2005-03-16 - jornal a voz de portugal

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Ano XLIV • Nº 11 email: [email protected] WWW . AVOZDEPORTUGAL. COM 16 de Março de 2005 GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 Cont. na pág. 2 Cont. na pág. 2 Nesta edição Opinião p. 5 Apresenta a poetisa Luísa Ribeiro p. 7 “Benfica” sem futebol p. 7 A Mulher-mulher e a Mulher-Mãe p. 8 Anedotas p. 10 Doença bipolar afectiva Um caminho com retorno p. 11 Rivalidade ou igualdade? p. 14 Dia de São Patrício p. 14 Servir e servir-se *Benjamim Silva Há dias falava com alguns alunos sobre a complexidade e dificuldade da Língua Portuguesa. Creio que os sensatos estão comigo – quanto mais se estuda mais complexa a acha- mos... mas não menos bela! Ora reparem no título: como aque- le “se” altera tudo! Diz a gramática que “quando a acção praticada por uma pessoa, em vez de transitar para uma outra pessoa, recai sobre ela própria, devemos dizer que se trata dum velho reflexo”. Contin- uando nesta ordem de pensamento e observando o mundo que nos rodeia, fácil é concluir que nos dividimos em três grupos distintos: os que servem os outros, os que se servem a si mesmo e os que servem e se servem. Também é evidente que é diminuto o número dos primeiros, que os segundos não dominam (fe- lizmente!) e que os terceiros, a grande maioria, apresentam uma variabilidade de acordo com o binó- mio de altruísmo/egoísmo existente em cada indivíduo, oscilando entre o que muito serve e pouco se serve, até aquele que pouco serve e muito se serve. Temos que partir destas verdades à Mr. La Palice se qui- sermos continuar e alargar a proble- Mais uma atleta luso-canadiana acaba de ser distinguida com um prémio no desporto. Trata-de da Maria José Raposo, 23 anos e estudante de Sociologia na Universidade Concórdia. Segundo declarações prestadas a este jornal, o galardão “Sylvia Swee- ny” foi-lhe conferido em Winnipeg, no Manitoba, aquando da final do Cam- peonato Nacional de Basquetebol, muito embora aquele estabelecimen- to de ensino não tivesse chegado ao fim da prova. Sylvia Sweeny foi uma jovem que se distinguiu no Basque- tebol nos anos 80 pela Universidade Concórdia e por outras duas do Ont- ário. Notável foi, também, o papel qie desenvolveu em prol das comunida- des em que se inseriu. À pergunta por que razão tinha escolhido o basquetebol, Maria José, Maria J. Raposo, atleta de basquetebol Ganha o prémio “Sylvia Sweeny” filha de Anacleto Raposo e de Maria José Miranda, respondeu ter sido obra do acaso, na medida em que, tendo sido aluna da Escola St. Jean-Baptiste, coincidiu que na altura foi formada uma equipa de basquetebol, como poderia ter sido de outra modalidade. É praticante deste desporto desde os 8 anos de idade, inclusivamente na equipa da Sun Youth, e pretende praticá-lo ao nível profissional em Por- tugal, logo após receber a sua forma- tura ainda este ano. Declarando ter sido uma experiên- cia deveras enriquecedora, no entan- to lamento o pouco reconhecimento que no Canadá se dá aos atletas- estudantes, dando como exemplo o facto de, com a greve dos profissionais do hóquei, nada se ter mostrado dos desportos amadores, especificamente ao nível de equipas femininas. Cont. na pág. 2 Santana regressa à Câmara O ex-primeiro-ministro pôs finalmente termo ao tabu sobre o seu regresso à presidência da Câmara de Lisboa e anunciou ter assumido as funções autárquicas após a tomada de posse do XVII Governo Constitucional, no sábado. Ontem chegou à Câmara acompanhado de Carmona Rodrigues, com quem vai partilhar a equipa de assessores Pedro Santana Lopes, reassumiu no sábado «por direito próprio» a presi- dência da Câmara de Lis- boa, enquanto o seu sub- stituto, Carmona Rodri- gues, vai manter-se «com normalidade» no executivo municipal. Em comunicado enviado ao início da noite à agência Lusa, Santana Primeiro executivo socialista com maioria absoluta tomou posse O XVII Governo Constitucional, o primeiro do PS com maioria absoluta no Parlamento, tomou sábado posse no Palácio da Ajuda, cerimónia que decorreu sem a tradicional saudação do público aos novos membros do executivo. Com o novo primeiro- ministro, José Sócrates, tomaram posse 16 minis- tros e o secretário de Esta- do da Presidência do Con- selho de Ministros, Jorge Lacão. Ao contrário das cerimó- nias de posse de anteriores governos, o primeiro-mi- nistro indigitado António Vallacoba 2005-03-16.pmd 3/15/2005, 5:34 PM 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 16 de Março de 2005

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Page 1: 2005-03-16 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página Ano XLIV • Nº 11 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 16 de Março de 2005

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

Cont. na pág. 2

Cont. na pág. 2

Nesta ediçãoOpinião p. 5Apresenta a poetisaLuísa Ribeiro p. 7“Benfica” sem futebol p. 7A Mulher-mulher ea Mulher-Mãe p. 8Anedotas p. 10Doença bipolar afectivaUm caminho com retorno p. 11Rivalidade ou igualdade? p. 14Dia de São Patrício p. 14

Servir e servir-se*Benjamim Silva

Há dias falava com alguns alunossobre a complexidade e dificuldadeda Língua Portuguesa. Creio que ossensatos estão comigo – quanto maisse estuda mais complexa a acha-mos... mas não menos bela!

Ora reparem no título: como aque-le “se” altera tudo! Diz a gramáticaque “quando a acção praticada poruma pessoa, em vez de transitarpara uma outra pessoa, recai sobreela própria, devemos dizer que setrata dum velho reflexo”. Contin-uando nesta ordem de pensamentoe observando o mundo que nosrodeia, fácil é concluir que nosdividimos em três grupos distintos:os que servem os outros, os que seservem a si mesmo e os que serveme se servem. Também é evidente queé diminuto o número dos primeiros,que os segundos não dominam (fe-lizmente!) e que os terceiros, agrande maioria, apresentam umavariabilidade de acordo com o binó-mio de altruísmo/egoísmo existenteem cada indivíduo, oscilando entreo que muito serve e pouco se serve,até aquele que pouco serve e muitose serve. Temos que partir destasverdades à Mr. La Palice se qui-sermos continuar e alargar a proble-

Mais uma atleta luso-canadianaacaba de ser distinguida com umprémio no desporto.

Trata-de da Maria José Raposo, 23anos e estudante de Sociologia naUniversidade Concórdia.

Segundo declarações prestadas aeste jornal, o galardão “Sylvia Swee-ny” foi-lhe conferido em Winnipeg, noManitoba, aquando da final do Cam-peonato Nacional de Basquetebol,muito embora aquele estabelecimen-to de ensino não tivesse chegado aofim da prova. Sylvia Sweeny foi umajovem que se distinguiu no Basque-tebol nos anos 80 pela UniversidadeConcórdia e por outras duas do Ont-ário. Notável foi, também, o papel qiedesenvolveu em prol das comunida-des em que se inseriu.

À pergunta por que razão tinhaescolhido o basquetebol, Maria José,

Maria J. Raposo, atleta de basquetebol

Ganha o prémio “Sylvia Sweeny”

filha de Anacleto Raposo e de MariaJosé Miranda, respondeu ter sido obrado acaso, na medida em que, tendosido aluna da Escola St. Jean-Baptiste,coincidiu que na altura foi formadauma equipa de basquetebol, comopoderia ter sido de outra modalidade.

É praticante deste desporto desdeos 8 anos de idade, inclusivamente naequipa da Sun Youth, e pretendepraticá-lo ao nível profissional em Por-tugal, logo após receber a sua forma-tura ainda este ano.

Declarando ter sido uma experiên-cia deveras enriquecedora, no entan-to lamento o pouco reconhecimentoque no Canadá se dá aos atletas-estudantes, dando como exemplo ofacto de, com a greve dos profissionaisdo hóquei, nada se ter mostrado dosdesportos amadores, especificamenteao nível de equipas femininas.

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Santana regressa à CâmaraO ex-primeiro-ministro pôs finalmente termo ao tabu sobre o seu regresso

à presidência da Câmara de Lisboa e anunciou ter assumido as funçõesautárquicas após a tomada de posse do XVII Governo Constitucional, nosábado. Ontem chegou à Câmara acompanhado de Carmona Rodrigues,com quem vai partilhar a equipa de assessores

Pedro Santana Lopes,reassumiu no sábado «pordireito próprio» a presi-dência da Câmara de Lis-boa, enquanto o seu sub-stituto, Carmona Rodri-gues, vai manter-se «comnormalidade» no executivomunicipal. Em comunicadoenviado ao início da noite àagência Lusa, Santana

Primeiro executivo socialistacom maioria absoluta tomou posse

O XVII Governo Constitucional, o primeiro do PS com maioria absolutano Parlamento, tomou sábado posse no Palácio da Ajuda, cerimónia quedecorreu sem a tradicional saudação do público aos novos membros doexecutivo.

Com o novo primeiro-ministro, José Sócrates,tomaram posse 16 minis-tros e o secretário de Esta-do da Presidência do Con-selho de Ministros, JorgeLacão.

Ao contrário das cerimó-nias de posse de anterioresgovernos, o primeiro-mi-nistro indigitado

António Vallacoba

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página

Courrier de deuxième classe;Numéro de contrat: 1001787

Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québecet à la Bibliothèque nationale du Canada

ÉDITEUREduíno Martins

DIRECTEUR HONORAIREArmando Barqueiro

DIRECTEURBenjamim Silva

RÉDACTEUR EN CHEFSylvio Martins

RÉDACTEUR ADJOINTKevin Martins

COLLABORATEURS:Au Québec:Amélia Oliveira VazAntónio VallacorbaElisa RodriguesGerald TremblayHelder DiasJ.J. Marques da SilvaJoão MesquitaJosé de SousaJosé Manuel CostaJoviano VazMaria Conceição CorreiaManuel CarvalhoMario CarvalhoNatércia RodriguesPe. José Maria CardosoPierre Quenneville

En Ontario:Manuel Alves Louro (Toronto)Fernando Cruz Gomes (Toronto)Augusto Cerqueira (Ottawa)

Au Portugal:Augusto MachadoLagoas da SilvaManuel RodriguesMaria Helena MartinsRui Pinto Costa

SECTION JUVÉNILE:Organisatrice de la section:Susana Sequeira

Collaborateurs :Anthony NunesCristina Proença MayoJulien ThometMaria CalistoMiguel Felix

PHOTOGRAPHE:António VallacorbaFelipe EstrelaJosé RodriguesMichael Estrela

ADMINISTRATIONKevin Martins

INFOGRAPHIE:Billy MartinsSylvio Martins

CORRECTRICESandy Martins

PUBLICITÉ:Conceição FerreiraEduardo LeiteKevin MartinsRPM

Extérieur du Québec:Lingua Ads Services

Portugal:PortMundo Promoção Cultural ePublicidade Ldª.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

Tél.: (514) 284-18131-866-684-1813

FAX: (514) 284-6150E-Mail: [email protected] web: www.avozdeportugal.com

La Voix du PortugalThe Voice of Portugal

Manchetes 2

COMUNICADOO Consulado–Geral de Portugal em Montreal apresenta os

seus cumprimentos à Comunidade Portuguesa residente na áreada sua jurisdição e informa que nos termos do Artigo 49º da Lein.º 13/99 de 22 de Março, os cadernos de recenseamentoeleitoral reportados a 31 de Dezembro de 2004 encontram-seexpostos nesta chancelaria consular durante o mês de Março de2005, para efeitos de consulta e reclamação.

Aproveita ainda a oportunidade para informar que o recen-seamento eleitoral é um dever cívico de todos os cidadãosportugueses residentes no estrangeiro, devendo os mesmospromovê-lo e mantê-lo actualizado.

Assim, o Consulado–Geral de Portugal em Montreal encorajatodos os cidadãos Portugueses a consultar os referidos cadernos,actualizar os elementos neles constantes e promover o seurecenseamento, caso ainda o não tenham efectuado.

Para mais informações poderá contactar este Consulado-Geralou ainda consultar a sua página na internet,www.cgportugalmontreal.com

mática sobre as associações eclubes apresentada pelo juizArlindo Vicente na televisão epor Conceição Correia no nossojornal. Lembramos também oprof. José de Barros a quemouvimos pela primeira vez, háuma dezena de anos, propor aconveniência da união entreorganismos com objectivossemelhantes, neste caso con-creto a que se referia, as Es-colas. Com muita propriedadeos acima citados abordaramum tema que a todos preocupae que é urgente enfrentar.Como foi constatado e dito, temvindo a diminuir o número deelementos que constituem aComunidade Portuguesa e, porconseguinte, a descrever onúmero de sócios e de candi-datos a dirigentes das asso-ciações e clubes; proporcio-nalmente aumentam os encar-gos administrativos e outrosinerentes à sobrevivência des-ses organismos.

Ora, para não ficarmos porpalavras, espelhada tendênciaque apontamos em artigo ante-rior, julgamos oportuno sugeriralgumas linhas de acção.

Se mais de que um orga-nismo usasse as mesmas insta-

Servir e servir-seCont. da pág. 1

lações, caberia a cada um so-mente uma fracção das custo-sas despesas das instalações,do mobiliário, da manutenção,etc.

O desencontro dos dias ehoras dos acontecimentos festi-vos conduziria a um maior nú-mero de presenças do que aque-le que se regista quando, nummesmo dia, se realizam váriasfestas ou espectáculos.

No que diz respeito ao “ren-der da guarda” dos dirigentes,não podemos esperar que osjovens apareçam a oferecer-separa escrever funções em quea gratuitidade e a dedicação sealiam intimamente; temos queconvidá-los e motivá-los a impli-carem-se na continuidade e nofuturo da nossa comunidade.

Se atentarmos nas dezenasde associações, clubes e congé-neres, com justiça podemosconcluir que entre os seusassociados predominam os queservem. Se uma percentagemdos que servem também seservirem... Não é daí que virá omal ao mundo. Assim é o velhodizer: “Quem parte, reparte enão fica com a melhor parte, oué tolo ou não tem arte”.

Lopes anunciou ter reassu-mido o cargo logo após a tomadade posse do novo Executivo.

Durante todo o dia de segun-da-feira, em que se especulou

Santana regressa à Câmarasobre o seu regresso ou não aosdestinos da capital, SantanaLopes não se deslocou aos Pa-ços do Concelho, alimentandoassim o tabu. Sabe-se agoraque esteve reunido com Car-mona Rodrigues na residênciaoficial do presidente da CâmaraMunicipal de Lisboa (CML),em Monsanto.

A nota do gabinete de Santa-na Lopes afirma que a primeirareunião de trabalho ocorreu«no âmbito de um processo deplena concertação entre osdois».

Em comunicado posterior ànota do ex-primeiro-ministro,Carmona Rodrigues afirmouencarar «com normalidade» oregresso de Santana Lopes aomunicípio lisboeta, assumindo«com a mesma normalidade» asua permanência no executivomunicipal, sem precisar aindacom que funções. No entanto,fonte próxima do presidente daautarquia lisboeta adiantou àLusa que Carmona Rodriguesdeverá regressar à vice-presi-dência, cargo que detinha noinício do mandato.

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Os textos, fotos e ilustrações publicados nestaedição são da inteira responsabilidade dosseus autores, não vinculando, directa ouindirectamente, o cariz editorial e informativodeste jornal.

Após 18 dias de hospitalização, voltou ao VaticanoPapa João Paulo II regressa a casa

O Papa foi hospitalizado deurgência a 24 de Fevereiro esubmetido a uma traqueoto-mia em consequência de difi-culdades respiratórias quefizeram os fiéis temer pela suavida, devido à sua idade, 84anos, e à doença de Parkinson,de que padece.

O Papa João Paulo II regres-sou ontem ao Vaticano, poucodepois de ter deixado a poli-clínica Gemelli, onde foi hospi-talizado há 18 dias e submetidoa uma traqueotomia, devido adificuldades respiratórias.João Paulo II abandonou aclínica de Roma às 18:20 locais(17:20 na Madeira), a bordo deum monovolume da cidade doVaticano que tinha chegadopoucos minutos antes paratransportá-lo, tendo chegadoao acesso oficial do Estado doVaticano ao anoitecer.O Papa viajou no assento dian-teiro, ao lado do condutor,acompanhado do seu secretá-rio particular, o arcebispo Sta-nislaw Dziwisz, que permane-ceu ao seu lado nos últimos 18dias, desde que foi internado.João Paulo II abençoou váriasvezes as centenas de pessoasconcentradas ao longo do per-

curso para saudá-lo e aplaudi-lo.O Papa foi hospitalizado deurgência a 24 de Fevereiro esubmetido a uma traqueoto-mia em consequência de difi-culdades respiratórias quefizeram os fiéis temer pela suavida, devido à sua idade, 84anos, e à doença de Parkinson,de que padece.

Antes de sair para o Vaticano,o Papa João Paulo II seguiu acelebração da oração do Ange-lus a partir da policlínica Ge-melli de Roma, onde se encon-tra internado, mostrou o centrotelevisivo do Vaticano, atravésde um grande ecrã de televisão.Na sua mensagem, lida por umdos seus colaboradores, o Papaprestou homenagem aos ór-gãos de comunicação social,considerando-os “responsá-veis” pela difusão de informação

“precisa e correcta da digni-dade da pessoa humana”. Namensagem lida por MonsenhorLeonardo Sandri, João Paulo IIagradeceu aos representantesdos media que seguiram a suahospitalização. “Graças a eles,os fiéis do mundo inteiro pude-ram sentir-se perto de mim eacompanhar-me com o seuafecto e rezas”, disse. O Papainsistiu também na importânciado papel dos órgãos decomunicação social no Mundomoderno e a responsabilidadeque tal implica. “Grande é aresponsabilidade daquelesque trabalham nesta área,chamados a dar informaçãoprecisa, correcta da dignidadeda pessoa humana e atenta aobem comum”, referiu o Papana voz do seu colaborador.

Primeiro executivo socialistacom maioria absoluta tomou possepretendeu que a sessão fossesimplificada, com a tradicionaltroca de cumprimentos a limi-tar-se aos novos membros doGoverno, aos membros do exe-cutivo cessante, ao Presidenteda República e outros repre-sentantes de órgãos de so-berania. As tomadas de possedos anteriores governos foramsempre presenciadas por lar-gas centenas de pessoas que,no final, faziam uma extensa fila

para entrar na sala da ceri-mónia e cumprimentarem uma um os governantes empos-sados.

Este protocolo obrigava osministros empossados a perma-necerem de pé duas ou trêshoras e a cumprimentaremcentenas de pessoas que desco-nheciam.

No entanto, a cerimónia deposse do XVII Governo Consti-tucional foi aberta ao público

em geral, que, como habitual-mente, ficou em salas dispo-nibilizadas para o efeito.

José Sócrates esteve reunidosexta-feira à tarde com o seunúcleo político para preparar odiscurso que fez na cerimóniade posse e as primeiras decisõesa tomar na primeira reunião deConselho de Ministros, indicoufonte do seu gabinete.

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 3

Açores e MadeiraPedofilia nos Açoresem julgamento

Começou esta segunda-feira a ser julgado no Tribunal de PontaDelgada, à porta fechada, o processo de abuso sexual de menoresda Lagoa, que envolve 18 arguidos da ilha açoriana de São Miguel.O mais mediático e o primeiro a ser detido tem a alcunha deFarfalha

O julgamento do processo de abuso sexual de menores da Lagoacomeçou esta manhã, às 10h00 locais, no Tribunal de PontaDelgada, à porta fechada por decisão do presidente do colectivode juízes, Araújo de Barros. No despacho dado a conhecer aosjornalistas, o juiz sustentou que, conforme o Código ProcessoPenal, num «processo por crime sexual, que tenha por ofendidoum menor de 16 anos, os actos processuais decorrem, em regra,com exclusão de publicidade».

O caso remonta ao final do ano 2003, quando a Polícia Judiciáriadeteve na ilha de São Miguel um pintor de construção civilconhecido por Farfalha, que alegadamente terá utilizado umagaragem, no concelho da Lagoa, para práticas pedófilas. No iníciodo ano passado, a PJ acabaria por deter mais 17 homens.

Os 18 arguidos, entre os quais um médico, um funcionáriobancário e um empreiteiro de construção civil, são na sua maioriaacusados de abuso sexual de crianças, além de actos sexuais ehomossexuais com adolescentes e um crime de violação.

Para o julgamento deste caso foi constituído um Tribunal de Júri,composto por um homem e três mulheres, que terá de deliberar,em conjunto com o colectivo de três juízes presidido por Araújo deBarros, sobre a culpa ou inocência e a eventual pena a atribuir aosarguidos, quatro dos quais se encontram detidospreventivamente no estabelecimento prisional de Ponta Delgada.

Bares do centro da cidadequerem fechar mais tarde

Homenagem ao poeta popularnascido no Arco de São Jorge“Feiticeiro” terá biblioteca

No passado Domingo, naabertura da Semana de SãoJosé, o presidente da Casa doPovo do Arco de São Jorge a-nunciou a criação de um nú-cleo de bibliografia do conhe-cido “Feiticeiro do Norte”. Masnão foi a única boa nova levadapor Rui Moisés à semana maisimportante da freguesia.

A Semana de São José, umcertame que já vai na nonaedição, foi ontem aberta nafreguesia do Arco de São Jorge.O presidente da Casa do Povolocal, Rui Moisés, não deixou deenaltecer que este aconte-cimento, que surgiu em home-nagem ao padroeiro da fregue-sia, não deixa de ser também omomento em que se anunciamobras importantes para a fre-guesia. No ano passado, RuiMoisés anunciou que seriaconstruído o Museu do Vinho eda Vinha e a infra-estruturaestá, presentemente, a serultimada, pronta para ser visi-tada dentro de alguns meses. Epara este ano, Moisés guardououtra novidade, em forma depedido. Aproveitando a pre-sença dos directores regionaisda Agricultura e do Desenvol-vimento Rural, dos AssuntosCulturais e o presidente doConselho de Administração doCentro de Segurança Social daMadeira, o presidente da Casado Povo pediu que seja dado umpasso importante para o legadohistórico da freguesia: a efecti-vação de um núcleo bibligrá-fico, ou de uma biblioteca, alu-siva ao conhecido poeta nascidoe criado no Arco de São Joge, o“Feiticeiro do Norte”.

Deste modo, defendeu aqueleresponsável, as gerações maisnovas poderiam ficar mais fami-liarizadas com a obra de um dospoetas populares mais conhe-cidos do país. Por seu lado, odirector regional dos AssuntosCulturais, João Henrique Silvamanifestou o seu apoio à criaçãoda biblioteca. Mas as novidadesforam além dessa e passam pelacriação de uma obra a que estáa ser dado corpo desde Feve-reiro: o centro social de artesa-nato, em que os turistas e oslocais podem encontrar produ-tos típicos, como Bordado Ma-deira, pão caseiro do Arco paravenda e outros produtos. Acriação de postos de trabalho éuma das apostas da Casa doPovo, que apelou, também, aosmoradores da freguesia quecolaborem na elaboração dosprodutos.

Por fim, o director regional doDesenvolvimento Rural, Ber-nardo Melvill de Araújo, felici-tou os organizadores por man-terem viva a tradição.

As noites de Inverno na “ilhadourada” continuam a ser fra-cas, e poucas pessoas saem àrua. Os comerciantes consi-deram que deveria existir ummaior investimento por partesdas autoridades locais. Umaoutra situação que não agradaa todos é o horário de encerra-mento dos bares.

Durante o Verão as noites noPorto Santo são marcadas pela

euforia e divertimento dos maisjovens, em todos os bares docentro da cidade, e princi-palmente no Penedo do Sono,mais conhecido por “docas”.Mas, com a chegada do Inver-no, a situação altera-se, ou seja,poucas pessoas saem à rua, atémesmo pela inexistência delocais de animação, no centroda cidade, durante a noite.

Este ano, com o aproximar doperíodo da Páscoa, as perspec-tivas de “enchente” levam oscomerciantes a prepararem-sedevidamente. Ainda assim, háquem se queixe de que muitomais poderia ser feito.

Para o proprietário do bar“Taxei”, João Palhas, por exem-plo, a solução passa por «asautoridades locais apostaremmais no turismo de Inverno,porque só vivemos pratica-mente durante um mês, o deAgosto, e depois nos outrosmeses andamos à deriva. Épreciso arranjar mais inven-tos». Por outro lado, a proprie-tária do bar “Colombo”, Marle-ne Santos, considera que anoite no Porto Santo está cadavez mais fraca no Inverno.«Nós, comerciantes esperamosdias melhores. Durante a sema-na, à noite, não se vê ninguémnas ruas, nem nos bares. Aossábados, a situação modifica-se,existe mais pessoas na rua, maso problema é sempre o mesmo,não há dinheiro para gastar».

Marlene Santos disse, ainda,que «a nossa ilha está a seresquecida, não pela qualidade,nem pelo serviço, mas sim pelopreço que está a praticar, co-meçando pelas passagens aé-reas, hotéis, casas de aluguer,acabando nos supermerca-dos». Quanto ao horário deencerramento dos bares, estesdois comerciantes não estãonada de acordo. João Palhasafirmou ao Jornal da Madeiraque «as autoridades só ficam aperder em fechar os bares às2:00 horas. O que vai aconteceré que as pessoas ficam retidasna rua, não vão logo para as“docas”, fazem barulho, e aí éque está o problema».

Já a proprietária do bar Co-lombo, referiu, também, que«principalmente no Verão, osbares deveriam permanecerabertos por mais tempo, por-que as pessoas saem mais tardede casa. Muitas delas quandoestão com a família são surpre-endidas pelos agentes policiais,e não temos então grandesalternativas, e somos quase“obrigados” a ir para as “do-cas”, ou então para casa».

António Castro, da ACIPS,quer que o preço dos trans-portes aéreos baixem. O PortoSanto, no período de Páscoa, ésempre um destino muito pro-curado, quer por madeirenses,quer por outros turistas a nívelnacional, e mesmo a nível inter-nacional.

No entanto, segundo o presi-dente da ACIPS, José AntónioCastro, «o Porto Santo não devede descorar da sua promoçãono exterior, nomeadamente nomercado estrangeiro. Mas,também acho, e sempre foi aminha tese, que estando a 50km da Madeira, temos quecada vez mais promover a “ilhadourada”, na Madeira». Castroalertou, ainda, que «é precisocriar condições para essas pes-

soas que vêm cá durante todoo ano, sendo que 85% são ma-deirenses, o resto são a nívelnacional e internacional».Um dos grandes factores peloqual muitos turistas optam porfazer férias noutros sítios, deve-se, sobretudo, aos custos dostransportes. Relativamente aesta situação, o presidentedesta associação disse que «háque pô-los mais baratos e efica-zes, com linhas adequadas.Também devem ter horáriosbenéficos, para as pessoas quesaem, por exemplo, dos seustrabalhos para que possam vircá passar um fim-de-semana».O responsável referiu também,que com a Porto Santo Line,

através do Lobo Marinho eatravés de um repensar dostransportes aéreos, porque sevirmos bem a TAP tem estadosempre a denegrir a imagemda nossa ilha, só assim teremosum destino com muito maisprocura».

José António Castro salien-tou, ainda, que «temos os váriosinvestimentos por parte doGoverno Regional, nomeada-mente, o Campo de Ténis, deGolfe, de Volei, o Centro Cívicopara seminários e outras inicia-tivas, e para breve o Porto San-to vai poder contar com o Cen-tro de Feiras, tudo isto tem queser rentabilizado, e é claro sópode ser com pessoas».

LeiaA Voz dePortugal

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 4

Continente

3960 Boul. St-Laurent(514) 845-5115

Nenhuma taxa de serviço

Preços competitivos aos dos bancos

Aberto segunda a sábado

Troca excelente de euros e dólares US

Falamos português e italiano

Portugal poderá ter maisde dois milhões de pobres

Em Portugal há pelo menos dois milhões de pobres, maso número poderá ter aumentado nos últimos anos, admitiuo economista Rogério Roque Amaro, defendendo a adopçãode uma diversidade de soluções para os diferentes tipos depobreza.

No IV Congresso da Associação Cais «Economia para Todos» quese realiza segunda e terça-feira na Fundação Luso-Americana emLisboa, Rogério Roque Amaro realçou a «diversidade» da pobreza,que se tem agravado nos últimos anos.

Além da revista Cais, vendida pelos sem-abrigo, a Associaçãoestá a desenvolver o projecto «Ponte Digital» que consiste napossibilidade de a população alvo aceder às tecnologias deinformação para que se sinta menos excluída e possa ter acesso aum emprego. Também no Congresso, o Presidente da República,Jorge Sampaio, questionou a razão porque o número de doismilhões de pobres é o mesmo «há muitos anos».

Jorge Sampaio questionou igualmente o destino dos fundosestruturais que Portugal foi recebendo desde que integrou a UniãoEuropeia. Porque «não há portugueses dispensáveis», o chefe deEstado pediu uma maior ligação das associações que lidam coma pobreza e excluídos sociais. Na mesma linha, o economistaRogério Roque Amaro apelou para um órgão político que trate doassunto transversalmente.

TAP: Acréscimo de 30 MEem receitas com adesãoà Star Alliance só em 2006

O acréscimo de 30 milhões de euros em receitas estimados pelaTAP com a entrada na Star Alliance só se vai reflectir nas contasde 2006, afirmou hoje o administrador-delegado da companhiaaérea portuguesa.Fernando Pinto reiterou na cerimónia deintegração na maior aliança do sector a estimativa de um ganho30 milhões de euros em receitas pela adesão à Star Alliance.Naconferência de imprensa que se seguiu à cerimónia, FernandoPinto adiantou, no entanto, que este valor só se irá sentir em2006.A adesão da TAP na Star Alliance, que custa 10 milhões deeuros, “será paga ao longo dos anos”, explicou o administrador-delegado.Esta quantia visa cobrir os custos suportados pelaaliança com a adesão da TAP e pelo uso e reconhecimento damarca.A TAP demorou oito meses e meio a efectivar a sua entradana aliança, processo que se previa durar entre nove e 12 meses,considerado um recorde pelo presidente executivo da Star Alli-ance, Jaan Albrecht.A TAP prevê que os maiores ganhos dereceitas pela entrada na Star Alliance venham das ligações intra-europeias e dos voos entre a Europa e a América do Sul.De acordocom as contas da companhia aérea portuguesa, do total de ganhosesperados com a aliança liderada pela Lufthansa, as ligações intra-europeias serão responsáveis por 29 por cento e os voos entre aEuropa e a América 31 por cento.O mercado intra-europeurepresenta metade do negócio da TAP, por isso, a empresaconsidera importantes os ganhos nesta área.A TAP refere queFrankfurt, +hub+ (aeroporto de base) da Lufthansa, é o segundoaeroporto de transferência de tráfego entre a Europa e Portugal,excluindo o tráfego entre a Alemanha e o nosso país.A companhiaespera beneficiar também da complementaridade com a operaçãoda Varig, que lhe permitirá aceder a outros destinos da AméricaLatina operados pela companhia brasileira.Por outro lado, a Varigcompletaria a sua operação com voos para o Nordeste, onde acompanhia é mais fraca.É que a operação da Varig gira à volta dos+hubs+ São Paulo e Rio de Janeiro, e voar para o Nordeste torna-se caro.Por outro lado, a TAP poderá oferecer à Varig os mercadosdo Porto, Faro e Funchal, através das suas ligações das cidadesportuguesas de e para o Brasil.Relativamente aos outrosmercados, a TAP prevê ganhos de 13 por cento nas ligações en-tre a Europa e a América do Norte, e de 11 por cento com o Sul deÁfrica.A companhia portuguesa espera ainda alguns ganhosdecorrentes de uma maior presença nos vários mercados, porintegrar a maior aliança do sector. Por outro lado, os fortesinteresses da transportadora aérea gaulesa nos mercadosafricanos poderiam constituir um entrave à ambição da TAP emexpandir a actividade em África.Além da Star Alliance, existemainda as alianças OneWorld, liderada pela British Airways e a SkyTeam, da Air France/KLM.

Seca: consumidores penalizadospor gastarem demais

Preço da água pode duplicarAumentar o preço do metro cúbico (m3) de água para o dobro

quando existam consumos excedentes aos desejáveis (que sefixam em termos médios nos 120 litros por dia/por habitante) éuma das recomendações previstas no Programa deAcompanhamento e Mitigação dos Efeitos da Seca 2005.

Este documento, elaborado por um conjunto de seis entidades,já se encontra na secretária do novo ministro do Ambiente, NunesCorreia, que hoje toma posse. Também o Presidente da República,Jorge Sampaio, já recebeu aquele relatório. Os responsáveis poraquele programa consideram “essencial” que as entidadesgestoras das redes de distribuição definam e divulguem limites deconsumo desejáveis e eficientes para as várias categorias deconsumidores. Segundo os dados-padrão considerados para oterritório nacional (e tomando em consideração o consumodoméstico) o consumo médio por habitante é de 120 litros de águapor dia para um agregado de 3,5 pessoas. Qualquer valor acimadaquele referencial poderá levar ao aumento do preço unitário dom3 de água. Em Lisboa, o preço do m3 é de 0,12 euros para oprimeiro escalão (até 5 m3), enquanto no Algarve, o mesmo m3pode custar 0,33 euros. Em Braga, o primeiro escalão de consumodoméstico (0 a 10 m3) pode custar 0,37 euros o m3.

Médico atingido a tiroUm médico espanhol, José Garcia, a exercer no Hospital do

Barlavento, foi atingido com dois tiros de revólver por um homemde 72 anos, viúvo, que o acusa de lhe ter assassinado a mulher pornegligência. O tiroteio ocorreu em pleno Tribunal de Portimão.Segundo o Correio da Manhã apurou, os tiros foram disparadospelas 14h20, no 4º piso do Tribunal, onde ambos iam ser ouvidosno âmbito de processos judiciais: contra o médico corre umaqueixa de homicídio por negligência apresentado pelo viúvo – que,por sua vez, estava acusado de difamação pelo clínico espanhol.“Vimos o homem subir as escadas e, quando atingiu o patamar,sacou da arma e apontou na direcção de um grupo de pessoas,entre as quais estava o médico, após o que efectuou três disparos”,uma testemunha que se encontrava no local e que pediu para nãoser identificada.. De acordo com a mesma fonte, “dois dos tirosatingiram a vítima, numa omoplata e num braço”. O comandantedo Destacamento Territoral da GNR de Silves e Albufeira,António Matias, disse que a vítima, mesmo ferida, “ tentou fugir,pelas escadas, sendo perseguida pelo idoso” de revílver em punho.O atirador foi perseguido por militares do posto da GNR de Lagoaque se encontravam no tribunal. O autor da tentativa dehomicídio, Edgar L., residente na zona de Lagoa, viria a ser detidopelos guardar que, para o travarem, ainda fizeram pelo menos umadúzia de disparos.

Composição do XVII Governo ConstitucionalLista dos ministros e secretáriosde Estado que compõem o XVIIGoverno Constitucional:Primeiro-Ministro, José Sócrates.Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Filipe Baptista.Ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa.Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita.Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.Secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões.Sub-Secretário de Estado da Administração Interna, Fernando Rocha Andrade.Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral.Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, JoãoGomes Cravinho.Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Fernando de Oliveira Neves.Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga.Ministro de Estado e das Finanças, Luís Campos e Cunha.Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, Manuel Baganha.Secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria dos Anjos Capote.Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás.Secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo.Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Jorge Lacão.Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias.Ministro da Defesa Nacional, Luís Amado.Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Manuel LoboAntunes.Ministro da Justiça, Alberto Costa.Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça, José Conde Rodrigues.Secretário de Estado da Justiça, João Tiago Silveira.Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do DesenvolvimentoRegional, Francisco Nunes Correia.Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, JoãoFerrão.Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras.Ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho.Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António CastroGuerra.Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor,Fernando Serrasqueiro.Secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade.Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva.Secretário de Estado Adjunto da Agricultura e das Pescas, Luís Vieira.Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional e das Florestas, Rui NobreGonçalves.Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino.Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, PauloCampos.Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José António Vieira da Silva.Secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques.Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, FernandoMedina.Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz.Ministro da Saúde, António Correia de Campos.Secretário de Estado da Saúde, Francisco Ventura Ramos.Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Carmen Pignatelli.Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira.Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima.Secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho.Ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 5

Opinião

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40ANOS1963-03

Um tigre de papelRui Costa Pinto

José Sócrates brandiu um caso quenão é prioritário para tentar reafirmara autoridade do EstadoNa tomada deposse do XVII Governo Constitu-cional, o Presidente da Repúblicaafirmou que os portugueses queremum Executivo coerente, sólido eestável, a quem em condições nor-mais pertence, durante os próximosquatro anos, a responsabilidade pelagovernação e pela resposta aos gravesproblemas do país.

A declaração parece uma evidência, mas está longe de ser umasimples afirmação de circunstância. Jorge Sampaio fez questão derecordar ao primeiro-ministro, na interpretação mais benigna, quesó pode aspirar a governar durante uma legislatura se continuara merecer a confiança dos portugueses e do mais alto magistradoda Nação.

José Sócrates tem de fazer mais e muito melhor paracorresponder aos anseios e às necessidades dos portugueses. Emcondições normais, o primeiro-ministro tem tudo para governar:um Presidente que tudo fez para o colocar à frente do Governo;uma maioria parlamentar que está desejosa de apoiar as suasreformas; e, finalmente, um país de tal forma fustigado pelainstabilidade que lhe passou um cheque em branco.

O primeiro discurso era aguardado com grande expectativa. Ochefe do Executivo podia ter ilustrado a sua determinação emromper com alguns dos estrangulamentos do país: o combate aonepotismo, à corrupção, à falta de transparência nos negócios doEstado, às decisões governamentais de última hora e à evasão efraude fiscais. Aliás, muitos esperavam que, simbolicamente,optasse por fazer uma profissão de fé no fim do sigilo bancário efiscal, de forma a transmitir um sinal inequívoco à sociedade e aomercado.

Num gesto mais arrojado, José Sócrates até podia ter declarado,solenemente, que tinha chegado o momento de acabar com ainfluência desmedida de alguns lobbies , que gravitam em torno dabanca, das construtoras e das empresas petrolíferas, de energia,de telecomunicações e de equipamentos militares. A verdade é quenão o fez. Foi uma oportunidade perdida.

O primeiro-ministro optou por brandir a venda livre demedicamentos sem prescrição, um caso que não está na lista dasprioridades. A Associação Nacional das Farmácias pode ser muitopoderosa, mas não está ao nível da força de outros grupos, quetambém têm vivido à mesa do Orçamento. Se a intenção era iniciaro mandato com um discurso político firme e sem receio deenfrentar os poderosos, então era preciso mais, muito maiscoragem.

Para já, José Sócrates limitou-se a prometer aos grupos dedistribuição uma fatia do mercado dos medicamentos. Ao escolheratacar uma fracção dos lucros das farmácias, para demonstrar queo Estado tem força para regular o mercado, o primeiro-ministrorevelou uma inexplicável fraqueza e uma curiosa falta de ambição.

O retratoMiguel Carvalho

Estaline – Zé, para os amigos de ontem,liberais de hoje - deixou uma marca que fezhistória no panorama retratista da antigapátria do comunismo: quando os amigos ecamaradas de partido se tornavam figurasindesejáveis ao caminho glorioso da «cons-trução do socialismo» eles não só desapa-reciam fisicamente do mapa como erameliminados das fotografias.

Para todos os efeitos, era como se não tivessem existido. Ou piorainda: haviam sido irrelevantes para o desenrolar da História.

Muitos anos e purgas depois, o CDS decidiu refinar o método.Como em democracia não se elimina ninguém fisicamente, opartido decidiu enviar ao PS, pelo correio, o retrato do seufundador, Freitas do Amaral, agora ministro de Sócrates, oabsoluto.

O gesto é, desde logo, deselegante pelo simples facto do CDS seesquecer de um dado histórico: o de ter chegado pela primeira veza um Governo numa coligação com o PS de Mário Soares. Éverdade que muitos dos que habitam a sede do Largo do Caldasnem de fraldas andavam. É verdade que outros, como PauloPortas, ainda não estavam lá. E dir-me-ão, até, que uma coligaçãocom o inimigo socialista não é a mesma coisa que passar-se parao inimigo.

Certo. Pessoalmente, porém, creio que é a mesma coisa que dizerque se viveu na mesma casa com o inimigo, partilhando tachos,panelas, despesas e chuveiro, mas não se dormiu com ele. Alémdisso, ninguém acredita, mesmo vindo de um partido da moral edos bons costumes.Mas o CDS gosta destas beatices.

Vai à missa, benze-se e baba-se por valores, princípios, tradiçõese honra. Sentiu-se manchado na dita, mas olhada de perto a coisaparece mais um passe-vite . É um problema de memória, talvez.

Veja-se, por exemplo, que o quadro de Freitas foi despachado viapostal para o PS, mas os de Lucas Pires – que foi candidato pelo PSD– e Manuel Monteiro – que fundou um partido, por lá continuarame continuam. Portas disse do PSD tudo o que não disse de Freitas,mas lá se coligou com Marcelo, Durão e Santana porque, claroestá, os valores da nação falaram mais alto.

Isto já para não falar do seu célebre apoio a Cavaco nas eleiçõespresidenciais de 1996, qual pirueta circense. Há mais exemplos.Mas fiquemos por aqui.

Na verdade, haverá quem no CDS pense que o partido começoucom Portas e acabará com ele. Nem uma coisa nem outra sãoverdade, apesar de haver um vídeo, exibido num célebrecongresso, que pode deixar a ideia do contrário.Podemos, pois,desencantar uma vasta e válida série de argumentos paraquestionar algumas opções do professor Freitas.

Mas não é esse problema. Como já se percebeu nesta novelapostal, não é o retrato de Freitas do Amaral que está a mais nasparedes e na história do CDS. O CDS é que já não fica bem noretrato. E isso, como é obvio , custa mais a admitir. É tarefa depsiquiatra.

As novas fases da vidaAugusto Machado

Não é fácil aceitar o envelhecimento. Quantasvezes se ouvem pessoas de idade avançada ealgumas ainda não muito idosas clamarem:“Olhem para mim, quem eu era e quem eu sou!Lamentações de quem não aceita o curso natu-ral da vida.

É verdade que há muitas doenças quechegam com o avançar das páginas docalendário e que é preciso saber conciliar;mantendo um estilo de vida saudável para

melhor se poder enfrentar as maleitas próprias do passar dos anos.É possível e desejável, viver uma velhice com saúde, mas para talé necessário que cada um tome o bem-estar nas suas própriasmãos. Estar consciente das suas capacidades físicas e psíquicas;conhecer os seus limites. E, sobretudo, vigiar a saúde, praticaruma alimentação equilibrada, dormir o número de horassuficientes, dizendo não ao sedentarismo e mantendo o corpo emforma, exercitando o espírito e mandando a solidão para o diaboque a leve.

Claro que temos de enfrentar a realidade. Os sentidosdesorientados começam a pregar-nos pequenas partidas; aaudição deixa escapar sons, o paladar confunde-se,(nada ésaboroso como dantes) o olfacto bloqueia, o tacto fica insensívele se isso não chegasse vem, em muitos casos, a insegurança. Aspessoas sentem-se frágeis e vulneráveis. Quando chegam a estasituação, está na hora de fazerem algumas alterações à sua rotinae procurar ajuda.

Com o passar dos anos os sentidos esmorecem. Ver, ouvir, tocar,cheirar e saborear deixam de ser sensações tão evidentes eautomáticas, exigindo um maior esforço para distinguir imagens,sons, odores, texturas e sabores. São sinais subtis de que a idadeavança, mais discretos do que as rugas e os cabelos brancos queaté surgem sem o bilhete de identidade dar por isso.

São sinais de aviso que devem ser tomados a sério porqueimplicam alterações no modo de vida e nas actividades do idoso,para se evitar a perda de qualidade de vida, a quebra de laçossociais e sobretudo o isolamento.

Enquanto os cientistas não conseguirem parar o relógiobiológico do envelhecimento, isto é, se isso algum dia for possível,cabe a cada um de nós e naturalmente com a ajuda do mundocientífico, cuidar da nossa saúde e tomar medidas adequadas paraminimizar os efeitos adversos das constantes mudanças na vidado ser humano.

Do lado positivo, e segundo a escritora Ruth Winters, já existemhormonas ou seja a hormonoterapia que pode, dentro de um fu-turo próximo, aumentar a longevidade das pessoas até aos centoe vinte anos ou, quem sabe, acrescenta a autora, viver umainfinidade... Ficção? Talvez.

Todavia é de lembrar, que no século XXI muitos viverão o dobrodaqueles que viveram há um século atrás. Gerontologistas estãoa fazer pesquisas excitantes no sentido de melhorar a qualidadede vida dos idosos. Portanto envelheça com saúde para chegar aos120.

Gouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, Gouveia507, Place d'Armes, suite 1704 Tel.: (514) 844-0116Montreal, Québec H2Y 2W8 Fax: (514) 844-9053

Filomena Gouveia LL.BFilomena Gouveia LL.BFilomena Gouveia LL.BFilomena Gouveia LL.BFilomena Gouveia LL.B .....

AVOCATE - LAWYER - ADVOGADA

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 6

CulturaNa Universidade de Montreal

Sarau culturalcom “cheiros” dos Açores

Texto de António Vallacorba

Muito raramente temos tidomanifestações culturais comoesta por que acabámos de passarao nível da poesia. E logo emtermos de poesia açoriana!

Refiro-me, evidentemente, àmuito agradável sessão culturaldesignada de Sarau de Poesia eMúsica Portuguesas dos Açores,que decorreu no dia 24 de Feve-reiro passado, na Universidade deMontreal, e com a qual se preten-

deu apresentar à comunidade universitária dois poetas de origemaçoriana: Eduardo Bettencourt Pinto, a residir em Vancouver,Colômbia Britânica, aqui no Canadá, e a Luisa Ribeiro, que, nacompanhia da dra. Ana Cristina Ribeiro, do Gabinete deIntercâmbio Cultural, Açores, se deslocou expressamente daTerceira, onde reside, para participar neste evento. Esta louváveliniciativa do dr. Luis Aguillar foi promovida graças ao alto empenhoda Direcção Regional das Comunidades (DRC), do Governoaçoriano, em colaboração com os Estudos Portugueses doDepartamento de Literaturas e Línguas Modernas – Faculdadede Artes e Ciências da Universidade de Montreal, onde o dr .Aguillar, docente do Instituto Camões, é Professor Convidado. Paraalém daqueles poetas, e como não podia deixar de ser, o evento foicomplementarmente participado por poetas e poetisas da nossacomunidade.

Esta iniciativa visou a promoção e divulgação da poesia e músicaaçorianas junto dos estudantes universitários dos EstudosPortugueses, em particular, e da comunidade luso-quebequense,em geral, apresentando-lhes um pouco da vasta criação literária,poética e musical da Região Autónoma dos Açores, dando-lhes, aomesmo tempo, a conhecer a vida e os poemas dos escritorescontemporâneos que apresentaram-se nesta cidade. O sarau abriucom um Porto de Honra, graciosidade do Restaurante portuguêsChez le portugais, de Henrique Laranjo, terceirense, seguindo-seintervenções do dr. Luis Aguillar; do dr. Carlos Oliveira, Cônsul-Geral de Portugal em Montreal; da dra. Ana Cristina Ribeiro, queleu uma mensagem da dra. Alzira Silva, directora da DRC; e deFrancisco Salvador, Conselheiro das Comunidades Portuguesasno Canadá.

Dividido o sarau, depois, em duas partes, na primeira a dra. AnaCristina contribuiu com o Auto-Retrato de Natália Correia,

enquanto o dr. Aguillar apresentou Autopsicografia de FernandoPessoa. Outrossim, Carla Jordão declamou O Infante, de Pessoa,e Cipriana Machado recitou “Ilha de S. Miguel”, de Ana Irpic.

O casal Joviano e Amélia Oliveira esteve também em muitaevidência, com poemas da sua autoria – ele com as quadras “NaMinha Aldeia”; ela com “Esta Tão Bela Língua”, entre outros.Paralelamente, este vosso humilde amigo declamou “Peito Insu-lar” e “O Choro da Afinidade, ambos do livro “Peito Açoriano”.

Finalmente, já na segunda parte, foi a vez de os poetasconvidados de nos mostrarem alguns dos frutos das suas seivaspoéticas. Fizeram-no alternadamente, com o Eduardo Pinto adeclamar os poemas da Luisa Ribeiro e viceversa.

Mestres como são da simbologia das palavras, e tendo ematenção o facto de o Eduardo ter nascido em Angola e vivido emS. Miguel e de a Luisa Ribeiro ser açoriana da Terceira, terãolevado a que a maioria de nós esperasse deles uma poética demaior conteúdo açoriano, em vez duma (não obstante o seu mérito

próprio) mais corporal e vivencial, as quais são também verdadeem muitos poetas e poetisas de qualquer outra parte do mundo.

Cá por mim, gostei. Sobretudo pela cadência, pelo estilo emusicalidade das palavras. Contudo, mais gostei – talvez por nãoestar habituado aqui ao que de mais moderno vai por esse mundoda Poesia – do tom poético com que ambos apresentaram as suasbiografias.

Como exemplos, o Eduardo, que descreveu um pouco da suavida, mas começando por afirmar que “Numa biografia perdem-se os barcos. Entregam-se datas, lugares, como se a vida de umhomem fosse apenas uma cartografia de sinais”, termina por dizerque “Sou um estrangeiro. Perdi os meus sapatos no deserto. Dormiem tendas de Sol e areia. A pele secou-se-me com a aridez dosventos. Mas amo o que tenho e o que se foi. E sou feliz entre os rios”.

Luisa Ribeiro, por seu lado, e apresentando-se como “Ponte

Poética Açores-Canadá”, falou-nos da sua casa. Uma casa que“…tem sofás de estender a ouvir música; tem o cheiro do perfumematinal que infiltro nos cabelos, cheiro de madeira húmida e debolo quente. Tem paredes brancas e manchadas nos cantos pelachuva que entra; velas quase queimadas nos jantares de mesaposta, que imitam os romances”.

“A minha casa – termina a Luisa – é eterna, se eu escrever aminha casa. E tem sofás onde me estendo a pensar em ti”. Para odr. Luis Aguillar, “pretendeu-se, com a promoção deste sarau,aproximar os Estudos Portugueses da Universidade de Montrealda comunidade portuguesa montrealense”.

Igualmente muito boa foi a sessão musical deste sarau. A Rosie,acompanhada por Luis Duarte, à viola, cantou alguns fados,enquanto aquele deu agradáveis rendições da “Lira” e do “Pezinhoda Vila”. O grupo de cantares “Recordações”, da Casa dos Açoresdo Quebeque (Caçorbec), pelo seu lado, esteve à altura domomento, interpretando vários dos êxitos do seu CD de músicatradicional açoriana.

Foi, por outro lado, uma óptima oportunidade para dar aconhecer algumas das paisagens açorianas, conforme a exposiçãopatente de várias telas da autoria da artista plástica, jornalista ecolaboradora muito activa do Comité de Arte e Cultura daCaçorbec, Natércia Rodrigues.

Foto: Michael Estrela

Foto: Michael Estrela

Foto: José Rodrigues

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 7

Cultura

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro)

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)

CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro)

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)

GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho)

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)

EDUARDO BETTENCOURT PINTOApresenta a poetisa Luísa Ribeiro

Manuel Carvalho

O escritor luso-canadiano Eduardo Bettecourt Pinto esteve entrenós. Ele e a poetisa açoriana Luisa Ribeiro vieram-nos falar deliteratura, de língua portuguesa, daquilo que somos por dentro, almasdesenraizadas em busca do paraíso. O auditório que, na noite dopassado dia 4 de Fevereiro, na Universidade de Montreal, os acolheue escutou religiosamente perguntava-se em silêncio : mas quem é estehomem de voz magoada capaz de transformar as palavras emdiamantes?

Em traços largos, diz-se que nasceu em Angola e, desde 1983, re-side na Columbia Britânica, refugiado num lugar chamado PittMeadows, ali para os lados de Vancouver, onde “ vive no coração dapoesia”. Aqui vos deixo o belo texto de apresentação da Luísa Ribeiroque ele leu, para regalo de todos, nessa noite impregnada da magiadas palavras.

Uma sereia sentada no sofá das palavrasA obra artística ultrapassa a

expressão e o entendimento dascoisas comuns. Trata-se, na ver-dade, de uma filtragem de lingua-gens, sons e imagens elevadas aodomínio do mistério e da sublima-ção. Haverá outras interpreta-ções, estou certo. Mas é nestaconformidade que descubro apele ardente, os sentidos ocultos ea casa como templo de todos ossímbolos e intimidades. Estes,presumo, são os dados intrínsecosda poesia de Luísa Ribeiro. Osinstrumentos da sua linguagem,ora tocados de mansinho, sibili-nos na revelação dos seus maisprofundos segredos podem, num

repentino e surpreendente andamento expressivo, soltarem-secom a força incontrolável de uma tempestade emotiva e sensorial.

A inequívoca qualidade da sua escrita, que terão o prazer deobservar esta noite, tem-se imposto de modo decisivo junto deleitores atentos e da comunidade literária em Portugal e Espanha.Curiosamente, será neste último país que sairá o seu próximo livro,Outros Frutos, em espanhol, traduzido por Emilio Ballesteros, e aser lançado a 19 de Março próximo em Granada. Terá um prefáciode Nuno Júdice, poeta português de nomeada e cujo texto, AFábrica de Significados, rigoroso na apreciação da autora, lerei noenquadramento deste serão.

Se a sensualidade é um dos aspectos de realce na poesia de LuísaRibeiro, o amor, com as suas pétalas e areias movediças contéma sua mais vasta componente. A sua poética não será propriamenteum ensaio lírico e utópico sobre os domínios da felicidade a dois,

mas a ideia e a aspiração desse alcance. Vive apaixonadamente,é certo, o fogo dos sentidos na complexa fronteira entre o corpo ea alma. No registo dessa circunstância circula de permeio umdiálogo com a vida e as suas contradições. Ou seja, o sujeito cantao outro e o êxtase da sua proximidade naquilo que tem de táctil,onírico e eufórico. Os seus versos não se inibem ante o rasgo deuma feminilidade sem artifícios. Ressoa deles a alegria de quemlança ao poema as íntimas sementes da sensibilidade. Nelas, porsua vez, desenvolvem-se as mais elementares raízes do ser.

O amor, por si, dá resposta e significado a todas as coisas. Nãoé apenas um conjunto de metáforas onde se revelam súbitoscaminhos de esplendor. É, sobretudo, uma claridade absorventee que nos envolve nas mais intrincadas vicissitudes do coraçãoinquieto. O seu olhar, que é o de uma mulher em busca de um idealromântico, amacia as palavras, os seus frutos mais raros. É nelesque a fome e a sede encontram a nutrição essencial, o veio lírico,as fulgurantes cores da sua génese e do seu abandono.

Poesia da casa também e dos seus harmónicos espaços. Sobreela pairam sonhos como nuvens rasteiras, e há gatos fulminantessobre os muros, deleitáveis néctares e essências de um jardimimaginado onde é possível o mais raro paraíso de silêncio.Observamos, nesse ambiente lírico, a sua expectativa ante as mãosde água do companheiro abrindo-lhe a porta dos sentidosenquanto as flamantes cores do mar prendem-se-lhe, com os seusinfinitos rumores, aos olhos espantados.

Celebremos pois as vestes transparentes da sua poesia, o seucanto de sereia rente a surpreendentes abismos e múltiplossignificados. Luísa Ribeiro é, sem quaisquer sombra de dúvidas,a regente perfeita da sua própria e muito musical orquestra depalavras.

* Luísa Ribeiro será a próxima escritora convidada da Satúrnia-Letras e Estudos Luso-Canadianos. Brevemente em: http://manuelcarvalho.8m.com/luisa0.html

Carta da Semana: A Justiça, que significa Justiça.Amor: Mantenha o optimismo e todos os problemas conjugaisresolver-se-ão.Saúde: Aposte na prevenção, não tenha receio de ir aomédico.

Dinheiro: A sua vida profissional sofrerá grandes alterações.Número da Sorte: 8 Números da Semana: 44, 41, 10, 3, 7, 9

Carta da Semana: O Imperador, que significaConcretização.Amor: Deposite mais confiança na sua cara-metade.Saúde: Os traumas de um familiar poderão originar algunsconflitos. Ofereça-se para ajudar essa pessoa.

Dinheiro: Prepare as alterações que planeou para a sua casa.Número da Sorte: 4 Números da Semana: 2, 5, 18, 3, 7, 8

Carta da Semana: O Papa que significa Sabedoria.Amor: Deixe o orgulho de lado e aceite a ajuda de uma pessoaexperiente.Saúde: Mantenha uma atitude positiva perante a vida.Dinheiro: Esforce-se para que as suas tarefas não se

acumulem.Número da Sorte: 5 Números da Semana: 9, 6, 3, 1, 4, 7

Carta da Semana: A Força, que significa Força, Domínio.Amor: Faça uma análise aos comportamentos que tem vindoa adoptarSaúde: Inicie um tratamento para emagrecer, mas antesdisso consulte o seu médico.

Dinheiro: Antes de assinar um contrato importante, verifique todas ascláusulas.Número da Sorte: 11 Números da Semana: 1, 45, 10, 1, 3, 6

Carta da Semana: A Torre, que significa ConvicçõesErradas, Colapso.Amor: Exponha as suas opiniões com cautela para nãointerferir nas decisões das pessoas que o rodeiam.

Saúde: Dê especial atenção às dores musculares que sente.Dinheiro: Rodeie-se de colegas optimistas.Número da Sorte: 16 Números da Semana: 8, 9, 17, 10, 22, 23

Carta da Semana: 5 de Paus, que significa Fracasso.Amor : Desfaça todos os mal-entendidos que tanto o têmatormentado.Saúde: Alguns problemas de estômago poderão incomodá-lo.

Dinheiro: Organize com mais rigor as suas actividades profissionais.Número da Sorte: 27 Números da Semana: 4, 7, 15, 14, 10, 23

Carta da Semana: Rainha de Paus, que significaPoder Material, Amorosa ou Fria.Amor: Mostre a alguém mais jovem a importância de certosvalores.Saúde: Influência benéfica sobre a sua saúde.

Dinheiro: Atenção às suas finanças.Número da Sorte: 35 Números da Semana: 22, 33, 4, 45, 41, 6

Carta da Semana: Valete de Espadas, que significaVigilante e Atento.Amor: Esqueça os ressentimentos e dê mais uma oportunidadeao seu par.

Saúde: Possíveis problemas cardíacos.Dinheiro: A disciplina e o trabalho têm a sua recompensa.Número da Sorte: 61Números da Semana: 8, 25, 36, 14, 7, 9

Carta da Semana: 10 de Ouros, que significaProsperidade, Riqueza e Segurança.Amor: Surgimento de novos interesses no campo amoroso.Saúde: Não descure a sua saúde.Dinheiro: Os seus chefes estão bem impressionados com o

seu desempenho.Número da Sorte: 74Números da Semana: 8, 12, 14, 5, 4, 7

Carta da Semana: 8 de Ouros, que significa EsforçoPessoal .Amor: Seja humilde e reconheça que por vezes também erra.Saúde : Evite deixar-se dominar pela insegurança.Dinheiro: Semana positiva da qual deve retirar o máximo

proveito.Número da Sorte: 72Números da Semana: 14, 9, 6, 3, 10, 2

Carta da Semana: 4 de Espadas, que significaInquietação, agitação .Amor: Sentirá uma maior necessidade de atenção e decarinho.

Saúde: Período sem grandes problemas a este nível.Dinheiro: A projecção profissional será favorável aos seus interesses.Número da Sorte: 54Números da Semana: 4, 10, 13, 5, 6, 8

Carta da Semana: Cavaleiro de Ouros, que significaPessoa Útil, Maturidade.Amor: O seu espírito está rejuvenescido.Saúde: Evite as gorduras e os fritos.Dinheiro : Os esforços efectuados esta semana serão

recompensados.Número da Sorte: 76Números da Semana: 45, 14, 12, 10, 1, 5

“Benfica” Sem Futebol!

Sim, no dia 5 de Março de 2005 não houve futebol, mas sim, umanoite de fados realizada pelo Sr. Octávio Sá.

Fernando Vinagre, responsável de som, deslocou -se a este clubecom a sua discoteca-movel ( L.M. Disco). Fez também a apresen-tação desta noite de fados, sem rodeios, foi um locutor extraor-dinário.

Faziam parte deste elenco fadista: Manuel Travassos e José Joãoà guitarra portuguesa, Manuel Luís e Francisco Valadas à viola,que, começando com uma guitarrada e deixando o público (ondenão se encontrava muita gente, eram poucos mas bons) muitosatisfeito, os aplausos mostraram o quanto apreciaram estesguitarristas. Tocaram como “ manda a lei”.

Fátima Miguel e José Luís ( o viola) cantaram “ Tudo isto éFado” em duo. Fátima continuou, interpretando alguns fados dasua autoria, assim como: “Fado da Minha Vida”, “Silêncio Canta-se o Fado” e outros, dedicando, um dos seus fados, ao seu Pai que

se encontrava na sala.Carlos Rodrigues cantou o fado como sempre, ( com muita

garra) entre outros, interpretou alguns temas do seu CD: “ OsMeus Avós”, “Os Bairros Que Eu Mais Gosto”, do nosso poeta SilvaGarcia e “ Natureza” do nosso poeta José da Conceição.

O silêncio era pouco, mas, o fado continuou com José João, quealém doutros cantou o “ Cavalo Russo” e a “Tua Boca” no seuestilo bem castiço.

Deu-se um intervalo, mas, houve quem não repousasse, poisfizeram-se ouvir as castanholas por Joaquim Cunha, o acordeão porManuel Costa e ouvindo-se as vozes ( numa rapsódia) de FátimaMiguel ( que como sempre colabora em tudo o que é cantar e nãohá duvida, que folclore e marchas Fátima é “numero 1”) e deFernando Matos o qual também cantou muito bem.

Francisco Valadas cantando “ Sempre que Lisboa Canta” fê-lo

com uma intuição bem Lisboeta, muito bom!Tivemos o prazer de escutar o Sr. Manuel Luís (viola) que

interpretou “Coimbra” de uma maravilha inesquecível, ( nãodeixando a viola de parte ) realmente, uma voz como esta parabaladas, não se compreende, como é que não é mais conhecido nanossa comunidade. Noite de fados divertida e boa, mesmo comalguns barulhentos na sala, decorreu tudo muito bem. Parabénsà direcção do clube Sport Montreal Benfica pois sem a vossacolaboração não seria possível noites como esta.

Viva o “Benfica”; Benfica clube na Bernard, nada de confusões!

Elisa Rodrigues

Equivoco de Identidade “S.O.S. Ásia”No artigo que escrevi, no jornal do dia 16 de Fevereiro de 2005, sobre oprograma acima mencionado “S.O.S. Ásia”, quero rectificar, que na lista dosque participaram, me foi dado por engano o nome do Sr. Silva Garcia , emvez de Edmundo Silva. Já tendo pedido as minhas desculpas ao Sr. Edmundopessoalmente.

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Dia internacional da mulher“Uma noite, um restaurante, uma festa inesquecível”

Noite especial para as mulheres no Estrela do OceanoSylvio Martins

A Mulher-Mulher e a Mulher-MãeFernando Cruz Gomes

Entendamo-nos. A mãe temmuito a ver com a aprendiza-gem que fazemos e vamostransmitindo aos que estão,agora, a vir ao de cima, na suasede de andar em frente. Amãe, como transmissora idealde uma Cultura popular que oberço nos dá e só a tumba leva.A mãe, que já antes abençoaraos filhos, um a um, para irempara a guerra que era sopradanas Áfricas. E que um a um, àsvezes, viu cair a mando de balasassassinas... que ninguém con-segue justificar, por não pode-rem justificar uma guerra estú-pida... em que mergulhámos!

A Mãe!Há dias, não muitos, foi mais

um Dia Internacional da Mu-lher! Da Mulher-Mãe. Da Mu-lher-Mulher! E sem querer doucomigo... a pegar de uma florsimples e ir até ao quarto ondea minha dorme. É tarde e... euterei de ir pé-ante-pé.

Vou tentar ir, sem fazer ba-rulho. Se o não fizer, ela é bemcapaz de acordar. E acordando,é capaz de me dar conselhos emais conselhos em catadupas!De me lembrar factos e maisfactos de uma História que,sendo de todos os Portugueses,

é também minha... É capaz...Ainda estão nos meus ouvi-

dos - tamanhão que já sou - asestrofes de uma canção comque ela me embalava, Áfricalongínqua, onde então vivia:

Faz ó-ó meu bebéPor que eu velo por ti.Nem papão nem ninguémHá-de vir...! Por isso, a flor à cabeceira da

cama! Por isso, o sossego quenão quero interromper. É que,se ela acordar... se ela me virchegar, é bem capaz de querercantar a canção de embalar,que eu já esqueci, na sua totali-dade, mas que já transmiti aosmeus filhos e estes - creio - jáfizeram chegar aos seus...

Faz ó-ó meu bébé... nem papãonem ninguém... há-de vir!

Há tantos papões, agora,mãe! Tantos! Cruzo-me comeles, todos os dias, e nem sem-pre tenho a coragem de os afas-tar! Acho que, nesse como emmuitos aspectos, a tua imagemde Mulher Portuguesa, degrande Mãe, e de grande Mu-lher... me está a fazer cada vezmais falta. São muitos os papõesdos tempos que vão correndo.E muitos já o eram no teu tempode menina... E muitos já oseriam quando a tua mãe tecantou a canção de embalar -esta ou outra - pela primeiravez!

Há tantos papões agora!Tantos... mãe!

Imagina que há quem recusever... o muito que o HomemPortuguês fez pelo mundo. Eque lhe negam a consideraçãoque ele merece. E que o olham

como quem o faz para alguémde outro planeta! Tantos pa-pões, agora!

Temo-los por cá, mãe! E te-mo-los por lá. Quando visiona-mos o muito que poderíamosfazer de mãos dadas com oHomem Português que há emtodos nós... e somos confron-tados com desculpas e maisdesculpas... com estereotipa-das burocracias... com o nulorespeito que o Português de cádeve merecer... é um papão quese alevanta! E nos entrava amarcha! É um papão, mãe...!

E, curiosamente, nem sem-pre estás comigo a entender aminha luta, a visionar os meusanseios, a dares força às minhasfraquezas, a exconjurares,comigo, os papões que se vãoempertigando!

Talvez por isso, a flor e alágrima que te vou levar, emDia Internacional da Mulher.Sobretudo porque tu, Mãeeducadora, Mãe professora,Mãe transmissora de valoresmorais e de usos e costumes...continuas, ainda hoje, a des-peito de já teres passado a esca-la dos 80 a nortear-me, pelomenos, os sentimentos. Como ofazem tantos milhões de Mâesportuguesas, espalhadas poresta vasto mundo que a cobiçados homens faz pequenino. Acobiça dos homens e a tacanhêsde mentalidade dos que nãoentendem... que o Portuguêsque há em nós é, afinal, cálonge onde se fez emigrante(com i) a melhor Bandeira dePortugal. Bandeira que tusoubeste, com o teu sacrifício ecom a tua bênção aos filhossoldados que mandaste para aguerra, bordar com sangue,suor e lágrimas.

Terça-feira passada, acabei ojornal cedo e fui para casadescansar um poucinho, emcompanhia dos meus pais. De-pois de ter jantado, um bomamigo chamou-me, para ir de-pressa a uma festa onde “ficariaencantado”. Então a minhacuriosidade levou-me a fazeruma visita ao restaurante “Es-trela do Oceano. O restau-rante festejou o o Dia da Mu-lher num ambiente de grande

festa. O artista convidado eraHorácio de Melo que animouesta noite, junto com váriosoutros artistas, tal como MartaRaposo, Fátima Miguel, etc.

Fiquei surpreendido com asnumerosas mulheres presen-tes, para festejar. Num encon-tro com uma delas, explicou-me que “todos os dias elas tra-balham e, chegando a casa ,devem criar os filhos, fazer ojantar, limpar a casa, e muito

mais. Hoje é o dia onde podemser elas-mesmas e podem des-cansar e esquecer todos os seusproblemas. Um dia não é muito,mas faz uma grande differençapara elas”.

Eu agradeço a gentileza detodas que estavam presentes eagradeço o restaurante paraesta grande iniciativa que foibastante apreciada por todas asmulheres presentes.

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Vária

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Alma juvenilAnedotas

The FountainHugh Jackman em busca da

imortalidade. Depois de andaràs avessas com uma série devilões intemporais em VanHelsing e de encarnar o míticoWolverine em Xmen, HughJackman está à procura daimortalidade em The Foun-tain. O novo filme de ficçãocientífica aborda um temamuitas vezes levado ao grandeecrã. Desta vez, o personagemde Jackman, leva a sua qui-

mera um pouco mais longe, em três séculos distintos, atravésdo passado, presente e futuro. Ao seu lado está a bela etalentosa Rachel Weisz (Constantine), numa história queainda está a ser filmada. No entanto, chegam agora as duasprimeiras imagens do filme, que mostram um pouco do quese pode esperar ver quando o filme estrear, ainda este ano.Depois disto, em breve, quem sabe, Jackman regressará aopapel que o lançou: Wolverine…

Piratas das Caraíbas IIAlguém adivinha quem é

esta noiva?Pois é, só podia ser Keira

Knighly a misteriosa noiva…pois estas são imagens retira-das à socapa do set de Piratasdas Caraíbas II, as primeiras aaparecerem na Internet. Onoivo não podia ser outro quenão Orlando Bloom, pois am-bos regressam aos seus ante-riores personagens. Desta vez,O Capitão Jack Sparrow en-contra-se numa nova alhada evai arranjar maneira de estra-gar os planos de casamento dofeliz casalinho. As filmagenspara as sequelas começaram

em Fevereiro e devem terminar só no final do ano. O produtofinal deverá chegar aos cinemas no verão de 2006, sendo queo terceiro filme, que está a ser filmado simultaneamente, temestreia prevista para o ano seguinte. Estas imagens foramcaptadas em Los Angeles, onde estão a decorrer as filmagense mostram um ensaio da cena de casamento de Elizabeth eWill Turner. Entretanto Keira tem dois filmes as estrear: TheJacket e Domino e Orlando, que não lhe fica atrás, vai estrearnas salas nacionais, dia 5 de Maio, Reino dos Céus e maistarde, Elizabeth Town. Sempre dá para ir matando sau-dades…

Shrek... 4Ainda não saiu do papel o

terceiro filme, já os produtorespensam num quarto episodio.Enquanto Shrek 3 está quasea chegar á fase de pré-produção, os produtores daDreamWorks pensam já numaquarta sequela para a série deaventuras do ogre verde. Para

isso, assinaram contrato com o não menos famoso TimSullivan onde se comenta que Sullivan teria tido um ideiapara um quarto filme e os estúdios simplesmente adoraram.Para o apoiar, esteve o seu trabalho que efectuou para JeffreyKatzenberg em vários produtos animados.

Para já, é Shrek 3 está actualmente agendado para estrearem 18 de Maio de 2007 nos Estados Unidos. Mike Myers,Cameron Diaz, Eddie Murphy and Banderas estão jáconfirmados para voltar a emprestar as suas vozes áshilariantes personagens dos filmes antecessores.

Sarau de poesia e músicaportuguesas dos Açores naUniversidade de Montreal

Daphné Santos-Vieira

O nome oficial deste evento, que de-correu na Universidade de Montreal nodia 15 de Fevereiro de 2005, era: Sarau dePoesia e Música Portuguesas dos Açores ,mas houve muito mais do que poesia emúsica. Para alem da cultura açoriana,também foi representada a cultura docontinente com duas homenagens aFernando Pessoa, uma por Luís Aguilarque disse Autopsicografia e outra porCarla Jordão que recitou O Infante, ambos

representaram o Departamento de Estudos Portugueses daUniversidade de Montreal. Foi também uma ocasião para fazer olançamento do quinto número do seu jornal: O Lusógrafo, dedicadoà Literatura Portuguesa. Foi servido um Porto de honra paraacompanhar o lançamento, oferecido pelo proprietário dorestaurante Chez Le Portugais, o terceirense Henrique Laranjo.

Estavam presentes, neste sarau, artistas da comunidade

açoriana de Montreal que leram poemas da sua autoria. Bemconhecido na comunidade, Joviano Vaz leu-nos dois dos seuspoemas: Na Minha Aldeia e Poema ao Mar da Manhã. O não menosconhecido, António Vallacorba recitou, de seguida poemaspublicados no seu livro Peito Açoriano, aproveitando para dissertarsobre a afirmação de açorianidade. Amélia de Oliveira-Vaz, que nãoé açoriana, mas casou com um natural dos Açores onde teve o filho,leu um poema sobre os Açores, Nostalgia e outro intitulado EstaTão Bela Língua Portuguesa. Cipriana Machado que há mais decinquenta anos não lia poesia em público, recitou o poema Ilha deSão Miguel de Ana Irpic (pseudónimo que usa para escrever) e aomesmo tempo apresentou os três quadros que decoravam a salada sua filha, Natércia Rodrigues, que representavam paisagenstípicas dos Açores: o mar, os montes, os vales verdes e as hortênsias.A contribuição do Luís Duarte e da Rosie deliciaram os ouvidos dosque estavam presentes, com dois fados bem sentidos eemocionados. Luís Duarte cantou duas canções tradicionais dosAçores: Pézinho da Vila e Lira.

Dois convidados de honra: os poetas Luísa Ribeiro e EduardoBettencourt Pinto. Ambos confessaram que eram muito tímidose, por isso, iam ler os poemas escritos um do outro. Foi pena queeles se tenham limitado a ler os poemas de forma pouco poética.Afinal, o mais interessante da segunda parte do Sarau foram asapresentações que cada poeta fez do outro. Luísa Ribeiro escreveuum texto, O Poeta das Sandálias inspirado num poema do EduardoBettencourt Pinto: A Mãe. Ele fez o mesmo com ela escrevendo otexto: A Sereia Sentada no Sofá das Palavras. Durante estas leituras,Luís Duarte acompanhava-os à guitarra.

Finalmente, o Grupo Recordações dos Açores terminou o saraunuma nota alegre com três canções açorianas: Madrugada nosAçores, Saudade (da Ilha de São Jorge) e O meu Peitinho temRendas (da Ilha Graciosa). E, desta forma, chegou ao fim essesarau apreciado pelos presentes que teceram comentáriospositivos sobre o evento. Esperamos que os organizadores sesintam encorajados a repetir a experiência, porque há muito emPortugal, que todos ganhariam em descobrir, desta forma.

É de referir que, no tempo destinado aos discursos, o cônsul-geral de Portugal em Montreal realçou: a importância de promovera Língua Portuguesa. Por sua vez, a representante da DirecçãoRegional das Comunidades do Governo dos Açores, dra. AnaCristina Ribeiro, leu uma mensagem da directora, Dra. Alzira Silva,onde lembrou que os jovens são a esperança e os representantesda cultura portuguesa. O Conselheiro das ComunidadesPortuguesas no Canadá, Francisco Salvador, engripado, e por issofalou pouco; mas ainda deu para insistir no facto dos jovens seremo futuro da nossa cultura. A directora do Departamento deLiteraturas e Línguas Modernas da Universidade de Montreal aquem coube as palavras de boas-vindas, realçou a numerosaafluência de público e ao contrário do que tinha dito no início, ficouaté ao fim da sessão.

Fotos da semana

Uma linda família dançando na festa dos Campinos doRibatejo

Uma familia de ESTRELAS no Estrela do Oceano

No médico:- Sr. dr, então o meu marido, que tal está?- Precisa de muito descanso e tranquilidade. Vou receitar estecalmante.- E que quantidade devo dar-lhe?- Não é para ele, é para si, minha senhora.

Como é que se diz cara em Árabe?R: Al-faceE supositório?R: Al-coentreE desespero?R. Al-valade

Diz-me, Carlinhos, já sabes o alfabeto?- Já, senhor professor.- Então, depois do A que letras vêm?- As outras todas, senhor professor!

P: Porque é que as loiras tomam banho com o chuveirodesligado?R: Porque o champô diz “para cabelos secos”.

P: Qual é a diferença entre uma loira e um telefone?R: É necessária uma moeda para usar o telefone

Uma funcionária pública:- Onde moras?- Na Rua dos Remédios, 100, quarto.- Sem quarto? E onde dorme?

P: Sabem qual é a diferença entre um avião e uma chiclete?R: É que o avião descola e a chiclete cola.

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VáriaDoença bipolar afectiva

Um Caminho com retorno

Nos últimos anos tem-se acentuado em todo o mundo, e tambémem Portugal o número de pessoas que sofrem da Doença BipolarAfectiva, antigamente designada por PMD.

O que é de facto a Doença Bipolar Afectiva?É uma doença que se caracteriza por uma duplicidade de

humores: mania (euforia) e depressão.Os primeiros transtornos aparecem geralmente entre os 20 e os

30 anos, embora haja registos de casos fora desta faixa etária.É bom que se diga que os casos registados durante a infância

são de baixa prevalência.Por outro lado, sabe-se que a Bipolar tanto pode surgir com uma

fase maníaca como em fase de depressão e a sua cronicidade nodoente poderá desenvolver-se repetidamente ou lentamente.

Explicitando, podemos dizer que a Doença Bipolar Afectiva sedivide em dois tipos:

O tipo I, que é a forma clássica, a forma em que o doente nosmostra episódios alternados: maníacos e depressivos.

O tipo II, é aquele que nos mostra uma sintomatologia designadapor hipomania e/ou (euforia com exaltação de humor moderado)alternada com humor deprimido.

A fase maníaca, num período de tempo curto, tambémdesignado por ciclos rápidos, no caso de não ser controlada, chegaquase sempre a permanecer durante meses.

No estado eufórico o doente sente-se alegre, feliz, com grandeenergia vital. É o tempo em que as contrariedades parecem nãolhe dizer respeito.

Contudo, existem outros sintomas que definem a fase maníaca,como o falar sem parar, fazer compras sem necessidade, oaumento de produtividade, sobretudo o trabalhar muitas horassem necessidade de descanso, o fluir de ideias sem contudoconcluir raciocínios, por serem estes caracterizados pela fuga deideias.

Vejamos agora a “fase depressiva”.Nesta fase, os sintomas mais acentuados são a sua fraca auto-

estima, a tristeza, o desespero, a astenia, a avolia, a adinamia, aanedormia e outros sintomas, tais como a falta de apetite, ocansaço, as insónias, a falta de atenção e a falha de memorio.

Esta é também a fase em que o doente vive somente compensamentos negativos, pensamentos que ele próprio faz girar emvolta das doenças (hipocondrismo), dos medos, das angústias eaté da morte, pensamentos que, quando não controlados acabampor levar o paciente ao suicídio.

Contudo, apesar da doença se estar cada vez mais a generalizar,não houve ainda, até hoje, forma de localizar as suas origens,embora estudo recente apontem para uma causa genética.

E então como curá-la?Quando se fala na cura, temos de ter sempre em atenção que a

DBA é uma doença que de momento não tem cura.De qualquer modo, com as terapêuticas existentes

(estabilizadores do humor, anti-depressivos e litio), qualquerpaciente poderá controlar a doença, embora existam outros, taiscomo os anti-psicóticos, os ansilolíticos, os hipnóticos e outros, queos médicos, em caso de necessidade poderão também prescrever.

Em resumo, o que é que a mania (euforia) pode provocarno paciente:· Alterações emocionais repentinas, com pensamentos e falaacelerados e mudanças constantes de assunto;· Interesse por várias actividades, dívidas e comprasexageradas;· Energia e hiperactividade excessivas;· Vontade sexual anormal e sem controlo das escolhas;· Aumento da irritabilidade, exigência, desejos e vontades;· Pensamentos de grandeza e aumento do amor-próprio;· O sentimento de não reconhecer a doença e a culpabilizaçãodos outros;· Abuso do álcool e de outras substâncias aditivas;· Excessiva reacção aos estímulos e interpretação errada doque se passa à sua volta;·Muitas vezes, perda da noção da realidade.

E a depressão?· Desespero, culpa excessiva e sentimentos de inutilidade;· Inquietação, falta de sossego, perda de energia, cansaço;· Insónia ou sono a mais;· Vontade de chorar sem ser capaz ou choro fácil;· O pouco interesse pelas pessoas, incluíndo família e amigose a perda de interesse pelo trabalho;· Perda da auto-estima, obsessão com pensamentos negativos

que não consegue afastar. Muita preocupação com fracassose incapacidades;· Dificuldade de concentração, pensamento lento eesquecimento;· Excessiva preocupação com queixas físicas;· Situações de alteração do peso e do apetite;· Menos desejo sexual;· Tentativa acentuada para o suicídio.

Durante anos e em parte ainda hoje, a Doença Bipolar Afectiva,foi uma doença sonegada, escondida, tal como outras doenças doforo psiquiátrico. Contudo, como qualquer outra doença que podeafectar o ser humano, foram inúmeras as grandes figuras, dasletras, da música, das ciências e das artes que sofreram destadoença. Lembremos apenas alguns. Os escritores: Virgínia Woolf,Ernest Hemingway, Samuel Becket, F. Scott Fitzgerald, GeorgeByron, Honore Balzac, Charles Docksen, Eugene O’Neill, LeoTolstoy, Tennessee Williams; os poetas: Florbela Espanca, Anterode Quental, Mário Sá Carneiro, Charles Baudelaire, T.S.Eliot.Victor Hugo, Edgar Allan Poe, Alexandre Pushkin; os drama-turgos Augusto Strindbergh e Anton Tchekhov; os pintores: PaulGauguin, Vincent Van Gogh, Michelangelo Buonarroti; os

Lagoas da Silva

músicos: George Frederic Handel, Giocchino Rossini, RobertoSchumann, Piotr Ilich Tchaikovsky, Charles Parker, Kurt Cobain,músico dos Niervana, Peter Gabiel, Eric Clapton e Ted Turner,magnata da televisão e tantos outros. Em Portugal, nos últimoscinco anos, foi de 43% o aumento do consumo de anti-depressivos,uma percentagem que nos parece astronómica se comparada coma de outros países, mas não tão astronómica quando analisada àluz da situação económica e social que se vive no nosso país etambém, é bom que se diga, se tivermos em conta que hoje, emPortugal, qualquer médico, independente-mente da suaespecialidade e/ou capacidade, pode receitar anti-depressivos,situação que, pensamos, terá de ser urgentemente revista.

A Doença Bipolar Afectiva, é bom que se tenha isso em conta,quando não controlada, é uma doença susceptível de trazer gravesproblemas ao paciente. Contudo, se controlada com inteligência,ela permite àqueles que dela sofrem, fazerem uma vida absoluta-mente normal, tão normal como a de qualquer outra pessoa.

Cura para a diabetesPela primeira vez no Reino

Unido um diabético do tipo 1ficou curado depois de recebero transplante de células dopâncreas de dadores de órgãos.Esta técnica revolucionária é omais importante passo para acura dos insulinodependentes.

Richard Lane, de 61 anos,pôs fim a 30 anos de injecçõesdiárias de insulina depois dereceber as células pancreáticasde três dadores. “É um avançocientífico no tratamento da dia-betes do tipo 1 mas para quemais doentes beneficiem aindavai necessário mais algum tem-po de investigação”, afirmou aoCM José Manuel Boavida, en-docrinologista e presidente daAssociação Protectora dosDiabéticos de Portugal. EmLondres, Lane foi o terceirodiabético tratado no HospitalKing College com esta técnicadesenvolvida na Universidadede Alberta, Canadá, pelo espe-cialista James Shapiro. O suces-so do transplante neste pacien-te foi total, ao contrário de doisdiabéticos anteriores, quereduziram – mas não elimina-ram – a necessidade de se in-jectar com insulina.

Lane submeteu-se a trêsintervenções – duas em Outu-bro e uma outra em finais deJaneiro – para receber umaquantidade grande de célulasdo pâncreas, cerca de um mi-lhão, não sendo por isso sufi-ciente um único dador.

Há quatro anos, a diabetesdeste doente descontrolou-sede tal forma que teve de serligado a um aparelho que lheinjectava uma dose de insulinade seis em seis minutos, mas odispositivo começou a falhar.No ano passado surgiu a possi-bilidade de se submeter a umtransplante, que consistiu emextrair as células do pâncreasde um dador, purificá-las, pre-pará-las e injectá-las no seufígado numa operação que nãodemorou mais de uma hora,com anestesia local.

UM SONHO REAL“Nunca me senti tão bem

desde há 30 anos e às vezestenho de me beliscar para acre-

ditar que não estou a sonhar”,declarou Lane.

Os investigadores canadia-nos demonstram assim que osdiabéticos do tipo 1 podem viversem a insulina depois de umtratamento completo. Os resul-tados deste transplante de da-dores mortos entusiasmaramde tal maneira a equipa clínicaque a especialista responsávelpela intervenção, StephanieAmiel, do King College,considerou que “as implicaçõespara o futuro são enormes”.

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 1 2

Guia do ConsumidorCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLAR

CANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGAL

EM 14 MARÇO 20051 E U R O = 1 . 6 1 9 01 E U R O = 1 . 6 1 9 01 E U R O = 1 . 6 1 9 01 E U R O = 1 . 6 1 9 01 E U R O = 1 . 6 1 9 0

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ASSOCIAÇÕESE CLUBESAss. Angolana de Montreal 313-6465Associação N. S. de Fátima(Laval) 681-0612Associação Portuguesa do Canadá 844-2269Associação Portuguesado Espírito Santo 254-4647Associação Portuguesa de Lasalle 366-6305Associação Portuguesade Ste-Thérèse 435-0301Caixa de Economiados Portugueses 842-8077Casa dos Açores do Quebeque 388-4129Centro de Ajuda à Família 982-0804Centro Português de Referência 842-8045Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550Clube Oriental Português de Montreal 342-4373Clube Portugal de Montreal 844-1406Grupo Folclórico Campinosdo Ribatejo 353-3577Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634Ass.Port.West Island 684-0857Português de Montreal 739-9322Sporting Clube de Montreal 499-9420Sport Montreal e Benfica 273-4389

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514.522.4150514.483.2362514.495.2597514.849.9901514.993.9047

Igreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

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Missa do 25º aniversário de nascimentoJanete Couto Frias

21/03/1980 - 21/06/1995

Com profunda saudade, seus paisManuel Frias e Maria Izénia Couto,irmãos e restante família participamque será celebrada missa por sua alma,no dia 22 de Março de 2005, pelas18h30, na missão Santa Cruz.

Agradecendo desde já quem possamparticipar nesta celebração eucarística.

Artemísia Pires Faleceu em Montreal, com 71 anos de idade, nodia 11 de Março de 2005, a Sra. Artemisía Pires,natural de Santa Cruz Rosário Lagoa, São Miguel,Açores. Deixa na dor sua filha Maria dos Anjos Silva, seusnetos Denis Chalifour, Sylvian Gauthier e MartineGauthier, suas irmãs, Maria Lúcia (João CarlosMedeiros), Sofia (Manuel Areia), seu irmão ManuelDimas (Maria dos Anjos), assim como outrosfamiliares e amigos.

Os serviços fúnebres estão a cargo de:Alfred Dallaire | MEMORIA4231, Boul. St-Laurent, Montreal514. 277.7778 www.memoria.caEduino Martins

O funeral teve lugar ontem, 15 de Março, na missão Santa Cruz,seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitério Près du Fleuve, ondevai a sepultar. A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecer a todas aspessoas as muitas provas de carinho e amizade que lhe foram dadas porocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todas aquelas que,por qualquer forma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesarpor tão infausto acontecimento.A todos um sincero Obrigado e Bem-Hajam.

† JOSÉ DOMINGOS RAPOSO1939 - 2005

No passado dia 11 de Março de 2005, faleceu noHospital Sacré-Coeur de Montreal, com a idade de 66anos, o Sr. José Domingos Raposo, casado com a Sra.D. Maria da Conceição Falcão, naturais de Livramento,São Miguel, Açores. Deixa na dor sua estimada esposa, seu único filho,Marco Filipe Raposo (Sylvie Dubois), sua querida neta,Zara Dubois Raposo, seus irmãos(ãs)João Carlos(Nidia Ivone), Maria Teresa (Religiosa), Maria Inês (GilCabral), Maria da Conceição e Maria Eduardo (VictorBotelho), seus cunhados(as), Raul Falcão (Albertina Falcão), GabrielaEstrela (José Estrela), Edmundo Falcão, falecido (Senhorinha Falcão),Angela Oliveira (Manuel Oliveira), João Carlos Oliveira (Isabel Oliveira),Margarida Santos (Manuel Santos), António Falcão (Denise Falcão) eFilomena Teixeira (Jorge Teixeira),sua sogra, Maria das Merces Falcão,seus trinta e cinco sobrinhos(as), assim como muitos outros familiares eamigos. Uma missa de corpo presente teve lugar na Igreja da Missão NossaSenhora de Fátima, Laval, presidida pelo Rev. Padre José Vieira Arruda eanimada em cânticos pelo grupo coral N. S. de Fátima, seguindo depois ocortejo fúnebre em direcção ao Cemitério Ste-Dorothée, onde foi a sepultar,descansando para a eternidade. A família vem por este meio agradecer a todos os que, com a sua presença,palavras e gestos de amizade, os reconfortaram nestes momentos difíceisda sua vida. A todos, o nosso Sincero Obrigado e Bem-Hajam.

Os serviços funerários estiveram a cargo de:MAGNUS POIRIER inc.

222 Boul des Laurentides, LavalTel: 514-727-2847

Director: José Teixeira

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 1 3

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 1 4

VáriaAGENDA COMUNITÁRIA

A.P.C.: Baile da pinhataSábado dia 19 de Março 2005 pelas 19h00 na Associção

Portuguesa do Canadá. Com o conjunto Renovação. Ementa:Sopa, entrada, Vitela à A.P.C., sobremesa e café. Sócios: 15APC,Não sócio: 20 APC e crianças: 7APC.Reserve tel.: 844-2269

Filarmónica doDivino Espirito de Laval

Jantar da Primavera organizado pela Filarmónica do DivinoEspirito de Laval no dia 2 de Abril pelas 19 horas no Salão daIgreja St-Enfant Jésus. Baile animado pelo magnífico conjuntoPre-Ex. Ementa: Salada de carnes frias; creme de espargos; meiofrango com batatas e legumes; ananás fresco, bolos e café. Preço:25 músicos; crianças de 6 a 12 anos: 15 músicos. Para maisinformações contactar: João Aguiar (450) 629-5228; Manuel Dias(450) 628-1134.

GATINEAU - CARNAVAL 2005A Comissão de Festas convida toda a Comunidade a vir

celebrar A Festa do Carnaval que será realizada no dia 19 deMarço, pelas 19h00 no salão da nossa igreja. Um buffet àportuguesa será servido com a ementa seguinte: Bifanas, batatacom pimenta, chicharros, favas guisadas, feijoada, galinha, pizza,salada, sardinhas e malassada. Haverá 2 danças carnavalescascom os seguintes temas:

“A opinião” pelo Lusitánia de Toronto“As viúvas” pelo Graciosa de TorontoTambém haverá um concurso de máscarados. Pede-se que

não utilizam máscaras de borracha por motivos de protecção dapessoa. A animação será a cargo da DISCOTECA NOVA . Opreço é de $5.00 para adultos (gratuito para as crianças até aos12 anos). Para mais informações ou para confirmar a suapresença, ligar para: Irene Toste (819-643-2816), Isabel Duarte(819-777-0665), João Marques (819-568-5248), Ricardo Branco(819-771-5156) ou qualquer outro membro da Comissão deFestas.

Jantar dançanteVai realizar-se um jantar, em benefício da Aldeia da Paz no dia

16 de Abril na Cave da Igreja Santa Cruz.A Aldeia da Paz, é uma obra do Padre Mata, um missionário

da Madeira, que fundou no Brasil 5 casas para crianças orfanse idosos. O Padre Mata costumava vir a Montreal, pedir ajudapara a sua obra, mas devido á doença e idade, não poderá cávoltar, como a sua obra deve continuar um grupo de pessoas,resolveram ajudá-lo. O jantar será animado pela orquestra Tropi-cal. Quem estiver interessado a ajudar a obra do Padre Mata, devecontactar os seguintes telefones: (514) 527-1035 e (514) 952-5930.

Clube OrientalOrganizamos um jantar no próximo dia 26 de Março, pelas 19

horas, seguido do Baile da Pinha, abrilhantado pelo ConjuntoTropical, com a coroação do Rei e da Rainha. Não Falte a estaFesta... Muita Alegria e Animação.

Clube Portugal de MontréalFesta da Páscoa no próximo Domingo 27 de Março, pelas 13

horas. Abrilhantada por Duarte & DJ. Xmen. Ementa: Entradade Camarão ao Alho; Canja; Costeletas de Vitela e Borrego;Sobremesa. Preços: Sócios 17.50$; Não Sócios 22.50$; Crianças(dos 6 aos 12 anos) 10.00$.

Sport Montréal e BenficaBaile da Pinha no próximo Sábado 19 de Março, pelas 19h30.

Jantar de Arroz à Valenciana. Animado pelo conjunto SkyQueen. Sócios 20$; Não Sócios 25$; Crianças (dos 6 - 12 anos) 10$.

Rivalidade ou igualdade?Víctor Hugo

Muito já se escreveu sobre o dia da mulher, mas eu não quisperder a oportunidade de prestar homenagem a todas as mulheres.Creio que é um acto de justiça, pois todos nós temos uma dívidade gratidão para com elas. É costume dizer-se que por detrás dumhomem, seja ele pequeno ou grande, está sempre uma grandemulher. Muita coisa tem mudado na condição feminina, e podemosdizer que no mundo ocidental a discriminação está quaseultrapassada, embora ainda existam alguns vestígios de machismoentre nós portugueses, que são originados, pela nossa mentalidadee educação, pois não é fácil libertarmo-nos da influência dos nossospais. Recordo que em minha casa éramos quatro filhos e não melembro de ter visto o meu pai pegar nalgum ao colo. Penso que hojeo conceito dos deveres e direitos está em igualdade, e que a partilhadas responsabilidades, quer sejam económicas, educação dosfilhos ou outros assuntos, são da competência dos dois. Emboraexista a igualdade, penso que cada um deve estar consciente dopapel que cada um deve desempenhar, sem que tenha que seconsiderar inferior ou superior. Todos os movimentos radicais quequeiram modificar a lógica humana são condenáveis, fisio-logicamente existem diferenças, que por mais invenções que sefaçam, não é possível mudá-las, não se podem mudar as leis danatureza. A sensibilidade, a sensualidade são distintas e enquantoa mulher reage com o coração, o homem reage com a cabeça.Quando um dia, eu criticava a minha mulher por ser pouco severae dar mimos demais aos filhos, ela respondeu-me que não fui eu queandei com eles na barriga durante nove meses. Um dos grandesobstáculos que encontram os da minha geração, que gostariamde passar uns meses em Portugal, são as mães, que nãoconseguem cortar o cordão que fica ligado para sempre aos filhose netos.

Muito há ainda a fazer, sobretudo nos países onde a desi-gualdade é muito evidente, mas se a luta continuar e se o homeme a mulher, que foram feitos um para o outro, aproveitarem asdiferenças como complemento e não como uma rivalidade, talvezseja possível caminhar para o objectivo máximo do ser humano queé viver feliz e as nossas filhas e netas não terão que viver asdificuldades que viveram as nossas avós.

Tarde cultural na Casa dos Açores

Assinalou o Dia da MulherTexto e fotos de António Vallacorba

A Casa dos Açores do Quebeque (Caçorbec) realizou pelaprimeira vez na sua sede uma acção sócio-cultural paracomemorar o Dia Internacional da Mulher, cuja data é o 8 deMarço.

Conferência, declamação de poesia e distinção conferida aalgumas mulheres ligadas à Caçorbec, constituiram pontos altosda interessante tarde de domingo passado, 13 do corrente.

Foi tudo desenrolado à volta de um almoço, inicialmenteanunciado como custando 15 dólares, mas que afinal acabou porser oferecido pela Agência de Viagens Vasco.

Dora Barão, a primeira mulher presidente da Caçorbec, Mariade Jesus Sousa, Cristina Arruda, Cipriana Machado e GlóriaArruda, também todas estas ligadas às várias secções dacolectividade anfitriã, foram distinguidas com placascomemorativas pelos excelentes serviços prestados a esteorganismo.

Com testemunhos alusivos ao dia, de Gil Couto e de NatérciaRodrigues, respectivamente presidente da Caçorbec e da secçãode Arte e Cultura, a feliz iniciativa contou ainda com a participaçãode Cipriana Machado e de Glória Arruda na declamação depoemas das suas autorias e dedicados à mulher.

Paralelamente, a profª Maria de Lourdes Dias proferiu uma muieloquente conferência sobre algumas das condições femininas,

acabando por confessar, entre outras considerações, que, emmuitos casos, talvez sejam as próprias mulheres (leia-se mães) quecontribuiam nos seus lares por alguma da desigualdade que hojese verifica entre o homem e mulher.

Nunca são de mais as acções de sensibilização dirigidas aohomem. Mas, tal como a profª Dias, que igualmente declamou umdos poemas do seu livro, “Fragmentos de Uma Vida”, optamos porpensar que essas mesmas acções serão mais eficazes e colherãomelhor fruto na educação e formação geral dos jovens.

Finalmente, na parte musical o agrumento “Recordações”, daCaçorbec, preencheu da melhor maneira na vertente que lhecoube nesta mui aprazível tarde, durante a qual ainda foianunciado pela Natércia Rodrigues, do projecto em mãos paraque o Rancho Folclórico da Casa dos Açores do Quebeque possadeslocar-se a Portugal em 2006.

Felicitamos a Casa dos Açores do Quebeque por esta meritóriainiciativa, fazendo votos para que acções como esta possamfinalmente não só minimizar, mas acabar com as injustiças quediariamente as mulheres enfrentam.

17 de Março: dia de São PatrícioSão Patrício que celebramos neste dia nasceu em 380 na Grã-

Bretanha e com apenas dezasseis anos foi preso por piratasirlandeses e vendido como escravo. Patrício já era cristão por issoamigo de Jesus pôde carregar a dura cruz, até que depois de váriasque conseguiu escapar e chegar na França. Foi na França quevocacionado ao sacerdócio, São Patrício, formou como padremissionário, chegando em missão até na Inglaterra. Agoraimpelido pelo Espírito São Patrício foi sagrado bispo e destinadopara anunciar o Reino aos Irlandeses; tão bem salvou Almas comCristo, que São Patrício conseguiu a conversão de todos os daIrlanda, isto do empregado ao Rei. O método que o Santo bispo,não passou pela política, nem sangue dos mártires, mas sim pelaconstrução de tão numerosos mosteiros que a Irlanda ficouconhecida: “Ilha dos Mosteiros”. São Patrício fez em Deus, muitasobras, já que os mosteiros tendiam a irradiar fé e cultura; além deformar mais o povo desta forma e pela santidade.

Cada ano o povo irlandês de Montreal festeja em grande este diado São Patrício 13 de Março na rua Ste-Catherine.

Foto

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Filip

e E

stre

la

Por óbvio erro de omissão, de que pedimos desculpa, não foimencionado na reportagem da semana passada sobre a festa debeneficiência a favor da Igreja de S. Vicente Ferrier que a viagema Portugal com que saíu premiado o sr. Humberto Rego (bilhete1034) fora uma graciosidade da Agência de Viagens Vasco.

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 1 5

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Anderson assinoucontrato com o Benfica

Anderson assinou o contrato com o Benfica válido para aspróximas cinco temporadas. O defesa brasileiro colocou o preto nobranco numa incursão relâmpago de José Veiga ao Brasil naquinta-feira, onde foi fechado o negócio.

Confirmando as notícias , o acordo entre o Benfica e oCorinthians estava já estabelecido, faltando apenas a assinaturade Anderson no contrato de trabalho. Algo que já foi feito, com apermissão do clube brasileiro e com o representante encarnadono Brasil.

O defesa, que foi recentemente chamado por Carlos AlbertoParreira para a selecção canarinha, é assim a primeira contrataçãodo clube da Luz para a próxima época. Anderson vai chegar emJunho para colmatar a saída de Luisão, que está a caminho do InterMilão.

José Mourinho reageao abandono de Anders Frisk

José Mourinho, treinador do Chelsea, reagiu à polémicasuscitada pelo anúncio do abandono do árbitro sueco AndersFrisk, o juiz que dirigiu o Barcelona-Chelsea, para a Liga dosCampeões.

«Antes de mais lamento que o senhor Frisk tenha tomado adecisão de abandonar o futebol, por razões que só a ele competeexplicar. Se, como algumas pessoas têm pretendido, esta decisãoestá associada a uma crítica pela sua actuação no jogo deBarcelona é estranho que assim seja. Críticas semelhantes sãoproduzidas todos os dias, em todo o mundo, por treinadores,dirigentes e jogadores. É uma situação normal. Um árbitro coma experiência do senhor Frisk não tomaria tão drástica decisão seefectivamente o abandono fosse suscitado pela crítica à actuaçãono Barcelona-Chelsea. Se existem outros motivos, desconheço egostaria que fossem apurados. Se as razões têm a ver comameaças, naturalmente condenáveis, de que diz ter sido alvo,trata-se de um caso de polícia».

José Mourinho responde também ao presidente do comité dearbitragem da UEFA, o alemão Volker Roth, que qualificou otreinador português como um «inimigo do futebol».

«Quanto às declarações do senhor Roth, restam duas saídas: oupede desculpa ou vai parar a tribunal». A posição de José Mourinhosobre a polémica em redor do árbitro internacional Anders Frisk.

UEFA e árbitros internacionaiscriticam José Mourinhodevido ao abandono de Frisk

O presidente do Comité de Arbitragem da UEFAresponsabilizou o treinador português José Mourinho pelo súbitoabandono do árbitro Anders Frisk. Volker Roth não poupou otécnico do Chelsea, lembrando as duras críticas de Mourinho aotrabalho de Frisk no recente encontro entre Barcelona e o clubelondrino, para a Liga dos Campeões.

«Não podemos aceitar que um dos nossos melhores árbitros sejaforçado a retirar-se porque recebeu ameaças de morte. Pessoascomo Mourinho são inimigas do futebol», disse o responsável daarbitragem da UEFA.

O árbitro suíço Urs Meier acompanha Volker Roth nas criticasao treinador do Chelsea. «È óbvio que é incorrecto um treinadorcolocar tanta pressão sobre um árbitro, tal como fez Mourinhoneste caso particular. Ele tem de ser castigado. A UEFA e a FIFAdevem proteger os árbitros de ataques como este», referiu.

Urs Meier também já recebeu ameaças de morte,especialmente depois de ter invalidado um golo de Sol Campbellno encontro entre Inglaterra e Portugal, no Europeu 2004.

AGUIA VOA MAIS ALTOEm jornada de desgraças caseiras para FC Porto e Sporting - este

continua a ser um campeonato que não lembra a ninguém -, oBenfica cometeu uma verdadeira proeza: foi capaz de ganhar naLuz ao Gil Vicente e é líder isolado da SuperLiga. Não há memória!Mais difícil ainda é encontrar explicações consistentes para o quese passou no Dragão e em Alvalade, sem esquecer que o sorrisodos benfiquistas foi tímido e nervoso até ao golo de Miguel. Adiferença é que os encarnados acabaram por dar conta do recado,ao passo que portistas e sportinguistas trataram de se autoflagelar.Quem sabe se penitenciando-se pelos muitos outros pecadoscometidos nesta época...

Por estranho que pareça, até a perspectiva de análise do queaconteceu no FC Porto-Nacional mudou de sexta-feira paradomingo. Aquilo que começou por parecer um acidente depercurso (mesmo para quem o tem feito acidentado...) é agora umamonstruosidade, porque se lhe juntou a derrota em casa do Sport-ing ante o Penafiel. E percebe-se que não foram percalços, mas simerros graves, disparates sem outra explicação que não aincompetência dividida por todos os envolvidos.

A seis pontos do Benfica, o Sporting caiu para o quinto lugar.Boavista venceu o Belenenses e ficou junto ao Braga no quartolugar. Na restante jornada, registo para a chegada do Guimarãesao sexto lugar, que poderá vir a valer a Europa (se Benfica eBoavista forem finalistas da Taça...).

Andebol: violência mancha jogoZagreb-Partizan de Belgrado

Um polícia croata e três jornalistas da Sérvia-Montenegroficaram feridos na sequência dos incidentes violentos quemarcaram, um jogo dos quartos-de-final da Taça das Taças deAndebol, entre o Zagreb e o Partizan de Belgrado (22-18).

O polícia ficou ferido quando as autoridades tentavam dispersaros adeptos do Zagreb, que lançavam pedras e outros objectoscontra um autocarro que tinha matrícula de Belgrado etransportava cerca de 30 jornalistas da Sérvia e Montenegro,segundo informou a polícia à agência de notícias «Hina».

Cerca de meia hora mais tarde, os três jornalistas da Sérvia eMontenegro ficaram feridos, um deles com gravidade, duranteoutro incidente em que o autocarro em que seguiam foiviolentamente atacado por cerca de dez croatas munidos comtacos.

Liga Campeões: Juventus, Bayern,PSV e Liverpool nos «quartos»

A Espanha não tem qualquer representante nos quartos-de-fi-nal da Liga dos Campeões, dado que, depois do Chelsea tereliminado o Barcelona, foi a vez da Juventus deixar para trás oReal Madrid, num jogo que necessitou de prolongamento para seencontrar um vencedor. Os italianos saem por cima com umtriunfo por 2-0.

Ou seja, Juventus, Bayern deMunique, PSV Eindhoven eLivepool juntaram-se a Chelsea,Milan e Lyon no lote de apu-rados para os quartos-de-final

da Liga dos Campeões.O Bayern deixou pelo cami-

nho o Arsenal, que confirma apéssima época que está a reali-zar. Numa altura em que otítulo inglês está cada vez maislonge, os comandados de Arse-ne Wenger conseguiram ven-cer por 1-0, mas porque perde-ram o primeiro jogo por 3-1 fo-ram eliminados.

Nos outros embates , o Liver-pool segurou bem alto a ban-deira inglesa e junta-se ao Chel-sea na próxima fase, depois deter repetido o triunfo por 3-1sobre os alemães do BayerLeverkusen. O PSV Eindhoventambém não teve problemasem seguir em frente, elimi-nando o vice-campeão europeuMónaco, vencendo por 2-0 noprincipado.

Taça UEFA: Liedson e Shea-rer dominam como goleadoresem luta ombro-a-ombro

Os melhores marcadores dapresente edição da Taça UEFAtêm oito golos obtidos cada um.São eles o sportinguista Liedsone Alan Shearer, do Newcastle.Os dois avançados estão notopo e, curiosamente, com umpercurso praticamente idên-tico. A única nuance nestacaminhada goleadora «favo-rece» o brasileiro, pois Liedsonobteve a marca sem «precisar»de ter marcado qualquer pen-alty.

Ou do Sporting ou do New-castle deverá ser seguramenteo goleador da Taça UEFA2004/05, pois ambas as equipas

Roménia: Viagra faz cresceras dívidas fiscais do Oradea

A auditoria que está a ser realizada às contas do FC Oradea, daRoménia, descobriu uma factura de 4 mil euros para aquisição deViagra, segundo informação do jornal romeno Prosport veiculadapela Agência Lusa.

O responsável pela factura, Ion Lazau, vice-presidente do clubeRomeno, já foi solicitado pelos auditores a esclarecer a existênciadesta factura da compra de um medicamento para a disfunçãoeréctil que não é utilizado na prática desportiva.

Esta estranha descoberta está integrada numa investigação queas Finanças estão a realizar aos clubes Romenos, que são acusadosde dívidas de milhões de euros ao Estado

Isabel avisa os seusestimados clientes que

encontra-se, desde o dia

no Salão Zira, situado no4077 Boul. St-Laurent.

(514) 286-5252

Resultados e marcadores:Juventus-Real Madrid, 2-0 (Trezeguet, 75 e Zalayeta, 116)Bayer Leverkusen-Liverpool, 1-3 (Krzynowek, 87) (LuisGarcía, 28 e 32; Milan Baros, 67)Mónaco-PSV Eindhoven, 0-2 (Vennegoor, 27; Beasley, 69)Arsenal-Bayern Munique, 1-0 (Henry, 66)Chelsea-Barcelona, 4-2 (Gudjohnsen, 8; Lampard, 17; Duff,19; Terry, 76) (Ronaldinho, 27 g.p. e 38)Milan-Manchester United, 1-0 (Crespo, 61)Lyon-Werder Bremen, 7-2 (Wiltord, 8, 55 e 64; Essien, 17 e30; Malouda, 60; Berthod, 80 g.p.) (Micoud, 32; Ismael, 57 g.p.)

ainda estão em prova e commuitas probabilidades de se-guir para os quartos-de-final(ganharam fora na primeiramão dos «oitavos»).

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A VOZ DE PORTUGAL, 16 de Março de 2005 - Página 1 6

Viva o futebolJornada 26Sexta, 18Marítimo - V. Guimarães 16.30Sábado, 19Penafiel - Boavista 13.45xV. Setúbal - Benfica 16.15-Domingo, 20Estoril – Moreirense 11.00U. Leiria - Académica 11.00Gil Vicente - Nacional 11.00Belenenses - Beira-Mar 11.00Rio Ave - Sp. Braga 13.30xSegunda, 21Sporting - FC Porto 15.30x

* -RTPi xSportTV

Liga dos CampeõesO Campeão disse adeus: Inter Milan 3 - 1 FC Porto

João FerreiraSporting-Porto

João Ferreira, da Associaçãode Futebol de Setúbal, foi hojedesignado pela Comissão deArbitragem da Liga para dirigira partida da próxima segunda-feira entre o Sporting e o FCPorto.

O encontro encerrará a 26.ªjornada da SuperLiga portu-guesa de futebol e realiza-se noEstádio Alvalade.

As nomeações:Marítimo-V. Guimarães:Paulo Costa.Penafiel-Boavista:Olegário Benquerença.V. Setúbal-Benfica: João Vilas Boas.Estoril-Moreirense:Jorge Sousa.U. Leiria-Académica:António Resende.Gil Vicente-Nacional:Carlos Xistra.Belenenses-Beira Mar:João Henriques.Rio Ave-Sp. Braga:Paulo Pereira.Sporting-FC Porto:João Ferreira.

O FC Porto foi ontem afastadonos oitavos-de-final da Liga dosCampeões de futebol, ao perderno recinto dos italianos do InterMilão por 3-1, falhando assim aoportunidade de defender otítulo.

Após ter cedido um empate(1-1) na primeira mão em casa,

o FC Porto apresentou-se emMilão na necessidade de ter demarcar para poder pelo menosigualar a eliminatória.

No entanto, as aspirações dos“dragões” começaram a ruirlogo aos seis minutos, quandoAdriano anotou o primeiro dosseus três golos no encontro,

tendo a situação ficado maiscomplicada aos 63, com o “bis”do jogador brasileiro.

Os “azuis e brancos” rea-giram e reduziram a desvan-tagem aos 68 minutos, por in-termédio de Jorge Costa, mas aequipa milanesa não se assus-tou e, depois de vários avisos,chegou ao tranquilizador 3-1aos 87 minutos, através do ine-vitável Adriano.

A Voz de Portugalna Internet

www. avozdeportugal.com

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