reintegração de posse entrevista choque de horror · 2020-03-19 · choque de horror. 2 barretos...

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Jornal Regional de Barretos www.redebrasilatual.com.br BARRETOS nº 9 Fevereiro de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Assim, o técnico Valter Ferreira quer o BEC na campanha da Série A3 Pág. 7 FUTEBOL TIME DE PEGADA Como foram os meses de festa, peregrinação e cantorias em Barretos Pág. 6 DEVOÇÃO SANTOS REIS A crise no ensino jurídico, segundo o mestre Alysson Mascaro Pág. 5 ENTREVISTA DIREITO E JUSTO CÂMARA MUNICIPAL Votação de projeto de vereador que proíbe o telefone nas agências bancárias gera polêmica na cidade Pág. 4 O USO DE CELULAR DENTRO DOS BANCOS Governo do Estado usa força bruta para desalojar famílias em São José dos Campos REINTEGRAÇÃO DE POSSE CHOQUE DE HORROR

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Jornal Regional de Barretos

www.redebrasilatual.com.br barretos

nº 9 Fevereiro de 2012

DistribuiçãoGratuita

Assim, o técnico Valter Ferreira quer o BEC na campanha da Série A3

Pág. 7

futebol

time de pegada

Como foram os meses de festa, peregrinação e cantorias em Barretos

Pág. 6

devoção

santos reis

A crise no ensino jurídico, segundo o mestre Alysson Mascaro Pág. 5

entrevista

direito e justo

câmara municiPal

Votação de projeto de vereador que proíbe o telefone nas agências bancárias gera polêmica na cidade

Pág. 4

o uso de celular dentro dos bancos

Governo do Estado usa força bruta para desalojar famílias em São José dos Campos

reintegração de Posse

choque de horror

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2 Barretos

expediente rede Brasil atual – Barretoseditora gráfica atitude Ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Aquino José revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008 tiragem: 6 mil exemplares distribuição gratuita

fraternidade 2012

campanha vai focar saúdePopulação deve ficar de olho nos recursos do SUS

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

editorial

Há três episódios recentes da política estadual paulista que ilustram bem a serviço de que interesses pulsa o governo do Estado e para que serve a Polícia Militar: a invasão da Uni-versidade São Paulo e a consequente prisão de estudantes, a malfadada ação contra os dependentes de droga da cracolân-dia e o choque de horror produzido pela tropa para desalojar mais de 6.000 pessoas do bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba – vale lembrar que a ação foi urdida de maneira furtiva mas rápida, pois as partes nego-ciavam com o governo Federal, quando uma reintegração de posse foi dada pelo juiz Rodrigo Capez, irmão do deputado federal Fernando Capez, do PSDB, a pedido da massa falida da empresa Selecta, do doleiro Naji Nahas.

Não bastasse a triste constatação revelada pelo livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., onde é contada, tintim por tintim, a história de um dos maiores rou-bos levados adiante na política brasileira durante a desditosa privatização levada a cabo pelos tucanos – a matéria foi capa da nossa edição passada e pode ser lida no site www.redebra-silatual.com.br/jornais, o partido revela agora a sua face mais cruel, o seu lado mais desumano. Os três fatos, melancólicos por si só, são reveladores de um governo que vai chegando ao fim passando a sensação de total menosprezo à população, que se apaga deixando as trevas como rastro e a estultícia como pegada. É isso. Boa leitura!

A PrivatariaA participação das comu-

nidades nas instâncias cole-giadas do Sistema Único de Saúde (Conselhos Munici-pais e Conferências de Saú-de) nas três esferas de go-verno – municipal, estadual e federal –, oferecendo-lhes respaldo e acompanhamen-to nesse trabalho é uma das propostas de ação dos católi-cos engajados na Campanha da Fraternidade 2012.

Claudio Machado, do Sin-dicato dos Previdenciários, coordenador da Campanha, lembra que a saúde é a única política social fruto da mobi-lização e organização do povo

brasileiro. “Toda população deve discutir as políticas pú-blicas de saúde.” Ele defende um Sistema de Saúde univer-sal e igualitário e critica as pri-

Artigo 196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso univer-sal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

vatizações e terceirizações no setor. “Os recursos públicos destinados à área devem ficar no Fundo Municipal de Saúde e não no caixa da Prefeitura.”

o que diZ a constituição

Padre luis Paulo explicou os objetivos da campanha

cidade sediou uma bela festa

Zaidan Ribeiro e Nelson Lara, modelos de Sumaré, foram eleitos Miss e Mister São Paulo 2012, na noite de 5 de fevereiro, em Barretos. O concurso teve 43 candida-tos do Estado de São Paulo e contou com sete provas clas-sificatórias. Além da beleza, criatividade, fotogenia e de-senvoltura dos candidatos, as provas avaliaram conhe-

cimento, aptidão física, po-pularidade, talento artístico e desempenho na passarela.

Agora, Zaidan e Nelson disputam o Miss e Mister Mundo Brasil, em setem-bro, no Rio de Janeiro. Em Barretos eles ganharam uma moto, bolsa de estudos de R$ 35 mil, viagens e con-trato de trabalho de R$ 10 mil durante o reinado.

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Modelos de Sumaré eleitos miss e mister São Paulo

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3Barretos

reintegração de Posse

a desastrosa ação da polícia. e outros desastres

a justiça dos ricos devolveu a terra a um criminoso

Tropa de Choque desaloja seis mil moradores do Pinheirinho, em São José dos CamposMadrugada de 22 de janeiro,

domingo. A maioria dos habi-tantes de São Paulo dorme. À socapa, com contingente cinco vezes maior do que o usado para a ocupação da Favela da Roci-nha, no Rio de Janeiro, dois mil soldados da Polícia Militar pau-lista iniciam uma operação de guerra, das maiores em tempos recentes. De repente, a tropa aparece com cavalos, cachor-ros, escudos, cassetetes, carros blindados, revólveres, pistolas com balas de borracha, spray de pimenta, bombas de gás lacri-mogêneo, tratores. E invade as casas. Os inimigos não são che-fões do tráfico de drogas nem banqueiros flagrados em esque-mas de lavagem de dinheiro. São 1.500 famílias – seis mil pessoas – do Pinheirinho, bair-ro de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Elas não têm nem como pegar seus documen-tos, mas tentam resistir. Mon-tam barricadas, atiram pedras e paus, queimam carros.

A história acaba com muita fumaça, gritos, choro e feri-

dos. Alvo de um imbróglio ju-dicial, a área foi ocupada pelas famílias há sete anos. O terre-no de 1 milhão de m² pertence à empresa falida Selecta, do doleiro Naji Nahas (veja abai-xo). Há pouco tempo, Edson Cury, prefeito de São José, do PSDB, solicitou à Justiça Es-tadual a reintegração de posse da área, a pretexto de cobrar uma dívida de R$ 15 milhões da Selecta em IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

No início de janeiro, a PM já tentara desocupar o terreno,

mas a resistência dos morado-res abortou a operação. No dia 20, a Justiça Federal suspendeu a reintegração de posse. Um acordo firmado entre a Selecta e os advogados dos moradores, na presença de deputados de diferentes partidos, garantia a suspensão por 15 dias. Porém, alegando “conflito de interes-ses”, o desembargador Rodrigo Capez (irmão do deputado fede-ral Fernando Capez, do PSDB), que respondia pela presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, ignorou a decisão fede-

O Pinheirinho era de um casal de alemães assassinado misteriosamente em 1969. A terra, sem herdeiros – portan-to do Estado –, caiu nas mãos de Naji Nahas, um libanês que chegou aqui nos anos 1960, trazendo muitos dólares na ba-gagem. Em 1980, Nahas já era bem mais rico do que quando chegou: era dono de haras e in-vestia na Bolsa de Valores do

Rio de Janeiro. Mas, em 1989, ele se sujou na quebra da bolsa carioca. Acusado de manipular o preço de ações para vendê-las por mais, Nahas acabou preso sob regime domiciliar. Conde-nado a 24 anos de prisão por cri-me de colarinho branco, contra a economia popular e formação de quadrilha, ele foi inocentado em 2004, mas voltou aos jor-nais com a operação Satiagraha,

acusado de lavagem de dinheiro em paraísos fiscais.

Hoje, o Pinheirinho perten-ce à massa falida da empresa Selecta, de Naji Nahas, e vale R$ 180 milhões. Antes aban-donada, a área foi ocupada pe-las famílias agora despejadas. Nela havia ruas pavimentadas, energia elétrica, água, coleta de lixo, comércio e igrejas. Se o local fosse considerado

Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), como o mo-vimento queria, o bairro se-ria de moradias populares, o que diminuiria seu valor de mercado. Mas a especu-lação está de olho na área, que está próxima a um setor industrial de alta tecnologia e faz fronteira com condo-mínios de luxo de Jacareí, cidade vizinha.

ral e fez prevalecer a decisão da juíza Márcia Mathey Loureiro, da 6ª Vara Cível de São José dos Campos, que determinava a reintegração de posse da área. Confiantes na validade da limi-nar da Justiça Federal e no acor-do firmado com a Selecta, os moradores não se organizaram para resistir.

A imprensa internacional – o britânico The Guardian, por exemplo – divulgou mortes na operação. A informação não foi confirmada oficialmente. Nin-guém sabe o saldo de feridos. O

secretário nacional de Articula-ção Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, foi baleado na perna. “Pelas costas, recebi tiros de bala de borracha, que me atin-giram a perna” – disse. Jornalis-tas e deputados foram impedidos de entrar no Pinheirinho depois da ação. O governo tentou jogar a culpa nos moradores pela vio-lência – um dia depois da desas-trosa ação, a Secretaria de Segu-rança Pública divulgou que uma verdadeira fortuna em cocaína (338 quilos) – fora encontrada na área desocupada.

A truculência da polícia pau-lista do governador tucano Ge-raldo Alckmin recebeu críticas da opinião pública internacio-nal. No dia 27, a relatora espe-cial da Organização das Nações Unidas (ONU) Raquel Rolnik cobrou explicações das autori-dades brasileiras sobre o caso. Ela disse que a operação foi marcada por “gravíssimas vio-lações dos direitos humanos” e que o país caminha para trás em questões de cidadania.

a polícia e sua violência costumeira: pôs fogo nas casas e rendeu o povo armado de paus

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4 Barretos

câmara municiPal

Projeto que proibe celular em banco gera polêmicaA ideia é do vereador Aparecido Cipriano (PTB), um sargento reformado da Polícia Militar

A restrição seria uma forma de evitar que o ban-dido passe informações para um comparsa do lado de fora do banco praticar o assalto. O projeto deve ser apreciado pelo Legisla-tivo nas primeiras sessões de 2012, em fevereiro. Em dezembro, foram registra-das algumas ocorrências de “saidinhas de banco”, como o crime é conhecido.

A proibição do uso de celular nas agências é cri-ticada por cidadãos e pelas entidades de defesa do con-sumidor. O Sindicato dos Bancários, por exemplo, a considera ineficiente. “É responsabilizar o cliente em

cartilha

bancários vão lançar manual para orientar clientesObjetivo é melhorar o atendimento nas agências, garantir a segurança e combater as filas

O Sindicato dos Bancários de Barretos e Região lançará o Manual do Usuário das Agên-cias Bancárias, em parceria com o Ministério Público, a Câmara Municipal, o Procon e as polícias Militar e Civil. A cartilha será distribuída nas agências da cidade e trará di-cas sobre os cuidados que se deve ter para abrir e fechar uma conta, e vai tirar dúvidas sobre movimentação bancária, pagamentos, cheques, cartões, tarifas, aplicações financeiras, segurança nas operações e muito mais.

O presidente do sindicato,

Marco Antônio Pereira, sabe que discutir o atendimento bancário sempre é um incô-modo para os bancos, diante do montante que lucram em comparação com a realidade vivida pelos clientes e traba-lhadores. “Os bancos traba-lham com poucos empregados e quem paga esse custo são os clientes, obrigados a esperar na fila e deixar de fazer outras atividades” – diz Marco.

Os bancos elitizam os ser-viços: o cliente é empurrado para o autoatendimento, o correspondente bancário e as casas lotéricas, com suas fi-

las enormes, sem segurança e sujeito às intempéries. O investimento em tecnologia é importante, mas não subs-titui o bancário, e muito me-nos pode servir de pretexto para expulsar os clientes das agências. Há mais de quinze anos, a categoria reivindica a ampliação do horário de aten-dimento nas agências, que funcionariam das 9 h às 17 h, e quer a criação de dois turnos de trabalho. “Além de melho-rar o atendimento, a medida geraria novos empregos para a categoria” – conclui Marco Antônio Pereira.

vez de cobrar medidas de se-gurança dos bancos, como a implantação de equipamentos que impeçam a visualização

das operações nos caixas e ter-minais de autoatendimento” – diz o presidente do Sindicato dos Bancários de Barretos e

Região, Marco Antonio Pe-reira. Ele acrescenta: “Nos bancos, as ligações telefônicas são controladas por centrais que vivem sobrecarregadas e o bancário usa o próprio ce-lular para falar com clientes e familiares” – afirma.

Marco Antonio lembra que, nos locais em que a medida foi adotada, bancários e vigi-lantes são orientados a alertar os clientes sobre a proibição do uso do telefone celular, apesar de não ser responsabi-lidade deles. Para o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boa-ventura Santos, “o vigilante tem de cuidar da segurança e das pessoas que circulam nas

agências, e não de se preo-cupar com quem usa o ce-lular. Não vamos assumir o papel de censor” – garante.

Segundo o presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Ad-vogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Arles Gonçalves Júnior, “os vi-gilantes não têm poder de polícia e não podem proibir os cidadãos de usar seus ce-lulares”. Segundo a gerente jurídica do Instituto de De-fesa do Consumidor (Idec), Maria Elisa Novais, “o con-sumidor será restringido na sua liberdade por não poder se comunicar em ambiente público”.

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5Barretos

entrevista

a esperança numa sociedade democrática e justaCrise no ensino jurídico não desanima professor Alysson Mascaro, da USP e do Mackenzie

O professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), da Univer-sidade Presbiteriana Macken-zie e membro da Comissão de Ensino Jurídico da OAB-SP Alysson Leandro Mascaro concede entrevista ao jornal Brasil Atual – Barretos, e aborda temas como a crise no ensino jurídico, o tecnicismo na formação acadêmica e o exame da Ordem. E demons-tra confiança no futuro.O ensino jurídico está em crise?Muitos consideram que a crise do ensino jurídico existe por-que ele não forma pessoas ha-bilitadas para passar em con-curso. Eu penso que esse seja um sintoma muito parcial da crise. A crise mais profunda é que o sistema não forma pes-soas para construir uma estru-tura social justa, o que é pouco comentado nos dias de hoje.E como se dá essa formação?As pessoas esperam que um aluno de direito seja formado como se fosse um robô, que a sua formação seja um adestra-mento para a advocacia, para a prova da OAB. É preciso que a gente comece a pensar na crise, observando qual é a verdadeira crise estrutural no ensino jurídico do Brasil, que é um pouco maior.Como sair da crise?É preciso que o jurista enten-da que a sua vida não se limi-ta à reprodução daquilo que é automático da profissão. Não é apenas ser advogado, juiz, promotor. É mais do que isso. É entender os horizontes dese-

jados para a sociedade, o que a gente pretende em termos de justiça social, de libertação do povo, de transformação das estruturas. E agir juridicamen-te para isso.As faculdades formam a cons-ciência crítica dos juristas?Elas não têm formado a cons-ciência crítica do jurista. Elas formam uma cabeça para pen-sar os problemas técnicos. Su-perar a técnica para chegar à crítica, eu penso que é o hori-zonte de melhoria que a gente possa fazer para o ensino jurí-dico no Brasil.As faculdades privadas são culpadas pela formação de profissionais com pouco sen-so crítico?O problema das faculdades de Direito privadas é grande e re-vela o quadro do ensino univer-sitário no Brasil. Em todas as áreas, há alunos formados em instituições que buscam só o lucro e não em instituições que buscam a qualidade de ensino.

O problema, então, é formar quantidade de pessoas e não pessoas com formação de qualidade?Quando a gente observa um mundo universitário que ape-nas adestra as pessoas às téc-nicas da profissão, a gente nota que o ensino de quantida-de não se preocupa com a qua-lidade. É um ensino que pensa em dar “mínimos ferramen-tais”. Eu penso que a grade deva pensar nos “máximos” meios de compreensão para aquele aluno que se forma.Como reverter essa situação?A maior dificuldade é a da qualidade do ensino limitada pela sua estrutura financeira. As faculdades não querem diminuir sua taxa de lucro e investir em pesquisa, na for-mação de professores, na qua-lidade dos alunos. Enquanto houver o impasse do ensino mercantilizado, penso que é difícil melhorar a qualidade geral do ensino jurídico, res-

salvadas, é óbvio, as exceções que sempre existem.A exigência do exame da Or-dem dos Advogados não é reserva de mercado?De certo modo, foi uma reser-va de mercado. Mas foi uma forma de resolver de imediato uma questão imediata. Dado o fato de termos uma estrutura jurídica no Brasil de ensino de Direito muito desqualificada, é temerário soltar no mercado profissionais sem a mínima formação.Por que é difícil perceber a falta de preparo do profis-sional?Ao contrário dos médicos, que revelam no primeiro ou segundo caso uma eventual má formação, porque matam o paciente, no caso do Direito a percepção do péssimo profis-sional não acontece de ime-diato. Em muitos casos nem se percebe.O advogado ruim passa des-percebido?

O péssimo profissional de Direito não é tão percebido quanto um médico, um enge-nheiro – porque o prédio cai. No caso do Direito, alguém há de perder uma ação. Mas fica difícil, para aquele que não é jurista, mensurar a qualidade do profissional de Direito.Por essa análise, o exame da Ordem se justifica?Como o processo de melhoria da qualidade do profissional de Direito seria uma transfor-mação total das faculdades e isso não se vê a curto prazo acontecer, penso que o exame da Ordem seja, ainda que uma reserva de mercado, um instru-mento qualificador para que a sociedade possa ter alguns ins-trumentais de referência nos profissionais de Direito.Há esperança para o Direito e para a sociedade?O Direito revela sua espe-rança quando ele deixa de sonhar com a Ordem, com as instituições, e começa a sonhar com um mundo justo e transformador. Nesse sen-tido, o jurista dá as mãos a todos os demais lutadores e batalhadores de um mundo transformado, sem importar a sua profissão. Num só ideal, todos começam a lutar e bus-car outros objetivos e formas de reprodução social. A espe-rança no Direito é a sociedade justa. Mais do que um mun-do de ordem e de instituições como hoje se põe, uma socie-dade transformada que possa dar condições para que todos tenham de fato a sua plenitu-de e a sua dignidade de vida.

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devoção

foliões mantêm tradição da profecia de santos reisDezembro e janeiro, meses de cantoria, peregrinação, pagamento de promessas e festas

A “profecia” que anuncia a chegada do “Menino Deus” é uma tradição mantida por várias Companhias de Reis do município. Entre os gru-pos mais representativos estão Irmãos Borges, Santa Joaqui-na, Cachoeira, Brejinho. O “embaixador” Luiz Cardoso de Faria, o Luizão, 69 anos, herdou a devoção do seu pai e do avô. Ele puxa a canto-ria na Companhia dos Irmãos Borges, da Fazenda Armour, que em 2012 completou 68 anos de festa. Com sua viola, ele entoa cantos de louvor ao nascimento de Jesus e de agra-decimento aos devotos que re-cebem a folia e a bandeira em suas casas.

Tradicionalmente, os me-ses de dezembro e janeiro são dedicados à cantoria, à pere- a companhia de reis irmãos borges vem com ana rubia tobias vestida de palhaço

evento

barretos motorcycles, o encontro de motos do brasilEntre as diversas atrações do evento, o rock dos Titãs e o samba-rock do Sambô estão confirmados

grinação de casa em casa, ao cumprimento de promessas e às festas. Em 6 de janeiro, na Fazenda Armour, foram ofere-cidas mais de 7 mil refeições, segundo o presidente da Com-panhia Irmãos Borges, Swamy Borges Gouveia. O alimento é fruto de doação dos devo-tos e do trabalho voluntário das pessoas. A universitária de veterinária Ana Rubia To-bias, 20 anos, dedica parte de suas férias escolares a cumprir promessa feita por sua mãe. Quando ela era criança de colo, apareceu um nódulo em seu rosto. “Fui desenganada pelos médicos. Minha mãe pe-diu a intercessão a santos reis e sarei” – conta. Desde então ela cumpre a função de palha-ça mensageira e guardiã da bandeira da Companhia.

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O Barretos Motorcycles terá no dia 27 de abril o grupo de samba-rock Sambô, e no dia 28 de abril, a banda Titãs. A 10ª edição do evento será no Parque do Peão, espaço de 3 milhões de m2, de 27 a 29 de abril. Entre as atrações confirmadas estão Museu da Moto Antiga, Concurso de Motos, CityTour, Concurso de Bandas Rock Fest e Con-curso Garota Motorcycles, no dia 28 de abril.

O Sambô é um grupo que reinventou o gênero

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musical do samba-rock, com uma roupagem moderna. O grupo se apresenta numa roda

de samba. Soam sucessos de Janis Joplin, James Brown, Led Zeppelin e outras lendas.

No sábado, é a vez dos Titãs. A banda se apresenta no Palco Esplanada, para 30 mil pessoas. O show faz par-te das comemorações dos 30 anos de carreira, que a ban-da celebra em 2012. “Trata-se de uma das bandas mais pedidas pelos motoclubes que sempre marcam presen-ça no Barretos Motorcycles” – explica o presidente de Os Independentes, entidade or-ganizadora do evento, Hugo Resende Filho.

O Barretos Motorcycles

atrai apaixonados por motos e é o principal evento do gê-nero no país. Em 2011, 85 mil pessoas foram ao encontro, que tem um mix de atrações: equipes de Motocross, shows de Freestyle, shows musicais, citytour, enduro, concursos, e muito mais. No Parque do Peão, pode-se acampar, o que contribui para o clima de encontro e aventura. Lá, também uma ampla área é dedicada aos fornecedores e comerciantes do ramo, que apresentam suas novidades.

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7Barretos

futebol

touro do vale aposta num time de pegada

clube realiza campanha para ganhar mais sócios

Pegada, força, criação e finalização, as armas do técnico Valter Ferreira para a disputa da A3“Pegada, força, criação

e finalização” são caracte-rísticas que o técnico Valter Ferreira levou em conta para montar o time do Barretos Es-porte Clube, que disputa a Sé-rie A3 do Campeonato Paulis-ta de Futebol. A diferença da competição do ano passado para 2012 é que vai melhorar o nível técnico e a qualidade dos gramados. Valter lembra que o limite de idade para contratar jogadores em 2011 dificultava a montagem do time. “Agora, podemos utili-zar atletas de qualquer idade – diz ele.

O campeonato “corrido”, com jogos aos domingos e no meio da semana, vai dificultar os treinamentos comandados por Valter Ferreira. Contudo, ele aposta num “bom banco” para suprir possíveis perdas de jogadores na competição, seja por causa de contusão ou car-tões recebidos.

Para o treinador, o atual time do Barretos possui bons jogado-res, mas “faltam alguns ajustes” para a equipe se encaixar. “Pre-cisamos ganhar jogos para ter tranquilidade e dar sequência no planejamento” – afirma.

Nas três primeiras rodadas

da Série A3 o Barretos Espor-te Clube perdeu por 2 x 0 para o São Bento de Sorocaba e por 3 x 2 para o Independente de Limeira, e empatou na estreia da competição em 1 gol contra o XV de Novembro de Piraci-caba.

Em fevereiro, o Touro do Vale tem ainda dois compro-missos no Estádio Fortale-za. No dia 15, quarta-feira, à noite, enfrenta a Inter de Be-bedouro. E no dia 29, quarta--feira, à noite, pega o Capiva-riano. No dia 18, sábado, vai a Sertãozinho; e no dia 26, do-mingo, joga em Batatais.

A diretoria do Barretos Esporte Clube realiza uma campanha de sócios para apoiar o time na disputa da Série A3 do Campeonato Paulista de 2012. De acor-do com o secretário Thia-go Lopes, são dois tipos de sócios que o BEC tem em 2012. O sócio “empresa”, que tem as categorias ouro e

prata. O sócio “pessoa física”, tem as categorias arquibanca-da e geral. “Nós criamos um sistema que permite a entrada do casal e ainda ganham cami-sas do clube para incentivar o associado”, explicou Thiago Lopes. Os interessados podem entrar em contato na loja A Construtora no telefone 17-3322-6533, com Thiago Lo-

pes no 7811-4813 ou com os integrantes da diretoria.

O sócio tem direito a uma camisa do clube, entregue de-pois do pagamento da primei-ra parcela. Também pode levar uma pessoa do sexo oposto aos jogos no Estádio Fortale-za. Os títulos podem ser pagos em quatro parcelas, inclusive pelo cartão de crédito.

Sócio empresa

Categoria Ouro R$ 800,00 (2 casais) (ganha 2 camisas)

Categoria Prata R$ 400,00 (1 casal)

Sócio pessoa física

Arquibancada R$ 400,00 (1 casal)

Geral R$ 200,00 (1 casal)

Confira, abaixo, a nova campanha do BECa

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anuncie aqui!Telefone: (11) 3241–0008

E-mail: [email protected]

Rede

uma nova comunicação Para um novo brasil

gol do bec frente ao independente de limeira

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8 Barretos

foto síntese – região dos lagos Palavras cruZadasPalavras cruZadas

respostas

Palavras cruZadas

sudoku

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

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Palavras cruzadas

rEnDErizArArAPOngASrEilnAAiMPliCArPDiEOUrUDOATAPArirDAlVAAlTEPAlAlUA

ArnUirATrASArDPOUSiOCOr

horizontal – 1. Ato pelo qual se pode obter o produto final de um processamento digital, especialmente em programas de modelagem 2D e 3D 2. Cidade do Paraná 3. Monarca; A primeira vogal duplicada 4. Provocar, amolar 5. O, em alemão; rico, endinheirado 6. Antigo Testamento; Dar à luz em parto 7. nome de uma estrela; Forma abreviada de altitude 8. Viseira de boné, quepe ou chapéu; Satélite da Terra 9. Pelado; Partir 10. Provocar a demora 11. Terreno cuja cultura se interrompeu para repouso; impressão variável que a luz refletida pelos corpos produz no órgão da vista.

vertical – 1. Qualidade de raro; Sigla do Amapá 2. Pessoa que, como penitência ou por índole, vive solitária em lugar deserto; Ação 3. Sinal gráfico pelo qual se distingue cada um dos quatro grupos de cartas de um baralho; long-play (Abrev.); (Quím.) Símb. de rutênio 4. Distrito Policial (Abrev.); Mulheres que têm avareza 5. relativo ou pertencente à Eólia; Sigla de Alagoas; Sétima nota musical 6. Sigla do rio grande do norte; Copa, em inglês; Homem pequeno 7. (Fem.) Que é falto de instrução, ignorante; Cidade da Mesopotâmia localizada na grande Babilônia, junto ao rio Eufrates, habitada na Antiguidade pelos caldeus 8. A última e a primeira letra do nosso alfabeto; Próprio do campo 9. Dá sustentação ao voo; Dissolvido, desfeito 10. Chegar ao porto.

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