2005-02-23 - jornal a voz de portugal

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Ano XLIV • Nº 08 email: [email protected] WWW . AVOZDEPORTUGAL. COM 23 de Fevereiro de 2005 GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 Ver pág. 2 Nesta edição Opinião p. 5 Carta para Portugal p. 6 Ideias Frescas p. 7 O rapto da infância p. 9 Anedotas p. 10 Foto da semana p. 10 Significado dos nomes p. 11 Nova associação em Montreal p. 14 Concurso De Quadras p. 14 TAP com nova imagem A TAP apresentou hoje, 1 de Fevereiro, a sua nova imagem, que reforça o posicionamento da transportadora como empresa moderna e global, ao mesmo tempo que afirma a sua portugalidade. A nova imagem, criada pela Brandia, vem substituir a antiga assinatura da empresa, existente desde 1979, e pretende traduzir graficamente o prestígio, competência, equilíbrio e competitividade da TAP, acrescentando Cont. na pág. 4 Porque lhes dais tanta dor?!... *Benjamin Silva Com inusitada frequência somos bombardeados com imagens de crianças raquíticas, de ventre dila- tado, olhitos turvos, face coberta de moscas… Assim as chamadas insti- tuições de benevolência nos prepa- ram para abrirmos os cordões à bolsa com alma e coração. Mesmo sabendo que só uma per- centagem das nossas doações alivia a miséria, lá vamos generosamente esportulando. Entretanto os pais vão- se matando uns aos outros invo- cando cobardemente a liberdade, a democracia e a religião, porque lhes falta coragem para declarar que o fazem em nome do poder e do di- nheiro! Se prestarem atenção à infinita variedade de vídeos e fotografias, já repararam que a principal preo- cupação das reportagens das guer- ras e dos desastres são as imagens do sangue e da mutilação das ino- centes crianças e não o seu socorro imediato e eficiente? Sadismo? Manipulação? Incompetência? De tudo um pouco, mas o resultado é doloroso, pungente. Nós vamos sofrendo com desespero e as Cont. na pág. 2 O socialista da maioria Aos 47 anos, José Sócrates atinge o topo da carreira política. Vence as eleições e torna-se o primeiro socialista a alcançar a liderança do Governo apoiado por uma maioria absoluta no Parlamento. Apresenta agora o per- curso político do novo primeiro-mi- nistro de Portugal. José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, de 47 anos, nasceu em Vilar de Maçada, concelho Alijó, distrito de Vila Real. O homem que ao longo da campanha pediu a maioria absoluta nas eleições legislativas para o Partido Socialista — um feito nunca antes alcançado pelos socialistas — é li- cenciado em Engenharia Civil e tem uma pós-graduação em Engenharia Sanitária. A sua carreira política inicia- se aos 16 anos, logo após a “Revolução dos Cravos”, tendo ingressado por um curto período de tempo na Juventude Social Democrata. Mas, em 1975, sai em ruptura com a Juventude. O seu Cont. na pág. 2 Nos 30 anos da Rádio Centre Ville A festa por que tanto se esperava Cont. na pág. 8 2005-02-23.pmd 2/22/2005, 3:33 PM 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 23 de Maio de 2005

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Fevereiro de 2005 - Página Ano XLIV • Nº 08 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 23 de Fevereiro de 2005

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

Ver pág. 2

Nesta ediçãoOpinião p. 5Carta para Portugal p. 6Ideias Frescas p. 7O rapto da infância p. 9Anedotas p. 10Foto da semana p. 10Significado dos nomes p. 11Nova associaçãoem Montreal p. 14Concurso De Quadras p. 14

TAP com nova imagemA TAP apresentou hoje, 1 de Fevereiro, a sua nova imagem, que reforça

o posicionamento da transportadora como empresa moderna e global, aomesmo tempo que afirma a sua portugalidade.

A nova imagem, criada pela Brandia, vem substituir a antiga assinaturada empresa, existente desde 1979, e pretende traduzir graficamente oprestígio, competência, equilíbrio e competitividade da TAP, acrescentando

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Porque lhes daistanta dor?!...*Benjamin Silva

Com inusitada frequência somosbombardeados com imagens decrianças raquíticas, de ventre dila-tado, olhitos turvos, face coberta demoscas… Assim as chamadas insti-tuições de benevolência nos prepa-ram para abrirmos os cordões àbolsa com alma e coração.

Mesmo sabendo que só uma per-centagem das nossas doações aliviaa miséria, lá vamos generosamenteesportulando. Entretanto os pais vão-se matando uns aos outros invo-cando cobardemente a liberdade, ademocracia e a religião, porque lhesfalta coragem para declarar que ofazem em nome do poder e do di-nheiro!

Se prestarem atenção à infinitavariedade de vídeos e fotografias, járepararam que a principal preo-cupação das reportagens das guer-ras e dos desastres são as imagensdo sangue e da mutilação das ino-centes crianças e não o seu socorroimediato e eficiente? Sadismo?Manipulação? Incompetência? Detudo um pouco, mas o resultado édoloroso, pungente. Nós vamossofrendo com desespero e as

Cont. na pág. 2

O socialista da maioria

Aos 47 anos, José Sócrates atinge otopo da carreira política. Vence aseleições e torna-se o primeiro socialistaa alcançar a liderança do Governoapoiado por uma maioria absoluta noParlamento. Apresenta agora o per-curso político do novo primeiro-mi-nistro de Portugal.

José Sócrates Carvalho Pinto deSousa, de 47 anos, nasceu em Vilar deMaçada, concelho Alijó, distrito deVila Real. O homem que ao longo dacampanha pediu a maioria absoluta

nas eleições legislativas para o PartidoSocialista — um feito nunca antesalcançado pelos socialistas — é li-cenciado em Engenharia Civil e temuma pós-graduação em EngenhariaSanitária. A sua carreira política inicia-se aos 16 anos, logo após a “Revoluçãodos Cravos”, tendo ingressado por umcurto período de tempo na JuventudeSocial Democrata. Mas, em 1975, saiem ruptura com a Juventude. O seu

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Nos 30 anos da Rádio Centre Ville

A festa por que tanto se esperava

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crianças que deveriam serprotegidas com o amor comque foram concebidas, lá se vãodefinhando morrendo…

E, assim, porque se esta aalterar a prioridade de acção,colocando a recolha financeirae o domínio político à frente daassistência humanitária, altera-se também a ordem natural:morrem primeiro os filhos e osnetos perante o horror e a tris-teza dos seus pais e avós…

Não é novidade para nin-guém que “tudo o que vive temque morrer, passando da Na-tureza para a Eternidade” co-mo magistralmente nos indicao clássico Shakespeare. To-davia, que absurdo, enviar osnossos filhos para a guerraonde aos muitos milhares en-contram prematura morte!Antes de perecerem aindativeram tempo, às ordens defrios e inumanos chefes, dedesencadear terríveis e cegosataques que nada poupam,nem os inocentinhos netos,razão de ser de tantos que

Porque lhes dais tanta dor?!...Cont. da pág. 1

pouco mais lhes resta!Este apocalíptico cenário que

nos envolve não é só de agora.Se nos debruçarmos sobre opassado constataremos que ohomem político não é o únicoque hipocritamente destaca obem-estar da criança comoobjectivo de acção. De facto oque se verifica é o atropela-mento dos seus direitos portodo um complicado governoonde o orçamento que lubrificaa máquina de guerra tem prio-ridade.

Não há nada que alcance aprofundeza de sentimento e aclaridade de espírito do inspi-rado poeta Augusto Gil. Cadavez que deparo com as ima-gens de crianças vítimas doterrorismo, da guerra, da doen-ça, as lágrimas não conseguemimpedir a leitura dos seus ver-sos, porque aos olhos se sobre-pôs uma mais sentida leiturafeita pelo coração:

“Mas as crianças, Senhor,Porque lhe dais tanta dor?!...Porque padecem assim?!...”

regresso à política dá-se em1981, altura em que se filia noPS. Entre 1986 e 1995, épresidente da FederaçãoDistrital de Cas-telo Branco. Ameio desse perío-do, em 1991,integra o Secre-tariadoNacional do Partido Socialista.É também neste ano que JoséSócrates começa a lidar maiscom a comunicação social, aoser escolhido para porta-voz dopartido para a área do

Ambiente. José Sócrateschega à Assembleia da Repú-blica em 1987, ao ser eleitodeputado pelo círculo de Caste-lo Branco. As suas funçõesgovernativas iniciam-se em1995 quando assume o cargode secretário de Estado adjun-to do ministro do Ambiente doXIII Governo Constitucional.Durante três anos, José Sócra-tes exerce o cargo com compe-tências delegadas em matériasde ambiente e defesa do consu-midor. Em 1997, é promovido aministro-adjunto no mesmogoverno. O cargo, que lhepermite ter a tutela sobre asáreas da toxicodependência,desporto, juventude e, maistarde, comunicação, é exercidoaté 1999. No âmbito do seutrabalho, torna-se num dosrostos da vitória de Portugalpara a realização do Euro 2004.No XIV Governo Constitucio-nal, António Guterres escolhe-o para desempenhar as funçõesde ministro do Ambiente e doOrdenamento do Território eSócrates desempenha-as atéAbril de 2002. O seu mandato émarcado pela polémica em tor-

O socialista da maioria

no da co-inceneração de resí-duos perigosos. Com o fim do“reinado” socialista no Gover-no, depois da derrota nas “au-tárquicas” de 2001, que moti-vou a saída de António Guter-res e a consequente convoca-ção de eleições antecipadas porJorge Sampaio, Sócrates re-gressa à Assembleia da Repú-blica, onde exerce o seu man-dato de deputado. Seguida-mente, Ferro Rodrigues toma o

pulso do partido e torna-sesecretário-geral. Para muitos,começa aqui um dos períodosmais negros da história dopartido que tem Mário Soarescomo grande referência. Umdesses pontos é quando o porta-voz do partido e antigo minis-tro Paulo Pedroso é constituídoarguido no escândalo de pedo-

filia na Casa Pia de Lisboa. O

nome de Ferro Rodrigues e deoutras figuras de topo do parti-do são colados ao escândalo, oque acaba por ter um efeitomuito negativo para o PS. En-tretanto, Ferro Rodrigues saide secretário-geral e começa acorrida à liderança. AntónioVitorino está de regresso deBruxelas, depois de vários anoscomo comissário europeu, emostra não ter interesse emcandidatar-se a secretário-geral do PS. Está aberto o ca-minho para a corrida de JoséSócrates. Mas João Soares,antigo presidente da CâmaraMunicipal de Lisboa e filho do“pai fundador” Mário Soares, eo deputado Manuel Alegredecidem também concorrer. Acampanha fá-los percorrer opaís à conquista dos militantes,mas José Sócrates vence poruma larga vantagem. Assim,em Setembro de 2004, Sócra-tes torna-se secretário-geral doPartido Socialista. Boatos mar-cam pela primeira vez cam-panha A 30 de Novembro de2004, o Presidente da Repú-blica, após uma reunião com oprimeiro-ministro Pedro San-tana Lopes, decide dissolver aAssembleia da República emarcar eleições antecipadasque viriam a ser para 20 deFevereiro. A falta de estabili-dade, alegada por Jorge Sam-paio para a dissolução, foi forte-mente contestada pelos parti-dos da coligação governamen-tal PPD/PSD-CDS/PP. Os par-tidos da oposição aplaudiram adecisão de Sampaio e viramnesta decisão uma oportuni-dade para alterar o campo de

forças no hemiciclo nacional.Ao longo da campanha, o secre-tário-geral do PS pediu a maio-ria absoluta, Santana Lopesqueria apenas a vitória e PauloPortas ambicionava ficar acimados 10%. O país virou à esquer-da e deu maioria absoluta aoPS. Pela primeira vez, matériasdo foro pessoal fizeram parte dacampanha eleitoral, nomeada-mente sobre a vida íntima deJosé Sócrates. Os debates tele-visivos também foram objectode divergências, com SantanaLopes a mostrar-se disponívelpara participar em todos os de-

bates, o mesmo não se passan-do em relação a Sócrates.

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Fevereiro de 2005 - Página 3

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Alunos da Antero de Quentalregressam a casa ...

No âmbito do programa co-munitário “Euroescola”, umgrupo de trinta alunos e trêsprofessores da Escola Secun-dária Antero de Quental járegressaram de Estrasburgo.

Os jovens açorianos tiverama oportunidade de serem euro-deputados por um dia no Parla-mento Europeu (PE), em Es-trasburgo.

A escola Antero Quental foi aúnica escola portuguesa pre-sente no Parlamento Europeu,que em conjunto com 484 alu-nos de doze escolas de nacio-nalidades europeias diferentes,com idades entre os 16 e os 18anos, apresentaram soluções emedidas no Hemiciclo do PE.Estiveram presentes cerca de59 professores que acompa-nharam os alunos.

Catarina Vicente, Filipe SáDias, Pedro Senra Melo e TiagoCabral foram os escolhidos parase sentarem nos lugares doHemiciclo.

Na terça-feira passada, diaem que foram recebidos no PE,foram criadas 5 comissões mul-tinacionais e a cada grupo detrabalho foi atribuído um temasobre a União Europeia (UE)para ser discutido.

Os temas discutidos foram aConstituição Europeia e Demo-cracia; Meio Ambiente, Trans-porte e Energia; o lugar daEuropa no Mundo; Educação,Cultura e Desporto, e o Futuroda Europa. Os alunos come-çaram por receber uma sessãode esclarecimento sobre o fun-cionamento do PE e da EU,liderada por 3 administradoreslocais. Na sessão plenária, ondedepois de apresentadas aspropostas de cada comissãopelos cinco alunos escolhidos,os jovens eurodeputados devárias nacionalidades colo-caram dúvidas sobre as medi-das expostas e votaram as pro-postas pelo método de votaçãoelectrónico vigente no PE,tendo sido a proposta referenteao Futuro da Europa, apre-sentada pela aluna CatarinaVicente, a que recebeu maisvotos a favor.

Desde cedo que os jovensaçorianos foram muito elo-giados pelo administrador doParlamento, por terem ocu-pado quatro dos cinco lugaresde destaque do Hemiciclo,tendo em conta, que estiverampresentes alunos da República

Checa; Dinamarca; Grécia;Espanha; Finlândia; França;Irlanda; Itália; Áustria; Suécia eReino Unido. Os jovens açoria-nos tiveram ainda a oportu-nidade de estar com o eurode-putado Duarte Freitas que sedeslocou de Bruxelas a Estras-burgo para estar no debatesobre a Construção Europeia,onde os alunos puderam colo-car perguntas. Na altura, Duar-te Freitas, a convite da Organi-zação do programa em Estras-burgo, proferiu uma alocuçãoaos Estudantes das várias esco-las Europeias presentes e parti-cipou no período dedicado aodebate. Por outro lado, os alu-nos da Antero de Quental parti-ciparam ainda no “Eurogame”,formado por pequenas equipasconstituídas por quatro dife-rentes nacionalidades, para re-sponder a um questionário nasdiferentes línguas da EU, ondedecorreu a apresentação doscinco grupos de trabalho e devotação.Verónica Carvalho,Pedro Senra Melo e MiguelPombo foram os açorianos queintegraram uma das equipasdo “Eurogame” e que reuniuna final do jogo os mesmospontos que a outra equipa.

A equipa de Pedro SenraMelo, porta-voz do grupo, esta-va empatada com outra equipaestrangeira, deste modo, aorganização colocou uma per-gunta para desempatar, no-meadamente: qual a data denascimento de Robert Shu-man, a qual ganhou a outraequipa. Os alunos açorianos nãovenceram o jogo, mas “ganha-ram a experiência da vida de-les”, afirma Sá Couto, Coorde-nador do programa “Euro-escolas” que não acompanhouos alunos a Estrasburgo, toda-via, foi o mentor do grupo detrabalho que os preparou.

Sá Couto referiu ao Diáriodos Açores (DA) que foi “commuito orgulho e honra” que ogrupo de trabalho visitou o prin-cipal centro de poder da UniãoEuropeia e acrescenta que “nãosó representámos a nossa esco-la, mas acima de tudo repre-sentámos os Açores e Portugal,aquela consciência que nóssomos apenas uns ilhéus estámuito ultrapassada”. Os alunostrabalharam muito, tiveramque saber tudo sobre as insti-tuições da União Europeia,como: Parlamento Europeu,

Comissão Europeia, ConselhoEuropeu, Conselho da UniãoEuropeia, Tribunal de Justiça,Tribunal de Contas, BancoEuropeu de Investimento, Co-mité das Regiões, Comité Eco-nómico e Social e Comité Con-sultivo da CECA.

Para Sá Couto, o trabalhodesenvolvido por estes alunos“foi bastante reconhecido,deixando professores, pais edemais pessoas muito orgu-lhosas”.

Quando questionado acercase devia haver uma disciplinaespecífica para abordar estestemas, Sá Couto opina que nãoconcorda. E justifica dizendoque “ se houvesse essa tal disci-plina obrigatória, os alunos nãoficavam tão motivados comoestiveram agora, teria quehaver testes e os alunos nãogostam de ser obrigados aestudar para fazer testes”.“Acho que faz parte de umaformação geral do aluno”, a-dianta ainda. Os conceitos fo-ram leccionados em váriasdisciplinas como História, Filo-sofia e Geografia. Os alunos queeste ano estão no 12º ano, tive-ram ainda a oportunidade devisitarem a cidade de Paris. Napassada quinta-feira a EscolaSecundária Antero Quentaloficialmente homenageou osalunos que visitaram o PE. Acerimónia decorreu na Biblio-teca Pública daquela escola, napresença de pais, professores,presidente da Associação dePais e pelo ex-deputado do PS,Francisco Sousa. Foram distri-buídos diplomas de mérito daEU, uma flor e uma bibliografiado político francês, RobertShuman, autor da ideia deComunidade Europeia do Car-vão e do Aço, em 1951.

Na próxima terça-feira, osalunos vão ser recebidos pelopresidente do Governo Re-gional, Carlos César, em que oaluno Pedro Senra Melo e oCoordenador, Sá Couto vãorelatar como tudo se passou.

Recorde-se que a ida ao Par-lamento Europeu foi o prémioatribuído aos alunos da AnteroQuental por terem ganho o anopassado o Hemiciclo no Parla-mento Regional, na Horta.

A Madeira naAssembleia da República

Contabilizados os votos depo-sitados nas urnas por madei-renses e porto-santenses, forameleitos três deputados do PSD-Madeira, precisamente, Alber-to João Jardim, que não vaiocupar aquele cargo, deixandoo lugar de cabeça-de-lista paraGuilherme Silva, seguindo-seCorreia de Jesus e Hugo Velo-sa. Pelo lado da candidaturasocialista, foram, igualmente,eleitos três deputados, exacta-mente, Jacinto Serrão, quetambém não aceitará o cargoem São Bento, deixando esselugar para o número dois dalista do PS-Madeira, Maxi-miano Martins, seguido porJúlia Caré e Ricardo Freitas. Aonovo “elenco” na Assembleiada República, o JORNAL daMADEIRA pediu que definis-sem quais serão as matériasque consideram prioritáriaspara serem tratadas no Parla-mento nacional na nova legis-latura.

Guilherme SilvaO deputado social-democrata

Guilherme Silva garante queas suas prioridades enquantorepresentante da Madeira, naAssembleia da República, serão«a revisão do estatuto político-administrativo e a lei das finan-ças regionais». O deputadoconsidera que estes são doisinstrumentos «importantes erelevantes» na próxima legisla-tura, porque, no caso do estatu-to político-administrativo, «en-volve a adequação do estatutoda revisão constitucional».Com este instrumento, nasce-rá uma «nova era nas compe-tências legislativas da Assem-bleia Regional», bem comouma revisão da lei eleitoral.Por outro lado, a revisão da leidas finanças regionais vai per-mitir reforçar a capacidadefinanceira da Região.

Correia de JesusUma Constituição mais coe-

rente em matéria de auto-nomia é, para o deputado Cor-reia de Jesus, uma das batalhasa travar na próxima legislatura.O deputado considera crucial«criar uma moldura constitu-

cional onde estejam devida-mente consagrados os princí-pios autonómicos, entre osquais o da continuidade territo-rial». Como tal, este parlamen-tar garante que «assumireiuma postura reivindicativa nosentido de trazer para a Regiãovantagens que permitam que aMadeira se desenvolva comoaté aqui».

Hugo Velosa«A revisão da lei das finanças

regionais vai ser uma das gran-des lutas da Madeira e dos seusdeputados na próxima legisla-tura». O deputado Hugo Velosaconsidera que, do ponto devista financeiro, «esta revisão éfundamental, para a salvaguar-da de alguns aspectos, que atéagora não estão devidamentesalvaguardados. Com esta revi-são será possível transferir paraa Região maiores competên-cias nesta matéria». Espera,assim, o deputado que esta leideixe de prejudicar a Região eque a sua receita fiscal sejaimediatamente arrecadadapela própria Região, evitandoum contencioso entre o Estadoe a Região.

Maximiano Martins«Uma das minhas priorida-

des na Assembleia da Repú-blica será fazer o ponto dasituação do que foi ou não feito,

desde o anterior governo doPS, sobre a lei de finanças re-gionais, nos aspectos relativos àRegião, e estruturar os traba-lhos nessa área. Acompanhar arevisão do estatuto adminis-trativo e a lei eleitoral da Re-gião, que deverão ser sub-metidos a discussão logo noinício da legislatura, é outro dosmeus propósitos. Acompanharas negociações comunitáriasque possam inte-ressar à Ma-deira será outra das minhasprioridades elevadas».

Júlia CaréJúlia Caré diz que uma das

prioridades a levar à Assem-bleia da República tem a vercom as questões sociais, no-meadamente, «o desemprego,que, neste momento, preocupamuito a população, o abandonoe o insucesso escolar». No en-tanto, fez notar que a sua «veiasindicalista vai lá estar». «É, nofundo, a concepção que tenhodo serviço aos outros. É por essavisão que aceitei este desafio»,disse a socialista, admitindoque, embora esteja com «expec-tativas», tem «muita curio-sidade e vontade de aprender ede tentar fazer alguma coisa»na Assembleia da República.Na sua estreia política, JuliaCaré garantiu que o seupensamento estará, sempre emprimeiro lugar, na Madeira» eo Grupo Parlamentar do PS«levará os interesses da Ma-deira».

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ContinenteAssassínio cruel

Agente da PSP mortona Cova da Moura

Não há memória em Portugalde uma coisa assim: uma patru-lha da PSP foi brutalmenteatacada à traição, numa esqui-na do Bairro da Cova da Mou-ra, arredores de Lisboa. O a-gente Ireneu Dinis morreuatingido por 22 munições, entrebalas e zagalotes de chumbo.

A morte é a única certezaque fica da madrugada de on-tem na Cova da Moura. O a-gente principal da PSP IreneuDinis, de 33 anos, foi abatidocom 22 tiros, seis dos quais nacabeça, quando fazia uma pa-trulha de jipe igual a tantasoutras nas ruas estreitas daque-le bairro da Amadora, nos arre-dores de Lisboa.

Investigadores da PSP e daPolícia Judiciária encontraramno local do crime vestígios dequase três dezenas de disparosfeitos por espingardas caça-deiras e pistolas automáticas de9mm, calibre de guerra. Masainda não avançou qualquerexplicação para o sucedido.Infelicidade do momento? Em-boscada? Reacção violenta àpresença da viatura da esqua-dra de Alfragide? A respostadepende da investigação que aPJ e a PSP da Amadora desen-volvem em conjunto, enquantocresce a revolta nas forças desegurança.

A única certeza resulta dasmarcas feitas a giz no chão darua Principal da Cova da Mou-ra. Às cinco da manhã, o jipe,em que seguiam Ireneu Dinis eNuno Saramago, passou por ali.Vinha da zona mais alta dobairro, na parte final do serviço,e numa curva tudo se preci-pitou.

Alguém, um ou mais indi-víduos, abriu fogo sobre a via-tura policial, destruindo quasetodos os vidros do jipe. Balasficaram esmagadas na parededo outro lado da rua, outrasdestruíram o vidro de um carroestacionado perto.

Mas foram os tiros que acer-taram no jipe – entretanto reco-lhido pela PJ para análise – os deconsequências mais graves.Ireneu Jesus Dinis ficou grave-mente ferido e Nuno Sara-mago, que escapara quase ilesoapesar de nove balas que lheassobiaram perto, acelerou noinstante seguinte para o Hospi-tal Amadora-Sintra, onde Ire-neu acabou por morrer.

Ao que o CM apurou, as auto-ridades estão a trabalhar combase em três cenários possíveis.O primeiro começa com umaqueixa de assalto, apresentadaà PSP, horas antes do ataque naCova da Moura, por um mora-dor na Estrada Militar da Da-maia de Cima. Um grupo desete a oito indivíduos, armadocom caçadeiras e pistolas auto-máticas, entrou à força na casado queixoso, pela 01h30, e du-rante três horas manteve trêspessoas sequestradas.

Os sequestradores, já comdinheiro e outros artigos rou-bados, segundo a PSP, deixa-ram a Damaia e fugiram para aCova da Moura.”O grupo pro-curou refúgio em duas casas,situadas perto do local do ata-que contra o jipe. Podem tersentido que estavam a ser per-seguidos e dispararam”, dissefonte policial. A segunda hipó-tese pode estar relacionadacom a primeira. Mas aponta nosentido de uma “infelicidade”.“Foi uma questão de estarem aspessoas erradas, à hora errada,no local errado. O jipe fez mar-

cha atrás na curva, a fim deganhar direcção para se des-viar de um carro estacionado, ealguém interpretou isso comouma manobra dos agentes pa-ra o deter. E abriu fogo”, disseao CM fonte policial.

Uma terceira via que os in-vestigadores não excluem,

para já, vai no sentido de o jipeter sido alvo de uma embos-cada: preparada com algumaantecedência e com o objectivode atingir um agente da PSPhabitualmente colocado naronda à Cova da Moura.

PORMENORES DA RUA

CARRO ESTACIONADOO Peugeot 206 que foi atin-

gido pelos disparos de ontem naCova da Moura pertence a umamoradora que, ao contrário dealguns vizinhos, prefere deixaro carro no bairro, em vez de oestacionar “em zonas maiscalmas.”

ORIGEM DOS DISPAROSAs marcas dos disparos e os

locais onde foram encontradosos invólucros fazem com que aTravessa de S. Vicente, umarua estreita, seja o mais pro-vável ponto de origem dos dis-paros. No entanto, fontes poli-ciais admitem que pode não tersido o único.

PATRULHA NORMALOs dois agentes que seguiam

no jipe da PSP de Alfragideestavam numa missão de pa-trulha normal no Bairro daCova da Moura, idêntica a to-das as outras realizadas diaria-mente. “Nada fazia prever umacoisa destas”, disse ao CM umafonte da PSP.

PARA O HOSPITALQuando viu o agente Ireneu

gravemente ferido, o condutordo jipe da PSP acelerou parafora do bairro, seguiu em direc-ção à rotunda do Estado-Maiorda Força Aérea, apanhou oIC19 em direcção a Sintra e sóparou no Hospital Fernando daFonseca.

RECEIO DE ATAQUESQuase sete horas depois do

ataque que tirou a vida a Ire-neu Dinis, os agentes da PSP deAlfragide não escondiam oreceio de novos ataques. Equando foram chamados paraum acidente de trânsito ocor-rido na Cova da Moura, troca-ram olhares de receio e dedesconfiança, temendo umaemboscada fatal. Afinal, comoconfirmaram mais tarde, o aci-dente tinha mesmo acontecido.Não foi feita qualquer deten-ção.

Correio da Manhã

«Portas pode vir a suceder a Portas»Narana Coissoró, do CDS-

PP, afirmou que é possível quea Paulo Portas suceda o próprioPaulo Portas. Nobre Guedes ePires Lima descartaram a hipó-tese de vir a ocupar o lugar deliderança do partido. «Não mecusta muito a acreditar queperante a pressão dos mili-tantes e do aparelho do CDSneste momento obriguem Pau-lo Portas a reconsiderar e épossível que Paulo Portas suce-da a Paulo Portas», disse Nara-na Coissoró.

Na TVI, Nobre Guedes ga-rantiu que não será candidatoà liderança do CDS-PP. «Sou esempre fui advogado, tenteiatravés do CDS-PP dar umcontributo à vida pública o quefoi para mim muito gratifican-te», afirmou. Pires Lima, vice-presidente do partido, tambémassegura que não será candi-dato.

«Seguramente não serei opróximo presidente do CDS-PP, estarei empenhado em cola-borar com o futuro presidente,mas não serei eu», adiantou.

De todos os dirigentes do PPque se pronunciaram sobre oassunto, Maria José NogueiraPinto, não afastou a ideia de secandidatar à liderança do par-tido, embora tenha sublinhadoque neste momento não está apensar no assunto.

«Não estou a pensar nissoneste momento de maneiranenhuma, tal como ele (PauloPortas) disse assegurará asmelhores condições para queesta transição seja feita com omínimo de danos», afirmouNogueira Pinto.

sedução, leveza e alegria ànecessária institucionalidade.

Do novo monograma, emque se optou pela sobreposiçãodas três letras, destacam-setons verdes mais frescos e enér-gicos e um vermelho mais quen-te e apaixonante.

Outra das grandes novi-dades da nova imagem é a deci-são de abandonar a designa-ção Air Portugal, reforçando onome TAP que tanto os portu-gueses como os trabalhadoresda Empresa sempre preferiram.

Depois de quatro anos deconsolidação financeira e noano em que comemora 60 anosde existência e integra a StarAlliance, a TAP reafirma, com amudança de imagem, o seuprojecto de futuro, de sucesso ede confiança.

Por razões de racionalidadeeconómica, a nova imagem daTAP PORTUGAL será gra-dualmente introduzida emtodos os suportes da empresa aolongo dos próximos três anos,na medida em que o esgota-mento dos actuais stocks e asnecessidades de serviço o im-ponham ou permitam.

Na frota de aviões, por exem-plo, a nova imagem só seráintroduzida à medida que estescumpram as grandes revisõesque fazem parte do plano regu-lar de manutenção. Assim, anova e a antiga imagem convi-verão por um período de tempolimitado.

Das cinco empresas convi-dadas para apresentar propos-tas para a nova imagem foiseleccionada a única portu-guesa, a Brandia, facto com oqual a TAP se congratula.

Ainda no segundo semestredeste ano, a TAP PORTUGALespera ter concluída a selecção

TAP com nova imagemdos novos uniformes, processopara o qual se convidarão emexclusivo estilistas portugue-ses. A apresentação da novaima-gem da TAP PORTUGAL,em que foi exibido o Airbus 310João XXI, já pintado com asnovas cores, para a qual foramconvidados todos os traba-lhadores da Companhia, foifeita por Manuel Pinto Barbosae Fernando Pinto, respecti-vamente Presidente do Con-selho de Administração e Admi-nistrador-Delegado. A ceri-mónia de apresentação contoucom a presença do ministro dosTransportes, Comunicações eObras Públicas, António Me-xia, e de centenas de convi-dados ligados à indústria ou aempresas ligadas à TAP.

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Maioria do PS traz estabilidade, diz Ludgero Marques O presidenteda Associação Empresarial de Portugal (AEP), Ludgero Marques,considera que a maioria absoluta do PS garante estabilidade masdeixa alguns conselhos ao futuro primeiro-ministro para que possavencer desafios.

Em declarações à TSF, opresidente da AEP, LudgeroMarques deixou alguns conse-lhos a José Sócrates.

«Provocar rapidamente areforma do Estado, para que oEstado seja o exemplo das boaspraticas, fazer com que as re-formas da educação sejamefectivas porque não é com um‘choque tecnológico’ que elasse resolvem», salientou.

Ludgero Marques sublinhouainda a necessidade de, a nível

fiscal, «dar incentivos ao inves-timento e às empresas para quese tornem maiores», mas avisaque «esses incentivos muitasvezes não dependem de di-nheiro».

Em comunicado, a AEP refe-re que a estabilidade deveráser traduzida em «coragem»para «vencer os bloqueios eco-nómicos que entravam o cresci-mento económico e conduzirPortugal na via de um desen-volvimento sólido e equilibra-do».

Felicitando o partido vence-dor, a AEP diz em comunicadotambém congratular-se pela«forma expressiva» como osportugueses acorreram às ur-nas, «demonstrando a sua con-fiança no voto como instrumen-to por excelência da sua partici-pação na vida democrática dopaís».

Maioria do PS traz estabilidade,diz Ludgero Marques

Santana Lopes deixaliderança do PSD

Pedro Santana Lopes vai dei-xar a liderança do PSD no pró-ximo Congresso do partido,disse ontem fonte do gabinetedo primeiro-ministro demis-sionário.

Segundo a mesma fonte,Santana Lopes «tomou sozi-nho» a decisão de não se recan-didatar no próximo Congresso

e vai comunicá-la à ComissãoPolítica Nacional do PSD.

Na reunião da ComissãoPolítica do PSD, Santana Lopesirá ainda «apresentar a formaque preconiza para encontraruma nova solução» para a lide-rança do PSD, acrescentou amesma fonte.

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Fevereiro de 2005 - Página 5

Opinião

Augusto Machado

Rui Pinto Costa

Doenças imagináriasA hipocondria é um estado

mórbido de tristeza causado pelaideia de doenças imaginárias. Ouseja, um hipocondríaco vive paraa doença.

Ele apresenta uma verdadeiradoença crónica, que se traduznuma perturbação perceptiva,cognitiva e psicológica que ori-gina sofrimento real e disfunçõesfisiológicas. Para não falarmos nadeterioração no meio familiar esocial.

Não é qualquer pessoa que seenquadra no perfil de hipocondríaco. Estima-se que 4 a 6% daspessoas que procuram os serviços médicohospitalares tenhaperturbações hipocondríacas, mas sabe-se que pelo menos 10 a 20por cento da população em algum momento da vida sentiu já omesmo tipo de preocupação, sobretudo em alturas de maiorfragilidade. Contudo, segundo estudos sobre Hipocondria, não háum perfil rigoroso para o hipocondríaco. Algures entre os 20 e os30 anos a síndroma é desencadeada, mas não foram encontradosoutros traços sociodemográficos comuns. Sexo, estado civil,profissão, educação e estatuto social parecem ser irrelevantes. Omesmo não se pode dizer a nível psicológico, já que os indivíduoshipocondríacos apresentam uma baixa auto-estima e introversão.

Hipocondria provém do termo grego hypocondros, que significa“debaixo das costelas”, designando as regiões laterais superioresdo abdómen onde se alojam os órgãos do sistema cardiovasculare digestivo. O maior órgão hipocondral é o fígado, tendo sido elea inspirar a primeira definição de hipocondria. A verdade é que asprincipais queixas dos hipocondríacos têm a ver com os aparelhosgastrointestinal e cardiovascular.

Um estado obsessivo. Estas pessoas desenvolvem uma relaçãoobsessiva com a doença, apresentando uma preocupaçãoexcessiva com o seu estado de saúde, verificando minu-ciosamente as suas funções fisiológicas em busca de um qualquersinal de alarme.

E neste exame qualquer sensação minimamente desconfortávelpode ser interpretada como uma doença grave levando-o a pensarde que padece de uma ou várias enfermidades, de preferência asmais graves de todas. Basta um pulsar mais acelerado do coraçãopara desencadear o receio de uma doença cardíaca. Uma simplesdor de cabeça é sentida como um sinal de um problema nocérebro. Tosse mais persistente é de imediato imaginada comouma tuberculose. É a “mania das doenças”.

Começa então uma verdadeira peregrinação de médico emmédico em busca de confirmação das suas doenças imaginárias.Aumenta a ansiedade. Sentem-se injustiçados e incompreendidospelos médicos que não levam a sério as suas queixas. Nestecalvário de consultas, o hipocondríaco despende tempo e dinheiroem consultas e exames inúteis do ponto de vista médico edesespero para o doente que apenas recebe respostas negativas.

Algumas atitudes e emoções que podem aumentar a propensãopara a doença: estados de profunda ansiedade, tristeza edepressão; compulsão para conversar com pessoas doentes paracomparar sintomas; automedicar-se sem a presença de sintomas;negativismo e queixas constantes em relação à vida; medoconstante de morrer; desconfiança em relação às condições geraisde saúde. Enfim, um sofrimento contínuo para o suposto doentee para quem vive com ele.

ObviamenteMiguel Carvalho

«Eu vou fazer um bom governo. O PS temobrigação de fazer um bom governo, o bomgoverno que o País precisa. Os portuguesesconfiam no PS para que o PS dê a Portugal umbom governo. Portugal precisa de um bomgoverno do PS e o PS está em condições dedar um bom governo a Portugal».Não andoulonge disto o discurso de José Sócrates nanoite da maior vitória eleitoral de sempre dossocialistas portugueses. Quem esperava

palavras de arrojo, quem esperava um desígnio, uma mensagemestruturada à altura de um Primeiro-Ministro, teve de contentar-se com um discurso redondo, banal e vulgar, carregadinho delugares comuns e em que cada frase parecia uma pescadinha derabo na boca.

Nada de novo, portanto.É natural que as noites eleitorais nãosejam as melhores para estrear peças da mais fina oratória.Dosvencedores, o povo espera o óbvio festejo, se possível temperadocom a humildade de saberem receber o que lhes é dado. Dosvencidos, espera o claro reconhecimento das derrotas, semmaquilhagens. Se houver lágrima no cantinho do olho, tantomelhor.A noite eleitoral socialista teve o óbvio em quase todo o seuesplendor. O discurso de Sócrates, as figuras de proa do socialismoem vias de recauchutagem, a «esquerda povo» nas ruas, a«esquerda moderna» no Altis, a segunda nem sempre casada coma primeira. Agora que no PS já afloram tiques e manias degrandeza, o partido já tem, de facto, o seu Mourinho. Ganhadorabsoluto, arrogante, um ego do tamanho do País. «Habituem-se»,como diria o outro. Há outras coisas óbvias, porém, que Sócratesnão quis ou não soube perceber. Uma delas é que, independen-temente da esmagadora vitória do PS, o País virou – e muito! – Àesquerda. O sinal está lá, dado pelo reforço da CDU e a grandesubida do Bloco.

Descodificando: Sócrates tem mãos livres, licença paragovernar. Mas a esquerda pequena, de protesto e de propostas,viu legitimada nas urnas a sua licença para vigiar. Se osportugueses quisessem que a consciência crítica da maioria fosseprimazia da direita provavelmente teriam poupado a Paulo Portasuma noite tão aziaga, onde nem a convocação de todas asdivindades e comoções nacionais lhe valeram.Não ia sequer falarde Santana Lopes.

Não se bate em quem já está no chão, ainda que esper-neie.Acontece, porém, que os homens ditos providenciais se põemsempre a jeito para as ironias da História. E a verdade é esta: dedesgraça em desgraça, o guerreiro menino conseguiu, em quatromeses apenas, «cumprir» o sonho de Sá Carneiro: dar a Portugalum Governo, uma Maioria, um Presidente.

O PS agradece. O PSD, obviamente, nunca o esquecerá.

O dia seguinte

O Governo de José Sócrates não vai terestado de graça. Nem o estado do país oconsente, nem o caso freeport o permiteÉuma vitória com uma expressão em quepoucos acreditavam, mas que assondagens anteciparam, sem margempara dúvidas. José Sócrates conseguiu,com determinação e mérito pessoal epolítico, uma confortável maioria absolutapara o PS. Agora, tem tudo para poder

governar. Um resultado histórico, o PSD de rastos e Paulo Portasde saída. Até os votos na CDU e no Bloco de Esquerda, o partidoque mais cresceu, são insuficientes para condicionar a governaçãodos socialistas. Após a noite eleitoral de festa, as expectativas dosportugueses e os gravíssimos problemas do país estão aí,continuam à porta de São Bento, a começar pela rectificação doOrçamento do Estado para o ano corrente. A tarefa que espera opróximo Governo de José Sócrates é tão grande como aesmagadora maioria que conseguiu alcançar nas urnas. Mas osproblemas não ficam por aqui. O caso freeport não fica encerradocom a vitória esmagadora do PS. Os portugueses têm o direito desaber se alguém, político ou não, beneficiou, ilegalmente, dolicenciamento do empreendimento comercial de Alcochete. Avitória do PS e o caso freeport devem servir para esclarecer, de umavez por todas, se a Democracia está à mercê de eventuaismanipulações políticas da principal polícia de investigação crimi-nal. Certamente, o futuro primeiro-ministro não deve querercorrer o risco de uma berlusconização do regime democráticoportuguês. Assim, urge esclarecer a aparente falta de sintonia entrea direcção nacional da PJ e a directoria de Setúbal, que tem aresponsabilidade de conduzir a investigação do alegadofinanciamento partidário que envolve o licenciamento do maiorempreendimento comercial de Alcochete. Não basta avançar comum processo judicial contra o semanário O Independente, quepublicou um documento interno e confidencial da PJ, que não estánem podia estar, como é óbvio, no acervo de um inquérito crimi-nal. Para que não haja quaisquer dúvidas, a primeira declaraçãooficial de José Sócrates devia traduzir a garantia de que asinvestigações sobre o caso freeport vão até ao fim, de forma apermitir aos portugueses poderem continuar a acreditar nospolíticos, nos partidos e nas instituições.

Um futuro com problemas

Quando, no último Congresso Regional daMadeira do Partido Social Democrata,chamei a atenção para o cuidado a ter naavaliação do evoluir europeu — o que levan-tou “protestos” aos dogmáticos “inteligentes”que a “democracia” nos obriga a aturar —,uma vez mais, se comprova que eu não estavaa “falar de cor”.

Quando da posse do Presidente Bush, ameio de Janeiro passado, o National Intelligence Council da CIApublicou um relatório sobre a União Europeia, para os próximosvinte anos. Trata-se de um documento que arrepiará qualquercidadão pensante da União Europeia, precisamente todos aquelescidadãos que não vivem mergulhados nos sentimentos suicidasde o que interessa é sobreviver dia a dia, e de que o “Estado-providência” ou a própria União Europeia serão sempre sacos dedinheiro, sem fundo. Um documento, este dos norte-americanos,que dá razão aos que dizem ser preciso acompanhar com atençãoe cautela a evolução da União Europeia, e não considerar esta um“dogma” vinculativo.

Bem como considerar que, felizmente, se aproximam os temposem que os cidadãos terão de aguentar com as responsabilidadesacerca da maneira como votam, e não esperar que “outros”,incluso o Estado, lhes resolvam as consequências de votar mal.Mas voltemos ao que, sobre a União Europeia, diz o relatório domais poderoso serviço de informações do planeta. Considera quea União Europeia não será uma potência mundial, no futuro.Considera mesmo que, em 2020, estará economicamenteultrapassada pela China e pela União Indiana, e mesmoprovavelmente pelo Brasil e pela Indonésia. Considera tambémque a União Europeia estará fragilizada por uma população cadavez mais envelhecida, por um crescimento económico fraco e porconsequências das políticas de alar-gamento. Diz o National Intel-ligence Council da CIA que a Europa será incapaz dedesempenhar o papel que vem ambicionando à escala mundial. Eque, daqui a quinze anos, apenas se poderá considerar a existênciade uma única superpotência, precisamente os Estados Unidos. Orelatório em referência considera que a capacidade futura daUnião Europeia em ter algum peso nas questões universaisdependerá da coesão política que possa ostentar. E acrescenta quea integração de mais dez novos países acabará por constituir umtravão ao aprofundamento e ao aperfeiçoamento das InstituiçõesEuropeias. Obstruirá a consolidação da formação de uma visãoestratégica comum. Dificultará a elaboração de uma políticaexterna e de defesa comum. E continua o relatório da CIA a preverque, dentro de quinze anos, a soma das despesas militares de todosos países da União Europeia será inferior às da China ou às dosEstados Unidos. Acentua a continuação das dificuldades dospaíses europeus em coordenar as respectivas despesas militarese em formar um “exército comum”, até pela sobreposição de meiosque tal se reconhece constituir em relação à NATO.

O documento dos serviços de informações americanos, que sedenomina “Mapping the Global Future” e, nas suas cento e vintepáginas, resulta de análises produzidas por mais de milEspecialistas distribuídos ao longo dos cinco continentes, caiucomo “balde de água fria” sobre os burocratas de Bruxelas. É quenem em conta leva quaisquer efeitos positivos evolutivos,resultantes do novo Tratado Constitucional. Como considera oalargamento a Leste uma espécie de freio económico, até porquea União Europeia apenas tem disponível uma pequena percen-tagem dos Fundos indispensáveis à recuperação económicadesses seus novos membros. E, impressionante, é a crueldade comque os norte-americanos analisam as consequências da ausênciade reformas de fundo na Alemanha, na França e na Itália,necessárias para ultrapassar a tradicional concepção de Estadoque ainda se vive na Europa e, ainda pior e mais decadente, emPortugal. Os serviços de informações dos Estados Unidosconsideram que «a União Europeia se arrisca a voar em pedaçosou desintegrar-se». É bom que em Portugal, mormente porque osportugueses vivem uma crise de Informação e de bom senso aoperspectivar o Estado e o futuro, se tenha a consciência dos alertase dos estudos norte-americanos. Para que se convençam, de umavez por todas, que não vão “cair franguinhos do céu” e que hámuitos cidadãos conscientes de que, hoje, se recusam a pagar asfantasias e as preguiças dos outros. Cidadãos e territórios. E opreocupante é que Bruxelas ficou irritada com este relatório do“organismo pensante” da CIA — os eurocratas, evidentemente —mas manifestou-o só com respostas agrestes e de um certo “nacio-nalismo europeu”, em vez de contestar cientificamente. Afinal,quando, no último Congresso Regional da Madeira do PartidoSocial Democrata, chamei a atenção para o cuidado a ter naavaliação do evoluir europeu — o que levantou “protestos” aosdogmáticos “inteligentes” que a “demokrácia” nos obriga a aturar—, uma vez mais, se comprova que eu não estava a “falar de cor”.

Alberto João Jardim

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Fevereiro de 2005 - Página 6

CulturaCARTA PARA PORTUGAL

Manuel CarvalhoOutros escreverão sobre a inesquecível grande noite de fados

na Associação Portuguesa do Canada. Pela minha parte, só queroagradecer à adorável e talentosa fadista Joana Amendoeira queao cantar o clássico Barco Negro me esgaravatou nos pegos daalma e me levou a esgaravatar nas gavetas mais profundas dosmeus sonhos à procura duma carta que, em tempos, mereceu umamenção honrosa num concurso dos Correios de Portugal.

Caro amigoAntes de me sentar para te escrever, pus um CD da Amália a

tocar. Sim, sim, da Amália! Rio-me aqui sozinho, divertido, aoimaginar a tua cara de espanto. É verdade, podes crer, agoratambém gosto de fado. Como aliás já gosto de muitas outras coisasa que antigamente, antes de emigrar, não ligava nenhuma e até

tinha mesmo declarada aversão.Seria demasiado longo e talvez infrutífero tentar explicar-te as

premissas desta mudança tão radical. Talvez lá mais para o fim dacarta, comeces a ver uma luzita ao fundo do túnel.

Aceita, pois, por agora, sem objecções, o facto consumado: gostode fado, adoro fado. Neste preciso momento, a voz cristalina e sempar da grande diva desliza-me pela alma como uma cascatarefrigerante de diamantes:

(...)Dizem as velhas da praiaQue não voltas.São loucas! São loucas! (...)Perguntavas-me na tua última carta, com uma ponta de

inquietação, bem o percebi, se tencionava regressar, algum dia,a Portugal, pondo assim um termo a esta já tão longa aventura daemigração.

Que resposta te poderei dar? Será a emigração uma viagemsem regresso? Certamente, na grande maioria dos casos. E osnúmeros nus e crus das estatísticas estão lá para comprová-lo.

Regresso! Palavra de mil alquimias. Nos primeiros tempos, a suaevocação é abençoado remédio contra os males da saudade e dodesenraizamento. Depois, à medida que novas raízes começam arasgar húmus imprevistos, transforma-se, sem nos darmos contadisso, num espinho cravado nas carnes, num agente perturbadorda paz de espírito.

Como todos aqueles que um dia partiram do chão que os viunascer, a minha firme intenção era regressar o mais rapidamentepossível. Cinco anos? Dez anos? Já nem me recordo com precisãodos prazos então estabelecidos.

Mas, como diz o ditado, o homem põe e Deus dispõe. E tortuosossão os caminhos da vida. Imprevistamente, estas terras alheias,onde nos nasceram e cresceram os filhos, começam, numimpreciso e decisivo momento, a ser também nossas e, quando nosapercebemos disso, é irremediavelmente tarde. Já então, tal comocantou o Poeta, temos a alma pelo mundo em pedaços repartida eo sonho do REGRESSO, miragem cada vez mais esfumada einalcançável, perde-se definitivamente nos insondáveis espaçosmíticos do imaginário colectivo da diáspora. É um enorme choque,acredita, esta constatação.

Mas ninguém pode viver eternamente paredes-meias com odesespero. Finalmente, após longa travessia do deserto, num belodia de todas as graças, um subtil e poderoso mecanismo desublimação põe-se lentamente em marcha. É então chegada a horade, estoicamente, fazer das tripas coração e agarrar agulha e linhaspara remendar o rasgão que nos dilacera a alma.

(...)Eu sei, meu amor, que nem chegaste a partirPois tudo em meu redor me dizQue estás sempre comigo(...)

No meu caso pessoal, a mais balsâmica das respostas para asminhas apreensões e simultaneamente para a tua perguntadescobri-a na mensagem inconformista da letra deste fado. Comopoderei regressar se nunca parti verdadeiramente de Portugal?Estás a compreender o paradoxo? Portugal, meu amigo, nuncadeixou de estar incrustado no meu espírito, no decorrer da minhaerrância por este mundo além. Adivinho, sinto a sua presençaconstante no pulsar da carne, no sussurro da memória, nossobressaltos dos sentidos, no latejar das emoções, na voz da alma.

Sim, podes crer, nunca cheguei a partir definitivamente dePortugal, ou talvez melhor, recorrendo a uma imagem maisconvincente, quando parti trouxe Portugal comigo, na mala, para,companheiro indefectível, me fazer companhia nas horas desolidão.

Então agora que vivemos esta espantosa revolução dascomunicações que alterou drasticamente a geografia do mundoe que encurtou as distâncias físicas e afectivas, a minha convicção

é cada vez mais profunda e sustentável. Basta chegar a casa e ligara televisão ou o computador para que Portugal, como um deusomnipresente, como um génio da lâmpada, desperte e invada asmais recônditas fibras do meu corpo sempre pronto para serlavrado e semeado pelas forças telúricas que tutelam a minhaexistência.

Será pois despropositado falar de regresso. Não queiras ser, coma tua pergunta dilacerante, uma das velhas da praia...da minhavida. Para quê subverter um equilíbrio tão penosamenteconquistado?

(...)Dentro do meu peitoEstás sempre comigo.(...)Compreendes agora por que razão gosto de fado? E por que,

entre todos, o meu predilecto seja o Barco Negro da Amália?Como sempre que me é possível, aí estarei este verão em Portu-

gal para mais um cíclico regresso às origens e aos prados floridosda infância. Até lá, recebe um grande abraço deste teu amigo.

‘A Regra de Quatro’Suspenso até à última pagina. 352 páginas de

grande suspensa intelectual. ‘A Regra deQuatro’, um ‘thriller’ de leitura, quase quediríamos, obrigatória, conta a história de quatrofinalistas da Universidade de Princeton quedescobrem alguns dos segredos que poderãoajudar a desvendar o HypnerotomachiaPoliphili, um texto do século XV escrito emvárias línguas por um padre romano no ano de1499. Os estudantes vão compreendendo a

mensagem codificada em labirintos linguísticos e matemáticosque estão por detrás de dissertações sobre arte, zoologia,erotismo e fé, capazes de descodificar segredos de obras daépoca Renascentista. No entanto, ao aperceberem-se da mag-nitude da descoberta que estão prestes a fazer e que poderátornar-se no maior achado histórico de sempre, descobremtambém que há mais quem conheça o valor do tesouro emquestão e que esteja disposto a matar pela sua posse. ‘A Regrade Quatro’ divide-se em dois momentos cruciais. Um primeiro,em que os leitores têm de decifrar cinco enigmas sequenciadosde diferentes áreas do saber. E um segundo momento em quea mensagem está codificada nos quatro pontos cardeais querepresentam as coordenadas geográficas para chegar à cripta,procurada por muitos, onde se encontram peças de arte devalor incalculável. Através de uma escrita de grande qualidadecriativa, o leitor fica envolvido num ambiente de genialidade,loucura, traição e assassínio, dominado por um magnetismoapenas comparável ao do próprio Hypnerotomachia Poliphili.Com a chancela da Editorial Presença, ‘A Regra de Quatro’, deIan Caldwell e Dustin Thomason, e a nossa sugestão literáriadesta semana. A venda numa livraria perto de si por 17, 45 euros.

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Fevereiro de 2005 - Página 7

Vária

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro)

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)

CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro)

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)

GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho)

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)

O tempo de sono será perdido?Natercia Rodrigues

Muitos homens, mas de um modo especial aqueles que seconsideram sobrecarregados de trabalho, que é preciso fazercuste o que custar e ainda dentro de um determinado prazo,desejavam que os dias tivessem mais de vinte e quatro horas. Elesgostariam de suprimir as noites do calendário como tempo perdidopara correrem mais e para fazerem mais. Nesse desejo, emborairrealizável, de cancelar as noites de sono, eu faço a minhapergunta: o tempo de sono, será um tempo perdido?

Acho que não! O tempo de sono não é perdido pois que se destinaao nosso repouso. Se olharmos à nossa volta, vimos que todos osseres vivos precisam de descansar. As árvores não podem dar frutaem todas as estações do ano. Elas descansam umas, parafrutificarem noutras. Os animais igualmente, não podem estarsempre activos, pois precisam de repousar. A maior parte delestrabalha de dia e dorme de noite. Assim também os homens, depoisde um dia de trabalho, precisam de sono para recuperarem asforças despendidas. O tempo de sono, portanto é paradescansarmos. Além disso, o tempo de sono, segundo os desígniosdo Artífice Divino, é tempo de “incubação” de ideias geniais quepodem guindar o homem para alturas surpreendentes, cobrindo-o de loiros. É como um agricultor que prepara o terreno econscientemente lança nesse terreno a semente. Esta, dorme noseio da terra, mas dormindo exerce a sua actividade própria quea vai transformar ao chegar o tempo oportuno numa radiosaplantinha. Do mesmo modo, o homem conscientemente lança asemente de boas ideias no seu espírito, e durante o sono a partesubconsciência da mente humana vai trabalhando sobre essasideias que paulatinamente vão ganhando forma para serem umdia, doce realidade. À noite, a consciência é como o comandantede um navio que dá instruções ao marinheiro antes de se recolherapresentando as suas ideias e os seus projectos à subconsciênciae assim a subconsciência trabalha sobre essas ideias de forma quena manhã seguinte há progresso em ordem à realização dessasideias. Talvez que se pergunte: porque é que o tempo de sono e osminutos que o precedem, são tão importantes? Penso que a mentehumana, tanto na sua parte cônscia como subcônscia não se podeocupar, simultaneamente, de duas coisas.

Depois, quando as luzes são apagadas e tu te preparas para osono, o objecto que está na tua mente aumenta de tamanho, aimpressão é mais viva e consequentemente penetra mais no nossoespírito. É preciso dar ao espírito, nos minutos que precedem osono, pensamentos de optimismo, de riqueza, de saúde e de amorpara se poder acordar bem disposto na manhã seguinte. Dirásmesmo: tenho mais um dia à minha disposição para ser alguém navida.

Carta da Semana: O Mágico, que significa Habilidade.Amor: Surpreenda os seus familiares e prepare-lhes um jantarespecial. É uma óptima forma de demonstrar o seu amor ecarinho.Saúde: Possíveis dores abdominais.

Dinheiro: O nervosismo tomará conta de si quando lhe delegarem umatarefa importante.Número da Sorte: 1 Números da Semana: 11, 13, 22, 10, 1, 8

Carta da Semana: 9 de Ouros, que significa Prudência.Amor: Evite descontrolar-se e fazer cenas de ciúmes.Saúde: O seu estômago estará particularmente sensível e épossível que venha a ter problemas.Dinheiro: Cuide dos seus negócios o melhor que conseguir.

Número da Sorte: 73 Números da Semana: 2, 7, 9, 4, 5, 1

Carta da Semana: Cavaleiro de Espadas, que significaGuerreiro, Cuidado.Amor: É possível que corra o risco de se magoar ao revelaros seus sentimentos de uma forma intempestiva.Saúde: Procure manter a calma e relaxe.

Dinheiro: Durante o dia de hoje exigir-lhe-ão muita diplomacia e paciência.Número da Sorte: 62 Números da Semana: 20, 30, 40, 4, 7, 11

Carta da Semana: Rei de Paus, que significa Força,Coragem e Justiça.Amor: Aceite os defeitos dos outros e lembre-se que ninguémé perfeito.Saúde: Procure ser mais consciencioso e responsável.

Dinheiro: Evite gastar dinheiro com objectos inúteis e dispendiosos.Número da Sorte: 36 Números da Semana: 41, 7, 45, 12, 39, 36

Carta da Semana: 2 de Copas, que significa Amor.Amor: Surpreenda o seu amor com uma noite muito especial.Saúde: Não deixe que nada perturbe o seu dia.Dinheiro: Procure ser directo e objectivo na apresentação

dos seus projectos.Número da Sorte: 38Números da Semana: 1, 9, 44, 2, 3, 7

Carta da Semana: 8 de Copas, que significa Concretização,Felicidade.Amor: Não tenha limites quando o assunto é amor. Ultrapassetodas as barreiras e entregue-se à paixão.Saúde: Procure estar mais atento às exigências do seu

organismo.Dinheiro: O seu orçamento semanal permitir-lhe-á fazer uma pequenaextravagância.Número da Sorte: 44 Números da Semana: 9, 10, 8, 2, 4, 1

Carta da Semana: Rainha de Copas, que significa AmigaSincera.Amor: Aja correctamente com um amigo a queminvoluntariamente prejudicou. Peça desculpas e tente remediara situação.

Saúde: Não abuse do tempo que passa de pé, pois pode ser prejudicialpara o seu sistema circulatório.Dinheiro: Procure ser sincero com um colega pouco dotado para otrabalho que está a desempenhar.Número da Sorte: 49 Números da Semana: 7, 17, 6, 20, 30, 21

Carta da Semana: 7 de Paus, que significa Discussão,Negociação Difícil.Amor: É possível que se sinta um pouco deprimido e desmotivadoo que poderá causar algumas desavenças com o seu par.

Saúde: Não se deixe abater por uma notícia menos agradável sobre asaúde de alguém muito próximo. Mantenha a calma e disponibilize-se paraajudar.Dinheiro: Demonstre a sua competência e profissionalismo.Número da Sorte: 29 Números da Semana: 41, 45, 10, 42, 38, 27

Carta da Semana: A Estrela, que significa Protecção, Luz.Amor: Cuidado com as relações ambíguas. Seja fiel.Saúde: Procure passar o dia descansado e evite preocupaçõesprofissionais.Dinheiro: A semana promete ser muito equilibrada a nível

profissional e económico.Número da Sorte: 17 Números da Semana: 18, 28, 32, 5, 9, 41

Carta da Semana: A Temperança, que significa Equilíbrio.Amor: Evite arranjar problemas para si e para aqueles que lheestão próximos.Saúde: Pense um pouco mais em si e dedique uma parte doseu dia a cuidar do seu bem-estar físico e psicológico.

Dinheiro: Seja prudente e tente dar o melhor num emprego novo.Número da Sorte: 14 Números da Semana: 7, 8, 1, 23, 9, 6

Carta da Semana: A Força, que significa Força, Domínio.Amor: Seja persistente e não desista de conquistar o amorda sua vida.Saúde: Durante o dia de hoje poderá sentir-se triste e deprimido

e por isso sentirá necessidade de estar na companhia dos seus amigos.Dinheiro: As condições são favoráveis ao investimento.Número da Sorte: 11 Números da Semana: 7, 10, 8, 2, 25, 35

Carta da Semana: O Papa que significa SabedoriaAmor: Seja moderado e controle o seu arrebatamento.Saúde: Hoje poderá ser dominado pelo nervosismo e pelaansiedade.Dinheiro: É possível que seja repreendido por um erro que

cometeu.Número da Sorte: 5 Números da Semana: 5, 10, 33, 41, 10, 2

A DIMINUÇÃO DA MEMÓRIAAmélia Oliveira-Vaz

Há já dois ou três anos quecomecei a perceber que tinhaperdas de memória. Até já meinquietei por algumas con-fusões. Devido às perdas deequilíbrio que me têm pro-vocado quedas graves, o meumédico enviou-me a um neuró-logo.

Do diagnóstico eu não faloaqui. Só vos digo que eu mepreocupo, como muitas pes-soas, com perda grave da me-mória. O neurólogo não deumuita atenção ao que eu lhedisse. Só me explicou que se melembro mais tarde do que tinhaesquecido, vivo as perdas dememória normais nas pessoas apartir de uma certa idade.

O que me tranquiliza é queeu comecei com este problemajá com idade avançada e quecontinuo a ler, a fazer palavrascruzadas em francês e em por-tuguês, a escrever para esteJornal e a colaborar para aRádio, embora com maioresespaços de ausência.

O que me consola mais nomeio dos meus variados proble-mas de saúde é que continuo aescrever poesia nas duas lín-guas com as quais resolvo aspalavras cruzadas.

Procurei ler sobre a dimi-nuição da memória e sobres osesquecimentos usuais. Lem-bro-me de escrever um poucopara pessoas que, com menosidade que eu, poderiam pre-ocupar-se com pequenos es-quecimentos.

Aos quarenta ou cinquentaanos podemos perceber que amemória diminui. Ouvi um pro-fessor que se reformou falar desi próprio. Ele disse que en-sinava Civilização Grega. Tinhatudo na memória, nunca sentiunecessidade de recorrer alivros ou a notas para dar osseus cursos. Sabia de cor todosos números de telefone dos seusalunos. Agora, só sabe de me-mória três números de telefone,incluindo o seu. Esqueceu aCivilização Grega que ensi-nava. Seria incapaz de ensinar.O que lhe acontece é que comoele estudou a língua grega,voltou a interessar-se em revera língua e passou a ter o prazerde ler autores gregos na línguaoriginal. Mas nem eu, nempossivelmente os que me lêem,vivemos tão grandes preocu-pações intelectuais.

É certo que os que estuda-ram mais e os que guardamatravés dos anos mais acti-vidade mental, guardam umamelhor memória.

Há um bom exercício para aspessoas de idade. Falar das suasvidas, de histórias do passado,de contos da sua juventude.Neste Jornal foram recente-mente relatadas duas entre-vistas com duas senhoras queultrapassaram os cem anos. Oaumento da perda de memóriacom a idade que avança é nor-mal. O que é necessário é umaadaptação às circunstâncias.Quem não esquece onde pôs achave da entrada ou outrachave?

A solução é arranjar um lu-gar na parede para pendurar assuas chaves.

Quem não esquece de fecharo calor do fogão eléctrico ou dogaz quando o jantar fica pronto?

Habituar-se ao costume quelogo que tudo esta cosido,retirar a panela para umredondo ao lado. Claro quedevemos fechar a electricidadeou o gaz mas pode acontecernão os fecharmos. Um outromeio é quando tudo está sobreo calor, baixar a fonte de calorpara acabar de coser. Assim ojantar não ficará queimado,pode é estar cozido de mais.Toma medicamentos e esquecese já os tomou? Compre umacaixa com compartimentos.Nas farmácias dão-lhe o nomede “dosette”.

Na véspera à noite ou demanhã ponha um comprimidoa tomar em cada pequenocompartimento da caixa. Se jápassou a hora do comprimido eele ainda lá está é porque não otomou. Assim não repetirá omedicamento nem arrisca anão tomá-lo.

Estou aqui a falar dos meusesquecimentos e a ensinar oque naturalmente outros sa-bem.

Escrever mesmo um artigode pouca importância é umbom exercício para mim, es-quecer o momento que passouou a palavra que se seguirá naconversação acontece a mui-tos.

Ler o que eu acabo de escre-ver e não se aborrecer é já umbom exercício para algunsleitores deste Jornal.

LeiaA Voz de Portugal

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ComunidadeNos 30 anos da Rádio Centre Ville

A festa por que tanto se esperavaTexto e fotos de António Vallacorba

A Rádio Centre Ville pôdefinalmente festejar condigna-mente a passagem do seu aus-picioso 30º aniversário, sábadopassado, no subsolo da IgrejaSanta Cruz, para o qual a co-munidade soube respondercomo lhe competia. (Comu-nidade…os seus fiéis ouvintes,claro)!

E festejou em grande estilo.Pelo menos em termos do nú-

mero de convivas presentes, daexcelente qualidade do espec-táculo e demais entretenimen-to geral – tudo na alegria e naharmonia que o momento re-queria.

Algumas 500 pessoas terãoassistido ao mui aprazível jan-tar-dançante, em que a refei-ção foi confeccionada pela equi-pa de José e Ângelo de Sousa eservida pelo Grupo de Jovensem Acção, da Missão Portu-guesa Santa Cruz.

O ambiente estava realmenteencantador, pleno de calorhumano e numa atmosfera dedecoração assaz elegante, dife-

rente até, graças à “inspiração”do Johnny e da Goretti, da“Flash Creations”.

Hoje é dia de festa,Cantam as nossas almas.Para a Radio Centre VilleVão as nossas salvas de palmas

Foi assim que o popular artis-ta, Fernando Correia Mar-ques, saudou a Rádio aniver-

sariante, depois de ter tidouma das suas mais memoráveisactuações artísticas. Com a-quele consagrado cantor, vin-do de Portugal, Jessica Amaro,de Toronto, e os artistas locais,Duarte Fróias, Tony Arruda,Kelsy Rebelo e o DJ X-Man,encheram a noite de muitamúsica e baile ainda mais con-corrido e divertido.

Embora sem desmérito paraos demais artistas, abrimosaqui um parênteses para a a-gradável surpresa que consti-tuiu a estreia do Tony Arruda.Natural de Vila Franca do Cam-po, foi acompanhado pela dupla

de dançarinas, Patrícia e Ma-ria.

Por outro lado, houve aindao aliciante de uma pessoa porcada mesa ter ganho, con-forme a cadeira em que sesentou, um sugestivo centro demesa, na forma de símbolosmusicais, com um disco de 45rotações e um CD; e o sorteio davenda duma rifa, de que foimais evidente o prémio que saiua José Carvalho, de uma via-gem a Portugal, gentileza daAgência de Viagens Algarve.

Nos demais prémios, estesforam para Teresa Rodrigues,Elvira Rebelo, Sónia Calisto eDina Valério.

Embora esta fosse uma festade aniversário, o seu objectivo

maior residiu na angariação depreciosos fundos destinados àRádio de todos nós. Só que, emse chegando à hora da ver-dade, o resultado final é o de umobjectivo colectivo, mas poucosforam os que trabalharam.

Foi, portanto e basicamente,um grande esforço da equipaportuguesa (leia-se lusófona),que teve e tem em Luis de Melo,o seu mais dinâmico e dedicadocolaborador.

A Rádio Centre Ville, umarádio comunitária multilinguede Montréal – lembramos - foifundada a 28 de Janeiro de1972. Inicialmente com cincoequipas distintas (daí a suadenominação original de CinqFM, 102,3), difunde hoje em

Francês, Inglês, Português,Grego, Espanhol, Creolo (Hai-tiano) e Chinês (Cantonês eMandarim).

Com mais de 300 voluntários,dos quais uma trintena de lusó-fonos, o seu objectivo foi e é deservir o Bairro St-Louis, dando,assim, voz aos sem voz. Natural-mente, difunde programaspara mais de quarenta comu-nidades culturais e onde todosos assuntos são abordados,quer em problemática sócio-económica, quer a da inte-gração das comunidades cultu-rais e, evidentemente, eventosculturais, artisticos e recrea-

tivos – sempre acompanhadospelo tema básico da música.

A par disso, aproveito, entre-tanto a oportunidade para sen-sibilizarar todas as pessoasinteressadas, que a equipaportuguesa procura voluntáriospara as posições de técnicos deemissão. Não se sintam, noentanto, desancorajados/aspor não terem experência, poisos nossos monitores facultar-vos-ão gratuitamente todas asnecessárias acções de forma-ção.

Para mais informações, de-vem ligar para o (514) 495.2597e falar com o Ricardo Costa.

Patrocinio de

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SociedadeO Rapto da infância

Manuel Louro

As crianças de hoje, dos des-doze anos consideram-se adul-tas, livres e autónomas, mas énecessário não esqueceremque têm tudo por aprender.

Ouve-se frequentemente:“Ai como os filhos crescemdepressa!...” Sim, hoje mais doque nunca, crescem e enve-lhecem tão rapidamente queparecem mini-adultos. A partirdos 10 anos, as crianças (princi-palmente as meninas) não seconsideram crianças; têm com-portamentos que eram, não hámuito, uma exclusividade daadolescência avançada: rela-ções sexuais cada vez mais pre-coces, utilização de armas defogo, a tal ponto que, nalgumasescolas primárias deste Conti-nente americano, foi neces-sário instalar detectores demetais.

Dá-nos a impressão de que otempo da infância não é mais afase da vida em que o ser huma-no “em formação” deve serprotegido contra a invasãoexcessiva da produtividademercantil.

Mas esta mentalidade não éfruto da “geração espontânea”;

os pais de hoje são o produtoda anarquia contra-culturados anos 60 que tantas doresde cabeça deram aos res-ponsáveis da educação (paise professores).

Quem se não lembra dosbarbudos e cabeludos, sujoscomo vagabundos, com os“jeans” (ganga) rasgadosque se sentavam em cimaduma mesa com os pés emcima da outra e tratavam osprofessores por tu, ao mesmotempo que mastigavam“gomme” (pastilhas?), arro-gantes e destemidos comobandidos, de que eu própriosou testemunha!

Eles legaram à posteridadeo que herdaram, o que erame o que fizeram.

Os jovens, não tendemaprendidos a “andar” quandocrianças, terão dificuldadeem caminhar como adultosresponsáveis, na sociedadede amanhã; têm os “pés defor-mados”; não viveram a infân-cia normal, a primeira etapada vida.

E porque se admite o prin-cípio de que as crianças sa-bem tudo, que são livres,autónomas e racionais, lo-gicamente, os pais nada têm aensinar-lhes; são elas queconduzem; apropriam-se dofuturo que no seu entender,por direito lhes pertence... enem os pais nem os profes-sores são capazes de resistir-lhes. Exemplo: há dois anos,uma raparigita de 10 anosmorreu ao comando do seuavião. “Ela queria pilotar!”disse a mãe no dia do seu fu-

neral!A Sociedade Americana acei-

tou o modo de ser e agir dainfância; é o produto coerentedos mitos do individualismo eda liberdade, com o direito depensar e julgar por si mesmo,de viver como melhor se enten-de, sem respeito por ninguém.

As sociedades Europeia eAsiática sabem ainda o que anossa sociedade americanaesqueceu, ou nunca aprendeuisto é, não esqueceram que énecessário educar as criançasde pequeninas e dar-lhes aquilode que necessitam: as regrasde vida que a Natureza tãosabiamente nos dita e que aténos animais ensinam aos seusprogénitos, por força do ins-tinto.

Quem propaga esta contracultura?

Onde estão os pais?Kay Hymowitz, afiliada ao

Instituto for American Valuesde pesquisa no domínio daEducação, no seu livro Readyor Not... afirma que a “máfia” doirrealismo dos especialistas(sexólogos, psicólogos, advo-gados, trabalhadores sociais...)é em grande parte responsávelda propagação da contra-cul-tura. Para eles a criança é umser racional autónomo; os psi-cólogos dizem que é precisodesenvolver a inteligência dacriança; e os pais pensam quequanto mais conhecimento obebé engole, mais brilhanteserá.

Deste modo, o desenvolvi-mento cognitivo tornou-se umfim em si, e a informação umaobsessão. Os sexólogos andamde escola em escola, com livrossobre o SIDA e os MTS!

Noutros tempos as criançasfaziam perguntas quando ne-

cessitavam, hoje são bombar-deadas pelo sexo (é como umaprovocação). A sexualidade eraantes uma história de adultos;hoje não, porque, por hipótese,as crianças são adultas.

Em Carolina do Norte (E.U.)um menino de seis anos quepersistia, na escola, em beijaruma menina, foi acusado deassediador sexual. Os advo-gados meteram-se no assuntoe o pequenito foi julgado nãocomo uma criança, mas comoum adulto.

Até as Faculdades e Depar-tamentos de Filosofia tiveramde criar (improvisar) mais umacadeira - a Filosofia da Sexua-lidade - para responder aospedidos.

Enquanto os pais recuam ascrianças avançam e escapamao seu controle. O tempo virou.Pais, adolescentes e criançasforam arrastados pela vaga dacontra cultura. Oh! As boasmaneiras dos tempos clássi-cos!... Onde estão elas? “Otempora! O mores”!

Dois terços das crianças ame-ricanas têm televisão no quarto.Olham o quê? Emissões deVIOLÊNCIA, ou ainda “paró-dias picantes” engraçadas paraadultos, mas não concebidaspara elas.

As crianças têm necessidadede inocência, de idealismo e deesperança, para poderem viveresta etapa da vida sobre a qualconstruirão o futuro.

Noutros tempos as peque-nitas brincavam com os vesti-dos e os sapatos das mamãs;

hoje, existem já no mercadovestimenta “sexy” para crianças(adolescentes-precoces?).

A pressa de crescer tornou-se urgente; a produção e oconsumo aumentam, e a clien-tela multiplica-se ( no fundo, /isso que se pretende); fala-se jáde modas deste género paracrianças de um a três anos… ascrianças decidem uma boaparte das compras de casa. Ospais entraram no movimentocomo “marionettes”.

O ideal dos professores queconsistia em educar e trans-mitir conhecimentos, é consi-derado como antiquado econstrangedor. É a época dasmúltiplas opções, dos projectos,da criatividade. Não se apren-de mais a ler, e escrever, acontar ou a desenhar… Ascrianças aprendem a “exprimir-se”, sem saberem o que dizemnem como dizem (faz-se pensarem certos animadores da rádioe da televisão). Não existemmais nem regras, nem princí-pios, mesmo os mais elemen-tares – é o anti-conformismo.

Esta forma de educação quereduz a cultura e os valorescomuns a uma série de infor-mações arbitrárias, a um saberencaixado nos armários dadespensa com gavetas em de-sordem, queima a fase da vidamais importante; cria seresvazios, apáticos, pobres e fracos,porque desprovidos dos valoresessenciais.

Dizia Platão: “O começo é emtudo o mais importante sobre-tudo quando se trata dos seresjovens e tenros. É principal-mente então que se façonam eque adquirem a forma que selhes deve dar”.

A sociedade construiu-sesempre sobre o passado e sobreo ideal comum dos povos. Hojehá ruptura.

O individualismo foi uma dasgrandes “invenções” da nossaépoca, mas já chegamos ao ul-tra-individualismo. Vê-se nosjovens um desinteresse totalpela HISTÓRIA e pelas coisaspublicas, e a melhor ilustraçãoé a desvergonha do ambiente.São estas crianças que maistarde nem vão votar porquenão se sentem “agarradas” àsociedade de que naturalmen-te fazem parte. Votar pela pri-meira vez é um acontecimentoimportante na vida – é a entradaoficial no mundo dos adultos.Mas os jovens não precisampassar por lá porque já o sãodesde pequenos. O pior é que,continuando neste caminho,nunca o serão.

Quando se tornarão adultos?Atrasa-se a idade do casa-

mento e o tempo de ter filhos.Porque não?... se a vida oferece,gratuitamente, mais prazeressem encargos!

Quando se tornam adultos?Certamente, só quando fo-

rem capazes de se responsa-bilizar por si e de quem elesdepende, quando forem capa-zes de se incorporar na socie-dade, quando forem capazesde aprender, viver e transmitiros verdadeiros valores huma-nos as gerações futuras.

DESCRICAO EXAGERA-DA? PENSO QUE NAO. EMESMO QUE FOSSE... A-TRAS DA CARICATURA HASEMPRE O DESENHO DAREALIDADE.

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Alma juvenil

CinemaniaAnedotas- Como é que vai o teu marido com as crises de sonambulismodele? - Já está curado. - Como assim curado? Que remédio lhe deste? - Despedi a empregada...

Num exame final de cirurgia, o professor pergunta ao aluno:- Por que é que os cirurgiões usam máscaras durante asoperações ?- Porque, se a operação correr mal, podem manter oanonimato.

Ao acordar nos cuidados intensivos de um hospital, Franzperguntou à mulher:- Onde estou ? Que foi que me aconteceu ?- Bom, estávamos naquela festa animadíssima; de repente,foste até à varanda e declaraste que ias mostrar-nos como éfácil voar.- E por que é que vocês não me impediram ?- Pensámos que ias conseguir.

Um contabilista respondeu aum anúncio para um empregobom nume grande firma.No fim da entrevista, o executivo disse: - Só mais uma pergunta: quantos são três vezes sete ? O contabilista pensou um bocado e depois respondeu: - Vinte e dois. Depois de sair pegou na calculadora e viu que devia terdito 21, concluindo que perdera o emprego. No entanto, duassemanas mais tarde foi chamado. Algumas semanas depois,perguntou ao executivo por que motivo o tinham escolhido,uma vez que ele dera a resposta errada. - A sua resposta era a mais aproximada - respondeu oexecutivo.

- O senhor está a impedir a passagem - disse o arrumador a umhomem estendido na coxia de um cinema. - Faça favor delevantar-se.O individuo não turgiu nem mugiu. O arrumador chamou ogerente, que intimou o homem:- Peço-lhe que saia já daí.O sujeito continuou deitado, sem responder. Então o gerentechamou a Polícia.- Levante-se ou tenho de levá-lo preso - disse o agente. - Masafinal de contas, como veio aqui parar ?Finalmente, o homem conseguiu mexer-se e disse:- Caí do balcão.

Uma loira telefona para casa de uma amiga:- Estou sim, é de casa da Margarida?- É a própria.- Olá, Própria, podias chamar a Margarida, por favor?

Perguntas estúpidasEdifício a arder, funcionários a correr para a saída deemergênciaA pergunta:- É incêndio?- Não, é a minha mulher a assar sardinhas!!!!!!

Já se descobriu porque é que os homens casam com mulheresloiras:- Para poderem estacionar no local dos deficientes.

Algumas diferenças entre os homens e as mulheres:Uma mulher preocupa-se com o futuro até ela arranjar ummarido. Um homem nunca se preocupa com o futuro atéarranjar uma esposa.

Instruções que aparecem escritas em alguns produtos deconsumo.Numa fileira de luzes de Natal fabricada na China: “Usar apenasno interior ou no exterior”.(Atenção, única e exclusivamente).

P: Sabem porque é que o Cristo Rei está de braços abertos?R: Para bater palmas quando o Sporting ganhar o campeonato.

P: Sabem porque é que o computador é do sexo feminino?R: Assim que você opta por um, qualquer que seja, gasta logometade do seu salário em acessórios para ele.

Vin Diesel traz-nos“Hannibal” em 2006

Depois de ter alcançado o estrelatocomo actor...

Vin Diesel prepara-se para estrear narealização de uma mega-produção,intitulada “Hannibal”. Sem ter qual-quer envolvimento com um tal de Dr.Lecter, psicopata canibal, “Hannibal” ésim uma biografia do general Carta-gineu com o mesmo nome, que noterceiro século A.C liderou um exercitode 100.000 homens contra Roma numataque surpresa e esmagador. Quandojá se tinha falado em Ron Howard (ABeautiful Mind) para dirigir o épico,surge agora Diesel, o proprio prota-

gonista do filme, afirmando que o irá realizar até por umorçamento bem mais baixo que o esperado.

Escrito por David Franzoni, o responsável por Gladiador,espera-se um épico com proporções imensas e com umimponente Diesel ao leme.

Os Tempos que Mudam«Os Tempos Que Mudam» conta

a história de Antoine (Depardieu),que chega a Tânger para supervi-sionar a construção de um centroaudiovisual, cujos prazos de exe-cução não estão a ser cumpridos.

Em Tânger volta a encontrarCécile (Deneuve).

Há trinta anos os dois amaram-se,separaram-se e não se voltaram aver. Cécile esqueceu Antoine, casouem Marrocos e reconstruiu a suavida. Partiu para a África do Norte eatravessou todas as provas de umarotina conjugal com Nathan, ummédico judeu marroquino, mais novo que ela. Os dois têm umfilho, Samy, que vive em Paris e que chega também na mesmaaltura para visitar os pais.

Já Antoine nunca conseguiu esquecer, nem curar as feridas.E agora tem apenas uma única ideia em mente: reconquistarCécile.

Million Dollar BabySonhos Vencidos

Frankie Dunn (Clint Eastwood), sempretreinou e geriu as carreiras dos melhoresboxeurs, numa vida passada no ringue deboxe. A mais importante de todas as liçõesque ensina a quem treina, é aquela queaplica na sua vida: protege-te a ti mesmo!

Na sequência de um doloroso afasta-mento da sua filha, Frankie revela uma jálonga dificuldade na aproximação aosoutros, e apenas lhe resta o amigo Scrap(Morgan Freeman), um ex-boxeur que

cuida do ginásio de Frankie e que sabe que debaixo daexpressão rude, está um homem que visita a Igreja há 23 anos,na procura de um perdão que o vai mantendo vivo.

É então que entra em cena, no ginásio de Frankie, MaggieFitzgerald (Hilary Swank), que sempre teve pouco da vida, masque ao contrário de muitos, sabe bem o que quer e tem adeterminação necessária para o alcançar. Numa vida deconstante luta, Maggie demonstra uma tremenda força devontade e, mais que tudo, deseja que alguém acredite nela e atreine.

Frankie foge da responsabilidade e desde logo tenta afastarMaggie dizendo-lhe que é demasiado tarde para a treinar. MasMaggie entrega-se ao treino no ginásio, apenas com o apoio deScrap, cativando Frankie lentamente, numa relação deinspiração mútua e partilha da dor do passado.

O que não sabem, ainda, é que terão de enfrentar um desafioque irá exigir mais coragem e alma do que podem imaginar.

Provérbios de Fevereiro- Neve de Fevereiro, presságio de mau celeiro.- O tempo de Fevereiro, enganou a mãe ao soalheiro.- Para parte de Fevereiro, guarda lenha no quinteiro.- Em Fevereiro, chega-te ao lameiro.- Em dia de S. Matias, começam as enxertias.- Aproveita Fevereiro quem folgou em Janeiro.- Quando não chove em Fevereiro, nem bom pão nem bomlameiro!- Aí vem meu irmão Março, que fará o que eu não faço.- Em Fevereiro, chuva. Em Agosto, uva!- Fevereiro coxo, em seus vinte e oito.- Fevereiro faz o dia, logo Santa Maria.- Lá vem o Fevereiro que leva a ovelha e o carneiro.- Entrudo borralheiro, Páscoa soalheira.- Em Fevereiro, cada sulco um regueiro.- Fevereiro seca as fontes ou leva as pontes.- Em Fevereiro neve e frio, é de esperar ardor no estio.- Fevereiro quente, não o vejas tu nem o teu parente.- Pelo S. Brás (3) a cegonha verás e se não a vires, o In-verno vematrás.

Mil vezes parabéns ao Tony ArrudaMaria Calisto

Luís Melo e amigos, organizadores do 30º aniversário da RádioCentre-Ville, estão de parabéns. Assistimos sábado passado a umafesta muito agradável com vários artistas talentosos. Tony Arruda,nova descoberta da comunidade e do ano surpreendeu-nos como seu talento escondido. Para uma primeira vez a actuar ao público,ele foi esplêndido. Ele terá muito sucesso com sua linda voz e suascantigas comovidas e mexidas. Artista simpático, um pouco tímido,mas sobretudo talentoso. Quanto aos outros artistas, Kelsy Rebeloe Elsy, o duo mais novo da comunidade com apenas 11 anos deidade, prometem muito. Duarte, antigo vocalista do duo Joe eDuarte, ainda não se esqueceu do que o povo gosta para mexer,mesmo se agora está actuando só. Jessica Amaro, vinda deToronto, é uma artista nascida. Fernando Correia Marques, vindode Portugal, é um brincalhão. Este artista tem um grande talentoe sabe fazer as pessoas rir, mexer e cantar (Burrito, ai ai burrito,ai ai burrito). Foi mesmo uma alegria e um prazer de ver esteartista. (Obrigado ao Eddy Silva!) É mesmo um prazer ver artistasportugueses talentosos e únicos. Não poderia acabar sem dizerparabéns a todos os cantores e sobretudo ao Tony Arruda que fezfuror. Para mim, foi ele a estrela da noite (força Tony!). A todas aspessoas presentes OBRIGADO porque sem vós este evento nãoteria tido lugar e a Rádio Centre-Ville não existiria. UmOBRIGADO MUITO ESPECIAL para as pessoas que conhecineste serão e que apoiam-me pela minha implicação tanto na rádiocomo neste jornal (a todos um sincero OBRIGADO).

Foto da semana

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Fevereiro de 2005 - Página

AGENDA COMUNITÁRIA

1 1

Vária

Filarmónica portuguesa de MtlA F.P.M. organiza, na sua sede, a Matança do Porco, no dia 26

de Fevereiro, pelas 19h00. Animação musical com discoteca daF.P.M. e com os DJ Mike The Mecanik e DJ Beat. Reserve osvossos lugares o mesas F.P.M:Tel. (514) 982-0688, 260, Rachel E.

Desportivo Clube Laval2º Aniversário

No dia 26 do corrente, pelas 19h30, o Desportivo Clube Lavalorganiza uma festa comemorando o seu 2º Aniversário, noCentro Comunitário N.S. Fátima de Laval, 1815, rua Favreau.

Para informações ou reservas de bilhetes, contactar:Luís Viveiros (450) 662-3215João Paulino Linhares (450) 669-3927

Portugal no CoraçãoO Consulado Geral de Portugal em Montreal informa que a

Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas através daDirecção Geral dos Assuntos Consulares vai organizar nocorrente ano mais um Programa “Portugal no Coração”, com oobjectivo de levar a Portugal cidadãos portugueses com mais de60 anos de idade, residentes fora da Europa e que, por razões deordem económica, não visitem o nosso País há mais de 10 anos.

O Programa é composto designadamente por:- viagem a Portugal e regresso ao país de residência;- estadia de duas semanas em Portugal, no regime de pensão

completa;- programa turístico e cultural.As datas fixadas para as duas edições são as seguintes:- 20 de Maio (entrega das candidaturas no Consulado Geral

até 8 de Março)- 20 de Outubro (entrega das candidaturas no Consulado Geral

até 30 de Junho) As fichas de inscrição e o regulamento encontra-se à

disposição dos interessados neste Consulado Geral.

SSales: português: “do castelo de Sales, Savóia, França”.Salete: francês: “nascida no castelo de Sales, Savóia, França”.Salomé: hebraico: “pacífica”.Samara: hebraico: “guiada por Deus”.Sampaio: aglutinação de São Paulo.Samuel: hebraico: “ouvido por Deus, seu nome é Deus”. Feminino:Samuela.Sanches: espanhol: “filho de Sancho, descendente de Sancho”.Sandra: abreviação italiana de Alessandra, Cassandra.Sandro: abreviação italiana de Alessandro.Santoro: italiano: “de todos os Santos”.Sara: hebraico: “soberana, princesa”.Schumacher: germânico: “fabricante de sapatos, sapateiro”.Sebastião: grego: “magnifico, sagrado, reverenciado”. Feminino:Sebastiana.Seixas: latim: “pedras, seixos”.Selene: grego: “lua, deusa da lua”.Selma: celta: “justa, limpa”. Masculino: Selmo.Sérgio: latim: “servo, o que cuida, protege”.Severo: latim: “sério, severo, grave”. Feminino: Severa. Variante:Severino.Sheila: forma irlandesa de Célia, Cecília.Shirley: anglo-saxão: “prado do distrito, do prado brilhante”.variante: Shirlei.Sidnei: inglês: “justaposição de Saint Denis, procedente SaintDenis, nascido em Saint Denis na França”. Nome unissex noBrasil.Silmara: germânico: “célebre pela vitória”. Variantes: Simara,Siumara.Silva: latim: “selva, floresta, mata”.Sílvia: latim: “filha da selva, nascida na selva, no mato”.Sílvio: latim: “nome de um filho de Enéas e Lavínia que nasceunum bosque”.Simeão: hebraico: “o escutado, o que se faz ouvir”.Simone: feminino francês de Simeão, Simão.Sofia: grego: “sabedoria, sapiência”. refere-se ao Espírito Santo.Variante: Sophia.Soraia: árabe: “estrela da manhã, refere-se ao planeta Vênus”.Variantes: Soraya, Suraia.Suely: germânico: “luz”. Variantes: Sueli, Soeli.Susana: hebraico: “lírio gracioso, a pura açucena”. Variantes:Suzana, Suzie.

TTaciana: variante de Tatiana, ou filha de Tasso. Masculino:Taciano.Tadeu: siríaco: “o amável, o amoroso”. Feminino: Tadea, Tadéia.Talita: araimaico: “mocinha, donzela, menina”.Tamara: árabe: “nome do fruto da tamareira”.Tânia: forma russa de Tatiana.Tarsila: grego: “coragem, confiança”. Variantes: Tarcila, Tarcila.Masculino: Tarcilo, Tarcílio.Tarsísio: latim: “de Thásos”. Feminino: Tarsísia.Tatiana: russo: “nascido da expressão infantil tata (papai).Telma: grego: “desejo, vontade”.Teobaldo: teutônico: “audacioso como o povo”. Variante:Theobaldo.Teodoro: grego: “presente de Deus”. Feminino: Teodora.Teresa: latim: “a natural da Ilha de Therásia”. Masculinos: Tereso,Terezo. Variante: Tereza, Tessa.Tiago: nome de um dos apóstolos de Cristo. variante: Thiago.Tobias: hebraico: “bom é Javé, Deus é o bom”.Tomás: aramaico: “gêmeo”. Variante: Thomás, Thomas.Túlia: celta: “pacífica, quieta”.Túlio: latim: “levar, levantar”.

UUbirajara: tupi: “senhor da lança, tacape”.Ubiratã: tupi: “tacape forte, rijo”.Uchoa: basco: “lobo”.Ulhoa: basco: “galinha”.Ulisses: latim, grego: “o odiado por Zeus, o irritado”.Umberto: variante ortográfica de Humberto.

VValber: germânico: “governador brilhante, ou urso dominador”.Valda: variante de grafia de Velda, feminino de Valdo ou deabreviação de Valdomiro, Valdemar. Variante: Walda.Valdemar: variante de grafia de Waldemar.Valdemiro: derivado de Wladimir, filho Wladimir.Valdete: justaposição de Valdemar, Valdomiro e Odete.Valdir: adaptação gráfica brasileira de Waldir.Valdomiro: o mesmo que Valdemiro.Valentino: latim: “natural de Valência”. Feminino: Valentina.Valério: latim: “que tem saúde, robusto, que é forte”. Feminino:Valéria.Valmir: teutônico: “eleito, escolhido, amado e brilhante”.Variante: Waldir. Variante: Valmira.Valquíria: escandinavo: “a virgem”. Nome de três ninfas oudeusas escandinavas.Valter: variante ortográfica de Walter.Vanda: polonês: “pequena vândala, andarilha”. Masculino: Vando.

Significado dos nomes

Um nome de muitos

Finalização na próxima edição

Consulado Geralde Portugal em Montreal

Informamos que a Direcção Regional das Comunidades doGoverno Regional dos Açores levará a efeito, de 15 a 23 de Julhode 2005 o ENCONTRO JOVENS 2005 – “SER É INFLUEN-CIAR”, que decorrerá nas Ilhas do Faial e Pico.

Trata-se de uma acção que se destina a jovens com idadescompreendidas entre os 21 e 30 anos, que provemdocumentalmente ser descendentes de açorianos, quetenham bons conhecimentos da língua portuguesa, estejamenvolvidos em projectos culturais de iniciativa comunitária e quenão tenham visitado os Açores, há pelo menos, 5 anos.

As fichas de inscrição e o regulamento encontram-se àdisposição dos interessados neste Consulado Geral e o períodode inscrição decorre até 15 de Março de 2005.

SARAU DE POESIA E MÚSICAPORTUGUESAS DOS AÇORES

Dia 24 de Fevereiro (quinta-feira) , das 17h30 às 20h00, naUniversidade de Montreal, pavilhão Claire-McNicoll (PavilhãoPrincipal) sala Z - 200, 2900, chemin de la tour - Edouard Montpetit.

A Direcção Regional das Comunidades do Governo Regionaldos Açores vai promover, em colaboração com os EstudosPortugueses do Departamento de Literaturas e LínguasModernas da Faculdade de Artes e Ciências da Universidadede Montreal, no dia 24 de Fevereiro (quinta-feira), das 17h30 às20 horas, na sala Z – 200 do Pavilhão Claire-McNicoll (antigoPavilhão Principal) da Universidade de Montreal, 2900, cheminde la tour- Edouard Montpetit (ver mapa do local, mais abaixo),uma sessão cultural designada Sarau de Poesia e MúsicaPortuguesas dos Açores, que pretende apresentar à comunidadeuniversitária dois poetas de origem açoriana, um a residir emVancouver, Eduardo Bettencourt Pinto e, outro, Luísa Ribeiroque se desloca, expressamente, da Ilha Terceira, onde mora,para participar neste evento. Complementarmente, AntónioVallacorba, Joviano Vaz, Cipriana Machado e Amélia de OliveiraVaz irão ler poemas seus. Luís Duarte, para além da interpre-tação de alguns temas do repertório musical açoriano,acompanhará musicalmente os poemas recitados. Contamosainda com a participação generosa e solidária de NatérciaRodrigues e do Grupo Recordações da Casa dos Açores.

Esta iniciativa visa a promoção e difusão da poesia e músicaaçorianas junto dos estudantes universitários dos EstudosPortugueses, em particular, e da comunidade luso-quebe-quense, em geral, apresentando-lhes um pouco da vasta criaçãoliterária, poética e musical da Região Autónoma dos Açores,dando-lhes, ao mesmo tempo, a conhecer a vida e os poemas dosescritores contemporâneos que irão apresentar-se em Montreal.

Honram-nos com a sua presença o dr. Carlos Oliveira, cônsul-geral de Portugal em Montreal e o dr. Francisco Salvador,conselheiro das Comunidades Portuguesas no Canadá.

Um Porto de Honra e será oferecido pelo restauranteportuguês Chez le portugais, do terceirense Henrique Laranjo.

Far-se-á, igualmente, o lançamento do número 5 do jornalLusógrafo, Diário de Bordo das aulas de Língua Portuguesa eCulturas Lusófonas, número dedicado à Literatura Portuguesacom destaque para a poesia produzida nos Açores.

EUA: Crescimento Fortee Inflação Controlada

A pequena frase que dá o título ao Comentário do Totta destasemana resume a visão optimista apresentada pelo Presidenteda Reserva Federal (o banco central) dos EUA, Alan Greenspan,no testemunho bi-anual perante o Congresso dos EUA.

Neste testemunho, realizado no âmbito da Lei do Banco Cen-tral, o Sr. Greenspan apresenta a visão da Reserva Federal sobreos desenvolvimentos recentes, bem como as perspectivas parao futuro próximo, em termos de crescimento, inflação edesemprego. A autoridade monetária dos EUA revela-sebastante satisfeita com a recuperação que a economia ame-ricana revelou após dois choques importantes, que a afectaramno início da década: a recessão de 2001, após o rebentamento dabolha especulativa nos mercados accionistas, e os atentadosterroristas do 11 de Setembro. Em 2004, a economia americanacresceu já acima da respectiva tendência de longo prazo, ou seja,acima da taxa de crescimento que ocorreria numa situação deutilização normal dos recursos trabalho e capital disponíveis.Essa tendência está estimada em torno de 3.5%, para a taxa decrescimento anual do PIB, sendo que em 2004 a economiaamericana cresceu 4.4%. Isso permitiu uma mais rápida reduçãodo desemprego, cuja taxa caiu para 5.2%, a mais baixa desde2001.

Por outro lado, e apesar da forte subida dos custos, sobretudoda energia, as empresas conseguiram aumentar a sua eficiência,o que lhes permitiu acomodar parte desses custos, e, emconsequência, a inflação (ou seja, a taxa de crescimento dospreços no consumidor) manteve-se controlada, em torno de1.6%. A medida de preços preferida pela Reserva Federal recorreaos dados trimestrais do consumo privado, que têm a vantagem,relativamente ao dado mensal do índice de preços noconsumidor (IPC), de acomodar alterações no padrão deconsumo. O cabaz do IPC é fixo (sendo normalmente revisto de5 em 5 anos) e não incorpora, por isso, alterações mensais nopadrão de consumo – por exemplo, se o preço de umdeterminado bem sobe, as famílias poderão deixar de consumiresse bem e passar a consumir outro, similar, e mais barato.

Adicionalmente, a Reserva Federal exclui da sua análiseclasses importantes, no peso que têm no orçamento familiar,como a alimentação e energia. A razão desta exclusão prende-se com a maior volatilidade destas componentes, sujeitas aperturbações por questões climatéricas, por exemplo.

Previsões OptimistasPara 2005, a Reserva Federal dos EUA estima que a economia

americana cresça entre 3.75% e 4.0%, ainda acima da respectivatendência de longo prazo. Este clima de crescimento forte deveprolongar-se por 2006, quando a economia poderá crescer,ainda segundo as previsões da autoridade monetária, 3.5%.

Este forte dinamismo da actividade deverá proporcionarcondições para uma estabilização da taxa de desemprego, emtorno dos actuais 5.2%, tanto em 2005 como em 2006.

Esta caracterização do mercado de trabalho reflecte-se emexpectativas (não publicadas) de ausência de pressões ao níveldos salários, o que, proporcionará um clima de estabilidade dospreços no consumidor. A Reserva Federal prevê que os preçosno consumidor (excluindo alimentação e energia) mantenhamritmos de crescimento controlados, em linha com os verificadosem 2004. Ou seja, para 2005 e 2006, as estimativas são de que ospreços cresçam entre 1.5% e 1.75%. Uma vez apresentado estecenário, o Presidente Greenspan não quis entrar em detalhessobre as implicações para a condução da política monetária –leia-se, para a evolução das taxas de juro. Deixou, no entanto,uma indicação, ao dizer que, sob a generalidade dos indicadoresdisponíveis, as taxas de juro se encontravam em níveishistoricamente baixos.

Resulta, daqui, que a autoridade monetária mantém comocenário central para a sua actuação a continuação do processoem curso de subida das taxas de juro. No entanto, com umcenário de alguma moderação do crescimento económico e deinflação controlada, não verá, por um lado a necessidade deacelerar o ritmo de subida face ao que tem caracterizado a suaactuação desde Junho de 2004. Por outro lado, não veránecessidade de que as taxas de juro tenham de alcançar níveissimilares aos verificados no final da década de 1990 (acima de6.5%).

Expectativas de MercadoA visão de pressões inflacionistas controladas resultou em que

a reacção de mercado ao discurso do Sr. Greenspan fosserelativamente reduzida. Analisando o comportamento das taxasde juro no dia da intervenção (16 de Fevereiro), verifica-se quehouve uma subida das expectativas de taxas de juro para o finalde 2005 e 2006, mas apenas reforçando a visão de mercado deque em Dezembro deste ano a principal taxa de referênciapoderá atingir 3.75% (face aos actuais 2.5%), enquanto no finalde 2006 essa mesma taxa poderá atingir o nível de 4.0%.

Alongando o horizonte de análise, não houve igualmentealterações significativas. O padrão de subida das taxas dereferência num horizonte de 5 anos subiu ligeiramente, masdeixa como referência o nível de 4.5% para a principal taxa dereferência no final desse período.

Obviamente, são perspectivas fundamentadas nas actuaiscondições económicas, as quais se vão alterando ao longo dotempo. Reflexo dessa incerteza é a própria caracterização que aReserva Federal faz da sua actuação no futuro, ligando-a aosdesenvolvimentos económicos.

Comentário económico

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Fevereiro de 2005 - Página 1 2

Guia do ConsumidorCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLAR

CANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGAL

EM 22 FEVEREIRO 20051 E U R O = 1 . 6 2 5 41 E U R O = 1 . 6 2 5 41 E U R O = 1 . 6 2 5 41 E U R O = 1 . 6 2 5 41 E U R O = 1 . 6 2 5 4

AGÊNCIAS DE VIAGENSALGARVE681 Jarry Est 514.273.9638

CONFORT4057 Boul. St-Laurent 514.987.7666

HISPANO-LUSO220 Rua Rachel Est 514.849.8591

LATINO177 Mont-Royal Est 514.849.1153

LISBOA355 Rachel Est 514.844.3054

TAGUS4289 St-Laurent 514.844.3307

ASSOCIAÇÕESE CLUBESAss. Angolana de Montreal 313-6465Associação N. S. de Fátima(Laval) 681-0612Associação Portuguesa do Canadá 844-2269Associação Portuguesado Espírito Santo 254-4647Associação Portuguesa de Lasalle 366-6305Associação Portuguesade Ste-Thérèse 435-0301Caixa de Economiados Portugueses 842-8077Casa dos Açores do Quebeque 388-4129Centro de Ajuda à Família 982-0804Centro Português de Referência 842-8045Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550Clube Oriental Português de Montreal 342-4373Clube Portugal de Montreal 844-1406Grupo Folclórico Campinosdo Ribatejo 353-3577Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634Ass.Port.West Island 684-0857Português de Montreal 739-9322Sporting Clube de Montreal 499-9420Sport Montreal e Benfica 273-4389

Consulado Geralde Portugal

2020 Rua University, suite 2425Montreal (Québec) H3A 2A5

Tel.: 514.499.0359HORÁRIO DE ABERTURA

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URGÊNCIASE SERVIÇOS PÚBLICOSAmbulância 842-4242Clínica Portuguesa Luso 849-2391Polícia 9-1-1Bombeiros 872-1212Hospital Hôtel-Dieu 844-0161Hospital Royal Victoria 842-1231Hospital Ste-Justine 345-4931Hospital Ste-Jeanne-d'Arc 842-6141Hospital Montreal para Crianças 934-4400Serviço de Auxílio aosEmigrantes(SANQi) 842-6891Sun Youth, Serviços de Urgência 842-6822

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CH TVPortugalíssimoRádio Centre-VilleRadio Clube Mtl.TVPM

514.522.4150514.483.2362514.495.2597514.849.9901514.993.9047

Igreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

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AGENDA COMUNITÁRIAIgreja St-Vincent Ferrier

Realizar-se-á no salão da Igreja St-Enfant-Jesus (5035 rua St-Dominique), no dia 5 de Março, pelas 19h00, um jantardançante, animado pelo conjunto Joe & Duarte e D.J. Jeff, J.G.Night Productions, para angariar fundos para a reparação daIgreja St-Vincent Ferrier.

Para mais informações contactar: Sr. Padre Carlos Dias(514) 382-0128, Duarte Faria (514) 388-9152, Sílvio Machado(514) 594-1530 Padaria Lajeunesse (514) 272-0361

Clube oriental português de MtlO Conselho de Administração do C.O.P.M. pede que seja

anunciado no nosso jornal o seguinte:O Clube Oriental realiza no dia 26-Fev.-2005 o Baile de

Carnaval, abrilhantado pelo conjunto Tropical, será servidojantar. Para mais informações contactar pelo tel. (514) 342-4373

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

Agradeço ao Sagrado Coração de Jesus pela graça recebida.Que o Sagrado Coração de Jesus seja louvado, adorado eglorificado através do mundo. E por todos os séculos dosséculos, Amén.

Fazei esta oração durante nove dias e recebereis a graçapedida, mesmo parecendo-vos impossível. Não vos esqueceisde agradecer a Jesus e seu Pai Celestial com promessa depublicação pelo favor obtido.

A.S.

COM POESIA FIZ MAGIADe um raio de sol fiz VerãoDe um charco eu fiz o mar,De uma pedra, fiz uma ilhaDe um grão de trigo fiz pão,De erva fiz uma árvoreCom terra um Continente.De um pássaro fiz avião,De floco de neve fiz florDe uma rosa fiz beleza,De sorriso eu fiz amorDo azul do Céu Paraíso,Com dor, eu fiz a tristeza.

Amélia Oliveira-Vaz

Centro de Ajuda à FamíliaCursos de informática: Introdução aos ComputadoresEncontram-se inscrições abertas para cursos de informática

a começar no mês de Março. Acessível para todos comprioridade para os utentes do Centro. Para às inscriçõescomunicar através do 514-982-0804, ou por [email protected]

Projecto Ler ConsigoA Associação de Professores de Português (APP)-Portugal

está a convidar professores de português a organizarem sessõesde leitura, com convidados exteriores à escola, na semana 14 a18 de Março de 2005.

O objectivo é promover a leitura. Em 2004 um grande númerode escolas, em Portugal e nas COMUNIDADES PORTU-GUESAS espalhadas pelo mundo, aderiu a este projecto. Se forprofessor de português no estrangeiro, convide um antigoaluno, um encarregado de educação, um dirigente associativo,um funcionário do estado português ou um estrangeiro fluenteem português a vir ler um texto na sua sala de aula. Se conhecerum professor, por favor, informe-o deste projecto. Em qualquerdos casos visite a página da APP (www.app.pt) e leia adocumentação sobre o Projecto “Ler Consigo” bem como asleituras que em 2004 ocorreram em 60 concelhos portugueses,na África do Sul, Espanha, França e Suiça. Veja como oEngenheiro Belmiro de Azevedo e o presidente da Assembleiada República leram nas escolas que frequentaram quando eramalunos ou perto do seu local de trabalho, veja como Pauleta e aEmbaixadora da Letónia em Paris foram ler, em português, aoLycée International de Saint Germain-en-Laye.envio mais umcomunicado de interesse:

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Fevereiro de 2005 - Página 1 3

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VáriaConcurso de quadras populares

I. Em cada um dos próximos três jornais (23 de Fevereiro,2 e 9 de Março) serão publicados duas quadras popularesfaltando a cada uma o ultimo verso.

II. As respostas escritas, isto é, o último verso de cada umadas seis quadras, deverão ser recebidas (por mão própria, cartaou fax) em A VOZ DE PORTUGAL, 4231 Boul. St-Laurent,Montréal, Québec, H2W 1Z4, fax: (514) 284-6150, até ao dia 14de Março.

III. No dia 23 de Março, A VOZ E PORTUGAL publicará onome de todos os que enviaram as seis respostas certas.

IV. Em caso de igualdade o vencedor será decidido por meiode sorteio e terá como prémio um livro de Língua Portuguesa,oferta da Escola Secundária Lusitana.

1. Com três letras apenasEscreve-se a palavra “mãe”É das palavras pequenas... ... ... ... ... ... ... ... ...

2. Eu vi minha mãe rezarAos pés da Virgem Maria.Era uma Santa a escutar... ... ... ... ... ... ... ... ...

Nova associação na paisagemlusófona de Montreal

Miguel FelixA Universidade do Quebe-que em Montreal (UQAM) tem agora

uma nova associação de estudantes lusófonos. Foi uma iniciativade estudantes que têm o orgulho de conhecer a língua portu-guesa. Esse projecto, que existia em pensamentos e sobre papel,é hoje uma realidade material da universidade.

A associação estudante de lusófonos é uma associação deestudantes da UQAM que falam português. Os seus objectivos sãosimples: ser o encontro de estudantes lusófonos universitários, sero veículo da cultura lusófona e fazer a sua promoção na uni-versidade. Esses objectivos são nobres e são interessantes na ideiaporque a lusofonia é pouco conhecida.

A sede da associação está situada no local DS-3125 do pavilhãoDeSève. Actualmente, a sua presidente é Paula das Neves.Esperamos que essa associação terá uma vida feliz e um apoiosignificativo da comunidade luso de Montreal.

O mestre da PaciênciaSusana Sequeira

Este texto é de autor desconhecido, mas tem uma verdade queninguém pode contradizer. Pois, tudo quanto os outros disserem,se você souber que não é verdade, você vale mais do que os outrospodem dizer mesmo se são os piores insultos do mundo. Mais valeter paciência e deixar passar do que pegar por tudo e ficar amargona vida.

O Mestre da PaciênciaConta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da

paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde,um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceucom a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitouo desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumaspedras em sua direcção, cuspiu em sua direcção e gritou todos ostipos de insultos. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas ovelho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se jáexausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se.

Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como elepudera suportar tanta indignidade.

O mestre então perguntou:-Se alguém chega até você com um presente, e você não o

aceita, a quem pertence o presente? A quem tentou entregá-lo,respondeu um dos discípulos. O mesmo vale para a inveja, a raivae os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo aquem os carregava consigo. A sua paz interior dependeexclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir...

A lingua de CamõesVictor Hugo

No meu apontamento da semana passada, onde analisei asituação em Portugal, eu concluía dizendo que é necessáriopreservar a língua portuguesa. Penso que o que mais define eidentifica as pessoas são as suas tradições, a cultura e acima de tudoa língua.

Poderíamos citar muitos exemplos de povos que tudo têm feitopara defender a sua autonomia e a sua língua. Recordemos o casode Timor e mais concretamente aqui entre nós, o grande esforçoque o Quebeque faz para que o francês seja salvaguardado.

Quando cheguei ao Canada, para que a minha integração fossemais fácil nesta terra que me acolheu e onde decidi ficar a viver,primeiro aprendi o francês, a seguir o inglês, e até o italiano queera a língua do trabalho. Com os meus filhos que aqui nascerame já estavam integrados, mandei-os aprender português etransmiti-lhes o gosto de Portugal e dos portugueses. Agoraesforço-me para fazer o mesmo com os meus netos. Nas viagensque já fiz, mais do que o prazer de conhecer, tenho tido o prazerde comunicar e divido as horas na praia com o conhecimento daspessoas e dos seus costumes. É pena que muitos jovens des-cendentes de portugueses, não falem a nossa língua. É evidenteque aprender o português exige sacrifício e força de vontade e issonem sempre se traduz em dinheiro. Mas como diz o ditado, nemsó de dinheiro vive o homem?

Quando analisamos aquilo que as pessoas fazem, normalmentedizemos que é ânsia de poder, vaidade, desejo de seremimportantes, ou ainda outros motivos, e com isso vulgarizamos oque eles fazem. Mas a verdade é que as obras só aparecem quandoalguém as faz, senão ficam somente nas intenções. Em todas ascomunidades existem os líderes, os que eu comparo a um comboiode mercadorias. Há umas centenas de carruagens, mas à frente,tem que haver uma locomotiva que os puxa, senão o comboio nãoavança.

No meu passatempo de hoje, quero fazer justiça e elogiar aquelesque se dedicam a ensinar o português aos jovens da nossaComunidade. Em primeiro ao professor José Barros que desde 34anos tem dado muitas horas à Escola Santa Cruz e à EscolaLusitana, aos professores e a todos os que têm colaborado nestabela cruzada. Não sendo um grande desportista, nunca corri atrásdas medalhas e se não gosto de as receber, ainda menos de as dar,mas acho que fazer justiça a quem merece, até deve ser normal,e como diz a bela frase: “Dai a César o que é de César e a Deus oque é de Deus”.

E em nome dos alunos da nossa classe, quero agradecer ao ZéBarros, de partilhar connosco os seus muitos conhecimentos dehistória, uma das facetas que eu lhe desconhecia, e que considerocomo um Hermano Saraiva, em ponto mais pequeno.

Sonda europeia localizamar gelado em Marte

A imagem recolhida pela sonda espacial europeia Mars Expressparece ser finalmente a prova de que os cientistas precisavam paradar como certa a existência de água em Marte. No pólo Norte doplaneta vermelho foi localizada uma densa capa de gelo submersa.

As novas observações dasonda europeia Mars Expresssugerem a existência de ummar a 5 graus Norte do Equa-dor de Marte. Esta será muitoprovavelmente uma das maio-res descobertas há muito espe-rada pela comunidadecientífica. Escondido na imensacapa de gelo, é bem possívelque esta suposta grande mas-sa de água, detectada nas ima-gens enviadas pela CâmaraStereo de Alta Definição daMars Express, seja a prova deque os cientistas precisam parafinalmente justificarem o quehá muito têm vindo a defender.

Michael Carr, especialista doUS Geological Survey, emMenlo Park, na California,lembrou à “New Scientist” quejá se sabia “de onde teria vindotoda aquela água” , depois deterem sido localizadas diversasformações montanhosas noplaneta, nas quais foi possívelobservar a influência da águana definição do relevo (na foto).“Conseguimos identificar osvales cravados pela passagem daágua a partir daquela área [póloNorte de Marte]” , anunciouMichael Carr. Segundo o pró-prio, é provável “que o gelo aindalá esteja retido no subsolo, prote-gido pela camada vulcânica” ,sugeriu à “New Scientist”. Estaé também a opinião de BillBoynton, da Universidade doArizona. Para este investiga-dor, uma outra imagem reco-lhida pela sonda Mars Odissey

da NASA revela a existência dehidrogénio no pólo Norte deMarte. Boynton defende que aágua estará distribuída unifor-memente, e acredita que “em

praticamente qualquer lugarnessas latitudes [nas regiõespólares de Marte] bastará cavaralguns centímetros para que sejapossível encontrar gelo” , sus-tentou à revista “Science”. Aequipa de investigadores lide-rada por John Murray, da OpenUniversity, no Reino Unido,relatou à New Scientist queesta vasta massa de água gela-da submersa deverá ter entre800 a 900 quilómetros de ta-manho e uma profundidade de,aproximadamente, 45 metros.Estas novas e surpreendentesrevelações serão apresentadasno próximo dia 18 de Março poraltura da realização da Confe-rência sobre Ciência Planetáriae Lunar no Texas, EstadosUnidos.

Esta é talvez uma das gran-des notícias esperadas porvários especialistas na matéria,depois de se ter amplamentediscutido e apresentado inú-

meras teorias sobre a exis-tência de água em Marte.Ainda na semana passada, orobot espacial da NASA reco-lheu uma rocha perto das coli-nas Columbia que, segundoSteve Squyres, director damissão Spirit / Opportunity aMarte, parece ser “a provaconcreta da existência de água”em Marte. Também VittorioFormisano, investigador doInstituto de Física e CiênciaInterplanetária, em Roma, sebaseou nas imagens recolhidasrecentemente pelo telescópioespacial Hubble, para defen-der que, no planeta vermelho,existe mais metano do que seimagina. Como tal, aquele espe-cialista recusa-se a descartar apossibilidade de existir vida emMarte.

Agora, mais do que nunca, adiscussão sobre a existência deágua em Marte parece tomar

forma. As múltiplas marcasdeixadas na topografia do pla-neta indiciam a existência da-quele precioso líquido. É pro-vável que, na primeira mis-sãohumana a Marte, defen-didapela administração Bush, possaser tirada a verdadeira “provados nove”. Até lá, tanto a a-gência espacial norte-ame-ricana, NASA , como a agênciaespacial europeia, ESA , têmdesenvolvido esforços paraque, pelo menos, o debate nãoesmoreça.

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Viva o futebolMario Jardel – mais um capitulo

Mais um capítulo na atribuladacarreira de Mário Jardel. O avan-çado brasileiro rescindiu contratocom o Alavés, clube da 2ª Divisãoespanhola, depois de ter chegadohá cerca de um mês para con-quistar o seu espaço e poder fazeraquilo que mais gosta: marcargolos. Mas nada feito.

O jogador optou pela saída faceao impasse criado pelo Newell¿sOld Boys. O clube argentino nun-ca enviou o certificado inter-nacional do jogador, pois alegaque Jardel nunca deveria terrescindo por alegados salários ematraso.

«Durante as últimas semanasesperámos que se resolvesse o conflito pendente entre o jogadore o Newells Old Boys. Mário Jardel, por iniciativa própria, decidiuabandonar o Alavés e regressar ao Brasil», revelou, emcomunicado, o presidente do clube espanhol, Dmitry Piterman.

Depois de ter abandonado o Sporting, no final da época 2002/03, Jardel nunca mais conseguiu relançar a carreira que fez deleum dos mais temíveis avançados do mundo.

Académica: é para valer?Adivinha: qual é a equipa qual é ela que conseguiu duas vitórias

nas duas últimas jornadas?Resposta: a última classificada.Nesta Superliga acontece isto, a Aca-

démica, que tem de olhar para cimapara conseguir ver os outros, possui amelhor série de vitórias em curso. Sãosó duas seguidas, é verdade, mas nãose pense que está longe do melhorregisto da temporada: quatro.

Bastaram dois golos do reforço deInver-no, Marcel, para os estudantesreco-meçarem a pensar em ficar entre

os melhores.Dois golos marcados, nenhum sofrido. Um excelente registo nos

dias que correm. E o «regresso» de um clube que parecia perdidopara a Superliga. Será para valer

O árbitro estava bêbado, claroTinha acabado de expulsar quatro jogadores do jogo entre o

Voran Ohe e o Fatihspor, do campeonato alemão da 2 divisao,reagiu mal a algumas manifestações de descontentamento e quaseentrava em confronto físico com público. Dizer-lhe que estavabêbado deve ter sido, por isso, a ofensa menos insultuosa que lhefoi dirigida. Pois não é que dito árbitro estava mesmo bêbado? Aconfirmação veio logo no final do jogo, pela voz da própria políciapresente no local do jogo. As forças da autoridade esperaram queo árbitro abandonasse o estádio no seu próprio carro, fizeram-lheo teste do balão e o resultado foi inquestionável: tinha uma taxa dealcoolémia no sangue cinco vezes superior ao permitido.

Adeptos condenados a prisão pordistúrbios ,um exemplo para Portugal

Quatro adeptos do Olym-piakos, primeira divisão grega,foram condenados a penas deprisão pelo tribunal devido adistúrbios provocados no jogocom o Ergotelis Creta, da 19ªjornada do campeonato. Doisdos adeptos foram julgados porcrimes de arremesso de objec-tos, violência física, posse deobjectos perigosos e alteraçãoda ordem pública e conde-nados a 12 meses de prisão, e osoutros a 15 meses, segundofonte judicial. Além das penasde prisão, os réus terão ainda depagar multas no valor de trêsmil euros.

Djalminha pôsfim à carreira

O brasileiro Djalminha, anti-go internacional, anunciou ofim da sua carreira profissional,que começou há 16 anos e naqual marcou 166 golos em 524jogos disputados. O médio, 34anos, disputou o seu últimojogo no segundo semestre de2004, depois de rescindir ocontrato com o América doMéxico, no qual teve uma passa-gem frustrante de três meses.Sem poder manter o seu ha-bitual estado físico, o brasileiro,que representou a selecção doseu país em 14 ocasiões, apenasjogou de forma oficial com oclube durante 170 minutos. Acarreira de Djalminha teve oseu auge na equipa galega doDeportivo da Corunha, com oqual conquistou quatro títulosem seis épocas. O mais signi-ficativo foi o campeonato espa-nhol de 1999/2000, no qualmarcou dez golos em 31 encon-tros. O médio foi lançado profis-sionalmente no Flamengo pelotreinador Telé Santana.

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Viva o futebolEncarnados vão ao dragãocom os mesmos pontos do Porto

O Benfica conquistou umtriunfo importante para a luta

dos pontos, mas foi encostadoàs cordas por um Vitória de

Guimarães muito perigoso,ambicioso e perdulário. O espí-rito de sacrifício e o empenhodos encarnados também serevelaram decisivos para odesfecho da partida.

Nesta jornada, comprovou-sea dificuldade que os líderes - émelhor designar assim todos oscinco da frente, tal a velocidadea que eles vão alternando notopo - sentem para somar doistriunfos consecutivos. Os úni-cos que tinham ganho há umasemana, Sporting e Boavista,acabaram por se dar felizes comos respectivos empates. Istoporque o Leiria dominou oSporting até ao intervalo e o RioAve vencia mesmo o Boavistaquando chegou o descanso. Láacabaram por deixar fugir o FCPorto e o SL Benfica, o que se iaadivinhando depois de Cou-ceiro ter atingido aquela estra-nha marca de em sete pontossomados pela sua nova equipaseis tê-los ganho fora...

CuriosidadeHá um novo campeonato

emotivo na SuperLiga. Se nafrente estão cinco a correr pelotítulo, nas traseiras há agoraseis a fugir às aflições. E umsexteto bastante equilibradodepois de a Académica, com-provando que investiu bemuma pequena fortuna em Mar-cel, ter somado o segundo triun-fo seguido com golos do novoponta-de-lança, de o Beira-Marter somado o segundo empateconsecutivo, o Moreirense terigualmente ganho um pontoem Setúbal e o Estoril ter batidoo Penafiel. Além deste último,também o Gil Vicente não terámotivos para sorrir. Apenasquatro pontos separam o sex-teto.

Taça UEFAFeyenoord-Sporting:Sem Polga, Beto e Custódio e Tiago

Como se já não bastassem osproblemas de José Peseiro, oguarda-redes Tiago lesionou-see não pôde ser convocado paraa partida de quinta-feira, emRoterdão, Holanda, frente aoFeyenoord, a contar para asegunda mão dos 16 avos-de-final da Taça UEFA. O técnico,sem os centrais Polga e Beto,ambos lesionados, terá de “re-mendar”, mas causou algumasurpresa a chamada do jovemdefesa Miguel Veloso. Tam-bém Douala, que há mais deum mês não joga, pois foi opera-

do a uma hérnia inguinal, estána lista de escolhidos, assimcomo Tello e Miguel Garcia.Problema com difícil solução éa ausência de Custódio, expulsono jogo da primeira mão, emAlvalade e que os leões vence-ram por 2-1. Esta margem van-tagem terá de ser defendidacom unhas e dentes e Peseirovê afastados alguns dos seusvalores mais seguros. Recorde-se que Peseiro não orientará osseus homens do banco, poistambém foi castigado pelaUEFA que, dando cumprimen-

to aos regulamentos, não oautoriza sequer a deslocar-seaos balneários. Depois do trei-no na academia de Alcochete,Peseiro divulgou a lista deescolhidos, em que não cons-tam os pontas-de-lança Pinilla eMota. Convocados: Nélson,Ricardo, Hugo, Enakarhire,Miguel Garcia, Mário Sérgio,Paíto, Rui Jorge, Miguel Veloso,Rogério, Carlos Martins, PedroBarbosa, Tello, Rochemback,João Moutinho, Hugo Viana,Niculae, Sá Pinto, Douala eLiedson.

Liga dos CAMPEÕES - FC Porto-Inter de Milão:

Ausências de peso, mas regressam McCarthy,Maniche, Seitaridis e Pedro Emanuel

O FC Porto trabalhou noEstádio do Dragão, o últimotreino antes da partida com oInter de Milão, referente àprimeira mão dos oitavos-de-fi-nal da Liga dos Campeões. Co-mo UEFA obriga, os primeiros15 minutos foram abertos aosjornalistas. Assim, pôde-se vertodo o plantel junto, mesmo osjogadores que não alinharão, afazer o aquecimento. Depois, ocostume, isto é, todos para arua, que a hora é de concen-tração e muitos segredos epormenores para afinar. Jorge

Costa iniciou os trabalhos comos companheiros, mas, apósaqueles primeiros 15 minutos,não se sabe o que se passou. Dequalquer forma, o capitão, aptoou não, nunca podera jogar porestar castigado, assim como obrasileiro Diego. Para alémdestes dois, também Leo Limanão esta convocado, dado quejá esta época alinhou numaprova da UEFA, ao serviço doMarítimo, assim como Ibson,que não está inscrito. Leandrodo Bonfim, mesmo que nãotivesse jogado esta temporada

numa competição europeiaestaria sempre de fora, poisainda não resolveu a sua situa-ção com o PSV, Holanda. Asboas novidades para o técnicoJosé Couceiro são os regressosde Maniche, Pedro Emanuel,McCarthy e Seitaridis, com osquais não tem podido contar,por estarem castigados, para osdesafios da Superliga. Comestes quatro jogadores, a equi-pa tornar-se-á, certamente,mais forte e coesa.

Liga dos CAMPEÕES - FC Porto-Inter de Milão:José Couceiro: “Temos de impor as nossas capacidades”

Ao vê-lo, a José Couceiro, naconferência de Imprensa, nin-guém diria que faz hoje a suaestreia à frente de uma equipana Liga dos Campeões, e logocontra o poderoso Inter deMilão. Sorridente, respostarápida e a dizer mesmo que a

partida e a estreia não lhe tiramo sono, José Couceiro deu umaimagem de segurança e cons-ciência das próprias forças, quetodos esperam se estenda àequipa, aos jogadores que en-trarão em campo. Reconhe-cendo que a formação italiana

é muito eficiente no ataque,onde pontificam nomes comoAdriano, Vieri ou Júlio Cruz,Couceiro garantiu que nãohaverá marcações individuais.“O Inter tem um sistema forte-mente ofensivo. Em todos osjogos tomamos muitos cuida-dos defensivos e vamos fazê-lo,mas o FC Porto não fará nenhu-ma marcação individual”. Adescontracção de José Cou-ceiro não passou despercebidaaos jornalistas, portugueses eitalianos e o técnico satisfez acuriosidade: “Não estou mini-mamente nervoso por ser aminha estreia na ChampionsLeague, alguma vez teria de sera primeira. Não, nunca durmomal, não tenho esse problema”.No mesmo tom, Couceiro, semminimizar o adversário, semarrogância, não podia ser maissimples e directo ao abordarqual será, ou qual terá de ser, apostura dos dragões: “Temosde impor as nossas capaci-dades”. Veron disse, em Itália,não conhecer nenhum jogadordo FC Porto. Uma forma demenosprezar e tirar impor-tância à equipa com que tem dese bater em dois jogos, assimcomo quem diz “tão fácil comomudar os cueiros a um bebé”,esperando que a sobranceriatenha algum efeito no estado deespírito dos dragões. José Cou-ceiro não deixou passar emclaro: “Não admito que Veronnão conheça nenhum jogadordo FC Porto. Admito que nãome conheça a mim, mas nãoadmito que não conheçanenhum jogador do FC Porto, aequipa campeã europeia. A nãoser que não goste de futebol”.

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