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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NAS ESCOLAS Por: Wagner Costa Ribeiro Orientador: Dr. Antonio Fernando Vieira Ney Rio de Janeiro 2012 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NAS ESCOLAS

Por: Wagner Costa Ribeiro

Orientador: Dr. Antonio Fernando Vieira Ney

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NAS ESCOLAS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Supervisão Escolar

Por: Wagner Costa Ribeiro

Rio de Janeiro

2012

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos

que contribuíram, de forma direta

ou indireta, para conclusão deste

trabalho, em especial, a minha

família.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os meus

familiares, com destaque para minha

esposa e meus filhos Rafael Cardoso

de Albuquerque Ribeiro e Alice

Cardoso de Albuquerque Ribeiro, que

participaram com cooperação, carinho

e principalmente paciência,

contribuindo assim, decisivamente

para o meu sucesso.

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RESUMO

Este trabalho expõe através dos diversos tópicos selecionados para

análise, os inúmeros papéis desempenhados pelo coordenador pedagógico no

cotidiano da escola. Aborda ainda os desvios de funções deste profissional,

sua participação na confecção do Projeto Político Pedagógico e formação

continuada dos professores.

O trabalho visa portanto, evidenciar a importância deste tema,

principalmente nas escolas de educação de base, onde fica claro o exercício

de liderança do coordenador pedagógico, sendo demonstrado no

desenvolvimento de seu trabalho o respeito aos diversos “atores” presentes na

escola. Com base no cotidiano escolar, elegemos alguns pontos, como objetos

de nosso estudo/pesquisa, nos possibilitando constatar que a prática

pedagógica, só se concretizará com a participação de todos os membros da

escola, em destaque, o coordenador pedagógico.

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METODOLOGIA

Para desenvolvimento do trabalho de atuação do coordenador

pedagógico na escola, foram consultados autores, como Lima (2007), Libâneo

(1996) e Fusari (1992), bem como artigos de jornais e o site “nova escola”.

Sua elaboração se deu da análise de publicações desses

autores/artigos, onde foi feito uma seleção dos principais temas abordados no

cotidiano escolar. Entre elas a definição da atribuição/função do coordenador

pedagógico, seus desvios de funções, sua participação no projeto político

pedagógico e principalmente na formação continuada de professores, ficando

dessa forma o trabalho focado e embasado nestes tópicos.

Analisados os temas estabelecidos, pôde-se citar como principais

funções do coordenador pedagógico nas escolas : comandar o trabalho

pedagógico, orientar a formação da equipe docente e liderar a elaboração do

projeto político-pedagógico.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Coordenador Pedagógico – definição e atitudes 14

CAPÍTULO II -Trabalhos Executados pelo Coordenador- alguns 22

CAPÍTULO III – Orientando os Gestores das Unidades Escolares 27

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA 34

WEBGRAFIA 35

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo foi verificar o real papel do coordenador

pedagógico nas escolas atualmente, como é sua relação com os professores,

com os alunos, os funcionários, ou seja, sua relação com os “atores” que

formam o cotidiano do ambiente escolar.

Foi verificado que o coordenador pedagógico nos dias de hoje, é um

profissional dinâmico e que acumula tarefas, pois atende os pais dos alunos,

resolve problemas relacionados a matricula, brigas de alunos, acompanha a

assiduidade dos professores, exerce muitas das vezes uma função de

fiscalização dentro da escola. Agindo desta forma, muitas vezes sua imagem

pode ser vista como negativa diante dos funcionários da escola.

Assim, o trabalho foi desenvolvido procurando destacar temas a fim de

definir como deve ser o coordenador pedagógico ideal e quais as principais

funções a serem desenvolvidas por este profissional. Para isso foram

elencadas diversas definições/funções/atuações do coordenador pedagógico.

Entre elas: O Coordenador Pedagógico – definições e atitudes; Trabalhos

Executados pelos Coordenadores Pedagógicos e Orientação dos

Coordenadores Pedagógicos Escolares.

Começamos mostrando que para desempenhar bem a função de

coordenador pedagógico junto as escolas, o mesmo deve ter conhecimento

sobre a escola como organização, conhecer seus membros, dominar o

fenômeno da aprendizagem, conhecer as metodologias de avaliações, etc.

O coordenador, visando a formação do grupo, deve atuar em sincronia

com o professor, em sua formação continuada através do incentivo a práticas

curriculares, deve considerar o aluno como um parceiro, criar oportunidades

para o professor, fazer parceria de trabalho com o professor entre outras

atitudes de iniciativa proativa que cooperam para a capacitação dos

profissionais que lá trabalham e aprendizagem doa alunos.

Em síntese e apesar das diversas definições, o coordenador pedagógico

hoje tem como uma das principais funções, a atuação junto ao projeto político

pedagógico e também participação ativa na formação continuada dos

professores.

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Na segunda parte do trabalho, vimos os diversos trabalhos executados

pelo coordenador. Dentre eles, a sua vital importância na hora da execução do

planejamento escolar, a sua forte atuação no processo de elaboração,

implementação e avaliação do projeto pedagógico e que é de suma

importância o bom relacionamento entre o coordenador e o professor, para que

o projeto político pedagógico seja bem operacionalizado.

O coordenador pedagógico precisa estar ligado ao que se passa a sua

volta, valorizando sua equipe, motivando-a e acompanhando os resultados.

Para agir dessa forma, ele deve estar atento a gestão de aprendizagem e a

formação de professores.

Por último é exposto o papel do coordenador junto aos gestores

escolares, com atuação voltada para orientação, gerenciamento e cobranças

de resultados. Vê-se que a principal tarefa do coordenador é formar com os

colegas de trabalho uma equipe, condição para melhoria do fazer pedagógico

em sala de aula. Vê-se também sua atuação junto aos professores e diretores,

propondo ações efetivas para melhora do desempenho dos alunos. Foi

analisado ainda a atuação do coordenador junto as avaliações e principalmente

sobre as recuperações, mostrando para os docentes que a recuperação não

constitui mera repetição dos conteúdos não apreendidos, mas um novo

momento no qual se aplicarão métodos diferenciados para atingir os objetivos

propostos pelo professor

Assim, conclui-se que a função do coordenador pedagógico, com as

suas mais diversas atribuições, é sem dúvida de suma importância para o

funcionamento da escola, pois agindo junto à gestão escolar e também junto

aos docentes, existem maiores chances da escola apresentar um ensino

aprendizagem de qualidade.

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CAPÍTULO I

COORDENADOR PEDAGÓGICO – definição e atitudes

1.1 – Definição

- Devido as grandes transformações políticas e sociais, os professores /

educadores têm que tomar novas atitudes frente a essa realidade

desconhecida;

Nesta perspectiva, Alarcão (2000:120) discorre sobre a atuação do

supervisor:

“Este tem o papel: i) conhecimento da escola como

organização, como uma missão, um projeto e um determinado

nível de desenvolvimento; ii) conhecimento dos membros da

escola e das suas características como indivíduos – grupos ; iii)

conhecimento das estratégias de desenvolvimentos

institucional e profissional; iv) conhecimento do fenômeno da

aprendizagem qualificante, experimental e permanente; v)

conhecimento de metodologias de ação, investigação e

formação;vi) conhecimento de metodologias de avaliação da

qualidade ( das aprendizagens, do desempenho, institucional);

e vii) conhecimento das idéias e das políticas atuais sobre

educação, juntamente com a integração de práticas para todos

os profissionais da área em determinadas exigências dos

projetos e políticas efetivadas”.

A experiência do cotidiano na escola mostra que o papel do coordenador

pedagógico não está bem definido. Organizar os horários de uso da biblioteca,

horários das aulas, ajudar funcionários na realização das matrículas, receber e

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conversar com os pais, resolver problemas dos alunos, resolver conflitos,

assessorar a direção, etc. Com isso temos inúmeras tarefas do dia a dia

escolar, que poderiam ser executadas por funcionários de cada setor, mas que

acabam – seja por incompetência ou falta de tempo hábil – sendo realizadas

pelos coordenadores, o que acaba dominando suas agenda, fazendo com que,

muitas das vezes ele deixe de atuar satisfatoriamente na formação continuada

dos professores, o que é sua principal função. De acordo com o artigo da

professora Ana Karla, publicado em seu blog “Cantinho do Alfabetizador” o

coordenador pedagógico interage diretamente com os professores, orientando

o desenvolvimento do trabalho docente dentro da sala de aula e ainda suas

articulações com o planejamento escolar.

Ainda segundo a professora Ana Karla, o papel do coordenador

pedagógico deve estar bem definido, para que não ocorra o desvio da sua

função, e ele possa desenvolver as atribuições importantes da função.

De acordo com o texto “O Coordenador Pedagógico e o Planejamento

Escolar” do curso de Coordenação Pedagógica-Escola de Gestores do MEC, o

coordenador como agente articulador do diálogo deve estar atento à

transformação da comunidade escolar, promover a reflexão em torno das

relações escolares e da transformação da prática pedagógica.

Pode-se citar ainda, que para atuar como coordenador, ele deve

direcionar suas ações para transformação, precisa estar consciente de que seu

trabalho não se dá isoladamente, mas nesse coletivo, mediante a articulação

dos diferentes atores escolares, no sentido da construção de um projeto

político pedagógico transformador (ORSOLON, 2003 p.19).

1.1.1 – Um profissional procurando sua identidade

Existem algumas escolas onde ele é conhecido como orientador,

supervisor ou até simplesmente de pedagogo. Existem também aquelas em

que ele é chamado de Coordenador Pedagógico, se referindo aquele

profissional responsável pela formação continuada dos professores. Nas

escolas que possuem esse profissional, normalmente ele participa da gestão

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da escola e costuma ser uma espécie de assessor direto do diretor. Esse cargo

só começou a surgir nos quadros das secretarias de Educação somente após a

conscientização da importância do professor no aprendizado dos alunos.

Em função disso, a Fundação Victor Civita (FVC), realizou uma pesquisa

para descobrir quem é e o que pensa esse profissional que atua no sistema

educacional brasileiro, dando o título de: O Coordenador Pedagógico e a

Formação Continuada de Professores: Intenções, Tensões e Contradições.

Realizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), sob a supervisão de Cláudia

Davis, o estudo teve a coordenação de Vera Maria Nigro de Souza Placco e de

Laurinda Ramalho de Almeida, ambas da Pontifícia Universidade Católica de

São Paulo (PUC-SP), e de Vera Lúcia Trevisan de Souza, da Pontifícia

Universidade Católica de Campinas ( PUC-Campinas).

Um dos principais resultados foi que, apesar de ser um profissional

experiente, até como coordenador, observou-se insegurança e falta de

identidade para realização de um bom trabalho. Ele se valoriza bastante com

relação ao processo educacional, porém fica confuso na hora de agir em

relação às demandas nas escolas. Isso pode ser observado quando ele afirma

que pode contribuir para o trabalho dos professores e a aprendizagem dos

alunos, mas não percebe o quanto isso faz diferença nos resultados finais da

aprendizagem.

A pesquisa realizada procura saber quem é esse profissional que atua

nessa função. Um resumo das características do profissional que atua nessa

função é:

- 90% são mulheres;

- 88% já deram aula na Educação Básica;

- 76% possuem idade entre 36 e 55 anos

- A maioria tem mais de 5 anos de experiência na função.

1.1.2 – O coordenador sabe qual é a sua função

Segundo Ana Maria Falcão de Aragão (1998), da Faculdade de

Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Eles não sabem

os limites de seu papel e, por isso, aceitam todas as demandas que lhe são

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dadas, fazendo coisas demais por não ter a compreensão de são, antes de

tudo formadores”.

Com isso, a coordenação acaba executando tarefas de outros

profissionais, ficando sem tempo para realizar as suas. Segundo Coelho (1996)

“Para as coisas funcionarem bem deve existir um trabalho colaborativo, com o

envolvimento de todos”. Pode-se analisar o exemplo atendimento de pais. “É

função do coordenador recebê-los quando se trata de questões pedagógicas”.

O ideal é que funcionários da secretaria sejam preparados para fazer uma

triagem dos telefonemas e dos pedidos. Com certeza todos vão ganhar, se a

escola fixar horário para atendimento às famílias.

As secretarias podem melhorar as condições de trabalho nas unidades,

seja quanto a estrutura física, seja na composição das equipes, procurando

com isso organizar e distribuir melhor as tarefas.

Para Mozart Neves Ramos (2000), conselheiro do movimento “Todos

Pela Educação”, é preciso reconhecer a importância do coordenador na gestão

escolar. “Ele é o líder da aprendizagem, o responsável por obter bons

resultados com o trabalho de formação dos professores, e cada unidade de

ensino precisa ter ao menos um profissional”, afirma Ramos (2000), que

defende ainda que “ações de legitimação da função no país”. “No Plano

Nacional de Educação 2011-2020, a meta que se refere à profissionalização da

gestão democrática nem cita o coordenador. Sem levar isso em consideração

corremos o risco de ele trabalhar de forma desarticulada dos objetivos da

escola”.

Hoje se pode afirmar que esse profissional é vital para a melhoria do

processo ensino-aprendizagem, objetivando uma educação de qualidade.

Pode-se ainda dizer que o coordenador pedagógico é peça fundamental no

espaço escolar.

Para alcançar isso tudo, percorrer esse longo caminho, ele vai precisar

de condições favoráveis para o desenvolvimento do trabalho, compromisso

pessoal e comprometimento dos profissionais da área com a sua profissão

para concluir essa longa caminhada com sucesso.

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1.1.3 – Dia-a-dia atribulado e legislação confusa contribuem para a

atuação sem foco

Entrando no mérito desses números, verifica-se que o dia-a-dia desse

profissional é bastante complicado e confuso, pois: 72% costumam verificar

diariamente a entrada e saída de alunos, 55% checam se as classes estão em

ordem e limpas, 50% ficam atendendo telefonemas de pais e outros ( e o que é

pior, 70% acham que trabalham adequadamente) e 19% tapa buraco de

professor faltante.Soma-se a isso tudo ainda, que 9% não fazem atividade

alguma ligada a formação continuada de professores e 26% que não dispõe de

tempo para se dedicar a elaboração e/ou revisão do projeto político

pedagógico( PPP).

Ao analisar o que esperam os gestores, os professores e a comunidade,

as posições são as seguintes: os gestores esperam que eles cumpram as

determinações da Secretaria de Educação. Já os professores, que eles dêem

suporte as dificuldades em sala de aula e a comunidade espera ser bem

atendida.

Existem também atribuições legais, que poderiam definir o papel do

coordenador, porém pelo material pesquisado, em 5 Secretarias Estaduais, a

coisa fica mais confusa ainda: das 256 funções listadas para o cargo, apenas

20% são explicitamente formativas.

Procurando saber como os coordenadores pedagógicos se vêem em

relação aos alunos: 95% se acham importantes para aprendizagem dos alunos

e 100% se acham importantes para o trabalho pedagógico dos professores.

Paradoxalmente, quando comparado com os outros agentes, eles ficam

na sexta posição em importância:

41% professor; 24% família; 18% alunos; 13% o governo; 3% a direção da

escola e 1% a coordenação pedagógica.

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1.2 - Papel, atitudes e atribuições do coordenador pedagógico

1.2.1- Papel do Coordenador Pedagógico

Das várias mudanças que ocorrem na sociedade atual, seja ela de ordem

econômica, política, social, a escola como instituição de ensino e de práticas

pedagógicas, enfrenta desafios que comprometem a sua atuação frente às

exigências que surgem. Dessa forma, os profissionais que nela trabalham,

devem estar consciente de que os alunos devem ter formação mais ampla e de

qualidade.

Para realizar isso, é necessária a presença do coordenador pedagógico,

sabedor do seu papel, de sua importância para formação continuada da equipe

docente, além claro de manter a parceria entre pais, alunos, professores e

direção.

De acordo com o Regimento Escolar, art. Nº 129/2006 – Resolução

CEE/TO “a função de coordenação pedagógica é o suporte que gerencia,

coordena e supervisiona todas as atividades relacionadas como o processo de

ensino e aprendizagem, visando sempre à permanência do aluno com

sucesso”.

Já segundo Clementi (apud Almeida), cabe ao coordenador “acompanhar

o projeto político pedagógico, formar professores, partilhar suas ações, também

é importante que compreenda as reais relações dessa posição.”

De acordo com a Professora Suelen Silva Lima, partindo desse

pressuposto, podem-se identificar as funções formadora, articuladora e

transformadora do papel desse profissional no ambiente escolar.

De acordo com ela ainda, considerando a função formadora, o

coordenador precisa programar as ações que viabilizem a formação do grupo

para a qualificação continuada desses sujeitos. Acarretando assim, mudança

dentro da sala de aula e na dinâmica da escola, atingindo as necessidades

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presentes. A medida que professores e coordenadores trabalham em parceria,

observando, discutindo e planejando, vencendo dificuldades, expectativas e

necessidades, requerendo momentos individuais e coletivos entre os membros

do grupo, atingindo os objetivos desejados.

O dia a dia do coordenador, se relacionando com todos na escola, sem

exceção, permite a prática do coordenador que precisa articular as instâncias

escola e família sabendo ouvir, olhar e falar a todos que buscam a sua

atenção.

Conforme Almeida (2003), na formação docente “é muito importante

prestar atenção no outro, em seus saberes, “dificuldades” sabendo reconhecer

e conhecer essas necessidades propiciando subsídios necessários à atuação.

Assim, a relação entre professor e coordenador, à medida que se estreita e

ambos crescem em sentido prático e teórico, concebe a confiança, o respeito

entre a equipe e favorece a constituição como pessoas..

Como ressalta Alves (apud Reis, 2008) “homens que através de sua ação

transformadora se transformam. É neste processo que os homens produzem

conhecimentos, sejam os mais singelos, sejam os mais sofisticados, sejam

aqueles que resolvem um problema cotidiano, sejam os que criam teorias

explicativas”.

Segundo Suelen Silva Lima, é papel do coordenador, favorecer a

construção de um ambiente democrático e participativo, onde se incentive a

produção do conhecimento por parte da comunidade escolar, promovendo

mudanças atitudinais, procedimentais e conceituais nos indivíduos.Mesmo com

essas inúmeras responsabilidades, o coordenador pedagógico enfrenta outros

conflitos no espaço escolar, como tarefas de ordem burocrática, disciplinar e

organizacional.

Apesar de muitas das vezes, coordenadores e escolas se questionarem

quanto a real necessidade dele coordenador, logo concluem, que ele pode

efetivar mudanças, já que possui dados preciosos como: formação dos

docentes; informação dos docentes.Refletir é fundamental para superação de

obstáculos, socialização de experiências e fortalecimento das relações

interpessoais.

Assim, o coordenador pedagógico, atuando no processo ensino-

aprendizagem, colaborando sempre para a saudável relação interpessoal dos

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envolvidos, valorizando a formação do professor e por último desenvolvendo

habilidades para saber lidar com as diferenças,é e só pode ser considerado o

“profissional” na área da educação. Atuando dessa forma, com certeza ela

estará contribuindo para um ensino de qualidade.

1.2.2 - Atitudes

Segundo Orsolon (2003) algumas atitudes do coordenador são capazes

de desencadear mudanças no professor:

- Promover um trabalho de coordenação em conexão com a gestão

escolar. Quando os professores percebem essa integração, sentem-se

sensibilizados para a mudança, já que o planejamento do trabalho se dá de

forma menos compartimentalizado.

- Realização de trabalho coletivo. A mudança só acontece se todos se

unirem em torno de um objetivo único, pois será mais fácil compartilhar

concepções e dúvidas, buscando uma construção coletiva.

- Mediar a competência docente. O coordenador pedagógico deve

considerar o saber, as experiências, os interesses e o modo de trabalhar dos

professores, criando condições para questionar essas práticas e

disponibilizando recursos para auxiliá-los.

- Desvelar a sincronicidade do professor e torná-la consciente. O

coordenador tem que propiciar condições para que o professor analise

criticamente os componentes políticos, humano-interacionais e técnicos de sua

atuação, para que perceba a necessidade ou não de uma mudança em sua

prática.

- Investir na formação continuada do professor na própria escola. A

formação continuada possibilita, no interior da escola, que o professor faça a

sua prática objeto de reflexão e pesquisa, transformando-a sob a direção do

projeto de transformação escola.

- Incentivar práticas curriculares inovadoras. É importante que o

coordenador proponha aos professores uma prática inovadora e acompanhe-os

na construção e vivência de uma nova forma de ensinar e aprender. No

entanto, é preciso que essas práticas sejam compatíveis com as convicções,

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anseios e modo de agir do professor, pois é preciso que ele acredite na

importância dessa inovação para que seu trabalho, de fato, e modifique.

- Estabelecer parceria com o aluno. O aluno deve ser incluído no

processo de planejamento do trabalho docente. Criando oportunidades para

que os estudantes participem com opiniões, sugestões e avaliações do

processo de planejamento do trabalho docente, o coordenador possibilita que a

aprendizagem seja mais significativa para os alunos e professor, pois os alunos

ajudarão o professor a redirecionar a sua prática.

- Criar oportunidades para o ,professor integrar sua pessoa à

escola.É necessário que sejam criadas situações para que o docente

compartilhe suas experiências, se posicionando de forma integral enquanto

pessoa, cidadão e profissional, aprendendo com as relações no interior da

escola.

- Procurar atender às necessidades reveladas pelo desejo do

professor. O coordenador precisa estar sintonizado com os contextos sociais,

educacionais e o da escola onde o professor atua para que capte essas

necessidades e possa atendê-las.

- Estabelecer parceria de trabalho com o professor. Esse trabalho

possibilita tomada de decisões passíveis de serem realizadas pois, se sentindo

apoiado, o professor se compromete mais com seu trabalho, com o aluno e

consigo mesmo.

- Propiciar situações desafiadoras para o professor.As expectativas

dos alunos em relação ao curso, uma nova proposta de trabalho ou as ações

do coordenador podem provocar uma desinstalação do professor, que irá

despertá-lo para um processo de mudança

Podemos evidenciar nessas ações relacionadas, que eles têm em

comum: o trabalho coletivo, a formação continuada do docente e uma

constante provocação do coordenador, no sentido de desencadear mudança

em consonância com o coletivo escolar.

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CAPÍTULO I I

Trabalhos Executados pelo Coordenador Pedagógico

2-1 – Como as atitudes do coordenador pode ajudar

Esse profissional pode através do engajamento nos movimentos e lutas

necessárias aos educadores, transformar a escola em uma escola

comprometida com as propostas políticas, não deixando-a exercer um papel

alienada.

O coordenador deverá ter capacidade para desenvolver e criar métodos

de análise para enxergar a realidade, gerando estratégias para ação; deverá

também desenvolver procedimentos conceituais autônomos, montado

especificamente para aquela unidade escolar.

O coordenador deve ser uma pessoa com experiência, pois exerce uma

função globalizada de conhecimento, promovendo a integração dos diferentes

componentes curriculares. Os conteúdos devem ser trabalhados por áreas de

conhecimento, pois com isso todos estarão interligados, ou seja, o

conhecimento não se dá como se fosse caixas isoladas, abre-se uma,

enquanto a outra continua fechada.

Sua participação no planejamento pedagógico, é de verificar como se

dará a seqüência de aprendizagem dos conteúdos ao longo da escolaridade.É

preciso fazer a adequação dos conhecimentos que precisam ser trabalhados

de forma articulada aos de outras áreas de conhecimento. O conteúdo atual

deve ter continuidade ao da etapa anterior, garantindo assim uma

aprendizagem articulada, possibilitando ao professor exercer ações

interdisciplinares.

Para que esse conhecimento seja solidificado junto ao educando, é

preciso que o mesmo tenha realidade do aluno.

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2-2 – Coordenador escolar x planejamento escolar

O coordenador pedagógico é muito importante na hora da execução do

planejamento escolar. Por atuar como articulador, ele deve estar atendo às

mudanças da comunidade escolar, as transformações da prática escolar e

ainda refletir sobre as relações escolares.

Exercendo naturalmente sua função, ele estabelece diversos vínculos e

relações interpessoais na escola. Ele só consegue atuar dessa forma, porque

trabalha com ações planejadas, articuladas com os atores das escolas.

O coordenador tem ainda, forte atuação no processo de elaboração,

implementação e avaliação do projeto-pedagógico.

Com essa atuação, verifica-se à dimensão formadora do coordenador,

enquanto articulador de aprendizagens na escola considerada espaço de

construção de cultura e de interação social.

Pelo plano de ensino elaborado pelo coordenador pedagógico, é que o

professor irá ser direcionar no seu dia a dia, daí a importância do coordenador.

É primordial que ocorra um bom diálogo entre o coordenador

pedagógico e o professor, visando refletir sobre os objetivos traçados no

projeto político-pedagógico e também como operacionalizá-lo.Os planos de

ensino( planos de trabalho docente e planos de aula) são instrumentos

essenciais na organização do fazer pedagógico cotidiano do professor e do

coordenador.Ele deve elaborar esse plano deve ser elaborado com o projeto

político pedagógico e de acordo com a sua prática profissional.

Resumindo então, podemos dizer que o coordenador pedagógico deve

ser uma pessoa aberta ao diálogo, inovadora e principalmente ligada aos

aspectos das relações interpessoais que envolvem o universo escolar.

O coordenador pedagógico, claro que apoiado pela direção da escola,

deve estimular a participação de todos na confecção do PPP, por ser suas

ações de longo alcance, interagindo em vários segmentos, inclusive junto aos

pais de alunos.

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Num espaço onde temos a presença de atores diversos, como

professores, alunos, comunidade e demais profissionais de educação, o

reconhecimento da escola como instituição multicultural por excelência( ASSIS

& CANEN, 2004)é de fundamental importância.

O coordenador pedagógico deve criar, entre os professores, um espaço

para um olhar novo de suas práticas, fazendo com isso ele possa resgatar a

autonomia sobre seu trabalho, sem esquecer o trabalho coletivo da escola.

De acordo com Medel (2008, p 38 a 39) é necessário “ identificar os

desafios cotidianos , o que pode ser feito mediante a investigação da própria

ação desenvolvida pela escola”.Isto porque, ao proceder dessa forma, você

está praticando um exercício de reflexão e de auto-avaliação permitindo

identificar os desafios, dilemas vividos no dia a dia da escola.

A sugestão feita por Medel (2008) para identificação dos desafios

encontrados pelo coordenador de área mediante o registro sistemático da

própria ação.Uma vez que essa “ação possibilita ao indivíduo desenvolver a

consciência individual da sua experiência, identificando os desafios de sua

ação no que se refere ao que pensa e diz sobre sua prática.”

(MEDEL,2008.p.38).

Este tipo de registro possibilita também focalizar a percepção dos

coordenadores pedagógicos quando do exercício da sua função, seus dilemas,

suas expectativas, sua ações.Generalizando, isso permite também identificar

desafios de natureza coletiva(MEDEL,2008).

Assim, de acordo com sugestões de Medel, o coordenador deve fazer

uma reflexão sobre os seguintes pontos(2008.p.39):

a) identificando os desafios cotidianos;

b) agrupando os desafios de acordo com sua natureza: pedagógico,

administrativos e financeiros;

c) diferenciando desafios coletivos dos individuais;

d) analisando os seguintes aspectos: por que permanece;como se

relacionam, quais suas conseqüências e outros.

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2.3 – O papel do coordenador pedagógico

Pode-se generalizar, dizendo que quase todas as instituições de ensino

estão empenhadas em desenvolver uma educação de qualidade, promovendo

para isso ações que sustentem um trabalho de equipe e uma gestão que

valorize a formação de docentes.De acordo com Chiavenato (1997,p.101), “

não se trata mais de administrar pessoas, mas administrar com pessoas. As

organizações cada vez mais precisam de pessoas proativas, responsáveis,

dinâmicas, inteligentes, com habilidades para resolver problemas, tomar

decisões”.Assim, devemos identificar as necessidades dos professores e junto

encontrar soluções que priorizem um trabalho educacional de qualidade.Esse

trabalho é realizado pelo coordenador pedagógico.

Segundo a professora Vanessa dos Santos Nogueira, para desenvolver

o trabalho de coordenador pedagógico, não basta ter somente conhecimento

teórico, pois para estimular professores é preciso percepção e sensibilidade

para identificar as necessidades de alunos e professores, mantendo-se sempre

atualizado, conforme a revista NOVA (2001), “a experiência não é nem

formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar

a produção de saber e a formação”, mesmo entendendo dessa forma, vale

ressaltar que o trabalho deverá acontecer com a participação de todos, fazendo

com que o coordenador esteja preparado para mudanças e sempre motivar sua

equipe. Ter sempre em mente que a principal função do coordenador é o

trabalho junto aos docentes,sendo responsável pelo elo de ligação entre os

envolvidos na comunidade educacional. É extremamente importante o bom

relacionamento do coordenador pedagógico com o professor, para que haja

uma gestão democrática.

Segundo Vanessa, o coordenador pedagógico precisa estar antenado ao

que se passa a sua volta, valorizando sua equipe, motivando-a e

acompanhando os resultados. É comum nessa trajetória, o aparecimento da

figura do medo e insegurança, normal dessa caminhada.O coordenador deve

rever suas práticas para superar os obstáculos.

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2.4 – Desafios do coordenador pedagógico

Mais do que resolver problemas de emergências e explicar as

dificuldades de relacionamento ou aprendizagem dos alunos, seu papel é de

ajudar a formação dos professores.

Toda hora vemos ou presenciamos a discussão sobre qual o papel do

coordenador pedagógico?

Muito antes da fama, ele já freqüentava o imaginário da escola, nas mais

diversas formas. Como fiscal, checando o que ocorria em sala de aula e

normatizava o que podia ou não podia ser feito.

Pouco sabia a parte pedagógica e não conhecia os reais problemas da

sala de aula e da instituição.

Agindo dessa forma, claro que não era aceito na sala dos professores

como uma pessoa confiável para dividir suas experiências.

O papel exercido desse coordenador é o de atendente. Sem uma função

definida, ele atende a emergências, apaga incêndio, acalma ânimos de

professores, alunos e pais. Diante desse monte de problemas, não se

desenvolve praticamente nada no campo pedagógico.

Em algumas situações, ele explica as causas da agressividade de uma

criança ou as dificuldades de aprendizagem da turma. Hoje o coordenador

organiza eventos, orienta os pais sobre a aprendizagem dos filhos e informa a

comunidade sobre os feitos da escola.

De acordo com a Professora Silvana Augusto, parece que ele faz muito,

e faz, mas não o suficiente a ponto de intervir na relação professores e alunos,

pois só eles não se bastam. É preciso ir além, é preciso procurar escrever uma

história institucional.É muito ruim, ver pessoas que começam a desenvolver

ótimos trabalhos nas escolas, que depois de algum tempo são transferidas ou

aposentadas, e todo aquele trabalho montado se perde.Parece mentira, mas é

na escola que isso se perde , todos os trabalhos desenvolvidos a anos,

começando tudo do zero.

Coordenador com eficiência centraliza as conquistas do grupo de

professores e assegura que as boas idéias tenham continuidade.

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Não podemos nos contentar com o que se passa dentro da sala de aula,

pois temos muito a aprender com o convívio coletivo.Exemplo: no parque, no

refeitório, na rua, na comunidade. O trabalho nesses espaços dever ser dirigido

pelo coordenador.

Só agindo dessa forma, o coordenador vai conseguir desempenhar o

seu papel, que é a formação continuada de professores.

Assim podemos finalizar dizendo que o bom coordenador é aquele que

participa dos processos de aprendizagem e de desenvolvimento tão complexos

como os que temos nas escolas.

2.5 – Problemas envolvem desde infraestrutura até a falta de tempo.

Perguntado sobre o que mais incomoda o seu dia-a-dia, ele apresenta

uma lista imensa, sendo segundo ele a principal, a infraestrutura. Falou

também que o excesso de atribuições é usado como motivo para não atuação

junto a formação dos professores.

Reclamaram também da dificuldade de trabalhar com os professores

(31%), pois não conseguem ajudá-los, não sabe como motivá-los e por últimos

não sabe liderá-los.

Diante disso pergunta-se, será que se o coordenador pedagógico tivesse

uma boa formação não resolveria?Questionamos eles outra vez e as respostas

foram: 96% garantem que a graduação foi boa ou excelente e, em média, os

entrevistados já freqüentaram 6,3 cursos específicos ( 21% em gestão escolar

e 18% em outras áreas de conhecimento).E aí o que acontece então? Segundo

eles, tiveram boa orientação, porque não consegue atuar bem? A conclusão foi

que a falta de identidade e o fato de está sendo solicitado a toda hora por

todos, levando-o a se achar importante, o afasta sem perceber da sua principal

tarefa que é a formação de professores.

A titulo de curiosidade, foi feito nessa pesquisa o levantamento das 256

atribuições para o coordenador pedagógico encontradas nos regimes de cinco

Secretarias Estaduais, com os seguintes resultados:

30% - não têm nada de formativas

50% - tangenciam a formação

20% - são explicitamente formativas

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2.6 - A farsa da capacitação

De acordo com a da Fundação Victor Civita (FVC), pesquisas mostram

que os coordenadores que fazem formação na escola ainda são raridade.

Será que poderíamos dizer que uma das funções do coordenador pedagógico

seria a preparação de reuniões periódicas visando a formação

continuada?Teoricamente sim, mas o que a prática nos mostra é outra coisa

bem diferente.Segunda a Fundação Victor Civita (FVC) , a realidade é outra,

pois além de muitas escolas não contarem com o profissional coordenador

pedagógico, ele não recebe capacitação específica para assumir esse papel de

formador de equipe docente- e que as políticas públicas implementadas pelas

redes de ensino não estão auxiliando as escolas e os professores em suas

reais necessidades.

No primeiro trabalho, O Coordenador Pedagógico e a Formação de

Professores: Intenções, Tensões e Contradições, supervisionado por Cláudia

Davis, da Fundação Carlos Chagas (FCC), e coordenado por Vera Maria Nigro

de Souza Placco, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP),

fica bem evidenciado, que existem inúmeras leis/regulamentações- seja ela a

nível federal, estadual e municipal- que procuram definir as principais funções

de profissional, destacando entre elas a questão da formação continuada dos

professores dentro das unidades escolares.

Ainda de acordo com o trabalho apresentado, as 500 entrevistas

realizadas para pesquisa não deixam dúvida: várias e várias tarefas, que hoje

são executadas pelo coordenador pedagógico, como resolução de conflitos

entre alunos, atendimento aos pais e a comunidade, deveriam ser executadas

por funcionários, deixando os coordenadores livres para execução dos

trabalhos realmente pertinentes a sua área.

No segundo trabalho, A Formação Continuada de Professores no Brasil:

Uma análise das Modalidades e Práticas, coordenado pelas pesquisadoras

Cláudia Davis, Marina Muniz Rossa Nunes e Patrícia Cristina Albieri de

Almeida, da FCC, foram ouvidos representantes de 19 Secretarias de

Educação ( seis estaduais e 13 municipais) com o objetivo de identificar quais

são os cursos que as redes de ensino oferecem aos coordenadores

pedagógicos e aos professores. O resultado é o seguinte: nota-se um pequeno

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avanço nos modelos de formação continuada, porém ainda bastante aquém do

ideal desejado. “O ideal é que os coordenadores pudessem comandar o

trabalho pedagógico na escola, orientar a formação da equipe docente,

segundo as demandas da realidade local, e liderar a elaboração do projeto

político-pedagógico (PPP)”, diz Vera. “Porém, sua função se tornou muito

abrangente, envolvendo assuntos de caráter disciplinar e questões relativas ao

entorno”.

2.7 – Como atuação voltada à aprendizagem e a formação dos

educadores, o coordenador pedagógico afina o time de docentes da

escola.

Para este item, apresentamos abaixo a análise do artigo publicado pelo

filósofo Fernando José Almeida, onde ele usa a prerrogativa de comparar a

escola com uma equipe de esporte. Chamando de jogadores - alunos,

professores, funcionários - e pela torcida – os pais, a comunidade, todos os

dirigentes da Educação e sociedade, todo mundo torcendo para que o gol da

aprendizagem aconteça.

Como no futebol, a escola precisa de um presidente – o diretor.

No futebol o presidente negocia patrocínio e na escola o diretor constrói

o PPP e estabelece parcerias, enquanto o presidente do clube recebe a

torcida, o diretor cuida articulação com a comunidade. Enquanto o presidente

zela pelo clube, o diretor faz gestão administrativa, de aprendizagem, do

espaço e a equipe.

Mas um time não pode ter só o presidente, ele precisa de mais pessoas,

que seria a figura do técnico orientando o time, que conheça de futebol. Na

escola essa pessoa é o coordenador pedagógico.

Para ser bem exercida, a função de coordenador supõe vasto

conhecimento. Quem são os alunos? Quais turmas apresentam maior

dificuldade (e quais disciplinas)?Como trabalham os professores? Quais

necessitam de maior auxilio na formação em serviço? O que os estudantes

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estão aprendendo – e o que estamos fazendo para ajudar aqueles que ainda

não chegaram ao nível desejado?

Assim compreende-se que o olhar desse profissional é para gestão

deaprendizagem e para formação de professores, inclusive saber coisas que

ele não viu, nem na faculdade como: saber como o currículo foi desenhado,

quando e como se articulam as áreas do saber e quais os modelos de

avaliação disponíveis. Apesar de não ser uma tarefa fácil, ela é indispensável.

É justamente o conhecimento das diferentes disciplinas, de seus objetivos, de

suas propostas de recuperação, da bibliografia adota e das metodologias

propostas que conferirá a ele a respeitabilidade dos professores. Isso exige

muito estudo.

Pode-se fazer duas grandes perguntas a respeito da atuação do

profissional. A primeira: o que, exatamente, ele tem que saber? Eu diria que a

boa notícia é que ele não precisa entender de tudo.Sua função primordial é

procurar formas de ajudar os professores de todas as disciplinas a avançar.

A segunda pergunta: como e (onde) conseguir esses conhecimentos?

Os caminhos são diversos: uma boa visita às livrarias da cidade, um

exploração atenciosa de acervos pedagógicos na biblioteca do bairro,

programas de formação oferecidos pelas Secretarias e a participação de

seminários e congressos com o compromisso evidente de socializar as

informações principais para os demais profissionais da escola. Assim, o

coordenador vai construindo uma imagem de parceiro e orientador do trabalho

docente.

Para que isso acontece o coordenador deve estar presente nas

atividades pedagógicas que os alunos e professores promovem, na conversa

individual com os docentes e direção, as apresentações de trabalhos, as

organizações, os avisos que deixa no quadro e até mesmo a sala do cafezinho.

Alem disso tudo, ele conta ainda com o chamado Horário de Trabalho

Pedagógico Coletivo (HTPC), período de formação em serviço durante o qual o

“jeitão” aparece e se consolida. Ali o coordenador desenvolve seu máximo

trabalho: fazer com os professores, os verdadeiros craques do time escolar,

brilhem (porque são as estrelas e , afinal, cabe a eles preparar as

aulas,trabalhar duramente com centenas e centenas de alunos, corrigir provas

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e trabalhos, extenuar a voz para ser ouvido e ainda readequar suas aulas ao

seu plano inicial).

No HTPC, o coordenador ilumina o trabalho dos docentes, colocando-os

como centro do processo de ensino e aprendizagem: o que cada um faz de

melhor? O que precisa aprofundar, estudar mais, trocar com os colegas? É

possível por exemplo, levar para esse horário uma prova tão boa, concebida

por um dos integrantes da equipe, que mereça ser estudada pelos colegas.

Atitudes assim põem em relevo a liderança do coordenador pedagógico.

Estamos falando de liderança sem imposição, mas liderança com prestação de

serviços, que junta partes dispersas, evidencia as coisas boas, participa do dia

a dia, avalia rumos, dá idéias com base nas necessidades, estimula práticas

criativas de alunos e professores e apóia o diretor para cumprir sua tarefa de

construir caminhos para a escola junto com a comunidade.

Metaforizando, ele é um dos que mais ajudam a bola a correr bem

redonda no gramado (técnico/coordenador). Como o técnico, pode até não

entrar em campo vem levantar o troféu, mas, sem ele, não existe time

campeão.

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CAPÍTULO I I I

Orientando os Gestores Escolares das Unidades

Escolares

3.1 – A função do coordenador dentro da gestão democrática

Dentre as várias funções do coordenador pedagógico, uma delas é a

socialização do saber docente, medida em que há ela cabe estimular a troca de

experiência entre os professores, a discussão e sistematização de práticas

pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá

para a construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira,

mas também educador brasileiro.

Esse profissional deve ter grande conhecimento e larga experiência, pois

para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso

percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e

professores, devendo estar sempre atualizado., buscando fontes de informação

e refletindo sobre sua prática Segundo Nova ( 2001,p.1), “ a experiência não é

nem formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode

provocar a produção do saber e a formação”.Porém, deve ser destacado que o

trabalho deve acontecer com a colaboração de todos,devendo o coordenador

estar preparado para as mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe.

Das diversas atribuições, uma delas é acompanhar o trabalho docente, sendo

responsável, pelos atores envolvidos na comunidade educacional.O bom

relacionamento entre o coordenador e o professor ´[e essencial para gestão

democrática.

O coordenador deve estar sempre antenado sobre o que ocorre a sua

volta, valorizando sua equipe de profissionais, ajudando sempre que as

dificuldades surgirem.Cabe a ele coordenador, refletir sobre sua própria prática

para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino –

aprendizagem.

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Agindo assim, a escola atingirá seu objetivo que é formar cidadãos dotados de

capacidades e habilidades para ser inserido na sociedade.

3.2 – Estimulando o trabalho de equipe

Antes de tomar qualquer iniciativa no sentido de valorização/motivação

da equipe, o ideal seria levantar junto aos coordenadores pedagógicos o

seguinte: eles não vão exercer mais a função de professor, mas sim a de

coordenador pedagógico, devendo ficar de lado, todas as considerações,

amizades com os colegas professores. Deve ficar bem claro para eles

coordenadores, que a função deles agora é de orientar, gerenciar e cobrar

resultados.É dessa forma que o corpo docente deve enxergar o profissional

que exerce a função de coordenador pedagógico.

3.3 - Buscando melhores resultados

De acordo com a Revista do Projeto Pedagógico – Sindicato de

Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo, o

ideal seria analisar o desempenho de professores e alunos nos dois primeiros

bimestres e, junto com a Direção, implementar medidas para melhorar o

desempenho dos alunos.Observe que não precisamos fazer nenhum

levantamento/estudo a respeito do desempenho deles, para saber que o

ensino na escola pública está agonizando, precisa de socorro urgente.

Apurados os índices de reprovação nas várias disciplinas, deve-se se

discutir imediatamente esses resultados, em conjunto e individualmente, com

os professores. Os professores dessas turmas, que estão direta ou

indiretamente envolvidos com os maus resultados dos alunos, devem passar

também por uma avaliação, no sentido de se saber se estão convencidos que

podem mudar de atitude junto ao seu alunado e se querem, mudar a sua forma

de trabalhar e principalmente, se têm interesse pela aprendizagem do aluno,

visando um melhor desempenho nos bimestres seguintes.

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De acordo com a revista, essa entrevista servirá de como uma troca de

informações, objetivando a implementação de ações necessárias à melhoria do

trabalho em sala de aula, propondo-se, se for o caso, alterações

metodológicas, posto que as utilizadas, até o momento, mostraram-se

ineficazes frente aos resultados, até o momento, obtidos. Quanto ao outro lado

– professor, haverá as mesmas reclamações, que os alunos não se

interessam, os alunos estão jogando contra, ou seja, não participam nem

querem participar.O resultado disso, já conhecemos, os professores se

recolhem , ficam inertes, deixando tudo por conta/culpa dos alunos e assim não

se faz nada.O que essa atitude do professor demonstra, é que a maioria deles

é incapaz de auto criticar, ou seja, eu consigo passar bem o conteúdo?A minha

relação com os alunos é boa?É aí que entra a figura do coordenador

pedagógico, agindo no sentido de reestimular o professor envolvido com os

maus resultados, mostrando que podem ser adotados outros métodos visando

melhorar esses resultados.

Atingido seu objetivo, cabe agora ao coordenador pedagógico

acompanhar de perto as ações propostas, para que tudo que se planejou não

fique pelo meio do caminho.Não passe só de uma empolgação.Outra medida

sugerida seria a de lembrar sempre nas reuniões, os compromissos

assumidos.Reavivar sempre o compromisso assumido e o objetivo a alcançar.

Outro ponto que é público, é o número de faltas, procurar identificar as

razões e dentro do possível trabalhar para trazer esses números, para dentro

dos padrões aceitáveis, pois sem essa melhora, nossa dificuldade em melhorar

o trabalho será muito maior.Sabemos que o baixo desempenho dos alunos tem

relação direta com esse grande número de faltas dos docentes.

3.4 - Acompanhando o processo

Ele pode ser verificado pelas anotações feitas pelos professores nos

diários. O coordenador pedagógico pode e deve ir além disso, verificando o

conteúdo dados junto aos cadernos dos alunos, fonte inequívoca sobre os

conteúdos.Com isso o coordenador pedagógico, pode fazer um comparativo

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entre o que foi planejado e o que efetivamente foi dado.Agindo dessa forma e

considerando que o conteúdo dado, não deve sofrer lacunas, sobre pena de

prejudicar o aprendizado, essa postura do coordenador com certeza corrigiria a

tempo o problema.

Existe ainda o fato de que o coordenador pedagógico, pode somar muito

para o docente, contribuindo para seu aperfeiçoamento, nas HTPCs e

Reuniões Pedagógicas, apresentando material relacionado a metodologia para

desenvolvimento de conteúdos, principal cobrança/reclamação por parte dos

professores, pois a maioria trabalha com livro didático/questionários,sendo

esses considerados a” bíblia de sala de aula”.

O coordenador pedagógico, deve oferecer material de leitura para o

grupo, de preferência relacionado com o seu dia a dia nas diversas matérias, e

acompanhar se os resultados dessas leituras/discussões estão chegando à

sala de aula.

Na prática pode-se dizer o que temos na realidade é um treinamento

trabalhando, desde que cobrado pelo coordenador a aplicação daquilo que

resultou dos debates do grupo sobre determinadas matérias interessantes à

melhoria da qualidade das aulas nas disciplinas onde se observam defasagens

graves.

O coordenador deve acompanhar/analisar as dificuldades normalmente

ocorridas na implantação desses projetos, sugerindo medidas para sua

superação.

3.5 - A importância da pauta da HTPC

A prática mostra, que a pauta a se trabalhar, deve ser uma coisa

planejada, organizada, então o coordenador pedagógico deve preparar com

antecedência a pauta das HTPCs( horário de trabalho pedagógico coletivo),

evitando com isso improvisações e principalmente, críticas dos participantes.

Outra coisa que cabe ao coordenador, é evitar que realização as

HTPCs, ocorra como se não soubesse que a maioria dos participantes inscritos

estão ausentes, por problemas de horários ou até em janelas.Fique sabendo

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que a ocorrência disso, é o primeiro passo para que essa reunião pedagógica

seja desacreditada.

Vale observar que, como os professores de 5ª a 8ª séries estão

obrigados a essa atividade, os que se inscreverem deverão obrigatoriamente

cumpri-las.

Qualquer irregularidade nessa área, o responsável será o coordenador

pedagógico.

Outra vez devemos ressaltar o importante papel das HTPCs junto a

constante análise das avaliações que serão aplicadas aos alunos. O

coordenador pedagógico, deve solicitar aos professores os critérios de

avaliação,os instrumentos usados no bimestre, cópia das provas, com isso

podendo verificar se as questões aplicadas estão voltadas para os conceitos

básicos de cada conteúdo.A realidade nos mostra que a maioria dos docentes,

não realizam suas avaliações observando: a clareza das questões;

inobservância dos conceitos básicos.

Assim, observa-se que essa é mais uma função do coordenador, ou

seja, contribuir para melhoria do desempenho dos professores e alunos.

3.6 - Atuando sobre as recuperações

Outra vez pode-se citar o relevante papel das HTPCs nas

recuperações.Com base nas HTPCs e Reuniões Pedagógicas, o coordenador

deve orientar o professor no sentido de fazê-lo compreender/ver que a

recuperação não é uma mera repetição de questões passadas ou provas

passadas, mas realmente uma nova oportunidade, onde tudo será novo,

diferente, que o objetivo que ele professor quer alcançar é outro.Outra vez

deve acontecer a atuação do coordenador, sugerindo a utilização de novos

métodos.

Para consolidar isso tudo, existiria a entrada em campo da Secretaria de

Educação, com implementação de treinamentos esses docentes, que foram

jogados numa seara repleta de problemas, difíceis de serem resolvidos por

qualquer expert nesse assunto.

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3.7 - A contínua análise dos resultados

A idéia a ser abordada neste ponto, é que haja uma avaliação contínua

dos resultados, ou seja, como o coordenador pedagógico dispõe de 40 horas

semanais, a intenção é que ele produza gráficos de aproveitamento das séries,

abastecendo os professores com informações preciosas sobre o desempenho

dos alunos em todas as disciplinas, e com isso poder discutir com os

professores, visando obter novas soluções para o aprimoramento das

avaliações.

Além de adotar esse procedimento, o coordenador pedagógico pode

visitar as classes, orientando-a conforme as disciplinas, a estudar mais essa ou

aquela disciplina, dependendo da dificuldade apresentada em cada uma. Com

certeza agindo assim, e se todos caminharem na mesma direção formando

uma equipe, o processo de ensino-aprendizagem só será enriquecido.

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CONCLUSÃO

Quando da formação da equipe de coordenação pedagógica, devemos

ter em mente que tal cargo deve ser exercido em nível de liderança e condução

dos trabalhos pedagógicos de uma unidade escolar.

Coordenador pedagógico e professor, apesar dos papéis diferentes e

saberes diferentes, devem buscar a construção comum de uma prática

pedagógica consistente e criativa.

Para conseguir esses objetivos, o coordenador deve desenvolver

competências como: ampliar sua escuta e modificar sua fala; respeitar

consciências coletiva,flexibilizando deu planejamento; trabalhar a relação com

isso a troca da aprendizagem; acompanhar a relação com o professor e a do

professor com os alunos; e quais as solicitações dos profissionais.

De acordo com a professora Vera Maria Nigro de Souza Placco, da

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, “ O ideal é que os

coordenadores pudessem comandar o trabalho pedagógico na escola, orientar

a formação da equipe docente, segundo as demandas da realidade local, e

liderar a elaboração a elaboração do projeto político-pedagógico(PPP).Porém

sua função se tornou muito abrangente, envolvendo assuntos de caráter

disciplinar e questões relativas ao entorno”.

Com o acontecimento dessas coisas, pode-se crescer junto com o

professor ampliando todos os olhares. Não deve ser esquecido, que o

professor nem o coordenador têm todas as respostas, mas com certeza eles

irão problematizá-las de forma mais democrática.

O coordenador pedagógico, é uma peça fundamental no espaço escolar,

se ele atuar no sentido de integrar os envolvidos no processo ensino

aprendizagem, mantendo as relações interpessoais de maneira saudável,

valorizando a formação do professor e a sua própria formação, desenvolvendo

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habilidades para lidar com as diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente

na construção de uma educação de qualidade, dando voz e vez aos elementos

envolvidos neste processo.

A seguinte colocação da professora Terezinha Azevedo Reis sintetiza o

profissional tema deste trabalho: “A educação acontece em cada canto da

escola, em cada momento, cada tarefa cumprida, cada descoberta, cada

partilha, cada gesto de construção da vida que todos nós -diferentes e iguais-

devemos buscar juntos”.

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