2005-05-04 - jornal a voz de portugal

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Ano XLV • Nº 18 email: [email protected] WWW . AVOZDEPORTUGAL. COM 04 de Maio de 2005 GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 44 anos ao serviço da comunidade Alocução para a festa do aniversário Senhoras e Senhores, O momento é de festa. De cele- bração da vida por ocasião da passagem dos 44 anos do jornal a Voz de Portugal, algo que o põe na invejável posição de ser o jornal português mais antigo do Canadá. Não vou lamentar o facto de me não encontrar entre vós para cele- brar tão feliz efeméride, porque António Vallacorba Cont. na pág. 2 Prezados Compatriotas * Armando Barqueiro Um aniversário é sempre uma ocasião festiva, assinalando o nasci- mento de pessoa ou obra, cuja recordação deve ser realçada. Nasceu “A Voz de Portugal “ há 44 anos, pela mão de pioneiros cuja missão principal era a de conquis- tarem melhor futuro para o agrega- do familiar. Contudo, paralelamente, esses homens do início da década de setenta, pretenderam elevar o nome Cont. na pág. 2 Soma e segue – 44 anos! Benjamim José da Silva A última vez que estive presente em festa de idêntico significado foi no 40º aniversário de “A VOZ DE PORTUGAL”. Passados que são quatro anos, maior é a respon- sabilidade e maior é a alegria. É costume dizer-se que é mais importante com quem comemos do que aquilo que comemos; analoga- mente é maior a alegria do que com quem estamos do que onde estamos: ESTAMOS COM TODOS OS BONS Cont. na pág. 3 Ver pág. 8 e 11 2005-05-04.pmd 5/3/2005, 6:02 PM 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 4 de Maio de 2005

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Page 1: 2005-05-04 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página Ano XLV • Nº 18 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 04 de Maio de 2005

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

44 anos ao serviço da comunidade

Alocução para afesta do aniversário

Senhoras e Senhores,O momento é de festa. De cele-

bração da vida por ocasião dapassagem dos 44 anos do jornal aVoz de Portugal, algo que o põe nainvejável posição de ser o jornalportuguês mais antigo do Canadá.

Não vou lamentar o facto de menão encontrar entre vós para cele-brar tão feliz efeméride, porque

António Vallacorba

Cont. na pág. 2

Prezados Compatriotas* Armando Barqueiro

Um aniversário é sempre umaocasião festiva, assinalando o nasci-mento de pessoa ou obra, cujarecordação deve ser realçada.

Nasceu “A Voz de Portugal “ há 44anos, pela mão de pioneiros cujamissão principal era a de conquis-tarem melhor futuro para o agrega-do familiar. Contudo, paralelamente,esses homens do início da década desetenta, pretenderam elevar o nome

Cont. na pág. 2

Soma e segue – 44 anos!Benjamim José da Silva

A última vez que estive presenteem festa de idêntico significado foino 40º aniversário de “A VOZ DEPORTUGAL”. Passados que sãoquatro anos, maior é a respon-sabilidade e maior é a alegria.

É costume dizer-se que é maisimportante com quem comemos doque aquilo que comemos; analoga-mente é maior a alegria do que comquem estamos do que onde estamos:ESTAMOS COM TODOS OS BONS

Cont. na pág. 3

Ver pág. 8 e 11

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página

Courrier de deuxième classe;Numéro de contrat: 1001787

Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québecet à la Bibliothèque nationale du Canada

ÉDITEUREduíno Martins

DIRECTEUR HONORAIREArmando Barqueiro

DIRECTEURBenjamim Silva

DIRECTEUR ADJOINTAntónio Vallacorba

RÉDACTEUR EN CHEFSylvio Martins

RÉDACTEUR ADJOINTKevin Martins

COLLABORATEURS:Au Québec:Antero BrancoElisa RodriguesDiamantino de SousaDinora de SousaGerald TremblayHelder DiasJ.J. Marques da SilvaJoão MesquitaJosé de SousaMaria Conceição CorreiaManuel CarvalhoMario CarvalhoNatércia RodriguesPe. José Maria CardosoVictor Hugo

En Ontario:Manuel Alves Louro (Toronto)Fernando Cruz Gomes (Toronto)Augusto Cerqueira (Ottawa)

Au Portugal:Augusto MachadoGustavo FernandesLagoas da SilvaManuel RodriguesMaria Helena MartinsMiguel CarvalhoRui Costa Pinto

SECTION JUVÉNILE:Organisatrice de la section:Susana Sequeira

Collaborateurs :Anthony NunesKevin AntunesMaria CalistoMiguel Felix

PHOTOGRAPHE:Antero BrancoAntónio VallacorbaFilipe EstrelaJosé RodriguesMichael Estrela

ADMINISTRATIONKevin Martins

INFOGRAPHIE:Sylvio Martins

PUBLICITÉ:Conceição FerreiraEduardo LeiteKevin MartinsRPM

Extérieur du Québec:Lingua Ads Services

Portugal:PortMundo Promoção Cultural ePublicidade Ldª.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

Tél.: (514) 284-18131-866-684-1813

FAX: (514) 284-6150E-Mail: [email protected] web: www.avozdeportugal.com

La Voix du PortugalThe Voice of Portugal

Comunidade 2

AGENDA COMUNITÁRIAClube Portugal de Montreal

O Clube portugal de Montreal organisa a festa do 22ºaniversário do Rancho Praias de Portugal abrilhatado porDuarte e DJ Xmen no sábado 30 de Abril de 2005 pelas 19:00horas. Para mais informações ao reseras, telefone ao514.844.1406

Escola Católica de St. Bruno“5th Annual Multicutural Night” que se irá realizar no dia 6 de

Maio no ginásio da escola entre às 6 da tarde e nove da noite. Aescola esta localizada na 402 Melita Crescent entre a Dupont Ste Davenport Rd.

Espírito Santo da Santa CruzOs Mordomos da Grande Festa do Divino Espírito Santo da

Missão de Santa Cruz em Montreal, convidam a comunidadeem geral a rezar o terço todos os dias do 8 ao 14 de Maio de 2005.

Será no salão do Divino Espírito Santo às 19H30. Deixamosaqui um outro convite a todas as pessoas que têm coroas ebandeiras a incorporarem-se no cortejo que terá lugar no dia 15de Maio às 12H00. Para mais informações, queira contactar Joséde Freitas para o telefone (514) 725-1767 ou 777-2057.

Os textos, fotos e i lustraçõespublicados nesta edição são dainteira responsabilidade dos seusautores, não vinculando, directa ouindirectamente, o cariz editorial einformativo deste jornal.

Sport Montreal e BenficaO Sport Montreal e Benfica organiza uma festa para o dia das

mães no dia 8 de Maio de 2005 a partir das 12h30. A ementa serábifinhos com camarão com a animação do conjunto Sky Queen.

O preço é de 25$ para sócios, 30$ para não sócio e de 12$ paraas crianças de 6 à 12 anos. para mais informações podemcontactar ao 273-4389.

Clube Oriental português de MtlO Clube oriental português de Montreal realiza no 7 de Maio

de 2005, un baile abrilhantado pelo o Conjunto Reflex. Paracomemorar o Dia da Mãe e será servido um jantar para esteevento. Havera prémios para a mãe mais jovem e para a mãe maisidosa. Não falte a esta festa. Para mais informações contactar pelotelefone: 514.342.4373

neste dia encontrar-me-ei tam-bém em festa, junto do meuquerido Senhor Santo Cristodos Milagres, na cidade queme viu nascer – Ponta Delgada,S. Miguel.

O que lamento, sim, é de nãopoder estar em dois sítios ao

Alocução para afesta do aniversário

mesmo tempo! Mas estareistodos no meu pensamento e naminha maior admiração.

Ao contrário do que acon-tece com as pessoas, a acumu-lação de anos numa empresa, ésimbolo de idoneidade. Poroutro lado, por acaso neste

momento o jornal está rejuve-nescido por mor da sua novaadministração, da jovem equi-pa de quem o faz e nas renova-das causas nobres que o mante-rão de pé por longos e muitosbons anos.

Aproveitemos a ocasião paranos unirmos ainda mais à voltadeste “projecto” de vida e quemuito “teimosamente tem per-sistido em manter-se actuantee jovem, ciente dos seus perga-minhos!

Félicitations à la Voix du Por-tugal. Je suis fiére de toi etd’étre un des vos plus consis-tent croniqueurs des dernières25 annés.

Congratulations Voice of Por-tugal. I am proud of you and Iam proud of being one of yourmost consistent chroniclers inthe last 25 years.

Baby, you are not getting old;you are getting better!

I wish you a long and a pros-perous life.

Parabéns à Voz de Portugal,nas pessoas de Eduinho Mar-tins, editor; Armando Bar-queiro, director honorário;Benjamim Silva, director; Syl-vio Martins, chefe de redacção,e Kevin Martins, redactor ad-junto. Também, uma saudaçãode muita amizade e admiraçãopara todos aqueles e aquelasque, ao longo dos anos, têmajudado o jornal a ser aquiloque é.

Votos de longa e prósperaexistência!

Cont. da pág. 1

Prezados CompatriotasCont. da pág. 1

do país de origem e afirmá-loperante a sociedade canadia-na, num espírito de patriotismoque parece estar a perder-senos tempos que correm.

Outros vieram dar conti-nuidade à Obra , com dedi-cação e amor. São esses cola-boradores desinteressadosque mantêm A Voz de Portugal. Sem eles, não chegaríamosonde nos encontramos, fiéisrepresentantes de tradições ecultura que caracterizam aportugalidade no mundo.

Muito haveria a dizer nestadata festiva, mas o meu estadode saúde impede-me de dar odevido relevo à tarefa destejornal desde 1961. Ter a Voz dePortugal com representa-tividade na Diáspora Portu-guesa, deve-se à teimosia demuitos portugueses, que sacri-ficam o seu repouso para que,semanalmente, possamos man-ter esta chama que nos re-corda o país de origem.

Cumprimento todos os lusosque têm participado nesta O-bra, enquanto saúdo a popu-lação desta área pelo apoioconstante que nos tem privile-giado. Sem o corpo redatorial,sem o suporte financeiro doEditor e, especialmente sem ointeresse do público leitor,nunca a meta de 44 anos teriasido atingida. Boa sorte para onosso Semanário, para que

outros objectivos possam con-cretizar-se, perante o empenho

de quem, sem outros inte-resses além dos que resultamdo dever cumprido, amam evibram com este jornal.

Restaurante SolmarA vinda do grande chefe e professor sr. Amorim Valente vindo

de Portugal para ajudar a manter o restaurante Solmar como onúmero um em Montreal. A cozinha clássica portuguesa comoa cozinha internacional na companhia do nosso chefe françês dela Sauvagine.

Anunciaremos em breve alguns espectáculos que vai realizar-se no nosso restaurante. Para mais informações, contactar portelefone ao 514.861.4562.

Foto de Antero Branco

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 3

Comunidade

1963-03

Tels.:(514) 282-9976 (514) 288-5177Fax: (514) 848-0133

75, NapoléonMontréal H2W 1K5

Silva, Langelier& Pereira Inc.Assurances Pierre G. Séguin Inc.Seguros e serviços financeiros

40ANOS

AMIGOS!Não lhes vou dizer nada de

novo: todos sabem que jornaisdeste tipo vivem, ou melhor,sobrevivem graças ao equilíbriode três vertentes: Anunciantes,Leitores e Colaboradores. Semo apoio dos primeiros e a gene-rosidade dos últimos, enrou-quecia A VOZ, ou pior, emu-decia, desaparecia… E, comela, todas as boas intenções deinformação, cultura ou forma-ção.

Felizmente temos o favor dedezenas de anunciantes, a pre-ferência de milhares de leitorese dúzias de colaboradores com-petentes que não ficam só pelagenerosidade, vão até à dedi-cação!

Já que falamos de colabo-radores, permitam-me quepreste mais uma vez merecidahomenagem ao nosso directorhonorário Armando Barqueiroe ao nosso editor Eduino Mar-tins. Sempre tive por eles umagrande admiração e um amplorespeito que, reparem bem, sãopartilhados por muito boa gen-te da nossa Comunidade eaumenta por cada semana quepassa, por cada jornal que épublicado!

Soma e segue – 44 anos! Pergunto então a mim mes-mo: - Como é que ArmandoBarqueiro resistiu durantetanto tempo?

Não são 40 dias, 40 semanasou 40 meses! São 40 anos! Ex-traordinário exemplo de com-petência e dedicação. Sem eles,Eduino Martins e ArmandoBarqueiro, não estaríamosagora a comemorar o 44º ani-versário. Eles são causa e efeito!

Vale a pena salientar que, du-rante estes anos, vários ex-colaboradores daqui irradia-ram para outros sectores afinsou diferenciados e lá conti-nuam uma actividade com-petente e de muito préstimopara a nossa comunidade! Queassim exemplarmente conti-nue por muitos anos!

Gabriel Garcia Marquez,prémio Nobel de Literatura em1982, diz-nos: “Compreendi quemorrer é nunca mais estarmoscom os nossos amigos”.

Aqui e agora, rodeados detantos tão bons amigos, senti-mos quão longínqua está amorte desta voz ao serviço daComunidade Portuguesa! Quecontinue sempre viva, semprepresente, sempre activa com oapoio dos amigos aqui presen-tes e dos que não puderamcomparecer.

Parabéns à VOZ DE PORTU-GAL! Ao fim e ao cabo, para-béns A TODOS NÓS!

Cont. da pág. 1CONCURSO DE PROVÉRBIOS

SOLUÇÕES:

Nos jornais de 6, 13 e 20 de Abril, publicámos 15 provérbiosfaltando a cada um as palavras finais. Hoje publicamos osprovérbios completos.

1- Pelo S. Martinho prova o vinho.2- Onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão.3- Quem não come por ter comido não tem doença de perigo.4- Quem lhe comeu a carne que lhe roa os ossos.5- Quem com ferros mata com ferros morre.6- Quem dá aos pobres empresta a Deus.7- Cada qual sabe de si e Deus sabe de todos.8- Quem tem boca não manda soprar.9- Quem vai à guerra dá e leva.10 - Vão-se os anéis, fiquem os dedos11- Quem tem telhas de vidro não atira pedras.12- O mal e o bem à cara vem.13- Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem tu és.14- Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe.15- Quem quer vai, quem não quer manda.

CLASSIFICAÇÃO:

Com 15 provérbios completos :-Rosie Santos-Rosa Bernardo-Casimira Fernandes de Sousa-Fernando Leal da Costa-Artur Abrantes

PRÉMIO

Após sorteio entre os 5 pri-meiros classificados, resultouvencedor Fernando Leal daCosta, que tem à sua disposiçãoo livro oferecido pela EscolaPortuguesa Santa Cruz.

Escola Português do AtlânticoA Escola Português do Atlântico leva a efeito uma festa no

sábado, dia 7 de Maio, na missão Santa Cruz às 19h.Ementa: entrada- melão com presunto/canja/lombo de porco

com batatas e legumes/sobremesa e cafe.Preço: Adultos -$20 Estudantes Crianças$10 estudantes

Para mais informações e reservas tel: 514-366-2888

Passeio a Ottawaao Festival dasTulipas

No quadro das actividadespara a 3a idade, o Centro deAcção Sócio-Comunitária deMontréal (CASCM) organizauma excursão a Ottawa, ao fes-tival das tulipas, no dia 10 deMaio.

A partida do CASCM será às8 horas da manhã e o regressoàs 18h30.

As pessoas de 55 anos e maisinteressadas em participarnesta excursão ou obter maisinformações, deverão contac-tar com o CASCM através donúmero de telefone 842-8045.

Foto de Antero Branco

Foto de Antero Branco

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 4

Revista de ImprensaPerfil certo para combaterproblema dos incêndios

António Ferreira do Amaral vai liderara autoridade para o combate aos incêndiosflorestais. O Governo justifica esta escolhacom a experiência e qualidades pessoaisdo tenente-general.

O governo justifica a escolha de Antó-nio Ferreira do Amaral com o facto de játer estado envolvido no combate e preven-ção dos fogos.

Ascenso Simões, secretário de Estadoda Administração Interna, considera que este militar de 60 anostem o perfil adequado para o cargo.

«O senhor general na qualidade de comandante operacional dasforças terrestres tem um conhecimento profundo da situação, umavez que nos últimos três anos acompanhou os problemas dos fogosflorestais», afiançou.

«Por outro lado é um tenente-general no activo e no topo dacarreira, o que nos permite pelo seu passado e qualidades pessoas,acalentar as esperanças de termos uma coordenação efectiva»,acrescentou. O tenente-general Ferreira do Amaral vai liderar aAutoridade Nacional para os Incêndios Florestais. Ouvido pelaTSF, o nome que vai ficar à frente desta entidade já disse estarpreparado para desempenhar a tarefa.

Governo avançacom alargamento do horário

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, reafirmao propósito de alargar os horários do primeiro ciclo até às 17:30,embora reconheça que as escolas não têm capacidade para darrefeições aos alunos ou transporte escolar.

Maria de Lurdes Rodrigues reconheceu, esta tarde, que cercade metade das escolas do primeiro ciclo vão ter dificuldades parafuncionar mais duas horas e meia por dia. Mesmo assim a ministranão recua. Maria de Lurdes Rodrigues considera que oalargamento do horário escolar vai ajudar as famílias que não têmrecursos financeiros para colocar os filhos em centros privados detempos livres. A ideia de prolongar o horário do primeiro ciclo foianunciada pelo primeiro-ministro José Sócrates com o objectivo deajudar os alunos no estudo acompanhado de Matemática e Inglês,assim como outras actividades extra-curriculares.

Esta segunda-feira à margem do Congresso Internacional deEducação e Trabalho, a decorrer na universidade de Aveiro, aministra repetiu que se trata de uma medida muito importante eos obstáculos que agora se levantam não podem ser motivo paradesistir.

Aborto: Jorge Sampaionão convoca referendo

O Presidente da República, Jorge Sampaio, anunciou hoje a suadecisão de não convocar o referendo ao aborto por “não estaremasseguradas as condições mínimas” a uma “participaçãosignificativa na consulta”.”Decidi não convocar o referendoproposto pela Assembleia da República sobre a interrupçãovoluntária da gravidez porque entendi não estarem asseguradasas condições mínimas adequadas a uma participação significativados portugueses”, escreve Jorge Sampaio, numa mensagemenviada à Assembleia da República a que a Agência Lusa teveacesso.Na mensagem enviada ao Parlamento, Jorge Sampaioobserva, no entanto, que a oportunidade da realização de um novoreferendo ao aborto “é hoje partilhada por um conjunto de forçaspolíticas representadas” na Assembleia da República, pelo que asua decisão não deve ser encarada como uma “rejeição política”da proposta apresentada pelo Parlamento.”A conveniência derealização de um novo referendo é hoje partilhada por um amploconjunto das forças políticas representadas na Assembleia daRepública, pelo que a recusa de convocação de que agora douconta não deve ser interpretada como rejeição política doconteúdo da proposta que me foi apresentada, mas antes comoincentivo à realização do referendo em circunstâncias maisadequadas na perspectiva de uma cidadania activa e participada”,refere.Na justificação mais detalhada da sua decisão, o Presidenteda República argumenta que, “face aos prazos e limites em vigorno actual quadro jurídico”, a consulta popular “teria de serobrigatoriamente convocada para um domingo no próximo mêsde Julho”.Ou seja, acrescenta o Chefe de Estado, “serianecessariamente realizado numa altura em que muitosportugueses já se encontram de férias”.Jorge Sampaio refere, deresto, que alertou “antecipadamente os partidos comrepresentação parlamentar” para este facto, numa referência àsreuniões que manteve com os partidos na véspera da aprovaçãoda proposta do PS, a 20 de Abril, na Assembleia da República.Nanota, o Presidente da República evoca ainda a experiência dosreferendos realizados no país - que, salienta, “revelou fragilidades”-, chamando a atenção para o perigo de a própria figura doreferendo ser posta em causa.”Não obstante a importância doreferendo enquanto instrumento privilegiado de exercíciodemocrático do poder político, há que reconhecer que, do pontode vista da participação dos cidadãos, a nossa anterior experiênciarevelou fragilidades cuja repetição importa prevenir, sob pena deo próprio instituto acabar por ser decisivamente posto em causa”,escreve Jorge Sampaio.Especificamente em relação à anteriorconsulta popular sobre o aborto, realizada em 1998, Jorge Sampaiolembra que este processo conduziu a um “bloqueio legislativo”,sendo necessário garantir que o próximo referendo tenha porbase uma participação mais expressiva.

Relatório divulgado naíntegra por falha de segurança

O relatório integral acerca dos incidentesque levaram à morte de um agente secretoitaliano nos arredores de Bagdad, quandoa jornalista italiana Giuliana Sregna foilibertada, nunca foi divulgado pelasautoridades norte-americanas, mas agoradevido a uma falha na Internet a imprensa

teve acesso ao documento.

Santana Lopes elogia José SócratesO presidente da câmara de Lisboa e ex-

primeiro-ministro considera que JoséSócrates «tem qualidades», apesar de estar aadiar as decisões mais difíceis para depois dasautárquicas.

Carlos Barbosa alertapara corrupção nos exames

O presidente do ACP defendeu, estasegunda-feira, a separação entre o ensino eos exames de condução como forma para aacabar com a corrupção nos dois sectores.Carlos Barbosa admite não ter provas dessacorrupção mas garante é um dado adqui-rido.

Descoberta a múmia «maisbonita» do Egipto Arqueólogos

O corpo mumificado, de identidade desco-nhecida mas que dizem datar da última dinastiafaraónica - que governou entre 378 e 341 antesde Cristo - foi encontrado em escavaçõesrealizadas na zona monumental de Sakkara,nome da grande necrópole da cidade de Mênfis,antiga capital do Egipto famosa pela primeirapirâmide conhecida, a pirâmide de Zoser. «Efectivamente trata-se da múmia mais bonita encontrada até agora no Egipto, devidoàs cores azul-turquesa, amarelo dourado e vermelho com queestão pintadas as suas faixas de linho, endurecido com gesso eoutros materiais», disse hoje à agência de notícias EFE oegiptólogo Sabri Abdelaziz, um dos responsáveis do ConselhoSupremo de Antiguidades (CSA).

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 5

Augusto Machado

3960 Boul. St-Laurent(514) 845-5115

Nenhuma taxa de serviço

Preços competitivos aos dos bancos

Aberto segunda a sábado

Troca excelente de euros e dólares US

Falamos português e italiano

As queixas da EuropaGustavo Fernandes

Os europeus parecem dispostos amanifestarem-se contra o tratatoconstitucional europeu.

Tal como aconteceu em França,tam-bém na Holanda, mais de 58%(por cento) dos cidadãos parecemdispostos a votar “não”, no referendoprevisto para o primeiro dia deJunho, apesar do Governo de Haiaapelar e fazer campanha a favor do“sim”, a exemplo do que aconteceem outros países da União Euro-péia.

A confirmarem-se as previsões, do não acompanhamento dooptimismo por parte dos cidadãos e consequentemente o votocontra o tratado constitucional europeu, não se vislumbra muitobem como o tratado poderá salvar-se, mesmo que o voto emalguns estados membros seja favorável.

Quando era apenas os cidadãos franceses a manifestarem-secontra o tratado, situação que levou muitos analistas políticos ainsinuar que se devia à “nostalgia do império e aos sonhos degrande potência, que o país de Napoleão Bonaparte e de De Gaule,não conseguia libertar-se sem uma frustração, apesar de terperdido influência após a segunda Guerra Mundial”, podiaimaginar-se que o resultado do referendo ao tratado poderia serfavorável.

No entanto, a partir do momento em que paira a ameaçageneralizada de rejeição do tratado constitucional europeu, aquestão deixa de centrar-se em torno de um país, atribuir-se aprocessos psicológicos gerais ou à história de um povo.

Neste contexto, parece que os países europeus olham para aUnião Européia como uma oportunidade de se prolongarem eafirmarem-se como potências, evitando ou contrariando o seudeclínio face às grandes potências, oportunidade essa que oalargamento ao Leste europeu e, antes já, a reunificação daAlemanha, vieram contrariar.

Tal como a França, a maioria dos cidadãos europeus podemestar repletos de preconceitos, que os leva a olhar para a UniãoEuropéia como se fosse um braço do capitalismo e do imperialismoamericano.

Com ou sem razão, este sentir dos cidadãos europeus alastrou-se a quase todos os estados membros, levando os especialistas ainterrogarem-se se este é um “mal” que afecta a Europa ou muitosimplesmente a França foi apenas o primeiro Estado a agendar oreferendo e está a servir de exemplo para os outros países.

O que poderá levar os cidadãos europeus a rejeitar o tratado são,eventualmente, as indecisões ou divisões que surgem quando setrata de definir ou redefinir as relações do espaço europeu comoutros blocos geoestratégicos, militares, econômicos ou culturais,por parte da União Européia.

Como exemplo aponta-se o facto de há menos de um ano, paíseseuropeus faziam pressão para que fosse levantado o embargo dearmas à China e agora existem países a reclamar contra aimportação de têxteis oriundos da China, exigindo que a indústriaeuropéia seja protegida, tal como é protegida a agricultura.

Contudo, outros países, por não possuírem interesses naindústria têxtil, ou por outros interesses econômicos, manifestam-se contra as medidas que possam ser tomadas por parte da UniãoEuropéia e alertam para os perigos de uma eventual retaliação porparte de Pequim, que a curto, médio prazo constitui o principaldestino das exportações européias e de todo o mundo.

Neste domínio, como noutros semelhantes, não existe aindadirectivas concretas, situação que pode levar a que a UniãoEuropéia pareça um parlamento repleto de burocratas queignoram a realidade mundial.

Isto leva a que a União Européia pareça que ainda está longe deser vista e entendida como a “construção da Europa” quer pelosgovernos dos Estados membros, quer pelas populações européias,permanecendo o interesse de cada país, cuja defesa, é certo,poderá eventualmente passar por negociações no interior daUnião Européia e nas suas Comissões, mas que nenhum dosmembros que lesar.

E, isto não pode ser considerado um mal, face ao progresso daEuropa no último meio século, podendo, no entanto, ser frustrantepara quem idealizou ou imaginou ser possível uma união políticae econômica imediata, onde os Estados membros teriam um papelmais modesto e secundário.

Contudo, não é bem assim e o eleitorado tem que contar com aUnião Européia, quanto mais não seja para fazer reivindicações emBruxelas, mesmo há custa de cedência de soberania.

Rins preguiçososAmeaçados pela diabetes e hiper-

tensão, os rins nem sempre conse-guem proceder à eliminação dosresíduos produzidos pelo organis-mo. Diagnosticada a insuficiênciarenal, o doente necessita de toda aajuda possível para lidar com oproblema.

Ninguém está salvo de um diadesen-volver insuficiência renal.Normalmente as pessoas só seapercebem do problema já em fasetardia, a verdade é que se os sinto-

mas, como uma dor de cabeça, o inchaço nos membros inferiorese uma anemia, ajudassem a um diagnóstico precoce, o número dedoentes com insuficiência renal crónica seria muito menor.

António Macedo, um funcionário público de 49 anos, não soubedetectar esses sintomas. Ignorou as dores de cabeça quepersistiam tal como o sangrar do nariz. Só tardiamente seapercebeu quando a situação rapidamente evoluiu para o inchaçodas pernas, devido à retenção de líquidos, para não mencionar ofacto de que tinha anemias sem motivos.

Agora o funcionário público, actualmente na reforma, compul-siva devido às limitações impostas pela doença, conta que éobrigado a fazer o trajecto até ao centro de diálise, cerca de oitentaquilómetros, três vezes por semana, para que a máquina façaaquilo que os rins deixaram de fazer. Ou seja, limpar (depurar) osangue que chega aos rins para, filtrado, poder ser devolvido aocorpo. É um tratamento longo e doloroso.

Sem olhar a sexos, mas com incidência a manifestar-se commaior frequência por volta dos 45 anos, em Portugal os númerosapontam para mais de 11.800 doentes em fase de tratamento.

Desencadeada por doenças como os diabetes, hipertensão oumesmo uma simples infecção urinária, actualmente os doentescontam com algumas terapêuticas que lhes permitem manteralguma qualidade de vida – como a medicação, a hemodiálise e,após algum tempo de espera, até se encontrar um órgãocompatível, o transplante.

Quem tem esta doença chama-lhe a “doença maldita”. Divididosentre a necessidade de não parar os tratamentos, sobe pena demorrer, e a importância de manter o emprego, para sobreviver, averdade é que os insuficientes renais crónicos vivem num limbopermanente. A juntar à doença física, os doentes acabam por sofreros efeitos das limitações no ambiente de trabalho, no meio social,psicológico e até familiar.

Victor Simões, primeiro secretário da direcção nacional daAssociação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR) adverte:“Muitas famílias não aguentam a pressão e acabam por separar-se. Isso interfere com a auto-estima do doente, que, estandoconsciente de que tem uma doença crónica, já está psicolo-gicamente debilitado”. O mesmo funcionário da APIR chamaatenção do apoio moral, e social que se deve prestar a estesdoentes. Um outro problema, para o doente de insuficiência renalé o facto de nem todos os medicamentos serem comparticipadosa 100 por cento.

O pecado originalRui Costa Pinto

José Sócrates continua a adiar a reformada Justiça, apesar de ter um mandatopolítico claro para a implementar.

O primeiro-ministro escolheu a Justiçacomo o tema do primeiro debate mensal noParlamento, mas limitou-se a apresentarum punhado de medidas paliativas parareformar o sistema judicial. As seispropostas apresentadas para melhorar ofuncionamento da justiça são uma prova

inequívoca de que José Sócrates ainda não está preparado paracomeçar a governar.

Não era preciso a pressão dos últimos acontecimentos,nomeadamente a libertação de elementos de um gang, que estãoimplicados na morte de um agente da Polícia Judiciária e noassalto a um carro de transporte de valores, para esperar e exigirmuito mais do líder do Executivo.

O Governo do PS revelou timidez, agora, que conquistou umamaioria absoluta, em anunciar as medidas concretas para acabarcom os desvios no funcionamento da Justiça, de que, alías, sequeixaram alguns dos seus mais destacados dirigentes, no iníciodo processo da Casa Pia. Para um partido que tinha tantas certezashá uns meses, quando estava na oposição, não colhe a desculpade que o seu Governo só está em funções há pouco mais desessenta dias.

Apesar de recusar um pacto de regime, que Marques Mendeslhe estendeu de mão beijada, José Sócrates não deu uma pistaconcreta sobre o que vai fazer em relação ao segredo de justiça,às escutas, à prisão preventiva, à investigação criminal e àorganização judiciária.

O primeiro-ministro limitou-se, mais uma vez, a afirmar grandesgeneralidades e a sublinhar que é mais importante dar pequenospassos seguros do que avançar com reformas estruturais que estãocondenadas a ter sucesso só no papel. Todavia, o caos a que chegouo funcionamento da justiça exige uma intervenção urgente eestrutural, que não se compadece com mais e mais hesitações eadiamentos.

Os diagnósticos sobre a Justiça estão feitos e mais que feitos, masJosé Sócrates preferiu, surpreendentemente, continuar a adiar oanúncio de medidas de fundo, perdendo uma oportunidade únicapara marcar a diferença em relação aos últimos Governos dePortugal.

Opinião

Boas Festasa todas as mães da nossa comunidade

Boas Festasa todas as mães da nossa comunidade

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 6

O Papá Silva.Dinora e Diamantino De Sousa

Assim era conhecido entre alunos e professores da EscolaLusitana.

Homem de fé, que sempre defendeu os seus ideais religiososcom determinação, mas respeitando, indubitavelmente, todas asoutras ideologias.

Foi Director do jornal “ Portugal Novo “, declamador, escritor,poeta e autor de um livro que muito brevemente será apresentadono seio da nossa comunidade.

José Joaquim Marques da Silva, natural de Almeida, nascido a4 de Maio de 1920 e residente no Canadá há quase 24 anos, é onosso entrevistado de hoje.

Voz de Portugal:Há quanto tempo está em Montreal e quais as principais

actividades em que se envolveu?José Joaquim Marques da Silva:Eu identifico-me como um homem de fé e um pregador.

Actualmente, em termos profissionais, já não tenhoresponsabilidades na paróquia, mas mesmo assim ainda concentromuitas das minhas actividades em redor da Igreja. Todavia o factode já não ter responsabilidades de âmbito profissional deixa-meuma acrescida disponibilidade para me dedicar a outrasactividades.

VP: Até muito recentemente esteve ligado ao ensino doPortuguês em Montreal?

JJMS: Exactamente. Ainda no ano passado dava aulas na escolaPortuguesa Lusitana, mas este ano deixei essa função e estou livre.

Desde os tempos em que estive em Angola que dava aulas, porisso, ainda hoje, de vez em quando, me convidam para umaspalestras sobre temas diversos.

VP: Durante quantos anos leccionou em Montreal?JJMS: Comecei a dar aulas em Montreal praticamente logo que

cá cheguei e fi-lo durante 22 anos. Na escola eu era conhecido peloPapá Silva. Chamavam-me assim pela simples razão de quequando comecei a dar aulas na Escola Lusitana já o meu filho láestava e como ambos somos José da Silva, afim de evitar asconfusões, começaram a chamar-me “o papá Silva”.

Esta forma de tratamento nunca me aborreceu, muito antes pelocontrário, porque eu sempre gostei de ensinar e contribuir paraa evolução dos nossos jovens. Ainda hoje muitos dos alunos selembram de mim e me cumprimentam amigavelmente.

VP: Tendo leccionado, nas escolas de ensino do Portuguêsem Montreal, durante 22 anos, qual foi a evolução queobservou a nível de apoios pedagógicos vindos de Portugal?

JJMS: Quando há 22 anos cheguei à escola existiam, por partedo Governo Português e do Consulado, umas ofertas de livrosporque éramos uma das poucas escolas no estrangeiro queensinava até ao 11º ano. Não em havia apoios em termosmonetários, isso nem pensar, mas o facto de se receberem algunslivros já vinha facilitar um pouco as coisas. Porém, com o decorrerdos anos, esses apoios foram desaparecendo aos poucos e hojepouco ou nada existe.

VP: Quer isso dizer que há 22 anos atrás existiam maisapoios que hoje?

JJMS: Isso sem sombra de dúvida, hoje os apoios para o ensinosão extremamente escassos.

VP: Como é que é possível às escolas portuguesas deMontreal, sem ter qualquer apoio por parte das autoridadesportuguesas ligadas ao ensino, elaborar um programa quepermita equiparar as equivalências académicas às de Portu-gal?

JJMS: A minha resposta a essa pergunta é que essa dificuldade

sempre existiu, existe e estou convencido que existirá sempre. Mas,a boa vontade dos professores e o amor que dedicam ao ensino étal que acabam por, dando melhor de seus conhecimentos, irbuscar as bases para poderem ensinar aos alunos o substancial eassim terem uma base comparativa.

Uma das grandes dificuldades que nós professores de Sábadoencontramos, e isto não obstante termos aulas de história e degeografia sobre Portugal, é conseguir arranjar o tempo suficientepara lhes transmitir exactamente o que é “Conhecer Portugal”.

VP: Mudando de assunto e voltando-nos mais para a parteliterária. Já tivemos diversas oportunidades de testemunhara sua veia declamatória, de onde vem essa sua aptidão?

JJMS: Apercebi-me de que era capaz de estabelecer uma boacomunicação, de dar abertamente o meu testemunho e detransmitir aos outros o que me ía na alma, quando ainda era jovem,pelo facto de já nessa altura ter determinadas ideias que seafastavam daquilo a que era chamado “o caminho normal”. Nessaaltura, quem ía estudar para o seminário tinha acesso a umaeducação onde se ensinava música, artes, declamação e muitomais, e, foi a partir daí que descobri a minha vontade de declamare de pregar a doutrina.

VP:: Sabemos que o jornalismo também marca uma épocaimportante da sua vida. Quer-nos relatar um pouco desseperíodo?

JJMS: Quando mais jovem, dirigi em Portugal, durante cercade 17 anos, o jornal “ Portugal Novo” que era dedicado aos jovense que foi o jornal da Igreja Evangélica de maior circulação. Dadoque o seu conteúdo religioso tinha uma linha ideológica diferenteda Igreja Católica Romana, esse jornal sofreu uma certaperseguição tendo mais tarde vindo a ser proibido. Nessa ocasiãoperdi praticamente tudo aquilo que tinha e fui obrigado a trabalharem diversos empregos e refazer a minha vida; mas sempre com amesma vontade e fé!

VP: E de onde vinha essa perseguição? Do Estado ou daIgreja Católica?

JJMS: Do Estado directamente não, mas de certa forma oEstado apadrinhava na sombra essa forma de perseguição. OGoverno tinha, e ainda tem, na sua Constituição uma lei que afirmaque toda a mente é livre de apresentar o que sabe, mas na práticaisso não resulta.

A Igreja Católica Romana não se apresentava directamente masna época, o chamado Sr. Reitor, punha e dispunha e as pessoastinham de obedecer. Nessa altura havia uma espécie de caça aosprotestantes e isso a mim afectou-me muito e obrigou-me a muitossacrifícios, em certos momentos passei mesmo grandes dificul-dades em termos alimentares.

Eu estudava de noite e trabalhava de dia e contraí uma doençaque, hoje felizmente já não, mas nessa época era consideradapraticamente fatal e estive muito mal. Graças a Deus conseguisobreviver. Estávamos no período da Segunda Guerra Mundiale existiam senhas de racionamento não sendo por isso fácil adquiriralimentos para sobreviver. Mas hoje posso dizer que valeu a penatodo o sacrifício que passei. Como diz o nosso grande poetaFernando Pessoa ”Tudo vale a pena quando a alma não épequena”.

VP: Por falar em poetas. Sabemos que muito em breve vaiser publicado e apresentado o seu livro de poesia “Migalhasna areia” que é um testemunho da sua vida e da sua fé?

JJMS: Exactamente. O meu livro já foi impresso e apresentadono Uruguai no passado dia 13 de Abril 2005. Em Junho tencionoapresentá-lo aqui em Montreal.

É um livro pequeno, com 124 páginas, e o primeiro capítulo éinteiramente dedicado aos meus alunos. Tenho poemas dedicadosà minha família, sobretudo à minha mãe, outros poemas que sãoexpressões de fé. Enfim de tudo um pouco.

Não tenho pretensões que o meu livro se venha a transformarnum “Best Seller”. Expressei em poesia aquilo que sinto e sóespero que de uma certa forma haja pessoas que ao lerem os meuspoemas sejam capazes de se identificar com alguns deles.

VP: Pensa que aqui em Montreal a literatura é apreciadapelos portugueses ou é algo que passa ao lado dasnecessidades?

JJMS: Para ser franco penso que a parte literatura passacompletamente ao lado das necessidades, sobretudo a poesia. Nãosei bem porquê mas isso é uma realidade.

Existem muitas pessoas que fazem versos e que têm certo valor,mas que nunca chegam a ser reconhecidos pelo simples facto dodesinteresse que existe pela poesia.

Se olharmos bem, aqui em Montreal, nenhum dos autores temtido as vitórias e o sucesso que merecia e isto independentementede serem pessoas que fazem versos com maior ou menorprofundidade ou simplesmente para rimar.

Eu decidi fazer um livro com o sentimento que me vai na almae, para mim, isto é mais uma forma de realização pessoal do quepropriamente para ter sucesso.

VP: Qual a sua experiência em termos de apoio para aprodução do seu livro?

JJMS: Eu não me posso pronunciar em termos de apoios porqueeu fiz o meu livro e paguei-o por completo sem ter tentado ir buscarqualquer tipo de apoios. Todavia, e segundo me consta, é quaseimpensável conseguirem-se apoios.

VP: Qual tem sido a aceitação por parte das pessoas e dasentidades para divulgarem a cultura portuguesa?

JMS: Embora eu não tenha grande razão de queixa porque emdeterminadas ocasiões especiais eu declamo os meus versos e vejo-os algumas vezes publicados nos jornais locais, sei reconhecer quea divulgação dos valores da comunidade é bastante parca.

VP: O que pensa que se poderia fazer para darmos umamaior divulgação à nossa cultura?

JJMS: Ainda há bem pouco tempo, e vocês sabem-no muitobem, se tentou juntar algumas pessoas e fazer uma espécie deAcademia para se fomentar a partilha de vivências e dar umamaior divulgação à cultura portuguesa. Foi o que se viu! Assim quecomeçaram a surgir ideias, e que algumas pessoas começaram aimplicar-se mais activamente e a pôr em prática essas mesmasideias, houve logo quem ficasse muito incomodado ao ponto dedestruir o que mal tinha começado. Infelizmente estes procedi-mentos observam-se muitíssimas vezes. Todavia, o caminho peloqual se terá de enveredar se quisermos dar a conhecer a nossacultura, é de facto uma associação empenhada em divulgar eenaltecer a cultura portuguesa.

VP: Para se fazer poesia é, como é óbvio, necessário ter veiapoética, no entanto se a esse talento se associar um poucode técnica poder-se-á obter um poema com uma qualidadeliterária superior. O que acha que deveria ser feito para darum melhor conhecimento dessas técnicas aqueles que gostamde escrever poesia?

JJMS: Na escola eu leccionei literatura e poesia, contudo parase fazer poesia e escrever algo de valor tem de se sentir o que seescreve. Existe todavia uma necessidade de se conhecer ummínimo em termos de técnica, não querendo isso dizer que todostêm de usar a mesma. Aquilo que eu preconizo e que julgointeressante seria um grupo em que todos partilhassem os seusconhecimentos e as suas experiências, sem altivez nem vedetis-mos, mas num espírito altruísta de inter-ajuda.

VP: Mas esse tipo de organização deveria ser a nível indi-vidual ou ligado a uma associação?

JJMS: Com um pouco de ânimo por parte de todas asassociações, seria muito melhor para a comunidade fazer umaespécie de coligação de forma a quebrar esta espécie de ciúmeintelectual que se verifica, coisa que eu rejeito com todas asminhas forças, e pôr as pessoas a colaborar umas com as outras.

VP: Conhecemos algumas pessoas que têm talento, masque tem receio de divulgar o seu valor. Para essas pessoasque mensagem deixaria?

JJMS: Pessoalmente, não conheço ninguém nessas condições.Mas aquilo que posso dizer a essas pessoas é que vale a pena tomarcoragem e deixar brotar aquilo que lhes vai na alma.

Eu vejo por mim, durante toda a minha vida sempre escrevi,desde Portugal, passando pela Africa até aqui em Montreal e aolongo dos anos fui guardando as minhas coisas, até que senti queera altura de publicar esses trabalhos e os deixar atrás de mimcomo um rasto.

Para ilustrar o meu pensamento baseio-me na história de Alvesdos Reis, o maior burlão Português. Quando ele foi preso escreveuum livro que contava toda a história da sua vida. O livro na alturanão teve saída, mas um dia esse livro foi encontrado e consideradocomo uma relíquia. Foi reeditado e hoje esse livro vale uma fortunaem termos históricos e não só.

Algumas pessoas que editam livros guardam-nos e não osdivulgam. Eu quanto a mim faço intenção de não os deixarescondidos e embora sabendo que o publico interessado por estetipo de edições é muito limitado já decidi que se não conseguirvender os meus livros alguém os há-de ler, nem que para isso eutenha de os oferecer.

VP: Para terminar, quer deixar-nos alguma informação emrelação ao lançamento do seu livro?

JJMS: Por agora ainda não está bem definido quando e comoirá ser o lançamento do livro. Uma coisa é certa, será umlançamento simples, sem fanfarras nem espaventos.

Desde já posso dizer que estarei presente, com o meu livro, naexposição que a Dinora e o Diamantino estão a organizar no salãonobre da Missão Santa Cruz, para as comemorações do 10 deJunho, e que isso me dará imenso prazer.

Em relação ao lançamento propriamente dito, quero fazer umafesta que se assemelhe aquilo que eu sou ... simples!

Finalmente só uma última palavra para agradecer e dizer ao Sr.José Eduardo Pinto que me deu imenso prazer e que me sintomuito lisonjeado que ele tenha aceite fazer o prefácio do meu livro.

Antes de encerrar esta entrevista a Voz de Portugal quer desejarum enorme êxito para o livro “Migalhas na Areia” e igualmentedesejar ao Sr. Marques da Silva um feliz aniversário.

Cultura

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ComunidadeO Espírito Santo em casa da família Miranda…

Disse alguém que “A gentesai da ilha, mas a ilha não sai dagente.” Para muitas pessoasessa pode ser a realidade davida. Sentem-se como umaplanta que vive bem até, mascom as raízes noutro local.

Vitorino Nemésio reconhe-ceu que as “festas do EspíritoSanto enchem a Primavera dasilhas de um movimento fan-tástico, como se os homens emulheres, imitando os campos,florissem. Da Páscoa ao Pen-tecostes e à Santíssima Trin-dade são sete semanas de ritosde uma espécie de florália cristãadaptados à vida da lavoura,dos pastos carregados de humi-dade e de trevo no meio dasescórias de lava”.

Desde logo se nota a impor-tância do clima atmosférico noser açoriano e na sua religio-sidade: nebulosidade e pre-cipitação frequentes, ventos

fortes e mar alteroso, de vulca-nismo, etc.

E dentro do contexto de ir-mandade e fraternidade rezou-se o terço e cantaram-se cânti-cos de louvor ao Divino, du-

Texto de Natércia e José Rodrigues

rante toda a semana na casa doLiberal e Filomena Miranda.Um casal simpatiquíssimo quehá muito desejavam ter em suacasa uma Dominga. Para o Lib-eral foi maravilhoso ver este

sonho realizado mas para aFilomena foi uma experiênciatotalmente diferente de todasas outras vividas até agora: “eununca imaginava que isto fosseassim tão forte; todos me aju-daram, todos colaboraram deuma maneira ou de outra e oque eu senti e vivi nesta sema-na foi simplesmente maravi-lhoso.”

Depois da coroação no do-mingo, o casal convidou todosos familiares e amigos a suacasa. E assim terminou todauma semana onde todos par-ticiparam, conviveram e ex-pressaram a dimensão festiva epascal da fé.

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Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Optometrista

Exames da vista - Óculos - Lentes de contacto

44º Aniversário de A Voz de Portugal

Recordação

Fotos de Michael Estrela

Mario Carvalho e esposa

Pedro Medina do banco TD canada Trust

Rui António do banco Totta

Diamantino e Dinora de Sousadois colaboradores do jornal A Voz de Portugal

José Figueiredo do Restaurante Casa Minhota

Pablo Rodriguez, Deputado do partido Liberal

Foto de alguns colaboradores do jornal

Emanuel, do Porto Cabral

Miro, do Alivin Dr. Arlindo Vieira e família

Emanuel Linhares e esposa, do JOEM

Jocelyne Légarée a dançar com o editor do jornal

Uma noite muito animado

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VáriaBanco Totta: Jorge VitalEsteve de visita à nossa comunidade

Texto e fotos de António Vallacorba

A semana passada, tivemos o prazer de trocar impressões como Jorge Vital, no âmbito da sua visita e estadia de uma semanaentre nós, num serviço de maior aproximação entre a instituiçãofinanceira que representa e os seus clientes locais. Paralelamente,esteve à disponbilidade da comunidade em geral para quaisquersolicitações ou até mesmo para encontros com os naturais doconcelho de Alcanena.

Jorge Vital, 46 anos, casado e ribatejano, é gerente do balcão doTotta em Alcanena e para o qual trabalha há mais de vinte anos.

Esclarecendo-nos sobre a importância das visitas destanatureza, disse que em tempos “o Totta Açores privilegiou semprea comunidade com a presença de alguém” e que isso fora “até háuns seis ou sete anos atrás”, mas que face à conjuntura e à posturaque o banco decidiu tomar “houve uma série de projectos queforam para a frente (o caso da fusão com o Santander, por exemplo)e que impediram que o banco mandasse alguém nestes últimosanos”.

“Está a haver agora essa retoma. Estamos a vir novamente”,afirmou.

Mas porquê a vinda de um funcionário colocado naqueleconcelho? Boa pergunta!

Escutemo-lo, quando explica que, de entre os principais factoresdesta sua vinda aqui, sobressai o da “significativa presença deemigrantes oriundos de Alcanena. A grande maioria tem contasno nosso banco. Como tal, mereciam a nossa atenção. E eu, comodirector do Totta de Alcanena, vim para Montréal, porque é aquique está a maioria de pessoas daquele concelho.

Não obstante, e paralelamente, considera também de sumaimportância “estarmos aqui para cativar os filhos, os descendentespróximos, a investir em Portugal”, para o qual – esclareceu -,apresentando “outro tipo de produtos que, sinceramente, nãohavia há dez anos”.

É o que Jorge Vital chama de “produtos diferenciados”, e quepodem, e muito, “ajudar aqui às pessoas que desejam fazer algunsinvestimentos em Portugal”.

Por exemplo, fez lembrar o “crédito à habitação”, que considera“neste momento, uma referência grande, face ao abaixamento dastaxas de juro e às que o banco propõe”.

Consequentemente, explicou que o “descendente pode, ele

também, comprar casa, mas não ter que comprar duma vez, numinvestimento em que iria pôr ali todas as suas poupanças”. Pelocontrário, desta feita “vai pagando a pouco e pouco, como se a suacasa se encontrasse aqui”.

Conforme informação gentilmente fornecida pelo Rui António,o Banco Totta & Açores – lembramos -, teve as suas origens em1843, a partir duma casa de câmbios, de Fortunato ChamiçoJúnior, evoluindo a partir daí com a ligação a outras instituiçõesfinanceiras, tais como as de José Henrique Totta, Banco Aliança,Banco da Madeira, etc. Presentemente, pertence ao GrupoSantander, de Espanha; é o 8º grupo mundial da especialiade eestá presente em 38 países.

O Totta está há 10 anos em Montréal, onde – disse o nosso in-terlocutor – o “Rui presta um óptimo serviço, não só em nome dobanco, mas também enquanto pessoa”, acrescentando que “defacto, ele está aqui para logicamente angariar o negócio. Tenhovisto com agrado que as pessoas aqui também sentem a neces-sidade não só do negócio, mas também de privar nas suas vidasparticulares”

Qualquer que seja a mais valia dos produtos do Banco Totta emrelação à concorrência, a verdade é que, tendo, também, umbancário com a afabilidade, a simpatia, a competência e o carismado Jorge Vital, constitui desde logo um “produto” de maior valia.

Crédito à Habitação em PortugalO mercado imobiliário em Portugal tem mantido algum

dinamismo, apesar do abrandamento da actividade registadoa partir de 2002. Os reflexos desse abrandamento são maisvisíveis ao nível da actividade de construção, com uma quedado número de licenças de novas habitações emitidas pelasCâmaras Municipais, quer da própria construção dessashabitações. Com efeito, parte das casas actualmente em vendareportam ainda à fase de grande dinamismo do final dos anos1990, início da actual década.

Esse dinamismo pode ser observado através de doisindicadores: o número de contratos à habitação celebrados,os quais estão a crescer cerca de 4% ao ano, num total de 145mil contratos celebrados em 2004 (ainda não há dadosdisponíveis sobre o ano de 2005). O segundo indicador é omontante de crédito concedido para aquisição de habitação(crédito hipotecário), o qual cresce igualmente a níveisbastante dinâmicos: cerca de 10% face a igual período do anotransacto. De qualquer modo, fica aquém dos crescimentos demais de 30% no crédito hipotecário no final dos anos 1990.

Resenha históricaA aquisição de habitação própria revela em Portugal uma

importância maior do que noutros países europeus, com umataxa de proprietários superior a 60%. Essa situação decorre, emlarga medida, da ausência de um mercado de arrendamento.O congelamento das rendas após a revolução de 25 de Abrilde 1974 levou a que um número reduzido de habitaçõesfossem destinadas a este segmento, e frequentemente comrendas pouco competitivas quando comparadas com aprestação mensal associada a uma hipoteca.

A descida das taxas de juro de curto prazo associada àparticipação de Portugal na União Económica e MonetáriaEuropeia (a zona euro) no final dos anos 90 permitiu a ummaior número de famílias o acesso ao crédito hipotecário. Esteprocesso de descida das taxas de juro ocorre simultaneamentecom um aumento da concorrência bancária, que resultou nummaior volume de crédito concedido e também numa reduçãodos spreads comerciais praticados pela banca.

Isso é visível nos dados disponibilizados pelo Banco de Por-tugal, os quais revelam que apesar do endividamento dasfamílias ter aumento de 37% em 1995 para 94% em 2003, apercentagem do rendimento disponível dispendida com opagamento dos juros (sem incluir a parcela de amortização decapital) se tem mantido em torno de 5%. Por outro lado, doendividamento total, 77pp correspondem a crédito hipotecáriopuro. O crédito ao consumo é ainda relativamente reduzido emPortugal, embora tenha vindo igualmente a aumentar nosúltimos anos.

PerspectivasA conjugação dos factores acima mencionados, parti-

cularmente da maior propensão dos portugueses a deter casaprópria, por um lado, e da ausência de um mercado dearrendamento dinâmico, pelo outro, deverá continuar asuportar a aquisição de habitação em Portugal, e consequen-temente o crédito hipotecário.

Adicionalmente, a relativa estabilidade dos preços dahabitação contribui igualmente para uma maior acessibilidadepor parte das famílias portuguesas. Segundo dados divul-gados pelo Banco de Portugal, nos últimos anos, os preços doimobiliário terão crescido cerca de 2% ao ano, em termosnominais. Ou seja, corrigindo da inflação, os preços têmpermanecido basicamente inalterados. Esta situação,contudo, esconde divergências a nível nacional. Enquanto ospreços no centro da cidade de Lisboa têm continuado aaumentar moderadamente, nas zonas suburbanas têm caído,em alguns casos.

Taxas de juro relativamente baixasAs famílias portuguesas poderão continuar a beneficiar de

taxas de juro relativamente baixas, seja em comparação comas taxas superiores a 15% registadas no final dos anos 80, sejamesmo em comparação com os mais de 4.5% registados em2001.

A principal taxa de referência para o crédito à habitação emPortugal é a taxa Euribor 3 meses, a qual reflecte as condiçõesno mercado monetário da zona euro. Esta taxa acompanha deperto (com um diferencial médio de cerca de 0.1%) a taxa decedência de fundos do Banco Central Europeu.

As condições mais fracas da economia europeia, quandocomparadas com as registadas no início da década, nãopermitem uma subida tão rápida e de tão grande dimensãocomo ocorreu em 2000-2001. Com efeito, actualmente aeconomia cresce cerca de 1.5%, segundo as previsões maisrecentes, e a inflação mantém-se em torno do objectivo de 2%.Com riscos elevados para o crescimento, decorrentes depreços do petróleo elevados, e de fracos níveis de confiança dosagentes económicos, os participantes nos mercadosfinanceiros não antecipam que as taxas de referênciacomecem a subir até ao final deste ano.

Por esses mesmos motivos, antecipam também um processode subida mais lenta do que em ocasiões anteriores. Destemodo, até ao final de 2006, as expectativas desses participantesno mercado são de que a taxa de refinanciamento do BCEpossa subir até 2.5%, face aos actuais 2.0%. Para 2007, a taxapoderia subir mais cerca de 0.5%. Isso resultaria numa subida,segundo essas mesmas expectativas, da taxa Euribor 3 mesespara 2.25% no final de 2005, 2.6% no final de 2006 e 3.2% no finalde 2007.

As implicações daí resultantes para o orçamento familiar sãode uma subida moderada dos custos associados ao crédito,assumindo esse cenário de mercado. Por um lado, não haveriauma deterioração significativa da situação financeira dasfamílias e, por outro, o recurso ao crédito à habitação continuaacessível a muitas famílias.

Diziam os antigos que “recordar é viver”. Esse ditado aplica-se,muito apropriadamente, ao emigrante. O ser-se imigrante é muitasvezes bastante duro, chega a ser violento o choque de culturas,as novas maneiras de encarar, submissamente, um diferente modode trabalhar e a língua é outra das grandes dificuldades. Então

como recordar o tempo antigo é reconfortante, nós vamo-nosreunindo nas associações e clubes e desta vez encontramo-nos noClube Portugal de Montreal para celebrarmos o vigésimo segundoaniversário do Rancho Folclórico Praias de Portugal.

“Povo sem folclore é povo sem tradição, sem respeito, semdignidade, sem alma.” O Praias de Portugal, é composto por umgrupo infantil e outro adulto e há 22 anos que vêm cantando edançando sobretudo modas do norte.

Para esta noite de aniversário, o Clube Portugal de Montreal

convidou o Rancho Folclórico da Associação Cultural do Minhode Toronto que gentilmente concordou deslocar-se a Montreal eparticipar neste grande evento. Os trajes deles são tipicamenteminhotos assim como os cantares e danças e a razão é simples: amaioria dos componentes deste rancho são originários das terrasdo Alto Minho. As danças típicas do Minho agrupam-se nos Viras,Malhões, Chulas e Canas Verdes. O salão do Clube estava repletode entusiastas do folclore e as palmas bem demonstravam o

contentamento dos que lá se encontravam. Este grupo temactuado no Canadá, nos Estados Unidos da América e em 1990deslocou-se a Portugal. O director do rancho dizia que nestesintercâmbios ganha-se uma amizade muito grande e duradourae “estas tradições do folclore não se podem deixar perder; o nossopaís é muito rico em danças populares e é extremamenteimportante que os nossos filhos continuem.” Por volta da meia noiteentrou o rancho Praias de Portugal e entre canas verdes e chulas,o serão prosseguiu com muita cor, muito entusiasmo e muitaalegria.

Parabéns ao “Praias de Portugal” pelo magnífico trabalho quetem vindo a fazer ao longo destes 22 anos . Felicitações tambémao novo director do grupo, Fernando Santos.

Texto de Natércia e fotos de José Rodrigues

O Praias noClube Portugal de Montreal

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Recordação44º Aniversário de A Voz de Portugal

Texto e fotos de Antero Branco

A Voz de Portugal festejou,em grande pompa, no passadodia 30 de Abril, na AssociaçãoPortuguesa do Espírito Santo, oseu 44º aniversário de exis-tência.

Eduíno Martins, editor dojornal, e a sua equipa fizeramtudo, o que estava ao seu alcan-ce, para que as cerimónias

fossem o sucesso que foi.Convidaram, como prome-

tido, artistas de nível interna-cional e nacional.

Carlos Alberto Moniz, gran-de músico e poeta, fez-nos vi-brar com a sua música e rir com

as suas anedotas. Temos hábitode o ver, quinzenalmente, naemissão da RTPI, no programa“Casa dos Açores”, mas ou-vindo-o pessoalmente é dife-rente. Matámos saudades,porque a última vez que actuouem Montreal, já lá vai um quar-to de século. Joe Puga, artistacredenciado da nossa comuni-dade, partilhou connosco umpouco da sua música, muito emparticular a do seu novo CD,que já se encontra à venda nomercado. Uma excelente ofer-ta para o Dia das Mães.

José Gil, com a sua presençaagradável, cantou-nos, compaixão, imortais melodias.

Por último, o conjunto daactualidade, Star Light, que sedeslocou de Toronto, fez-nos

bater o pé até altas horas damadrugada.

Durante o jantar, confec-cionado por Norberto Lima,chefe cozinheiro, bem conhe-cido da comunidade, o mestrede cerimónias, João Mesquita,

popular locutor da Rádio Clubede Montreal, foi-nos apresen-tando, pouco a pouco, as entida-des presentes, tais como o Di-rector honorário, o Sr. Arman-do Barqueiro, Sr. Pablo Rodri-guez, do Ministério das Comu-

nidades Culturais e Imigraçãodo Quebeque, Dr. Carlos deOliveira, cônsul geral de Portu-gal em Montreal, que bemquiseram dar testemunho deapreço e de parabéns ao jornalportuguês, mais antigo do Ca-nadá. Professor Benjamin Sil-va, director de A Voz de Portu-gal, começou por agradecer àsinúmeras entidades presentes,aos representantes dos órgãosda comunicação social, entreeles, Carlos de Jesus, antigocolaborador do jornal, hoje, di-rector do Luso Presse. Querdizer que o jornal deu frutos.Destacou ainda o papel, impor-tantíssimo, dos pioneiros dojornal, que o fundaram em1961, dos colaboradores, que,grande parte deles já nasceramdepois do jornal existir. Dese-

jou parabéns à Voz de Portu-gal, ao fim e ao cabo a todosnós.

João Mesquita leu-nos umtelegrama enviado pelo An-tónio Vallacorba, colaboradordo jornal há mais de 25 anos edirector adjunto, que se encon-tra nos Açores, mais precisa-mente em Ponta Delgada nasfestividades do Eço Homem,desejando um feliz aniversárioao jornal.

Por fim, Eduíno Martins a-gradeceu a presença de todos,em particular aos empresários,banqueiros, entidades gover-namentais, em destaque sua

excelência o juiz, Dr. ArlindoVieira, aos leitores do jornal,que são a razão da sua exis-tência, e a todos os que de uma

maneira ou de outra têm contri-buído para o sucesso da Voz dePortugal.

Foto de Michael Estrela

Foto de Michael Estrela

Cônsul geralde Portugal em Montreal

Luís Perreiracom José Gil

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Alma juvenil

Foto da semana

Ghost Rider - Nicolas Cagefez um pacto com o diabo

Até poderia estar a falar da carreira de sucesso do actor, poisnem os seus filmes mais bizarros fracassam na bilheteira…mas não, refiro-me apenas ao novo papel de Cage: JohnnyBlaze, o famigerado Ghost Rider. Este é próximo super-heróida Marvel que vai pular para o grande ecrã. Para quem nãoconhece a história, Blaze é um duplo, conhecido pelas suashabilidades em cima de uma mota. Para salvar a sua amada,faz um pacto com um demónio e permite que o seu corpo sejapossuído por um espírito de vingança. Daí em diante, todas asnoites, transforma-se num motard demoníaco, que persegueos maus da fita. As filmagens correm a bom ritmo, emMelbourne, na Austrália, com Cage e os seus colegas WesBentley, Eva Mendes, Matt Long, Sam Elliott a fazerem ofuror dos habitantes locais. Apesar do frenesim, por enquantosó há esta imagem da Hellcycle… o que já é melhor do quenada!

VírusOs Vírus são um projecto de Vila

Real que procura fazer da músicauma festa. Adoram o lado irónicoda sociedade moderna e, princi-palmente, de tocarem ao vivo. Umprojecto que consegue contagiarpela sua grande arma, a criati-vidade.

Foi na cidade do Porto, alguresna Avenida da Boavista, que o123som esteve à conversa com o Carlos e o Guilherme, vocalistae baterista, respectivamente, dos Vírus. Um momento divertidoque deu a revelar mais um projecto interessante da músicanacional.

Há quanto tempo é que nasceu a ideia de criar este “Vírus”?Carlos - A ideia já deve ter uns quatro anos, mas mesmo a sério

à sensivelmente um ano. A nossa preocupação foi gravar umamaqueta porque queríamos algo para mostrar, e só depois é quedecidimos começar a sério. Aconteceram algumas mudanças e sóa partir de Maio, do ano passado, é que resolvemos começar a tocarao vivo.

Mas porquê Vírus?Carlos - Achei piada ao nome e que se tivesse uma banda seria

Vírus. E acho que é uma palavra que acaba por representar aquiloque é o nosso tempo. É uma palavra muito actual.

E onde têm tocado?Carlos – Para já temos ido a concursos. O primeiro foi o Festival

de Gondomar, e atingimos a final, para grande surpresa nossa.Porquê tanta surpresa?Carlos - Porque a maqueta estava horrível e ninguém queria

ouvir aquilo. Tinha muitas falhas e denotava alguma inexperiência.E depois foi estranho estar a tocar sozinho para uma máquina. Émuito diferente de tocarmos todos juntos. Deu algum trabalhoporque não estávamos habituados. Foi uma complicação terrível!

Esta é de graça...Três mulheres acharam uma lâmpada mágica, e uma delas

a esfregou sem querer. De repente surge um génio mágico,dizendo: - Cada uma de vocês poderá fazer um pedido. Entãoa primeira disse: - Quero ser 10 X mais inteligente que sou... Eo génio concedeu seu pedido. A segunda disse: -Eu quero ser20X mais inteligente... Então o génio transformou-a, conformeseu pedido. E a última disse: - Eu quero ser o Triplo, maisinteligente que as duas juntas... E então o génio transformou-a em um homem.

Procurar luz na escuridãoSusana Sequeira

Por vezes, tudo nos parece estar escuro e sem sentido. Noentanto, temos de continuar a prestar atenção ao que se passa àvolta para poder ver os sinais, para tomar gosto de novo ao quepensamos não querer. Por vezes, as coisas estão perto de nós e nãovemos o que nos rodeia, por facto de estar no seu próprio mundo.Devemos de encontrar a fé e continuar a caminhar, porque adificuldade não é de cair, mas de conseguir levantar-se e caminharde novo e continuar seu caminho, aprendendo cada vez maissobre o assunto da vida.

O menino e a florO estacionamento estava deserto quando me sentei para ler em

baixo dos longos ramos de um velho carvalho, desiludido da vida,com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando meafundar. E como se eu não tivesse razão suficiente para arruinaro dia, um garoto ofegante chegou, cansado de brincar. Ele parouna minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:- “Veja o que encontrei!” Na sua mão uma flor - que visãolamentável - pétalas caídas, pouca água ou luz. Querendo me verlivre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas aoinvés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz edeclarou com estranha surpresa: - “O cheiro é óptimo, e é bonitatambém... Por isso peguei; hei-la, é sua.” A flor à minha frente estavamorta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja,amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou elejamais sairia de lá. Então me estendi para pegá-la e respondi:-”Era o que eu precisava.” Mas, ao invés de colocá-la na minhamão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora notei,pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o quetinha nas mãos. Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram aosol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquelejardim. - “De nada”, ele sorriu, e então voltou a brincar semperceber o impacto que teve em meu dia.

Sentei-me e me pus a pensar como ele conseguiu enxergar umhomem auto-piedoso sob um velho carvalho. Como ele sabia domeu sofrimento auto-indulgente? Talvez no seu coração ele tenhasido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de umacriança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo,e sim EU. E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego,agradecido a Deus por ver a beleza da vida, e apreciei cadasegundo que é só meu. Então levei aquela feia flor ao meu nariz esenti a fragrância de uma bela rosa. Sorri enquanto via aquelegaroto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de uminsuspeito senhor de idade. Por Paulo Sérgio Belotti.

Devemos ver as coisas como o menino, cegamente, sem fazerdistinções entre tudo o que nos parece importante ou menosimportante, pois tudo está connosco; devemos utilizá-las e vercomo se tudo fosse o melhor e agradável, porque só se vive umavez .

O gerente chama o empregado recém-admitido à sua sala. Eleinicia o diálogo com:

- Qual é o seu nome?- João - responde o empregado.- Olha, - explica o gerente - eu não sei em que espelunca você

trabalhou antes, mas aqui nós não chamamos as pessoas peloseu primeiro nome. É muito familiar e pode levar à perda deautoridade. Eu só chamo meus empregados pelo sobrenome:Ribeiro, Matos, Souza... Só.

E quero que o senhor me chame de Sr. Mendonça. Bem,agora quero saber qual é o seu nome?

O empregado responde:- Meu nome é João Florzinha.- Tá certo, João. O próximo assunto que eu quero discutir...

Um sujeito apresenta-se para um emprego de lenhador numaempresa de madeira na Amazónia, gabando-se de ser o melhorlenhador do mundo.

O entrevistador olha para a sua figura franzina e pergunta,desconfiado:

- Onde é que o senhor já trabalhou como lenhador?- No Sahara!- Mas o Sahara é um deserto!- Agora é!

Jerry Seinfeld no grande ecrãConsiderado pela critica americana

como um dos melhores comediantesdo Estados Unidos, Jerry Seinfeldesteve fora do meio televisivo por 5anos volta em força com um filme deanimação. Bee Movie é o titulo doprojecto escrito e produzido por Sein-feld. Não, não é a história da AbelhaMaia, por-menores sobre o argumentohá muito poucos. DreamWorks vai darvida à história. Neste momento está ser

escolhido o elenco, além da participação de Jerry Seinfeld,Renée Zellweger é o nome garantido. Sem confirmação oficialestão a se-guintes estrelas: Oprah Winfrey, Robert Duvall,Uma Thurman, Kathy Bates, Alan Arkin como possíveisfuturas vozes de abelhas. DreamWorks Animation jáanunciou a data oficial de estreia nos Estados Unidos, dia 2de Novembro de 2002 será denominado como o dia da“Abelha”.

Harry Potter and The Goblet of FireAs filmagens estão a

decorrer a bom ritmo, eeste quarto filme da sagado pequeno feiticeiroque cativou uma legiãode fãs em todo o mundopromete não desiludir.Já não tão pequeno as-sim, o jovem Harry entrano estranho mundo daadolescência e é con-frontado com novassensações. Desta vezestá determinado a ven-cer um torneio entreescolas de magia e tem a sua primeira paixão, que o faz sonharalto com a sua amada. Sempre ao lado dos seus fiéiscompanheiros, Harry vai conquistar o grande ecrã no finaldeste ano. Até lá ficam as primeiras imagens, para aguçar acuriosidade.

Adélia FerreiraAdvogada

240 ST-JACQUES O. 10 e, MONTRÉAL, (QUÉBEC) H2Y 1L9TELEFONE: (514) 369-1798 FAX: (514) 369-8688

FERREIRA LEMPICKA Avocates

Hoje em dia, tirar uma foto é muito simples, mas ter umafoto que merece ser foto da semana, é muito mais difícel.Apresentamos aqui o Pedro e a Nelly. Tão lindo casalmerecia a foto da semana.

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PsicologiaÉ árduo para a mulher

O caminho do poderManuel Louro

A MentiraRui Manuel Carreteiro

A mentira é tão frequente-mente utilizada que o seu senti-do ultimamente parece tendera ser banalizado. Segundo asestatísticas (citadas por RoqueTheophilo), mentimos cerca de200 vezes por dia e em médiauma vez por cada 5 minutos.

Começando pelos falsos elo-gios - p.ex, essa saia fica-temesmo bem -, passando pelasdesculpas “esfarrapadas” -p.ex., não pude fazer os traba-lhos de casa porque faltou a luz- ou pelas mentiras descaradas,chegam mesmo existir casosem que os pais, que parecemtão preocupados quando osfilhos mentem, os incitam amentir - p.ex. quando lhespedem para dizer que eles nãoestão em casa.

A mentira pode surgir porvárias razões: receio das conse-quências (quando tememosque a verdade traga conse-quência negativas), insegu-rança ou baixa de auto-estima(quando pretendemos fazerpassar uma imagem de nóspróprios melhor do que a queverdadeiramente acredita-mos), por razões externas(quando o exterior nos pressio-na ou por motivos de autori-dade superior ou por co-acção),por ganhos e regalias (de acor-do com a tragédia dos comuns,se mentir trás ganhos vale apena mentir já que ficamos emvantagem em relação aos quedizem a verdade) ou por razõespatológicas.

Na infância mentimos paranos isentarmos das culpas.Muitas vezes os adolescentesdescobrem que a mentira po-de ser aceite em certas oca-siões e até ilibá-los de respon-sabilidade e ajudar a sua aceita-ção pelos colegas.

Algumas crianças e adoles-centes que geralmente agemde forma responsável, podemcair no vício de mentir repe-tidamente ao descobrir que assuas mentiras saciam a curio-sidade dos pais.

Para alguns investigadores,as crianças aprendem a neces-sidade de mentir (p.ex. nãodemonstrar descontentamento

com as prendas recebidas sobpena de não receberem mais)tão cedo quão mais inteligentesforem. Face à sua frequência,existe uma certa tendênciapara ba-nalizar ou até catalogara men-tira como positiva - a“mentira branca” é conside-rada como uma forma de facili-tar a integração na sociedade,e muitas vezes os que não autilizam são catalogados comoingénuos -, mas há que nãoesquecer que durante toda ahistória da humanidade a men-tira causou muitos sofrimentose fez derramar muitas lágrimassobre-tudo quando projectadasob a forma de calúnia. Quan-do as crianças ou adolescentesmentem, os pais devem conse-guir distinguir entre a reali-dade e a mentira e falar aberta-mente com eles sobre os aspec-tos pejorativo da mentira, e asvantagens que a verdade lhestrará. Em casa a criança deve-rá encontrar exemplos de ver-dade e honestidade que fomen-tem a sua atitude de sinceri-dade.

Durante os primeiros anos ascrianças não distinguem a rea-lidade da fantasia, mas cedocomeçam a utilizar a mentirapor proveito próprio. Sensivel-mente por volta dos 7 anos ascrianças já têm capacidadepara distinguir claramente overdadeiro do falso, e os adoles-centes passam a conseguirdiscernir com relativa facili-dade quem está a mentir ou aser sincero.

A mentira existe ao longo detoda a escala patológica. Asaúde mental só é compatívelcom a verdade. De nada servequerer acreditar que o nossofamiliar não faleceu quando narealidade isso não é a verdade,de nada serve acreditarmosque somos capazes voar se narealidade não temos asas.

Nos estados neuróticos, amentira pode surgir com basenuma incapacidade da cons-ciência aceder a factos recal-cados e que se encontram nonosso inconsciente, ou porproblemas de auto-estima eauto-imagem que despoletam a

necessidade de fazer passaruma auto-imagem melhor doque a que acreditamos ter.

Nos estados limite, a mentiraaparece frequentemente devi-do à falta de barreiras externasque balizem o comportamento.Esta situação surge frequen-temente em filhos de pais muitorepressivos ou demasiadamen-te permissivos.

Nas psicoses, a mentira sur-ge na forma de delírio, umades-crição que as próprias pes-soas admitem como verda-deira, apesar do seu aspectofrequentemente bizarro, de-vido a uma quebra de contactocom a realidade

A mentira pode ainda surgircomo uma dependência, quan-do dita de uma forma compul-siva. Os dependentes da men-tira sabem que estão a mentirmas não se conseguem contro-lar, num processo que surge deuma forma muito semelhanteao do vício do jogo ou à depen-dência de álcool ou de drogas.

Esta incapacidade em contro-lar os impulsos é causadora deum sofrimento nítido razão pelaqual deve ser alvo de tratamen-to. Nos dependentes da menti-ra, o primeiro passo a dar con-siste em assumir que existe umproblema e de seguida procu-rar ajuda para esse mesmoproblema. A nível da aborda-gem terapêutica o tratamentopassa geralmente pela reali-zação de uma terapia psico-lógica. Ao nível das provas psi-cológicas a mentira pode obvia-mente influenciar a validadedos resultados ou pela tendên-cia do sujeito em simular umdesempenho superior (fakinggood) ou inferior (faking bad)ao da realidade. Por estas ra-zões grande parte das provaspsicológicas apresentam for-mas de controlar a veracidadedas respostas quer a partir daprópria atitude do sujeito aanalisar quer mesmo atravésde índices de consistênciainterna, teste-reteste ou con-frontação com familiares eamigos próximos. Entre estasformas de dissimulação revela-se frequentemente tambémaveriguar até que ponto assimulações surge de formaconsciente ou inconscienterelativamente ao sujeito.

O século XXI anuncia-se co-mo sendo o século em que aMULHER acedera aos postosdo poder na sociedade ociden-tal.

Esta tendência baseia-se emdiversos indicadores de êxitosocial favoráveis a mulheres,desde há alguns anos.

É este o ponto de vista quepreconiza o psicólogo RichardCloutier, professor da Univer-sidade Laval (Quebeque) e di-rector do Centro de Pesquisasem Serviços Comunitários. Eleinteressa-se particularmentepelo processo de desenvolvi-mento social.

Segundo este professor, asregras de jogo da sociedadeprivilegiam a capacidade cere-bral e os diplomas de que, noQuebeque, o sexo feminino éhoje maioritariamente deten-tor.

A capacidade cerebral e adiplomação de que privilegiamas mulheres serão suficientespara que possam atingir o po-der?

Não há dúvida que é possívelà mulher atingir o poder, mas élhe necessário, mais do que aohomem, um esforço hercúleosuplementar, numa sociedadeem que, por natureza, a forçamuscular do macho domina,em que as leis do Parlamentocomposto por 90% de homenssão tendenciosamente mascu-linas, em que o poder executivodo Governo e das finanças seencontra bem protegido, comdireito ou sem direito, nas suasmãos de ferro, fechadas a qua-tro chaves e em que todo opoder passa pelo “porte-mon-naie”.

É incontestável que a mulherocidental fez já uma longa ca-minhada (olhemos para os paí-ses muçulmanos...). Ela vemde longe, dos tempos A.C. emque se lhe negava a existênciada alma; em que era submetidaao homem como escrava (co-mo ainda hoje em muitos paí-ses), condenada ao analfa-betismo, excluída do direito devotar e das funções oficiais decomando.

Há ainda algumas décadas,os empregos reservados àsmulheres consistiam em servi-ços domésticos, empregos deescritório, professora primária,freira, enfermeira... e em traba-lhos iguais, salários desiguais...No Quebeque a lei da igual-dade dos salários é clara, mas30% das mulheres, com igualcompetência ou mesmo supe-rior à dos homens, ganham 25%menos por serem mulheres.

A VULNERABILIDADEMASCULINA

A experiência do professorCloutier, junto dos jovens emdificuldade, permitiu-lhe estu-dar a fundo o fenómeno davulnerabilidade masculina.Há mais rapazes do queraparigas que necessitam deajuda especial em Centros deregeneração para a infância eadolescência por problemasgraves de comportamento:marginalidade, violência, delin-quência, brutalidade, toxico-

mania, alcoolismo, prostituição.No Quebeque, 15% de jovens

apresentam deficiências psico-lógicas incontornáveis de todosos géneros e dificuldades quaseinsolúveis; 3% sofrem de ano-malias de que só podem sertratados (e com que percen-tagem de sucesso?) em centrosapropriados de reclusão. Entreestes, 9% são do sexo masculinoe só 1% do sexo feminino, vivemem detenção perpétua por difi-culdades de adaptação social:rejeito sistemático das normase valores, falta do mais ele-mentar controlo e incapacidadefuncional de autonomia.

A vulnerabilidade masculinamanifesta-se também ao nívelda aprendizagem escolar. Daescola primária à universidade(o que a minha própria expe-riência corrobora), os proble-mas continuam. São mais nu-merosos os rapazes que aban-donam os estudos secundáriosdo que as raparigas e, por via deconsequência, são menos osque fazem estudos superiores emenos os que obtêm diplomasuniversitários.

Na Universidade Laval deQuebeque matriculam-se 55%de raparigas contra 45% derapazes.

Esta tendência é tambémperceptível num dos bastiõestradicionais e quase exclusivosdos homens - o doutoramento.Nos estudos de bacharelato (1ºciclo universitário) as rapa-rigas são nitidamente supe-riores aos homens em númeroe qualidade. No terceiro ciclo, odo doutoramento, embora pre-sentemente os homens estejamligeiramente em avanço, asmulheres diplomadas serãomaioritárias daqui a dois outrês anos segundo as estatís-ticas e, se a tendência con-tinua, elas dominarão nos trêsciclos.

Tal situação começa a tradu-zir-se em novos modelos decarreiras: direito, medicina,política, engenharia,... acessí-veis à mulher sem discrimina-ção... Para já, a prática do direi-to está a mudar de forma. Atradicional praxe da agres-sividade masculina na defesade uma causa é substituída pelarazoável mediação jurídica. Hámenos necessidade de atacarpara ganhar. A mediação exigeflexibilidade, inteligência efineza para se poder chegar aum acordo jurídico mais basea-do na lei natural e no sensocomum.

SUCESSO FEMININOINESPERADO

Não é apenas no Quebequeque o avanço das raparigas énotório. O resto do Canadá, a

França e os Estados-Unidos sãooutros tantos países que pro-gressivamente se preparam,desde quase duas décadas,para transferir o poder tradicio-nalmente exclusivo dos ho-mens, às mulheres que tiveremmais êxito no longo processo daescolarização (desde que adiscriminação as não impeça).Os seus sucessos são umfenómeno inesperado pois nopassado, “ninguém previa aexplosão do génio científicofeminino”.

ABANDONO ESCOLARMASCULINO

Nas instituições escolares osrapazes são imbuídos da “cultu-ra” masculina tradicional, sãomais “COOL!” como se diz nojargão escolar. Para mais im-pressionarem as raparigas mos-tram-se intrépidos, utilizamartifícios originais, mostram-sepor vezes estupidamente indis-ciplinados face aos professorespara contrastarem com a disci-plina feminina; fazem-se(des)engraçados para provo-carem o riso dos colegas nasaulas e, com ares de superio-ridade, não se “stressam” muitocom os resultados escolares.

As raparigas sendo maisdiscretas, estudiosas, assíduas,sérias, ordenadas e fiéis à sub-stância do conteúdo, perfor-mam melhor intelectualmente,mas chegadas ao empregosentem-se menos aptas, nervo-sas, inseguras (adaptação maisdifícil). É o caso de muitasmulheres em engenharia me-cânica, em agronomia, em cer-tos sectores da medicina (medi-cina veterinária por exemplo) eem outras profissões de ponta,tradicionalmente reservadasaos homens. Três rapazes con-tra uma rapariga, em igualsituação, conhecem melhor asestruturas e o funcionamentoprático da vida. Geralmenteconseguem avançar mais de-pressa nos empregos e com-pensar uma certa carências dosestudos com a habilidade, resis-tência física e agressividadenaturais.

Em suma, o maior obstáculocontra o avanço feminino en-contra-se no sistema da “cultu-ra patriarcal” da sociedade.

Quantas discussões nas aulasde Filosofia do HOMEM (Psico-logia racional) e de FilosofiaÉTICA, em volta do assunto dacondição humana, chegando-se sempre à seguinte e mesmaconclusão:

No estado actual da vidahumana há um facto inegávelque infelizmente subsiste namentalidade tradicional:

- PARA QUE A MULHERPOSSA SER “IGUAL” AO HO-MEM É NECESSÁRIO SER-LHE “SUPERIOR”; e para lheser superior precisa de sergenial.

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Parabéns a VocêFoi em 1983 que nasceu no seio da comu-

nidade portuguesa uma casa para vos servir.É uma Pastelaria e Padaria, conta ainda comalguns produtos de charcutaria; chama-seNotre Maison.

Está em festa!Então nesse ano, D. Aurora Costa (simpa-

tia do balcão) e seu marido Sr. Joaquim

Costa fizeram desta CASA uma das maisfamosas e conhecidas da comunidade. Ecomo toda a gente tem dificuldades ao início,o que é verdadeiro é no sacrifício. Hoje com22 anos, está em festa durante este mês.

D. Aurora é uma senhora que todos co-nhecem pelo seu sorriso e bondade. Ondeo pobre entra e por vezes diz “Notre Maisoné a nossa CASA”. Uma CASA que todos os

portugueses conhecem em Montreal eonde se pode encontrar de tudo. Mas osegredo não se sabe; o que é certo é queos pastéis de bacalhau são uma especia-lidade desta casa. Durante todo o ano,pode-se encontrar uma grande varie-dade nesta pastelaria, não esquecendo atão famosa lampreia na altura da Páscoae no Natal.

Clientela feita desde há alguns anos, esempre a aviar todo o dia. Sempre aoserviço da nossa comunidade, também

oferece os seu serviços para casa-mentos, baptizados, comunhões e ou-tras festas. Situada no Boul. St-Laurent,D. Aurora, com a sua gentileza paratodos e todas, está lá, servindo todos osdias os seus clientes, há mais de 22 anos.É uma VIDA de muita sabedoria.

Dentro três anos, a padaria NotreMaison vai festejar as bodas de prata! “Aíestaremos presentes nessa grandefesta”. PARABÉNS a vocês: D. AuroraCosta e Sr. Joaquim Costa.

4101 Boul. Saint-LaurentTel.: 844-2169

Reportagem do Santo Cristo em S. MiguelEm S. Miguel, nas Festas doSanto Cristo A saudade comoveu-se!

Texto de António Vallacorba

Ponta Delgada. Uma experiência inesquecível, carregada demuita saudade e emoção - eis como qualifico esta minhaparticipação, na procissão do Senhor Santo Cristo, no domingo,ponto alto das celebrações em honra do “Ecce Hommo”, cujo iníciose verificou no dia 28 de Abril e com encerramento quinta-feira,

4 do corrente.Durante mais de quatro horas, milhares de homens, como eu,

em opas vermelhas, do infindável manto negro das senhoras, a parde jovens e crianças, cumpriram a penitência em agradecimentoàs bênçãos recebidas e fizeram os pedidos por melhores dias nasnossas vidas, num ritual pleno de emoção e veneração que todosos anos atrai ao Campo de S. Francisco, um mar infindo de

forasteiros vindos de todas as freguesias de S. Miguel, da Região,do Continente e das comunidades açorianas espalhadas pelomundo.

Um ritual, também que se manifesta exuberantemente pelasruas do centro histórico da cidade, entre os deliciosos cheiros dosvistosos tapetes de flores e verdura, igualmente decorando asvarandas, do incenso e dos sons das filarmónicas da ilha.

Numa tradição multissecular, a solenidade deste ano foipresidida por D. Serafim F. da Silva, Bispo de Leiria e Fátima, aquem, durante a mudança da Veneranda Imagem, no sábado,havia chocado o sacrifício duma senhora com os joelhos a vertersangue, em cumprimento duma promessa.

D. Serafim havia expressado qualquer coisa como “O que éisto?”. Ao que aquela devota explicando que o filho estiveracondenado pelos médicos, o entregara, por isso, ao Senhor “paraque tomasse conta dele”, tinha ficado curado - retorquiu que “Omeu filho vale muito mais do que os meus joelhos”.

Foi, uma vez mais, a confirmação de que a fé é que nos salva!D. António, Bispo dos Açores, Laborinho Lúcio, Ministro da

República, e Carlos César, presidente do Governo açoriano, foramoutras das altas individualidades religiosas e civis a incorporarem-se na monumental procissão.

Outrossim, pela primeira vez participou uma comitiva de mae-stros das filarmónicas da diáspora açoriana, sendo 9 do Canadá e17 dos Estados Unidos.

Realça-se, por isso que a nossa comunidade esteve representadapor Gilberto Pavão, da Filarmónica do E. Santo de Laval, e a deHull por José Pimentel, da Filarmónica de Nossa Senhora deFátima daquela cidade.

O tempo, entretanto, e embora incerto, com rajadas de ventoforte e de chuva intermitente, proporcionou, felizmente, boasaberturas no domingo, para maior enobrecimento da procissão.

Já não assim, no sábado, aquando da mudança da imagem, e -ao que dizem - muito menos na sexta-feira, por ocasião dainauguração oficial da iluminação do templo e do recinto festivo,prejudicada pelos efeitos do apagão que, durante mais de meia-hora, afectou toda a ilha.

Iluminação essa, aliás, sempre espectacular no seu arranjoartístico e de belo efeito visual, da concepção e responsabilidadede Humberto Moniz. Segundo este amigo de longa data, foramutilizadas 125.000 lâmpadas na ornamentação, que é alterada dedois em dois anos.

Entretanto, as festas continuam no Campo de S. Francisco,embora, e também, num aspecto mais profano, com o serviço debazar, das tascas com gastronomia regional, o algodão doce, aspipocas e, evidentemente mas não só, os tão interessantes concer-tos dos arraiais, a par da exposição da Feira do Lar, Campo e Mar,patente no antigo hangar da Marinha, num patrocínio da Câmarado Comércio e Industria de Ponta Delgada.

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 1 5

ComunidadeMaravilhas…

Texto de Natércia Rodrigues e fotos de José Rodrigues

Decorreu com animação esala cheia, as comemorações deum ano de trabalho, isto é doprimeiro aniversário do grupofolclórico As “Nove Maravilhas”da Associação Portuguesa deSanta Teresa.

O grupo juvenil tem comoobjectivo projectar e manifes-tar a cultura do povo luso-aço-riana. Conta com cerca devinte jovens luso-descendentese simpatizantes da culturaaçoriana dedicando-se às dan-ças tradicionais açorianas.Conversando com a ensaia-

dora, a jovem Elizabete Amaro,dizia-me ela que houve muitotrabalho, tanto da parte dosensaiadores como das crian-ças. As crianças distraem-sefacilmente e depois há a bar-reira da língua. No entanto aElisabete e seu esposo, o PauloJorge Pereira, sentem umaalegria enorme pois que pelomenos puderam já transmitiraos mais novos aquilo que elespróprios aprenderam e queadoram.

O valor educativo do folcloretem sido bem aproveitado pelascrianças. Despertar nas crian-

ças o gosto pela cultura dos paise avós é por vezes difícil mas é aíque os ensaiadores aproveitamtodas as circunstâncias possí-veis para os formarem o melhorpossível.

Neste serão de aniversário,em boa companhia e sabo-reando um bom prato, eis queo Mestre de Cerimónia, o Sr.Adriano Pereira, agradeceu atodos os que de uma maneiraou outra contribuíram para osucesso deste serão eapresentou dois jovens queabriram o espectáculo. Patrick

e Jomani interpretaram algu-mas canções com suas bonitasvozes, cheias de energia. Háseis meses que trabalham jun-tos e já publicaram dois CDs,sendo o último “Mexe, Mexe”

O espaço do salão estavacheio de entusiastas do folcloree recebeu calorosamente osCampinos do Ribatejo. Foi umautêntico desfile de cor e som.O folclore é a alma de um povo,neste caso do povo Ribatejano.O ritmo e as danças, deste oFandango à Marcha bem Por-tuguesa, é o que nos faz vivernestas terras distantes, disse a

directora do rancho.O serão continuou com o

Duo Santos...João e Lisa. Ele

lisboeta, ela canadiana ingle-sa, mas que se apaixonou pelofado. Em vinte anos, este simpá-tico casal já actuou em 38 paísese já gravaram 10 CDs. Cantamem nove línguas e cantam do

fado, ao folclore, à canção,marchas, Rock’N’Roll, um pou-co de tudo. “Amália, Mulher e

Povo” com letra de José MárioCoelho, Lisa e João gravarameste CD, o qual o Carlos doCarmo adorou, e afirmou ser omelhor CD cantado em Portu-guês por uma Inglesa.

Houve música para todos e ajuventude penso que encon-trou neste salão um porto deabrigo pois estava bem pre-sente e visível.

Chegou a altura do grupo “AsNove Maravilhas” da Associa-ção Portuguesa de Santa Tere-sa entrar. Bandeira nova, de-senhada e confeccionada navila da Lagoa, S. Miguel, Aço-res. É com prazer que digo que

este grupo dançou com brio.Valeu a pena estar presente ever este maravilhoso grupo quenos trouxe um pouco dos Aço-res para matarmos saudades.

Sob sorrisos, aplausos e foto-grafias, eles deixaram-nos poisque alguns dos tão jovens dan-çarinos já estavam quase adormir.

Em suma, foi uma noite bri-lhante. Felicitações!

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 1 6

Guia do ConsumidorCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLAR

CANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGAL

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Igreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

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Sotavento algarvio promovevisitas educacionais

Gustavo Fernandes

Acções visam os mercados,polaco, húngaro, finlandês,inglês, dinamarquês, holandês,espanhol, norueguês, francês ealemão O Programa de AcçãoEspecífica do Sotavento doAlgarve (PAE) tem previsto atéao final deste ano visitas educa-cionais de operadores turísticose jornalistas dos mercadospolaco, húngaro, finlandês,inglês, dinamarquês, holandês,espanhol, norueguês, francês ealemão. No passado fim-de-semana recebeu um grupocomposto por nove operadoresturísticos e um jornalista italia-nos, um representante do Insti-tuto do Comércio Externo dePortugal (ICEP) em Milão e umelemento da companhia aéreaportuguesa TAP. Esta inicia-tiva, desenvolvida em parceriacom a Associação Turismo doAlgarve, ICEP e TAP, tem co-mo principal objectivo dar aconhecer e incentivar a práticaturística do mercado italianonesta zona do Algarve. O grupoteve oportunidade de conhecero melhor da oferta turísticaexistente em cinco dos seisconcelhos do Sotavento doAlgarve, designadamente Ta-vira, Castro Marim, Alcoutim,Vila Real de Santo António eOlhão, onde visitaram uni-dades hoteleiras, restaurantes,campos de golfe, associaçõesculturais, património cultural enatural, e contactaram com agastronomia local, entre outros.Como em visitas anteriores, foiorganizada uma bolsa de con-

tactos, durante a qual os indus-triais integrados no PAE tive-ram oportunidade de apresen-tar os seus produtos aos opera-dores turísticos que partici-param nesta visita educacionale, consequentemente, criaroportunidades de negócios. Nopassado dia 18 a PAE do Sota-vento recebeu um grupo denove jornalistas polacos propor-cionando-lhes um passeio debarco por Tavira, Santa Luzia eCabanas. O grupo visitou Cace-la Velha, fez uma clínica degolfe no Campo de Golfe Quintada Ria e conheceu um pouco dahistória e cultura de Tavira. Porseu turno, no passado dia 21 deAbril, foi a vez do Sotaventoacolher uma visita de colegasjornalistas Canadianos, estan-do ainda previsto para os próxi-mos dias 12 a 15 de Maio umavisita educacional de operado-res turísticos do Reino Unido.Segundo o representante doICEP em Varsóvia, o Algarve éuma das regiões turísticas dePortugal com maior notorie-dade na Imprensa polaca e arealização de visitas educa-cionais constitui um instru-mento preponderante para apromoção deste destino naPolónia. Desde o início do ano,nomeadamente nos meses deJaneiro, Fevereiro e Março, oSotavento algarvio recebeuoperadores turísticos e jorna-listas britânicos (Air Monarch),dinamarqueses, suecos, finlan-deses e holandeses. Acredi-tando que estas acções sãoimportantes para a divulgaçãoturística do Algarve e de todasas actividades inerentes àindústria turística, a PAE deiniciativa da Associação deTurismo do Algarve tem jáagendadas outras visitas edu-cacionais ao Sotavento algar-vio, designadamente destinadaaos mercados alemão, inglês eitaliano.

Albertina Sousa1912 - 2005

Faleceu em Laval, no dia 27 de Abril de2005, com a idade de 93 anos, a D. AlbertinaLeite Sousa, esposa do já falecido João deMelo.

Deixa na dor seu filho Dinarte (ConceiçãoPiques), seus netos Eddy e Danny, seuirmão José Leite (Inês), sobrinhos esobrinhas, assim como muitos familiares eamigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Alfred Dallaire | MEMORIA2159, boul. St-Martin este, Laval514. 277.7778 www.memoria.caEduino Martins

O funeral teve lugar sábado, dia 30 de Abril, na Igreja Notre-Dame-de-Fatima, seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitério de St-Elzear,onde foi a sepultar.

A família vem por este meio, agradecer a todas as pessoas que se dignarama tomar parte nas cerimónias fúnebres ou que, de qualquer forma, se lhesassociaram na dor. A todos um sincero Obrigado e Bem-Hajam.

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 1 7

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 1 8

Vária

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro)

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)

CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro)

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)

GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho)

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)

FORMULA1BRAVO FERNANDO ALONSO, MAGNIFICO!...

“Tiago Monteiro 15º na corrida”Hélder Dias

Bravo, Bravo, Fernando Alonso, magnifico!

Seriam as palavras proferidas por FlavioBriatori, Director-geral da Renault, quandoeste apareceu na última curva, para cortar ameta em primeiro lugar, vencendo assim oGrande Prémio de San Marino, em Imola, àfrente de um “monstro” chamado Michael

Schumacher, depois de o ter retido durante doze longas voltas.Um Schumacher que, recordo, havia largado da décima terceiraposição e depois de uma super estratégia para a entrada aos “pits”,e de um extraordinário trabalho da Bridgestone no que respeitaaos pneumáticos, regressaria na terceira posição, conseguindobaixar o cronometro de vinte segundos que o separavam deJenson Button “Bar” e de trinta de Fernando Alonso, terminando

a prova na segunda mais alta marcha deste pódio.Depois de ter conhecido umas excelentes provas classificatórias,

conseguindo mesmo arrancar a “pole-position”, Kimi Raikkonen“McLaren”chegou mesmo a ter uma ligeira vantagem sobreFernando Alonso “Renault” na corrida, mas... à oitava volta,

vitimado pela falta da caixa de velocidades, fazia com que o “IceMan” Finlandês, abandonasse a prova.

Quanto ao Português Tiago Monteiro “Jordan”, foi o 15º e comotal, o último a ser classificado neste Imola 2005, porém, nem tudoforam rosas para o piloto do Porto e, após a primeira paragem nas“boxes”, mais cedo do que previsto, na 21ª volta, o carro começoua bater constantemente no asfalto, obstruindo mesmo a visão edificultando imenso a pilotagem, o que se pensava ser umproblema de amortecedores, mas não... o carro foi piorando e na49ª volta, apercebeu-se que era um furo lento no pneu traseirodireito. Entrou na “box” para mudar a borracha e, como é evidentenestes casos, perdeu uma volta. Tiago Monteiro fez quatro “pit-stops” em vez de dois inicialmente previstos. “Mesmo contra todasas adversidades, consegui trazer o carro até ao fim da prova e estoumuito contente por isso, foi no entanto uma das corridas mais difíceisda minha carreira. Saio bastante animado de Imola porque as per-formances da equipa estão a melhorar significativamente de GrandePrémio para Grande Prémio” concluiu Tiago Monteiro.

E...quando todos (ou quase) não acreditavam na possívelchegada aos pontos ainda este ano de Jacques Villeneuve“Sauber”, derivado ao difícil inicio de temporada, vem o piloto deSt-Jean-sur-Richelieu nos brindar com uma sexta posição e os seus

primeiros três pontos!.. e que dizer da boa briga travada com MarkWebber da Williams? É evidente que Webber errou, tentouretomar o traçado, o que não conseguiu, mas uma coisa é certa,Jacques foi rapidíssimo e oportuno, aproveitando a brecha que lhepermitia a ultrapassagem, proeza muito difícil neste circuito deEnzo e Dino Ferrari. “Eu fiz uma boa largada e os meus “pit-stops”foram impecáveis, agradeço a equipa pelos esforços desta tarde. Tenhouma boa evolução e consegui pilotar o carro da forma que eu queria.Depois de todos os problemas enfrentados, é verdadeiramenteagradável marcar pontos” dizia feliz Villeneuve.

O brasileiro Gil De Ferran, novo director desportivo da BAR,entrou com o pé direito ao conseguir ajuntar dez pontos para a suanova equipa e ver Jenson Button no pódio, coisa que não aconteciadesde Susuka 2004, ao mesmo tempo permitiu-nos de fazer umacurta analise ao novo 007, o qual nos parece bastante mais rápido,mais fiável e pronto a lutar pelo Campeonato do Mundo.

Agora e em última noticia, surge a “bronca” de que o pilotoBritânico Jenson Button poderá perder o seu terceiro lugar, istoporque, e como é habitual no final de cada corrida, os ComissáriosTécnicos da FIA, ao fazerem o tradicional peso do monolugar coma gasolina que restava no depósito, e vazio, verificaram que noprimeiro caso, o carro de Button estava acima do peso mínimopermitido, e no segundo caso, uma vez o depósito vazio, o seu pesoera também insuficiente. Agora a F.I.A. decidiu debater o caso emTribunal no próximo dia 4 de Maio. No entanto, Nick Fry, patrãoda equipa B.A.R. é categórico e diz que o monolugar estáperfeitamente conforme as regras técnicas da F.I A. Esperemos...

A Red Bull (que no próximo ano será equipada com motoresFerrari) quer ser a equipa B da Scudaria Ferrari, isto evidente osboatos do “Padock”, no entanto desta feita aqui em Imola nãolevaram melhor que um 11º lugar para Luizzi e um 13º para DavidCoulthard, que depois de um desentendimento com Filipe Massada Sauber, acabou este último por lhe bater na lateral esquerdado seu carro.

No final da corrida o vencedor, Fernando Alonso, feliz, dizia “Foisem duvidas nenhumas a melhor batalha da minha vida!... Eu sabiaque Michael estava mais rápido que eu, e só tive uma opção;PRENDÊ-LO”… Próximo encontro a 8 de Maio, no GrandePrémio de Espanha, em Barcelona.

CLASSIFICAÇÃO FINAL deste IMOLA 20051. Fernando Alonso (ESP/Renault)2. Michael Schumacher (ALE/Ferrari)3. Jenson Button (GBR/BAR-Honda)4. Alexander Wurz (AUT/McLaren-Mercedes)5. Takuma Sato (JAP/BAR-Honda)

CLASSIFICAÇAO do MUNDIAL de PILOTOS1. Fernando Alonso (Renault), 36 pontos2. Jarno Trulli (Toyota), 183. Giancarlo Fisichella (Renault), 10

Carta da Semana: 10 de Copas, que significa Felicidade.Amor: Seja justo consigo mesmo e pense na sua felicidade.Saúde : Tome atenção à higiene dos seus pés; pode ocorrero aparecimento de fungos.Dinheiro: Com muito trabalho conseguirá alcançar o sucesso.

Número da Sorte: 46 Números da Semana: 8, 22, 39, 41, 48, 49

Carta da Semana: Rainha de Copas, que significa AmigaSincera.Amor: Seja mais receptivo às investidas da sua cara-metade.Saúde : Possibilidade de ocorrência de uma crise alérgica.Dinheiro: Este período não é favorável ao investimento.

Número da Sorte: 49 Números da Semana: 2, 14, 19, 23, 25, 29

Carta da Semana: 3 de Espadas, que significa Amizade,Equilíbrio.Amor: Não seja tão exigente com as pessoas que o rodeiam.Saúde : Possibilidade de fortes dores de cabeça.Dinheiro: A sua inteligência conduzi-lo-á ao êxito que tanto

deseja e merece.Número da Sorte: 53Números da Semana: 7, 11, 23, 25, 29, 45

Carta da Semana: 9 de Espadas, que significa MauPressentimento, Angústia.Amor : É provável que sofra uma traição que o deixaráarrasado.Saúde : Possibilidade de problemas na coluna.

Dinheiro: Plano bastante favorecido.Número da Sorte: 59 Números da Semana: 1, 3, 20, 39, 44, 45

Carta da Semana: A Temperança, que significa Equilíbrio.Amor : Semana bastante pacífica a nível familiar.Saúde : Possibilidade de um problema respiratório.Dinheiro: Invista em si. Inscreva-se numa actividade que lhedê prazer.

Número da Sorte: 14Números da Semana: 11, 22, 29, 35, 36, 42

Carta da Semana: A Força, que significa Força, Domínio.Amor: Dê mais atenção às necessidades da sua cara-metade.Saúde: Possível inflamação dentária.Dinheiro: É provável que surja a oportunidade, pela qualesperava, para dar andamento a um projecto que tinha parado.

Número da Sorte: 11Números da Semana: 14, 20, 36, 38, 42, 43

Carta da Semana: O Sol, que significa Protecção eGerminação.Amor: Aprecie uma reunião familiar e ponha de lado aspreocupações profissionais.Saúde: Possíveis problemas de obstipação.

Dinheiro: Seja mais flexível; o facto de ser tão minucioso pode prejudicá-lo.Número da Sorte: 19Números da Semana: 2, 13, 20, 24, 39, 42

Carta da Semana: 4 de Paus, que significa OcasiãoInesperada, Amizade.Amor: É possível que encontre alguém que não via há muitotempo.Saúde: Regular.

Dinheiro: Poderá ter necessidade de utilizar as suas poupanças.Número da Sorte: 26Números da Semana: 1, 5, 9, 11, 18, 23

Carta da Semana: Rei de Paus, que significa Força,Coragem e Justiça.Amor: Poderá ter uma discussão com os seus filhos. Lembre-se que eles têm vida própria.Saúde : Não ande à chuva.

Dinheiro: Período de grande estabilidade.Número da Sorte: 36Números da Semana: 8, 19, 22, 39, 45, 49

Carta da Semana: 2 de Paus, que significa Perda deOportunidades.Amor: A instabilidade fará parte da sua semana. Cuidado paranão magoar quem lhe é querido.Saúde : Período susceptível à insónia.

Dinheiro: A impaciência e inconstância podem trazer-lhe alguns dissabores.Número da Sorte: 24 Números da Semana: 14, 25, 26, 38, 40, 44

Carta da Semana: Rainha de Paus, que significa PoderMaterial, Amorosa ou Fria.Amor : Honre os seus compromissos.Saúde : Respeite os limites do seu corpo. Não exagere na

prática de exercício.Dinheiro: O seu sucesso está garantido, mas tenha cuidado para não sedeixar levar pela ilusão do poder.Número da Sorte: 35 Números da Semana: 2, 6, 9, 10, 15, 19

Carta da Semana: A Torre, que significa ConvicçõesErradas, Colapso.Amor: Não seja demasiado rabugento com o seu amor.Mantenha a boa disposição e divirta-se.

Saúde: Cuidado com o excesso de sal nos alimentos.Dinheiro: Mantenha o seu ritmo de trabalho e não se deixe abalar pelosobstáculos. Assim não vai deixar o seu trabalho atrasado.Número da Sorte: 16 Números da Semana: 25, 29, 30, 39, 45, 49

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A VOZ DE PORTUGAL, 04 de Maio de 2005 - Página 1 9

Viva o futebolNuno Gomes querser campeão pelo Benfica

Caso consiga debelar a mial-gia no adutor esquerdo quecontraiu frente ao Belenenses,Nuno Gomes atingirá em Pena-fiel uma marca importante nacarreira para juntar ao facto deser o melhor marcador emactividade na SuperLiga. E oavançado costuma ser feliznestas ocasiões

Nuno Gomes pode atingir no próximo sábado, em Penafiel, amarca dos 250 jogos na SuperLiga. Um número sempre marcantena carreira de um jogador, ainda para mais quando é alcançadoantes dos 30 anos (o internacional português completa 29 nopróximo mês de Julho). E se não fossem as lesões que o têmafligido após o regresso de Itália – aliás, encontra-se a fazertratamento para tentar debelar uma mialgia no adutor esquerdo– já estaria bem mais próximo das três centenas de jogos noescalão principal do futebol português.

Jornada contestadcom três grandes a vencer

Um penálti contestado pelo Belenenses manteve o Benfica notopo de classificação sem ceder terreno; um golo de McCarthycontestado pelo Marítimo deixou o FC Porto na perseguição aolíder. Benfica e FC Porto, jogando em casa, cumpriram as tarefasagendadas para a jornada e ficaram na expectativa para oconfronto ente Braga e Sporting., com Pinigol a resolver a partidapara o Sporting .Nesta altura, os pretendentes ao trono que aindaé do dragão são Benfica, Sporting e FC Porto . A derrota, do Braga,foi encarada como uma espécie de fim do sonho...

Um degrau abaixo, a luta intensifica-se de tal forma que, tambémaqui, no final da jornada, as contas sao bem diferentes. É que oBoavista perdeu quase tudo neste fim-de-semana: começou porceder, os três pontos à Académica; cedeu perante o pedido dedemissão de Jaime Pacheco e perdeu o treinador de todas asvitórias que conseguiu nos últimos anos; e viu o Guimarãesvencer o Penafiel, cedendo assim o quinto lugar aosvimararenses...

Pelo fundo da tabela, as crises agudizam-se. Moreirense e Beira-Mar empataram a vida um ao outro. De pouco consolo lhes serviráterem deixado o Estoril sozinho com a lanterna-vermelha, depoisde copiosamente batido pelo Nacional, na Madeira. Na verdade,também o Gil Vicente não foi capaz de vencer o Leiria (permitiua igualdade nos últimos minutos), ou seja, não houve avanços nematrasos, o que aumenta a importância da visita dos gilistas aoEstoril, na próxima ronda.

CuriosidadeA ingratidão é uma das características atribuídas ao futebol. Não

será tanto assim, sendo, contudo, um facto que existem por vezessituações de difícil explicação. Por exemplo, Jaime Pachecoabandonou o Boavista. Por mote próprio, mas também porque aSAD axadrezada aceitou que saísse, ou seja, também considerouque era menos arriscado ficar com Barny no comando do plantel.Será? Pacheco, entre outras coisas, foi campeão nacional, levou oBoavista às meias-finais da Taça UEFA, estava na luta peloobjectivo traçado e até há bem pouco tempo até na luta pelo títuloandava. Será que a memória dos adeptos é assim tão cruel?

Reis de InglaterraO Chelsea consumou a tão esperada conquista do segundo

título inglês da sua história, ao vencer em Bolton por 2-0. JoséMourinho e a sua equipa estão de parabéns A maioria dos adeptosdo Chelsea nunca tinha festejado a vitória no campeonato inglês,pois a única vez que o clube de Stamford Bridge conquistara otítulo foi em 1955. Cinco décadas depois, pela mão de um treinadorportuguês, a equipa londrina rompeu com o domínio dos rivaisArsenal e Manchester United - e sagrou-se campeã de Inglaterra,a três jornadas do final da temporada. Conseguiu-o num jogo emque voltou a mostrar as qualidades que a transformaram numfenómeno de eficácia, no estádio de um adversário que não tinhaperdido um único dos jogos que disputou com os cinco primeirosda Premier League.

Estrela e Naval na SuperLigaO Estrela da Amadora está de volta à SuperLiga, um ano depois

de ter sido despromovido à Liga de Honra. Para a Naval, a tãodesejada estreia no primeiro escalão transformou-se na prendaantecipada do 112º aniversário do clube, Estao assim encontradosos tres clubes que no proximo ano vao subir a Superliga(P,Ferreira-E.Amadora-Naval 1 de Maio)

Barny é o substitutoPacheco deixou Boavista

No rescaldo da derrota (1-0) com a Académica, que deixou oquinto lugar para o Guimarães , Jaime Pacheco deixou o Boavista,onde será substituído por Pedro Barny, recentemente contratadopara o Gabinete Técnico axadrezado.

O Impact começa aDefesa do Titulo da USL (D1)

Kevin Antunes

Com varias modificações na equipa, o Impact apresenta-se nestanova temporada com um plantel fortalecido para tentar revalidaro título de 2004. Com algumas aquisições no Inverno e algumasvendas de jogadores, o Impact conseguiu construir um plantelmais jovem e com mais talento.

A equipa treinada pelo italo-canadiano Nick DeSantis conseguiuseis novos reforços, nomeadamente um Japonês de 27 anos,Masahiro Fukasawa que já actuou no River Plate da Argentina,e o melhor marcador do campeonato Jamaicano de 2004, KevinWilson. O Impact perdeu 7 jogadores da equipa campeã de 2004mas apenas um fazia parte do núcleo da equipa, o Frederick Com-modore que, por lesão, rescindiu o contrato (de salientar queCommodore já jogou no Desportivo de Chaves).

O luso-canadiano António Ribeiro, que no ano anterior foi ojogador mais utilizado por NickDeSantis, também continua noclube, pois assinou uma extensãode contrato válida por uma época.António fez uma boa pré-época eafirmou-se como titular na equipaprincipal para o início desta tem-porada.No dia 29 de Abril, a equi-pa estreou-se finalmente no cam-peonato 2005 da USL (D1) comum modesto empate a uma bolaem Porto Rico, contra os Island-ers. O Impact fez um bom jogo,mas nada pôde fazer para parar oesforço dos porto-riquenhos, nojogo de abertura, diante 9,000espectadores.

Dois dias depois, as duas equipas voltaram a encontra-se, masesta vez, os 4,500 apoiantes de Porto Rico viram o onze azul e brancoliderado pelo capitão Mauro Biello dar uma lição de futebol aosseus. O Impact ganhou por 3-0. O recém-chegado Kevin Wilsonbisou na sua estreia absoluta ao apontar dois golos (aos 55’ e 71’)e António Ribeiro completou o resultado ao marcar o seu primeirogolo do campeonato nos últimos segundos da partida.

O Impact volta assim para casa com uma vitória e um empate.Os próximos jogos serão disputados contra os Mariners de VirginiaBeach e os Kickers de Richmond. O jogo de abertura da equipaem Montreal será apenas no dia 29 de Maio, no ComplexoDesportivo Claude-Robillard.

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