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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO SUPERIOR Por: Eduardo Pereira de Faria Orientadora Mônica Ferreira de Melo Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE INTEGRADA AVM

RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO SUPERIOR

Por: Eduardo Pereira de Faria

Orientadora

Mônica Ferreira de Melo

Rio de Janeiro

2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE INTEGRADA AVM

RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO SUPERIOR

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de pós-graduando em Docência

do Ensino Superior.

Por: Eduardo Pereira de Faria.

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AGRADECIMENTOS

à orientadora Mônica Melo, e amigos

que ajudaram para a finalização do

trabalho.

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DEDICATÓRIA

aos meus alunos e amigos professores

que poderão ser beneficiados por esse

estudo.

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RESUMO

Esse estudo mostrou que os recursos didáticos mais tradicionais ainda estão

presentes na maioria das salas de aula do ensino superior. O problema fica

com a dificuldade e a falta de recursos necessários para a formação de um

professor atualizado nas propostas do ensino-aprendizagem. As instituições

poderiam investir nesse profissional, fornecendo cursos de formação

continuada em que estas seriam as principais beneficiadas do investimento

proposto.

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METODOLOGIA

A observação aos colegas professores desde o início de minha carreira

como professor em 2003, me levou à estudar sobre o tema proposto. Suas

dificuldades ou facilidades com alguns recursos metodológicos me fizeram ler

mais sobre o assunto.

Livros de autores consagrados como o Paulo Freire, Antoni Zabala e

Maria Serrano entre outros me ajudaram em paralelo aos artigos de sites.

O monitoramento de aulas e planejamentos de colegas professores

também foi muito importante para fazer um mapa de uso e de dificuldades com

os recursos apontados.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - RECURSOS DIDÁTICOS 10

CAPÍTULO II - O INSTRUMENTO E O DOCENTE 25

CAPÍTULO III – PROFESSORES INVESTIGADOS 32

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

ÍNDICE 43

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INTRODUÇÃO

A relação entre o docente e o discente vem se aperfeiçoando com o

passar das décadas. A explicação para essa mudança é a exigência de novas

formas nessa relação.

Reconhecemos a Pedagogia e a Didática como pilares da Educação

brasileira, o que por vários anos, não foram valorizadas por docentes do Ensino

Superior. Bastaria ter experiência na área de conhecimento o que é um grande

erro. O docente deve ter uma formação pedagógica para entender quais as

ferramentas ele poderá usar em suas aulas, quais são os seus erros e como

corrigi-los. Sem essa formação, o profissional do Ensino Superior tem a palavra

“absoluta”, mesmo que seja equivocada.

Entretanto, há educadores que vêm os alunos como os principais

agentes do processo educativo. Verificam como estão suas aptidões, suas

necessidades e interesses, para que possam buscar as melhores informações

e auxiliá-los no desenvolvimento de suas habilidades, na modificação de

atitudes e comportamentos e na busca de novos significados dos fatos. As

atividades desses educadores estão centradas nos discentes, em suas

aptidões, capacidades, expectativas, interesses, possibilidades, oportunidades

e condições para aprender. Atuam, portanto, como facilitadores da

aprendizagem. São preocupados com uma educação para mudança. Nessa

ótica, os discentes são incentivados a expressar suas próprias ideias, a

investigar com independência e a procurar os meios para o seu

desenvolvimento individual e social.

Verifica-se que houve progressão em relação à pedagogia do Ensino

Superior com novos conceitos e novos métodos. O discente que antes era visto

como sujeito passivo é hoje substituído pelo sujeito ativo da aprendizagem. Ele

vai atrás das informações ativamente de forma complementar e necessária

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para a solução dos seus problemas, organizando racionalmente os

conhecimentos que adquire. Portanto, o ensino passa a ser mais do que uma

mera transmissão de conhecimento, exigindo que haja fornecimento de

métodos e de ferramentas para desempenho desse papel ativo. Assim, o foco

principal na ação educativa transfere-se, em grande parte, do ensino para

aprendizagem. O papel do educador do Ensino Superior passa a mudar.

Segundo o estudo de pesquisa, verificou-se a frequência e o

conhecimento de recursos didáticos nas instituições do Ensino Superior.

Vamos conhecer novas ferramentas, outras mais comuns e também recursos

aperfeiçoados como é o caso do computador que mensalmente inova com um

aplicativo ou mídia para facilitar o trabalho do Docente.

A didática que significa a arte de ensinar, tem seu valor quando se trata

da maneira com que o docente aborda tal tema em sala. Como posso aplicar

uma atividade para que meus alunos entendam esse tema? Com conteúdo?

Com exercícios? Com Filmes? Com jogos? Com músicas? São muitos os

instrumentos metodológicos para abordar um tema. Aí que entra em cena um

docente e não um pesquisador. Será que os docentes estão preparados para

diversificar esses instrumentos metodológicos no Ensino Superior?

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CAPÍTULO I

RECURSOS DIDÁTICOS

Podemos enumerar diversas definições de recursos didáticos. Uma

delas, de Salete Eduardo de Souza (2007), diz: “recurso didático é todo

material utilizado como auxilio no ensino - aprendizagem do conteúdo proposto

para ser aplicado pelo professor a seus alunos”.(p.111)

Dessa forma, tudo aquilo que podemos colocar a disposição da

educação é considerado como um recurso didático, entretanto não é todo

recurso que pode ser utilizado para o ensino de determinado assunto, como

nem todo assunto pode ser trabalhado com o auxílio de qualquer recurso. Cabe

ao professor analisar quais os recursos didáticos que ele dispõe, ou a

instituição detêm para que aquele determinado assunto seja ministrado.

Souza (2007) conclui que “O professor deve ter formação e

competência para utilizar os recursos didáticos que estão a seu alcance e

muita criatividade, ou até mesmo construir juntamente com seus alunos [...]”

(p. 111)

Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito,

deve haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como

utilizá-lo para alcançar o objetivo proposto por sua disciplina.

Para que a sintonia entre os recursos didáticos, o professor e o

conteúdo seja fina, O docente deve estar habilitado para o uso destes

recursos, o que pode ser muito bem resolvido com as capacitações. A questão

da criatividade apontada por Souza significa dizer que o professor deverá

sempre buscar perceber a íntima relação entre o recurso e o conteúdo a ser

explorado.

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1.1. FUNÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS

Os recursos didáticos têm como função aumentar o alcance das

mensagens, ou seja, fazer com que o maior número de alunos possa assimilar

o conhecimento. Dessa forma, quanto maior a diversidade de recursos, melhor

é a aprendizagem, pois se os estudantes não conseguem entender com um

método, o uso de um segundo método pode melhorar o entendimento e fixar a

mensagem para quem já compreendeu. No mundo globalizado, já não é

possível se caminhar sem o uso das novas tecnologias de informação e

comunicação, a comunidade escolar já percebe a importância das tecnologias

como ferramenta didático-pedagógica na educação, e como instrumento de

mudanças no processo de ensino e aprendizagem.

O espaço escolar deve ser visto como um espaço de constantes

mudanças, onde o aluno possa, de forma participativa, interagir positivamente

na construção do conhecimento. Dentre os recursos tecnológicos mais

avançados, está o computador com todas as suas potencialidades, inclusive a

internet que é uma fonte diversificada de pesquisa de conteúdo, uma fonte de

atividades variadas e interessantes multimídias, imagens, software, sons,

textos, entre outros, sendo o professor uma peça importante no processo

pedagógico como orientador e mediador, por meio de um roteiro bem definido

dos temas abordados, fornecendo pistas, questionando posições e estratégias,

promovendo perspectivas de análise mais crítica por parte dos usuários.

Quando o professor entra na sala de aula, ele já está com os recursos

básicos da profissão que são o livro, quadro, e apagador que perduram há

séculos. Realizar atividades pedagógicas dinâmicas e mais atraentes é papel

do profissional da era tecnológica. Sabemos que as escolas apresentam

algumas limitações quando o assunto é recurso, mas o que nos é disponível

tem que ser utilizado de forma eficaz e prazerosa, porque eles podem contribuir

para o desenvolvimento do educando preparando-o para o exercício da

cidadania e para o mercado de trabalho. Ensinar com as novas tecnologias só

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será proveitoso se mudarmos nossos paradigmas tradicionais, que mantêm

distantes professores e alunos.

1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS

Para melhor entendimento no nosso estudo, os recursos didáticos

foram organizados aqui em três grupos: (Os mais significativos serão

estudados e aprofundados)

1º grupo: Pedagógicos

Estão nesse grupo, o quadro negro, o livro, o mimeógrafo, os jogos,

jornais e revistas, o slide, O retroprojetor, as maquetes, as gravuras, o cartaz,

etc.

2º grupo: Tecnológicos

Estão nesse grupo, o rádio, a televisão, o DVD, a lousa interativa, o

computador e seus dispositivos, o Data-show, o Tablet, a internet e seus

dispositivos.

3º grupo: Culturais

Museus, exposições, bibliotecas, feiras, etc.

1.2.1. DOS RECURSOS PEDAGÓGICOS

A) O quadro negro ou lousa

O quadro de escrever ou lousa, é o veículo mais simples e acessível

de uso de mensagens visuais. Freitas (2007, pág. 30) afirma que o quadro

negro é um excelente meio de comunicação e de fácil instalação, não demanda

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muito tempo do planejamento e os assuntos apresentados podem ser

corrigidos com mais facilidade.

É o recurso de ensino mais utilizado nas instituições do ensino

superior. O quadro deve ser usado com critério e equilíbrio, a sequência do

assunto deve ser respeitada, só o que é importante deve ser escrito.

O quadro, além de facilitar a visualização, pode ser utilizado para

registro da introdução de um assunto e torna-se altamente valioso. Segundo

Sant'Anna: “o quadro é um recurso de que toda escola dispõe, é um meio

rápido, seguro, barato e eficiente para dinamizar o ensino.” Hoje, as

instituições educacionais possuem um quadro branco, o mesmo substitui o

quadro-verde. Os registros são feitos com uma caneta especial.

Ao utilizar o quadro é importante que seja feito um planejamento da

mensagem e determinação do público para a ele adequar as palavras e as

ilustrações. Os objetivos do quadro em uma aula do ensino superior são:

ü reforçar a exposição do professor;

ü possibilitar trabalho simultâneo com a turma;

ü facilitar a sistematização do conteúdo (apresentação e correção

das atividades);

ü esquematizar o conteúdo no início e no fim da aula.

Durante o uso da lousa é recomendável observar algumas técnicas:

apagar bem o quadro ao entrar em sala, usar o quadro como complementação

ao uso de outros recursos didáticos, ficar ao lado do quadro quando o estiver

usando e escrever com limpeza e ordem.

B) O mimeógrafo

O mimeógrafo foi inventado para auxiliar na agilidade de materiais

impressos, contribuindo para a reprodução de materiais didáticos utilizados

pelos professores sendo um equipamento com custo baixo, pois não necessita

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de energia elétrica, visto que sua versão mais popular funciona a álcool. O

estêncil, que consiste em duas folhas que contém um carbono entre elas, é o

material onde será preparado o conteúdo a ser reproduzido.

Sobre este recurso, Freitas (2007), nos mostra que:

O mimeógrafo é um equipamento muito comum na

educação brasileira graças à sua agilidade na reprodução

de materiais impressos. Com a popularização da

impressora, o mimeógrafo foi perdendo seu lugar nas

instituições do ensino superior. (p. 32)

C) O retroprojetor

Sobre a utilização deste recurso, Freitas (2007) afirma:

As transparências são um recurso visual que pode ser

usado em todas as modalidades do ensino e áreas do

currículo, podendo auxiliar na introdução, recapitulação,

fixação e verificação dos conteúdos trabalhados. Facilita a

concentração, mantendo a atenção e o interesse do

estudante, mediando a construção do conhecimento. (p.

35)

Para conseguir estes resultados, não se pode ficar preso somente à

leitura das transparências, pensando sempre em maneiras de buscar a atenção

dos alunos sem fazer com que percam o interesse pela aula. Algumas dessas

maneiras se resumem em utilizar exemplos para relacionar o que está escrito;

apontar as informações mais importantes trazidas pelo objeto.

É importante frisar que o retroprojetor deve ser utilizado em paralelo

com outros recursos para exposição dos conteúdos.

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D) O cartaz

Esse é um recurso de produção e exposição de massa, um recurso

visual cuja finalidade é de anunciar os mais diversos tipos de mensagens. O

cartaz tem o objetivo de transmitir mensagens para os alunos, motivando e

passando alguma informação importante que precisa ser destacada.

Por meio desse recurso é possível deixar a vista de toda a sala, os

conteúdos que já foram trabalhados, fazendo com que os alunos relembrem o

que aprenderam. Os cartazes devem conter letras de vários tamanhos e

espessuras para que os alunos possam entender a mensagem que o recurso

deseja transmitir. Existem várias maneiras de confeccionar um cartaz, desde

que a letra utilizada seja escolhida de forma adequada para o entendimento do

aluno, sendo simples e fácil de ser lida:

Uma sala de aula repleta de textos nas paredes mostra

claramente que, naquele espaço, a leitura e a escrita são

valorizadas. Da mesma forma,paredes que exibem

desenhos e trabalhos dos alunos dão mostras de que sua

produção é valorizada, ou melhor, que o aluno é

valorizado! (FREITAS, 2007, p. 38).

E) O LIVRO

As discussões referentes ao uso do livro didático são muitas vezes

contraditórias e incoerentes. Ora, como explicar a necessidade desse, quando

falamos tanto em construção do conhecimento? O livro não limitaria a

aprendizagem, desestimulando os alunos? Podemos abrir caminho para uma

educação mais próxima à realidade dos alunos por meio de um material

“engessado”? Essas e outras questões nos fazem refletir sobre o papel do

professor diante do livro. Uma proposta pedagógica bem fundamentada

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valoriza a vivência do aluno, as práticas sociais, e experiências de observação,

comparação, pesquisa, elaboração de hipóteses e conclusões.

O planejamento do programa curricular pode diminuir os efeitos do

material “engessado”. A combinação do livro com inclusões de sites nas

sessões dos capítulos, também pode ajudar esse recurso, tão tradicional e

importante, a sobreviver algumas décadas na educação brasileira do ensino

superior.

1.2.3. DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS

Os recursos tecnológicos estão sempre em evolução. Chamados de

recursos audiovisuais, notamos mudanças significativas frequentemente nos

que já existem ou no aparecimento de novas formas de didática do ensino

superior. Aqui, veremos os mais marcantes e que estão revolucionando a

forma de ministrar e conviver com essas ferramentas.

A) O rádio

O rádio, ainda hoje, em meio aos avanços tecnológicos é um dos

recursos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, devendo ser

trabalhado interdisciplinarmente, pois promove o debate, colaborando para a

cidadania e a integração da comunidade.

Por questões políticas, o rádio foi deixando de ser um veículo voltado

para a educação, se tornando um meio de comunicação política.

Pode-se considerar que o desenvolvimento do rádio

brasileiro foi freado neste período, não “apenas por

razões de ordem técnica, mas também pela turbulenta

conjuntura política”. Já na década de 30, o rádio sofre

uma mudança radical com a inserção de mensagens

comerciais, onde o que era “erudito”, “educativo”,

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“cultural”, passa a transformar-se em “popular”, voltando-

se mais para o lazer e à diversão. (FERREIRA, 2009).

Com o rádio, é possível trabalhar a audição dos alunos; as letras das

canções possibilitam ao educando utilizar a imaginação, percebendo o

ambiente, costumes, cores mencionadas na música. Os docentes devem

avaliar com antecedência o conteúdo da música, para saber o que trabalhar

com os alunos. Além das músicas, o rádio possibilita escutar entrevistas,

diálogos e depoimentos que de acordo com o conteúdo, promove um potencial

valioso ao professor.

B) A televisão

A televisão pode ser utilizada de diversas formas em sala de aula.

Uma vez que a mídia veicula informações diariamente e que podem ser

relacionadas aos conteúdos estudados em sala.

A TV, as propagandas, os programas e as notícias poderão ser

objetos e recursos didáticos para as aulas, uma vez que as atividades visem a

reflexão dos programas assistidos. Nesta proposta ressaltam-se também a

utilização de filmes, documentários, desenhos animados, que colaborem com a

prática pedagógica.

Explorar a TV em sala de aula será mais enriquecedora se o

professor compartilhar a atividade com as demais disciplinas.

(A interdisciplinaridade).

Afirma Napolitano (2003) que:

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O poder e a influência da TV só podem ser revertidos em

conhecimento escolar na medida em que o uso da TV em

sala de aula seja a consequência de um conjunto de

atividades e reflexões partilhadas (o que não invalida as

eventuais iniciativas individuais) (P.23)

Outras atividades também poderão ser elaboradas a partir do uso da

internet, data show, lousa digital e outros recursos multimídia que a escola

disponibilizar. A TV é apontada como recurso principal já que é a realidade

mais próxima da maioria das escolas, educadores e alunos.

C) A lousa Interativa

Este é um recurso atual, que não se pode deixar de mencionar.

Facilita a aprendizagem, a motivação e a interação dos alunos com o professor

e com o conteúdo que está sendo apresentado. Este objeto se parece com

uma tela de computador, de um tamanho maior para que os alunos visualizem

o que está sendo apresentado. O professor pode utilizá-la para acessar a

Internet durante a aula, apresentando a matéria através de imagens sendo

mais dinâmica. Sem se esquecer que o docente pode salvar suas aulas e

compartilhá-las com seus alunos. Sobre o recurso, Brunca (2010) ressalta:

Os especialistas afirmam que a lousa digital surge como

uma necessidade para atender aos anseios dos alunos,

que são imediatistas e querem informações e resultados

rápidos. Nesse contexto, é mais um instrumento para os

professores, que continuam sendo os principais

protagonistas no processo de aprendizagem (p.44)

Desta maneira percebe-se que a lousa digital veio para ajudar o

professor durante suas aulas, não para substituí-lo. A Lousa digital ou Lousa

interativa está presente nas escolas para despertar nos alunos mais interesse

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pela educação, proporcionando-lhes um aprendizado de uma forma mais

divertida, não se prendendo a educação tradicional, onde somente o professor

fala. É possível identificar muitas vantagens sobre a lousa digital. A interação

com o aluno é uma delas. Com esse recurso, ele poderá ser um indivíduo ativo

e causador nas aulas.

D) O computador

Esse recurso revolucionou a maneira de ver, ler e estudar. Mudou a

rotina dos professores e, claro, do aluno. O indivíduo foi obrigado a mudar

como era. O detalhe que não tem como voltar ao retroprojetor, ao mimeógrafo.

Facilitou de uma maneira surpreendente e rápida a rotina de todos. O que isso

causou? Os alunos tinham um acesso tão rápido às informações, que aquela

aula do professor tradicional, já não era tão interessante e satisfatória para

eles. As informações estavam dentro daquela “caixinha”.

O computador foi criado e com a mesma rapidez dele, novos

recursos também foram. A internet apareceu daí. O mundo anda muito mais

rápido depois dela. As novidades passam muito rápido. Os educadores devem

se atualizar de acordo com a evolução. Além da internet, o computador inovou

com o Tablet, uma ferramenta que o aluno pode ter como um livro. O DVD, que

é uma mídia projetada pelo computador. O Skype também é outro recurso

muito interessante para a sala de aula. A lousa interativa que foi mencionada

acima, é ligada ao computador é melhor aproveitada se acoplada à internet.

E) O Tablet

O Tablet chegou para ficar. Ao entrar em uma sala do ensino

superior, perceberá que ele está presente em grande parte das carteiras. É

uma solução. As diversas formas de utilização dos Tablets ainda estão sendo

discutidas no mercado de consumo, mas as empresas de educação já apostam

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que o novo instrumento será, em breve, indispensável na sala de aula e

colocando na ponta do lápis, barata aos estudantes:

A utilização de equipamentos tecnológicos como recursos

didáticos representa um avanço na educação, em termos

de instrumento e modernidade. É óbvio que o uso desses

aparelhos poderá dinamizar e facilitar o processo de

ensino e aprendizagem. Mas, não sejamos sonhadores de

mais a ponto de acreditarmos que digitalizando os objetos

de nossas escolas estaremos mudando a educação

brasileira. Se não houver uma mudança significativa no

modo de conceber a e agir pela educação, não serão os

tablets os responsáveis pelo milagre.(GÊNESSON, 2011)

1.2.4. DOS RECURSOS CULTURAIS

A) O TEATRO

Desde a antiguidade, o teatro sempre se mostrou uma poderosa

ferramenta para a educação. Na Grécia Antiga, onde o teatro nasceu, esse fato

já era notório – nas comédias, que ironizavam os costumes da época, ou,

mesmo, nas tragédias, que levavam (e ainda levam) o homem a refletir através

do espelhamento que o teatro promove, suas ações e seu comportamento

diante dos conflitos que a vida oferece. Na Idade Média, esse recurso didático

foi utilizado de forma mais explícita pela Igreja, que estimulou a encenação da

vida dos santos e passagens da vida de Jesus Cristo. Naquele tempo, poucas

pessoas sabiam ler, então, era necessário que a história fosse contada e

assimilada de forma emocional – e o teatro cumpriu brilhantemente esse papel.

Em muitos momentos da história, sob regimes opressores, o teatro, com sua

característica de promover a reflexão.

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B) A BIBLIOTECA

A biblioteca é um recurso didático indispensável no processo de

aprendizagem. A biblioteca deve se constituir num ambiente acolhedor,

convidativo; o aluno, reiteradas vezes, orientado para colaborar com a boa

ordem, ser responsável, ajudando a manter o livro em bom estado de

conservação. É indispensável uma pessoa treinada – bibliotecária é sonhar alto

– encarregada da organização, da manutenção, do atendimento à população

estudantil.

A leitura, isentando a pesquisa, não deve ser imposta, mas,

sugerida, conduzida, despertada. Deixando-a de livre escolha, o aluno vai

revelar suas tendências, suas aspirações, seus anseios. A leitura espontânea é

um caminho aberto para conhecer melhor o aluno, sua vocação. Ademais, a

coisa imposta produz o efeito contrário, revolta e influencia negativamente.

Frases estimuladoras, incentivadoras, slogans, devem ser espalhadas em volta

e dentro da biblioteca.

A leitura é uma dos alicerces da educação. Criar no aluno o hábito

da leitura, prepará-lo para ler, é, talvez, um dos mais representativos passos do

educador, que tem na biblioteca o grande marco. Já se disse que “os livros

constroem as grandes pátrias”. Os povos ignorantes abdicam de si nos outros

e voltam-se à servidão, ao desaparecimento.

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CAPÍTULO II

O INSTRUMENTO E O DOCENTE

2.1 O mediador

Desde o início do estudo, venho observando como o professor

escolhe, analisa e trabalha com seus instrumentos metodológicos.

Cada profissional tem sua forma de ministrar e preparar suas aulas. Uns mais

modernos e outros mais tradicionais, mas se há uma sintonia entre o conteúdo

e a maneira que ele vai ministrar aos alunos, o sucesso será garantido.

O que ficou faltando entre o conteúdo e a maneira que o professor

utiliza para mediar suas aulas, é o instrumento a ser utilizado. Para dar aula

preciso de uma sala, um conteúdo e um recurso didático. Certo? Fisicamente

sim. O que não foi mencionado é a formação e a didática desse professor ao

utilizar certo conteúdo com a ajuda de algum instrumento metodológico para

chegar ao resultado final que é o entendimento do aluno.

O novo perfil de professor é muito diferente do perfil do professor

tradicional. Segundo SERRANO (1990):

É fundamental que esse professor seja o organizador da

interação de cada aluno com o objeto do conhecimento;

conceba a tarefa como uma mediação para que toda a

atividade que se leve até o fim seja significativa e estimule

o potencial de cada um dos alunos em um trabalho

cooperativo, entre esses professores; deve ser quem

conceba e ative o valor funcional da aprendizagem da

cultura para a vida cotidiana do aluno; seja capaz de

reproduzir uma tradição cultural, mas também de gerar

contradições e promover alternativas; de facilitar aos

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alunos a integração de todas as ofertas de formação

internas e externas na aula; de projetar e organizar

trabalhos disciplinares e interdisciplinares, de colaborar

com o mundo exterior da escola. (p.184).

O professor deve estar apto para o seu trabalho. Essa competência,

segundo (PERRENOUD, 2000) é a capacidade de mobilizar um conjunto de

recursos cognitivos para solucionar com pertinência e eficácia uma série de

situações. Para ele,

As competências a serem mobilizadas são organizar e

dirigir situações de aprendizagem; administrar a

progressão das aprendizagens; conceber e fazer evoluir

os dispositivos de diferenciação; envolver os alunos em

suas aprendizagens e em seu trabalho; trabalhar em

equipe; participar da administração da escola; informar e

envolver os pais; utilizar novas tecnologias; enfrentar os

deveres e os dilemas éticos da profissão e administrar

sua própria formação contínua. (p. 14)

ZABALA (1998) acredita que as relações que se estabelecem entre

os professores, os alunos e os conteúdos no processo ensino e aprendizagem

são de suma importância. Para tanto, o professor necessita diversificar as

estratégias, propor desafios, comparar, dirigir e estar atento à diversidade dos

alunos, o que significa estabelecer uma interação direta com eles.

Desta forma, segundo ZABALA, das relações interativas necessárias

para facilitar a aprendizagem se deduz uma série de funções dos

professores.Veremos algumas delas:

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Planejar a atuação docente de uma maneira

suficientemente flexível para permitir a adaptação às

necessidades dos alunos em todo o processo de

ensino/aprendizagem; estabelecer um ambiente e

determinadas relações presididos pelo respeito mútuo e

pelo sentimento de confiança, que promovam a

autoestima e o autoconceito; potencializar

progressivamente a autonomia dos alunos na definição de

objetivos, no planejamento das ações que os conduzirão

a eles e em sua realização e controle, possibilitando que

aprendam a aprender,avaliar os alunos conforme suas

capacidades e seus esforços, levando em conta o ponto

pessoal de partida e o processo através do qual adquirem

conhecimento e incentivando a autoavaliação das

competências como meio para favorecer as estratégias de

controle e regulação da própria atividade.(p. 92-93).

A tecnologia nos cerca em todos os momentos e seus avanços são

incalculáveis, influenciando cada vez mais nosso cotidiano. A comunicação

midiática é aprimorada rapidamente e nos coloca mais perto uns dos outros,

possibilitando-nos o acesso a milhares de informações com maior facilidade.

O professor deve estar em constante aperfeiçoamento para que,

assim, possa melhorar o nível de aprendizagem de seus alunos e de si próprio.

Contudo, é necessário também que as escolas proporcionem espaços para

que ele possa aprimorar-se, bem como realizar algumas mudanças no próprio

Projeto Político Pedagógico tornando-o mais dinâmico e flexível.

O que seria o Projeto Político Pedagógico? É o principal documento

da escola que rege o “coração” e seus “órgãos secundários”. Ele deve estar

sempre atualizado sendo um aliado para a prática educativa. Nele estão os

marcos referenciais que sustentam a proposta da escola: Situacional, doutrinal

e operativo:

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A) Marco Situacional: é a percepção de pessoas que planejam em torno da

realidade em geral: quais seus traços marcantes. Segundo

VASCONCELLOS (2000), “é, portanto, o momento da análise da

realidade mais ampla na qual a instituição está inserida”. (p. 182)

B) Marco doutrinal: corresponde aos ideais da instituição, o que ela deseja

para as pessoas e para a sociedade. Para VASCONCELLOS (2000), “é

a proposta de sociedade, pessoa e educação que o grupo assume. Aqui

são expressas as grandes opções do grupo (utopia fim). Contém os

critérios gerais e orientação da instituição”. (p.183)

C) Marco operativo: Este marco define o tipo de escola, de educação e de

educador necessários para alcançar os ideais de sociedade e pessoas

que almejamos.

Segundo VASCONCELLOS (2000),

Expressa o ideal específico da instituição. É a proposta dos

critérios de ação para os diversos aspectos relevantes da

instituição, tendo em vista aquilo que queremos ou

devemos ser (utopia meio).. (p.183)

Só há projeto eficiente se for pautado na construção coletiva e

participativa. Esta participação efetivamente acontece quando os integrantes

assumem uma postura consciente de seu papel na mudança e na

transformação, principalmente tornando-se investigadores de suas próprias

práticas e adotando novas metodologias.

Em relação a esse assunto, FREIRE (1998), acredita que:

Na formação permanente dos professores, o momento

fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É

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26

pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se

pode melhorar a próxima prática.(p.43)

Em meio a tantas transformações e exigências, resta à instituição a

busca de alternativas para a mudança. Essa mudança na educação indica o

que PRETTO (1996) chama de "nova razão". Segundo o autor,

Esse conjunto de novos valores vai caracterizando esse

novo mundo ainda em formação. Um mundo em que a

relação homem-máquina passa a adquirir um novo

estatuto, uma outra dimensão. As máquinas da

comunicação, os computadores, essas novas tecnologias,

não são mais apenas máquinas. São os instrumentos de

uma nova razão. Nesse sentido, as máquinas deixam de

ser, como vinham sendo até então, um elemento de

mediação entre o homem e a natureza e passam a

expressar uma nova razão cognitiva. (p.43)

O educador dos novos tempos, por sua vez, deverá atualizar-se

permanentemente. De acordo com NÓVOA (1995), a formação do professor:

Deve estimular uma perspectiva crítico- reflexiva, que

forneça aos professores os meios de um pensamento

autônomo e que facilite as dinâmicas de autoformação

participada. Estar em formação implica um investimento

pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e

os projetos próprios, com vista à construção de uma

identidade, que é também uma identidade profissional. O

professor é a pessoa. E uma parte importante da pessoa

é o professor. Urge por isso (re)encontrar espaços de

interação entre as dimensões pessoais e profissionais,

permitindo aos professores apropriar-se dos seus

processos de formação e dar-lhes um sentido no quadro

das suas histórias de vida. A formação não se constrói por

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acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de

técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexão

crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente

de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante

investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da

experiência.(p.25).

O processo de ensino-aprendizagem deve ser visto sob

outra perspectiva, onde educar “é colaborar para que

professores e alunos (...) transformem suas vidas em

processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os

alunos na construção da sua identidade, do seu caminho

pessoal e profissional - do seu projeto de vida, no

desenvolvimento das habilidades de compreensão,

emoção e comunicação que lhes permitam encontrar seus

espaços pessoais, sociais e de trabalho e tornar-se

cidadãos realizados e produtivos. Educamos de verdade

quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou ideia que

vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, lemos,

compartilhamos e sonhamos; quando aprendemos em

todos os espaços em que vivemos - na família, na escola,

no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a

integrar em novas sínteses o real e o imaginário; o

presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte

e técnica; razão e emoção (...) Ensinar com as novas

mídias será uma revolução, se mudarmos

simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino,

que mantêm distantes professores e alunos. Caso

contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade,

sem mexer no essencial. A Internet é um novo meio de

comunicação, ainda incipiente, mas que pode ajudar-nos

a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais

de ensinar e de aprender.(MORAN,1998, P. 41).

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A melhoria do processo de ensino e aprendizagem, com vistas às

constantes transformações que se operam em nossa sociedade como um todo,

faz-se necessária que seja dada, principalmente ao professor, oportunidades

de formação permanente, que assegurem práticas coerentes com os princípios

que visam à transformação do sistema educativo e também os desafios que

dela decorrem.

A formação permanente precisa constituir-se em processo que

permita reciclar a formação inicial e que mantenha o professor imbuído do

espírito de investigação e pesquisa refletindo sobre sua prática pedagógica

continuamente.

Que permita, também, a reflexão sobre as implicações pedagógicas

das novas informações e a integração destas com o currículo escolar e o

Projeto Político-Pedagógico. Estes se constituem em espaços de trocas, busca

e dialogo, onde, também, se manifestam as ligações entre a cultura escolar e a

sociedade exterior á escola.

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CAPÍTULO III

O USO DOS RECURSOS PELOS PROFESSORES

3.1. OS RECURSOS UTILIZADOS NA INVESTIGAÇÃO

Vimos que existem muitas ferramentas para que os docentes do

ensino superior possam ministrar seus conteúdos de forma clara e dinâmica.

Eles foram avaliados em quatro deles: o quadro negro ou lousa, o computador,

o data-show e o DVD. O critério foi feito tendo como base, as vezes que o

recurso foi usado em aula ou a ausência deste. A coleta dos dados foi feita no

decorrer de 2012 e 2013.

Aqui, os professores estão identificados por letras. Certamente, o

recurso mais utilizado ainda hoje nos cursos do ensino Superior é o quadro

negro, sendo ele utilizado em grande parte do tempo por todos os professores

estudados:

a) O quadro negro foi utilizado pelos professores A, B, C, D, E, F, G, H, I, J.

b) O computador foi utilizado pelos professores A, F, G, H, I e J.

c) O Data-show foi instrumento de trabalho nas aulas dos professores D, F, H,

e J.

d) O DVD foi instrumento de trabalho nas aulas dos professores B, D, F, G, H, I

e J.

Levando em conta o número de docentes que usa o quadro e DVD e

o número que usa o computador e o Data-show, percebe-se um problema com

a tecnologia da informática, já que os dois primeiros são livres do uso do laptop

ou computador.

O dado é preocupante porque esses recursos não são mais o futuro

e sim o presente. O computador ainda não está no planejamento de muito

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professor do ensino superior. Acredita-se que cursos de capacitação

continuada poderiam corrigir essas “falhas na didática”.

3.2. A FREQUÊNCIA NO USO DOS RECURSOS

Anteriormente vimos o uso de ferramentas pelos professores. Agora

verificaremos a frequência dessas ferramentas:

A) No quadro, o professor A utilizou em 75% das aulas.

*O professor B utilizou por volta de 62.5% das aulas.

*O professor C utilizou em 100% das aulas.

*O professor D utilizou por volta de 87.5% das aulas.

*O professor E utilizou em 100% das aulas.

*O professor F utilizou em 25% das aulas.

*O professor G utilizou por volta de 87.5% das aulas.

*O professor H utilizou em 50% das aulas.

*O professor I utilizou em 100% das aulas.

*O professor J utilizou por volta de 87.5% das aulas.

B) No computador, o professor A utilizou 25% das aulas;

*O professor F utilizou por volta de 87.5% das aulas;

*O professor G utilizou por volta de 12.5% das aulas;

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*O professor H utilizou 75% das aulas;

*O professor I utilizou 50% das aulas;

*O professor J utilizou 50% das aulas.

C) No Data-show, o professor D utilizou 25% das aulas;

*O professor F utilizou 100% das aulas;

*O professor H utilizou por volta de 87.5% das aulas;

*O professor J utilizou 25% das aulas.

D) No DVD, o professor B utilizou por volta de 12.5% das aulas;

* O professor D utilizou por volta de 37.5% das aulas;

* O professor F utilizou por volta de 12.5% das aulas;

*O professor G utilizou 25% das aulas;

*O professor H utilizou por volta de 12.5% das aulas;

*O professor I utilizou 25% das aulas;

*O professor J utilizou por volta de 12.5% das aulas.

3.3. RESULTADO DA PESQUISA

Um dos estudos para essa pesquisa, serviu de base para a

realização de um gráfico que teve os seguintes critérios:

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a) Observar os mediadores em suas aulas

b) Os professores estão identificados por letras.

c) O eixo vertical, em dezenas, representa a porcentagem da

frequência de aulas com os recursos.

d) O eixo horizontal representa os quatro recursos estudados.

O objetivo desse gráfico é comprovar e ilustrar o que foi estudado.

Os integrantes dessa pesquisa são professores de instituições no ensino

superior que foram observados durante o ano de 2013.

No gráfico, veremos a frequência no uso dos recursos durante as

aulas do ensino superior. Os professores que não utilizaram tal recurso, não

foram mencionados anteriormente e as colunas estão em zero no mediante o

recurso não usado.

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Uso dos recursos didáticos pelos professores (%). Professores de A ao J. (2013) (FARIA,2014)

Notou-se pelo gráfico que o uso do computador pelos profissionais

ainda é restrito em suas aulas. O grande número de colunas em zero na tabela

do computador e do data-show denuncia esse problema.

A surpresa ficou por conta do DVD em que imaginava-se menor uso

e ainda assim, esse recurso foi muito utilizado pelos integrantes da pesquisa. O

grande uso do quadro também foi surpreendente, pois esperava-se uma

diminuição, sobretudo no ensino superior.

É importante frisar que o costume e as características próprias de

cada integrante, levou o alto número na coluna do computador em uma parte e

em contrapartida, o baixo número de outra grande parte.

3.4. NECESSIDADE DE FORMAÇÃO NA DIDÁTICA

Diante desses dados, percebeu-se algumas falhas de logística e de

conhecimento técnico nas ferramentas citadas. Verificaremos a seguir os

problemas encontrados nas aulas ministradas:

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A) Quadro negro

O professor E tem problemas na organização do conteúdo colocado.

O professor F usa muito pouco o quadro, ficando sentado por muito tempo.

B) Computador

Os professores B e o E têm dificuldades técnicas com essa ferramenta.

C) Data-show

Os professores E & F têm dificuldades técnicas com essa ferramenta.

D) DVD

Os professores B, D e F apresentaram didática inapropriada na exposição

dos filmes. Problemas como filmes muito antigos com sons de qualidade

inferior aos de hoje, filmes muito extensos sem interrupção do mediador ou os

dois problemas simultaneamente.

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CONCLUSÃO

Concluiu-se uma progressão em relação à pedagogia do Ensino

Superior com novos conceitos e novos métodos. O discente que antes era visto

como sujeito passivo é hoje substituído pelo sujeito ativo da aprendizagem. Ele

vai atrás das informações de forma complementar e necessária para a solução

dos seus problemas, organizando-se racionalmente os conhecimentos que

adquire. Portanto, o ensino passa a ser mais do que uma mera transmissão de

conhecimento, exigindo que haja fornecimento de métodos e de ferramentas

para desempenho desse papel ativo. Assim, o foco principal na ação educativa

transfere-se, em grande parte, do ensino para aprendizagem.

Segundo o estudo de pesquisa, verificou-se a frequência e o

conhecimento de recursos didáticos nas instituições do Ensino Superior.

Conhecemos novas ferramentas, outras mais comuns e também recursos

aperfeiçoados como o computador, Data-show e Tablet.

Percebe-se que os professores devem investir na formação

continuada para levar ao aluno o conteúdo de uma forma mais dinâmica e

construtiva, com a ajuda de métodos e ferramentas previamente estabelecidas

e organizadas.

O mediador deve se adaptar à realidade do mundo, utilizando novos

recursos que geram o interesse de todos, já que ele agora não é o detentor do

saber e sim o facilitador do saber.

O problema fica com a dificuldade e a falta de recursos necessários

para a formação de um professor atualizado nas propostas do ensino-

aprendizagem. As instituições poderiam investir nesse profissional, fornecendo

cursos de formação continuada em que estas seriam as principais beneficiadas

do investimento proposto.

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A didática nos recursos tradicionais também foram estudados e

avaliados. Alguns professores apresentaram problemas de organização e de

uso, como ficar sentado por muito tempo.

Concluiu-se que em geral, o professor do ensino superior já possui

alguma formação, sobretudo não são todos.

O problema aumenta de acordo com o grau de complexidade do

recurso metodológico. Aparelhos que exigem conhecimento de informática

apresentam maior dificuldade por parte do grupo de docentes avaliados.

A incorporação das novas tecnologias da informação e da

comunicação na educação tem consequências tanto para a prática docente

como para os processos de aprendizagem. Mesmo sem o aprofundamento da

questão político-social, não é difícil perceber que a tecnologia tem um papel

importante no momento social que estamos vivendo. O aluno do ensino

superior, com o acesso às novas tecnologias, começa a desempenhar um novo

papel no contexto escolar. Apresenta vantagens em relação ao aluno de cinco

anos atrás, porque traz para o ambiente de estudo maior conhecimento factual

e demonstra necessidades e expectativas mais objetivas quanto à sua

formação. Como resposta a essa realidade, é fundamental o questionamento

da postura tradicional do professor enquanto detentor do poder e do saber, em

total descompasso com as tendências atuais de incorporação das novas

tecnologias da informação e da comunicação na educação, segundo a

perspectiva construtivista.

Ao longo do trabalho, deixamos claro que a introdução das novas

tecnologias da informação e da comunicação no contexto educacional só pode

significar um avanço para o cotidiano de professores e alunos, se essa aliança

não se caracterizar somente pela presença da tecnologia. A relação entre a

tecnologia educacional e a prática pedagógica pode ser de colaboração, desde

que a tecnologia seja subjugada aos objetivos pedagógicos. Conclui-se que

professores, coordenadores, elaboradores de materiais e alunos estão

discutindo o seu papel, e que esse processo poderá ser um impulso para a

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abertura da mentalidade dos professores e para o questionamento dos

paradigmas tradicionais de ensino- aprendizagem cristalizados em nossa

cultura, cuja fundamentação está enraizada no objetivo.

Este estudo defende o uso da tecnologia na educação quando

guiado pelas necessidades de alunos e professores. A intenção é mostrar

como é possível articular uma concepção de conhecimento e de aprendizagem

a um projeto de inovação tecnológica na educação, mostrando que há

alternativas nessa perspectiva sendo testadas, algumas delas apresentadas

aqui.

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BIBLIOGRAFIA BRUNCA, L. Lousa digital aproxima conhecimento do aluno. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 8. ed. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1998. (Coleção Leitura). FREITAS, O. Equipamentos e materiais didáticos. / Olga Freitas. - Brasília : Universidade de Brasília, 2007. 132 p. ISBN: 978-85-230-0979-3

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NÓVOA,A. ET.AL.(Coord). Os profesores e a sua formaçaõ. 2.ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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SERRANO, Maria Gloria Perez. Investigación-acción: aplicaciones al campo social y educativo. Madrid: Dykinson, 1990.

SOUZA, Salete Eduardo de. O USO DE RECURSOS DIDATICOS NO ENSINO ESCOLAR.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 7.ed. São Paulo: Libertad, 2000.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998

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WEBGRAFIA

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMARIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I RECURSOS DIDÁDICOS 10

1.1. FUNÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS 11

1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS 12

1.2.1. DOS RECURSOS PEDAGÓGICOS 12

1.2.2. DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS 16

1.2.3. DOS RECURSOS CULTURAIS 20

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CAPÍTULO II O INSTRUMENTO E O

DOCENTE 22

2.1 O mediador 22

CAPÍTULO III O USO DOS RECURSOS PELOS PROFESSORES 29

3.1. OS RECURSOS UTILIZADOS NA INVESTIGAÇÃO 29

3.2. A FREQUÊNCIA NO USO DOS RECURSOS 30

3.3. RESULTADO DA PESQUISA 31

3.4. NECESSIDADE DE FORMAÇÃO NA DIDÁTICA 33

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 38

WEBGRAFIA 40

íNDICE 41