jornal maranduba news #47

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Maranduba, 28 de Março de 2013 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 4 - Edição 47 Motocross na Maranduba Equipe da Região Sul revela novos talentos

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Noticias da Regiao sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #47

Maranduba, 28 de Março de 2013 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 4 - Edição 47

Motocross na MarandubaEquipe da Região Sul revela novos talentos

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Página 2 Jornal MARANDUBA News 28 Março 2013

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Caixa Postal 1524 - CEP 11675-970Fones: (12) 3832.6688 (12) 9714.5678 / (12) 7813.7563

Nextel ID: 55*96*28016e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Responsabilidade Editorial:Emilio Campi

Colaboradores:

Adelina Campi e Ezequiel dos Santos

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Editorial Cartas a RedaçãoLixo na Rua SabiáEstou enviando algumas

imagens que tirei com o meu celular. Eu gostaria que a pre-feitura desse um jeito nessa situação, porque eles só se preocupam com o conforto dos turistas, dos moradores não.

Esse lugar era um super campinho de futebol, uma pra-ça onde as crianças brincavam e depois se refrescavam no rio. No fim de tarde até adul-tos batia uma bola e depois se refrescavam, só que hoje está impossível fazer isso. Se fosse pouca sujeira nós mesmo lim-pávamos.

O problema é que é muita sujeira e não tem onde jogar, sem contar com os buracos que fazem tirando terra. Já cansamos de chamar a policia e nada é feito. As crianças tem que passar por cima dos mon-tes de lixos para poder entrar no rio. Existem garrafas copos de vidro que estão no meio desse lixo onde elas correm o risco de se cortar.

Obrigada pela atenção de vocês. Espero que reclamação traga algum resultado, porque não sei mais a quem devo re-correr.

Vou providenciar mais fotos de lá. O endereço é na rua Sabiá, a do ex-vereador Os-mar, que na eleição passada para conseguir votos, asfaltou a rua dele e deixou as ruas

que descem para o rio sem asfaltar. Quando chove mui-to, desce aquela enxurrada de agua junto com lixos. Aguardo retorno de vocês. Mesmo que

Temos percebido um au-mento no número de turistas durante os finais de semana aqui em Ubatuba. Desde o Carnaval, o movimento tem ficado acima da média para o período considerado “Início da Baixa”. Em comparação as cidades vizinhas, Ubatuba tem apresentado mais movi-mento, mais gente circulando e gastando um pouco mais do que o esperado.

Outro detalhe importante é a qualidade desse turismo. Não é o que desejamos, mas está muito acima do tipo de turismo que recebemos na temporada e em feriados pro-longados.

Esse o tipo de turismo que deveríamos cultivar. O turis-mo de qualidade. Esse tipo de turista não gosta de frequen-tar praias lotadas, farofeiros e desordeiros com som alto tocando funk no último volu-me.

Esse tipo de turista não é aquele que trás o isopor cheio de latinhas de cerveja e che-ga numa mesa de quiosque, pede uma porção de cação e fica o dia inteiro só nessa consumação. Tem alguns que até levam as latinhas vazias para vender por quilo, cau-sando enorme prejuízo para os nossos catadores de lati-nhas locais.

Além de cultivar esse tipo de turista (o de qualidade), o

que devem os fazer para res-gatar aquele status que cida-de tinha há décadas, quando era chique vir para Ubatuba?

Precisamos fazer uma refle-xão e ver onde erramos.

Perdemos aquele status para outras regiões tais como a costa sul de São Sebastião, Ilhabela, Parati e outros lo-cais frequentados pelos turis-tas de qualidade. Até Cunha e São Luiz do Paraitinga são mais chiques que a gente!

Outro fator que espanta o turista de qualidade é a con-corrência absurda de alguns meios de hospedagens que se canibalizam entre si ofe-recendo diárias a 30 reais com café da manhã. É claro que todos precisam faturar, mas que tipo de turista essas “promoções” vão atrair?

Atrações de qualidade, profissionalismo no atendi-mento, eventos culturais, ecoturismo, folclore, espor-tes, enfim, existe uma infini-dade de apelos que podem atrair o turismo qualitativo proporcionando o resgate da-quele status perdido no tem-po.

Não gosto muito de usar a palavra “resgate”, pois o último resgate que tivemos jogou Ubatuba mais para o fundo do buraco que estamos hoje.

Emilio CampiEditor

seja algum site ou algum tele-fone que eu consiga providen-cias disso.

Aline Artioli ConfortoVia e-mail

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28 Março 2013 Jornal MARANDUBA News Página 3

Cruz Peregrina da Jornada Mundial da Juventude chega à região sulEZEQUIEL DOS SANTOS

Na madrugada da última se-gunda, 25 de março, a Cruz Peregrina e a imagem ícone do evento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegaram a Capela Nossa Senhora das Graças vindas de Massaguaçu em Caraguatatuba. Na opor-tunidade ela foi recebida pelo Padre Carlos e toda comunida-de da região sul de Ubatuba, além dos turistas e visitantes que lotaram a capela. Eles chegaram de caminhonete por voltas das onze da noite e só foram embora às nove da manhã de terça feira, 26, acompanhada por viaturas, batedores e muitos moradores motorizados.Durante sua estadia na região sul ela foi guardada toda a noite toda por jovens da co-munidade e por último pelas pessoas mais experientes da paróquia que revelaram o pri-vilégio e a honra de estarem em um evento mundialmente único e ímpar na história da comunidade e do país. Estas pessoas se referiam a serem as poucas no país que pude-ram tocar e observar de muito perto estas peças, já que no evento no Rio de Janeiro, mui-tos fiéis terão que ver a qui-lômetros de distancia devido ao grande número de pessoas previsto para o evento.A cruz seguiu até o centro da cidade onde foi recepcionada pelo prefeito Mauricio Moromi-zato sendo depois conduzida ao palácio municipal. Lá as pe-ças religiosas foram recebidas pela banda do município, que tocou o hino nacional, o de Ubatuba e o da Diocese. Em seguida realizada uma santa missa pelo evento. As peças seguirão para Caraguatatuba e depois Taubaté, depois enfim ao seu

destino final, onde disse João Paulo II, se Deus é brasileiro o Papa, naquela ocasião, seria carioca. É a primeira vez que a cruz vem para o Brasil e para esta região, desde quando a jornada foi criada, na metade dos anos 80, pelo Papa João Paulo II. O evento já passou por dez países e reuniu 15 milhões de jovens. A última edição foi realizada em agosto de 2011, em Madri, na Espanha, com a presença de mais de 190 países, dentre eles jovens do litoral paulista. A 13º Jornada Mundial da Juventude será re-alizada entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro, com a presença do Papa Ben-to XVI.

Fotos: Cesar Manoel dos Santos

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Página 4 Jornal MARANDUBA News 28 Março 2013

Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ubatuba convida entidades ambientalistas e entidades de classe a participar do Conselho Municipal de Meio Ambiente

Exposição “A Mata Atlântica é Aqui”

Está em exposição, das 12h às 17h, na Praça Cândido Motta, no Centro, a exposi-ção itinerante organizada pela Fundação Mata Atlântica, que permanece em Caraguá até o dia 7 de abril.

Na praça, haverá um cami-nhão adaptado com atividades de educação ambiental, como jogos, maquete, cursos, ofici-nas, cinema, palestras e deba-tes. O veículo transforma-se em uma sala de aula itineran-te, com cadeiras, projetor e sistema de sonorização para a realização das atividades.

Caraguá recebe o projeto pela primeira vez, e as visitas de escolas e grupos interes-sados serão monitoradas. O caminhão conta também com estrutura acessível para pes-soas com deficiência.

A exposição “A Mata Atlânti-ca é Aqui” é uma realização da Fundação SOS Mata Atlântica, com o apoio do Governo Muni-cipal de Caraguá, por meio da secretaria de Meio Ambiente.

Mais informações pelo tele-fone (11) 3262-4088 ou pelos endereços www.sosma.org.br e [email protected].

ANUNCIE:(12) 9714.5678 - 7813.7563

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ubatuba convida as entidades ambien-talistas e entidades de classe a participar do Conselho Muni-cipal de Meio Ambiente.

O cadastramento das enti-dades interessadas ocorrerá nos dias úteis, durante o pe-ríodo de 25 de março a 05 de abril de 2013, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Rua Coronel Ernesto de Oli-veira, 449, Centro. Horário de atendimento das 8:00 às 12:00h e das 14:00 às 17:00h.

No ato do requerimento de cadastramento será preen-chido um formulário e o re-presentante legal da entidade deverá apresentar a seguinte documentação:

1) Cópia do estatuto da enti-dade, devidamente registrado em cartório;

2) Ata de eleição da direto-ria em exercício registrada em cartório;

3) Cópia do CNPJ atualizado;

4) Breve relatório das ativida-des desenvolvidas no último ano;

5) Declaração do número de filiados;

6) Cópia do RG e CPF do re-presentante legal.

7) Comprovante de que a entidade tenha ao menos dois anos de existência;

8) No caso de fundação apresentar também, cópia da escritura pública registrada em cartório e aprovação do esta-tuto pelo Ministério Público.

9) Para entidades de classe apresentar também, Cópia da Inscrição Estadual e compro-vante da declaração de Utili-dade Pública.

Os requerimentos serão analisados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente que deliberará sobre o pre-enchimento dos requisitos e publicará a lista com entida-des cadastradas no dia 10 de abril. Os recursos poderão ser interpostos até às 17 horas do dia 17 de abril de 2013. A ho-

mologação do cadastramento será publicada dia 19 de abril de 2013. Em 23 de abril se-rão realizadas duas reuniões plenárias para escolha das entidades que comporão o Conselho Municipal de Meio Ambiente.

As vagas são: 4 para repre-sentantes de entidades am-bientalistas, 5 representantes eleitos, sendo um de cada Conselho Distrital, 1 para re-presentantes do 2º setor (pa-tronal, comercial, industrial entre outras), 1 representan-te de entidades de classes, associações de funcionários públicos, sindicatos, ordens ou conselhos de classe e1 re-presentante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ubatuba. Serão eleitos titula-res e suplentes.

Para mais informações con-sultar a Lei Municipal nº 3258 de 24 de novembro de 2009 e o Decreto no 5673 de 15 de março de 2013.

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28 Março 2013 Jornal MARANDUBA News Página 5

Motocross ganha destaque na MarandubaJUNIOR VLADIMIR

O motocross vem ganhando cada vez mais destaque na Maranduba.

Sob o comando do técnico e preparador Pedro Castilho, a equipe Norte Racing, compos-ta por Juninho, Ricardo, Vitor, Neto, Marcelo Ticão, Nilo, Ju-nior Baba, Jardel, Chitome e outros já vem colhendo frutos no Motocross e Veloterra no litoral e Vale do Paraíba.

Os treinos são feitos nos sábados e domingos e esta aberto ao público que gosta ou ate mesmo quem gostaria de iniciar no esporte. Lem-brando a todos que o uso de equipamentos de segurança e obrigatório.

A pista está situada a mar-gem da Rod. Rio-Rantos no km 83 Maranduba, em Ubatuba.

Em breve reinauguração da pista. Um grande abraço de toda equipe Norte Racing!!!

Braaaaap...

Fotos: Emilio Campi

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Página 6 Jornal MARANDUBA News 28 Março 2013

Secretaria de Turismo começa a implantar o Programa Praia Acessível em UbatubaCOMUNICAÇÃO PMU

Uma das primeiras ações do Secretário de Turismo de Ubatuba, Gerson Campos, foi desencadear uma serie de reuniões e estudos para que o Programa Praia Acessível começasse realmente a fun-cionar nas praias da cidade. O programa é uma iniciativa da Secretaria Estadual dos Direi-tos da Pessoa com Deficiência, que desde dezembro de 2011 assinou convenio com diversas cidades, inclusive Ubatuba, onde, segundo a Secretaria Estadual, foram entregues 13 cadeiras adaptadas para que os cadeirantes tenham possi-bilidade de entrar no mar, com toda dignidade e respeito que merecem.

Mas para que o programa fosse realmente iniciado no município, era necessário que

a prefeitura organizasse uma equipe de monitores especia-lizados no atendimento aos portadores de mobilidade re-duzida. Até o anos passado, apenas uma cadeira foi dis-ponibilizada no Posto de Salva Vidas na Praia Grande, mas além da praia ter muitas on-das e inadequada para o uso das cadeiras, o posto não dis-punha de monitores específi-cos para tal atividade.

No dia 1º de Fevereiro de 2013, a Secretaria de Turismo recebeu Roque Eduardo Cruz, representando Marco Antonio Pellegrini, Secretário Adjunto da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Es-tado de São Paulo, que parti-cipou de reunião onde foram estabelecidas algumas estra-tégias e metas para o início do programa.

No último dia 02 março, uma equipe da Setur visto-riou as cadeiras anfíbias, que posteriormente foram levadas para praia, onde foi realizado o primeiro treinamento para

capacitar os monitores vo-luntário. A praia do Perequê Açu foi escolhida para receber a ação piloto do programa, que vai levar turismo e lazer com dignidade aos portado-

res de mobilidade reduzida em Ubatuba.

Segundo a Secretaria de Tu-rismo nas próximas semanas as cadeiras já serão liberadas para uso da população.

COMUNICAÇÃO PMUO CCZ -Centro de Contro-le de Zoonoses da Prefeitu-ra de Ubatuba informa que vem realizando castração de cães e gatos em sua Unidade Móvel de esterilização, que atualmente está atuando no bairro do Ipiranguinha, no estacionamento do Posto de Saúde.

Segundo boletim divulga-do pela Dra Jessica Cizotto e Yone Vassimon, somente nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, já foram castrados 199 animais, sendo 109 cães e 90 gatos.

Ao todo, foram atendi-das 161 famílias de 11 bair-ros. No momento, o serviço está contemplando somente os cadastros realizados em 2012, e, em breve, abrirá um

Centro de Controle de Zoonoses realiza castrações de cães e gatos em Ubatubanovo processo de cadastra-mento.

“É importante ressaltar que o nosso trabalho de castra-ção precisa ocorrer junta-mente com a conscientização da população, pois, somente assim, conseguiremos com-bater o abandono e o exces-so de animais de ruas em Ubatuba. É fundamental que os donos de animais não cas-trados não deixem seus cães e gatos soltos pelas ruas”, ressalta a veterinária Jessica Cizotto.

SERVIÇOO Centro de Controle de

Zoonoses está localizado junto a Superintendência de Proteção à Saúde, na Rua Al-fredo de Araújo, nº 34 – Cen-tro. Informações pelo telefo-ne: 3832-6810.

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28 Março 2013 Jornal MARANDUBA News Página 7

PM captura bandidos que explodiram caixa eletrônico Na MarandubaEZEQUIEL DOS SANTOSA Policia Militar prendeu

pelo menos três dos bandi-dos que explodiram o caixa eletrônico do Banco do Bra-sil da Maranduba na madru-gada do último domingo, dia 24. O local já havia sido alvo numa primeira tentativa frustada, desta vez o estrago foi grande e o local onde fi-cava o caixa ficou totalmen-te destruído. O complexo de lojas de onde se encontrava está interditado por conta do teto de gesso que pode cair a qualquer momento.

Moradores se espantaram com tamanha violência ao prédio utilizado para realizar o roubo. Fontes não oficiais contam que foram apreendi-

dos com os bandidos cerca de 19 mil reais, uma calibre 12, uma banana de dinami-te em gel e detonador, três coletes balísticos e uma tou-ca ninja. Policiais da região estiveram na residência uti-lizadas pelos assaltantes an-tes do roubo e nada foram encontrados.

Segundo informações pre-liminares os assaltantes renderam o vigia, instala-ram os artefatos, explodi-ram o caixa, recolheram o dinheiro, fugiram num gol vermelho, abandonaram o veículo na estrada da Forta-leza, pegaram um ônibus a Caraguatatuba e na tentativa de fugir de taxi foram cap-turados. O motorista do taxi

estranhou a movimentação e fez sinal a policia que com êxito conseguiu prender os bandidos. No dia da explosão ainda havia dinheiro espalha-do pelo local.

Embora a base da Polícia Militar da Maranduba esteja relativamente perto do acon-tecido, seu grupamento esta-va atendendo uma ocorrência fora do bairro e foi informada via radio do acontecido. Vale lembrar que o policiamento da região é responsável por um espaço muito extenso e atende desde o bairro da En-seada até a Tabatinga.

Moradores apontam que provavelmente os bandidos estavam numa casa das re-dondezas para estudar a mo-

vimentação do comércio, das pessoas e também da pró-pria base da policia. Embora seja um choque a comuni-

dade, o ocorrido aconteceu sem vitimas e o bom é que o seguro vai cobrir os prejuízos e os bandidos estão presos.

O morador Renato Felix navegando pela internet des-cobriu uma inovação útil em seu cotidiano. Ele adquiriu um “Kit motor bicicleta à gasolina” pela internet e instalou em sua bicicleta de, digamos, que tinha um cavalo de potencia.

O motor agora possui 80 ci-lindradas e autonomia de 65 km por litro com tanque de combustível de 1,8 litros po-dendo enfrentar as mais va-riadas estradas e acesso de nossa região.

Segundo Renato o kit custa entre 500 a 600 Reais e pode ser comprada livremente pela internet. Ele conta que seu kit foi comparado no site merca-do Livre e que montou em sua própria casa.

Existem motores também de 46 cilindradas também de facial instalação. No passado ela havia adquirido um skate motorizado e desta vez vem com esta bicicleta.

Ele aprovou o veiculo que

Morador apresenta bicicleta hibrida montada em casa

ficou mais com a cara de um Louva Deus do que pro-priamente uma bicicleta, po-rém aparências a parte num mundo onde os custos de se

manter um veículo são caros, atende de forma tranquila as necessidades de nossa região. Vamos ver o que mais o Rena-to vai trazer desta vez.

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Página 8 Jornal MARANDUBA News 28 Março 2013

Aves de difícil visualização são regis-tradas

EZEQUIEL DOS SANTOSNas primeiras semanas de

março a comunidade da re-gião sul de Ubatuba recebeu ilustre visita do grupo da Ban-deira do Divino da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba.

Moradores recordam com emoção do som do tambor que é tocado anunciando à chegada do Divino a região. Desta vez e com mais intensi-dade e maior entusiasmo não só dos folcloristas e músicos quanto da população em ge-ral recebeu esta tradição tipi-camente brasileira.

As lembranças que trazem este evento festivo e religio-so trouxeram a comunidade o sentimento de autoperten-cença, isto é, de que perten-ce a um grupo, a uma comu-nidade, daquela que ajudou a formar o processo civilizató-rio nacional.

Em alguns lugares o even-to gera emprego e renda já que é tratado como turismo histórico, cultural, antropo-lógico e religioso e que faz muito bem a fé e ao coração das pessoas. Atualmente existe ainda uma pequena resistência em referencia a esta forma cultural de ma-nifestação religiosa, princi-palmente a juventude que é mais ligada ao show busi-ness mostrada pelos progra-mas televisivos, inclusive os religiosos.

Lagrimas são mostradas quando o Divino passa em frente a casa ou adentra uma moradia. O jeito pito-resco de mostrar a cultura cantada é recordado com muita emoção.

A manifestação trata-se de uma bandeira religiosa onde está estampada e ou coloca-da num cabo com fitas à ima-

Bandeira do Divino resgata sentimento de vida tradicional em moradores

gem da pomba simbolizando o Divino Espírito Santo. Lá as pessoas adornam com mais fitas seus pedidos pessoais e ou coletivos, na bandeira é colocada toda a sorte de pe-didos e graças alcançadas.

É uma manifestação cultu-ral impulsionada por um sen-timento de fé e de sobrevi-vência cultural e histórica que costuma circular nas casas dos adeptos que vivenciaram a verdadeira fé no Divino.

Historicamente e depen-dendo de cada região a ban-

deira é confeccionada de varias formas e tamanhos, o importante porém desta tra-dição é a consideração pela honra de ser escolhido para levar a bandeira nos cortejos.

Alguns moradores foram privilegiados, pois no dia de seu aniversário foi recebido pelo Divino e seus guardiões.

Das coisas no mundo que o dinheiro não paga a che-gada do Divino é conside-rada uma das poucas ainda vivas e possíveis de ser rea-lizada, conta moradores.

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28 Março 2013 Jornal MARANDUBA News Página 9

ACESSEwww.jornalmaranduba.com.br

ANUNCIE(12) 3832-6688 / 9714-5678EZEQUIEL DOS SANTOS

No último dia 11 deste mês, na sede da AMASQ (Associação de Moradores e Amigos do Sertão da Qui-na) o gerente da Sabesp de Ubatuba, Iberê Horie Kun-cevicius, e o engenheiro de projetos, José Antônio do Prado, comparecerem para esclarecer dúvidas de mora-dores em relação ao projeto de captação de agua em rio da região.

Mesmo com o convite de última hora cerca de 50 pes-soas participaram da reu-nião.

De inicio varias explicações técnicas foram esplanadas como os estudos prelimina-res, volume de agua a ser utilizado, possível estiagem, porém o que chamou a aten-ção foi a falta de diálogo com a comunidade em alguns pontos como a discordância entre o nome do rio a ceder a água e o projeto.

As dúvidas entre os mo-radores aumentaram já que perceberam que não hou-ve sintonia entre a obra e a vontade real da comunidade e o devido respeito com a ex-clusão de seu conhecimento sobre a região em relação a implantação do projeto.

Reclamaram ainda da bar-ragem a ser construída 400 metros acima da Cachoei-ra da Renata, já que pode-ria ser construída abaixo da cachoeira sem interferir na beleza cênica do espaço e aproveitar a captação de agua de outros três rios.

Muito do projeto que foi fa-lado não era do conhecimen-to da comunidade, que po-derá ser afetada diretamente

Comunidade convida Sabesp para explicar projeto de captação de água

com a obra no presente e no futuro.

Por conta disto, foram vá-rios os questionamentos aos representantes da Sabesp.

Ninguém questionou da importância de ser ter água encanada e tratada, porém para a comunidade ficou o sentimento de descaso sobre a forma em que as pessoas foram tratadas em relação a implantação das obras até então.

Foram questionados tam-bém da implantação do sis-tema de esgoto e dos estra-gos que a empresa faz nos acessos para implantar o sistema.

Outro ponto evidenciado foi quando o gerente falou que houve uma conversa com a comunidade referin-do-se a um único empresário da região ouvido e que ao que tudo indica, poderá, su-postamente, ser beneficiado com a obra.

O medo, segundo mora-dores, é que estes proble-mas sejam resolvidos para a Sabesp e a comunidade possa ficar sem resolver os seus futuramente, por isso o dialogo com a comunidade se fazia importante antes do inicio dos trabalhos.

Foi explicado aos repre-sentantes de que o maior ganha-pão da região são as belezas naturais e que as ca-choeiras vivem lotadas em períodos de férias e que de-vem ser preservadas, porém a comunidade entende que as obras têm der realizadas, porém não da forma que foi conduzida.

Por fim, foi apresentado a comunidade a foto de onde seria captado agua e a cons-trução da barragem. Foi pro-posta ainda outra reunião ainda sem dataagendada.

Moradores aguardam an-siosos novas discussões so-bre o tema.

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Página 10 Jornal MARANDUBA News 28 Março 2013

Curso de produção orgânica atraem um maior numero de interessadosEZEQUIEL DOS SANTOSO Serviço Nacional de

Aprendizagem Rural através de um convênio com A Fede-ração dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Tra-balhadores Rurais de Ubatuba realizam mais um curso de Olericultura Orgânica na re-gião sul de Ubatuba. Desta vez está sendo realizado no Sitio Boca Larga e conta com nove módulos encerrando em outubro deste ano.

No segundo dia de palestra sobre o curso a responsável pela agricultura na prefeitura, engenheira agrônoma Caroli-na Lima participou do evento colocando a prefeitura a dis-posição dos produtores, tam-bém viabilizou o trator para o andamento das atividades necessárias ao curso. Carolina busca cadastrar os produtores locais a fim de levantar as reais necessidades da região,

também das possíveis e futu-ras viabilidades em que a pre-feitura possa estar atuando junto ao setor produtivo local.

Muitos outros moradores se interessaram pelo curso, já que as metodologias serem aplicadas na produção e no trato do solo remete aos an-tepassados da região que pra-ticavam a agricultura natural.

No primeiro dia cerca de 30 moradores ficaram fora da inscrição e mesmo assim buscam acompanhar as no-vas tendências de plantio, trato e cultura neste tipo de produção. O professor Rodol-fo falou da importância desta pratica e das benfeitorias que ela traz a toda a cadeia pro-dutiva, ambiental e social da região. Vários vídeos sobre a produção orgânica, legislação e sua importância e também varias fotos sobre as etapas do processo foram mostradas. O que mais chamou a atenção

foi a parte sobre adubação verde, do composto orgânico, sobre as sementes e o trato do solo. Como parte d o curso

muito foi falado sobre a saúde do produtor, das substancias perigosas, certificação, das produções e culturas diferen-

ciadas em cada território. O próximo módulo terá ini-

cio em 15 de abril e muitas novidades acontecerão.

Pescadores de Picinguaba recebem carro refrigerado da PetrobrásCOMUNICAÇÃO PMU

A Petrobras entregou no úl-timo dia 19 de março um carro com caçamba frigorífica à co-munidade de Picinguaba, loca-lizada na região Norte do mu-nicípio. O veículo foi repassado aos pescadores locais como compensação aos impactos causados pelo gasoduto, que liga a plataforma de Mexilhão à Unidade Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba.

Por solicitação do órgão li-cenciador, em 2008, a Petro-bras realizou a “Caracterização das comunidades pesqueiras de baixa mobilidade do litoral norte do estado de São Pau-lo”. Esse estudo complemen-tar realizou o levantamento de embarcações e equipes de pescadores artesanais que acessavam os recursos pes-queiros na área prevista para instalação do gasoduto e que deveriam ser compensadas pela interferência da atividade em função da área de exclusão

de pesca.Foram identificadas quatro

comunidades ubatubenses (Pi-cinguaba, Ilha dos Pescadores, Saco da Ribeira e Maranduba) a serem inseridas no plano de compensação à atividade pes-queira no processo de licen-ciamento ambiental do projeto Mexilhão, nomeado de Progra-ma de Ação Participativa para a Pesca (PAPP). Na comunida-de de Picinguaba, os projetos eleitos foram: “Aquisição de um veículo adaptado com ca-çamba frigorífica para trans-porte de pescado” e cursos de capacitação: “Corte e costura” para familiares dos pescado-res e “Mecânica de motores de embarcação” para os pescado-res. Com o veículo entregue no último dia 19 resta agora a implementação de um cursos de capacitação para os familia-res de pescadores.

O secretário de Pesca e Agri-cultura, Maurici Romeu da Sil-va, comemorou a entrega do veículo à comunidade pesquei-

ra de Picinguaba. “Desde que assumimos o governo, reto-mamos o diálogo com a Petro-brás, no sentido de atenção à cidade e ao povo de Ubatuba. A entrega deste veículo re-

frigerado aos pescadores re-presenta não só um benefício aos moradores de Picinguaba, mas também o início de uma nova história na relação entre Petrobras e Ubatuba”, ressalta

o secretário, reforçando que buscará deixar a secretaria sempre próxima da Petrobrás, principalmente, no sentido de efetivar outras parcerias em prol da população local.

www.jornalmaranduba.com.brLeia o Jornal Maranduba News na Internet:

Page 11: Jornal Maranduba News #47

28 Março 2013 Jornal MARANDUBA News Página 11

Jornal MARANDUBA News TODO MUNDO LÊ. ANUNCIE: (12) 9714.5678

ODILON MEDEIROSHoje convido você para fazer

uma reflexão. Primeiro pense em alguma atividade que você gosta muito de fazer. Em se-guida, lembre a última vez que você esteve envolvida com ela. Se veja realizando essa tarefa. E agora me responda: como está o seu comportamento? Possivel-mente você estará desfrutando daquele momento e não estará estressado(a).

Essa situação pode estar li-gada ao que o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, concebeu: a teoria do Flow (fluxo, em in-glês), que é um estado mental atingido quando se está absolu-tamente envolvido em alguma atividade prazerosa.

Segundo o pesquisador, o Flow é uma experiência subje-tiva específica onde as pessoas são colocadas quando estão completamente engajadas na-quilo em que têm interesse e envolvimento. É uma experi-ência oriunda de um estado de concentração e foco, que torna a realização de qualquer ativida-de mais natural.

Entretanto, para que isso aconteça, é preciso que haja um equilíbrio entre as habilidades da pessoa e o nível do desafio que esteja prestes a encarar. Imagine que eu estou chaman-do você para que realize um certo trabalho. Nele você reali-zará um tarefa que gosta. Como você vai reagir? Acredito que, com tranquilidade, pois terá ha-bilidade e saberá como vencer o desafio ou, no mínimo, saber as alternativas ou outros caminhos que possui para vencê-lo.

Se você entender que o desa-fio desse trabalho é inferior às suas habilidades, poderá se sen-tir desmotivado(a), se sentir em estado de tédio, de relaxamento

A satisfação no trabalhoe a Teoria de Flow

excessivo, de apatia, etc. E se os desafios forem muito maiores do que as competências, pos-sivelmente gerará ansiedade, preocupação, agitação, etc.

Os estudos de Mihaly compro-vam que o Flow busca atingir o equilíbrio entre essas duas esfe-ras: habilidades e desafios.

E a pergunta que surge, qua-se que imediatamente é: quais os resultados que o Flow pode trazer para mim? Se você estiver engajado, produzirá um estado fenomenologicamente similar à experiência na qual várias pes-soas consideradas de sucesso vivenciaram: elas se descreve-ram como muito focadas, não se distraiam, ficavam absorvidas naquilo que estavam fazendo, não se “torturavam” para fazer o que tinham que fazer. E como resultado, produziam mais e com melhor qualidade.

O gestor deve ficar atento à dinâmica do grupo. Então, co-mece a visualizar a sua equipe e faça observações sobre a atua-ção de cada um dos integrantes. Assim, observe o desempenho do seu pessoal e responda: exis-te algum obstáculo que esteja atrapalhando o estabelecimento pessoal do Flow?

Note que essa é mais uma estratégia para, ao mesmo tem-po, aumentar a satisfação e a produtividade. Sua e da equipe. Portanto, desfrute dela e seja feliz.

Que assim seja!Odilon Medeiros – Consultor

em gestão de pessoas, pales-trante, professor universitário, mestre em Administração, espe-cialista em Psicologia Organiza-cional, pós-graduado em Gestão de Equipes, MBA em vendas Contato: [email protected] / www.odilonmedeiros.com.br

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Página 12 Jornal MARANDUBA News 28 Março 2013

Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 17

Fonte: PEQUENO DICIONÁ-RIO DE VOCÁBULOS E EX-PRESSÕES CAIÇARAS DE CANANÉIA. Obra registrada sob nº 377.947-Liv.701. Fls. 107 na Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cul-tura para Edgar Jaci Teixeira – CANANÉIA –SP .

LéS-SUESTE - ( s.m.) - vento ou direção entre leste e sueste.LESTADA - ( s.f.) - vento forte e persistente da direção leste.LEVá TáBUA - ( loc.v. )- levar um fora no baile, quando pes-soa que se tira para dançar,recusa o convite.LHIDá - ( v.t. ) - mesmo que lidar.LHIMOSO - (adj.) - limoso.LHIMPO - (adj.) - limpo.LICENÇO - ( s.m. ) - furúncu-lo; mesmo que leicenço.LICOREIRA - ( s.f.) - utensílio de mesa, composto de garra-fa, cálices ou copinhos paraservir o licor.LIDá COM O PEIXE- ( loc.v. ) - mesmo que limpar o peixe.LIMPA-BANCO- ( s.m. ) - qual-quer tipo de música em que todo mundo sai para dançar.LINHADA - ( s.f.) - artefato de pesca , consistente de um carretel de linha, com anzol e chumbada para pesca de mão; linhada de mão ; linhada de fundo ;LIVRá - ( v.t. ) - salvar; evi-tar o mal. “ Quem livrô ele de morrê foi a garrafada que co-madre Narcisa preparô “LIVRANÇA - ( s.m. ) - salva-ção; escapatória; “ A livrança dele foi a canoa não tê vira-do, senão ele já tinha batido a galha “LOMBRIGUEIRO - ( s.m. ) -

remédio contra vermes, qua-se sempre tomado c/ óleo de rícino.LONJURA - ( s.f.) - grande dis-tância ; longitude. “ Depende da lonjura, se fô quenem por exempro, quisé í lá fora, na-quela ilha lá , aí voce gastauma hora, hora e meia , por aí “LUMBAGO – (s.m.) – dor forte na escadeira, na região lom-bar.LUZERNA DE FOGO - ( s.f.) - clarão de fogo; fogo muito alto na cozinha; luz muito forte.” De longe dava pra vê a lu-zerna de fogo queimando a casa tudo.”MACHETE - ( s.m. ) - tipo de violinha ou cavaquinho.MACHOTE- ( s.m.) - espécie de cação.MACHUCADURA - ( s.f. ) - ma-chucado; contusão. “ tá doen-do; acho que é machucadura “MACHUCHO - ( s.m.) - chuchu MADURECER - ( v.i. ) - madu-rar.MADORNA ( s.f.) – madorra, sonolência, soneira, sonolên-cia. ” Não faça bulha que seu pai ta passando por uma ma-dorna. Parem com esse bulício ai no terrêro.”MÃE DE FOGO- ( s.f.) - tição grande que conserva o fogo para o dia seguinte.MAJURUVóCA - ( s.f.) - um tipo de madeira boa para le-nha.MALACACHETA - ( s.f.) - mes-mo que mica.MALE MAR - ( adv. ) - mal-e--mal; pouco mais ou menos; sofrivelmente; parcamente;escassamente.MALEITA - ( s.f.) - mesmo que malária.MALHA - ( s.f. ) - abertura for-mada pela distância entre os nós das linhas prefiadasdas redes de pesca artesanais.

MALHEIRO - ( s.m. ) - peça de madeira ou osso, usada como medida p/ as malhas das re-des de pesca.MAMANGAVA - ( s.f.) - espécie de abelha silvestre.MAMBU - ( s.m. ) - bambu.MAMICA - ( s.f. ) - seios; ma-milos.MANA-CHICA - ( s.f.) - moda-lidade de fandango.MANDADO - ( s.m. ) - fazer um mandado; cumprir uma tarefa. “ Eu tô indo na venda fazê um mandado pra minha mãe. “MANDINGA - ( s.f.) - fazer um feitiço, um trabalho de bruxa-ria ; rogar uma praga.MANDIOCA BRAVA - ( adj. ) - qualificação das mandiocas venenosas e não comestíveisin natura. Beneficiadas, ren-dem bem e se prestam, como a mansa, à alimentação.MANDIOCA MANSA - (adj. ) - qualificação das mandiocas comestíveis, mesmo in natura, isto é, cruas, assadas, cozidas, ou fritas, sem ser beneficiadas em farinha. ” Mandioca mansa é mandioca de comê, mandio-ca doce”.MANDUVá- ( s.m. ) - mesmo que granizo; pedra de gelo ca-ída junto com temporal.MANEMA - ( s.f.) - farinha grossa de mandioca.MANGA - ( s.f.) - parte tecida do pano ou da panagem da rede que, limitando com a tra-lha da cortiça, e com a tralha do chumbeiro, desliza por en-tre elas até a parte onde pode ser amarrada aos calões.MANGONA - ( s.f.) - uma qua-lidade de cação ( cação-man-gona ).MANGRULHO - ( s.m. ) - mar-co ou baliza que indica um baixio.MANTA - ( s.f.) - grande pedaço de peixe ou carne exposta ao sol.

MANTIMENTO - ( s.m. ) - co-mida; víveres ou ração para um determinado tempo.MãO - ( s.f. ) - medida empre-gada pelos sitiantes, para ven-da de milho ( 60 espigasem S.Paulo ).MãO DE PILãO - ( s.f. ) - peça de madeira, para socar o pilão.MãO-FRANCESA - ( s.f.) - es-pécie de braço de madeira ou ferro , que sustenta beiraisou caixas-d’água.MAR ( mal ) AJAMBRADO - ( adj.) - pessoa mal vestida; de-sengonçada.MAR ( mal ) DE SETE DIAS - ( s.m. ) - tétano do recém--nascido.MAR ( mal) MANDADO -( s.m.) - rogado; diz-se da pessoa que não gosta de fazer um manda-do; cumprir uma tarefa.MAR (mal) DE BARRIGA - (s.m.) - diarréia.MAR PICADO - ( s.m. ) - mar grosso; mar agitado, encape-lado. “ É que tá tudo cheio de onda miudinha, quando dá vento anssim, é mar picado “MARAVILHA-GALHá - ( adj.) - coisa bonita ; maravilhosa; gostosa.MARCELA, MACELA - ( s.f.) - espécie de planta do campo, usada para encher travessei-ros.MARDICITUDE - ( s.f. ) - maldi-ção; praga; maldade. “ Criança , larga de mardicitude “.MARé DE LUA - ( s.f.) - maré que cresce demais vaza tam-bém muito, deixando o barran-co a vista na fase da lua cres-cente; boa para pesca de rede; é a primeira maré elogo em seguida vem a maré de quarto e depois a de quinto.MARé DE QUARTO - ( s.f. ) - maré que sobe e desce pouco durante sete dias, na faseminguante com a crescente da lua; boa para pesca de vara;

vem logo depois da maréde lua.MARé DE QUINTO - (s.f.) - maré que enche de madruga-da e na vazante corre pouco;vem logo depois da maré de quarto.MARé ARRUINADA - ( s.f.) - maré imprópria para pescaria, por causa do vento sul;maré que não baixa.MARé PREGUIÇA - ( s.f.) - maré alta que inunda tudo; acontece uma vez por ano,geralmente no mês de maio.MAREá - (v.t. ) - pescar; ir ma-rear; ir pescar.MARESIA - ( s.f.) - mau chei-ro do mar; na maré vazante; doença do peixe; mar agitado; mar bravo.MARICá - ( s.m.) - vide es-pinheira; um tipo de arbusto com galhos espinhosos.MARISCá - ( v.t. ) - colher, apanhar mariscos.MAROMBá- ( v.t. ) - espiar dis-simuladamente.MARULHADA - ( s.f.) - movi-mento da água do mar, com ruído quase imperceptível.MASCA-CHAPA - (adj.) - diz-se daquele que vive mascando a dentadura.MASSA - (s.f. ) - pasta resul-tante da mandioca sevada na roda de sevá, no fabrico defarinha de mandioca. ” Essa é a tauba... pá por na massa pá num caí, pá tapá a massa porque a roda, isso aqui, jogaa massa longe, então pondo essa tauba ali, a massa bate na tauba e cai e cai dento do cocho”.

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28 Março 2013 Jornal MARANDUBA News Página 13

Lembranças da primeira enfermeira e da seringa de vidro

EZEQUIEL DOS SANTOSUma moradora que não quis

se identificar achou entre seus pertences uma carteirinha de atendimento da ASEL. Pensa-tiva falou em poucas palavras o sentimento de saudades e satisfação de viver naquela época. Segundo a moradora foi um tempo em que ninguém podia reclamar do atendimen-to do posto de saúde. Lembra que antes do atendimento da ASEL o posto de saúde era no espaço do movimento religio-so da Congregação Mariana, atual cobertura da cantina da Capela Nossa Senhora das Graças, em frente a escola do bairro. Neste espaço surgiu o primeiro posto que foi elabo-rado pela missionaria Claudie Perreau, lá ela treinou uma jo-vem do bairro chamada Izabel Félix, considerada a primeira enfermeira fora do centro da cidade. Claudie havia solicitado ao

prefeito Ciccilo Matarazzo que de fato implantasse um local de atendimento fora do cen-tro e aconteceu, houve até inauguração oficial com foto e tudo. O espaço era diferente do acostumado, embora mais tarde a administração passas-

se a ASEL do Padre Pio o aten-dimento continuou inovador e a frente de seu tempo, o ser-viço de saúde envolvia aten-dimento médico, odontológico e social. Muitos conseguiam fren-

te de trabalhos por conta da relação entre o serviço social e as entidades no município. Foi lembrado ainda do temor da primeira seringa feita de vidro e das agulhas que eram fervidas com fogo. Também o posto realizava serviços sobre a implantação de fossa, clora-gem da agua e uso de filtro, limpeza e higiene, entre ou-tros. A molecada adorava ir ao dentista já que tinham de andar no Expresso Rodoviário Atlântico e depois de passar pelo profissional tinham direi-to a picolés de frutas porque fora um bom menino na cadei-ra do dentista, também para ajudar a desinchar a cara por conta da anestesia. Muitas outras histórias po-

dia se contar do posto, já que muitos viventes andam por aí com estas informações que são únicas e importantes para a história regional, falta agora documentar estas passagens para as gerações futuras.

O significado da Páscoa

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi coloca-do em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressur-reição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados.

É o dia santo mais importan-te da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e parti-cipam de cerimônias religiosas.

Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da prima-vera. Outros vêm da celebra-ção do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é cele-brada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egi-to durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade.

Um ritual de passagem, as-sim como a “passagem” de Cristo, da morte para a vida.

No português, como em muitas outras línguas, a pala-vra Páscoa origina-se do he-braico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os fran-ceses de Pâques.

A festa tradicional é associa-da à imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, da-dos como presentes.

A origem do símbolo do co-elho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução.

Como a Páscoa é ressur-reição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade!

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Página 14 Jornal MARANDUBA News 28 Março 2013

Jundu: o cerrado do litoralCLÁUDIA FÉLIX

Sobre a crista de praia ocor-re o surgimento de uma ti-pologia vegetal denominada jundu.

Existem várias definições para o termo jundu, sejam eles científicos, jurídicos ou populares, representados pelo saber empírico das comunida-des tradicionais do litoral, os povos caiçaras.

Nhundu ou jundu é uma es-pecialíssima faixa entre a res-tinga - considerada como ‘o cerrado do litoral’ - e o mar. Reforçando-se seu caráter edáfico, ou seja, mais depen-dente do solo do que do clima, é uma vegetação agressiva suportando salinidade, ventos e insolação, de baixa estatura, presença de redes de raízes profundas, que as qualificam como excelentes fixadoras de areias e dunas, fazendo jus à sua etimologia, pois parece ser a derivação de nhú (cam-po) ou jú (espinho).

Tecnicamente esta vegeta-ção é denominada de vegeta-ção de praias estando legal-mente definida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, através da Reso-lução nº. 07 de 23 de julho de 1996:

“II – VEGETAÇÃO DE PRAIAS E DUNAS”.

Por serem áreas em con-tínua modificação pela ação dos ventos, chuvas e ondas caracterizam-se como vegeta-ção em constante e rápido di-namismo, mantendo-se sem-pre como vegetação pioneira de primeira ocupação (clímax edáfico), também determina-do por marés, não sendo con-siderados estágios sucessio-nais. ”(RESOLUÇÃO CONAMA N° 07, 1996).

Localizada em área de gran-de interesse comercial, ao lon-go de todo litoral brasileiro, o jundu vem a muito sofrendo um processo desenfreado de degradação. Segundo técni-cos do IBAMA o jundu pode estar em fase de extinção. Apesar da existência de leis federais como: a alínea “f” do artigo 2º da Lei nº 4.771/65, a vegetação que se situa na

restinga é área de preserva-ção permanente, desde que fixadora de dunas ou estabi-lizadora de mangue (CÓDI-GO FLORESTAL, 1965); Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) que preveem pe-nas de três meses a um ano de prisão e multa, cujo valor corresponde à área desmata-da, ao contrário o que do que se vê é um descaso da socie-dade em relação a um impor-tante ecossistema para aten-der especulações imobiliárias. Ubatuba localizada a 230 km da Capital paulista, contem 80% do seu território de Área de Preservação Permanente, (Parque Estadual da Serra do Mar Parque Nacional da Serra da Bocaina) envolvendo regi-ões ocupadas pelas comuni-dades tradicionais (caiçaras, indígenas e quilombolas) que na sua maioria são agriculto-res, pescadores artesanais ou maricultores.

Possui uma extensa faixa li-torânea emoldurada por 102 praias, com peculiaridades e belezas impar. Situado no lito-ral norte do estado de São Pau-lo, apresenta área territorial de 682 km². Dada a sua vocação turística, as praias são o maior atrativo natural do município e representam um importante pólo de desenvolvimento de atividades com forte expressão na economia local.

Com a redução da faixa de praias, os municípios que so-brevivem da atividade turística

sentem os impactos econômi-cos (diretos) e sociais (indire-tos). Obras de engenharia são executadas, muros de arrimo, barreiras de contenção são tentativas infrutíferas de con-ter este avanço, mas além de onerosas ao Poder Público, re-presentam mais impactos ao meio ambiente. Impactos so-bre a flora e fauna por vezes são irreversíveis com a perda deste ambiente.

A remoção do jundu tem provocado uma série de pro-blemas ambientais. A ação das marés, ressacas antes bem mais controladas pelas barrei-ras físicas proporcionadas pela vegetação, tem provocado um grande prejuízo às populações residentes as faixas litorâneas. A fauna antes em harmonia com este ambiente natural, tem sido obrigada a se des-locar para outras regiões, ou mesmo entrarem num proces-so de extinção. O Jundu tem outra importante função no bioma do qual faz parte a mata atlântica. Um de seus papéis é proporcionar matéria orgânica que, depois de ser reciclada, permite o surgimento de uma vegetação de maior porte, for-madora da mata de restinga.

Uma diversidade de espé-cies da fauna e flora pode ser encontrada no jundu. Trepadeiras, abraço-de-rei, feijão-de-praia, pitanga, ara-çá-de-praia, maçãzinha-de--praia, cipó-caboclo, caúna ou congonhinha, camarinha,

serapilheira, canelinha-do--brejo, orelha-de-onça, maria--mole, marmeleiro-da-praia, samambaia-de-buquê, cana--de-congonhinha, feijão-de--praia, erva-baleeira, mus-gos, liquens, bromélias e orquídeas. Há ocorrências de aves migratórias e residentes como, bem-te-vis (Pitangus sulphuratus), saíras, tucanos (Ramphastos vitellinus), ara-çaris, arapongas (Procnias nudicollis), jaós (Crypturellus undulatus), jacus, maçarico (Tringa spp., Calidris spp., Arenaria interpres, Numerius phaeopus, Limosa haemasti-ca), chopim (Molothrus bo-nariensis), coruja-buraqueira (Speotyto cunnicularis) , anu--branco (Guira guira), gavião--carrapateiro(Milvago chima-chima), batuíra (Charadrius collaris), pinguim (Sphenis-cus megulanicus) , falcão--peregrino (Falco peregrinus) , águia-pescadora (Pandion haliaetus), gaivotão (Larus dominicassus), piru-piru (Ha-ematopus palliatus), batuiru-çus (Pluvialis squatarola e Plu-vialis dominica) , caminheiro (Anthus sp.) e reprodução de tartarugas marinhas(Caretta caretta e Chelonia mydas) .

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambien-te Humano, reunida em Es-tocolmo em junho de 1972, na comunhão de que o meio ambiente é fundamental para o bem-estar do homem, pre-ocupado com a transforma-

ção com que o mesmo vem recebendo, graças à evolução e desenvolvimento humano, proclama: “A proteção e o me-lhoramento do meio ambiente humano é uma questão funda-mental que afeta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento econômico do mundo inteiro, um desejo urgente dos povos de todo o mundo e um dever de todos os governos”. Para a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas, “desenvolvimento sustentável nada mais é do que o desen-volvimento capaz de suprir as necessidades da geração atu-al, sem comprometer a capa-cidade de atender as neces-sidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o fu-turo” .

Localizada sobre a faixa de praias, o jundu coloca-se em constante conflito com os in-teresses de uso do espaço pelas atividades turísticas, hoteleiras, loteamentos e con-domínios; além do desconhe-cimento da população de sua importância contra o avanço das marés, garantindo a pro-teção das praias contra a ero-são provocada pelas “ressa-cas” do mar.

Sua biodiversidade também a caracteriza como uma exce-lente mantenedora de varia-dos grupos, espécies da fauna e flora, mais um motivo para sua preservação.

Figura 1. Perfil da Restinga. (Fonte: XI Encontro de Iniciação Científica e VII Mostra de Pós-graduação da Universidade de Taubaté-SP).

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28 Março 2013 Jornal MARANDUBA News Página 15

Coluna da

Adelina Campi

Refletir

Cantinho da Poesia

Ao Valdomiro, “in memoriam”Um telefonema logo cedo fez de mim um homem triste

Em lacônicas palavras soube que perdi um amigoTriste prova matinal de que felicidade perene não existe

E que da felicidade poucos momentos vou carregar comigo

Felicidades são centésimos de vida que ficam na lembrançaEm oposição àqueles que gostaríamos de considerar esqueci-

dosMas na tristeza sempre nos resta doce esperança

Dum canto do Universo sorrir de bons momentos vividos

A vida é apenas pequena história, um sopro, alguns instantesDaqueles momentos alegres o sumo de uma saudade

Somos na vida apenas algumas almas errantesVivendo neste planeta apenas minúscula parte da eternidade

Para quem acredita, a morte é apenas um renascerUma passagem por esta vida que tem começo, meio e fim

Infelizmente o que se crê nem sempre se pode verMas, particularmente, esta crença vive em mim

Caro amigo, em lugar de adeus apenas um “até logo mais”Não importa quão longa ou curta esta distância seja

Talvez em breve eu esteja recebendo os sinaisDe que juntos novamente cantaremos uma música sertaneja

Se no mar do paraíso não for proibido pescarApronte sua tralha e fique aguardando minha chegadaO maior robalo de todos vai ser meu, posso até apostar

Pescaria na eternidade é tudo, um instante de vida é nada

Jocosas palavras, como alegre sempre te conheciMas, seriamente, sei que vai estar bem, querido amigo

E pelos bons momentos que com você viviSei que Deus lhe reservou o merecido abrigo

Ubatuba, 4 de janeiro de 2013

Manoel Del Valle Neto

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.Tenho visto muito amor por aí,

Amores mesmo, bravios, gigan-tescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, do-ação e dádiva,mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos,belos ou embelezados, tratados com cari-nho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.Aí esses amores que são ver-

dadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ame-açados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; des-cuidam; reclamam; deixam de compreender;necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor. Quem tem razão sempre se sen-

te no direito (e o tem) de reinvin-dicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.Ponha a mão na consciência.

Você tem certeza que está fazen-do o seu amor bonito?De que está tirando do gesto,

da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para va-lorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode tra-zer.Quem espera mais do que isso

sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.Não tema o romantismo. Der-

rube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe ale-gre.Recomendam-se: encabula-

mentos; ser pego em flagran-te gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa impor-tante que precisamos ter”, arqui-var se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter. Não teorize sobre o amor (deixe

isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos) :não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos

sentimentos aqui e agora. Não tenha mêdo exatamente de

tudo o que você teme, como: a sinceridade;não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;contar a verdade do tamanho do amor que sente.Jogue pro alto todas as joga-

das, estratagemas, golpes, es-pertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando de-safinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sen-tindo o coração bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo os

carinhos que instruiu em criança. Sem mêdo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade. Talvez aí você consiga fazer o

seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito(a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.

Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cui-dado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fa-zer o outro feliz.

Artur da Távola