2005-05-18 - jornal a voz de portugal

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Ano XLV • Nº 20 email: [email protected] WWW . AVOZDEPORTUGAL. COM 18 de Maio de 2005 GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 44 anos ao serviço da comunidade Cont. na pág. 2 Nesta edição Revista de imprensa P. 03-04 Opinião P. 05 100 Livros Portugueses do Século XX P. 06 Festa do Divino Espírito Santo na Santa Cruz P. 08 Cinemania: Star Wars P. 10 Portugal ao vivo em Outremont Manuel Rodrigues No centro de Outremont, situa-se o restaurante café Vasco da Gama, na rua Bernard, 1257 Oeste, esquina com Champagneur. Abriu as portas no dia 11 de Maio às 18h30 e tem um horário regu- lar das 7h da manhã à meia-noite, 7 dias por semana. A história do Café Vasco da Gama já faz parte dos roteiros culturais de Montreal, esta grande cidade, inun- dada de luz e música, nomeadamente o Festival de Jazz, conhecido mundial- mente. O autor e aglutinador do pro- jecto foi o empresário Carlos Ferreira, dedicado às lides de restaurador, com a casa mãe, situada na rua Peel. Cont. na pág. 2 Da riqueza da ciência à miséria do homem Benjamim Silva Nas revistas da especialidade e até noutras, na televisão, no cine- ma, vemos deslumbrados essas extraordinárias imagens do nosso cérebro. Pormenores microscópios de nervos e artérias são apre- sentados depois de ampliados e convenientemente coloridos. Lá vemos também órgãos a ser trans- plantados, ossos a ser “reparados”, mãos decepadas a serem nova- mente ligadas ao corpo. Entre- tanto… em intermináveis listas, em espera agonizante, lá estão inscritos os nomes de milhares que irão morrendo sem que lhes acuda a ajuda miraculosa desse último avanço científico – tecnológico! Não são aos milhares, são aos milhões, os livros que gloseiam todos os aspectos do comporta- mento humano, desde o recém- nascido até ao velhinho que lá vai arras-tando os pés. Todas as acções – reacções foram estudadas sob os mais diversos prismas: psicológico, sociológico, religioso; individual e colectivo. Testes e técnicas de observação e análise desvendam- nos os mais íntimos pormenores da complexa personalidade humana. Todavia…como lobos esfaimados, sem respeito por qualquer prin- cípio, os homens atacam-se, destroem-se! Em qualquer sítio, a toda a hora, em qualquer idade, de qualquer modo, põe-se termo à vida de um semelhante, conhecido Primeiro-ministro preocupado O primeiro-ministro manifestou, esta segunda-feira, a sua preocupação com o estado das contas públicas portuguesas, depois da declaração proferida sábado, pelo Governador do Banco de Portugal. Ainda assim, diz que é cedo para se avançar qualquer medida. O primeiro-ministro português ad- mitiu, esta terça-feira, ter ficado «muito preocupado» com a declaração de Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, em como a situa- ção orçamental de Portugal é bem pior do que ele próprio julgava. Apesar desta preocupação, mani- festada à margem da Cimeira de Var- sóvia, diz que prefere esperar para conhecer os dados concretos para depois tomar qualquer medida. Recorde-se que, nos próximos dias, Vítor Constâncio deverá divulgar os resultados da avaliação feita às contas públicas portuguesas. «Há o momento para que o país conheça a verdade e há o momento depois para acção, porque a acção só se pode basear na dimensão do pro- blema. Vamos esperar pelo resultado e depois falaremos», disse. Esta tarde, o Presidente da Repú- blica, Jorge Sampaio, reúne-se com o governador do Banco de Portugal para analisarem a situação económica do país. Constâncio admite que situação é «grave» O governador do Banco de Portugal reconheceu, este sábado, no Luxem- burgo, que Portugal vive uma «crise orçamental grave» e que a situação é «ainda pior» do que a que esperava. À Cont na pág. 2 O ponto final O ponto final O ponto final O ponto final O ponto final O Benfica está a um ponto de ser campeão. É o que falta para o clube encarnado festejar o 28º título da sua história ao fim de dez anos de jejum. O tão ansiado derby não foi fantástico como se previa. Foi um derby de nervos e de poucos riscos que acabou por ser resolvido através de um erro. Menos de Paraty e mais de Ricar- do. Assim, o que falta mesmo é a decisão do título. Ou quase. Isto porque os lugares de acesso à Liga dos Campeões ainda não estão defi- nidos. Só o Benfica está garantido. No resto, o V. Guimarães regressa à Europa e os três condenados à descida são aque- les que já tinham lugar reser- vado: Moreirense, Estoril e Beira-Mar. 2005-05-18.pmd 5/17/2005, 5:05 PM 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 18 de Maio de 2005

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Page 1: 2005-05-18 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página Ano XLV • Nº 20 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 18 de Maio de 2005

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

44 anos ao serviço da comunidade

Cont. na pág. 2

Nesta ediçãoRevista de imprensa P. 03-04Opinião P. 05100 Livros Portuguesesdo Século XX P. 06Festa do Divino EspíritoSanto na Santa Cruz P. 08Cinemania: Star Wars P. 10

Portugal ao vivoem Outremont Manuel Rodrigues

No centro de Outremont, situa-se orestaurante café Vasco da Gama, na ruaBernard, 1257 Oeste, esquina comChampagneur. Abriu as portas no dia 11de Maio às 18h30 e tem um horário regu-lar das 7h da manhã à meia-noite, 7 diaspor semana.

A história do Café Vasco da Gama jáfaz parte dos roteiros culturais deMontreal, esta grande cidade, inun-dada de luz e música, nomeadamente oFestival de Jazz, conhecido mundial-mente. O autor e aglutinador do pro-jecto foi o empresário Carlos Ferreira,dedicado às lides de restaurador, com acasa mãe, situada na rua Peel.

Cont. na pág. 2

Da riqueza da ciênciaà miséria do homemBenjamim Silva

Nas revistas da especialidade eaté noutras, na televisão, no cine-ma, vemos deslumbrados essasextraordinárias imagens do nossocérebro. Pormenores microscópiosde nervos e artérias são apre-sentados depois de ampliados econvenientemente coloridos. Lávemos também órgãos a ser trans-plantados, ossos a ser “reparados”,mãos decepadas a serem nova-mente ligadas ao corpo. Entre-tanto… em intermináveis listas,em espera agonizante, lá estãoinscritos os nomes de milhares queirão morrendo sem que lhes acudaa ajuda miraculosa desse últimoavanço científico – tecnológico!

Não são aos milhares, são aosmilhões, os livros que gloseiamtodos os aspectos do comporta-mento humano, desde o recém-nascido até ao velhinho que lá vaiarras-tando os pés. Todas as acções– reacções foram estudadas sob osmais diversos prismas: psicológico,sociológico, religioso; individual ecolectivo. Testes e técnicas deobservação e análise desvendam-nos os mais íntimos pormenores dacomplexa personalidade humana.Todavia… como lobos esfaimados,sem respeito por qualquer prin-cípio, os homens atacam-se,destroem-se! Em qualquer sítio, atoda a hora, em qualquer idade, dequalquer modo, põe-se termo àvida de um semelhante, conhecido

Primeiro-ministro preocupadoO primeiro-ministro manifestou, esta segunda-feira, a sua preocupação

com o estado das contas públicas portuguesas, depois da declaraçãoproferida sábado, pelo Governador do Banco de Portugal. Ainda assim,diz que é cedo para se avançar qualquer medida.O primeiro-ministro português ad-mitiu, esta terça-feira, ter ficado«muito preocupado» com a declaraçãode Vítor Constâncio, governador doBanco de Portugal, em como a situa-ção orçamental de Portugal é bem piordo que ele próprio julgava.

Apesar desta preocupação, mani-festada à margem da Cimeira de Var-sóvia, diz que prefere esperar paraconhecer os dados concretos paradepois tomar qualquer medida.

Recorde-se que, nos próximos dias,Vítor Constâncio deverá divulgar osresultados da avaliação feita às contaspúblicas portuguesas.

«Há o momento para que o paísconheça a verdade e há o momento

depois para acção, porque a acção sóse pode basear na dimensão do pro-blema. Vamos esperar pelo resultadoe depois falaremos», disse.

Esta tarde, o Presidente da Repú-blica, Jorge Sampaio, reúne-se com ogovernador do Banco de Portugalpara analisarem a situação económicado país.

Constâncio admite que situaçãoé «grave»

O governador do Banco de Portugalreconheceu, este sábado, no Luxem-burgo, que Portugal vive uma «criseorçamental grave» e que a situação é«ainda pior» do que a que esperava. À

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O ponto finalO ponto finalO ponto finalO ponto finalO ponto finalO Benfica está a um

ponto de ser campeão. Éo que falta para o clubeencarnado festejar o 28ºtítulo da sua história aofim de dez anos de jejum.O tão ansiado derby nãofoi fantástico como se previa.Foi um derby de nervos e depoucos riscos que acabou por serresolvido através de um erro.Menos de Paraty e mais de Ricar-do. Assim, o que falta mesmo é a

decisão do título. Ouquase. Isto porque oslugares de acesso àLiga dos Campeõesainda não estão defi-nidos. Só o Benficaestá garantido. No

resto, o V. Guimarãesregressa à Europa e os três

condenados à descida são aque-les que já tinham lugar reser-vado: Moreirense, Estoril eBeira-Mar.

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página

Courrier de deuxième classe;Numéro de contrat: 1001787

Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québecet à la Bibliothèque nationale du Canada

ÉDITEUREduíno Martins

DIRECTEUR HONORAIREArmando Barqueiro

DIRECTEURBenjamim Silva

DIRECTEUR ADJOINTAntónio Vallacorba

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COLLABORATEURS:Au Québec:Antero BrancoElisa RodriguesDiamantino de SousaDinora de SousaGerald TremblayHelder DiasJ.J. Marques da SilvaJoão MesquitaJosé de SousaMaria Conceição CorreiaManuel CarvalhoMario CarvalhoNatércia RodriguesPe. José Maria CardosoVictor Hugo

En Ontario:Manuel Alves Louro (Toronto)Fernando Cruz Gomes (Toronto)Augusto Cerqueira (Ottawa)

Au Portugal:Augusto MachadoGustavo FernandesLagoas da SilvaManuel RodriguesMaria Helena MartinsMiguel CarvalhoRui Costa Pinto

SECTION JUVÉNILE:Organisatrice de la section:Susana Sequeira

Collaborateurs :Anthony NunesKevin AntunesMaria CalistoMiguel Felix

PHOTOGRAPHE:Antero BrancoAntónio VallacorbaFilipe EstrelaJosé RodriguesMichael Estrela

ADMINISTRATIONKevin Martins

INFOGRAPHIE:Sylvio Martins

PUBLICITÉ:Conceição FerreiraEduardo LeiteKevin MartinsRPM

Extérieur du Québec:Lingua Ads Services

Portugal:PortMundo Promoção Cultural ePublicidade Ldª.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

Tél.: (514) 284-18131-866-684-1813

FAX: (514) 284-6150E-Mail: [email protected] web: www.avozdeportugal.com

La Voix du PortugalThe Voice of Portugal

Manchete 2

Os textos, fotos e i lustraçõespublicados nesta edição são dainteira responsabilidade dos seusautores, não vinculando, directa ouindirectamente, o cariz editorial einformativo deste jornal.

4510, Cartierangle Mont-Royal527-8701

CENTRE DENTAIREDR. CATHERINE LUU

DENTISTERIE GÉNÉRALE, ESTHÉTIQUE ET PROTHÈSESNOUS ACCEPTONS LE BIEN-ÉTRE SOCIAL, LA CARTED'ASSURANCE MALADIE, L'ASSURANCE DENTAIRE

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PapineauAutobus 45

1963-03

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40ANOS

Gouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, Gouveia507, Place d'Armes, suite 1704 Tel.: (514) 844-0116Montreal, Québec H2Y 2W8 Fax: (514) 844-9053

Filomena Gouveia LL.BFilomena Gouveia LL.BFilomena Gouveia LL.BFilomena Gouveia LL.BFilomena Gouveia LL.B .....

AVOCATE - LAWYER - ADVOGADA

Tel.: (514) 849-9966 4242,Boul. St-Laurent, suite 204Montreal, Qué., H2W 1Z3

CLÍNICA DE OPTOMETRIA LUSO

Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Alain Côté O.D.Optometrista

Exames da vista - Óculos - Lentes de contacto

As salas de refeições são de-coradas com motivos vivos de

Portugal, uma conjugação commuito charme. O segundo pas-so do inovador e empreen-dedor Carlos Ferreira é a con-quista do mercado.

No espaço de Outremont,com a sócia Annick Bélangerda fina-flor do mundo finan-ceiro e empresarial, apostam nacontinuidade da alta gastro-nomia, baseada em vários in-gredientes, especialmente,produtos importados de Portu-gal.

O chefe, Thierry Baron, vin-do do Schiff Hotel da Suiça,manda colocar nos pratos unsmimos para degustação. Os

Portugal ao vivo em OutremontCont. da pág. 1

mais simples de $2.00 a $8.75 nopequeno almoço e de $3.50 a

$16.00 para almoçar.

A carta de vinhos, cervejaSagres e Porto tem preços apartir de $5.95. A propósito, umvinho tinto é servido num copode boca estreita, a obrigarempina-lo. Fora isto, o serviçofoi desempenhado correcta-mente.

O social reuniu personalida-des e artistas do meio portu-guês, do Québec e do Canadá.Na ocasião, o artista Frédérickde Grandpré e o cantor brasi-leiro Paolo Ramos interpre-taram canções do seu reper-tório.

Muitos sorrisos e animação,foi o que não faltou na inaugu-ração de mais um restaurante,Café Vasco da Gama..

Da riqueza da ciência àmiséria do homemou desconhecido, mesmo umfamiliar ou amigo!...

Já lá vai o tempo em que osproblemas do Ensino e da Edu-cação eram teorizados em mui-tos, muitos tratados. Agora,filmes, vídeos, demonstrações,tudo muito e do melhor é pro-porcionado em todo o mundo,graças aos orçamentos que,com raras excepções, privile-giam a vertente educacionalgovernativa. É oferecido aoprofessor e ao aluno numa ban-deja de prata (melhor será dizernuma bandeja dourada!) o quehá de melhor como instru-mento didáctico – pedagógico.São lições modelares onde se“ajuda as crianças à parti-cipação e à comunicação comos outros”. Contudo… quemimaginaria que se chegasse aodescalabro de um aluno agre-dir o professor?! Processos cri-minais desta malfadada natu-reza atingem os milhares (atéem Portugal!). Os alunos não sóassaltam os professores, mastambém, estendem a sua fúriaaté aos próprios colegas – ma-

tam-nos! Tudo serve de pretex-to para se interromper o que éprimordial – o estudo. Como“marionettes”, bem manipu-ladas, lá vão para as ruas, aospulinhos e a gritar asneiras e“slogans” que, muitas vezes,devido à idade e à ignorância,nem sabem o que significa! Sefosse só isto! Com o entusiasmoatiram-se umas pedras, dão-seumas cacetadas, partem-seumas montras, roubam-se u-mas coisinhas, fumam-se umaservinhas e… os livros, as aulas?

Até ao infinito poderíamoscontinuar o que sucede quan-do o homem debruçando-sesobre a investigação, a ciência,a tecnologia, tanto se debruçaque se desequilibra e nelasmergulha, afogando-se… osoutros contemplam o cientistae continuam “míseros e mes-quinhos” a labutar dia a dia,incansavelmente, sem reco-nhecimento, tornando possívelas excelências da Ciência e asmisérias do Homem…

Per ómnia sæcula, sæculórum!

margem de uma reunião “in-formal” dos ministros das Fi-nanças, Vítor Constâncio, quelidera uma comissão encarre-gada de fazer uma auditoria àsfinanças públicas portuguesas,aproveitou ainda para dizer queos números «têm de ser cuida-dosamente explicados». Cons-tâncio mostrou-se ainda con-vencido de que quer José Só-crates, quer o ministro das

Primeiro-ministro preocupadoCont. da pág 1

Cont. da pág. 1

Finanças Campos e Cunha es-tão «plenamente conscientesda situação» e prometeu todo oapoio às medidas que serãotomadas para reduzir o défice.De acordo com fonte oficial doMinistério das Finanças emdeclarações à agência Lusa, oadiamento do relatório da “Co-missão Constâncio” se deve aoatraso na recepção de algunsdados relativos à área da saúde.

Contudo, de acordo com osemanário «Expresso» esteadiamento poderá estar rela-cionado com a apresentação de«medidas draconianas» paraconter o défice que terão cho-cado «vários ministros». Segun-do este jornal, entre estas medi-das estão por exemplo a iguali-zação do regime geral do IRS aodos reformados, o encerra-mento de serviços públicos, oaumento do imposto sobrecombustíveis, bem como opossível aumento da idade dereforma. A introdução de porta-gens em algumas SCUT, a alte-ração do regime do subsídio dedesemprego e o adiamento degrandes projectos de investi-mento público poderão seroutras medias a aplicar.

Clube OrientalPortuguês deMontreal

O Clube Oriental Portuguêsde Montreal organiza o Festi-val da Lagosta acompanhadode uma ementa saborosa e aosom da discoteca oriental. Paramais informacões podem con-tactar no 514.342.4373.

Comunicamos a todos os só-cios e simpatizantes do ClubeOriental Português de Mon-treal que estamos abertos asinscrições para recrutar novosmembros para participar naMarcha Edição 2005 que seráapresentada na noite do 23 deJunho 2005 , noite de S. João.

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Revista de imprensaBispo desiludido

O plano de recuperação daex-Escola Bartolomeu Peres-trelo poderá começar a médioprazo. Além do Governo Re-gional, a Diocese já falou comum arquitecto e um construtor.

«Estou nas mãos do Papa».Assim reagiu, ontem, D. Teo-doro de Faria quando questio-nado, pelo JM, a propósito doseu pedido de resignação. Derecordar que, segundo a regracanónica, os prelados devemapresentar a sua resignação aomais alto representante daIgreja ao atingir 75 anos. Nocaso do Bispo do Funchal, com-pletam-se em Agosto. D. Teo-doro de Faria diz que começama haver sinais evidentes de“mudança” e, apesar de subli-nhar que «tudo depende davontade do Papa», não deixa deobservar que, devido à medi-cina, também as esperanças devida se prolongaram. Por outrolado, diz que é preciso ter emconta um problema real, que éo do número altíssimo de bisposresignatários. «É uma questãode sobrevivência, uma vez queas dioceses estão obrigadas,depois, a ter o cuidado e a sus-tenção desses bispos resigna-tários. Todas essas coisas po-dem levar a que o Papa deixeque muitos continuem até aos78 ou 80 anos», explicou. Tristecom o estado da Casa do Semi-nário Outra das questões foca-das tem a ver com as instala-ções da Casa do Seminário daEncarnação (ex-Escola Barto-lomeu Perestrelo). Ao JM, D.Teodoro de Faria mostrou-sedeslidudido pelo estado emque esta se encontra. «Pratica-mente, uma ruína. Mas piorainda ficou quando lá foramtirar os móveis, pois vandali-zaram a casa, arrancando os

fios da electricidade e as lâmpa-das», justificou. A Diocese con-ta dar início, em breve, a umplano de recuperação do imó-vel, ficando com um semináriomenor e uma casa sacerdotal,não só para sacerdotes doentesmas também para os que estãode passagem, assim como ou-tras finalidades da diocese.Acrescentou ainda que estaserá uma obra a realizar a mé-dio prazo, já que será neces-sário muito dinheiro. Por isso,foram já iniciadas conversaçõescom o Governo Regional, masnão só. «Já procurámos, juntode um arquitecto e de um cons-trutor, ver as coisas mais neces-sárias, porque esta é uma casarepresentativa da Diocese e daprópria Região. Se, por um la-do, o edifício apresenta umaconstrução muito sólida, já asportas e os tapassóis estão numestado de completa recupe-ração», concluiu.

2007 vai ter22% emEngenharia

A UMa dispõe de 24 cursosde graduação e oito de pós-graduação. Isto num total de2.547 alunos (2.360 em licen-ciatura e bacharelato e 187 empós-graduação e mestrado).Quanto ao futuro, 22 por centodos alunos vão estar, em 2007,em cursos de Engenharia.

A Universidade da Madeira(UMa) está a assinalar 17 anosde existência, uma oportu-nidade para avançar com nú-meros do passado e perspec-tivas de futuro.

Há menos crianças em instituiçõesEm Dezembro do ano passado, estavam, nos nove lares de

infância e juventude, nos dois centros de acolhimento temporáriose nas 50 famílias de acolhimento da Região, 445 crianças e jovens.Este é um dado que integrou o Plano de Intervenção Imediata,realizado em Novembro por todo o país e que abrangeu tambéma Madeira. Nos motivos que levam as crianças e os jovens a seremcolocados em instituições, a negligência está no cimo da lista. Noentanto, estes dados são apenas «a ponta do “iceberg”».

«O objectivo último é sempre a criança voltar para a família, masnem todos os casos são possíveis». O desabafo é da vogal doconselho de administração do Centro Regional de Saúde,Bernardete Vieira, que integra a equipa que acompanha ascrianças e os jovens em perigo na Região. Este grupo de técnicasé composto ainda por Fernanda Gomes, directora de serviço daprestação de Acção Social, Helena Oliveira, chefe de Divisão deApoio às Crianças e Jovens, e ainda Clara Silva, assistente socialda mesma Divisão. Conhecedoras da realidade regional ao níveldas crianças em perigo, estas responsáveis argumentam que aexistência de lares de infância e juventude é uma necessidade, istoporque, «entre uma criança estar completamente desprotegida eestar numa instituição, é muito melhor a criança estaracompanhada», referiu Bernardete Vieira. E, de acordo com osdados do Centro de Segurança Social, no mês de Dezembro,estavam institucionalizadas 445 crianças e jovens, divididos pelos

nove lares de infância e juventude, dois centros de acolhimentotemporários e ainda pelas 50 famílias de acolhimento. Todavia, esteé um número que tem decrescido nos últimos anos, sendo que, em2002 e nos oito lares existentes, na altura, estavam 402 menorese, no passado mês de Dezembro, encontravam-se institucio-nalizadas 341 crianças e jovens, divididos pelos nove lares deinfância e juventude que actualmente têm as portas abertas. Estedecréscimo deve-se ao facto de muitas crianças terem regressadoà sua família e também terem sido adoptadas.

Belinda Stronachpassa para oLiberal

A antiga deputada conser-vadora de Newmarket-Aurora,em Ontário, foi nomeada minis-tro dos Recursos humanos e doDesenvolvimento das compe-tências no Gabinete de PaulMartin. Será igualmente res-ponsável da aplicação das reco-mendações da comissão Go-mery sobre o escândalo dascomandites.

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página 4

Revista de Imprensa

Adélia FerreiraAdvogada

240 ST-JACQUES O. 10 e, MONTRÉAL, (QUÉBEC) H2Y 1L9TELEFONE: (514) 369-1798 FAX: (514) 369-8688

FERREIRA LEMPICKA Avocates

Novos sismos sentidosna ilha de S. Miguel

Dois sismos de média intensidade foram sentidos, esta segunda-feira de madrugada, na ilha de S. Miguel, nos Açores, onde con-tinua a registar-se uma actividade sísmica acima do normal. Estaactividade deverá continuar nos próximos dias.

A madrugada desta segunda-feira, na ilha de S. Miguel, ficoumarcada por dois sismos de média intensidade, mais fracos queos sentidos no fim-de-semana e que atingiram o grau 5,6 na escalade Mercalli modificada.

Segundo João Luís Gaspar, do SIVISA (Sistema de VigilânciaSismológica dos Açores), os sismos desta madrugada atingiramo grau V na escala de Mercalli modificada e foram sentidos pelapopulação, nas zonas da Ribeirinha, S. Brás, Ribeira Grande, Maiae Lombar da Maia, «os locais mais próximos do epicentro».

O vulcanólogo acredita que a crise sismológica que está a serregistada naquela ilha açoriana, vai prolongar-se por mais algunsdias. «A frequência de sismos registados diminuiu signi-ficativamente ao longo do dia de ontem. No entanto, estedecréscimo está ainda longe de poder significar o fim da crise,inclusivamente porque por vezes é interrompido por períodos demaior libertação de energia, tal como aconteceu esta noite»,explicou João Luís Gaspar. Aquele responsável esclareceu que«este padrão se vai manter nas próximas e nos próximos dias, atése atingir o equilíbrio das condições geológicas».

Secaagravou-seno princípiode Maio

O Instituto da Água indicouque a seca se agravou naprimeira quinzena de Maio. Deacordo com o INAG, apenas seregistou uma precipitação de4,6 milímetros, apenas 13 porcento da média dos últimos 60anos.

Associações‘gays’ protestamcontra homofobia’

Várias associações ‘gays’juntaram-se este domingo àtarde, em Viseu, para protestarcontra actos de discriminação

e até de agressão de que dizemser alvo naquela cidade.

Paulo Vieira, da associaçãoNão te Prives, explicou à TSFque o objectivo é chamar aatenção das pessoas e das auto-ridades para o que se está apassar em Viseu.

«Queremos chamar a aten-ção para a ‘homofobia’ violentaque surgiu em Viseu e que paranós é muito preocupante», ex-plicou à TSF alertando para ofacto da comunidade ‘gay’ sesentir insegura naquela cida-de.

Homemelectrocutadosob observação

Um homem, de 54 anos, foiesta segunda-feira electro-cutado quando estava a traba-lhar na sub-estação da EDP, nafreguesia de Viso. Neste mo-mento encontra-se em obser-vação no hospital. Por causadeste acidente de trabalho a luzfaltou cerca de uma hora nacidade de Viseu.

TAP confirma assinaturade acordo com Varig

A TAP confirmou, segunda-feira, a assinatura de um “me-morando de entendimento” com a Varig, para o início dasnegociações com vista à capita-lização das empresas do grupobrasileiro de aviação. O acordo também foi confirmado pelatransportadora aérea brasi-leira.

Supremo Tribunal desmente“carta verde” a Kumba Ialá

O Supremo Tribunal da Guiné-Bissau des-mente ter autorizado Kumba Ialá a reassumira presidência. Esta segunda-feira, um gabinetede crise reuniu e depois do encontro as chefiasmilitares garantiram que estão «nas casernase respeitam o poder político».

Vitória nas autárquicas para«afirmação de princípios»

Marques Mendes quer que oPSD vença as autárquicas paraque o partido afirme os seusprincípios. Em Viseu, o líder social-democrata aproveitou ainda paraacusar o PS de tentar «anestesiar»o país ao não tomar medidas parareduzir o défice.

Novo exame aosangue podedetectar cancrodo ovário

Investigadores norte-ame-ricanos desenvolveram umaa-nálise ao san-gue capaz dedetectar precocemente ocan-cro do ovário, indica umestudo publicado ontem nu-ma revista científica norte-americana.

Sem Terra exigem reformaagrária em Brasília

Um grupo de doze mil semterra de quase todo o Brasil estãona capital federal Brasília paraexigir que se acelere o processoda reforma agrária. O coor-denador do Movimento dos SemTerra diz que é a sua obrigação«puxar as orelhas» ao GovernoLula. Cerca de 12 mil militantesdo Movimento Sem Terra che-garam no domingo a Brasíliapara pedirem o aceleramento da reforma agrária, que até agoraapenas abrangeu cem mil pessoas, e criticaram a políticaeconómica do Governo. De acordo com o coordenador domovimento, os manifestantes «têm a obrigação de puxar as orelhasao Governo e dizer-lhes que estão errados e que precisam demudar senão não vão honrar os compromissos que assumiramnão só com o MST, mas também com a sociedade brasileira».

João Pedro Stedile disse mesmo que a «reforma agrária estáparada ou a caminhar a passo de tartaruga» e que o Governo estáa funcionar em «benefício dos ricos». «Eles não têm dinheiro paraa reforma agrária, mas continuam a ter dinheiro para pagar jurose para mandar para a dívida externa. É preciso que isso sejadenunciado e reflectido pela sociedade», acrescentou.

Os militantes deste movimento, que exigem que o presidenteLula dê terra a 420 mil pessoas, a vieram de 23 dos 27 estados doBrasil, tendo iniciado a 2 de Maio uma marcha de 200 quilómetrosem Goiânia, capital do estado de Goiás, que os levou até à capitalfederal do Brasil.

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página 5

Augusto Machado

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Nenhuma taxa de serviço

Preços competitivos aos dos bancos

Aberto segunda a sábado

Troca excelente de euros e dólares US

Falamos português e italiano

OpiniãoAGENDA COMUNITÁRIA

Clube Portugal de MontrealFesta do 40º Aniversário do Clube Portugal de Montreal

abrilhantado por Duarte e DJ. Xmen e com a participação espe-cial de Mauricio de Morais. No Sábado, 28de Maio às 19h00.

Ementa: Entrada de coquille St. Jacques, sopa, bife compimenta e finalmente uma saborosa sobremesa. Preço: Sócios 25velas, não sócio 30 velas e crianças dos 6 aos 12 anos 10 velas.

Festa da AmizadeSábado 4 de Junho às 18h30

Na igreja St-Enfant Jésus, no 5035 St-DominiqueEmenta: Sopa e Salada

Lombo de porco com batatas e legumesSobremesa e café

Animado pelo oConjonto Tropical

Os Bilhetes estão à venda na Padaria Lajeunesse, TerraNossa Brasil, Padaria Notre-Maison, Jl Couture.

Para mais informações tel. Maria Melo ao 514. 274.1990 ouGarette Silva ao 514.272.5629

Associção Portuguesa do CanadáNo passado dia 1 de Maio de 2005 realizou-se a Assembleia

Geral da Associação Portuguesa do Canadá para eleição dosnovos corpos dirigentes. Contráriamente aos anos anteriores agerência desta Associação, a mais antiga da nossa comunidadefoi muito cobiçada. Depois das eleições que decorreram de formademocrática e civil foram portanto eleitos os membros directivospara o ano 2005.

Conselho Executivo:Presidente Conceição CorreiaVice-Presidente Paulo JerónimoSecretária Fernanda OliveiraSecretário Adjunto Manuel dos ReisTesoureiro José Gil

Conselho de Administração:Liborino AmaralAlbino CapitazJoaquina CapitazFaustino CarreiraJosé Manuel CostaRicardo Estevens

Julia FerreiraMaria JardimSergio MarquesCecilia PiteiraManuel RibeiroJessica Rosario

Representante da Filarmónica: João AguiarRepresentante do Flamenco: Marie Paristela

Mesa da Assembleia:Presidente Fernando SantosVice Presidente Leontino BarreirosSecretária Carla OliveiraVogal João Fernandes

Firmino Ramos

Diagnóstico por imagemAs novas técnicas de diagnóstico

por imagem estão a ser uma reali-dade. Com a ressonância magné-tica ao dispor das equipas clínicas,os médicos têm cada vez maispossibilidades de melhor compre-ender as queixas dos doentes.

O sonho de entrar no corpo dospacientes e observar directamenteuma doença começa a tornar-serotina, graças às novas tecnologiasque facilita o diagnóstico por ima-gem. Os avanços mais revolucio-

nários e prometedores neste campo foram apresentados numarecente reunião da Sociedade Americana de radiologia.

Com estas novas tecnologias os especialistas já podem tomardecisões terapêuticas adaptadas às características específicas decada doente e aplicar terapias cada vez mais eficazes. Um grupode cientistas do Departamento de Neurologia do Hospital de SãoRafael, em Milão, utilizou novas técnicas de ressonância magnéticapara analisar num grupo de ratos a evolução de um tratamentocom células-mãe contra a esclerose múltipla, doença caracterizadapela perda de mielina – substância que faz parte do sistemanervoso.

Os investigadores injectaram células pluripotenciais nosroedores e observaram a sua evolução através da ressonânciamagnética. “As células-mãe fizeram aumentar o número de‘células-glia’, as responsáveis pela produção da mielina”, afirmamos autores do estudo.

Os mesmos especialistas não hesitam em atribuir aos novosavanços no campo da ressonância magnética uma importânciavital neste estudo. “A capacidade de monitorizar a migração dotecido transplantado é essencial para adaptar a terapia a cada fasee a cada caso que será crucial na hora de aplicar este tratamentoaos seres humanos”, acrescentam.

Esperança renovada no tratamento de tumores malignos.Especialistas do hospital Brigham and Women, em Boston,encontraram também outra aplicação para os novos avanços emtécnicas de imagem, como a ressonância magnética, que podemelhorar muito o tratamento de tumores cancerígenos, como odo fígado. “Com a ajuda desta nova tecnologia conseguimos umcontrolo muito maior de todo o processo. Vemos a massacongelada crescer em tempo real e podemos evitar que asestruturas adjacentes – como a bexiga, o estômago ou a vesículabiliar – sejam afectadas”, explicam os investigadores.

Algo muito semelhante foi realizado por uma equipa do Hospi-tal de Rhode Island, nos Estados Unidos, com pacientes vítimas decancro pulmonar numa fase já inoperável. Neste caso, a tomografiacomputadorizada (TAC) serviu para guiar uma agulha até aotumor e proceder à sua extirpação. “Este processo pode não sersuficiente para salvar a vida dos pacientes mas aumentaconsideravelmente a sua qualidade de vida. Uma vez que dissecaro tumor elimina grande parte dos sintomas e sobretudo a dor”,sublinha o chefe desta equipa.

A selvaMiguel Carvalho

Compram livros de auto-ajuda.Devoram Paulo Coelho.Tratamo psiquiatra por tu.Dissecam as vantagens do pensamento positivo,das agulhas em certas partes do corpo contra a flacidez e o stresse parecem andar sempre anestesiadas em relação aomundo.Tornaram-se militantes da comida macrobiótica, dos chás,das pomadas, dos cereais, dos farelos, dos iogurtes light e dastabletes energéticas.Benzem-se quando ouvem falar de espetadasou tripas à moda do Porto, não concebem o corpo com mais 0,5gramas do que o habitual – entram em depressão – fazemmadeixas porque sim e às rugas dizem não porque saberenvelhecer não está no disco duro.Fazem meditação transcenden-tal e sexo tântrico, algo que em alguns territórios celtas ainda porcivilizar seria facilmente traduzido pelo popular «nem coiso nemsai de cima». Invadiram os ginásios, as saunas, o banho turco eentregaram o corpinho a mãos hábeis, mexilhonas e a umqualquer brasileiro de olhos verdes e peitos rijos.Besuntam-se comóleos extraídos da planta XPTO escondida por detrás da 59ª pedraque repousa ao fundo de um caminho de cabras numa aldeiaperdida nas montanhas do Tibete. Fazem yoga, body e step-qualquer coisa.Uma amiga minha experimentou noutro dia ométodo do Pilates. Não me peçam para explicar – e deu consigoa empurrar uma nuvem imaginária com as mãos. Saiu com maisstress do que entrou.Eles andam aí, de facto. E ainda sobram osque se entregam aos evangelizadores supermercados da fé, dogénero pague um lugar no céu, receba dois e um talão descontocontra maus-olhados.É uma seita. Comem carne que não é carne,queijo que não é queijo, chocolate que não é doce, rissol e croquetede soja. Quando bebem, normalmente é porque sim ou paraesquecer. Apaixonam-se como quem vai aos saldos, amam emdias e a horas certos e buscam o orgasmo como Indiana Jonesprocurava, de chicote, a arca perdida. O tempo é de alerta.Estamos cercados. Cercados.Um dia destes, damos com oPrimeiro-Ministro a empurrar nuvens imaginárias e então, sim,será tarde.

O fim dos mitosRui Costa Pinto

O combate à promiscuidade entre a política e os gruposeconómicos e a confirmação da derrapagem do défice público vãodeterminar uma verdadeira renovação da classe políticaA justiçaproferiu um rude golpe, apesar de muito tardio, numa cultura quefavorece o tráfico de influências. Independentemente da questãocriminal, que tem uma sede própria, a investigação judicial aoempreendimento imobiliário e turístico do Grupo Espírito Santo,em Benavente, tem a bondade de alertar para uma realidadecolorida por ligações perigosas entre os governantes e os grandesinteresses empresariais. O escrutínio das relações entre o poder,os partidos e os interesses privados é mais importante paraestimular a concorrência e o crescimento económico do quemuitos subsídios estatais. Bastou um inquérito criminal para, deuma assentada, começar a ruir a credibilidade dos saltitões , umaespécie de quadros de luxo que, normalmente, transitam de altoslugares na administração das empresas públicas e privadas paralugares importantes nos governos. Salvaguardadas as devidasexcepções, basta dar uma olhadela para alguns conselhosconsultivos de grandes empresas e de instituições financeiras paraatestar, sem juízos de valor, a realidade que nos rodeia, desdemeados de 1990. Até agora, a lógica do vale quase tudo, muitasvezes mascarada pelo objectivo de constituir grupos nacionaisfortes, tem contado com um aliado de peso: o estado de pré-falênciado sistema judicial. Todavia, o regime democrático cria os seuspróprios mecanismos de defesa, permitindo a descoberta desituações escandalosas, que, agora, despudoradamente , algunsclassificam como isoladas e extraordinárias. No fim de cada ciclopolítico, de esquerda ou de direita, houve sempre grandesnegócios decididos à última da hora, com ou sem rasuras, livrosde despachos com folhas rasgadas e datas falseadas. O caso doempreendimento da herdade da Vargem Fresca não é novidade,em Portugal. Curiosamente, o sobreirogate rebentou dias antes dese conhecer a verdadeira situação das contas públicas. Depois deDurão Barroso proclamar aos sete ventos a herança dagovernação de António Guterres, eis que, passados três anos, VítorConstâncio, governador do Banco de Portugal, se prepara paraanunciar que o défice quase dobrou. Nos próximos dias, osportugueses ficarão a conhecer a dimensão do défice, que algunsjá começaram a admitir que pode rondar os 8%. Manuela FerreiraLeite e Bagão Félix, apresentados como os magos da contabilidadepública, devem estar pouco orgulhosos da sua passagem peloMinistério das Finanças. Também em relação às finanças públicas,chegou a hora de acabar com alguns mitos, criadosartificialmente pelos influentes e poderosos, que gravitam emtorno da comunicação social. Agora, sim, começam a estar criadasas condições para uma verdadeira renovação da classe política.

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página 6

100 Livros Portugueses do Século XX14- Fernando Pessoa, 1888-1935

Mensagem | Lisboa, Parceria A. M. Pereira, 1934

Único livro de poemas portu-gueses publicado em vida peloAutor, Mensagem consiste nu-ma epopeia geralmente asso-ciada a um certo nacionalismoliterário, mas ultrapassa a meraexaltação histórica e dá-nosuma interpretação mística dePortugal.

Estruturado em três grandespartes – “Brasão”, “Mar Portu-guês” e “O Encoberto” – , estelivro acompanha alguns dosprincipais factos da História dePortugal e retrata as suas figu-ras centrais: desde Ulisses, Vi-riato ou D. Afonso Henriques,passando pelo Infante D. Henri-que ou por Vasco da Gama evindo a desembocar em D. Se-bastião e na “madrugada irrealdo Quinto Império” (aqui ligada ao Padre António Vieira),Mensagem procede a uma leitura esotérica do percurso históricoportuguês, recuperando os seus símbolos, as suas lendas e oessencial da sua mitologia, para criar uma imagem do destino dePortugal, que faltaria cumprir.

Como curiosidade, acrescente-se que o livro concorreu ao“Prémio Antero de Quental” e obteve apenas o segundo lugar.

Diálogo entre PessoasDaniel Piza

Três heterônimos do poeta conversam com o autor da“Mensagem”. Lisboa, bairro do Chiado, um dia chuvoso deoutono, final dos anos 20. Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Álvarode Campos e Ricardo Reis se sentam ao redor de uma mesa no caféA Brasileira. Pessoa está de capote e bengala, um tanto intro-spectivo, talvez preocupado com as contradições de algum mapaastral; Caeiro veste roupas de camponês, com respingos de barrona calça; Campos mostra o relógio Cartier que acaba de trazer deParis; Reis carrega um dicionário de latim e pede vinho e água paratodos. Pessoa, o mais velho dos quatro, dá início à conversacontando que começou a escrever um livro de poemas que planejachamar de “Mensagem” e fazer conter todas as características daalma portuguesa em seu caráter universal. O trio se espanta. Atéagora nenhum deles havia publicado livro; todos os poemas eramproduzidos para revistas e jornais. Por que então a novidade?

- Estou farto de improfícuas agonias - responde Pessoa. - Pus aalma no nexo de perdê-la, e o meu princípio floresceu em Fim.

- Mas tu mesmo - pergunta Campos - não disseste que tudo éilusão, sonhar é sabê-lo?

- E não pediste em canção ao Senhor - lembra Caeiro, aparen-temente não recuperado da noite de ópio anterior - que eles nosdesse ao menos a força de não mostrar a dor a ninguém?

- E quem disse que mostro? - reagiu Pessoa. - Não uso o coração,por isso escrevo livre do meu enleio. Sentir? Sinta quem lê!

- A tua lenha é só peso que levas - intervém Reis - para onde nãotens fogo que te aqueça.

- Como assim? - perguntam os outros, confusos.- Pouco usamos do pouco que mal temos. A obra cansa, o ouro

não é nosso - diz Reis.- Mas, meu caro - replica Caeiro, com um semblante ao mesmo

tempo alegre e triste -, o único sentido íntimo das coisas é elas nãoterem sentido nenhum. Se as coisas fossem diferentes, seriamdiferentes: eis tudo.

- Logo - diz Reis -, põe quanto és no mínimo que fazes. Então queropublicar – arremata Pessoa. – Penso profundamente, por isso tenhosaudades. Mas por que fazer das saudades e pensamentos umlivro? - insiste Reis.

- Porque todo começo é involuntário. Deus é o agente.- Mas apenas mortos somos só nossos, entende? O que acho é

que a lembrança esquece.- Eu acho que a alma que sente e faz - argumenta Pessoa -

conhece só porque lembra o que esqueceu. E, se é assim, vivemosporque houvesse memória em nós do instinto da raça. O mais écarne.

- Que angústia te enlaça? perguntam os outros, juntos.- Meu ser tornou-se-me estranho, e eu sonho sem ver os sonhos

que tenho. A angústia é a vela que passa na noite que fica. Somostodos cadáveres adiados que procriam.

- Eu também - acrescenta Campos - sou um convalescente doMomento. Moro no rés-do-chão do pensamento e ver passar a Vidafaz-me tédio. Sou um espalhamento de cacos sobre um capachopor sacudir.

- Então por que tu escreves? contesta Reis.- Para me unir ao exterior pela estética. Sou definidamente pelo

indefinido- diz Campos, reticente - e em cada fragmento fatídico vejo só um

bocado de mim. Mas ao menos fica a amargura do que nuncaserei.

- À arte o mundo cria – assente Reis, dando baforadas nocachimbo.

- Assim na placa o externo instante grava seu ser, durando nela.- O meu misticismo é não querer saber - retruca Caeiro. - Não

sei o que é a natureza: canto-a. Se eu morrer novo, sem poderpublicar livro nenhum, peço que não se ralem por minha causa.Se assim aconteceu, assim está certo.

- E o nome inútil que teu corpo usou, vivo, na terra - diz Reis,apontando para Caeiro -, como uma alma, não lembra.

- Mas isso exige um estudo profundo, uma aprendizagem dedesaprender – ressalta Caeiro. Os outros não conseguem definirse ele está sereno ou agoniado. – Todo o mal do mundo vem de nosimportarmos uns com os outros, quer para fazer bem, quer parafazer mal. A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos. Querer maisé perder isto, e ser infeliz. Valeu a pena?

- Tudo vale a pena - responde rapidamente Pessoa - se a alma nãoé pequena. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é quese espelhou o céu.

- Eu nunca fiz mais do que fumar a vida – observa Campos. –Produtos românticos, nós todos...

Mas, como um Deus, não arrumei nem a verdade nem a vida.- Mas por que tanta tristeza? pergunta Reis.- Não sei. Desde manhã eu estava um pouco triste. E o dia deu

em chuvoso. - Olha para fora e vê a chuva caindo. - Dêem-me o céuazul e o sol visível. Névoa, chuvas, escuros isso eu tenho em mim.

- Tu és louco – critica Pessoa, sob olhar atônito dos com-panheiros. - Louco, sim, louco, porque quis grandeza qual a Sortenão dá. Mas sem a loucura que é o homem mais que a besta sadia?

Caeiro olha para o copo d’água à sua frente. - Vês? Formam-sebolhas na água que nascem e se desmancham e não têm sentidonenhum salvo serem bolhas de água que nascem e se desman-cham. Sentido nenhum? - pergunta Pessoa. - É do portuguêsquerer, poder só isto: o inteiro mar, ou a orla vã desfeita. O todo,ou o seu nada.

- Mas e se ele não quiser? questiona Campos.- Quem quer é Deus. Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

Minha alma é um arco tendo ao fundo o mar.. O tédio? A mágoa?A vida? Deixa-se... Eu cumpro informes instruções de além, e asbruscas frases que aos meus lábios vêm soam-me a um outro eanômalo sentido. Veja a cor do outono: é um funeral de apelos paraminha dissonância...

- Mas isso não é um fingimento? - interfere Reis. - Se não houverem mim poder que vença o futuro, já me dêem os deuses o poderde sabê-lo.

- O poeta é um fingidor - diz Pessoa, irônico. - Finge tão é umcompletamente que chega a fingir que é dor a dor que deverassente. Caeiro está visivelmente cansado dessa conversa toda. Comum gesto de muxoxo, diz: - Há metafísica bastante em não pensarem nada. O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo!Se eu adoecesse, pensaria nisso. E não estou nem alegre nemtriste. Esse é o destino dos versos. Escrevi-os e devo mostrá-losporque não posso fazer o contrário. Passo e fico, como o Universo.Tu não concordas?

- Concordo - diz Pessoa, sem passar muita convicção. - Afinal, dequem é o olhar que espreita por meus olhos? Quando penso quevejo, quem continua vendo enquanto estou pensando? Às vezes,na penumbra do meu quarto, toma outro sentido em mim oUniverso: é uma nódoa esbatida de eu ser consciente sobre minhaidéia das coisas. – Dá um suspiro. - A fé já não tem forma na matériae na cor da Vida. - É, sentir a vida convalesce e estiola - diz Cam-pos. - Acordamos e o mundo é opaco, levantamo-nos e ele é alheio.Saímos de casa e ele é a terra inteira, mais o sistema solar e a ViaLáctea e o Indefinido. A metafísica, amigos, é uma consequênciade estar mal disposto. - E se colho a rosa é porque a sorte manda- ajunta Reis, depois erguendo o copo na direção dos outros. -Gozemos escondidos. Com mão mortal elevo à mortal boca opassageiro vinho, baços os olhos.

- De eterno e belo há apenas o sonho. Porque estamos nós falandoainda? - completa Campos. Os olhos de todos ficam tristes, atémesmo o de Caeiro. - Os meus pensamentos são contentes - diz ele.- Só tenho pena de saber que eles são contentes. - Olha de novo parafora. A chuva, parece ainda mais forte. - Pensar incomoda comoandar à chuva quando o vento cresce e parece que chove mais.Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estarsozinho. A minha também – dizem juntos Campos e Reis. Os trêsolham para Pessoa, aguardando sua reação. Depois de um tempoem silêncio: - Caiu chuva em passados que fui eu’ - diz ele enfim comolhos de ressaca, mirando um horizonte que já não existe. - Narrei-me à sombra e não me achei sentido. Erro-me, e nada mais queronem peço... Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura. -Eagora Pessoa fixa seus olhos nos amigos. - Sim, vocês estão certos.Ser descontente é ser homem. Tudo é incerto e derradeiro. Tudoé disperso, nada é inteiro. Pessoa bebe o último gole de seu vinho.Olha para o romântico e entediado Álvaro de Campos, para ohedonista e cético Ricardo Reis, para o bucólico e realista AlbertoCaeiro. Pensa em lhes apontar as contradições, mas vê que elastambém são parcialmente suas. Pensa, em lhes dizer “Eu crieivocês”, mas se sente também uma criatura deles. Deixa então ocopo sobre a mesa e se despede: - Adeus.

- Adeus – respondem os outros em uníssono, enquanto partemcada um para seu lado. A chuva também se fôra.

Alguns factos na vida de Fernando Pessoa1896-1904 - Fernando Pessoa faz os seus estudos primários esecundários em Durbam1905 - Fernando Pessoa regressa sozinho a Lisboa, a bordo do navioalemão Herzog, para se matricular no Curso Superior de Letras queabandona um ano depois.1907 - Fernando Pessoa funda a Empresa Íbis - Tipografia Editora- Oficinas a Vapor - que durou escassos meses.1908 - Fernando Pessoa inicia a sua actividade como “correspondenteestrangeiro”1912 - Colabora na revista A Águia1913 - Conhece Mário de Sá-Carneiro e José de Almada Negreiros1914 - Escreve a poesia Pauis1915 - Publicação dos dois números da revista Orpheu1916 - Mário de Sá Carneiro suicida-se em Paris1917 - É publicado o único número da revista Portugal Futurista1920 - Conhece Ofélia a quem são destinadas as suas “Cartas de Amor”1924-1925 - Publicação dos cinco números da revista Athena dirigidapor Fernando Pessoa e Ruy Vaz1927 - Em Coimbra inicia-se a publicação da revista Presença ondeFernando Pessoa colaborará1932 - Requer, em concurso documental, o lugar de conservador-bibliotecário do Museu-Biblioteca Conde de Castro Guimarães, emCascais, no qual não foi provido.1934 - Publicação da Mensagem.A 31 de Dezembro a Mensagem recebe o prêmio da Secretaria daPropaganda Nacional.1935 - A 30 de Novembro Fernando Pessoa morre no Hospital de S. Luísdos Franceses onde tinha sido internado na véspera com uma cólicahepática.

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página 7

Estudo revela motivaçõespara optar pela região comodestino de férias. O desafio ésaber se a oferta correspondeaos desejos da procura... adap-tando-a se necessário. O turistaquando escolhe o Algarve co-mo destino de férias espera en-contrar “natureza, educação ecultura, relaxamento e re-creio”. Optam pela região, fun-damentalmente, pela existên-

cia de “sol e mar”.Esta é uma das conclusões de

um estudo do Centro de Inves-tigações Sociais e Empresa-riais, apresentado recente-mente na Região de Turismodo Algarve. De acordo com otrabalho, o “reencontro com anatureza” reflecte o desejo doturista em visitar ambientesecológicos e protegidos, assimcomo o gosto de observar ani-mais no seu habitat, flora exó-tica e vida marinha.

”Educação e cultura” espe-lha a vontade de expandir acultura geral, de melhor com-preender outras culturas, departicipar em eventos culturaise de visitar centros e monumen-tos históricos; enquanto o “rela-xamento e recreio” traduz anecessidade de escapar àsrotinas estabelecidas e descan-sar mental e fisicamente. Oprojecto consiste num estudocientífico sobre os motivos e as

TurismoTuristas escolhem o Algarveà procura de educação e cultura

Gustavo Fernandes

razões da escolha de PortugalContinental como destino turís-tico. Por outras palavras, pro-cura saber os anseios da pro-cura. O objectivo é depois fazercoincidir, melhorar, ou adaptara oferta aos desejos da procura.

De acordo com Licínio Cu-nha, coordenador do projecto,“o estudo revela a vontade doturista. Esse conhecimentopermite aos agentes do sectoradoptar medidas para corres-ponder aos desejos da procura”.

Antónia Correia, docente daUniversidade do Algarve, tam-bém presente na sessão, elo-giou o carácter pioneiro dotrabalho e reforçou essa ideia:“o cliente tem sempre razão”,disse. Nessa óptica, “a ofertadeve sempre procurar asatisfação do cliente, por isso énecessário saber quais são osseus desejos”, sustentou. Se-

gundo esta especialista, as taxasde ocupação na hotelaria indi-cam uma “estagnação do mer-cado”. Ou seja, não crescem,tornando, por isso, urgenteconhecer as motivações daprocura para proporcionar u-ma oferta correspondente.

O perfil do turistaMaioritariamente, preferem

o Algarve, os ingleses, alemãese espanhóis. Na maioria sãohomens, com idades compre-endidas entre os 25 e os 34 anose os 45 e os 54 anos. Em regrasão quadros superiores da ad-ministração pública e empre-sas, dirigentes e especialistasdas profissões intelectuais ecientíficas. Cerca de 4,9% pos-suem segunda residência e1,6% têm direitos de proprie-dade time-sharing. O trabalhofoi elaborado durante todo oano de 2004, cobrindo as qua-tro estações, através da reali-

zação de 5040 inquéritos aturistas provenientes dos 10mercados com maior peso noturismo português, designa-damente, Espanha, Reino Uni-do, Alemanha, França, Holan-da, Itália, Estados Unidos, Bél-gica, Dinamarca e Suécia. Emtermos globais, o que mais atraios turistas para Portugal é a“associação entre o clima, ahospitalidade do povo, a ima-gem positiva do País, sobretudoem termos de segurança, e aboa relação entre o preço e aqualidade”. Segundo o estudo,os meios mais utilizados paraobter informação sobre Portu-gal, quer no total, quer pornacionalidade, são a Internet eo “boca em boca”. Esta últimaforma é particularmente rele-vante em relação aos espanhóise a Internet é maior meio dedivulgação do Pais junto dosnorte-americanos. A margemde confiança deste trabalho éde 95.5%. A sessão realizada épreliminar e de divulgação. Oestudo só estará completo den-tro de 15 dias. Nessa altura, as

regiões turísticas vão ser anali-sadas individualmente, espera-se, por isso, informação maisdetalhada sobre o Algarve.Especialistas internacionais dosector turístico recomendammais “emoção” e menos “sol epraia”, considerando que o fu-turo do Algarve passa pela cria-ção de, pelo menos, 50 empre-sas de criação de experiênciasemocionais para os que visitama região, em detrimento dotradicional produto “sol e pra-ia”. Falando em Vilamoura,durante as comemorações do35º aniversário da Região deTurismo do Algarve (RTA),que decorreram na passadasemana, o espanhol EulogioBordas, presidente da empresaTHR - Consultores Internacio-nais para Turismo e Lazer -sustentou que o futuro do sec-tor está “nas emoções e naaventura” e que os destinosturísticos têm que se adaptar a

essa nova realidade. Apontouvários exemplos, já existentes,daquele tipo de turismo, no-meadamente passar uma sema-na numa pequena ilha do Pací-fico, tal como Robinson Crusoé,viajar até ao mundo dos vinhosde uma região, fazer descidasde rápidos de um rio ou activi-dades em bicicleta de mon-tanha. “Enquanto agora hácerca de 300 milhões de turis-tas em viagens de ‘interessegeral’ [produto turístico tradi-cional] e 100 de interesse espe-cial [integrantes de emoção eaventura], dentro de dez anoshaverá 360 milhões em viagensde interesse geral e 310 de in-teresse especial”, disse o confe-rencista.

Observou que os turistasadeptos do que definiu como“dream society” (sociedade dosonho) já estão a marcar atendência, pelo que os destinosturísticos como o Algarve sedevem adaptar à emergênciadesse mercado ou acabarãopor ficar para trás. De acordocom Eulogio Bordas, o esforçocolectivo de adaptação a estanova realidade deve levar emconta que o produto conjuntoacaba por ser independente davontade de cada uma das em-presas que estão no terreno.

“Não somos nós, como empre-sas isoladas, que definimos opreço do nosso produto nestetipo de mercado, mas é o con-junto do Algarve que confi-gura, sem o saber, o valor domercado”, disse, apontandoque o longo prazo deve substi-tuir a negociação “cada vezmais difícil” ano a ano. Susten-tou portanto que a opção devepassar pela criação de riqueza alongo prazo, pelo que há quedefinir já que tipo de clientes sequer atrair para o Algarve nospróximos 10 anos. Para enqua-drar a temática, Bordas lamen-tou - no início da conferência -que as empresas que classi-ficou do “viver” turístico [asque prepararam experiênciasemocionais únicas para os seusclientes] não tenham tido atéhoje um desenvolvimento tãoprofícuo como as do “estar”(hotéis e restaurantes), chegar(aviação) e “empacotar” (a-gências de viagens).

“Este esquecimento do ‘vi-ver’ é a maior debilidade daindústria turística mundial e aomesmo tempo é o futuro”, ga-rantiu o especialista, obser-vando que o turismo tradicio-nal - baseado na inteligênciaracional - está em queda. Issodeve-se, disse, à concorrênciadesenfreada dos vários des-tinos turísticos, mas também àemergência da Internet - quedemocratizou e fez baixar ospreços - e às companhias aéreasde “low cost” (baixo custo). “Nomercado tradicional, cada veztemos mais trabalho, não paraconquistar os clientes, maspara manter a quota do anoanterior”, disse, apontando amudança de “modelo de negó-

cio” como a solução para a crisedo turismo tradicional. Nessesentido, partindo do princípioque “nem todos os turistas sãoiguais”, preconizou o desenvol-vimento do turismo de aven-tura, baseado na “inteligênciaemocional”, sublinhando que oviajante quer, cada vez mais,“comprar experiências”. Asse-gurou que, já hoje, cerca de 30por cento dos europeus, quan-do viaja, “se aborrece” do pro-duto tradicional. Advertiu queos meios de venda do novoturismo são diferentes: 32 porcento das vendas são feitasatravés de revistas especia-lizadas, 30 por cento na Inter-net, 28 por recomendação eapenas 10 por cento através deagências de viagens. As come-morações do aniversário daRTA terminaram com um jan-tar a que se seguiu a apresen-tação do livro “Algarve, 35anos”, de Carlos Tavares e aatribuição da medalha de ourodo Turismo do Algarve 2005.

Os dados revelados pelo Cen-tro de Investigações Sociais eEmpresariais –(CISE) relati-vamente ao Algarve mere-ceram alguma contestação dosindustriais do sector turístico,por entenderem que está desa-justado da realidade. Os núme-ros que provocaram algumasdúvidas sobre a credibilidadedo estudo elaborado e agoraanunciado referem-se ao factodo número de estrangeiroscom segunda residência noAlgarve cifram-se apenas nos 18mil, e os com direitos de pro-priedade “time-sharing” sãopouco mais de dois mil. Estesnúmeros resultam dos 4,9 porcento, do universo nacional de356 mil, que dizem possuir umasegunda residência, e de 1,6por cento dos 132 mil turistasque visitaram Portugal e têmdireitos de propriedade “time-sharing”, referidos no estudo.O presidente da Associação deHotéis e EmpreendimentosTurísticos do Algarve (AHE-TA), Elidérico Viegas, refereque “o documento foi pensadonum âmbito nacional” e porque “se desconhece a fichatécnica” não se sabe como e emque circunstâncias foi o estudofeito no Algarve.

Para aquele responsável, aregião algarvia, que representacerca de 60 por cento turismonacional, tem “realidades dife-rentes seja a sotavento ou a

barlavento”. Lamentou aindaque o estudo tivesse sido feito“à chegada e em especial nosaeroportos”. Quanto ao estudoem si, que reconheceu como“pouco rigoroso”, segundoElidérico Viegas “não trouxenada de novo”, e quanto aosvalores anunciados “estão a-quém da realidade, pois osindicadores apontam para 40 a50 mil só ingleses com segundaresidência no Algarve”. “En-tendo isto como um pré-projec-to com boas intenções, quecarecem de um aprofunda-mento regional, com uma basede partida positiva”, disse opresidente da AHETA, acen-tuando: “É um bom começo,pois tem se mostrado poucointeresse em estudar o sectordo turismo como ele merece”. Ainiciativa integra-se no Projecto“MotivTur” com carácter cien-tífico sobre os motivos e razõesda escolha de Portugal Conti-nental, conta com uma equipade professores e investigadoresna sua maioria da UniversidadeLusófona, e tem o apoio da Di-recção Geral de Turismo(DGT). Os dados divulgadosna Região de Turismo do Al-garve, segundo os responsáveispela equipa, são preliminares eindicam que os turistas sãomaioritariamente ingleses,alemães e espanhóis, na suamaioria do género masculino,com idades compreendidasentre os 25 a 34 anos e 45 a 54anos. Na sua vida activa são namaioria quadros superiores daadministração pública e em-presas, dirigentes e especia-listas das profissões intelectuaise científicas. O “sol e praia” con-tinua a ser a principal escolhados turistas que visitam o Al-garve, de acordo com a amos-tragem efectuada pelo métodode entrevista, a cidadãos de 10nacionalidades, cujo númeronacional foi de 5 040, destes nãoforam anunciados os corres-pondentes à região algarvia. Arazão secundária da escolha éa imagem do destino e o turis-mo em espaço rural.

Ainda relativamente à moti-vação mais forte o estudo indicaque são o reencontro com anatureza, educação e cultura,relaxamento e recreio. A moti-vação moderada fica-se pelodesejo da aventura, novidade,visita a família e amigos e porrazões de saúde.

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página 8

RecordaçãoSejamos uma tentaaberta a todos os povos…

Texto de Natércia Rodrigues e fotos de José Rodrigues

Foram os fundadores das festas do Divino Espírito Santo, osmesmos homens de tez queimada, olhar salgado e alma azul quemais uma vez contra marés e tempestades, ventos e chuvas, seuniram para celebrarem, festejarem e agradecerem na vivênciasimples de uma tradição de força e fé, vinte e seis anos mais tarde…

As preparações para qualquer festa começam sempre cedo. Háduas semanas, alguns destes mordomos reuniram-se nomatadouro do Clement Poisson para escolherem os cinco animaisque mais tarde seriam utilizados na confecção das sopas e da carneguisada. Estes animais foram oferecidos pelos seguintes criadores:João Teixeira e José Carlos Oliveira, Albino Sá & filhos e um grupode amigos, Simão Balança, Mariano Correia e os Mordomos.

Uma semana mais tarde, João Teixeira, João Medeiros e AntónioToucado foram até ao matadouro para ajudarem a cortar a carne.

O terço foi recitado todas as noites, do 8 ao 14 de Maio, e na sexta-feira foi transmitido através da Rádio Clube Montreal.

O salão nobre esteve lindamente decorado, mas como o resto dasfestas se iriam desenrolar no salão grande da igreja, era necessáriodecorar este. Toda a decoração esteve a cargo do mordomo mais

jovem, o Philip Garcia ajudado por sua mãe, D. Armanda Garciae algumas pessoas amigas. As “portas do Céu”, as flores, as velas,as bandeiras e as coroas formavam uma decoração divina. O Philipe sua mãe bordaram também algumas bandeiras, as faixas dosMordomos, e as capas da Princesa e da Rainha.

Após a missa de sábado, o salão encheu-se de pessoas quequeriam partilhar deste serão. A animação começou por volta das20H30 com a presença juvenil e simpática do Alex Câmara, deNivéria Tomé, de Fátima Miguel e de José Gil. Rezou-se o terço,presidido pelo padre José Vieira Arruda e presentes estiveramtambém os padres José M. Cardoso e Laurensius Ruba.

Seguiu-se a carne guisada, sumo, vinho e massa sovada e asegunda parte musical foi preenchida com José Gil e a discotecaJ.G. Night Productions.

De salientar a importância dos cozinheiros, e desta equipafizeram parte: Almerinda e Eduíno Moniz, Jorge Couto, José LuisOliveira e António Reis que tiveram como ajudantes, Luísa Reis,Madalena Reis, Manuel Rodrigues, Francisca Teixeira e Sãozinha

Freitas, seguindo-se de muitas pessoas que gentilmente ajudarama servir às mesas.

Domingo, organizou-se o cortejo onde participaram o Dr. CarlosOliveira e sua esposa, Francisco Salvador, Conselheiro dasComunidades Portuguesas, Luís Pereira e esposa, Presidente daComissão do Dia de Portugal, a Banda de Nossa Senhora dos

Milagres, a Filarmónica Portuguesa de Montreal, a Filarmónicade Laval,o rancho folclórico Praias de Portugal, algumas pessoasque tiveram Domingas, os Mordomos, um grupo de foliões, oGrupo Coral do S. S. Cristo da Missão de Santa Cruz e Rádio CentreVille. Houve a participação das televisões FPTV e VOX.

Depois do cortejo, houve a celebração da Eucaristia presididapelo padre José V. Arruda, auxiliado pelos padres José M. Cardosoe Laurensius Ruba e pelo diácono António Ramos. “Tenhamosorgulho das nossas raízes, da nossa cultura e dos que na suabagagem trouxeram a coroa do Espírito Santo. O nosso Deus não

é um Deus de ouro, mas simhumilde. Temos queaprender a ceder o nossolugar e sermos o último…épreciso aprender a pôr umavental à cintura e servir!”,palavras do padre Arruda noseu sermão.

Depois das coroações,houve no salão em baixo asSopas do Espírito Santo eseguiu-se com a parte musi-cal onde participaram JoséGil, Alexandre Câmara, Fáti-ma Miguel e

D. J. Night Productions. AFilarmónica Portuguesa deMontreal animou o serão noexterior, e prosseguiu-se

com a tiragem das Domin-gas para 2006. Philip Garcia será o novoMordomo para o ano de 2006.

Os Mordomos deste ano, Aníbal Rodrigues, José de Freitas,Manuel J. Neves, José Rodrigues, João Raposo, João Froias,Manuel de Melo, Simão Balança, António Vicente Freitas,Armando Arruda, Augusto Moniz, Mariano Correia e Philip Garciaagradecem a todos os que de uma maneira ou de outra ajudaram

para que as Festas do Di-vino Espírito Santo pudes-sem ter a dimensão quetiveram. Muito obrigadaao Sr. Eduíno Moniz quemuito ajudou sobretudona organização e orien-tação destas festas e tam-bém nós não devemos es-quecer a ajuda de JoãoLuis Amorim e a sua es-posa pelas ofertas a nossafesta.

Estão todos de para-béns pela graça, beleza eempenho que empresta-ram a estas festas, numaprova de autenticidade ede saber fazer quando aisso são cha-mados.Para o ano há mais.

Viva o DivinoEspírito Santo!

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página 9

VáriaO Espírito Santa em casa dos Gouveias…

Texto de Natércia Rodrigues e fotos de José Rodrigues

“Espírito Santo, que levasteos profetas pelos desertos deareia ou pela amplidão do mar,sopra sobre os meus olhos, paraque eles saibam ver por toda aparte e em toda a criatura, aSantíssima Trindade”.

Quarto amplo e airosamentedecorado para o Espírito Santo!Fiquei maravilhada com todaaquela decoração. O cetim azulno teto a lembrar o céu e embaixo no chão, a lembrar o mar.Ao centro da sala, um bar-co…dizia-me o Sr. Gouveia, pai doJeffrey Gouveia, jovem tãoconhecido na nossa comu-nidade e que com a sua disco-teca J.G. Night Productions”põe toda a gente a dançar nasfestas, que seu sogro tinha sidopescador nos tempos que já lávão. O senhor faleceu e a famíliapensou homenageá-lo cons-truindo e enfeitando este bar-co. S. Pedro, pescador de ho-mens de pouca fé, também seencontrava nesse barco. Afamília andou por montes evales à procura de S. Pedro enão encontrando nada a gosto,

eis que “ele” chega dos Açoresmesmo na véspera da festa. Asredes, instrumento primordialno meio piscatório, vieram daFigueira da Foz. Onde há fé eesperança, tudo se consegue.

Uma capelinha de Nossa Se-

nhora de Fátima também láestava, lindamente decorada. Éque sexta feira, estávamos pre-cisamente a 13 de Maio e o“Aqui vimos Mãe querida con-sagrar-Te o nosso amor” eramesmo obrigatório cantar-se.Ao ouvir este cântico, o meupensamento voou até Halifax.Foi a 13 de Maio de 1953, noPier 21 em Halifax que chegouo primeiro contingente deemigrantes portugueses ondehavia 51 continentais e 18 aço-rianos. Trouxeram estes açoria-nos a fé no Divino Espírito San-to a estas terras norte-america-nas, e ainda hoje, cinquenta edois anos mais tarde continua-mos com estas festas e estaforte crença.

As festas têm toda uma pre-paração. Há a grande azáfamaem se decorar o quarto desti-

nado a receber a coroa, asbandeiras, as velas e as flores;há o confeccionar algo paracomer, há o cansaço e a angus-tia das coisas não saírem sem-pre como se quer , mas há so-bretudo uma união entre todos,

um calor humano, uma fé e-norme! Todo este entusiasmome fez pensar num outro cânti-co religioso que diz “Vale apena viver por Ti, ó meu Senhor!Senhor aceita o sangue, a dordo pranto salgado de quemchora amor. Senhor, aceita ocanto que é desabafo da vidacalada”.

Depois do terço, houve mo-mento de convívio onde todosfalavam, riam e comiam “tantacoisinha boa”. Espírito Santo,tente piedade de nós quando avida nos fere e andamos curva-dos sob o peso da Cruz e nãodeixeis de visitar o nosso cora-ção desfalecido e trazei rapida-mente à dona desta casa, a Sra.Gouveia, rápidas melhoras poisque no espaço de um mês maisou menos teve duas interven-ções cirúrgicas.

Portugal comgrave crise econômica

Gustavo Fernandes

Portugal confronta-se comuma grave crise econômicaorçamental, pior do que os eco-nomistas previam, particu-larmente o Governador doBanco de Portugal Vítor Cons-tâncio, que aguarda o relatóriosobre a situação orçamentalportuguesa, executada poruma equipa de especialistasdirigida por ele próprio.

Para Vítor Constâncio a situa-ção “é ainda pior do que temiaquando disse que tinha che-gado a hora da verdade para apolítica orçamental”, assu-mindo de que o défice público

deste ano irá ultrapassar larga-mente o limite de três por centodo Produto Interno Bruto(PIB), consignado no Pacto deEstabilidade e Crescimento(PEC), que é o instrumento dedisciplina orçamental na zonaeuro.

Contudo, Constâncio escu-sou-se a comentar que o déficepoderia atingir os sete por cen-to do PIB, como apontam al-guns economistas, limitando-sea remeter os comentários paraas conclusões do seu relatório aapresentar em breve.

“Estamos a acabar de redigiro relatório, os números já nãovão variar muito, mas têm deser cuidadosamente explica-dos”, disse Vítor Constâncio,sem dar indicações sobre adata de apresentação do seurelatório.

É bom recordar que em Abrilpassado, nas Previsões Econô-micas da Primavera, a Comis-são Européia estimou o déficeportuguês para este ano em 4,9por cento do PIB.

Contudo o ministro das Fi-nanças, Luís Campos e Cunhaacredita que o relatório deConstâncio estará concluídodentro de uma semana a dezdias, o qual constituirá umelemento essencial para a defi-nição final do pacote de medi-das destinadas a controlar odéfice.

Escusando-se a entrar empormenores sobre as medidasque podem vir a ser ou nãotomadas para controlar o déficepúblico, Luís Campos e Cunha

considerou que o controlo dodéfice “é uma tarefa difícil, queexige de todos uma grandedisciplina, mas é a tarefa neces-sária para que Portugal nãoseja um paria no contexto daUnião européia”.

Vítor Constâncio, sem querercomentar quais as medidasque o Governo português podepreparar, mas em termos ge-rais disse que “no curto prazo asmedidas de controlo orçamen-tais são do tipo restritivo e,portanto, o efeito no imediato éum efeito restritivo, mas sabe-mos que o crescimento econô-mico a prazo requer uma situa-ção orçamental que estejasaneada e, portanto, isto tem deser feito”.

O Governador do Banco dePortugal sugeriu ainda umaposição crítica à acção de ante-riores governos, dando a enten-der que não fizeram o suficien-te para controlar o Orçamento.Segundo Vítor Constâncio “odéfice foi crescendo, as medidas

extraordinárias permitiramatenuar temporariamente osefeitos do aumento do défice,mas sabíamos todos – e eudisse-o muitas vezes – que, pordefinição, as medidas tem-porárias não existiriam sem-pre”.

Igualmente o ex-primeiroministro Cavaco Silva mani-festou-se preocupado com ahipótese do défice público po-der atingir os sete por cento,considerando que há um “de-sequilíbrio entre as receitasque o Estado consegue obter eas despesas que são feitas regu-larmente”.

Afirmando que gostaria dever Portugal na “primeira divi-são” da Europa, ao lado daIrlanda e da Alemanha, o ex-primeiro ministro não deixou deapelar á mobilização da socie-dade portuguesa, face à actualsituação do País.

“A participação positiva detodos é agora necessária, in-cluindo a dos partidos da opo-sição, num caminho que não éfácil”, disse.

Embora continue a manter otabu acerca da sua mais queprovável candidatura presi-dencial, Cavaco Silva suces-sivos sinais que apontam paraessa inevitabilidade.

Um dos últimos sinais foi umartigo no diário Público, onderetomou uma obsessão recor-rente dos tempos em que foichefe do Governo, apresen-tando como “a idéia – cha-ve”para o futuro do País, o “au-

mento da capacidade compe-titiva das empresas no planointernacional”.

A tese e os argumentos sãoquase uma fotocópia de discur-sos e intervenções com mais dedez anos, em particular quan-do refere a necessidade deapostar “mais fortemente nainovação, na modernizaçãotecnológica, na melhoria daqualidade de gestão, na qualifi-cação dos recursos humanos,no desenvolvimento de redesde distribuição, no design, namarca, no marketing, no apoioaos clientes, na especializaçãoem produtos de maior valoracrescentado”.

Na realidade, Cavaco Silvaaborda de facto, num pontosensível, só que ele próprio nãofoi capaz de concretizar a sua“idéia – chave” quando dispôsde um longo período de gover-nação em maioria absoluta.

A competividade da econo-mia portuguesa é uma questãobem mais complexa do que o ex-primeiro ministro parece suge-rir.

É que, além dos clássicosbloqueios mentais e culturaisdo País, é necessário ter emconta que alguns importantessectores do tecido econômico

tradicional deixaram já de sercompetitivos. Assim é neces-sário um diagnóstico rigoroso esem ilusões do que é ou nãorecuperável, concentrando asenergias do País nos sectoresonde as nossas vocações, poten-cialidades e vantagens compa-rativas (geográficas, clima-téricas, ambientais e produ-tivas) podem ainda fazer adiferença no futuro.

Concluindo, os riscos sãoreais, razão pela qual a respostaa eles assume um valor deexemplo. Esteja nos seis ou setepor cento do PIB do País, odéfice das nossas contas pú-blicas indicará a Bruxelas quea contenção de 2002 e 2003 nãosó teve alcance limitado comose revelou ineficaz de 2004 atéagora.

As receitas extraordináriasconseguiam, como por mágica,dar uma imagem sempre maisfavorável em cada final do ano,para logo de seguida, no pri-meiro dia do ano, a despesapública voltar ao seu ritmodesenfreado.

Esse faz – de – conta já não épossível, nem para nós nempara ninguém na zona euro.

Agora o Banco de Portugalvai ter de dizer à cabeça o quepretende fazer, passo a passo,medida a medida, e qual oalcance esperado.

E vai ver-se obrigado a cortarna despesa pública mais fundodo que gostaria, já que não sepode contar com um cresci-mento econômico anêmico.

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Alma juvenilEsta é de graça...

Foto da semana

Brittney Brum-DaPonte Cantando Malapas Da Tia Anita

Escola Santa Cruz

- Como médico, que águas aconselha para a minha sogra?- Para as sogras há uma água esplêndida.- Qual doutor?- Água benta

Entre sogra e genro:- Seu irmão é muito gentil. Sempre que a sogra dele viaja, ele vaisempre à estação se despedir dela.O genro:- O que ele é é desconfiado. Ele vai à estação para ter a certezade que ela foi mesmo.

Entre amigos:- Então e a tua sogra?- Já não há esperança.- É assim tão grave?- Pelo contrário. Está curada.

Um homem apresenta-se com um lenço atado, dando a volta porcima da cabeça e por baixo do queixo, apertado. - O que é isso,pá? - pergunta-lhe um amigo - Dói-te a cabeça? Os dentes? Oufoi algum desastre? - Nada disso. Morreu a minha sogra. -Então?... morreu-te a sogra... e porque é que trazes os queixosamarrados? - É para não me rir!!!

Genro para a sogra:- Gostava que a senhora fosse uma estrela...Ela: - Está muito gentil para comigo, meu genro!- Não tem que agradecer! É que a estrela mais perto da Terraestá a milhões e milhões de quilómetros!

Dossier especial: Guerra das estrelasEpisódio 1: Episódio 1: Episódio 1: Episódio 1: Episódio 1: Ameaça Fantasma(The Phantom Menace)

O clima é de guerra intergaláctica. A “Federação do Comércio”invade o planeta Nabbo com o pretexto de tomar a liderança dasrotas comerciais, porém a organização é apenas um disfarce paraa verdadeira “ameaça fantasma”, Darth Sidious, uma misteriosafigura encapuzada que aparece apenas na forma de um hologramae que esconde outros interesses na disputa.

Para conter o conflito, a “Re-pública”, uma espécie de podercentral do universo envia doiscavaleiros Jedi para negociarcom a Federação. São eles,Qui-Gon Jinn (Lian Neeson) eseu dicípulo Obi-Wan Kenobi(Ewan McGregor).

Quando percebem o ver-dadeiro perigo, os dois Jediescapam de Naboo com sua

regente, a jovem rainha Amidala, em uma tentativa de alcançara sede da República no planeta Coruscant e pôr um fim no cercoda Federação. Porém, eles são forçados a pousar no planetadesértico Tatooine e lá encontram um jovem escravo chamadoAnakin Skywalker, que mais tarde se mostra essencial para re-solver o conflito.

Dez anos após o evento de “A Ameaça Fantasma”, PadméAmidala (Natalie Portman) é agora uma senadora representantede Naboo, seu planeta natal. Uma facção de políticos separatistasliderados pelo Conde Dookan (Christopher Lee) pretendeassassiná-la.

Para fazer frente aos Jedi quedefendem a República, o Chan-celer Palpatine (Ian McDiarmid)escala Jango Fett (Temuera Mor-rison) que promete dar cabo àsituação usando seu exército declones.

Enquanto isso, Obi-Wan Ke-nobi (Ewan McGregor) continua

treinando seu padawan Anakin Skywalker (Hayden Christensen)temendo que o jovem Jedi esqueça seus códigos de condutadevido o crescente romance com Amidala...

Episódio 2:Episódio 2:Episódio 2:Episódio 2:Episódio 2: Ataque dos Clones(Attack of the Clones)

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Alma juvenilEpisódio 3:Episódio 3:Episódio 3:Episódio 3:Episódio 3: A Vingança do Sith(Revenge of the Sith)

Guerra! A República está desmoronando sob os ataques doinescrupuloso Lorde Sith, Conde Dooku. Há heróis dos dois lados.O Mal está em toda parte. Numa ação impressionante, o diabólicolíder dos andróides, General Grievous, entrou de assalto na capi-tal da República e seqüestrou o Chanceler Palpatine, líder doSenado Galáctico. Enquanto o Exército Separatista tenta escaparda capital sitiada com seu valoroso refém, dois cavaleiros Jedilideram uma desesperada missão para resgatar o Chancelercativo...

Dois anos após o Episódio II, a Guerra dos Clones ainda con-tinua... Anakin Skywalker está casado com Padmé Amidala e seencontra cada vez mais próximo do Lado Negro da Força.

A República consegue cada vez mais território no confrontocontra o Conde Dookan e, Darth Sidious está preparando umataque final para tomar controle da galáxia. Em meio a todasatrocidades, Anakin Skywalker sucumbe ao Lado Negro da Forçae surge então Darth Vader. Obi-Wan Kenobi deve lutar agoracontra seu pupilo para proteger Padmé e seus filhos.

Nos créditos da produção teremos entre outros, EwanMcGregor como Obi-Wan Kenobi, Natalie Portman como aSenadora Padmé Amidala-Skywalker e Hayden Christensencomo Anakin Skywalker/Darth Vader.

Episódio 4:Episódio 4:Episódio 4:Episódio 4:Episódio 4: Uma nova esperança(A New Hope)

O chanceller Palpatine,conhecido a partir de en-tão como o Imperador,assumiu o controle daGalaxia que se mergulhanuma imensa guerra civil.

Obi-Wan Kenobi(Ben), agora mais velho,vive escondido nas caver-nas do planeta Tatooine,lar de Luke Skywalker(filho de Anakin e Pad-mé) e seus tios. Kenobisente a misteriosa Forçaem Luke e se encarregade treinar e ajudar o su-posto órfão a resgatar aprincesa Leia, capturada por Darth Vader.

Luke também contará com a ajuda dos droids R2-D2 e C-3POe a dupla Han Solo e Chewbacca. Será que Luke conseguiráresgatar Léia e com a ajuda da Aliança Rebelde destruir a Estrelada Morte, a maior arma do Império?

Episódio 5:Episódio 5:Episódio 5:Episódio 5:Episódio 5: Império Contra-Ataca(Empire Strikes Back)

Após receber uma visão de Obi-Wan Kenobi e deixar o planetagelado de Hoth com seus amigos depois do ataque do Império,Luke Skywalker viaja para o distante planeta de Dagobah, ondeele será diciplinado nos caminhos da Força pelo legendário mestreJedi Yoda.

Enquanto isso, Han Solo e a princesa Léia seguem para o planetaBespin, onde são recebidos por Lando Calrissian, um velho amigode Han, que os entrega para Darth Vader.

Luke deixa Dagobah para resgatar seus amigos e fica frente afrente com Darth Vader onde terá uma grande revelação.

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro)

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)

CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro)

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)

GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho)

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)Carta da Semana: 3 de Paus, que significa Iniciativa.Amor: Percorra a sua agenda telefónica e contacte aqueleente querido que não vê há muito tempo.Saúde: Apesar se sentir com muita energia, lembre-se queoutros dias virão. Controle-se.

Dinheiro: A sua alegria e simpatia contagiarão todos os seus companheirosde trabalho.Número da Sorte: 25 Números da Semana: 1, 2, 9, 27, 30, 48

Carta da Semana: 8 de Copas, que significa Concretização,Felicidade.Amor : Para que a sua relação seja duradoura aposte noromantismo.Saúde: Beba mais leite, o cálcio é importante para os ossos.

Dinheiro: Tenha cuidado com a forma como canaliza os seus rendimentos.Número da Sorte: 44 Números da Semana: 11, 20, 24, 25, 29, 32

Carta da Semana: Cavaleiro de Espadas, que significaGuerreiro, Cuidado.Amor : Opte por uma relação cautelosa, não avance semcertezas. Seja prudente!Saúde: Levante a sua auto-estima, tudo irá acabar bem.

Dinheiro: Evite que a sua vida profissional manipule outros sectores dasua vida.Número da Sorte: 62 Números da Semana: 11, 18, 19, 20, 21, 33

Carta da Semana: 7 de Copas, que significa SonhosPremonitórios.Amor: Período favorável para realizar o seu grande sonho.Lute por isso.Saúde: Não esteja tão angustiado, isso só contribuirá

negativamente para o seu bem-estar.Dinheiro: Ainda não ocorreu o momento ideal para mostrar o que vale,mas esse dia está mais perto do que julga por isso mantenha-se atento.Número da Sorte: 43 Números da Semana: 3, 15, 18, 22, 30, 45

Carta da Semana: 8 de Paus, que significa Rapidez.Amor: Arranje mais tempo para si mesmo. Vai ver que valeráa pena.Saúde: Tome vitaminas para revigorar o cérebro.Dinheiro : Período favorável a investimentos de maior

amplitude.Número da Sorte: 30 Números da Semana: 8, 10, 22, 47, 48, 49

Carta da Semana: Ás de Paus, que significa Energia, Iniciativa.Amor: Não se preocupe com as aparências nem com o queos outros dizem. Se ama, invista!Saúde : Proteja-se do frio.

Dinheiro: Ouça os conselhos do seu chefe, poder-lhe-ão ser muito úteis.Número da Sorte: 23 Números da Semana: 18, 22, 35, 39, 44, 45

Carta da Semana: 6 de Ouros, que significa Generosidade.Amor: Tente não questionar as atitudes do seu par, seja maiscompreensivo e confie nele.Saúde : Evite beber bebidas alcoólicas.Dinheiro: Gaste dinheiro em algo que o deixe feliz.

Número da Sorte: 70 Números da Semana: 5, 19, 32, 36, 39, 42

Carta da Semana: 3 de Ouros, que significa Poder.Amor: Se aquela pessoa que ama ainda não reparou em si,não se preocupe, é uma questão de tempo.Saúde: Seja mais exigente com o que come para que possaviver melhor.

Dinheiro: Algumas mudanças positivas poderão surgir brevemente.Número da Sorte: 67 Números da Semana: 1, 3, 7, 20, 28, 34

Carta da Semana: 9 de Copas, que significa Vitória.Amor : Seja feliz. Com dedicação, alcançará os objectivospropostos.Saúde: Procure melhorar o seu humor.Dinheiro: Cuidado com o excesso de disciplina perante os

colegas, poderão não aprovar essa atitude.Número da Sorte: 45 Números da Semana: 12, 14, 30, 35, 38, 41

Carta da Semana: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade.Amor: Valorize mais as verdadeiras amizades não se deixeenganar por falsos interesses.Saúde: Dê umas boas gargalhadas, ajuda a resolver muitos

problemas físicos e psicológicos.Dinheiro: Para concretizar os seus objectivos deve esforçar-se mais.Número da Sorte: 52 Números da Semana: 3, 12, 14, 18, 19, 22

Carta da Semana: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão.Amor: Se escutar o seu coração, certamente, vai encontrara resposta que procura.Saúde: Dê especial atenção aos sinais que os seus pulmões

lhe concedem.Dinheiro: Saiba aproveitar as oportunidades que a vida lhe concede.Número da Sorte: 47Números da Semana: 11, 17, 20, 29, 33, 36

Carta da Semana: Rei de Copas, que significa Poder deConcretização, Respeito.Amor: Seja mais generoso com a sua cara-metade. Nãoprejudique a sua relação devido à sua teimosia.Saúde: Modere o consumo de doces.

Dinheiro: Resista à tentação, não gaste mais do que tem projectado.Número da Sorte: 50Números da Semana: 7, 17, 24, 28, 48, 49

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Casamento deSusan e Greg

No dia 7 de Maio, contraíram o sacramento domatrimómio Susan Claire Brum e Greg Neil Levac.“A Voz de Portugal” deseja as maiores felicidadesao simpático casal.

Episódio 6:Episódio 6:Episódio 6:Episódio 6:Episódio 6: Retorno de Jedi(Return of the Jedi)

Darth Vader e o Império estão construindo uma nova eindestrutível Estrela da Morte. Enquanto isso, Han Solo éresgatado das mãos de Jabba Hutt por seus amigos, LukeSkywalker, Princesa Léia e Chewbacca. Deixando Luke em seutreinamento Jedi com Yoda, Solo retorna para a base dos Rebeldespara preparar um ataque final contra o Império.

Durante o combate, o recém chegado Skywalker é capturadopor Vader. Poderão os Rebeldes e seus novos amigos, os Ewoks,ajudar a reconquistar a liberdade da Galaxia?

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página 1 2

Guia do ConsumidorCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLAR

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AtlânticoBrossardLavalLusitanaSanta Cruz

514.387.1551450.659.4356450.687.4035514.353.2827514.844.1011

ENSINO ESCOLAR

Igreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

IGREJAS

Associação dos PaisAssociação Port. do CanadáAssociação Port. do Espírito SantoAssociação Port. de LasalleAssociação Port. de Ste-ThérèseAssociação Port. do West IslandCasa dos Açores do QuebequeCasa do RibatejoCentro de Ajuda à FamíliaCentro Português de ReferênciaCentro Com. do Espírito SantoCentro Comunitário Santa CruzClube Oriental Português de MtlClube Portugal de MontrealInstituto Cultural AçorianoFilarmónica Portuguesa de Mtl.Filarmónica Esp. Santo de LavalGrupo Folc. Campinos do RibatejoGrupo Folc. Português de Mtl.Missão de Nossa Senhora FátimaRancho Folclórico Verde MinhoSporting Clube de MontrealSport Montreal e Benfica

495.3284844.2269254.4647366.6305435.0301684.0857388.4129729.9822982.0804842.8045353.1550844.1011342.4373844.1406844.6371982.0688844.2269353.3577739.9322687.4035768.7634499.9420273.4389

ASSOCIÇÕESE CLUBES

CH TVPortugalíssimoRádio Centre-VilleRadio Clube Mtl.TVPM

514.522.4150514.483.2362514.495.2597514.849.9901514.993.9047

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CONCURSO DE DATAS HISTÓRICASI- Nos jornais de 18 e 25 de Maio serão publicados acon-

tecimentos históricos aos quais falta a data.II- As respostas escritas, isto é, as datas desses dez acon-

tecimentos, deverão ser recebidas (por mão própria, carta oufax) em A VOZ DE PORTUGAL, 4231 Boul. St-Laurent,Montréal, Québec, H2W 1Z4, fax (514) 284-6150, até ao dia 01de Junho de 2005.

III- No dia 08 de Junho, A VOZ DE PORTUGAL publicará onome dos primeiros classificados.

IV- Em caso de igualdade, o vencedor será decidido por meiode sorteio e terá como prémio o livro CRÓNICAS DO BENIM…E DA ALMA (Pe. José Maria Cardoso), oferecido pelo nossoEditor Eduino Martins.

ACONTECIMENTOS

HISTÓRICOS DATAS1 – Independência de Portugal (D. Afonso Henriques) ?2 – Batalha de Aljubarrota (Nuno Álvares Pereira) ?3 – Descobrimento do Brasil (Pedro Álvares Cabral) ?4 – Restauração da Independência (D. João IV) ?5 – Grande terramoto de Lisboa (Marquês de Pombal) ?

† ANTERO JORGE RIBEIRO1914 - 2005

No passado dia 7 de Maio de 2005, faleceu em Longueuil com a idade de90 anos, o Sr. Antero Jorge Ribeiro, viúvo da D. Maria Henriques do Rosário,natural de Alfeizerão, Alcobaça, Portugal.

Deixa na dor seu filho José Henriques (Adelaide), seus netos Henrique(Carla), Pedro (Caron), Maria-José (Jean), seus bisnetos Nicolau, Sofia,Brigite e Tiago, sua irmã Maria Ribeiro, seu irmão José Jorge Ribeiro (Elvira),sobrinhos (as), assim como muitos outros familiares e amigos.

O seu corpo será trasladado para Portugal, onde irá a sepultar no Cemitériode Alfeizerão, ao lado da sua esposa, descansando os dois para aeternidade.

A família agradece a todos os que, com as suas palavras e gestos deamizade, os reconfortaram nestes momentos difíceis. A todos o nossoSincero Obrigado e Bem-Hajam.

Os serviços funerários estiveram a cargo de :

MAGNUS POIRIER inc.6825, Sherbrooke este, Montreal

Tel.: 514-727-2847Director: José Teixeira.

As OndasEntre as trêmulas mornas ardentias,A noite no alto-mar anima as ondas.

Sobem das fundas úmidas Golcondas,Pérolas vivas, as nereidas frias:Entrelaçam-se, correm fugidias,

Voltam, cruzando-se; e, em lascivas rondas,Vestem as formas alvas e redondasDe algas roxas e glaucas pedrarias.

Coxas de vago ônix, ventres polidosDe alabastro, quadris de argêntea espuma,

Seios de dúbia opala ardem na treva;

E bocas verdes, cheias de gemidos,Que o fósforo incendeia e o âmbar perfuma,

Soluçam beijos vãos que o vento leva...

Olavo Bilac

O cantinho da poesia

Basta Pensar em SentirBasta pensar em sentirPara sentir em pensar.Meu coração faz sorrirMeu coração a chorar.

Depois de parar de andar,Depois de ficar e ir,

Hei de ser quem vai chegarPara ser quem quer partir.

Viver é não conseguir.

Fernando Pessoa

Naufrágio

A rua cheia de luarLembrava uma noiva morta

Deitada no chão, à portaDe quem a não soube amar.

Já não passava ninguém...Era um mundo abandonado...

E à janela, eu, tão Além,Subia ressuscitado...

Vi-me o corpo morto, em cruz,Debruçado lá no Fundo...E a alma como uma luz

Dispersa em volta do mundo...

Mas, à tona do mar morto,Um resto de caravela

Subia... E chegava ao portoCom a aragem da janela.

Branquinho da Fonseca

Pequenos Poemasde Florbela Espanca

MarDe todos os cantos do mundo

Amo com um amor mais forte emais profundo

Aquela praia extasiada e nuaOnde me uni ao mar, ao vento e à

lua.

Começando nesta edição vamos publicar cada semana o cantinho dapoesia de Montreal, do Portugal, e do Brasil. Esperemos que estainiciativa será bem-vindo aos poetas local e escritores.

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A VOZ DE PORTUGAL, 18 de Maio de 2005 - Página 1 3

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Portugal: Défice Público podeUltrapassar 7% do PIB em 2005Durante a próxima semana, a Comissão liderada pelo Governadordo Banco de Portugal, Vítor Constâncio, deve anunciar a estimativapara o valor do défice orçamental em 2005, após análise dos dadosde execução orçamental em 2005 e também dos pressupostos quetinham estado subjacentes à elaboração do Orçamento do Estadopara este ano (OE-2005).Segundo os comentários já proferidos pelo Ministro das Finanças,o défice das contas públicas este ano poderá ultrapassar 7% doPIB, ou seja, mais de 9.700 milhões de euros (ou 1.964 milhõesde contos, em moeda antiga). A estimativa para o défice constantedo Orçamento do Estado era de 2.9% do PIB.O que explica este desvio?O devido é mais de 4 pontos percentuais do PIB (mais de milmilhões de contos ou 5 mil milhões de euros) e resulta de váriosfactores. O mais significativo prende-se com a consideração, noOE-2005, de um montante significativo de receitas extraordinárias,num montante equivalente a 1.6 pontos percentuais do PIB. Essasreceitas resultariam de operações variadas, mas particularmenteda venda de activos imobiliários detidos pelo Estado e também deoperações relacionadas com dívidas ao Estado.O novo governo, mal tomou posse, deu logo indicação de que nãoiria utilizar receitas extraordinárias na redução do défice orçamental.Deste modo, sem considerar qualquer outra medida ou alteração,esta decisão conduziria o défice público para 4.5% do PIB.Uma segunda via pela qual o défice aumenta decorre de outrasreceitas públicas assumidas no OE-2005 e que não terão lugareste ano. Uma parte significativa prende-se com o pagamento ded iv idendos po r vá r ias empresas de t i das pe lo Es tado ,nomeadamente a Caixa Geral de Depósitos. Esta empresa, nasequência do reforço de capital do respectivo fundo de pensões,já anunciou que em 2005 não pagaria dividendos, pelo que o Estadodeixa de receber, no total, mais de 800 milhões de euros (0.6ppdo PIB)Um terceiro impacto resulta do menor crescimento económicoface à previsão constante do OE-2005. Em Outubro de 2004, oMinistér io das Finanças previa que a economia portuguesacrescesse 2.4% face a 2004. As est imat ivas mais recentesapontam para um crescimento do PIB entre 1.1% e 1.5%. Segundoestudos vários, esse ponto percentual de diferença resulta numagravamento do défice em 0.5pp.Deste modo, a dificuldades ao nível da receita pública montam a2.7 pontos percentuais do PIB (ou 3.7 mil milhões de euros).Mas também ao nível da contabilização da despesa há algumasdificuldades. Uma questão que não tinha sido abordada no OE-2005 prende-se com as despesas com as auto-estradas comportagens virtuais (sem custos para utilizador, em que o Estadopaga aos concessionários as portagens que seriam devidas pelasua uti l ização). Prevê-se que em 2005 os custos associadossejam de cerca de 500 milhões de euros (aumenta para cerca de700 milhões nos próximos anos).Também os gastos incorridos na transformação dos hospitaispúblicos em empresas detidas pelo Estado não estavam a sercontabilizados no défice público, num montante de 600 milhõesde euros.Por úl t imo, há vár ias cat ivações ( isto é, despesas que sãoautorizadas na Lei do Orçamento do Estado mas que f icamsujeitas à autorização do Ministro das Finanças para utilização)que não estavam incluídas no cômputo do défice público e que vãoter que ser utilizadas. O seu montante pode ultrapassar os milmilhões de euros (200 milhões de contos).No total, teríamos um acréscimo de despesa de quase dois milmilhões de euros, ou seja, 1.4 pontos percentuais do PIB.No seu conjunto, a perda de receita e o acréscimo de despesa faceao cenário base do OE-2005 é de 4.1 pontos percentuais do PIB.As implicaçõesUm défice público de 7% do PIB está claramente em excessorelativamente ao limite de 3% definido no Pacto de Estabilidade,inclusive na nova redacção, que aumenta a f lexibi l idade domesmo. O Comissário Europeu para os Assuntos Económicos jádisse que a Comissão Europeia iniciaria processos no âmbito dosdéfices excessivos aos países com um défice superior a 3.5% doPIB, pelo que Portugal arrisca novamente a imposição de sanções,caso não tome medidas correctivas.A situação é mais delicada quanto decorrem actualmente asnegociações para o novo Quadro Comunitário de Apoio para operíodo de 2007 a 2013, onde estão incluídas as verbas a atribuira Portugal no âmbito dos fundos estruturais (que no passado foramequivalentes a remessas anuais na ordem de 3% do PIB).A ausência de um cenário credível de controlo do défice públicopode implicar uma maior perda de fundos comunitários do que oque já está implíci to nos projectos em discussão (porque omontante total de fundos, em percentagem do PIB comunitário,não vai ser aumentado, e os novos estados-membros da Europade Leste vão ter acesso aos fundos).As medidasO Governo está à espera dos resultados definitivos da Comissãoliderada pelo Banco de Portugal para anunciar as medidas a tomar,mas já deixou implícita a necessidade de reduzir a despesapública em 4 mil milhões de euros nos próximos quatro anos. Issoimplica uma forte redução da despesa a todos os níveis, incluindoas despesas com pessoal e as transferências das AdministraçõesPúbl icas para as famí l ias, como as associadas à Saúde eSegurança Social.Parte das medidas podem passar também por um novo aumentodos impostos, havendo sugestões de aumentos dos impostossobre os combustíveis ou ao nível do IVA (imposto sobre oconsumo). Note-se que em 2002 a taxa normal do IVA, que incidesobre os principais bens e serviços consumidos pelas famílias,foi aumentada em 2 pontos percentuais, para 19%.No entanto, uma estratégia sustentada de controlo das contaspúblicas passa pelo controlo da despesa, e o facto de quase doisterços desta ser despesa fixa (com pessoal, por exemplo), requermedidas importantes de reforma da Administração Pública.

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VáriaUm ensino da vida

Susana Sequeira

Um filme saiu à pouco tempo nas salas de cinema. Um filmefrancês, por Louis Leterrier, com actores conhecidos. Todosansiosos de ver um grande actor, Jet Li, num papel nunca vistofeito por ele, ter um papel de pessoa mandada como um cão,Morgan Freeman, um papel de pianista cego e Bob Hoskins dumbruto prestes a tudo para o dinheiro.

“Danny the dog” na Europa ou “Unleashed” nos EstadosUnidos, teve uma cota imensamente boa pelas críticas. E comefeito, é um filme que vale a pena ir ver porque por mim tem detudo para que todos apreciem.

Danny (Jet Li), não se lembra da sua infância. Ele vive numacave e exerce-se ao combate. No entanto, ele tem um livro doalfabeto com imagens e pode-se ver que ele gosta duma imagemde um piano. Bart (Bob Hoskins),um usurário, ocupou-se dacriança desde os 4 anos fazendo dela uma máquina de violênciapara poder retirar o dinheiro mais rapidamente dos seus “clientes”que lhe pediram empréstimos. Portanto, Bart dá um ensino muitobásico a Danny só lhe mostrando como se defender sob as ordensdo seu dono. Para que a imagem do cão seja mais forte, Danny temum colar que o dono lhe tira só quando quer que ele entre emacção, querendo dizer quando é tempo de dar uma lição àquelesque não querem pagar o montante devido.

Num momento em que Bart vai falar com os “clientes”, Dannyencontra um homem cego (Morgan Freeman) que afinava pianos.Pela primeira vez de sua vida, Danny vai encontrar bondade noseu caminho.

Bart arranja maneira de fazer dinheiro mais depressa comcombates de luta à morte. No caminho do regresso um acidentefaz com que Danny se separe do “dono”. Sendo uma pessoa poucosensata e com uma mentalidade infantil, Danny volta ao armazémonde o senhor cego, Sam, está sempre a fazer seu trabalho. Noentanto, estando ferido, desmaiou. Quando acordou, estava emcasa de Sam que tomou conta dele durante a convalescença.Danny tomou medo porque não estava habituado àquela maneirade ser. Uma bondade e um resumo de carinho foi o que lhe acolheunaquela casa de Sam. Com a ajuda de Sam e de Vitória, a filha dafalecida mulher de Sam e estudante em música, Danny vaidescobrir um novo mundo que nunca tinha conhecido. Danny vaidescobrir que tem possibilidades que ele nunca teria pensado,terá respeito, carinho e aprenderá a conhecer o mundo com olhosdiferentes da pessoa básica que ele era. E com certeza, ele vaicontinuar a ter fascinação para os pianos não sabendo donde vemaquele gosto por música.

No entanto, como bom filme tem de se desenvolver, Danny vaiencontrar por azar Bart de novo e será obrigado a voltar de novoà antiga maneira de viver. Mas o tempo tinha passado e Dannydesenvolveu-se e tem uma percepção diferente do que tinha, e issovai dar que fazer a Bart e sobretudo, quando Danny vai querersaber quem era a mãe dele.

O filme é muito cativante e o jogo dos actores é incrivelmentebem feito. Danny tem um papel muito pegadiço, fazendo com queos espectadores se ligam a ele imediatamente logo ao princípio dofilme porque tem aquela cara juvenil que não sabe o que se passaquando as coisas são simples para os outros. Tem um pouco dehomem mas também de criança a quem se aprende quando tudoparece ordinário para quem vive num mundo “perfeito”. Sam, umhomem simples com uma paciência enorme e com uma compaixãonunca vista pois aceitou um desconhecido em casa sem sabernada do seu passado nem da sua situação. Vitória, uma jovem de18 anos, aprende a Danny todas as doçuras da vida e inicia Dannyà música o que parece mais lhe interessar. Uma amizade intimaos liga e graças a ela, ele vai ter coragem de enfrentar o seupassado.

Os personagens maus também têm pontos agarradores. Bart étão mesquinho e cruel desde o princípio que ficamos a odiá-lo àprimeira vista por tratar uma pessoa da maneira como ele faz. Osoutros que estão num plano mais secundário também têmeficiência suficiente para ficarmos apavorados de tanta violênciae eles ficarem sem reacção como se tudo fosse normal.

O filme tem de tudo, combates de artes marciais, drama e umamoralidade com certeza. Cativante até ao fim com pontas de humora dados momentos para sair da rotina e para que o filme não sejatão sério do princípio ate ao fim.

As críticas deram um 9/10 e eu concordo perfeitamente um filmemuito bem feito com um jogo espectacular que aconselho a todosde ir ver só para sair da rotina de cada dia de cada um e paraaprender ou ter uma ideia de bondade cega na vida.

Saúde

Médicos de Lisboa em greveA falta do pagamento por igual das horas extra prestadas em

urgência está na origem da paralisação de cinco dias, inciada nasegunda-feira, dos médicos do Centro Hospitalar de Lisboa,constituído pelas unidades de S. José, Capuchos e Desterro

A greve que os médicos do Centro Hospitalar de Lisboa levama cabo esta semana é apenas a primeira de uma série deparalisações em vários serviços até dia 8 de Julho. Na origem desteprotesto está, segundo o Sindicato dos Médicos da Zona Sul(SMZS), o facto de «a maioria» dos médicos com um regime detrabalho de 35 horas semanais não receberem as horas extra emurgência pela tabela máxima do regime de trabalho dos clínicos,que corresponde a 42 horas. A greve foi convocada pela FederaçãoNacional dos Médicos (FNAM) e conta com o apoio do outrosindicato dos clínicos, o Sindicato Independente dos Médicos(SIM). Esta é a primeira greve este ano contra a falta de pagamentoidêntico pelas horas extra em urgência a todos os médicos noCentro Hospitalar de Lisboa (que integra as unidades de S. José,Capuchos e Desterro), mas este foi também o motivo de três grevesrealizadas em Junho, Julho e Agosto do ano passado. Pilar Vicente,do SMZS, afecto à FNAM adiantou ainda à Lusa que, «ao contráriodo que afirmou publicamente a anterior presidente daAdministração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo», AnaBorja Santos, os médicos não receberam em Abril as horas extrapor igual. A sindicalista lembrou que ainda se encontram emdívida horas extra desde 2001. Segundo a sindicalista, apenas osclínicos dos serviços de medicina, anestesia, estomatologia,cirurgia geral e cirurgia clínica foram contemplados com opagamento por igual das horas extra em urgência, mas que estesserviços possuem «poucos médicos» com o horário das 35 horas.

Depois da paralisação geral, Pilar Vicente explicitou que vãocontinuar greves parcelares de uma semana nos serviços deneurocirurgia, cirurgia maxilo-facial, ortopedia e cirurgia plástica,até 8 de Julho.A administração do Centro Hospitalar de Lisboa temafirmado, ao longo das várias greves, que a maioria dos serviçoscumpre a maior parte dos requisitos determinados num despachodo actual ministro da Saúde, publicado quando António Correiade Campos assumiu a mesma pasta no governo liderado porAntónio Guterres. O despacho determina que o pagamento dashoras extra em urgência só é igual para todos os clínicos quandose encontrem cumpridos determinados requisitos, e surgiu depoisde um decreto-lei de 2001 ter aprovado esse pagamento semquaisquer restrições.

Os sindicatos médicos contestaram sempre que o despacho deCorreia de Campos se sobreponha ao decreto-lei e enviaram já umacomunicação à nova equipa da Administração Regional de Saúdede Lisboa e Vale do Tejo, que tomou posse há pouco mais de umasemana, estando aguardar a marcação de uma reunião,acrescentou Pilar Vicente.

Santana quer contas...O presidente da Câmara de Lisboa anunciou esta terça-feira que

vai pedir ao Tribunal de Contas para analisar algumas obrasrealizadas entre 1990/2002, quando o município era liderado pelacoligação PS/PCP. A actual oposição já afirmou estar «tranquila»quanto a essa possível fiscalização.

«Vou requerer hoje ao Tribunal de Contas que faça umaverificação do que foi cumprido ou não» nas obras realizadasdurante os mandatos de Jorge Sampaio e João Soares, disse PedroSantana Lopes aos jornalistas à margem da cerimónia de tomadade posse dos serviços sociais da autarquia, nos Paços do Concelho.

«Acho que seria correcto a Inspecção-Geral da Administraçãodo Território e o Tribunal de Contas certificarem, comparando, oque foi feito em termos de estudos de tráfego, cumprimento depreços, de prazos, estudos de segurança, estudo de impacteambiental, para se saber quem cumpriu e quem não cumpriu»,afirmou. A iniciativa de Santana Lopes surge um dia depois de opresidente ter apresentado um estudo, em reunião privada decâmara, que revelava que várias obras dos anteriores executivostinham «muitas carências legais e regulamentares». O estudorevelou que obras como o Túnel da Avenida João XXI (concluídoem 1997) não teve projecto de execução aprovado pela CâmaraMunicipal. Já os túneis do Campo Grande e da Avenida daRepública, construídos em 1993, têm passeios de 30 centímetros,quando a largura mínima exigida por lei é de 70 centímetros.

«Falava-se muito da inclinação do Túnel do Marquês. Não hápraticamente nenhuma obra em Lisboa que não tenha inclinaçãode 9%, igual ou superior à do túnel», sustentou Santana Lopes.

Segundo o autarca, «foi muito difícil encontrar elementosrelativos a estes projectos na Câmara, porque as obras eramentregues a privados e a autarquia nem os projectos aprovava,nem a versão final do projecto era entregue». «Haver odescaramento político de fustigarem uma obra como a do Túneldo Marquês, quando as obras até hoje feitas quase nunca foramaprovadas na câmara, é inacreditável. Esta obra tem sido quaseexemplar», sublinhou.

Oposição tranquilaOs vereadores da oposição na Câmara de Lisboa já afirmaram

estar tranquilos em relação à possibilidade de uma investigaçãodo Tribunal de Contas. Na opinião do vereador socialista VascoFranco, este pedido de Santana Lopes ao TC «é um direito que lheassiste» e admite que uma eventual fiscalização a algumas obrasantigas, como os túneis das avenidas da República e João XXI oudo Campo Grande, possa detectar irregularidades. «Não sei sehaverá fiscalização a actos tão remotos, mas acho perfeitamentenormal que haja insuficiências que tenham sido cometidas a níveladministrativo e técnico», afirmou Vasco Franco, acrescentandoque «seria preferível que tivéssemos feito melhor, mas é obrigaçãode todos irmos melhorando». Questionada pelos jornalistas, avereadora comunista comunista Alexandra Gonçalves classificoucomo «uma brincadeira» a intenção de Santana Lopes de solicitara intervenção do Tribunal de Contas.

Festa do Divino Espírito SantoA Voz de Portugal esta sempre aberto a ajudar qualquer

organismo, directo ou indirecto. A semana passada um organismosituado no Brasil. Enviou um correio electrónico pedindo ajudaaos órgãos de informação para divulgar informações como sefestejava a festa do Divino Espírito Santo em Montreal. Com a festana associação Hochelaga, e com a vasta colecção que tive a honrade cobrir, enviei algumas fotos que se destacaram nesta festa.

A organização publicaram as fotos que são as únicas que eles têmda nossa comunidade portuguesa em Montreal. Podem visitar oSite Web no www.portaldodivino.hpgplus.com.br.

Anti-vírus da Microsoftjá está em fase de testes

Vai chamar-se Windows OneCare e incluiráuma firewall, um anti-spyware e diversas apli-cações anti-vírus. A versão beta vai começar a serdisponibilizada muito em breve, estando já a sertestada internamente pelos funcionários daMicrosoft.

O OneCare irá também incluir um “medidor”de integridade do sistema, muito similar ao Win-dows Security Center disponibilizado no ServicePack 2 para o XP, e que indicará uma luz verde, amarela ouvermelha que deverá corresponder, em tempo real, ao estado dosistema, informando e alertando o utilizador.

De acordo com o que foi hoje revelado pela Microsoft, o WindowsOneCare destina-se aos utilizadores domésticos e será dispo-nibilizado em forma de subscrição paga.

Com o lançamento comercial desta aplicação de segurançaagendado até ao final do ano, a empresa de Bill Gates alarga o seucampo de actuação e entra em definitivo num mercado onde iráconcorrer directamente com as especialistas Symantec, McAfeee a Trend Micro.

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Viva o futebolO Impact Ainda Invencido

Kevin Antunes

O Impact de Montreal, que anunciou a semana passada aconstrução de um estádio novo, com complexo desportivo, paracerca de 15 000 espectadores, permanece invencido no campeo-nato da 1ª divisão da USL. Com uma vitória e um empate no fim-de-semana de 7 e 8 de Maio, o Impact chegou aos oito pontos na

classificação, posicionando-se emsegundo lugar, empatado com osTimbers de Portland. Tendo emconta que a equipa jogou doisjogos em 24 horas, os resultadosnão são nada maus. Também ébom apontar que, até agora, osazuis e brancos jogaram todos osjogos fora de casa (ainda faltammais dois até a apresentação emMontreal).

No sábado 7 de Maio, o Impactoarrancou uma vitória por 1-0,diante dos Mariners de VirginiaBeach, num jogo muito fechado edefensivo. O golo solitário Mon-trealense foi apontado aos 54

minutos pelo Cubano Eduardo Sebrango, num cabeceamentoapós cruzamento de Patrick Leduc. Este jogo marcou o regressodo Brasileiro Zé Roberto que, durante o Inverno, jogou na equipafutsal do Philadelphia Kixx. Ele entrou aos 72 minutos, tal comoAntónio Ribeiro, que tinha sido poupado dos onze para jogar noinício do jogo Domingo.

No domingo à noite, o Impact deslocou-se a Richmond paradefrontar os Kickers. O Impact, com a equipa cansada, não podefazer mais do que o empate a zero, mas não foi por falta deoportunidades. O Japonês Masahiro Fukasawa veio perto demarcar aos 28 minutos, mas o remate dele bateu no barra direitada baliza adversária. Depois, aos 58 minutos, o Patrick Leduc nãoconseguiu bater o guarda-redes Ronnie Pascale num excelentepasse servido por António Ribeiro. O Zé Roberto tambémparticipou no jogo como substituto.

O último jogo que se realisou em Toronto e foi ganho por osMontrealenses por 1-0 com um golo do Kevin Wilson aos 50minutos. Lembramos que o primeiro jogo local do Impact terálugar no dia 29 de Maio pelas 16h00, frente aos Rhinos de Roch-ester, no Complexo Desportivo Claude-Robillard.

Ânimos incendiados

Rivais durante o jogo, Marco Materazzi, do Inter de Milão, e RuiCosta, do AC Milan, observam lado a lado o campo subitamenteinundado por tochas arremessadas pelos adeptos da Inter-nazzionale, durante a segunda mão dos quartos-de-final da Ligados Campeões, na sequência de um golo mal anulado a EstebanCambiasso.

As contas do título e EuropaO Benfica é campeão se...- empatar com o Boavista- perder com o Boavista e o FC Porto empatar com a AcadémicaO FC Porto é campeão se...- vencer a Académica e o Benfica perder com o BoavistaCOMPETIÇÕES EUROPEIASBENFICA: apurado para a fase de de grupos da Liga dos

Campeões se empatar; apurado para a pré-eliminatória se perdere FC Porto e Sporting ganharem (em caso de igualdade de pontosentre os três é terceiro); FC PORTO: apurado para a fase degrupos da Liga dos Campeões se fizer melhor ou o mesmoresultado do que o Sporting SPORTING: apurado para a fase degrupos da Liga dos Campeões se fizer melhor resultado do que oFC Porto BRAGA: apurado para a pré-eliminatória da Liga dosCampeões se vencer e o FC Porto perder SETÚBAL: está apuradopara a Taça UEFA via Taça de Portugal, porque o Benfica temassegurada a presença na Liga dos Campeões

Aplicação dos critérios de desempate segundo o Artigo 8º, Alínea4, do Regulamento de competições

”4. Para estabelecimento da classificação geral dos Clubes que,no final das competições se encontrarem com igual número depontos, serão aplicados, para efeitos de desempate, os seguintescritérios, segundo ordem de prioridade:

a) Número de pontos alcançados pelos Clubes empatados, nojogo ou jogos que entre si realizaram; b) Maior diferença entre onúmero de golos marcados e o número de golos sofridos pelosClubes empatados, nos jogos que realizaram entre si; c) Maiornúmero de golos marcados no campo do adversário, nos jogos querealizaram entre si; d) Maior diferença entre o número dos golosmarcados e o número de golos sofridos pelos Clubes nos jogosrealizados em toda a competição; e) O maior número de vitóriasem toda a competição; f) O maior número de golos marcados emtoda a competicao.

Frango engorda a águiaO Sporting estava pertinho de conseguir o empate que o

satisfazia quando Ricardo deixou fugir o título por entre os dedose o colocou na cabeça de Luisão. O Benfica justificou a sorte queteve e precisa agora de um ponto para dar corpo ao sonho. Osdérbis são assim, têm histórias de choro e riso; e os encarnados jácomeçaram a festejar. Uma frangalhada de Ricardo, que largouuma bola direitinha para a cabeça de Luisão, afastoudefinitivamente o Sporting do título e deixou o Benfica em posiçãoprivilegiada para dentro de uma semana poder festejar a quebrade um jejum de dez anos. Precisa de um ponto. Para osbenfiquistas, o dérbi de todos os suspiros redundou numa vitóriasuada e sofrida, em que a sorte premiou alguma audácia ecompensou a falta de eficácia ofensiva em alguns lances. Ao Sport-ing, que passou parte significativa do tempo a pôr em prática aqueleseu estilo de jogo de enrolar a manta, de passear a bola para queo adversário não a tenha, faltou controlar apenas um lance. Umadistracção fatal. Como era de prever, atendendo ao que estava emjogo, a partida esteve longe de corresponder às expectativas (dospontos de vista técnico e emotivo), mas este jogo destinado ahomens com nervos de aço acabou decidido numa falha individual.

Ao contrário do Benfica, que tinha dificuldade em disfarçar atensão que invadia os seus jogadores, o Sporting entrou em jogomais tranquilo, personalizado, a circular a bola, mantendo oadversário em respeito, roubando-lhe a bola e a iniciativa. Osencarnados demoraram um quarto de hora a imporem o seupróprio estilo, mais directo e vertical, tentando aproveitar o espaçoque os leões por vezes concedem quando envolvem demasiadoselementos na circulação (excessiva) de bola. A inexistência delances de perigo durante mais de meia hora explica que a guerrade nervos mexia com a produção das equipas. Emboracontrolando as operações, ao Sporting faltava intencionalidade eenvolvimento ofensivo no última terço do campo; ao Benficasobrava em arreganho o que faltava em eficácia na transposiçãodefesa/ataque.

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Viva o futebolEspanha: Barcelona festeja título,Etoo provoca Real Madrid

O Barcelona festejou este domingo a conquista do campeonatoespanhol. O Camp Nou revestiu-se de adeptos que quiseramfestejar com os jogadores a título conseguido na véspera com umempate no terreno do Levante. Etoo encerrou a festa com palavrasde ordem contra o Real Madrid.

É considerada já como uma das noites mágicas do Barcelona.A noite começou depois de um autocarro com os futebolistas terpasseado durante a tarde pela cidade no meio da multidão deadeptos que fiz questão de seguir o caminho que foi ter ao estádio.

Depois de alguma animação musical, e já com a noite a cair emBarcelona, foram projectadas as cores do Barcelona e os jogadoresforam aparecendo no relvado um a um. As camisolas dos jogosforam substituídas por outras, vermelhas, com a inscrição«Campeões 04/05». Vários jogadores fizeram malabarismos paraanimar a multidão, que cantou durante toda a noite.

Frank Rijkaard foi um treinador emocionado, que agradeceuaos jogadores e que se tornou o porta-voz da equipa. Carles Puyol,o capitão, disse também algumas palavras, relembrando a épocadifícil, mas o melhor estava para o fim, quando Etoo resolveu lançarfarpas ao eterno rival: «Madrid, cabrón, saluda al campeón».

As palavras feridas do camaronês recordaram aquilo que oavançado sofreu em Madrid e o quanto foi complicada a suatransferência para o Barcelona. Etoo, que acabou por se tornardecisivo nesta conquista do Barcelona, pelos inúmeros golos quemarcou

A festa terminou com uma volta de honra pelo recinto.

Luís Figo de saída do Real Madrid

Em Espanha é já um dado adquirido. Luís Figo, que não tem sidoprimeira opção para Vanderley Luxemburgo, não faz parte dosplanos do técnico dos «merengues» para a próxima temporada.

De acordo com o jornal as, Luís Figo, que recentemente aceitouvoltar a representar a SelecçãoNacional, tem contrato com oReal Madrid até Junho de 2006,mas a sua saída de Santiago Ber-nabéu deverá acontecer já no fi-nal da presente temporada.

Recorde-se que o jogador portu-guês está descontente pelo factode ser relegado para a condiçãode suplente, sendo que tem como

objectivo jogar ao mais alto nível durante mais alguns anos, einteressados no concurso não deverão faltar.

Sporting vs CSKA MoscovoQuarta-feira 18 de Março às 14h45

Trapattoni: «Venço e volto a Itália»Giovanni Trapattoni pretende regressar a Itália no final da

época. Em entrevista à “Gazzetta dello Sport”, o técnico italianoadmite alguma nostalgia e afirma que vence a SuperLiga e voltaao seu país, ainda que para um clube sem a dimensão do Benfica.“Existe nostalgia. Voltarei numa equipa não de topo, mas da SerieB. Não é um problema, já houve muita satisfação”, afirmou otécnico, que assinou um contrato por uma época com mais umade opção com o emblema da Luz. Trapattoni destaca depois asdificuldades sentidas pelos encarnados esta temporada. “[Noinício] tivemos momentos difíceis, com cinco atletas importantesinfortunados. Perdemos a vantagem. Agora podemos vencer ocampeonato e a Taça de Portugal. Havia antes a Taça UEFA masfoi melhor saírmos com o CSKA. Não teríamos aguentado. Àsemelhança do que se passou com o meu Inter, fomos eliminadosda Europa e começámos a voar”, observa.

O italiano refere ainda as qualidades existentes no plantel, apesarde reconhecer a juventude e ausência de experiência que se notouao longo da época. “Tenho uma equipa um pouco ingénua,inexperiente, mas que tem futuro. Manuel Fernandes tem 19 anosmas é uma pérola: corre, faz ‘pressing’, dobra, tem excelentes pés,visão de jogo”, destaca.

Deco é campeão espanholO Barcelona consumou ontem a conquista da sua 17ª Liga

espanhola, seis anos depois da última conquista, ao empatar noestádio do Levante. Deco festejou o seu terceiro título individualconsecutivo, depois dos dois ganhos nas duas épocas anterioresao serviço do FC Porto.

Laureus-2005: Grécia«vence»FC PortoForam entregues , no Casino Estoril, os prémios Laureus-2005.

A Grécia, vencedora do Euro-2004, arrebatou o galardão de«melhor equipa» ao FC Porto, campeão europeu, enquanto aosuíço Roger Federer (ténis) e à inglesa Kelly Holmes (atletismo)couberam os troféus de «melhores atletas».

Havia grande expectativa em relação à atribuição de «melhorequipa» de 2004. Se por um lado a selecção da Grécia surpreendeuem Portugal ao conquistar o Euro-2004, o FC Porto apresentava-se igualmente como forte candidato ao troféu, depois de vencer aLiga dos Campeões, a mais prestigiada competição de clubes a nívelmundial. A concorrência era forte (além da Grécia, estavamnomeados a selecção da Argentina de basquetebol, os Boston RedSox, a European Ryder Cup Team (golfe) e a Ferrari) e a escolhaacabou por recair na selecção grega.

«Adoro este país, onde estou sempre a ganhar troféus...» Palavrasde Fyssas, campeão europeu pela Grécia e actual jogador doBenfica, que esta noite representou a Grécia, juntamente com otécnico alemão Otto Rehaggel, na Gala dos Laureus-2005.

Noite de «glamour» no Casino Estoril, com a presença deprestigiadas figuras do desporto, mas não só... Juan Carlos, Rei deEspanha; Maria José Rita, esposa do Presidente da República,Jorge Sampaio; Morgan Freeman, actor; o mediático casalBeckham...

Lista dos vencedores

Melhor desportista masculino:Roger Federer (Suíça), ténisMelhor desportista feminina:Kelly Holmes (Grã-Bretanha), atletismoMelhor equipa mundial:Selecção masculina da Grécia, futebolMelhor revelação mundial:Liu Xiang (China), atletismoMelhor regresso do ano:Alessandro Zanardi (Itália), automobilismoMelhor desportista com deficiência:Chantal Petitclerc (Canadá), atletismo (cadeira de rodas)Melhor desportista alternativo:Ellen Mac Arthur (Reino Unido), recordista da volta ao Mundo

em barco à vel.

Fabiano pode sertrocado por Mascherano

Sevilha e Corinthians lutam pelo avançado brasileiro com armasdiferentes: os espanhóis fizeram chegar ao FC Porto uma segundaproposta; os brasileiros têm na mesa a hipótese de o trocar porMascherano. Aparentemente, Fabiano prefere ficar na Europa.

Sandro perto do FC PortoO acordo está próximo e o trinco do Setúbal deve mesmo

representar o FC Porto nas próximas temporadas, embora o direitode preferência dos dragões se estenda até Dezembro.

Bosingwa desfez jipe na A-4O jipe conduzido por Bosingwa, no qual seguiam ainda os

futebolistas Edu, Nélson e Jaime Linares, despistou-se apósapanhar um lençol de água na auto-estrada que liga Amarante aoPorto. As piores consequências do desastre sofreu-as Sandro Luís,a quem foi amputado o pé esquerdo

“Pediram a Taça enão os podemos desiludir”

O ponta-de-lança não esconde a desilusão pela derrota na Luz,que afastou os “leões” do título nacional, mas manifestou plenaconfiança nas capacidades da equipa para uma final que será omomento mais importante da sua carreira. Ganhar a Taça UEFAé uma obrigaçã

Rescisão paraFigogarante o jornal As

De acordo com o diário desportivo madrileno As, o projecto doReal Madrid em relação ao plantel para a próxima temporada prevêque seja oferecida a rescisão de contrato a Figo. O primeirogaláctico a chegar, aquele que ao deixar o Barcelona garantiu aFlorentino Pérez a presidência do Real Madrid, sera igualmenteo primeiro a sair. E isto já no final desta temporada, apesar de aindater mais um ano de contrato. O jornal espanhol argumenta queFigo terá ainda um par de anos ao mais alto nível, pelo que poderáaceitar a carta de liberdade e poder assim ser titular noutra equipa,aonde se fala de Inglaterra e do seu Sporting.

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