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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA NOTA FISCAL ELETRÔNICA – NFE Por: BIANCA BERNARDO DE LARA Orientador Prof. FLAVIO SOUZA Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

NOTA FISCAL ELETRÔNICA – NFE

Por: BIANCA BERNARDO DE LARA

Orientador Prof. FLAVIO SOUZA

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

NOTA FISCAL ELETRÔNICA – NFE

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão e Planejamento Tributário. Por: Bianca Bernardo de Lara

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por me proporcionar mais

uma conquista acadêmica. Aos meus

amigos de profissão, meus professores do

curso e a minha família.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus familiares que

me ajudam e incentivam na minha vida pessoal

e profissional.

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RESUMO

O surgimento da Nota Fiscal Eletrônica veio para implantar um novo padrão

nacional de documento fiscal eletrônico que substituirá gradativamente a emissão de

documento fiscal em papel, simplificando as obrigações dos contribuintes e

favorecendo o acompanhamento, em tempo real das transações do Fisco. Trouxe

mudanças em diversos segmentos e áreas profissionais. O objetivo do trabalho é

apresentar a importância dos profissionais da Área Contábil e da Área Tecnológica

nas etapas necessárias para a emissão de uma nota fiscal eletrônica, bem como

analisar os benefícios apresentados com sua implantação.

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METODOLOGIA

O desenvolvimento deste trabalho foi baseado em pesquisas bibliográficas,

sites eletrônicos, a maioria do trabalho baseada no site : www.nfe.fazenda.gov.br,

blogs tributários, manual de integração do contribuinte e profissionais da área

contábil e tecnológica.

O trabalho irá fazer a descrição da implantação da nota fiscal eletrônica,

tendo como objetivo a identificação dos procedimentos a serem realizados durante o

processo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7

CAPÍTULO I -NOTA FISCAL ELETRÔNICA ............................................................. 8

1.1 – HISTÓRICO DO PROJETO ....................................................................9

1.2 - CONCEITO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA ..................................... 11

1.2.1 - CARACTERÍSTICAS DA NFE ................................................... 12

1.2.2 - CHAVE DE ACESSO DE UMA NFE ......................................... 13

1.2.3 - DESCRIÇÃO DO MODELO OPERACIONAL ........................... 14

1.2.4 - DANFE ...................................................................................... 15

1.2.5 – USO DE FORMULÁRIO DE SEGURANÇA ............................. 16

1.2.6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DA NFE ........................... 18

CAPÍTULO II - HABILITAÇÃO E DOCUMENTAÇÃ O DIGITAL .............................. 23

2.1 - HABILITAÇÃO ...................................................................................... 23

2.2 – CERTIFICADO DIGITAL ...................................................................... 24

CAPÍTULO III – IMPLANTAÇÃO DA NF-E .............................................................. 25

3.1 – EMISSÃO E TRANSMISSÃO ...................................................................... 26

3.2 – CONSULTA PELA INTERNET .................................................................... 30

3.3 – ENVIO PARA RECEITA E SECRETARIA FAZENDA ............................. 31

3.4 – CONFIRMAÇÃO DE RECEBIMENTO DA NF-E .................................. 32

3.5 – CASOS PARTICULARES ............................................................................ 33

3.5.1 – CANCELAMENTO DE UMA NFE ............................................. 33

3.5.2 –GUARDA DO ARQUIVO DIGITAL ............................................ 34

3.5.3 –CARTA DE CORREÇÃO ........................................................... 35

3.5.4 –MANIFESTAÇÃO DO DESTINATÁRIO .................................... 38

CONCLUSÃO .......................................................................................................... 40

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ 42

REFERENCIAS ....................................................................................................... 43

ÍNDICE .................................................................................................................... 44

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho monográfico apresenta como tema Nota Fiscal

Eletrônica.

O trabalho tem por objetivo principal mostrar e orientar as etapas para

emissão de uma nota fiscal eletrônica e a importância do contador e da área de

informática nesse processo.

Tais problemas como: inadequação dos ambientes de trabalho, ferramentas

inadequadas e escassez de material didático dificultam todo processo.

Os profissionais envolvidos na implantação devem ser cordiais ajudando uns

aos outros em todo processo, pois dedicação, estudo e responsabilidade são peças

fundamentais para a etapa ser concluída com êxito.

O trabalho evidencia alguns conceitos relacionados ao avanço tecnológico

que vem sendo utilizado pelas administrações tributárias, juntamente com os

desafios enfrentados pelos profissionais contábeis para atender as exigências do

governo.

Para uma melhor compreensão do estudo e com o objetivo de organizar o

trabalho, este será distribuído em 3 capítulos.

No capítulo 1 é tratada a introdução do estudo, onde é posto uma preliminar

do assunto, aprofundando a história da NF-e, conceito, obrigatoriedade, Danfe

(documento auxiliar da NF-e), vantagens e desvantagens.

No capítulo 2 orienta procedimentos de regularização como: Habilitação,

Documentação, Certificado e Assinatura Digital.

Como desenvolvimento do trabalho, no capítulo 3, será abordado de forma

descritiva com procedimentos bibliográficos, a implantação do sistema NF-e,

buscando descrever quais os procedimentos que devem ser seguidos para

implantação do sistema e quais foram as dificuldades e os benefícios encontrados

no processo até o momento, comparando com os objetivos propostos inicialmente.

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CAPÍTULO I

NOTA FISCAL ELETRÔNICA

Antigamente, o processo de preenchimento de uma nota fiscal se dava de

forma manual ou por impressoras matriciais. Estas impressoras, de uma tecnologia

antiga, faziam o preenchimento dos talonários fiscais de forma contínua e, estes por

sua vez, eram distribuídos aos clientes em conjunto às mercadorias.

Para o acobertamento das operações que envolvem as operações relativas à

circulação de mercadorias, seja em âmbito interno, interestadual ou de comércio

exterior (por exportações ou por importações), a legislação do ICMS, aplicável em

âmbito nacional exigia que os contribuintes do IPI e do ICMS emitam Notas Fiscais

de modelos 1 ou 1-A. conforme os Ajustes SINIEF 03/1978 e 03/1994, Conforme

RICMS:

Art. 33. A Nota Fiscal deve ser emitida, no mínimo: I - em 5 (cinco) vias, no caso de saída de produto industrializado de origem nacional, sujeito a comprovação de internamento, com destino à Zona Franca de Manaus, às Áreas de Livre Comércio ou a municípios a que foram ou vierem a ser estendidos os benefícios estabelecidos para aquela Zona; II - em 4 (quatro) vias, nos demais casos. § 1.º Na hipótese do inciso I, as vias devem ter a seguinte destinação: - 1ª via: acompanhará a mercadoria e será entregue, pelo transportador, ao destinatário;- 2ª via: ficará em poder do emitente, presa ao bloco ou, no caso de formulário contínuo ou jogo solto, arquivada conforme dispuser a legislação específica, para controle do Fisco; 3ª via: acompanhará a mercadoria para fins de controle do Fisco na unidade da Federação de destino; 4 - a 4ª via: acompanhará a mercadoria no seu transporte, destinando-se ao controle do Fisco deste Estado, que poderá retê-la, visando a 1ª via, se interceptar a mercadoria correspondente em sua movimentação; 5 - 5ª via: acompanhará a mercadoria até o local de destino, devendo ser entregue, com 1 (uma) via do conhecimento, à Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). PEREIRA,2007, p..171)

A figura abaixo mostra o Modelo 1 de Nota Fiscal:

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FIGURA 01 - Modelo 1 de Nota Fiscal

Atualmente com a adoção do sistema de NF-e por milhares de empresas pelo

país, o processo mudou e agora a emissão do documento fiscal se dá única e

exclusivamente de forma virtual.

1.1 – Histórico do Projeto

Para atender o disposto da Emenda Constitucional nº 42, Inciso XXII, art. 37,

foi realizado, nos dias 15 a 17 de julho de 2004, em Salvador, o 1º Encontro

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Nacional de Administradores Tributários – ENAT, reunindo os titulares das

administrações tributárias federal, estaduais, do Distrito Federal e dos municípios de

capitais.

O encontro teve como objetivo buscar soluções conjuntas das três esferas de

Governo que promovessem maior integração administrativa, padronização e melhor

qualidade das informações; racionalização de custos e da carga de trabalho

operacional no atendimento; maior eficácia da fiscalização; maior possibilidade de

realização de ações fiscais coordenadas e integradas; maior possibilidade de

intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais;

cruzamento de dados em larga escala com dados padronizados e uniformização de

procedimentos.

No ENAT foram aprovados dois protocolos de cooperação técnica nas áreas

do cadastramento (Projeto do Cadastro Sincronizado) e Nota Fiscal Eletrônica.

Visando alinhar as diretrizes do projeto, iniciado pelo ENAT, com o fórum de

discussão dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT), foi

realizada uma Reunião Técnica do ENAT/ENCAT, em São Paulo-SP, em 27 de abril

de 2005, para a unificação dos diferentes projetos em andamento no âmbito das

Administrações Tributárias.

Vindo de encontro a estas necessidades, a Emenda Constitucional nº 42

introduziu o Inciso XXII ao artigo 37 da Constituição Federal, que determina às

administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios a atuar de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de

cadastros e de informações fiscais.

De modo geral, o projeto justifica-se pela necessidade de investimento público

voltado para a redução da burocracia do comércio e dos entraves administrativos

enfrentados pelos empresários do País, exigindo a modernização das

administrações tributárias nas três esferas de governo.

O projeto prevê ainda o investimento em tecnologia de forma a modernizar o

parque tecnológico e os sistemas de informação, ampliando a capacidade de

atendimento das unidades administrativas.

O Projeto NF-e tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de

documento fiscal que venha substituir a sistemática atual de emissão do documento

fiscal em papel, com validade jurídica para todos os fins, simplificando as obrigações

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acessórias dos contribuintes, ao mesmo tempo que permite um controle em tempo

real das operações comerciais pelo Fisco.

1.2 – Conceito de Nota Fiscal Eletrônica

A nota fiscal eletrônica, como o próprio nome fala, existe apenas

eletronicamente, acabando assim com a existência das notas fiscais em papel.

Mesmo sendo um tema bastante atual, a questão relativa ao tratamento dos

documentos eletrônicos no meio contábil ainda que, abordada com freqüência, gera

certa polêmica e receio para os interessados em tal assunto. Para melhor

entendimento: a nota fiscal será gerada no sistema (ERP) da empresa ou

tercerizado, porém a diferença está na hora de imprimi-la. Com a NF-e, o

contribuinte não precisará imprimir o documento fiscal, ele será enviado, via internet,

para a Secretaria da Fazenda e, para transportar a mercadoria, será preciso imprimir

o DANFE em uma folha de papel A4 comum, em impressora a laser para meçhor

visualização reduzindo cerca de 80% o consumo de papel e consequentemente de

seus custos.

É um procedimento no qual é emitido e armazenado, um documento de

existência apenas digital, que tem por finalidade documentar uma operação de

circulação de mercadorias ou prestações de serviços ocorridas entre vendedores e

compradores, onde sua validade jurídica é garantida através da assinatura digital do

emitente, que é recebida pelo Fisco antes do fato gerador ocorrer.

De acordo com Receita Federal (2008e), este projeto tem como objetivo a

implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que venha

substituir a sistemática atual de emissão do documento fiscal em papel (Nota Fiscal

Modelo 1 e Modelo 1=A), pela emissão de Documento Fiscal em meio eletrônico

com plena validade jurídica. Tal procedimento irá possibilitar ao Fisco o

acompanhamento das operações comerciais em tempo real, além de simplificar as

obrigações acessórias de grande parte das empresas.

Ficam as unidades federadas autorizadas a estabelecer a obrigatoriedade da

utilização da NF-e, a qual será fixada por intermédio de Protocolo ICMS,

- Para fixação da obrigatoriedade de que trata o protocolo previsto no § 2º, as

unidades federadas poderão utilizar critérios relacionados à receita de vendas e

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serviços dos contribuintes, atividade econômica ou natureza da operação por eles

exercida. (Ajuste SNIEF 07/05)

A NF-e substitui a Nota Fiscal Modelo 1 e 1-A, em todas as hipóteses

previstas na legislação em que estes documentos possam ser utilizados.

Isso inclui:

→ Nota fiscal de venda;

→ Nota fiscal de entrada;

→ As operações de importação;

→ As operações de exportação;

→ As operações interestaduais;

→ As operações de simples remessa.

Os critérios sobre a obrigatoriedade de emissão de NF-e não são tão simples

quanto aparentam. Além de diversos Protocolos ICMS publicados, com regras e

exceções – nem sempre muito claras – há um grande número de normas e

interpretações estaduais.

O primeiro normativo sobre o assunto foi o Protocolo ICMS 10, de 18 de abril

de 2007, que foi assinado inicialmente por Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo,

Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará,Rio Grande do Norte, Rio

Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

Posteriormente, houve a adesão de Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro,

Rondônia, Santa Catarina, Tocantins, Distrito Federal, amazonas, Mato Grosso do

Sul, Piauí, Acre, Amapá e Roraima. Esse protocolo determinou a obrigatoriedade

para os contribuintes de 93 segmentos econômicos.

1.2.1- Características da NF-e:

● documento digital no formato XML (Extended Markup Language);

● garantia de autoria, integridade e irrefutabilidade através de assinatura digital do

emitente (certificado digital padrão ICP Brasil);

● seu leiaute de campos é definido em legislação específica (Manual de Integração

– Contribuinte);

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● deve conter uma chave de acesso (conjunto de 44 caracteres que identificam

univocamente uma NF-e);

● deverá ser enviada eletronicamente e autorizada pelo Fisco antes da saída da

mercadoria do estabelecimento;

● a transmissão da NF-e será efetivada, via internet, por meio de protocolo de

segurança ou criptografia, através de serviços com a tecnologia “Web Services”.

A numeração utilizada pela NF-e será distinta e independente da numeração

utilizada pela nota fiscal em papel. Ressalte-se que a NF-e é uma nova espécie de

documento fiscal: o modelo da NF-e é "55" e os modelos das Notas Fiscais em papel

correspondentes são "1, 1A ou 4".

Independentemente do tipo de operação, a numeração da NF-e será

sequencial de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por série, devendo ser

reiniciada quando atingido este limite.

O contribuinte poderá adotar séries distintas para a emissão da NF-e,

mediante lavratura de termo no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e

Termos de Ocorrência - RUDFTO (modelo 6).

O modelo da NF-e é o 55, a série abarca a numeração 001 a 999, sendo que

as séries de número 890 a 899 de uso exclusivo para emissão de NF-e avulsa

(quando permitida pela SEFAZ); e as séries de número 900 a 999 de uso exclusivo

de NF-e emitidas em contingência e autorizadas no Sistema de Contingência do

Ambiente Nacional - SCAN.

1.2.2 - Chave de Acesso de uma NF-e (composição):

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1.2.3 - Descrição do Modelo Operacional

De maneira simplificada, a empresa emissora de NF-e gerará um arquivo

eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial, que deverá ser

assinado digitalmente de maneira a garantir a integridade dos dados e a autoria do

emissor.

Este arquivo eletrônico, que corresponde a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e -

será então transmitido pela Internet para a Secretaria da Fazenda que fará uma pré-

validação do arquivo e devolverá, em tempo real, um protocolo de recebimento

(autorização de uso), sem o qual não poderá haver o trânsito da mercadoria.

Após o recebimento da NF-e, a Secretaria da Fazenda disponibilizará

consulta na Internet para que o destinatário e outros legítimos interessados que

detenham a chave de acesso do documento eletrônico possam verificar sua

autorização e conteúdo.

Este mesmo arquivo (NF-e) será ainda transmitido pela Secretaria de

Fazenda para a Receita Federal, que será o repositório nacional de todas as NF-e

emitidas e, no caso de uma operação interestadual, também para a Secretaria de

Fazenda de destino da operação.

Para acobertar o trânsito da mercadoria será impressa uma representação

gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, intitulado DANFE (Documento Auxiliar

da NF-e), em papel comum e via única. Conterá impressa, em destaque, a chave de

acesso para consulta da NF-e na Internet e um código de barras unidimensional que

facilitará a captura e a confirmação de informações da NF-e pelos Postos Fiscais de

Fronte ira dos demais Estados.

O DANFE não é uma nota fiscal, nem substitui uma nota fiscal, servindo

apenas como instrumento auxiliar para consulta da NF-e no Ambiente Nacional

(http://www.nfe.fazenda.gov.br) ou no site da SEFAZ.

O contribuinte destinatário, não emissor de NF-e, poderá utilizar os dados

contidos no DANFE para a escrituração da NF-e, e o contribuinte emitente da NF-e

realizará a escrituração a partir das NF-e emitidas e recebidas.

Em ambos os casos, a validade ficará vinculada à efetiva existência da NF-e

nos arquivos das administrações tributárias envolvidas no processo, comprovada

através da emissão da Autorização de Uso e consultada pelo destinatário da NF-e.

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1.2.4 – Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE

O Documento Auxiliar da Nota Fiscal eletrônica (DANFE) é uma

representação gráfica simplificada da Nota Fiscal eletrônica, impresso em papel

comum, em única via, devendo conter impressos a chave de acesso, o seu código

de barras, além dos demais dados da NF-e.

O DANFE não é uma nota fiscal, nem a substitui, servindo apenas como

instrumento auxiliar para consulta da NF-e, tendo como objetivos:

• conter a chave numérica com 44 posições para consulta das informações da nota

fiscal eletrônica (Chave de Acesso);

• acompanhar a mercadoria em trânsito, fornecendo informações básicas sobre a

operação em curso (emitente, destinatário, valores, etc.);

• auxiliar na escrituração das operações documentadas por NF-e, no caso do

destinatário não ser contribuinte credenciado a emitir NF-e;

• colher a firma do destinatário/tomador para comprovação de entrega das

mercadorias ou prestação de serviços.

Características do DANFE:

• O DANFE deve ser impresso pelo vendedor da mercadoria antes de sua

circulação;

• O DANFE somente poderá ser utilizado para transitar com as mercadorias após a

concessão da autorização de uso da respectiva NF-e;

• não existem restrições quanto ao número de vias do DANFE que podem ser

impressas;

• O DANFE deverá ser impresso em papel, exceto papel jornal, no tamanho mínimo

A4 (210 x 297 mm) e máximo ofício 2 (230 x 330 mm), podendo ser utilizadas folhas

soltas, formulário contínuo ou formulário pré-impresso e, em caso de contingência,

Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento

Fiscal Eletrônico (FS-DA). Na hipótese de venda ocorrida fora do estabelecimento, o

DANFE poderá ser impresso em qualquer tipo de papel, exceto papel jornal, em

tamanho inferior ao A4 (210 x 297 mm), caso em que será denominado "DANFE

Simplificado", devendo ser observado leiaute definido nos termos do Manual de

Integração - Contribuinte.

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• O DANFE poderá conter outros elementos gráficos, desde que não prejudiquem a

leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico.

• O canhoto destacável do DANFE deverá constar, no modelo retrato, na

extremidade superior do DANFE e, no modelo paisagem, na extremidade esquerda

do DANFE, sendo permitido o seu deslocamento para a extremidade inferior no caso

de impressão no modo retrato (no modo paisagem, a disposição do canhoto não

pode ser modificada). Quando impresso em formulário de segurança, o DANFE

deverá obrigatoriamente ser do tamanho A4, com impressão no modo retrato, caso

em que fica vedado o deslocamento do canhoto para a parte inferior do formulário.

• Os títulos e informações dos campos constantes no DANFE devem ser grafados

de modo que seus dizeres e indicações estejam bem legíveis.

• A aposição de carimbos no DANFE, quando do trânsito da mercadoria, deverá ser

feita em seu verso.

• Poderão ser impressas, no verso do DANFE, informações complementares de

interesse do emitente, hipótese em que deverá ser reservado espaço de, no

máximo, 50% do tamanho da folha.

• Se necessário, o DANFE poderá ser impresso em mais de uma folha, caso em

que deverá constar em cada folha o número da página atual e o total de páginas do

documento.

• As alterações de leiaute do DANFE permitidas são somente aquelas previstas no

Manual de Integração - Contribuinte.

1.2.5 - Uso de Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de

Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA):

O uso do Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de

Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), para impressão do DANFE, só é obrigatório

nos casos de emissão de NF-e em contingência, excetuados aqueles em que o

contribuinte, em situação de contingência, transmitir a NF-e para o Sistema de

Contingência do Ambiente Nacional (SCAN) - Receita Federal do Brasil ou transmitir

a Declaração Prévia de Emissão em Contingência - DPEC (NF-e) para a Receita

Federal do Brasil, casos em que o DANFE será emitido em papel comum, exceto

papel jornal.

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A impressão do DANFE é de inteira e exclusiva responsabilidade do emitente

da NF-e. É obrigatória a impressão, no DANFE, do protocolo de autorização de uso

da NF-e.

A regra geral é que o emitente e o destinatário deverão manter em arquivo

digital as NF-e pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos

documentos fiscais, devendo ser apresentadas à administração tributária, quando

solicitado. Assim, o emitente e o destinatário deverão armazenar apenas o arquivo

digital.

No caso da empresa destinatária das mercadorias seja emitente de NF-e, ela

não precisará, portanto, guardar o DANFE (pois está obrigada a receber a NF-e),

devendo guardar apenas o arquivo digital recebido.

Caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-

e, poderá manter em arquivo o DANFE pelo prazo decadencial estabelecido pela

legislação, em substituição ao arquivo eletrônico da NF-e, devendo ser apresentado

à administração tributária, quando solicitado.

Importante salientar que o destinatário sempre deverá verificar a validade da

assinatura digital, a autenticidade do arquivo digital da NF-e e a concessão da

Autorização de Uso da NF-e.

Caso o cliente perca o Danfe, ele mesmo pode imprimir o mesmo em sites

que disponibilizam impressão de DANFE, só entrar com o número da chave de

acesso ou ARQUIVO XML DA NFE: www.webdanfe.com.br.

A figura abaixo mostra o Modelo de DANFE:

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FIGURA: 02 – Modelo de DANFE

FONTE: http://www.tecsal.com.br/salmat.php

1.2.6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DE NFE

Segundo o governo federal a instituição da NF-e e visa proporcionar os

benefícios abaixo:

Nota Fiscal Eletrônica proporciona benefícios a todos os envolvidos em uma

transação comercial.

Para os emitentes da Nota Fiscal Eletrônica (vendedores) podemos citar os

seguintes benefícios:

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• redução de custos de impressão do documento fiscal, uma vez que o documento

é emitido eletronicamente. O modelo da NF-e contempla a impressão de um

documento em papel, chamado de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

(DANFE), cuja função é acompanhar o trânsito das mercadorias e facilitar a consulta

da respectiva NF-e na internet. Apesar de ainda haver, portanto, a impressão de um

documento em papel, deve-se notar que este pode ser impresso em papel comum

A4 (exceto papel jornal), geralmente em apenas uma via;

• redução de custos de aquisição de papel, pelos mesmos motivos expostos acima;

• redução de custos de armazenagem de documentos fiscais. Atualmente os

documentos fiscais em papel devem ser guardados pelos contribuintes, para

apresentação ao fisco pelo prazo decadencial. A redução de custo abrange não

apenas o espaço físico necessário para adequada guarda de documentos fiscais

como também toda a logística que se faz necessária para sua recuperação. Um

contribuinte que emita, hipoteticamente, 100 Notas Fiscais por dia, contará com

aproximadamente 2.000 notas por mês, acumulando cerca de 120.000 ao final de 5

anos. Ao emitir os documentos apenas eletronicamente a guarda do documento

eletrônico continua sob responsabilidade do contribuinte, mas o custo do

arquivamento digital é muito menor do que o custo do arquivamento físico;

• GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos: a NF-e é um documento

eletrônico e não requer a digitalização do original em papel, o que permite a

otimização dos processos de organização, guarda e gerenciamento de documentos

eletrônicos, facilitando a recuperação e intercâmbio das informações;

• Simplificação de obrigações acessórias. Inicialmente a NF-e prevê dispensa de

Autorização de Impressão de Documentos Fiscais – AIDF. No futuro outras

obrigações acessórias poderão ser simplificadas ou eliminadas com a adoção da

NF-e;

• Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira. Com

a NF-e, os processos de fiscalização realizados nos postos fiscais de fiscalização de

mercadorias em trânsito serão simplificados, reduzindo o tempo de parada dos

veículos de cargas nestas unidades de fiscalização;

• Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes (B2B). O B2B

(business-to business) é uma das formas de comércio eletrônico existente e envolve

as empresas (relação “empresa - a - empresa”). Com o advento da NF-e, espera-se

que tal relacionamento seja efetivamente impulsionado pela utilização de padrões

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abertos de comunicação pela Internet e pela segurança trazida pela certificação

digital.

Para as empresas destinatárias de Notas Fiscais (compradoras), podemos

citar os seguintes benefícios:

• Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias, uma vez

que poderá adaptar seus sistemas para extrair as informações, já digitais, do

documento eletrônico recebido. Isso pode representar redução de custos de mão-

de-obra para efetuar a digitação, bem como a redução de possíveis erros de

digitação de informações;

• Planejamento de logística de recepção de mercadorias pelo conhecimento

antecipado da informação da NF-e, pois a previsibilidade das mercadorias a caminho

permitirá prévia conferência da Nota Fiscal com o pedido, quantidade e preço,

permitindo, além de outros benefícios, o uso racional de docas e áreas de

estacionamento para caminhões;

• Redução de erros de escrituração devido à eliminação de erros de digitação de

notas fiscais;

• GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos, conforme os motivos expostos

nos benefícios das empresas emitentes;

• Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores (B2B), pelos

motivos já expostos anteriormente.

Benefícios para a Sociedade:

• Redução do consumo de papel, com impacto positivo em termos ecológicos;

• Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;

• Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas;

• Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de serviços

ligados a NF-e

Benefícios para os Contabilistas:

• Facilitação e simplificação da Escrituração Fiscal e contábil;

• GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos, conforme os motivos expostos

nos benefícios das empresas emitentes;

• Oportunidades de serviços e consultoria ligados à NF-e.

- Benefícios para o Fisco:

• Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;

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• Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e

compartilhamento de informações entre os fiscos;

• Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela

fiscalização de mercadorias em trânsito;

• Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação sem aumento de carga

tributária;

• GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos, conforme os motivos expostos

nos benefícios das empresas emitentes;

• Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria da

Receita Federal e das Secretarias de Fazendas Estaduais (Sistema Público de

Escrituração Digital – SPED).

Desvantagens

• Investimentos em equipamentos e solftware;

• Comunicação de web e internet precária ;

• • Ação de contingência limitada;

• • Falta de infra-estrutura e conhecimento técnico das operações;

• • A falta de definição final do lay-out

• • Suporte Técnico da Secretária da Fazenda Inadequado;

A empresa emissora de NF-e gera um arquivo eletrônico, assinado

digitalmente com informações fiscais da operação comercial.

Através da Internet, o documento eletrônico é enviado para a Secretaria da

Fazenda que devolverá a Autorização de Uso, sem a qual não há o trânsito da

mercadoria.

A NF-e também será enviada para a Receita Federal, que servirá de

repositório nacional de todas as notas eletrônicas emitidas (Ambiente Nacional).

O processo de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) terá as seguintes

etapas:

• Etapa 1 - Habilitação do contribuinte como emissor de NF-e;

• Etapa 2 - Emissão e Transmissão da NF-e;

• Etapa 3 - Consulta da NF-e;

• Etapa 4 - Envio da NF-e à Receita Federal e à Secretaria de Fazenda do destino;

• Etapa 5 - Confirmação de Recebimento da NF-e pelo destinatário.

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Esse capítulo teve como principal objetivo explicar de maneira clara a

definição da nota fiscal eletrônica, assim como sua importância para sociedade e

para o fisco, procedimentos iniciais necessários para emissão da mesma.

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CAPÍTULO II

HABILITAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DIGITAL

2.1- Habilitação

Esta etapa corresponde ao processo eletrônico pelo qual um contribuinte

solicita seu cadastramento como emissor de NF-e junto a Secretaria da Fazenda.

Nesta fase inicia do projeto piloto a habilitação, como emissor de Nota Fiscal

eletrônica, será feito via pedido de Regime Especial. Todavia, em um futuro próximo,

este processo será automatizado, conforme melhor detalhado a seguir.

Para emissão da NF-e, o contribuinte deverá solicitar, previamente, seu

credenciamento na unidade federada em cujo cadastro de contribuinte do ICMS

estiver inscrito.

§ 1º O contribuinte credenciado para emissão de NF-e deverá observar, no que

couber, as disposições relativas à emissão de documentos fiscais por sistema

eletrônico de processamento de dados, constantes dos Convênios 57/95 e 58/95,

ambos de 28 de junho de 1995 e legislação superveniente.

§ 3º É vedada a emissão de nota fiscal modelo 1 ou 1-A ou da Nota Fiscal de

Produtor, modelo 4, por contribuinte credenciado à emissão de NF-e, exceto quando

a legislação estadual assim permitir. (AJUSTE SINIEF 07/05)

Ato COTEPE publicará o “Manual de Orientação do Contribuinte” da NF-e,

disciplinando a definição das especificações e critérios técnicos necessários para a

integração entre os Portais das Secretarias de Fazendas dos Estados e os sistemas

de informações das empresas emissoras de NF-e.

A legislação do ICMS considera cada estabelecimento do contribuinte um

estabelecimento autônomo, para efeito de cumprimento de obrigação acessória.

Assim, cada estabelecimento do contribuinte deverá estar inscrito no cadastro

de contribuintes do ICMS e emitir os documentos fiscais previstos na legislação.

A emissão da NF-e depende de prévio credenciamento do contribuinte junto à

SEFAZ, de circunscrição do estabelecimento interessado.

Nota: O credenciamento de uma Unidade Federada não credencia a empresa

perante as demais unidades.

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A NF-E deverá ser emitida com base no leiaute estabelecido em ATO

COTEPE, por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou

disponibilizado pela administração tributária e deverá ser assinada pelo emitente,

com assinatura digital, certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de

Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos

estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital .

(AJUSTE SINIEF 07/05) Cláusula 3ª ITEM IV.

2.2 - Certificado Digital

A NF-e tem a sua validade jurídica garantida pela assinatura digital (através

de certificado digital do emitente no padrão ICP Brasil, que dá, ao documento, a

certeza de sua integridade e de sua autoria) e pela autorização de uso pela

administração tributária da unidade federada do contribuinte, antes da ocorrência do

fato gerador.

O software emissor da Nota Fiscal Eletrônica utiliza o certificado NF-e para

assinar digitalmente o arquivo eletrônico da nota fiscal, atestando que foi sua

empresa que fez o envio da nota para o portal da Secretaria da Fazenda.

O certificado digital NF-e foi criado para ser utilizado exclusivamente na

emissão das notas fiscais eletrônicas (garantindo sua conformidade na Lei).

Benefícios do certificado digital NF-e:

• Podem ser adquiridos quantos certificados NF-e forem necessários, para atender

à estrutura de emissão de nota fiscal eletrônica da sua empresa;

• Possibilidade de emitir o certificado digital NF-e para um funcionário da sua

empresa, ao contrário do certificado e-CNPJ que deve ser emitido para um

representante legal registrado na Receita Federal;

O importante a destacar nesse capítulo : o certificado digital a ser utilizado

deverá ser de pessoa jurídica, do tipo A1 ou A3. O e-CPF não pode ser utilizado

para a NF-e; já o e-CNPJ pode, no entanto não é o mais indicado.

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CAPÍTULO III

IMPLANTAÇÃO DA NF-E

Em 2005, o Ajuste Sinief determinava o seguinte:

Cláusula terceira A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute

estabelecido no “Manual de Integração - Contribuinte”, por meio de software

desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração

tributária, observadas as seguintes formalidades:

I - o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language); II - a numeração da NF-e será seqüencial de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por série, devendo ser reiniciada quando atingido esse limite; III - a NF-e deverá conter um “código numérico”, gerado pelo emitente, que comporá a “chave de acesso” de identificação da NF-e, juntamente com o CNPJ do emitente, número e série da NF-e; IV - a NF-e deverá ser assinada pelo emitente, com assinatura digital, certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital. V - A identificação das mercadorias comercializadas com a utilização da NF-e deverá conter, também, o seu correspondente código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, nas operações: a) realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação federal; b) de comércio exterior. deverão ser indicados na NF-e o Código de Regime Tributário -

Com base nesse Ajuste, aconselhavam que as empresas já começassem a

se preparar e conhecer o projeto antes da obrigatoriedade que começou em 2007

com PROTOCOLO ICMS 10, DE 18 DE ABRIL DE 2007.

Por ser um marco na história e novo, muitas dúvidas surgiam, o portal da NF-

e http://www.nfe.fazenda.gov.br/, mostrava todas as etapas no projeto piloto além de

disponibilizar programa emissor para base de testes.

Algumas empresas optavam pelo site gratuito da Nf-e ou da SEFAZ , outras

contratavam empresas tercerizadas que desenvolvem software integrado de gestão

empresarial.

Para utilizar a NF-e, a empresa precisa ter um sistema de emissão de notas

por processamento de dados.

A emissão por processamento de dados consiste na confecção das notas

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através de sistema, onde são alimentadas todas as informações necessárias para

impressão da nota fiscal. Geralmente, estes sistemas têm o intuito de integrar

diversos setores da empresa, fazendo com que as informações circulem mais

rapidamente.

A empresa pode desenvolver um sistema de faturamento próprio para

emissão de notas fiscais ou adquirir um software através de empresas

especializadas que oferecem serviços de tecnologia terceirizados.

Com isso o trabalho é em equipe: de um lado a empresa que desenvolve o

software tem que estar atualizada de acordo com as normas do fisco, especialmente

layout, e de outro funcionários que emitem nota: estudo de acordo com Manual de

Integração e entender dos cadastros mais importantes e de forma correta.

Dependendo do porte da empresa, o tempo de preparação e conclusão dos

procedimentos preliminares pode levar até 6 meses, em função da minuciosidade e

detalhamento de campos de cadastros e parâmetros do sistema.

É de extrema importância acompanhar o Manual do Contribuinte, pois o

mesmo sempre sofre alterações e muda de versão,

Conforme tema abordado:

Sua empresa preparou ou está preparando seus funcionários de forma

adequada para implantação da Nota Fiscal Eletrônica?

Inadequação dos ambientes de trabalho, ocasionados pela falta de

informação, ferramentas e de profissionais devidamente habilitados. Escassez de

material didático relacionado com os corretos procedimentos a serem tomados para

implantação da Nfe.

Para que não ocorra problema para validação da NF-e, a empresa deve

revisar todo seu cadastro de Clientes, Fornecedores, Produtos, Código Fiscal de

Operação e Impostos Envolvidos.

Os campos devem ser baseados e preenchidos conforme o Manual de

Integração do Contribuinte, Protocolos, Ajustes Sinef e Legislações Estaduais.

Após concluída a implantação, ainda é importante acompanhar full time

(tempo integral) as legislações para possíveis alterações e atualizações do sistema e

nas notas, evitando assim multas e danos para empresa.

3.1 - Emissão e Transmissão da NF-e

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Esta etapa descreve o processo de emissão e transmissão de uma Nota

Fiscal Eletrônica, pelo contribuinte emissor, para a Secretaria de Fazenda e, após

sua autorização de uso, para o destinatário, permitindo assim o trânsito da

mercadoria.

Nesta etapa, o contribuinte participante do projeto piloto deverá adaptar seu

sistema de emissão de Nota Fiscal de forma a que, após dispor dos dados da

operação comercial, possa extraí-los de seu banco de dados e preencher os campos

do arquivo da Nota Fiscal Eletrônica.

De posse do arquivo de NF-e, e após efetuar validações quanto ao correto

preenchimento de seus campos, o contribuinte deverá proceder a assinatura digital

do arquivo

Este arquivo, já com a assinatura digital, deverá ser transmitido, pela Internet,

para a Secretaria da Fazenda, através do uso de tecnologia “web service”,

previamente a ocorrência do fato gerador, ou seja, da saída da mercadoria de seu

estabelecimento.

A transmissão para a Secretaria da Fazenda poderá ser feita a cada NF-e ou

também em um lote de NF-e, lembrando que, mesmo no caso de um lote, cada NF-e

deverá ter sua assinatura digital.

A Secretaria da Fazenda, ao receber a NF-e pela Internet, realizará

automaticamente uma validação de recepção, momento no qual serão avaliados

eletronicamente os seguintes aspectos:

• emissor autorizado;

• assinatura digital do emitente;

• recepção prévia à utilização da NF-e;

• formato dos campos do arquivo (esquema XML);

• regularidade fiscal do emitente;

• regularidade fiscal do destinatário;

• não existência da NF-e na base de dados da Secretaria da Fazenda (duplicidade);

• NF-e emitida na forma prevista na legislação da NF-e;

Se não for detectado nenhum problema na etapa da validação de recepção, a

NF-e será recebida e armazenada pela SEFAZ que, simultaneamente, retornará com

um protocolo de transação com status “Autorização de Uso” e disponibilizará a NF-e,

para consulta pela Internet, pelas partes envolvidas (emitente e destinatário) e aos

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terceiros legitimamente interessados (aqueles que dispuserem da chave de acesso

da NF-e).

Este protocolo de transação, com status “Autorização de Uso”, conterá ainda:

a identificação da NF-e através de sua chave de acesso; o momento em que a NF-e

foi recebida pela SEFAZ (data/hora/minuto/segundo) e um código de protocolo.

Somente após o contribuinte emissor receber o protocolo de transação com o

status “Autorização de Uso” é que poderá haver a saída da mercadoria de seu

estabelecimento, devendo ainda ser feita a transmissão da NF-e autorizada, por

qualquer meio, inclusive correio eletrônico, ao destinatário.Para facilitar o controle, o

trânsito da mercadoria com uma NF-e autorizada, deverá ser feito acompanhado de

um documento auxiliar, impresso em papel comum, intitulado DANF-e (documento

auxiliar da NF-e), juntamente com o código de protocolo de “Autorização de Uso” da

NF-e.

O DANF-e não é uma nota fiscal, nem substitui uma nota fiscal, servindo

apenas como instrumento auxiliar para consulta da NF-e por conter impresso a

chave de acesso da NF-e, permitindo assim que a validade da operação e da NF-e

seja confirmada, pelo detentor deste documento auxiliar, através do site da SEFAZ

na Internet.

Uma NF-e recebida pela SEFAZ representa, simplesmente, que a declaração

de uma transação comercial feita pelo contribuinte emitente do documento foi aceita

em termos de formato pela SEFAZ, que a partir deste momento irá proceder a pós-

validação da NF-e para a análise do mérito da operação e cruzamento de

informações com outras bases de dados, podendo, em caso de problemas ou

indícios, resultar em acionamento fiscal.

Entretanto, se houver algum problema já na validação de recepção, poderão

ocorrer três situações distintas: interrupção da comunicação, sem um protocolo de

transação em resposta da SEFAZ; resposta da SEFAZ com protocolo de transação

com status “Rejeição” e resposta da SEFAZ com protocolo de transação com status

“Não Autorização de Uso”.

A primeira hipótese, de interrupção da comunicação, sem um protocolo de

transação em resposta da SEFAZ, ocorrerá quando, por algum problema de ordem

técnica na comunicação de dados, não for possível a recepção do arquivo pela

SEFAZ. Neste caso, o contribuinte deverá proceder a um novo envio da NF-e para a

SEFAZ.

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Já a segunda hipótese, corresponde a situação de rejeição da NF-e, devido a

problemas, detectados pela SEFAZ, na validação de recepção, como: assinatura

digital inválida, não preenchimento ou preenchimento inválido do número da NF-e,

existência da NF-e na base de dados da SEFAZ, etc. Neste caso, o arquivo de NF-e

que foi rejeitado pela SEFAZ, não será armazenado na base de consultas da

SEFAZ, podendo o contribuinte corrigir o problema e enviar novamente o arquivo

para a SEFAZ.

O protocolo de transação, com status “Rejeição”, conterá, além da

identificação do status, a identificação do motivo da rejeição da NF-e.

A última hipótese corresponde a situação onde a NF-e não teve seu uso autorizado

pela SEFAZ. Este caso ocorrerá quando houver qualquer problemas com a

regularidade fiscal do emissor, a regularidade fiscal do destinatário, ou formatos de

campos após a identificação do número da NF-e, entre outros.

Nesta hipótese da não autorização de uso, a NF-e é armazenada para

consulta na base de dados da SEFAZ com este status, não podendo este mesmo

número de NF-e ser utilizado novamente pelo contribuinte emissor. Da mesma

forma, o contribuinte emissor não poderá realizar a saída da mercadoria acobertada

por uma NF-e cuja status seja “Não Autorizado Uso”.

O protocolo de transação, com status “Não Autorização de Uso”, conterá

ainda, além de identificar este status: a identificação da NF-e, através de sua chave

de acesso; o momento em que a NF-e foi recebida pela SEFAZ

(data/hora/minuto/segundo), a identificação do motivo da não autorização e um

código de protocolo.

Figura abaixo - Emissão e Transmissão de NF-e

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FIGURA: 03 – Emissão e transmissão de NF-e FONTE: http://nfefacil2012.blogspot.com.br/

3.2 – Consulta pela Internet da NF-e;

A existência de uma NF-e e sua validade poderão ser verificadas através de

uma consulta no site da Secretaria de Fazenda da Unidade da Federação de origem

do emitente da NF-e.

Para tanto, será necessário acessar a página da SEFAZ de origem e informar

a chave de acesso da NF-e.

A chave de acesso da NF-e , que consta impressa no DANF-e, é composta

pelas seguintes informações: CNPJ do emissor; número e série da NF-e; Unidade da

Federação do emissor e código de acesso.

O código de acesso é uma seqüência de 10 posições numéricas, geradas

pelo emissor da NF-e, no momento de sua emissão, através de algoritmo fornecido

pelo Fisco, aplicado sobre informações relevantes da NF-e.

A consulta aos dados completos da NF-e pode ser realizada dentro do prazo

de 180 (cento e oitenta) dias após a recepção pela SEFAZ ou Portal Nacional.

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Findo este prazo, a consulta poderá retornar informações parciais que

identifiquem a NF-e (número, data de emissão, CNPJ do emitente e do destinatário,

valor e sua situação), e que ficarão disponíveis pelo prazo decadencial.

Atenção: Na consulta na Internet não é possível imprimir a imagem ou

representação gráfica da NF-e, e nem o seu DANFE. O usuário conseguirá, no

entanto visualizar as suas informações.

Figura abaixo– Consulta NF-e pela Internet

FIGURA: 04 – Consulta NF-e pela internet FONTE: http://nfefacil2012.blogspot.com.br/

3.3 – Envio da NF-e a Receita Federal e a Secretaria de Fazenda do destino

A NF-e após ter sido recebida, armazenada na base de dados da SEFAZ e

disponibilizada para consulta via Internet, será enviada pela SEFAZ de origem para

a Receita Federal do Brasil e, nos casos de operações interestaduais, para a

Secretaria da Fazenda do Estado de destino das mercadorias.

Dessa forma, tratando-se de operações interestaduais, os Postos Fiscais de

Fronteira receberão a informação prévia da NF-e, eliminando-se, assim, a

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necessidade atual de digitação de notas fiscais, facilitando o controle do Fisco e

reduzindo o tempo gasto pelo contribuinte nestas repartições

A NF-e será transmitida para a Sefaz da Unidade Federada de embarque das

mercadorias, tratando-se de exportação de mercadorias através de portos ou

aeroportos não situados na UF da circunscrição do emitente da Nota Fiscal;

Figura abaixo – Envio NF-e para Receita Federal e outra SEFAZ

FIGURA: 05 – Envio NF-e para Receita Federal e outra SEFAZ

FONTE: http://nfefacil2012.blogspot.com.br/

3.4 - Confirmação de Recebimento da NF-e pelo destinatário;

A confirmação do recebimento não será implantada nesta fase inicial do

projeto piloto.

Todavia, a título de esclarecimento, a confirmação da NF-e pelo destinatário

corresponde ao processo pelo qual o contribuinte destinatário da mercadoria realiza

a confirmação para a SEFAZ de que recebeu as mercadorias constantes de uma

NF-e

O projeto da NF-e prevê que a confirmação de recebimento do destinatário

poderá ser realizada de duas formas: de forma manual no site do Posto Fiscal

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Eletrônico, com o contribuinte destinatário identificando-se pelo controle de acesso

ou, de forma eletrônica, através de tecnologia “web service”.

Figura abaixo- Confirmação Recebimento via "web service"

IGURA: 06 – Confirmação Recebimento via "web service"

FONTE: http://nfefacil2012.blogspot.com.br/

3.5 - Casos Particulares

3.5.1 - Cancelamento de uma Nota Fiscal Eletrônica

Somente poderá ser cancelada uma NF-e cujo uso tenha sido previamente

autorizado pelo Fisco (protocolo "Autorização de Uso") e desde que não tenha ainda

ocorrido o fato gerador, ou seja, ainda não tenha ocorrido a saída da mercadoria do

estabelecimento. Atualmente o prazo máximo para cancelamento de uma NF-e é de

168 horas (7 dias), contado a partir da autorização de uso. Conforme Ato COTEPE

35/10, este prazo será reduzido para 24 horas a partir de 1º/01/2012.

O Pedido de Cancelamento de NF-e deverá ser assinado pelo emitente com

assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves

Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CNPJ de qualquer dos

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estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital. A

transmissão poderá ser realizada por meio de software desenvolvido ou adquirido

pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária. Da mesma forma

que a emissão de uma NF-e de circulação de mercadorias, o pedido de

cancelamento também deverá ser autorizado pela Sefaz. O leiaute do arquivo de

solicitação de cancelamento poderá ser consultado no Manual de Integração do

Contribuinte.

O status de uma NF-e (autorizada, cancelada, etc.) sempre poderá ser

consultado no site da Sefaz autorizadora (Sefaz da unidade federada do emitente ou

Sefaz-Virtual) ou no Portal Nacional da NF-e (www.nfe.fazenda.gov.br).

As NF-e canceladas, denegadas e os números inutilizados devem ser

escriturados, sem valores monetários, de acordo com a legislação tributária vigente.

3.5.2 – Guarda do arquivo digital

Dentre tantas obrigações, o contribuinte ainda precisa cuidar com a validação

e armazenamento das NF-e. No tocante à autenticação, o destinatário precisa

verificar a validade e autenticidade do documento eletrônico e a respectiva

autorização de uso.

Tanto o emitente quanto o destinatário devem manter os arquivos digitais das

NF-e pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos

fiscais, para que sejam apresentados à administração tributária, quando solicitados.

Caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-

e, necessita manter em arquivo o documento auxiliar (Danfe) da operação. Sendo a

empresa destinatária emitente de NF-e, esta pode armazenar apenas o arquivo

digital recebido.

O prazo de arquivamento é de pelo menos cinco anos. Portanto, é altamente

recomendável realizar backup externo, além de arquivar, quando obrigatório, a

Danfe em local adequado.

Convém frisar que a responsabilidade pela guarda dos arquivos é

exclusivamente do contribuinte. Assim, na eventualidade de perdas não haverá a

recuperação dos dados por parte da respectiva Secretaria Estadual da Fazenda

(SEFAZ) ou da Receita Federal do Brasil.

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Assim, a correta observação e o cumprimento dessas obrigações são

imprescindíveis para que o contribuinte não venha a ser questionado futuramente

pelas autoridades fiscais.

3.5.3 – Carta de correção

Para os estabelecimentos emitentes de NF-e foi criado o serviço da Carta de

Correção Eletrônica (CC-e) e já está implantado em algumas Secretarias de

Fazenda e nas duas SEFAZ Virtuais da NF-e (SVAN e SVRS), o contribuinte deve

se informar em seu estado sobre esta disponibilização. As especificações técnicas

da Carta de Correção Eletrônica (CC-e) estão definidas na Nota Técnica 2011.003

disponível neste Portal. Nos estados em que a CC-e ainda não foi implantada, a

empresa emitente de NF-e poderá emitir Carta de Correção, em papel, conforme

definido através do Ajuste Sinief 01/07.

O emitente poderá sanar erros em campos específicos da NF-e por meio de

Carta de Correção Eletrônica - CC-e, devidamente autorizada mediante transmissão

à Secretaria da Fazenda ou de Carta de Correção, em papel, desde que o erro não

esteja relacionado com:

1 - as variáveis que determinam o valor do imposto tais como: base de cálculo,

alíquota, diferença de preço, quantidade, valor da operação (para estes casos

deverá ser utilizada NF-e Complementar);

2 - a correção de dados cadastrais que implique mudança do remetente ou do

destinatário;

3 - a data de emissão da NF-e ou a data de saída da mercadoria.

Procedimentos adotados no caso de problemas com a emissão da NF-e:

Ocorrendo problemas técnicos com a emissão de NF-e, a empresa poderá

seguir os procedimentos de contingência previstos na legislação (vide Ajuste SINIEF

07 de 2005 e suas alterações) e na documentação técnica da NF-e (vide Manual de

Integração do Contribuinte - versão 4.0.1 - NT2009.006 - Anexo X - a partir da Pág. 177 /

232). A documentação técnica da NF-e, assim como os principais dispositivos legais

relacionados à NF-e, podem ser encontrados no Portal Nacional da NF-e, em

www.nfe.fazenda.gov.br.Não se admite a emissão de NF mod. 1/1-A como operação

de contingência de NF-e.

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É vedada a reutilização, em contingência, de número de NF-e transmitida com

tipo de emissão "Normal", mesmo que o contribuinte não tenha obtido êxito em obter

resposta à solicitação de Autorização de Uso da NF-e.

Resumidamente, os procedimentos de contingência atuais podem ser

descritos da seguinte forma:

1) Autorização da NF-e pelo Sistema de Contingência do Ambiente Nacional -

SCAN:

Emissão da NF-e em contingência com transmissão para o Sistema de

Contingência do Ambiente Nacional (SCAN) e o DANFE pode ser impresso em

papel comum. A transmissão para o SCAN depende de ativação prévia pela Sefaz

autorizadora, de forma que sua utilização estará relacionada na maior parte dos

casos com problemas técnicos na Sefaz autorizadora (e não no ambiente da

empresa emitente). Nesse caso, a empresa deverá gerar NF-e com série a partir de

900 (séries de 900 a 999 estão reservadas ao SCAN), seguindo normalmente os

demais procedimentos.

2) Transmissão de Declaração Prévia de Emissão em Contingência - DPEC:

Emissão de NF-e em contingência com o registro prévio do resumo das NF-e

emitidas e impressão do DANFE em papel comum. O contribuinte informa ao fisco

através do ambiente nacional da NF-e, por site ou transmissão por web service

algumas informações resumidas da NF-e que irá emitir em contingência.

O DANFE deve ser impresso no mínimo em duas vias, contendo o segundo

código de barras com dados adicionais da nota no lugar normalmente reservado

para a impressão do Protocolo de Autorização. Uma das vias servirá para

acompanhar o trânsito das mercadorias, devendo ser guardada pelo destinatário

pelo prazo decadencial, e a outra via deverá ser mantida em arquivo pelo emitente

pelo mesmo prazo.

As NF-e emitidas com DPEC, devem ser transmitidas para SEFAZ de origem,

imediatamente após cessarem os problemas técnicos que impediam a sua

transmissão.

3) Impressão do DANFE em Formulário de Segurança para Impressão de

Documentos Auxiliares - FS-DA:

Para as situações em que exista algum impedimento para obtenção da

autorização de uso da NF-e, como por exemplo, um problema no acesso à internet

ou a indisponibilidade da SEFAZ de origem do emissor, o contribuinte pode optar

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pela emissão da NF-e em contingência com a impressão do DANFE em Formulário

de Segurança - Documento Auxiliar (FS-DA), previsto no Convênio ICMS 96/09.

Somente as empresas que tiverem adquirido o FS-DA poderão optar por esta

modalidade de operação em contingência. A transmissão das NF-e emitidas em FS-

DA para SEFAZ de origem será realizada imediatamente após cessarem os

problemas técnicos que impediam a sua transmissão.

Nesta modalidade de operação em contingência o DANFE deverá ser

impresso em FS-DA com no mínimo em duas vias, contendo o segundo código de

barras com dados adicionais da nota no lugar normalmente reservado para a

impressão do Protocolo de Autorização. Uma das vias servirá para acompanhar o

trânsito das mercadorias, devendo ser guardada pelo destinatário pelo prazo

decadencial, e a outra via deverá ser mantida em arquivo pelo emitente pelo mesmo

prazo.

Nas modalidades de operação em contingência 2 e 3, se a NF-e transmitida

após cessado o motivo que determinou a operação em contingência vier a ser

rejeitada, o contribuinte deverá:

I - gerar novamente o arquivo com a mesma numeração e série, sanando a

irregularidade desde que não se alterem as seguintes informações:

a) as variáveis que determinam o valor do imposto tais como: base de cálculo,

alíquota, diferença de preço, quantidade, valor da operação ou da prestação;

b) os dados cadastrais que impliquem mudança do remetente ou do destinatário;

c) a data de emissão ou de saída;

II - solicitar Autorização de Uso da NF-e;

III - imprimir o DANFE correspondente à NF-e autorizada, no mesmo tipo de papel

utilizado para imprimir o DANFE original.

Em relação às NF-e que foram transmitidas antes da contingência e ficaram

pendentes de retorno, o emitente, após a cessação das falhas, deverá solicitar o

cancelamento das NF-e que retornaram com autorização de uso e cujas operações

não se efetivaram ou foram acobertadas por NF-e emitidas em contingência, bem

como solicitar a inutilização da numeração das NF-e que não foram autorizadas nem

denegadas.

A empresa deverá observar os demais procedimentos a serem adotados, de

acordo com o tipo de contingência, previstos na legislação e na documentação

técnica (Ajuste SINIEF 07/05, Manual de Integração de Contribuinte). Destaca-se

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que é vedada a reutilização, em contingência, de número de NF-e transmitida com

tipo de emissão "Normal", conforme § 14 da cláusula décima primeira do Ajuste

SINIEF 07/05.

No caso de falta de energia, não existe previsão legal para emissão de nota

fiscal avulsa ou algo similar em substituição a Nota Fiscal Eletrônica – modelo 55.

Portanto, a empresa emissora de Nota Fiscal Eletrônica, em hipótese alguma

poderá emitir nota fiscal modelo 1 e 1-A ou similar em substituição.

Diante desse cenário, o emissor da Nota Fiscal Eletrônica – modelo 55 deve

manter mecanismos físicos para situações de falta de energia elétrica, como por

exemplo, notebook e/ou no break, por precaução.

Por fim, lembramos que mesmo na hipótese de falta de energia elétrica, não é

possível circular mercadoria sem um documento fiscal hábil, e, além disso, convém

ressaltar que a autuação para transporte sem nota fiscal costuma ser solidária

(empresa e transportador) em diversos estados do Brasil.”

3.5.4 - Manifestação do Destinatário.

A Nota Técnica 2012.002 no Portal Nacional da NF-e -

http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/ define o evento de Manifestação do Destinatário

da NF-e.

Em 01/08/2012 foi a data estabelecida para a liberação da função no

ambiente de produção. Ainda não temos informações sobre a obrigatoriedade.

Mantendo a mesma filosofia de implementação da NF-e, o processo de

Manifestação do Destinatário será inicialmente apenas voluntário. Está previsto o

início de obrigatoriedade de utilização deste processo ao longo do ano de 2013, para

alguns tipos selecionados de movimentação de mercadorias.

A obrigatoriedade de Manifestação do Destinatário está definida no ANEXO II

do Ajuste Sinief 07/05, conforme Cláusula décima quinta B deste Ajuste.

Cláusula décima quinta-B O registro de eventos é de uso facultativo pelos

agentes mencionados no § 2º da cláusula décima quinta-A, sendo obrigatório nos

seguintes casos:

I - registrar uma Carta de Correção Eletrônica de NF-e; II - efetuar o cancelamento de NF-e;

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III - registrar as situações descritas nos incisos IV, V, VI e VII do § 1º da cláusula décima quinta-A, em conformidade com o Anexo II.

A Manifestação Destinatário tem que ser feita por qualquer empresa

destinatário da NF-e que exija o preenchimento do Grupo Detalhamento Específico

de Combustíveis, conforme definido no Anexo II do Ajuste SINIEF 07/05.

Este conjunto de eventos, como o próprio nome já sugere, permite que o

destinatário da NF-e possa se manifestar sobre a sua participação comercial descrita

na NF-e, confirmando as informações prestadas pelo seu fornecedor e emissor do

respectivo documento fiscal. Este processo é composto de quatro eventos:

1. Ciência da Emissão

2. Confirmação da Operação

3. Registro de Operação não Realizada

4. Desconhecimento da Operação

CONCLUSÃO

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A principal pretensão deste trabalho monográfico foi verificar o processo de

emissão da nota fiscal eletrônica, os benefícios por ela proporcionados e a

participação do contador e profissionais afins no processo.

A partir da experiência de uso desta tecnologia em diversos setores da

economia, inclusive nos mais críticos em termos operacionais e fiscais, foi possível

estabelecer um novo patamar de controle agregado mais segurança e confiabilidade

de sistema. Bom para o fisco, pois os novos controles poderão viabilizar a detecção

de fraudes com mais velocidade e eficiência.

Além disso práticas desleais serão fortemente coibidas: Cancelamentos

indevidos, contrabando, falsificações, roubo e desvio de mercadorias, nota calçada,

recursos não contabilizados e outros subterfúgios cederão espaço para boas

práticas de gestão.

Este trabalho foi de grande valia para crescimento profissional da

pesquisadora, uma vez que a própria empresa onde a mesma desempenha suas

atividades mostrou-se interessada em aderir ao Projeto da Nota Fiscal Eletrônica. A

natural evolução dos recursos e ferramentas e evidente vantagem em otimizar

custos e tempo de operação levarão naturalmente um número cada vez maior de

empresas a adotarem o método de emissão eletrônica de notas fiscais.

Adequação dos ambientes de trabalho, ferramentas necessárias e

profissionais devidamente habilitados,material didático são peças fundamentais para

o sucesso da implantação da NF-e.

Quanto ao problema do estudo, foi possível verificar a importância da

descrição do processo de implantação da NF-e para que os empresários consigam

entender e aplicar o processo em suas empresas, adquirindo recursos e

disponibilizando para os funcionários usufuir no processo. Através de procedimentos

bibliográficos foi mostrado todos os procedimentos necessários para a implantação

da NF-e nas empresas, desde a preparação técnica antecipada até o funcionamento

efetivo do sistema, relatando os benefícios de sua utilização e as dificuldades que

foram encontradas no decorrer da implantação.

A partir de fontes já publicadas, o trabalho descreveu, unificando todas as

informações para melhor entendimento dos leitores, iniciando no Capítulo 1

explicando de maneira clara o conceito e história da NF-e e do Danfe e as

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vantagens e desvantagens para o emitente, destinatário, fisco e o contabilista. Já no

Capítulo 2 procuramos orientar os procedimentos para habilitação do certificado

digital, pois a NF-e tem a sua validade jurídica garantida pela assinatura digital. Já

no Capítulo 3 foi apresentado todas etapas necessárias para implantação da NF-e

até sua emissão e transmissão, além de possíveis erros e como os mesmos podem

ser sanados. Para que não houvesse dúvidas quanto à confiabilidade da descrição

dos procedimentos, foram identificadas legislações pertinentes que envolvem a NF-

e, fazendo com que os leitores possam buscar a base legal da matéria.

O Projeto da NF-e foi e sempre será um marco positivo na era tecnológica e

contábil, servindo como exemplo e inspiração para projetos futuros, permitindo e

facilitando, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais dos

contribuintes com o Fisco.

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Nota fiscal Modelo 1..................................................................... 9

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Figura 02 – DANFE.................................................................................................. 18

Figura 03 – Emissão e Transmissão de NF-e.......................................................... 30

Figura 04 – Consulta da NF-e pela Internet............................................................. 31

Figura 05 – Envio NF-e para Receita Federal e outra Sefaz.................................... 32

Figura 06 – Confirmação Recebimento via "web service"........................................ 33

REFERÊNCIAS

DUARTE, Roberto Dias. Big Brother Fiscal I . 2008

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DUARTE, Roberto Dias. Big Brother Fiscal II . 2009 MULLER, Aderbal- Manual da Nota Fiscal Eletrônica. Pós Sped. 2011 PEREIRA,DoraziL Alves. Regulamento do Icms - 8ª Ed. 2007 RECEITA FEDERAL. Sistema Público de Escrituração Digital. Disponível em: <http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/histórico.aspx.> Acesso em: 05 de junho de 2013. __________. Sistema Público de Escrituração Digital. Disponível em: <http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/objetivos.aspx> Acesso em: 05 de junho de 2013. __________. Sistema Público de Escrituração Digital. Disponível em: <http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/beneficios.aspx> Acesso em 05 de junho de 2013. ___________.Conteúdo geral da Nota Fiscal Eletrônica. Disponível em: <http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/objetivo.aspx> Acesso em: 10 de junho de 2013. ___________. Manual de Integração – Contribuinte Padrões Técnicos de comunicação. Disponível em: <http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/docs/Manual_Integracao_Contribuinte_ versão _4.01 – NT 2009.006 > Acesso em: 02 de abril de 2013.

ÍNDICE

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44

FOLHA DE ROSTO..............................................................................................1

AGRADECIMENTO................................................................................................ 2

DEDICATÓRIA ............................................................................................... 3

RESUMO................................................................................................................4

METODOLOGIA...................................................................................................................... 5

SUMÁRIO................................................................................................................................. 6

INTRODUÇÃO .................................................................................................7

CAPÍTULO I -NOTA FISCAL ELETRÔNICA ...................................................... 8

1.1 – HISTÓRICO DO PROJETO ..................................................................... 9

1.2 - CONCEITO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA ..............................................11

1.2.1 - CARACTERÍSTICAS DA NFE ...................................................................... 12

1.2.2 - CHAVE DE ACESSO DE UMA NFE ............................................................ 13

1.2.3 - DESCRIÇÃO DO MODELO OPERACIONAL .............................................. 14

1.2.4 - DANFE ......................................................................................................... 15

1.2.5 – USO DE FORMULÁRIO DE SEGURANÇA ................................................ 16

1.2.6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DA NFE .............................................. 18

CAPÍTULO II - HABILITAÇÃO E DOCUMENTAÇÃ O DIGITAL .............................. 23

2.1 - HABILITAÇÃO ................................................................................................. 23

2.2 – CERTIFICADO DIGITAL ................................................................................ 24

CAPÍTULO III – IMPLANTAÇÃO DA NF-E ..............................................................25

3.1 – EMISSÃO E TRANSMISSÃO .................................................................................. 26

3.2 – CONSULTA PELA INTERNET .................................................................................30

3.3 – ENVIO PARA RECEITA E SECRETARIA FAZENDA ......................................... 31

3.4 – CONFIRMAÇÃO DE RECEBIMENTO DA NF-E ............................................32

3.5 – CASOS PARTICULARES ........................................................................................ 33

3.5.1 – CANCELAMENTO DE UMA NFE ................................................................33

3.5.2 –GUARDA DO ARQUIVO DIGITAL ............................................................... 34

3.5.3 –CARTA DE CORREÇÃO .............................................................................. 35

3.5.4 –MANIFESTAÇÃO DO DESTINATÁRIO ....................................................... 38

CONCLUSÃO .......................................................................................................... 40

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ 42

REFERENCIAS ....................................................................................................... 43

ÍNDICE .................................................................................................................... 44

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................. 46

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ANEXO......................................................................................................... 47

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

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AC: Autoridade Certificadora AR: Autoridade de Registro CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica COSIF: Plano Contábil das Instituições Financeiras CRC: Centro Regional de Contabilidade DANFE: Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica ECD: Escrituração Contábil Digital EFD: Escrituração Fiscal Digital ENAT: Encontro Nacional de Administradores Tributários ERP: Enterprise Resource Planning ICP=BRASIL: Infra=Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras NF- e: Nota Fiscal Eletrônica PAC: Programa de Aceleração do Crescimento PVA: Programa Validador e Assinador SEFAZ: Secretaria da Fazenda do Estado SERPRO: Serviço Federal de Processamento de Dados SPED: Sistema de Escrituração Pública Digital XML: Extended Markup Language

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- ANEXO 01 : PROTOCOLO ICMS 10/2007

Esse protocolo determinou a obrigatoriedade para os contribuintes de 93 segmentos econômicos

I – fabricantes de cigarros; II – distribuidores ou atacadistas de cigarros; III – produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim

definidos e autorizados por órgão federal competente; IV – distribuidores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por

órgão federal competente; V – transportadores e revendedores retalhistas - TRR, assim definidos e

autorizados por órgão federal competente; VI – fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e

motocicletas; VII – fabricantes de cimento; VIII – fabricantes, distribuidores e comerciante atacadista de medicamentos

alopáticos para uso humano; IX – frigoríficos e atacadistas que promoverem as saídas de carnes frescas,

refrigeradas ou congeladas das espécies bovinas, suínas, bufalinas e avícola; X – fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes; XI – fabricantes de refrigerantes; XII – agentes que, no Ambiente de Contratação Livre (ACL), vendam energia

elétrica a consumidor final; XIII – fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos,

relaminados, trefilados e perfilados de aço; XIV – fabricantes de ferro-gusa. Acrescidos os incisos XV a XXXIX ao caput da cláusula primeira pelo Prot.

ICMS 68/08, efeitos a partir de 14.07.08. XV – importadores de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus

e motocicletas; XVI – fabricantes e importadores de baterias e acumuladores para veículos

automotores; XVII – fabricantes de pneumáticos e de câmaras-de-ar; XVIII – fabricantes e importadores de autopeças; XIX – produtores, formuladores, importadores e distribuidores de solventes

derivados de petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; XX – comerciantes atacadistas a granel de solventes derivados de petróleo; XXI – produtores, importadores e distribuidores de lubrificantes e graxas

derivados de petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; Nova redação dada ao inciso XXII da cláusula primeira pelo Prot. ICMS 41/09,

efeitos a partir de 01.04.10 XXII – comerciantes atacadistas de lubrificantes e graxas derivados ou não de

petróleo; Redação original dada pelo Prot. ICMS 68/08, efeitos de 14.07.08 a 31.03.10. XXII – comerciantes atacadistas a granel de lubrificantes e graxas derivados

de petróleo;

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XXIII – produtores, importadores, distribuidores a granel, engarrafadores e revendedores atacadistas a granel de álcool para outros fins;

Nova redação dada ao inciso XXIV da cláusula primeira pelo Prot. ICMS 87/08, efeitos a partir de 17.10.08

XXIV – produtores, importadores e distribuidores de GLP – gás liquefeito de petróleo ou de GLGN - gás liquefeito de gás natural, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

Redação original dada pelo Prot. ICMS 68/08, efeitos de 14.07.08 a 16.10.08. XXIV – produtores, importadores e distribuidores de GLP – gás liquefeito de

petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; Nova redação dada ao inciso XXV da cláusula primeira pelo Prot. ICMS

87/08, efeitos a partir de 17.10.08 XXV – produtores, importadores e distribuidores de GNV – gás natural

veicular, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; Redação original dada pelo Prot. ICMS 68/08, efeitos de 14.07.08 a 16.10.08. XXV – produtores e importadores GNV – gás natural veicular; XXVI – atacadistas de produtos siderúrgicos e ferro gusa; XXVII – fabricantes de alumínio, laminados e ligas de alumínio; XXVIII – fabricantes de vasilhames de vidro, garrafas PET e latas para

bebidas alcoólicas e refrigerantes; XXIX – fabricantes e importadores de tintas, vernizes, esmaltes e lacas; XXX– fabricantes e importadores de resinas termoplásticas; XXXI – distribuidores, atacadistas ou importadores de bebidas alcoólicas,

inclusive cervejas e chopes; XXXII – distribuidores, atacadistas ou importadores de refrigerantes; XXXIII – fabricantes, distribuidores, atacadistas ou importadores de extrato e

xarope utilizados na fabricação de refrigerantes; XXXIV – atacadistas de bebidas com atividade de fracionamento e

acondicionamento associada Nova redação dada ao inciso XXXV da cláusula primeira pelo Prot. ICMS

87/08, efeitos a partir de 17.10.08 XXXV – atacadistas de fumo; Redação original dada pelo Prot. ICMS 68/08, efeitos de 14.07.08 a 16.10.08. XXXV – atacadistas de fumo beneficiado; XXXVI – fabricantes de cigarrilhas e charutos; XXXVII – fabricantes e importadores de filtros para cigarros; XXXVIII – fabricantes e importadores de outros produtos do fumo, exceto

cigarros, cigarrilhas e charutos; XXXIX – processadores industriais do fumo; Acrescidos os incisos XL a XCIII ao caput da cláusula primeira pelo Prot.

ICMS 87/08, efeitos a partir de 17.10.08. XL – fabricantes de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; XLI – fabricantes de produtos de limpeza e de polimento; XLII – fabricantes de sabões e detergentes sintéticos; XLIII – fabricantes de alimentos para animais; XLIV – fabricantes de papel; XLV – fabricantes de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão

ondulado para uso comercial e de escritório; XLVI – fabricantes e importadores de componentes eletrônicos;

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XLVII – fabricantes e importadores de equipamentos de informática e de periféricos para equipamentos de informática;

XLVIII – fabricantes e importadores de equipamentos transmissores de comunicação, pecas e acessórios;

XLIX – fabricantes e importadores de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo;

L – estabelecimentos que realizem reprodução de vídeo em qualquer suporte; LI – estabelecimentos que realizem reprodução de som em qualquer suporte; LII – fabricantes e importadores de mídias virgens, magnéticas e ópticas; LIII – fabricantes e importadores de aparelhos telefônicos e de outros

equipamentos de comunicação, peças e acessórios; LIV – fabricantes de aparelhos eletromédicos e eletroterapêuticos e

equipamentos de irradiação; LV – fabricantes e importadores de pilhas, baterias e acumuladores elétricos,

exceto para veículos automotores; LVI – fabricantes e importadores de material elétrico para instalações em

circuito de consumo; LVII – fabricantes e importadores de fios, cabos e condutores elétricos

isolados; LVIII – fabricantes e importadores de material elétrico e eletrônico para

veículos automotores, exceto baterias; LIX – fabricantes e importadores de fogões, refrigeradores e maquinas de

lavar e secar para uso domestico, peças e acessórios; LX – estabelecimentos que realizem moagem de trigo e fabricação de

derivados de trigo; LXI – atacadistas de café em grão; LXII – atacadistas de café torrado, moído e solúvel; LXIII – produtores de café torrado e moído, aromatizado; LXIV – fabricantes de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho; LXV – fabricantes de defensivos agrícolas; LXVI – fabricantes de adubos e fertilizantes; LXVII – fabricantes de medicamentos homeopáticos para uso humano; LXVIII – fabricantes de medicamentos fitoterápicos para uso humano; LXIX – fabricantes de medicamentos para uso veterinário; LXX – fabricantes de produtos farmoquímicos; LXXI – atacadistas e importadores de malte para fabricação de bebidas

alcoólicas; LXXII – fabricantes e atacadistas de laticínios; LXXIII – fabricantes de artefatos de material plástico para usos industriais; LXXIV – fabricantes de tubos de aço sem costura; LXXV – fabricantes de tubos de aço com costura; LXXVI – fabricantes e atacadistas de tubos e conexões em PVC e cobre; LXXVII – fabricantes de artefatos estampados de metal; LXXVIII – fabricantes de produtos de trefilados de metal, exceto

padronizados; LXXIX – fabricantes de cronômetros e relógios; LXXX – fabricantes de equipamentos e instrumentos ópticos, peças e

acessórios; LXXXI – fabricantes de equipamentos de transmissão ou de rolamentos, para

fins industriais;

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LXXXII – fabricantes de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas, peças e acessórios;

LXXXIII – fabricantes de aparelhos e equipamentos de ar condicionado para uso não-industrial;

LXXXIV – serrarias com desdobramento de madeira; LXXXV – fabricantes de artefatos de joalheria e ourivesaria; LXXXVI – fabricantes de tratores, peças e acessórios, exceto agrícolas; LXXXVII – fabricantes e atacadistas de pães, biscoitos e bolacha; LXXXVIII – fabricantes e atacadistas de vidros planos e de segurança; LXXXIX – atacadistas de mercadoria em geral, com predominância de

produtos alimentícios; XC – concessionários de veículos novos; XCI – fabricantes e importadores de pisos e revestimentos cerâmicos; XCII – tecelagem de fios de fibras têxteis; XCIII – preparação e fiação de fibras têxteis.