jornal brasil atual - garça 02

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Jornal Regional do Centro-Oeste Paulista www.redebrasilatual.com.br nº 2 Outubro de 2010 CESTAS DE CHUÁ Bauru passa para a segunda fase do Novo Paulista Pág. 7 BASQUETE MEIO AMBIENTE Lei obriga empresas a cuidar do lixo que produzem. Bom pra nós Pág. 6 MAIOR LIMPEZA JOVEM APRENDIZ EMPREGO JÁ Mercado tem condição de empregar mais de 1,2 milhão de jovens Pág. 3 APROVAÇÃO AUTOMÁTICA Jovens chegam à universidade com dificuldade de ler, escrever e fazer contas EDUCAÇÃO NO ESTADO LANÇAMENTO Festa, aplausos e muita esperança marcam chegada da nova mídia à região Pág. 2 BRASIL ATUAL, UM NOVO JORNAL FOTO: MAURO RAMOS FOTO: MAURO RAMOS FOTO: MAURO RAMOS FOTO: MAURO RAMOS FOTO: SERGIO DOMINGUES

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meio ambiente cestas de chuá educação no estado emprego já nº 2 Outubro de 2010 Pág. 7 Pág. 6 Pág. 2 Pág. 3 Bauru passa para a segunda fase do Novo Paulista Jornal Regional do Centro-Oeste Paulista www.redebrasilatual.com.br Lei obriga empresas a cuidar do lixo que produzem. Bom pra nós Mercado tem condição de empregar mais de 1,2 milhão de jovens foto: mauro ramosfoto:mauroramos foto: mauro ramos foto: mauro ramos foto: sergio domingues

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Page 1: Jornal Brasil Atual - Garça 02

Jornal Regional do Centro-Oeste Paulista

www.redebrasilatual.com.br

nº 2 Outubro de 2010

cestas de chuá

Bauru passa para a segunda fase do Novo Paulista

Pág. 7

basquete

meio ambiente

Lei obriga empresas a cuidar do lixo que produzem. Bom pra nós

Pág. 6

maior limpeza

jovem aPrendiz

emprego já

Mercado tem condição de empregar mais de 1,2 milhão de jovens

Pág. 3

aProvação automáticaJovens chegam à universidade com dificuldade de ler, escrever e fazer contas

educação no estado

lançamento

Festa, aplausos e muita esperança marcam chegada da nova mídia à região

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brasil atual, um novo jornal

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expediente rede Brasil atual – centro-oeste paulistaeditora gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Marina Amaral e Leonardo Brito (estagiário) revisão Malu Simões diagramação Leandro Simantelefone (11) 3241-0008 tiragem: 30 mil exemplares Distribuição Gratuita

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP: 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

editorial

vale o que vier

Uma questão básica para os paulistas passou ao largo da cam-panha eleitoral para o governo do Estado: a educação. Desde 1988, portanto há muitos anos já, foi adotada a política de progressão con-tinuada na escola – também conhecida como aprovação automáti-ca –, que consiste em permitir ao aluno avançar nos estudos sem repetir de ano, tenha ele aprendido ou não as lições ministradas. O resultado tem sido desastroso: todo ano um batalhão de jovens tenta chegar à universidade com dificuldade de ler, escrever e fazer contas. Na verdade, estamos formando analfabetos funcionais que terão muita dificuldade no seu desenvolvimento pessoal e profissio-nal. A matéria é um alerta e está nas páginas centrais desta edição.

Por outro lado, há uma lei existente há quase 10 anos que obriga as empresas a contratarem jovens de 14 a 24 anos, o jovem apren-diz. A sua simples aplicação geraria 1,2 milhão de novos empre-gos para a parcela da população que está submetida a “aprovação automática” e capacitaria ao menos esses jovens a um trabalho. Uma bela oportunidade para quem, por exemplo, tem de sair das fazendas de café, onde a mecanização das lavouras é uma realida-de, em busca de outras atividades. Por fim, ainda, gostaríamos de agradecer à gente do centro-oeste paulista. Lançado há um mês, o Jornal Brasil Atual foi muito bem recebido, com aplausos e votos de longevidade, o que aumenta a nossa responsabilidade. Obrigado.

medo da concorrênciaO jornalista Luís Nassif foi o convi-dado especial da primeira edição da Fei-

raliment – Feira de Alimenta-ção de Marília –, realizada em setembro. Depois de analisar o mercado para os empresários,

Nassif falou sobre a imprensa na política nacional. Para ele, nas eleições deste ano, os gran-des veículos de comunicação tomaram posição partidária. “Isso é um suicídio, pois eles perdem espaço para a imprensa do interior e para a blogosfe-ra. Mais: todos têm circulação descendente” – disse.

Nassif destacou que a “ve-lha imprensa está ruindo” e não sabe como fugir de um contexto de informação novo, plural e democrático. “Aí in-ventam bobagens como cer-ceamento à imprensa, fazem atos em prol da liberdade, como se isso não existisse no país” – sustentou.

lançamento

Brasil Atual, uma nova mídiaJornal trará reportagens sem espaço na grande imprensa

Chegou à região o jornal Brasil Atual, que já circu-la em São Paulo, Limeira e Bebedouro. Mensal, 30 mil exemplares e de distribuição gratuita, ele apresenta lingua-gem leve e formato moderno. O lançamento foi em setem-bro e contou com a presença de Paulo Salvador, diretor da Rede Brasil Atual, para quem a nova mídia, baseada no ponto de vista dos trabalhado-res e dos movimentos sociais, permitirá ao leitor ter acesso

às notícias omitidas pelos ou-tros veículos. “O leitor não vai ler nada atrelado ao dono do jornal, como se vê comumen-te. Ele vai receber em casa um jornal que traduzirá os seus in-teresses” – explicou.

Para Salvador, a mídia bra-sileira não ajudará na constru-ção do país que a maioria da sociedade almeja. “Mas em vez de ficarmos reclamando do con-teúdo produzido – disse ele –, resolvemos fazer nós mesmos.”

Publicado pela Editora Atitude, ainda este ano o jor-nal vai chegar a Guarulhos, Sorocaba e Bragança Paulis-ta. A Rede Brasil Atual é for-mada pela Revista do Brasil, Rádio Brasil Atual e pelo siteredebrasilatual.com.br.

“A ideia de apresentar um conteúdo diferen-ciado da grande mídia é fantástica.”

Osvaldo Doretto Campanari, ex-deputado federal

“A comunicação exige veículos com compro-misso com o leitor, e o jornal traz essa proposta”.

Cal Tedde, publicitário

“Esta é a mídia que o leitor procurava. A cidade só ganha quando estimula o

conhecimento, fomenta a dis-cussão e pratica a cidadania.”

Cristina Meirelles, jornalista

“A ideia é fantásti-ca: jornalismo di-nâmico, alinhado aos interesses do

leitor, sem a interferência de grupos empresariais.”

Carlos Teixeira, jornalista

“Um jornal deve traduzir com qua-lidade as situa-ções de um tem-

po: é a chegada de um novo tempo para nós.”Ramon B. Franco, jornalista e escritor

Primeiros aplausos

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trabalhadores rurais

sai café, entra laranja

Faculdade abre vagas de mecanização em agricultura

Mecanização do café muda perfil do campo no centro-oeste paulistaEm Garça, um dos maio-

res municípios cafeeiros do Brasil, o número de trabalha-dores contratados caiu muito – redução de 40%, segundo o Sindicato dos Empregados Rurais de Garça.

O curso superior gratuito de Mecanização em Agricultura de Precisão é oferecido pela Funda-ção Shunji Nishimura, de Pom-peia, que há anos forma mão de obra especializada no segmento voltado para a agricultura. No total, são oferecidas 80 vagas. Nova turma será formada no primeiro semestre de 2011.

O estudante obterá conheci-

jovem aPrendiz

mercado pode empregar 1,2 milhão de jovens

Força, patrulha!

Lei existe há quase uma década, mas é pouco aplicada no paísA Lei do Aprendiz reza que

empresas de médio e grande por-te contratem jovens entre 14 e 24 anos. Atualmente, as empresas são obrigadas a destinar de 5% a 15% das vagas para jovens apren-dizes. Segundo o superintendente do Ministério do Trabalho e Em-prego em São Paulo, José Rober-to de Melo, o potencial é de 1,2 milhão. Melo esteve na região e participou do Simpósio A Inclu-são do Jovem no Mercado de Tra-balho, promovido pela Patrulha Juvenil de Garça, entidade que encaminha jovens ao mercado de trabalho e lidera uma campanha direcionada ao empresariado para que contrate um aprendiz.

Formado em Pedagogia e Biologia pela Universidade de

Mogi das Cruzes, Melo tem 40 anos de experiência em recur-sos humanos e é especialista em negociações com entidades sindicais e órgãos representati-vos de classes. Na opinião dele, a contratação de aprendizes não é um ônus, mas um bônus para as empresas e ótima oportunida-de para formar a própria mão de obra qualificada.

“Precisamos trazer os jovens, que estão à mercê do crime orga-nizado e das drogas, para o mer-cado de trabalho, e nada melhor do que a aprendizagem” – afirma. “Além disso, os jovens profissio-nais trazem vantagens às empre-sas: elas têm redução fiscal, for-mam a mão de obra e promovem política social.

mentos em análise, seleção e ma-nutenção de equipamentos e má-quinas e poderá gerenciar uma propriedade, tendo foco na pro-dução, racionalização de custos e preservação de recursos naturais. Também estará apto para aplicar métodos de sensoriamento re-moto e de fotointerpretação, uti-lizando sistemas de informações geográficas e de posicionamento

global para apoio ao planejamen-to de atividades e avaliação de impactos ambientais.

O vestibular para o curso, ministrado por professores da Fetec de Marília, está aber-to até o dia 5 de novembro. A inscrição pode ser feita no sitewww.vestibularfatec.com. A taxa é de R$ 70. Mais informa-ções no fone 0800 596 9696.

“Este ano tivemos poucos paranaenses na colheita do café, e ainda faltaram vagas para os trabalhadores da re-gião” – diz Almerindo Gon-çalves, presidente do Sindica-to. “O alerta vermelho não foi

aceso devido às lavouras de laranja que abriram postos de trabalho” – disse.

A mecanização no café é um caminho sem volta, assim como na cana-de-açúcar. “Se mais lavouras fossem me-

canizadas teríamos o caos. Felizmente, ainda temos pro-priedades com espaçamentos antigos, o que inviabiliza o uso de máquinas e abre vagas para os trabalhadores” – finaliza o presidente do Sindicato.

Fundada pelo Lions Clube, a Patrulha Juvenil de Garça acolhe e dá profis-são a jovens carentes há 38 anos – hoje 180 aprendizes trabalham no comércio e in-dústria e outros 72 atuam na Zona Azul. A parceria entre a Patrulha e os empresários é regulada pelas leis do tra-balho. A Patrulha lançou a campanha Contrate um Aprendiz para sensibilizar os empresários e ampliar a colocação dos jovens no mercado de trabalho.

melo: “investir na aprendizagem dá lucro”

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Paula é professora de Por-tuguês em escola do Estado há 21 anos. Ela conta que 30% de seus alunos da sexta série não sabem ler nem escrever. Por isso, ela faz um ditado nos primeiros dias de aula. “Tem aluno que entrega em branco, não sabe nada. Se vai escrever ‘bala’, por exemplo, ele colo-ca qualquer letra” – resume.

Na progressão continuada o estudante é aprovado auto-maticamente. No máximo, ele é retido na quarta série, por um ano; depois segue, mesmo sem o conhecimento neces-sário. A aprovação certa, sem avaliação do conteúdo domi-nado pelo aluno, permite ao estudante terminar o ensino

educação no estado

Passar a qualquer custo forma aluno analfabeto

analfabetismo funcional

Sem saber ler, escrever e fazer contas, nossos jovens ganham diploma e despreparo Por Suzana Vier

médio sem ter o conhecimento mínimo necessário.

"A educação virou dado

estatístico. É porcentagem pra lá, porcentagem pra cá, mas não se analisa como o

aluno conclui o ensino médio. Ele é só mais um diploma" – alerta Tomé Ferraz, professor

de física e matemática das redes municipal e estadual de São Paulo.

Cristina leciona Biologia e se esforça para alfabetizar quem vai mal. Ela cita que os alunos têm enorme dificul-dade com sílabas complexas como tra e pla. "Eles conhe-cem somente formações silá-bicas básicas" – acentua.

Na hora de avaliar alunos que não leem nem escrevem com fluência, Cristina usa métodos diferenciados na classe. "Uma avaliação escri-ta requer habilidade de leitu-ra e escrita. Mas quem não compreende o teor da prova, não consegue responder; aí, a saída é uma prova oral.”

Uma parcela significativa de alunos chega ao ensino médio sem estar alfabetiza-da. Rosana Almeida é uma professora do estado que en-frenta essa dificuldade.

Na sala em que está, su-perlotada, há alunos que não sabem ler e escrever. São os analfabetos funcionais, que até constroem palavras, mas não formam frases.

Enfim, o jovem entende a explicação, mas não sabe es-crever. Quando a professora pede para ele produzir um tex-to, surge a resistência. Como não participa da aula, o aluno é mais indisciplinado, faz muita bagunça" – na oitava série o ín-dice de indisciplina é altíssimo.

bagunça confusão

um futuro incertoNo caso do professor uni-

versitário Anselmo Büttner, a saída foi criar metodologias específicas. “Eu levo figuras e desenho no quadro o que é al-moxarifado, por exemplo, para eles compreenderem” – relata. “Mas eles não juntam as in-formações, não montam uma sequência, não têm base de

gramática e ortografia. E não é só. Há limitações também na capacidade de raciocínio lógi-co e matemático” – alerta.

O jovem com deficiência de leitura e escrita vai enfrentar sérios problemas no mercado de trabalho, não importa a área em que decida atuar. Büttner também é crítico em relação

aos colegas professores. Ele diz que os educadores devem se adequar às necessidades educacionais dos alunos, com estratégias que os auxiliem a compreender o conteúdo. “O problema existe e é grave com alunos da escola pública, mas eu tento levar o conhecimento ao patamar dos alunos”.

Eduardo, professor uni-versitário, afirma que os es-tudantes são vítimas de um círculo vicioso fatal para a vida profissional futura.

“Se o aluno não com-preende frases da língua, tudo vira uma enorme con-fusão. Como ele vai resol-ver questões de matemá-tica?” – questiona. “Eles até sabem que 3 vezes 5 é 15, mas se você colocar na prova quanto é o triplo de 5 mais o dobro de 20, eles não vão saber” – exem-plifica. “Se questões bási-cas não estão resolvidas, a estrutura fica afetada e o conhecimento que vem depois não se concretiza” – alerta Eduardo.

Segundo a Organização das Nações Uni-das para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco), o analfabeto funcional escreve o próprio nome, lê e escreve frases simples, efetua cálculos básicos, mas é incapaz de in-terpretar o que lê e de usar a leitura e a escri-ta em atividades cotidianas. Isso dificulta seu desenvolvimento pessoal e profissional.

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lousa, giz e apagador, armas de combate ao analfabetismo

bibliotecas: cada vez mais vazias

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A progressão continu-ada – política educacional responsável pela aprovação automática dos alunos – é o principal problema educacio-nal do Estado de São Paulo, segundo professores ouvidos pela Rede Brasil Atual.

Para os especialistas, essa é uma metodologia pedagógi-ca avançada por propor uma

avaliação constante, contínua e cumulativa, além de basear-se na ideia de que apenas reprovar o aluno não contribui para me-lhorar seu aprendizado.

Sua aplicação, porém, trans-formou-se em sinônimo de "aprovação automática", segun-do professores e analistas.

Essa ideia leva em conta que a progressão foi adotada,

no Brasil, sem se mudarem as condições estruturais, pedagó-gicas, salariais e de formação dos professores.

“Desde a implantação da promoção continuada, que vi-rou automática no governo Mário Covas, o aluno perdeu a responsabilidade de mostrar re-sultados, não faz absolutamen-te nada e é indisciplinado”.

educação no estado

Progressão continuada ou aprovação automática?Adotada em 1988, ela permite ao aluno avançar nos estudos sem repetir de ano

a informática e as crianças

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Há crianças que nascem co-nectadas na informática e é difí-cil convencê-las a prestar aten-ção ou valorizar a educação da escola. “Parte das aulas é perdi-da em pedidos de atenção à aula ou para desligar o Ipod” – conta o professor Tomé Ferraz. “Eles não têm só celular, eles têm uma verdadeira tevê e levam para a sala de aula” – completa.

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Lidar com essa nova face da infância e da adolescência é difícil sem a colaboração da fa-mília. “Sobra tudo para a escola” – reflete Tomé. “Eu vou ensinar a pensar, sou uma professora à antiga, comer com garfo e faca é responsabilidade de pai e mãe” – diz a professora Rosana Almei-da. “Os pais, por mais simples que sejam, precisam ter consci-

ência de que é preciso valo-rizar a lição de casa, dar um abraço, acompanhar o filho.”

Os professores recla-mam: os pais não partici-pam da vida escolar das crianças. Para alguns de-les, a escola transformou-se em depósito de crian-ças. “Somos “baby sitters” (babás) de luxo.”computadores: cada vez mais presentes

violência apavoraUm estudo da Associação

dos Professores – Apeoesp – de Marília revela um quadro ne-gro: os professores das escolas públicas estaduais são desres-peitados ou agredidos pelos alunos das escolas públicas. De acordo com o levantamento, 67% deles já sofreram ameaças de alunos, 68% foram humilha-dos com xingamentos nas au-las, 69% presenciaram atos de vandalismo e 32% deixaram de ir à aula por medo e inseguran-ça. “O resultado é surpreenden-te” – diz o diretor da Apeoesp de Marília, Juvenal de Aguiar.

“Os professores estão no

limite do estresse, desiludi-dos com a profissão e sem estímulo” – afirma Juvenal. “Sem reconhecimento e sem ânimo, muitos educadores pensam em largar a sala de aula.” Há também agressões entre os alunos, atos de van-dalismo e tráfico de drogas.

o drama em sala de aulaA.M. é professor, mora

em Garça, tem 48 anos, 21 de profissão. Acompanhe o seu desabafo:

“Sou professor de geo-grafia na escola pública, mas estou de licença. Estudei em escola pública, numa época em que havia respeito dos alunos para com os mestres e colegas, o que resultava em ótimo aprendizado. Hoje, a in-disciplina e a falta de vontade dos alunos fazem o professor interromper a aula, erguer o tom de voz. Isso resulta em es-tresse e desmotivação. Meus

primeiros sinais de desânimo vieram quando a escola pública implantou a progressão continu-ada e a promoção automática e os alunos passaram a ter muitos direitos e poucos deveres. Basta eles estarem de corpo presente que passam de ano.

Outro fato é o descaso do Es-tado. Ele nos sujeita a uma longa jornada de trabalho, em várias escolas, com baixos salários. O que acontece na escola, eu levo pra casa e descarrego na família. Acho que a escola pública só vai melhorar quando mudar esse sis-tema de ensino, ou seja, quando

der responsabilidade e deve-res para os alunos.

Sofri muitas ameaças dos alunos, agressão com tapa no rosto. A pena do aluno foi uma suspensão de três dias. O número de colegas com doen-ças motivadas pelo estresse é grande. No meu caso, tenho distúrbio de voz, dificuldade de concentração, ansiedade, transtorno no sono, esgota-mento físico e mental, síndro-me do pânico, hipertensão, depressão e diabete. Com tudo isso vai ser difícil voltar para a sala de aula.”Professora estadual:

agredida no olho

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meio ambiente

brigas judiciais

empresas discutem destino dos resíduos sólidos

semana de conciliação vai resolver pendências

Lei objetiva que fabricantes assegurem proteção ambiental e a saúde da populaçãoA Política Nacional de

Resíduos Sólidos altera as relações de consumo e ga-rante a destinação final ade-quada de eletrônicos, sem ameaça de contaminação por substâncias perigosas. A par-tir de agora, as empresas são obrigadas a recolher o resí-duo que fabricam e o consu-midor, a devolver produtos usados para reciclagem.

A medida vale para ma-teriais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubri-ficantes, lâmpadas e eletroe-letrônicos. “A sociedade cla-

mava pela regulamentação da destinação dos resíduos sóli-dos” – disse o diretor de Res-ponsabilidade Socioambien-tal da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), André Luis Sarai-va, durante palestra no audi-tório da Faculdade de Agro-nomia e Engenharia Florestal (Faef), em Garça.

“O objetivo é buscar uma gestão ambiental que cons-cientize e promova a mudan-ça de paradigma do consumo a qualquer custo. O esforço será o de capacitar o consu-

midor a optar por produtos com selo verde” – explicou.

A economia na recicla-gem advém da substituição das matérias primas virgens por secundárias ou recicla-das, que apresentam preços menores e exigem menos in-sumos energéticos para sua fabricação.

Segundo Saraiva, a Polí-tica de Resíduos Sólidos terá sucesso “se for implementa-da de acordo com as Políti-cas de Meio Ambiente, além daquelas que promovam a inclusão social”.

Pelo quarto ano consecu-tivo, todas as 153 Varas do Trabalho da 15ª Região, que incluem 599 das 645 cidades paulistas – excluídas ape-nas a região metropolitana e parte da Baixada Santista –,

O Conselho Nacional de Justiça marcou para o período de 29 de novembro a 3 de dezembro

os postos avançados e os de-sembargadores do Tribunal participarão da Semana de Conciliação, que visa resol-ver pendências judiciais.

Quem quiser resolver pro-cessos por acordo poderá,

pessoalmente ou por inter-médio de um advogado, procurar o juiz ou desem-bargador com quem a ação tramita e solicitar a audiên-cia – valem até os processos em fase de execução.

anuncie aqui!Telefone: (11) 3241–0008

E-mail: [email protected]

lixo eletrônico: fábrica tem de recolher o que produziu

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beisebol

Futebol

taco e bola

As regras do campeonato que terá Noroeste e LinenseBauru passa para a segunda fase

Jogo de “japonês” promete pegar no interior do Estado

Esporte tradicional em Cuba, Japão, Estados Unidos e Venezuela, o beisebol é um ilustre desconhecido dos bra-sileiros. Para mudar esse cená-rio, o Marília assinou contrato com a equipe do Tampa Bay Rays, da liga profissional nor-te-americana. Ele vai permitir que um centro de treinamento seja desenvolvido na cidade.

basquete

Paulistão 2011

marília se salva na série c

cesta!

A primeira fase continua igual, com vinte equipes dispu-tando um turno único. A gran-

de modificação foi na segunda fase, no mata-mata, que terá oito times e não mais quatro.

O Marília só não caiu para a Série D do Brasilei-ro por causa do Macaé, que derrotou o Gama e deixou os brasilienses na zona da degola, um ponto atrás dos paulistas.

Depois desse sufoco, o téc-nico Jorge Rauli, o auxiliar Valtinho e o preparador fisico Gérson Brejão foram dispen-sados. A equipe procura novos comandantes para encarar a segunda divisão do Paulista.

O Bauru Basket classifi-cou-se para a segunda-fase do campeonato Novo Paulis-ta de Basquete. A equipe foi a terceira colocada na fase inicial e terá agora confron-tos em Franca, Araraquara e Limeira – o regulamento prevê que as equipes se en-frentem em jogos de ida e volta, em outubro. O Bauru Basket tem como figura cha-

ve o norte-americano Larry Taylor. Na primeira fase, ele foi o segundo maior pontuador do torneio, fi-cando atrás de Shamell, do Pinheiros. Uma baixa da equipe bauruense é o pivô Ricardo, que assinou contrato com o Catalão, de Minas Gerais, para disputar o restante do campeonato daquele Estado.

Segundo alguns dirigentes, os clubes grandes poupariam jogadores em confrontos no interior e garantiriam o aces-so à segunda fase apenas nos jogos da capital. Com isso, a renda gerada pelos grandes no interior ficaria comprometida.

O Paulistão terá também mudanças na arbitragem, com dois auxiliares, um atrás de cada gol, ajudando o trio de arbitra-gem. Outra mudança foi de or-dem financeira: o campeão vai levar três milhões de reais.

A área de treinamento terá 120 mil m². Contará com um campo oficial da modalidade e outros para juniores, além de locais de concentração, vestiá-rios, salas de musculação e de tratamento médico. O projeto também terá investimento do governo federal – cerca de R$ 500 mil – com contrapartida da Prefeitura. A expectativa é

que as obras do centro se ini-ciem em março de 2011.

O Centro será instalado próximo da avenida Mem de Sá, no bairro Nova Marília. A prioridade do projeto será o treinamento de jogadores de até 14 anos de idade, a fim de que o País participe de com-petições internacionais para ganhar experiência.

beisebol: esforço para o esporte pegar no brasil

larry taylor faz a diferença

o linense treina pensando no futuro

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horizontal – 1. Educador brasileiro; Chegam 2. Tocar mais uma vez; Sorri; Lodo 3. Quarto sufixo verbal; Para onde vai quem está pas-sando mal; Antigo patrocinador do Palmeiras 4. Resto petrificado de animais ou vegetais que habitaram a Terra; Sigla do Amapá; Departa-mento de Suprimento Escolar 5. Exército Brasileiro; Sigla de Alagoas; Unidade de Terapia; Cada uma das duas extremidades inferiores do corpo humano 6. O que se diz ao concordar; Hospital Geral; Livro para aprender a ler 7. Sigla de Santa Catarina; Veloso, compositor brasileiro; 3,1416 8. Ordem dos Advogados do Brasil; Uma frequên-cia radiofônica; Chato 9. Dois, em algarismo romano; Náusea; Agên-cia Estado 10. Matérias de aulas publicadas para uso de alunos; Men-sagem de alerta aos navegantes; Pessoa Ruim.

vertical – 1. Mestra 2. Organismo a cuja vida é imprescindível o oxi-gênio retirado do ar (fem.) 3. Antiga nota dó; Relativo à vida 4. Onde a professora anota a aula; É, em inglês 5. Mil Septiliões 6. Freguesia portuguesa de Viseu; Provocai dor física 7. Sigla de Roraima; Código ISO 639 para língua holandesa 8. Instrumento para cavar o solo; Caldo de galinha 9. Nome de abelha brasileira 10. Gracejar; Réplicas 11. O som do gado 12. Sexta nota musical; Emitir som de ave 13. Nome de escola modelo 14. Nhandus 15. Matéria baseada nos números.

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