2005-06-29 - jornal a voz de portugal

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Ano XLV • Nº 26 email: [email protected] WWW. AVOZDEPORTUGAL. COM 29 de Junho de 2005 GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 44 anos ao serviço da comunidade Cont na pág. 2 Nesta edição Revista de Imprensa P.03-04 Opinião P.05 100 Livros Portugueses do Século XX P.06 Alma Juvenil P.07 O novo ano Andino P.10 Desporto P.16 “Que esperança será forte? O canto da mocidade!” Benjamim José da Silva Ainda cheio do entusiasmo tão intensamente transmitido por aqueles alegres e dinâmicos jovens que largamente colaboraram nas “Celebrações do Dia de Portugal”, logo me ocorreram os versos do nosso Camões que tão bem intitu- lam estas palavras. Nós, os já mais ou menos “enge- lhados” pelas agruras da vida, vimos com amizade, orgulho e prazer, os filhos, os netos, os alunos e os ex-alunos apresentarem-se em todas as sessões culturais ou festi- vas. Havia entre eles – OS JO- VENS– presidentes, chefes, admi- nistradores, locutores, artistas, desportistas, jornalistas, fotógrafos, investigadores, coordenadores… para quê mais citar? Quem lá esteve bem os viu! Acreditamos que o futuro é pro- missor, pois não existe conflito en- tre o passado (os “engelhados”) e o presente (a juventude) – princí- pio enunciado pelo célebre Win- ston Churchill. Na nossa modéstia de expressão somos sempre tentados a socorrer- nos daqueles que indicaram me- lhor percurso aos homens. Não estranhem que, desta vez, dê a palavra a Franklin Roosevelt: “O único limite para a nossa realização Festa do Divino em Ste. Thérèse… Texto de Natércia e fotos de José Rodrigues A Festa do Divino Espí- rito Santo é uma tradição religiosa que foi insti- tuída em 1296, na cidade portuguesa de Alen- quer. Havia um clima de guerra entre o rei dom Diniz e seu filho. A rainha Isabel de Aragão – a rai- nha Santa – clamou ao Divino Espírito Santo que se restabelecesse os tempos de paz. Em gra- tidão, ela mandou fazer uma cópia da coroa do reino, colocando no alto uma pomba branca (o símbolo do Divino), para sair em peregrinação pelo mundo. Nos Açores ainda se mantém muito acesa a Coroação e nas vilas e aldeias é com muita honra que o povo colabora em tais festejos. Mais próximo de nós, em Ste-Thérèse, um vila onde moram muitos portugueses, também se celebraram estas grandiosas festas do Divino Cont. na pág. 7 O Estado de Sítio da Nação Vitália Rodrigues O Governo do Partido Socialista está há cem dias no poder e, nesse lapso de tempo, tomou medidas que, em mais de trinta anos de democracia, nunca um Governo de Portugal houvera a coragem de tomar, atacando, frontalmente, o movimento sindical, os escandalosos privilégios de uma administração pública despesista, as mordomias e privilégios dos políticos, etc. E a reacção às medidas não se fizeram esperar, com milhares de funcionários públicos a manifesta- rem-se por todo o país, boicotes aos exames do 9.º e 12.º anos, acções reivindicativas de juizes e magis- trados do Ministério Público, mar- chas de polícias e enfermeiros e jornadas de luta da central sindical comunista que promete uma greve geral. Entretanto, a onda de assaltos continua. Três dias após o ‘arrastão’ em Carcavelos, em 10 de Junho, Cont. na pág. 4 1º de Julho - Dia do Canadá O Canadá anteriormente era habita- do por esquimós e outros povos aborí- genes que já estavam bem estabele- cidos na região há pelo menos 10 mil anos, antes de ser colonizado por franceses e ingleses, com a última terminando por anexar as colônias da primeira em 1763. Em 1 de julho de 1867, A Inglaterra cedeu às colônias de Canadá (atual Ontário e Quebeque), Nova Bruns- wick, Nova Escócia uma constituição, o British North America Act, criando a Confederação Canadense, e formali- zando a independência (parcial) do país. Outras colônias inglesas junta- ram-se rapidamente ao Canadá, a última delas, a atual província de Terra Nova e Labrador, juntando-se à confederação em 1949. Em 1931, o Estatuto de Westminster oficialmente cedeu ao Canadá independência do país. A nacionalização da constituição canadense viria a ocorrer em 1982, com o Canada Act. Desde os anos 60, houve crescentes gritos pedindo por independência na francófona Quebe- que, culminando em dois plebiscitos (realizados em 1980 e 1995). Em am- bos, a maioria da população da provín- cia rejeita a separação de Quebeque do resto do país, mas com a primeira com maioria de 60% e a segunda com maioria de apenas 50.6%. No Dia do Canadá celebram-se os acontecimentos que ocorreram no dia 1 de Julho de 1867, quando foi criado o Governo Federal Canadiano, pas- sando a haver assim maior indepen- dência em relação ao Governo Bri- tânico.O dia nacional do Canadá é sempre no dia 1 de Julho, excepto quando esta data calha num domin- go. Neste caso o feriado é no dia seguinte. Há actividades para crian- ças, desportos, vendedores de rua, feira de artesanato, música e fogo de artifício. 2005-06-29.pmd 6/28/2005, 3:00 PM 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 29 de Junho de 2005

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página Ano XLV • Nº 26 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 29 de Junho de 2005

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

44 anos ao serviço da comunidade

Cont na pág. 2

Nesta ediçãoRevista de Imprensa P.03-04Opinião P.05100 Livros Portuguesesdo Século XX P.06Alma Juvenil P.07O novo ano Andino P.10Desporto P.16

“Que esperança seráforte? O canto damocidade!”Benjamim José da Silva

Ainda cheio do entusiasmo tãointensamente transmitido poraqueles alegres e dinâmicos jovensque largamente colaboraram nas“Celebrações do Dia de Portugal”,logo me ocorreram os versos donosso Camões que tão bem intitu-lam estas palavras.

Nós, os já mais ou menos “enge-lhados” pelas agruras da vida,vimos com amizade, orgulho eprazer, os filhos, os netos, os alunose os ex-alunos apresentarem-se emtodas as sessões culturais ou festi-vas. Havia entre eles – OS JO-VENS– presidentes, chefes, admi-nistradores, locutores, artistas,desportistas, jornalistas, fotógrafos,investigadores, coordenadores…para quê mais citar? Quem láesteve bem os viu!

Acreditamos que o futuro é pro-missor, pois não existe conflito en-tre o passado (os “engelhados”) eo presente (a juventude) – princí-pio enunciado pelo célebre Win-ston Churchill.

Na nossa modéstia de expressãosomos sempre tentados a socorrer-nos daqueles que indicaram me-lhor percurso aos homens. Nãoestranhem que, desta vez, dê apalavra a Franklin Roosevelt: “Oúnico limite para a nossa realização

Festa do Divino em Ste. Thérèse…Texto de Natércia e fotos de José Rodrigues

A Festa do Divino Espí-rito Santo é uma tradiçãoreligiosa que foi insti-tuída em 1296, na cidadeportuguesa de Alen-quer. Havia um clima deguerra entre o rei domDiniz e seu filho. A rainhaIsabel de Aragão – a rai-nha Santa – clamou aoDivino Espírito Santoque se restabelecesse ostempos de paz. Em gra-

tidão, ela mandou fazer uma cópia da coroa do reino, colocando no alto umapomba branca (o símbolo do Divino), para sair em peregrinação pelo mundo.Nos Açores ainda se mantém muito acesa a Coroação e nas vilas e aldeiasé com muita honra que o povo colabora em tais festejos.

Mais próximo de nós, em Ste-Thérèse, um vila onde moram muitosportugueses, também se celebraram estas grandiosas festas do Divino

Cont. na pág. 7

O Estado de Sítio da NaçãoVitália Rodrigues

O Governo do Partido Socialista está há cem dias nopoder e, nesse lapso de tempo, tomou medidas que, emmais de trinta anos de democracia, nunca um Governode Portugal houvera a coragem de tomar, atacando,frontalmente, o movimento sindical, os escandalososprivilégios de uma administração pública despesista, asmordomias e privilégios dos políticos, etc. E a reacçãoàs medidas não se fizeram esperar, com milhares de

funcionários públicos a manifesta-rem-se por todo o país, boicotes aosexames do 9.º e 12.º anos, acçõesreivindicativas de juizes e magis-trados do Ministério Público, mar-chas de polícias e enfermeiros ejornadas de luta da central sindicalcomunista que promete uma grevegeral. Entretanto, a onda de assaltoscontinua. Três dias após o ‘arrastão’em Carcavelos, em 10 de Junho,

Cont. na pág. 4

1º de Julho - Dia do CanadáO Canadá anteriormente era habita-

do por esquimós e outros povos aborí-genes que já estavam bem estabele-cidos na região há pelo menos 10 milanos, antes de ser colonizado porfranceses e ingleses, com a últimaterminando por anexar as colônias daprimeira em 1763.

Em 1 de julho de 1867, A Inglaterracedeu às colônias de Canadá (atualOntário e Quebeque), Nova Bruns-wick, Nova Escócia uma constituição,o British North America Act, criandoa Confederação Canadense, e formali-zando a independência (parcial) dopaís. Outras colônias inglesas junta-ram-se rapidamente ao Canadá, aúltima delas, a atual província deTerra Nova e Labrador, juntando-se àconfederação em 1949. Em 1931, oEstatuto de Westminster oficialmentecedeu ao Canadá independência dopaís. A nacionalização da constituiçãocanadense viria a ocorrer em 1982,

com o Canada Act. Desde os anos 60,houve crescentes gritos pedindo porindependência na francófona Quebe-que, culminando em dois plebiscitos(realizados em 1980 e 1995). Em am-bos, a maioria da população da provín-cia rejeita a separação de Quebequedo resto do país, mas com a primeiracom maioria de 60% e a segunda commaioria de apenas 50.6%.

No Dia do Canadá celebram-se osacontecimentos que ocorreram no dia1 de Julho de 1867, quando foi criadoo Governo Federal Canadiano, pas-sando a haver assim maior indepen-dência em relação ao Governo Bri-tânico.O dia nacional do Canadá ésempre no dia 1 de Julho, exceptoquando esta data calha num domin-go. Neste caso o feriado é no diaseguinte. Há actividades para crian-ças, desportos, vendedores de rua,feira de artesanato, música e fogo deartifício.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página

Courrier de deuxième classe;Numéro de contrat: 1001787

Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québecet à la Bibliothèque nationale du Canada

ÉDITEUREduíno Martins

DIRECTEUR HONORAIREArmando Barqueiro

DIRECTEURBenjamim Silva

DIRECTEUR ADJOINTAntónio Vallacorba

ADMINISTRATION ETRÉDACTIONKevin Martins

RÉDACTEUR EN CHEFET INFOGRAPHISTESylvio Martins

COLLABORATEURS:Au Québec:Antero BrancoElisa RodriguesDiamantino de SousaDinora de SousaFrancisca MarquesGerald TremblayHelder DiasJ.J. Marques da SilvaJoão MesquitaJosé de SousaMaria Conceição CorreiaManuel CarvalhoMario CarvalhoNatércia RodriguesPe. José Maria CardosoVictor Hugo

En Ontario:Manuel Alves Louro (Toronto)Fernando Cruz Gomes (Toronto)Augusto Cerqueira (Ottawa)

Au Portugal:Augusto MachadoGustavo FernandesLagoas da SilvaManuel RodriguesMaria Helena MartinsMiguel CarvalhoRui Costa Pinto

SECTION JUVÉNILE:Organisatrice de la section:Susana Sequeira

Collaborateurs :Anthony NunesJullien ThometKevin AntunesMaria CalistoMiguel Felix

PHOTOGRAPHE:Antero BrancoAntónio VallacorbaEdgar SilveiraFilipe EstrelaJosé RodriguesMichael Estrela

PUBLICITÉ:Conceição FerreiraEduardo LeiteKevin MartinsRPM

Extérieur du Québec:Lingua Ads Services

Portugal:PortMundo Promoção Cultural ePublicidade Ldª.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

Tél.: (514) 284-18131-866-684-1813

FAX: (514) 284-6150E-Mail: [email protected] web: www.avozdeportugal.com

La Voix du PortugalThe Voice of Portugal

Manchete 2

Tels.:(514) 282-9976 (514) 288-5177Fax: (514) 848-0133

75, NapoléonMontréal H2W 1K5

Silva, Langelier& Pereira Inc.Assurances Pierre G. Séguin Inc.Seguros e serviços financeiros

40ANOS1963-03

Os textos, fotos e ilustrações publicadosnesta edição são da inteira responsabilidadedos seus autores, não vinculando, directaou indirectamente, o cariz editorial einformativo deste jornal.

“Que esperança será forte?O canto da mocidade!”

Cont. da pág. 1

do futuro são as nossas dúvidasde hoje. Caminhemos em fren-te com forte e activa fé”. Queeste seja o lema dos jovens danossa comunidade; não permi-tam que as dúvidas de vóspróprios ou de outros ponhamentrave à dinâmica marchadirigida a uma vida plena deiniciativa e de participação.

Nos velhos tempos dizia-senuma amálgama de humor ecrítica : “Oh António, larga apasta”!

Digamos nós também : Ohvelhote, larga o cargo!

Mais oportunidades se abri-riam aos interessados jovens se,voluntariamente, os com maisde 65 anos de idade abando-nassem os cargos remune-rados, mormente quando játêm mais do que suficiente paracomodamente viver. Na mes-ma ordem de ideias, 70 a 75anos de idade seria o limite dosque exercem benevolamentequaisquer funções, o que nãoexclui a prestação de conselhosquando solicitados.

Há cerca de uma dezena de

anos foi lançado, em Portugal,um CD intitulado “Desiderata”de Ehrmann e Werner, quealcançou notável êxito.Algumas vezes o usei comoinstrumento didáctico devido àimpecável dicção de Rui deCarvalho e à excelência dosconselhos. Aqui os lembramosa todos, jovens e já não jovens:

- Vai serenamente por entre aagitação e a pressa e lembra-teda paz que pode haver nosilêncio.

- Mantém-te, tanto quantopossível, em boas relações comtodos.

- Diz a tua verdade calma eclaramente e isenta comatenção os outros.

- Põe todo o interesse na tuacarreira, ainda que ela sejahumilde.

- Vive em paz com Deus, sejaqual for a ideia que Dele tiveres.

- Com toda a sua falsidade,escravidão e sonhos desfeitos, oMundo é ainda maravilhoso: sêcauteloso mas LUTA PARASERES FELIZ!

Festa em grande para ofestival inter-cultural de Montreal

Hoje em dia é muito compli-cado manter uma boa coope-ração entre aos orgãos de infor-mação, a publicidade e o pú-blico. No sábado e no domingovisitamos esta “grandiosa”festa mas, só havia um proble-ma: onde estava o público?

Também relembramos que onosso povo poderia organizarum verdadeiro festival lusó-fono. Porque nós também te-mos uma grande riqueza cul-tural.

Festejando o SãoJoão em Otava

No domingo 26 de Junho, o GrupoFolclórico Português de Montrealviajou para Otava num dia com bas-tante calor e húmido. O grupo foirecebido na associação Lusitânia eactuaram pelas 20h00.

Sardinhas, bifanas, batatas fritas,frangozinho, e muito mais estava naementa desta noite muito familiar.

O espectáculo do Grupo FolclóricoPortuguês de Montreal foi bastanteapreciado de todos que estavam pre-sentes. Com jovens e menos jovens osdois grupos actuaram. Os seniores fo-ram perfeitos e o grupo das crian-cinhas eram tão lindo que todos bate-ram palmas.

Também vários artistas locais e deToronto estavam todo o fim-de-semanaa festejando nesta associação. Nãodevemos esquecer que o RanchoFolclórico de Otava actuaram noSábado, foi uma pena não os ver.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 3

Revista de imprensa

Tel.: (514) 849-9966 4242,Boul. St-Laurent, suite 204Montreal, Qué., H2W 1Z3

CLÍNICA DE OPTOMETRIA LUSO

Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Optometrista

Exames da vista - Óculos - Lentes de contacto

SANTA IRIA AZÓIA

Incêndio em fábricade açúcar circunscrito

O incêndio que deflagrou, estasegunda-feira, numa refinaria deaçúcar em Santa Iria da Azóia, estácircunscrito. O presidente da Câmarade Loures diz que o fogo apenas atin-giu os armazéns da fábrica e por issotodos os postos de trabalho «estãoassegurados». O comandante dosBombeiros de Sacavém, Luís Gou-veia, adiantou que o fogo «está cir-cunscrito». O incêndio não provocouvítimas e encontra-se neste momentoa ser combatido por 140 bombeiros de17 corporações, auxiliados por 50viaturas. O presidente da Câmara de

Loures, Carlos Teixeira, disse que os postos de trabalho dos cercade 200 funcionários da fábrica «estão assegurados», porque o fogoincidiu na área de armazéns. O responsável, citado pela AgênciaLusa, referiu ainda que a «prevenção ainda vale a pena»,garantindo que foi o plano de segurança da fábrica AlcântaraRefinarias Açúcares que «permitiu salvá-la» do fogo.

ESPINHOAcidente fora do limite

O INAC garante que a colisão dedomingo entre uma aeronave e umautomóvel, em Espinho, aconteceufora do limite estipulado para asaterragens e descolagens. A inves-tigação já está em curso. O inquéritofoi entregue ao Gabinete de Pre-venção e Investigação de Acidentescom Aeronaves.

O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) já fez saber que oacidente entre uma avioneta e um automóvel, no AerodromoMunicipal de Espinho, ocorreu 110 metros para lá do limiteestipulado para aterragens e descolagens. «O comprimento derolagem declarado para operações de aterragem ou descolagemé de 490 metros», diz o INAC em comunicado, pelo que só esta áreaestá certificada neste aeródromo para que as aeronaves possamrealizar aqueles movimentos, embora a pista tenha no total 1.500metros. O presidente da Câmara de Espinho, José Mota, descartaqualquer responsabilidade da autarquia na gestão do aeródromo.«Os terrenos da respectiva pista foram cedidos pela Junta deFreguesia há muitos anos ao Ministério do Exército. Na altura edaí para cá tem servido as próprias Forças Armadas e depois oAeroclube da Costa Verde», explicou.

José Mota diz ainda que o plano de reestruturação do aeró-dromo, que data de 1993, nunca avançou devido a entraveslevantados tanto pelo Ministério das Obras Públicas como pelo daDefesa.

«Esta é uma zona onde existe a Rede Natura, a ReservaEcológica Nacional, a Reserva Agrícola Nacional, onde existeservidão militar e aeronáutica, houve problemas que foramlevantados sempre pela Direcção-Geral de Infra-Estruturas dasForças Armadas e nunca houve um parecer positivo destaentidade que era indispensável para que a obra avançasse. Poroutro lado também nunca obtivemos parecer positivo por parte doMinistério do Ambiente», disse. Ouviu-se também o presidenteda Associação de Pilotos da Aviação Civil que considera que cabeàs autarquias garantir as condições de segurança em redor dosaeródromos. O comandante João Ferraz Mendes afirma aindaque é preciso esperar pelas conclusões dos peritos que investigamas causas deste acidente. Entretantro os elementos do Gabinetede Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves jáchegaram ao Aeródromo Municipal de Espinho. O responsável poresta equipa adiantou ser ainda prematuro tirar conclusões sobreo sucedido, estando a ser avaliado o estado dos destroços doacidente. O coronel Anacleto dos Santos considerou ainda que«não é normal» o aeródromo em causa ser atravessado por umaestrada. A colisão entre a aeronave e o automóvel que circulavana estrada que atravessa o aeródromo de Espinho provocou amorte do condutor da viatura e ferimentos graves no piloto daaeronave, que está internado no hospital São Sebastião, em SantaMaria da Feira, com prognóstico reservado.

Campos e Cunha admite«deficientes classificações»

O ministro das Finanças reconheceu, esta segunda-feira, aexistência de «deficientes classificações» de algumas receitas edespesas na proposta de Orçamento Rectificativo (OR), entregueà Assembleia da República. A oposição não ficou convencida comas explicações de Campos e Cunha.

Campos e Cunha, que falava emconferência de imprensa, explicouque os erros consistiram em dupli-cações que se traduziram no empola-mento de algumas rubricas.

Segundo o governante, esta situa-ção levou a que, por exemplo, adespesa total ultrapassasse o equiva-lente a 50 por cento do ProdutoInterno Bruto (PIB), o que aconte-

ceria pela primeira vez nos últimos 30 anos. O ministro revelou queo problema foi detectado no sábado e que, na terça-feira, ao fim dodia, será entregue a informação corrigida no Parlamento. Sobrea baixa do «rating» da República Portuguesa, o titular da pasta dasFinanças defendeu que é provável que esta não implique uma«subida particularmente elevada da taxa de juro».

Explicações do ministro revelam «incompetência»Em reacção, Miguel Frasquilho, do PSD, sublinhou que as

explicações do ministro das Finanças só revelam «incom-petência».Também no CDS-PP, Ribeiro e Castro não se mostrouconvencido com as explicações dadas por Campos e Cunha.

Frente Comum marcagreve para 15 de Julho

A Frente Comum de Sindicatos daAdministração Pública marcou, estasegunda-feira, uma greve para dia15 Julho contra o congelamento dasprogressões de carreiras e o au-mento da idade de reforma no sector.No dia 15 de Julho há uma grevenacional da Função Pública. Oprotesto é convocado pela Frente

Comum, afecta à CGTP. A decisão foi tomada, esta tarde, numacimeira dos sindicatos da Frente Comum realizada em Lisboa.Segundo Manuel Ramos, dirigente da Frente Comum, apenas osprofessores, que vão optar por outras formas de luta, não estãoenvolvidos nesta greve nacional.

«Todos os outros irão elaborar os respectivos avisos prévios degreve nacional do sindicato da Administração Pública no dia 15de Julho», avançou. A esta greve poderão juntar-se igualmentealguns sindicatos da UGT.

Novas regras decertificação embreve

Depois do acidente no aeródromo deEspinho, o Ministério das Obras Públicas e Transportes diz queestá a ultimar novas leis sobre certificação de infra-estruturasaeroportuárias, que devem estar prontas até ao final do ano. OGoverno reconhece que a legislação nacional é «omissa» nestamatéria.

CASA PIAJornalistas parciais, dizdefesa de Carlos Cruz

A defesa de Carlos Cruz acusa os jornalistas de falta de isençãona cobertura noticiosa do julgamento Casa Pia. Ricardo SáFernandes quer por isso que seja permitida a presença de umrepórter na sala de audiências.

Numa altura em que já foram ouvidas treze das alegadas vítimas,a defesa de Carlos Cruz acusa pela primeira vez os jornalistas deparcialidade.

Esta manhã numa das poucas declarações que fez àcomunicação social, Ricardo Sá Fernandes transmitiu umasugestão feita em tribunal. “É muito penosa esta situação de ossenhores estarem aqui à procura de informações que às vezesobtêm de uma forma menos regular. Por isso sugeri hoje ao tribu-nal que fosse designado um jornalista profissional para fazer acobertura do julgamento mais isenta e imparcial», disse oadvogado de Carlos Cruz aos repórteres no local. Ricardo SáFernandes disse ainda compreender que os profissionais dainformação não fiquem satisfeitos com os comunicados emitidospelo tribunal que «não satisfazem a curiosidade» dos jornalistas.O defensor do ex-provedor adjunto Manuel Abrantes, Paulo Sá eCunha, tem uma opinião diferente. O advogado disse que acobertura apenas por um jornalista não resolve os problemas deimparcialidade, sugerindo a abertura a todos os órgãos decomunicação social aos depoimentos das alegadas vítimas etestemunhas. O pedido de Ricardo Sá Fernandes ainda não teveresposta por parte do tribunal. O colectivo de juizes deveráanunciar uma decisão sobre na próxima quarta-feira. Segunda-feira prestou declarações durante cerca de 30 minutos o 14º jovemidentificado como vítima, o primeiro a acusar todos os arguidos noprocesso Casa Pia de abuso sexual. A sessão contou também coma presença do psiquiatra de Carlos Silvino. Afonso Albuquerquediz que esta é a fase mais complicada para o arguido já que estáa ser confrontado directamente pelas alegadas vítimas.

PORTOPrédio ruiu na Rua Santa Catarina

Um prédio ruiu esta segunda-feira no centro do Porto, na rua deSanta Catarina, na sequência deuma explosão.

Até ao momento, as autori-dades desconhecem se há vítimasmortais, mas Rui Rio fala na possi-bilidade de dois mortos.

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Revista de ImprensaO Estado de Sítio da Nação

Cont. da pág. 1

passageiros dos comboios dalinha de Sintra andam em pâni-co, pois os “gangs” entram nascarruagens e assaltam os passa-geiros. Paralelamente chegamnotícias de ourivesarias, ar-mazéns, lojas, cafés, assal-tados, vezes sem conta, portodo o país. “Gangs” orga-nizados vão assinalando a suapresença com cenas quedeixam as suas vítimas emcoma, perante a estupefacçãodas populações e a impo-tência e desmotivação daGNR, que se ocupa a multaros condutores que não pos-suem blusões luminososque passaram a ser obriga-tórios. O Bloco de Esquerda

face a tudo isto incita osjovens a aprender técnicas dedesobediência civil, fazendoparte do currículo, entreoutras matérias, a realizaçãode «boicotes», a «ocupação deespaços públicos», «como secomportar numa manifesta-ção» e «como resistir a umaagressão policial» . No meiodeste espectáculo indecoroso, aComissão Europeia abriu umprocesso de défice excessivocontra Portugal. Todos seperguntam como é possível re-solver esse Adamastor da eco-nomia portuguesa sem mexerem nada, como parecem que-rer as corporações e lóbis insta-lados e completamente cegosna defesa da manutenção dosseus privilégios, por mais injus-tos que sejam. No cicloramado pacato viver dos portu-gueses, uma avioneta chocacom um carro, numa ruaperto de Espinho, que entrapor um aeródromo dentro. Aministra da Educação diz queuma decisão do Tribunal Ad-

ministrativo dos Açores não éválida para o Continente paraalguns dias mais tarde lá vircorrigir a “gaffe” sobre os Aço-res não pertencerem à Repú-blica Portuguesa, “gaffe” que aeducação da ministra conside-rou uma gaffe menor. Foi pior aemenda que o Soneto. O siste-ma Multibanco consegue aproeza de distribuir notasfalsas. De resto, a BancaPortuguesa é alvo de críticasdo próprio Presidente daRepública, para quem “háoposição da banca no que res-peita a arriscar alguma coisapara as empresas que quereminovar”. Os bancos reagem,acusando o Presidente de ter“dirigido as críticas ao alvoerrado”. O ministro das Finan-ças, apresenta um orçamentorectificativo cheio de erros depalmatória, o que obrigou àrectificação do rectificativo. Ocandidato à Câmara Municipalde Lisboa, Manuel Maria Carri-lho, no vídeo de apresentaçãoda sua candidatura exibe errosde estratégia publicitária e deortografia graves como, entreoutros, “cidadões”. No Porto,um prédio cai em cima de doisidosos sem que se saiba se aexplosão que produziu a quedado edifício se deveu a umabomba ou ao rebentamento deuma botija de gás. Lisboa dá

pulos no ranking das cidadesmais caras do mundo, estandojá à frente de metrópoles comoWashington, Boston, Atlanta,

Vancôver, Otava, Toronto eMontreal. Nesta capital de luxoportuguesa, emerge o fenó-meno crescente dos sem-abri-go, sabendo-se que um deleshabita o aeroporto há quatroanos, numa imitação real dofilme de ficção de Spielberg, “OTerminal”.E, para ensombrarainda mais este panorama, atétemos um “Watergate” à portu-guesa. Imaginem que se está ainvestigar o complô montadopela equipa de Santana Lopesno sentido de implicar JoséSócrates num processo de cor-rupção pré-fabricado, o casoFreeport, em plena campanhaeleitoral e divulgado pelo sema-nário “O Independente”.Háainda três meses atribuía-setodas estas trapalhadas ao go-verno de triste memória deSantana Lopes, governo fragili-zado por uma coligação precá-ria, após a saída de Durão Bar-roso, que contava com a hosti-lidade do Presidente da Repú-blica. Sabe-se agora que, umgoverno sustentado por umamaioria absoluta no parla-mente e que conta com o apoiodo mais alto magistrado danação, não basta para acabarcom a barafunda lusitana.-Vem-nos então à memória afrase de um general romano,referindo-se ao povo lusitano,de onde descendem os portu-gueses: Para lá dos Pirenéus háum povo que não se governa nemse deixa governar.E tudo isto sepassa num país onde quase80% do seu território é

invadido pela seca severa ,devastado pelos habituais in-cêndios, eivado pelo pessimis-mo, assaltado pela corrupção,assolado por uma crise econó-mica de difícil resolução.Face atodas estas más notícias, nãoadmira que o próprio Ministroda Defesa, Luís Amado digaque esta crise que atravessaPortugal pode pôr em causa aindependência nacional (maisuma “gaffe”). E também nãosurpreende o resultado de

sondagens que dão conta quecerca de 90% dos portuguesesesteja pessimista e considereque a situação em Portugal émuito má e tende a piorar.Pedagogicamente o governofala de esperança e para espa-lhá-la José Sócrates nomeia 17secretárias. E, por falar emsondagens, elas revelam que opovo do que gosta é de genteque insulte o país que roube,que fuja ao fisco, que misture apolítica com o futebol, quepromova a destruição dos re-cursos naturais. A comprová-loa preferência dos munícipesrevelada nas sondagens, por

Fátima Felgueiras, AvelinoTorres, Isaltino de Morais, Nar-ciso Miranda, etc. Para já nãofalarmos na popularidade (e jáagora, impunidade) de quegoza Alberto João Jardim queainda recentemente se dirigiaaos jornalistas do continentechamando-os de bastardos efilhos da puta (sic). Tambémninguém se admira com a opi-nião de Gilberto Gil que diz quePortugal tem muito má imagem(resta saber se o Brasil a temmelhor, mas isso é uma outrahistória para mais tarde gar-galhar). José Saramago (quevive em Espanha) rotula Portu-gal de país infeliz e um doscronistas do Diário de Notíciasrefere-se a Portugal, diaria-mente, como um sítio muitomal frequentado.E, se Portugalentristece cada vez mais e cadavez mais é um lugar mal fre-quentado, cabe aos portu-gueses que vivem no estran-geiro distinguirem-se como é ocaso do neurologista luso Antó-nio Damásio, que recebeu oPrémio Príncipe das Astú-rias de Investigação , JoséMourinho que conquistou ocampeonato inglês e é consi-derado o melhor treinador domundo, Tiago Monteiro quesubiu ao pódio de uma corridade Fórmula 1, nos EstadosUnidos, etc.

Jardim manda inventariar

O presidente do Governo Regional inaugurou ontem a sede daBanda “Os Infantes”, em Câmara de Lobos. Em declarações aoJM, Alberto João Jardim disse que mandou inventariar osterrenos que são do Governo e que se situam junto às vias rápidase às vias expresso. O objectivo é aproveitá-los para infra-estruturas.

Alberto João Jardim mandou inventariar todos os terrenos quepassaram a pertencer ao Governo, na sequência da construção davia rápida e das vias expresso. O presidente do Governo Regionaldisse, ontem, à margem da inauguração da nova sede da Banda“Os Infantes”, que o inventário já está a decorrer, efectuado pelaDirecção Regional do Património, e que o objectivo é aproveitarterrenos disponíveis para a construção de infra-estruturas queconstem do próximo programa do Governo. Aliás, à semelhançado que aconteceu com a sede ontem inaugurada, construída emterrenos disponibilizados, em Câmara de Lobos, no sítio doSaraiva, para a via rápida. «Assim, poupa-se dinheiro». Durante ainauguração, o líder madeirense sublinhara a importância dasactividades culturais no crescimento de um povo, aproveitandopara enaltecer que a Banda “Os Infantes merecia plenamente asnovas instalações. O presidente do Governo Regional destacouque tudo o que promete cumpre, não enganando ninguém, aocontrário do que se está a assistir em Portugal continental. Jardimdisse ainda que, na Região, o Executivo irá procurar impedir quea Madeira vá pelo mau caminho. Jardim garantiu ainda que aigreja de Santa Cecília será executada e lembrou que grandesmúsicos têm saído de Câmara de Lobos — exemplificando comsolistas da Orquestra Clássica da Madeira, —desafiando o direc-tor regional dos Assuntos Culturais a fazer um estudo sobre oporquê da aptidão daquele povo para a música. Por seu turno, opresidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, ArlindoGomes, destacou a persistência e competência do presidente dadirecção da banda, Sidónio Silva, realçando o facto da nova sedeir ajudar a melhorar a qualidade dos músicos da banda. O autarcaanunciou ainda que a construção da sede da Banda Municipaltambém faz parte do programa do Governo, reiterando que oobjectivo camarário é disponibilizar boas instalações a todas asassociações.

Congresso de Literatura Oralpromove identidade cultural

Secretário regional da Educação e Ciência, Álamo Meneses,defendeu hoje, em Angra do Heroísmo, que a realização, noarquipélago, do Congresso Internacional de Literatura Oral,representa um avanço no conhecimento das ilhas.ÁlamoMeneses, que presidiu, em representação do presidente doGoverno, à sessão de abertura da iniciativa de dois dias quereúne140 congressistas oriundos de várias países de todo omundo, sublinhou, por outro lado, que numa época em que aglobalização coloca em risco as tradições, a sua realização nosAçores é a garantia de que nós somos mais do que um pontoisolado, mas com identidade própria.O Congresso Internacionalde Literatura Oral e de Identidade Cultural, que vai na suaterceira edição, é uma iniciativa conjunta das Universidades deBrock, em Ontário, Canadá, e de Massachusetts, em Amherst, nosEstados Unidos da América, que conta com o apoio da Presidênciado Governo, Direcção Regional das Comunidades, e da CâmaraMunicipal de Angra do Heroísmo.De hoje e até à próxima quarta-feira, o Congresso vai abordar temas como “NarrativasAçoreanas”, “Memória versus História”, “Narrativa e Linguística”e “Oralidade e Mito”, entre outros, num evento que conta aindacom uma exposição de fotografias denominada “TransmitindoCultura: Uma Retrospectiva Açoriana”, da autoria de KennethSmith.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 5

Augusto Machado

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Rui Costa PintoA depressão pós-parto

A incerteza materna leva muitasmães a uma depressão pós-parto. Éum problema sindromático queafecta milhões de mulheres noMundo e na maior parte das vezesprejudica a relação entre mãe efilho. Neste caso um acompanha-mento psicológico é importante eaconselhável.

Tentemos compreender: após onascimento de uma criança, amulher sofre algumas alteraçõeshormonais e psicológicas, tornan-do-se mais susceptível a estados

depressivos. Como explica António Sampaio, psiquiatra, “a variaçãodos níveis das hormonas de estrogénio, de prolactina (que induza produção do leite) e a alteração no metabolismo dascatecolaminas depois da gravidez provocam instabilidadeemocional.

É nesta fase que normalmente as mulheres se sentem depri-midas e melancólicas, mas que podem ser ajudadas recorrendoao recurso de acompanhamento psiquiátrico, logo a seguir aoterceiro ou quarto dia postpartum, de forma a “prevenir distúrbiospsicológicos graves, como a falta de auto-estima, rejeição, tristeza,inutilidade, desencadeados pela alteração dos factores biológicos.

De acordo com o psiquiatra, este tipo de depressão põe em causaa relação mãe-filho, levando muitas progenitoras a rejeitar o seubem mais precioso. “É um comportamento que pode ser prejudi-cial para o bebé, que sofrerá as consequências ao nível de relaçõesinterpessoais futuras. E a própria mãe pode, mais tarde, ser tomadapor sentimento de culpa”, acrescenta o médico. É nesta fase queo psicólogo ou psiquiatra tem um papel importante, já que podeajudar a curar a depressão e a orientar para evitar recaídas, quepodem surgir na gravidez seguinte.

Para melhor se perceber o que contribui para deixar as mamãsà beira de um ataque de nervos, uma equipa de especialistasamericanos pediu a 861 progenitoras que enumerassem 85potenciais factores de stress.

Os resultados, publicados no “Journal of Advanced Nursing”,apontam o cansaço, a amamentação e a falta de tempo para dar aosoutros filhos como as principais razões perturbadoras. Perante osresultados, os cientistas justificam o aumento do stress no pós-parto como consequência natural das mudanças físicas e de estilode vida que impõe às novas progenitoras.

Aprender a ser mãe. Alice, uma jovem mãe, assim que a filhanasceu, uma questão passou-lhe pela cabeça: “Será que daquipara a frente vou conseguir tomar conta do meu bebé?” Perantetamanha responsabilidade e tantas dúvidas, depressa os dilemasse transformaram em pesadelos. Sentia-se anulada enquantomulher, achava-se gorda, desfigurada, abatida e incapaz de cuidardo seu bem querido. O stress provocado pela falta de tempo paradescansar e fazer algumas das coisas que lhe davam prazercomeçou a dificultar-lhe a adaptação à nova realidade. “Fichei-memuito e o meu marido encontrava-me a chorar, muitas vezes, sobo berço da nossa filha”, desabafava Alice.

A esta jovem mãe valeu-lhe algumas sessões com um psiquiatraque a ajudou a combater o estado depressivo em que seencontrava e que estava a tomar conta da sua vida. Hoje diz:“Aprendi a pensar na minha filha como a melhor coisa que meaconteceu na vida”.

Salto qualitativoAs análises do Tribunal de Contas,

sempre fora do prazo de validade político,sempre arrasaram a veracidade dascontas públicas. Assim, a última decla-ração de José Sócrates, que anunciou ofim do monumental embuste legado peloOrçamento do anterior governo do PPD-PSD/CDS-PP, no momento da apre-sentação do orçamento rectificativo,merece especial atenção e destaque. Embom rigor, e encenações à parte, resta

pouca margem de credibilidade política a José Sócrates paragarantir o que quer que seja, tendo em conta a promessa eleitoralfalhada de não aumentar os impostos. Todavia, a declaração doprimeiro-ministro, a ser confirmada pelas entidades inde-pendentes, representa um sinal positivo para a sociedade e parao mercado. No momento em que a crise abafa qualquer debate,o poder político tem de fazer um esforço adicional para recon-quistar a confiança dos cidadãos e dos agentes do mercado. Émais importante elevar o nível de exigência do que condicionar adiscussão à casa decimal do défice e à percentagem da despesapública. Os portugueses estão fartos de ser enganados. Aprioridade das prioridades tem de passar pela afirmação do rigore da transparência.

Chegou a hora de dar um salto qualitativo em sectores decisivos,como a Educação, a Ciência, a Justiça e a Saúde, promovendo umareorganização vocacionada para servir o interesse público. Deigual modo, a próxima vaga de priva-tizações tem de ser usada paraestimular a competitividade e para reduzir o peso exagerado dadespesa pública, não pode servir apenas para engordar, arti-ficialmente, uns quantos grupos económicos. Com uma amplamaioria absoluta, o governo socialista não se pode limitar a garantirque fala verdade sobre as contas públicas. Tem de ser maisambicioso. Tem de dar sinais inequívocos de determinação nocombate à opacidade nos contratos entre o Estado e os privados,à fraude fiscal e à corrupção. Não basta cortar nas reformasescandalosas dos políticos. É preciso ir mais além. É imperiosolutar contra o financiamento ilegal dos partidos, o verdadeirocancro da Democracia.

A poucos meses das autárquicas, o contraste é chocante: asmáquinas partidárias insistem em alimentar um espectáculo deopulência, enquanto os cidadãos estão condenados a apertar aindamais o cinto. O distanciamento entre o sufoco do dia-a-dia dosportugueses e o esbanjamento das campanhas partidárias é umpéssimo sinal para quem apregoa que a crise toca a todos.

A Pipoca e a vidaGustavo Fernandes

A culinária me fascina.De vez em quando até me atrevo a cozinhar. Mas o facto é,

segundo penso, que sou mais competente a escrever do que a lidarcom as panelas. Por isso mesmo, tenho escrito mais sobregastronomia do que cozinhado. Sou talvez aquilo a que se possachamar “cozinheiro literário”. Já escrevi sobre os mais variadosassuntos gastronómicos, desde cebolas, carne picada com tomate,feijão e arroz, bacalhoada, churrascos, etc...

No entanto, sabedor das minhas limitações e competências,nunca me atrevi a escrever como mestre cozinheiro, mas antes comoum articulista poeta e filósofo, porque a culinária estimula acriatividade. As comidas, em mim, provocam a capacidade desonhar. Contudo, nunca imaginei, que chegaria um dia em que apipoca me faria sonhar. Mas foi o que aconteceu. O milho mirrado,grãos redondos e duros, parecem uma aberração ou brincadeirada Natureza, mas deliciosos depois de transformados empipocas.Entretanto, dias atrás, conversando com uma amiga, elamencionou as qualidades gastronómicas da pipoca e algoinesperado na minha mente aconteceu. Os pensamentoscomeçaram a estourar como pipocas. Percebi, então, a relaçãometafórica entre a pipoca e o acto de pensar. Na realidade, um bompensamento nasce como uma pipoca que estoura, de formainesperada e imprevisível. Assim, a pipoca revelou-se como umextraordinário objecto poético. Poético porque, ao pensar nelas, naspipocas, meu pensamento pôs-se a dar estouros e pulos como aspipocas dentro da panela. Lembrei-me então do sentido religioso dapipoca. A pipoca tem sentido religioso, sim senhor. Para os cristãos,religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue deCristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria,não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegriadevem existir juntas. Recordei ainda aquilo que a minha avó, coma sua sabedoria aprendida na escola da vida, dizia que a pipoca e osmilhos eram comidas sagradas, eram manjares dos deuses.

A pipoca milho mirrado e subdesenvolvido?Fosse eu agricultor ignorante e se no meio da minha seara de

espigas graúdas aparecessem aquelas espigas pequeninas, tratarialogo de livrar-me delas. A verdade é que, sob o ponto de vista dotamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhosnormais. Não sei como aconteceu, mas o facto é que num passadorecente houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas ecolocá-las numa panela sobre o fogo, juntando qualquer espécie degordura, óleo ou azeite, talvez com o pensamento de os fritar e ostornar comestíveis, jamais imaginando o que iaacontecer.Repentinamente os grãos começaram a estourar,saltavam da panela com uma enorme barulheira, como seestivessem possuídos por demônios desconhecidos. O extraordinárioera o que acontecia com os mirrados grãos duros a transformarem-se em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.O estouro das pipocas transformou-se, então, numa operação deculinária, numa festa, brincadeira, para gáudio de todos,especialmente das crianças. E o que é que isso tem a ver com a vidaou aquilo que a minha avó ensinava?

É que a transformação do milho duro em pipoca macia é o símboloda grande transformação porque devem passar os homens e ahumanidade para que venham a ser o que devem ser. O pequeninomilho da pipoca não é o que deve ser. Ele é na realidade aquilo queacontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós. Duros,impróprios, mas pelo poder do fogo podemos, repentinamente,transformar-nos em outra coisa – voltar a ser crianças! Atransformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca quenão passe pelo fogo continua a ser milho duro para sempre. Assimacontece com as pessoas. As grandes transformações acontecemquando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica namesma a vida inteira. São pessoas mesquinhas, que caíram nummarasmo, hipócritas e de uma dureza extrema. Só que elas nãopercebem. Acham que a sua maneira de ser é a melhor. Mas,repentinamente vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nuncaimaginamos. Perder um amor, perder um filho, ficar doente, perderum emprego, ficar arruinado, ou por sofrimentos cujas causasignoramos, o medo, ansiedade, depressão, etc.Há sempre o recursoaos remédios para apagar o fogo e diminuir o sofrimento, com apossibilidade da transformação. Imagino a pobre pipoca, fechadadentro da panela, ficando cada vez mais quente e a pensar que suahora chegou. Não pode imaginar a transformação que está sendopreparada. A pipoca não imagina aquilo de que é capaz. Sem avisoprévio, a grande transformação acontece! pum! – e o milhotransforma-se numa outra coisa completamente diferente, que apipoca nunca havia sonhado. “Morre e transforma-te!” – diziaGoethe. Contudo existem pessoas, que tal como alguns milhos, serecusam a estourar e ficam duros a vida inteira, por mais que o fogoas atormente. A sua presunção, o seu medo, são a dura casca quenão estoura. Ficam duras a vida inteira. Não se transformam na florbranca macia. Não dão alegria a ninguém. Terminado o estouroalegre da pipoca, no fundo da panela ficam os milhos duros nãoservem para nada. Seu destino é o lixo. Quanto às pipocas queestouraram, são adultos que voltaram a viver. Nunca imaginei queum dia a pipoca me fazia sonhar. Mas foi o que aconteceu.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 6

100 Livros Portugueses do Século XX23- Adolfo Simões Müller, 1909-1989

Historiazinha de Portugal | Lisboa, S.P.N., 1943

Figura central da literaturainfanto-juvenil da primeira meta-de do Século XX, Adolfo SimõesMüller foi o fundador do sema-nário O Papagaio (1935) e direc-tor do Diabrete e do CavaleiroAndante. Para além da assíduapresença em programas de rádio,distinguiu-se também como au-tor de livros infantis, tendo estaHistoriazinha de Portugal consti-tuído um dos seus maiores êxitoseditoriais. Com um atraenteaspecto gráfico e belíssimas ilus-trações de Emmérico Nunes,trata-se de um livro destinado àscrianças, sem dificuldades deleitura, que apresenta alguns dosprincipais episódios e perso-nagens da História de Portugal

ao longo dos séculos, começando por D.Afonso Henriques e terminando com aviagem aérea de Gago Coutinho e Saca-dura Cabral em 1922. Numa perspectivanaturalmente nacionalista, este livroprocurou exaltar os feitos dos portuguesese infundir nos jovens um fervor patrióticoaliás típico dessa época.

24-Adolfo Casais Monteiro,1908-1972Noite Aberta aos Quatro Ventos | Lisboa, Ed. Signo, 1943

Poeta e ensaísta historicamen-te ligado à revista Presença – quedirigiu juntamente com JoséRégio e João Gaspar Simões – emantendo na sua atitude intelec-tual um espírito modernista di-rectamente herdado do Orpheu,Adolfo Casais Monteiro deixou-nos uma notável obra poética,divisível em várias fases, mas emque este livro avulta como umdos pontos culminantes. Consis-tindo num longo poema estru-turado em duas partes, NoiteAberta aos Quatro Ventos oferece-nos uma voz essencialmentelírica, um discurso que procura,pressente ou intui a revelação deuma secreta verdade inscrita noâmago da noite – uma noite de onde sobe, a horas mortas, ocalafrio de um mistério incognoscível onde o poeta deseja colher“a última e suprema flor da angústia”, uma palavra capaz de ecoarpelo espaço infinito e de assim ser fiel ao enigma da poesia, tantomais indecifrável quanto próxima dos seres humanos.

25- Vitorino Nemésio, 1901-1978Mau Tempo no Canal | Lisboa, Bertrand, 1944

Na vasta produção literária deVitorino Nemésio (poesia, con-tos, ensaios, etc.) este romancedestaca-se como o seu momentomais alto, sendo uma das obras-primas da literatura portuguesa:impregnado pela atmosferafaialense dos anos 20, Mau Tem-po no Canal conta-nos bem mais

do que a história de MargaridaClark Dulmo e do seu magoadoamor por João Garcia, bem maisdo que as tensas relações entreas duas famílias, conseguindoapresentar-nos, mercê de umaestrutura complexa, quase or-questral, mas sempre equi-librada, uma panorâmica dasociedade açoriana, cujas fla-grantes imagens transcendemporém qualquer regionalismo econfluem numa visão universaldas paixões e dos medos, dosentusiasmos e das angústias queanimam os seres humanos. De-ve ainda salientar-se a capaci-dade de fundir com harmoniaum agitado ambiente exterior euma subtil dimensão psicoló-gica, habitando sobretudo essarapariga enigmática e “comveneta” que é Margarida, espé-cie de quintessência feminina,interrogada nos seus sonhos,mas também nos dilemas con-cretos da sua vida.

26- Joaquim Paço d’Arcos, 1908-1979O Caminho da Culpa | Lisboa, Parceria A. M. Pereira, 1944

Espírito cosmopolita e aberto ao mundo, director dos serviçosde imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros durantedécadas, Joaquim Paço d’Arcos foi um dos escritores mais lidosem Portugal nos anos 40 e 50, avultando na sua obra um ciclo deseis romances que intitulou Crónica da Vida Lisboeta, no qual

pretendeu descrever a sociedade do seutempo, centrando-se sobretudo nasclasses altas. Depois de Ana Paula (1938)e Ansiedade (1940), O Caminho da Culpaé o terceiro da série, sendo geralmenteconsiderado o seu melhor livro e girandoem torno de uma jovem da alta burguesiade Lisboa, Maria Eugénia, que, após umadultério com Paulo (médico da família),virá a morrer de cancro no momento emque percebe estar grávida do amante.Além de interrogar com argúcia o dramapessoal da protagonista, este romancefornece-nos também um bom retrato davida mundana lisboeta de meados doséculo XX.

27- Sophia de Mello Breyner Andresen, 1919

Poesia | Coimbra, Tip. Atlântida, 1944

No livro de estreia de Sophia de MelloBreyner Andresen anunciam-se já algunstraços que distinguirão a sua obra, tornando-a inconfundível. Pode dizer-se que esta é umapoesia clássica não só pela imersão nouniverso da Antiguidade grega, mas tambémpela noção de um equilíbrio e de uma ordemque, manifestando-se à superfície de todas ascoisas, as fazem ultrapassar as barreiras dotempo e do espaço que habitualmente aslimitam. Sóbria e pouco propensa à exaltação

da subjectividade, a escrita de Sophia procura ser uma “atentaantena”, que capta os sinais do mundo e os acolhe numaluminosidade inebriante e apaziguadora. Ligada ao visível e aoconcreto – em que se destaca a importância do mar – , esta poesiapersegue um tempo uno e primordial e instaura uma comunhãoentre o olhar dos seres humanos e o dos deuses gregos, um climaapolíneo onde se reconquistam um heroísmo e um sentidoentretanto degradados ou perdidos, com uma sabedoria tantomais fulgurante quanto se suspende na pura imanência darealidade, sentindo vibrar essa “misteriosa maravilha / Que àtransparência das paisagens brilha”.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 7

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro)

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)

CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro)

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)

GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho)

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)

Vária

Carta da Semana: O Enforcado, que significa SacrifícioAmor: Tente demonstrar com maior intensidade os sentimentosque nutre pela pessoa que tem a seu lado.Saúde: Possível descontrolo dos intestinos.Dinheiro: É provável que tenha de enfrentar alguns problemas

financeiros, mas tudo se resolverá.Número da Sorte: 12 Números da Semana: 4, 17, 25, 33, 2, 23

Carta da Semana: 9 de Copas, que significa VitóriaAmor: Evite perder demasiado tempo a perguntar “o porquê?”dos seus sentimentos, mergulhe de cabeça.Saúde: Tudo correrá dentro da normalidade.Dinheiro: esteja atento e não deixe escarpar uma boa

proposta financeira que lhe irá ser feita brevemente.Número da Sorte: 45Números da Semana: 1, 6, 11, 19, 22, 30

Carta da Semana: A Força, que significa Domínio.Amor : Os ciúmes excessivos são prejudiciais para o bomentendimento entre os casais.Saúde: A saúde está em plena formaDinheiro: O equilíbrio financeiro faz parte da sua vida neste

momento.Número da Sorte: 11Números da Semana: 9, 16, 22, 27, 33, 45.

Carta da Semana: O Papa que significa SabedoriaAmor : Controle-se e não queira ser sempre o centro dasatenções da pessoa que tem a seu lado.Saúde: A sua alimentação deverá ser um pouco mais equilibrada.Dinheiro: Procure um projecto mais credível para que não saia

prejudicado.Número da Sorte: 5Números da Semana: 2, 14, 17, 39, 42, 48.

Carta da Semana: 8 de Ouros, que significa Esforço.Amor: O diálogo é um dos aspectos mais importantes para queuma relação dê certo.Saúde: Cuide mais da sua saúde.Dinheiro: Momento pouco oportuno, para gastos supérfluos.

Número da Sorte: 72Números da Semana: 7, 19, 25, 27, 39, 41.

Carta da Semana: Cavaleiro de Ouros, que significaMaturidade.Amor: A sua família precisa da sua presença, não lhes falte.Saúde: Possível desequilíbrio emocional.

Dinheiro: A sua estabilidade financeira está dependente do seu esforçoprofissional.Número da Sorte: 76Números da Semana: 1, 4, 6, 17, 22, 29.

Carta da Semana: 2 de Espadas, que significa Falsidade.Amor: Se der ouvidos ao que terceiros dizem poderá ter deenfrentar alguns problemas na sua relação.Saúde: Tendências depressivas.Dinheiro: Evite gastar mais do que realmente pode.

Número da Sorte: 52Números da Semana: 9, 14, 20, 33, 39, 49.

Carta da Semana: 7 de Paus, que significa Discussão.Amor: Uma discussão poderá abalar o seu estado de espírito.Saúde: Cuide da sua alimentação, evite excessos.Dinheiro : Poderá ter de enfrentar um período de crise,previna-se.

Número da Sorte: 29Números da Semana: 11, 25, 27, 33, 45, 46.

Carta da Semana: O Sol, que significa Protecção.Amor: Evite atitudes possessivas, dê espaço ao seu parceiroSaúde: Poderá ter problemas de digestão.Dinheiro : Fique atento, poderão surgir oportunidades demelhorar financeiramente .

Número da Sorte: 19Números da Semana: 20, 30, 40, 47, 48, 49.

Carta da Semana: O Mágico, que significa Habilidade.Amor: Saiba ouvir o seu companheiro, por vezes temos de daro braço a torcer.Saúde : Estável e sem preocupações .

Dinheiro: Precisa de alegrar o seu lar, remodele a sua casa.Número da Sorte: 1Números da Semana: 2, 5, 22, 27, 29, 38.

Carta da Semana: Cavaleiro de Paus, que significa Viagem.Amor: Reflicta sobre o seu relacionamento.Saúde : Esforce-se para manter um corpo saudável.Dinheiro: Aposte numa longa viagem.

Número da Sorte: 34Números da Semana: 8, 17, 22, 39, 44, 48.

Carta da Semana: Rei de Copas, que significa Respeito.Amor: Fase propícia para assumir um compromisso.Saúde: Evite abusar das bebidas alcoólicasDinheiro: Surpresas na área financeira, faça apostas.Número da Sorte: 50

Números da Semana: 3, 7, 11, 15, 29, 47

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Leituras de verão

“Fogo na Areia”, deRaimundo M. Delgado

António Vallacorba

Rasgos muito curiosos e bas-tante familiares de todos nóssobre a vivência na aldeia ima-ginária de Fogo na Areia, títulodeste primeiro livro de RaimundoM. Delgado, fizeram-me recuarno tempo e no espaço à minha ilha,para viver os problemas do nossopovo - muitos dos quais forammeus também.

Um amor impossível, o eternodesejo de emigrar, as “bisbi-lhotices” próprias de um meiopequeno, a miséria humana (física

e mental) e a própria questão da homossexualidade, são o palcodeste desfile do viver quotidiano que o autor criou e diz ser a “teseque o verdadeiro amor existe”.

E, claro, lá está o padre Jacinto, com a sua fama de “gostar deuma boa pinguinha de vinho de cheiro” e de quem as “más línguasdiziam que era padrinho de mais de trinta e sete rapazes”.

Mas “ficava tudo pela calada”, leu-se no primeiro capítulo de“Fogo na Areia”. Até porque “As mulheres recebiam um abono dosenhor padre” e este era tido como “um anjinho”.

Como subtítulo deste livro, com cerca de 150 páginas e editadopela ACN Publications, vem o “Mar de Orquídeas”, em cujaspáginas estão incluídos poemas e crónicas.

Estes poemas do Raimundo, na maioria dedicados a Elisa Hel-ena, são ao mesmo tempo, um hino de glória ao amor e um gritode dor ante a desilusão do sentimento malogrado.

Para o autor, a sua Leninha, natural de Uberlândia, Brasil, foi a“fonte e musa da minha inspiração, a minha companheira, amigae amor nos últimos 30 meses”.

As crónicas, por outro lado, constituem um dos aspectos maisrelevantes deste livro e da sensibilidade do Raimundo, natural dePonta Delgada, Ilha de S. Miguel, e radicado desde a idade de 15anos em New Bedford, Massachusetts, Estados Unidos, ondefrequentou o Boston College,da Universidade Havard, e éprofessor de línguas.

Com títulos assaz sugestivoscomo estes de “As Crianças VãoPara a Cama Para Matar aFome” e “O Meu País é UmMundo Sem Fronteiras”, nes-tas crónicas ressaltam todo oinconformismo e frustração doautor, que, no seu dizer, es-creve “para dar forma às mi-nhas emoções, angústias, ale-grias, dúvidas e esperanças”.

Afirmando-se de “iconoclas-ta” (contra o culto das ima-gens) e “eclético” (apologistadas causas justas), conclui que“escrever só coisinhas lindi-nhas não dá” e “Que sonhar erezar não basta”.

“Quando o mundo não funciona - sugere - temos o dever dederrubá-lo e de criar outro que dá comida a cada criança”.

Por isso, exorta-nos a “plantar sementes de solidariedade quecrescem em florestas onde abunda um mar de orquídias”.

Ao autor se deve a diligência histórica que visou a reforma doartigo II, secção 1, cláusula 5 da Constituição norte-americana, afim de “dar o direito a milhões de imigrantes de concorrer àpresidência e vice-presidência dos Estados Unidos”, tendo para talapresentado argumentos perante o comité do Congresso daquelepaís, em Washington.

Paralelamente, tem estado muito activo em problemasinternacionais e da sua própria comunidade, como atesta o factode se ter deslocado a Timor Leste, em 1991, em virtude dasatrocidades cometidas pelo exército indonésio contra 200 jovens.Ele próprio foi encarcerado e ameaçado de morte.

Ainda não há muito tempo, insurgiu-se publicamente em virtudeda inércia política, económica e cultural que New Bedfordatravessa, o que gerou alguma polémica.

Raimundo Delgado foi moderador do programa televisivo “ThePortuguese Around Us” e de programas radiofónicos de linhaaberta nas estações WSAR e WHTB, de Fall River, e WBSM eWJFD-FM, de New Bedford.

Também, é o produtor e moderador de programas televisivossemanais em português e inglês, vistos em mais de 80comunidades dos estados de Rhode Island e Massachusetts.

Publicou centenas de crónicas no “Portuguese Times” e no“New Bedford Standard Times”, a par de uma assídua colaboraçãonas revistas electrónicas Luzonet e Lusilinha, onde “Fogo naAreia” tem sido publicado regularmente em folhetins.

Espírito Santo. Toda a semanase rezou o terço, e no sábadohouve carne guisada para to-dos. Para animar o serão houveum conjunto, o Pre-Ex, a parti-

cipação da jovem Kelly-M, e umcantor que veio de New Bed-ford, o Tony Borges.

Domingo, a procissão saiu daAssociação Ste. Thérèse emdirecção à igreja, Houve acelebração da missa pelo Sr.Padre José Arruda e depois dacoroação, todos foram convi-dados às sopas do EspíritoSanto.

O Mordomo 2005, o Sr. Fran-cisco Lopes e sua esposa LuísaLopes, dizem ter vivido umagrande experiência, mas queao mesmo tempo sentiram afalta de apoio que tão preciso éem todas as alturas, mas sobre-tudo nestas grandes festas. Ele

Festa do Divino em Ste. Thérèse…

agradece a todos os que o aju-daram sobretudo sua esposaque sempre o encorajou e ani-mou.

A tarde musical começou

com o conjunto Sky Queen,seguindo-se depois com o grupofolclórico As Nove Maravilhas,a Filarmónica do Divino Espí-rito Santo de Laval, o grupofolclórico Ilhas de Encanto daCasa dos Açores do Quebequee a Marcha do Clube OrientalPortuguês de Montreal.

As Festas em Louvor do Di-vino Espírito Santo são semduvida a mais generalizada emarcante manifestação cul-tural e religiosa característicadas comunidades açorianas,tanto nas ilhas dos Açores co-mo nas comunidades espalha-das pelo mundo.

Cont. da pág.1

«Os cavaleiros do Apocalipse!»O plano rodoviário do Estreito de Câmara de Lobos ficou

concluído com a inauguração de ontem. Jardim teceu elogios aospresidente da Câmara e da Junta e ainda ao “engenheiro” CarlosMachado, o seu adjunto, que teve um papel importante no traçardas novas estradas daquela freguesia.

«Está tudo louco!». É desta forma que Alberto João Jardimclassifica a apresentação do Orçamento Rectificativo,nomeadamente o facto das despesas serem superiores às receitas.Declarações feitas à margem da inauguração de uma estrada no

Estreito de Câmara de Lobos, o Caminho dos Lavradores. «Istodepois de, com a desculpa de equilibrar o défice, andarem aaumentar os impostos, o que vai conduzir a uma retracção nomercado, porque as coisas serão mais caras e as pessoas vãocomprar menos, o que provocará crise nas empresas e oconsequente desemprego. Mesmo assim, ainda fazem umorçamento destes!» — criticou. Quanto a Marques Mendes, refereque é altura daquele abandonar o politicamente correcto e deatacar o sistema. No discurso, Alberto João Jardim criticou ontemduramente o Governo da República e o partido que o sustenta.Sem nunca referir directamente o PS — «repetir esse nomeenfastia-me» — o líder madeirense referiu que os “cavaleiros doApocalipse” andaram a enganar o povo. «Prometeram que nãoaumentavam os impostos, prometeram emprego e a equiparaçãodas reformas ao salário mínimo nacional e estamos a ver o quefizeram» — lamentou. Alberto João Jardim diz que devido a esseaumento a Região também terá que aumentar o IVA, já que,legalmente, é obrigada, no mínimo, a manter um diferencial de30% em relação ao praticado em Portugal Continental.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 8

Uma visita em OtavaJosé Saramago deleitao público no Canadá

Prof. Fernando Manuel SantosKingston, Ontário, Canadá

OTAVA, ONTÁRIO, CANADÁ - O mais célebre nome em letras portugue-sas veio aprazer e alargar o número de seus admiradores emterras canadianas. E foi com grande êxito, entre aplausos egargalhadas, que proferindo suas palavras de mestre JoséSaramago aprouve o seu auditório na Universidade de Otava. JoséSaramago foi laureado com o Prémio Nobel de Literatura em 1998,o mais prestigioso e mais cobiçado prémio literário do mundo.Entre os cerca de 200 países deste mundo e as seis ou sete millínguas, são bem poucos os países e as línguas cuja literatura foihonrado pelo prémio Nobel. Em 1998 foi pela primeira vez (e parajá a única vez) que Portugal foi prestigiado, e pela primeira (e única)vez que um escritor de língua portuguesa foi prestigiado, com osupremo galardão internacional da literatura.

Na segunda-feira, 13 de Junho de 2005, José Saramago foivedeta duma conferência literária da qual eram anfitriões aEmbaixada de Portugal no Canadá e o Departamento de Línguase Literaturas Modernas da Faculdade de Letras da Universidadede Otava. Assim, a conferência foi agraciada pela participação deSua Excelência João Pedro Silveira Carvalho, Embaixador dePortugal, e do Prof. Dr Carlos Gomes da Silva, Conselheiro Cul-tural na Embaixada e Professor de Português na Universidade deOtava ; e a conferência foi agraciada também pela participação doReitor e do Vice-Reitor da Universidade, respectivamente o DrGilles Patry e o Dr Robert Major.

A sala 016 do New Arts Building (Novo Pavilhão de Letras) daUniversidade de Otava lotou-se e ficaram um número de pessoasde pé. Todas estas pessoas afluiram para ver e ouvir falar JoséSaramago, Laureado Nobel, autor de tais livros como Manual dePintura e Caligrafia (1977), Viagem a Portugal (1981), Memorialdo Convento (1982), A Jangada de Pedra (1986), O Evangelhosegundo Jesus Cristo (1991), Ensaio sobre a Cegueira (1995), e Todosos Nomes (1997).

Já na véspera, no domingo, 12 de Junho, se realizara “o serãocom José Saramago” no âmbito do Festival Internacional deEscritores de Otava, que teve lugar na Biblioteca e ArquivoNacionais do Canadá. Aqui também Saramago acolheu umauditório sobrecarregado neste serão de leituras. Saramagoconcedeu excepcionalmente uma entrevista, sendo entrevistado,em francês, por nada menos que a mais alta oficial residente doCanadá: a representante de Sua Majestade a Rainha, SuaExcelência a Governadora-Geral do Canadá, Adrienne Clarkson.Este evento foi trilingue, decorrendo em francês, em inglês, e emportuguês. O cineasta e actor Don McKellar fez uma leitura eminglês da obra de Saramago, e o próprio autor fez uma leitura emportuguês. A conferência do dia seguinte na universidadedecorreu em francês. Assim a assistência, embora com forte elaudável presença portuguesa, constava bem maioritariamente defrancófonos de Otava e Gatineau (antigamente Hull) e arredores.No entanto, foram sobretudo assistentes oriundos de Portugal,aptos na língua de Molière além de o ser na língua de Camões, que

com grande entusiasmo destacadamente se precipitaram paraendereçar ao autor Saramago as poucas perguntas que foramconcedidas ao auditório.

A língua lusa não esteve completamente ausente da conferêncialiterária. Os interrogantes introduziam aqui e ali umas frases,umas expressões, umas palavras em portugues, como aliás o faziao próprio conferencista, o premiado escritor Saramago. Aliás, oautor solicitava de vez em quando a tradução dum termo ou dumaexpressão portuguesa, a qual era sempre prestes provida peloletrado docente e Conselheiro Cultural da Embaixada, o Prof. DrCarlos Gomes da Silva. Por uma vez, José Saramago teve particu-lar dificuldade em compreender a interrogante. Não entendendoa pergunta, Saramago procurou compreender : (tradução) “Sealguma vez usei ‘je/jeu’?” (A palavra quer dizer “eu” ou,homónimamente, “jogo”.) De maneira que a interrogantetraduziu-se a si própria :

“Eu posso dizer em português : Eu gostaria de saber se, ao longoda sua vida de autor, de escritor, já alguma vez escreveu naprimeira pessoa, usando ‘eu’ ?”

“Ah!” retorquiu logo Saramago compreendendo. Desata risadasimpatizante do público. (Tradução:) “Isso é muito fácil, pois eujá disse e usei muitas vezes, em francês, em português, emespanhol, à minha esposa, ‘je’ (eu).” Mais risos. Depois oromancista leu um trecho do seu livro Manual de Pintura eCaligrafia, o qual, efectivamente, escrevera na primeira pessoa.

A próxima interrogação também ocasiona risos do público.(Tradução) “Eu vejo que há uma coisa muito especial : é que osenhor tem uma espécie de irreverência para a pontuação.”Risadas. “No Evangelho segundo Jesus Cristo, após as vírgulas osenhor entra com maiúsculas ; o senhor às vezes não usa as aspasnem traços. O senhor tem alguma coisa contra a pontuação?”Mais risadas. “Não. É verdade que eu tenho alguma coisa contraalguma coisa” Risadas. “Tenho algo contra as convenções. O quechamamos a pontuação é uma convenção muito moderna. Houveum tempo onde a pontuação não existia. O hebreu é um exemplo.Não se encontra pontuaçõ na língua chinesa. E foi para escreverem chinês que eu comecei...”. Agora ri o Saramago tão forte comoo público. “Não. Nada disso. Mesmo a vírgula e o ponto nos meustextos, nos meus romances, não são sinais de pontuação, são sinaisde pausa e uma pausa mais longa. Porquê : porque quandofalamos, não temos a escolha da pontuação. Ninguém diz: “Queresvir comigo ao cinema” Interrompem-no os risos. “Não. Há um ro-mance [meu] que se chama Levantado do chão, que em francêsse poderia dizer ...”, Saramago esforça-se para exprimir-se, “assim... duma maneira que não é ... eu penso, porque ... é um pouco ...digamos, [em francês] é pouco expressivo. Em francês dir-se-ia”Interrompem-no risadas e não só. O escritor esforça-se, tentadesenrascar-se para exprimir polida e diplomaticamente que alíngua portuguesa é mais expressiva do que a língua francesa, aomenos em relação à expressão que constitui o título deste seuromance. Em vez de provocar indignação da parte do seu auditóriomaioritariamente francófono, a franqueza do escritor inspira maisrisos simpatizantes e aplausos. “Em francês dir-se-ia ‘Soulevé dusol’ fica um bocado reles”. O autor prossegue: “É a história dumafamília do Alentejo — os portugueses que estão lá sabem do quefalo — é a história de três gerações de uma família de componesesno Alentejo, antes da Revolução, evidentemente, e começa pelo

fim do século XIX, e acaba um pouco depois da Revolução deAbril.” Saramago conta como ele esteve no Alentejo em 1976 ondeescutou os homens, as mulheres, os velhos, e as crianças contaro que tinham para contar de horrível, de lúgubre, pois a condiçãodeles era quase como de escravos.

Em seguida Saramago começa a explicar porque é que eledeixou este romance sem pontuação. “O romance, a história queeu queria contar não se deixava aprovar relativamente à suaforma, porque eu não queria repetir — sobretudo porque afinal,pela sua matéria era, ou havia de ser, um romance neo-realista —camponeses... De maneira que os romances neo-realistas têm ummodelo que se deve respeitar. Mas de qualquer maneira eu queriatopar algo bastante novo . . . que fosse aceitável por mim comoescritor... Mas, eu não conseguia topar ; e cheguei ao ponto ondedisse cá comigo : ‘Bom, é preciso começar a escrever.’ E comeceia escrever, fosse o que fosse : dos cantos até a todas as regras dagramática, até a todas as convenções, até ao diálogo. Mas eu diziacá comigo : ‘Não, não é isso. Não é isso, não é isso.’ E da página

22 a 23 ou a 24, subitamente, sem qualquer reflexão, como sealguma coisa tivesse dito, ‘Acabou-se. Agora vais começar algoque não é isso, que é totalmente diferente.’ Creio que a causaprofunda do que aconteceu nessa altura foi, sem reflectir :‘Acabou-se a pontuação. Acabaram-se os pontos de exclamação,

e de interrogação, e ...’ “ Saramago procura a expressão francesa,“ ‘os três pequenos sinais,’ “ indica-se-lhe a expressão correcta,points de suspension, “ ‘as reticências’ — que são totalmenteridículas.” O público desata a rir. “Três pontinhos de reticências! Se ponho lá um quarto ponto, o que é que isto quer dizer ? ...Quesão umas reticências um pouco mais assim-assim ?” Novamenterisadas.

“Cheguei a esta conclusão : quando se fala, faz-se música. Falaré a mesma coisa que fazer música. Faz-se música com os sons, ecom as pausas. Fala-se com sons e com pausas. Mas, a tradição,a gramática, é algo que está lá, que nos constrange. E, finalmente,quando o livro estava findo, foi preciso eu voltar ao princípio parapôr o princípio em conformidade com o resto. “Um muito grandeamigo meu, a quem eu dei o livro como prenda, dois ou três diasmais tarde disse-me :

“Desculpa lá mas... Não sei o que queres dizer. Pois é umaconfusão total”. E eu disse-lhe : “Bom, é pena mas, se queres umconselho, vais ler duas ou três páginas em voz alta, e toparás osmomentos onde deves localizar o ponto de interrogação que nãoestá lá. Afinal, tu é que deves fazer deste livro algo que se possaentender, porque a verdadeira palavra, o verdadeiro discurso, éa palavra que se fala. É a palavra que se pronuncia em voz alta. Apalavra escrita não é nada. A palavra nasce ou renasce cada vezque a digo.” Aqui Saramago indica o título do seu romance Todosos Nomes escrito sobre a capa. “O que é isto ? Nada. Mas se eudigo ‘Todos os Nomes’, ora aí já está.” Valeu.

Pelo fim da conferência José Saramago autografou exemplaresde seus livros, que aliás estavam à venda à entrada da conferência.Foi uma oportunidade preciosíssima para os seus fãs para exprimirjunto de José Saramago toda a sua admiração, e para trocaremjuntos algumas sentidas palavras íntimas.

O Prof. Fernando Santos, juntamente com Eduardo Pereira, éprodutor e locutor de Atlantis, emissão de rádio lusófona naestação CFRC de Kingston, 101,9 FM (www.cfrc.ca), nosdomingos das 18.00 horas até às 20.00 horas, escutável em todo omundo pela internet em http://sunsite.queensu.ca:8000/listen.pls . O Prof. Fernando Santos é também o Coordenador doComité Conjunto dos Organismos Luso-Kingstonianos, queagrupa os vários organismos lusos de Kingston (Centro CulturalPortuguês e Comissões de Festas da Paróquia de N. Sra deFátima, etc.) a fim de realizarem juntos as celebrações do Dia dasComunidades, Dia de Portugal, que ficou oficialmente pro-clamado em 2004 pela Câmara Municipal de Kingston como “Por-tuguese-KIngstonian Day / Dia dos Luso-Kingstonianos”. O Prof.Santos é ainda também o responsável das páginas de internet daComunidade Luso-Kingstoniana :

www.ambassadorhotel.com/portugues.html

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São João em MontrealNoite de S. João

Clube OrientalA Marcha do Oriental con-

centra em si o maior aconte-cimento de cariz popular que se

vem realizando há vinte e umanos no Clube Oriental Portu-guês de Montreal. O recintoestava cheio e para esta noite aDirecção ofereceu aos sócios eamigos um programa muitointeressante. O grupo Quebe-cois, Les Bons Diables, é umgrupo o qual já nos acostuma-mos a ver ultimamente nestesfestejos e que representammuito bem as suas danças.Seguiu-se depois o ranchofolclórico Ilhas de Encanto daCasa dos Açores do Quebeque,grupo este que apresenta commuita intensidade as suas ori-gens Açorianas.

O “Orchestra Tropical” foi ogrupo escolhido para animaresta noite de S. João, agru-pamento sobejamente conhe-

cido no meio local e realmenteo Clube está de parabéns pelaescolha pois o vocalista, o Mike,conseguiu por toda a gente adançar.

O recinto cheio e à hora aaproximar-se da actuação daMarcha! Vestidos a rigor paraesta noite, homens de calçabranca e camisa azul e mu-lheres de blusa azul e saiabranca, deram muito brilho ànoite. As roupas foram confec-cionadas por Lurdes Videira eda Comissão da Marcha fize-ram parte: Mimi Oliveira, Tel-mo Barbosa, Júlia Ferreira eQuina Alves. Quina é uma pes-soa extremamente dinâmica ea cargo dela esteve toda a deco-ração e pintura dos arcos. Ma-nuel Dias com o seu habitualhumor criativo é o grandeensaiador do grupo. A Madri-nha foi Nivéria Tomé que inter-pretou com muito entusiasmocanções tais como A Marcha doOriental, O Cochicho da Meni-na, os Santos Populares , etc. OPadrinho e apresentador foiTelmo Barbosa.

Há já vários anos que tenhopor hábito ir com a família aoClube Oriental passar lá a noitede S. João e conviver com os

amigos. Depois da actuação daMarcha, desci até ao ClubeSport Montreal e Benfica e

fiquei impressionada ao cons-tatar que nos abeirávamos jádas 01H00 da manhã e o re-cinto onde o Benfica organiza afesta, estava ainda com muita

gente.Disse-me o Sr. Gambino,

Presidente deste Clube quehouve a actuação do grupofolclórico Campinos do Ribatejoe Portugal de Montreal. O Con-junto que animou este serão foio Contact. Quando o Carlosanunciou que iam apresentar aúltima canção da noite, o grupode pessoas que teimava aindaem querer dançar, pedirampara tocar mais umas canções.

Ah... os manjericos (emboranão tenha visto nenhum), os

Texto de Natércia e fotos de José Rodrigues

bailes, as sardinhas no pão...!Quem não gosta dos SantosPopulares...? É, talvez, a alturado ano mais bonita com asfestanças até às tantas...! Ale-gria toda a noite!

Desci depois até ao Parquede Portugal, pois sabia que oClube Portugal de Montrealia lá estar celebrando com osseus sócios e amigos, esta gran-de noite de S. João. Quando lácheguei, já passava das 02H30da manhã e o Clube já tinhaterminado os festejos.

Dia de S. João….A festa continuou, e desta vez

foi no adro da Misão SantaCruz. Sardinhada, caldo-verde,frango, bifanas, melassadas,café, vinho e cerveja tudo istofaz parte da festa de S. João. Oconjunto Orchestra Tropicalanimou o serão até por volta dameia noite. Houve também aparticipação do grupo folclóricoIlhas de Encanto da Casa dosAçores do Quebeque assimcomo o grupo folclórico Portu-gal de Montreal.

O folclore é a pureza do povo,

é a transparência da sua vida equal não foi o meu espanto aome dirigir para a saída do adrorumo a casa, ouvir uma concer-tina e ver um magote de gente.Com certa curiosidade tam-bém me dirigi até lá e estavamuns extraordinários músicos edançarinos de folclore a preen-cherem o adro depois de tudoacabado e perante algumascentenas de pessoas. Um es-pectáculo diferente…eles nãovestiam trajes de folclore, maseles dançavam o folclore e láestavam uns mais novos, ou-tros menos novos e lá estavamfestejando o S. João …até o Sr.Padre José Maria entrou nadança, e era ver como ele dan-çava bem.

Um dia, num dos muitos cor-reios electrónicos que recebo, lio seguinte: nos nossos eventos,os jovens não querem cola-borar porque “não é com ran-chos de folclore nem com músi-ca pimba que os atraímos” noentanto, este grupo compostopor elementos do Praias, doPortugal de Montreal, dos Cam-pinos e não sei se de mais al-guns ranchos, para além deoutras pessoas, estavam dan-çando folclore e faz-me pensarno seguinte: os ranchos defolclore que por esse mundofora teimam em cultivar e man-ter as suas tradições musicais eoutras são verdadeiros heróisda cultura portuguesa.

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Alma juvenilEstas são de graça...

Fotos da semana

Começou a música e um bêbado levantou-se, cambaleando etrocando as pernas, dirigiu-se a uma senhora de preto e pediu:- Hic... Madame, me dá o prazer dessa dança?E ouviu a seguinte resposta:- Não, por três motivos: Primeiro, o senhor está bêbado em plenovelório!- Segundo, porque não se dança o Hino Nacional!- E terceiro porque não sou “madame”, eu sou padre!

Bebé do ano 2005

“Herbie’’’’ promove ligaNascar, a stock car americana

Graças a “Herbie: Meu Fusca Turbinado’’’’, o circuito daNascar, a stock car americana, ganha destaque pela primeiravez nos cinemas. Muitas das cenas do filme da Walt DisneyPictures foram rodadas em setembro do ano passado duranteas provas da Nascar na Califórnia. Herbie, o fusca que pensae se comunica com a dona (interpretada por Lindsay Lohan),foi inserido digitalmente na pista, dando a impressão aosespectadores de que ele está competindo com os outroscarros. O filme representa a primeira colaboração da Nascarcom Hollywood, à medida que a liga esteve envolvida emtodas as etapas do longa-metragem - no roteiro, na pré-produção, na pós-produção e até na campanha de marketing.A produção que chega aos cinemas brasileiros no dia 15 dejulho, com distribuição da Buena Vista, até inspirou um tourautomobilístico nos EUA, percorrendo 19 Estados e 60cidades americanas. A história tem início quando aproprietária do veículo, Maggie Peyton, dá ao carro o número53 e o inscreve na famosa competição Nascar. Durante otorneio, o fusca-protagonista ainda se apaixona por um NewBeetle.

Disney dá sinal verde para “ALenda do TesouroPerdido 2”

Walt Disney Pictures e o produtorJerry Bruckheimer já começaram adesenvolver a continuação de “ALenda do Tesouro Perdido’’, um hit doestúdio que arrecadou quase US$ 350milhões ao redor do mundo no iníciodeste ano. Para dar sequência ao filmeque marcou a mais rentável parceriaentre Bruckheimer e o actor NicolasCage (que haviam trabalhado juntosem “A Rocha”, “60 Segundos” e “ConAir - A Rota da Fuga”), a Disney con-

tratou Gregory Poirier para escrever a segunda aventura.Poirier já roteirizou para a Disney o ainda inédito remake de“A Família Robinson”. Ainda não está confirmado se algumnome do original retornará na continuação, que teránovamente a direção de Jon Turteltaub. No Brasil, “A Lendado Tesouro Perdido”, uma aventura que retomou os filmes decaça ao tesouro, à la Indiana Jones, foi visto por cerca de 1milhão de pessoas.

Sete anos depois,o Brasil ainda se lembra

Maria CalistoApós de sete anos do falecimento do Leandro (José Luis) da

dupla sertaneja Leandro e Leonardo (Emival Eterno), o Brasilainda chora por este jovem da Goianápolis que, junto com seuirmão, fizerem sucesso além de um início muito difícil.

Nasceram na pobreza, mas depois de conhecerem um sucessofenomenal, o duo e a sua família foram considerados umas dasfamílias mais ricas do Brasil. Leandro nasceu no 15 de Agosto de1961 e Leonardo no 25 de Julho de 1963; os dois foram sempre muitoamigos e juntos sonhavam de um dia serem muito famosos. Osucesso iniciou-se em 1988, com o tema “Entre Tapas e Beijos”, emGoiânia, onde os dois jovens viviam com um tio (tio Zé) que osajudou nas suas careiras. Este sucesso nunca mais parou e foi aíque os dois irmãos voltaram em Goianápolis, onde foram buscaros pais e irmãos, e compraram um apartamento em Goiânia.

Em 1995, o duo uniu-se a “Chitãozinho e Xororó” e a “Zezé diCamargo e Luciano”; fizeram juntos um programa de maiorsucesso, o “Amigos”. Através de todo o país, os discos “AMIGOS”venderam-se a milhões de cópias. Com o sucesso e a fama em plenaexpansão, perto de lançar seu disco “Um Sonhador”, em Junho de1998, Leandro começou a sentir-se mal. Infelizmente, depois de ternegado uma cirurgia que lhe impediria de cantar para sempre,Leandro preferiu os tratamentos - ele tinha um tumor malignoraro, na região do tórax. Leandro nasceu com essas célulascancerosas, que só se desenvolveram aos 36 anos de idade. Váriostratamentos, inclusivé nos Estados Unidos, foram feitos, mas nemo dinheiro nem as rezas de milhões de fãs fizeram a doençadesaparecer. A 23 de Junho de 1998, Leandro não resistiu efaleceu. Até ao último dia havia uma esperança e Leandro, quandopodia, aparecia no balcão e cantava diante de milhões de fãsreunidos. Deixou três filhos, Thiago (hoje cantor de uma duplacom seu primo Pedro, filho de Leonardo) com 13 anos, Leandracom três anos e Leandro, com quatro meses. Durante o seucombate, Leandro pediu a seu irmão Leonardo para continuar acantar, mas de nunca meter ninguém em seu lugar. Leandromorreu à meia-noite e dez, e Leonardo só soube às duas horas emeia, porque estava fazendo um espectáculo. Com sua partida,Leandro deixou um Brasil em lágrimas e muitos fãs através domundo em dor. A emoção nacional foi tão grande que até opresidente da época, Fernando Henrique Cardoso, declarou quetodo o Brasil chorava aquele dia. Depois de ter recebido ahomenagem de milhares de fãs em São Paulo, ele foi enterrado emGoiânia, onde também recebeu o carinho de amigos, parentes euma legião de pessoas que jamais esquecerão seu ídolo.

“Não Aprendi a Dizer Adeus”, uma canção que Leandro cantavana janela do hospital, no balcão do seu apartamento, …Infelizmente, não assistiu ao lançamento - foi o que os fãs cantaramno dia do seu funeral. Leonardo chorou, mas depois de terultrapassado esta grande dor, esta grande partida, hoje conheceainda mais sucesso com sua careira SOLO. Hoje, os AMIGOSainda cantam juntos, e Leandro está com eles de alma. O primeirodisco de Leonardo sozinho foi em homenagem a seu irmão e amigoLeandro, o tema Mano, apresenta bem a dor de Leonardo. Leandroe Leonardo foram e serão sempre um dos duos mais queridos noBrasil, e o duo brasileiro mais querido através do mundo. Dizemque Thiago e Pedro são o duo que poderia um dia representarLeandro e Leonardo, não por causa que são os filhos, mas porqueeles têm o mesmo agente que Leonardo. O mesmo estilo, o mesmotalento que os seus pais, e no dia 24 de Junho, o programa “Soniae Você” fez um programa especial dedicado a Leandro, numpedido dos fãs. SAUDADE: 7 ANOS SEM LEANDRO!

Começamos a publica-ção de alguns dos nossos“leiturores do futuro”. En-tretanto continuamos aincentivar os nossos “leito-res do presente”, para quenos enviem as fotografiasdos seus bebés nascidosem 2005, acompanhadasdos respectivos nomes, da-tas de nascimento, nomesdos pais e número de tele-fone, para: Concurso Bebé2005, A Voz de Portugal,4231 boul. St-Laurent, Mtl,Qc, H2W 1Z4.

No mês de Janeiro 2006,efectuaremos um sorteioentre todas as “carinhasbonitas” que até lá tenha-mos recebido.

Victoria Pereira CalistoNasceu: 26 de Janeiro de 2005Mãe: Helena PereiraPai: Victor Calisto

P: Sabem porque é que Jesus Cristo, quando resuscitouapareceu em 1ºlugar às mulheres??R: Para que a notícia se espalhasse mais depressa!Quais são as três perguntas mais frequentemente feitas pelosadvogados?1. Quanto dinheiro é que vocês têm?2. Onde é que vocês podem arranjar mais?3. Vocês têm alguma coisa que possam vender?Estava uma loira em casa perto do corredor a cantar a seguintecantiga: ‘quarto, quarto, casa de banho, sala, cozinha... quarto,quarto, casa de banho, sala, cozinha...’De repente batem à porta e era a sua amiga:- Olá entra mas espera um bocado que eu estou só a acabar defazer uma coisa...’quarto, quarto, casa de banho, sala, cozinha...’Pergunta a amiga- O que estás a fazer???- É que o meu marido mandou-me decorar a casa...

Conversa entre amigos:- Para me casar preciso de encontrar uma mulher bonita, ricae parva.- Parva porquê?- Porque se não fôr bonita nem rica, não me caso com ela. E senão fôr parva ela não casa comigo.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 1 1

VáriaComo adquirir os livros deJosé Saramago no Canadá

Prof. Fernando Manuel SantosKingston, Ontário, Canadá

EM TRADUÇÃO INGLESAEmpréstimo — Os livros de José Saramago em tradução

inglesa ou françesa podem-se levar emprestados de qualquerbiblioteca municipal. Compra ou encomenda — Podem-secomprar (e encomendar) em qualquer livraria.

EM VERSÃO ORIGINAL EM PORTUGUÊSEmpréstimo — Os livros de José Saramago em versão origi-

nal em português podem-se levar emprestados de qualquer filialda biblioteca municipal de Toronto. Se mora noutra cidade, podepedir na sua biblioteca municipal para que encomendememprestado da biblioteca de Toronto qualquer livro ( inter-librarybook loan).

Compra ou encomenda — Mais cómodo e mais agradávelseria comprar qualquer livro de Saramago em português noPortuguese Book Store em Toronto. Onde quer que viva noCanadá, você pode encomendar qualquer livro de José Saramagodo Portuguese Book Store e será entregue pelo correio em suacasa. Veja abaixo o número de telefone ou o endereço de email.Você pode também encomendar qualquer livro de Saramagoem português através da livraria universitária da sua cidade.

TORONTOPortuguese Book Store1112 Dundas Street WestToronto, ON, M6J [email protected].:416 538-0330

Toronto Public Library789 Yonge StreetToronto, ONM4W 2G8 Canadawww.tpl.toronto.on.caTel.: 416 395-5577ou 416 393-7131

KINGSTONQueen’s University Campus BookstoreClark Hall, Division Street extension laneKingston ONwww.campusbookstore.comTel.: 613 533-2955

Kingston FrontenacPublic Library130 Johnson Street,Kingston, ON K7L [email protected].: 613 549-8888

OTAVA E GATINEAUGirol Livros120 Somerset Street WestP.O. Box 5473, Stn FOttawa, ON, K2C [email protected]./Fax: 613 233-9044

Agora Bookstore and Internet Cafe145 Besserer StreetOttawa ON K1N 6A7www.sfuo.ca/[email protected]. 613 562-4672

University of Ottawa BookstoreTurcot University Centre85 University [email protected]. 613 562-5353

Ottawa Public Library120 MetcalfeOttawa,ON, K1P [email protected]. 613 236-0301 ou 613 236-0303

MONTREALLibrairie de l’Université de MontréalPavillon Jean-Brillant3200, rue Jean-BrillantMontreal, QuebecTel. 514 343-6210ou 514 343-7362ou 514 343-7010

McGill University Bookstore3420 McTavish, QCwww.mcgill.ca/[email protected]. 514 398-7444

Bibliothèque Nationale du QuébecGrande Bibliothèque475, boulevard De Maisonneuve EstMontréal QC H2L 5C4www.bnquebec.caTel. 514 873-1100 ou 1 800 363-9028

Bibliothèque de Montréalwww2.ville.montreal.qc.ca/biblio

VANCOUVERUniversity Of British Columbia - Bookstore2329 West MallVancouver BC V6T [email protected]. 604 822-6415ou 604-822-2665

Vancouver Public Library350 West Georgia StreetVancouver BC V6B [email protected] [email protected]. 604 331-3603ou 604 331-4001

SANJOANINAS 2005

Tauromaquia: Finalmente à terceiraJornal - A União

Com praça cheia, à vista, de um público, felizmente, maisparticipativo e entusiasta, a dar outro ambiente e outra envol-vência ao espectáculo, iniciou-se a terceira corrida da feira taurinadas Sanjoaninas 2005, à portuguesa. Como Director de Corrida,sem reparos, José Manuel Valadão. Actuou a Banda da SociedadeFilarmónica Recreio Serretense que, com bonitos solos e arranjos,marcou a diferença musical desta feira taurina… até à data.

O curro, com o ferro e divisa local de José Albino Fernandes,destacada e célebre ganadaria ‘rainha’ das tradicionais touradasà corda, que se estreava nesta edição das Sanjoaninas, saiu aoruedo com apresentação quanto basta e comportamentosdistintos, pautando-se o conjunto por uma consistente mobilidade,muito voluntarismo, andamento, algum recorrido e até um ououtro astado humilhou e investiu bem nos capotes.

O Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia TauromáquicaTerceirense, comandado por Adalberto Belerique, cumpria nestacorrida a sua participação na feira e assim, em solitário, com honrae dignidade, pegou os últimos seis toiros que lhe estavamdestinados.

Pegaram ao longo da tarde, Adalberto Belerique, que brindouà Comissão de Tauromaquia e se saíu com uma pega limpa e fácilcom o toiro a humilhar demasiado; António Martins, à terceiratentativa, com uma boa primeira ajuda, ante um toiro comviolentos derrotes muito por cima; Helénio Melo, também, àterceira tentativa, com o apoio do grupo em bloco; Marco Fontes,em excelente pega a deixar saudades do bonito momento;Leonardo Silva, sem dificuldades de maior; e, Marco Sousa, à

terceira tentativa, ante um toiro que metia as mãos por diante ederrotava por alto.

Rui Salvador rubricou duas lides distintas, mascomplementares na eficiência e profissionalismo com que bregoue toureou, no templo e reflexão com que levou os toiros para osterrenos que melhor lide lhe proporcionariam. Cravou um curtode grande efeito no primeiro do seu lote e no segundo, com totalempatia com o público e os aficionados, deu lição e espectáculo deemoção e rigor técnico, ao cravar curtos por dentro, em terrenoscomprometidos e difíceis e outros de cite curto bem no centro daarena. Esteve bem, em toureiro, com raça, valentia e saberacumulado!

Ana Batista, primorosa de maneiras e estilo artístico fino muitopróprio, dando mostras de excelente domínio da arte de bemmontar, conhece os terrenos dos oponentes, sabe bregar e lidar,colocando o toiro em seu sítio, daí retirando vantagem de aparentefacilidade. Dá-se ares de interpretação frágil, de uma suavidadetocante e uma racionalidade transparente, mas é consistente,regular e, particularmente, segura das suas capacidades técnicase artísticas. Nas duas lides, repletas de bons momentos de toureio,destaque para os curtos e para um de palmo no primeiro que lhecoube em sorte e, no que fechou praça, toda uma série de curtosrematados com um fenomenal de palmo com que a ‘praça veioabaixo’. Diego Ventura, que já no ano passado se sagrara pormérito próprio, triunfador da feira, deu nesta corrida nota maiordas suas reconhecidas capacidades e, desta feita, conseguiu emduas completíssimas e variadas lides, brindar o público com omelhor da arte do rejoneio e com o melhor da lide à portuguesa,fazendo juz à sua conhecida nacionalidade. Se no primeiro toiroandou à base da escola do rejoneio, sempre espectacular, noreceber, no lidar e no cravar, no que lhe coube em segundo lugar,remeteu-se a discreto receber de largo, toureio mais frontal eassim rematou com um excelente de palmo e um bom par debandarilhas.

O melhor de dois mundos numa interpretação pessoalíssima etoureiríssima, a deixar bom sabor de boca. E, quase em fim defesta, terminada a penúltima corrida da feira, a de melhor nota noseu conjunto, finalmente… à terceira o público (da Terceira)aplaudiu!

Push-to-talk chegou a PortugalA Vodafone anunciou a disponibilização do push-to-talk , um

novo e original serviço, pioneiro em Portugal e um dos primeirosna Europa, que associa as funcionalidades do telefone móvel às dowalkie talkie.

O serviço Vodafone Walkie Talkie, já disponível em Portugal,permite que um telemóvel possa também ser utilizado como sefosse um walkie talkie. Para iniciar uma comunicação, é apenasnecessário carregar num botão específico e, desta forma,usufruir das vantagens adicionais. Ou seja, ao contrário do queacontece com os tradicionais walkie talkies, que implicam umagrande proximidade dos utilizadores, este novo serviçopossibilita a comunicação entre pessoas dispersas por todo opaís. Por outro lado, quem aderir a este serviço pode escolherentre falar para um grupo de utilizadores ou comunicar apenascom um dos seus contactos, dispondo, assim, de umaprivacidade impossível nos walkie talkies tradicionais. Deacordo com o comunicado emitido pela operadora, o “VodafoneWalkie Talkie tem, ainda, a original característica de ser umserviço simultaneamente orientado para jovens e para clientesempresariais, correspondendo aos hábitos de convívio emgrupo dos primeiros, e às necessidades de comunicação com

colaboradores em total mobilidade, dos segundos”.Numa primeira fase, este serviço, assente na tecnologia PoC

– Push-To-Talk Over Cellular, vai estar disponível através deum único equipamento, o Nokia 5140, que é comercializadopor 139 euros. A prazo, o portfólio de equipamentos com estafuncionalidade será alargado. Para já o push-to-talk da Vodafoneé gratuito e irá manter-se sem custos para o utilizador até aoinício do mês de Outubro, “prevendo-se a partir desta data aintrodução duma estrutura de preços”. De salientar que o PoCestá a ser testado pela maioria dos operadores europeus, quetêm planos para avançar com o serviço ainda antes do final doano. Em Portugal, a TMN já tinha anunciado um piloto dirigidoa um grupo de 150 a 200 utilizadores, na sua maioriaempresariais. A operadora garante, no entanto, que pretendelançar o PoC em moldes comerciais ainda durante o terceirotrimestre deste ano. Para já a TMN está a trabalhar com aMotorola.

Técno-reportagem

Portugal já pode ser vistodo ar no Google maps

O Google tem vindo a aumentar os mapas de imagens porsatélite que oferece no serviço Google maps, de tal forma quePortugal é um dos países que está agora incluído no últimoupdate.

Revista Turbo renova siteA revista Turbo renovou a sua morada na internet, apos-

tando na restruturação dos conteúdos, numa nova plataformatecnológica e num novo aspecto gráfico.A publicação optou poracrescentar mais jogos, vídeos e novos serviços à habitualinformação sobre o mercado automóvel.

Os melhores «testes e comparativos» dos lançamentos domercado automóvel continuam a ser uma presença constantenestas páginas. Outra das áreas fortes da Turbo Online é asecção de classificados onde o utilizador pode colocar o seucarro à venda e, a partir de agora, ilustrar o seu anúncio comuma fotografia do automóvel em questão. Participar no fórum,inserindo aí as suas imagens preferidas, ou descarregar umdos wallpapers disponíveis, são outras das opções que seapresentam a quem visita este endereço.

Entre os novos conteúdos da página destaca-se apossibilidade de pesquisar o preço de novos modelos, deprocurar automóveis usados, utilizar o consultório jurídico oude realizar o seu próprio teste comparativo.

Segundo informações avançadas pela Edimpresa, o novo siteda Turbo tem «os olhos postos no futuro, utilizando um sistemade publicação e gestão de conteúdos da “terceira geração” quepermitirá evoluir este projecto sem limitações, apostando numaligação cada vez maior a outras plataformas de som e imagem».

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 1 2

Guia do ConsumidorCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLAR

CANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGAL

EM 28 JUNHO 20051 E U R O = 1 . 4 9 8 91 E U R O = 1 . 4 9 8 91 E U R O = 1 . 4 9 8 91 E U R O = 1 . 4 9 8 91 E U R O = 1 . 4 9 8 9

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Fax: 514.844.6283TRANSPORTESTRANSPORTES BENTO COSTA

514.946.1988

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URGÊNCIASE SERVIÇOS PÚBLICOS

514.287.3370

Polícia, Fogo, Ambulância 9-1-1Clínica Portuguesa Luso 849-2391Detecção de gás 598-3111Emigração Canadá 496-1010Emigração Quebeque 873-2445Hospital Hôtel-Dieu 844-0161Hospital Royal Victoria 842-1231Hospital Ste-Jeanne-d'Arc 842-6141Hospital Ste-Justine 345-4931Hospital Montreal para Crianças 934-4400Informação Montreal 872-1111Normas do trabalho 873-7061Recolha de lixo e urgências 872-3434Serviço Interculturais 872-6133Sun Youth, Serviços de Urgência 842-6822Urgências sociais 896-3100

AtlânticoBrossardLavalLusitanaSanta Cruz

514.387.1551450.659.4356450.687.4035514.353.2827514.844.1011

ENSINO ESCOLAR

Igreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

IGREJAS

Associação dos PaisAssociação Port. do CanadáAssociação Port. do Espírito SantoAssociação Port. de LasalleAssociação Port. de Ste-ThérèseAssociação Port. do West IslandCasa dos Açores do QuebequeCasa do RibatejoCentro de Ajuda à FamíliaCentro Português de ReferênciaCentro Com. do Espírito SantoCentro Comunitário Santa CruzClube Oriental Português de MtlClube Portugal de MontrealInstituto Cultural AçorianoFilarmónica Portuguesa de Mtl.Filarmónica Esp. Santo de LavalGrupo Folc. Campinos do RibatejoGrupo Folc. Português de Mtl.Missão de Nossa Senhora FátimaRancho Folclórico Verde MinhoSporting Clube de MontrealSport Montreal e Benfica

495.3284844.2269254.4647366.6305435.0301684.0857388.4129729.9822982.0804842.8045353.1550844.1011342.4373844.1406844.6371982.0688844.2269353.3577739.9322687.4035768.7634499.9420273.4389

ASSOCIAÇÕESE CLUBES

CH TVPortugalíssimoRádio Centre-VilleRadio Clube Mtl.TVPM

514.522.4150514.483.2362514.495.2597514.849.9901514.993.9047

RÁDIO E TELEVISÃO

HOTELRAMADA BLAINVILLEwww.hotelramadablainville.com1136 Boul. Labelle 450.430.8950

IGREJASIGREJA BAPTISTA PORTUGUESAPastor Pedro Felizardo Neves6297 Monkland Ave. 514.484.3795

CENTRO CRISTÃO DA FAMÍLIAAssembleia de Deus do Canadá2500 Boul. Rosemont (esq. Iberville)Pastor: Carlos Figueiredo 514.376.3210

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Em cerimónia presidida pelo padre José M. Cardoso, na Igreja Santa Cruz, no pretérito dia 18 de Junho, Rachel Marie, filha de NelsonVallacorba e de Cynthia Sá, recebeu o sacramento do Baptismo. Foram padrinhos, Richard Galego e Tânia Sá.

1o Ano de SaudadeOlívia Sousa Tavares

1 de Outubro de 1926 – 31 de Julho de 2004

Seus 3 filhos, familiares e amigos recordam comprofunda saudade o seu ente querido.

Renovam profunda gratidão pelas presenças amigasna liturgia do 1o ano em sufrágio pela sua alma, queserá celebrada no domingo 31 de Julho, pelas 10h00,na Missão Santa Cruz, em Montreal.

Agradecem antecipadamente a todas as pessoasque se dignarem assistir a este acto religioso.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 1 3

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Viagens turísticas sobem 6,6%no primeiro trimestre

As viagens turísticas dos residentes registaram um aumento de6,6% no primeiro trimestre deste ano, relativamente ao períodohomólogo do ano anterior, o que corresponde a 3,4 milhões deviagens, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE) estaterça-feira. O INE refere que o aumento ficou a dever-se ao efeitoPáscoa, que em 2004 se verificou no segundo trimestre. Oalojamento turístico privado foi o mais procurado, tendoconcentrado 66,1% do total das dormidas dos residentes. Asviagens repartiram-se preferencialmente pelos motivos de lazer,recreio e férias (43,7%) e visita a familiares e amigos (32,3%). O mêsde Março concentrou a maioria das viagens do trimestre,especialmente pelos motivos de lazer, recreio e férias (44,6%) e visitaa familiares e amigos (40,1%).

PCP quer acabar já comsubvenções dos políticos

O PCP entregou esta terça-feira no Parlamento um projecto paraacabar de imediato com as subvenções dos titulares de cargospolíticos e proibir regimes especiais de aposentação como os doBanco de Portugal ou Caixa Geral de Depósitos.

Energia mais limpa emais barata pode ser realidade

Os parceiros do pro-jecto ITER (Interna-cional ThermonuclearExperimental Reactor)reuniram-se hoje emMoscovo e decidiraminstalar o primeiro reac-tor nuclear experimen-tal de fusão nuclear nosul da França. O projec-

to irá custar cerca de dez milhões de Euros e é uma alternativamais limpa e barata que o petróleo.

“Com esta declaração, foi escolhido o sítio da França(Cadarache)”, afirmou a porta-voz do comissário europeu deInvestigação e Ciência, Antonia Mochan. A decisão foi adoptadanuma declaração conjunta assinada pelos países que compõem oconsórcio que financia o projecto: União Europeia, Estados Unidos,Japão, Rússia, China e Coreia do Sul. Braço de ferro A localidadefrancesa de Cadarache e a região nipónica de Rokkasho Muracompetiam entre si para acolher a sede do projecto. AntoniaMochan afirmou que a decisão foi tomada em Moscovo à portafechada e a França, que contava com o apoio de Moscovo ePequim acabou por levar a melhor sobre o Japão apoiado porWashington e Seul. Energia do futuro Criado sob a égide doOrganismo Internacional de Energia Atómica (OIEA), o projectoITER é o programa de cooperação científica internacional maisimportante depois da Estação Espacial Internacional (ISS) ecustará cerca de 10 mil milhões de euros que se desenvolverá aolongo de 30 Anos O programa tem por ambição reproduzir aenergia que se gera no Sol e nas estrelas e distingue-se das actuaiscentrais nucleares por basear-se na fusão e não na fissão nuclear,libertando no processo apenas hélio, um gás inerte e inofensivo, enão resíduos perigosos. Ainda são necessários anos de expe-riências para se chegar à produção comercial de electricidadedesta forma. No entanto, acredita-se que o processo seja uma dasalternativas mais fiáveis para enfrentar a crise energética,resultante do previsível esgotamento das reservas de combustíveisconvencionais, como o petróleo, o gás e o carvão.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 1 4

Vária

Análise dos factossalientes e testemunhos

A partir dos dados da sonda-gem apresentada no último nú-mero deste jornal, eis algumasconstatações fascinantes que delaemanam:

*Mais de metade das pessoasinterrogadas (54%) desejam terdois filhos; quase um quarto (22%)desejam três; e 7%, quatro.. Mas8% só querem um, e apenas 6%não querem nenhum.

*Mais os estudos sãoavançados, menos crianças há.As pessoas com 12 anos ou menos

de escolaridade, (39%) não têm filhos. A proporção atinge 56% entreos que têm 13 a 15 anos de escolaridade e 60% os que têm 16 anose mais de estudos.

*Sob o ângulo da religião, os não praticantes são maisnumerosos (54%) a não quererem filhos do que os praticantes(44%).

*Mais a idade avança, mais se pensa que é difícil ser pai ou mãe.É o custo da vida que é invocado pela grande maioria (32%); 40 %dos que têm um rendimento anual de 25 000 a 35 000 dólares sãodesta opinião.

*25% das pessoas interrogadas acham que o rendimentoanual mínimo, necessário para fazer viver dois filhos é de 50 000dólares; 67% consideram que são necessários 40 000; 82%, pelomenos 30 000.

*As pessoas com o rendimento mais baixo (menos de 15 000dólares por ano (mil e quinhentos contos) acham que sãonecessários de 30 000 a 35 000 dólares para sustentar uma famíliacom dois filhos. Mas 6% dos que têm um rendimento superior a 75000 dólares anuais (sete mil e quinhentos contos) consideram quesão necessários

50 000 dólares (cinco mil contos).

TESTEMUNHOSMUDANÇA DE VALORES SOCIAIS, PROBLEMAS FINAN-

CEIROS, MEDO DAS RESPONSABILIDADES…CADA UMAPRESENTA A SUA EXPLICAÇÃO.

“Ter filhos, é consagrar a alguém os melhores anos da sua vida.Isso exige muita abnegação. E, com a contracepção e a mudançade valores, as mulheres têm a escolha entre vários projectos devida socialmente aceitáveis…

A precariedade económica também produz os seus efeitos masnão impede a vinda do primeiro filho (quando se tem o desejo deter filhos, o primeiro sobretudo, não acredito que as condiçõessócio-económicas sejam um obstáculo), mas para o segundo ou oterceiro, é certamente um obstáculo”.

Ane-Marie Lecompte, 32 anos,Articulista, mãe de dois filhos“Há sempre o desejo de ter filhos, mas este desejo custa a

concretizar. A causa da deterioração das condições de vida dosnovos casais com empregos precários e com rendimentosinferiores aos que nos precederam, vem juntar-se ainda adesafeição pelo casamento”.

Simon Langlois,Sociólogo da Universidade Laval“Tive os meus filhos no fim dos anos 40. Os salários eram baixos,

mas a vida era mais estável e menos exigente. Os pais modernoscorrem sem parar, não têm segurança financeira, e são incapazesde dar aos filhos tudo o que vêem na televisão. Os filhos tambémsão mais inquietos; sentem-se menos bem rodeados: paisseparados, avós na Florida ou ausentes e desinteressados. Se eutivesse hoje 30 anos, pensaria duas ou três vezes antes de ter filhos”.

Jacqueline Desjardins, 74 anos,Cofundadora da Casa dos avós em Villeray“Os jovens adultos temem as responsabilidades parentais, não

apenas por causa da precaridade financeira, mas, sobretudo naminha opinião, por causa da instabilidade dos casais. O Quebequeé um campeão das uniões livres, das separações e divórcios. Hátambém o facto de muitas mulheres seguirem longos estudos, oque atrasa o tempo de fundarem família, ora, quando têm o primeirobebé aos 36 anos, é de esperar que seja filho único”.

Madeleine Gauthier, socióloga especialistaDa juventude no INRS - Cultura e Sociedade“Não há nenhuma profissão ou emprego que exija tanta

presença e dedicação como a função de pai e mãe. Mais ainda, aspessoas estão cada vez menos preparadas para isso. Considera-seque é natural a paternidade e maternidade, mas é-o cada vezmenos. Há ainda o facto de que as pessoas não podem contar tantocom a rede familiar que tanto ajudou os pais noutros tempos. Paragrande número de novos pais, o choque de o serem é tão grandeque os casais não resistem”.

Marie-Rhéaume,Federação das uniões de famílias“Há alguns anos, um estudo sobre as mulheres contabilistas

(guarda-livros) de 25 a 35 anos que trabalham em escritórios,provou que muitas atrasavam muito a vinda dos filhos, e queaquelas que tinham um, faziam verdadeiros milagres para que issonão parecesse. Viu-se também que o famoso nó não é no terceirofilho que se encontra, mas sim no segundo.

É sempre possível fazer carreira tendo-se um só filho; com doisé muito mais difícil”.

Natalidade Infantil I

Manuel Louro

O Ano Novo andinoIsaac Bigio

Todos os países cristãos celebram ano novo em Janeiro. Emmuitas metrópoles multi-étnicas minorias judias, muçulmanas,chinesas ou indígenas fazem festas pelo início de seus respectivoscalendários em outras datas. Nos Andes, agora estão crescendoas celebrações nativas que comemoram a chegada do ano naterceira semana de Junho. Este renascimento cultural e nacionalindígena é parte de um processo que apontaria a propor o direitodos quechuas, aymaras ou mapuches a governarem seus própriosterritórios. Se a globalização tende a conseguir uma maioruniformização económica e cultural universal, também produzcomo reacção o desejo de muitas “nações sem Estado” de adentrarà cena mundial com seu próprio perfil. O equinócio de Inverno nohemisfério sul era venerado ancestralmente por diversos povos sul-americanos e hoje é motivo para que nacionalidades indígenasreforcem sua identidade étnica e suas demandas nacionais pró-igualdade ou pró-autonomia.

Os dois a três milhões de aymaras estabelecidos entre Peru,Bolívia e Chile comemoram o Machaq Mara. No dia 21 de Junhoeles esperaram terminar a noite anual mais longa sacrificando auma chama branca, sendo que o yatiri (sacerdote) examina suasentranhas para decifrar o carácter do novo ano. O meio milhão demapuches ao sul de Chile e os 13 milhões de quechuas entreColômbia, Equador, Peru, Chile, Bolívia, Argentina e Brasiltendem a celebrar We Tripantu (nova saída do sol) e a Inti Raymi(festa do Sol) no dia 24 de Junho. O conceito é similar: saúda-seo fato de que nos dias vindouros o sol sairá mais.

Em Cuzco um ator que se passa por Inca recebe entre multidõesas representantes de quatro regiões do seu antigo império. Noplanalto os ritos do Machaq Mara são acompanhados pelas wiphalas(bandeira nacional aymara).

Com a queda do bloco soviético (1989-91) expandiu-se umaonda de novos nacionalismos. As antigas federações socialistassoviética, Iugoslava e Tchecoslovaca se desintegraram dandoorigem a 22 novos Estados capitalistas. As economiasmultinacionais estatizadas e planificadas foram desintegradas eremanejadas pelo desejo de várias elites nacionais de criar seusrespectivos Estados e mercados nacionais, para assim, poderemcaptar mais capitais ou integrarem de uma maneira melhor aomercado global. A onda nacionalista, que produziu novos Estadosdesde a Eritréia até Timor Leste, no entanto, ainda não conseguiupenetrar fortemente nas Américas. Porém, onde esta tem maispossibilidades de sucesso é nos povos nativos, os mesmos quetambém depois dos festejos do quinto centenário da conquista(1992) vieram-se revigorizados nacionalmente.

No círculo árctico é onde os povos originários conseguirammaiores concessões. Os inuits (esquimós) conseguiram que seusidiomas sejam oficiais e seus territórios autónomos em Nunavut(Canadá) e na Groenlândia, regiões maiores que qualquer Estadoeuropeu (exceto Rússia), ainda que com populações muitopequenas.

Na América Latina desde Chiapas (México) até Chapare(Bolívia) produziram-se levantes indígenas que conseguiramajudar a esquerda nestes países (a mesma que poderia ganhar aseleições presidenciais vindouras), mas ainda não conseguiram“autonomias nacionais”.

De todas as nações nativas a que tende a ser a quepotencialmente mais pode comover é a aymara, um povo com umalíngua, crenças e traços físicos muito marcantes. Eles dominam umterritório economicamente integrado (sobretudo suas fronteiras).Os aymaras poderiam converter-se no que os vascos representampara Europa e os curdos para o Médio Oriente: um povoencurralado entre diferentes Estados e que reclama direitosnacionais.

O Movimento indígena Pachacuti de Felipe Quispe, que em 2002arrasou eleitoralmente nas zonas aymaras bolivianas, propõe uma“guerra civil” contra os k’aras (brancóides pró-ocidentais) ereivindica os cultos pré-colombinos aos cerros (apus), terra(pachamama) e os astros celestiais. Abertamente, clamam pelaabolição do estado às autoridades e a bandeira tricolor bolivianae a mudança para um Estado de ayllus (comunidades andinas) eo restabelecimento do Kollasuyo (região que durante o incário iadesde o sul de*Cuzco até a serra central do Chile e da Argentina).

Muitos críticos ao nacionalismo andino sustentam que eles estãobaseados em mitos modernos. Acusam que a bandeira das setecores não seja inca, mas sim que foi criada por um jornalista deCuzco na década dos 70. Criticam o calendário aymara (quesustenta que estamos no ano 5.513: isto é que se conta a partir da“hecatombe” de mais 1.492 os 5.000 anos prévios) alegando queo dito povo não é tão antigo.

No entanto, tal como o propõe Anderson, as nações são“comunidades imaginárias” nas quais um grupo de líderesinicialmente consegue criar apoio popular para um ente cujossímbolos eles exageram ou fabricam. Enquanto dentro dosaymaras há tendências separatistas, a maioria dos nacionalistasaymaras e quechuas propõe “recuperar” o Peru, Equador e aBolívia para os “cobrizos” ou fazê-los Estados multinacionais. Osmapuches acentuam seus reclames por autonomia territorial e porrecuperação de terras.

Finalmente Golos…Texto Kevin Antunes e fotos de Michael Estrela

O Impact de Montreal conseguiu finalmente ganhar oseu primeiro jogo em casa, também no acaso marcou os seusprimeiros golos caseiros da temporada. O Impact derrotou o Bat-tery de Charleston na Quarta-Feira passada por quatro bolas aduas num jogo bem disputado em termos futebolísticos. O Charles-ton, uma equipa que joga um estilo “Inglês” de futebol aéreo viu-se favorecido pela ausência do guarda-redes InternacionalCanadiano, Greg Sutton que mede 6’6 mas nem assim conse-guiuultrapassar a equipa da casa.

O Impact começou bem o jogo com a bola a ser jogada no chãopara contrariar o jogo aéreo do Charleston e foi assim que construiuo primeiro golo do jogo. Foi aos 26’, Mauricio Vin-cello rematou

rasteiro e viu uma defesa adversa desviar a bola fora do alcancedo guarda-redes Chris Doyle. Quatro minutos depois foi a vez deAli Gerba mostrar as suas qualidades de Ponta-de-Lanca aomarcar o dois a zero isolado com o guarda-redes.

Na Segunda parte o “Battery” tentou voltar ao plano inicial queera de bombear bolas altas para a aérea do Impact, o que resultouem dois golos. Os azuis e brancos viram-se imediatamenteengarrafados na aérea deles até fazer umas substituiçõesfavoráveis ao contra-ataque. Sandro Grande que assinava o seuregresso aos jogos. O Impact e os seus, cerca de, 12,000 adeptosa vibrar quando marcou um belíssimo livre directo aos 78’ para pôros seus na frente. Poucos minutos depois o também recém entradoEduardo Sebrango veio completar o marcador aos 90’ com umbelo remate certeiro sem hipótese de defesa para o guarda-redes.

Antonio Ribeiro entrou ao lugar do muito carismático capitão daequipa, Mauro Biello aos 80 minutos mas os cerca de dez minutosque lhe concedeu De Santis não chegaram para que Ribeiropudesse mostrar o seu valor. Aquando ao apito final dava para vera frustração na cara de Ribeiro que esta no último ano de con-tratocom o clube de Montreal e com certeza repensara as suas opçõesquando vai chegar o tempo de renegociar o contrato.

O Impact jogara o seu próximo jogo amanha contra o PortlandTimbers em Portland. Os Timbers tem cinco vitórias, quatroderrotas e três empates. Depois de jogar em Portland o Impact re-gressa a casa para receber os Sounders de Seattle. O jogo será noComplexo Desportivo Claude-Robillard à partir das 19:00.

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Viva o futebolBREVES

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João Paulo é o eleito parasubstituir Enakarhire, caso onigeriano se transfira para oDínamo de Moscovo. Numencontro entre dirigentes doSporting e da U. Leiria, noqual ficou definido que assimque chegarem as garantiasbancárias dos russos.

Recandidatura ganha forçaDecididamente, a visita aCabo Verde mexeu com LuísFilipe Vieira. O presidente doBenfica voltou a ouvir apelosdos adeptos daquele arqui-pélago no sentido de se re-candidatar ao lugar em 2006.

Lourenço vai ser cedido, napróxima temporada, à Uniãode Leiria. O avançado, que naúltima época esteve empres-tado ao Belenenses, fora umadas exigências dos leirienses,aquando do processo negocialque culminou com a contra-tação do lateral/médio-es-querdo Edson pelos leões.Lourenço não faz, assim, partedos planos de José Peseiro esegue directo para Leiria.

PORTUGAL FICA EM SEGUNDO NOTORNEIO INTERNACIONAL DE LISBOA

Sub-18: Desacerto na finalizaçãoRui Gomes não conseguiu facturarA Selecção Nacional Sub-18 quedou-se pelo segundo lugar no

Torneio Internacional de Lisboa ao perder (0-1), na última jornada,com a Polónia. Bastava o empate para os portugueses venceremo evento mas, ao invés, “ofereceram” o troféu aos polacos,revelando grande desacerto na finalização. Apesar de tudo teremfeito para chegar ao golo, sobretudo na segunda metade, oconjunto de Carlos Dinis não conseguiu concretizar: remates aoposte, ao lado e por cima... da baliza à guarda de Tyton, que esteveirrepreensível. O lance do golo dos visitantes, logo ao minuto 18,num livre apontado por P. Król, acabou por fazer a história do jogo.Isto porque, a partir daqui, os portugueses perderam odiscernimento e a concentração. O intervalo teve o condão detrazer maior tranquilidade à equipa nacional que, no segundotempo, apresentou um maior caudal ofensivo, também muitodevido às mudanças no onze, nomeadamente as entradas de JoãoPinhal, Hélder Barbosa e Tiago Pires. Aos 53’ João Pinhal remataem arco, por cima; dois minutos depois é a vez de Rui Gomes fazerjus ao pontapé forte e habitualmente certeiro, mas Tyton, bemcolocado, negou a igualdade.

AzarA falta de pontaria dos Sub-18 portugueses, com alguma dose

de infelicidade à mistura, continuou, aumentando os nervosismodos adeptos nacionais. E as oportunidades desperdiçadassucediam-se: aos 61’, João Pinhal rematou forte... ao poste. Poucodepois era a vez de Tiago Pires arrancar gritos de desespero nabancada ao acertar nas malhas laterais da baliza polaca.

Os pupilos de Carlos Dinis tudo tentaram até final, embora semefeitos práticos. Já nos descontos, Antunes experimentou o seuforte pontapé mas não acertou.

Fernando Gomes na Holandapara garantir KromkampO administrador da SAD doFC Porto, Fernando Gomes,viajou para a Holanda, nosentido de reatar as nego-ciações entre os «azuis e bran-cos» e o AZ Alkmaar, tendoem vista a transferência paraa Invicta do lateral-direitoKromkamp.

Futebol Internacional

«Brasil vai precisar de jogartudo para vencer a Argentina»

«O seleccionador do Brasil não espera facilidades na final dequarta-feira da Taça das Confederações, na Alemanha, masacredita que a sua equipa vai vencer a Argentina. «O Brasil vaiprecisar de jogar tudo para vencer», afirmou hoje Carlos AlbertoParreira, em Frankfurt.

Parreira aproveitou a conferência de imprensa para defender odefesa Roque Júnior, alvo de críticas da imprensa brasileira: «ORoque Júnior é um jogador com personalidade. Tem falhas, comotodos, mas espero que ele reaja bem na final.»

Em jeito de balanço à presença brasileira na Taça dasConfederaões, Carlos Alberto Parreira afirmou: «Foiextremamente proveitosa. Conseguimos observar 20 jogadoresem três jogos... Vencemos a Alemanha e chegámos à final... Osaldo foi muito positivo.»

Arsenal garante HlebO Arsenal garantiu junto do Estugarda os direitos sobre o

bielorusso Alexander Hleb, que terá ainda de adquirir a necessárialicença de trabalho para ver confirmada a transferência para oclube londrino. «Estamos muito contentes por Alexander Hleb teraceite juntar-se ao Arsenal. É um jogador que admiro há algumtempo e sei que vai trazer grande qualidade à nossa equipa»,afirmou o «manager» do Arsenal, Arsene Wenger, que garante,assim, o primeiro reforço para a nova época. Com 24 anos, Hlebregistou 130 jogos com a camisola do Estugarda, tendo apontado16 golos.

Scolari: a meta está fixada

Scolari não podia ser maisclaro, o seleccionador fixa umameta muito concreta para a fasefinal do Mundial-2006. Ao ad-mitir que o falhanço começa dooitavo lugar para baixo, o téc-nico dá aos adeptos da selecçãouma referência razoável (apresença nos quartos-de-final)para enquadrar os próximosdoze meses.

À luz do discurso conser-vador que continua a ditarregras no futebol português,poderia pensar-se que falar tãoabertamente da fase final com

o apuramento ainda por ga-rantir é uma forma de atrairdesgraças. Scolari terá certa-mente muitos defeitos e opçõesdiscutíveis, mas pôr as cartasna mesa com esta nitidez é umpasso na direcção certa.

Por quê? Porque confirma asubida de escalão que os últi-mos anos trouxeram à selecçãoportuguesa (já não se faz a festapor garantir a presença na fasefinal). Porque permite manteraltos os níveis de exigência eambição numa altura em queos resultados e o calendário de

apuramento poderiam sugerirdescontracção. E porque se-gue as pisadas do último Euro-peu, onde, mesmo com as másexibições nos jogos de prepa-ração, assumiu o objectivo deum lugar nos quatro primeiroscomo limiar da cobrança.

Exposto a críticas que lheapontam as poucas satisfaçõesque dá pelo seu trabalho, Scola-ri deixa o cenário claro a dozemeses da meta. Todos, a come-çar pelos jogadores, sabem apartir de agora em quanto estáavaliada a ambição.

F.C. Porto: um plantelque dava para duas equipas

A época do F.C. Porto não vai começar damelhor forma. Se o número ideal dejogadores para o plantel está entre os 24 e os26 elementos, o panorama que Co Adriaansevai encontrar, a 4 de Julho, está afastado deum cenário ideal, dado que poderão estar àsua disposição um máximo de 38 atletas, sebem que este número dificilmente seráatingido. A obrigação é reduzir este plantelque dava para duas equipas.

Existem vários casos pendentes quedeverão ter uma resolução final durante os

próximos dias. Jan Kromkamp é a grande prioridade para o ladodireito da defesa, onde será acompanhado por Bosingwa, masexiste um excesso de avançados que levará os dirigentes a vivercom algumas dores de cabeça.

Para além do mediatizado Benni McCarthy, que está a exercerenorme pressão para não voltar a vestir a camisola azul e branca,ainda não existe qualquer eco sobre a situação dos regressadosde empréstimo Jankauskas, Bruno Moraes e Hugo Almeida.Cláudio Pitbull, César Peixoto, Marco Ferreira e Hugo Leal situam-se, igualmente, numa espécie de limbo que os coloca num campode enormes incertezas, embora neste momento as informaçõesapontem para a sua integração, pelo menos, na primeira semanade estágio antes de equipa rumar para a Holanda.

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A VOZ DE PORTUGAL, 29 de Junho de 2005 - Página 1 6

DesportoFC Barcelona na corrida pela“bomba” Cristiano Ronaldo

O FC Barcelona, actual cam-peão espanhol de futebol, estádisposto a pagar 20 milhões deeuros aos ingleses do Man-chester United para contrataro internacional português Cris-tiano Ronaldo, avança hoje odiário desportivo Sport. Segun-do o jornal catalão, Ronaldopode ser a “bomba” do FCBarcelona, cujo plantel para2005-2006 teria ficado fechadocom as contratações do médioholandês Mark van Bommel(PSV Eindhoven) e do avan-çado espanhol Santiago Ez-querro (Athletic Bilbao).Noentanto, o diário assegura queos campeões espanhóis que-rem reforçar a equipa com aaquisição do polivalente avan-çado português e que as nego-ciações estão a ser orientadaspelo empresário do jogador,Jorge Mendes. O facto do em-presário português manterboas relações com o clube cata-lão, depois de ter colocado emBarcelona Deco, Ricardo Qua-resma, que regressou a Portu-gal para o FC Porto, precisa-mente por troca com o luso-brasileiro, e o mexicano RafaelMarquez, é apontado pelo Sportcomo uma vantagem para oeventual sucesso das negocia-ções com os ingleses.A recentecontratação do internacionalsul-coreano Ji-Sung Park tam-bém será, segundo o mesmodiário, outro sinal da disponi-bilidade do Manchester United- agora propriedade do magna-ta norte-americano MalcolmGlazer - em libertar Ronaldopor mais três milhões de euroscomparativamente ao valorpago há dois anos ao Spor-ting.Glazer retirou o clube daBolsa de Londres e sabe queesta decisão acarretará, a curtoprazo, custos financeiros aoclube inglês, que poderão,porém, ser atenuados com avenda de alguns jogadores, àexcepção do jovem avançadoinglês Wayne Rooney, o únicoconsiderado imprescindível.OSport frisa que a aquisição deRonaldo tem o aval da equipatécnica comandada por FrankRijkaard e que o jogador, quetambém foi alvo de uma aborda-gem do Real Madrid nestedefeso, já terá manifestado a

sua satisfação pelo projectodesportivo do principal clubeda Catalunha.”O estilo de jogo(do clube) adapta-se bem àssuas características. Além dis-so, e depois de dois anos no

Manchester United, CristianoRonaldo está desejoso em ini-ciar uma nova etapa num fute-bol mais ofensivo e num paísmais quente”, refere o jornalespanhol.

Automobilismo

«Fórmula 1 é mais difícil doque imaginava»(Tiago Monteiro)

No dia em que foirecebido em São Ben-to pelo primeiro-minis-tro, Tiago Monteirofalou esta segunda-feira sobre a forma co-mo está a decorrer aexperiência na Fór-mula 1, categoria naqual, confessa, nuncapensou ser tão difícil.

«O trabalho na Fór-mula 1 é mais difícil doque imaginava. Des-cobri muitas coisas novas e aprendi muito, peloque estou ainda mais satis-feito por ter termi-nado todas as provas», disse o piloto portuense,cujo ponto alto foi, sem dúvida, o terceiro postoalcançado no Grande Prémio dos EstadosUnidos. «As circunstâncias foram, no mínimo,estranhas, mas não deixou de ser uma recom-pensa pelo trabalho e pelo esforço de toda a equipaao longo deste período», considerou.

Automobilismo

«Foi uma loucura», dizMosley em relação ao GPdos Estados Unidos

O presidente da FIA MaxMosley criticou severamente adecisão tomada pelas sete equi-pas da Fórmula 1 que não parti-ciparam na Grande Prémio dosEstados Unidos, e chegou mes-mo a dizer que «foi uma loucu-ra» este abandono que deixou

em prova meia dúzia de bólides.«Foi uma situaçãocompletamente ridícula porque em situaçõescomo esta não há vencedores. Foi uma loucura.Senti uma forte irritação até porque cheguei asuspeitar que se tratava de uma situação criadaartificial e deliberadamente», referiu ao jornal«The Guardian». Contudo Mosley não põe departe a suspensão das sete equipas que abando-naram a prova: «Se se concluir que algumas dasequipas tiveram culpa a suspensão será justifi-cada. Há também outras possibilidades como porexemplo a retirada de pontos, uma multa econó-mica ou mesmo uma repreensão», referiu Mosley.

Adeptos invadiram o campo,agrediram e assaltaram os jogadores

Na Argentina, o futebol é uma paixão capaz de levar os adeptosa cometer a loucura mais extrema. O incidente aconteceu numjogo da 2ª Divisão. Cerca de cem adeptos do Chacarita invadiramo campo, aos 26 minutos da segunda parte, para agredirem etirarem as roupas aos jogadores da sua equipa.

A polícia foi obrigada a dispersar os simpatizantes com gáslacrimogéneo e balas de borracha que feriram jogadores etorcedores, levando um deles ao hospital. A confusão foi tanta queo desafio acabou por ser suspenso, sendo roubados equipamentosdas duas equipas, bandeirinhas de canto e até o painel electrónicoque anuncia as substituições.

Tudo porque o Chacarita estava a perder por 2-0

Portugal confirma posição e partedo quinto lugar para 2005/06

A UEFA confirmou as posições no «ranking» europeu no finalda época, atestando que Portugal mantém o sexto lugar naclassificação que determina os lugares nas competições europeiasem 2006/07. Tal como na época que agora começa, haverá duasequipas portuguesas com entrada directa na Liga dos Campeões,uma na pré-eliminatória e três na Taça UEFA. Na temporada quevai ter início Portugal pode subir. E parte já do quinto lugar, portroca com a Alemanha.

O «ranking» tem em conta os resultados obtidos nas últimascinco épocas e Portugal deixa cair o ano de 2000/01, em queapenas fez 6,125 pontos, enquanto a Alemanha perde um ano bom,em que somou 11,062. Portugal está também perto do quartolugar, ocupado pela França, que perde 9,500 pontos. As posiçõesfinais vão depender dos resultados das equipas dos três países aolongo da temporada 2005/06.

Na última época Portugal voltou a ter seis equipas em prova esomou 8,166 pontos, tendo sido o oitavo país com mais pontossomados, atrás da Espanha, Inglaterra, Itália, França, Alemanha,Holanda e Rússia. Esse resultado, aliado aos números excelentesdos dois anos anteriores, marcados pelos dois títulos europeus doF.C. Porto, permitiram consolidar o sexto lugar e aspirar a mais

Sindicato dosJogadoresoferece cincomil euros àfamília de HugoCunha

O Sindicato dos JogadoresProfissionais de Futebol (SJPF)vai entregar cinco mil euros àfamília de Hugo Cunha, jogadordo U. Leiria, que morreu nosábado, em Montemor-o-Novo,na sequência de um jogo entreamigos. O cheque resulta doseguro de vida que o SJPFoferece gratuitamente a todosos associados que se encontremem situação regular, de acordocom um comunicado do sindi-cato. «Em resposta às manifes-tações de solidariedade deprofissionais de futebol amigosde Hugo Cunha», o sindicatovai ainda promover um jogo dehomenagem, na próxima sema-na, também em dia a definir, norecinto do Fabril, no Barreiro,onde era oriundo o jogador doU. Leiria. O encontro serájogado por equipas constituídaspor jogadores da Superliga ede outros escalões do futebolnacional. A receita reverteráintegralmente para a família deHugo Cunha .

Fernando Couto querterminar carreira na Lazio

O internacional portuguêsFernando Couto revelou pre-tender terminar a carreira defutebolista na Lazio, mas reco-nheceu ter outras propostaspara avaliar, caso não concret-ize o seu desejo. O segundojogador mais internacional desempre, com 110 presenças naselecção, logo atrás de LuísFigo (112), lembrou que o seucontrato termina a 30 de Junhoe explicou ainda não ter sidocontactado para prolongar ovínculo.

“Recebi propostas do Dínamo de Moscovo e de uma equipainglesa. Mas a minha intenção é ficar na Lazio. A minha vontade,no entanto, pode não bastar e, se a Lazio não mostrar interesse,avaliarei as outras propostas já recebidas”, disse o defesa central.

Fernando Couto, que alinha na Lazio desde 1998/99, repre-sentou já o FC Barcelona, Parma e FC Porto, entre outrosemblemas. Em Agosto, o jogador português completa 36 anos.

Beckham pode ir a tribunalpor causa das suas tatuagens

David Beckham poderá enfrentar umabatalha judicial como o criador das novetatuagens que estão registadas no seucorpo. O jogador do Real Madrid quer usá-las numa campanha publicitária, mas LouisMolly assegura que é o proprietário dosdireitos de autor das suas imagens eameaça processar o internacional inglêscaso este ganhe dinheiro à custa das suaspróprias tatuagens.

O artista explicou ao jornal «Daily Mir-ror» que Beckham e a sua mulher Victoriaentraram em contacto com ele, recente-mente, por causa de um anúncio publi-citário em que iria mostrar aos fãs algunsdos seus desenhos num anúncio de carác-ter publicitário. Uma fonte ligada ao jogadorafirmou que ninguém estaria interessadonas tatuagens se não estivessem no corpode Beckham. O jogador tem uma cruztatuada nas costas, um anjo com o nomedos três filhos: Romeo, Broolyn e Cruz.Também tem no braço três símbolos querepresentam cada uma das suas crianças.Victoria tem cinco estrelas nas costas e asiniciais do marido escritas no pulso. Osdesenhos são da autoria de Louis Molly.

Carlos Queiroz,Bobby Robson eDel Bosque noFigo Allstars

Os treinadores Carlos Quei-roz, Bobby Robson e VicenteDel Bosque são três dos quatrotreinadores que vão orientar asequipas da terceira edição doFigo Allstars, em mais um jogode angariação de fundos parainstituições sociais.

O desafio está agendadopara sábado à noite, no Estádiodo Algarve, onde Roberto Car-los e Ronaldo, do Real Madrid,são algumas das estrelas convi-dadas num encontro que vaicolocar de um lado a FundaçãoLuís Figo e do outro a Funda-ção Ronald McDonald. RuiCosta, Ricardo, Hugo Viana eJoão Moutinho também estãoentre a lista dos eleitos.

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