinau, capital da Moldávia, no último dia 20 de fevereiro promovida pela Sociedade Científica de Búlgaros, da República da Mol-dávia (NDB em PM). O presidente da instituição,

Professor Nikolay Chervenkov, autor do prefácio, prepararou uma narrativa detalhada da edição búlgara, metas e objeti-vos do livro e agradeceu a de-dicação da Agência Estatal de Búlgaros no Exterior, que pro-porcionou a edição do livro, no idioma búlgaro. Os tradutores, colaboradores e entusiastas foram relembrados. Duminika enalteceu o estudo, caracte-rizando-o como grande contri-buição e importância para o futuro estudo dos problemas dos nossos compatriotas no

Brasil, que saindo da Bessará-bia, se instalaram lá, em 1925-1926. Maria Veliskar com lem-branças e laços com parentes no Brasil, compartilhou desse posicionamento. Por último o embaixador da da Bulgária, na Moldávia, Peter Vulov, elogiou o trabalho de Jorge Cocicov, que segundo ele, Coccicov terá amplo espaço entre os mem-bros da comunidade búlgara na Moldávia e na Ucrânia.

ResumoEm 1926 cerca de 2000 Búl-

garos e Gagaúzos Bessarabia-nos vieram, depois de chega-rem ao Brasil como imigrantes, escoltados da Hospedaria dos imigrantes de São Paulo para a Ilha dos Porcos (Ilha Anchie-ta). Na ilha permaneceram em condições prisionais porque haviam se rebelado contra a transferencia das fazendas paulistas de café cuja situação de varios compatriotas eram aos de tratamento de regime de escravidão. Então no intervalo de 100

dias, em 1926, 151 imigrantes morreram envenenados por injestão de mandioca brava e consequentemente por falta de atendimento médico. Destes 97% (143) eram crianças, al-gumas recém nascidas.

A lista com os nomes dos imi-grantes está colocada na pare-de do centro de visitantes da Ilha Anchieta. Os nomes cons-tam no Livro de Registro de Obitos, C 14 e folhas seguintes no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de Ubatuba. No século XIX, estes povos

saíram da Bulgaria (sob domi-nio dos Turcos) e foram para a Bessararbia antiga provincia da Russia sob o dominio usur-pador da Romenia entre 1918 e 1940. Foi neste período ne-gro da história do antigo con-tinente que, em 1926, cerca de 25.000 bulgaros e bessas-rabianos vieram para o Brasil, destes 151 faleceram na Ilha Anchieta. A história é muito interessan-

te, principalemnte aos brasilei-ros que não conhecem a ver-dadeira história do país, quem dirá a de seu municipio e o que aconteceu em seu terri-tório. Quem quiser aventurar--se mais por esta história é só viajar pelas páginas de “Imi-gração no Brasil - Búlgaros e Gagaúzos Bessarabianos, Edi-tora Legis Summa, autor Jorge Cocicov” e entrar nesta his-tória real que aconteceu bem próximos dos Ubatubanos e Ubatubenses.

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Página 12 Jornal MARANDUBA News Abril 2015

“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 12Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.

EZEQUIEL DOS SANTOS“Revista O Cruzeiro - Edição

38, Rio de Janeiro, sábado, 5 de julho de 1952, ano XXVI”. Co-meça a caçada aos evadidos, os já recapturados contam o sofri-mento, alguns arrependidos se entregam. Agora se contabiliza os atos de heroísmo e bandida-gem. Já era possível saber de alguns dos bandidos que fugi-ram. Em Ubatuba, por exem-plo, foi ferido a bala Geraldo Fonseca de Souza, vulgo “Diabo Louro”, que teria sido atingido dentro dia delegacia e onde foi deixado nu. Sem qualquer as-sistência num período de 48 horas foi deixado os foragidos José Câmara e Alcides de Souza Silva. Segundo dados oficiais da época também foram mortos Deiko Diameto e Domingos da Cunha. O primeiro foi atingido por uma bala nas nádegas que saiu pelo peito e que implorava encarecidamente aos soldados que acabassem de matá-lo. O segundo, antes de morrer, de-clarou que foi metralhado na praia quando queria se entre-gar. Ferido, com os intestinos perfurados e para fora do cor-po, deram-lhe água para beber, não resistiu é óbvio, menciona o documento. Enquanto isso a Polícia Ma-

rítima de Santos varria toda a costa de Caraguatatuba ao Ubatumirim preparadas para qualquer emergência ou situa-ção. Posteriormente engrossou a equipe que caçava Pereira Lima lá pelas bandas de Parati--RJ, que segundo populares es-tava acuado na serra. Outros eram levados a

Ubatuba e atirados a terra como sacos de feijão, a maioria sem condições de socorrer por conta dos ferimentos à bala. Restou para grande maioria destes esperar a morte lenta e gradual, outros chegaram mor-tos, segundo o médico do 5º Batalhão de Combate. Na mata e nos caminhos a ca-

çada era implacável, a pressão sobre os fugitivos era tamanha que alguns se entregavam em estado de choque, inclusive feridos pelos policias 24 horas antes de se entregar. Os soldados adentravam a

mata atlântica, uns cumpriam apenas seu dever, outros exa-geravam em sua autoridade. Tudo era vasculhado, absoluta-mente tudo. Os soldados conta-vam ainda com moradores ar-mados para esta ação. A cadeia de Parati, que há vá-

rios anos não guardava nenhum preso, desta vez estava cheia. A pacata cidade se viu chocada com o aparato que se montou em suas cercanias para a re-captura dos presos da Ilha An-chieta. Lá foi morto o Ezequiel de tal, sendo que José da Silva teria se enforcado no banheiro da cadeia temendo o rigor de sua pena. Oficialmente os fugitivos re-

capturados até o dia 24 foram: Antenor Álvaro dos Santos, Mo-acir Vasconcelos, José de Mou-ra, Luis Farias Pacheco, Manoel Antonio da Silva, Oswaldo So-ares, Grinaldo Pereira, Mano-el Venâncio da Silva, Benedito de Barros, Pedro Serafim dos Santos, Roberto Silva Junior, Sebastião de Araújo, Julio Pe-reira da Cruz, Oswaldo de Sou-za, João Alves Filho, Manoel Marino de Castro, José Alves da Silva, Mauro Moreira, Oscar Kesbvskin, Benedito Mateus de Carvalho, Mauricio Anastácio, Valdemar Ferreira da Silva, José de Oliveira, Adelino de Souza Filho, Joaquim Parreira, Roberto de Sá, Antonio Adão e José da Silva. Estavam ainda fora das mãos da polícia até este dia 94 fugitivos. O documento analisado pelos

repórteres da época aponta que havia no dia da rebelião na ilha 452 detentos, sendo que, depois da fuga, segundo o Diretor, fi-caram uns “duzentos e poucos”, recapturados 37, dois feridos e dois mortos. O documento dos repórteres ainda supõe que 30 ou 40 – o que acham ser irre-al – tenham sido assassinados pelos próprios companheiros. Sobrariam mais de 150. Nota-se que só em Parati foi

localizado Pereira Lima che-fiando 60 homens. Havia ainda grupos de fugitivos não localiza-dos em Ubatuba, Ubatumirim, Caraguatatuba e Enseada. Além da própria ilha e dos que já haviam vencido a serra e que

não deveriam ser poucos. Com esta conta maluca os repórteres questionam que, a exceção de dois cadáveres, ninguém viu os outros corpos que a policia diz ter encontrado mortos, questio-na o documento. A pergunta que fica é que será que teriam sido atirados ao mar? Ou sepul-tados secretamente? Ou sim-plesmente não morreram? Perdurava então varias dúvi-

das, questionamentos e mis-térios que não batem com a realidade da sangrenta tragé-dia. Dos que teriam mortos nas águas do presídio porque ne-nhum ainda havia boiado? Os moradores da época -

maioria de pescadores – foram entrevistados sobre a situação do mar naquela semana, foram categóricos em dizer que o mar não é - como costumam dizer - infestado de tubarões e tin-tureiras. Eles aprecem sim em determinadas épocas do ano, dizem os pescadores, e, não há registros que haviam comido al-gum ser humano. Para fins de ajustar a história a que de fato

aconteceu. O “Filho da Ilha” Célio Sales

de Almeida, 70, que estava no dia da rebelião corrige os fatos informando que na edição an-terior foi descrito que o Cabo da Força Pública José Sudário Franco, cujo apelido era “Pa-quéra”, atravessou o boqueirão. Na realidade ele atravessou na canoa de um caiçara como ca-rona. Quem nadou o boqueirão foi o soldado Simão Rosa da Cruz que conseguiu fugir da fú-ria dos bandidos e assim venceu a nado o boqueirão. Ele alcan-çou a praia da Enseada e de lá

conseguiu comunicar as auto-ridades em Caraguatatuba que posteriormente comunicaram a capital. Depois da rebelião, neste caso

especifico, o Cabo Sudário foi reclamar uma promoção e reco-nhecimento por supostamente conseguir avisar outras autori-dades, porém estava tudo certo para que o soldado Simão rece-besse o reconhecimento, como os dois estavam disputando a vaga, nenhum dos dois recebeu. Na próxima edição o que diz a

opinião pública e algumas auto-ridades. Até lá!

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Abril 2015 Jornal MARANDUBA News Página 13

Observador de aves realiza 1º registro da ave “asa de telha” pra UbatubaObservadores de todas as

regiões do país e fora dele parabenizam o integrante da PROMATA Aguinaldo José pela façanha da realização do registro inédito para Ubatuba da “Agelaioides badius”, po-pularmente conhecida por “asa de telha”. Enquanto muitos profis-

sionais buscavam em todas as partes do sul, sudeste e algumas regiões do centro oeste do país por um registro desta ave, Aguinaldo havia acertado na loteria, é que a ave sentou no comedouro de sua casa. O observador não perdeu a oportunidade e re-gistrou majestosamente o momento. Além do primeiro registro

pra Ubatuba, seu registro é o décimo no estado inteiro, isto quer dizer que apenas 10 indivíduos em 248.209 km² - área do estado de São Pau-

lo - conseguiram fotografar esta ave. De 15 a 17 cm de tamanho,

esta ave não possui dimorfis-mo sexual (machos e fêmeas sem diferenças característi-cas). Tem cor geral marrom escuro, sendo as asas e a cauda mais escuras e as or-las das penas cobertas por um marron-avermelhado. Possui uma espécie de “mas-cara” negra ao redor dos olhos. Tarsos negros. Bico cônico. Normalmente realiza 1 ninhada por estação com 2 ovos, e é comum adaptar-se a locais semi-urbanizados, sendo comum ao redor das fazendas e nas praças de al-guns povoados do interior. Aguinaldo esta muito satis-

feito com o registro que o colocou no ranking de obser-vadores de registros inéditos e espera que a sorte venha sorrir para ele novamente.

Fotos: Aguinaldo José

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Página 14 Jornal MARANDUBA News Abril 2015

COMUNICAÇÃO PMUEquipe do Controle de En-

demias atua em diferentes bairros e intensifica ações na Maranduba e Sertão da Quina onde número de ca-sos confirmados é maiorO departamento de Vigi-

lância em Saúde da Prefeitu-ra de Ubatuba informa que a equipe do Controle de Ende-mias está desde a semana passada nos bairros Sertão da Quina e Maranduba para intensificar as ações de com-bate à Dengue por meio de uma atividade de bloqueio e controle de criadouros nos

Prefeitura intensifica combate e prevenção à Dengue

locais onde existem casos suspeitos e confirmados da doença. Os agentes percorreram

toda a área, vistoriaram re-sidências e nesta terça-feira (17), as equipes de nebuli-zação atuam no período da manhã na Maranduba e du-rante a tarde no Sertão da Quina. O restante da equipe está

nos bairros Perequê-Mirim e Centro, realizando outras atividades de combate e prevenção à doença.De acordo com os res-

ponsáveis pela ação, todas

as estratégias operacionais são traçadas no sentido de ampliar ao máximo as áreas trabalhadas. Para isso, as equipes de

nebulização estão traba-lhando em turnos alterna-dos. Ainda nesta semana, o cronograma de nebuliza-ções envolverá os bairros: Perequê-Mirim, Estufa I, Es-tufa II e Itaguá.Vale destacar que Ubatuba

encontra-se em melhor si-tuação do que as cidades vizinhas e tem atualmen-te pouco mais de 25 casos confirmados da doença.

COMUNICAÇÃO PMUPara quem gosta de competir

no mar, o calendário de 2015 em Ubatuba está recheado de provas aquáticas, com natató-rias, duathlon e triathlon pre-vistas para acontecerem de norte a sul da cidade.Destaque para o tradicional

Circuito Ubatuba de Águas Abertas, que conta com 4 etapas (Lazáro, Maranduba, Enseada e Iperoig), promete disputas acirradas e boas bra-çadas nesta sua 19ª edição.E quem, além de nadar, gos-

ta de correr e pedalar, pode juntar as habilidades no Cir-cuito Ubatuba Aquathlon, que mescla corrida e natação.Já o 1º Tribos Triatlhon

Ubatuba – Olímpico e Short Triatlhon completa as opções de provas no mar ubatubense.Junte seus amigos, forme

sua equipe e venha nadar em Ubatuba!Para mais informações sobre

as provas, entre em contato com o Centro de Informa-ções Turísticas pelo telefone (0xx12) 3833-9123 ou envie

Provas aquáticas agitam praias de Ubatuba em 2015

Calendário está recheado de provas aquáticas previstas para acontecerem de norte a sul da cidade

mensagem pelo email [email protected] CIT está localizado na ave-

nida Iperoig, 214, Centro, e funciona de segunda a sexta das 8hs às 18hs.Confira abaixo o calendário:– 12 de abril: 1a Etapa do

Circuito Ubatuba Águas Aber-tas (praia do Lázaro)– 18 de abril: 1a Etapa do

Circuito Ubatuba Aquathlon (praia da Maranduba)– 7 de junho: 2a Etapa do

Circuito Ubatuba Águas Aber-tas (Maranduba)– 14 de junho: 2a Etapa do

Circuito Ubatuba Aquathlon (praia do Pereque-Açu)– 13 de setembro: 3a tapa

do Circuito Ubatuba Águas Abertas (praia da Enseada)– 4 de outubro: 1o Tribos

Triatlhon Ubatuba (Pça de Eventos)– 8 de novembro: 3a Etapa

do Circuito Ubatuba Aquathlon (praia do Ubatumirim)– 15 de novembro: 4a Eta-

pa Etapa do Circuito Ubatuba Águas Abertas (praia do Cru-zeiro)

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Abril 2015 Jornal MARANDUBA News Página 15

Coluna da

Adelina Fernandes

Não Desista de Continuar

“Eita... muié econômica!”NELSON DE SOUZA

A nossa cultura é muita rica em tudo, sua mistura de ra-ças foi o que moldou nosso povo e só do fato de ser a origem da formação de nosso país tem muito a nos ensinar. Sempre gostei das estórias e histórias dos antigos morado-res, melhor dizendo seus deli-ciosos “causos”. Como minha contribuição à tradição oral alinhavo abaixo umas dessas “jóias” da cultura caiçara.

* * *Há algumas décadas, na

época em que o banheiro ou era atrás das bananeiras ou em alguns casos num pe-queno puxado fora da casa, uma simpática comunida-de de caiçaras situada nos arredores da Caçandoca e Caçandoquinha, duas moçoi-las – irmãs – receberam seus namorados, digo pretenden-tes. Para que o pai não ficasse na

sala com a cartucheira calibre 28 dois canos com as respec-tivas munições no cano entre eles, foram convidados a ir à praia. As filhas eram de uma das

mais tradicionais famílias da região. Vindos do interior de São Paulo, de pequenas cida-des do interior, ou, para dizer a verdade da roça mesmo os dois as acompanharam. Como nunca haviam esta-

do em um vilarejo caiçara, nada conheciam dos costu-mes e tradições desta cultura caiçara, assim foram acom-panhar o povo na praia para retirar Preguaí (Strombus pugilis) e Saquaritá (Stramo-nita haemastoma), abundan-te naquela época nas areias da praia da Caçandoquinha e tantas outras. Enquanto os caiçaras costumeiramente pegavam e retiravam os pe-

quenos moluscos da areia e colocavam nas cestas, os dois caipiras ficavam na surdina observando aquela festa de retirada de animais que nun-ca haviam visto na vida, nem em sonho! A curiosidade era tanta

que em dado momento não aguentaram, tinham de per-guntar que diabos era aquilo e pra que servia. A eles fora explicado que

aquelas “conchas” nada mais eram que parte da alimenta-ção do povo do litoral e que tiravam neste período porque é o tempo de retirada deles, depois não poderiam porque estavam se procriando. Por isso a festa na retirada era o agradecimento a Deus pelo alimento que dava. Trocando em miúdos. serviam de comi-da, era um prato muito sabo-roso e que fazia as pessoas peidarem muito. Os dois não se contiveram,

acharam muito interessante e começaram a pensar muito. Após ouvir e ver tudo aquilo, um dos pretendentes, que era muito sabido, disse:“Quer saber compadre...

achei a mulher certa para ca-sar. É muito econômica... Ela só come concha!”Pra que! Todos ouviram

aquele comentário começa-ram a rir e eis que virou, por um longo período, uma brin-cadeira entre todos da família.

“Dizem que é tudo verda-de... assim como essa luz

que me alumeia.” * * *

Nelson de Souza - Tecnólo-go em Hotelaria em Turismo e Educador Ambiental, um apai-xonado pela cultura caiçara e suas tradições e agora colabo-rador da transmissão da tradi-ção oral da cultura formadora do país.

Que o sol esteja sempre presente em seus dias, mas quando ele não estiver, não tema a chuva, porque a vida é feita de momentos e em cada um deles não nos encontra-mos desamparados.

Que o seu caminho seja re-pleto de flores, mas quando os espinhos se apresentarem, não chore eternamente diante da dor, busque novos horizon-tes e quando perceber, a feri-da terá cicatrizado.

Quando a solidão se recusar a partir, não se dê por vencido, rogue auxílio da providência divina e perceberá que não se encontra sozinho nessa batalha.

Se os seus passos se enfra-quecem e a ideia de desisitir se aproxima, tenha fé, logo adiante, o desânimo cederá lugar a esperança, que reno-vará suas forças.

Que a cada manhã a alegria possa despertar ao seu lado, mas quando for a tristeza a sua companheira, não se afli-ja, ela jamais será eterna e com perseverança e confian-ça, reencontraremos a alegria de viver.

Quando a oportunidade de auxiliar alguém surgir, não a ignore, faça o bem que pu-der, sem nada exigir, assim quando necessitar de socorro, muitas mãos se estenderão em sua direção, não por obri-gação, mas por carinho a sua pessoa.

Se a Verdade já bateu à sua porta, não a tranque dentro do seu coração, espalhe-a por onde passar, compartilhe conhecimentos, não se es-quecendo da humildade e se-meando o Amor de Jesus por onde estiveres.

Que nenhum sofrimento possa deter a sua marcha, mas quando um acontecimen-to lhe machucar, não desani-me, nem pense em desistir, mantenha a confiança, o Pai sabe o que faz e sempre es-tará ao nosso lado nos con-solando e nos mostrando um novo caminho.

Na alegria ou na tristeza, jamais desista de continuar a jornada. Faça uso da perseve-rança.

Encontre a coragem dentro de você.

Tenha fé e siga em frente...

Sonia Carvalho http://www.mundodasmen-sagens.com/

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