2005-03-23 - jornal a voz de portugal

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Ano XLIV • Nº 12 email: [email protected] WWW . AVOZDEPORTUGAL. COM 23 de Março de 2005 GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 Cont. na pág. 2 Nesta edição Os piores dias da minha curta vida p. 2 Opinião p. 5 Campinos do Ribatejo p. 7 Projecto ler consigo p. 8 História da Páscoa p. 10 Alma juvenil p. 18 Publi-reportagem p. 20 Confessionário p. 22 Matança do porco p. 23 Formula 1 p. 25 Recordando mais um pouco Benjamim Silva Quando se chega à minha idade, cada vez pesam mais as recordações em detrimento do presente. Do fu- turo… preocupa-nos o dos filhos e o dos netos. Para quê recordar o passado? Respondamos com as palavras de um dos que mais pensou sobre a vida, o grande filósofo George Sant- ayana: “Aqueles que não podem lembrar o passado estão conde- nados a repeti-lo”. Lembremos, pois, mais um pouco – talvez nos ajude a não repetir erros do passado! Nunca, como agora, se falou e se fez tanto pela tão famosa como necessária reciclagem! E há 60 anos? O que é que se fazia? A caminho da escola só havia duas preocupações: que os traba- lhinhos de casa estivessem certos e que nas ruas encontrássemos um pedaço do que então era consi- derado “valioso” – um casquilho de velha lâmpada, uma bisnaga vazia de pasta dentífrica, um ferrugento prego ou parafuso. O meu pequeno caixote de madeira, tão velho que só para mim servia, estava dividido em três compartimentos pela minha 2005-03-23.pmd 3/22/2005, 6:43 PM 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 23 de Março de 2005

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Março de 2005 - Página Ano XLIV • Nº 12 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 23 de Março de 2005

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

Cont. na pág. 2

Nesta ediçãoOs piores dias daminha curta vida p. 2Opinião p. 5Campinos do Ribatejo p. 7Projecto ler consigo p. 8História da Páscoa p. 10Alma juvenil p. 18Publi-reportagem p. 20Confessionário p. 22Matança do porco p. 23Formula 1 p. 25

Recordandomais um poucoBenjamim Silva

Quando se chega à minha idade,cada vez pesam mais as recordaçõesem detrimento do presente. Do fu-turo… preocupa-nos o dos filhos e odos netos.

Para quê recordar o passado?Respondamos com as palavras deum dos que mais pensou sobre avida, o grande filósofo George Sant-ayana: “Aqueles que não podemlembrar o passado estão conde-nados a repeti-lo”. Lembremos, pois,mais um pouco – talvez nos ajude anão repetir erros do passado!

Nunca, como agora, se falou e sefez tanto pela tão famosa comonecessária reciclagem! E há 60anos? O que é que se fazia?

A caminho da escola só haviaduas preocupações: que os traba-lhinhos de casa estivessem certos eque nas ruas encontrássemos umpedaço do que então era consi-derado “valioso” – um casquilho develha lâmpada, uma bisnaga vaziade pasta dentífrica, um ferrugentoprego ou parafuso. O meu pequenocaixote de madeira, tão velho quesó para mim servia, estava divididoem três compartimentos pela minha

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Março de 2005 - Página

Courrier de deuxième classe;Numéro de contrat: 1001787

Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québecet à la Bibliothèque nationale du Canada

ÉDITEUREduíno Martins

DIRECTEUR HONORAIREArmando Barqueiro

DIRECTEURBenjamim Silva

RÉDACTEUR EN CHEFSylvio Martins

RÉDACTEUR ADJOINTKevin Martins

COLLABORATEURS:Au Québec:Amélia Oliveira VazAntónio VallacorbaElisa RodriguesGerald TremblayHelder DiasJ.J. Marques da SilvaJoão MesquitaJosé de SousaJosé Manuel CostaJoviano VazMaria Conceição CorreiaManuel CarvalhoMario CarvalhoNatércia RodriguesPe. José Maria CardosoPierre QuennevilleVictor Hugo

En Ontario:Manuel Alves Louro (Toronto)Fernando Cruz Gomes (Toronto)Augusto Cerqueira (Ottawa)

Au Portugal:Augusto MachadoLagoas da SilvaManuel RodriguesMaria Helena MartinsMiguel CarvalhoRui Costa Pinto

SECTION JUVÉNILE:Organisatrice de la section:Susana Sequeira

Collaborateurs :Anthony NunesCristina Proença MayoJulien ThometMaria CalistoMiguel Felix

PHOTOGRAPHE:António VallacorbaFelipe EstrelaJosé RodriguesMichael Estrela

ADMINISTRATIONKevin Martins

INFOGRAPHIE:Billy MartinsKevin LeiteSylvio Martins

CORRECTRICESandy Martins

PUBLICITÉ:Conceição FerreiraEduardo LeiteKevin MartinsRPM

Extérieur du Québec:Lingua Ads Services

Portugal:PortMundo Promoção Cultural ePublicidade Ldª.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

Tél.: (514) 284-18131-866-684-1813

FAX: (514) 284-6150E-Mail: [email protected] web: www.avozdeportugal.com

La Voix du PortugalThe Voice of Portugal

Manchetes 2

Os textos, fotos e ilustrações publicados nestaedição são da inteira responsabilidade dosseus autores, não vinculando, directa ouindirectamente, o cariz editorial e informativodeste jornal.

Tel.: (514) 849-9966 4242,Boul. St-Laurent, suite 204Montreal, Qué., H2W 1Z3

CLÍNICA DE OPTOMETRIA LUSO

Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Optometrista

Exames da vista - Óculos - Lentes de contacto

Recordando mais um poucoCont. da pág. 1

mão de incipiente artífice, des-tinados a receber esses boca-dinhos de metal recolhidosaqui e ali nas nossas muitasdeambulações diárias. Como jáse aperceberam as três divisõescorrespondiam ao latão, aochumbo e ao ferro. Esta últimaera a que mais depressa seenchia.

Quando o caixotinho come-çava a pesar, punha-o debaixodo braço e, bem apoiado pelaoutra mão, não fosse ele cair eespatifar-se todo, lá seguia acaminho do Sr. Manuel Ferro-Velho que pacientemente metratava como um bem pequeno“grande homem de negócios”.Simpático comerciante, o se-nhor Manuel! De lá voltava, umpouco menos pobre, com ostostões que, raramente, alcan-çavam os escudos.

Não era só isto que o nossovelho professor nos incitava a“reciclar” (naquele tempo des-conhecia-se este moderno vo-cábulo): “Poupem o espaço dosvossos cadernos, não desper-dicem as linhas ou os quadra-dinhos; juntem-nos depois de

completos e vão vendê-los apeso”.

Assim eu fazia: quando tinhaum montinho de cadernos,cada um com cada página mui-to bem aproveitada, lá seguiacom o maço desse “precioso”papel bem atado com um cor-del a caminho da drogaria doSr. Abílio, onde outro “negó-cio” se fazia. Com essas folhi-nhas ele embrulhava o cloreto,a cera, o sabão… tudo se apro-veitava! Muito difícil para todos,em todo o mundo, aquele últi-mo ano da II Guerra Mundial!Até um garoto (agora dizem“puto”) de 10 anos não conse-guia esquivar-se ao tumultuosoambiente. E tudo se poupa-va… ou reciclava!

Se os responsáveis pelas na-ções recordassem as tão difí-ceis, sempre calamitosas edevastadoras situações dasguerras, talvez se inclinassemmenos a infligir-nos no pre-sente as condenações do pas-sado. Mas… “a melhor profeciado futuro é o passado” segundoLord Byron. Que tristeza!

ErratumNo artigo intitulado SERVIR E SERVIR-SE publicado na nossa edição de 16de Março de 2005, onde escrevemos “juiz Arlindo Vicente” deveríamos terescrito “juiz Arlindo Vieira”. As nossas desculpas pelo infeliz lapso.

“Estes últimos meses foramos piores da minha curta vida...”

Jason Gomes

O autor é um paciente doCHUM.. Ele conta-nos aquicomo a sua vida mudou no ano2004, quando aprendeu quetinha um cancro.

Sempre me disseram que osanos passados na escola secun-dária seriam os melhores daminha vida, que tinha de osapreciar e viver ao máximo.Tenho 17 anos, em breve amaior idade, mas para mim,estes últimos anos foram ospiores da minha vida.

Há três anos, vi a saúde domeu pai piorar por causa docancro. Ele faleceu no dia 27 deFevereiro de 2003.

Era difícil para mim imagi-nar-me coisa pior durante omeu último ano do secundário,quando me estava adaptandodificilmente à ausência do meupai. Foi então que comecei asofrer de dores no estômago,de cansaço e de fraqueza.

Depois de muitas consultasna clínica e de vários testes,mandaram-me para o hospitalfazer um scan. Não esperava oque o médico disse : era possí-vel que os meus sintómas fos-sem ligados a um tumor cance-roso, parecido ao que matoumeu pai. No dia 26 de Junho de2004, tudo foi confirmado:

cancro do estômago, commuitas metastases no fígado.Esta doença, muito rara para ami-nha idade e na América doNorte, é também fatal. Aca-

bava-se assim o meu ensinosecundário, com uma chama-da do hospital que confirmavae identifiava o meu mal no diada entrega de diplomas.

Tudo isto depois de ter traba-lhado tão forte na escola e nohockey naquele ano, o que mevaleu ofertas de bolsas de estu-dos nos Estados Unidos. Esta-va a preparar-me para uma vidaoptimista de um jovem normalquando fui aceito na EscolaMillbrook de Nova Iorque. Tiveque deixar tudo para começara chimioterapia.

No hospital, não sabiam oque fazer com um caso como omeu, não sabendo como metratar. Depois de quatro mesesde terapia, nenhum efeito sobrea minha saúde nem sobre omeu cancro que avançava. Osmédicos pensavam que eu es-tava condenado e tinham per-dido esperança. Eu tambémtinha perdido a confiança namedecina e em alguns médi-cos.

Mudei então de hospital parao CHUM onde uma equipa

considerou o meu caso dumoutro ponto de vista. Não erahábito para eles também de verum caso como o meu, mas fize-ram testes que permitiramencontrar características parti-culares do meu tumor e de metratar com novos medicamen-tos. Tinha mais confiança erespondi bem ao tratamento.Estou agora perto de uma re-

missão, o que quer dizer que adoença não aparece nos exa-mes.

A minha doença e o meutratamento duram desde oinício do mês de Julho. Vivi ospiores oito meses da minhavida; muitas visitas ao hospital,mas sobretudo dias extrema-mente longos e aborrecidos...

Não pude jogar à bola nemtrabalhar como os meus ami-gos. Não tinha energia para sairà noite ou mesmo durante o dia.Estava quase sempre só. Umapessoa que tem cancro temmuito tempo para pensar. Esta-va muitas vezes decepcionadoporque esta doença pode facil-mente acabar com a vida. To-dos os dias penso ao que pode-ria acontecer-me. Eu sei, vivi-ocom o meu pai. Falei com umapsicóloga para desabafar. Quistudo tentar para ultrapassar adoença, para não abandonar,até fui ver um naturalista.

A minha família e os meusamigos são de uma grandeajuda na minha luta. Sem elesjà não estaria aqui. Apoiaram-me durante os meus trata-mentos e fizeram uma grandediferença.

Espero ter passado o pior dadoença e ter direito aos trata-mentos que me darão a possi-bilidade de curar e continuar aminha vida. Sei bem que nun-ca serei a mesma pessoa.

Amo muito mais a vida e le-vanto-me todos os dias com umsorriso de reconhecimento atudo o que tenho hoje... e a tudoo que sonho para amanhã.

Filho de pai terceirense e mãeitaliana.

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Março de 2005 - Página 3

Açores e Madeira

Adélia FerreiraAdvogada

240 ST-JACQUES O. 10 e, MONTRÉAL, (QUÉBEC) H2Y 1L9TELEFONE: (514) 369-1798 FAX: (514) 369-8688

FERREIRA LEMPICKA Avocates

Governo querAdministração mais eficaz

O vice-presidente do Gover-no, Sérgio Ávila, assegurouterça-feira à tarde, na cidade daHorta, que a organização daAdministração Regional e dosserviços nela contidos têm deter em atenção “a nossa condi-ção arquipelágica e ultrape-riférica e de estar atenta aoscondicionalismos de cada ilha”.

A razão de assim ser, explicouo governante, prende-se com anecessidade de promover “ummodelo de funcionamento quepermita uma actividade rápidae eficaz, com critérios de quali-dade uniformes”, independen-temente do local onde o serviçoé prestado.

Sérgio Ávila, que falava noParlamento açoriano, na apre-sentação de uma proposta dediploma que estabelece o “re-gime jurídico dos serviços eorganismos da administraçãodirecta da Região Autónomados Açores”, disse que é propó-sito do Governo estruturar aadministração pública de formaa torná-la “mais eficaz, maisresponsável e, sobretudo, maispróxima do cidadão”.

O vice-presidente do Gover-no prometeu uma aposta fortena valorização e estabilidadeprofissional da administraçãopública nos Açores, que repre-senta 15 por cento da populaçãoactiva da Região, tanto maisque reconheceu que o novomodelo “só poderá vingar se aosfuncionários e agentes foremdadas as ferramentas indispen-sáveis para o seu desempenhoprofissional”.

Assegurou, ainda, que o mo-delo agora proposto privilegia,

por um lado, “as dinâmicas e osprocedimentos conducentes àracionalização da adminis-tração directa da Região”, e,por outro lado, “está atenta àsespecificidades e às condiçõessocio-económicas” decorrentesda insularidade e da ultrape-rificidade.

Sérgio Ávila adiantou, igual-mente, que o novo diplomadefine não só “as funções e osobjectivos da administração”,estabelecendo funções co-muns a todos os departamen-tos, mas também “a naturezafuncional dos gabinetes dosmembros do Governo Regio-nal”, distinguindo as suas fun-ções das que são exercidaspelos serviços de administraçãodirecta.

Este diploma estabelece edefine, como departamentosdo Governo Regional, a Presi-dência, a Vice-Presidência, assecretarias e as subsecretarias,admitindo, ainda, a possibi-lidade de criação de órgãosconsultivos, de carácter depar-tamental ou multideparta-men-tal, que promovam a partici-pação dos cidadãos.

Define, também, as tipologiasde serviços executivos, servi-ços de controlo, auditoria efiscalização e serviços de coor-denação.

O diploma promove, ainda, adistinção entre serviços cen-trais (direcções regionais), queexercem competência extensi-va em toda a Região, e serviçosperiféricos (serviços de ilha),que dispõem de competêncialimitada a uma área territorialespecífica.

Fim-de-semana “negro”O balanço de fim-de-semana da Polícia de Segurança Pública revela

que em três dias ocorreram duas mortes e dez feridos, em 47 acidentes.Para além destes casos, há o registo de tentativas de agressão a agentesda PSP.

A Polícia de Segurança Pú-blica registou, no último fim-de-semana, 47 acidentes de via-ção, dos quais resultaram doismortos, um ferido grave e noveferidos ligeiros.

Destes, 27 ocorreram na ci-dade do Funchal, tendo resul-tado seis feridos ligeiros.

Neste período, isto é, entre osdias 18 e 20 de Março, foramtambém detidos seis condu-tores por excesso de álcool,sendo que três detenções seregistaram em Santa Cruz e asoutras três no Funchal.

O Comando da Polícia deSegurança Pública informouontem ainda que foram detidos,no Funchal, dois indivíduos(um homem de 62 anos e umamulher com 57 anos), por alega-damente terem em sua posse80 doses de heroína e seis com-primentos de ecstasy.

Estudante universitáriodetido com ecstasyPor outro lado, a Polícia de

Segurança Pública deteve umestudante universitário de 20anos por tem em sua posse 48doses de haxixe.

O jovem vinha num voo pro-veniente da cidade do Porto,tendo sido “apanhado” porelementos da Polícia de Segu-rança Pública à chegada, noAeroporto da Madeira. No sá-bado passado, um homem de62 anos foi detido por ter supos-tamente agredido uma senho-ra com uma faca. A senhora foisocorrida e transportada para oHospital Central do Funchal.No momento em que a políciachegou ao local, o alegadoagressor terá usado uma po-

doa para tentar agredir, destavez, um agente da PSP.O sexagenário foi presente aoTribunal, desconhecendo-sequal a decisão do juiz de ins-trução. “Gás Pimenta” usadopara “acalmar” condutor

Na Calheta, um condutor de45 anos foi detido pela Políciade Segurança Pública quandocirculava em condução peri-gosa. O homem interceptadopela polícia terá oferecido resis-tência, o que obrigou o uso de“gás pimenta” por parte destaautoridade.

Para além disso, o condutorrecusou-se a fazer o teste dealcoolemia, tendo sido enca-minhado para o Hospital Cen-tral do Funchal para ser sub-metido ao exame.Ao final da tarde de ontem, apolícia desconhecia ainda oresultado do teste efectuado.

”Fugitivo” tenta atropelaragente

Na passada sexta-feira, pertodo Campo da Barca, um jovemterá tentado escapar a uma“operação stop”, tendo, inclu-sive, tentado atropelar um a-gente da Polícia de SegurançaPública, segundo informaçõesdesta força policial.

Como o condutor não parou oveículo, deu-se uma persegui-ção que culminou com a de-tenção do “fugitivo”. Nessemomento, o infractor terá inju-riado e tentado agredir umagente da PSP. Como conse-quência pelo seu comporta-mento, o detido foi levado paraa esquadra da polícia.

Casas afectadas pela pragadas térmitas com apoios para recuperação

O Governo Regional aprovouem Conselho de Governo umregime jurídico excepcionalque prevê a atribuição de apo-ios financeiros para a reparaçãode imóveis afectados pela pragadas térmitas que tem assoladoa Regão.

Os apoios poderão ser feitos

de duas formas diferentes: umaa fundo perdido, apenas parapessoas singulares, e outra debonificação de juros de emprés-timos, destinada a pessoassingulares e também a pessoascolectivas.

Esta proposta consta do Rela-tório Final do Grupo de Missão

para o combate às térmitas quesugeer ainda a possibilidade deintervenções que tenham sidorealizadas antes do decreto re-gional entrar em vigor virem aser também apoiadas.

O critério para a atribuiçãodos apoios previstos nesta pro-posta prende-se com o rendi-mento do requerente ou do seuagregado familiar.Novo Airbus A320 da SATA em Abril

O segundo avião da AirbusA320, encomendado pela SA-TA Internacional para sub-stituir os dois Boeing 737 vai serentregue em Abril.

O primeiro A320 já foi entre-gue e vai inicialmente ser utili-zado nas rotas entre os Açorese os aeroportos de Frankfurt ,Zurique, Londres e Madrid.

Segundo o site airbus.comque cita o presidente da SATA,António Cansado, «a renova-ção da frota vai não só aumen-tar o conforto dos passageiroscomo também vai trazer vanta-gens competitivas a médio e alongo prazo, devido à eficiênciaprovada dos custos do apare-lho»

O presidente da Airbus, NoelForgeard, também citado pelosite airbus.com realça que acompanhia aérea açoriana SA-TA pretende ser uma «ponteentre continentes aproximan-do a Europa e as Americas» daía aposta da SATA em construiruma «frota jovem e eficienteque lhes permita asseguraressa estratégia».

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Continente

Tels.:(514) 282-9976 (514) 288-5177Fax: (514) 848-0133

75, NapoléonMontréal H2W 1K5

Silva, Langelier& Pereira Inc.Assurances Pierre G. Séguin Inc.Seguros e serviços financeiros

40ANOS1963-03

75 mil funcionários públicos de fora

Programa do Governo prevêredução de efectivos em quatro anos

O Governo pretende reduzirem, pelo menos, 75 mil efectivoso pessoal da AdministraçãoPública (AP) ao longo dos qua-tro anos de legislatura, segun-do o programa de Governoentregue na Assembleia daRepública.

Para pôr em prática esta redu-ção, o Governo liderado porJosé Sócrates vai criar umaregra que entra um elementona Administração Pública porcada duas saídas para a apo-sentação ou outra forma dedesvinculação. Idêntico aoprograma eleitoral do PartidoSocialista, apresentado a 22 deJaneiro, o programa divulgadopropõe promover a con-vergência gradual dos regimesde início do direito à aposen-tação dos funcionários públicoscom o início do direito à pensãode reforma dos trabalhadorespor conta de outrem. “Faci-litar a vida ao cidadão” OExecutivo socialista pretendeuma Administração Pública

que facilite a vida do cidadão edas empresas, que aumente aqualidade do serviço atravésda melhoria dos recursos hu-manos e das condições de tra-

balho e uma Administraçãoamiga da economia, ajustando-a aos recursos financeiros sus-tentáveis de Portugal. Entre asmedidas para qualificar os re-cursos humanos e as condi-ções de trabalho, o XVII Gover-no quer actualizar o recensea-mento de pessoal, com registode qualificações e competên-cias e desenhar os perfis derecursos humanos, por forma a

orientar a política de formaçãona Administração Pública,bem como rever, aperfeiçoar ealargar a legislação relativa àavaliação de desempenho atoda a AP. Acordar, a nívelparlamentar, na definição doscargos dirigentes de nomeaçãoe sua vinculação ou autonomiaem relação às mudanças eleito-rais e restabelecer os prémios

de honra e pecuniários aomérito e à excelência no desem-penho de funções públicas sãooutros dos compromissos assu-midos pelo Governo. Para facili-tar a vida aos cidadãos e àsempresas, o programa prevê acriação de um programa nacio-nal de eliminação de licenças,autorizações e procedimentosdesnecessários na Adminis-tração Pública, possibilitandoque os meios humanos se cen-trem em actividades de fiscali-zação e não em controlos buro-cráticos. Criar o Cartão doCidadão, uma nova geração deLojas do Cidadão e disponi-bilizar o acesso electrónico àinformação sobre missões,objectivos, planos de acção,relatórios de actividades, balan-ços sociais, resultados de ava-liação, análises comparadas edemais informação de desem-penho institucional são algu-mas das propostas que preten-de facilitar a vida aos cidadãose às empresas.

PSD apresenta projecto de revisão constitucional

Social-democratas favoráveis areferendo e eleições no mesmo dia

O PSD manifestou-sefavorável à realização de refe-rendos e eleições no mesmo diae defendeu a aprovação darevisão da lei eleitoral autár-quica e da reforma da Justiçaem simultâneo com o processode revisão constitucional.

“O PSD quer sublinhar asua posição favorável à pos-sibilidade de realização emsimultâneo de consultasreferendárias em actos eleito-rais, independentemente dapreferência por um ou outrodesses actos dada a suanatureza e a finalidade de cadaum deles”, disse o secretário-geral social-democrata, MiguelRelvas, em conferência deimprensa na sede do partido,em Lisboa. Questionado sobrese o PSD concorda com a reali-zação do referendo do Tratadoda Constituição Europeia emsimultâneo com as eleiçõesautárquicas de Outubro, talcomo o primeiro-ministro jádefendeu, Miguel Relvas ad-mitiu que “as autárquicas nãoserão as eleições mais ade-quadas”. “Mas isso é a minhaopinião”, sublinhou MiguelRelvas, não esclarecendo quala posição do partido. Na confe-rência de imprensa, convoca-da para dar conta das decisõesaprovadas na reunião da co-missão permanente cessantedo partido, realizada ontem,Miguel Relvas anunciou aindaque o PSD defende a aprova-ção da revisão da lei eleitoralautárquica e da reforma daJustiça em simultâneo com oprocesso de revisão da Consti-

tuição. “Ninguém compreen-deria que, depois do amplodebate já realizado sobre estasquestões, elas ficassem mais

quatro anos adiadas, à esperade novos processos de revi-são constitucional ou denovos ciclos eleitorais parapoderem produzir efeitos”,afirmou Miguel Relvas. Recor-dando que para o processo derevisão constitucional “é im-prescindível a concordância”do PSD, Miguel Relvas consi-derou que se trata de “umaoportunidade única” para “deforma expedita” abrangerprocessos legislativos para osquais também é necessária“uma maioria parlamentarreforçada”. Propostas doPSD Miguel Relvas lembrouainda que o PSD entregou noinício da semana uma propostade alteração da lei eleitoralautárquica e um projecto de

resolução para que a Assem-bleia da República abra deimediato a revisão da Consti-tuição, para que Portugal possareferendar directamente oTratado de Constituição Euro-peia. “Em relação à reforma daJustiça há já todo um trabalhodesenvolvido na anteriorlegislatura”, acrescentou,

apontando a formação dos ma-gistrados e o funcionamento doSupremo Tribunal de Justiçacomo áreas em que são neces-sárias alterações. Projecto doPSD O projecto do PSD incluia limitação de mandatos paraos autarcas (três mandatosconsecutivos) e extingue avotação no executivo da autar-quia, passando os eleitores avotar apenas para a AssembleiaMunicipal e para a Junta deFreguesia. Segundo o projectodo PSD, o presidente da câma-ra eleito é o primeiro da listavencedora para a AssembleiaMunicipal, podendo depoisescolher a sua equipa entre osmembros deste órgão.

PJ detém suspeito da morte de PSPA Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de seis

homens, entre os quais o suspeito da co-autoria da morte doagente da PSP Irineu Diniz, há um mês, no bairro da Covada Moura, Amadora.

As detenções numa operaçãodenominada “Cerco Maior”,realizada em cooperação entrea PJ, PSP, numa habitação noCacém - onde foi detido um dospresumíveis autores da mortedo agente da PSP - e na Covada Moura.

Durante a operação, que en-volveu 180 efectivos da PSP,incluindo elementos do Grupode Operações Especiais(GOE), e da PJ, efectuaram- secerca de 20 buscas domici-liárias na Cova da Moura, dasquais resultaram a apreensãode uma caçadeira de canosserrados, uma pistola de guerrae três armas de calibre 6.35,adiantou em conferência deimprensa o director nacional daPolícia Judiciária, Santos Ca-bral.

O presumível co-autor doassassínio do agente Irineu, um

português de 20 anos, foi detidoao início da manhã de hojenuma casa no Cacém, Sintra,onde estavam mais dois sus-peitos, entre os quais um ado-lescente, revelou Magina Silva,comandante do GOE, grupo

que realizou a operação deassalto.

Para efectuar a detenção, os

elementos dos GOE arrom-baram a porta da residência eos suspeitos não ofereceramqualquer tipo de resistência,adiantou Magina Silva, se-gundo o qual a operação decor-reu a “100 por cento”.

Santos Cabral referiu que asinvestigações relativas às cir-cunstâncias da morte do agen-te Irineu prosseguem.

“Se é uma co-autoria é evi-dente que há algo mais a escla-recer”, sublinhou o responsável

da PJ, acrescentando que nestemomento não pode adiantarpormenores sobre a operaçãopor estar em segredo de jus-tiça.

“Há dezenas de diligênciasque estão a ser feitas”, sendoessencial a informação que aPSP tem prestado, disse.

“Há um denominador co-mum entre a notícia que da-mos hoje e os factos que ontem[segunda-feira] ocorreram. É aquestão das armas proibidas”,referiu.

“É importante os cidadãosestarem atentos a esta situa-ção”, considerou.

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Março de 2005 - Página 5

Opinião

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Preços competitivos aos dos bancos

Aberto segunda a sábado

Troca excelente de euros e dólares US

Falamos português e italiano

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Terroristas e... terrorismosFernando Cruz Gomes

Quando, em 15 de Março de 1961 - há quetempos isso lá vai! - deparámos com toda atragédia do norte de Angola, aprendemos,então, uma palavra nova: terroristas. Eramterroristas os que faziam tudo aquilo. Os quematavam indescriminadamente. Os queviolavam. Os que abriam meninas desde aspartes baixas até à boca. Nós vimos tudo isso.

Ninguém nos contou. Não lemos em livros. Vimos.

Os poderes instituídos de então chamavam àqueles homens queiniciavam a tal “luta” terroristas. O terrorismo começava, então,para nós, a ser algo hediondo. Avassaladoramente hediondo. Ospoderes instituídos de então responderam ao terrorismo... comuma luta sem tréguas nem barreiras. A que se chamou, também,terrorismo.

Aos poucos, porém, vimos outras formas de terrorismo.Aprendemos à força... a entender outros terrorismos. E a isso nemescapou uma “reciclagem” que fizemos à imagem que tínhamosacerca da primeira bomba atómica - a arma-”mãe” de todas asarmas de destruição maciça - que fizeram deflagrar por sobreHiroshima e Nagasaky.

O terrorismo continuou a ser algo de hediondo. Avas-saladoramente hediondo. Mas... ganhou contornos diferentes. Eteve “faces” também diferentes. Até porque os terroristas de então- 15 de Março de 1961 e outras datas que se lhe seguiram - são hojeos “senhores todo poderosos” daquele País que (ainda) amamos.Sentam-se em cadeiras de deputados. Sobraçam pastas minis-teriais. Atiraram-se para as escadas do Poder máximo.

A “reciclagem” que fizemos ao conceito de terrorismocontinuou. E mesmo hoje, que há outros ismos cada vez maispoderosos... ainda nos interrogamos sobre o que é ser terrorista.

Há dias, a Imprensa atirou-nos para a mente com uma frase quenão deixa de nos matraquear o pensamento. O senador norte-americano Robert Byrd escreveu: “Hoje choro pelo meu país.Depois da guerra temos de reconstruir mais do que o Iraque.Temos de reconstruir a imagem da América um pouco por todoo mundo”.

Reconstruir a imagem da América? - O que temos, de facto, é dereconstruir a palavra e o conceito de terrorista. Se o fizermos atempo... ainda somos capazes de evitar que um pensador espanholde que nos não lembramos o nome tenha razão quando diz nãosaber ao certo como iria ser a terceira guerra mundial. Sabia, issosim, como seria a quarta guerra mundial. E essa, na sua óptica,seria... a paus e pedras, porque a terceira acabaria com tudo.

O conceito de terrorista. O conceito de pundonor. O conceito de“ser” homem justo. Talvez evitasse até - e nós sabemos que é capazde não ter nada a ver com o que deixamos escrito... - que, há tem-pos, logo após a cimeira das Lajes, na página oficial da Casa Branca,Aznar, que era o chefe do governo de então, aparecesse comopresidente da Espanha, que é (ainda) uma Monarquia. E queDurão Barroso aparecesse como... Durão Burroso! Está lá escrito!

Viver com o coração feliz

É o coração que comanda a vida. Contudo, émenosprezado em nome de valores desta ditasociedade moderna que arrastamcomportamentos de risco. Lidamos diariamentecom os inimigos do nosso coração sem nosapercebermos da ameaça que constituem e operigo que corremos – demasiada gordura,demasiado “fast-food” e demasiado sal no prato,o tabaco, demasiados quilos a pesar na balança,

a hipertensão, o colesterol elevado e o stress a atrapalhar aqualidade de vida. E o coração a sofrer.

O coração e os excessos alimentares não se dão bem. Comer é,para muitas pessoas, um prazer, um prazer que se paga caro.Sobretudo alimentos carregados de calorias que se vão instalandoaté que, rapidamente, se passa de “cheiínho” a “gordinho” e seatinge o topo da escala: obeso. E a ausência da actividade físicaabre o caminho à obesidade. O coração é o órgão mais vulnerável:a gordura instala-se nas artérias, obstruindo-as e impedindo apassagem do sangue – causando uma das principais e maisperigosas doenças cardiovasculares: a aterosclerose.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha que se devemanter o peso sob controlo: na alimentação há que reduzir aingestão de gorduras e os açúcares, aumentando o consumo dehidratos de carbono, frutas e vegetais. Diminuir ao sal e cortar noálcool. Porém, além dos erros alimentares, existem outros factoresagravantes, como o stress, o sedentarismo e a própria genética.

O tabaco ou a vida. O último cigarro pode ser aquele que fumouantes de uma paragem cardíaca se revelar fatal. O tabaco étambém uma das principais causas de cancro e de doençasrespiratórias.

Andamos todos a correr para o cemitério. É este maldito stressque nos atrapalha! Todos nós desesperamos perante este tipo devida que levamos: o tempo é sempre pouco para tantas tarefas ecompromissos e quase nenhum para aquilo que nos dá prazer.Andamos numa correria louca, enfrentamos contrariedades,envolvemo-nos nas competições mais inúteis e rapidamente se nosesgota a paciência. Até que explodimos. E a culpa é do stress, poisclaro! E depois vai de tomar calmantes. Não é por acaso que meiomundo anda a tomar sedativos.

Então o que fazer antes que o stress tome conta do nossocoração? Eis o que sugerem os peritos da OMS: tente identificaras principais causas do stress e desde logo aprenda a dominá-las.Não responda a quente – não vale a pena!-, mas também nãoreprima as suas opiniões. Não deixe os problemas em suspenso,procure resolvê-los e partir para a fase seguinte. Procure gerir oseu tempo, de forma a deixar tempo para si próprio. E quando sesentir a explodir, saia, dê um passeio a pé, espaireça, distraia-se.Volte quando se sentir mais calmo.

Lá diz a velha máxima: “Viver não custa, o que custa ésaber viver. Aproveite, viva a vida. Pois ela é tão curta... e perdertempo é pecado!

O retrato

Estaline – Zé, para os amigos de ontem,liberais de hoje - deixou uma marca que fezhistória no panorama retratista da antigapátria do comunismo: quando os amigos ecamaradas de partido se tornavam figurasindesejáveis ao caminho glorioso da«construção do socialismo» eles não sódesapareciam fisicamente do mapa comoeram eliminados das fotografias. Para todos os

efeitos, era como se não tivessem existido. Ou pior ainda: haviamsido irrelevantes para o desenrolar da História.Muitos anos epurgas depois, o CDS decidiu refinar o método. Como emdemocracia não se elimina ninguém fisicamente, o partido decidiuenviar ao PS, pelo correio, o retrato do seu fundador, Freitas doAmaral, agora ministro de Sócrates, o absoluto.O gesto é, desdelogo, deselegante pelo simples facto do CDS se esquecer de umdado histórico: o de ter chegado pela primeira vez a um Governonuma coligação com o PS de Mário Soares. É verdade que muitosdos que habitam a sede do Largo do Caldas nem de fraldasandavam. É verdade que outros, como Paulo Portas, ainda nãoestavam lá. E dir-me-ão, até, que uma coligação com o inimigosocialista não é a mesma coisa que passar-se para o inimigo. Certo.Pessoalmente, porém, creio que é a mesma coisa que dizer que seviveu na mesma casa com o inimigo, partilhando tachos, panelas,despesas e chuveiro, mas não se dormiu com ele. Além disso,ninguém acredita, mesmo vindo de um partido da moral e dosbons costumes.Mas o CDS gosta destas beatices. Vai à missa,benze-se e baba-se por valores, princípios, tradições e honra.Sentiu-se manchado na dita, mas olhada de perto a coisa parecemais um passe-vite . É um problema de memória, talvez.Veja-se,por exemplo, que o quadro de Freitas foi despachado via postalpara o PS, mas os de Lucas Pires – que foi candidato pelo PSD –e Manuel Monteiro – que fundou um partido, por lá continuarame continuam. Portas disse do PSD tudo o que não disse de Freitas,mas lá se coligou com Marcelo, Durão e Santana porque, claroestá, os valores da nação falaram mais alto. Isto já para não falardo seu célebre apoio a Cavaco nas eleições presidenciais de 1996,qual pirueta circense. Há mais exemplos. Mas fiquemos por aqui.Na verdade, haverá quem no CDS pense que o partido começoucom Portas e acabará com ele. Nem uma coisa nem outra sãoverdade, apesar de haver um vídeo, exibido num célebrecongresso, que pode deixar a ideia do contrário.Podemos, pois,desencantar uma vasta e válida série de argumentos paraquestionar algumas opções do professor Freitas. Mas não é esseproblema. Como já se percebeu nesta novela postal, não é o retratode Freitas do Amaral que está a mais nas paredes e na história doCDS. O CDS é que já não fica bem no retrato. E isso, como é obvio,custa mais a admitir. É tarefa de psiquiatra.

A hora da oposição

PSD, CDU, CDS e BE têm um papeldecisivo a desempenhar no controlo efiscalização do GovernoJosé Sócrates e aoposição encontram-se no Parlamento,hoje, pela primeira vez, para apreciar evotar o programa do Governo. Chegou omomento de começar a tomar decisõespolíticas, sem a interferência do gover-nador do Banco Portugal, de quebrar o

silêncio para desfazer todas as dúvidas sobre as polémicas que têmmarcado a agenda política nas últimas quatro semanas. A subidade alguns impostos, o aumento da idade da reforma, o impacte darevisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento, as incertezas emrelação às contas públicas, os instrumentos para criar emprego,a alteração do código do trabalho, a segurança, o aborto e oreferendo da constituição europeia, entre muitos outros, sãoalguns dos temas que exigem uma clarificação urgente da partedo Executivo, no âmbito de um debate aprofundado. O chequeem branco que o povo passou em nome de José Sócrates nãoinvalida que a oposição parlamentar controle e fiscalize aactividade governamental. Nunca, como hoje, foi tão necessáriauma verdadeira oposição parlamentar, que seja capaz de obrigaro governo a governar.

A maioria absoluta do PS não pode servir para adiar ou travaras reformas estruturais. Muito pelo contrário. O conjunto dospartidos da oposição têm toda a legitimidade para obrigar oprimeiro-ministro, de uma forma serena, firme e competente, acumprir o programa do XVII Governo Consti-tucional. Osportugueses preferiram dar uma maioria a um só partido a ter queassistir, novamente, às lideranças hesitantes e aos sucessivospactos de regime que, invariavelmente, só servem para alimentaras mesmas clientelas do costume.

A tarefa de José Sócrates é imensa. O povo deu-lhe uma maioriaabsoluta para arrancar o país das garras do marasmo.

Mas a responsabilidade da oposição não é menor, pois tem todasas condições para escrutinar o Governo, milímetro a milímetro,sem receio de criar a instabilidade e de provocar a sua demissão.Não se iludam, uns e outros, em relação às expectativas dosportugueses.

O Governo e a oposição têm de jogar com transparência o jogoparlamentar, sem esquecerem a intervenção dos cidadãos,associações e sindicatos, para honrarem o seu lugar privilegiadona Democracia e evitarem uma crise de regime.

Rui Costa Pinto

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CulturaSarau de Poesia e MúsicaPortuguesas dos Açores

Natércia RodriguesA Direcção Regional das

Comunidades do Governo Re-gional dos Açores promoveuem colaboração com os Estu-dos Portugueses do Departa-mento de Literatura e LínguasModernas da Faculdade das

Artes e Ciências da Univer-sidade de Montreal, na quintafeira, dia 24 de Fevereiro, umSarau de Poesia e Música Portu-guesas dos Açores que teve oobjectivo de apresentar à co-munidade universitária dois

poetas de origem açoriana,Eduardo Bettencourt Pinto, deorigem açoriana e a residir emVancouver e Luísa Ribeiro, quese deslocou expressamente da

ilha Terceira.Participaram também dois

poetas locais, o António Valla-corba e o Joviano Vaz, e duaspoetisas, a Amélia Oliveira-Vaze Cipriana Machado.

Costuma dizer-se que o Fadorequer silêncio, mas Poesiatambém o requer. E fez-se umsilêncio grávido, para que bro-tassem a música e a poesia.

A dra. Ana Cristina Ribeiro“empurrada” pelo dr. Luís A-guilar, professor de Estudos

Portugueses na Universidadede Montreal e docente do Insti-tuto Camões fez subir à cenaNatália Correia, depois de elemesmo ter evocado Pessoa,

para lembrar o caracter fingi-dor que o nosso supra-Camõesatribui a todo e qualquer poeta.Pessoa foi ainda recordado porCarla Jordão, estudante dosEstudos Portugueses que reci-tou, igualmente, este poeta.

Luís Duarte, artista comu-nitário, à guitarra interpretoualgumas canções tradicionaisaçorianas assim como algunsfados e fez-se acompanhar desua esposa, a Rosie.

Honraram-nos com a sua

presença, o dr. Carlos Oliveira,cônsul-geral de Portugal emMontreal e o dr. Francisco Sal-vador, conselheiro das Comu-nidades Portuguesas no Cana-dá, a directora do Departa-mento de Literaturas e LínguasModernas, dra. Monique Mo-ser-Verrey e a directora doDepartamento do Ensino dasLínguas, dra Angela Steinmetz.

Houve a participação gene-rosa do grupo de cantares “Re-cordações” da Casa dos Açoresdo Quebeque. É um grupocomposto por nove elementos,que em breve celebram o seuoitavo aniversário. São gentetalentosa, muito simples e cujoobjectivo é o de divulgar a

música e os cantares açorianos.O grupo “Recordações” ter-minou este serão interpretandoalgumas melodias que o pú-blico trauteou e aplaudiu.

Este Sarau visou a promoçãoe difusão da poesia e músicaaçorianas. Foi um evento inte-ressantíssimo não só para osestudantes que frequentam osEstudos Portugueses, mas paraa comunidade luso-quebe-quense e luso-açor-quebe-quense que fez com que o prin-cipal responsável do evento

dissesse –Obrigado por seremtantos.

Um Porto de Honra foi ofere-cido pelo restaurante Chez lePortugais, do terceirense Hen-rique Laranjo.

O dr. Luís Aguilar agradeceua todos e todas a participaçãoneste evento e sublinhou otrabalho de Vitália Rodrigues eNatércia Rodrigues, duas “car-regadoras de piano” de cujotrabalho dependeu o sucessogranjeado.

Foi uma noite muito agra-dável, o salão estava repleto etodos os presentes ficaramsatisfeitos por esta noite dePoesia e Música Açorianas aque tiveram o privilégio de

assistir.A célebre frase de Fernando

Pessoa “Deus quer, o homemsonha, a obra nasce” parecebem ser o lema do dr. LuísAguilar que já embarcou napróxima caravela, desta vez departida ou de retorno: a pro-moção de um Encontro-debatecom o escritor-pintor quebe-quense Sergio Kokis, de ori-gem brasileira, que ganhouvários prémios literários, aquino Quebeque, mas tambémem França e no México.

Foto de José Rodrigues

Foto de José Rodrigues

Páscoa

Feliz

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ComunidadeMais um aniversário dosCampinos do Ribatejo

Texto de Conceição Ferreira e fotos de Sylvio Martins

A Voz de Portugal não faltoua mais uma data comemorativaque foi o 11º aniversário dogrupo folclórico dos Campinosdo Ribatejo e escolinha do fol-clore. Era sábado, e frio sesentia; mas no subsolo da IgrejaSt-Enfant-Jesus era convidativocom muito calor humano quefez encher a sala. Num am-biente festivo, não faltaram coma bonita decoração de balões, obom jantar e, como manda atradição, carne de porco Alen-tejana, prato típico do Ribatejo;tudo fazia lembrar Portugal.

A apresentação esteve a car-go de Clara Santos, onde trans-mite que o rancho nasceu emMarço de 1994 com os ensaia-dores Sr. José Machado e espo-

sa Florbela.Sofrendo algumas mudan-

ças, o dito rancho não se fezmorrer onde contro hoje com oesforço do ensaiador Paulo,Santos que fez do sonho reali-dade, em criar a escola dofolclore do grupo Campinos doRibatejo.

Mais tarde pela noite dentroo grupo Contact fez avivar asala. Todos à espera do grandemomento, então surgiu a pre-sença dos pequenos - a escolado folclore do Ribatejo, onde aspalmas forem imensas, maistarde a presença do Exmo.Senhor cônsul de Portugal. Olema de rancho é continuar.

Valeu a pena estar presente.

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CulturaEscola Portuguesa de Lavale Projecto Ler Consigo

Na ronda que iniciamos háalgumas semanas pelas escolasde Língua Portuguesa da re-gião de Montreal, estivemos noúltimo sábado em Laval, Ilha-cidade da margem norte, queeste ano comemora 40 anos de

existência nos seus limitesactuais, após a fusão das anti-gas 14 municipalidades queocorreu a 6 de Agosto de 1965.

Segunda em importância naProvíncia de Québec, Laval éuma cidade moderna, de gran-

des espaços, que até há poucotempo era conhecida comodormitório de Montreal, devidoao seu importante sector resi-dencial. Com o desenrolar dosanos tomou forma um impor-tante parque industrial — umdos maiores na região — favo-recido pela proximidade dumaacessível rede de auto-estradase fácil acesso aos dois aero-

portos internacionais. Os gran-des centros comerciais noseixos da cidade viram cresceruma multicolorida variedadede “boutiques” de alta gamanas largas artérias da cidade, apar dos elegantes edifícios decondomínios, centros de lazer,o Cosmodôme e a sua “cidade”do espaço, para além de muitaszonas verdes a que o Centro daNatureza com todas as suasactividades de Verão ou ostrilhos de esqui de fundo noInverno, é reconhecido comoum ícone da edilidade da Ilhade Jesus.

Chegamos à Escola Portu-guesa a meio da manhã paracontactarmos professores ealunos, que todas as semanaslimitam o seu descanso para se

dedicarem ao ensino ou aoaperfeiçoamento, dos conheci-mentos de valores portugueses.Sabemos que não é fácil. Tantopara os jovens como para oprofessorado. A falta de mate-rial escolar e de qualquer apoiodo Estado Português, obriga a“malabarismos” de improvisa-ções, na esperança de cativarminimamente uma juventudeque não compreende ainda aimportância desta aprendiza-gem. Por outro lado, muitosjovens aparecem na Escolaapenas quando não têm outras

actividades e as idades sãobastante variadas em cadaclasse, consoante o grau deoralidade ou conhecimentos

de escrita, principalmente.Soubemos que na altura danossa passagem se registavamvárias ausências.

No entanto, fazendo das tri-pas coração, os responsáveisdas classes, sob a responsabi-lidade da Directora D. OlgaRaposo, esforçam-se para trans-mitirem a Língua de Pessoa ede Camões, por entre as brisasdos oceanos que conheceramas caravelas da História Portu-guesa.

Aproveitamos assim, paraassistirmos a uma actividade

especial que decorreu nessamanhã.

A Escola Portuguesa de La-val aderiu à iniciativa da Asso-

ciação Portuguesa de Profes-sores que, pela batuta do Pro-fessor Manuel Campos Pinto,comemorou pelo segundo anoconsecutivo, a Semana de Pro-fessores, em Portugal. O Projec-to “Ler Consigo” foi então moti-vo de em todo o país se tentarincentivar a leitura, como pra-zer e como cultura, junto dosalunos de 211 turmas inscritasem 39 concelhos e 6 paísesestrangeiros, segundo dadosque recolhemos junto de RaulMesquita, que inscreveu tam-bém a sua turma da escola de

Laval.Em Portugal várias entida-

des responderam ao convite dese deslocarem a diferentesescolas e lerem textos da suaescolha. Entre eles o Presi-dente da República, actores,jogadores de futebol, membrosde profissões liberais, antigosalunos, e muitos outros.

Na Escola Portuguesa deLaval esteve uma antiga aluna,Katrina Kontaxis, que frequen-tou esta instituição escolar atéao 7º ano e que por razões pes-soais foi depois completar o 9ºnuma escola de Montreal.

Jovem, agradável, muitosimpática, a Katrina fez esvoa-çar na sala uma voz bem tim-brada e com uma expressãobem articulada num Portu-guês impecável, leu algumaspáginas duma das obras-pri-mas de Eça de Queirós: O Pri-mo Basílio. Após a leitura se-guiu-se um agradável convíviocom os alunos em simpáticatroca de impressões a que Ka-trina correspondeu com jovia-lidade, tendo-lhe sido oferecidoum lindo ramo de rosas verme-lhas, assinalando a sua passa-gem pela Escola.

O Jornal A Voz de Portugalagradece o acolhimento e tudoquanto lhe foi proporcionado deobservar e ouvir.

Kathleen Valente3 de Janeiro de 1962 - 21 de Março de 2005

É com infinita tristeza que o Corpo Do-cente e alunos da Escola Português doAtlântico comunicam o falecimento emLisboa, no dia 21 de Março 2005, da filha doseu Administrador Senhor Graciano Oli-veira Valente, na sequência de longa eimperdoável doença.

A defunta deixa inconsolável o seu maridoDr. José Manuel Orge-Dias, o seu filho KarlValente Orge-Dias e os seus extremosospais, Comendador Graciano Valente e D.Graciosa Valente.

Kathleen Valente era diplomada da Universidade McGil e residia emPortugal há alguns anos onde era bastante activa no seio da Associação dosdoentes com Lúpus. Teve grande implicação para a criação de lares e centrosde atendimento e de repouso destinados aos que enfermam de tãoimplacável doença.

De fino trato, dotada de largo poder comunicativo, de bom convívio amigo,Kathleen não era indiferente à sociedade que a rodeava, sabendo conciliarvida familiar e a preocupação de dinamização da associação onde empregoudisponibilidades e influências, a fim de atingir os objectivos divulgação dadoença, de investigação médica e apoio aos enfermos com Lúpus.

O terrível acontecimento encheu de mágoa todos os amigos da Famíliade Graciano Valente que dolorosamente o acompanham nestas horasdifíceis.

Uma missa será celebrada no 29 de Março às 18h30 na Missão Santa Cruz.

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Março de 2005 - Página 9

VáriaPáscoa da ressurreição

Joviano Vaz

No próximo Domingo será oDia em que toda a Cristandadecelebrará a Ressurreição deJesus.

É um marco importante navida de todo o cristão. Na reali-dade se Cristo não tivesse res-suscitado a nossa fé não teriasentido. Após quarenta dias depreparação eis-nos na SemanaSanta, tempo propício para umameditação adequada do gran-de mistério da nossa fé. Umpouco por toda a parte a Cris-tandade celebra e vive as gran-des etapas da Paixão, da Mortee naturalmente da Ressur-reição do nosso Salvador Cristoressuscitou. Não creio quealguém ponha em dúvida estaasserção.

Mas o problema do nossotempo e das nossas sociedadesé que, infelizmente Cristo aindanão ressuscitou no coração deuns tantos. Pode afirmar-seque Cristo ressuscitou. Maspara muitos Ele continua mortocomo se nunca tivesse ressus-citado.

É o caso daqueles que ne-nhuma noção de justiça pos-suem, É o caso daqueles quecontinuam a crucificar os seusirmãos esmagando os pobres eos necessitados.

É tragédia humana esta.É afinal tudo seria tão simples

se não somente neste Domingoda Ressurreição, mas em todosos Domingos do ano cada umde nós consciente da dádivadivina procurasse o serviço queliberta e justifica. As socie-dades de hoje esqueceram averdade do amor. E procuramafogá-la nos prazeres da vida. Asconsequências de tal atitudesão difíceis de prever. Mas umacoisa é certa: pode tentar des-truir-se o divino do coraçãohumano, que o resultado serásempre o mesmo, isto é, o serhumano continuará a procurara essência do Divino para me-lhor viver o seu eterno destino.A Páscoa da Ressurreição foicantada por músicos, por poetase registada por escritores. To-dos eles encontraram nela aesperança do amor não traído.

Creio que são ainda os poetasos que melhor cantaram a

Inda é alta a manhã. Eis MadalenaVem ao esquife de Cristo para orar.Mas não acha o Rabi, e então, de pena,Dá largas a um fúnebre chorar.

Eis dois homens de veste resplendenteLhe dizem:”Quem buscais-Busco o RabiCristo, filho de Deus, Uno e vivente,Ressuscitou, mulher, não esta aqui.

Madalena olha atrás. Eis vê surgidoJesus, aos pés caldos os lençóis,Tendo um lume no olhar desconhecido,Tendo na fronte a radiação dos sois.

Ide-diz-lhe o Rabi-bradai aos meusQue me viste do esquife ressurgido,Que vou reinar nos estrelados Céus,Que sou o Rei dos Mortos, não vencido.

A todos os leitores do Voz de Portugal, Santa Festa da Páscoa,são os meus sinceros votos.

Ressurreição. Descobri no pódas minhas recordações umlivro que um dos grandes poe-tas da literatura portuguesaescreveu sobre a vida de Jesus.

Trata-se de Gomes Leal quea História de Jesus escreveu

para as criancinhas lerem comodesejo seu foi. Desse livro trans-crevo algumas passagens dopoema «Surrexit Non est Hic»(Ressuscitou não está aqui).

Mortos asangue frio

Não foi a primeira vez queMarcos Fernandes disparou: ohomem que matou a sangue-frio dois agentes da PSP, aoinício da madrugada na Ama-dora, arredores de Lisboa, jáera procurado pelas autori-dades por crime de homicídiocometido em Janeiro deste ano,no Porto. Agora, é perseguidopor três crimes de morte.

O fugitivo, na casa dos 30anos, nasceu no Brasil mas temnacionalidade portuguesa e éfilho de portugueses. Tem resi-dência oficial na Póvoa de Var-zim, no Norte do País. A mortedos agentes António Abrantes,de 30 anos, e Paulo Alves, de 23,ambos da Esquadra da PSP daAmadora, está a ser investi-gada pela Secção de Homicí-dios da PJ. A Judiciária receiaque o suspeito fuja para o Brasil,onde tem contactos. O manda-do internacional de captura, namelhor das hipóteses, apenas édifundido dentro de três ouquatro dias: primeiro, é emitidopelo Supremo Tribunal; depois,é enviado ao Ministério Público– e só então despachado paraas organizações policiais.

O Programa Económico do Novo Governo Esta semana, está a ser debatido na Assembleia da República o Programado novo Governo. A presente nota visa apresentar sucintamente asprincipais linhas de orientação da parte económica do Programa. O primeiro objectivo anunciado pelo Governo visa retomar a convergênciareal com a economia europeia, ou seja, criar as condições para que aeconomia portuguesa volte, à semelhança do ocorrido na década de 1990,a crescer mais do que a economia europeia. Este processo foi travado nofinal dos anos 90, com taxas de crescimento idênticas às da zona euro, asquais deram lugar a um crescimento inferior a partir de 2001.Assim, o Governo pretende uma avaliação precisa dos projectos deinvestimento que possam relançar a capacidade produtiva da economia, emsectores como os transportes (ferroviários e rodoviários), electricidade(produção e distribuição), água e saneamento, entre outros. Dadas asrestrições orçamentais, considera o Governo que o maior esforço terá queprovir do sector privado, ainda que apoios públicos, financeiros e comunitários.O objectivo é realizar investimentos no montante de 20 mil milhões de eurosnos próximos quatro anos. O Governo pretende também incrementar a concorrência em váriossectores da economia, com especial destaque na energia etelecomunicações. No caso da energia, o governo pretende antecipar aliberalização do mercado de gás natural, bem como a liberdade de escolhado fornecedor de electricidade. A criação do Mercado Ibérico de Electricidade,com a integração das redes eléctricas de Portugal e Espanha, enquadra-se neste objectivo. O Governo compromete-se com a consolidação das contas públicas, ouseja, cumprir o limite de 3% do PIB para o défice orçamental, sem recursoa medidas extraordinárias. Sem estas medidas, que incluíram entre outras,a absorção pela Caixa Geral de Aposentações (o fundo de pensões da funçãopública) do fundo de pensões da Caixa Geral de Depósitos, o déficeorçamental seria superior a 4% do PIB.Neste âmbito, o Governo pretende controlar as admissões na funçãopública, com uma redução do número de funcionários em 75 mil, duranteos próximos 4 anos. É, igualmente, mencionada a necessidade de controlaro crescimento da despesa, embora sem especificar onde e como será feita.Ao nível da receita fiscal, o Governo pretende um aumento, sobretudoatravés do combate à fraude e evasão fiscal.Ao nível do processo de elaboração do Orçamento do Estado, o Governopretende que passe a ser realizado num enquadramento plurianual, ou seja,prevendo a evolução das variáveis económicas e orçamentais numhorizonte de cinco anos. Esta medida pretende captar os impactos dealgumas decisões, os quais apenas se sentem na totalidade ao fim de váriosanos. Igualmente importante – e tido como um dos principais factorespenalizadores do investimento em Portugal – é a necessidade de reduzira carga burocrática das administrações públicas. Um exemplo,frequentemente mencionado, é agora destacado pelo Governo, como apossibilidade de criação de uma empresa num reduzido período de tempo,por exemplo, um dia. Relacionado com este objectivo, o Governo pretendeigualmente alterar os procedimentos na Justiça, de forma a acelerar oprocesso decisório. Em resumo, o programa de Governo apresenta umconjunto de medidas orientadoras, mas sem uma explicitação precisa dospassos a tomar para as concretizar. A apresentação, em breve, de umOrçamento Rectificativo para 2005 deverá esclarecer melhor estes pontos.

Síntese Mensal de Conjuntura do INE Em Fevereiro, e segundo os dados publicados pelo Instituto Nacional deEstatística (INE), o indicador de clima económico, que resume os índicesde confiança sectoriais, permaneceu inalterado no valor registado nos doismeses anteriores, com a recuperação da confiança no comércio e aestabilização na construção a compensarem a evolução menos favorávelnos sectores da indústria e serviços. O indicador de actividade económica, que agrega dados quantitativossobre a evolução de volumes de negócios, desacelerou ligeiramente emJaneiro, contrariando o movimento registado no mês precedente, influenciadopela evolução negativa da actividade na indústria e na construção, aindaque com menor intensidade que em meses anteriores. O consumo privado, por seu lado, acelerou em Janeiro, face ao mêsanterior, com uma melhoria em ambas as componentes, corrente e de bensduradouros, e apesar de uma estabilização da confiança dos consumidores.Ao nível do investimento, a tendência continua a ser essencialmentedeterminada pela evolução da componente da construção, que se mantémnegativa, e que mais que compensa a melhoria ao nível, quer dos materiaisde transporte, quer de máquinas e equipamentos. O valor das exportações, no trimestre terminado em Dezembro, cresceucerca de 0.9 pontos percentuais (p.p.), enquanto o valor das importaçõesaumentou em 2,2 p.p., assim prolongando o movimento registado nos doismeses anteriores e sinalizando um contributo negativo das exportaçõeslíquidas para o crescimento. No entanto, o indicador de procura externamantém ritmos de crescimento fortes, o que poderá suportar as exportaçõesportuguesas no início de 2005 e apesar de uma nova apreciação do euro.Apesar da desaceleração ocorrida durante o início do ano, e da deterioraçãodo indicador de actividade em Fevereiro, é de notar a menor intensidade daevolução negativa na indústria e construção, bem como uma pequenamelhoria relativamente às opiniões dos consumidores quanto à evolução dodesemprego.

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História da PáscoaA Páscoa é a principal festa dos judeus, celebra-se o êxodo e a

libertação do povo de Israel da escravidão a que foi sujeito pelosegípcios. Para os cristãos, a Páscoa é dos eventos mais importantesdo ano, celebra-se a Ressurreição de Cristo, crucificado para alibertação dos homens do pecado original. Durante a SemanaSanta acontecem procissões e novenas que representam osmomentos mais dolorosos da vida de Jesus. Os rituais normal-mente representam a Crucificação, a Morte e a Ressurreição deCristo.

O domingo anterior ao domingo de Páscoa é o domingo deRamos, e é quando se benzem os ramos de palmeiras e se celebraa entrada de Jesus Cristo em Jerusalém. Em muitas regiões doMundo, a Sexta-feira Santa e o Domingo de Páscoa são celebradoscom manifestações de figurantes vestidos como no tempo de Jesusou com imagens de Jesus crucificado, esta celebração mostra umafusão de elementos pagãos e cristãos, como a famosa “Diavolata”que acontece na Comarca de Palermo e Catânia em Itália,(representa a luta entre o bem e o mal na tentativa do demónioimpedir Maria de encontrar Jesus ressuscitado).

Saudação pascalem diversas línguas:Em PortuguêsFELIZ PÁSCOA

Na TchecoslováquiaVESELE VANOCE

Na AlemanhaSCHÖNE OSTERN

Na ItáliaBUONA PASQUA

No LaosSOUK SAN VAN EASTER

Na MacedôniaSREKEN VELIGDEN

Em InglêsHAPPY EASTER

Na FrançaJOYEUSES PÂQUES

Na GréciaKALO PASKA

Na ChinaFOUAI HWO GIE QUAI LE

Em ÁrabeEID-FOSS’H MUBARAK

Na CroáciaSRETUN USKRS

A tradição do CoelhoNo antigo Egipto, o coelho era o

símbolo da fertilidade. Por ser um ani-mal que apresenta condições de gerargrandes ninha-das, a imagem do coelhosimboliza a capacidade da Igreja deproduzir novos discípulos constante-mente.

A Páscoa festeja-se em todo omundo, mas nem sempre da mesmamaneira e muitas vezes com si-gnificado diferente.

Na ChinaO “Ching-Ming” é uma festividade

que ocorre na altura da Páscoa, ondesão visitados os túmulos dos ancestrais e feitas oferendas, na formade refeições e doces, para que estes fiquem satisfeitos com os seusdescendentes.

Na Europa CentralOs festejos remontam aos antigos rituais pagãos do início da

Primavera. A tradição da Páscoa inclui a oferta de amêndoas e adecoração de ovos cozidos com os quais são presenteados osfamiliares e amigos mais próximos. Também são feitas brincadeirascom ovos da Páscoa como, rolá-los ladeira abaixo, onde serávencedor aquele ovo que conseguir chegar mais longe sem partir.

Na Europa do Leste (Ucrânia, Estónia, Lituânia e Rússia)Faz-se a decoração de ovos com os quais se presenteiam os

amigos e os parentes. A tradição diz que, se as crianças forem bemcomportadas, deixam na noite anterior ao domingo de Páscoa umboné de tecido num lugar escondido, e o coelho deixará doces eovos coloridos nesses “ninhos”.

Estados Unidos da América A brincadeira mais tradicional é a “caça ao ovo”, onde os ovos

de chocolate são escondidos pelo quintal ou pela casa para seremdescobertos pelas crianças na manhã de Páscoa. Em algumascidades a “caça ao ovo” é um evento da comunidade e é usadauma praça pública para esconder os ovinhos.

Brasil e América LatinaAs crianças montam os seus próprios ninhos de Páscoa, sejam

de vime, ma-deira ou papelão, e enchem-nos de palha ou papelpicado. Os ninhos são deixados num certo sítio para o coelhinhocolocar doces e ovinhos na madru-gada de Páscoa. A “caça ao ovo”ou “caça ao cestinho” também é uma brincadeira.

Páscoa

A Tradição do OvoO ovo é um dos mais antigos

símbolos da Páscoa. Significa fer-tilidade e recomeço da vida. Algunshistoriadores garantem que o cos-tume de cozinhar e depois colorirovos de galinha para depois pre-senteá-los surgiu entre os antigosegípcios, persas e algumas tribos

germânicas.Hoje atribui-se aos chineses o

costume milenar de presentearparentes e amigos com ovos nasfestas de primavera. Mas foramos reis e príncipes da Anti-guidade que confeccionaramovos de prata e ouro recobertosde pedras preciosas. O povo,sem recursos para tais luxos,manteve a tradição de presen-tear ovos de galinha confeccio-nados.

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Disertação sobre a PáscoaJ.J. Marques da Silva

Muitas vezes ficamos emapuros quando nos esforçamospor dar, com esmero, uma res-posta concreta sobre certoassunto bíblico a pessoas deideias feitas, dogmatizadas por,e para si mesmas. A palavraPáscoa, ou melhor, o evento daPáscoa, é um dos muitos casosentre bons estudantes. Mas,se dissermos que a descriçãodo capítulo 12: 1-13, do livro deÊxodo, é diferente da do capí-tulo 16:1-8 do Deuteronómio,porque a primeira é um relatohistórico, e a segunda é umaordem atribuída a Moisés paraas celebrações das três festasdos judeus, Páscoa, Pentecos-tes e Tabernáculos, pode haveralgum que duvide porque temouvido dizer que a Bíblia não secontradiz. De facto nem hácontradição; mas se esclare-cermos que é provável quealguns trechos do Pentateuco,todo ele atribuído a Moisés, fo-ram escritos muito mais tardedo que a sua existência, levan-tar-se-ão contraditores comsuas diatribes, uns a defender

os seus dogmas, outros o seucurto progresso evangelístico.

Não queremos ofender nemuns nem outros, porém, quan-to a nós, o dogma fecha a exten-são da Verdade, e o curto saberatrofia a sua produção. É ne-cessária aplicação aturada noestudo, para se alcançar umpouco mais de conhecimento.

Na nossa juventude circu-laram alguns livros que foramêxitos de livraria, e isto apesarde estarem no índice da proibi-ção doutrinária. Um deles, daautoria de Emílio Bossi, intitu-lava-se “Jesus Cristo nuncaexistiu”; outro, escrito por Dr.Biné Sanglé, professor de psico-logia, denunciava “A loucurade Jesus”; e o rosacrucianoH.Spencer Lewis, defendiaque Ele não morreu, e houvetruque na sua ressurreição!Um assistente de nossas liçõesbíblicas apresentou-se comestes e outros livros, para pro-var-nos que tudo era mito comJesus. Perguntámos-lhe:

-Já os leu todos?-Dei uma olhadela... -respon-

deu.-Diga então qual fala ver-

dade!Entupiu. E querendo justi-

ficar a sua descrença embru-lhou-se num cepticismo quemais atulhava a sua mente.Dissemos-lhe:

- Quando o néscio é apa-nhado na sua discussão, só sesafa a dizer “não creio”, “nãocreio”! –Sorriu..

Também se argumenta queMoisés teria adaptado algumcostume antigo nas descriçõesque fez. Todavia, alguém maisdouto, afirmou que “o dramainteiro e o significado internodo Êxodo 12, se concentramem dezassete significativaspalavras gregas”, na epístolaaos hebreus 11: 28-29. Os evan-gelhos afirmam que Jesus falouda sua ressurreição, e muitasoutras afirmações d’Ele eramde carácter sobrenatural. Orase falou com tanta autoridade,e não ressuscitou, pelo menosteria que ser um idealista queenfermava de megalomania...Afirmar que nunca existiu, ouque não morreu e foi neces-sário um truque para forjar asua ressurreição, é tontaria dealto calibre e descrédito.

A palavra inglesa “Easter”,que parece ser uma reminis-cência de Astarte, que nospaíses de língua germânicadenota a festa do equinócio deInverno, e na Bíblia é chamada

de Astarote, deusa dos cana-neus, à qual o rei Salomão securvou (Iº Reis 11:5), tem hojerelação com ovos enfeitados,coelhinhos de chocolate, etc.,nafesta móvel do cristianismo, enos postais de bons desejos quecirculam pela Internet. Nóspreferimos ver o acontecimentohistórico do Êxodo, no per-curso do Livramento do povoisraelita que foi passagem pelomar vermelho, no simbolismodo cordeiro nas suas festaslitúrgicas, e como designouJoão Baptista apontando Jesus“Cordeiro de Deus que tira opecado do mundo” (João 1:29).Ou então estudar fundo aspalavras do Apóstolo Paulo:“Lançai fora o velho fermento,para que sejais nova massa,como sois de facto, sem fer-mento. Pois também Cristo,nosso Cordeiro pascal, foi imo-lado. Celebremos a festa, sim,com os asmos da sinceridade eda verdade” (1ª Cor.5: 7-8).

Páscoa

FESTIVAL ITALIEN - DU 18 AU 15 MAI 2005

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Universidade dos tempos livresVictor Hugo

A Sociedade moderna fazque muitos jovens se interes-

sem por cursos onde possamusufruir as maiores vantagens

financeiras, em muitos casosinscrevem-se em estudos, paraos quais não estão vocacio-nados, que por vezes aban-donam, ou se continuam, pas-sam uma parte da vida a fazeruma coisa que não gostam.

Quando falamos aos nossosfilhos das coisas do passado, aresposta é quase sempre a mes-ma, as velhas histórias não lhesinteressam, não é isso que osajuda a ganhar a vida.

Uma das razões que nos fa-zem voltar às nossas aldeias,são as nossas origens e as re-cordações do passado. Normal-mente as pessoas que são adop-tadas, chega um dia que que-rem conhecer os pais bioló-gicos. Assim é o ser humano,necessita de saber donde veio,para saber para onde vai.

Os alunos da classe de histó-ria da UTL, resolveram parti-lhar com os leitores, um poucodo que têm aprendido. Vamosfazer uma breve viagem atra-vés dos tempos, será uma des-crição das nossas origens e docomeço da Lusitânia, divididopor vários períodos, Neste pri-meiro capítulo vamos começarpela Idade da Pedra, e iremosaté ao ano 202 a.C.

A Lusitânia começou por serpovoada, por homens que habi-tavam em cavernas, viviam dacaça e de frutos silvestres e,durante muitos e muitos sécu-los desta longa época, desco-nheciam o fogo. É o períodoPaleolítico. Segue-se o períodoNeolítico, em que os povos jápraticavam a agricultura e apecuária, criaram a cerâmica eo tear, construíam com gran-des pedras monumentos fune-rários chamados dólmens, e jáusavam instrumentos de pedrapolida. É da morfologia desseshabitantes, que vem a seme-lhança de muitos portugueses

de hoje. Em seguida à Idade daPedra, vem a era dos Metais.

Esta passagem lenta e pro-funda do Paleolítico ao Neo-lítico seguida pela Idade dosMetais, foi vivida em primeirolugar no Próximo Oriente che-gando depois, pouco a pouco, àEuropa através de movimentosde população: trocas comer-ciais, contactos pacíficos oubélicos, procura de minérios,etc.

É o caso dos IBEROS queeram agricultores, já utilizavamo arado e o carro com rodas,viviam em povoações e já ti-nham uma escrita e que, se-gundo opiniões de peso, sãooriginários da Índia-Cítica asiá-tica e chegaram do Oriente àPenínsula Ibérica por volta doano 3000 a.C.através da Euro-pa ou da África do Norte. Sabe-se que em tempos remotostinham dado o nome de Ibériaà região a sul do Cáucaso cor-respondente à Geórgia de hojepara onde devem ter imigrado.Por isso se supõe igualmenteque foi deles( e não do rio E-bro) que a Península Ibéricatambém recebeu o seu nome.

Depois chegam os LIGURESque, para certas autoridadesneste domínio, é o povo dosdólmens. De facto a emigraçãoligúrica do século XV a.C. des-de as margens do Báltico deonde são oriundos até ao paísdos Tartéssios (actual Anda-luzia) está em harmonia com adistribuição dos dólmens. Se-gundo os fenícios, os liguressão os representantes da civili-zação do Ocidente incluindonão só os sinetes do actualAlgarve e os Tartéssios mastambém os próprios lusitanos.

Por volta do século XII a.C.chegam à península os FENÍ-CIOS, povo semita de grandesnavegadores. Os marinheiros

de Sidon e ainda mais os de Tiroprocuravam metais para as suasindústrias, e fundaram impor-tantes feitorias dominando ocomércio marítimo do Mediter-râneo até ao século VII a.C. Amais célebre destas feitoriasdependente de Tiro (fundadaem 814 a.C. pela irmã do reiPigmalião daquela cidade epelo partido aristocrático que aapoiava) foi Cartago, (na actualTunísia) que se tornou numagrande cidade e no maior portomarítimo do Mediterrâneo oci-dental. Pensa-se que foram osfundadores de Silves, Lisboa,Aveiro, etc. Foram os feníciosque introduziram o primeiroalfabeto e difundiram pelo sul (a partir de Cádis ,Sevilha, Mála-ga, Córdova, etc., onde iambuscar a prata) o uso do ferrocabendo a sua difusão pelonorte mais tarde aos celtas..

Entre os séculos VIII e V a.C.os Celtas invadiram a Penín-sula. Eram indivíduos altos eloiros, que vinham do Norte daEuropa, misturaram-se com osiberos no Centro e no Oeste daPenínsula, dando origem aosCeltiberos, começaram a erigirpovoações fortificadas, dasquais ainda existem vestígiosno Norte de Portugal.

A mais poderosa das naçõesque vivia na região ocidental,eram os Lusitanos que erampovos independentes, mas fede-rados na defesa, que escolhiamos seus chefes por eleição. ALusitânia situava-se entre-os-rios Tejo e Douro.

No século VII a.C. chegam osGREGOS, que também fun-dam várias colónias entre elas agrande cidade de Sagunto naCosta Mediterrânica da Penín-sula e outras na Costa Atlân-tica.

No século VI a.C., logo após adestruição de Tiro por Nabu-

cudonosor II da Babilónia, osCartagineses tentam ajudar ascolónias fenícias fundadas porTiro no ocidente, fundam váriasoutras feitorias e procuramarruinar pela força o poderiogrego no Mediterrâneo oci-dental. A vitória de Alália ga-rante-lhes o domínio comercialnessa área marítima que elesreforçam até ao século III a.C.,altura em que se tornou insus-tentável a rivalidade entre ascidades cartaginesas e as cida-des gregas da Sicília. Estas, emparticular Siracusa, pedemauxílio aos Romanos começan-do assim as guerras púnicasque vão levar Roma à conquis-ta da Península Ibérica e aodomínio do Mediterrâneo Oci-dental

Terminada a favor dos Roma-nos a primeira guerra púnicaque durou de 264 a 241 a.C.,apesar dos feitos valorosos dogeneral cartaginês AmílcarBarca, Cartago não desiste.Amílcar conquista o Norte deÁfrica até às Colunas de Hércu-les e passa à Espanha em 238a.C. a pedido de Cádis que lhepede auxílio militar. Amílcarinicia a conquista da Penínsulapara compensar a perda daSicília e acaba por ser morto 10anos mais tarde numa batalhacontra os lusitanos. Seguiram-se-lhe no comando Asdrúbal,seu genro e Aníbal seu filho.Em 219, a família dos Barcasera senhora de toda a Penín-sula até ao Douro e ao Ebro, demodo que, assustada Roma portantas vitórias, procurou pôr-lhes fim com um tratado, queestipulava a liberdade da cida-de grega de Sagunto situada aosul do rio Ebro. Aníbal Barca,grande general que tinha sidoeducado com o ódio a Roma,que queria vencer a todo ocusto, decide em 219 a.C. to-mar Sagunto, o que veio a a-contecer depois de um cerco dealguns meses, tendo morrido oshabitantes nas chamas do fogoque eles próprios lançaram àcidade. Desta declaração deguerra resultou o começo dasegunda guerra púnica com ainvasão da Itália por Aníbal e apassagem de tropas romanaspara a península.

Diz a história que Aníbal quetinha uma armada de 90.000soldados, 12.000 cavaleiros e38 elefantes, ao atravessar osAlpes, perde mais de metade doseu exército, mas mesmo assimavança em direcção a Roma.Na batalha de Canas, Aníbalvence os romanos que perdem50 000 homens e 80 senadores.(Nesta memorável batalhacombateram a favor do grandegeneral cartaginês, algunsmilhares de Lusitanos sob ocomando do nosso Viriato I, quefoi morto ali às mãos do cônsulPaulo Emílio). Mas Aníbal quetambém tinha o seu exércitomuito enfraquecido hesita ematacar Roma e no ano 205 A.C,o cônsul de Roma, CorneliusScipion, com a ajuda do Rei daNumídia, vence Aníbal na bata-lha de Zama, (ao sul de Carta-go), no ano 202 AC. Pelo tratadode Tunis de 201 a.C. é a Repú-blica de Cartago obrigada aentregar a Roma toda a suafrota e também a PenínsulaIbérica, que ficou marcadapara sempre pela família Barca.Da sua memória, ficou Barce-lona, cidade fundada por Amíl-car Barca, Cartagena fundadapelo seu genro Asdrúbal, ePortimão fundada pelo seu filhoAníbal que foi um dos maioresgenerais de todos os tempos.

Esta descrição faz parte dotrabalho dos alunos da classede história da UTL, feito com asupervisão do Prof. Barros.

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Cultura

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ComunidadePrimeiro aniversário da abertura do salão Edite

Maria Calisto

Hoje em dia, as mulheresestão mais determinadas quenunca a abrir caminho no mun-do dos negócios. O salão depenteados Edite é um bonitoexemplo desta determinaçãofeminina. Edite Amaral, umajovem cabeleireira talentosaaceitou dar uma entrevistapara o nosso jornal entre doispenteados em honra do seuprimeiro aniversário. Dona doseu salão misto, é sempre comum sorriso que a Edite e a suaesteticista Edite acolhem seusclientes.

VP: Edite antes de nadamuito obrigado por ter acei-tado esta entrevista e claromuitos parabéns pela tuainiciativa a abrir um salão.

VP: Porquê escolheste aprofissão de cabeleireira?

E: Sempre foi o meu sonho decriança. Adoro trabalhar com opúblico, descobrir e experi-mentar novos estilos em cabe-los.

VP: Deste quando fazeseste trabalho?

E: Meu Deus, sou cabelei-reira há 14 anos e dona de umsalão há um ano.

VP: O que te levou a abrirum salão sozinha?

E: Deve ter sido para a inde-pendência. Por ter a oportu-nidade de ter o meu própriohorário, dar os meus preços,para dar o meu máximo.

VP: O que deve ter uma ca-beleireira para ter fama eclaro sucesso?

E: (silencio) Honestidade esaber satisfazer a sua clientela.

VP: O que mais gostas e omenos na tua profissão?

E: Gosto de tudo, mas adorofazer cortes e claras mechas.Mas admito que é mais difícilquando são dias muito ocu-pados, estou sozinha comocabeleireira mas felizmentetenho a minha colega Edite queme ajuda. Espero um dia abrirum salão maior e dar um me-lhor serviço a minha clientela, acomunidade.

VP: Tem uma grande con-corrência entre os cabelei-reiros o que faz o teu suces-so?

E: Acho que é a competên-cia, a qualidade do meu servi-ço, a pontualidade e claro aminha flexibilidade.

VP: Porquê diante da Igre-ja?

E: Gosto muito deste lugar,tem estacionamento, é pertodos transportes. Também por-que é o nosso bairro português.

O salão Edite festeja o seuprimeiro aniversário no dia 27de Março, dia de Páscoa. Asenhora Edite Amaral apro-veitou esta entrevista paraagradecer toda a sua clientelapela confiança e apoio deste seucomeço e claro pela força quan-do abriu o seu salão. Muitosucesso a nossa amiga Edite eforça à todas as mulheres quequerem um dia fazer o seulugar na sociedade. Feliz dia dePáscoa a toda a nossacomunidade.

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Guia do ConsumidorCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLAR

CANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGAL

EM 22 MARÇO 20051 E U R O = 1 . 5 8 7 11 E U R O = 1 . 5 8 7 11 E U R O = 1 . 5 8 7 11 E U R O = 1 . 5 8 7 11 E U R O = 1 . 5 8 7 1

AGÊNCIAS DE VIAGENSALGARVE681 Jarry Est 514.273.9638

ASSOCIAÇÕESE CLUBESAss. Angolana de Montreal 313-6465Associação N. S. de Fátima(Laval) 681-0612Associação Portuguesa do Canadá 844-2269Associação Portuguesado Espírito Santo 254-4647Associação Portuguesa de Lasalle 366-6305Associação Portuguesade Ste-Thérèse 435-0301Caixa de Economiados Portugueses 842-8077Casa dos Açores do Quebeque 388-4129Centro de Ajuda à Família 982-0804Centro Português de Referência 842-8045Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550Clube Oriental Português de Montreal 342-4373Clube Portugal de Montreal 844-1406Grupo Folclórico Campinosdo Ribatejo 353-3577Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634Ass.Port.West Island 684-0857Português de Montreal 739-9322Sporting Clube de Montreal 499-9420Sport Montreal e Benfica 273-4389

Consulado Geralde Portugal

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URGÊNCIASE SERVIÇOS PÚBLICOSAmbulância 842-4242Clínica Portuguesa Luso 849-2391Polícia 9-1-1Bombeiros 872-1212Hospital Hôtel-Dieu 844-0161Hospital Royal Victoria 842-1231Hospital Ste-Justine 345-4931Hospital Ste-Jeanne-d'Arc 842-6141Hospital Montreal para Crianças 934-4400Serviço de Auxílio aosEmigrantes(SANQi) 842-6891Sun Youth, Serviços de Urgência 842-6822

CH TVPortugalíssimoRádio Centre-VilleRadio Clube Mtl.TVPM

514.522.4150514.483.2362514.495.2597514.849.9901514.993.9047

Igreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

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† 6o Mês de SaudadeAntónio Martins

27 de Setembro de 1936 – 24 de Setembro de 2004

Esposa, filhas, restantes familiares e amigos recordamcom profunda saudade o seu ente querido.

Renovam profunda gratidão pelas presenças amigasna liturgia do 6o mês em sufrágio pela sua alma, queserá celebrada no dia 27 de Março de 2005, pelas11h00, na Igreja Notre-Dame-de-Fatima, situada no1815 rua Favreau, em Chomedey, Laval.

Agradecem antecipadamente a todas as pessoas que se dignarem assistira este acto religioso.

A dor da partidaNão me consola saber que a vida é infinitaQue nada morre, que tudo é eterno.Na partida definitiva, não há como fugirDa maior dôr pelo ser humano sentida.Separam-se os corpos, a saudade doída!Saudade que ofusca a vidaE só o tempo ameniza a dôr.Da sua esposaLeontina Martins

A Meu pai

Já se foram seis meses que partisteSe eu conseguisse voltar o tempoPara os anos, mas não consigo.A única coisa que levo comigoSão suas lembrançasSeus ensinamentos.Sabe pai…Eu tenho certeza que vocêNunca me abandonouApenas partiu,Mas sua presença é sempre constantePor onde eu andarVocê sempre irá me acompanhar.Suas filhas:Hélia, Elisabeth e Sandra

Joaquim Carreira Faleceu em Montreal, com 74 anos de idade, no dia 20de Março, o Sr. Joaquim Carreira, natural de Moitas -Venda, Alcanena, Portugal.

Deixa na dor muitos familiares e amigos.Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:Alfred Dallaire | MEMORIA1120, Jean-Talon, Montreal514. 277.7778 www.memoria.caEduino Martins

O defunto foi trasladado hoje para o cemitério de Casais, Robustos,Portugal, onde será sepultado amanhã, Sábado, dia 26 de Março de 2005. A família vem por este meio, agradecer a todas as pessoas que dequalquer forma, se lhes associaram na dor. A todos um sincero Obrigadoe Bem-Hajam.

Manuel Tavares Machado Faleceu em Laval, com 57 anos de idade, no dia 16 deMarço de 2005, o Sr. Manuel Tavares Machado, naturalda Ribeira Seca, São Miguel, Açores, esposo da D. Mariade Jesus Melo. Deixa na dor sua esposa, seus filhos Dinarte (ElisabeteCastelo), Pedro, Alexandre, Nelson (Zoraida Soares) ePaulo, seus netos Dylan, Miguel, Marina e Ryan, seu paiAntónio Machado, suar irmãs Eduarda e Fernanda (Manuel Vieira),sobrinho(a)s e cunhado(a)s, assim como outros familiares e amigos.Os serviços fúnebres estão a cargo de:Alfred Dallaire | MEMORIA1120, Jean-Talon Este, Montreal514. 277.7778 www.memoria.caEduino Martins O funeral teve lugar sábado, 19 de Março, na missão Santa Cruz, seguindodepois o cortejo fúnebre para o mausoléu St-Martin, onde foi asepultar, em cripta. A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecer a todas aspessoas as muitas provas de carinho e amizade. Bem-Hajam.

Ana de Jesus Pacheco1915 - 2005

Faleceu em Montreal, com 89 anos de idade, no dia 16de Março de 2005, a Sra. D. Ana de Jesus Pacheco, naturalde Agua d’Alto Vila Franca do Campo, São Miguel, Açores,esposa do já falecido Sr. Antonio Da Costa Duarte. Deixa na dor seus filhos Maria Deolinda (Némesio deSousa), Antonino (Fátima Duarte), José (Donatilde Duarte)e Alfredo (Conceição Duarte), seus netos Linda (JoséAmaral), Ana Maria, Nemésio (Rosa Aguiar), José Manuel (Matilde Ranaldi),João José, Paulo Alexandre, Rui, Nuno, Dinarte, Valdemar, Aderica, Sonia,Filipe, Alain, Gerry, Brian, Kendra; seus bisnetos, assim como outrosfamiliares e amigos.Os serviços fúnebres estão a cargo de:Alfred Dallaire | MEMORIA1120, Jean-Talon Este, Montreal514. 277.7778 www.memoria.caEduino Martins

O funeral teve lugar sexta-feira, 18 de Março, na igreja St-Vincent Ferrier,seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitério Repos St-FrançoisD’Assise, onde foi a sepulta.

A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecer a todas aspessoas as muitas provas de carinho e amizade que lhe foram dadas porocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todas aquelas que, porqualquer forma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar por tãoinfausto acontecimento. A todos um sincero Obrigado e Bem-Hajam.

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Março de 2005 - Página 1 7

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Cristo ReiAmélia Oliveira-Vaz

Seu trono foi a CruzOs espinhos a Coroa.Foi seu Ceptro a dorCom o sangue deu a paz,Num Reino Fecundo,Com Vida tão boaQue não é deste mundo.

Deus nos faz entrarNo Reino do FilhoUm Reino CriadoPara uma vida felizCom Rei bem amado.Teu Reino, Senhor,Que a Jesus foi dadoÉ oferta de um Pai,Um Reino de Amor.

Cantinho da PoesiaAutopsicografiaFernando Pessoa

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama coração.

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Alma juvenilFotos da semana

Fever Pitch

Para quem gosta de comédias românticas…Num ano repleto de filmes de acção, terror, grandes

produções e super-heróis, não podemos esquecer astradicionais comédias românticas. Drew Barrymore é umacara conhecida neste género de cinema e desta vezcontracena com o comediante Jimmy Fallon. Em Fever Pitch,o casal apaixonado vai ter de superar um grande obstáculo:a obsessão que Fallon tem pelo baseball (se fosse em Portu-gal seria por Futebol). O rapaz fica dividido entre as duaspaixões e a rapariga vai tentar esquecer o ciúme e passar agostar de baseball também. Será que vai resultar? Pelomenos, a julgar pelo trailer, promete ser um filme divertido,e nem podia deixar de ser, com a presença de Fallon, umexperiente comediante.

Superman Returns

Já se sabe um pouco mais do novo filme de Bryan SingerSuperman só volta a voar nas salas de cinema daqui a mais

de um ano, mas já se sabe alguma informação muitointeressante acerca desta nova produção. Certo de seremainda alguns rumores, “Superman Returns” conta a históriodo super-heroi que fica afastado da Terra durante seis anosconsecutivos, porque parte numa jornada rumo ao seu planetanatal Krypton, com vista a verificar se não restou qualqueroutro sobrevivente de seu planeta. Quando regressa,encontra Lois Lane, a sua amada, noiva de Richard White(papel pertencente a James Marsden), com quem ela já temum filho de cinco anos.

Como se nota, toda a trama do novo filme de Clark Kentesquenta-se um pouco mais nas relações e aspectos emotivos,tendo por certo a relação com Lois Lane uma parte fundamen-tal em toda a pelicula. Só esperamos que o realizador tenha acompetência em traduzir todo esse aspecto emotivo num filmetão rotulado de acção e efeitos especiais.

Ainda neste dominio, parece que Bryan Singer não se querdar ao trabalho de contratar um novo actor para o papel deJor-El, o pai de SuperMan. Segundo as mesmas fontes, Singerpretende utilizar imagens inéditas de Marlon Brandon (o actorque interpretou o mesmo papel no filme de 1978) filmadas nomesmo ano para o mesmo filme ,mas que nunca chegaram aser utilizadas.

Muito interessante!

A PrimaveraSusana Sequeira

A altura do ano mais alegre emais mexida, pois nesta altura, aNatureza acorda de novo paraviver e fazer com que tudo tenhaum princípio. No Outono tudoacaba para voltar a ter um reco-meço no ano seguinte. No en-tanto, porqué há mudanças notempo? As pessoas pensavam, notempo dos gregos, que eram os

Deuses que dominavam e que decidiam quando era tempo desemear a terra e ordenavam o mundo inteiro. Por exemplo,Persefone, filha de Demeter, Deuza da terra e da agricultura, foisequestrada por Hades, Deus do mundo dos Infernos. Demeterque ficou tão triste pelo desaparecimento da filha, parou de darseus cuidados à terra procurando por sua razão de viver. Quandofinalmente a encontrou, sua filha quis ficar com Hades, e fizeramcom que eles ficassem juntos durante uma parte do ano e a outraparte a filha estava com a mãe a tratar da terra. Por isso, quandoas duas estavam separadas nada se fazia nas terras e elas ficavamfrias sem poderem ser férteis, a tristeza de meter de estar separadada filha sendo muito insuportável. Isso concordava com o Inverno.Chegado à Primavera, era o encontro entre a mãe e filha erecomeçavam a dar vida no mundo dando esplendores e belezaà Natureza.

Em outras lendas nortenhas, diziam queeram fadas que faziam com que a Naturezaacordasse de novo. Elas adormeciam coma chegada do Inverno e quando o Sol setornava mais quente, elas acordavam paradar o sinal a toda a natureza para tomar denovo gosto à vida e encher tudo de vida deenergia voando por todo o mundo e dar umpouco de magia a este tempo do ano paradar um novo princípio aos homens quepassaram meses no frio e na escuridão. Depois de muito séculosde observação e de estudos dos astros e do mundo, determinaramque o mundo era heliocêntrico (Copernic, 1473-1543), que omundo andava à volta do Sol, e que não era como a Igreja opretendia, o sistema geocêntrico, que a terra estava ao centro domundo e que o resto andava à volta dela. Por isso, remeteram umahipótese “que já é confirmada hoje em dia” que a terra andava àroda do Sol e devido aos seus trajectos e à rotação sobre ela própria,dava influência sobre as estações e os dias. Determinaram destamaneira o prolongamento das estações por cálculos e também porobservações do céu o que sabemos actualmente. Também hácertas pessoas que dizem que o verdadeiro começo da Primaveraé a ressurreição do Nosso Senhor, pois, o dia da Páscoa determinacom certidão o começo de uma nova “era”. A morte de Jesus Cristosimboliza tudo o que é adormecido e sem vida e quando Eleressuscita, tudo volta a viver com esperança. O símbolo da Páscoaé a ressurreição de Jesus, que tinha morrido três dias antes, naSexta-feira Santa. Para todos os crentes, é uma festa muitosignificativa, pois é o começo real da religião católica. Porque semisto, a religião não teria o mesmo sentido.

A Primavera é a estação do recomeço e da novidade. Tudo voltaa dar vida, os animais tanto como as flores e as árvores que têmfolhas outra vez. O mundo tem seu funcionamento dando belezae vida a tudo o que tem existência sobre a terra, tanto aos animaise aos homens que podem ver isto como um sinal para recomeçare guardar esperança porque no final tudo é uma volta e nós sótemos que apreciar a viagem e aguardar o que nos acontecesempre olhando para frente e ver que pode ser lindo, só precisamosver e tomar gosto ao que vimos e vivemos mesmo se há dificul-dades.

Na comunidade há sempre surpressas uma delas é esta lindarapariga que trabalha em comunicação e festeja nas Sextas-feirasno Chez le Portugais.

Parabéns a você , nesta data querida muitas felicidades emuitos anos de vida. Feliz aniversario Patricia, muitos beijinhospara um dia tão importante

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A VOZ DE PORTUGAL, 23 de Março de 2005 - Página 1 9

Vária

Anedotas

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro)

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)

CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro)

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)

GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho)

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)

O mês de Março ede Abril quente das escolas

Alma juvenil

Miguel Félix

O 11 de Novembro 2004, o conselho dos serviços essenciais doQuebeque deu ao público a sua decisão sobro os meios de pressãodos professores da escolas primárias e secundárias. Os professoresestão actualmente em negociações por um novo contrato com ogoverno.

Para fazer pressão, o conselho dos serviços essenciais permitecinco actividades aos professores. O primeiro é que os professores,até o 8 Abril 2005, não vão transmitir as compunções da direcçãoaos pais dos alunos. As quartas-feiras do 23 Março e 30 Março, osalunos terão 10 minutos de mais dos recreios, e os professores vãosegurar a segurança. O conselho permite, que durante a semanado 4 Abril 2005, que os professores não entregam, aos alunos, osdeveres sobre a matéria. As terças-feiras até o 5 Abril, osprofessores estarão vestidos de preto e não terão contactos verbaiscom a direcção. O último meio de pressão é que durante a semanado 7 ou 14 Março, os professores vão enviar os alunos, queultrapassa a limita de alunos (24 para as turmas e 12 para as aulaslaboratórios), que são enviados ao director para fazer queixa.

Todos esses meios de pressão têm um objectivo, é de ter um bomequilíbrio nas negociações. Actualmente, os sindicatos dosprofessores estão pedir um mandato de greve. Para concluir, háestudantes de escolas secundárias que manifestaram também nasruas para receber um melhor ensino.

Carta da Semana: 3 de Ouros, que significa Poder.Amor: Sentirá muita facilidade em demonstrar o seu afectoàs pessoas que gosta.Saúde: Controle as suas emoções.Dinheiro: Deve conter as suas despesas.

Número da Sorte: 67Números da Semana: 1, 3, 12, 13, 19, 15

Carta da Semana: Ás de Espadas, que significa Sucesso.Amor: Estabilidade a nível emocional.Saúde: Tendência para andar um pouco descontrolado.Dinheiro: Fique atento a novas e melhores oportunidadesprofissionais.

Número da Sorte: 51 Números da Semana: 7, 8, 1, 33, 9, 6

Carta da Semana: 3 de Espadas, que significa Amizade,Equilíbrio.Amor: A comunicação com amigos distantes trar-lhe-á boadisposição.Saúde: Vigie a sua tensão arterial.

Dinheiro: Este período avizinha-se muito complicado a nível financeiro.Número da Sorte: 53Números da Semana: 45, 47, 41, 12, 21, 4

Carta da Semana: 7 de Espadas, que significa NovosPlanos, Interferências.Amor : Cuidado com os amores atormentados.Saúde: Regular.Dinheiro: Período favorável ao início de novos projectos.

Número da Sorte: 57Números da Semana: 2, 14, 15, 6, 32, 31

Carta da Semana: Cavaleiro de Espadas, que significaGuerreiro, Cuidado.Amor: Os seus sentimentos estarão agora mais definidos.Saúde : Proteja-se do frio.

Dinheiro: Excelente semana para quem não teme as mudanças.Número da Sorte: 62Números da Semana: 8, 16, 17, 5, 4, 44

Carta da Semana: Rei de Espadas, que significa Poder,Autoridade.Amor: A felicidade e a paixão irão marcar a sua semana.Saúde: Cuidado com as correntes de ar.Dinheiro : Poderá precisar da ajuda de um colega para

finalizar uma tarefa importante.Número da Sorte: 64Números da Semana: 9, 7, 47, 45, 48, 4

Carta da Semana: 4 de Ouros, que significa ProjectosAmor: Período favorável à conquista.Saúde: Cuidado com o frio, pois o seu sistema respiratórioanda muito frágil.Dinheiro: Seja ousado e não hesite em revelar as suas ideias

criativas.Número da Sorte: 68 Números da Semana: 9, 6, 3, 8, 5, 2

Carta da Semana: 7 de Ouros, que significa Trabalho.Amor: Seja mais verdadeiro relativamente aos seussentimentos, não viva apenas de aparências.Saúde: O cansaço poderá tomar conta de si, procure o seu

médico e tome umas vitaminas para revitalizar.Dinheiro: Não despreze um aviso de um colega de trabalho bastanteexperiente.Número da Sorte: 71 Números da Semana: 8, 13, 15, 45, 8, 7

Carta da Semana: Rainha de Espadas, que significaMelancolia, Separação.Amor: É possível que receba a notícia de que a sua cara-metade se vai afastar por algum tempo, por motivos de trabalho.Saúde: Comece a pensar em consultar o seu médico, pois é

possível que venha a ter alguns problemas ao nível ósseo.Dinheiro: Procure arranjar bons argumentos que convençam o seu chefea levar o seu projecto adiante.Número da Sorte: 63 Números da Semana: 6, 3, 2, 1, 9, 8

Carta da Semana: Rainha de Ouros, que significaAmbição, Poder .Amor: Confie inteiramente num amigo de infânciaSaúde: Não deixe arrastar um problema de saúde, pois issosó vai agravar a sua situação.

Dinheiro: O seu trabalho vai ser de tão boa qualidade que todos vão ficarsatisfeitos.Número da Sorte: 77 Números da Semana: 44, 22, 33, 4, 8, 7

Carta da Semana: Rei de Ouros, que significa Inteligente,Prático.Amor : Ponha de lado todos os complexos e inibições eentregue-se à paixão.

Saúde: A sorte está do seu lado. Período sem grandes complicações.Dinheiro: Tudo aquilo a que se propuser, conseguirá concretizar.Número da Sorte: 78Números da Semana: 20, 4, 1, 36, 39, 41

Carta da Semana: 9 de Copas, que significa Vitória.Amor: Período muito favorável à concretização de uma união.Saúde: Participe numa modalidade desportiva colectiva.Dinheiro: Fale com os seus superiores hierárquicos, nosentido de receber um merecido prémio pelo trabalho prestado.

Número da Sorte: 45Números da Semana: 4, 2, 8, 11, 33, 5

Envia este desenho colorido para o jornal, e poderás ganhar umaantenna parabólica para captar a RTPI Sorteio no 30 de Abril 2005

Para as crianças da nossa comunidade

Tríduo Pascal NA IGREJA DE SANTA CRUZQuinta-Feira Santa – às 20h00 - Celebração da Ceia do SenhorÉ o dia da Eucaristia, do sacerdócio e do mandato da caridade.renovação das promessas dos ministérios extraordinários dacomunhão. Comunhão levada aos doentes – Por favor inscrever-se na secretaria.Sexta-Feira Santa – às 15h00 - Celebração da PaixãoÀs 18h30 - Via Sacra com as criançasSaída dos Romeiros em direcção a Laval, às 6h00 da manhãSábado - Vigília Pascal – às 21h00Esta é a celebração das celebrações. a nossa participação éimportante.Domingo - Dia de Páscoa - Missa às 10h00 e às 12h00Na celebração das 12h00 teremos a cerimónia da entrega e enviodas Coroas do Espírito Santo.

O Pe. José Maria Cardoso, o Pe. Lourenço Ruba e toda acomunidade de Santa Cruz vos desejam uma feliz Páscoa.

O empregado entrou na sala do patrão, com ar tímido e disse:- Doutor, o senhor desculpe, mas já faz três meses que eu nãorecebo meu salário!- Tudo bem, Sr. Almeida! Está desculpado!

- Porque o alentejano põe a pimenta por cima da televisão?- Para assistir a cenas eventualmente picantes!

P: Qual é o cúmulo da selva?

R: É o macaco tirar o tarzan do nariz!

P: O que é uma coisa verde, grande, pesada, que tem 4 pernas,e se cair de cima de uma árvore pode matar alguém?R: Uma mesa de bilhar.

Numa bela ilha deserta ficam presos dois Búlgaros e umaBúlgara. Um mês depois, nestas ilhas completamente desertas,no meio do nada...Os dois búlgaros olharam para o mar, depoisolharam para a búlgara, olharam para o mar novamente.Começaram a nadar.

Um rapaz gostava imenso de feijoada (e vocês sabem qual é oefeito da feijoada...), depois do casamento prometeu a si mesmonão comer mais feijoada para não perder a esposa.No dia do seu aniversário não resistiu e decidiu oferecer-se umagrande feijoada ao lanche.Chegou a casa para jantar e a sua querida esposa abre-lhe aporta e diz-lhe:- Fiz-te um jantar surpresa por isso vais pôr esta venda.- OK, amor!A esposa senta-o à mesa e diz-lhe:- Vou só à cozinha para ver se está tudo pronto e já venho.O marido começou a ficar aflito com as cólicas e decidiu dar um“gás” enquanto a sua querida não vinha, esse foi tão forte queaté a mesa mexeu. Passados alguns segundo voltaram-lhe ascólicas e ele pôs o ouvido à escuta e como não ouvia passosresolveu dar outro ainda mais forte. Entretanto começa a ouviros passos da sua esposa e tenta disfarçar (mexendo com osbraços para afastar o cheiro).A sua esposa diz-lhe:-Está pronto meu querido (e retira-lhe a venda dos olhos).Nisto todos os convidados sentados à mesa, repetem num corodesanimado:-PARABÉNS...

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Publi-reportagemCarlos Modesto, agente imobiliário da Predial:O vosso Amigo na aquisição duma casa

Texto e fotos de António Vallacorba

Pst! Psju! Eh! Sim, é por si quechamo. Sei que o vosso tempo éprecioso, mas prometo não mealongar muito. Sei, também,que vai comprar uma casa, e ésobre esse assunto que vosquero falar.

Sabe que a compra de umacasa (ou de qualquer outrapropriedade) é, relativamentefalando, o maior e o mais impor-tante investimento que vocêpoderá jamais fazer? Sabe,também, e por outro lado, queisso poderá constituir a vossamaior dor de cabeça, se nãotiver um competente e dedi-cado intermediário que velepelos vossos interesses?

Não se precipite, pois. Venhaconhecer alguém que poderáfacilitar os vossos esforços,enquanto assegurando o vossoinvestimento…sem dores decabeça, claro!

Apresento-vos o Carlos Mo-desto, agente imobiliário encar-tado e afiliado à firma da espe-cialidade, a Immeubles Predial,Inc., da nossa praça.

O Carlos, natural de Angrado Heroísmo, Ilha Terceira,

Açores, é, na profissão a que setem dedicado desde que che-gou ao Canadá, em 1972, comoo cantor que enobrece a can-ção, numa tradução livre da

expressão anglófona “the sin-ger, not the song”.

Ele conhece perfeitamentenão só todas as exigências erealidades do mercado, suafuncionalidade, etc., mas tam-bém os gostos e opções do

cliente luso-canadiano. Desdehá 20 anos que, trabalhandopor sua conta, ele próprio com-prava as casas e as vendia de-pois às pessoas interessadas.Cinco anos depois, ingressariana Immeubles Predial, Inc.,uma agência portuguesa pio-neira na especialidade e com aidoneidade de 40 anos de bonsserviços prestados à nossacomunidade – e não só!

Por outro lado, muitas foramas agências que ao longo dosanos sucumbiram durante épo-cas menos instáveis, como adepressão do mercado nasúltimas décadas e que agora,felizmente, tem tido uma reto-ma fenomenal. Nesse período,não vacilou e optou por sempreservir a comunidade portu-guesa e adentro dum ambienteluso, contribuindo, assim, parao seu prestígio geral.

Mantendo-se actualizado e apar das inovações que o mer-cado e o cliente exigem, o Car-los tem acesso nesse mercado amais de quinze bancos e insti-

tuições financeiras, facilitandoao cliente, pois, o que quer queseja no aspecto de subvenções,financiamento do imobiliário e,até, na sua fácil disponibilidadede deslocação.

Um curiosidade bastante

singular, é esta que o Carlosnos apresentou no que concer-ne ao financiamento do imóvel,ao afirmar que pode conseguiruma hipoteca até 107%!

Como pode ser isso? –querereis vós saber. Muitofácil: os 100 por cento referem-se ao financiamento do edifícioe os sete por cento servirão paraoutras despesas que o clientepossa incorrer.

Com a vasta experiência quetem e o empenho em bem ser-vir, facilmente é indicar o CarlosModesto como o vosso amigo eperito em tudo o que diz res-peito a aquisições imobiliárias etransacções financeiras.

Estes são apenas alguns por-menores sobre esta matéria.Mas para mais informações,podem contactar o Carlos Mo-desto através do telefone (514)845.7201, do telemóvel

235.0905 ou em se dirigindopessoalmente ao escritório daPredial, sito ao 213 Rue RachelEste, em Montréal.

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AGENDA COMUNITÁRIA

Filarmónica doDivino Espirito de Laval

Jantar da Primavera organizado pela Filarmónica do DivinoEspirito de Laval no dia 2 de Abril pelas 19 horas no Salão daIgreja St-Enfant Jésus. Baile animado pelo magnífico conjuntoPre-Ex. Ementa: Salada de carnes frias; creme de espargos; meiofrango com batatas e legumes; ananás fresco, bolos e café. Preço:25 músicos; crianças de 6 a 12 anos: 15 músicos. Para maisinformações contactar: João Aguiar (450) 629-5228; Manuel Dias(450) 628-1134.

Jantar dançanteVai realizar-se um jantar, em benefício da Aldeia da Paz no dia

16 de Abril na Cave da Igreja Santa Cruz.A Aldeia da Paz, é uma obra do Padre Mata, um missionário

da Madeira, que fundou no Brasil 5 casas para crianças orfanse idosos. O Padre Mata costumava vir a Montreal, pedir ajudapara a sua obra, mas devido á doença e idade, não poderá cávoltar, como a sua obra deve continuar um grupo de pessoas,resolveram ajudá-lo. O jantar será animado pela orquestra Tropi-cal. Quem estiver interessado a ajudar a obra do Padre Mata, devecontactar os seguintes telefones: (514) 527-1035 e (514) 952-5930.

Clube OrientalOrganizamos um jantar no próximo dia 26 de Março, pelas 19

horas, seguido do Baile da Pinha, abrilhantado pelo ConjuntoTropical, com a coroação do Rei e da Rainha. Não Falte a estaFesta... Muita Alegria e Animação.

Clube Portugal de MontréalFesta da Páscoa no próximo Domingo 27 de Março, pelas 13

horas. Abrilhantada por Duarte & DJ. Xmen. Ementa: Entradade Camarão ao Alho; Canja; Costeletas de Vitela e Borrego;Sobremesa. Preços: Sócios 17.50$; Não Sócios 22.50$; Crianças(dos 6 aos 12 anos) 10.00$.

Actividades para a 3ª idadeO Centro de Acção Sócio-Comunitária de Montreal informa que

as actividades dirigidas às pessoas de idade já recomeçaram nodia 10 de Março. Como habitualmente, as actividades têm lugarno nosso local que, como sabem, fica situado no 32 do Boul. St-Jo-seph Oeste. Tal como nas sessões anteriores, as actividades têmlugar três vezes por semana, às terças, quartas e quintas das 2h15às 5h da tarde. Todas as pessoas de 55 anos e mais, estãoconvidadas a participar nestes encontros onde reina a boadisposição, a camaradagem e um espírito de equipa digno de sever. A programação para a sessão da Primavera é a seguinte:

Terças-feiras: Ginástica e clube de Francês, Quartas-feiras:Programação variada, tal como sessões de informação,saídas, cinema, almoços comunitários, etc. Quintas-feiras:Artesanato

Excursão à Cabane à sucreO grupo de «Leaders» do Centro de Acção Sócio-Comunitária

de Montreal, organiza uma excursão à Cabane à sucreConstantin, em Saint-Eustache, na sexta-feira dia 8 de Abril. Estaactividade está inserida na programação da Primavera destinadaao grupo das pessoas de idade. A excursão saírá do Centro às10h30 da manhã e regressará por volta das 16 horas da tarde.Todas as pessoas de 55 anos e mais interessadas em participarnesta actividade deverão contactar com o Centro para obteremmais informações. O telefone a contactar é o seguinte: 842-8045.

Sport Montréal e BenficaOrganizamos no próximo dia 27 de Março, pelas 12 h 30, um

almoço da Páscoa. Ementa: Cabrito à Benfica. Animação peloconjunto Reflex. Sócios: 25$; Não Sócios 30$; Crianças (dos 6 aos12 anos) 12$.

Clube Oriental português de MontrealO Clube Oriental organiza no dia 17 abril, as 13h00 um almoço

na cabane à sucre Le Toit Rouge, Mont Saint- Grégroire. Comprejá os seus bilhetes : informações : (514) 342-4373

Agradecendo antecipadamente, subscrevemo-nos com par-ticular consideração.

Igreja São Vicente-Ferrier5ª-feira : santa missa de lava pés (19h30)21-24h Oração comunitária na igreja.6ª-feira : 8h30 às 10h00: passagem dos romeiros de Montreal-Laval.12h-15h: Oração comunitária na sala portuguesa.15h : Adoração da CruzSábado: 17h30-19h30 Oração comunitária na sala portuguesa.20h30 vigília pascalDomingo Páscoa 12h00 (Missa em português)Desejo a todos umas boas celebrações de semana santa. QueJesus ressuscitado vôs dê sempre amor, paz, pão e saúde.

P. Carlos

VáriaConfessionário

José de Sousa

Durão Barrosoconsideraacordo sobre PEC

O presidente da ComissãoEuropeia classificou hoje como“muito positivo” o acordo sobrea reforma do Pacto de Estabi-lidade e Crescimento (PEC)alcançado pelos ministros dasFinanças dos 25 na noite dedomingo.”O resultado é umpacto rejuvenescido”, disseDurão Barroso na tradicionalconferência de imprensa queantecede a Cimeira da Prima-vera da União Europeia, que serealiza terça e quarta-feira nacapital belga.Os 25 estão deacordo em que as regras basedo Pacto se mantenham, ouseja, o limite de 3 por cento doPIB para o défice orçamental ede 60 por cento para a dívidapública, mas divergem na for-ma de “flexibilizar” e “eliminara rigidez excessiva” imposta nocaso da ultrapassagem desseslimites.”Era preciso chegar aum acordo muito difícil entreestabilidade e flexibilidade.Penso que conseguimos”, dis-se Durão Barroso.Um país queseja considerado em “déficeexcessivo” passa a ter um perío-do prolongado de tempo paracorrigir a sua situação, se pre-encher uma série de requisitosque são agora alargados.Oschefes de Estado e de Governodos 25 irão confirmar esse acor-do na terça-feira naquela que éconhecida como a Cimeira daPrimavera da UE que se irácentrar na discussão de temaseconómicos.A revisão da Estra-tégia de Lisboa de crescimentoeconómico será o outro temaque os líderes vão abordar nareunião.

Não conhece outra época, ajudar as pessoas em situações difíceis éo que mais lhe agrada no seu trabalho. O Fado é a sua música preferida.É o representante da Magnus Poirier para a comunidade, JoséTexeira que se confessa esta semana.

VP- Como se define a sipróprio?

JT- Pessoa simples, amigo deajudar os outros ambiciosos. Aponto de me esquecer da pró-prio família

VP- Qual a sua melhorvirtude?

JT- Ter bom coração.

VP- E o seu pior defeito?JT- Ser bom de mais, as pes-

soas abusam.

VP- Qual a sua melhorrecordação de infância?

JT- Quando falei pela pri-meira vez na Rádio Clube deAngra, imitando o NorbertoBarcelos no desporto.

VP- Se voltasse atrás, o quepreferia não repetir?

JT- Nada, penso que fiz umaboa vida, nada me falta, soufeliz, tenho uma família queadoro, uma mulher e filhos quesão uma maravilha.

VP- Quando criança, queprofissão sonhava vir a ter?

JT- Ser locutor de rádio.

VP- O que significa para sia vida?

JT- A vida é um dom, nin-guém a pode roubar, viver livre,com respeito, sabendo amar-separa poder amar os outros, sempedir nada em troca.

VP- Em que época históricagostaria de ter vivido e por-quê?

JT- Agora, não conheço ou-tra.

VP- Qual é o melhor sítiodo mundo?

JT- Açores, São Miguel, SãoBrás, a minha terra.

VP- E o pior?JT- Onde há guerra, ódio.

VP- O que é viver imi-grado?

JT- Sentir-se só, longe da suaterra, muitas vezes não sercompreendido. Fado... Sau-dade.

VP- Qual a viagem maisagradável que fez?

JT- Quando voltei pela pri-meira vez a São Miguel após 12anos de emigrado.

VP- Quais as caracterís-ticas que mais admira nosexo oposto?

JT- Beleza.

VP- O que mais o incomodanos outros?

JT- Fazer-se mais do que é.

VP- Como costuma ocuparos tempos livres?

JT- Com a família, amigos e irao restaurante.

VP- O que mais lhe agradano seu trabalho?

JT- Ajudar as pessoas emsituações delicadas e difíceis.

VP- E o que mais lhe desa-grada?

JT- Às vezes não ser compre-endido.

VP- Em que é que maisgosta de gastar dinheiro?

JT- Como não tenho muito édifícil de dizer. Ir ao restaurantecom a família.

VP- Qual o seu prato pre-ferido?

JT- Bacalhau com grão-de-bico.

VP- Qual a sua cançãopreferida?

JT- Fado...

VP- Qual o melhor livroque leu.

JT- Sonetos de Antero deQuintal.

VP- Qual o melhor filmeque viu.

JT- Os dez mandamentos.

VP- Que notícia gostaria deencontrar amanhã no jornal?

JT- Que a guerra acabou, nãohá mais fome.

VP- Qual o seu personagemimaginário preferido? Por-quê?

JT- Bugs Bunny, porque temmais de um truco no saco.

VP- Se fosse invisível paraonde iria? Para ver e ouvir oquê?

JT- A casa branca, ver e ouvirquantas baboseiras diz e faz o

George W. Bush Jr.

VP- Qual a personalidadeinternacional que mais ad-mira e porquê?

JT- Madre Teresa, pelo amor

que de dedicou aos outros.VP- E qual a personalidade

nacional e porquê?JT- Humberto Delgado e

Henrique Galvão porque desa-fiaram o regime Salazarista.

VP- O que pensa desteconfessionário?

JT- Para dar a conhecer me-lhor as pessoas da nossa comu-nidade.

VP- Se fosse todo-pode-roso, qual a principal medidaque tomaria?

JT- A guerra acabaria hojemesmo, e todos tinham pãopara comer.

VP- Qual o provérbio emque mais acredita?

JT- Faz o bem, não olhes aquem.

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Matança do porco, da Associação dos PaisFoi abundante e alegremente festejada

Texto e fotos de António Vallacorba

Aniversário da Rádio Clube Montreal…

Alô, alô, caro ouvinte!

As festas da matança do por-co continuam a registrar-sepela nossa comunidade, apesarde estarmos em alto período daQuaresma.

Desta vez, coube à Associa-ção dos Pais de Montréal(APM) de satisfazer o “apetite”não só dos seus membros, fami-liares e amigos, mas tambémdo público em geral. (Mais aoeste da cidade, também aAssociação Portuguesa doWest Island tinha agendadoum similar evento para o mesmodia).

Antecipando uma forte parti-cipação de convivas, a APM,agora presidida por FernandoRaposo, realizou esta agradável

festa no salão paroquial daIgreja de Santa Cecília (prati-camente ao lado da sua sede).

O jantar, como não podiadeixar de ser, foi a “atracção”principal da noite. Um jantar,aliás, muito abundante e deóptima confecção e que mere-ceu a aprovação geral dos feste-jantes.

Privilegiou, para além da sopade feijão, os típicos produtosalusivos ao momento: chouriço,

morcela, torresmos de “vinhad’alhos”, torresmos brancos,costoletas, figado, inhames ebatata doce. E até nem faltou atradicional mesa da matança,com aguardente, vinho do

Porto, figos passados, bolachase biscoitos, assim como umaoutra para a sobremesa, comdoçaria.

Curioso é que há gente quevem sempre “preparada” para

ocasiões como esta! Foi o casode, na mesa da direcção daAssociação Portuguesa do Espí-rito Santo, Conceição do Couto,esposa do respectivo presi-dente, ter vindo “equipada”com um exuberante prato decurtume, pois certamente arefeição muito o pedia.

Pelo que de bom se viu, pois,nesta festa, a matança do porco,que tende a desaparecer nasnossas terras, ainda é onde

quer que ela se pratique, umamanifestação muito enraizadano nosso povo, sendo, por isso,uma festa de intimidade ini-gualável e de celebração àamizade.

E isso é óptimo, especial-mente quando o mundo atra-vessa uma crise de valores, dedesamizade e de hostilidades.

A discoteca do J & R Produc-tion, pelo seu lado, manteve apista de dança e o ambientegeral bastante animados comboa música. De facto, tendoapenas se registado um inter-valo ao longo de todo o serão,não houve razões de queixapara que não se dançasse.

Entretanto, a APM convida opúblico em geral a visitar a suarenovada sede, sita ao 333 deCastelneau, como ponto deencontro diário com os amigos,para jogar às cartas, ver osprogramas televisivos da RTP,SIC e Globo Brasil, a partir das15H00, ou para jantar às sextas-feiras, depois das 19H00.

Para mais informações,sobretudo no que respeita àementa e reserva do jantar dassexta-feiras, devem ligar para o(514) 495.3284.

Finalmente, o novo elencodirectivo desta colectividade,ao qual felicitamos por maisesta bonita festa, é o seguinte:Fernando Raposo, presidente;António Chico, vice-presidente;Duarte Faria, secretário, eManuel Medeiros, tesoureiro;José Cabral, Joe Tavares, Antó-nio Raposo, Carlos Perpétua,Carlos Medeiros, José Cor-deiro, José Pereira e HumbertoTavares, todos directores.

Natércia Rodrigues

Os nossos ouvidos já estão a-costumados com esta tradi-cional frase ou outras pare-cidas. Claro, sofreu algumas

transformações até chegar aser o meio de comunicaçãorespeitado que é muito ouvidonos dias de hoje. Embora emcircuito fechado, é indiscutívela sua importância. Sua influ-ência actua no comportamentodas pessoas, cria novos hábitosde consumo e transmite infor-mação com enorme rapidez.Anuncia alegrias e tristezas,guerra e paz, humor, amor e atéem algumas ocasiões horror.Participa na vida de todos comprogramas religiosos, despor-tivos, tauromaquia, discos pedi-dos, culturais e informativos esem esquecer o programa dosjovens.

No sábado, dia 12 de Março,celebrou-se o sétimo aniver-sário da Rádio. O salão estavalindamente enfeitado com ba-lões e fitas com as cores daRádio, isto é o verde, amarelo e

vermelho. Jeff Gouveia da D.J.Night Productions animou esteserão. O grupo de cantaresRecordações da Casa dos Aço-res do Quebeque deu início aojantar-espectáculo interpre-tando várias canções, transpon-do o viver dos nossos antepas-sados para os dias de hoje. Ogrupo folclórico Ilhas de En-canto da Casa dos Açores doQuebeque dançou tambémvários números do seu vastorepertório. É um grupo de jo-vens que escolheu para ocupa-ção dos seus tempos livres, ofolclore. Depois destes canta-res e bailares surgiu o jovemcantor de 12 anos, o AlexandreCamara. O palco para ele nãotem segredos. É que o Alexdesde os cinco anos que cantae precisamente no dia 3 deAbril vai estar numa compe-tição no Place des Arts. Desdejá os nossos parabéns e boasorte!

O grupo os Imprevisto, umgrupo que gosta de tocar ecantar, também contribuiucom vários números, dando

sempre o seu melhor. E o serãocontinuou. Christina Arruda eMike Medeiros que com o seubrio e espontaneidade soube-

ram prender as nossas aten-ções e encantaram o público.De seguida tivemos a presençada jovem Verónica que veio dosEstados Unidos e que em bre-ve vai lançar o seu CD. Veiodepois também dos EstadosUnidos, Jack Sebastião quenum abrir e fechar de olhos pôstoda a gente a dançar. Cheio de

energia contagiante proporcio-nou uns bons momentos.

Presente neste serão esteve oCônsul-geral de Portugal emMontreal, o Dr. Carlos Oliveira,

sua esposa e filhos, e que aodirigir a palavra agradeceu acontribuição de todos para quea festa tivesse tamanha magni-tude e encorajou os colabora-dores a continuarem com seusprogramas.

D. Luísa Calado, directora eproprietária desta rádio, a Rá-dio Clube Montreal, apresen-tou todos os colaboradores e aoagradecer-lhes pediu que conti-nuassem sempre a colaborarpois que “não fossem estescolaboradores, eu sozinha nãoconseguiria chegar a este pon-to.... para quem sente Portugal,esta é a única rádio 24 horas emportuguês”.

O Sr. Emanuel Linhares,acompanhado por sua esposa,também salientou a impor-tância da Rádio na vida quoti-diana dos portugueses emMontreal, Laval e arredores.Presentes também estiveram oDr. Arlindo Vieira, o Dr. Fran-cisco Salvador, os padres JoséMaria Cardoso e Carlos Dias,para além das várias Associa-ções, ouvintes da rádio e ami-gos.

Com esta festa pretendeu-se,para além de proporcionar umbom serão, arranjar fundospara a manutenção e divulga-

ção da cultura e língua portu-guesa nesta rádio.

De parabéns estão todos osparticipantes, organizadores ecolaboradores deste serão tãoportuguês.

Houve o sorteio, e os premia-dos foram: 1.0 prémio: Viagema Portugal ou Ponta Delgada,oferta da Agência Algarve; 2.0prémio: Quadro pintado a óleopor Natércia Rodrigues; 3.0prémio: Cadeira, oferta dosmóveis Arca Furniture; 4 e 5.0prémios jantar no restauranteCantinho.

Dizia António Gedeão, umgrande poeta açoriano “elesnão sabem, nem sonham que osonho comanda a vida. Quesempre que o homem sonha, omundo pula e avança, comobola colorida entre as mãos deuma criança”.

Comunidade

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Cultura

Concurso de quadras popularesSoluções:Nos nossos jornais de 23 de Fevereiro, de 2 e de 9 de Março, publicámos6 quadras populares faltando em cada uma o último verso. Aqui indicamosas quadras completas:

ICom três letras apenasEscreve-se a palavra “mãe”.É das palavras pequenasA maior que o mundo tem.

IIEu vi minha mãe rezarAos pés da Virgem Maria,Era uma Santa a escutarO que outra santa dizia.

I I IO coração mais os olhosSão sempre amigos leais.Quando o coração está tristeLogo os olhos dão sinais.

Classificação:

Com 6 versos certos:Rosa Bernardo e Artur Abrantes.

PRÉMIOApós sorteio entre os dois primeiros classificados, resultou vencedora RosaBernardo, que tem à sua disposição o livro oferecido pela Escola SecundáriaLusitana.

IVE de tudo quanto vi,Trouxe esta impressão final:Que não há terra tão lindaComo o nosso Portugal!

VTriste de quem der um aiSem achar eco em ninguém!Felizes os que têm pai,Ditosos os que têm mãe.

V IQuem teve a grande desgraçaDe não aprender a ler,Sabe só o que se passaNo lugar onde estiver.

Fados… Para lembrar!Elisa Rodrigues

Sábado, dia 19 de Março de2005, realizou-se, mais umanoite de fados no restaurante “Estrela do Oceano”, desta vez,foi mesmo para lembrar.

O elenco era formado por:António Horácio, Sílvia Moniz,(fadistas) António Moniz àguitarra portuguesa e LibérioLopes à viola que começarampor tocar uma guitarrada, im-pecavelmente, (da mesma for-ma que acompanharam osfadistas) dedilhando, estesinstrumentos, com muito profis-sionalismo.

António Horácio que além de

ser um bom cantor de baladase música ligeira, tem tambémuma voz muito boa para o fado,cantou com “veia fadista”,impressionando alguns dosque o escutaram.

Sílvia Moniz, já conhecida nomeio fadista, cantou muito bem,com a sua voz de menina, “me-nina fadista” encantou, princi-palmente, um grupo de jovenscanadianos, que gostam muitode fado.

Como já é da “praxe” onde háfado, há sempre outros fadistas,os quais também participaram,assim como o nosso fadista, já

bem conhecido, Carlos Ro-drigues que interpretou unsfados, (com a garra de sempre)entre outros, a “Igreja de St.Estêvão” em duo com João Re-belo, o bem conhecido “Picas”(

no seu estilo muito próprio) quejá começa a ser da praxe e umsucesso este fado cantado porestes dois fadistas.

João Pereira (cunhado deLibério Lopes) pouco conhe-cido na nossa comunidade,cantou muito bem o fado, ( bemcastiço) assim como sua espo-sa, Fernanda Pereira que temuma voz também bem castiça eque é pena não cantar maisvezes. Vozes lindas e que é raroescutarmos.

Tivemos o prazer de escutar“ São” uma fadista de “Toronto”

que estando de passagem em“Montreal” também deu o seu“lamiré “ no fado.

Mais tarde chegou o nosso“Acordeonista” bem conhe-cido, Rui Mateus que cantouum fado em duo com SílviaMoniz, o qual foi muito bom,pois, Rui Mateus tem tambémuma voz muito especial.

A noite foi-se prolongando,numa mistura de rock, fado,canções dos anos 60/70, com acolaboração de Nelson Morei-ra e a presença de alguns clien-tes, que se resolveram juntar-seaos nossos artistas e terminar anoite numa alegria e paródiaque só visto. “É mesmo paralembrar”!

Agradeço ao Sr. Alcindo Al-ves e sua esposa Gabriela, oconvite para a locução desta

noite de fados e felicito, osproprietários (Alcindo Alves,Francisco Godinho, ManuelBarros) e toda a equipa dorestaurante “ Estrela do Ocea-no” pelo serviço impecável quederam, mesmo com duas salas

repletas, não houve nada quefalha-se. Bravo a todos vós emuito especial a todos os artis-tas, pois, são noites como estaque nos fazem “Viver e Re-viver”.

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Formula 1FERNANDO ALONSO e RENAULT vencem na MALÁSIA

Tiago Monteiro 12º na corrida Hélder Dias

O espanhol Fernando Alon-

so ”Renault” venceu este fim desemana o Grande Prémio daMalásia, segunda prova oficialdeste Campeonato do Mundode Formula 1. Jarno Trulli eNick Heidfeld “Toyota” e “Wil-liams” com 24,3 e 32,1 segundosrespectivamente de diferençado vencedor, completaram estepódio - a juventude nas maisaltas marchas.

O calor intenso, sufocante,direi mesmo, que se fez sentir

durante toda a semana emSpang, fizeram com que esteGrande Prémio fosse um ver-dadeiro “inferno” para pilotos,pneumáticos e motores.

Juan Pablo Montoya “Mc-Laren”, Ralf Schumacher “To-yota”, David Coulthard “RedBull”, Michael Schumacher“Ferrari” e Christian Klien“Red Bull” repartiram entreeles os restantes pontos.

Fernando Alonso, que lar-gou da primeira posição, facil-mente dominou a prova, pois osseus principais rivais não o

pressionaram muito, tal era avantagem acumulada de se-gundos.

O português Tiago Monteiro“Jordan” na sua segunda parti-cipação em provas da F1, arran-cando da 18º posição da grelha,terminaria a prova em 12º lugaratrás do seu companheiro deequipa, o Indiano Narain Kar-thikeyan. Infelizmente, logo nocomeço da segunda volta, acorrida de Tiago ficou estra-gada, vitimado pelo óleo derra-

mado pelo motor de um outroconcorrente numa zona detravagem, o qual surpreen-dido, fez com que o piloto daJordan efectuasse um pião.

Com 54 das 56 voltas a rodar,os B.A.R, de Jenson Button e deAnthony Davidson, viam osmotores Honda abortarem,terminando assim, tristemente,a segunda prova da época.(Recordemos que os Bar nãoterminaram a corrida em Mel-bourne no ultimo G.Prémio).

Quando rodava a sua 26ªvolta, o piloto Quebequense

Jacques Villeneuve “Sauber”desistiu, na gravilha, derivadoa problemas com os travões, admitindo ter mui-tas dificuldades a controlar oseu monolugar. Uma coisa écerta: Villeneuve viverá o mes-mo problema em Barhein, pois,até ao regresso à Europa, nãohaverá quaisquer modifica-ções (por falta de testes) no C24da Sauber. Jacques Villeneuve,furioso, abondonou o circuitode Spang mesmo antes de terterminado a corrida.

Espectacular na segundaparte da corrida seria o aci-dente de Giancarlo Fisichella“Renault” e Mark Webber“Williams”, voando o mono-lugar do piloto Italiano por cimado Williams de Webber, origi-nando o abandono de ambasas partes.

Um sétimo lugar para Mi-chael Schumacher e o aban-dono de Rubens Barrichello sãoprovas evidentes que nem tudovai bem este ano na Ferrari.Teríamos que voltar a 2003 eao G.P. da Hungria para visio-narmos tal facto, onde Schumyterminaria em oitavo lugar eRubinho abandonaria a prova!Evidentemente que os pneusBridgestone não estiveram nacorrida! As altas temperaturasda pista - 57ºC - fizeram a dife-rença e mostraram efectiva-mente o potencial em tais cir-cunstancias do rival a Michelin,embora Jean Todt, DirectorGeral da equipa, se pronunciaem favor do fabricante japonês,dizendo “A Bridgestone fez-nosganhar seis Campeonatos doMundo, por isso mesmo devemo-nos congratular do seu trabalho”, mas admite no entanto a faltade apoio aerodinâmico e de

aderência à pista. A Ferrariespera apresentar-se em Bar-hein com o novo F2005.

A Surpresa aqui na Malásiafoi efectivamente a Toyota,

terminando a corrida com Trul-ly em segundo lugar e Ralf emquinto lugar, oferecendo assimJarno Trulli o primeiro pódio a

TOYOTA e, se recuarmos umpouco no tempo, até agora, asmelhores posições da Toyotanos Grandes Prémios que part-icipou foram de um 5º lugar de

Olivier Panis no G.P.da Ale-manha e no G.P.dos E.U.A. Doispontos em 2002, dezasseis em2003 e nove em 2004 foram os

Classificação finaldeste G.P.da Malásia01. Fernando Alonso, Esp(Renault), 1:31.33,736 (203,408 km/h)02. Jarno Trulli, Ita(Toyota), a 24,32703. Nick Heidfeld, Ale(Williams-BMW), a 32,18804. Juan Pablo Montoya, Col (McLaren-Mercedes), a 41,63105. Ralf Schumacher, Ale (Toyota), a 51,85406. David Coulthard, GB (Red Bull/Cosworth), a 1.12,543

MUNDIAL DE PILOTOS:01. Fernando Alonso (Esp), 16 pontos02. Giancarlo Fisichella (Ita), 10 pontos03. Jarno Trulli (Ita), 8 pontos03. Rubens Barrichello (Bra), 8 pontos03. David Coulthard (GB), 8 pontos03. Juan Pablo Montoya (Col), 8 pontos

MUNDIAL DE CONSTRUTORES:01. Renault, 26 pontos02. Toyota, 12 pontos03. Red Bull, 11 pontos04. Ferrari, 10 pontos04. Williams, 10 pontos06. McLaren, 9 pontos

Próximo encontro, a 3 de Abril no Grande Prémio de Barhein.

melhores resultados alcan-çados pela equipa japonesa.Este ano, e com apenas duascorridas efectuadas, JarnoTrully e Ralf Schumacher con-

seguiram desde já somar dozepontos, o que é de louvar.

A Red Bull-Cosworth não nosdeixa de impressionar e o sextolugar de David Coulthard provafortemente até que ponto vai aimplicação do veterano no seioda sua nova equipa, não fazen-do mal o seu jovem compa-nheiro Chirstian Klien, oitavona prova.

Quanto a Williams e McLa-ren, formarão, pois, com a Re-nault, o grupo forte para melhorpoder travar a supremaciadominante a qual temos vindoassistir nos últimos tempos deuma Ferrari e de um excên-trico piloto que é Michael Schu-macher. Ainda é muito cedopara se poder analisar conve-nientemente o comportamentogeneralizado das equipas, pois,como é evidente, todas elasestão a fazer os seus testes,as suas afinações, etc., corridaapós corrida. Uma coisa é certa,com as novas modificações doregulamento sobre a F1 no querespeita aos motores e pneu-máticos, teremos certamenteuma época bem diferente.

Terias 45 anos se fosses vivo!Em 21 de Março de 1960,

nascia em S.Paulo aquele queviria a ser o meu ídolo de sem-pre! E não só meu, mas demilhares e milhares de adeptosdeste maravilhoso mundo dehomens e de máquinas. AYR-TON SENNA da SILVA , filhode Neide de Senna da Silva e deMilton da Silva. Depois de tervivido uma infância como todosos meninos da sua época, Sennamuito cedo começou a amar obarulho dos motores, o cheiro àgasolina. Aos quatro anos deidade, o seu sonho tornou-serealidade e o “menino” pegoupela primeira vez o volante deum Kart e a velocidade seriaum dos seus objectivos. Osanos se passaram e SENNAviria a impor-se em todas asprovas pela brilhante forma quecorria. Destemido, o homemsem medo, só o limite o faziaparar. Na Formula 1 os mediasbaptizaram-no como o PríncipeNegro, o MÁGICO, chegando-se ao ponto de se escrever oHomem Programado paraVencer.

No dia do teu aniversário,aqui vai a minha coroa de lou-ros... Paz à tua Alma...

GRANDE CAMPEÃO...

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Viva o futebol

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Viva o futebolBenfica distancia-se e é cada vez mais líder

Quem mais beneficiou com o resultado do clássico de Alvalade foi o Benfica. Com avitória do Sporting, os encarnados ficaram isolados na liderança, com seis pontos devantagem. O Benfica venceu o V. Setúbal, por 2-0, e ficou à espera do resultado doencontro entre os rivais. Este foi o melhor resultado para as «águias».

A tabela demonstra um claro equilíbrio no campeonato. O Benfica é seguido por quatroequipas, que têm todas 45 pontos. Com a conquista destes três pontos, o Sportingalcançou o F.C. Porto. Os «intrusos» Sp. Braga e Boavista também têm o mesmo númerode pontos dos dois grandes

Liedson: «A minha meta é que o Sporting vença»Liedson, jogador do Sporting,depois das polemicas declaracoes esta semana aonde declarou

pretender sair no final do contrato com os leoes no «flash-interview» da Sport TV, após avitória leonina sobre o F.C. Porto, 2-0 nao comentou essas declaracoes dizendo:

«Foi um bom jogo. Criámos a vantagem de ter um jogador a mais, o que, num clássico,é bom. O resultado até podia ter sido mais dilatado, mas o mais importante é queconseguimos conquistar os três pontos. Não tenho a meta de fazer um determinadonúmero de golos. A minha meta é que o Sporting vença.»

Sporting-F.C. Porto, 2-0Da escorregadela ao tropeção, da tremideira à tensão mal dirigida, de poucos bons

momentos e de muitos erros, assim se fez o Sporting-F.C. Porto. O Sporting ganhou por2-0, o único resultado que lhe permite continuar na luta pelo título. Está agora igual aoadversário da noite, que se espalhou em Alvalade, reduzido a nove ao fim de uma horae derrotado pela primeira vez fora de casa esta época, num ponto final naquele que erao último ponto de honra do campeão. Ambos olham para o líder Benfica a seis pontos dedistância, essa é a conclusão matemática de um jogo que é o espelho dos dois adversáriosda noite. Foi melhor o Sporting enquanto não ficou com medo de ser melhor ainda.

Visto pelos números crus da ficha o jogo tem uma leitura, a da superioridade do Sport-ing e do «hara-kiri» do F.C. Porto, que viu duas vezes o vermelho, uma a cada meia hora.Visto do princípio ao fim tem muitas mais, como se o guião tivesse sido feito para no fimficarem mais claras que nunca todas as debilidades que as duas equipas foram mostrandoesta época. Instabilidade, intranquilidade, do lado do F.C. Porto como pano de fundo parauma equipa que não o consegue ser, no Sporting a aparecer quando nada parece justificá-lo.

Depois das experiências recentes nem por isso bem sucedidas, os dois treinadoresvoltaram a mexer. No Sporting, Sá Pinto fez companhia a João Moutinho no meio-campoe Douala entrou para acompanhar Liedson. No F.C. Porto, Couceiro deixou de lado ostrês centrais, recuperou a defesa tradicional atrás de um meio-campo de três homens,Ibson ao lado de Costinha e Maniche, mais à frente estreou Bomfim a titular e Quaresmavoltou ao onze.

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Viva o futebolSAIU A EQUIPA QUE PESEIRO NÃO QUERIANewcastle no caminho do Sporting

Aí está a equipa que José Peseironão queria. O Newcastle é o adver-sário do Sporting nos quartos-de-final da Taça UEFA, com o pri-meiro jogo a realizar-se em Ingla-terra. A primeira mão decorre a 7de Abril e a segunda a 14.

Na fase de grupos, a equipa le-onina já tinha encontrado a in-glesa, tendo empatado a um goloem Inglaterra na quinta jornada eterminado o Grupo D em terceiro.O Newcastle foi primeiro com maistrês pontos e o Sochaux ficou emsegundo. A 1 de Agosto de 2004,em partida particular, a formaçãode Peseiro ganhou por 1-0, com golo de Tello, conquistando otorneio de Gateshead.

Nos oitavos-de-final da Taça UEFA, o Newcastle ultrapassou oOlimpiacos, marcando sete golos e sofrendo apenas um (3-1 naGrécia e 4-0 em casa).

Caso vençam a formação inglesa, nas meias-finais da Taça UEFAos leões podem encontrar, o Villarreal ou o AZ Alkmaar. Aspartidas realizam-se a 28 de Abril e 5 de Maio e a final a 18 de Maio,no Estádio José Alvalade.

Sorteio dos quartos-de-final:Villarreal (Esp)-AZ Alkmaar (Hol)CSKA Moscovo (Rús)-Auxerre (Fra)Newcastle United (Ing)-Sporting (Por)Áustria Viena (Áus)-Parma (Ita)

Meias-finaisÁustria Viena (Áus) ou Parma (Ita)-CSKA Moscovo (Rús) ouAuxerre (Fra)

Newcastle United (Ing) ou Sporting (Por) - Villarreal (Esp) ou AZAlkmaar (Hol)

UEFA abre processo disciplinarao Chelsea e a José Mourinho

“A UEFA anunciou segunda-feira a abertura de um processocontra o Chelsea, o seu treinador José Mourinho, o adjunto SteveClarke e o responsável pela segurança Les Miles, por falsasdeclarações, nomeadamente na queixa enviada à UEFA peloChelsea após o jogo da Liga dos Campeões”, revela o comunicado.

O processo surge após os incidentes do encontro da primeiramão dos oitavos de final entre o Barcelona e o Chelsea (2-1),disputado a 23 de Fevereiro no Camp Nou, em Espanha. No jogoda segunda mão, o clube londrino venceu por 4-2 e qualificou-separa os quartos de final. Durante este jogo, o árbitro sueco AndersFrisk, que depois te ter sido alvo de ameaças de morte anunciouo abandono da carreira, expulsou o avançado dos “Blues” DidierDrogba, quando o Chelsea ganhava por 1-0. A expulsão espoletoua cólera dos adeptos do Chelsea e do treinador José Mourinho, queveio a acusar o seu homólogo do “Barça”, o holandês FrankRijkaard, de ter estado no balneário de Frisk durante o intervalo.

“Por ter difundido declarações erradas e infundadas, o Chelseapermitiu ao seu plantel técnico criar deliberadamente umambiente envenenado e negativo entre as equipas e pressionar osárbitros”, acrescenta o comunicado da UEFA, cuja comissão decontrolo e disciplina analisará o caso a 31 de Março.

No final do jogo da primeira mão dos oitavos de final, JoséMourinho, negou-se a estar presente na conferência de imprensa,depois de queixar-se que os membros do corpo técnico doBarcelona tinham estado ao intervalo no balneário do árbitro.

De acordo com o artigo 5º, parágrafo 1, dos regulamentosdisciplinares da UEFA, “os clubes, assim como os jogadores,treinadores e dirigentes, devem comportar-se de acordo com osprincípios de lealdade, integridade e desportivismo”.

Enquanto o segundo parágrafo do mesmo artigo precisa queexiste infracção a estes princípios de alguém “cuja conduta levao futebol, e a UEFA em particular, ao descrédito”.

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