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Jornal Regional de Barretos www.redebrasilatual.com.br BARRETOS nº 4 Agosto de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Barretos organiza um espetáculo para um milhão de pessoas RODEIO FESTA DE ARROMBA

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Gratuita rodeio Distribuiçã o nº 4 Agosto de 2011 www.redebrasilatual.com.br Jornal Regional de Barretos modÃo editorial 2 Festival em que com- positores e violeiros dispu- taram quem é o melhor na música de raiz sertaneja es- colheu os melhores intérpretes e modas em concurso reali- zado na tarde de 14 de agos- to, no Recinto Paulo de Lima salles & Guilherme, os vencedores Aquino josé 56º rodeio de Barretos 3 Aquino josé

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Jornal Regional de Barretos

www.redebrasilatual.com.br barretos

nº 4 Agosto de 2011

DistribuiçãoGratuita

Barretos organiza um espetáculo para um milhão de pessoas

rodeio

festa de arromBa

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Expediente Rede Brasil Atual – BarretosEditora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Leonardo Brito (estagiário) e Aquino José Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008 Tiragem: 6 mil exemplares Distribuição Gratuita

editorial

A festa é uma festa. Vem gente de todo lu-gar, da cidade, do campo, de arrabaldes vizi-nhos. É transmitida pelo rádio, pela televisão, podemos acessá-la na internet, são múltiplas as formas de possuí-la, de senti-la, de vê-la.

Afora isso, ainda traz uma baita grana para a cidade, que se arma com o que há de mais bonito para recebê-la. Há cor, muita cor. Há luz, muita luz. Há gritos, muitos gritos. E música, muita mú-sica. Ela nos passa a sensação de que a festa é sempre uma festa, que nada há que possa empanar um brilho tão luzidio. Até mes-mo os animais – que saem do brete elétricos – parecem divertir-se corcoveando sem parar, dando saltos incríveis e tentando a todo custo jogar o peão na terra, para gáudio e prazer de todos nós. Mas nem tudo é assim, embora pareça.

Os animais são submetidos a sessões de tortura, sofrem maus-tratos e só ficam de pé sabe-se lá como. Tem muita gen-te se mobilizando contra essa maldade. O jornal Brasil Atual mostra, nesta edição, além dos preparativos desse belo rodeio – suas competições, seus shows, suas diversões –, que vai trazer um milhão de pessoas à nossa casa, como acontece essa crueldade e por que nos é impingido um espetáculo que tem suas raízes no mesmo país que, também dualmente, transpira democracia e exala bomba atômica. Vale a pena a gente pen-sar nisso. Não para acabar com a festa, mas para adequá-la aos padrões aceitáveis de convívio e urbanidade. Que essa luta pela dignidade sempre valha a pena. Isso é o que almeja-mos. Boa leitura!

Babel atual

modÃo

rancho de taipa vence festivalA disputa de violeiros pela música sertaneja de raiz

Festival em que com-positores e violeiros dispu-taram quem é o melhor na música de raiz sertaneja es-

colheu os melhores intérpretes e modas em concurso reali-zado na tarde de 14 de agos-to, no Recinto Paulo de Lima

Correa. Os barretenses Sal-les & Guilherme cantaram Rancho de Taipa, de autoria de Zaiden Geraige Neto, e conquistaram pela quinta vez a Violeira Rose Abrão.

Em segundo lugar ficou a dupla David & Gilmar Fran-ça, de Andradas, Minas Ge-rais, que interpretou Curva de Estrada. A terceira colocação ficou para Sudmar & João Ri-cardo, de Americana e Suma-ré, SP, que cantaram Varanda da Saudade, de Leonel Daniel e Sudmar. Os festival distri-buiu R$ 15 mil em prêmios. Trinta músicas de composito-res paulistas e mineiros foram inscritas na competição.

salles & Guilherme, os vencedores

Bancos

o ataque aos bancosSão Paulo é o Estado com maior número de casos, 283

O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Ademir Wiederkehr, divulgou o número de ataques a caixas eletrônicos deste ano: 838. São Paulo é o Estado com mais ocorrências, 283. Depois vêm: a Bahia, 61; o Paraná, 56; e a Paraíba, 54. O Amazonas é o único que não apresentou nenhum registro.

Para Daniel Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de

São Paulo, a violência de 2011 é resultado do ímpeto dos ban-cos de ampliar seus ganhos, com uma bancarização desen-freada do sistema financeiro. “Colocam-se caixas eletrôni-cos e serviços bancários em locais sem segurança, como postos de gasolina, farmácias e mercadinhos de bairro. A solução seria a instalação de agências bancárias equipadas próximas da população, em bairros da periferia.”

Segundo o sindicalista, a isenção das tarifas de trans-ferência de recursos – como DOC e TED – desestimula-ria os saques. Muitos clien-tes optam por manusear o dinheiro para evitar as taxas cobradas. “Com essa isen-ção, a frequência com que os clientes viram alvos de assal-tantes seria reduzida; é uma forma de combater o famoso assalto da ‘saidinha’ do ban-co” – diz Ademir.

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Maior rodeio da América Latina, a Festa do Peão de Barretos, de 18 a 28 de agosto, no Parque do Peão, chega à sua 56ª edição, podendo reunir um milhão de pessoas. O evento terá atrações culturais,

esportivas, gastronômicas e de entretenimento. Shows exclusivos unirão artistas tocando juntos no mesmo palco. No rodeio, também haverá

novidades: a realização da inédita Breeder’s Cup – Copa que reúne os 10 maiores criadores de cavalos de Três Tambores do país – e o 19º Barretos International Rodeo, com a participação do PRCA – Professional

Rodeo Cowboy Association. A Festa de Barretos deve movimentar R$ 200 milhões e vai gerar mais de 15 mil empregos.

56º rodeio de Barretos

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56º rodeio de Barretos

animais são bem cuidados em Barretos – diz professor

centro de estudos

rodeio: um esporte

a estampa do cartaz

Mas ele acrescenta: “grande parte das festas realizadas no Brasil deveria ser proibida”No rodeio de Barretos não

há agressão aos animais – é vetado, por exemplo, cutucar o boi com pau, ferrão ou con-duíte. Mas grande parte das festas pelo Brasil deveria ser proibida. Essa é a opinião do professor Orivaldo Tenório de Vasconcelos, coordena-dor do Centro de Estudos do Comportamento Animal. Ele observa que promover rodeio, seguindo a legislação vigente, não provoca agressão ou so-frimento aos animais. O veteri-nário recentemente participou de um Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio

Desde 2008 é mantido no Parque do Peão em Bar-retos o Centro de Estudos do Comportamento Ani-mal, o ECOA. Coordenado pelo professor Tenório, o centro desenvolve diversas pesquisas que norteiam os procedimentos que envol-vem os animais de rodeio e provas que ocorrem durante os eventos de Os Indepen-dentes. As pesquisas reali-zadas pelo ECOA possuem

O peão é um atleta pro-fissional protegido por lei, desde 2001, e o rodeio é uma atividade regulamentada por

uma lei federal, desde 2002, quando passou a seguir várias regras, que envolvem também os bons tratos aos animais.

O cartaz deste ano da Festa de Barretos foi de-senvolvido pelas artistas Thalita Hamaoui e Camilla Bologna, do ateliê Moyou. A obra mostra a imagem do boi – um símbolo e um dos principais personagens do evento – e leva a mensagem de reciclagem no meio das diferentes estampas desen-volvidas pelas artistas.

A obra passa a fazer par-te da galeria do Memorial do Peão, que em seu acervo conta com trabalhos de ar-tistas reconhecidos nacional e internacionalmente, como

a melhor comida do estradão

A Queima do Alho é uma das atrações da Festa de Barre-tos. Ela ocorre no Ponto de Pou-so, ao lado do Estádio de Ro-deios. O cardápio é composto de arroz carreteiro, feijão gordo, paçoca de carne e churrasco. A comida é feita em fogão impro-visado, bem próximo ao chão. É vencedor o cozinheiro que pre-

para a melhor refeição à moda dos tropeiros, no menor espaço de tempo. Uma seletiva das co-mitivas está programada para o primeiro sábado da Festa, dia 20. O concurso é realizado no dia 27, apenas para convidados e imprensa.

O turista também pode sabo-rear a comida típica dos peões

Ambiente onde explicou os re-sultados de suas pesquisas.

Professor Tenório revelou que uma das novidades para montaria em cavalo será a uti-

convênio com a FUNEP - Fundação de Amparo à Pesquisa da Unesp de Ja-boticabal e são submetidas a entidades nacionais e in-ternacionais, como a Colo-rado University, dos EUA. O ECOA também fiscaliza e orienta o tratamento dos animais na época da Festa do Peão e promove cursos e aulas para alunos de Medi-cina Veterinária em parceria com a Unesp.

lização da espora de borracha, pois o acessório convencio-nal pode machucar o animal. Ele também garantiu que o sedém faz apenas cócegas no animal. Ressaltou que a corda americana, colocada de for-ma irregular e tracionada por dois peões, pode “amassar a musculatura” do boi. Por isso, o procedimento foi banido e apenas uma pessoa pode tra-cionar a corda. “Com educa-ção, o rodeio está melhoran-do. Boi não entende de grito, mas da conversa do tratador, do peão que mora com ele na fazenda”.

de boiadeiro. A adesão custa 20 reais. A bebida é vendida à parte. O almoço é servido des-de as 12 h e o jantar a partir das 19 h, ao som de música sertane-ja raiz. “Estão previstos almo-ços dos dias 21 a 28 de agosto e jantares dos dias 18 a 21 e 25 a 27” – informa o coordenador João Paulo Martins.

Ganha a prova quem faz a melhor comida tropeira, em menos tempo, ao rés do chão Homero Brito, Hans Don-ner, Oscar Niemeyer, Zi-raldo, Tomie Ohtake, entre tantos.

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56º rodeio de Barretos

memorial do Peão, onde se guardam as recordações

competição escolhe os melhores berranteiros

Pau-de-sebo ensebado

Museu tem até um velho relógio de contar boi que funcionava no século passadoNa entrada do Parque do

Peão fica o memorial que con-ta a história da Festa e de seus personagens. O local fica aberto ao público de terça-feira a quin-ta-feira, das 8h30 às 16h30; às sextas-feiras, das 7h30 às 15h30 e aos sábados e domin-gos das 8 h às 16 h.

O visitante pode conferir a galeria dos campeões de Bar-retos. São objetos e utensílios

de peões, cartazes das festas confeccionados por artistas plásticos, a viola que perten-ceu ao Rei do Pagode, Tião Carreiro, diversas fotos, ima-gem de Nossa Senhora Apa-recida abençoada pelo Papa, relógio para contar boi que pertenceu a Hélio Bruno Bar-bosa e o violão do barretense Benedito Ferreira Soares, o Ditinho.

O concurso de berrante será sábado, dia 27, a partir das 11 h, no palco em frente à venda do “Nego Peão”, no Ponto de Pouso, ao lado do Estádio de Rodeios. Berran-teiros e berranteiras de todo o país disputam a fama de serem os melhores executo-res do instrumento no Bra-sil. Os três primeiros colo-

Desde a primeira festa orga-nizada por Os Independentes, em 1956, o Pau-de-Sebo é uma das atrações mais divertidas. Ele é fincado ao lado do Estádio de Rodeios. O desafio do parti-cipante é pegar uma bandeira no alto do mastro de 11 m – dois metros fincados no solo e nove metros para a escalada. O pau envolvido em sebo bovino fica muito escorregadio. Qualquer turista pode participar da brin-cadeira. A regra estabelece que o corpo do desafiante esteja liso e ele não use qualquer tipo de

equipamento ou artifício para escalar. A “pirâmide humana” é permitida. A organização ofere-ce um prêmio em dinheiro para os vencedores.

moda de viola no pau do fuxicoCom o objetivo de manter

viva a música raiz da moda de viola, na Matinha, ao lado do Estádio de Rodeios, está instalado o palco Pau do Fu-xico. No local, duplas, canto-res, declamadores sertanejos raiz, amadores e profissio-nais, podem ser apresentar. “Para manter a tradição é obrigatória a presença de uma viola e é proibido o uso de qualquer instrumento ele-trônico, como teclado, play back” – explica o coordena-

Antes, para o tropeiro contar os bois de uma fa-zenda, ele ficava na porta do cercado, por exemplo,

deixava passar dez bois e clica-va um relógio, passavam mais 10, ele clicava de novo. No fim, ele multiplicava o número de cli-ques por dez e chegava à quanti-dade de bois. Simples, não?!

relógio de Boi

memorial, um museu de como se faz a festa

daniele, uma berranteira que tem um baita fôlego

a tradição dos violeiros: só fazer uso do instrumentoPau-de-sebo: desde 1956

cados em cada categoria são premiados. Alceu Garcia, de Barretos, acumula 32 vitórias. A veterinária Daniele Santos, de Bragança Paulista, venceu cinco vezes.

Segundo o coordenador Armando Garcia, os berran-teiros devem executar cinco toques na disputa: Saída ou Solta, para despertar a boia-

da de manhã (é um toque sereno); Estradão, toque que reanima a boiada na estrada (é repicado, semelhante ao soldado marchando); Reba-tedouro, toque de aviso de perigo (semelhante ao toque do clarim); Queima do Alho, aviso aos peões da hora do almoço; e Floreio (que é um toque livre).

dor Onofre Rosa Rezende. Os artistas devem se inscrever com Estela Ortale, e-mail <[email protected]> ou pelo

celular (17) 9709-0056. As apresentações serão de 19 a 21 e de 25 a 28 de agosto, das 15 h às 19h30.

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lindas garotas os shows

solidão & fé, o olhar feminino sobre os peões

O documentário Solidão & Fé foi premiado pelo júri popular como melhor longa--metragem da 14ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em fe-vereiro. Também foi exibido no 6º Festival de Cinema Lati-no-Americano de São Paulo e no Festival do Rio 2010.

No longa, Tatiana Loh-mann viaja pelo universo dos rodeios e busca entender, com sua lente feminina, um mundo masculino à moda antiga. De rodeio em rodeio, seguindo com os peões estrada adentro os sertões brasileiros, Tatiana narra suas impressões marca-das por surpresas e imprevis-tos. Entre a identificação com o gosto aventureiro pelo risco e a rejeição a um certo espírito rude próprio do masculino, a diretora conclui que “tem as-pectos num homem que uma mulher não entende, só con-templa”.

Segundo o cineasta Carlos Nader, com quem Tatiana já trabalhou: “Alguns documen-tários têm cheiro. E o filme de Tatiana Lohmann exala, forte, capim, lama, couro e sobre-

tudo testosterona. Exala tam-bém, delicado, muito do estro-gênio da própria diretora. O resultado desse encontro é não menos explosivo. Produz um filme sensorial e sensual, be-líssimo, que merece ser assis-tido com todos os sentidos”.

Em seu primeiro longa-metragem, Tatiana viaja com sua câmera pelo universo mas-culino do rodeio e se depara com cavaleiros andantes, he-róis, gladiadores, sertanejos,

boiadeiros, com o homem comum. Tentando decifrar o masculino, encontra doçura e violência. A câmera intensi-fica a intimidade com os per-sonagens: no brete, onde os peões se preparam para entrar na arena fazendo as últimas orações, ou no capacete de um peão montado num touro de mais de uma tonelada, o ponto de vista se torna cada vez mais próximo e revelador. Um cri-me muda o rumo do filme e

Dia 18, Paula Fernandes e Eduardo Costa; Dia 19, Bruno e Marrone e

Unidos da Tijuca; Dia 20, Chitãozinho e Xororó e Orquestra com regência do maestro João Carlos Martins; Dia 21, Ivete Sangalo; Dia 22, Julio Cesar e

Eduardo; Dia 23, Pixote; Dia 24, Maria Cecília e Rodolfo; Dia 25, Milionário e

José Rico e João Carreiro e Capataz; Dia 26, Luan Santana e Fernando e Sorocaba;

Dia 27, Gusttavo Lima e Jorge & Mateus; Dia 28, Durval e Davi.

Em 6 de agosto, entre 22 beldades, a estudante de Odontologia Eloiza Moreira, 17 anos, foi coroada Rainha 2011, e Amanda Miranda, 18 anos, escolhida a Garota Ro-deio 2011. Ambas receberam presentes especiais: uma moto Honda, roupas da Handara, fotos para a revista SPFC e

ingressos para assistir ao show de Eric Clapton, no Morumbi. A Rainha ganhou também uma bolsa de estudos integral na Fa-culdade Barretos, num curso de sua escolha, uma viagem para Porto Seguro com acompanhan-te e um convite para assistir ao show de Justin Bieber, que tam-bém acontece no Morumbi.

56º rodeio de Barretos

Em setembro, entra em cartaz o primeiro longa-metragem da cineasta Tatiana Lohmann

revela uma face mais bruta do homem, a que legitima uma vingança pela honra.

“Solidão & Fé não é um filme sobre rodeio, é sobre uma imagem do homem: aquele que na América do Norte é cowboy e aqui no Sul é peão, um homem que não gosta de rotina ou de paisa-gens conhecidas, que arrisca a vida para levar dinheiro para casa, mas só vê a família de vez em quando. Que guarda a

imagem de Nossa Senhora no chapéu e faz o sinal da cruz no final de cada montaria, que é movido pela paixão e pelo desafio de vencer, pela força e habilidade, um bicho indo-mável, diante da arena lotada. Talvez esse homem resolva uma pendência na faca. Tal-vez ele tenha uma mulher em cada cidade, mesmo sendo casado. Talvez a sua glória dure pouco, apenas o tempo da sua juventude”.

Uma impressão reveladora de tatiana: “tem aspectos num homem que uma mulher não entende, só contempla”

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e surgem os rodeios. Para a alegria do públicoEles apareceram nos EUA, no final do século 19, e viraram uma festa brasileira no século 20

Nos rodeios nacionais uti-lizam-se bovídeos – inclusive caprinos – e equinos. Eles são expostos à dominação do ho-mem, que usa apetrechos para provocar o animal e deixá-lo bravio, para então ser doma-do pelos peões. Sem o estí-mulo humano, os animais não pulam nem correm de forma intermitente. E não é apenas durante os oito segundos de montaria, tempo que o peão deve permanecer em seu dor-so, que o animal é atazanado. Nos bastidores, há métodos

Sedém – Espécie de cinta que se amarra na virilha do animal e faz com que ele pule. Antes de o brete ser aberto, o sedém é puxado com força,

comprimindo a região onde está o pênis.

Peiteira – Corda ou faixa de couro retesada ao redor do corpo do animal, atrás da axila. Por causa da forte pressão, causa dor intensa.

Choques – Aplicados nas partes sensíveis do animal, antes da entrada na arena.

Esporas – Acopladas às botas dos peões, golpeiam o animal na cabeça, pescoço e baixo-ventre e fazem com que ele corcoveie de forma intensa. Causam cortes na

região cutânea e perfuração no globo ocular. Quanto mais golpes com as esporas, mais pontos são contados na montaria.

Polaco – Na peiteira é colocado o polaco, os sinos de metal que produzem um barulho que irrita o animal e que se intensifica a cada pulo que dá.

Terebintina, pimenta e outros abrasivos – Introduzidos no corpo dos animais para que fiquem enfurecidos e saltem. Substâncias abrasivas, em

contato com cortes e ferimentos, causam sensação de ardor.

Laço em dupla (team roping) – Dois cavaleiros saem em disparada – um deles laça a cabeça; o outro, as pernas traseiras do animal. Em seguida,

ambos esticam o boi entre si, resultando em ligamentos e tendões distendidos e músculos machucados.

Laçada de bezerro (calf roping) – Um animal de 40 dias é perseguido, laçado e derrubado no chão em velocidade pelo cavaleiro, causando a ruptura de

órgãos internos, levando o animal a morte lenta e dolorosa. Quando ocorre ruptura na medula espinhal, há morte instantânea. Alguns ficam paralíticos ou sofrem rompimento da traqueia.

Sela americana (saddle bronc) – Montaria em

cavalo em que é preciso “marcar o animal”. No primeiro pulo, posicionam-se as esporas no pescoço do animal para, no segundo pulo, o peão puxá-las numa angulação que sai da paleta, passa pela barriga e chega até o final da sela, na traseira do cavalo. Quanto maior a angulação, maior a nota.

Bulldogging – Dois cavaleiros ladeiam o animal, que é derrubado por um deles, segurando pelos chifres e torcendo seu pescoço.

Descorna – Os chifres dos bovídeos são aparados com um serrote, sem anestésico. Causa sangramentos e dor nos animais.

Cutiano – Montaria em cavalo. O peão, apoiado em duas cordas amarradas à peiteira, faz o animal sofrer ainda mais a compressão desse instrumento.

No primeiro pulo, o peão posiciona as esporas entre o pescoço e a paleta. Depois, as esporas são puxadas em direção à cava da paleta. Quanto mais esporeadas forem dadas, maiores as chances de se conquistar notas altas.

Brete – O local onde se confinam os animais antes da prova e onde são preparados para a montaria. É quando eles passam por enorme estresse, com o

barulho das caixas de som – os animais têm acuidade auditiva quatro vezes melhor do que a do homem.

que o público não vê, que co-laboram para as “acrobacias”.

Objetos pontiagudos – pre-gos, pedras, arames em forma de anzol – são colocados nos sedenhos (as caudas das reses), ou sob a sela do animal. Além disso, eles são submetidos ao estresse de viajar para apresen-tações – eles, de hábitos diur-nos, mantêm-se ativos à noite, diante de caixas de som poten-tes, shows pirotécnicos e luzes decorativas. Também são obri-gados a passar por rampas, onde escorregam e sofrem fraturas. os animais saltam, empinam, corcoveiam; o público... ri

os instrumentos de tortura usados nas provas

Quem proíbePor lei

Rio de Janeiro / São Paulo / Sorocaba / Guarulhos / Jundiaí

/ Mogi das Cruzes

Por decisão judicialRibeirão Preto / Ribeirão Bonito / Itu / São Pedro / Bauru /Arealva / Avaí /

Itupeva / Cabreúva / Américo Brasiliense / Rincão / Santa

Lúcia / Boa Esperança do Sul / Cravinhos

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Palavras crUzadasfoto síntese – a nossa festa Palavras crUzadas

respostas

Palavras crUzadas

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Horizontal – 1. Natural da capital paulista 2. O que não é comum 3. Raiva; Atmosfera; Sigla da Força Aérea do Reino Unido 4. Sigla que designa Nordeste; Fruto da amoreira 5. Trituro com os dentes; Antecede o ENE 6. Partir; Espaço descoberto e cercado por muros, contíguo a uma casa ou edifício 7. Fazer explodir 8. Amo; Diretor Técnico 9. Aquilo que se deseja 10. Motta, cantor e compositor brasileiro; Água solidificada pelo frio; Pessoa com quem se teve relacionamento 11. Solução usada para hidratar ou alimentar enfermos; Íntimo

vertical – 1. Qualidade de ser primeiro 2. Afluente da margem esquerda do Rio Reno; Ou, em inglês; Cada um dos cinco prolongamentos articulados que terminam as mãos e os pés do homem 3. Nome de um dos planetas; Sigla para Disk Operating System ou Sistema Operacional em Disco 4. Interpretei por meio da leitura; Situação de risco ou ameaça para alguém 5. Partida; Fora do tempo ajustado 6. Infecção contagiosa causada por vírus, que provoca erupção cutânea; Pronome pessoal feminino 7. Transmissor de dados (Abrev.) Caminho sinuoso 8. Exprime a ideia de ar; Habitação fortificada de certos chefes negros, na África 9. Espaço vazio; Partir; Possuem 10. Sentido pelo qual se percebe o cheiro; De cor entre rubro e violáceo

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

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Palavras cruzadas

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