2005-10-12 - jornal a voz de portugal

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Ano XLV • Nº 39 email: [email protected] WWW. AVOZDEPORTUGAL. COM 12 de Outubro de 2005 GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 TEMPESTADE VINCE Chuvas fortes, rajadas de vento até hoje Chuvas fortes, rajadas de vento de 100 quilómetros/hora e trovoadas vão atingir, terça- feira, Portugal continental como conse-quência da tempestade tropical «Vince», que domingo se formou entre os Açores e as Canárias, informou esta segunda-feira o Instituto de Meteorologia. Em conferência de imprensa, o meteo-rologista José da Costa Teso explicou que as más condições meteorológicas previstas «são consequências do furacão que terça-feira, cerca das seis horas da manhã, já estará numa fase dissipada», a perder força. Cont. na pág. 2 Sismo: Mais de 40.000 mortos O violento sismo que atingiu sábado o sul da Ásia fez mais de 950 mortos no Estado de Caxemira indiano, anunciou segunda-feira um porta-voz da polícia indiana. O abalo de terra de magnitude 7,6 na escala aberta de Richter fez igualmente “mais de 3.000 feridos”, acrescentou o responsável, em Srinagar, capital de Verão da parte indiana de Caxemira. As autoridades precisaram que o balanço da catástrofe poderá agravar-se à medida que as equipas de socorro conseguirem chegar a aldeias isoladas nas encostas dos Himalaias. “Há mais de 12.000 pessoas que vivem em aldeias onde as equipas de socorro ainda não chegaram, porque todas as estradas estão cortadas”, explicou um representante do Cont. na pág. 3 Mais de meio milhão de votos fugiu ao PS Nas eleições legislativas de Fevereiro passado, o PS alcançou o seu melhor resultado de sempre, ficando acima dos dois milhões e meio de votos. Se os socialistas esperavam segurar nas autárquicas uma parte desses 2,588 milhões de votos, foi esperança vã. No domingo, os candidatos do PS contabilizaram 1,926 milhões de votos, ou seja, o PS viu fugir-lhe por entre os dedos 660 mil eleitores que há apenas oito meses votaram em José Sócrates.Embora o PS seja o primeiro partido a recusar comparações entre as legislativas e as autárquicas, assim como leituras nacionais dos resultados, é também quem mais tem destacado como positivo o seu resultado final em termos de votos. Sem fazer comparações com Fevereiro, mas sim com as autárquicas de há quatro Cont. na pág. 2 Boa Vontade Um dia, há muito tempo, um rei colocou uma grande rocha impedindo um caminho. Escondeu-se e ficou a ver se alguém tirava a tremenda pedra. Alguns passaram simplesmente dando uma volta. Muitos culparam o rei por não manter os caminhos desimpedidos, mas ninguém fez nada para tirar a pedra do caminho. Um camponês, que passava por ali com uma carga de verduras, viu a pedra, aproximou- se dela e, colocando a sua carga no chão, procurou arrastar a pedra a beira do caminho, o que conseguiu depois de muito esforço. Enquanto recolhia de novo a sua carga, viu uma bolsa no chão, justamente onde tinha estado a pedra. A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma nota do rei dizendo que o ouro era a recompensa para a pessoa que removesse a pedra do caminho.O camponês aprendeu nesse dia que cada obstáculo pode estar disfarçando uma oportunidade. Ver pág. 4 Mariza na Voz de Portugal Mariza na Voz de Portugal Foto de Michael Estrela Ver pág. 3 A Imigração no Quebeque 2005-10-12.pmd 10/11/2005, 5:02 PM 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 12 de Outubro de 2005

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Page 1: 2005-10-12 - Jornal A Voz de Portugal

A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 2005 Ano XLV • Nº 39 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 12 de Outubro de 2005

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

TEMPESTADE VINCE

Chuvas fortes, rajadasde vento até hoje

Chuvas fortes, rajadas de vento de 100quilómetros/hora e trovoadas vão atingir, terça-feira, Portugal continental como conse-quência datempestade tropical «Vince», que domingo seformou entre os Açores e as Canárias, informou estasegunda-feira o Instituto de Meteorologia.

Em conferência de imprensa, o meteo-rologistaJosé da Costa Teso explicou que as más condiçõesmeteorológicas previstas «são consequências dofuracão que terça-feira, cerca das seis horas damanhã, já estará numa fase dissipada», a perderforça.

Cont. na pág. 2

Sismo: Mais de 40.000 mortosO violento sismo que atingiu sábado o sul da

Ásia fez mais de 950 mortos no Estado deCaxemira indiano, anunciou segunda-feiraum porta-voz da polícia indiana.

O abalo de terra de magnitude 7,6 naescala aberta de Richter fez igualmente “maisde 3.000 feridos”, acrescentou o responsável,em Srinagar, capital de Verão da parteindiana de Caxemira.

As autoridades precisaram que o balançoda catástrofe poderá agravar-se à medida queas equipas de socorro conseguirem chegar aaldeias isoladas nas encostas dos Himalaias.

“Há mais de 12.000 pessoas que vivem emaldeias onde as equipas de socorro ainda nãochegaram, porque todas as estradas estãocortadas”, explicou um representante do

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Mais de meio milhãode votos fugiu ao PS

Nas eleições legislativas de Fevereiro passado, o PSalcançou o seu melhor resultado de sempre, ficandoacima dos dois milhões e meio de votos. Se ossocialistas esperavam segurar nas autárquicas umaparte desses 2,588 milhões de votos, foi esperançavã. No domingo, os candidatos do PS contabilizaram1,926 milhões de votos, ou seja, o PS viu fugir-lhepor entre os dedos 660 mil eleitores que há apenasoito meses votaram em José Sócrates.Embora o PSseja o primeiro partido a recusar comparações entreas legislativas e as autárquicas, assim como leiturasnacionais dos resultados, é também quem mais temdestacado como positivo o seu resultado final emtermos de votos. Sem fazer comparações comFevereiro, mas sim com as autárquicas de há quatro

Cont. na pág. 2

Boa VontadeUm dia, há muito tempo, um rei colocouuma grande rocha impedindo um caminho.Escondeu-se e ficou a ver se alguémtirava a tremenda pedra. Alguns passaramsimplesmente dando uma volta.Muitos culparam o rei por não manter oscaminhos desimpedidos, mas ninguémfez nada para tirar a pedra do caminho. Umcamponês, que passava por ali com umacarga de verduras, viu a pedra, aproximou-se dela e, colocando a sua carga no chão,procurou arrastar a pedra a beira docaminho, o que conseguiu depois de muitoesforço.Enquanto recolhia de novo a sua carga,viu uma bolsa no chão, justamente ondetinha estado a pedra.A bolsa continha muitas moedas de ouroe uma nota do rei dizendo que o ouro eraa recompensa para a pessoa queremovesse a pedra do caminho.Ocamponês aprendeu nesse dia que cadaobstáculo pode estar disfarçando umaoportunidade.

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Mariza na Voz de PortugalMariza na Voz de Portugal

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A Imigração no Quebeque

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 20052

Courrier de deuxième classe;Numéro de contrat: 1001787

Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québecet à la Bibliothèque nationale du Canada

ÉDITEUREduíno Martins

DIRECTEURBenjamim SilvaDIRECTEUR ADJOINTAntónio VallacorbaADMINISTRATION ETRÉDACTIONKevin MartinsRÉDACTEUR EN CHEFET INFOGRAPHISTESylvio MartinsCOLLABORATEURS:Au Québec:Antero BrancoElisa RodriguesDiamantino de SousaDinora de SousaFrancisca MarquesHelder DiasJ.J. Marques da SilvaJoão MesquitaJosé de SousaMaria Conceição CorreiaManuel CarvalhoMario CarvalhoNatércia RodriguesPe. José Maria CardosoVictor HugoVitália Rodrigues

En Ontario:Manuel Alves Louro (Toronto)Fernando Cruz Gomes (Toronto)Augusto Cerqueira (Ottawa)

Au Portugal:Augusto MachadoGustavo FernandesLagoas da SilvaManuel RodriguesMaria Helena MartinsMiguel CarvalhoRui Costa Pinto

SECTION JUVÉNILE:Organisatrice de la section:Susana Sequeira

Collaborateurs :Anthony NunesJullien ThometKevin AntunesMaria CalistoMiguel Felix

PHOTOGRAPHE:Edgar SilveiraFilipe EstrelaJosé RodriguesMichael EstrelaCARICATURISTE:NemoDISTRIBUIÇÃO:Nelson CoutoJosé Eliso MonizPUBLICITÉ:Conceição FerreiraEduardo LeiteEthnique MédiaKevin MartinsRPM

Extérieur du Québec:Lingua Ads Services

Portugal:PortMundo Promoção Cultural ePublicidade Ldª.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

Tél.: (514) 284-18131-866-684-1813

FAX: (514) 284-6150E-Mail: [email protected] web: www.avozdeportugal.com

La Voix du PortugalThe Voice of Portugal

Os textos, fotos e ilustrações publicadosnesta edição são da inteira responsabilidadedos seus autores, não vinculando, directaou indirectamente, o cariz editorial einformativo deste jornal.

FornecedorOficial

Agenda Comunitária

Tels.:(514) 282-9976 (514) 288-5177Fax: (514) 848-0133

75, NapoléonMontréal H2W 1K5

Silva, Langelier& Pereira Inc.Assurances Pierre G. Séguin Inc.Seguros e serviços financeiros

40ANOS1963-03

Centro de Acção Sócio-Comunitária de Mtl.O Centro de Acção Sócio-Comunitária de Montreal (CASCM)deseja informar os seus membros que terá lugar na terça-feiradia 18 de Outubro de 2005 pelas 18h00 uma assembleiageral especial para adopção do relatório financeiro anual. Estaassembleia terá lugar na sede do CASCM, seja no 32 boul. St.-Joseph oeste em Montreal. CASCM: (514) 842-8045.

ASSEMBLEIA GERAL ESPECIALData : 18 de Outubro de 2005Horario : 18h00 às 18h30

Acolhimento e inscrições dos membros18h30 às 19h00Assembleia geral especial

Actividades para a 3ª idadeO Centro de Acção Sócio-Comunitária de Montreal informa

que as actividades dirigidas às pessoas de idade recomeçamno dia 13 de Outubro. Como habitualmente, as actividadestêm lugar no nosso local que, como sabem, fica situado no 32do Boul. St-Joseph Oeste. Tal como nas sessões anteriores, asactividades têm lugar três vezes por semana, às terças, quartase quintas das 2h15 às 5h da tarde. A programação para a sessãodo Outono é a seguinte:Terças-feiras: Ginástica e clube deFrancês. Quartas-feiras: Programação variada, tal comosessões de informação, saídas, cinema, almoços comunitários,etc. Quintas-feiras: Artesanato. Todas as pessoas de 55 anose mais, estão convidadas a participar nestes encontros ondereina a boa disposição, a camaradagem e um grande espíritode equipa. Para mais informações o telefone a contactar é oseguinte: 842-8045.

Casa dos Açores do QuebequeConfraternização de ex-combatentes do Ultramar

Convívio de ex-combatentes do Ultramar Português nasemana do 17 Outubro. Nos dias 19, 20 e 21 estará patente nasede da Casa dos Açores uma exposição de fotografias,artefactos, memórias de todos aqueles que prestaram serviçono Ultramar português. Por esta razão, pede-se a todos os ex-combatentes que tenham fotos, medalhas, estatuetas,condecorações, etc., que os queiram expor, que o façam o maisbreve possível, contactando por isso a Casa dos Açores, a fim dese reservar espaço no salão nobre. No sábado, dia 22, às 18H30,na Igreja de Santa Cruz, haverá missa por alma de todos osmilitares falecidos. Seguidamente à 19H30, no subsolo damesma igreja terá lugar um jantar de confraternização. O serãoserá animado por Duarte & DJ-XMen.Para informaçõesadicionais, contacte Casa dos Açores, tel. (514) 388.4129.

27.º Aniversário da Casa dos AçoresA Casa dos Açores do Quebeque celebra o 27.º aniversário,

sábado dia 15 de Outubro, e convida todos os sócios e amigos.O jantar terá inicio às 19H30. O serão será animado por D.J.Night Productions. O preço: não sócios-25 aniversários, sócios-20 e crianças até aos 12 anos, 12 aniversários.Reserve desde jáos seus lugares e venha celebrar connosco este grandiosoacontecimento.A Casa dos Açores fica situada no 229 Rua FleuryOeste e o número de telefone é o (514) 388-4129.

TEMPESTADE VINCE

Chuvas fortes, rajadas

Segundo José da Costa Teso,«os efeitos da tempestade tropi-cal só se vão sentir nas pró-ximas 12 a 18 horas, sendoprevisível que o território con-tinental, em especial as terrasaltas e o litoral, seja atingidopor fortes chuvadas, rajadas devento e trovoadas».

«Estas condições meteo-rológicas são o resultado de

uma conjugação da tempes-tade com uma frente fria e umadepressão», explicou. O Insti-tuto de Meteorologia prevêuma melhoria nas condiçõesmeteorológicas a partir dequarta-feira, embora devamcontinuar os aguaceiros. Entre-tanto, a Protecção Civil (SN-BPC) aconselhou as pessoas afechar as janelas e as portas e a

Cont. da pág. 1terem cuidados redobradosnas estradas por causa da pos-sível formação de lençóis deágua devido às fortes chuvas erajadas de vento previstas on-tem.

A tempestade «Vince» está adeslocar-se no Oceano Atlân-tico para leste-nordeste a cercade 20 quilómetros por hora.

anos, o PS tem chamado aatenção para dois aspectos porum lado, tem mais votos do queem 2001; por outro, consegueuma votação superior à doPSD. Assim é. Nas autárquicasde 2001, o PS teve quase 1,8milhões de votos, agora ultra-passou a marca de 1,9 milhões.Este resultado, por seu lado,significa mais 400 mil votos doque teve o PSD no domingo.Noentanto, esta é uma leitura quenão leva em conta o fenómenodas coligações. Há quatro anos,o resultado do PS não incluía osvotos de Lisboa, onde os socia-listas estavam coligados com aCDU. A coligação recebeu 130mil votos. Outra coligação dossocialistas, com o CDS, teve 25mil votos. Ou seja, bastaria odesdobramento destes resu-ltados para que, em 2001, o PStivesse sensivelmente o nú-mero de votos deste ano.Poroutro lado, os votos do PSD - 1,5milhões no domingo - não in-cluem as 60 coligações dos so-cial- -democratas. Se aos resul-tados do PSD isolado juntarmosos votos das coligações, o scoresobe para 2,1 milhões de votos,sendo certo que, na maioriados casos, o peso do CDS, po-dendo ter sido decisivo para

Mais de meio milhãovitórias à tangente, é marginalem relação ao PSD. Ou seja,embora não se possa, com rigor,atribuir a cada partido os votosdas coligações, na sua grandemaioria serão capital do PSD,que tem muito mais peso a ní-vel local - tanto que o CDS acei-tou que fosse o parceiro a indi-car os candidatos a estas câma-ras. Visto assim, é discutível queo PS possa cantar vitória emnúmero de votos.erosão noscentros urbanos. A vantagemdo PSD é notória também nu-ma análise dos resultados nosconcelhos com mais popula-ção. Aí, fica patente que é sobre-tudo nos centros urbanos quese desenha a vitória social-democrata.Nos vinte muni-cípios com mais população -todos acima de cem mil habi-tantes, representando, juntos,cerca de 4 milhões de pessoas -, o PSD venceu em dez, emmetade dos casos coligado. OPS conquistou seis, a CDU doise outros dois foram para candi-datos independentes (Isaltino eValentim, em Oeiras e Gondo-mar).Olhando apenas para oscandidatos dos dois maiorespartidos (e, de novo, com aressalva de que o PSD estavacoligado em vários municípios),

os sociais-democratas conse-guem, nestes vinte municípios,699 mil votos, enquanto os so-cialistas se ficam pelos 597 mil.Mais de cem mil votos de dife-rença, favoráveis ao PSD, quedão conta da erosão do PS nosgrandes centros urbanos. pre-juízo à esquerda. Na análise decâmaras ganhas e perdidas, oPSD conquistou 13 autarquiasao PS, que pagou na mesmamoeda. O maior prejuízo paraos socialistas foi inflingido pelaCDU. Sete câmaras do PS pas-saram para os comunistas,enquanto o inverso só aconte-ceu em duas. O PS perdeuoutras duas câmaras para osindependentes e ganhou uma,e ainda resgatou um concelhoao CDS e outro ao MPT. Nosaldo final, o PS perdeu quatrocâmaras em relação a 2001,ficando com 109. O PSD, porseu lado, com 158 autarquias,tem menos uma que há quatroanos. Perdeu três câmaras paraindependentes, mas lucrouduas com o CDS. Quanto aoPCP, cresceu para 32 presi-dências de câmara, à custa doPS. O único município do CDSera independente em 2001, e oúnico do Bloco não mudou decor.

Cont da pág. 1de votos fugiu ao PS

de vento até hoje

22º Aniversário da AssociaçãoPortuguesa do Espírito Santo

A A.P.E.S. celebra o seu 22º aniversário no próximo sábado,15 de Outubro, pelas 20h00, com jantar e baile. O sarau seráanimado pelo DJ Ilha Verde. Custo: Adultos: 25 aniversários;crianças até aos 10 anos: 10 aniversários. Reserve os seusbilhetes pelo telefone : (514) 254-4647 ou (514) 354-7276. Aassociação esta situada no 6024, rua Hochelaga em Montreal.

Abertura oficial dosImóveis Predial e Intelligence Prêt

Imóveis Predial convida todos os seus clientes, amigos e acomunidade portuguesa em geral a visitar o seu novo local, no dia18 de Outubro. O “Dia de Abertura” oficial realizar-se-á das 9h00às 21h00, com a presença de políticos municipais. Um vinho dehonra e acepipes serão servidos. Para mais informações: ImóveisPredial, 7849, St-Denis, em Montreal. Telefone: (514) 845-7201

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 2005 3

Jovem diz ter sidoabusado por Herman José

O nome de Herman Josévoltou a ser referido no julga-mento Casa Pia. O jovem queestá a depor, considerada aprincipal testemunha do pro-cesso, garante ter sido vítimade abusos sexuais por parte doapresentador, numa casa emAzeitão. O jovem falou em Her-man José na última perguntacolocada na audiência de hoje.Questionado pela defesa deCarlos Cruz, a testemunhagarantiu ter sido abusado sex-ualmente pelo apresentadornuma casa em Azeitão. Apósesta resposta, o advogado Ri-cardo Sá Fernandes pergun-tou à testemunha se tinha sidoCarlos Silvino da Silva (“Bibi”)a levá-lo ao encontro do humo-rista. Mas neste momento ojovem pediu para falar com osseus advogados, já que a defesadecidiu não que a testemunhanão devia responder à questão,com o argumento de poderincorrer em procedimento cri-minal. Os advogados da Casa

Pia fizeram uma declaraçãopara acta considerando queeste tipo de perguntas e a res-pectiva resposta podem levar aque a testemunha incorra em

responsabilidade criminal. Osadvogados lembraram que jáno decurso do julgamento fo-ram movidos contra o mesmojovem queixas crime pelos re-presentantes legais do ex-depu-tado socialista Paulo Pedroso epelo antigo líder do PS Ferro

Rodrigues, por declaraçõesprestadas em tribunal. A juízapresidente do colectivo deurazão aos representantes dojovem, considerando que a lei éexpressa nesta matéria e que aoassistente cabe o direito de nãoresponder se entender que aresposta pode levar a procedi-mento criminal contra si. Quemnão gostou da decisão foi adefesa de Carlos Cruz, que,num longo requerimento, ale-gou que o tribunal não podedecidir desta forma, porque ofacto de impedir a formulaçãodeste tipo de questões põe emcausa o direito de defesa dosarguidos. No requerimento, oadvogado, que não prestoudeclarações aos jornalistas,terá vincado que, através destetipo de questões, a defesa deCarlos Cruz pretende demon-strar que o jovem está a mentire que existe «uma mentiracolectiva que é preciso dis-sipar», adiantou a mesma fonte.

governo, Nayeem Akhter.“Não sabemos nada deles”,

acrescentou.Cerca de 5.000 habitações

terão sido também destruídas

pelo sismo no Caxemira indiano,segundo estimativas oficiais.

Entre 30.000 e 40.000 pessoasmorreram em consequência dosismo que atingiu sábado oPaquistão, o Afeganistão e aÍndia.

O sismo que atingiu o sul daÁsia terá morto entre 30.000 a40.000 pessoas só no Paquistão,anunciou uma fonte da UNI-CEF e um responsável oficialiraquiano.

“O governo indicou-nos queentre 30.000 a 40.000 pessoastinham sido mortas”, disse àFrance Presse Júlia Leverton,porta-voz da Fundo das NaçõesUnidas para a Infância (UNI-CEF).

Um alto responsável das au-toridades paquistanesas confir-mou à France Presse, sob ano-nimato, a informação de que obalanço poderá chegar aos40.000 mortos e a mais de60.000 feridos.

Uma outra fonte militar dis-se que “uma geração inteiraperdeu- se” no sismo.

O Paquistão, fortemente a-

Sismo: Mais de 40.000 mortosfectado pelo abalo telúrico,dirigiu um pedido de assis-tência à NATO, que incidesobre o envio de meios aéreos(entre os quais helicópteros

especializados em salvamento etransporte), equipamentosdiversos e víveres, indicouCarmen Romero, uma porta-voz da organização em Bru-xelas.

Entretanto, a Índia anunciouque o Paquistão aceitou a suaproposta de assistência, tendo-se Nova Deli comprometido afazer chegar àquele país 25toneladas de ajuda.

“O primeiro-ministro [Man-mohan Singh] ordenou quesejam reunidas de urgênciamercadorias e que sejam entre-

gues ao Paquistão”, declarou osecretário dos Negócios Es-trangeiros indiano, Shyam Sa-ran, à imprensa em Nova Deli.

O porta-voz do ministério dos

Negócios Estrangeiros indiano,Navtej Sarna, sublinhou que setrata da primeira vez que talacontece entre duas potênciasnucleares rivais que se con-frontaram militarmente diver-sas vezes no passado, por causada região disputada de Ca-xemira. O Paquistão consideraque o processo de paz em cursoentre Islamabad e Nova Deli,destinado a solucionar todos osconflitos bilaterais, já dura hádemasiado tempo, em particu-lar no que diz respeito à regiãode Caxemira.

Cont. da pág. 1

A Imigração no QuebequeA Senhora Lise Thériault que participou

recentemente em várias actividades públicasna região da Capital Nacional, no âmbito daSemana quebequense de encontros multi-culturais onde o tema foi. Juntos e diferentespara realizar o Quebeque de amanhã. EmMontreal, em Quebeque e em diversas re-giões, diversas actividades convidavam osquebequenses de todas as origens a descobrira riqueza da diversidade etnocultural.

A Ministra Thériault assistiu a diferentes

“ateliers” de sensibilização das relaçõesinterculturais junto dos jovens da escolasecundária De la Seigneurie à Beauport.

Decorreu depois na Assembleia Nacional,sob a presidência da Ministra da Imigração, acerimónia de recepção a 200 novos imi-grantes, que se estabeleceram em váriasregiões da Província. Este tipo de cerimóniavisa a sublinhar a importância da integraçãodos imigrantes à sociedade quebequense ereconhecer publi-camente a sua contribuiçãoà vitalidade cultural, económica e demo-gráfica do Quebeque.

“A contribuição da imigração e das comu-nidades culturais é bem real presentemente e seráainda mais com a diversificação crescente doQuebeque. Para já, a imigração representa 63%do crescimento da população activa do Quebequee prevê-se que ela represente a totalidade daquia dez anos”— declarou a ministra Lise Thé-riault. Na verdade, os novos imigrantes que seestabelecem no Quebeque são jovens, o quecontribuiu a reduzir o envelhecimento dapopulação. Eles são também qualificados e, em

2004, 54% dentre eles, conheciam o Francês àchegada ao país.

Recordemos que o governo lançou em Maio 2004,o plano de acção Des valeurs partagés, des intérêtscommuns que comporta medidas inova-doras,nomeadamente no relativo ao acom-panhamentopersonalizado dos recém chegados, a facilidade dasdiligências junto das ordens profissionais e dosorganismos de regularização, assim que um acessorápido às medidas de franci-sação e aceleração doprocesso de aprendizagem.

De resto, no respeitante aos dados sobre apresença na assistência-emprego das pessoasnascidas no estrangeiro, deve lembrar-se tratar-sede um fenómeno transitório natural nos recém-chegados. Com efeito, a percentagem diminuirapidamente durante o processo de integração eisso é ainda mais verdadeiro quando se trata detrabalhadores escolhidos pelo Quebeque noestrangeiro. O Governo criou o “Programme d’aideà intégration des immigrantes et des minoritésvisibles en emploi (PRIIME)» que permite justa-mente de responder às necessidades das pessoasque sentem mais dificuldades no mercado dotrabalho. De resto, o novo guia “Apprendre leQuébec” visa a melhor preparar os candidatos noestrangeiro e a acompanhá-los de maneira maispessoal e mais adaptada a fim de facilitar a suaintegração no Quebeque, acrescentou a Ministra.

“Repito: a imigração é uma responsabilidadecomum e todos os seus actores governamentais,privados e comunitários, devem meter ombros àroda a fim de fazer um verdadeiro projecto desociedade. É aí que se encontra o futuro doQuebeque”, concluiu a Ministra.

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 20054

Mariza na Voz de PortugalA Voz de Portugal: Sabemos que é natural de Moçambiquee que foi devido à paixão do seu pai “Que só ouvia Fado” etambém a uma promessa que ele fez, que a Mariza abraçoua carreira fadista. Creio porém saber que aprecia outros estilosde música. Qual o género musical que coloca em segundaposição nas suas preferências?Mariza: A pergunta é complicada porque eu gosto de todos osgéneros de música.Eu acho que era o Kellington que dizia existirem dois tipos demúsica. A boa e a má. Procuro sempre ouvir a boa, mas issodepende do lado em que se pensa estar a boa.Mas eu ouço todos os tipos de música. Desde a música clássica aoRock and roll, ouço tudo. Por isso não faço uma eleição do meusegundo género musical preferido. Gosto de todos. Música émúsica.

V.P.:A sua carreira internacional é longa e impressionante,apesar da sua jovem idade.Apreciada e sempre bastante aplaudida por plateias tão diferentese tão iguais ao mesmo tempo, como no Egipto ou na Dinamarcae sem preocupações de susceptibilidades, qual o espectáculointernacional que mais apreciou?

Mariza: Todos os espectáculos são especiais porque têm a vercom o público. A partir do momento em que se sobe ao palco e quese encara o público, todo ele é especial. Aliás eu não olho para aspessoas como público, mas sim como uns amigos que me vêmvisitar. E então todos eles são muito especiais. A partir do momentoem que se começa a cantar e existe uma ligação entre mim, aminha música e as pessoas, todo o espectáculo é especial. Possosalientar alguns, mas não no sentido de terem sido os melhores,apenas porque tiveram qualquer coisa que me marcou, como orealizado no Olympia, um outro na abertura da temporada no WaltDisney Concert Hall com a Filarmónica de Los Angeles, ou aindaem Nova Iorque no mítico Hollywood Bowl, por exemplo, e recordoaqui o espectáculo do dia 6 de Setembro, junto à Torre de Belémem Lisboa, que teve a assistência de 30 mil pessoas, ondeapresentei o produtor Jacques Morelenbaum responsável destemeu último trabalho discográfico e mostrei um pouco ao meupúblico português do trabalho que fiz no Brasil. São imagens quevão ficando. Obviamente todos os espectáculos são todosespeciais. De resto nunca faço um Concerto igual. Quem costumair aos meus concertos vê isso. É certo que existe uma coluna dorsalque comanda a estrutura dos temas dos concertos e a partir daíconstrói-se o espectáculo porém, a continuação tem muito deespontâneo e depende muito do tipo de público que assiste. Se o

público é tímido, o espectáculo torna-se mais morno, todavia, se opúblico presta atenção a cada nota, é alegre e expressa-se, torna-se num espectáculo mais animado.

V.P.: Porquê Montreal na sua rota deste ano?Mariza: Porque sempre fui bem recebida aqui. O público tem sidosempre extraordinário e por isso cada vez que me desloco aoCanadá faço questão de vir a Montreal. O público sempre foigeneroso comigo. Assim, espero que apreciem o espectáculo dehoje e este novo disco que aqui lhe apresento com novastonalidades.

V.P.: Conhece-se a sua paixão pela genuinidade das coisas.A Mariza é toda naturalidade. Como se sente quando após umadigressão pelo estrangeiro, regressa às suas origensportuguesas e ao seu bairro da adolescência?Mariza: É como carregar baterias. Sempre que regresso é comoo filho que volta a casa. É a ocasião de visitar amigos, de ir àMouraria, confraternizar com os meus pais, visitar locais ondepassei a infância e tudo isto é sempre muito a correr porque o tempoé pouco. Mas faz bem este carregar de baterias, este renovar deenergias, para depois voltar à estrada e fazer novos concertos.

V.P.: A Fundação Amália Rodrigues distinguiu-a recen-temente com o Prémio Amália Rodrigues Internacional, porser a artista que mais tem divulgado a música portuguesa alémfronteiras.Mariza: É sempre agradável ser-se reconhecida pelo trabalho querealizamos porém, se agradeço e aprecio todas as distinções comque honorificam, devo dizer que em nada alteram a minhamaneira de ser e de estar no mundo porque no fundo, do que eugosto mais é de cantar.

V.P.: Julgo saber que a Mariza não considera justo que acomparem com a Amália por achar que não atingiu ainda umacerta “antiguidade” no Fado. Todavia, a sua ficha internacionalem nada fica a dever à Diva. Os exemplos são muitos e ascríticas internacionais e nacionais não deixam lugar a dúvidas.Não será então um pouco exagerada a sua apreciação?Mariza: Eu acho que não posso ser comparada a Amália, pelasimples razão que vivemos em épocas diferentes, e os estilos são,obviamente, diferentes também. Por isso torna-se difícil qualquercomparação. Amália viveu numa época que foi sua, num tipo desociedade desse tempo, com as suas características bem própriase eu encontro-me no meio duma geração diferente na sua formade agir e de pensar. Ela percorreu o mundo levando Portugalconsigo e eu estou ainda no começo da minha carreira.

V.P.: Amália é certo, teve grandes autores e compositores quelhe ofereceram Fados que galvanizaram multidões. Poréma Mariza tem igualmente um assinalável reportório origináriode excelentes poetas, como Florbela Espanca, MourãoFerreira, Vasco Graça Moura e tantos outros. Entre todos osseus Fados tem algum que aprecia mais particularmente?Mariza: Eu ainda não escrevo. Talvez um dia o faça. Por isso utilizopoemas de autores com quem me identifico. António Boto,Eugénio de Andrade, Florbela Espanca. Também canto Max.Aprecio muito Max. O título que mais gosto de cantar é Primavera,inscrito no meu segundo CD “Fado Curvo”. É dedicado à minhaavó Marta, de quem gosto muito.

V.P.: Sendo o Fado uma forma de viver, de estar na vida, seráque o projecto do Dr. Santana Lopes com a finalidade de queesta expressão musical seja considerada Património Mundialirá avante?Mariza: O Projecto lançado pelo Presidente da Câmara Munici-pal de Lisboa, Santana Lopes é muito importante. Porém irádemorar muitos anos, talvez uma geração mesmo, antes de serconsiderado. Espero que veja a luz.

V.P.: E já agora, qual o cantor que mais aprecia?Mariza: Aprecio vários entre os quais nomeio Carlos do Carmo eCamané.

V.P.: Tendo actuado em conceituadas salas de espectáculospor todo o mundo, qual é a que onde se sente mais próximado público?Mariza: Tenho tido a sorte de ter actuado em algumas dasmelhores salas de espectáculos do mundo. Cada qual tem a suaparticularidade bem específica. Numas sentimos o público perto,como se estivéssemos numa festa familiar, noutras o públicoencontra-se fisicamente mais afastado, no entanto, sente-se o calorda sua presença nos seus aplausos e isso é suficiente para me sentir“em casa”.

V.P.: É conhecida a sua preocupação pela pobreza daspopulações através do mundo.A Mariza foi uma das signatárias dum documento baptizado“Pobreza Zero” juntamente com outros artistas de nomeadacujo objectivo não é de angariar donativos mas antes, recolherassinaturas, vozes de personalidades com o fimconsciencializar o público para os graves problemas queafectam os povos mais desprotegidos. Qual é a situaçãopresente dessa iniciativa?Mariza: O objectivo é de reduzir para metade a pobreza extremae a fome, alcançar o ensino primário universal, combater asdoenças graves e apoiar países em desenvolvimento. Estouempenhada activamente na “Pobreza zero” sobretudo, desde queparticipei no concerto Live 8. Esta campanha que se inicia emPortugal faz-me estar mais atenta aos problemas internacionais,sobretudo em África.

V.P.: Quais os projectos para o futuro duma senhora que jáalcançou a celebridade?Mariza: Ser feliz

O tempo corria. Correu rápido. Mariza era esperada paravocalizações antes de entrar em cena. Deixamo-la com aconvicção profunda de termos tido o privilégio de durantealguns minutos, havermos convivido com uma artista quesendo admirada por milhares de pessoas em todo o mundo,mantém uma simplicidade encantadora, vivendo o dia a diacom muita naturalidade. A saudade, porém, também faz partedo seu quotidiano. Sendo ela um meio de divulgação da línguae cultura portuguesas no estrangeiro, as suas longasausências do país, ajudaram-na a melhor absorver essesentimento da emigração portuguesa, usando-o para “cantarmelhor”. E é isso que ela faz. Bem-vinda Mariza. E até sempre.

Entrevista conduzida por Sylvio Martins e fotos de Michael Estrela

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Augusto Machado

Animem-se portugueses!...Luis Barreira

Eureka! Portugal acaba de ser classi-ficado em 22º lugar, em termos de compe-titividade económica, numa lista de 117países de todo o Mundo.

À nossa frente, 21 Países, entre os quais: osEstados Unidos da América, a Finlândia, aSuécia e o Japão. Atrás de nós, uma longalista de 96 países, entre os quais: o Lu-xemburgo, Israel, a Espanha, a França e a

Bélgica.Admirados não é? Também eu!Mais admirado fico quando constato que, a apreciação que está

na base desta classificação, é centrada sobre: indicadoresestatísticos, a opinião dos decisores económicos e de chefes deempresas, com base na avaliação da situação macro-económica,do estado das instituições públicas e do desenvolvimentotecnológico.

Afinal em que ficamos? Perguntaremos nós...Se temos uma das mais competitivas economias do mundo,

porque é que as coisas não melhoram?...Se a nossa situação macro-económica é boa, porque é que nos

martelam sucessivamente com o “estado miserável” da economiaportuguesa?

Se as nossas instituições públicas funcionam, porque raiopassamos a vida a dizer mal delas?

Se o nosso desenvolvimento tecnológico nos coloca em 22º lugar,num ranking de 117 países, porque é que nos lamentamos doatraso do nosso aparelho produtivo?

Se tudo isto nos coloca entre os grandes e acima de muitosdeles, porque é que não resulta?

A resposta pode ser simples ou complexa, mentirosa ouverdadeira, mas faz-nos pensar!...

Se em 2004 ocupávamos a 24� posição e, em 2005, passámos 22º,é porque estamos no caminho certo do nosso desenvolvimento.Mas, a avaliar pela constatação dos nossos governantes, da classepolítica, do patronato e do povo trabalhador em geral, a situaçãoeconómica portuguesa, em 2005, é ainda pior do que em 2004.

Isto só pode significar uma de duas coisas: ou andamos todos amentir uns aos outros, ou, de facto, somos um país altamentecompetitivo, com uma situação macro-económica favorável, masuma micro-economia detestável; um conjunto de instituiçõespúblicas aptas a funcionar, em excelentes condições, mas que nãofuncionam e um conjunto de empresas, instituições e “massacinzenta”, das mais avançadas, mas sem uma orientação político-económica adequada.

Em suma, e acreditando que o País “vai mal”, só me restaacreditar que “somos bons”, mas não sabemos o que fazer comisso! Temos um Ferrari, mas só sabemos meter a marcha atrás!

Se tal for verdade, isso compromete-nos a todos: os que produzeme os que deverão orientar o sentido da nossa produção. Uns eoutros são essenciais, porque a responsabilidade é mútua e ascompensações não podem deixar de o ser.

A não ser que o nosso elevado índice de produtividade, queagora se constata, assente exclusivamente nos baixos saláriospraticados. Isso equivaleria a ter um Ferrari com pneusfurados!....Muito longe do modelo de desenvolvimento desejáveldos nossos “colegas” nórdicos, que ocupam as primeiras posiçõesda tabela.

Seja qual for a razão deste resultado, ela deveria provocar umaonda de auto-estima, superior àquela que invade os nossosestádios, sempre que uma equipa de futebol portuguesa ganhauma competição internacional. Se por mais não fosse,... que o sejapela simples razão de que, sem a economia a funcionar, não àdinheiro para comprar bilhetes de ingresso, diminuem as receitasdos clubes, os ordenados dos jogadores e perderíamos“competitividade futebolística”.

Imprensa portuguesa da diásporaentre a paixão e a falta de apoios

Ana Cristina Pereira

Na génese de cada jornal das comunidades portuguesas tendea estar o entusiasmo de um emigrante. Mas nem sempre a boavontade se confunde com amadorismo, pois há títulos com gentecompetente, boa qualidade informativa e organização. De ummodo geral, dão notícias de Portugal e da comunidade emigrante,mas não ignoram aquilo que é relevante do país de acolhimento.

Corre a Suíça aos fins-de-semana, a aproveitar a folga doslaboriosos conterrâneos. “Isto é uma paixão”, diz Adelino Sá. Gasta“aos 600 euros de telefone por mês”; em sete anos teve “três carros”.Sete anos são a idade da Gazeta Lusófona, que fundou na base do“amadorismo puro”. O mensário, com uma tiragem de cinco milexemplares, “é uma fábrica caseira”, como a maior parte dosjornais da diáspora. Mas Adelino Sá encontra “muita satisfação”no seu trabalho. Esforçou-se para aprender o ofício, tem carteiraprofissional. E “as pessoa habituaram-se ao jornal”. Contam comele para saber coisas sobre os compatriotas e até sobre a Suíça.A tradição vem de longe. Já no período posterior à revolução lib-eral de 1820, surgiram diversos jornais nos círculos de emigrantespolíticos em França e em Inglaterra. Alguns integravamvirtuosíssimos da escrita, como Almeida Garrett. “Já não é assim”,lamenta Mário Santos, do Portugal Post (Alemanha).Hoje, “vistos de Portugal, os jornais da diáspora podem parecer dequalidade inferior”, admite António Cardoso, director da VidaLusa e do Encontro (França). “Vinga um certo amadorismo, mastambém há gente muito competente em órgãos de comunicaçãodas comunidades”.

O Luso-Americano (EUA), por exemplo, conta com umaredacção permanente de sete jornalistas e com mais de 30colaboradores. O Portugal Post tem três jornalistas a tempo inteiro,30 colaboradores e 10 colunistas (alguns bem conhecidos). OSéculo de Joanesburgo (África do Sul) até possui gráfica. “Fomos,talvez, o primeiro jornal da imigração a estar informatizado,instalamos computadores em 1974”, orgulha-se o director daquelesemanário, Varela Afonso. Cada um, volta António Cardoso,cumpre a sua função social. Preenche uma espécie de vazio. “Aimprensa do Canadá não está virada para os grupos étnicos”,explica António Perinu, do Sol Português. Nem a dos outros países.Que resta aos perto de cinco milhões de portugueses?Há uns anos, recorda Mário Santos, “o Governo alemãoencomendou um estudo sobre a comunidade portuguesa e osmedia. O que liam? A que órgão de informação tinham acesso?Chegou à conclusão que não tinham nada”. Foi neste cenário quenasceu o Portugal Post. De um modo geral, estes jornais dãonotícias de Portugal e da comunidade emigrante, mas nãoignoram aquilo que é relevante do país de acolhimento. O factorlíngua é determinante na gestão desses equilíbrios.Há quem privilegie a informação do país de destino “para que osportugueses não se sintam à margem”, como faz José Luís Correia,no Contacto (Luxemburgo). Pegue-se na edição de 7 de Setembro:a manchete é “Portugal com um pé no Mundial”, mas as cincoprimeiras páginas são sobre o Grão-Ducado. E há quem privilegieo noticiário da saudade, como Odair Sene, no Mundo Lusíada(Brasil), que dá muita “política, economia e sociedade” de Portu-gal. “A grande notícia é a que é útil”, defende Fernando Santos,do Luso-Americano.

Num número da Gazeta Lusófona, por exemplo, cabem assuntoscomo a noite de gala Miss/Mister Portugal/Zurique e o festivalorganizado pelo Rancho Estrelas de Portugal, mas também umaentrevista a uma portuguesa que trabalha nos serviços da Centraldo Segundo Pilar a explicar que os emigrantes não têm de entrarem pânico por causas das pensões. A “qualidade é afectada, masestes jornais não deixam de ser apreciados pelos locais”. Basta ver,nota António Cardoso, “o nível de expansão dos títulos nacionaisem países como a França: é catastrófico”. Talvez, como diz MárioSantos, “porque a imprensa portuguesa não olha como deve serpara as comunidades: só olha quando há mortos, quando hásangue...” Odair Sene queixa-se da falta de apoio. A única ajudaque tem recebido do Estado português é uma assinatura da Lusae, mesmo assim, sem fotografias: “Tanto incêndio em Portugal enão tinha uma foto para colocar na capa, já viu?” Uma forma deultrapassar algumas dificuldades era trocar notícias - uma práticaque alguns jornais já têm, mas que ainda não é generalizada.Como estes títulos, quando registados em Portugal, ficamenquadrados no grupo da imprensa regional, também beneficiamde porte-pago. A Gazeta Lusófona é um dos que aproveita. Maspara isso é preciso ter escritório em Portugal, imprimir em Portu-gal (por causa do controlo de tiragem), despesas que muitos nãopodem ou simplesmente não querem suportar. A perspectiva deFernando Santos é paradigmática quando considera que estesjornais, como os outros, têm de se reger pela lógica do mercado:“Nos EUA não estamos habituados a ajudas: quem não conseguesobreviver fecha”. Acha que, “se não houvesse apoios, era melhor:os bons tinham mais leitores”.

Euforias e depressões

Agora que as eleições autárquicas ter-minaram e com elas acabou também o alaridoe as exaltações dos participantes, espera-se queas pessoas voltem à normalidade. Os vence-dores continuarão a celebrar e os derrotados,esses, valer-se-ão dos antidepressivos para osajudar a esquecer a derrota.

Antigamente as pessoas deprimidas iam para a taberna beberuns copos para aliviar o mal-estar do desalento e da tristeza, hojedirigem-se às farmácias à procura da pílula mágica. Houve quemfizesse um estudo sobre o consumo de medicamentos e tenhachegado à conclusão de que Portugal é o país europeu que maisgasta em medicamentos, nomeadamente se forem comparadosindicadores como sejam o gasto nestes bens relativamente aoorçamento da Saúde (27 por cento em Portugal contra 18 da médiaeuropeia). Os portugueses consomem no seu quotidianomedicamentos para todos os fins e em muitas circunstâncias que,porventura, não se justificariam. O mesmo estudo revela umelevado nível de automedicação, que no nosso país é de cerca de38 p.p. para os cidadãos com escolaridade mais baixa (ensinobásico); não é por acaso que a grande maioria dos episódios deintoxicação (49 p.p.) são reportados ao Instituto Nacional deEmergência Médica se devem a medicamentos.

Afinal de que doenças padecem os portugueses? O estudoverifica com especial atenção os consumos de alguns tipos demedicamentos para tratar doenças do foro psíquico, ou seja;tranquilizantes, sedativos e antipsicóticos – não esquecendo osantidepressivos – cada português consome, em média, trêsembalagens por ano. Isto porque estes quatros grandes grupos deprodutos somam, entre todos, vendas de 30 milhões de unidades.

As pessoas têm dificuldade em controlar a ansiedade e os seusimpulsos: é só observar o comportamento absurdo dos fanáticosda bola nos diferentes estádios de futebol; se o clube ganhatornam-se excessivamente eufóricos e provocadores, se a equipaperde, aí arrasam tudo e todos e entram em profunda depressão.E porque é necessário ir trabalhar no dia seguinte, ocorrem àautomedicação.

O estudo verifica também que em Portugal utilizam-seanualmente cerca de 250 milhões de unidades de todos os tiposde medicamentos (25 em média por cidadão), o que representaum valor de facturação na ordem dos dois milhões de euros. Daía pergunta: se os que não pertencem ao leque dos que não utilizamhabitualmente medicamentos, quem é, então, que consome as 25embalagens dos que não consomem? Há muita gente a tomardoses excessivas ou desnecessárias neste país de altos- e-baixos,onde há mais baixos do que altos. O grande negócio nos dias dehoje, é a venda de antidepressivos e a ida ao psiquiatra ou aopsicólogo para recuperar a auto-estima.

Muito se fala de desenvolvimento económico. Ora aí está umaindústria que tem crescido: a industria farmacêutica. Pena é o paísnão crescer noutros sectores da economia. Nunca é demaislembrar que segundo dados oficiais em matéria dedesenvolvimento, Portugal já foi ultrapassado por países como aGrécia, Letónia e republica Checa.

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 20056

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro)

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)

GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho)

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)

AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro)

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)

O idoso…Sylvio Martins

O Dia Nacional do Idoso foi estabelecido em 1999 pela Comissãode Educação do Senado Federal e serve para refletir a respeito dasituação do idoso em toda a parte, seus direitos e dificuldades.

A população no mundo está ficando cada vez mais velha e,segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por volta de2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do quecrianças no planeta.

E foi pensando nos idosos do districto de Jeanne Mance, noPlateau Mont-Royal, que Rose Carone, candidata a Conselheira

de Ville e Natércia Rodrigues, candidata a Conselheirad’arrondissement, decidiram passar uma tarde com um grupo deidosos. Eles vieram em grande número e ficaram contentíssimosao passar toda aquela tarde num ambiente acolhedor.Homenageamos a 3ª Idade, a maravilhosa idade da sabedoria, das

experiências vividas e do amor desprendido dos avós, e escutamosvarias histórias deles.

Devíamos, tentar pegar dos mais velhos a experiência esabedoria de vida que anos de luta e observação os ajudaram a ter.Que tal nos deixarmos contagiar por essa bagagem deconhecimento, para virmos a ser, quem sabe, jovens e adultos maisinteressantes e respeitáveis? Respeitar e ouvir o idoso é respeitara nós mesmos.

“ Você é idoso quando sonha... você é velho quando apenasdorme.

Você é idoso quando ainda aprende... você é velho quando jánem ensina.

Você é idoso quando se exercita... você é velho quando somentedescansa.

Você é idoso quando tem planos... você é velho quando só temsaudades.”

Carta da Semana: 3 de Ouros, que significa Poder.Amor: Esteja atento aos sinais do destino. Pode encontrara sua alma-gémea e nem reparar.Saúde: Certifique-se que está tudo bem com o seu organismo.A prevenção é a melhor forma de evitar problemas graves.

Dinheiro: É possível que perca um objecto de grande valor sentimental.Número da Sorte: 67 Números da Semana: 10, 20, 30, 14, 1, 5

Carta da Semana: Cavaleiro de Ouros, que significa Maturidade.Amor: Os nativos que estão sozinhos podem conhecer umapessoa bastante interessante.Saúde : Canalize a sua energia para actividades de lazer aoar livre.

Dinheiro: Evite arranjar problemas onde eles não existem. Aceite as críticasdos seus colegas. Eles não querem o seu mal, apenas o querem ajudar.Número da Sorte: 76 Números da Semana: 25, 44, 11, 26, 39, 6

Carta da Semana: Valete de Paus, que significa Confiável.Amor: tenha coragem não receie revelar os seus segredosao seu melhor amigo.Saúde : Previna-se das picadas de insectos.Dinheiro: No momento certo saiba utilizar os truques que

tem guardados. Pode vir a lucrar muito com este tipo de atitude.Número da Sorte: 33 Números da Semana: 6, 3, 2, 1, 10, 11

Carta da Semana: 9 de Espadas, que significa Crueldade.Amor: Faça uma análise aos comportamentos que tem vindoa adoptar, pois, por vezes, pode não estar a ser muito correctona forma como se relaciona com os seus familiares.Saúde: Inicie um tratamento para emagrecer, mas antes

disso consulte o seu médico e aposte nos produtos naturais.Dinheiro: Antes de assinar um contrato importante, verifique todas ascláusulas para não sair prejudicado.Número da Sorte: 59 Números da Semana: 22, 25, 1, 4, 16, 24

Carta da Semana: Rainha de Copas, que significa Confiança.Amor : Saiba reconhecer os seus erros. Por vezes o seuorgulho não o deixa perceber de que lado está a razão.Saúde: Concentre-se na resolução de uma disfunção de cariz sexual.Dinheiro: Por ser uma pessoa honesta e íntegra, o seu chefe

deposita em si uma enorme confiança e é provável que o recompense comum convite para trabalhar directamente com ele.Número da Sorte: 49 Números da Semana: 11, 13, 15, 26, 25, 22

Carta da Semana: Valete de Espadas, que significa Intelecto.Amor : Mantenha a calma e não se deixe abalar por umapequena discussão com a sua mãe.Saúde : Cuidado com a sua coluna.

Dinheiro: Utilize a sua inteligência e destreza mental para resolver umassunto relacionado com o bom funcionamento da empresa onde trabalha.Número da Sorte: 61 Números da Semana: 10, 20, 1, 4, 7, 6

Carta da Semana: O Mundo, que significa Fertilidade.Amor: Semana muito protegida. O ambiente em casa vai sermuito feliz.Saúde : Procure o seu médico. Há já muito tempo quenecessita de fazer um check-up.

Dinheiro: Este período tende a ser muito produtivo e cheio de trabalho.Aproveite estas boas energias para investir no seu futuro.Número da Sorte: 21 Números da Semana: 6, 9, 8, 5, 2, 1

Carta da Semana: Ás de Espadas, que significa Sucesso.Amor: Durante esta semana sentirá necessidade de ficar noaconchego do lar a ouvir a sua música favorita ou a ler um bom livro.Saúde: Evite passar demasiadas horas em frente ao televisor

porque os seus olhos podem ressentir-se.Dinheiro: O sucesso está no seu caminho. Mantenha a sua postura firme e tranquila.Número da Sorte: 51 Números da Semana: 7, 4, 8, 17, 27, 45

Carta da Semana: 6 de Copas, que significa Nostalgia.Amor : Faça uma visita a um familiar e, juntos, recordemmomentos divertidos que passaram juntos.Saúde : Não faça demasiados esforços pois os seus ossosestão muito frágeis.

Dinheiro: Os trabalhos relacionados com a educação e o ensino estão favorecidos.Número da Sorte: 42 Números da Semana: 6, 9,8, 4, 1, 10

Carta da Semana: 4 de Ouros, que significa Problemas Financeiros.Amor: Procure estar atento ao comportamento do seu par.Não se deixe enganar.Saúde : É possível que se sinta um pouco febril e indisposto.

É provável que isso se deva a uma alergia primaveril.Dinheiro: Mantenha a lucidez pois só desta forma poderá conseguirarranjar forma de liquidar as suas dívidas.Número da Sorte: 68 Números da Semana: 3, 36, 39, 25, 14, 11

Carta da Semana: 5 de Paus, que significa Fracasso.Amor: Confie na sua intuição e dê uma oportunidade aquelapessoa que acabou de conhecer.Saúde: Momento indicado para tratar da saúde da sua pele.

Faça uma limpeza facial e hidrate o seu corpo com um creme de boa qualidade.Dinheiro: Invista num negócio que lhe poderá garantir um futuro próspero.Número da Sorte: 27 Números da Semana: 2, 5, 8, 7, 4, 1

Carta da Semana: O Papa, que significa Sabedoria.Amor: É provável que venha a descobrir algo que o façaterminar uma relação amorosa de longa data.Saúde: Tendência para a depressão e o pessimismo.Dinheiro : Perante uma situação complicada aja com a

sabedoria adquirida pela sua experiência de vida.Número da Sorte: 5 Números da Semana: 5, 26, 14, 4, 5, 7

60º aniversário deJoão Damião de Sousa

Guilherme Álvares Cabral

Realizou-se Sábado 24 de Setembro de 2005 na Casa dos Açoresdo Quebeque uma festa surpresa a João Damião de Sousa pelosseus sessenta anos de nascimento, cuja data é 23 do mesmo mêsmas festejada no dia imediato, por ser fim-de-semana e a aproveitara disponibilidade e a ocasião de se realizar tão festivoacontecimento.

Foi, realmente uma grande surpresa. João Damião não esperava,nem imaginava o que lhe iria acontecer. Ia jantar naquela noitecom a sua mulher e filhos ao restaurante Vieux-Duluth ou CasaGreque. Os filhos foram buscá-lo à hora de ir ao restauranteDisseram-lhe que iam passar pela Casa dos Açores aonde a mãese encontrava lá ocupada com assuntos inesperados...

Dirigiram-se para a associação, entraram e não encontraramninguém na sala do bar. Subiram para a sala de recepção. O Joãoabriu a porta. Acenderam-se as luzes. Deparou--se-lhe uma enormequantidade de calor humano. Perto de uma centena de amigosesperavam-no para comemorar aquele feliz aniversário. Umbufete, oferecido por toda aquela gente, composto por umadiversidade de imensos pratos e doçarias, para deliciarem aquelesaboroso jantar.

João Damião, muito sensibilizado, agradeceu toda aquelaamizade e acrescentou que aquele dia era muito importante parasi. Era o dia do seu aniversário e uma nova etapa na sua vida. Ia-se reformar; ia para a reforma. A festa continuou por toda a noitecom alegria e boas disposições, acompanhada e abrilhantada pelamúsica da discoteca móvel do grande amigo da Casa dos Açores,o senhor Vinagre.

João Damião é director do conselho de administração da Casados Açores, tendo sido várias vezes presidente. Este ano ocupa asfunções de secretário. Acompanhado da sua esposa tem-sededicado incansavelmente a esta causa importante e nobre queé a continuidade da existência dessa valiosa associação, comalicerces sólidos e fortes. Têm resistido a uma minoria da nossacomunidade, que com meios próprios, tentam abatê-la e rebaixá-la... Como os alicerces são sólidos e fortes, não é fácil destruir osanos de trabalho de todos aqueles directores e amigos quetrabalharam para a sua construção.

Para João Damião e a sua família, muitas felicidades e que o Joãogoze a sua reforma por muitos e muitos anos.

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Banda de Nossa Senhora dos MilagresCelebração deaniversário muito condigna

Texto e fotos de António Vallacorba

A mais nova das três filarmónicas comunitárias, a Banda deNossa Senhora dos Milagres (BNSM), conquanto ainda naprimavera da sua vida institucional, está mais velhinha (no bomtermo da expressão), pois acaba de celebrar a passagem do seunono aniversário.

A feliz efeméride foi assinalada com a realização de umauspicioso jantar-dançante, sábado passado, 8 do corrente, nosalão paroquial da Igreja Saint-Enfant-Jesus, perante um númeroapreciável de festejantes e num ambiente assaz alegre e de bomefeito visual nas cores e luz.

É de registar, no entanto, o interesse que o acontecimento terámerecido da parte dos orgãos da Comunicação Social, na medidaem que estiveram presentes representantes dos programosradiofónicos “Portugalíssimo” e da Rádio Centre-Ville; da imprensaescrita, A Voz de Portugal e o LusoPresse, assim como do programatelevisivo, Montréal Magazine.

Outrossim, a Associação Portuguesa do Espírito Santo, a Casados Açores do Quebeque, a Associação Saudades da TerraQuebequente e a Associação dos Pais de Montréal foram algumasdas colectividades que se dignarem fazer representar.

Paralelamente, a política esteve fortemente representada commembros da Équipe Bourque/Vision Montréal, nas pessoas dopróprio líder, Pierre Bourque, que proferiu algumas palavras sobreas eleições autárquicas de 6 de Novembro próximo; da nossa

candidata por Jeanne-Mance, Natércia Rodrigues; DimitriosKoufogiorgas; Serge Malaison e Rose Camone; Martine Carrière,Anie Samson e Richard Théorêt, candidatos também, respec-tivamente, a conselheiros e a presidentes de Juntas de Freguesias.

O jantar, tal como era de esperar, pois foi confeccionado porNorberto Lima, revestiu-se de boa qualidade, privilegiando pratode camarão com “linguini”, cardo verde, prato de lombo de vitela,etc., tendo como sobremesa as delícias de várias mesas comdoçaria e frutas.

As filarmónicas são uma das manifestações mais populares dopovo açoriano. Rara é a freguesia ou lugar onde não exista umabanda para acompanhar as procissões, os cortejos e animar osarraiais. Por arrastamento, algo semelhante acontece um poucopor quase toda a nossa diáspora do Canadá e Estados Unidos.

Curioso que, alguns dias antes desta efeméride se houvessecelebrado o Dia Mundial da Música - esse fogo de alma que recriaos homens e glorifica Deus. É, pois, imperativo preservar e

acarinhar esta popular expressão do nosso património culturalcomunitário, criando motivações e interesse para a música nosjovens.

A discoteca J. G. Night Productions (Jeff Gouveia) e o duoPatrick & Jomani realizaram um excelente trabalho na animaçãodo espectáculo e do baile, garantes, pois, de uma noite bempassada.

O serão foi ainda bastante movimentado em termos dearrematações, dirigidas por Duarte Faria, venda de rifas, etc.,sendo igualmente aniversariantes, o jovem Kévin e a sra. ArleteSousa. Por outro lado, fez-se registar a apresentação do livro de

poesia “Passado e o Presente”, de Serafim Almeida, de Brampton,Ontario, e de cuja venda uma percentagem do custo é favor de umaorganização contra o cancro.

A Banda de Nossa Senhora dos Milagres, fundada em 1996 eligada à Associação Portuguesa do Espírito Santo, é dirigida por:Duarte Faria, presidente; José Lima, vice-presidente; PedroCordeiro, tesoureiro; Francisco Fonseca, secretário; VictorMachado e Humberto Tavares, directores; Leonardo Aguiar,maestro; e Agostinho Braga, contramestre.

Parabéns à BNSM, com votos de contínua prosperidade e delonga vida.

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 2005 9

Recital na Capela Histórica do Bom Pastor

Alexandre da Costa esteve no seu melhorTexto e fotos de Anónio Vallacorba

Alexandre da Costa esteve àaltura do seu prestígio e famana quinta-feira passada, du-rante a auspiciosa aberturaoficial da nova temporada deconcertos de La Chapelle histó-rique du Bon-Pasteur, maison dela musique.

O acontecimento, certamen-te pouco frequente em activi-dades culturais desta naturezaentre nós, foi promovido peloConsulado-Geral de Portugalem Montréal, com o apoio doInstituto Camões e dos Servi-ços de Cultura da Cidade deMontréal.

O virtuoso violinista e pianistaluso-canadiano teve uma ac-tuação de eleição, muito bemacompanhado pelo multifa-cetado pianista americano,Matt Herskowitz, perante nu-merosa assistência, na suamaioria franco-canadiana, eassaz entusiástica nos calorososaplausos com que distinguiu aexibição dos executantes.

A primeira parte deste empol-gante recital abriu, logo apósalgumas palavras de saudaçãoda parte do nosso cônsul, dr.

Carlos Oliveira, com a TerceiraSonata para Violino, de EugèneYsaye, seguindo-se as român-ticas composições, Miragens I& II, do compositor português,Luis de Freitas Branco; extrac-tos da peça Romeu e Julieta, deSerge Prokofiev, e “Scherzo”,de Johannes Brahms.

“Romance”, novamente deLuis de Freitas; “Tzigane”, deMaurice Ravel; “Airs Tziga-nes”, do espanhol Pablo deSarasate, e, finalmente, AsCsardas, de Vittorio Monti,preencheram espectacular-mente a segunda parte, numcrescendo extasiante com ca-da peça que ia sendo execu-tada.

E se “As Csardas de Monti”contínua a ser uma das peçasmais favoritas para o violino,contudo a “Tzigane”, de Ravel,uma composição bastante difí-cil de executar, foi simples-mente arrebatante, com o Ale-xandre a alcançar a sublimi-dade, tal foi a força da exibição,quão perfeita foi a sua ténica!

No final, a assistência, de pé,rendeu-se-lhe completamenteembevecida e, insistindo com assalvas de palmas, foi obsequia-da com aquilo que deverá terconstituído a primeira vez quemuitos de nós ouvimos nestascircunstâncias: um trecho demúsica de “jazz”, da autoria deJimmy Hendrix, adaptado peloAlexandre e pelo Matt para oreportório clássico..

Simplestemente deslum-brante!

O acontecimento culminoucom um Porto de Honra, numa

sala adjacente e com a colabo-ração de Chez le Portugais(Henrique Laranjo), com apresença dos dois talentososartistas em mui agradável mo-mento de confraternização

O Alexandre partiria no diaseguinte para Portugal, paraefectuar um concerto no Mos-teiro dos Jerónimos, no do-mingo, dia 9 do corrente, aconvite do dr. Jorge Sampaio,Presidenete da República -conforme informou durante assuas breves palavras, antes dointervalo, de agradecimento,sobre a sua afectividade lusa eacerca da sua recente digres-são pela Europa, em virtude doque, actuara, inclusivamente,nas cidades do Porto e de Lis-boa.

Entretanto, e para que cons-te, convém lembrar que, depoisde 50 anos de emigração, já éaltura de a cultura erudita ir aoencontro do povo. Não obstan-te a acepção generalizada entreas elites de que eventos comoeste deverão ser realizados emespaços nobres como o de LaChapelle histórique du Bon-Pas-teur, contudo temos duas igre-jas e salas nobres para seme-lhantes acontecimentos.

Temos a certeza de que amúsica clássica não saíria dimi-nuida. Aliás, o próprio MattHerskowits exibiu-se em man-gas de camisa e a Mariza já nãocanta o fado como a AmáliaRodrigues o fazia, de xaile pretosobre os ombros.

Já o poeta Rudyard Kiplingnos ensina que os reis, os presi-dentes e os doutores é quedevem descer ao nível do povo,por impossibilidade de estesubir ao nível deles.

Foi apenas uma sugestão.

Colheita anualPela sétimo ano consecutivo, realizou-

se com o patrocínio de Alfred Dallaire“Memória”, a colheita de maçãs noMonte Santo Hilário, que contou com apresença de 55 pessoas, entusiastasdesde a chegada ao local, naquele 2 deOutubro cheio de luz e calor dum Solde Verão. Já no autocarro, graciosidadede Alfred Dallaire “Memória”, a alegriaera transbordante porque se advinhavaum dia bem passado naqueles pomaresricos em cor e sabores.Para o próximoano, há já a promessa de alguém levaruma grelha para se poderem assarfrangos no local, habitualmentepreparado para receber a caravana e aesperança de aumentar o grupo deveraneantes de modo a se ocuparemdois autocarros.Aguardamos a próximaedição desta tradicional colheita,agradecendo a gentileza de AlfredDallaire “Memória”.

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 20051 0

Estas são de graça...

Foto da semana

Dois homens encontram-se num bar:-O meu filho é mais estúpido que o teu!-Não é nada!-Então vamos fazer uma aposta.-Tudo bem, apostamos 1000 paus.-Ok. Gaspar, anda cá.-Sim pai?-Toma 20 escudos para ires alí à loja comprar uma TV a cores.-Está bem.E o miudo sai pela porta do bar com os 20$00 na mão... E o outrohomem chama o filho e diz:-Vai lá a casa e vê se eu lá estou.-Está bem pai.Por acaso os dois miudos encontram-se na rua e comentam:-O meu pai é mais estúpido que o teu!-Não é!-Então vê bem: o meu pai deu-me 20 paus para ir comprar umaTV a cores e nem sequer disse a côr que queria!-Então e o meu? Disse-me para ir a casa ver se ele lá estava e nemsequer me deu a chave!

Três sacerdotes conversam sobre várias questões relacionadascom a Fé, a igreja e o celibato dos padres.- Voçês acreditam que nós ainda iremos poder assistir aocasamento dos padres, nos nossos dias? pergunta um.- Nós, certamente que não, responde um dos outros. Mas, osnossos filhos talvez....

- Para a semana vou a Paris!- Levas a tua mulher?- Por acaso se fores à Madeira levas bananas?

Curso de informáticatodos os sábados das 13h00 às 15h00

Curso de 5 semanas- Introdução aos computadores

- Como fazer um site web?

Cursos individuais (3 horas)O que é um “Anti-virus”?O que é um “Firewall”?

O que é a Internet?O que é um motor de pesquisa?

Como falar na internet sem pagar?Como enviar um correio electrónico?

Contactar A VOZ DE PORTUGAL(514) 284-1813(514) 284-1813(514) 284-1813(514) 284-1813(514) 284-1813

SyrianaGeorge Clooney vestiu a

pele de um veterano operativoda CIA, para contar as his-tórias de bastidores, na lutapelo petróleo, entre o Ocidentee o Médio Oriente.

O trailer esta online no siteda Yahoo e levanta um pouco

o véu da trama escaldante de Syriana. Clooney engordou unsquilos valentes e nada nestas imagens revelam o actor sen-sual e atraente que tem sido a sua imagem de marca. MattDamon volta a entrar em mais um filme com o parceiro deOcean’s Eleven, embora num lado diferente da trama.

A luta para controlar o petróleo já deu origem a guerras eestá no centro de muitas quezílias entre o Ocidente e o MédioOriente. Um conflito que existe há muito tempo e que em“Syriana” é explorado com intensidade, em que os interessesdas companhias petrolíferas e do Governo dos EUA preva-lecem contra tudo e contra todos.

Estes bichinhos vão fazersucesso no próximo verão

A DreamWorks Animation vailançar mais um filme de animaçãoem 2006. Bruce Willis empresta a voza R.R., um “guaxinim” muito especial,em “Over the Hedge”.

Os criadores de Shrek continuamimparáveis. Em “Over the Hedge” debruçam-se sobre anatureza e criaram um grupo de animais fofinhos que assistemà destruição da floresta em que vivem. Quando ficamencurralados no meio de um bairro residencial, tudo é novoe estranho e sentem-se assustados. Um esperto “guaxinim”,animal muito conhecido nos EUA por andar à volta das latasdo lixo, será a salvação daquele grupo de animais ingénuos,e será R.J. que vai ajudá-los a sobreviver no seu novo habitat.

Além de Bruce Willis, também Steve Carrell, WilliamShatner, Garry Shandling e Wanda Sykes dão o seucontributo a “Over the Hedge”, dando vida aos bicharocos,que prometem fazer rir miúdos e graúdos, no próximo verão.

O 7º DiaDuas famílias disputam durante largos

anos os limites das suas propriedades,localizadas numa cidade do interior deEspanha. As discórdias já derramarammuito sangue até que Isabel, a adolescenteprimogénita de uma das duas famílias decideaveriguar a verdadeira origem desta disputatão atroz. Ajudada por Chino, o seu primeironamorado, Isabel descobre que tudo se

deve a um antigo amor não correspondido, cuja recordaçãoainda bate nas veias de Luciana que não está disposta aesquecer e exige dos seus irmãos a vingança que, comomulher, não pode levar a cabo com as suas próprias mãos.Uma vingança que a cidade inteira pagará com o seu sangue.

Manuel de ArriagaPrimeiro Presidente Constitucional da República Portuguesa

Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nasceu na cidade daHorta em 1840 e pertencia a uma família da aristocracia açoriana.Formou-se em Letras e foi professor de Inglês do Ensino Liceal. Em1876 fez parte da Comissão de Reforma da Instrução Secundária.Filiado no Partido Republicano, pertencia ao seu Directório quandorebentou a revolta do 31 de Janeiro de 1891. Candidatou-se adeputado pela Madeira tendo sido eleito. Passados alguns anosvoltou a assumir funções parlamentares, distinguindo-se na luta

contra as instituições monárquicas e contra a corrupção.Entretanto participava activamente em comícios que se realizavamem Lisboa e os seus discursos inflamados contribuíam paraaumentar o número de adeptos da causa republicana. Depois do5 de Outubro foi deputado às Constituintes e, no dia 24 de Agostode 1911, tomou posse do cargo de Presidente da República. O seumandato foi muito agitado e cheio de dificuldades porque osdiferentes partidos republicanos que então se formaram não seconseguiam entender. Além disso instalou-se um clima de agitaçãosocial, com tentativas de reposição da monarquia, inúmerasreivindicações e greves que levaram a sucessivas quedas dogoverno. Só entre 1911 e 1914 tomaram posse oito governos. EmJaneiro de 1915, Manuel de Arriaga dissolveu o Parlamento econsentiu que se instalasse a ditadura de Pimenta de Castro. Asreacções não se fizeram esperar. Os opositores reuniram-se, oPresidente da República foi declarado fora da lei e, logo em Maio,rebentou uma revolução que repôs a ordem democrática e oforçou a demitir-se. Manuel de Arriaga além de político e profes-sor foi também escritor. Deixou vários livros de ensaios, contos epoesia.

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 2005 1 1

Valores Comunitários: Lúcia BeloDinora e Diamantino de Sousa

Continuamos com as nossas entrevistas de pessoas ligadas, de umaforma ou de outra, à cultura portuguesa e às suas tradições. Hoje,iremos conversar com uma fadista/cançonetista da nossacomunidade. A nossa entrevistada de hoje é Lúcia Belo.

Voz de Portugal: Lúcia, para começar e para as pessoas quenão te conhecem gostaria que nos fizesses um pequeno relatode quem é a Lúcia Belo, de onde vêm e como veio parar aMontreal?

Lúcia Belo: Nasci na Terceira e vim para o Canadá em 1969com apenas 10 anos de idade.

Tenho três filhos, a mais nova, a Ashley, com dez anos de idade.A Ashley também gosta de cantar, mas somente, como ela diz,“quando está inspirada”.

VP: Lúcia, se tivermos em consideração aquilo que cantas,como defines o teu estilo: fadista ou cançonetista? Qual oque te dá mais prazer na tua carreira?

LB: Eu considero-me mais como uma cançonetista e não únicae simplesmente uma fadista. O estilo que eu canto aqui no Solmaré na realidade aquele que mais gosto porque me permite tirarpartido de diversas interpretações e de diversas orientaçõesmusicais. Se interpretasse apenas fado isso não seria possível.

VP: Todos temos uma tendência para fazer algo que porqualquer razão um dia despertou em nós determinadossentimentos. De onde te vem esta paixão de cantar?

LB: Esta paixão para cantar tenho-a desde pequena.Quando estávamos em casa eu gostava de ajudar minha mãe e

ela tinha sempre discos a tocar. Naquela altura eu já me punha atrautear tudo o que tocava, quer Amália quer outros artistas. Omeu pai tocava guitarra, e aos fins-de-semana havia sempre umconvívio com outras pessoas, quer na nossa casa quer noutro lo-cal. Como eu tinha aquela tendência para cantar, pediam-mesempre para o fazer e é daí que vem essa minha paixão.

Comecei com fados da Amália, depois fado canção e mesmocanções de revista. Como já disse, desde pequena que gosto muitode cantar, mas desde o falecimento da minha irmã fiquei com umamaior predisposição para cantar músicas mais tristes.

VP: O Solmar sempre se empenhou em ter um artista acantar para os seus clientes. Há a quanto tempo estás aquia cantar?

LB: Já lá vão três anos. No início convidavam-me de vez emquando para fazer uns serões, depois surgiu a oportunidade deactuar todas as noites e passei a ser a cantora do restaurante.

VP: Durante muito tempo tivemos oportunidade de ver aLúcia Belo participar em diversas noites de fado e outroseventos. Depois a Lúcia praticamente desapareceu dosespectáculos que se faziam. Há alguma razão especial paraesse desaparecimento?

LB: Não há razão nenhuma especial. Eu comecei a cantar noSolmar, e, como estava ocupada praticamente todas as noites,deixei de poder actuar noutros locais. De vez em quando apareceuma oportunidade de ir actuar numa ou noutra colectividade, mascomo isso acontece poucas vezes é essa a razão que deixaram deme ver tanta assiduidade na nossa comunidade.

VP: Tu estás actualmente a trabalhar com uma pessoa quetem muito talento como é o caso do Carlos Ferreira. Qual éo teu maior desafio quando vais cantar noutros locais e nãoencontras, como é o caso aqui no Solmar, o mesmo tipo deacompanhamento?

LB: Não é de querer estar a levar a mal aos outros músicos danossa comunidade, mas uma coisa que eu tenho aqui com o Carlosé a sua grande honestidade em termos de trabalho. Sempre queé necessário ele corrige-me e trabalhamos as músicas atéacharmos que estão boas. Aquilo que o Carlos mais gosta é quea pessoa se saia bem e por isso põe-nos à vontade e com maisconfiança. A maior parte das vezes isto não acontece quandovamos actuar noutros locais e com outras pessoas, e este pequenodetalhe faz imediatamente uma grande diferença.

VP: Cantar fado com o acompanhamento tradicional da violae guitarra e cantar o fado com o acompanhamento ao pianoexige um posicionamento de voz e uma predisposição

diferente; como é que se faz essa transição?LB: É claro que no início é algo de complicado porque não

temos aquela entrada a que estamos habituados no fadotradicional, mas depois à medida que vamos evoluindoconseguimos adaptar-nos. Posso dizer que gosto imenso do pianopara acompanhamento do fado, acho que é algo de diferente quetraz um certo valor e inovação e faz realçar a voz.

VP: Já que estamos a falar de acompanhamento do fado aopiano. Existe agora uma nova tendência para acompanhar ofado de uma forma algo diferente e temos casos bemconhecidos como por exemplo a Mariza e os Madredeus. Oque achas desta nova tendência?

LB: A juventude de hoje adora esta nova forma de se cantar ofado porque se traduz numa interpretação que é muito diferenteda do fado tradicional. Se não fosse a introdução dessa novasonoridade as pessoas talvez não aderissem tanto ao fado. Existemaqueles que dizem que esta nova tendência tira o valor ao fado mas,na parte que me toca, eu acho que pelo contrário ela vai permitirque um maior número de pessoas venham a conhecer o fado e issoé muito bom.

Contudo, ainda continuamos a ter artistas de grande valor e quemantêm o fado tradicional para preservar as nossas raízes.

VP: Aqui no Solmar, a maioria os clientes são de outrasorigens que a Portuguesa, Como é que eles acolhem o fado?

LB: Aquilo que eu tenho visto é que os nossos clientes, de umamaneira geral, respeitam o fado e tentam perceber este estilo mu-sical. Muitas vezes temos pessoas que sem perceberem umapalavra de português ficam completamente emocionados apenaspelo cariz da música e da voz, pelo sentimento que o fado transmitee pelo contexto e clima de nostalgia que rodeia o fado, e isso dá-nos muita alegria.

VP: Além de cantar, o que é que a Lúcia gosta fazer quandosai do Solmar e vai para casa?

LB: Eu gosto muito de ouvir todo o tipo de música e também deler, principalmente romances que acabam bem; nada de coisasviolentas. É assim que ocupo os meus tempos livres.

VP: Projectos para o futuro. Existe alguma coisa na forja?LB: Todos nós temos projectos que gostaríamos que fossem

levados a bom porto. Eu gosto imenso de cantar e gostaria depoder continuar nesta profissão. Sei que é um caminho bastantedifícil e para se poder fazer alguma coisa com valor é necessáriomuito trabalho e por vezes difícil de coordenar com a nossa vidapessoal, mas estou a fazer tudo o que é possível para conseguir esseobjectivo.

VP: Se fizermos uma pequena retrospectiva da tua vida emtermos artísticos; como consideras o teu balanço?

LB: Francamente penso que este balanço tem um saldobastante positivo.

Estou a fazer um trabalho que adoro e posso dizer que nunca mesenti tão bem como neste momento em que o trabalho que façome traz uma imensa alegria em termos de carreira. Ainda porcima aquilo que faço é com paixão e isso dá-me enorme satisfaçãopessoal e profissional.

VP: Já tens ido aos Estados Unidos para participar em algunsespectáculos, principalmente na zona de New Bedford. Emtermos comparativos como é que tu consideras a aceitaçãodo fado por parte destes dois públicos?

LB: Existe uma grande diferença em termos de aceitação porparte do público.

Quando vamos aos Estados Unidos as pessoas respeitam osartistas, estão atentos e em silêncio, pelo menos quandoactuamos. Não existe aquela barulheira nem o desinteresse quese observa quando se faz uma noite de fado aqui em Montreal e

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que tanto prejudica a nossa actuação. É absolutamente impossívelinterpretar um fado com sentimento, ou muito menos o cantor sercapaz de se concentrar nos acordes da guitarra e da viola, quandometade de uma sala se empenha em fazer uma algazarraensurdecedora. É evidente que o artista que não sente acumplicidade do público e que chega à conclusão que “está acantar para o boneco”, acaba por perder a motivação e acaba porfazer uma actuação de menor qualidade, e, é isso faz uma grandediferença.

VP: Para terminar, em termos pessoais quais os artistasque tu mais aprecias e quais os fados que tu mais gostas decantar?

LB: Nós temos bons valores em Portugal. Gosto muito daMariza, da Dulce Pontes, do Carlos do Carmo, da Hermínia Silvae muitos mais, mas tenho um carinho muito especial pela AmáliaRodrigues. Em termos de fado para eu cantar, gosto muito detodos aqueles que me trazem uma mensagem. Não tenho umapreferência especifica mas aqueles que mais me inspiram a almae que me dão gosto de cantar são fados como por exemplo‘Lágrima’ e ‘Barco Negro’. Em termos de canção adoro porexemplo ‘Memories’.

Como podem deduzir adoro todas as músicas que me toquemos sentimentos e o coração.

Chegamos assim ao fim de mais uma entrevista, desta vez com aLúcia Belo, que amavelmente nos deu a conhecer mais um pouco desi. Sabemos que a Lúcia tem na forja um projecto interessante, masrespeitamos o seu silêncio face a este projecto e desejamos-lhe queconcretize todos os seus objectivos.

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 20051 2

CÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANO

EM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM 11 OUTUBRO 20051 E U R O = 1 . 4 2 4 51 E U R O = 1 . 4 2 4 51 E U R O = 1 . 4 2 4 51 E U R O = 1 . 4 2 4 51 E U R O = 1 . 4 2 4 5

AGÊNCIAS DE VIAGENSALGARVE681 Jarry Est 514.273.9638

CONFORT4057 Boul. St-Laurent 514.987.7666

LATINO177 Mont-Royal Est 514.849.1153

LISBOA355 Rachel Est 514.844.3054

TAGUS4289 St-Laurent 514.844.3307

CAIXA DE ECONOMIACAIXA PORTUGUESA4244 St. Laurent 514.842.8077

CANALIZADORESPLOMBERIE & CHAUFFAGE LEAL INC.4267 Av. Coloniale 514.285.1620

514.672.4687

CLÍNICASCLÍNICA MÉDICA LUSO1 Mont-Royal Este 514.849.2391

CLÍNICA MÉDICA NOVA3755 Boul. St-Laurent 514.987.0080

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DISCOS/LIVROSDISCOTECA PORTUGUESA4276 St-Laurent 514.843.3863

ELECTRICIDADEELECTRO-LUSO225 Gounod 514.385.1484

514.385.3541

FARMÁCIASFARMÁCIA TRANG4148 Boul. St-Laurententrega ao domicílio 514.844.6212

FLORISTAFLEURISTE FLORATERIA90 AV. Des Pins O. 514.288.4548 Fax.: 514.288.0225

FOTÓGRAFOSFOTO ESTRELA 514.279.5201

FUNERAISALFRED DALLAIRE|MEMORIAwww.memoria.ca4231 St-LaurentEduino Martins, Cel.: 514.277.7778

514.862.2319

ALFRED DALLAIRE Groupe Yves Legaré1350 Autoroute 13, Laval 514.595.1500 Víctor Marques 514.570.9857

GARAGENSALBERT STATION SERVICE4209 De Bullion 514.845.5804

HOTELRAMADA BLAINVILLEwww.hotelramadablainville.com1136 Boul. Labelle 450.430.8950

Consulado Geralde Portugal

2020 Rua University, suite 2425Montreal (Québec) H3A 2A5Tel.: 514.499.0359

HORÁRIO DE ABERTURA2ª, 3ª, 5ª,6ª das 9 às 12h30

4ª das 9h - 12h30 e das 14h-17h

UM SERVIÇO DO PSICÓLOGOSJORGE VASCO406, St-Joseph Este 514.288.2082

PADARIASPADARIA LAJEUNESSE533, Gounod 514.272.0362

QUIROPRATASDR. MARC CHENÉ“Centre Chiropratique”7050, Jean-Talon Este, Anjou 351-1716

RESTAURANTESCAFÉ AÇORES350 , LIÉGE E. 514.858. 6030

ESTRELA DO OCEANO101 Rachel E. 514.844.4588

SOLMAR111 St-Paul E. 514.861.4562

REVESTIMENTOSTAPIS RENAISSANCE ST-Michel7129 Boul. St-Michel 514.725.2626

TIPOGRAFIASTYPOGAL LTÉE.4117-A, St-Laurent 514.844.0388

Fax: 514.844.6283TRANSPORTESTRANSPORTES BENTO COSTA

514.946.1988

Site Webwww.cgportugalmontreal.com

URGÊNCIASE SERVIÇOS PÚBLICOS

514.287.3370

Polícia, Fogo, AmbulânciaClínica Portuguesa LusoDetecção de gásEmigração CanadáEmigração QuebequeHospital Hôtel-DieuHospital Royal VictoriaHospital Ste-Jeanne-d'ArcHospital Ste-JustineHosp. Montreal para CriançasInformação MontrealNormas do trabalhoRecolha de lixo e urgênciasServiço InterculturaisSun Youth, Serviços de UrgênciaUrgências sociais

AtlânticoBrossardLavalLusitanaSanta Cruz

514.387.1551450.659.4356450.687.4035514.353.2827514.844.1011

ENSINO ESCOLAR

514.484.3795514.844.1011450.687.4035514.583.0031514.376.3210514.593.9950514.525.9575

IGREJAS

Ass. dos PaisAss. Port. do CanadáAss. Port. do Espírito SantoAss. Port. de LasalleAss. Port. de Ste-ThérèseAss. Port. do West IslandCasa dos Açores do QcCasa do RibatejoCentro de Ajuda à FamíliaCentro Port. de ReferênciaCentro Com. do Espírito SantoClube Oriental Port de MtlClube Portugal de MontrealInstituto Cultural AçorianoFilar. Portuguesa de Mtl.Folc. Campinos do RibatejoFolc. Português de Mtl.Missão de Nossa Sra FátimaRancho Folc. Verde MinhoSporting Clube de MtlSp.Mtl e Benfica

514.495.3284514.844.2269514.254.4647514.366.6305514.435.0301514.684.0857514.388.4129514.729.9822514.982.0804514.842.8045514.353.1550514.342.4373514.844.1406514.844.6371514.982.0688514.353.3577514.739.9322514.687.4035514.768.7634514.499.9420514.273.4389

ASSOCIAÇÕES E CLUBES

CH TVPortugalíssimoRádio Centre-VilleRadio Clube Mtl.

514.522.4150514.483.2362514.495.2597514.849.9901

RÁDIO E TELEVISÃO

IGREJASIGREJA BAPTISTA PORTUGUESAPastor Pedro Felizardo Neves6297 Monkland Ave. 514.484.3795

MONUMENTOSGRANITE LACROIX INC.Construção de monumentos1735 Boul. des LaurentidesLaval, Québec 450. 669.7467

[MEMORIA] DESIGNDesign de monumentoswww.memoriadesign.com5038 rua St. UrbainMontreal, Québec 514.710.0132

MÓVEISARCA4117 St-Laurent 514.842.0591MEUBLES JEUNESSE4089 St-Laurent 514.845.6028

NOTÁRIOSM.e LUCIEN BERNARDO4242, Boul. St-Laurent, Suite203 514.843.5626

EDUARDO DIAS4256 Boul. St-Laurent 514.985.2411

OURIVESARIAOURIVESARIA ROSAS DE PORTUGAL3723 Boul. St-Laurent 514.843.8727OURIVESARIA ZENITH4173 Boul. St-Laurent 514.288.3019

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Igreja Baptista PortuguesaIgreja Católica de Santa CruzIgreja N. S. de Fátima de LavalAssembleia de DeusCentro Cristão da FamíliaIgreja Nova UnçãoIgreja Cristã Vitoriosa

Teresa (Terri) Rodrigues1952 - 2005

No passado dia 27 de Setembro de 2005, faleceu emMontreal, com a idade de 53 anos, a Sra. TeresaRodrigues, natural de Santa-Cruz, Madeira, Portugal,casada com o Sr. Gaetano Guido.Deixa na dor seu esposo, sua filha Nancy (Pedro),seus netos Kevin, David e Jenna, seus irmãos Vasco(Florinda Teixeira), João (Maria Quintal) e Maria Iria(Carlos Quintal), seus sobrinhos (as), primos (as)assim como muitos outros familiares e amigos(as).Uma missa de corpo presente teve lugar na Igrejada Missão Santa Cruz, presidida pelo Rev. Padre José Maria Cardoso,coadjuvada pelo Diácono António Ramos e animada em cânticos pelo GrupoCoral Santa Cruz, sob a regência da Sra. Inês Gomes, seguindo depois ocortejo fúnebre em direcção ao Cemitério Notre-Dame-des-Neiges, onde foia sepultar, ao lado de seus Pais, descansando para a eternidade.A família vem por este meio agradecer a todos os que com sua presença,gestos e palavras de amizade os reconfortaram nestes momentos difíceisda sua vida. A todos o nosso sincero Obrigado e Bem-Hajam.

Os serviços funerários estiveram a cargo de:Magnus Poirier inc.

6825, rua Sherbrooke esteMontréal,Québec.Tel: 514-727-2847

Director: José Teixeira

A POESIA, NA PALAVRAE NO QUEIXUMEHá na poesia música celeste

Que repercute em som harmoniosoQuando espiritualmente é sobrevesteDo amor, no Verbo certo, e jubiloso.

Verbo, ou Palavra original, contesteDas emoções, ou sentimento e gozo

Que dá certeza a quem, ó sim, proteste,Depois da dor, fruir também repouso!

Porém chora no lar, canta na igreja,Mente na fé, ou no papel que seja

Depositário inerte, fingidor...

Será saudade, grito, ou queixume,Numa ausência de si, quando resume

Estar longe de quem lhe seja amor!J. J. Marques da Silva

Cantinho da poesia

Quadras à toaI

Com licenca para entrarNeste canto da poesiaE quero a todos saudarSegundo a hora do dia

IISaudar velho e novoRapazes e raprigas

Um abraco para o povoQue gosta destas cantigas

I I ISaudo saudavel e doente

Com uma quadra em floresDa Madeira ao ContinenteAs nove ilhas dos Acores

IVA quadra é o espaco

Aonde fala a minha razaoÉ nela que também facoChorar o meu coracao

IVVai um abraco faternal

Para este povo de valoresPara a voz de Portugal

E Todos os seus leitores

Mario Carvalho

† José Amaral Vieira1940 - 2005

Faleceu ontem, 11 de Outubro de 2005, em Montreal, com65 anos de idade, José Amaral Vieira, natural da RibeiraQuente, São Miguel, Açores, filho de João Linhares Vieirae de Rosa Carvalho Amaral, já falecidos.Deixa na dor suas irmãs Salomé (João Arruda), Eduarda(João da Silva), seu irmão Manuel (Marta Costa), suacunhada Sara Silva, sobrinho(a)s, assim como outrosfamiliares e amigos.Os serviços fúnebres estão a cargo de:Alfred Dallaire | MEMORIA1120, Jean-Talon este, Montreal514. 277.7778 www.memoria.caEduino MartinsO velório do defunto realiza-se hoje, 12 de Outubro, das 14h às 17h, e das19h às 22h, e amanhã, a partir das 8h30. Seguir-se-á o funeral, na MissãoSanta Cruz, pelas 10h, seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitérioNotre-Dame-des-Neiges, onde irá sepultar.A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecer a todas aspessoas as muitas provas de carinho e amizade que lhe forem dadas porocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todas aquelas que, porqualquer forma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar por tãoinfausto acontecimento. A todos um sincero Obrigado e Bem-Hajam.

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 2005 1 3

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Casamento eleganteA Sala de recepções Renaissance acolheu no dia 17 de

Setembro os nubentes Vera e Benny, que ali foram confraternizarcom inúmeros convidados, após a cerimónia religiosa onde

uniram os seus destinos peloslaços sagrados do casamento. Osrecém casados são filhos de José eEduarda Félix, pais da Vera e deSusette e Balbino Sá (falecido),pais do Benny. Foram apadri-nhados por Eddy Sá e Marta Félix.Alegre recepção, muitas mani-festações de amizade dos fami-liares e amigos, tendo os noivosseguido em viagem de Lua de Melpara Riviera Maya, no México. Asmaiores felicidades aos dois.

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A Voz de Portugal, 12 de Outubro de 2005

BREVES

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Scolari pode continuar comas «Quinas» após 2006. Ofuturo de Scolari após o Mundial de2006 ainda não está definido. Mas otécnico coloca a possibilidade decontinuar à em Portugal, tudodependendo dos resultadosalcançados pela equipa das Quinas,que já garantiu presença na prova,faltando apenas o jogo com a Letónia.

Moreira continua ausentemas Ricardo Rocha recupe-rou. Moreira continua a não treinarno Benfica e a possibilidade da suaausência do «clássico» de sábado noDragão ganha forma. A inflamação nojoelho de que sofre o jogador nãomostra sinais de evolução pelo que oguardião continua a fazer tratamentono ginásio. Ao invés, Ricardo Rochaestá OK.

Sumaríssimo a Petit nascede queixa do FC Porto. Oprocesso sumaríssimo instaurado aPetit, pela Comissão Disciplinar daLiga, teve como origem um reque-rimento apresentado pelo FC Porto.Em causa uma entrada dura do médioencarnado sobre o vimaranenseTargino, no último jogo da Liga, nãosancionada em termos disciplinares.

«Objectivo é ganhar noDragão», diz Mantorras. De-pois de ter ajudado a selecção angolanaa garantir o inédito apuramento parao Campeonato do Mundo, Mantorrasregressou a Lisboa já com o «clás-sico» do próximo sábado, frente aoFC Porto, no pensamento

Jorge Costa recupera parao Benfica. O defesa-central do FCPorto, Jorge Costa, desde há ummês entregue ao departamento mé-dico, integrou o treino , sem limi-tações, o mesmo acontecendo como colega de posição, Pedro Emanuel

José Roquette apela à calmano Sporting. José Roquette,presidente que antecedeu Dias daCunha no comando dos destinos doSporting, comentou a situação peri-cl itante que o clube atravessa,apelando à calma no universo leonino

Marco Tábuas quer venci-mento...mas também esta-bilidade. O plantel do V. Setúbal játem salários em atraso, quando atemporada ainda está no início. Osjogadores treinam-se como se nafosse mas querem uma solução atéao final da semana e que não passaráapenas pela entrega do «cheque».

Selecção feminina começaa preparar apuramento parao Mundial. A Selecção femininainicia no próximo dia 1 de Novembroa fase de qualificação para o Mundialde 2007, defrontando a Suécia, emAlcochete.

Mundial2006: Brasil e Ale-manha favoritos de ArrigoSacchi. O director de futebol doReal Madrid, o italiano Arrigo Sacchi,considera Brasil e Alemanha seusfavoritos para a conquista do Cam-peonato do Mundo do próximo ano.

Bilhetes para o Mundial sódepois do sorteio. A venda dosingressos para o Mundial-2006atribuídos pela FIFA à FPF nãocomeçará antes do início do próximoano, segundo anunciou o organismoque rege o futebol português

Inter negoceia Michel Salga-do. O Inter de Milão, adversário doFC Porto no Grupo H da Liga dosCampeões, prepara-se para investirno espanhol Michel Salgado, lateral-direito do Real Madrid

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Selecção NacionalSub-21

Portugal - Letónia

Treinador está seguro administração de saída Angola apuradaO presidente do Conselho Directivo dos leõesiniciou, na passada terça-feira, um período dereflexão tendo em vista o “aperfeiçoamento dotrabalho no Grupo Sporting”. Quase uma semanadepois, o líder dos leões, no editorial do jornalSporting, deixa uma mensagem de tranqui-lidade aos sócios e simpatizantes leoninos quantoàs mudanças a operar, no que ao futebol dizrespeito, na estrutura da SAD. “Sei comoassegurar as condições de trabalho capazes denos trazer os resultados que ainda podemosalcançar e todos desejamos “, pode ler-se notrecho do texto publicado no site do clube. Diasda Cunha insurge-se contra “a lista telefónica dehipotéticos treinadores para o Sporting quandoé clara a posição do prof. José Peseiro comotécnico do Sporting” e envia ainda um recado àoposição: “Há forças interessadas em destruir o

trabalho que o Sporting tem vindo a desenvolvere que, por isso mesmo, não perdem umaoportunidade para tentar forçar o desastre.

O líder leonino continua a defender José Peseiroaté ao limite, mas não é de descurar a possi-bilidade de, nos próximos dias, serem divulgadasmudanças efectivas na SAD, com a saída dosadministradores Paulo Andrade e Rui Meireles.Andrade, ao que tudo indica, abandonará todosos cargos que exerce no Grupo Sporting, en-quanto Meireles cingirá a sua acção à áreafinanceira, na qual tem grandes responsabi-lidades dentro do universo leonino na qualidadede presidente da Sporting Gestão e da SportingPatrimónio e Marketing, outras duas empresas dogrupo. Está ainda por definir se Dias da Cunhamanterá o cargo de presidente da SAD.

para o Mundial 2006

Trinta anos depois da independência, o povo voltou a sair à rua.O trânsito era louco, verdadeira hora de ponta a meio da noite.Tudo vale a pena quando a alma não é pequena e diga-se que aalma deste povo é gigante. Por um dia esqueceu-se o sofrimento,celebrou-se e gritou-se bem alto: «Alemanha é nossa... A Nigériajá era.» Arrepiante: golo de Akwá e um salto enorme. Faltavamalguns minutos para o jogo terminar e até ao derradeiro minutocantou-se o hino. As armas não se calaram há muito e pela primeiravez foi o povo que gritou bem alto... «Vitória!».

Antes, sofreu-se muito. 1- 0 para a Nigéria. 2-0 para a Nigéria. ANigéria não vai perder, nem sequer empatar. Apreensão. O golotardava, roíam-se as unhas. As imagens da televisão chegavam unssegundos mais tarde que os sons da rádio. Jogada do ataque deAngola e as pessoas olharam umas para as outras quando alguémgritou golo como um louco. Breves instantes depois a emoçãoespalhou-se. Foi mesmo golo.

Não é guerra, é paz. Não é sofrimento, é festa. Ruas cheias decarros, bandeiras, cachecóis, buzinas. Ninguém dormiu. Gritou-se... Angola!

Ao telefone elesentenderam-se

UMA conversa telefónica entre GilbertoMadail, presidente da Federação Portuguesa deFutebol, e Luiz Felipe Scolari, o seleccionador,pôs termo a eventuais divergências. Um pro-blema que não o chegou a ser, nascido deinterpretações excessivas das declarações dosdois, após o jogo com o Liechtenstein. Scolari ficamesmo até ao final do Campeonato do Mundo.

A pretensa ingerência de Gilberto Madail notrabalho de Luiz Felipe Scolari, ou assim oseleccionador o terá entendido, com as críticasdo presidente da FPF quanto à exibição daSelecção frente ao Liechtenstein, dizendo serpreciso rever a finalização e pedindo reflexãosobre o assunto, motivaram uma minicrise quenão chegou a passar disso mesmo. Scolari reagiuna conferência de imprensa após a partida,abrindo a porta a uma saída prematura, antes doMundial, caso os responsáveis estivesseminsatisfeitos e fosse essa a vontade deles. O quenão acontece. Um aviso subtil de que nãoadmitiria interferências no seu trabalho, quesurtiu efeitos.

Figo falhou quarto«penalty» consecutivo

Luís Figo falhou diante do Liechtenstein o seuquarto «penalty» com a camisola da Selecçãonacional. O craque do Inter ultrapassou assimJordão e Oceano, os outros nomes grandes dohistorial das quinas que falharam três castigosmáximos. Figo tem quatro golos em oito tentativas.Oceano quatro em sete. O registo de Jordão ébem pior: um golo em quatro «penalties» tenta-dos. Curiosamente, Figo falhou pela segunda vezno Municipal de Aveiro, o que já havia acon-tecido em Novembro de 2003, num particulardiante da Grécia. Antes, o número 7 da selecçãoestreara-se a falhar diante da Escócia, emNovembro de 2002, num jogo em Braga. E depoisdisso também falhou com a Suécia, em Coimbra,num particular antes do Euro-2004.

Durante os 12 meses em que Portugal nãocontou com Figo, a equipa nacional beneficiouapenas de um «penalty», convertido por Pauletana goleada (5-0) sobre o Luxemburgo. Agora,poderia pensar-se que o ponta-de-lança, quepersegue o «record» de Eusébio, seria o escolhidopara marcar a falta cometida sobre si próprio naárea do Liechtestein. FÓRMULA 1

KIMI RAIKKONEN vence no JapãoHélder Dias

Kimi Raikkonen “in extre-mis” venceu este fim de se-mana o Grande Prémio doJapão, penúltima prova desteMundial 2005.Largando daúltima posição da grelha, ofinlandês livrou uma verda-deira luta, ultrapassando tudo etodos para nas voltas finaisultrapassar Giancarlo Fisichel-la “Renault”, líder da corrida.

Fernando Alonso “Renault”(embora com o seu monolugarbastante competitivo, sofreu deuma má estratégia nas entra-das das “boxes”), acabaria porsubir ao terceiro lugar no pó-dio. Desta feita, os dois pilotos daRenault conseguiram umapontuação conjunta capaz dedesalojar a McLaren do co-mando no Mundial dos Cons-trutores.

Quando todos os olhos seapontavam para Ralf Schu-macher e Jenson Button, quepodiam oferecer uma vitória emcasa (a Toyota ou a Honda), nãofoi preciso esperar muito, poisalgumas voltas rodadas e acorrida conhecia efectivamen-te outro dono. A corrida foirepleta de emoções, a começarpela primeira volta, quandoTakuma Sato da “Bar” e Ru-bens Barrichello seguiram adireito na primeira curva. Ro-dando pela gravilha, acabaria obrasileiro por visitar as “boxes”com um pneu furado. Ainda naprimeira volta, Juan PabloMontoya “McLaren” bateu naentrada das “boxes” (culpa-bilizando Jacques Villeneuve“Sauber”) ocasionando a inter-venção do carro de segurança.

Como estes acidentes não

chegavam, Takuma Sato “Bar”mais uma vez foi a origem deum outro acidente, vitiman-doJarno Trully “Toyota” que seriaobrigado a abandonar a prova,completando Sato a corrida na13ª posição, mas... desclassifica-do da prova pelos Comissáriosda FIA.

Michael Schumacher “Fer-rari”, que no final da corridadisse “ter gostado da briga comFernando Alonso e que teriasido divertido com Kimi Raik-konen”, estava contentíssimopor ter garantido o terceirolugar no Mundial deConstrutores, dizendo: ”Consi-derando o nosso equipamento, oresultado final não é assim tãoruim”.

Classificação finalno Japão1. Kimi Raikkonen (FIN)2. Giancarlo Fisichella, (ITA)3. Fernando Alonso (ESP)4. Mark Webber (AUS)5. Jenson Button (ING)12. Jacques Villeneuve (CAN)13. Tiago Monteiro (POR)

Próximo encontro a 16 deOutubro, no grande Prémio daChina, que será transmitido nanoite de sábado para domingopela Rádio-Canada. Quanto às“qualifs”, essas serão apre-sentadas pela RDS na noite desexta-feira. Ate lá, seja pruden-te nas estradas. No AR e paraseguir a F1, escute a RÁDIOCLUBE MONTREAL - a suarádio, 24 horas por dia em suacasa e na sua língua.

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