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Jornal Regional de Barretos www.redebrasilatual.com.br BARRETOS nº 12 Julho de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Africanos vieram jogar no Barretos Esporte Clube, mas brilham no Vila Diva FUTEBOL VáRZEA DE LUXO Artista Dado Stuart ganha concurso que identifica a Diocese Pág. 6 RELIGIãO EIS O BRASÃO Número de vereadores em 2013 divide opiniões na cidade Pág. 3 CâMARA 17 OU 11? IMPRENSA Como a imprensa comercial se compunha com o bicheiro Carlinhos Cachoeira Pág. 4-5 UM JOGO QUE É PRA Lá DE SUJO Dilma tem índice de aprovação que chega a 59% de bom ou ótimo Pág. 2 PESQUISA APROVADÍSSIMA

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Page 1: futebol Pesquisa várzea de luxo · 2020-03-19 · Jornal Regional de Barretos barretos nº 12 Julho de 2012 tribuição a Africanos vieram jogar no Barretos Esporte Clube, mas brilham

Jornal Regional de Barretos

www.redebrasilatual.com.br barretos

nº 12 Julho de 2012

DistribuiçãoGratuita

Africanos vieram jogar no Barretos Esporte Clube, mas brilham no Vila Diva

futebol

várzea de luxo

Artista Dado Stuart ganha concurso que identifica a Diocese

Pág. 6

religião

eis o brasão

Número de vereadores em 2013 divide opiniões na cidade

Pág. 3

câmara

17 ou 11?

imPrensa

Como a imprensa comercial se compunha com o bicheiro Carlinhos Cachoeira

Pág. 4-5

um jogo que É Pra lá de sujo

Dilma tem índice de aprovação que chega a 59% de bom ou ótimo

Pág. 2

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2 Barretos

expediente rede brasil atual – barretoseditora Gráfica atitude Ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Aquino José, Enio Lourenço e Lauany Rosa revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008 Tiragem: 6 mil exemplares distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

editorial

O bicheiro Carlinhos Cachoeira continua preso em Brasí-lia, teve um ataque de fúria na prisão, brigou com colegas de cela, xingou um agente penitenciário e até sua mulher, An-dressa Mendonça, tida como a beldade da CPI, enfrenta cons-trangimentos na hora de visitá-lo, visto que ele, Carlinhos Cachoeira, anda estressadíssimo. O senador Demóstenes Tor-res, do Democratas de Goiás, virou um arremedo de político de um lado só – da Justiça –, espécie de escorreito paladino tupiniquim, um homem de elevado estofo ético e moral que acabou cassado pelos seus pares no Senado Federal.

Mas, como perguntar não ofende, vamos lá: o que vai acon-tecer com Roberto Civita, dono da revista Veja, ou com um de seus imediatos, o jornalista Policarpo Junior, diretor da revista em Brasília, que gastam páginas e mais páginas para estampar manchetes que visam deseducar os leitores em relação às ques-tões nacionais? Cachoeira, pasmem, sugeria até a seção da revis-ta em que notas de seu interesse fossem publicadas. A vergonha está contada nas páginas centrais desta edição. Esperamos que satisfaça a volúpia de todos. É isso. Boa leitura!

unifeb realizará vestibularInscrições são feitas pelo site www.unifeb.edu.br

educaÇão

O Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB – realizará o vestibular-2013 em 28 de outubro, das 13 às 18 horas, para 26 cursos de graduação que contemplam as áreas de conhecimento de humanas, sociais, exatas, saúde, agrária e engenha-rias. O campus universitá-rio tem estrutura composta por mais de 100 salas de

aula climatizadas, 80 labora-tórios didáticos e biblioteca com mais de 65 mil títulos de

pesquisa. Mais de 6 mil alu-nos estudam na instituição – 90% deles do Estado de São Paulo. Os cursos de enge-nharia, direito e odontologia estão entre os mais procura-dos na instituição. As inscri-ções para o vestibular-2013 vão de 1º de setembro a 24 de outubro e podem ser fei-tas pelo site <www.unifeb.edu.br>. O valor da inscri-ção é de R$ 30,00.

Presidenta é queridíssimaAprovação lá em cima: 59% acham governo bom ou ótimo

Pesquisa

A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff manteve-se estável, em 77%, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confede-ração Nacional da Indústria (CNI), divulgada no dia 29 de junho. Já a aprovação do go-verno subiu, de 55% para 59% dos entrevistados, que consi-deram o governo bom ou óti-

mo. Ainda segundo o Ibope, 18% dos eleitores desaprovam a maneira de Dilma de gover-nar; 5% não souberam respon-der a esse quesito. Na pesquisa anterior, o percentual de desa-provação era de 19% e variou dentro da margem de erro. O índice dos que consideram o governo “regular” oscilou negativamente de 34% para

32%. Manteve-se estável em 8% o percentual dos que clas-sificam o governo como “ruim ou péssimo”. Dos entrevista-dos, 1% não soube responder sobre a gestão. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 141 municípios.

Homenagem

tiro de guerra comemora dataHomenagem foi também para a mãe de 100 atiradores

O Tiro de Guerra (TG) de Barretos comemorou o Dia da Vitória, que terminou com a Segunda Guerra Mundial, e também homenageou as mães dos 100 atiradores que fazem

o serviço militar este ano. A cerimônia foi na noite de sá-bado, 12 de maio, na sede do TG local, sob o comando do chefe de instrução, subtenente Vanderlei Ribeiro dos Santos.

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3Barretos

câmara municiPal

representatividade no legislativo divide opiniões80% da população quer 11 vereadores, mas parlamento da cidade terá 17 deles em 2013

A representatividade na Câmara Municipal divide opi-niões e provoca polêmica na cidade. Atualmente, o legis-lativo barretense tem 11 ve-readores, mas a Lei Orgânica do Município estabelece 17 cadeiras na próxima legislatu-ra. O vereador Juninho Leite (PTB) – com o apoio de Pau-lo Correa (PR), André Rezek (PMDB) e Guilherme Ávila (PSDB) – quis mudar a Lei Or-gânica, alterando de 17 para 11 vereadores, a partir de 2013. Após passar por comissões, a emenda foi debatida na sessão do dia 7 de maio. Na votação, a proposta obteve seis votos a favor e cinco votos contra. Eram precisos oito votos para a aprovação da emenda.

A opinião pública mobili-zou-se. A Câmara encomen-dou uma pesquisa segundo a

dustrial de Barretos – também fizeram lobby pelos 11 verea-dores e o prefeito Emanoel Carvalho (PTB) engrossou o coro da alteração das vagas.

Contudo, o Partido dos Trabalhadores, a Associação dos Empregados Domésticos e a Associação do Los Ange-les se manifestaram por um Legislativo formado por 17 vereadores. O vereador Fran-cisco de Paula Silva (PT) de-

fende 17 vagas na próxima legislatura. Ele não aceita a argumentação de que o au-mento da representatividade elevará as despesas da Casa com pagamento de salários. “O que vai para o ralo é que causa despesa” – disse. Na tribuna, ele afirmou que vão para o ralo gastos com refor-mas que nunca aconteceram e compra desnecessária de carros.

qual mais de 80% dos cidadãos de Barretos eram favoráveis à manutenção de 11 vereadores. A Associação de Defesa da Ci-dadania conseguiu cinco mil assinaturas num abaixo-assi-nado que pedia a continuidade da atual quantidade de cadei-ras no Legislativo. Contudo, o documento foi protocolado dia

11 de maio, depois de a Câma-ra definir pelo cumprimento da Lei Orgânica – o presidente Juninho Leite ordenou que as assinaturas fossem enviadas à assessoria jurídica da Câmara e à Comissão de Justiça para análise dos procedimentos le-gais. Entidades como a ACIB – Associação Comercial e In-

Favoráveis a 11 vereadores: Juninho Leite (PTB); Gui-lherme Ávila (PSDB); Euripinho (PDT); Paulo Correa (PR); Aparecido Cipriano (PTB); Otávio Garcia (DEM).

Favoráveis a 17 vereadores: Francisco de Paula (PT); Aldemar Juliano; Kiko Miziara (PV); Caio Monteiro de Barros (PP); Leandro Anastácio (PDT).O vereador André Rezek (PMDB), em viagem a China, foi substituído pelo suplente Aldemar Juliano.

votação da emenda

economia popular: chance dos pequenosA Câmara aprovou o

projeto de lei do vereador Francisco de Paula Silva (PT), que estabelece o Pro-grama de Fomento à Eco-nomia Popular e Solidária no município e consiste em atividades de iniciativa po-pular, que geram trabalho e renda – a atividade tem base no trabalho, e não no capital investido. A lei vai dar chance aos trabalhado-res de se organizarem em cooperativas e outras for-mas autogestionárias, o que pode colocar seus produtos no mercado com condições mínimas de igualdade com

limpezaA Câmara aprovou o

projeto da Ficha Limpa do vereador Otávio Alves Garcia (DEM). Agora, fica proibido nomear em cargos de comissão da ad-ministração pública direta e indireta, incluindo a Câ-mara Municipal, alguém condenado por crimes contra a economia popu-lar, fé pública, administra-ção pública e patrimônio, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado. A proibição vai da conde-nação até oito anos após o cumprimento de pena.

as empresas.Sancionado pelo poder

Executivo, o projeto irá contar

com um Fundo de Economia Solidária para oferecer cursos de capacitação, educação, trei-namento e feiras de exposição aos trabalhadores convenia-dos. A perspectiva do verea-dor é que espaços municipais como o Instituto Barretense de Tecnologia (IBT) ou o Recinto Paulo de Lima Côrrea sejam utilizados. Algumas empresas também poderão ser parceiras na cidade: Senac, Sebrae, Sesi, Fiesp, Acib, e universidades locais, autarquias públicas e secretarias do governo como Esporte e Lazer, Cultura, Edu-cação, Promoção Social.

O programa trará divisas

significativas ao município, já que os agentes produtivos estarão alinhados ao concei-to de sustentabilidade. “O município vai se beneficiar dessa rede, pois a geração de emprego e renda, sem influenciar o meio ambiente de forma negativa, construi-rá bases fortes de uma nova ótica de se encarar o mode-lo produtivo e gerará, com o tempo, um senso crítico e mais aprofundado nos con-sumidores e nos agentes, de forma que possam mensurar o valor do trabalho numa cadeia de produção” – con-clui Francisco de Paula.

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4 Barretos

imPrensa

a revista veja, entre corrompidos e corruptores

imprensa comercial se diz independente. será?

As ligações íntimas da Editora Abril com o contraventor Carlinhos Cachoeira Por: Lalo Leal

dizia que “a diretoria atrapa-lhava os negócios da Delta. Foi a mesma operação do episódio dos Correios, que deu origem ao ‘mensalão’. Cachoeira dava os dados, Veja publicava e de-salojava os adversários de Ca-choeira. Assim, ela cumpria o papel de vigilante de desman-dos e fustigava os governos Lula e Dilma, pelos quais nun-ca demonstrou simpatia.”

Basta lembrar a capa de maio de 2006 com Lula le-vando um pé no traseiro, jun-tando grosseria e desres peito. Para não falar de outras, do ano anterior, instigando o im-peachment do presidente da República. O sucesso dos dois governos Lula e os altos índi-ces de aprovação da presiden-ta Dilma Rousseff exacerba-ram o furor da revista.

A proximidade do diretor da sucursal de Brasília com Cachoeira, e deste com o se-nador Demóstenes Torres (ex--DEM-GO), sempre elogiado

Segundo Veja, a “liberda-de de imprensa” estaria ame-açada se o jornalista, ou seu patrão Roberto Civita, fosse depor na Comissão Parla-mentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Na-cional que investiga o caso. Mas, na mesma edição, ela clama por um controle da internet, agastada com as informações sobre seus des-caminhos na rede. A inter-net expôs a relação do trio

Cachoeira-Demóstenes-Veja e uma enxurrada de expressões nada elogiosas levaram a re-vista ao topo dos assuntos no Twitter.

Os principais veículos do país silenciaram ou apoia-ram a relação – exceção fei-ta à Rede Record e à revista CartaCapital. Alguns, como O Globo, tomaram as dores da Editora Abril. O colunista Merval Pereira isentou a re-vista. Em editorial, o jornal

reagiu à comparação feita por CartaCapital entre o dono da Editora Abril e o magnata Rupert Murdoch, punido pela Justiça britânica pelo mau uso de seus veículos de comunica-ção no Reino Unido. A Folha de S.Paulo, também em edito-rial, aliou-se a Veja. Mas sua ombudsman, Suzana Singer, que tem a incumbência de cri-ticar o jornal, disse não saber “se algo comprometedor en-volvendo a imprensa surgirá

desse lamaçal”. Para lembrar em seguida que ao PT inte-ressa com o caso Cachoeira empastelar o ‘mensalão’: “A imprensa não pode cair na armadilha de permitir que um escândalo anule o outro. Tem o dever de apurar tudo – mas sem se poupar. É hora de dar um exemplo de trans-parência.” Contudo, a cober-tura da Folha das relações Cachoeira-Demóstenes-Veja limita-se a notas superficiais.

por Veja, veio a calhar. Até surgirem as gravações da Po-lícia Federal levando a revista a um recolhimento político só quebrado em defesas tíbias de seu funcionário e do que ela chama de “liberdade de im-prensa”. Veja diz-se “engana-da pela fonte”, argumento des-mentido pelo delegado federal Matheus Mella Rodrigues, co-ordenador da Operação Monte Carlo. O policial mostrou que o jornalista Policarpo Junior sabia das relações de Demós-tenes com Cachoeira, mas nunca as denunciou, protegen-do “meliantes”, como resumiu a revista CartaCapital.

De narradora dos fatos, a revista semanal Veja, da Edi-tora Abril, tornou-se perso-nagem da cena política bra-sileira. Gravações feitas pela Polícia Federal, autorizadas pela Justiça, mostram que o contraventor Carlinhos Ca-choeira era mais do que fon-te de informações. Seu rela-cionamento com o diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Junior, permitia que sugerisse até a seção da revista em que notas de seu interesse seriam estampadas. Veja virou instrumento de Cachoeira para remover do governo obstácu-los aos seus objetivos.

Um entrave seria o Depar-tamento Nacional de Infraes-trutura de Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes, que dificultava a atuação da Delta Construções, empresa ligada ao contraventor. Segun-do o jornalista Luis Nassif, a matéria da Veja sobre o DNIT, publicada em junho de 2011,

otavio frias: numa gelada

roberto civita, dono da Veja: unha e carne com cachoeira

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5Barretos

mídia e “mensalão”: tudo a verA ideia de que o caso

Cachoeira desviaria as aten-ções sobre o julgamento do “mensalão” foi alardeada pela mídia. E usada pelo procura-dor-geral da República, Ro-berto Gurgel, para se livrar da acusação de negligência. Ex-plica-se: A PF enviou a Gur-gel a denúncia das relações promíscuas entre Cachoeira e Demóstenes em 2009. Se ele desse andamento à denún-cia, o processo seria público

testemunha de defesa

Em 2005, Policarpo Ju-nior foi a uma CPI testemu-nhar em favor de um bicheiro que se dizia vítima de chanta-gem de um deputado carioca que exigia propina para não colocar seu nome no relató-rio final de uma CPI na As-sembleia Legislativa do Rio. Nenhum jornal nem a ABI alegaram tratar-se de uma in-timidação à imprensa. Uma explicação para a baixa expo-sição de jornais e jornalistas a investigações está no poder

de interferência dos grupos midiáticos na política eleito-ral. Exemplo clássico vem da viúva do dono da Globo sobre o governo Collor: “O Rober-to colocou-o na Presidência e depois tirou. Durou pou-co. Ele se enganou” – disse dona Lily no lançamento do livro Roberto & Lily, em 2005. A ação não foi isola-da. Globo e Veja demoniza-vam Lula para derrotá-lo, em 1989. E exaltavam o jovem “caçador de marajás”.

congresso tem autonomia para chamar quem quiserA presidenta da Asso-

ciação Nacional de Jornais (ANJ), que representa os do-nos de veículos, Judith Bri-to, fez oposição ao governo Lula, assim como o Instituto Millenium, que reúne articu-listas, jornalistas e patrões da imprensa – o instituto faz eventos para afinar a sua co-bertura. Em um deles esta-vam Roberto Civita (Abril), Otavio Frias Filho (Folha) e Roberto Irineu Marinho (Globo). Vários desses cola-boradores escrevem e falam,

por exemplo, contra as cotas raciais nas universidades, cri-ticam a política econômica dos governos Lula e Dilma, discordam da política externa brasileira e fazem campanha contra a CPMI de Cachoeira.

Cabe lembrar a observação do jornalista Mino Carta so-bre a peculiaridade brasileira de jornalista chamar patrão de colega. Com isso diluem-se in-teresses de classe e uma difusa “liberdade de imprensa” é uti-lizada para encobrir contatos suspeitos. Até entidades como

a Associação Brasileira de Imprensa, por seu presidente, Maurício Azêdo, confundem as coisas. Em depoimento ao programa Observatório da Im-prensa, da TV Brasil, Azêdo não admite a ida de jornalis-tas à CPMI para prestar de-poimentos, sob a alegação de intimidação ao trabalho jorna-lístico, mas condena a promis-cuidade de alguns profissio-nais com fontes próximas ou ligadas ao crime. No mesmo programa, o professor Venício Lima ressaltou o impacto das

escutas ilegais do jornal News of the World sobre as relações mídia-sociedade na Inglaterra. “Levou Murdoch (o dono do jornal) e seus jornalistas a de-por na Comissão de Esportes, Mídia e Cultura da Câmara dos Comuns e na Comissão Leveson, que tem caráter de inquérito policial.” Isso não ameaçou a liberdade da im-prensa britânica.

Aqui, ninguém está imune a convocações para prestar depoimento no Congresso Na-cional. À Record, o presidente

da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), foi di-reto ao ponto: “Todos devem ser investigados no setor pú-blico, privado e na imprensa. Sem paixões e sem arrou-bos. Descobriremos muitas coisas quando forem feitas as quebras de sigilo – o fis-cal, por exemplo. Devemos apoiar a liberdade de expres-são. Mas não podemos con-fundi-la com organização criminosa. Para o bem da sociedade e da própria liber-dade de expressão”.

apenas três vezes na históriaA CPMI começou em maio

e tem seis meses para concluir as apurações. Mas não mostra ânimo de convocar o jornalis-ta de Veja e seu patrão. A hipó-tese é a de que o PMDB seria sensível ao lobby da mídia por uma blindagem e não seria ar-ranhado com a exposição de seus políticos a investigações. E o PT, concorrente por espa-ço no governo, não capitaliza-ria os resultados.

A concentração em pou-

cos grupos nacionais e trans-nacionais deu poder à mídia. Governos e instituições pú-blicas viram reféns dos meios de comunicação e temem en-frentá-los. Apenas três vezes na história veículos de comuni-cação foram alvo de CPIs. Em 1953, o dono do Última Hora, Samuel Wainer, sugeriu ao pre-sidente Getúlio Vargas que seu jornal fosse investigado quanto às operações de crédito manti-das com o Banco do Brasil. Dez

anos depois, o Instituto Brasilei-ro de Ação Democrática (Ibad) foi acusado de ter ligações com a CIA – o instituto alugou, num período pré-eleitoral, o jornal A Noite do Rio, para colocá-lo a serviço da oposição ao presi-dente João Goulart. E em 1966 houve investigação sobre uma operação de US$ 6 milhões entre a Globo e o grupo Time-Life, que acabou com o império dos Diários Associados de As-sis Chateaubriand.

e comprometeria a eleição de Demóstenes ao Senado, de Mar-coni Perillo (PSDB) ao governo de Goiás e de gente suspeita de servir a Cachoeira. Gurgel não explicou por que segurou o

processo. Respondeu às acu-sações dizendo que as denún-cias partiam dos envolvidos no “mensalão”, temerosos diante da iminência do julgamento no qual ele será o acusador.

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6 Barretos

festival

a música ventre de deus é a moda caipira campeãDupla Célio e Nando interpreta canção de Edilson Faria e ganha o 29ª Violeira Rose Abrão

A música Ventre de Deus, composta por Edilson M. Fa-ria (João Miranda) e inter-pretada pela dupla Célio & Nando, de Jaú, venceu a 29ª Violeira Rose Abrão, na noite

de 1° de julho, no Espaço Ber-rantão, no Parque do Peão. Os vencedores ganharam R$ 12 mil e o direito de interpretar a canção no dia 26 de agosto, no Estádio de Rodeios, no encer-

ramento da Festa do Peão de Barretos.

Ao todo cinco duplas foram premiadas no concurso, tota-lizando o valor de R$ 30 mil, maior premiação do segmento. As duplas participaram das três classificatórias da Violeira, em Ariranha, Barretos e Matão, e receberam ajuda de custo de Os Independentes, grupo que organiza a Festa do Peão, em Barretos. O festival de viola caipira foi viabilizado pelo Pro-grama de Ação Cultural (Pro-AC – ICMS), da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, patrocinado pela Usina Guarani e realizado em parceria com a Associação de Gestão Cultural do Interior Paulista (AGCIP).

o caipira PiraporaRenato Teixeira emo-cionou o público com um show de excelen-te qualidade musical, encerrando a noite da Violeira 2012. O músico, compositor de canções que são verdadeiros hinos da música caipira como

Romaria, Amanheceu e Peguei a Viola, disse estar honrado em participar de um evento que apoia a cultura caipira e a música de raiz. “É muito importante a existência desse festi-val até para os músicos trocarem informações e melhorarem a qualidade de suas apresentações. O fato de o concurso ser em Barretos é emblemático, pois prova que a cultura de raiz está presente numa cidade tão importante para a música ser-taneja” – frisou ele.

religião

dado stuart é o autor do novo brasão da dioceseArtista plástico cujo nome é Geraldo José Rodrigues, de 59 anos, vence concurso cultural

bispado. A cruz de Jerusalém revela o espírito missionário e as quatro cruzetas representam os quatro evangelhos, as quatro regiões pastorais e as quatro prioridades pastorais eleitas na Assembleia Diocesana de Pas-toral, em 2008. Na heráldica

eclesiástica, os brasões para as dioceses trazem, necessa-riamente, a cruz processional à direita e o báculo à esquer-da pousados sob o escudo em forma de cruz de Santo André, timbrando o conjunto com a mitra e a estola.

o hino do jubileuMarco Donisete de Campos, da cidade de Olímpia (SP), e Daniel de Angeles Augusto Pereira, de Arealva (SP), são os autores vencedores do Hino Comemorativo pelo Jubileu de 40 anos da Diocese de Barretos. O hino teve inspirações nos lemas episcopais dos cinco bispos diocesanos, nas Diretri-zes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, em escritos espirituais de Santo Inácio e em passagens bíblicas.

Dado Stuart recebeu mil reais de prêmio. Foram 25 projetos inscritos no total. O brasão escolhido será utilizado para identificar a Diocese de Barretos como uma instituição religiosa, reconhecida pela sua im-portância para a fé católica e a vida pastoral dos fiéis dos 13 municípios que com-põem o bispado. O projeto venceu por orientar-se nos princípios da heráldica e por ter se inspirado em fa-tos históricos, culturais e religiosos relacionados ao contexto missionário.

brasão simbolizam, segundo o autor, o amor ao próximo e o fogo da caridade. A figura dis-tintiva e emblemática do Di-vino Espírito Santo não faltou no brasão escolhido. Por meio da figura de uma pomba, o Di-vino Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trinda-de, é o padroeiro diocesano.

Na faixa axadrezada, carac-terizada por quadrados de co-res alternadas que simbolizam os opostos –, o bem e o mal, a guerra e a paz, a noite e o dia, a riqueza e a pobreza, etc. – e os 13 quadrados vermelhos são os 13 municípios da jurisdição do

O escudo tem o formato clássico terciado por faixa de vermelho e prata e obedece às regras heráldicas. O metal prata e o esmalte vermelho do

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7Barretos

futebol

africanos vieram ser profissionais. estão na várzeaJogadores foram abandonados por empresário que os trouxe a Barretos

Sonhando em ser atletas profissionais de futebol, cin-co jogadores africanos vieram atuar no Barretos Esporte Clu-be, há mais de dois anos. Mas eles dizem que não fizeram contratos por falta de docu-mentos. E alegam terem sido abandonados pelo empresário. O grupo está desde o ano pas-sado no campeonato varzeano, defendendo a camisa do Vila Diva. A diretoria ajuda na ali-mentação e paga o aluguel da pequena casa onde moram, no bairro América. Os camarone-ses Nokwe Enongene Ekane, 19 anos; Armand Guientsing, o Picapau, 20 anos; Orlan Christekl Ndoumbang Nya-

ganados pelo empresário, que os deixou “na mão”, eles gos-tam muito do país.

O artilheiro Armand “Pi-capau”, autor de sete gols na temporada, diz não estar sa-tisfeito com a vinda ao Brasil pois, embora admire o nosso futebol, “não virou profis-sional”. Para sobreviver, ele faz serviços gerais no Ran-cho do Peãozinho, no Parque do Peão. Wabo Wanda, que já marcou 3 gols pela equipe varzeana, sonha ainda em se tornar atleta profissional. Ele trabalha numa empresa de for-ros da cidade. Nokwe Enon-gene Ekane, dois gols pelo Vila Diva, mantém a forma

no time amador. Ele trabalha numa empresa que processa látex para fabricação de bor-racha e tem a mesma espe-rança de Wanda. Sua maior dificuldade de adaptação por aqui foi a língua portuguesa. Já o lateral esquerdo Amadi Wisaon, quatro gols na tempo-rada pelo Vila Diva, defendia a seleção sub-17 da Nigéria. O jogador confessa ter saudade de seu país e fala sempre por telefone com sua família. Ele admite voltar à Nigéria, mas falta dinheiro para o transpor-te. Como Orlan, ele vive de bicos ocasionais e agradece a ajuda da diretoria do time do Vila Diva.

lans, 21 anos; Wabo Wanda, 20 anos; e o nigeriano Amadi Wisaon, 19 anos, amargam o insucesso no futebol profissio-nal, mas ainda sonham com

a oportunidade de jogar em algum time de destaque. Eles confessam ter vindo ao Brasil em busca de uma chance no futebol. Embora se sintam en-

barretos ficou em 6º lugar nos jogos de bebedouroCidade garantiu vaga para os Jogos do Interior, que serão realizados em novembro, em Bauru

jogos regionais

Barretos ficou em 6º lu-gar na classificação geral dos Jogos Regionais de Be-bedouro e conseguiu vaga para os Jogos Abertos do Interior, em novembro, em Bauru. A delegação bar-retense contou com 380 atletas, que disputaram 34 modalidades da Primeira Divisão. Nos esportes co-letivos, conseguiram meda-lhas de ouro o basquetebol feminino, o handebol mas-culino e a malha. Medalhas de prata foram conquista-das pelo basquetebol e tê-nis masculino. Medalhas de bronze foram obtidas pelo voleibol feminino e

pelo tênis de mesa, handebol e xadrez masculino. Damas misto, futsal e judô masculi-no ficaram em 4º lugar. A 5ª colocação foi alcançada pelo atletismo, futebol e judô femi-nino, atletismo e natação PCD (portador de deficiência físi-ca), biribol, ginástica rítmica, natação e voleibol masculino. Em 6º lugar ficaram atletismo masculino e xadrez, natação e vôlei de praia feminino. O karatê masculino ficou em 7º lugar. Ciclismo e vôlei de praia masculino alcançaram o 8º lugar.

Vários atletas barreten-ses se destacaram nos Jogos Regionais. No atletismo, 400

metros sem barreira, Juliana Aparecida Santos obteve o 3º lugar; enquanto o 2º lugar fi-cou para Fabrícia Aparecida Pereira, nos 800 m rasos. No judô, Gabriela Ferreira. Karol Gimenez, Tiago Leal e Gusta-vo Soares ficaram em 1º lugar; Michely Batista foi a segunda colocada na categoria ligeiro e Karil Priscila foi vice-campeã no meio médio; terceiros luga-res foram obtidos por Gustavo Soares, no superligeiro, e Tia-go Leal, no meio médio.

O Jiu Jitsu obteve primei-ros lugares na faixa azul, 70 quilos, com Vinícius Mathias; 90 quilos, com Lincoln Puig; 2º lugar acima de 90 quilos,

com Luciano Costa; e na fai-xa roxa, 1º lugar até 90 qui-los com Luciano Ribeiro. O Atletismo PCD obteve, com o atleta Wesley Nascimento Silva, 2º lugar no arremesso de peso e 1º lugar no arremes-so de disco. A natação PCD

conseguiu o 1º lugar nos 50 metros livre e o 2º lugar nos 100 metros livre com o atleta Caio Cesar Ferreira, informou o professor Ser-gio Luis Fernandes, que acompanhou a delegação barretense.

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Page 8: futebol Pesquisa várzea de luxo · 2020-03-19 · Jornal Regional de Barretos barretos nº 12 Julho de 2012 tribuição a Africanos vieram jogar no Barretos Esporte Clube, mas brilham

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foto síntese – tiro de guerra

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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

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Palavras cruzadas

ApARtAmENtotoRApsERRpARABARAtRIBulARIpANumERICoAoRAAmENolAGoRACRHomEmNAtEAtoNAHAREmRosCAIsE

Horizontal – 1. Cada uma das unidades residenciais, em prédio de habitação coletiva 2. Grande tronco de madeira 3. sigla de Roraima; Estado brasileiro onde fica uma parte da Floresta Amazônica; Botequim 4. Causar tribulação, afligir 5. Instrumento manual, usado para cavar ou remover terra e outros materiais sólidos; Relativo a número 6. Adv. (ant.) Agora; suave 7. Imediatamente, já; Clube do Remo 8. o ser humano, a humanidade; Designa um tempo limite em que alguma coisa, evento etc. termina ou deve terminar 9. sílaba que não tem acento tônico; parte do palácio de um sultão muçulmano onde ficam as mulheres 10. sigla do Estado de Rondônia; Despenca; Igreja episcopal

vertical – 1. Causar algum tipo de impedimento ou perturbação 2. porta, de madeira ou de ferro que, a partir da rua, dá acesso a um jardim público ou a uma casa, edifício etc.; Nome de famoso treinador brasileiro de futebol, de sobrenome Glória 3. Atmosfera; Galho 4. série ou conjunto de roubos (plural) 5. Ghraib, famosa prisão iraquiana; país situado na extremidade oriental da península Arábica; 6. Colocar em posição reta e vertical 7. República parlamentar federal de dezesseis estados cuja capital é Berlim 8. sigla do Estado do Espírito santo; medida agrária; Gemido 9. Entreter-se, distrair-se 10. Chá, em inglês; pessoa que mostra cortesia, amabilidade, gentileza 11. Curso de água doce, letra anterior ao ene

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