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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – CONCEITO E IMPORTÂNCIA NA TOMADA DE DECISÕES Adriano Silva Rocha Orientador Prof. Gisele Leite Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – CONCEITO E IMPORTÂNCIA

NA TOMADA DE DECISÕES

Adriano Silva Rocha

Orientador

Prof. Gisele Leite

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – CONCEITO E IMPORTÂNCIA

NA TOMADA DE DECISÕES.

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão e Planejamento

Tributário.

Por: Adriano Silva Rocha

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as pessoas que me ajudaram na minha vida, nos

estudos, e que me levaram a conclusão da Pós-Graduação em Gestão e

Planejamento Tributário da AVM Faculdade Integrada.

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DEDICATÓRIA

.....Dedica-se a minha noiva, meu irmão, e

a família.......

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RESUMO

A carga tributária para pessoas físicas ou jurídicas no Brasil é bem

elevada, com isso é importante observar o uso de um bom planejamento

tributário e a diferença que ele pode oferecer na escolha de qual regime

tributário será mais adequado a empresa. O Planejamento tributário tem como

objetivo visar e promover a difusão de procedimentos amparados por lei, que

venham auxiliar os profissionais a ampliar suas possibilidades de redução de

recolhimento de impostos, através de informações teóricas confiáveis e

finalmente com um modelo aplicado em uma situação real, o que irá nos

garantir uma visão do todo. Planejamento Tributário é uma ferramenta

fundamental para a saúde financeira da empresa que o utiliza, visto que muitas

empresas não conseguem se manter no mercado competitivo atual devido à

alta carga tributária do Brasil que faz com que as empresas acabem por pagar

valores elevados de impostos. No momento da constituição de uma empresa,

é importante analisar seu ramo de atividade, faturamento, despesas, afim

escolher o melhor regime tributário que a empresa deverá seguir, obtendo

assim um maior lucro em seu exercício de atividade. Convém ressaltar que

cada regime possui uma legislação própria que define todos os procedimentos

a serem seguidos pela empresa afim de definir um enquadramento mais

adequado. Com isso a empresa conseguirá êxito em pagar menos tributo e irá

maximizar seu lucro.

Palavras chave: tributos; regimes de tributação; planejamento tributário.

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METODOLOGIA

A presente pesquisa será bibliográfica, e ressalta a importância de se ter

um bom planejamento tributário dentro das organizações para maior obtenção

de lucro.

No estudo abordamos apenas dois tipos de planejamento: Lucro

Presumido e Lucro Real, explicando detalhadamente qual a empresa que

poderá optar por este regime de tributação dentro do seu contexto

organizacional. Para melhor entendimento, faz-se necessário explicar o que

vem a ser tributo, elisão e evasão fiscal para se ter um bom conhecimento

sobre o tema abordado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................08

CAPÍTULO I

Planejamento tributário.....................................................................................10

CAPÍTULO II

Carga Tributária ...............................................................................................17

CAPÍTULO III

Tipos de Planejamento Tributário no Brasil......................................................22

CONCLUSÃO...................................................................................................33

REFERÊNCIAS ................................................................................................35

ÍNDICE .............................................................................................................37

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INTRODUÇÃO

As organizações estão dispostas a eliminar a carga tributária excedente

ao longo do tempo. Dessa forma o planejamento tributário tem crescido de

forma significativa. No sistema legislativo sempre há alternativas menos

onerosas que outras, pois trabalhando dessa forma a organização pode

escolher a opção que mais se adequa ao seu segmento empresarial.

O Planejamento tributário é na verdade a atividade empresarial

estritamente preventiva, que tem como fator de analise o tributo e visa

identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e efeitos, comparando-se os

resultados prováveis, para os diversos procedimentos possíveis, de tal forma a

possibilitar a escolha da alternativa menos onerosa, sem extrapolar o campo

de licitude.

O Brasil sofre com a alta carga tributária, que é uma das mais altas do

mundo. Por isso, as empresas estão recorrendo ao planejamento tributário que

é um conjunto de sistemas legais que visam diminuição do pagamento de

tributos e surgiu como ferramenta para que o contribuinte possa diminuir o

exorbitante valor pago de tributos e aumentar seu lucro. Com a globalização da

economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta

administração do ônus tributário.

A crescente evolução tecnológica e econômica vem exigindo cada vez

mais de seus profissionais a minimização de custos e despesas e

consequentemente a maximização dos lucros. Com a complexa e elevada

carga tributária no Brasil, o planejamento tributário caracteriza-se como um dos

mais importantes agentes para o sucesso ou não de uma empresa, pois a

complexidade dificulta a interpretação dos empresários e contadores assim

como as inúmeras alterações dificultam também de se atualizarem.

Com isso, aos profissionais da Contabilidade cabe contribuir com sua

participação na geração de informações que possam dar suporte aos

administradores nas tomadas de decisões, na continuidade dos

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empreendimentos, pois conhecendo a legislação tributária, o cenário fiscal e a

natureza do negócio, deve prover ações que permitam licitamente reduzir ou

até eliminar tributos.

Elisão Fiscal é a execução de procedimentos e um meio lícito, antes do

fato gerador, legítimos, éticos, para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação

da obrigação tributária, caracterizando, assim, a legitimidade do planejamento

tributário. Planejamento Tributário (Elisão Fiscal), é uma conduta lícita do

contribuinte antes da ocorrência do fato gerador, que ele pratique sem que

esteja revestida de nenhuma prática simulatória, com a qual ele obtenha uma

menor carga tributária legalmente possível.

O planejamento tributário surge muitas vezes das brechas encontradas

na legislação e, por isso mesmo, há defensores de que o sistema tributário

deveria ser simples, acreditando que, dessa maneira, o legislador estaria

protegido da elisão. O objetivo do estudo é avaliar qual a melhor forma de

diminuir, postergar, ou evitar a alta carga tributária no âmbito federal. Escolha

de tributação, entre Lucro Presumido e Lucro Real, mostrando a importância

nos resultados da empresa e como proceder a uma economia de impostos por

meios lícitos.

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1. O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O planejamento tributário é formado por um conjunto de sistemas legais

que visam diminuir o pagamento de tributos nas organizações. É uma

ferramenta muito importante e necessária em nossos dias devida à extrema

competitividade que atinge nossos empreendimentos.

Entende-se hoje que a carga tributária brasileira, a maior entre os países

em desenvolvimento da América do Sul e dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e

China) segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), é

composta por 85 tributos conforme levantamento efetuado em setembro de

2010 e exposto pelo Portal Tributário. Sendo assim fica clara a necessidade de

um planejamento tributário adequado.

O planejamento deve, contudo, ser cercado de algumas considerações -

e essas não se aprendem na escola de Direito, Economia, Administração,

Contabilidade ou qualquer outra:

1º) não há um planejamento universal; cada situação concreta demanda

exame dos detalhes somente a ela peculiares;

2º) em decorrência da 1ª consideranda, não é possível planejar sem conhecer

as peculiaridades de cada caso concreto porque um dado planejamento pode

funcionar numa circunstância e não noutra;

3º) decorrência da 2ª consideranda, não há planejamento que deva ser

descartado assim como não o há que deva ser acolhido sem antes medidos os

seus efeitos, o que pressupõe a elaboração de cálculos e apuração

quantitativa desses efeitos em cada variável apresentada a fim de se permitir

optar por aquela capaz de exibir melhor resultado;

4º) decorrência da 3ª consideranda, até mesmo para poder ser descartado, os

custos do planejamento devem ser encarados pelo empresário como um

investimento que lhe pode trazer consideráveis resultados, razão pela qual

deve ser adotado como prática recorrente na gestão empresarial;

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5º) decorrência da 4ª consideranda, qualquer planejamento tributário pode e

deve assumir como viável a constituição, fusão, incorporação, cisão normal ou

"branca" ou mesmo extinção de empresas, donde poder concluir que a maioria

dos planejamentos tributários traz subjacente o planejamento societário.

Entretanto, para estudar o planejamento tributário teremos que analisar

os tributos para facilitar a compreensão do assunto abordado.

1.1 Tributos

De acordo Código Tributário Nacional ‘’Tributo é toda prestação

pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que

não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada’’ (Art 3° Lei nº 5. 172, de 25 de

outubro de 1966).

Sendo assim compreende-se que tributo é uma obrigação de pagar

criada por lei, só podendo ser pago em dinheiro de forma que não se pode

liquidar com outros bens.

Os tributos surgem há séculos atrás. Inicialmente eram dados aos

deuses como presentes, em gratificação aos pedidos alcançados. Com o

passar dos anos, o tributo passa a ser obrigação. Atualmente o tributo é um

direito do Estado, pois assim ele pode exercer o seu Planejamento Tributário:

economia legal de recursos para empresas.

Os tributos são classificados em cinco espécies sendo elas: impostos,

taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições

parafiscais.

De acordo com o Código Tributário:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - A denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - A destinação legal do produto da sua arrecadação. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. (Art. 3° Lei nº 5. 172, de 25 de outubro de 1966).

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Além do código tributário Santos afirma que o sistema tributário no sentido exato (1970, apud DENARI,2008)

[...] é a totalidade dos tributos arrecadados no país e todo o conjunto de regras jurídicas que disciplinam o exercício do poder impositivo pelos diversos órgãos, aos quais a Constituição nacional atribui competência tributária.

Os Tributos podem ser classificados em:

•diretos: é quando numa só pessoa se reúnem as condições de contribuinte

(aquele que é responsável pelo cumprimento de todas as obrigações tributárias

previstas na legislação). Exemplo: Imposto de Renda por declaração.

•indiretos: é quando na relação jurídico-tributária que se estabelece entre o

Estado e o sujeito passivo, este paga o tributo correspondente e se ressarce

cobrando de terceiro através da inclusão do imposto no preço. Exemplos: IPI

(Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS.

•reais: são aqueles que não levam em consideração as condições do

contribuinte, indicando igualmente a todas as pessoas. Exemplo: IPTU

(Imposto Predial Territorial Urbano).

•pessoais: são aqueles que estabelecem diferenças tributárias em função das

condições próprias do contribuinte. Exemplo: Imposto de Renda das Pessoas

Físicas e Pessoas Jurídicas.

•proporcionais: são caracterizados quando os impostos são estabelecidos em

percentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável.

Exemplo: ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-Vivos).

•progressivos: são os impostos cujas alíquotas são fixadas em percentagens

variáveis e crescentes. Exemplo: Imposto de Renda Pessoa Física.

•fixos: é quando o valor do imposto é determinado em garantia certa,

independendo de cálculo. Exemplo: ISS (Imposto Sobre Serviços)

enquadramento por estimativa anual.

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•Fiscais: criado para arrecadar recursos a pessoa jurídica de direito público

interno, para que possa cobrir seus gastos. Exemplo: Imposto de Renda.

•parafiscais: contribuição cobrada por autarquia, órgãos paraestatias,

profissionais ou sociais, para custear seu financiamento autônomo. Exemplo:

taxa anual do CRC (Conselho Regional de Contabilidade), CREA (Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), etc.

•extrafiscais: quando não visa só a arrecadação, mas também, corrigir

anomalias. Exemplo: Imposto de Exportação.

Estas modalidades nas quais os tributos são classificados servem para que o

administrador diferencie e saiba qual a procedência do ônus tributário.

Nos itens a seguir será abordada a composição dos tributos, de forma

descritiva item a item, para melhor compreensão do assunto abordado ao

longo do trabalho.

1.1.1 Impostos

De acordo Código Tributário Nacional ‘’ Imposto é o tributo cuja

obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer

atividade estatal específica, relativa ao contribuinte’’ (Art 16° Lei nº 5. 172, de

25 de outubro de 1966)

De acordo com o descrito acima, entende-se que Impostos são valores

pagos em moeda nacional (no caso do Brasil em reais), por pessoas físicas e

jurídicas (empresas). O montante arrecadado pelo Estado é utilizado para

custear os gastos públicos, o dinheiro arrecadado com impostos também é

usado para investimentos em obras públicas. O valor do imposto incide sobre

renda e patrimônio das pessoas físicas e jurídicas.

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Segundo Amaro:

O fato gerador do imposto é uma situação (por exemplo, aquisição de renda, prestação de serviços etc.) que não supõe nem se conecta com nenhuma atividade do Estado especificamente dirigida ao contribuinte. Ou seja, para exigir imposto de certo indivíduo, não é preciso que o Estado lhe preste algo determinado (2012 p. 30)

No item que se segue será abordado o conceito de taxas.

1.1.2 Taxas

De acordo Código Tributário Nacional:

As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (Art 77° Lei nº 5. 172, de 25 de outubro de 1966)

Partindo desse conceito intende-se que taxa é uma exigência financeira

cobrada para que a pessoa física ou jurídica possa utilizar de certos serviços

fundamentais do serviço publico. A partir desse conceito será apresentado o

conceito de contribuições de melhoria, parte integrante do conceito de tributos.

1.1.3 Contribuições de melhoria

De acordo Código Tributário Nacional:

A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. (Art 81° Lei nº 5. 172, de 25 de outubro de 1966).

De acordo com a definição de Geraldo Ataliba, a "contribuição de

melhoria é o tributo que onera os sobre valores imobiliários consequentes a

obras públicas, sem considerar a capacidade contributiva" (1964 p.11) sendo

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assim entende-se que a contribuição de melhorias está diretamente associada

à valorização dos imóveis ao redor de uma obra pública ou construção.

Dando continuidade, no próximo item será apresentado o conceito de

empréstimos compulsórios e o que é mencionado no Código Tributário

Nacional a respeito desse assunto.

1.1.4 Empréstimos compulsórios

É um tributo estabelecido por lei, em que o contribuinte adquire uma

determinada quantia de dinheiro em forma de empréstimo para depois resgatá-

lo, conforme as determinações estabelecidas por lei. Serve para atender a

situações excepcionais, e só pode ser instituído pela União.

De acordo Código Tributário Nacional:

Empréstimo compulsório está previsto no Código Tributário Nacional –Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - Guerra externa, ou sua iminência; II - Calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. (Art 81° Lei nº 5. 172, de 25 de outubro de 1966)

Com isso entende-se que os empréstimos compulsórios só ocorrem em casos extremos, mesmo assim fazendo parte do grupo de tributos.

1.1.5 Contribuições para fiscais

“A expressão "para fiscal" foi empregada na linguagem financeira da França, em 1946, no Inventário Schuman, para designar certos tributos que ora eram verdadeiros impostos, ora taxas e às vezes um misto destas duas categorias e atribuído o poder fiscal a entidades de caráter autônomo, investidas de competência para o desempenho de algum ou alguns fins públicos, beneficiárias” (barbosa, 1995)

Sendo assim entende-se que contribuições parafiscais, ocorrem

efetivamente quando à arrecadação de recursos para custear uma

determinada função própria do Estado.

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Baleiro (1998) mostra outra definição para contribuições parafiscais.

O Inventário Schuman incluiu, como parafiscais, não só as cotizações para seguros sociais do Estado (previdência social), mas também os de salário-família, acidentes no trabalho, as coletas pela administração fiscal para certos órgãos públicos, e as contribuições para órgãos de representação e defesa de interesses profissionais ( Baleiro, 1998)

Ambos os autores mostram a função desta contribuição como forma de

seguro social aplicado pelo estado.

Os fatores principais para que exista um planejamento tributário é a

existência dos tributos, taxas e impostos. Sendo assim, esse capítulo 1 foi

focado nos conceitos mais relevantes do planejamento tributário para que no

próximo capítulo possa ser explicada a carga tributária

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2. CARGA TRIBUTÁRIA

O contribuinte brasileiro convive com uma pesada carga tributária,

oriunda de uma complexa legislação fiscal. Devido às constantes mudanças na

legislação fiscal, o contribuinte quase sempre está desatualizado, o que

dificulta algo extremamente necessário em nosso país para garantir a

sobrevivência no mercado: um bom planejamento tributário.

Atualmente, a carga tributária é um item importantíssimo a ser levado

em conta na abertura de um empreendimento. O empresário deve dispor de

um planejamento fiscal que aproveite as alternativas legais para que se pague

menos impostos, pois assim até será possível concluir ser mais vantajoso

pagar a sonegar.

Quando falamos em pessoas físicas e não mais empresas, o número de

impostos cai, porém em número menor. São 38 impostos, taxas e

contribuições pagas pela média dos brasileiros. A dificuldade em entender a

extensa e vasta legislação tributária e a alta carga contribui para o aumento da

sonegação, levando o governo a criar novas maneiras de controlar os tributos

através de declarações assessorias aumentando assim a luta contra a

sonegação.

2.1 Diferença entre sonegação elisão fiscal

Existe uma breve diferença entre sonegação também chamada de

evasão e elisão fiscal.

Segundo Maria Helena Diniz (2009), no seu Dicionário

Jurídico, Elisão Fiscal é: “É o procedimento lícito que se realiza antes de

ocorrer o fato gerador do tributo, visando à economia fiscal. É um negócio

jurídico indireto, em que os sujeitos da relação jurídica pretendem obter

finalidade diversa da do negócio efetivado”, portanto é uma economia tributária

lícita.

Ainda a mesma autora Maria Helena Diniz (2009), nessa mesma obra,

define Evasão Fiscal como:

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“Ato comissivo ou omisso, de natureza ilícita, praticado com o escopo de

diminuir ou eliminar a obrigação tributária, mediante, por exemplo, fraude fiscal

ou adulteração de documentos”.

No item a seguir serão explicados os conceitos de elisão fiscal e evasão

fiscal.

2.1.1 Elisão Fiscal

À luz do direito tributário configuram-se como premissas distintas e, de

certa forma, antagônicas a elisão e a evasão fiscal. Ao contribuinte cabe o

dever de pagar o tributo, conforme a lei, que para ser aplicado merece

interpretação.

Elisão é um caminho utilizado pelo contribuinte para atingir um impacto

tributário menor, em que se recorre a um ato ou negócio jurídico real,

verdadeiro, sem vício no suporte fático, nem na manifestação de vontade, o

qual é lícito e admitido pelo sistema jurídico brasileiro.

É legalmente autorizado, de forma que possibilite ao contribuinte

escapar licitamente dos encargos ou mesmo reduzi-los. Neste caso são

utilizados meios legais na busca do descaracterizar o fato gerador do tributo. O

comportamento do contribuinte torna-se lícito, ou seja, é uma maneira honesta

de evitar a submissão a hipóteses tributárias desfavoráveis.

A prática de atos lícitos com o objetivo de evitar a concretização do fato

imponível é o que tecnicamente se denomina elisão fiscal, assim ensina

Latorraca (2000, p. 20-21).

Há duas espécies de elisão fiscal: Aquela decorrente da própria lei e; a que resulta de lacunas e brechas existentes na própria lei. No caso de elisão decorrente da lei, o próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a economia de tributos. Já a segunda espécie, contempla a hipóteses que o contribuinte opta por configurar seus negócios de tal forma que se enquadre com um menor ônus tributário, utilizando-se de elementos que a lei não proíbe ou que possibilitem evitar o fato gerador de determinado tributo com elementos da própria lei.

A elisão fiscal existe de duas maneiras: a que é permitida ou induzida

por lei e a que resulta de lacunas da lei. Na primeira, é permitido ao

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contribuinte a obtenção de certas vantagens fiscais, como por exemplo a

isenção, a dedução de certas despesas no imposto de renda, os incentivos

fiscais.

No entanto, na elisão por lacunas da lei, o contribuinte aproveita as

brechas existentes na legislação tributária minimizando ou eliminando por

completo a obrigação tributária para tirar uma vantagem fiscal.

A elisão que é permitida ou induzida por lei normalmente decorre da

imunidade, da não incidência, da isenção, das reduções de base de cálculo,

dos prazos especiais, dos créditos simbólicos, dos créditos presumidos,

podendo, ainda, ser incluídas as anistias fiscais, moratórias e remissões

fiscais.

No tocante a elisão advinda de lacunas da lei, decorre da má

elaboração legislativa, as quais descobertas por especialistas, são utilizadas

em seus negócios de forma que não ocorra a incidência do tributo respectivo, e

se ocorrer, que o ônus seja de menor valor, assim caracterizando o

planejamento fiscal, em que o contribuinte ao organizar os seus negócios com

o objetivo de diminuir a sua carga tributária, obtém um resultado econômico

desejado.

Pode-se afirmar então que a doutrina nacional considera a elisão fiscal

como o procedimento que, antes da ocorrência do fato gerador, evita que este

ocorra ou então que ocorra de maneira mais econômica.

A elisão fiscal legítima é uma ação “em momento precedente [...], onde

o agente licitamente 20 visa a evitar, minimizar ou adiar a ocorrência do fato

gerador, que daria origem a obrigação tributária". (OLIVEIRA, 2009, p. 189).

Já na contramão da elisão fiscal, a evasão consiste em prática ilegal,

que geralmente é cometida após a ocorrência do fato gerador buscando a

minoração ou até mesmo a ocultação da carga tributária, e as condutas ilícitas

mais praticadas são:

I - Omitir informações ou prestar declaração falsa a Receita federal;

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II - Fraudar fiscalização tributária inserindo ou omitindo operações de natureza

em livro ou documento exigido pela Lei fiscal; e

III - Falsificar ou alterar nota fiscal - “nota caução”.

Observa-se que a elisão fiscal é a busca pelas diversas nuances que

levam a melhor decisão de regime tributário, dentre as várias formas legais

podemos sumariamente citar dois mecanismos:

- Impedir ou retardar a ocorrência do fato gerador da obrigação;

- Reduzir o montante do imposto devido, através da diminuição da base de

cálculo.

2.1.2 Evasão Fiscal

A evasão de tributos deve-se à prática, pelo contribuinte, de atos ilícitos,

para que não haja a hipótese de incidência no negócio jurídico realizado, isto é,

que não haja a existência de tributo a ser pago.

Evasão fiscal é a forma que inflige a lei, esta forma é realizada após a

ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, consistindo em ação dolosa

ou intencional, ocultando ou reduzindo fatos e informações de forma a diminuir

o montante a ser recolhido para a União. A evasão causa enormes prejuízos

ao governo e a sociedade como um todo.

A evasão fiscal, ou sonegação, como é comumente conhecida, é um

problema tão antigo quanto os impostos em si. Sua ocorrência traz fortes

implicações para o funcionamento do sistema tributário e da economia como

um todo, além de ser um dos principais problemas que as administrações

tributárias enfrentam.

A evasão fiscal, por sua vez, define-se como aquele instrumento que é

utilizado de forma ilícita, dolosa, com o objetivo de driblar o Fisco e esquivar-se

do cumprimento de uma obrigação tributária prevista em lei.

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As diferenças entre elisão e evasão são muito tênues e até mesmo

confusas. Por isso diferenciar uma da outra é tão complicado como tentar

defini-las.

O que é denominado "planejamento tributário", alardeado por muitos na

mídia impressa, é em verdade, um instrumento de dificílima execução, que não

raras vezes resvala na ilegalidade, pois possui uma área de atuação

extremamente limitada. O verdadeiro planejamento fiscal deve circunscrever-

se ao campo da estrita legalidade, isto é, da elisão fiscal.

Com isso, concluímos que o planejamento tributário realizado com base

na elisão fiscal é uma prática legal que pode reduzir ou postergar o pagamento

de tributo ou até mesmo evitar sua incidência. Entretanto, a adoção da evasão

fiscal, representa a utilização de práticas ilícitas e ilegais que podem ser

penalizadas pelo Fisco por constituírem infrações à legislação tributária.

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3. TIPOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

No Brasil, uma entidade econômica tributa seu faturamento ou seu

resultado, tendo como variável a obrigatoriedade expressa na lei, que obriga

em obedecer à determinada modalidade de regime de tributação.

Entretanto, caso a lei não determine, a entidade poderá optar pela

modalidade de tributação que resulte menor desencaixe monetário e maior

obtenção de lucro.

3.1 SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação,

cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de

2006.

Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados,

Distrito Federal e Municípios).

É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes:

quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do

Distrito Federal e dois dos Municípios.

Entrou em vigor, no dia 01 de julho 2007, o Simples Nacional, um

regime tributário diferenciado que unifica e simplifica a arrecadação de oito

impostos e contribuições federais, estaduais e municipais, instituído pelo

Estatuto Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar n.

123/2006) O Simples Nacional, também conhecido como Super Simples,

implica no recolhimento, mediante um único documento de arrecadação (DAS),

dos seguintes impostos e contribuições: IRPJ, PIS, COFINS, IPI, CSLL, INSS,

ICMS e ISS.

Os limites máximos de receita bruta anual para enquadramento no

Simples Nacional previstos na LC n° 123/2006 atribuem às:

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Microempresa (ME): R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e Empresa

de Pequeno Porte (EPP): R$2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil

reais)

Simples Nacional ou Supersimples - é um Sistema de Recolhimento de

Tributos federais, estaduais e municipais de forma englobada, que visa

favorecer a implantação e desenvolvimento das Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte.

ME – Pessoa Jurídica ou Equiparada, que obtém em cada ano-calendário,

receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

EPP - pessoa jurídica que obtém em cada ano-calendário, receita bruta

superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e igual ou inferior a

R$ 3.600.000,00 (três milhões e sessenta mil reais).

Com isso entende-se que é de suma importância o cumprimento das

condições apresentadas acima, caso os estudos e análises constatarem que a

opção mais adequada de regime tributário, para a atividade da empresa, seja o

Simples Nacional.

3.1.1 Empresas que podem fazer a opção pelo Simples Nacional

Podem optar pelo Simples Nacional as microempresas (ME) e empresas

de pequeno porte (EPP) que não incorram em nenhuma das vedações

previstas na Lei Complementar 123, de 2006.

Para as empresas já em atividade, a solicitação de opção poderá ser

feita em janeiro/2015, até o último dia útil (30/01/2015). A opção, se deferida

(aceita), retroagirá a 01/01/2015. Recomenda-se que a opção seja solicitada

no início de janeiro, a fim de que o contribuinte tenha tempo suficiente para

regularizar eventuais pendências apresentadas.

Para empresas em início de atividade, o prazo para solicitação de opção

é de 30 dias contados do último deferimento de inscrição (municipal ou

estadual, caso exigíveis), desde que não tenham decorridos 180 dias da data

de abertura constante do CNPJ. Quando deferida, a opção produz efeitos a

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partir da data da abertura do CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será

possível no mês de janeiro do ano-calendário seguinte.

Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das

seguintes condições:

A - Enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno

porte;

B - Cumprir os requisitos previstos na legislação; e

C - Formalizar a opção pelo Simples Nacional.

A características principais do Regime do Simples Nacional são as

encontradas nos seguintes itens:

A - Ser facultativo;

B - Ser irretratável para todo o ano-calendário;

C - Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS,

ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social

a cargo da pessoa jurídica (CPP);

D - Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de

arrecadação - DAS;

E - Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do

cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012,

para constituição do crédito tributário;

F - Apresentação de declaração única e simplificada de informações

socioeconômicas e fiscais;

G - Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele

em que houver sido auferida a receita bruta;

H - Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da

respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses

Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão

recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município.

3.1.2 Os Impedimentos

• obter receita bruta anual acima de R$ 3.600.000,00 (três milhões e

seiscentos mil reais);

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• ter pessoa jurídica como participante do seu capital;

• ser filial, sucursal, agência ou representação de pessoa jurídica com sede no

exterior;

• ter como sócia com mais de 10% (dez por cento) do capital, pessoa inscrita

como empresário ou que seja sócia de outra empresa também enquadrada no

Simples Nacional ou não, quando o somatório das receitas brutas ultrapasse o

limite para enquadramento;

• ter sócio ou titular que seja administrador de outra pessoa jurídica de fins

lucrativos, quando a receita global o limite para o enquadramento;

• ser cooperativa, salvo se de consumo;

• ser participante do capital de outra pessoa jurídica;

• ser instituição financeira, de previdência complementar, corretora ou

distribuidora de título, valores mobiliários e câmbio;

• ser resultante ou remanescente de cisão ou de qualquer outra forma de

desmembramento de pessoa jurídica, ocorrida nos últimos 5 anos;

• ser constituída sob a forma de sociedade por ações;

• explorar a atividade de Factoring;

• ter sócio domiciliado no exterior;

• prestar serviços de Comunicação;

• ser geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia

elétrica;

• ser prestador de serviços de transporte intermunicipal e interestadual de

passageiros;

• ser devedor do INSS ou das Fazendas Públicas nos três níveis, federal,

estadual ou municipal, quando a exigibilidade não estiver suspensa;

• ser importador ou fabricante de automóveis e de motocicletas;

• ter como participante do seu capital, entidade da administração pública direta

ou indireta, federal, estadual ou municipal;

• ter como atividade preponderante a importação de combustíveis;

• ser fabricante ou atacadista de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e outros

produtos tributados pelo IPI com alíquotas ad valorem superiores a 20% (vinte

por cento);

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• dedicar-se a atividade de loteamento e à incorporação de imóveis;

• prestar serviços de consultoria;

• dedicar-se à atividade de cessão ou locação de mão-de-obra,

• dedicar-se à prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade

intelectual de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que

constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de

instrutor, de corretor, de despachante ou qualquer tipo de intermediação de

negócios;

3.1.3 Alíquotas

São variáveis, dependendo do valor da receita bruta anual, conforme

tabelas apresentadas na lei.

Créditos, incentivos e benefícios

Optantes do Simples Nacional não podem:

Apropriar ou transferir créditos relativos a impostos ou contribuições

abrangidos pelo Simples Nacional; utilizar ou destinar qualquer valor a título

de incentivo fiscal

As vantagens do Simples Nacional para os contribuintes dele optantes

podem ser a possibilidades de menor tributação do que em relação a outros

regimes tributários (como Lucro Real ou Presumido), maior facilidade no

atendimento da legislação tributária, previdenciária e trabalhista, simplificação

no pagamento de diversos tributos abrangidos pelo sistema, mediante uma

única guia e possibilidade de tributar as receitas à medida do recebimento das

vendas ("regime de caixa").

3.2 LUCRO PRESUMIDO

Lucro Presumido é uma forma de tributação para determinação da base

de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não

estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real.

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A opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido será

manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido

correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário.

O Lucro Presumido também é uma forma de tributação simplificada do

Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o

Lucro (CSLL).

A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada

pelos artigos 516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto

3.000/1999). O Lucro Presumido é regime de tributação onde a base de

cálculo é obtida por meio de aplicação de percentual definido em lei sobre a

receita bruta.

Como próprio nome diz, trata se de presunção de lucro, tendo para esse

regime, algumas vantagens relativas às obrigações acessórias, pois o fisco

federal dispensa as empresas enquadradas nesse regime da escrituração

contábil, desde que seja mantido o livro-caixa.

As alíquotas encontradas para base de cálculo conforme RIR/99

atribuem às vendas de mercadorias 8%, sobre às revendas de combustível

1,6%, sobre o transporte de passageiros 16%, sobre prestação de serviços

32% As pessoas jurídicas que obtiverem uma receita bruta total, no ano

calendário, inferior a R$ 48.000.000,00 (Quarenta e oito milhões de reais),

poderão optar pelo lucro presumido.

Para esse regime, temos algumas vantagens relativas às obrigações

acessórias, pois o fisco federal dispensa as empresas enquadradas nesse

regime da escrituração contábil, desde que seja mantido o Livro Caixa.

Entretanto, para verificar se esse é o regime mais benéfico para a

empresa, necessário realizar simulações, pois caso a empresa tenha valores

consideráveis de despesas dedutíveis para o IRPJ, é muito provável que o

lucro real seja mais econômico.

3.2.1 Impedimentos

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Estão impedidas de exercer a opção pelo regime de tributação com

base no lucro presumido, por força do art. 46 da Lei 10.637, de 30 de

dezembro de 2002, o artigo 14, inciso I, da Lei 9.718, de 1998 passa a vigorar

com a seguinte redação:

• I - cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$

48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número

de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses. ”

• com atividades de instituições financeiras e assemelhadas, tais como bancos

comerciais, bancos de investimento e de desenvolvimento, caixas econômicas,

sociedades de financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,

sociedades corretoras ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários,

empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de

seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

• que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços

de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,

administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios

resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços

(factoring) (Lei 8.981/95, art. 36, e Lei 9.430/96, art. 58);

• que tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

• que durante o ano-calendário tenha optado pelo pagamento do imposto de

renda e da contribuição social com base na estimativa;

• que, autorizada pela legislação tributária, queiram usufruir de benefícios

fiscais de isenção ou redução do imposto de renda.

3.2.2 Alíquotas

15% sobre a base de cálculo.

ADICIONAL

• 10% sobre a parcela do lucro presumido que exceder R$ 20.000,00

(vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo trimestre.

DEDUÇÕES DO IMPOSTO

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• imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas que

integraram à base de cálculo do imposto devido;

• imposto retido na fonte por órgãos públicos;

• imposto de renda pago sobre ganhos no mercado de renda fixa ou

variável;

• Imposto de renda pago indevidamente em períodos anteriores;

Podemos concluir que para a empresa que deseja optar pelo Lucro

Presumido, após análises e evidenciando que este regime tributário apresenta

a menor carga tributária e maiores vantagens fiscais para sua atividade, deverá

se basear e seguir as condições apresentadas acima.

3.3 LUCRO REAL

Lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda e da

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. Ao

mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo. Neste

regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado

pela pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos

pela legislação fiscal.

O lucro real é a única forma de tributação em que o fisco exige a

apuração do resultado do lucro líquido apurado pela contabilidade no exercício

das empresas, ou seja, o “real” resultado, aquilo que realmente foi

movimentado.

Lucro Real é o líquido do período-base de apuração ajustado pelas

adições, exclusões ou compensações previstas ou autorizadas pela legislação.

Sua determinação dever ser precedida da apuração do lucro líquido contábil de

cada período de apuração, com observância das disposições das leis

comerciais.

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Lucro Real Trimestral, será apurado com observância da legislação

comercial e fiscal, e cada período de apuração trimestral será considerado

definitivo.

As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real poderão determinar o

lucro com base no balanço anual levantado em 31 de dezembro ou mediante

levantamento de balanços ou balancetes intermediários mensais ou trimestrais

em conformidade com a Lei nº 9.430/96.

Para efeito da incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das

pessoas jurídicas deve ser apurado na data de encerramento do período de

apuração (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 2º).

O período de apuração encerra-se:

a) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no

caso de apuração trimestral do imposto de renda;

b) no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual

do imposto de renda;

c) na data da extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total

de seu acervo líquido;

d) na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa

jurídica.

É importante atentar que, sem prejuízo do balanço de que trata o art. 21

da Lei n° 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e art. 6º da Lei nº 9.648 de 27 de

maio de 1998, e da responsabilidade por sucessão, o resultado do período,

que servirá de base para apuração do imposto, nos casos de extinção,

incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica, compreenderá os fatos

geradores ocorridos até a data do evento.

Para verificar se é benéfica a tributação por esse regime, necessário

apurar o resultado contábil, ou seja, é obrigatório manter escrituração contábil

nos moldes da legislação comercial. Depois de apurado o lucro contábil,

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devem ser procedidos os ajustes: adições e exclusões previstas em lei. Essas

adições, constituem despesas que o fisco não aceita para fins de apuração do

IRPJ e da CSLL. E é nesse ponto que nossas atenções devem ser redobradas,

pois nem tudo aquilo que resulta em diminuição do patrimônio da empresa, é

aceito para diminuir a base de cálculo tributável.

3.3.1 Pessoas Jurídicas obrigadas a apuração do Lucro Real

Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, a partir

de 1999, em cada ano-calendário, as pessoas jurídicas:

a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais

receitas e ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações

realizadas nos mercados de renda variável e dos rendimentos nominais

produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, da parcela das receitas

auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com

tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da

empresa, na forma da IN SRF nº 38, de 1997, no ano-calendário anterior, seja

superior ao limite de R$24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de reais), ou de

R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) multiplicado pelo número de meses do

período, quando inferior a doze meses;

b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,

bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,

financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades

corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e

valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de

crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de

previdência privada aberta;

c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

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d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais

relativos à isenção ou redução do imposto;

e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do

imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do

art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996;

f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços

de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,

administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios

resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços

(factoring).

Outra questão importante do Lucro Real, refere-se à Contribuição para o

PIS/PASEP, e à COFINS. A escolha entre presumido e real deve levar em

conta essas contribuições, pois no presumido o regime é cumulativo (alíquotas

de 0,65% para o PIS, e 3% para a COFINS direto sobre a receita bruta),

enquanto que no lucro real o regime é não-cumulativo, onde as alíquotas são

bem mais altas (1,65% para PIS e 7,6% para a COFINS), mas há direito a

deduções do valor a pagar por meio de créditos previstos na legislação.

Com isso, concluímos que para a empresa que deseja optar pelo Lucro

Real, após análises e evidenciando que este regime tributário apresenta a

menor carga tributária e maiores vantagens fiscais para sua atividade, é

necessário cumprir todas as condições citadas acima.

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CONCLUSÃO

Em função da elevada carga tributária no Brasil, os empresários e

futuros empresários recorrem a alternativas que possam ajudar na escolha do

melhor regime tributário e reduzir os custos para que seja preciso obter maior

lucro. Contudo, para obter sucesso na busca por redução dos custos, são

necessários diversos estudos e análises de informações contábeis disponíveis,

visando encontrar dentro da lei alternativas para maximizar o lucro nas

empresas.

Pelo estudo apresentado chegamos à conclusão que toda empresa

deve estar bem estruturada envolvendo uma cumplicidade entre empresários e

contador, para juntos buscarem um planejamento empresarial visualizando seu

empreendimento para dar continuidade de maneira preventiva.

Sem o planejamento tributário desenvolvido com o propósito de reduzir

os custos da carga tributária pelo contador, os empresários não saberiam

sobre a existência na própria lei de condições que possibilitam a redução de

impostos, e, com esse planejamento ambos conseguem avaliar quais as

vantagens e as desvantagens da nova mudança de regime tributário.

Podemos observar que, em relação aos regimes tributários Lucro Real,

Lucro Presumido e Simples Nacional em nossos dias minimizar custos e

despesas é indispensável, pois o mercado de trabalho é extremamente

competitivo.

Com relação aos regimes tributação, cada empresa deve ser analisada

individualmente, nisso cabendo uma profunda análise para que seja feita a

opção pela melhor tributação, com isso determinando o futuro sucesso ou

fracasso em qualquer porte de empresa.

Ao tomar a decisão de se abrir o próprio negócio, é necessário um

estudo aprofundado do campo de atuação e quais os impactos da carga

tributária sobre o desejado negócio. Além disso, contar com a consultoria de

um bom Contador é fundamental para elaborar um planejamento tributário que

resulte na redução da carga tributária e maximização do lucro da futura

empresa.

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Vale ressaltar que o Contador deve apresentar ao Empresário qual a

melhor opção a ser seguida através de estudo de um bom planejamento

tributário, pois com o desconhecimento das legislações vigentes e dos cálculos

tributários, o Empresário, ao ter a notícia de que sua Empresa poderia

pertencer ao Regime Simplificado Nacional, interpreta que terá vantagens,

principalmente no caso de pagar menos impostos.

Entretanto, essas vantagens podem ser ilusórias, pois existem

atividades que são menos onerosas se o Empresário optar pelo regime de

tributação do Lucro Presumido ou Lucro Real.

O Planejamento tributário é fator decisivo na constituição de uma

empresa, pois seu correto uso auxilia para escolha do planejamento tributário

mais adequado para empresas de pequeno porte e microempresas, assegura

a competitividade e constrói uma forma preventiva e legitima de economia na

carga tributária, através de lacunas na lei podendo procurar alternativas na

redução dos impostos e ajudar na tomada de decisões, que refletem de

maneira positiva nos resultados da empresa.

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REFERÊNCIAS

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02 de Março de 2016.

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ATALIBA, Geraldo. Natureza jurídica da contribuição de melhoria. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1964. p. 11

Código Tributário Nacional Art 3 da Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966

Código Tributário Nacional Art 4º da Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966

Código Tributário Nacional Art 5º da Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966

Código Tributário Nacional Art 16º da Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966

Código Tributário Nacional Art 77º da Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966

Código Tributário Nacional Art 81º da Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966

Aliomar Baleeiro, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar, 7ª ed.,

1998, pg.584.

Ruy Barbosa Nogueira, Curso de Direito Tributário, Ed. Saraiva, 14ª ed., 1995,

pg. 177

Maria Helena Diniz (2009), no seu Dicionário Jurídico, Elisão Fiscal – saraiva

2009

OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. 3ª ed. São Paulo:

Saraiva, 2009.

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36

LATORRACA, Nilton. Direito tributário: imposto de renda das empresas. 15.

ed. São Paulo: Atlas, 2000.

Regulamento do Imposto de Renda, Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999

Art. 516 a 528

BRASIL. Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o

estatuto nacional da microempresa e da empresa de pequeno porte. Diário

Oficial da União, Brasília, DF, 15 dez, 2006. Disponível em:

<http://www.receita.fazenda,.gov.br/legislacao> Acesso em 27 Fevereiro de

2016.

Estatuto Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar n.

123/2006)

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO..........................................................................................02

AGRADECIMENTO..........................................................................................03

DEDICATÓRIA.................................................................................................04

RESUMO..........................................................................................................05

METODOLOGIA...............................................................................................06

SUMÁRIO.........................................................................................................07

INTRODUÇÃO..................................................................................................08

1. O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO..............................................................10

1.1 Tributos.......................................................................................................12

1.1.1 Impostos..................................................................................................14

1.1.2 Taxas.......................................................................................................15

1.1.3 Contribuições de Melhoria.......................................................................15

1.1.4 Empréstimos Compulsórios.....................................................................16

1.1.5 Contribuições para fiscais .......................................................................17

2. A CARGA TRIBUTÁRIA................................................................................18

2.1 Elisão Fiscal ...............................................................................................18

2.2 Evasão fiscal...............................................................................................20

3. TIPOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO BRASIL.............................22

3.1 Simples Nacional........................................................................................22

3.2 Lucro Presumido ........................................................................................26

3.3 Lucro Real ..................................................................................................29

CONCLUSÃO...................................................................................................33

REFERÊNCIAS.................................................................................................35

INDICE..............................................................................................................37