jornal brasil atual - catanduva 14

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Jornal Regional de Catanduva www.redebrasilatual.com.br CATANDUVA nº 14 Janeiro de 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA jornal brasil atual jorbrasilatual Bancário e sindicalista Amarildo Davoli foi eleito vereador Pág. 4-5 POSSE DE CATEGORIA O que o Grêmio tem de fazer para voltar à elite do futebol Pág. 7 FUTEBOL VOLTA PRA CIMA Livro do catanduvense Fernando Lichti Barros retrata o som da década Pág. 6 LITERATURA ANOS 1960 CARNAVAL Oba! Folia de Momo-2013 promete ser o início da retomada de um grande ciclo Pág. 3 A VELHA FESTA ESTÁ DE VOLTA À CIDADE 102,7 FM chega a Catanduva e a Bebedouro: democracia no ar RÁDIO BRASIL ATUAL AGORA É PRA VALER

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Jornal Regional de Catanduva

www.redebrasilatual.com.br catanduva

nº 14 Janeiro de 2013

DistribuiçãoGratuita

jornal brasil atual jorbrasilatual

Bancário e sindicalista Amarildo Davoli foi eleito vereador

Pág. 4-5

Posse

de categoria

O que o Grêmio tem de fazer para voltar à elite do futebol

Pág. 7

futebol

volta pra cima

Livro do catanduvense Fernando Lichti Barros retrata o som da década

Pág. 6

literatura

anos 1960

Carnaval

Oba! Folia de Momo-2013 promete ser o início da retomada de um grande ciclo

Pág. 3

a velha festa está de volta à Cidade

102,7 FM chega a Catanduva e a Bebedouro: democracia no ar

rádio brasil atual

agora é Pra valer

2 Catanduva

expediente rede Brasil atual – catanduvaeditora gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço, Florence Manoel e Lauany Rosa revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2800tiragem: 12 mil exemplares distribuição gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.rede-brasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected] ou [email protected] facebook jornal brasil atual twitter @jorbrasilatual

jornal on-line

editorial

Ano novo, vida nova. E, de nossa parte, vislumbrando o fu-turo com otimismo. Senão, vejamos. A política na cidade pode reviver seus melhores dias: temos novo prefeito e nova Câ-mara, que conta com 13 vereadores, um dos quais, Amarildo Davoli, carrega consigo a força da categoria bancária! Tomara que ele transforme as suas bandeiras de luta em atos de cida-dania. Assim, quem sabe não chega a hora de, juntos, transfor-marmos nossa cidade numa vitrine para as demais cidades do interior! Isso é o que esperamos, e que só o tempo dirá.

Neste ano novo também há nova chance de resgatarmos algo que fazia a gente brilhar no país, quando a gente tinha honra de bater no peito e dizer: aqui se faz uma das melhores festas de Momo de São Paulo. Quem viveu lembra como era divertida e festeira a nossa gente da década de 1940, 1950 e 1960, que fazia um baita escarcéu nos dias de carnaval! E que os políticos aprendam, de uma vez por todas, que nada é mais imoral do que criar factóides para garantir mordomias – e aqui falamos claramente da taxa de luz, que foi a moeda com que o ex-prefeito sepultou o dinheiro da folia em Catanduva.

Enfim, mais três destaques: primeiro, a rádio Brasil Atual de Pirangi que, após o período de testes, fala também com Catanduva e Bebedouro. Depois, no futebol, o Grêmio leva a esperança de voltarmos à Série A1 do Paulistão. E, finalmen-te, sucesso para o jornalista Fernando Lichti Barros, o catan-duvense que embarcou numa grande aventura e mergulhou na musicalidade paulistana dos anos 1960. É isso. Boa leitura!

Unidos do Pote brasil atual: no ar e pra valer

Pirangi aprova emissora

Catanduva e Bebedouro já sintonizam a 102.7 FM

rádio

A Rádio Brasil Atual do Noroeste Paulista (RBA-NP), de Pirangi, já pode ser sinto-nizada em Catanduva e Bebe-douro. “A antena da rádio per-mite a cobertura de uma região mais ampla com a qualidade melhorada” – afirma o coorde-nador de jornalismo da RBA- -NP, Rafael Santos. A emis-sora deseja agora consolidar a sua grade de programação.

De segunda a sexta-feira, das 7 h às 9 h, ela apresenta Notícias do Brasil e do mundo, com destaque para assuntos locais – o programa também é veiculado em São Paulo, Mogi das Cruzes, Baixada Santis-ta e na internet. Depois, até o meio-dia, a vez é do carro-che-fe, o programa Nossa Cidade, revista radiofônica apresen-

tada por Kelly Camargo, com variedades, música e prestação de serviços. “A gente faz cam-panhas com entidades como a APAE, fala de festas e dá di-cas de emprego na região” – diz Rafael. Às 14 h, a cultura caipira toma conta em Tarde Sertaneja, com o comunicador Jeff. O ouvinte norteia esse programa de música sertaneja,

até às 18 h. As noites e madru-gadas ficam por conta da músi-ca popular brasileira.

Nos fins de semana, a RBA--NP tem programas segmenta-dos. Aos sábados e domingos, das 5 h às 9 h, Luís Romera apresenta o Orgulho Sertanejo, espaço da música de raiz, com moda de viola e histórias, lem-branças e emoções do homem do campo. E aos domingos, das 10 h às 12 h, é apresentado Um Show de Emoções, dedicado à vida e obra de Roberto Carlos. A gente mostra a carreira do ídolo, histórias curiosas do can-tor e compositor e seus álbuns. É o resgate da memória do ar-tista. “O resultado são os eleva-dos índices de audiência” – diz o coordenador de jornalismo da RBA-NP.

A faxineira aposenta-da Clarice Betiol, 64 anos, adorou a chegada da rádio à cidade. “Ela me alegra mui-to. O tempo passa rápido enquanto trabalho.” Dona Clarice comenta o matutino Jornal Brasil Atual: “Antes eu não sabia das notícias de fora; o jornal também me in-forma sobre o que ocorre na região”. O administrador de empresas Douglas de Vas-concelos, 31, fã de música sertaneja desde a infância, afirma: “Muitas rádios não

tocam o sertanejo de raiz e ou-tras cobram jabá (dinheiro para veicular música) para lançar artistas em início de carreira. A rádio Brasil Atual, não. Ela apoia a cultura e já entrevistou artistas como Craveiro e Cravi-nho e Jair Rodrigues”. Vascon-celos acredita que a emissora é uma conquista da cidade. “A população tem um canal de comunicação para saber o que acontece por aqui. E a au-diência já extrapola os limites de Pirangi. Tenho amigos em Bebedouro, Paraíso, Palmares

Paulista e Taquaritinga que escutam a Brasil Atual.”

A boleira Valdenice Zambom, 40, ouve a rá-dio diariamente. E faz uma crítica ao jornal da manhã: “É pesado e cansativo”. Ela sugere que o jornalismo seja intercalado aos programas de entretenimento da tarde. “Ligo para pedir as músicas do Daniel, que sonho em conhecer. Tomara que a rá-dio o traga algum dia para cá. Eu morreria infartada” – diz, com bom humor.

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3Catanduva

Catanduva promete reviver velhos tempos da folia

o resgate da gandaia farrear, uma velha tradição

Carnaval que enfeitiça

A luta da cidade para voltar a fazer a melhor festa de Momo do interior

Carnaval

Lançada em 12 de janei-ro, no Sesc local, com o tema Carnaval de Novos Encantos, a festa de Momo 2013 será rea- lizada de 8 a 12 de feverei-ro, na Avenida Teodoro Rosa Filho, a partir das 20 h, com entrada gratuita. Para resgatar o melhor carnaval do interior haverá shows do grupo de pa-gode Pixote, no dia 9; do con-junto de axé Batom na Cueca, dia 10; do cantor Latino, dia 11; e da dupla sertaneja Mu-nhoz e Mariano, nos dias 11 e 12. Haverá ainda todas as noi-tes o desfile de trios elétricos

as escolas de samba da cida-de. “Já fui eleito Rei Momo no carnaval de 1999, mas este ano é especial, pois, em 2012, passei por dois infartos. Essa coroação é a superação de uma provação” – diz ele. A mãe de Thassia também des-filou nas escolas de samba da cidade e a nova rainha sempre teve vontade de sair também. “Agora realizo um grande so-nho” – sintetiza.

Um show da sambista e deputada estadual do PCdoB Leci Brandão, primeira mu-lher a fazer parte da ala de

compositores da Mangueira, na década de 1970, coroou o lançamento do carnaval. Na coletiva de imprensa no hotel Paradise In, Leci falou da importância de Catanduva cultuar a festa mais tradicio-nal do Brasil. “O carnaval está na alma do povo” – resumia. Leci mostrava saudosismo dos carnavais dos anos 70. “Sinto falta da autenticidade da esco-la de samba, da gente mais tra-dicional – do morro, das baia-nas, das rainhas de bateria da comunidade – e do povo nas arquibancadas.”

e das escolas de samba Rosas de Ouro e Mocidade Rubro Norte.

O ator e diretor teatral Ra-fael Cervantes e a estudante

Thassia Rodrigues foram es-colhidos como Rei Momo e Rainha do Carnaval. Rafael desfila desde os quatro anos, porque sua mãe costurava para

O melhor carnaval do in-terior sofreu duros golpes nos últimos anos devido à falta de dinheiro. Em 2012, a Pre-feitura anunciou a suspensão dos desfiles de rua. O motivo seria o fim da cobrança da Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Em nota, ela declarava: “A primeira re-dução significativa de gastos ocorrerá no Carnaval, que ga-nhará um formato ainda mais popular, apenas com trios elétricos. A estrutura levada

O historiador Luiz Rober-to Benatti diz que Catanduva nasceu sob o signo do carna-val. “Em 1918, Ernesto Ra-malho, primeiro presidente da Câmara, enviou da capital o telegrama que anunciava a elevação do distrito de paz a município. As pessoas dos

bairros se reuniram no Clu-be 7 de Setembro e saíram às ruas em festa. Tempos depois, essa farra resulta-ria no melhor carnaval do interior” – diz.

Nos anos 1940, o carnaval da cidade virou referência, na época em que a “festa de Baco” só era celebrada em São Pau-lo, Rio de Janeiro e Salvador.

Em 1940, o município ti-nha 40 mil habitantes e era um polo regional. Foi quando o jornalista Nair de Freitas lan-çou o nome de Cidade Feitiço ao exaltar o encantamento lo-cal. Em seu periódico Só 10, o historiador e curador do Mu-

seu Padre Albino, Sérgio Bo-linelli, diz que o termo “caiu no agrado dos ouvintes, que o passaram adiante”. A expres-são também é enfatizada no hino da cidade, selecionado em 1996 por meio de um con-curso cultural.

bateria nota 10: em silêncioO amor à arte carnavalesca

fez com que os irmãos Célio e Adalberto Prando e o cunhado deles, José Roberto Gonçalves, fundassem há 30 anos, a escola de samba Bateria Nota 10, des-taque na folia ao longo da histó-ria. Em 2013, ela não participará

do carnaval, devido à morte de Célio, em 2012. A esposa, Ma-ria Inês, lembra que o marido era apaixonado pelo carnaval e “chorava quando algo dava erra-do”. A Bateria Nota 10 era con-vidada a desfilar com seus 600 passistas em Bebedouro, Seve-

à Avenida Theodoro Rosa Fi-lho também será reduzida”. A ironia é que, após o anúncio, a cobrança da taxa foi reto-mada e a decisão de baratear a festa foi mantida.

Recentemente, o prefeito atual de Catanduva, Geraldo Vinholi, comprometeu-se a resgatar o carnaval de rua do município. “Muitos foliões de cidades vizinhas apre-ciam a festa e precisamos sentir aquela emoção no-vamente” – afirma.

rinia, Santa Adélia, Bu-ritama e Sales. “Quem bagunçava, o Célio man-dava se retirar. Hoje, as pessoas não desfilam por amor” – diz Maria Inês, que auxilia a Nota 10 nos bastidores, mas por timidez, não desfila.

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Encantado, o pessoal trazia novos visitantes. A populari-dade do carnaval beneficiou o setor hoteleiro e o comércio, contribuindo para a economia local. A marchinha Catan-duva é a Maior, da década de 1950, retrata a festa: “Em Catanduva todo mundo cai na dança/ Quem é gordo en-colhe a pança/ Todos querem é sambar/ E seja velho, seja preto ou seja branco/ Os de sapato e os de tamanco/ To-dos querem farrear”.

4 Catanduva

Prefeito e vereadores assumem o novo mandato

a polêmica eleição da nova mesa diretora

População manifesta desejo de mudança ao reeleger apenas quatro vereadores

Posse

O prefeito eleito Geraldo Vinholi (PSDB), o vice-pre-feito Carlos Roberto Tafuri (DEM) e os 13 vereadores eleitos em Catanduva toma-ram posse em 1º de janeiro, em cerimônia realizada no Teatro Municipal Aniz Pachá. Da legislatura anterior, foram reeleitos apenas quatro verea-dores: Marcos Crippa (PTB), Daniel Palmeira de Lima (PDT), Luís Pereira (PSDB) e Francisco Batista de Souza (PDT), o Careca. O PT tem a maior bancada da Câmara, com três representantes: Ama-

mara. E manifesta a esperança de que “os novos e os antigos vereadores correspondam à

expectativa de mudança ex-pressa nas urnas”. Para Ama-rildo Davoli (PT), a escolha de nove novos nomes demonstra o “descontentamento” da popula-ção com a legislatura anterior e a “necessidade de mudança no cenário político catandu-vense”. Já Wilson Paraná, tam-bém do PT, afirma que, “mais politizado, o eleitor brasileiro está atento às ações do Execu-tivo e do Legislativo, por causa dos vários escândalos que têm acontecido no Brasil. A renova-ção da Câmara de Catanduva é resultado dessa consciência”.

Após a posse, foi reali-zada eleição aberta para a escolha dos nomes que irão compor a mesa diretora da Câmara para o próximo biê-nio. Com nove votos, foram eleitos: Marcos Crippa, pre-sidente (PTB); Osvaldo Cri-velari (PT), vice-presidente; Daniel Palmeira (PDT), primeiro secretário; e Juli-nho Ramos (DEM), segun-do secretário. Tiveram três votos os candidatos: Ama-rildo Davoli (PT), presiden-te; José Alfredo (PMDB), vice-presidente; e Cidimar

conquistar os catanduven-ses. “Por não ser daqui, tive que demonstrar meu amor pelo município a cada dia” – desabafou. Vinholi pro-meteu dar atenção à perife-ria. “A cidade deve ser bem cuidada, mas não podemos negligenciar a população mais necessitada de apoio”. Discursaram ainda o ve-reador mais votado – Luís Pereira, do PSDB – o ex-prefeito Afonso Macchio-ne Neto (sem partido) e o vice-prefeito eleito, Carlos Roberto Tafuri (DEM).

Porto (PMDB), primeiro se-cretário. Wilson Paraná (PT) recebeu dois votos para se-gundo secretário e Cido Ver-dureiro (PV) recebeu um voto para o mesmo cargo. Durante a eleição, o vereador José Alfre-do (PMDB) anulou seu voto em protesto contra a traição que diz ter sofrido. Segundo ele, oito vereadores firmaram o compromisso de renovar a mesa diretora, mas quatro de-les mudaram de ideia. Cópias do acordo assinado por eles fo-ram distribuídas aos presentes.

Marcos Crippa afirmou

rildo Davoli, Osvaldo Crivela-ri, o Vado, e Wilson Paraná.

Cidimar Porto, eleito pelo

PMDB, conta que recebeu “muito surpreso” o anseio da população por uma nova Câ-

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as três primeiras leis aprovadas pelos vereadoresOs vereadores aprovaram,

em 17 de janeiro, os três pri-meiros projetos de lei propos-tos pela Prefeitura. O primeiro aumentou o cartão alimenta-ção dos funcionários públicos

municipais de R$ 153,40 para R$ 190,00. Amarildo Davoli (PT) acha que o auxílio “deve-ria ser de R$ 250,00”. E res-salta: “é preciso revisar o salá-rio do funcionalismo, que está

defasado. Governos anteriores só deram abono, sem incor-porá-lo aos vencimentos, e a última administração garantiu apenas a reposição salarial”. O segundo projeto aprovado

pela Câmara parcelou a dívi-da de R$ 837 mil do Instituto Municipal de Ensino Superior (IMES) com o Instituto de Previdência dos Municipiá-rios de Catanduva (IPMC), em

60 meses. E o terceiro autori-zou a abertura de um crédito suplementar de R$ 1,9 milhão para suprir o custo gerado pelo aumento do Cartão Alimenta-ção do Funcionalismo.

não admitir a crítica de José Alfredo, e disse que irá “pôr ordem na Câmara”. Já Daniel Palmeira falava das boas rela-ções entre Prefeitura e Câma-ra, esquecendo-se do período, entre 2011 e 2012, em que o

Legislativo e o Executivo se ignoraram por discordarem a respeito da cobrança do Cus-teio de Iluminação Pública (CIP). O novo prefeito, Geral-do Vinholi, encerrou o even-to falando da dificuldade em

5Catanduva

Presidente do sindicato é eleito vereador

Como começou a sua traje-tória de sindicalista?Desde que entrei no banco, preocupava-me com as rela-ções de trabalho, com a situa-ção dos colegas. Com isso, fui convidado a fazer parte do sindicato, que já se destacava pela postura de um sindicato cidadão. Participei, então, de todos os movimentos sociais e de lutas sindicais dos ban-cários e de outras categorias. Ocupei os cargos de Secretá-rio, Tesoureiro, Relações Sin-dicais e Sociais e, atualmente, de Presidente.Quais foram suas principais ações como líder sindical?Eu destaco a campanha contra a cobrança de tarifas bancá-rias, em conjunto com o Pro-con local; pela ampliação do horário de atendimento nos bancos; a intermediação em Programa de Financiamento Individual à Moradia por meio de Carta de Crédito; a elabora-ção e apresentação de projetos de lei na Câmara, ampliando a

segurança nas agências, com portas giratórias, e propondo aumento de caixas, mudança do horário de funcionamento das agências e estabelecendo tempo limite de permanência nas filas. Para a população, eu ressalto a campanha para ins-talação da 2ª Junta de Conci-liação e Julgamento da Justiça do Trabalho em Catanduva; a luta pela participação dos setores representativos da co-munidade no Conselho Muni-cipal de Saúde; a participação na criação e organização de sindicatos de outras categorias de trabalhadores na cidade, como Alimentação e Saúde); e o engajamento no movimento Alerta Catanduva pela não ins-talação de presídio na região.Qual o papel de um verea-dor em relação às ações do Executivo Municipal?O vereador deve atender só ao interesse público. É papel dele fazer leis e fiscalizar a condu-ta político-administrativa dos políticos, em prol do bom uso

do dinheiro público. Ele é por-ta-voz da população e, como tal, deve organizar e conscien-tizar a população, promover debates e audiências públicas. O vereador também é a pessoa que dá sugestões legislativas

e administrativas ao prefeito. Sua casa é o município como um todo. Ele deve ouvir, as-sessorar e fiscalizar todos os serviços à população: saúde, educação, segurança, espor-tes, lazer, cultura e outros. Como representar os traba-lhadores na Câmara?O trabalhador deve exercer sua cidadania plena. Por isso, além da luta pela valoriza-ção e melhoria do ambiente de trabalho e do incentivo às políticas que gerem emprego e renda, estimularei a criação de Conselhos Comunitários de Segurança, buscando soluções aos problemas dessa área. Na saúde, visitarei as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para acompanhar o atendimento ao cidadão, indicando ao Execu-tivo o número de profissio-nais, inclusive o de médicos, que trabalham para dar um atendimento de melhor qua-lidade; verificarei como anda a implantação de agenda de atendimento de consultas por

Às vésperas de completar 50 anos, o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região ganhou um grande presente: elegeu seu presidente Amarildo Davoli como vereador da cidade, ga-rantindo a representatividade da categoria também na Câmara Municipal. Trata-se de importante conquista dos trabalhado-res, que, unidos e mobilizados, alcançaram diversos avanços na Campanha Nacional de 2012. À frente do Sindicato, Ama-rildo Davoli exigiu das autoridades locais a implantação de projetos que garantam segurança nas agências e participou do Movimento Alerta Catanduva, que impediu a instalação do presídio no município. “Estou muito feliz pela confiança de-positada em mim. Trabalharei para consolidar e ampliar os direitos dos trabalhadores e sobretudo para defender os inte-resses da população catanduvense” – diz.

telefone e a ampliação do ho-rário nas UBS até às 21 h, para que o trabalhador que chega em casa depois das 6 da tarde e encontra um familiar adoen-tado não se desloque ao centro da cidade para ser atendido. É preciso também cultivar a tradição cultural da cidade, principalmente o carnaval e as manifestações folclóricas e re-ligiosas da comunidade.Que papel deve assumir a bancada da Câmara na pró-xima legislatura?O que se espera dos eleitos é que não ocupem as cadeiras como se tudo estivesse resol-vido e fiquem só enviando congratulações ou dando no-mes de ruas. É preciso ouvir a população, propor medidas e chamá-la a participar com su-gestões, críticas, acompanha-mento e ações. Eu assumirei a postura crítica responsável, aprovando projetos – ou pro-pondo mudanças – de interes-se da população independen-temente da origem.

“Não se espera que os eleitos fiquem apenas dando nome

às ruas”

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6 Catanduva

livro retrata musicalidade paulistana dos anos 1960Do Calypso ao cha-cha-chá dá ênfase ao trabalho dos músicos desvalorizados pela mídia

literatura

Autor de Casé – Como toca esse rapaz!, premiado pela Funarte em 2010, o músico e jornalista catanduvense Fer-nando Lichti Barros lançou, em 2012, o livro Do Calypso ao cha-cha-chá – Músicos em São Paulo na década de 60. Nesta entrevista, ele revela o cenário musical daquela déca-da, avalia a música brasileira atual e critica a não valoriza-ção de bons instrumentistas e intérpretes no Brasil. Por que você resolveu abor-dar a década de 60?Porque é um período eferves-cente. Havia otimismo. Bra-sília era recém-inaugurada, havia promessas modernizan-tes, mudança de patamares. A música refletia isso nas boates, nos bailes, nos discos, nos pro-gramas de rádio e televisão. O mercado de trabalho estava aquecido. Era uma fase de tecnologia ainda modesta em que o som era feito na hora, ao vivo, com garra. Os músi-cos talentosos se reuniam num bar e trocavam informações,

jogavam conversa fora, rece-biam propostas de trabalho. Grandes orquestras viajavam sem parar na época dos bailes de formatura. Nas imediações da Praça Roosevelt, havia de-zenas de boates e inferninhos, com música ao vivo de todos os gêneros: samba, bolero, chachachá, bossa nova, jazz. Enquanto o país sofria com o golpe de 1964, estouram a bossa nova, a jovem guarda, os festivais e o tropicalismo. Foi uma fase movimentada, musicalmente riquíssima. Como você avalia a recente produção musical no Brasil?

A música sempre espelha o seu tempo. Hoje, uma festa para mil pessoas, que antes exigia uma orquestra de 15, 20 mú-sicos, hoje é animada por um DJ. Uma gravação, que hoje se faz em casa, era um estágio alcançado por poucos. Não ha-via acesso aos recursos neces-sários; quem os detinha eram as gravadoras. Meio século de-pois, vivemos num outro pla-neta. A produção é diferente e a maneira de divulgá-la também. Se há 50 anos só se ouvia o que o rádio programava a partir do eixo Rio-São Paulo, agora é possível dar um passeio pelo

You Tube e ouvir o que se toca no Amapá! Continua imperan-do, claro, o mercadão, entidade fantasmagórica, mas, comendo o mingau pelas beiradas, tem muita gente boa na área. Os músicos estão mais valo-rizados no Brasil?O músico nunca é valorizado como deveria. Hoje qualquer ex-BBB faz um show com casa lotada, mas se você pres-tar atenção, verá que no palco há músicos fazendo a cama do “famosão”. Mesmo na década de 1960, eles não eram citados nas fichas técnicas dos LPs.Como era a interação entre os músicos nos anos 1960? A maioria era autodidata, aprendia em casa, com o pai, o irmão, o vizinho. Os profes-sores mais disponíveis eram o rádio, os discos, os maestros das bandas de coreto e o bai-le ajudava a adquirir emboca-dura. Quando as orquestras e conjuntos de São Paulo iam para o interior, os músicos lo-cais ficavam “filmando”. Era uma aula. O jazz era cultua-

do pela turma dos sopros. Se alguém conseguia um LP im-portado, tinha ouro nas mãos. Faziam-se audições para aprender o fraseado e absorver as novidades. Depois, mãos à obra, tocando e aprendendo. O que mudou entre o públi-co e o músico com a televisão e a internet?A televisão e a digitalização reforçaram o audiovisual – hoje é mais visual do que áu-dio. Não digo que não haja som, mas o som com melo-dia, harmonia e ritmo já não importa para uma camada do público. Vale o que se vê. Os megaespetáculos têm trata-mento pirotécnico, cantoras são ejetadas do palco enquan-to espocam fogos, entre sarai-vadas de luzes potentíssimas. Mas, ao mesmo tempo em que uma superstar se apresenta num estádio para milhares de pessoas, ancorada numa tec-nologia de ficção científica, o João Donato toca o piano dele, bem baixinho, bem suave. Pa-rece uma caixinha de música.

jornalista catanduvense lança livro sobre CinemaO jornalista, crítico de ci-

nema e professor universitário Felipe Boso Brida vai lançar no SESC-Catanduva, no pró-ximo dia 20, às 20h30, uma seleção de resenhas cinemato-gráficas intitulada Cinema em Foco – Críticas Selecionadas. O livro, de 352 páginas, traz 290 críticas, escritas desde 2002, quando o autor come-çou a veicular seus textos so-

bre cinema. “Primeiro, criei um blog com resenhas de fil-mes. Depois, especializei-me em Artes Visuais e Intermeios. Adoro o cinema brasileiro, o italiano, o alemão e tenho crí-ticas publicadas sobre filmes dessas várias origens no Cine-ma em Foco”.

Ao todo, Brida já publicou 1.350 resenhas entre sites – UOL, Cineminha, Observató-

rio de Imprensa – e veículos locais – O Regional, Rádio Globo e Nova TV. Ele tam-bém ministra palestras e orga-niza workshops em todo o país sobre a história do cinema e o cinema brasileiro. Em novem-bro, ele atuou no júri do 4º Festival Internacional de Ci-nema da Fronteira, em Bagé, no Rio Grande do Sul.

Em Catanduva, o livro

Cinema em Foco pode ser encontrado nas bancas do Rossi e do Vicente, na livra-ria Santa Rita, na locadora 100% Vídeo e no CD Mu-sic (no Garden Catanduva Shopping). Também estará à venda nas livrarias Saraiva e Nobel, do Rio Preto Shop-ping e no endereço eletrô-nico da editora HN, <www.hndigital.com.br>.d

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7Catanduva

grêmio mira o retorno à elite do futebol paulistaClube quer esquecer 2012 desastroso e se reforça com jogadores experientes Por Enio Lourenço

futebol

O vexatório 5 a 0 para o Santos – um dos últimos jo-gos da dupla Neymar e Gan-so (que propiciou uma placa ao hoje meia são-paulino) – marcou o adeus do Grêmio Catanduvense à Série A1 do Paulistão. A diretoria do bruxo quer esquecer a campanha do ano passado, que lhe rendeu a 19ª colocação (duas vitórias, sete empates e dez derrotas), e transformar a despedida da elite do futebol estadual num “até breve”. Para isso, o plane-jamento do clube em 2013 se dá em dois eixos: a pré-tempo-

rada, iniciada em novembro, e a chegada de jogadores expe-rientes. “Queremos um time para voltar a Série A. Não fo-mos atrás de medalhões, mas de nomes experientes. O téc-nico Ruy Scarpino, com quem eu trabalhei no São Bernardo, é fundamental nesse projeto. Ele sabe lidar com as vaida-des que existem no mundo do futebol. Tomara que ele fique conosco por dois ou três anos” – comenta o gerente de futebol Carlinhos Oliveira.

A diretoria e a comissão técnica do Grêmio definiram

contratado junto ao Necaxa do México, e os atacantes Bruno Gaúcho, ex-Bragantino, e o experiente Roberto Jacaré, que se encontra esperançoso em ser o homem-gol do Bruxo. “Eu jogo na direita, centralizado ou pela esquerda do ataque. Ano passado eu disputei a Série B do Brasileiro pelo Asa (AL). Ficamos em 11º lugar e eu marquei seis gols. Espero que o Grêmio faça um bom cam-peonato, que volte à Série A1. Já conheço alguns jogadores e estamos nos entrosando” – diz o jogador de 30 anos.

os adversários e o sonho nacional

torcida Comando promete apoio ao bruxo

A diretoria do Grêmio Catanduvense elegeu seus principais adversários no certame, que fizeram boas contratações: a Portugue-sa, o Red Bull, o Audax e o Rio Branco de Americana. O Santo André e o Barueri es-

A organizada Torcida Co-mando, com com cerca de 700 associados, promete apoiar o Grêmio Catanduvense no re-torno à Série A2 do estadual, mas com uma paciência me-nor do que a habitual. Segun-do o vendedor e presidente da torcida Luciano Cabé, de 37 anos, a gestão do ex-pre-sidente Walmor Peruzzo é a responsável pela desconfian-ça. “Houve falta de compro-metimento do ex-presidente e de sua diretoria. Nós sequer

as contratações, posição por posição, consensualmente. O plantel está fechado para a atual temporada. Os destaques

são o goleiro Marcelo Bonan, campeão do Paulistão da Série A2 com o São Bernardo no ano passado, o volante Everaldo,

tão sempre na briga. São sete ou oito clubes fortes na dispu-ta pelo acesso a Série A” – diz Carlinhos, ao destacar o plane-jamento dividido em etapas: “O presidente Dimas Macedo quer ser campeão. Mas nosso objeti-vo é estar entre os oito primei-

ros e participar de um dos dois grupos que classificam dois clu-bes de cada grupo para a Série A1. Depois, vem a disputa do quadrangular final para definir o campeão”. Carlinhos lembra que o título credencia o vence-dor a jogar a Copa do Brasil de

2014, “o que nos propicia um calendário mais cheio”.

Para apagar de vez a pífia campanha de 2012, o cartola promete colocar a equipe ca-tanduvense na elite do futebol paulista. “O torcedor pode es-perar um time aguerrido em

busca do acesso no Paulista. A gente quer também colo-car o Grêmio na Série D do Brasileiro para almejar ter o que tem hoje o Oeste de Itá-polis, e o que já teve o Marí-lia. Para isso é que estamos trabalhando.”

montado a partir de indicações absurdas. Existiam jogadores que não serviam para jogar a Copa São Paulo de Futebol Júnior. E teve ainda o caso do atacante Alemão, que tinha sa-lários pagos pelo Vicenza, da Itália, e a diretoria não conse-guiu segurá-lo em Catanduva, perdendo-o para o Guaratin-guetá – o atacante marcou 14 gols na Série B do Brasileirão e agora é sondado pelo Pal-meiras.”

Esperançosa com a tro-

ca de cartolas no comando do clube, a Torcida Coman-do enxerga um futuro melhor para esta temporada. “Esta-mos gostando da equipe que está sendo montada. Temos um excelente goleiro, que é o Marcelo Bonan. Os atacan-tes Luciano, Bruno Gaúcho e Roberto Jacaré também pare-cem ter bom futebol, além de Robson, de 18 anos, uma pro-messa da base. Esse será um time para disputar entre os 10 primeiros” – diz Cabé, que faz

uma ressalva: “este ano o pa-vio será mais curto”. Segundo ele, caso os resultados positi-vos não apareçam, os novos jogadores, comissão técnica e diretoria vão ter de lidar com a torcida, devido aos erros dos dirigentes do passado. “Nossa cobrança será sem violência. Acreditamos na equipe, mas não seremos apáticos. Nos-sa paciência está menor. Não queremos que os mesmo erros voltem a se repetir. Se for ne-cessário, iremos protestar.”

disputamos a Copa Federação Paulista no segundo semestre. O time do Paulistão 2012 foi

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8 Catanduva

foto síntese – Castelinho reformado

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vale o que vier

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horizontal – 1. Bairro famoso do Rio de Janeiro 2. Aperfeiçoado 3. Descarga elétrica no espaço, seguida de relâmpago; Curar 4. O, em italiano; Solitário 5. Observatório de Atividades Culturais; Peça íntima feminina, com elásticos, usada para moldar o corpo, nos quadris, ventre e cintura 6. Que não causa dor 7. Caminho; Não aprovar 8. Locomovia-se, deslocava--se; Soberano; Parta 9. Pirraça 10. Triturar com os dentes; Diligência 11. Desejos intensos; Símbolo do ósmio.

vertical – 1. Natural do Rio de Janeiro; Raiva 2. Pedra preciosa de cor leitosa e azulada; símbolo do Níquel; Observatório Nacional 3. Partido político mexicano; Sedes de municípios 4. Camareiros; Entrelaçamento apertado de dois ou mais fios; Segunda nota musical 5. 900, em algarismos romanos; Radiologia Brasileira 6. Para os; Quem trabalha em cemitério abrindo covas 7. Nascidos no Brasil 8. Na mitologia egípcia, lugar que correspondia aos campos elísios dos gregos; Não, em inglês; Rio Grande do Norte 9. Nenhuma das anteriores; Brecado10. Artéria principal que parte do ventrículo esquerdo e irriga todo o corpo; Símbolo de rádio; Carta do baralho.

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Palavras cruzadas

COPACABANAAPRiMORADORAiOSARARiLSOSTOACCiNTACiNDOLORANDOCETAR

iAREivAiDBiRRAROERRONDAANSEiOSOS