jornal brasil atual - barretos 08

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Jornal Regional de Barretos www.redebrasilatual.com.br BARRETOS nº 8 Dezembro de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Independentes querem registrar evento como Patrimônio Cultural Pág. 6 GASTRONOMIA QUEIMA DO ALHO BEC faz alegria do povão, sobe para a A3 e se prepara para 2012 Pág. 7 FUTEBOL A FESTA É NOSSA Número de vereadores do próximo mandato será decidido até junho Pág. 2 POLíTICA 11 OU 17? Controle do governo Alckmin na Assembleia tropeça nos aliados. E surge areia no esquema ORçAMENTO DO ESTADO O REMENDO NAS EMENDAS A PRIVATARIA TUCANA Propina, desvio, lavagem de dinheiro e espionagem, uma arte comandada por Serra e Dantas Pág. 3 LIVRO REVELA COMO O PSDB ROUBOU O PAíS

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Propina, desvio, lavagem de dinheiro e espionagem, uma arte comandada por Serra e Dantas queima do alho Política a festa é nossa 11 ou 17? Controle do governo Alckmin na Assembleia tropeça nos aliados. E surge areia no esquema nº 8 Dezembro de 2011 Distribuiçã o Pág. 6 Pág. 2 Pág. 7 Pág. 3 www.redebrasilatual.com.br Jornal Regional de Barretos Independentes querem registrar evento como Patrimônio Cultural BEC faz alegria do povão, sobe para a A3 e se prepara para 2012

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Page 1: Jornal Brasil Atual - Barretos 08

Jornal Regional de Barretos

www.redebrasilatual.com.br barretos

nº 8 Dezembro de 2011

DistribuiçãoGratuita

Independentes querem registrar evento como Patrimônio Cultural

Pág. 6

Gastronomia

queima do alho

BEC faz alegria do povão, sobe para a A3 e se prepara para 2012

Pág. 7

futebol

a festa é nossa

Número de vereadores do próximo mandato será decidido até junho

Pág. 2

Política

11 ou 17?

Controle do governo Alckmin na Assembleia tropeça nos aliados. E surge areia no esquema

orçamento do estado

o remendo nas emendas

a Privataria tucana

Propina, desvio, lavagem de dinheiro e espionagem, uma arte comandada por Serra e Dantas

Pág. 3

livro revela comoo Psdb roubou o País

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expediente Rede Brasil atual – Barretoseditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros Redação Leonardo Brito (estagiário) e Aquino José Revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008 tiragem: 6 mil exemplares distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

editorial

Esta edição traz um bom exemplo de como atua a velha mídia brasileira, apelidada de PIG – Partido da Imprensa Golpista. Para não perder seus privilégios, ela não dá vazão às denúncias de cor-rupção no governo tucano. Exemplo disso é a Assembleia Legis-lativa de São Paulo, há muito tempo um escritório de despachos de governos do PSDB. Pois um parlamentar da base aliada, Roque Barbiere, do PTB, disse que 30% dos deputados “vendem” suas cotas de emendas ao Orçamento paulista todos os anos – infor-mação confirmada pela líder comunitária tucana Tereza Barbosa.

O assunto ameaçava romper um velho laço aliado, formado pelos partidos da coalizão ao governo Alckmin, e podia dar numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Mas o PIG fez-se de “migué” e pôs uma pedra no assunto: não sabe e não viu. Nós não. Contamos como se dá o trambique. E falamos do clima de contestação que começa a surgir naquela Casa.

Uma coisa é certa: aos tucanos não faltam professores de malandragem. Está nas livrarias o livro A Privataria Tuca-na, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que nos revela como o PSDB operou a maior falcatrua brasileira, nos tempos da pri-vatização. Bons de bico, esses tucanos. É isso. Boa leitura!

Política

câmara: 11 ou 17 vereadores?Presidente da Câmara acha melhor número menor

vereadores de barretos representam 100 mil moradores

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Tramita na Câmara Mu-nicipal o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município que estabelece em 11 o núme-ro de vereadores na Câmara para a legislatura de 2013 a 2016. A autoria do projeto é do atual presidente da Casa, vereador Juninho Leite (PTB). O projeto recebeu a adesão do vereador Paulo Corrêa (PR) e precisa de mais três assina-turas para entrar na pauta da sessão e ser votado. Para ele entrar em vigor na próxima legislatura há necessidade de que seja aprovado antes das convenções partidárias de ju-nho de 2012.

Embora a representação atual da Câmara de Barretos seja de 11 vereadores, a quan-

tidade de cadeiras pode subir para 17 lugares, de acordo com o número de habitantes do município, que ultrapassa 100 mil moradores, segundo estabelece o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Há quem de-fenda que devam ser 17 verea-dores no próximo mandato, mas acredito que a cidade está

bem representada com 11” – diz Juninho Leite. Ele acre-dita que a medida significa economia para o Legislativo. “Trata-se de uma diferença de cerca R$ 1,5 milhão em subsí-dios pagos” – diz. Ele ressalta ainda a vantagem da agilidade nos processos em virtude do número menor de vereadores.

vereador propõe subsídio zeroLeandro Anastácio quer político trabalhando de graça

Comissão de Justiça e Redação da Câmara de Barretos avalia projeto do vereador Leandro Anastá-cio (PDT), que propõe que os vereadores trabalhem de graça, sem receber sub-sídios, a partir da próxima legislatura. “A consequên-cia imediata seria uma eco-nomia para o erário público de R$ 5 milhões a cada le-gislatura, o que representa-rá quase 8% da dívida do município” – lembra o autor

do projeto. Se aprovada, a Lei entra em vigor na data de sua publicação, porém tem efeitos a partir de janeiro de 2013, re-vogando a Lei nº 4.105, de 26 de junho de 2008.

Segundo o presidente Juni-

nho Leite, quando retornar do recesso, no início de fe-vereiro de 2012, a Câmara deve apreciar o parecer do projeto. Em sua opinião, a proposta é inconstitucional visto que todos que traba-lham devem ganhar. Salien-tou que a partir de janeiro, o vereador que não quiser receber subsídio pode proto-colar na Câmara o pedido de renúncia ao seu salário, não necessitando da aprovação do projeto de lei para isso.

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a Privataria tucana

Privatização: livro denuncia serra, família e amigos

as perdas

E conta como o PSDB comandou a maior falcatrua no Brasil, que movimentou US$ 2,5 bilhões Os tucanos comandaram o

processo de privatização das empresas públicas na década de 1990, que movimentou US$ 2,5 bilhões e distribuiu propinas de US$ 20 milhões, segundo o li-vro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., de 320 páginas – 200 de tex-to jornalístico e 120 de repro-dução de provas. Baseado em documentos, Amaury mostra como o PSDB vendeu o patri-mônio público a preço de bana-na. Entre a compra e a venda, funcionava a lavagem de di-nheiro e suas conexões com a mídia e com o mundo político.

Os envolvidos são gente

do alto tucanato: o livro liga o ex-candidato do PSDB à pre-sidência, José Serra, a um es-quema de desvio e lavagem de

dinheiro e o acusa de espionar adversários políticos. “Quando ministro da Saúde, Serra criou uma central de montagem de

O governo FHC arreca-dou R$ 85,2 bilhões com a venda das empresas públicas. Mas o país pagou R$ 87,6 bilhões para as empresas que assumiram esse patrimônio – R$ 2,4 bilhões a mais do que recebeu. O prejuízo veio por-que o governo absorveu as dívidas das empresas, demi-tiu um monte de gente, em-prestou dinheiro do BNDES aos compradores e aceitou como pagamento o uso de “moedas podres”, títulos do governo que valiam metade do valor de face. A “costu-ra”, feita por Ricardo Sérgio, envolvia o pagamento de propina dos empresários que participavam do processo. O dinheiro era lavado em pa-raísos fiscais. Promoveu-se um desmonte das empresas públicas, fazendo-as pare-cer mais inoperantes do que eram – assim, quase foram pelo ralo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Para a presidenta do Sin-dicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, o livro prova a importância do combate do movimento sin-dical ao processo de privati-zação. “A velha imprensa não repercute as graves denúncias e mostra a sua parcialidade. Esperamos que o Ministério Público e a Polícia Federal investiguem esses crimes de que trata o livro e retomem para os cofres públicos todo o dinheiro desviado.”

dossiês na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvi-sa), no governo FHC.” O livro afirma também que o esquema era feito por meio de empre-sas off-shore das Ilhas Virgens Britânicas, e foi idealizado pelo ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil e ex-tesou-reiro da campanha de Serra e FHC, Ricardo Sérgio de Olivei-ra. Outros esquemas semelhan-tes eram realizados pelo genro dele, Alexandre Bourgeois, por sua filha Verônica – que manti-nha empresa em sociedade com a irmã do banqueiro Daniel Dantas – e pelo seu sócio, Gre-gório Marin Preciado.

serra, a filha verônica, fHc e ricardo sérgio: tucanos no livro

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a entrevista com o autor das denúnciasComo era o esquema de corrupção dos amigos e parentes de José Serra?O tesoureiro do Serra, o Ri-cardo Sérgio, criou um modus operandi de operar dinhei-ro do exterior, e eu descobri como funcionava o esquema. Eles mandavam o dinheiro da propina para as Ilhas Virgens, um paraíso fiscal. Depois, si-mulavam operações de inves-timento para a internação de dinheiro. Usavam umas off- -shores que simulavam inves-tir dinheiro em empresas que eram deles mesmos no Brasil, numa ação muito amadora.Como você pegou isso?As transações estão em cartó-rios de títulos e documentos.Movimentou bilhões?Bilhões. Os banqueiros, li-gados ao PSDB, formados na PUC do Rio, com pós-

-graduação em Harvard, sofis-ticaram a lavagem de dinheiro. A gente é simples, formado em jornalismo na Cásper Líbero, mas aprendeu a rastrear o di-nheiro deles. Eles inventaram um marco para lavar dinheiro, seguido por criminosos como Fernando Beira-Mar, Georgi-na (de Freitas que fraudou o INSS). Os discípulos da Ge-

orgina foram condenados por operações semelhantes às que o Serra fez, que o genro dele, Alexandre Bourgeois, fez, que o Gregório Preciado fez, que o Ricardo Sérgio fez, que o banqueiro Daniel Dantas, que comandava a corrupção, fez.Serra espionava o Aécio?Está documentado. Ele contra-tou a Fence Consultoria, em-presa que faz varreduras contra grampos clandestinos, no Rio de Janeiro. O Serra gosta de espionagem e manda espionar os inimigos dele. Ele contratou a empresa de um coronel baixo nível da ditadura. O pretexto era que fazia negócio de con-traespionagem. O doutor Ênio (Gomes Fontenelle, dono da Fence) trabalhou na equipe dele. Para espionar o Aécio.E a ex-governadora mara-nhense Roseana Sarney?

Está no Diário Oficial. O agente era o Jardim (Luiz Fernando Barcellos), ligado ao Ricardo Sérgio. Mas a imprensa defende o Serra e não divulga. Dilma contra-atacou com arapongas também?Não. As pessoas que tra-balhavam na campanha da Dilma eram ligadas ao mer-cado financeiro. Me chama-ram porque vazava tudo. Os caras faziam uma reunião e, no dia seguinte, estava na imprensa. Eu achava que era coisa do (ex-deputado tucano Marcelo) Itagiba ou do (candidato a vice-presi-dente, deputado do PMDB, Michel) Temer. Aí veio a surpresa: era o fogo-amigo do PT, de Rui Falcão (atual presidente do PT e deputado estadual).

amaury ribeiro jr.

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escândalo do orçamento

surge areia no esquema da assembleia legislativa

alesp atua como escritório de despachos dos tucanos

Alguns deputados “vendem” as emendas e abocanham parte dos recursos liberados Por Raoni Scandiuzzi

O domínio do Executivo na Assembleia combina in-dicações a cargos públicos, divisão do poder regional e administração da liberação de recursos das emendas par-lamentares ao Orçamento do Estado. Porém, falhas no ge-renciamento dos partidos da base levaram alguns deputa-dos do PTB a se incomodar com o governo Alckmin. Por causa do desprestígio e da re-dução de recursos repassados à Secretaria de Esporte, nas mãos dos petebistas, o cacique do partido, Campos Machado, cobrava atenção do governo às questões do partido. Até que o deputado Roque Bar-biere (PTB) chutou o balde. Em entrevista ao site do jornal Folha da Região, de Araçatu-ba, em setembro, afirmou que de 25% a 30% dos deputados “vendem” as emendas a que têm direito anualmente em troca de abocanhar parte dos recursos liberados. E assegu-rou que o governo Alckmin foi alertado disso.

O secretário estadual de

Meio Ambiente, deputa-do licenciado Bruno Covas (PSDB), confirmou o esquema ao jornal O Estado de S. Paulo, e citou o caso de um prefeito que lhe ofereceu 10% de uma emenda – R$ 50 mil –, que ga-rantiu não ter aceitado. Convi-dado a se explicar ao Conselho

de Ética da Alesp, Covas não apareceu. Enviou carta afir-mando que seu relato era uma situação hipotética e didática, usada em palestras, encontros e conversas. No Ministério Público do Estado, o promotor Carlos Cardoso abriu inquérito para apurar o escândalo. Para

ele, não pareceu ser apenas um exemplo didático.

Um levantamento divulga-do no site do deputado Bruno Covas indicava que, em 2010, ano eleitoral, seu gabinete re-passara R$ 9,5 milhões em emendas para várias cidades paulistas – embora o limite

de cada deputado seja R$ 2 milhões anuais. Procurado, ele silenciou. Sua assessoria justificou que o levantamen-to trouxe emendas de anos anteriores, pagas em 2010, e outras obras eram pedidos do governo, e não dele.

Em 12 de outubro, o gover-no disse que divulgaria os re-cursos oriundos de emendas no site da Secretaria da Fazenda. A relação foi publicada em 4 de novembro. Nela, o presiden-te da Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB), é campeão de indicações, empenhando R$ 5,6 milhões no ano passado. Segundo o documento, Bruno Covas tem R$ 2,2 milhões em emendas. Mas a lista oficial não é confiável – o site do de-putado licenciado informara um montante quase cinco ve-zes maior. Outro exemplo: tan-to sua página eletrônica como a da prefeitura de Sales divul-gam uma emenda no valor de R$ 100 mil para a construção da Praça Floriano Tarsitano na cidade. Na relação do governo o recurso nem aparece.

A Assembleia Legislati-va do Estado de São Paulo (Alesp) tem 94 deputados, 3.000 funcionários e orçamen-to anual de R$ 660 milhões. Desfruta da camaradagem da imprensa comercial – que se indigna com denúncias de Bra-sília e blinda o governo pau-lista. A maioria dos parlamen-tares submete-se em silêncio ao Palácio dos Bandeirantes,

onde, desde 1995, a morada do chefe do Executivo é também um ninho tucano. Em troca de apoio aos seus interesses elei-torais, deputados da base aliada mantêm o governador do Estado livre de qualquer dor de cabeça.

É na Alesp que se discute e aprova o Orçamento do Estado – R$ 140 bilhões em 2011 – e onde se deve fiscalizar sua cor-reta aplicação. É lá que se dis-

cutem leis, desde a que proibiria a venda de porcarias de alto teor calórico em cantinas de escolas públicas até as que autorizaram o governo a vender o patrimô-nio estratégico – como do setor elétrico, do Banespa e da Nossa Caixa, a concessão de estradas e ferrovias. Lá é onde o gover-no sabe que denúncias e pedi-dos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)

serão varridos para baixo do tapete. Quantas vezes você leu, ouviu ou viu notícias de que os deputados paulistas investigaram uma suspeita de superfaturamento em contra-tos do Metrô ou os abusos da Polícia Militar – seja na forma violenta como age na USP, seja quando persegue pobres na periferia ou reprime movi-mentos sociais?

o tucano Geraldo alckmin, o fiel escudeiro campos machado (Ptb) e bruno covas: zorra total

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líder comunitária conta como funciona o trambiqueTereza Barbosa, 59 anos,

coordena um instituto que atende crianças em Campo Grande, zona sul da capital. Ela conta: “Entrei em vários gabinetes e eles diziam assim: ‘Olha, eu dou o dinheiro para a senhora, mas a senhora me devolve a metade, para uma entidade minha, que não tem documentação’”. Dona Tereza descreve outra conversa. “Um prefeito me contou que eles dão a verba para a Prefeitura, mas quem contrata as empre-

sas para fazer a obra é o deputa-do, e a construtora repassa 40%. Por isso a gente vê essas obras malfeitas. Uma vez fui reclamar

com uma construtora da Cidade Ademar e o dono me falou: ‘A gente não pode fazer nada com material de primeira, porque precisa devolver o dinheiro que chega pra gente’.”

Dona Tereza, uma “apaixo-nada pelo PSDB”, não revela nomes por medo de sofrer re-presálias. Mas dá pistas. “Exis-te esquema em vários partidos – PSDB, PTB, PDT”. Por ex-periência própria, ela afirma que Roque Barbiere falou a verdade. “Ele não mentiu, não.

Só acho que a porcentagem é maior do que ele disse. Eu co-locaria que uns 40% a 45% dos deputados vendem emenda.”

A líder comunitária con-firmou que, se convidada, iria ao Conselho de Ética. Como a apuração já estava sepultada, o promotor Carlos Cardoso foi ouvi-la. “Ela solicitou a deputa-dos que patrocinassem emendas para financiar a entidade que ela preside. Uma parte deles, uns dez deputados, condicionaram o apoio à entidade à transferên-

cia de parte dos recursos para ONGs que eles indicariam. Ela achou estranho e não acei-tou” – diz Cardoso.

Terezinha não revelou nome de deputado algum. Mas o relato dela trouxe avanços na investigação. “Isso confirma que há uma prática pouco ou nada líci-ta por parte de alguns de-putados, que manipulam as emendas, sem transparência e com propósito ilícito” – garantiu o promotor.

fala o deputado que denunciou outros deputadosRoque Barbiere reafirma que levará o esquema de venda de emendas ao Ministério Público

Como o senhor se sente por ter feito as denúncias?Fiquei magoado pela maneira como o presidente da Assembleia (Barros Munhoz, PSDB) e o go-verno trataram do assunto, ten-tando me desqualificar, exigindo que eu desse nomes, quando a própria Constituição me ampara. Eles fingiram que não me conhe-ciam. O governo me ignorou por completo, como se eu tivesse dito a maior mentira do mundo, como se ninguém tivesse nem cogita-do que algo semelhante pudesse ocorrer na Assembleia.O governo se sentiu atingido pelas denúncias?

Talvez, mas a denúncia foi para o bem, não para o mal. Alguém do governo estadual conversou com o senhor?Não. Nem na boa, nem na ruim. Virei um leproso politi-camente falando, porque, no governo, ninguém tem cora-gem de chegar perto de mim.O que achou de o governo dizer que Bruno Covas gas-tou R$ 2,2 milhões em 2010?Ele primeiro disse que um pre-feito ofereceu propina pra ele, depois que foi hipoteticamen-te. Do Covas eu gostava muito era do Mário.O senhor se arrepende da entre-

vista em que disse que 30% dos deputados vendem emendas?Não. Depois dela, tenho cer-teza de que vão sobrar mais recursos para o povo de São Paulo, as pessoas vão pensar dez vezes antes de fazer algu-ma coisa de errado.A base do governo rachou?Não sei como está, estou ten-do pouco contato por causa dos problemas pessoais.Está descartada a hipótese de o senhor deixar a base?Não está nada descartado. Vou esperar aprovar o Orçamento, cumprir minha obrigação com o povo de São Paulo, depois,

no ano que vem, vou me posi-cionar politicamente.Por que o presidente do PTB, deputado Campos Ma-chado, defendeu o governo?O Campos Machado é apaixo-nado pelo governador Alckmin, que realmente é uma pessoa ca-tivante. Mas temos de separar o governador do governo. O Campos Machado não faz isso. O compromisso dele é apoiar o governo, dando certo ou errado. Não seria o momento de o senhor dizer algum nome, para não esfriar o assunto?Não posso, para satisfazer uma parte, prejudicar o todo.

Vou conversar com o promo-tor. Depois, se ele seguir o ca-minho, ele chegará aos nomes.Dona Terezinha, presiden-ta da ONG Centro Cultural Educacional Santa Terezi-nha, disse que 45% dos de-putados vendem emendas...Isso é insignificante. Se 0,5% da Assembleia vender emen-das, o Parlamento já está sujo. Isso aqui não é uma casa de anjos. Se com Jesus, que tinha 12 apóstolos, tinha um traidor, um falso e um incrédulo, ima-gine numa Assembleia com 94 deputados. Mas volto a dizer, a maioria daqui é gente boa.

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Em sexto mandato, o deputado estadual Roque Barbiere, do PTB, é da base aliada do governo há 16 anos. É dele a afirmação de que entre 25% e 30% dos deputados paulistas “vendem” as emendas ao Orçamento a que têm direito todos os anos. De acordo com o esquema, quando o recurso é repassado para pagar uma obra ou serviço, alguns deputados embolsam a “comissão”. Barbiere reafirmou que levará as informações de que dispõe ao promotor Carlos Cardoso, do Ministério Público – a investigação corre em segredo de Justiça, o que garante proteção aos acusados

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História em quadrinHos

Produção independente tem público na cidadeAs revistas, que trazem uma cultura marginal, são elaboradas por Guilherme Silveira

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Um misto de história de horror, poesia, filosofia, coti-diano, desenhos e textos abs-tratos e reflexivos compõe a obra de Guilherme Silveira, 23 anos, produtor independen-te de histórias em quadrinhos. O barretense, formado em Educação Artística pela Unesp de Bauru, tem dois trabalhos publicados, que custam R$ 4 cada, além de publicações em três coletâneas de fanzine.

Guilherme afirma que sempre gostou de desenho e começou a trabalhar com to-

das as linguagens que envol-vem a narrativa. Enfim, optou pelo fanzine, que traz uma cultura marginal muito forte. “Quem gosta deste tipo de trabalho tem de botar a cara e produzir” – diz. No trabalho lançado este ano, o miolo é feito de xerox e a capa foi im-pressa numa máquina caseira. O fanzine é vendido em festi-vais de que participa e através do blog <http://misterorror.blogspot.com>, onde ele tam-bém mostra outras facetas de sua produção.

O consumidor do fan-zine é variado. “Vai de adolescentes a adultos” – afirma Guilherme. “Mas a produção alternativa, a par-tir dos anos 80 no Brasil, contribuiu para a formação de um público adulto cati-vo” – afirma. O Coletiva-Mente, um coletivo mu-sical voltado para o rock, também produz fanzines destinados ao setor. As re-vistas são distribuídas gra-tuitamente nos festivais de que participam.

Gastronomia

a queima do alho Um Patrimônio Cultural Imaterial

Foi aprovado pelo Progra-ma de Ação Cultural, que ofe-rece recursos financeiros pela renúncia ao ICMS, a pesquisa que vai permitir que Os Inde-pendentes solicitem oficial-mente junto aos órgãos dos governos estadual e federal, o registro da Queima do Alho como Patrimônio Cultural Imaterial. A informação é do presidente da entidade, Hugo Resende Filho. A competição culinária entre as comitivas de tropeiros ocorre anualmente em várias cidades, com desta-que para o evento realizado na Festa do Peão de Barretos, em agosto.

O Festival Moda de Vio-la Violeira Rose Abrão foi o primeiro projeto aprovado da Associação de Gestão Cultu-ral do Interior Paulista para

receber incentivos fiscais den-tro do ProAC/ICMS, no valor de R$ 188.170,00. A Violeira será realizada nos dias 2, 9, 16 e 30 de junho de 2012, no for-mato regional, e será dividida em 3 etapas: Ariranha, Matão e Barretos, onde será a final do festival.

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tv PÚblica

canal 61, no ar em fevereiroRede terá programação própria durante 24 horas

A instalação deve cus-tar em torno de R$ 400 mil, incluindo equipamentos – informou o presidente Juni-nho Leite. A viabilização da televisão pública na cidade

ocorreu numa parceria com a Rede Legislativa de TV Digi-tal. Através do canal 61, a rede prevê a transmissão de três ca-nais simultaneamente: TV Câ-mara Municipal, TV Alesp (da

Assembleia Legislativa) e TV Câmara Federal. A pro-gramação será independente e a televisão barretense deve apresentar uma grade varia-da, veiculando sessões do Legislativo, jornalismo e es-porte, entre outros quadros.

A Rede Legislativa, que já está em São Paulo há dois anos, terá ainda as cidades mineiras de Lavras, Sete Lagoas e Pouso Alegre e as paulistas Jacareí, Ribeirão Preto, Campinas, Tupã, São Carlos, Jaú, Bauru e Barre-tos. O canal transmite atra-vés do sistema digital, na frequência 61. Aparelhos de TV não digitais deverão uti-lizar conversores para sin-tonizar a futura TV Câmara Barretos.

juninho leite assina parceria da televisão pública

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futebol

bec faz a alegria do povão

csu é campeão do Plínio dos santos

os melhores da várzea na temporada

Time subiu para a Série A3 do futebol paulista e se prepara para a temporada 2012O Barretos Esporte Clube

fez a alegria da torcida em 2011 e subiu para a Série A 3 do futebol paulista. O técnico Valter Ferreira foi mantido no cargo. O time para a pró-xima temporada já conta com um elenco em treinamento. Os goleiros Remerson e Fer-nando Hilário estão confir-mados. Também defenderão a camisa do Touro do Vale

Jean Marcel, Vinícius, Edson Lima, Volpe, Edson Batatais e Bruno José. Os volantes Lu-cas, Peterson e Júlio César. O meia Léo Franco e os atacan-tes Washington e Willian. O grupo tem ainda Ceará, Fag-ner, Jadson, Thauan, Chula-pa, Jéderson, Wagner Souza, Johnny e Ricardo. O Campe-onato de 2012 começa no fim de janeiro.

O CSU foi campeão do 42º Torneio Integração “Plínio dos Santos”, disputado de 10 de setembro a 11 de dezembro e que reuniu vários times com jogadores até 17 anos. O time campeão empatou em quatro gols com o Nadir Kenan na partida final, disputada no Ro-chão, levando vantagem no critério de melhor campanha na competição.

Pela quinta vez a ADPM – Associação Desportiva da Polí-cia Militar – conquistou o título da Série A do Campeonato de Fu-tebol Varzeano. Na competição

que terminou dia 6 de novembro, os comandados do técnico Sid-ney mantiveram a invencibilida-de em 23 jogos, com 18 vitórias e 5 empates. O ataque marcou

82 gols e a defesa sofreu 17 ten-tos. Alex Leite foi o artilheiro da competição com 30 gols. Em 2010, ele assinalou 49 gols pelo mesmo time. Fábio Willian foi o

goleiro menos vazado. Nas duas partidas finais, diante do Barre-tos II, a ADPM venceu pelo pla-car de 2 a 0 e 2 a 1, ficando com a taça de campeão.

SÉRIE B 2

O Manguinha Calhas, do técnico Hebinho, fez a melhor campanha do Grupo e ficou com o título de campeão da Série B2 do cam- peonato varzeano ao vencer o São Francisco por 3 a 0, na par-

tida final disputada no Rochão. Em 2011, o time campeão disputou 23 jogos, com 17 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. O ataque marcou 86 gols e a defesa sofreu 45 tentos.

SÉRIE B 1

A Igreja Reviver foi a campeã da Série B1 do Campeonato Varzeano ao empatar em um gol e vencer pela contagem mínima o Nadir Kenan nas duas partidas finais da competi-ção. No campeonato que terminou em 30 de outubro, a Igre-ja Reviver realizou 21 jogos, venceu 12 vezes, perdeu duas e empatou sete jogos. O ataque marcou 47 gols e a defesa sofreu 24. O time teve ainda o artilheiro do campeonato, Renato, com 19 gols. Em 2012, os dois times vão disputar a elite do futebol varzeano.

Dia: 29/1 – domingoBarretos x XV de Jaú

Dia: 2/2 – quinta-feiraSão Bento x Barretos

Dia: 5/2 – domingoBarretos x Independente

Dia: 8/2 – quarta-feiraBarretos x Marília

Dia: 12/2 – domingoFlamengo x Barretos

Dia: 15/2 – quarta-feiraBarretos x Inter Bebedouro

Dia: 18/2 – sábadoSertãozinho x Barretos

Dia: 26/2 – domingoBatatais x Barretos

Dia: 29/2 – quarta-feiraBarretos x Capivariano

Dia: 4/3 – domingoFrancana x Barretos

Dia: 7/3 – quarta-feiraBarretos x Rio Branco

Dia: 11/3 – domingoTaboão da Serra x Barretos

Dia: 14/3 – quarta-feiraBarretos x Itapirense

Dia: 18/3 – domingoGuaçuano x Barretos

Dia: 21/3 – quarta-feiraBarretos x Juventus

Dia: 25/3 – domingoInter Limeira x Barretos

Dia: 28/3 – quarta-feiraOsvaldo Cruz x Barretos

Dia: 1/4 – domingoBarretos x GE. Osasco

Dia: 8/4 – domingoTaubaté x Barretos

A campanha do CSU registrou 10 vitórias, 2 em-pates e 1 derrota. O time marcou 63 gols e sofreu 24. Teve o artilheiro da compe-tição, Afonsinho Arroyo, e o goleiro menos vazado Gui-lherme, do Camarões. Aos vencedores foram entregues troféus e medalhas pelos re-presentantes da Liga Barre-tense de Futebol.

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a tabela da competição

Page 8: Jornal Brasil Atual - Barretos 08

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foto síntese – vendedor de balões

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respostas

Palavras cruzadas

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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

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Horizontal – 1. Centro de Controle Operacional; Cada uma das partes distintas da corola2. Instrumento de cordas, de forma triangular, tocado com os dedos; Partir 3. Nome de árvore que fornece madeira resistente e dura; (Pl.) Unidade de medida de capacidade, correspondente ao volume de um decímetro cúbico 4. (Abr.) Cruzeiro; Dois, em algarismo romano 5. Herbívoro da África, de pele grossa, patas e cauda curta, cabeça grande e focinho largo 6. Que não está contido7. Pedido de socorro; Interjeição usada para chamar a atenção de alguém; Composição poética do gênero lírico 8. (Abr.) Boletim de serviço; Aguardente que se obtém pela fermentação e des-tilação do melaço de cana-de-açúcar 9. Nome da letra p; Sovaco; 10. Nome de um planeta; Ilha de coral 11. Cidade de São Paulo; Membro das aves guarnecido de penas, que serve para voar

vertical – 1. Galanteador importuno de uma senhora casada ou viúva; 2. Relativos ou seme-lhantes à cabra ou ao bode; (Abr.) Rádio Patrulha 3. Reze; Partidos Comunistas; Alimento feito de farinha, especialmente de trigo, amassada e cozida no forno 4. Ação de voar; Nome comum a vários cervídeos que habitam as partes boreais da Europa, Ásia e América 5. Sigla em inglês de Phase Alternating Line; Cobertura de borracha com que calçam as rodas dos automóveis e outras viaturas 6. Muito boa, excelente 7. Falatório, murmuração; Soberanos, na língua persa8. Diz-se do galo que, na rinha, ferido ou cansado, não podendo manter-se de pé, sustenta-se apoiando a cabeça no solo; Pedra, em tupi-guarani 9. Medida que se usa para as proporções nos corpos arquitetônicos 10. Limpo o nariz; Fila, separada por um espaço

Palavras cruzadas

CCOPETALAHARPAIRSIPELITROSCRVIIOHIPOPOTAMOINCONTIDOSOSEIODEBSRUMUEPEAXILAURANOATOL

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