jornal brasil atual - itariri 02

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Jornal Regional de Itariri www.redebrasilatual.com.br ITARIRI nº 2 Fevereiro de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Há quase três anos, a cidade convive com uma cratera no Centro Pág. 6 ASFALTO DÁ PENA Rejane Silva revoluciona a Educação na região e agora quer ser prefeita Pág. 3 ENTREVISTA QUE PROFESSORA! Itariri recebe mais verba dos governos federal e estadual em 2011 Pág. 2 ECONOMIA MAIS DINHEIRO SAÚDE Parece mentira, mas a Prefeitura não socorre nem as emergências Pág. 7 E A AMBULâNCIA SEGUE PARADA O PSDB comandou o maior roubo no Brasil, que movimentou US$ 2,5 bilhões BONS DE BICO PRIVATARIA TUCANA Verônica Serra Ricardo Sérgio FHC José Serra

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bOnS De bicO Parece mentira, mas a Prefeitura não socorre nem as emergências SAÚDe que professora! mais dinheiro verônica Serra dá pena Distribuiçã o nº 2 Fevereiro de 2012 Pág. 6 Pág. 7 Pág. 2 Pág. 3 José Serra www.redebrasilatual.com.br Itariri recebe mais verba dos governos federal e estadual em 2011 Jornal Regional de Itariri Há quase três anos, a cidade convive com uma cratera no Centro Rejane Silva revoluciona a Educação na região e agora quer ser prefeita

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Jornal Regional de Itariri

www.redebrasilatual.com.br ItarIrI

nº 2 Fevereiro de 2012

DistribuiçãoGratuita

Há quase três anos, a cidade convive com uma cratera no Centro

Pág. 6

ASFALTO

dá pena

Rejane Silva revoluciona a Educação na região e agora quer ser prefeita

Pág. 3

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que professora!

Itariri recebe mais verba dos governos federal e estadual em 2011

Pág. 2

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mais dinheiro

SAÚDe

Parece mentira, mas a Prefeitura não socorre nem as emergências

Pág. 7

e A AmbuLânciA Segue PArADA

O PSDB comandou o maior roubo no Brasil, que movimentou US$ 2,5 bilhões

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PrivATAriA TucAnA

verônica Serra

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expediente rede Brasil atual – itariri editora Gráfica atitude Ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008Tiragem: 5 mil exemplares distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

JOrnAL On-Line

eDiTOriAL

Aos tucanos, como se intitulam os políticos do Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB, não faltam professo-res de malandragem. Quem tiver alguma dúvida sobre o tema basta ir às livrarias e adquirir um exemplar de A Privata-ria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que nos revela como o PSDB operou a maior falcatrua brasileira, nos tempos da privatização, lesando o País de muitas formas: entregando empresas públicas ao capital privado nacional e internacional (entre elas a Vale do Rio Doce, as empresas de telefonia e al-guns bancos, entre os quais a Nossa Caixa e o Banespa), alar-deando que essas entregas eram um belo exemplo de moder-nidade enquanto levava no bico – literalmente – uma senhora grana advinda dessas negociatas torpes e malfeitos espúrios.

O livro revela os documentos secretos dessa imensa tra-moia e conta tudo sobre o maior assalto ao patrimônio público nacional. Para completar, mostra as fantásticas viagens que faziam as fortunas tucanas até alcançarem o seu ninho no pa-raíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. Dessa leitura, além da denúncia, fica-nos, para sempre, uma sensação de horror, de asco explícito, ainda mais porque tudo era apresentado ao grande público pela mídia comercial – conhecida nas elei-ções como o Partido da Imprensa Golpista (PIG) – como uma “grande saída”. Todos mentiram aos borbotões e jorraram suas golfadas sobre o povo brasileiro. É isso. Boa leitura!

A Privataria

Primeiramente quero parabenizar a equipe do jornal Brasil Atual – Itariri, que traz matérias ob-jetivas, que nos revelam a verdadeira face da realidade, a exemplo da matéria de capa “O Remendo nas Emendas”. Se este jornal não tivesse nos trazido a reportagem, o caso passaria batido e ninguém saberia, já que a mídia oficial nos mostra uma realidade totalmente distorcida. Também tivemos acesso à matéria sobre o caso da Rodoviária da Praça, que ficou sem os bancos até há poucos dias. Além disso, a Coluna “Radar”, com informações fornecidas pelo Pança, é boa e esclarecedora. Quero parabenizá-los também pela forma de distribuição do jornal, disponibilizando-o em pontos da cidade e pela entrega de casa em casa, proporcionando oportunidade para toda a população ler e se informar.

Virgulino Pedro da Silva, Itariri - SP

Venho parabenizar o jornal Brasil Atual – Itariri pelo serviço que começou a prestar para nossa comunidade. Na sua primeira edição foi posta uma matéria do bairro onde eu moro – eu sou diretor da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro de Nova Itariri (AMANI). A maté-ria deu conta do descaso da atual administração para com o nosso bairro: a creche não funciona, as valas estão sem manutenção e as ruas estão ora cheias de poeira, ora com muita lama, e assim por diante... Mas, valeu a pena! O que antes era promessa, após a reportagem, forçou a adminis-tração municipal a iniciar a manutenção na Rua 12, um dos objetos da denúncia. Vamos esperar mais um pouco pelas providências necessárias e, se nada acontecer, faremos novas denúncias ao jornal. Quero, pois, em meu nome e da população do bairro de Nova Itariri, agradecer e pa-rabenizar a publicação.

Roberto Bezerra, Itariri - SP

vALe O que vier

ecOnOmiA

repasses governamentaisEles foram maiores em 2011 do que em 2010

O jornal Brasil Atual – Itariri divulga, mensalmente, os valores destinados à cidade pelos go-vernos federal e estadual. Mesmo sem computar o mês de dezembro, a cifra bateu o ano anterior.

2010 2011

R$ 10.792.034,60 (12 meses) R$ 10.410.912,16 (11 meses) R$ 899.336,21 (média mensal) R$ 946.446,56 (média mensal)

Confira os recursos transferidos pelo Governo Estadual:

Veja a nova tabela do Imposto de Renda que vigora desde 1º de janeiro de 2012:

2010 2011 ICMS – R$ 2.485.824,48 (12 meses) ICMS – R$ 2.635.351,74 (12 meses) IPVA – R$ 425.999,73 (12 meses) IPVA – R$ 498.467,14 (12 meses)

rendimento em r$ Alíquota % Dedução r$ Até 1.637,11 Isento De 1.637,12 até 2.453,50 7,5 122,78 De 2.453,51 até 3.271,38 15,0 306,80 De 3.271,39 até 4.087,65 22,5 552,15 Acima de 4.087,65 27,5 756,53

Confira os recursos transferidos pelo Governo Federal:

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crecHe De AnA DiAS

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reLigiÃO

Lentidão da obra cansa o povo

A professora que dá uma baita aula de educação!

Ação de graçaEla começou em 2008 e não tem data para acabar

Rejane Silva, a mulher que revolucionou o ensino nas cidades de Itariri e Pedro de Toledo

Jubileu de Ouro do Padre Pedro

A população do distrito de Ana Dias está indignada com a demora da conclusão das obras da creche local, iniciada em agosto de 2008 – no final da Administração de Daniel Silva, conforme convênio assinado em 19/12/2007 –, e com prazo de conclusão para fevereiro de 2009. Para os munícipes do distrito, o “tamanho descaso” vem da “falta de vontade política do

prefeito Dinamerico Peroni e do vice Lincoln Matsuda”, também ele morador do local.

Tudo indica que o prefeito e o vice esperam a chegada das elei-

ções, no final do ano, para ter-minar a obra e, assim, poderem dizer que a fizeram com muito sacrifício. Ocorre que as ver-bas para a conclusão da obra já foram aprovadas, conforme in-forma o site do governo federal <www.portaldatransparencia.gov.br>. A aprovação consta do convênio número 598967. Seu valor é de R$ 1.011.170,00 com contrapartida do município de R$ 10.213,97.

No dia 11 de dezembro de 2011, foi realizada a Missa de Ação de Graça ao Jubileu de Ouro do Padre Pedro dos Pra-zeres Leite, na Colônia Japo-nesa de Itariri, com presença de diversos padres da região, centenas de fiéis, amigos e autoridades de várias cidades do Vale do Ribeira. “A missa foi emocionante” – declararam vários fiéis, lembrando o fato de o padre Pedro merecer a ho-menagem, por seu importante

trabalho de 50 anos na comu-nidade. Após a cerimônia foi servido almoço aos presentes.

Durante sua gestão como diretora da Educação em Ita-riri e hoje como responsável pela Diretoria de Educação na cidade de Pedro de Tole-do, Rejane Silva conquistou avanços na educação local, por meio do desenvolvimento de novos projetos, buscando a va-lorização de professores e fun-cionários dos dois municípios.

Você é de Itariri ?Nasci e fui criada em Itariri.Você foi diretora de Educação em Itariri e, agora, está em Pedro de Toledo. Como conse-guiu essa façanha?Não considero uma façanha e, sim, o reconhecimento de um trabalho sério e de muito com-prometimento.A sua aceitação como diretora de Educação é muito grande nas duas cidades. Como você explica isso?Antes de ser diretora do De-

tar sempre para melhorar cada vez mais o ensino público, porém, sem esquecer jamais a importância da atuação dos profissionais da Educação.Na sua gestão em Itariri, os números do Índice de De-senvolvimento da Educação Básica – o IDEB – cresceram muito. O que você pode falar sobre o tema?Gosto muito da parte pedagó-gica e sempre procuro estar atualizada e capacitada para construir com a equipe o pla-no de trabalho que acredita-mos atender às necessidades dos alunos. Além das capaci-tações ofertadas aos professo-res e à equipe técnica, procuro não deixar faltar o material pedagógico necessário para a execução de um bom trabalho, uma boa merenda, um trans-porte adequado e com qua-lidade e uma estrutura física agradável e necessária.

A valorização dos professores e funcionários da educação foi uma constante?Todas as vezes que assumo um departamento, o primeiro pro-blema é a questão do salário, que sempre está defasado. Durante toda a gestão, procuramos traba-lhar com aumentos salariais cons-tantes e possíveis dentro da lei. Porém, quando termina a gestão, os aumentos não ocorrem mais e o problema volta a existir.A renovação da frota da Educação foi uma constante também?A renovação sempre acontece de forma necessária. Ou seja, quando o veículo que existe começa a quebrar muito e os gastos com a manutenção au-mentam, optamos pela aquisi-ção de um veículo novo. Isto gera economia na manutenção e melhoria na qualidade do atendimento.Mudando de assunto, você é

pré-candidata a prefeita da cidade de Itariri?Na verdade, nunca tive in-teresse nenhum em ser can-didata a alguma coisa. Essa história começou como resul-tado dos trabalhos prestados para o município. Confesso que fiquei bastante assustada e preocupada, ao mesmo tempo. Fico grata pelo reconhecimen-to. Os munícipes me procuram para pedir a minha pré-candi-datura a prefeita de Itariri e eu estou tentando amadurecer o fato para atender ao pedido.Faça suas considerações fi-nais...Independentemente do que está acontecendo e do que poderá acontecer, quero agradecer a todos os leitores que acompa-nham a minha trajetória profis-sional e passaram a acreditar que, no poder público, é possí-vel um trabalho sério e honesto quando se tem vontade política.

partamento de Educação, sou professora e já ocupei vários cargos técnicos, o que me fez conhecer as dificuldades, as necessidades e as ansiedades dos profissionais da área da Educação. O meu papel é lu-

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A PrivATAriA TucAnA

Privatização: livro denuncia Serra, família e amigosE conta como o PSDB comandou a maior falcatrua no Brasil, que movimentou US$ 2,5 bilhões

Os tucanos comandaram o processo de privatização das empresas públicas na década de 1990, que movimentou US$ 2,5 bilhões e distribuiu propinas de US$ 20 milhões, segundo o livro A Privataria Tucana, do jorna-lista Amaury Ribeiro Jr., de 320 páginas – 200 de texto jornalísti-co e 120 de reprodução de pro-vas. Baseado em documentos, Amaury mostra como o PSDB vendeu o patrimônio público a preço de banana. Entre a compra e a venda, funcionava a lavagem de dinheiro e suas conexões com a mídia e com o mundo político.

Os envolvidos são gente do alto tucanato: o livro liga o ex--candidato do PSDB à presidên-cia, José Serra, a um esquema de desvio e lavagem de dinheiro e

o acusa de espionar adversários políticos. “Quando ministro da Saúde, Serra criou uma cen-tral de montagem de dossiês na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no governo FHC.” O livro afirma também que o esquema era feito por meio de empresas off-shore das Ilhas Virgens Britânicas, e foi ideali-zado pelo ex-diretor da área in-ternacional do Banco do Brasil e ex-tesoureiro da campanha de Serra e FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira. Outros esquemas se-melhantes eram realizados pelo genro dele, Alexandre Bour-geois, por sua filha Verônica – que mantinha empresa em socie-dade com a irmã do banqueiro Daniel Dantas – e pelo seu sócio, Gregório Marin Preciado.Serra, verônica, FHc, Dantas, Preciado e as ilhas virgens britânicas: tucanos bons de bico

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A entrevista com o autor das denúncias

Como era o esquema de corrupção dos amigos e parentes de José Serra?O tesoureiro do Serra, o Ricardo Sérgio, criou um modus operandi de operar dinheiro do exterior, e eu descobri como funcionava o

esquema. Eles mandavam o di-nheiro da propina para as Ilhas Virgens, um paraíso fiscal. De-pois, simulavam operações de investimento para a internação de dinheiro. Usavam umas off- -shores que simulavam investir dinheiro em empresas que eram deles mesmos no Brasil, numa ação muito amadora.Como você pegou isso?As transações estão em cartó-rios de títulos e documentos.Movimentou bilhões?Bilhões. Os banqueiros, li-gados ao PSDB, formados na PUC do Rio, com pós- -graduação em Harvard, sofis-ticaram a lavagem de dinheiro. A gente é simples, formado em jornalismo na Cásper Líbero, mas aprendeu a rastrear o di-

seguinte, estava na impren-sa. Eu achava que era coi-sa do (ex-deputado tucano Marcelo) Itagiba ou do (can-didato a vice-presidente, de-putado do PMDB, Michel) Temer. Aí veio a surpresa: era o fogo-amigo do PT, de Rui Falcão (atual presidente do PT e deputado estadual).

Amaury ribeiro Jr.

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nheiro deles. Eles inventaram um marco para lavar dinheiro, seguido por criminosos como Fernando Beira-Mar, Georgi-na (de Freitas que fraudou o INSS). Os discípulos da Ge-orgina foram condenados por operações semelhantes às que o Serra fez, que o genro dele, Alexandre Bourgeois, fez, que o Gregório Preciado fez, que o Ricardo Sérgio fez, que o banqueiro Daniel Dantas, que comandava a corrupção, fez.Serra espionava o Aécio?Está documentado. Ele contra-tou a Fence Consultoria, em-presa que faz varreduras contra grampos clandestinos, no Rio de Janeiro. O Serra gosta de espionagem e manda espionar os inimigos dele. Ele contratou

a empresa de um coronel baixo nível da ditadura. O pretexto era que fazia negócio de con-traespionagem. O doutor Ênio (Gomes Fontenelle, dono da Fence) trabalhou na equipe dele. Para espionar o Aécio.E a ex-governadora mara-nhense Roseana Sarney? Está no Diário Oficial. O agen-te era o Jardim (Luiz Fernando Barcellos), ligado ao Ricardo Sérgio. Mas a imprensa defen-de o Serra e não divulga. Dilma contra-atacou com arapongas também?Não. As pessoas que traba-lhavam na campanha da Dil-ma eram ligadas ao mercado financeiro. Me chamaram porque vazava tudo. Os caras faziam uma reunião e, no dia

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As perdas Por uma comissão Parlamentar de inquérito

O governo FHC arrecadou R$ 85,2 bilhões com a venda das empresas públicas. Mas o país pagou R$ 87,6 bilhões para as empresas que assumi-ram esse patrimônio – R$ 2,4 bilhões a mais do que recebeu. O prejuízo veio porque o go-verno absorveu as dívidas das empresas, demitiu um monte de gente, emprestou dinheiro do BNDES aos compradores e aceitou como pagamento o uso de “moedas podres”, tí-tulos do governo que valiam metade do valor de face. A “costura”, feita por Ricardo Sérgio, envolvia o pagamento de propina dos empresários que participavam do proces-so. O dinheiro era lavado em paraísos fiscais. Promoveu-se um desmonte das empresas públicas, fazendo-as pare-cer mais inoperantes do que eram – assim, quase foram pelo ralo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Para a presidenta do Sin-dicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, o livro prova a importância do combate do movimento sin-dical ao processo de privati-zação. “A velha imprensa não repercute as graves denúncias e mostra a sua parcialidade. Esperamos que o Ministério Público e a Polícia Federal investiguem esses crimes de que trata o livro e retomem para os cofres públicos todo o dinheiro desviado.”

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Para proteger o país de ope-rações ilegais e dificultar novos desvios, a discussão precisa passar pelo Congresso Nacio-nal. O primeiro passo, porém, é a investigação. Depois da chegada aos pontos de venda, não tardou para parlamentares de diferentes legendas fazerem menção à publicação e entrar na agenda o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso. O fato relevante exigido pela Constituição para levar adiante a CPI da Privataria

está nos documentos contidos no livro. As 185 assinaturas – 14 a mais do que o mínimo de um terço dos 513 membros da Câmara Federal – colhi-das pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) incluem gente de todas as colorações partidárias.

Embora os líderes do go-verno, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e do PT, Paulo Tei-xeira (SP), tenham preferi-do não assinar para manter a “neutralidade” que a relação com outras legendas exige,

67 petistas subscreveram. A seguir, estão os governistas PMDB e PSB (18 cada), PDT (17), PR (15) e PCdoB (13). Alguns oposicionistas – DEM (5), PSDB (4) e PPS (4) – tam-bém aderiram.

No lançamento do livro, organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé na sede do Sindicato dos Bancários, Pro-tógenes afirmou que a inicia-tiva visa a proteger a integri-dade física do autor do livro. “Não poderíamos demorar

muito para não perder o ‘ti-ming’ e perder o Amaury”, lembrou. O jornalista corria o risco de “virar estatística”, segundo termos do delegado, “sofreria um ‘assalto’, diriam que reagiu”.

A expectativa é de que o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), instale a co-missão em fevereiro, depois do recesso. “Se a CPI for mes-mo aberta, vou avisar que o que está no livro é pequeno”, adiantou Ribeiro Jr. O ano novo promete.

Silêncio ensurdecedor De pronto tropeço em

duas razões para o costumei-ro silêncio ensurdecedor da mídia nativa. A primeira é tradição desse pseudojorna-lismo arcaico: não se reper-cutem informações publica-das pela concorrência. Tanto mais quando saem nas pági-nas impressas por quem não fala a língua dos vetustos donos do poder e até ousa remar contracorrente. A se-gunda razão é o próprio José Serra e o tucanato em peso. Ali, ai de quem mexe, é a re-serva moral do País.

Mino Carta, revista CartaCapital

Censura combinadaEm 47 anos de trabalho

nas redações nunca tinha vis-to nada igual, nem na época da ditadura, quando a gente não era proibido de escrever, apenas os censores não dei-xavam publicar. Foi como se todos houvessem combinado que o livro simplesmente não existiria. Esqueceram-se que o mundo foi revolucionado por um negócio chamado in-ternet, em que todos nos tor-namos emissores e receptores de informações, tornando-se impossível esconder qual-quer notícia.

Ricardo Kotscho, TV Record e portal R7

Propaganda políticaA chamada ‘grande

imprensa’, por ter mais responsabilidade que os blogueiros ditos indepen-dentes, mas que, na maio-ria, são sustentados pela verba oficial e fazem pro-paganda política, demorou mais a entrar no assunto, ou simplesmente não entra-rá, porque precisava ana-lisar com tranquilidade o livro para verificar se ele realmente acrescenta dados novos às denúncias sobre as privatizações, e se tem provas.

Merval Pereira, O Globo

Perda de critérioÀ perda de critério jornalís-

tico se somaram intenções co-merciais e políticas dos grupos jornalísticos. Como justificar o escândalo em torno de um avião alugado que transportou o Lupi, a denúncia de que Or-lando Silva recebeu dinheiro na garagem e ignorar docu-mentos levantados por Amaury Ribeiro Jr.? Os argumentos de Merval Pereira foram uma tentativa desesperada de con-vencer o procurador geral da República de que há critério jornalístico que impede que os jornais divulguem o livro.

Luis Nassif, jornalista

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POLíTicA

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Eleições 2012Com a dupla filiação de Carlos Rocha Ribeiro, a coligação PSB-PMDB-PTB entrou com recurso na Justiça Eleitoral tentando reverter a sentença. Os demais grupos – PP-PT-PV-

PRTB e PSDB-DEM-PDT-PR – aguardam na expectativa.

Dupla filiação IIIA Justiça Eleitoral tem diversos prazos a serem cumpridos até um processo transitar em julgado. Nos casos da dupla filiação, os prazos são os seguintes:

9 de janeiro – Divulgação das duplicidades de filiação. Publicação, na internet, da relação oficial de filiados. Início da contagem do prazo para a resposta nos processos de dupla filiação. Geração das notificações para partidos e filiados envolvidos em duplicidade.30 de janeiro – Último dia para apresentação de resposta de filiados e partidos envolvidos.9 de fevereiro – Data limite para decisão das situações sub judice.22 de fevereiro – Data limite para registro das decisões no sistema.

Dupla filiação IVDiante dos prazos acima, a decisão final será conhecida só depois do carnaval. Até lá, os candidatos com dupla filiação têm de aguardar. Principalmente, o pré-candidato a prefeito,

Carlos Rocha Ribeiro.

PPSO PPS até o momento não foi citado por nenhum grupo político como participante de sua coligação. É, hoje, a namorada que todos querem – todos conversam com o PPS. Em breve, porém,

a namorada terá de escolher um dos grupos para casar.

Cantata de NatalCom a regência do maestro Sérgio Luiz da Silva e participação do coral Municipal “Vozes do Vale”, foi realizada a Cantata de Natal, uma apresentação pública com diversas músicas natali-

nas. O evento foi realizado na Praça João Franco, na noite do dia 22 de dezembro de 2011. O ponto negativo foi a falta de divulgação do evento. Grande parte da população só ficou sabendo no dia seguinte, quando os poucos participantes e fa-miliares dos integrantes do coral relataram os detalhes da festa aos demais muní-cipes. Uma pena, pois a apresentação foi nota 10. Parabéns ao mastro e ao coral.

Plano “B”Diante dos acontecimentos, a coligação PSB-PMDB-PTB, en-quanto aguarda pronunciamento da Justiça Eleitoral, prepara o plano “B”, que hoje gira em torno de Isadália Souza e o do

vice-prefeito Lincoln Matsuda, os dois nomes mais cotados para vice de Carlos Rocha Ribeiro.

PSDB-DEM-PDT-PRO grupo, que tem o atual prefeito Dinamerico Gonçalves Pe-roni como pré--candidato, continua sem confirmar o nome de seu candidato a vice-prefeito. Até o fechamento desta edição, o

mais cotado era o do diretor de Obras, Álvaro Rocha, que nega essa pretensão.

PP-PT-PV-PRTBÉ o grupo mais organizado, que já definiu os nomes dos pré--candidatos a prefeito e a vice-prefeito, respectivamente, o da Professora Rejane Silva e o do bancário Estanislau Fernando

de Matos, o “Pança”. Além disso, as lideranças já estão concluindo a definição de dois grupos de 44 pré-candidatos a vereadores.

Dupla filiação IDos 38 pré-candidatos que estavam sub judice após o término do prazo de filiação partidária, em 7 de outubro de 2011, três escapa-ram da sentença da Justiça Eleitoral: dois do PSB e um do PMDB.

Dupla filiação IIOs partidos que mais tiveram dupla filiação entre seus associados foram: PSB, 16; PTB, 5; PPS, 5; PSD, 3; PSDB, 2; PDT, 1; PRTB, 1; PV, 1 e PT, 1. Somados, eles totalizaram 35 duplas filiações.

ASFALTO

buraqueira danada há quase três anosRua Antônio Fonseca, no Centro, está em petição de miséria

Com pavimentação feita há menos de três anos, a Rua An-tônio Fonseca, na área central da cidade, está em petição de miséria, devido à quantidade de

buracos. Várias vezes, inúme-ros reparos já foram realizados no local. Porém, o problema persiste, exigindo da Prefeitura uma postura mais radical, no

sentido de cobrar do emprei-teiro responsável pela obra a devida reparação. Conforme cláusula do processo licitató-rio, as obras de pavimentação

devem ter a garantia de cinco anos. Caso apresentem proble-mas, deve-se solicitar à emprei-teira responsável pelas obras a reparação total dos danos. que obra, hein?

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SAÚDe

Descaso na Saúde deixa ambulância do SAmu parada Prefeitura firma convênio com governo federal, mas não o coloca em prática

192, o salva-vidas A Prefeitura Municipal de

Itariri firmou convênio, no iní-cio de 2011, com o Ministério da Saúde para instalação de uma base do SAMU, com equi-pe de atendimento. Em meados do ano passado, o governo fe-deral doou ao município uma ambulância para socorro de emergência, mas até novembro ela permanecia encostada no pátio da Prefeitura. Questiona-do por vereadores, o prefeito Dinamerico Gonçalves Peroni (PSDB) transferiu a guarda da ambulância para a garagem da

Casa de Agricultura de Itariri. E, para tentar impedir novas contestações, ele ordenou o fe-chamento da entrada do local com lona azul. Pergunta-se:

Ao discar o número 192, o cidadão liga para uma central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) dotada de médicos e profissionais de saúde treinados para dar orientação de primei-ros socorros por telefone. Essa equipe define o tipo de atendimento, a ambu-lância e os profissionais adequados a cada caso. Há

situações em que basta uma orientação por telefone.

O SAMU atende pacientes em casa, no local de trabalho, na via pública. A equipe pres-ta atendimento já no local, no menor tempo possível – fora do ambiente hospitalar. Assim, a equipe diminui o tempo-res-posta, crucial em emergências. Depois, encaminha o pacien-te ao hospital mais próximo. Com isso, tem salvado vidas.

por que deixar uma ambulân-cia de Unidade de Terapia Iten-siva (UTI) parada, enquanto moradores morrem por falta de atendimento médico?

mais dois processos por infidelidade partidária Estão em andamento no

TRE dois processos de perda de cargo eletivo por infideli-dade partidária, ou seja, por

desfiliação partidária, sem jus-ta causa: os dos vereadores de Itariri Carlos Rocha Ribeiro e Américo Ichihashi. Conforme

foi divulgado pelo jornal Brasil Atual – Itariri, as ações tiveram início na 295º Zona Eleitoral de Peruíbe, por ocasião da troca de

partido dos dois parlamentares. Agora, resta esperar o final da ação, uma vez que ainda cabe recurso por parte dos verea-

eLeiÇÕeS

Pré-candidatos: quem recebeu o cartão vermelho“Quem tem dupla filiação, não pode mais se candidatar” – diz o Tribunal Eleitoral

Conforme anunciado na edição anterior do jornal Brasil Atual – Itariri, vários pré-candidatos estavam sub judice porque mudaram de partido de forma equivocada. Todos eles foram julgados pela Justiça Eleitoral em de-zembro. E a grande maioria teve seu registro partidário cassado por dupla filiação e não poderá concorrer ao plei-to deste ano para prefeito, vice-prefeito e vereador. No entanto, alguns candidatos podem recorrer da sentença

do juiz da 295ª Zona Eleitoral de Peruíbe.

Confira, a seguir, os nomes dos pré-candidatos que estão impedidos de concorrer, con-forme o site do Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE) – <www.tse.gov.br>: Abel Ribeiro Pupo, André Onofre, Carlos Aparecido França, Carlos Ro-cha Ribeiro, Dora Aparecida de Oliveira Roque, Edmundo Ferreira de Araújo Junior, Ed-son Novaes de Oliveira, Eleni-ce Alves dos Santos Almeida, Elisângela Aparecida dos San-

tos, Fernanda Salles Novaes, Girleide Fernandes Diniz Bar-bosa, Gleycon Rodrigo Sales, Hércules Natanael Palmeira Souza, Herninho Noel de Oli-veira, Inocêncio Francisco da Cruz, Ivalnilde Oliveira Fernandes, Ivan França dos Santos, Jenilson Diniz Silva, Jesuítas Silva, Jesus Wagner Cruz, João Felipe Almeida Morais, João Carlos Alexandre de Moura, José Benedito Ma-rostica, Jose Vicente da Luz, Lucinéia Aparecida Benedito, Luiz Carlos Ramos, Luiz Fa-

dores. O andamento da ação pode ser acompanhado pelo site do TRE/SP <www.tre.sp.gov.br>.

rias, Márcio Antônio Placidi Corrêa, Marcos de Souza, Ma-rina Júlia Rodrigues Santos, Maycon Tiago Barros Fernan-

des, Nevir Pinto de Aquino, Ronaldo dos Santos Novaes, Valdir Moraes de Lima, Yo-landa Hanashiro Taminato.

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FOTO SínTeSe – POnTe SObre riO AzeiTe PALAvrAS cruzADASPALAvrAS cruzADAS

respostas

PALAvrAS cruzADAS

SuDOku

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vALe O que vier

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Palavras cruzadas

REnDERIzARARAPOngASREIlnAAIMPlICARPDIEOURUDOATAPARIRDAlVAAlTEPAlAlUA

ARnUIRATRASARDPOUSIOCOR

Horizontal – 1. Ato pelo qual se pode obter o produto final de um processamento digital, especialmente em programas de modelagem 2D e 3D 2. Cidade do Paraná 3. Monarca; A primeira vogal duplicada 4. Provocar, amolar 5. O, em alemão; rico, endinheirado 6. Antigo Testamento; Dar à luz em parto 7. nome de uma estrela; Forma abreviada de altitude 8. Viseira de boné, quepe ou chapéu; Satélite da Terra 9. Pelado; Partir 10. Provocar a demora 11. Terreno cuja cultura se interrompeu para repouso; Impressão variável que a luz refletida pelos corpos produz no órgão da vista.

vertical – 1. Qualidade de raro; Sigla do Amapá 2. Pessoa que, como penitência ou por índole, vive solitária em lugar deserto; Ação 3. Sinal gráfico pelo qual se distingue cada um dos quatro grupos de cartas de um baralho; long-play (Abrev.); (Quím.) Símb. de rutênio 4. Distrito Policial (Abrev.); Mulheres que têm avareza 5. Relativo ou pertencente à Eólia; Sigla de Alagoas; Sétima nota musical 6. Sigla do Rio grande do norte; Copa, em inglês; Homem pequeno 7. (Fem.) Que é falto de instrução, ignorante; Cidade da Mesopotâmia localizada na grande Babilônia, junto ao rio Eufrates, habitada na Antiguidade pelos caldeus 8. A última e a primeira letra do nosso alfabeto; Próprio do campo 9. Dá sustentação ao voo; Dissolvido, desfeito 10. Chegar ao porto.

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Sudoku

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