jornal brasil atual - guaira 02

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Jornal Regional de Guaíra www.redebrasilatual.com.br GUAÍRA nº 2 Agosto de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Tarifa sobe no Estado de São Paulo; ida e volta à Capital custa R$112,00 PEDáGIOS DEAGUA O milionário esquema que levou mais de R$ 5 milhões da única autarquia da cidade Pág. 3 TORNEIRAS DA CORRUPçãO As relíquias com que nossos avós vibravam de olho na modernidade Pág. 6 MUSEU PASSADO PRESENTE Sabe o que dona Marina faz há exatos 20 anos? Nada! Pág. 7 NATAçãO DÁ-LHE, VOVÓ As novas alternativas que o povo tem para vigiar os políticos Pág. 2 NA REDE BLOGUE CIDADÃO QUE GRANA!

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O milionário esquema que levou mais de R$ 5 milhões da única autarquia da cidade blogue cidadão pedágios natação passado presente dá-lhe, vovó Distribuiçã o nº 2 Agosto de 2011 pág. 7 pág. 2 pág. 3 pág. 6 Sabe o que dona Marina faz há exatos 20 anos? Nada! www.redebrasilatual.com.br Jornal Regional de Guaíra As relíquias com que nossos avós vibravam de olho na modernidade As novas alternativas que o povo tem para vigiar os políticos

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Jornal Regional de Guaíra

www.redebrasilatual.com.br Guaíra

nº 2 Agosto de 2011

DistribuiçãoGratuita

Tarifa sobe no Estado de São Paulo; ida e volta à Capital custa R$112,00

pedágios

deagua

O milionário esquema que levou mais de R$ 5 milhões da única autarquia da cidade

pág. 3

torneiras da corrupção

As relíquias com que nossos avós vibravam de olho na modernidade

pág. 6

museu

passado presente

Sabe o que dona Marina faz há exatos 20 anos? Nada!

pág. 7

natação

dá-lhe, vovó

As novas alternativas que o povo tem para vigiar os políticos

pág. 2

na rede

blogue cidadão

que grana!

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expediente rede brasil atual – guaíraeditora gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) e Aquino José revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008 tiragem: 6 mil exemplares distribuição gratuita

na rede

Blogueiros da cidadaniaEles vivem em defesa dos direitos da comunidade

editorialA reportagem central desta edição do jornal Brasil Atual,

edição de Guaíra, mostra um descalabro que existe no Estado e que passa, para muitos, como o preço que devemos pagar pela modernidade e boa qualidade de nossas estradas, quando, na ver-dade, ele é o custo, pra lá de salgado, de uma política insensata em relação às nossas rodovias. O governo do Estado promete-ra, na campanha eleitoral passada, rever o aumento e o número de praças existentes em São Paulo. Não foi isso o que se viu: o preço das tarifas do pedágio aumentou, é absurdamente caro, e engorda apenas o bolso das concessionárias.

Se isso acontece ao nível estadual, entre nós as torneiras da corrupção que afundaram o DEAGUA, a única autarquia muni-cipal, num prejuízo de mais de R$ 5 milhões vão, finalmente, à Justiça. E o que todo mundo espera é que o óbvio aconteça: os culpados sejam punidos e que os cofres da cidade recuperem o que lhes foi tungado. Felizmente, além do jornal Brasil Atual, a população ganha novas formas de controle dos políticos de Gua-íra, graças às redes cidadãs que se formam por aqui.

Finalmente, o esporte. Além do zagueiro Luiz Eduardo, um conterrâneo nosso que atua no São Paulo, o que espanta mes-mo é a disposição e o fôlego da vovó Marina. A danada tem 72 anos, aprendeu a nadar aos 52 e ganhou mais de 500 medalhas! É mole? Boa leitura!

Bancários-sp

outra presidentaJuvandia é eleita com 83% dos votos

A chapa que venceu a eleição para o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Re-gião tem à frente Juvandia Moreira, a primeira mulher

eleita presidenta da entidade em 88 anos de história. Ela era secretária-geral quando, em maio de 2010, assumiu a direção da entidade após o então presidente, Luiz Cláu-dio Marcolino, licenciar-se para concorrer a deputado estadual. Agora, foi esco-lhida por 26.545 bancários, com 83,49% dos votantes. Funcionária do Bradesco desde 1992, formada em Direito e pós-graduada em Relações Internacionais, Ju-vandia tornou-se diretora do Sindicato em 1997.

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Eles estão em alta na ci-dade, principalmente nas re-des sociais. O sucesso desses blogueiros se dá porque eles exercem a cidadania na defe-sa dos direitos da comunida-de. Um deles é o professor de educação física Adeir Alves, que cobra promessas de au-toridades no município e faz relatos sobre política, esporte, cultura, educação, saúde, en-fim, sobre os assuntos ligados ao desenvolvimento de Guaí-ra, de forma clara e coerente. Ele garante não ter vínculo

com qualquer grupo político, não quer ser omisso e por isso incomoda muita gente. Seu endereço eletrônico é: <www.nossaguaira.com>.

Já o psicólogo Lucas Bene-dito Saraiva Leite afirma que seu blog foi criado para ajudar a população como uma ferra-menta de defesa da cidadania, na busca de informações rele-vantes sobre os fatos e situa-ções ocorridas no município, região, país e mundo. Para acessá-lo basta clicar: <www.guairaemfoco.com>.

religião

um estudo sobre decasseguisProfessor japonês Masanobu Yamada vem a Guaíra

A Igreja Evangélica Mis-são Apoio vai receber em agosto a visita do profes-sor Masanobu Yamada, da Universidade de Tenri, no Japão, que estuda os segui-dores da Igreja, fundada pela comunidade decassegui no Japão. Em Guaíra, a igreja é

comandada pelo casal de pas-tores Luiz Antonio de Carva-lho e Renata Alves Guimarães Carvalho. Ambos conheceram a religião quando trabalhavam no Japão.

De linha evangélica pen-tecostal, ela prega curas e mi-lagres pela fé. Semanalmente,

o pastor vai à cadeia, visita as famílias de presos e tenta resgatar dependentes quími-cos. Mais de 100 fiéis vão às pregações no templo. A maioria dos frequentadores é jovem. A igreja se prepara para construir novo templo em local próximo ao atual.

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romBo no deagua

como era surrupiado o dinheiro público da autarquia

a confirmação as duas ações na Justiça

De 1995 a 2006, auditorias comprovaram um desvio de verbas de R$ 5.024.266,27As irregularidades no De-

partamento de Esgoto e Água – DEAGUA – foram percebi-das pela diretora Adriana Mar-tins Peres Borba, nomeada em 2006, pelo então prefeito Sérgio de Mello (PT) que, via licitação, contratou uma em-presa de auditoria – a Fressa, Heleno & Souza Ltda. –, ins-taurou sindicância, nomeou uma comissão para apurar os fatos e notificou a Polícia Ci-vil e o Ministério Público.

A conclusão dos auditores, de junho de 2007, constatou que a fraude consistia no es-torno irregular de parte da ar-recadação diária da autarquia. No período de 2002 a 2006, apurou-se desvio de mais de R$ 3,3 milhões. O relatório final dizia: “A contabilidade do DEAGUA era imprestá-vel, tanto para simples infor-mação, como para tomada de decisões, o planejamento das

ações, a prestação de contas, enfim, ela não cumpria as fun-ções mais rudimentares”.

Estendida para anos ante-riores, outra auditoria, reali-zada pela Auditécnica, identi-ficou o início dos desvios em julho de 1995 e apurou que, até 2001, o desfalque atingira R$ 1,6 milhão, valor atualiza-do pelo índice de correção de agosto de 2007 – a investiga-

ção nada apurou em 1997, nos meses de outubro de 1998 e março e abril de 1999, perío-do do prefeito Cláudio Armani (1997-2000), pela inexistência de documentação nos arqui-vos do DEAGUA.

A responsabilidade pelas irregularidades é atribuída ao diretor João Alberto Rocha; ao contador Vilson Ferreira Al-ves e ao tesoureiro Aparecido

Doniseti de Medeiros. Duran-te a investigação, todos eles ti-veram chance de fazer “prova contrária”, mas a única defesa apresentada foi a tentativa de transferir responsabilidades.

O esquema fraudulento fun-cionava de forma simples e só era possível porque o pagamen-to de tarifas e taxas era feito com exclusividade em caixa da sede da autarquia, no Centro.

Todos os recebimentos tinham autenticação mecânica da má-quina registradora do caixa. Entretanto, durante ou no final do expediente, parte da arreca-dação era estornada. Para que a autenticação do estorno não fi-casse registrada na fita do caixa, algo era colocado entre a fita da impressora e o papel da bobi-na, deixando registrado apenas um espaço em branco entre as autenticações efetuadas. Dessa forma, a receita contabilizada e depositada em bancos era sem-pre inferior à receita real arre-cadada no dia.

Para a auditoria, o esquema funcionou por anos devido ao conluio existente entre a tesou-raria, a contabilidade e a direção do DEAGUA. Em 2007, o pre-feito Sérgio de Mello extinguiu o caixa da autarquia e transfe-riu todos os recebimentos para a rede bancária conveniada, o que permanece até hoje.

O Tribunal de Contas pau-lista julgou irregulares as con-tas do DEAGUA de 2006, ano em que foi descoberto e denunciado o esquema de des-vio de receitas. Na sentença, o conselheiro relator Antonio Roque Citadini conclui: “res-tou comprovado nos autos o esquema de desvio de dinhei-ro, que se perpetuou por lon-go período e causou prejuízo à Autarquia...”. Já com rela-ção às contas do DEAGUA de 2007, o conselheiro relator Eduardo Bittencourt Carva-lho escreve: “De especial e

Na esfera criminal, tramita um processo da Justiça Públi-ca contra os réus, por crime de peculato. As testemunhas do processo já foram ouvidas. Dia 17 de agosto será a vez dos réus. Segundo a advogada Rita Maria Caetano de Mene-zes Carvalho, o atual diretor do DEAGUA, José Mauro Caputi Júnior, vai requerer o bloqueio do valor de uma ação indenizatória pedida pelo ex-contador Vilson Ferreira Alves, para recebimento de quinquênios, a fim de que ela integre a lista de bens dos en-

espantoso destaca-se a ação criminosa contra o erário, que resultou em desfalque da or-dem de R$ 5.024.266,27. O descalabro foi adequadamente enfrentado na origem, com a proposição de ação para puni-ção dos responsáveis e repara-ção à Fazenda Municipal.”

volvidos que garantam o recebi-mento dos valores desviados.

Já a Prefeitura moveu um processo que culminou com a demissão por justa causa dos servidores municipais envolvi-dos. Os documentos foram en-viados para o Ministério Público local, que não processou ne-nhum deles. Por isso, em agosto de 2008, o DEAGUA contratou um escritório de advocacia que ingressou com uma Ação Civil Pública contra os três acusados. Ela apontava os atos de impro-bidade administrativa, o desvio de R$ 5.024.266,27 dos cofres

da autarquia, mediante apro-priação indébita de arrecada-ção da tesouraria, e pedia o bloqueio dos bens dos réus. O juiz Anderson Valente decre-tou a indisponibilidade dos bens e a quebra dos sigilos fiscais e bancários dos réus. A audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 21 de setembro, no Fórum de Guaíra. Com o propósito de produção de prova oral, serão ouvidos os réus e as testemunhas arrola-das no processo, tanto de de-fesa como de acusação.

no deagua o dinheiro público sumia pelo ralo da corrupção

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saídaguaíra

r$8,40sales oliveira

rod. anhanguera,km 350 – sp-330

r$5,60são simão

rod. anhanguera,km 281 – sp-330

r$5,60santa rita do passa quatro

rod. anhanguera,km 253 – sp-330

r$5,80leme

rod. anhanguera,km 181 – sp-330

r$5,80pirassununga

rod. anhanguera,km 215 – sp-330

praças de pedágio: mais 27 delas operam nas estradas paulistas desde o ano passado

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pedágio

Desde o dia 1º de julho, os pedágios do Estado de São Paulo estão mais caros. Nas Rodovias Bandeirantes, Cas-telo Branco, Anchieta e Imi-grantes o aumento é de 9,77%. Já nas Rodovias Ayrton Sen-na, Carvalho Pinto, Dom Pe-dro 1º, Marechal Rondon e no trecho Oeste do Rodoanel, o aumento é de 6,55%.

Desta vez, os reajustes vão ser arredondados em R$ 0,10 – não mais em R$ 0,05 como no ano passado. A mudança, segundo as concessionárias, vai facilitar na hora de dar tro-co aos motoristas.

a bruta carga que é a tarifa mais cara do planeta

caminhoneiro evita trafegar

Valor cobrado no Estado de São Paulo é doze vezes maior do que nas estradas federais

assalto ao bolsoNo planeta, as tarifas va-

riam de R$ 0,02 a R$ 0,04 por km rodado. Em São Pau-lo, elas vão de R$ 0,08 a R$ 0,16 e chegam a R$ 0,56 no caso da Marginal da Rodo-via Castelo Branco.

Há praças de pedágio es-palhadas em todas as estradas paulistas. Em 2010, mais 27 praças entraram em operação no Estado. Cada lugar cobra um preço. Para ir de Marília à Capital, o motorista gasta R$ 50,70 em oito pedágios existentes – cinco na Rodo-via Marechal Rondon e três na Castelo Branco. Quem se desloca desde Piracicaba (165 km), pela Rodovia dos Bandei-rantes, desembolsa R$ 20,10. De acordo com dados do peda-

giômetro, as praças de pedágio arrecadam R$ 168,09 reais por segundo, mais de R$ 435,6 mi-lhões todos os meses.

O valor cobrado aqui é 12 vezes maior do que nas estra-das federais – na Rodovia Fer-não Dias, para ir de São Paulo a Belo Horizonte (586 km) o motorista paga R$ 10,40. Já nos 454 km que separam São José do Rio Preto de São Pau-lo, o viajante gasta R$ 67,80 – uma diferença de quase 600%.

O caminhoneiro Mauricio Antônio Leite, 48 anos, 28 de profissão, transporta merca-dorias de Barretos para São Paulo e desembolsará, ago-ra, para ir à Capital e voltar, R$ 132,20 nas 10 praças de pedágio existentes.

O trecho com o menor va-lor, de R$ 4,00, é no km 217, em Itirapina, na Rodovia Wa-shington Luiz (SP-310). Já o mais caro fica no km 282, em Araraquara, na mesma rodo-via, R$ 12,40. Agora, em mé-dia, entram cerca de R$ 170 por segundo nas 227 praças de pedágio de São Paulo.

O caminhoneiro Ceviton Cesar Castro está deixando de trafegar pelas estradas paulistas para viajar para o Norte e Nordeste. A mudan-ça de rota decorre do eleva-do preço dos pedágios. Ele fazia sempre o trajeto Gua-íra-Santos, mas desistiu do percurso para fugir dos 12 pedágios. Em sua opinião, R$ 2 reais por eixo de ca-minhão seria um preço justo para ser cobrado em cada pedágio.

Trinta e cinco mil reais é o gasto mensal estimado com pedágios nas viagens entre Guaíra, São Paulo e Santos, efetuadas pelos 13 caminhões da empresa Co-

lombino Transportes Ltda. Segundo avaliação do sócio- -proprietário Omero Freitas, o valor corresponde a 30% do custo bruto do frete. Ele afir-ma que a cobrança de pedá-

gios no Estado de São Paulo deveria ser apenas para a manutenção das estradas. A transportadora tem sede em Ituverava e filiais em Guaíra e Planura (MG).

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caminhões desviam por rotas ruins para fugir do pedágio

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chegadasão paulo

rod. anhanguera,km 181 – sp-330

r$4,70limeira

rod. anhanguera,km 152 – sp-330

r$7,00caieiras

rod. dos bandeirantes, km 36 – sp-348

r$6,20nova odessa

rod. anhanguera,km 118 – sp-330 total:

r$56,00

r$6,90rod. dos bandeirantes, km 77 – sp-348

itupeva

a cada pedágio uma nova facada. e a vítima é você

Um pedagiômetro calcula, desde 1º de julho de 2010, a arrecadação das 227 praças de pedágio estaduais de São Paulo. A ferramenta virtual estima em tempo real a arre-cadação dos pedágios paulis-tas com base nos relatórios

www.pedagiometro.com.br

das concessionárias. Os ide-alizadores do pedagiômetro, Eric Mantoani e Keffin Gra-cher, calculam que os pe-dágios paulistas arrecadam R$ 168,09 por segundo, ou R$ 605,1 mil por hora, che-gando perto de R$ 435,6 mi-

lhões por mês. “Quisemos criar algo que impacte e sen-sibilize as pessoas pa ra per-ceberem que os valores são realmente muito altos e para que se analise que pedágio não deveria servir para lucro” – diz Gracher.

O trajeto de Guaíra a São Paulo subiu de R$ 51,05 para R$ 56,00. O aumento se baseia no reajuste anual da Agência Reguladora de Transporte, a Ar-tesp, e na liberação da cobran-ça do pedágio nos dois sentidos de uma mesma rodovia, que as concessionárias ganharam do governo estadual. Por exemplo, em 2009, na praça Sales Oli-veira, no km R350 da Rodovia Anhanguera, sentido Guaíra, era cobrado o pedágio de R$ 7,40. Não havia cobrança no sentido inverso. Mas, agora, os moradores de Orlândia e São Joaquim da Barra, que também

usam a mesma estrada, recla-mam da dupla cobrança de pe-dágio. Há trechos nela com bu-racos, sem acostamento e quase sem sinalização.

O coordenador do Movimen-to Estadual Contra os Pedágios Abusivos, José Matos, de 42 anos, diz que a mudança na for-ma de cobrar manteve a tarifa abusiva. “O grande problema é que as concessionárias cobram a nova tarifa, nos dois sentidos, antes de entregar as obras de me-lhoria na rodovia” – explica José. Hoje, quem vem de São Paulo para cá (trajeto de 450 km) paga R$ 0,12 por km rodado. Já o mo-

torista que sai de Nova Odessa para Pirassununga, na mesma rota para Guaíra, paga R$ 0,09 por km rodado.

A diferença nos valores dos pedágios estadual e fede-ral se deve aos contratos. As empresas que administram as rodovias de São Paulo fecham contratos de concessão one-rosos. Por eles, as concessio-nárias cuidam da manutenção das rodovias e repassam o va-lor que querem aos motoristas nas praças de pedágio. “O cor-reto seria alterar os contratos onerosos por uma cobrança por km rodado, isso seria o

mais próximo do justo, não o motorista pagar o custo total de manutenção da rodovia”

– acrescenta José Matos. Em 2010, as praças paulistas arre-cadaram R$ 9,2 milhões.

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o trajeto de guaíra à capital subiu r$ 4,95

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anuncie aqui!

Telefone: (11) 3241–0008E-mail: [email protected]

uma nova comunicação para

um novo Brasil

Até o fechamento da matéria, dia 3 de agosto, os pedágios paulistas arrecadaram mais de R$ 3,4 bi

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alerta

nova droga está cada vez mais perto da gente

guaíra: sem registro O óxi, droga da moda, é um crack piorado; porcaria mistura até querosene à cocaína

O óxi, a droga da moda, está em vias de entrar em Guaíra, avaliam fontes policiais. Obti-da a partir da pasta-base de co-caína, misturada a cal-virgem, querosene e outros derivados (depende do traficante), a dro-ga é parecida com a pedra de crack. Quando fumada libera uma fumaça mais escura.

De acordo com o perito criminal Paulo Cezar Marques Rocha, da Polícia Científica do Estado de São Paulo, que integra equipe que atua em 13 cidades de nossa região, inclu-sive Guaíra, o óxi é um crack piorado. Ele revela que a nova droga é seis vezes mais vi-ciante que o crack, conforme

O avanço das drogas em Guaíra, como em outras cidades, preocupa as autoridades. Além dos jovens, cresce o índice de usuários da chamada terceira ida-de. “Pessoas com mais de 60 anos estão viciadas em crack” – revela a autoridade policial da região, o delegado Antônio Alício Simões. Ele afirma que tenta orientar famílias que têm dependentes químicos. “As autoridades e a sociedade têm como desafio dar uma resposta para o problema, oferecendo opções de vida aos dependentes”.

“Até o momento não foi realizada nenhuma apreensão de drogas nos municípios da região de Guaíra atendidas pela DISE – Delegacia de Investigação So-bre Entorpecentes” – informa o

delegado Antônio Alício Simões. Ele destaca o trabalho realizado pelas Polícias Civil e Militar no combate a drogas, mas alerta que o problema é de saúde pública. A Delegacia disponibiliza o telefo-ne 0800-778-7654 para atender denúncias contra traficantes.

Para Antônio Alício Simões a droga atrai porque dá uma sensação de bem-estar. Lem-brando Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (CUFA) do Ceará, o delegado enfatiza que “o crack é letal”.

estudo realizado na Argenti-na. “Os traficantes colocam corante na droga, que passa a ter tonalidades diversas. Em Franca apreenderam cocaína marrom” – diz Paulo Cezar, que explica: “O bloqueio de células do cérebro do viciado provoca a síndrome da absti-nência” – conclui.

museu

visitantes conhecem a memória do municípioTem turista de todo lado querendo saber como e o que os guairenses faziam há uns cem anos

O Museu Maria Caroli-na Alves Lélis funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, na Avenida 15, número 395, entre as ruas 8 e 10, no Centro da cidade. En-tre seus visitantes recentes, além de estudantes e adultos de Guaíra, estão turistas de Barretos, Bebedouro, Pon-tal, Miguelópolis, Rio Preto, Ribeirão Preto, Sertãozinho, Jaú, Igarapava, Ipuã, Frutal (MG), entre tantas cidades.

Numa época em que a

lios domésticos, máquinas de escrever, dinheiro, apa-relhos de som, gravadores, máquinas fotográficas, apa-relhos de televisão, fotos, jornais, estão à mostra no Museu. Entre tantos objetos interessantes está um “He-tokesan” – um altar onde os japoneses budistas cultuam os antepassados. Parecido com um oratório católico, o altar exposto em Guaíra foi doado pelas famílias Nishi-mura e Tibana.

mania nacional é o telefone celular, no museu guairense podem-se conhecer um tele-fone de manivela da década de 1930, um moinho de café do século 19, um ferro de pas-sar roupa a carvão do período de 1930 e 1940 e ferramentas antigas. Também desperta a atenção um tipo de lamparina antiga – candeia –, de apro-ximadamente 200 anos, que pertenceu à tataravó de Maria José Cândida da Silva.

Panelas de ferro, utensí-Ferros de passar antigos e telefone a manivela: relíquias

Óxi, a droga que mistura mil porcarias e destrói o futuro de muita gente

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natação

vovó das piscinas já ganhou mais de 500 medalhasEla aprendeu a nadar aos 52 anos de idade. Gostou tanto que há vinte anos mal sai da água

Aos 72 anos, Marina Mu-raishi ganhou mais de 500 me-dalhas em competições de na-tação. Nascida em Igarapava, interior paulista, ela veio para Guaíra ainda pequena. Mas foi aos 52 anos, para combater o estresse e a depressão, que ela começou a “se debater” na água. E não largou nunca mais das piscinas. Exemplo de vita-lidade para quem a conhece, Marina Muraishi treina o ano inteiro numa academia da ci-dade. Por sete anos consecu-

fessa que se espelha em pessoas portadoras de deficiência que “fazem coisas que a gente nem imagina”. Em sua opinião não basta apenas competir; é impor-tante também ganhar. “Afinal de contas, canso de treinar, me dedico, por isso busco sempre o pódio”. Além das piscinas, Ma-rina Muraishi participa de um grupo da terceira idade, gosta de cozinhar, fazer artesanato e praticar voleibol e atletismo. E ainda cuida de flores, frutas e horta em sua chácara.

FuteBol

luiz eduardo, o espigado beque de guaíraAos 18 anos, o filho do agrônomo Olímpio Aparecido Félix vira, enfim, jogador de futebol

Olímpio sempre in-centivou seus dois filhos a brincar de bola. Já a mãe, Conceição Aparecida da Silva, professora de educa-ção artística no ensino fun-damental, queria que eles estudassem e se formassem, pois achava incerta a profis-são de jogador – hoje o filho mais novo, Paulo Otávio, de 16 anos, já pensa em trilhar

os mesmo passos do irmão Luiz Eduardo.

A primeira escolinha de fu-tebol do zagueiro Luiz Eduar-do foi a do Samuel, em Guaíra, onde todos concordavam que o menino tinha grande habili-dade com a bola. De lá, o pai o levou para treinar, ao mesmo tempo, futebol com o primo Zé Goiaba e futebol de salão com Zico. “O futsal foi essencial na

minha formação de jogador, pois foi a quadra que desenvol-veu a velocidade e o raciocínio rápido” – lembra Luiz. O reco-nhecimento de seu talento veio num jogo contra o time dos rivais Derda & Paulinho, em-presários do futebol na cidade. Após o jogo, eles ofereceram uma vaga no time deles, o mais famoso de Guaíra, revelador de muitos jogadores. “Agradeço a todos, sem exceção, que me ajudaram muito nesse caminho difícil. Cada um teve uma par-ticipação importante no pro-cesso” – afirma Luiz Eduardo.

Entre uma peneira e outra nos campeonatos de Guaíra, Cícero Gomes, o Tupã, olhei-ro do São Paulo, viu aquele zagueiro espigadão, de apenas 11 anos, de jogo fácil, bom de cabeça e com a bola nos pés,

e resolveu incluí-lo na sele-ção de jogadores que treina-ria nas categorias da base, no Morumbi. Luiz Eduardo foi, passou, mas acabou dispen-sado: o clube não tinha alo-jamento disponível no Centro de Treinamento de Cotia. Aos 12 anos, o Clube Atlético Pa-ranaense acolheu Luiz Edu-ardo por oito meses. Queria desenvolvê-lo até o profissio-nal. Mas o gerente de base do São Paulo, Geraldo Oliveira, ligou oferecendo nova chance. O pai, claro, vislumbrando um futuro grandioso, pediu que o filho voltasse ao Morum-bi. Luiz ficou com o pé atrás, estava feliz no Atlético, mas cedeu ao desejo do pai e se transferiu para o tricolor pau-lista – antes de ser profissional do São Paulo, Luiz Eduardo

jogou nas categorias de base do São Caetano, Ponte Preta e Guarani.

Luiz ainda participa pouco no time principal, mas já é o primeiro za-gueiro a ser chamado nas substituições da posição. E, a cada dia, ele se espelha mais nos ídolos – o golei-ro Rogério Ceni, o zaguei-ro Miranda, do Atlético de Madri, e o zagueiro Puyol, do Barcelona. Luiz também compartilha de boa amiza-de com os jogadores do elenco, mas tem afinidade com os jogadores mais no-vos Casemiro e Lucas. E re-sume sua felicidade: “Agora eu consigo dar retorno fi-nanceiro melhor para minha família que mora em Guaí-ra” – conta o jovem.

tivos foi campeã do Circuito Master Paulista de Natação. E busca sempre se aperfeiço-

ar no esporte, contando com a orientação do professor e téc-nico Serginho Sampaio.

Marina Muraishi afirma que treino e dedicação são segredos para quem quer nadar bem. Con-

aí está a vovó marina, risonha, ao lado do professor serginho e na piscina, em dois estilos

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palavras cruzadasFoto síntese – matriz são seBastião palavras cruzadas

respostas

palavras cruzadas

sudoku

Horizontal – 1. Temor; partamos 2. Magistrado mourisco que tem funções de administrador judicial e fiscal; Escola de Comunicação e Artes 3. O Estado dos mineiros 4. Lado da embarcação que se acha exposto ao vento; Relativo ao gato 5. Móvel que serve para sobre ele se porem as refeições; Moléstia infecciosa grave que invade o organismo através de ferimentos na pele e atinge o sistema nervoso central, ocasionando contraturas musculares 6. Feito sem formalidades 7. Associação de Ortodontia de Araraquara; Lavram; Sorri 8. Alimentado; Preposição diante de 9. Porção balanceada de alimento; Ação de ir de um lugar para outro 10. Bairro carioca11. Sétima nota musical; Membro das aves guarnecido de penas; Solução de substância orgânica ou mineral usada para hidratar

vertical – 1. Museu de Arte Moderna; O gato é o único que faz; Assinado (abrev.) 2. Zola, escritor francês; Ligado (em inglês); Onomatopeia que mostra dor 3. Antigo habitante do planeta 4. País do Oriente Médio; O latido; Correia de couro, no Nordeste 5. São Francisco; O autor do segundo dos quatro evangelhos do Novo Testamento, dividido em 16 capítulos 6. Relativa à comida exclusivamente vegetal 7. Aquilo que acelera 8. Que vive no mar ou à beira-mar; Carta do baralho 9. Homem que não cresceu; Que foi ou se foi 10. O mesmo que iônio, ionte; Posição de contorno, espaço em volta de algo ou alguém 11. É, em inglês; Excelente (fem.)

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

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LOFELiNOMESATETANOiSuMARiOTAOAARAMRi

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