jornal brasil atual - barretos 10

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Jornal Regional de Barretos www.redebrasilatual.com.br BARRETOS nº 10 Abril de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Abril é mês do Desafio Internacional de Motocross em Barretos Pág. 7 MOTOS É RADICAL Oscar Guilherme, um professor que adora o que faz Pág. 6 MESTRE HOMEM DO CIRCO Sindicato dos Bancários lança manual sobre sistema financeiro Pág. 2 CARTILHA BELAS DICAS PANELA DE PRESSãO Câmara, lotada, assistiu a vitória dos panfletos sobre o vereador Paulo Corrêa Pág. 3 O DUELO DAS GRáFICAS Beber e dirigir é uma das principais causas de acidentes de trânsito COMPORTAMENTO MORTES BESTAS

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Page 1: Jornal Brasil Atual - Barretos 10

Jornal Regional de Barretos

www.redebrasilatual.com.br barretos

nº 10 Abril de 2012

DistribuiçãoGratuita

Abril é mês do Desafio Internacional de Motocross em Barretos

Pág. 7

motos

é radical

Oscar Guilherme, um professor que adora o que faz

Pág. 6

mestre

homem do circo

Sindicato dos Bancários lança manual sobre sistema financeiro

Pág. 2

cartilha

belas dicas

Panela de Pressão

Câmara, lotada, assistiu a vitória dos panfletos sobre o vereador Paulo Corrêa

Pág. 3

o duelo das gráficas

Beber e dirigir é uma das principais causas de acidentes de trânsito

comPortamento

mortes bestas

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2 Barretos

expediente rede brasil atual – barretoseditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Aquino José e Enio Lourenço revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008 Tiragem: 6 mil exemplares distribuição Gratuita

editorial

Uma dupla diabólica no trânsito, a bebida e a direção, re-vela-se cada vez mais perigosa nas ruas e estradas do Estado de São Paulo. Os registros de acidentes não param. As mortes banais são absurdas. Os hospitais públicos veem-se cada vez mais cheios de pacientes que dão entrada por causa de batidas e atropelamentos. Nem os pedestres escapam também de ser os causadores de muitos acidentes, segundo o Ministério da Saú-de. Para o condutor que dirige bêbado, a pena é pra lá de leve: quatro anos de prisão e o pagamento de uma multa. O pior é que a arrogância dos motoristas, armados de um carrão e dessa impunidade inaceitável, agrava mais esse cenário devastador.

Uma outra medida, essa de boa cepa, é a iniciativa do deputado estadual Luiz Claudio Marcolino que viabilizou R$ 150 mil reais para a Santa Casa de Barretos, que serão usados na compra de instrumentais para o Centro Cirúrgico. Outra coisa, esta de má estirpe, é a briga dos donos de far-mácia com os farmacêuticos – os proprietários acham caro manter um profissional o tempo todo nos estabelecimenos –, que acaba privando a população de obter um remédio à noi-te. A situação, assim como em Barretos, é praticamente igual pelo Estado todo. Ainda há uma salutar leitura sobre as artes circenses, levada a cabo pelo professor Oscar Guilherme, que beira os 70 anos. Parabéns a ele. É isso. Boa leitura.

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

Um espectador cartilha

Para você escolher um bancoSindicato dá dicas para usuários de agências bancárias

emenda

deputado consegue verbaDinheiro vai para a Santa Casa de Barretos

O Sindicato dos Bancários de Barretos e Região lançou, em 15 de março, no Dia do Consumidor, um manual com orientações para os usuários das agências. A publicação tem o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Con-traf), do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), da Federação dos Trabalhado-res em Empresas de Crédito (Fetec), da Rede Brasil Atual, da Polícia Militar, da Dele-gacia Seccional de Polícia de Barretos, da Câmara Muni-cipal de Barretos, do Procon Municipal e do Ministério Pú-blico de Barretos. A cartilha, com tiragem inicial de 5 mil exemplares, está sendo distri-

buída na cidade e pode ser en-contrada na sede do Sindicato, na esquina da Rua 18 com a Avenida 13.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Marco Anto-nio Pereira, informa que o ma- nual traz informações concisas e claras, que permitem ao usuá- rio do sistema financeiro co-

nhecer os serviços e, portanto, fazer as escolhas mais apro-priadas, além de identificar seus direitos e os mecanismos que os garantem. Ele assegura que a publicação representa “a va-lorização do trabalho bancário, que não se resume à venda de produtos dos bancos, mas cons-titui a prestação de um serviço que altera vidas, pois lida com patrimônio, muitas vezes cons-truído com esforço e sacrifício”. Marco Antonio ressalta que o manual não esgota o problema: “Existem outras medidas que a sociedade precisa exigir, como uma nova legislação para regu-lamentar o artigo 192 da Cons-tituição Federal, que garanta transparência ao sistema e aces-so ao crédito”.

to à população. “Tínhamos urgência do material e a ver-ba veio em boa hora” – disse ele ao agradecer a ação do deputado petista. Marcolino, por sua vez, enfatizou que a saúde deve ser a prioridade na gestão pública. “Se a po-pulação não está bem, nada estará bem. Priorizar a saúde e os servidores da saúde é o mínimo que deve ser feito” – disse ele.

Uma emenda parlamen-tar do deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT) viabi-lizou R$ 150 mil para a Santa Casa de Barretos. A liberação de recursos foi um pedido do presidente do Sindicato dos Bancários, Marco Antonio Pe-reira. O provedor Luis Carlos Diniz Buch disse que o dinheiro será aplicado na compra de ins-trumentais para o Centro Cirúr-gico, melhorando o atendimen-

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Panela de Pressão

rancho do PeãoZinhocomércio

gráficas vencem guerra e panfletos continuam

incêndio destrói berrantinho difícil de achar

Por 8 a 2, projeto do vereador Paulo Corrêa foi reprovado na Câmara

Lugar recebe 70 mil turistas todos os anosNão há mais farmácias 24 h

A Câmara Municipal de Barretos rejeitou o projeto do vereador Paulo Corrêa (PR), que pretendia regulamentar a distribuição de panfletos na cidade. A pressão de patrões e funcionários de gráficas e distribuidoras provocou a não aprovação do projeto por 8 vo-tos a 2. Na sessão do dia 12, o movimento contra o projeto lo-tou a galeria da Câmara, usan-do nariz de palhaço, faixas e até letra de música. A reunião foi paralisada algumas vezes e o

Um incêndio no dia 21 de março destruiu um galpão de madeira conhecido como Berrantinho, no Rancho do Peãozinho, no Parque do Peão. O fogo consumiu o telhado e abalou as estrutu-ras. Uma brigada do Parque realizou o primeiro combate ao incêndio, debelado pelo Corpo de Bombeiros. Dois caminhões da Usina Guarani auxiliaram no trabalho. As causas do incêndio não fo-ram esclarecidas. Suspeita-se que o fogo começou na fiação elétrica. O barracão de eventos infantis, utilizado na Festa do Peão, ocupava área de 1.500 m². Concursos para crianças e adolescentes, shows mirins e danças estão entre as atividades do local. A Associação Os Indepen-

público foi advertido para não se manifestar durante os discur-sos dos vereadores. A Polícia Militar foi chamada para acom-panhar a sessão enquanto a situ-ação estava tensa. Os empresá-rios do setor estavam dispostos a discutir formas de disciplinar a distribuição dos folhetos nas residências e comércios da cidade. Contudo, não houve acordo entre as partes.

A ação coordenada dos ma-nifestantes produziu um fato raro no Legislativo. Quando

Paulo Corrêa tentava justifi-car seu projeto e as emendas apresentadas, parte da galeria permaneceu em silêncio e vol-tou-se de costas para a tribuna até o encerramento da fala do vereador. Definida a votação, os manifestantes deixaram a Câmara. A maioria dos pan-fletos é distribuída na cidade por oito empresas e produzida por sete gráficas. Muitos mo-radores reclamam da sujeira provocada pelos anúncios de lojas em seus quintais.

dentes, proprietária do Parque do Peão, deve reconstruir o galpão nas próximas semanas.

O Rancho do Peãozinho, com 25 mil m², recebe 70 mil visitantes por ano. O espaço, além do Berrantinho, alusão à casa de eventos Berrantão, abri-ga ainda minifazenda, zoológi-

co e tem área para rodeios em carneiros e júnior, além de edificações para outras atividades de educação, cultura, saúde e artesanato. O local estava fechado. As atividades ocorrem durante a Festa do Peão, na segunda quinzena de agosto.

manifestantes dão as costas no discurso de Paulo corrêa

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Os barretenses que precisam de farmácia na madrugada não encontrarão uma aberta. Há um mês, a fiscalização do Conselho Regional de Farmácia (CRF) no período noturno flagrou vá-rias delas desrespeitando uma lei federal que prevê a presença de um farmacêutico em tempo integral enquanto permanecer aberta. Na madrugada, a ausên-cia do farmacêutico era crítica.

Segundo o diretor do CRF, Gilmarcio Zimmermann, o órgão exige dos donos o cum-primento da lei, o que não ocorria. O empresário da rede de farmácias Drogadada, Luiz Carlos Silva, o Marreta – dono de uma rede que abria de ma-drugada –, diz que o proble-ma é a falta de farmacêuticos para trabalhar da meia-noite às 6 h. Zimmermann, que tam-bém é professor do curso de Farmácia do Centro Universi-

tário Educacional de Barretos (UNIFEB), discorda da falta de profissionais e relembra que a universidade gradua 60 profissionais por ano, além dos formados por outras universi-dades da região. O diretor do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Ely Camargo, diz que “os empre-sários não pagam o piso da ca-tegoria e não dão condições ao trabalho para o período notur-no, como a presença de segu-rança”. O fechamento das far-mácias nas madrugadas gera transtornos aos cidadãos. É o que diz a farmacêutica Daniela de Oliveira Silva: “o sofrimen-to do povo é crucial. Ficamos sabendo do caso de uma crian-ça de três anos que precisou de medicamento no meio da madrugada, mas seu pai espe-rou até a parte da manhã para poder comprar”.

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comPortamento

beber e dirigir, uma das causas de acidentes de trânsito

ministério da saúde: “os pedestres causam acidentes”

A arrogância de alguns, armados de um carrão e da impunidade, agrava mais o cenário Por Andrea Dip

Um copo de cerveja em uma das mãos, a chave do carro na outra é uma combinação explo-siva. Num bar da Barra Funda, em São Paulo, um grupo de ami-gos comemora. A maioria está de carro, todos bebem. “Não existe essa história de motorista da ro-dada, isso é balela. A gente sabe que é errado, que tem a Lei Seca, mas cada um volta para casa no seu carro” – diz um deles.

Uma mulher conta com a aparência do carro para não ser parada nas fiscalizações. “Carro bacana ajuda a passar pela polí-cia.” Um amigo acha a lei muito

bebida e direção, uma dupla muito perigosa e que se junta quase sempre

o atropelamento é outra causa de morte no trânsito

Pesquisa do Ministério da Saúde sobre os acidentes de trânsito analisou 1.248 víti-mas de seis capitais, das cin-co regiões do país. O atrope-lamento foi o segundo maior registro de casos em Manaus, Brasília e São Paulo. Nas fai-xas etárias extremas, ele ficou em primeiro lugar, atingindo 52% das vítimas com mais de 60 anos e 47% até 9 anos.

“O atropelamento é uma causa de morte no trânsito. E quando o pedestre está alcoo-

Saúde, o Brasil vive uma epi-demia de acidentes de carro e moto. Em 2010 o país teve mais de 145 mil internações no Sis-tema Único de Saúde (SUS). Quatro em cada dez mortes ti-veram em comum a presença do álcool. Um jovem declara, com o copo de chope na mão: “Hoje os carros têm freio ABS e airbag e a gente se sente bem mais seguro para dirigir, mesmo depois de beber”. Mas o que aconteceria se ele atropelasse uma pessoa que não possui freio ABS nem airbag? Ele responde: “A gente paga fiança e sai”.

Pena para condutor bêbado: 4 anos de prisão e multaO suspeito de embria-

guez não é obrigado a soprar o bafômetro. Levado à dele-gacia, o motorista paga mul-ta e é liberado. Esse é o pro-blema da Lei Seca, segundo Mauricio Januzzi, presidente da Comissão de Direito do

Trânsito da OAB São Paulo. Januzzi aponta a falta de fisca-lização como motivo para a lei não ser levada a sério. “O ideal seria que, com a polícia, agis-sem agentes de saúde, para de-tectar quando o motorista está alcoolizado” – diz ele.

Para o advogado, é “balela” o projeto do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) – ainda não aprovado na Câmara – que prevê pena de até 16 anos de prisão para quem causar aci-dente alcoolizado. “O projeto peca pela pena, muito alta, que

fere o princípio da proporcio-nalidade. Januzzi sugere um novo projeto de lei popular que confere maior rigidez à lei vigente. No site <www.naofoiacidente.org> ele pede assinaturas para levá-lo ao Congresso Nacional. A nova

lei acaba com a multa para quem dirige embriagado, altera as penas, pede exame clínico feito pelo médico para servir de prova da em-briaguez do condutor, sem a necessidade do bafômetro ou do exame de sangue.

lizado, ele não tem condição de avaliar a distância e a ve-locidade dos veículos” – diz a coordenadora da pesquisa, Ana Glória Melcop.

Segundo Carlos Salgado, da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a impunida-de e a desinibição produzida

pelo álcool são responsáveis pela falta de percepção de ris-co e intransigência ao volante. Ele as compara às pessoas que fazem sexo sem camisinha.

Para o sociólogo Juracy Amaral, da Pontifícia Uni-versidade Católica de Minas Gerais, o problema é cultural. “A cultura brasileira incentiva o exibicionismo e a ostenta-ção de poder e permite a al-guns agir como se fossem mais iguais que os outros” – obser-va. “Quem se julga mais ‘cida-

dão’ é quem pratica indelicade-zas no condomínio onde mora, no local onde trabalha, estuda e se diverte. Amaral discute o paradoxo em relação à bebida: “O incentivo à bebida é cons-tante e o boteco é apontado nas propagandas como lugar de di-vertimento. Isso envolve inte-resses econômicos poderosos. Então, em vez de tentar coibir a bebida, talvez fosse o caso de o poder público investir em ativi-dades culturais que não depen-dam do álcool”.

radical. “Uma ou duas latinhas de cerveja não mudam o estado da pessoa.” Ele aponta a falta de

transporte público nas madru-gadas como um dos problemas: “Táxi é caro e ainda é cobrada

bandeira 2. A gente prefere gastar esse dinheiro no bar” – conclui.

Segundo o Ministério da

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lei muito mal elaborada

com remorso, motorista quer endurecimento da lei

“Está na Constituição e é uma segurança que o cida-dão tem de se defender.” O advogado criminalista Ser-gei Cobra Arbex não concor-da que o direito de uma pes-soa de não provocar provas contra si seja desqualificado. “A confissão forçada sob tortura é uma maneira de au-toincriminação: ‘Assina aí, senão você vai ser prejudi-cado’, ‘assina, senão a gente vai colocar sua mulher no processo’, ‘faz o bafômetro, senão vai ser preso’.

Arbex acha a lei mal ela-borada. Ela estabelece o cri-

Maurício já esteve do outro lado do volante. Há dez anos, dirigia embriagado e se envol-veu em um acidente que cau-sou a morte de uma pessoa. “Era Quarta-Feira de Cinzas. Eu voltava de uma festa com o dia claro. Estava bêbado e com sono. Deixei os amigos em casa e não me lembro de mais nada.” Maurício acordou no hospital, só de bermuda, sem saber onde estava ou o

que havia acontecido. “Per-guntei à enfermeira. Ela disse que eu me envolvera em um acidente e tinha sido levado ao hospital só com a roupa do corpo.” Maurício ligou para a família e soube o que acon-tecera. “Meu carro bateu em outro, 15 quilômetros depois da entrada da cidade onde eu estava. Os dois veículos se incendiaram. Algum tempo depois, fui informado de que

a mulher que estava no outro carro morrera em decorrência do acidente. Chorei muito. É horrível pensar que causei so-frimento para uma família e poderia ter causado a mesma dor a meus pais e meu filho por uma besteira.” Maurício responde a processo e é a fa-vor do endurecimento da lei, “para que as pessoas não co-metam o mesmo erro, de achar que não acontece com elas”.

um peso absurdoRafael Baltresca perdeu

a mãe e a irmã atropeladas por um homem bêbado, em setembro. Elas saíam de um shopping em São Paulo e foram prensadas contra o muro. Morreram no local. O homem ficou detido por duas semanas e foi liberado sem pagar fiança, porque apresentou atestado de po-breza. “Meu pai faleceu há sete anos, eu morava com elas.” Rafael lamenta: “Não há um caso no Brasil em que a pessoa fique presa depois de matar alguém por dirigir embriagada. Geralmente ela

é indiciada por homicídio culposo, sem a intenção de matar. E paga a culpa doan-do cestas básicas ou pintan-do muros da comunidade” – critica.

tério da dosagem alcoólica, e não do estado de embriaguez. “A legislação anterior dizia es-tado de embriaguez, ou seja, era um conceito mais abran-gente.” O advogado admite que a lei atual traz uma efici-ência na parte administrativa,

porque a recusa ao bafômetro pode levar à perda da habili-tação, mas “torna míope” o processo penal, porque sem o bafômetro não há provas. “Para aquele que bebe todo dia, o bafômetro não é limite; ele continua bebendo, cor-rendo com seu carro e pondo em risco a coletividade.”

A fiscalização por meio de blitz com grandes con-tingentes de policiais milita-res também é criticada pelo especialista. “É o princípio invertido de que todo mun-do é criminoso até prova em contrário.”

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Rede

uma nova comunicação Para um novo brasil

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mestre

nos Predinhos

oscar guilherme, o professor das artes circenses

vem aí a semana do circo

Ele vai fazer 70 anos, mas não larga o picadeiro. “Aprendo todos os dias com a garotada”

Vai ser uma baita festa, de 26 a 30 de março

Diariamente, Oscar Gui-lherme, de 69 anos, deixa o Alto Sumaré e atravessa a ci-dade até os Predinhos, onde é professor da garotada no Cir-co Escola. “Todo dia aprendo com eles alguma coisa nova. É uma troca constante. Eu ensino e aprendo” – diz o emocionado mestre que já foi dono de circo e hoje repassa o que aprendeu.

Criança, Oscar morava nas proximidades da Capela de Santos Reis, na Avenida 9, e ia sempre aos circos que eram instalados no terreno da esqui-na da Rua 4 com a Avenida 13.

Trapezistas, acrobatas, palhaços, contorcionistas, malabaristas, mágicos, equi-libristas, pernas-de-pau, en-fim, artistas aprendizes de várias modalidades circenses estão entre as estrelas da Se-mana do Circo, que vai ocor-rer entre os dias 26 e 30 de março, embaixo da lona da escola instalada nos Predi-nhos. Os espetáculos serão às 9 h e 15 h. Eles vão ho-menagear Abelardo Pinto, o palhaço Piolin, pioneiro na introdução do circo nas artes cênicas no século passado, nascido dia 27 de março.

O Circo Escola é um pro-jeto da Secretaria Municipal de Educação e está instalado na Avenida Abado Dhaer, no Conjunto Habitacional

mÚsica

rock na praçaBandas debatem produção local

A Praça Conselheiro Antônio Prado, conhecida como “Pracinha da Esta-ção”, foi palco da etapa bar-retense do “Grito do Rock”, de 9 a 11 de março. O evento foi organizado pelo Coletivo Cultural Gema Genérica e reuniu bandas que apresen-taram composições autorais. Também foi realizado um debate sobre os novos pa-radigmas das políticas para a cultura, envolvendo pro-dutores locais. A queda do

Seu pai, Sebastião Guilherme, era amigo do médico e folclo-rista Wilson Palma da Rocha. E o doutor tentava convencer o genitor a deixar o menino “via-jar” com circo. Aos 12 anos, Oscar fugiu com o Circo Aires, de Ivonete Aires – companhia que já encerrou suas atividades. De circo em circo, ele acabou virando proprietário do Roma-nique, que hoje é de sua filha Ecinele Aparecida Guilherme.

O tempo passou e o circo mudou muito. Oscar diz que a cobertura dele, atualmente, dura até 30 anos, bem diferen-

te do tempo em que as intem-péries corroíam a lona. Afora isso, suas principais atrações passaram também para a te-levisão, como a música, por exemplo. E o que havia de teatro virou novela. Isso, po-rém, não quer dizer que Oscar Guilherme seja saudosista. Ele vive o momento atual e está feliz por descobrir novos talentos e colaborar na manu-tenção de um sonho de crian-ça por meio da escola de circo. “Todo dia, sou novo de novo” – costuma dizer ao se encon-trar com os alunos.

Newton Siqueira Sopa, onde ficam os Predinhos. “Ele vai funcionar das 7h30 às 16h30 e atender 350 crianças e adoles-centes entre 6 e 17 anos, que frequentam a rede escolar. As aulas serão gratuitas” – infor-ma a encarregada do projeto Rozemary Carvalho Pereira de

Souza, 28 anos. Além das artes circenses, a garotada terá à disposição a prática de futebol e jazz clássico, que ajudam na postura e na ex-pressão corporal. Às terças e quintas-feiras, das 19 às 21 horas, haverá atividades vol-tadas só para as mulheres.

mercado fonográfico e o au-mento dos festivais autorais estiveram na pauta das dis-cussões. Exposição de traba-lhos de artes visuais, teatro e grafitagem foram algumas ações culturais presentes ao encontro de cultura alterna-tiva. A banda barretense de garagem Huis Clo deu um show no Grito do Rock, rea- lizado em frente a Estação Cultura. E o grupo Guerrei-ros da Luz mostrou no palco a cultura hip-hop.

circo escola: bruno lima, demonstração em tecido

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judÔmotos voadoras

Pronta pra lutadesafio internacional de freestyleKarol é reserva na seleção

As manobras radiciais no Parque do Peão

A judoca Karol Gime-nes, 63 quilos, é a primeira reserva da seleção brasileira juvenil que se prepara para disputar os Jogos Pan-Ame-ricanos, em Guadalajara, no México, em setembro e o campeonato sul-americano da modalidade, cuja data e local ainda serão confirma-dos. A atleta barretense con-quistou a vaga ao se classifi-car em 3º lugar na categoria juvenil, na seletiva disputa-da nos dias 10 e 11 de mar-ço, em Fortaleza, CE.

O treinador barretense Tiago Leal disse que Karol disputará o pan-americano se alguma atleta brasileira

Um dos maiores nomes do Motocross Freestyle está con-firmado no Desafio Internacio-nal promovido no 10º Barretos Motorcycles, na noite de 28 de abril. Trata-se de Jimmy Fit-zpatrick, destaque da equipe norte-americana. Finalista no Desafio Internacional de 2011 no Barretos Motorcycles, Fit-zpatrick é reconhecido por vá-rias manobras ousadas. Com quase 20 anos de carreira – ele fez as primeiras manobras aos cinco anos em bicicletas – Fitz mora na Califórnia e integra o time da Metal Mulisha, de Brian Deegan. Além dele, o time norte-americano terá a presença de Wiley Fullmer. No time brasileiro, Gilmar

futebol

campeonato varzeano de 2012 terá 41 times

Periquitos de fora

Serão dezessete agremiações na série A, doze clubes na B1 e doze equipes na B2A Liga Barretense de Fute-

bol confirmou para maio o iní-cio do Campeonato Varzeano de 2012, que reunirá 41 times, divididos em três séries. Na sé-rie A, com largada marcada para 6 de maio, jogarão 17 equipes: ADPM, Vila Rios, Frigorífico, Vila Marília, Aeroporto, Ex-posição, Mutirão, Santa Cecí-lia, Camarões, Habitar Brasil, São Bento, CSU, Nadir Kenan, Predinhos, Igreja Reviver, Vila Diva e Vila Nogueira. Na Série B1, 12 clubes estão aptos para a disputa, a partir de 13 de maio: Sapataria São Marcos, Improvi-so, Manguinha Calhas, Mutirão Gomes, Alberto Moreira, Derby Club, Santa Cecília, Guarani,

A Sociedade Esportiva Os Periquitos não disputará o Campeonato Varzeano de 2012. O clube presidido por Ernesto Juliani Filho pediu li-cença da competição por um ano, informou o presidente da Liga Barretense de Futebol, Osmir Duarte Peixoto.

Tradicional equipe barre-tense, Os Periquitos foi cam-

Cristiano Carvalho, Monte Ne-gro, São Francisco, Inter/Ma-rília. Também em 13 de maio terá início a Série B2, com os ti-mes: Sampaio Correia, Palestra,

Villaço, Paissandu, Nova Bar-retos, Bairro Baroni, Penharol, Náutico, Arizona, Unidos do Barretos II, José Faleiros, Ami-gos do Kaubi.

peão varzeano em 1977, 1982, 1985, 1989, 1990, 1993, 1995, 1996, 1999, 2003, 2005, 2009. Na sua galeria ostenta troféus de vencedor dos Torneios de Campeões de 1983, Hexa-gonal de 1985, Octogonal de 1984 e 1998 e da Copa da Paz de 2004, além do título do fut-sal regional dos Bombeiros em 1980.

tiver problemas com docu-mentação, lesão ou estiver acima do peso. Caso isso aconteça, ela deverá se apre-sentar à seleção para viajar. No período que antecede os jogos, a atleta continuará treinando com a equipe da seleção nacional.

Flores, o Joaninha, será uma das estrelas.

O maior encontro de moto-ciclistas do Brasil será de 27 a 29 de abril. Na programação estão confirmadas várias atra-ções, entre elas a apresentação

de equipes de acrobacias, Mu-seu da Moto Antiga, Concur-so de Motos, CityTour, Missa dos Motociclistas, Concurso Garota Motorcycles e shows musicais, entre os quais Sam-bô e Titãs.

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foto síntese – sede da alab

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Palavras cruZadasPalavras cruZadas

respostas

Palavras cruZadas

sudoku

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

horizontal – 1. Indivíduo que dirige qualquer veículo; Casa 2. Estágio, fase; Ensinamento sobre determinada área de conhecimento, dado por professor a alunos ou a um auditório 3. Conjunto composto pelos seres vivos e seus cenários originais 4. Reunir-se para formar casal ou para procriação 5. Tecido leve em forma de tela muito fina; Ou, em inglês 6. O natural ou habitante de uma ilha; Canção, Cantiga 7. Que domina ou exerce poder 8. Sigla do Estado do Amazonas; Sufixo que transmite a ideia de natureza, origem, semelhança; Símb. do rádio 9. O período de tempo que vai do começo da manhã ao pôr-do-sol; Símbolo de Curie, unidade de medida de radioatividade; Cidade do interior de São Paulo 10. Matar (-se) em sacrifício a uma divindade ou causa.

vertical – 1. Punição imposta por lei 2. Pico do Estado de Minas Gerais 3. O mesmo que folha de flandres; Hospital de Messejana; Exprime dor, tristeza, desespero ou, às vezes, alegria, contentamento 4. Uma das entidades mais poderosas da Igreja Católica 5. Perversão sexual; Que não tem outro igual 6. Anel; Tonalidade da cor azul 7. Aquele que não tem sorte 8. O clarão da Lua; Sigla de Rondônia; Sigla do Paraná 9. Sigla de Alagoas; Em 297 a.C. restaurou o seu reino no Épiro 10. Ramificação; Associação dos Alcoólicos Anônimos.

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Palavras cruzadas

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