jornal brasil atual - catanduva 04

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Jornal Regional de Catanduva www.redebrasilatual.com.br CATANDUVA nº 4 Dezembro de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Catanduva é o único município paulista ameaçado de epidemia Pág. 6 DENGUE A GENTE NA LISTA Jogador da cidade estréia na seleção de Mano Menezes Pág. 7 FUTEBOL ALEX SANDRO Troca de hidrômetros e imposto de luz dão muito pano pra manga Pág. 2 áGUA E LUZ RELÓGIO E TAXA A PRIVATARIA TUCANA Propina, desvio, lavagem de dinheiro e espionagem, uma arte comandada por Serra e Dantas Pág. 3 LIVRO REVELA COMO O PSDB ROUBOU O PAíS Denúncias de malfeitos surgem de todos os lados e minam a Prefeitura GOVERNO MUNICIPAL A COISA Tá FEIA

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futebol Propina, desvio, lavagem de dinheiro e espionagem, uma arte comandada por Serra e Dantas alex sandro água e luz relógio e taxa a gente na lista nº 4 Dezembro de 2011 Distribuiçã o Pág. 6 Pág. 2 Pág. 7 Pág. 3 Jornal Regional de Catanduva www.redebrasilatual.com.br Jogador da cidade estréia na seleção de Mano Menezes Catanduva é o único município paulista ameaçado de epidemia Troca de hidrômetros e imposto de luz dão muito pano pra manga

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Page 1: Jornal Brasil Atual - Catanduva 04

Jornal Regional de Catanduva

www.redebrasilatual.com.br catanduva

nº 4 Dezembro de 2011

DistribuiçãoGratuita

Catanduva é o único município paulista ameaçado de epidemia

Pág. 6

dengue

a gente na lista

Jogador da cidade estréia na seleção de Mano Menezes

Pág. 7

futebol

alex sandro

Troca de hidrômetros e imposto de luz dão muito pano pra manga

Pág. 2

água e luz

relógio e taxa

a Privataria tucana

Propina, desvio, lavagem de dinheiro e espionagem, uma arte comandada por Serra e Dantas

Pág. 3

livro revela comoo Psdb roubou o País

Denúncias de malfeitos surgem de todos os lados e minam a Prefeitura

governo municiPal

a coisa tá feia

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expediente rede Brasil atual – Catanduvaeditora gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008tiragem: 10 mil exemplares distribuição gratuita

iluminaÇÃo PÚblica

câmara derruba taxa da luzMas prefeito promete recorrer na Justiça

Quero lhes dizer que não acredito em nada desta matéria sobre a não instalação do presídio em Catanduva. Isto já foi decidido por políticos de Rio Preto para depreciarem a nossa cidade, que tanto os incomoda. Só poderei acreditar após as eleições, porque tudo isto nada mais é do que uma manobra para não prejudicar os candidatos nas eleições de 2012. Podem ter certeza de que, após o resultado em outubro, as máquinas começarão a trabalhar e quando a população perceber tudo estará tão avançado, que nada mais poderá impedir. É minha opinião.

José Alberto Vieira – [email protected]

vale o que vier

editorial

Esta edição do jornal Brasil Atual traz exemplos revela-dores de como anda mal a situação em Catanduva. As denún-cias de malfeitos aparecem de todos os lados. Até a velha e manjada dengue quer dar as caras novamente. Nossa cidade é o único município paulista a aparecer numa lista elaborada pelo Ministério da Saúde como ameaçado pela epidemia do mosquito. Ah, se fosse só isso!

As palmeiras-imperiais da Praça da Matriz foram compra-das na empresa do marido da secretária do Planejamento pela bagatela de R$ 3 mil, cada exemplar, segundo denúncia do ve-reador Vagner Luiz (PPS). Um coreógrafo, sozinho, abiscoitou quase R$ 100 mil este ano, enquanto as escolas de samba da cidade dançaram com R$ 15 mil pilas. Ah, se fosse só isso!

Segundo o vereador Marquinhos Ferreira (PT), Ricardo Aparecido Hummel, ‘braço direito’ do prefeito Macchione, deu de ameaçá-lo com espionagem e chantagem, para pôr fim à Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Multas. Isso, sem falar do rolo dos medidores de água da SAEC e da absurda taxa de luz, que Macchione tenta implantar a todo custo.

Uma coisa é certa: não lhes faltam excelentes professores. Está nas livrarias o livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.. Ele nos revela como o PSDB operou a maior falcatrua brasileira, nos tempos da privatização. Bons de bico, esses tucanos. É isso. Boa leitura!

A Câmara Municipal der-rubou, por unanimidade, o veto do prefeito Afonso Mac-chione Neto (PSDB) ao proje-to que extinguia a cobrança da Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Mas a aprova-ção da proposta do vereador Francisco Batista de Souza, o Careca (PDT), não signifi-ca que a população está livre do tributo, pois o Executivo pretende recorrer à Justiça,

alegando que a perda dos re-cursos da CIP compromete as finanças do município. Justiça, aliás, que em primeira instân-

cia livrou os sócios do Sindi-cato do Comércio Varejista de Catanduva (Sincomercio) do pagamento da contribuição.

Em 2009, a Câmara aprovou projeto semelhante, de Onofre Baraldi (PDT), que extinguia a cobrança da CIP. Na época, Macchione ameaçou cortar os repasses para as entidades assis-tenciais, caso a Prefeitura fosse privada dos recursos gerados pela taxa de iluminação.

água encanada

saec troca medidor das casasPromotoria quer explicações sobre os hidrômetros

O Ministério Público Es-tadual acolheu denúncia dos vereadores Ana Paula Carne-lossi (PT), Francisco Batista de Souza, o Careca (PDT), e Vagner Luiz Pimpão Ber-sa (PPS) sobre os problemas ocasionados na troca dos hi-drômetros nas residências de Catanduva e pediu à Superin-tendência de Água e Esgoto de Catanduva (SAEC) que explique as grandes diferen-ças – há casos em que os va-lores pagos quase dobraram

– na conta dos usuários, depois da troca dos medidores.

Os vereadores estranham o fato de a SAEC trocar até hidrô-metro sem defeito. Para refor-çar as denúncias, eles juntaram

ao processo os depoimentos de quatro usuários prejudica-dos pela troca dos medidores – uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) vai apurar possíveis irregularidades nos hidrômetros.

Também foi aprovado pela Câmara projeto de lei que res-tringe o “Padrão SAEC” aos imóveis construídos depois de 2009 – ano em que o modelo foi instituído – ou que apre-sentem necessidade de ordem técnica para a troca.

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a Privataria tucana

Privatização: livro denuncia serra, família e amigos

as perdas

E conta como o PSDB comandou a maior falcatrua no Brasil, que movimentou US$ 2,5 bilhões Os tucanos comandaram o

processo de privatização das empresas públicas na década de 1990, que movimentou US$ 2,5 bilhões e distribuiu propinas de US$ 20 milhões, segundo o li-vro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., de 320 páginas – 200 de tex-to jornalístico e 120 de repro-dução de provas. Baseado em documentos, Amaury mostra como o PSDB vendeu o patri-mônio público a preço de bana-na. Entre a compra e a venda, funcionava a lavagem de di-nheiro e suas conexões com a mídia e com o mundo político.

Os envolvidos são gente

do alto tucanato: o livro liga o ex-candidato do PSDB à pre-sidência, José Serra, a um es-quema de desvio e lavagem de

dinheiro e o acusa de espionar adversários políticos. “Quando ministro da Saúde, Serra criou uma central de montagem de

O governo FHC arreca-dou R$ 85,2 bilhões com a venda das empresas públicas. Mas o país pagou R$ 87,6 bilhões para as empresas que assumiram esse patrimônio – R$ 2,4 bilhões a mais do que recebeu. O prejuízo veio por-que o governo absorveu as dívidas das empresas, demi-tiu um monte de gente, em-prestou dinheiro do BNDES aos compradores e aceitou como pagamento o uso de “moedas podres”, títulos do governo que valiam metade do valor de face. A “costu-ra”, feita por Ricardo Sérgio, envolvia o pagamento de propina dos empresários que participavam do processo. O dinheiro era lavado em pa-raísos fiscais. Promoveu-se um desmonte das empresas públicas, fazendo-as pare-cer mais inoperantes do que eram – assim, quase foram pelo ralo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Para a presidenta do Sin-dicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, o livro prova a importância do combate do movimento sin-dical ao processo de privati-zação. “A velha imprensa não repercute as graves denúncias e mostra a sua parcialidade. Esperamos que o Ministério Público e a Polícia Federal investiguem esses crimes de que trata o livro e retomem para os cofres públicos todo o dinheiro desviado.”

dossiês na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvi-sa), no governo FHC.” O livro afirma também que o esquema era feito por meio de empre-sas off-shore das Ilhas Virgens Britânicas, e foi idealizado pelo ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil e ex-tesou-reiro da campanha de Serra e FHC, Ricardo Sérgio de Olivei-ra. Outros esquemas semelhan-tes eram realizados pelo genro dele, Alexandre Bourgeois, por sua filha Verônica – que manti-nha empresa em sociedade com a irmã do banqueiro Daniel Dantas – e pelo seu sócio, Gre-gório Marin Preciado.

serra, a filha verônica, fHc e ricardo sérgio: tucanos no livro

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Presídio

vigilância de todos para barrar o presídioA sociedade precisa manter-se vigilante e organizada para impedir que o governo mude de ideia a respeito da vinda do presídio para a região. A opinião é do presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Amarildo Davoli, um dos organizadores do vitorioso movimento popular que convenceu as autoridades do Estado a suspender a instalação de um Centro de Progressão Penitenciária com mais de mil vagas na cidade. Acompanhe, a seguir, a entrevista que ele concedeu ao brasil atual Catanduva

Como você avalia o resul-tado do movimento contra o presídio?Nossa maior vitória foi or-ganizar a sociedade local em torno do Movimento Alerta Catanduva. Até en-tão, a população estava apática e dava como certa a instalação do presídio. Demonstramos que, com a união de todos, era possível alterar o curso das coisas. Você acredita que sus-pensão do presídio é de-finitiva?

Penso que o secretário Sidney Beraldo não empenharia sua palavra em público, se não falasse a sério. Mas sabemos como a política é dinâmica. Embora ele tenha se compro-metido a consultar o movi-mento caso o governo mude de ideia, devemos nos manter vigilantes. Por que motivo?Diz um ditado que o preço da democracia é a eterna vigilân-cia. Se nos mantivermos orga-nizados, teremos condições de reagir, no caso de o Governo

Estadual faltar com sua pa-lavra. Vocês não descartam or-ganizar novas manifesta-ções populares na cidade?Tudo depende da como os fatos irão se desenrolar daqui para a frente. O importante é que as pessoas estejam organi-zadas e que as instituições se comprometam a lutar unidas pelo bem da cidade. A história recente do planeta demonstra o enorme poder de transfor-mação que possui uma socie-dade mobilizada.d

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governo municiPal

‘braço direito’ de macchione tenta chantagear vereador

denúncia causou um baita mal-estar no legislativo

Hummel teria violado dados de assessor de Marquinhos Ferreira para encerrar a CEI das MultasO secretário de Negócios

Jurídicos, Ricardo Aparecido Hummel, está no epicentro de uma trama que envolve su-postas práticas de espionagem e chantagem. Hummel, que é braço direito do prefeito de Catanduva, Afonso Macchio-ne Neto (PSDB), é suspeito de violar o sigilo fiscal de um assessor do vereador Marqui-nhos Ferreira (PT) e usar essas informações para tentar forçá-lo a encerrar as investigações da Comissão Especial de In-quérito (CEI) das Multas.

Marquinhos diz ter sido convidado pelo vereador Luís Pereira (PSDB), em 5 de de-zembro, a ir ao gabinete de Hummel para uma reunião.

“Pensei que ele (o secretário) quisesse tratar de algum as-sunto relacionado ao Plano Di-retor. Porém, assim que entra-mos na sala, ele passou a falar da CEI e a perguntar quando ela iria terminar” – diz o petis-ta, presidente da comissão que

que as informações contidas nos documentos compromete-riam a reputação do vereador. “Foi um tipo de chantagem. Uma forma de ameaça para me fazer recuar. Eles fazem isso com todo mundo” – con-ta Marquinhos. Agora, o ve-reador exigirá a investigação do caso. “Na papelada não há nada que comprometa a mim ou aos meus assessores” – afirma. Na avaliação de Mar-quinhos, a postura de Hummel reflete a apreensão do Execu-tivo municipal em relação aos possíveis desdobramentos da CEI. “Eles estão com medo, pois sabem que essa investi-gação irá derrubar uma qua-drilha” – diz ele.

apura uma suposta “fábrica de multas” em Catanduva.

Hummel, segundo Marqui-nhos, usou a parte inicial da conversa para tentar conven-cê-lo a encerrar as investiga-ções. Porém, diante das eva-sivas do vereador, o secretário

teria apanhado papéis com in-formações de movimentações fiscais de um de seus assesso-res, entre os quais estavam có-pias da declaração de Imposto de Renda e do extrato da Nota Fiscal Paulista do funcioná-rio. Hummel deu a entender

Marquinhos Ferreira (PT) usou a tribuna da Câmara, em 6 de dezembro, para comentar a tentativa de chantagem que teria sido feita pelo secretário municipal de Negócios Jurídi-cos, Ricardo Aparecido Hum-

mel. Na ocasião, o vereador disse que os dados fiscais de seu assessor poderiam ter sido “vazados” pela Câmara Muni-cipal, classificada pelo petista como um “ninho de cobras”.

A fala de Marquinhos cau-

sou mal-estar na sessão. O presidente da Casa, Daniel Palmeira de Lima (PDT), iniciou um bate-boca com o petista, que foi contido pelos colegas.

No dia seguinte, mais cal-

mo, Marquinhos deu um voto de confiança à Mesa Diretora do Legislativo. “Acredito que o presidente (da Câmara) esteja apurando o caso e, em breve, me dará um parecer” – disse ele.

gravação respinga em HummelMarquinhos Ferreira (PT)

estuda propor a convocação do secretário municipal de Negócios Jurídicos, Ricar-do Aparecido Hummel, para prestar explicações à Co-missão Especial de Inquéri-to (CEI) das Multas. Novas gravações de áudio, obtidas pelo vereador, indicam que o “braço direito” de Afon-so Macchione Neto pode ter

pressionado o coordenador dos Agentes Fiscalizadores de Trân-sito (AFTs), Pablo Silva, a men-tir em seu depoimento à CEI.

No áudio, Pablo faz comen-

um mal-entendido?O secretário Ricardo Apa-

recido Hummel confirmou o encontro com Luís Pereira (PSDB) e Marquinhos Fer-reira (PT), no dia 5 de de-zembro. “Estive reunido com os vereadores e tratamos de assuntos ligados a questões municipais. Nada além disso” – afirmou.

Por meio de nota, Hummel alegou que estava havendo algum “mal-entendido” com

o vereador. Sobre a queixa feita por Francisco Batista de Souza, o Careca (PDT), de que a Prefeitura ameaçara fe-char a instituição assistencial presidida por ele, a Prefeitu-ra disse “desconhecer o fato apontado pelo parlamentar”. O texto afirma ainda que “a administração tem atendido a vários pedidos dos verea-dores, sempre voltados para a população”.

tários comprometedores a respeito de Macchione e dos secretários municipais de Trân-sito e Transportes Urbanos, José Garcia Júnior, e de Saúde, Vanessa Couto Frias Gallo. Os vereadores pretendem enca-minhar o material para análise técnica. Se comprovada a au-tenticidade, as denúncias conti-das na gravação serão repassas ao Ministério Público.

o prefeito macchione e ricardo Hummel: briga aberta contra o vereador marquinhos

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entidade assistencial esteve na mira de secretárioO petista Marquinhos Fer-

reira não foi o único a denun-ciar o estilo “trator” do secre-tário municipal de Negócios Jurídicos, Ricardo Aparecido Hummel, em relação aos crí-ticos do governo Afonso Mac-chione Neto (PSDB). Uma das vítimas do “rolo compressor” seria o vereador Francisco Batista de Souza, o Careca (PDT), presidente da Asso-ciação de Assistência Vila São

Vicente de Paula, que oferece abrigo a idosos e famílias ca-rentes de Catanduva.

No início do ano, ao dis-cursar na Câmara, Careca dis-se ter recebido informações de que Hummel ameaçara fechar a instituição assistencial, caso o vereador – um dos oposi-tores mais ferrenhos do Exe-cutivo – persistisse em suas críticas ao prefeito. “Quem me contou esse fato foi o ve-

reador Onofre Baraldi (PDT). O secretário disse que tinha condições de fechar a Vila São Vicente. Não sei se ele ainda cultiva a ideia. Se quiser, que faça. Mas que arrume um lar para as centenas de pessoas carentes atendidas pela enti-dade – diz Careca.

Coincidência ou não, meses depois Macchione solicitou ao Ministério Público a instala-ção de inquérito civil públi-

Prefeitura paga r$ 96 mil para um único coreógrafoA Prefeitura de Catanduva

destinou R$ 8 mil mensais para um único coreógrafo, em 2011. Segundo o Portal da Transpa-rência do Município, a empre-sa do produtor de espetáculos de dança (que tem a identidade mantida em sigilo) recebeu pa-gamentos de R$ 96 mil entre ja-neiro e dezembro. O site ainda aponta empenhos que ultrapas-sam R$ 200 mil no período.

reforma da Praça da matriz deve parar na JustiçaO vereador Vagner Luiz

Pimpão Bersa (PPS) vai en-caminhar ao Ministério Pú-blico Estadual uma represen-tação contra a Prefeitura de Catanduva devido a possíveis irregularidades na licitação para fornecimento das plantas usadas na reforma da Praça da Matriz, no Centro, entre as quais, mudas adultas de palmeiras-imperiais, avaliadas em R$ 3 mil cada uma. O pro-cesso foi vencido pela Flora São Bento, empresa do marido da secretária de Planejamento, Maria Cristina Pinheiro Ma-chado Sanches. O edital de licitação vetava a participação

co contra Careca. O prefeito acusava o vereador de violar a Lei Orgânica do Município, ao acumular os cargos de parla-mentar e de presidente de uma entidade assistencial favoreci-da com recursos do município. A ação acabou arquivada, por falta de provas. “Parece coisa de ditador, que não aceita ser criticado. A função do vere-ador é fiscalizar, doa a quem doer” – afirma Careca.

A reportagem apurou que o coreógrafo dá aulas de dança em escolas municipais e produz apresentações para eventos da Prefeitura. O valor pago à em-presa dele ultrapassa em R$ 51 mil o repasse às escolas de sam-ba Bateria Nota 10, Coração de Bronze e Mocidade da Região Norte (R$ 15 mil, cada), para o carnaval deste ano.

O vereador Vagner Luiz

Pimpão Bersa (PPS), que acompanha o caso, diz: “É estranho que a Prefeitura invista tanto dinheiro num projeto, enquanto outras manifestações culturais da cidade vão se perdendo, ano após ano, por falta de apoio do poder público”. Procura-da, a Prefeitura de Catandu-va não se manifestou sobre o caso.

de familiares, cônjuges de fun-cionários e membros da admi-nistração municipal.

Outro questão são os con-tratos de prestação de serviço.

Pimpão verificou pagamen-tos mensais muito parecidos, feitos à Flora São Bento. “A empresa emitiu 60 notas, das quais 50 – inclusive a 0001,

de maio de 2007 – foram para a Prefeitura. Fica a impressão de que ela foi montada só para vender para o governo muni-cipal” – afirma o vereador.

Quando a Flora São Ben-to começou a prestar serviços para a Prefeitura, Maria Cristi-na era diretora do Departamen-to de Obras e atuava na mesma secretaria (a de Obras) à qual estava ligado o setor de Meio Ambiente, contratante da fir-ma de seu marido. Entre maio de 2007 e janeiro de 2011, a Prefeitura pagou R$ 316 mil à Flora São Bento. Em junho, em nota a Prefeitura alegou não existirem irregularidades nos negócios com a empresa, já que ela cumpriu com o esta-belecido nos contratos e ofere-ceu o menor preço nas concor-rências de que participou.

a coração de bronze recebeu só r$ 15 mil para desfilar

Plantas da Praça da matriz: compradas na empresa do marido da secretária do Planejamento

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dengue

cidade é a única do estado com risco de epidemia Catanduva foi incluída na lista do Ministério da Saúde; população fica em estado de alerta

Até o dia 30 de novembro, foram registrados 286 casos da doença no município, número que representa uma queda de quase 70% em relação a 2010, mas é bastante superior aos nú-meros referentes a 2009 e 2008 (respectivamente, 46 e 18 re-gistros). A lista, divulgada no início de dezembro, possui 48 municípios brasileiros em que os índices de contaminação pelo mosquito transmissor da doença estão acima do padrão considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. No caso de Catanduva, 4% dos domicí-lios pesquisados apresentavam focos do Aedes aegypti.

A Prefeitura afirmou, por

meio de nota enviada à im-prensa, que “equipes de com-bate à dengue estão fazendo visitas domiciliares, retiran-do os possíveis criadouros e prestando todas as orientações necessárias para o controle e

o combate de doença, visando evitar, assim, uma futura epi-demia em Catanduva”.

Na avaliação dos vereado-res da oposição, a presença de Catanduva na lista de risco re-flete a desorganização no sis-

tema de saúde do município. “Com tristeza observamos essa situação de caos em uma cida-de que, até alguns anos atrás, era considerada um modelo no combate à dengue” – afirma Francisco Batista de Souza, o Careca (PDT), em referência aos períodos de 1997 a 1998 e de 2003 a 2004, em que Ca-tanduva não registrou um caso sequer da doença. O vereador é presidente da Comissão Es-pecial de Inquérito (CEI) que averigua possíveis irregula-ridades na saúde pública. Até o momento, segundo ele, “as investigações conseguiram de-tectar uma série de falhas, que incluem o sucateamento da

frota de ambulâncias, a falta de médicos nos bairros e pro-blemas no serviço de raio X”.

A vereadora Ana Paula Carnelossi (PT) também inte-gra a CEI da Saúde e lembra que Catanduva registrou au-mento na mortalidade infantil. “No fim dos anos 90 e início da década passada, a cida-de chegou a ter uma taxa de apenas 7,8 mortes por grupo de 100 mil nascidos vivos. A imprensa nacional nos compa-rava ao Canadá. Agora, nosso índice já está acima de 10 por 100 mil nascidos vivos. Isso reflete uma política pública equivocada e a falta de ampa-ro na área social” – diz.

solidariedade

tempo de natalCampanha alegra o fim de ano das crianças carentes

O Sindicato dos Bancá-rios de Catanduva e Região e o Instituto Ecoarte reali-zam a Campanha Natal de Brinquedo, criada há quase 20 anos, para alegrar o fim de ano das crianças carentes da cidade. O objetivo é dis-tribuir 4 mil presentes.

A entrega teve início em 1º de dezembro, na festa de Natal do Lar Espírita Mensageiros do Amor, no Jardim Imperial. “As crianças aguardam o ano todo essa confraternização” – diz a voluntária Paula Nas-cimben. Para o presidente do sindicato, Amarildo Davoli, “é gratificante ajudar crianças de famílias necessitadas”.

No dia 5, mais 40 crianças receberam os presentes na As-sociação Espírita Cáritas, no Glória V. No dia 10, a caravana da solidariedade retornou ao

Jardim Imperial, onde qua-se mil meninos e meninas receberam brinquedos. Dia 15, a entrega foi no Conjun-to Gabriel Hernandes. Dia 17, no Jardim Alpino e dia 18, a festa Natal Encantado foi no Clube dos Bancários, no Jardim Del Rey, com en-trada gratuita. O evento teve a presença do Papai Noel, o coral infantil da Catedral de Nossa Senhora Aparecida, a apresentação dos alunos do curso de violão da Ecoarte e show com Tia Priscila, do Levados da Breca Anima-ção Infantil. Também foram distribuídos algodão doce e pipoca às crianças.

cartum

sutil e atemporalWilson expõe Catanduva ao mundo

Sebastião Wilson Figuei-redo, 61 anos, desenha há oito anos, como passatempo, mas já expôs seus trabalhos no Brasil e lá fora – Itália, Bél-gica e Japão. Fã de Millôr Fernandes e Ziraldo, Wilson tentou a música e a poesia, até chegar ao desenho. “Pen-sava em jornal e revista, mas esses meios pagam pouco e a família dependia de mim para se manter” – conta.

Wilson retomou a arte ao se aposentar como bancário. Seu gênero preferido é o cartum, “trabalho mais sutil e atempo-ral”. Para ele, a charge é o mo-mento. “Se você satiriza um ministro que caiu, daqui a um mês todos esquecem e a obra

perde o sentido. O cartum não, trata do ser humano. Um de-senho do Quino, de quase 50 anos, permanece atual” – diz.

Wilson expôs seus traços em Catanduva em setembro, na exposição da Fundação Pa-dre Albino. Ele é autor do li-vro O Elefante Portátil (2007) e da coletânea Cartum Postal.

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futebol

um orgulho de toda a família catanduvense

grêmio vai de uniforme novo no Paulistão

Lateral Alex Sandro jogava nas seleções de base. Agora ele atua também na Seleção principal

O Grêmio apresentou o uniforme que será usado pelo time no Campeonato Paulista 2012. A equipe faz

Quando criança, Alex San-dro Lobo da Silva costumava ir a pé, do Bom Pastor ao Conjunto Esportivo, para treinar futebol ao lado do irmão Flávio. A du-pla seguia pela linha do trem. Às vezes, eles iam de bicicleta, que chegava a carregar até três garo-tos. Alex tinha 6 anos quando começou a jogar. “Ele mentia a idade para treinar entre os mais velhos” – recorda-se Flávio, hoje com 26 anos, vigilante e maior fã de Alex, considerado um dos atletas mais promissores da atual geração do futebol brasileiro.

Lançado pelo Atlético Para-naense, o lateral teve passagem vitoriosa pelo Santos e atual-mente defende o Porto, de Por-tugal. Nos últimos tempos, foi

convocado inúmeras vezes para as seleções de base. Em 14 de novembro, no entanto, ele rea-lizou um sonho acalentado por todo jogador brasileiro: atuar na seleção principal. Alex Sandro foi titular na partida contra o

Gabão, vencida pelo Brasil por 2 a 0. A convocação do lateral era aguardada pela mãe, a au-xiliar de enfermagem Maria de Fátima Lobo, de 45 anos. “Eu tinha muita fé em Deus de que ele seria convocado. Alguns

dias antes, eu havia comentado em meu serviço que o Alex se-ria chamado” – conta Maria de Fátima. O primeiro a saber da novidade foi Flávio. “Alex me contou, um dia antes da con-vocação, que o técnico Mano

Menezes telefonou pra ele, per-guntando de seu estado físico” – afirma o irmão.

Natural da Bahia, o pai de Alex Sandro, Reinaldo Ramos da Silva, 46 anos, não esconde o orgulho pelo sucesso do filho. “Nunca imaginei que ele fosse conhecer tantos craques famo-sos” – diz. Além do talento com a bola, a família destaca outra qualidade do jogador: o apego às próprias raízes. “O Alex é um menino humilde. Ele costuma dizer que no futebol temos ami-gos, mas os verdadeiros estão aqui” – diz Reinaldo, referindo-se à vizinhança. Mesmo mo-rando em Portugal, o atleta faz questão de conversar todos os dias com a família, via internet.

o brasil festeja um gol contra gabão, que teve alex como titular, assim como Hulk

sua estreia na competição con-tra o Mogi Mirim, às 19h30, no estádio Sílvio Salles. Ela rece-berá apenas um clube grande

em seu estádio: o Palmeiras, em partida válida pela terceira rodada do campeonato, dia 29 de janeiro, às 17 h. O último

jogo do Grêmio pela primeira fase da competição será contra o Santos, dia 15 de abril, um domingo – no dia anterior será

comemorado o centenário do time da Vila; a expectativa é que o jogo seja marcado pe-los festejos alusivos à data.

Catanduva terminou em 18º lugar na Segunda Divisão dos Jogos Abertos do Interior, disputados em Mogi das Cru-zes, em novembro. A delega-ção da cidade somou 49 pontos na competição. A campeã foi Guarulhos, com 210 pontos. No quadro de medalhas, Ca-tanduva ficou com a 25ª posi-ção, com cinco ouros, 11 pratas e sete bronzes. Considerados a

esPorte

Jogos abertosCatanduva teve participação discreta Time estreia na cidade só no ano que vem

principal competição esportiva amadora do Brasil, os Jogos Abertos mobilizaram 15 mil atletas, em sua 75ª edição.

A equipe do Poty- -Açúcar Cometa-Unimed-Catanduva estreou na Liga Nacional de Basquete Fe-minino, fora de casa, der-rotando o Santo André- -Semasa por 55 a 42, dia 12 de dezembro. No dia 17, o time venceu o Araça-tuba, 59 x 50, também fora de casa.

vida difícil no nacional basquetebol

A estreia de Catanduva diante de sua torcida está mar-cada para o ano que vem: em 7

de janeiro, a equipe vai en-carar o Ourinhos Basquete. O jogo será às 18 h.

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foto síntese

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Palavras cruzadasPalavras cruzadas

respostas

Palavras cruzadas

sudoku

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

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sudoku

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Horizontal – 1. Centro de Controle Operacional; Cada uma das partes distintas da corola2. Instrumento de cordas, de forma triangular, tocado com os dedos; Partir 3. Nome de árvore que fornece madeira resistente e dura; (Pl.) Unidade de medida de capacidade, correspondente ao volume de um decímetro cúbico 4. (Abr.) Cruzeiro; Dois, em algarismo romano 5. Herbívoro da África, de pele grossa, patas e cauda curta, cabeça grande e focinho largo 6. Que não está contido7. Pedido de socorro; Interjeição usada para chamar a atenção de alguém; Composição poética do gênero lírico 8. (Abr.) Boletim de serviço; Aguardente que se obtém pela fermentação e des-tilação do melaço de cana-de-açúcar 9. Nome da letra p; Sovaco; 10. Nome de um planeta; Ilha de coral 11. Cidade de São Paulo; Membro das aves guarnecido de penas, que serve para voar

vertical – 1. Galanteador importuno de uma senhora casada ou viúva; 2. Relativos ou seme-lhantes à cabra ou ao bode; (Abr.) Rádio Patrulha 3. Reze; Partidos Comunistas; Alimento feito de farinha, especialmente de trigo, amassada e cozida no forno 4. Ação de voar; Nome comum a vários cervídeos que habitam as partes boreais da Europa, Ásia e América 5. Sigla em inglês de Phase Alternating Line; Cobertura de borracha com que calçam as rodas dos automóveis e outras viaturas 6. Muito boa, excelente 7. Falatório, murmuração; Soberanos, na língua persa8. Diz-se do galo que, na rinha, ferido ou cansado, não podendo manter-se de pé, sustenta-se apoiando a cabeça no solo; Pedra, em tupi-guarani 9. Medida que se usa para as proporções nos corpos arquitetônicos 10. Limpo o nariz; Fila, separada por um espaço

Palavras cruzadas

CCOPETALAHARPAIRSIPELITROSCRvIIOHIPOPOTAMOINCONTIDOSOSEIODEBSRUMUEPEAxILAURANOATOL

POAASAA