2004-12-01 - jornal a voz de portugal

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Ano XLIV • Nº 46 email: [email protected] WWW. AVOZDEPORTUGAL . COM 01 de Dezembro de 2004 GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 Cont. na pág. 2 Nesta edição Notícias dos Açores e Madeira p. 3 Notícias do Continente p. 4 Opinião p. 5 Alma juvenil p. 6 Anedotas p. 8 A época dos Nobel p.12 No Plateau: Jorge Ferreira p.13 Tecnologia p.14 Horóscopo p.16 Desporto p.19 AFINAL... A (V)ITALPÊRA É TAMBÉM PORTUGUESA! *A. Barqueiro No artigo que escrevemos na edi- ção da semana passada, chamá-mos a atenção do ICEP, para o facto de se estar a comercializar um tipo de pêra similar à Pêra Rocha, um fruto a que atribuímos o nome Italpêra, levando- nos a crer que se tratava de um produto vindo de Itália. O rótulo que reproduzimos no citado artigo con- duziu-nos ao nome Italpêra, quando parece ser Vitalpêra, desenhado de uma forma nada explícita e muito confusa, conforme se pode observar no espécimen incluso. Os responsáveis do ICEP – Portu- gal , em razão da nossa chamada de atenção, entraram em contacto con- nosco, esclarecendo que a pêra em questão é de origem portuguesa, nada tendo a ver com produto italia- no. Regosijamo-nos com o cuidado da nossa representação comercial neste país em prestar as necessárias e rápidas informações sobre o assunto, enquanto solicita uma rectificação à notícia, para bem da verdade. Ela Cont. na pág. 2 1º de Dezembro de 1640 Restauração da Independência de Portugal Em 1580, o reino de Portugal passou a estar unido ao reino de Espanha por união dinástica. Filipe I (Filipe II de Espanha) jurou, nas Cortes de Tomar (1581), respeitar as leis e os costumes de Portugal, entre os quais a manu- tenção da língua portuguesa como única língua oficial. Inicialmente, esta união era desejada pela nobreza e pela burguesia que assim tinham ao seu alcance o alargamento do prota- gonismo político e comercial, uma vez que a Espanha era na altura um dos reinos mais poderosos e influentes da Europa. Este optimismo foi defraudado no reinado de Filipe III (Filipe IV de Espanha). Este monarca, mais arro- gante em relação aos direitos dos Cont. na pág. 2 MIGUEL GRAÇA MOURA DETIDO Polémica: ‘Operação Partitura’ levou ainda à apreensão de diversos bens. O maestro Miguel Graça Moura, antigo presidente da Associação Música, Educação e Cultura (AMEC), instituição que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML), passou todo o dia de quinta-feira em interrogatório no DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal), depois de ter sido detido quarta- feira à noite pela PJ. O maestro aban- donou o edifício perto das 22h00, me- diante o pagamento de uma caução e sujeito a termo de identidade e resi- dência, de acordo com uma fonte policial. O Ministério Público pedia uma medida de coação ‘grave’, ou seja, prisão domi- ciliária ou prisão preventiva. Graça Moura chegou ao TIC às 11h00 num carro da Pj e a falar ao telemóvel. A detenção do maestro ocorreu no decurso de uma operação baptizada de ‘Operação Partitura’. Em causa estão alegados crimes de peculato, peculato de uso, infidelidade e abuso de poder praticados durante os 12 anos que esteve SAMPAIO DISSOLVE PARLAMENTO O Presidente da República, Jorge Sampaio, vai dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas, depois de ter reunido esta terça-feira com o primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes. Pedro Santana Lopes, chegou ao Palácio de Belém cerca das 17h55 para apresentar ao Presidente da República a solução para a crise governamental aberta com a demissão, no domingo, do ministro da Juventude, Desporto e Reabilitação, Henrique Chaves, que acusou o primeiro-ministro de falta de lealdade. A solução, segundo o ainda primeiro-ministro havia de anunciar Cont. na pág. 12 12-01-2004.pmd 11/30/2004, 5:55 PM 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 1 de dezembro de 2004

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página Ano XLIV • Nº 46 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 01 de Dezembro de 2004

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares8261 BOUL. ST-LAURENT

(514) 389-0606

4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

Cont. na pág. 2

Nesta ediçãoNotícias dos Açores e Madeira p. 3Notícias do Continente p. 4Opinião p. 5Alma juvenil p. 6Anedotas p. 8A época dos Nobel p.12No Plateau: Jorge Ferreira p.13Tecnologia p.14Horóscopo p.16Desporto p.19

AFINAL...A (V)ITALPÊRA ÉTAMBÉM PORTUGUESA!

*A. Barqueiro

No artigo que escrevemos na edi-ção da semana passada, chamá-mos aatenção do ICEP, para o facto de seestar a comercializar um tipo de pêrasimilar à Pêra Rocha, um fruto a queatribuímos o nome Italpêra, levando-nos a crer que se tratava de umproduto vindo de Itália. O rótulo quereproduzimos no citado artigo con-duziu-nos ao nome Italpêra, quandoparece ser Vitalpêra, desenhado deuma forma nada explícita e muitoconfusa, conforme se pode observarno espécimen incluso.

Os responsáveis do ICEP – Portu-gal , em razão da nossa chamada deatenção, entraram em contacto con-nosco, esclarecendo que a pêra emquestão é de origem portuguesa,nada tendo a ver com produto italia-no. Regosijamo-nos com o cuidado danossa representação comercial nestepaís em prestar as necessárias erápidas informações sobre o assunto,enquanto solicita uma rectificação ànotícia, para bem da verdade. Ela

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1º de Dezembro de 1640Restauração da Independência de Portugal

Em 1580, o reino de Portugal passoua estar unido ao reino de Espanha porunião dinástica. Filipe I (Filipe II deEspanha) jurou, nas Cortes de Tomar(1581), respeitar as leis e os costumesde Portugal, entre os quais a manu-tenção da língua portuguesa comoúnica língua oficial. Inicialmente, estaunião era desejada pela nobreza e pelaburguesia que assim tinham ao seualcance o alargamento do prota-gonismo político e comercial, uma vezque a Espanha era na altura um dosreinos mais poderosos e influentes daEuropa.

Este optimismo foi defraudado noreinado de Filipe III (Filipe IV deEspanha). Este monarca, mais arro-gante em relação aos direitos dos

Cont. na pág. 2

MIGUEL GRAÇA MOURA DETIDOPolémica: ‘Operação Partitura’ levou ainda à apreensão de diversos

bens.O maestro Miguel Graça Moura,

antigo presidente da Associação Música,Educação e Cultura (AMEC), instituiçãoque gere a Orquestra Metropolitana deLisboa (OML), passou todo o dia dequinta-feira em interrogatório no DIAP(Departamento de Investigação e AcçãoPenal), depois de ter sido detido quarta-feira à noite pela PJ. O maestro aban-donou o edifício perto das 22h00, me-diante o pagamento de uma caução esujeito a termo de identidade e resi-dência, de acordo com uma fonte policial.O Ministério Público pedia uma medidade coação ‘grave’, ou seja, prisão domi-

ciliária ou prisão preventiva. Graça Moura chegou ao TIC às 11h00 num carroda Pj e a falar ao telemóvel.

A detenção do maestro ocorreu no decurso de uma operação baptizada de‘Operação Partitura’. Em causa estão alegados crimes de peculato, peculatode uso, infidelidade e abuso de poder praticados durante os 12 anos que esteve

SAMPAIO DISSOLVEPARLAMENTO

O Presidente da República, JorgeSampaio, vai dissolver o Parlamento econvocar eleições antecipadas, depoisde ter reunido esta terça-feira com oprimeiro-ministro, Pedro SantanaLopes.

Pedro Santana Lopes, chegou aoPalácio de Belém cerca das 17h55 para

apresentar ao Presidente da Repúblicaa solução para a crise governamentalaberta com a demissão, no domingo,do ministro da Juventude, Desporto eReabilitação, Henrique Chaves, queacusou o primeiro-ministro de falta delealdade. A solução, segundo o aindaprimeiro-ministro havia de anunciar

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página

Courrier de deuxième classe;Numéro de contrat: 1001787

Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québecet à la Bibliothèque nationale du Canada

ÉDITEUREduíno MartinsDIRECTEURArmando BarqueiroDIRECTEUR ADJOINTBenjamim SilvaRÉDACTEUR EN CHEFSylvio MartinsRÉDACTEUR ADJOINTKevin MartinsCOLLABORATEUR SPÉCIALRaúl Mesquita

COLLABORATEURS:Au Québec:Amélia Oliveira VazAntónio VallacorbaCarlos De SousaGerald TremblayHelder DiasJosé Manuel CostaJoviano VazMaria Conceição CorreiaManuel CarvalhoMario CarvalhoNatércia RodriguesPe. José Maria Cardoso

En Ontario:Manuel Alves Louro (Toronto)Fátima Toste (Toronto)Fernando Cruz Gomes (Toronto)Augusto Cerqueira (Ottawa)

Au Portugal:Augusto MachadoJoel NetoLagoas da SilvaManuel RodriguesMaria Helena Martins

SECTION JUVÉNILE:Organisatrice de la section:Susana SequeiraCollaborateurs :Anthony NunesCristina Proença MayoJulien ThometMaria CalistoMiguel Felix

PHOTOGRAPHE:António VallacorbaJosé RodriguesADMINISTRATION /SERVICE À LA CLIENTÈLE:Kevin MartinsINFOGRAPHIE:Sylvio Martins

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Os textos (e ilustrações) de Opiniãopublicados nesta edição são da inteiraresponsabilidade dos seus autores, nãovinculando, directa ou indirectamente, ocariz editorial e informativo deste jornal.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

Tél.: (514) 284-18131-866-684-1813

FAX: (514) 284-6150E-Mail: [email protected] web: www.avozdeportugal.com

La Voix du PortugalThe Voice of Portugal

Manchetes 2

Gouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, GouveiaGouveia, Gouveia507, Place d'Armes, suite 1704 Tel.: (514) 844-0116Montreal, Québec H2Y 2W8 Fax: (514) 844-9053

Filomena Gouveia Filomena Gouveia Filomena Gouveia Filomena Gouveia Filomena Gouveia LL.BLL.BLL.BLL.BLL.B.....AVOCATE - LAWYER - ADVOGADA

AFINAL... A (V)ITALPÊRAÉ TAMBÉM PORTUGUESA!

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aqui fica, com os nossos agra-decimentos.

Porém, perante o facto doproduto nacional “Vitalpêra”estar a ser comercializado emcertos locais de venda comoPêra Rocha, essa prática consti-tui, segundo nós, uma actoilegal e merecedor de acção doICEP. E porquê ?

A consagrada Pêra Rocha,além de ter aparecido nestaárea há muitos anos e, conse-quentemente, ter o seu merca-do estabelecido, beneficia daprotecção da Denominação deOrigem Protegida (DOP),uma certificação emitida peloInstituto de DesenvolvimentoRural e Hidráulica, integrado

no Ministério da Agricultura,Desenvolvimento Rural e Pes-cas, organismo responsávelpelos produtos de qualidade emzonas demarcadas. Segundo alei, “uma DOP é o nome deuma determinada região oulocal, que serve para designarum produto originário dessaregião ou desse local e cujaqualidade ou característicasse devem ao meio geográficoonde se insere”.

Tal como estão abrangidosnessa protecção, entre outrosprodutos da terra, a castanhade Marvão, as maçãs da BeiraAlta e de Alcobaça, a cereja daCova da Beira, as ameixas deElvas, o ananás dos Açores e a

anona da Madeira.Por experiência própria e de

acordo com impressões colhi-das de alguns compatriotasconsumidores locais do produ-to, a Vitalpêra não reune asqualidades de aroma, sabor etextura da Rocha, nem o seutamanho se compara ao destaconsagrada variedade, oriun-da da região oeste de Portugal.

O que remanesce (e aquinão pretendemos constituir-nos advogado do Diabo) é queenquanto a Pêra Rocha é co-nhecida do público como pro-duto de qualidade, há muitotempo consagrado e certificadopor uma DOP em Portugal,não consta que a Vitalpêrabeneficie desse estatuto. Por-tanto, trata-se de uma usur-pação com características deilegalidade que nos parecepassiva de acção oficial, seassim for entendido.

A nota positiva desta questãoé o facto da pêra Vitalpêra sertambém importada de Portu-gal, com benefícios para a pomi-cultura e para a economia dopaís. Os portugueses, adqui-rindo-a, atingem dois objec-tivos: dispendem menos dinhei-ro porque é mais barata e aju-dam os produtores nacionais.

Quanto à qualidade e apre-sentação, já expressámos anossa opinião, mas deixamos aocritério dos leitores a aprecia-ção individual do produto emcausa.

portugueses, optou por nãorespeitar o juramento das Cor-tes de Tomar e unificou institu-cionalmente as duas coroas.Por outro lado, verificou-se umcerto descontentamento porparte de alguns nobres que porrazões de distancia se viramafastados da Corte, situada emMadrid. Por seu turno, a bur-guesia viu-se afastada dosnegócios ultramarinos da Espa-

nha e assistiu a progressivaperda das possessões portugue-sas no ultramar: holandeses eingleses atacavam as colóniasportuguesas, sem que Madridtomasse alguma iniciativa paraas defender.

A este clima de insatisfaçãoveio juntar-se o desconten-tamento do povo, que, nas “Al-terações de Évora e do Algar-ve”, em 1637, se manifestou

contra a fome e a subida dopreço do trigo. Porem, o povonão participou no golpe pala-ciano que, a 1 de Dezembro de1640, restituiu o governo à Casade Bragança. A Restauraçãoficava a dever-se a um grupo denobres e de letrados, e nemmesmo o oitavo duque de Bra-gança teria participado.

O oitavo duque de Bragança,influenciado por Richelieu, quelhe havia prometido apoio mili-tar caso ele se revoltasse contraa Espanha, acabou por acudiraos desejos dos organizadoresdo golpe de 1 de Dezembro e foicoroado a 15 de Dezembro de1640. D. João IV, no sentido deconsolidar a Restauração, de-senvolveu a diplomacia e orga-nizou o exército.

D. João IV enviou diplomatasas principais cortes europeiascom o objectivo de conseguir oreconhecimento da indepen-dência e de obter apoios finan-ceiros e militares. Surgiu umavasta bibliografia político-jurí-dica no sentido de justificar aRestauração: Manifesto doReyno de Portugal de AntónioPais Viegas (1641), A Arte deReynar (Bruxelas, 1642), AJusta Aclamação de Velasco deGouveia (Lisboa, 1642), Usur-pação, Retenção e Restauraçãode Portugal de João Pinto Ri-beiro (Lisboa, 1642), Lusitanialiberata ab injusto Castelhano-rum domínio restitua de Antó-nio de Sousa de Macedo (Lon-

dres, 1642).Foi necessário justificar que

D. João IV não era um rebeldemas sim o legítimo herdeiro dotrono, que havia sido usurpadopor Filipe II de Espanha. D.João IV assume-se como o her-deiro de Catarina de Bragança,candidata ao trono e afastadapor Filipe II em 1580. Das Cor-tes de 1641, saiu também umanova doutrina que defendia queo poder provinha de Deus atra-vés do povo, que, por sua vez, otransferia para o rei. Em caso deusurpação ou tirania, o povotinha o poder de destituir o rei,

precisamente o que aconteceucom Filipe IV. Os primeirosembaixadores a serem envia-dos foram Francisco de Melo eAntónio Coelho de Carvalho.Em Janeiro de 1641 partirampara a Franca de Luís XIII,reino que estava em guerracom a Espanha e que haviaestimulado a independênciaportuguesa como forma deenfraquecer o seu inimigo.Outros se seguiram para ou-

1º de Dezembro de 1640Restauração daIndependência de Portugal

tras cortes Antão Vaz de Al-mada (Inglaterra), Tristão deMendonça Furtado (Holan-da), D. Miguel de Portugal(Roma), Francisco de SousaCoutinho (Dinamarca e Sué-cia) e Jorge de Melo (Cata-lunha).

Numa primeira fase, os con-frontos militares não tiveramgrande significado. A Espanhaestava envolvida na Guerra dos30 Anos e na revolta da Cata-lunha, pelo que não pôde daruma resposta eficaz a revoltaportuguesa. Os exércitos utili-zados na guerra contra Portu-gal eram de qualidade inferior,o que permitiu a Portugal orga-nizar e aperfeiçoar o seu exer-cito com a chegada de novosefectivos e a utilização de ofici-ais e técnicos estrangeiros dequalidade.

A primeira investida sériaespanhola deu-se, já no reinadode D. Afonso VI, em 1663, e tevecomo consequência as conquis-tas de Évora e de Alcácer doSal. Contudo, nesse mesmoano, os espanhóis foram derro-tados na Batalha do Ameixial.Em 1664, os portugueses vol-tam a vencer na Batalha deCastelo Rodrigo e, em 1665, naBatalha de Montes Claros. Aguerra durou quase três déca-das e terminou, já com D. Pe-dro II, através da assinatura deum tratado de paz, em 1668, noqual a Espanha reconheceu aindependência de Portugal.

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Cont. da pág. 1à frente daquele organismo deutilidade pública. Só pelo crimede peculato, o maestro incorrenuma pena que pode ir até oitoanos de prisão.

Soube-se, entretanto, que adetenção de Graça Moura, terásido acelerada pela denúnciade que o maestro estaria avender, em leilão, objectoscomprados com fundos daAMEC e desta forma a del-apidar património. Fonte con-tactada pelo nosso jornal re-velou que os móveis que aindaontem permaneciam em casade Graça Moura estavam acor-rentados por forma a não pode-rem ser retirados.

Segundo o CM apurou, aquase totalidade do recheio dacasa de Miguel Graça Mourapertencerá à AMEC já que terásido adquirido com fundos daassociação pelo que parte dosbens apreendidos foram ontemmesmo devolvidos pela PJ àq-uela instituição. Até meio datarde tinham sido entregues àAMEC cerca de 70 caixotesselados.

Depois de na quarta-feira tersido detido em sua casa e de terpassado a noite nos calabouçosda PJ, Miguel Graça Moura foiontem de manhã conduzido aoTIC. O maestro chegou ao tri-bunal cerca das 11h00 e entroua falar ao telemóvel. O seu advo-gado, Rui Veiga Pinto, con-tudo, só chegou cerca das15h30.

Ainda na quarta-feira, a PJprocedeu também à realizaçãode buscas em casa do maestro,que resultaram na apreensãode centenas de bens, entre osquais, discos, móveis, livros,partituras e até frigoríficos emicroondas. Em causa está,recorde-se, a apropriação in-devida por parte de GraçaMoura de dinheiros da AMECnuma quantia superior a mi-lhão e meio de euros.

Mulheres, carros e umapiscina aquecida

A Polícia Judiciária precisoude três camiões para carregartodo o material apreendido emcasa de Miguel Graça Moura

MIGUEL GRAÇA MOURA DETIDOno Restelo (foto). O CM soubeque, entre os objectos, estãodois frigorifícos americanos,móveis, centenas de discos demúsica clássica, livros, serviçosde cristal, quadros e castiçais,bens alegadamente compradoscom fundos da AMEC.

“Ele não tinha noção do queera serviço e do que era pri-vado e usava cartões de créditoda AMEC para comprar tudo.Isto para além de levantar todosos dias cerca de 200 euros nomultibanco”, comentou ao CMum antigo funcionário da Asso-ciação.

Como foi denunciado emOutubro do ano passado peloCorreio da Manhã, MiguelGraça Moura chegou inclusivea apresentar na contabilidadeda AMEC facturas referentes aviagens de ‘meninas’ que man-dava vir do estrangeiro, diziaele, para realizarem audições.Da contabilidade da associa-ção, actualmente na posse doMinistério Público, constamtambém facturas de hotel (emPortugal e no estrangeiro), lin-gerie, cremes de beleza, alu-gueres de Porsches e li-musinas.

Na sua casa, Miguel GraçaMoura vivia sem qualquer preo-cupação de gastos, ou nãofossem eles descontados naAMEC: os 250 contos de renda,as contas de água, luz e gás eainda 300 contos de electri-cidade provenientes do aque-cimento de uma piscina. Naaltura, numa das poucas entre-vistas concedidas, o maestronegou ao CM todas as acusa-ções de má gestão, afirmou queestava a ser vítima de umacabala por parte de Pedro San-tana Lopes, que pretenderiavingar-se por ter perdido naAssembleia Geral onde os pro-motores regionais votaram asua continuidade, e confiou aostribunais a limpeza da sua ima-gem.

“Sei que a imagem que aopinião pública tem de mim vaiser corrigida quando os tri-bunais se pronunciarem”.

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 3

Açores & Madeira

Possuo largos anos de experiência e poder, oriundo dos meusancestrais. Com a máxima honestidade e sigilo, ajudo quaisquer quesejam os casos desesperados, mesmo os de difícil solução:Angústias, Mau-olhado, Amarrações, Desvio, Aproximações, Casasassombradas, Males Físicos, Impotência Sexual, Vícios, etc.Desamarro também todos os males fluídos que existem em si! Trabalhoà distância por bons guias com Talismãs fortíssimos para todos osfins! Considerado um dos melhores Profissionais no Canadá eestrangeiro, consultado por vários colegas devido às minhasprevisões serem exactas e os tratamentos eficazes! Falo Português.

ASTRÓLOGO AFRICANO AIDARATel.: (514) 374-2395 Fax : (514) 374-9755

Jovem morreem incêndio de moradia

Um jovem com cerca de 20anos morreu sábado na se-quência de um incêndio numamoradia localizada no centroda cidade de Ponta Delgada,ilha de São Miguel, anuncioufonte dos bombeiros locais.

O incêndio deflagrou cercadas 06:10 locais (07:10 de Lis-boa) na cozinha da habitação,eventualmente por “descuido”da vítima, que terá deixado o“fogão acesso”, disse a mesma

fonte à Agência Lusa.Referiu ainda que o jovem,

um estudante universitário, erao único residente da moradia eque terá morrido intoxicadopor inalação de fumos.

Os bombeiros mobilizaramtrês viaturas e 12 homens parao combate às chamas, que nãochegaram a colocar em perigoas habitações anexas, salien-tou.

Três centenas de mulheresrecorreram à linha SOS nos Açores

Trezentas e seis açorianasrecorreram este ano à linhatelefónica SOS-Mulher, a maio-ria das quais a queixar-se deviolência doméstica ou a soli-citar ajuda jurídica, anunciouhoje uma associação de defesados direitos das mulheres.

Em conferência de imprensarealizada em Ponta Delgadapara assinalar o Dia Interna-cional pela Eliminação da Vio-lência Contra as Mulheres, foiainda divulgado que, de Ja-neiro a Outubro, a União deMulheres Alternativas e Res-posta (UMAR) fez ainda 48atendimentos a mulheres, por

alegados maus tratos físicos epsicológicos dos seus maridosou companheiros.

Em 2003, a linha recebeu umtotal de 328 chamadas nosAçores, enquanto que as técni-cas do serviço efectuaram 68atendimentos personalizados,adiantou Sandra Aguiar.

A grande percentagem dostelefonemas continua a ser feitapelas próprias vítimas, seguin-do-se as participações de vizi-nhos, familiares e até dos pró-prios patrões, salientou a téc-nica.

A responsável pela UMAR/Açores, Clarisse Canha, anun-

Petição sobre vale do Porto Novoorigina investigação de Bruxelas

Jorge Freitas Sousa

Comissão das Petições con-siderou «admissíveis» as ques-tões de Filipe Sousa e solicitouà Comissão Europeia que inicieuma investigação

A Comissão das Petições, doParlamento Europeu, solicitouà Comissão Europeia que «ini-cie uma investigação preli-minar» sobre as várias ques-tões colocadas pelo presidenteda Junta de Freguesia de Gau-la, relativas ao vale do PortoNovo e às unidades industriaisaí instaladas.

A petição de Filipe Sousa,enviada para o Luxemburgo noinício do ano, foi apreciada pelacomissão que considerou, «emconformidade com o Regimen-to do Parlamento Europeu,admissíveis as questões coloca-das, dado que as mesmas inci-dem no âmbito das actividadesda União Europeia». Este é oteor da carta enviada pelo presi-dente da Comissão de Petições,Marcin Libicki, ao autarca daGaula.

A comissão deu início à apre-ciação da petição e decidiusolicitar uma investigação àComissão Europeia, «sobre osdiferentes aspectos do pro-blema».

A exposição feita pela Juntade Freguesia de Gaula incidesobre questões ambientais e dequalidade de vida, no vale doPorto Novo. No texto enviadoaos serviços da União Euro-peia, é feito um enquadramen-to histórico da freguesia deGaula e referida a importânciado Porto Novo, desde a des-coberta da Madeira. São feitasreferências ao valor paisagís-tico e ambiental da zona, ondese registava a presença deespécies da floresta Laurissilva.

«Na actualidade, toda a be-leza natural deste vale estádestruída em virtude de se ter

permitido, ao longo dos anos ese permite ainda, a instalação deunidades industriais, sem qual-quer tipo de licenciamento aonível da localização e explo-ração», pode ler-se no textoenviado à Comissão das Peti-ções. Filipe Sousa enviou umarelação detalhada das unidadesindustriais instaladas que in-cluem três centrais de betu-minoso, uma delas do próprioGoverno Regional, uma centralde betão e três centrais de

britagem. Junto com o texto,foram enviadas fotos do local eum vídeo que mostra o estadode degradação do vale. Tam-bém é referido o facto de váriasunidades industriais não teremlicença de funcionamento.

A Junta de Freguesia deGaula apresentou esta petição,«na esperança de que sejamtomadas medidas necessáriaspara prevenir danos irrepa-ráveis no ambiente, no ecossis-tema marinho e na qualidadede vida das populações». Medi-das que, segundo Filipe Sousa,passariam pela «desactivaçãodefinitiva das centrais de asfal-to, betão, de britagem e simil-ares».

ciou a extensão às ilhas dacampanha nacional “A violên-cia doméstica também mata”,com o objectivo de identificar edenunciar o número concretode mulheres que morrem nopaís na sequência da violênciados seus companheiros.

Clarisse Canha adiantou quea Associação vai efectuar umapesquisa e recolha de dadospara tornar claro perante aopinião pública a existênciadessas situações, apontandopara o caso de uma mulherencontrada morta numa casaem ruínas, em Junho deste ano,na ilha Terceira.

“Por vezes, as pessoas nãotêm a noção dos prejuízos paraa saúde das mulheres que aviolência doméstica em si acar-reta”, lamentou.

Ucranianos na Madeira querem mais informaçãoEmanuel Bento/dn

A partir das 10:00, domingo,no jardim municipal, os imi-grantes da Ucrânia debaterama situação do seu país

Os ucranianos residentes naMadeira estão com o candidatoViktor Iuchetenko, que classi-ficam de «democrata» e que,ademais, não é um «ex-crimi-noso», conforme palavras deIgor Chervonovski, represen-tante da delegação regional daAssociação dos Ucranianos emPortugal.

Uma associação que con-tinua à espera que o GovernoRegional cumpra a promessa

feita para poderem vir a ter umasede.

Vários cidadãos ucranianosreuniram-se domingo no jar-dim municipal, a partir das10:00, para debater a crise quese vive no país natal após osresultados das últimas eleiçõespresidenciais.

De acordo com Igor Chervo-novski, os seus conterrâneos naMadeira – «mais de 5.000» –reclamam da Embaixada doseu país «mais informação so-bre a verdadeira situação» daUcrânia.

Referindo o apoio da maioria

dos seus compatriotas ao can-didato supostamente derro-tado pelo homem pró-russoViktor Ianuokovitch, o repre-sentante da AUP adianta que oque aconteceu nas eleiçõesucranianas não é um surpresa,pelo menos para os ucranianos.

Aliás, estavam já espera queocorressem fraudes, como «játinha acontecido antes».

Igor Chervonosvki realçouainda que o candidato queapoiam é a melhor escolha paraa Ucrânia, que «merece ter umpresidente» assim.

Trabalhos para casa feitos na própria escolaAs investigações apontam

esta como a melhor soluçãopara o problema. Na Madeira, omodelo já funciona nas escolasa tempo inteiro

As investigações internacio-nais apontam como soluçãopara a questão dos trabalhos decasa que estes passem a serfeitos na escola. Um modeloque, na Madeira, já é desen-volvido nas escolas que funcio-

nam em regime de tempo intei-ro para os alunos de 1º ciclo(…).

A medida foi aplaudida portodos. Também na América aquestão dos deveres de casasão razão de “stress”. O caso éde tal ordem que, por exemplo,algumas investigações pro-põem a criação de clubes dostrabalhos de casa, que funcio-nariam na escola, com a ajuda

de um professor. Essa é, porexemplo, a conclusão de umestudo da Universidade deLondres.

O modelo, curiosamente, jáfoi adoptado pelas escolas emregime a tempo inteiro daRegião, onde as crianças, forados tempos de aulas eactividades extracurriculares,reservam horas para o estudo etrabalhos de casa. (…)

Mais 50,8 ME de fundos comuni-tários para os próximos dois anos

Os Açores vão dispor de mais50,8 milhões de euros de fundoscomunitários para investimen-tos nos próximos dois anos, noâmbito da revisão intercalar doPrograma Operacional de De-senvolvimento Económico eSocial do arquipélago.

Em conferência de imprensaem Ponta Delgada, o vice- presi-dente do Governo Regionaladmitiu que o montante, deci-dido pela Comissão Europeia naterça-feira, superou as expecta-tivas dos Açores relativas àatribuição de verbas do IIIQuadro Comunitário de Apoio(QCA). Segundo Sérgio Ávila,parte dos 50,8 milhões de eurosvai permitir ao Governo Re-gional “antecipar” uma série deinvestimentos que já tinha

planeado, caso da recuperaçãodo porto das Lajes das Flores,construção da escola de SãoCarlos, em Angra do Heroísmo,e da biblioteca da cidade daHorta. Além disso, está previstaa atribuição de 6,3 milhões deeuros para as autarquias açoria-nas, 18 milhões para a formaçãoprofissional, no âmbito do Fun-do Social Europeu, e um refor-ço de verbas para investimen-tos no sector do turismo, disse.Segundo o vice-presidente doGoverno, a revisão intercalardo PRODESA, programa quegere os fundos comunitários aodispor do arquipélago, indicouque os “Açores estão no bomcaminho” na execução do IIIQCA.

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“The Economist”: Portugal é o 19ºpaís com melhor qualidade de vida

Portugal é o 19º melhor país para se viver, de acordo com o relatório“O Mundo em 2005”, da revista “The Economist”, que analisa factorescomo os rendimentos, a liberdade, o desemprego, a vida familiar e oclima, entre outros.

O resultado coloca Portugalno grupo dos 20 primeiros deuma lista de 111 países, combase em sondagens feitas ahabitantes dos respectivosEstados.

Portugal atinge um valor no“ranking” de qualidade de vida

de 7,31, em dez possíveis, numatabela liderada pela Irlanda,com 8,33.

A qualidade de vida portu-guesa é consideravelmentemais elevada do que a posiçãode Portugal no que toca aoProduto Interno Bruto “per

capita” - 31º lugar.A sondagem abrange ainda

temas com saúde, estabilidadepolítica e segurança, que resul-ta num “ranking” liderado pelaIrlanda, seguida no “top ten”pela Suíça, Noruega, Luxem-burgo, Suécia, Austrália, Islân-dia, Itália, Dinamarca e Espa-nha.

A Inglaterra surge em 29ºlugar, atrás de todos os outrosmembros dos 15 que formavama União Europeia no ano passa-do. A França e a Alemanhaocupam os 25º e 26º lugares,respectivamente.

Os autores do estudo expli-cam que o sucesso do líder do“ranking”, a Irlanda, se deve aofacto de o país “combinar al-guns dos factores mais dese-

jáveis”, como baixas taxas dedesemprego e estabilidade napreservação da vida familiar ena aplicação das políticas co-munitárias.

A riqueza nacional, medidapelo PIB, acaba por não ser oprincipal factor na determina-ção da qualidade de vida, comose comprova pelos EstadosUnidos, que, apesar de sernúmero dois no “ranking” eco-nómico, cai para 13º no “rank-ing” final.

O Qatar, por exemplo, 6º noPIB “per capita”, surge como41º no índice de qualidade devida.

No fim da lista surgem Nigé-ria, Botswana, Haiti e Zimba-bwe.

Infracção: viatura foi detectada na A1SUBDIRECTOR A 172KM

Carlos Meneses/António Pedro

Um subdirector da Direcção-Geral de Viação (DGV) foi apanhadopela Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana (BT/GNR) de Leiria num automóvel em excesso de velocidade na auto-estrada do Norte (A1), em Setembro.

Militares da GNR regressaramCM

O carro circulava na A1 a 172quilómetros por hora no troçocompreendido entre Fátima eTorres Novas, no sentido Nor-te/Sul.

A transgressão foi cometidano mês de Setembro último,mas só na última semana ofilme da infracção foi revelado.O registo das fotos da ocorrên-cia indicava que o carro circu-lava a 172 km/h.

De acordo com o Código deEstrada, a circulação na auto-estrada não deve exceder os120 quilómetros por hora. Lo-go, a viatura do referido sub-director, um dos quatro queintegram a DGV, terá cometidouma infracção.

De acordo com fonte da BT/GNR, a circulação entre 121 a150 Km/hora é uma infracção

leve com coima entre 60 a 300euros sem inibição de con-dução. Mas se for apanhado,como é o caso de um dos subdi-rectores da DGV, a conduzirentre 151 a 180 Km/hora atransgressão é grave e a multacifra-se entre 120 a 600 euros ecom inibição de guiar entre uma 12 meses.

Quem for apanhado a con-duzir acima de 180 Km/hora éconsiderado muito grave comcoima entre 240 a 1200 euros einibição de conduzir entre doisa 24 meses. Segundo o ‘Expres-so’, o subdirector da DGV quecometeu a infracção justificouinternamente a transgressãoalegando “deslocação urgentede serviço”.

Os 72 militares da GNR queconcluíram a sua missão noIraque na passada quinta-feirae estão de regresso a Portugal

onde chegaram este sábado ànoite a Lisboa, depois de teremficado retidos dois dias no Cai-

ro, Egipto, devido a uma avariano C-130 da Força Aérea Portu-guesa que os transporta.

O C-130 da FAP efectuavauma escala técnica na basemilitar egípcia de Charm el-Sheik, logo na quinta-feira,quando foi detectada umaavaria no aparelho. Uma equi-pa de mecânicos partiu deLisboa para o Cairo, com amissão de reparar a avaria.

O Governo ponderou as pos-sibilidades e optou por não en-viar ao Cairo um avião civil parair buscar os militares da GNR.Essa alternativa sairia maiscara ao Estado português doque manter os militares emsituação de espera até à reso-lução da avaria no avião.

Operação: dizia que era do INEM e socorreu acidentes

BT de Viseu detevefalso médico no IP5

Luís Oliveira/CMO Núcleo de Investigação

Criminal (NIC) da Brigada deTrânsito (BT) da GNR de Vi-seu deteve um indivíduo de 33anos, natural de Lisboa mas aresidir em Viseu há dois anos,

por se fazer passar por médicodo INEM, ao ponto de ter pres-tado socorro em acidentes veri-ficados no IP5. As autoridadespoliciais acabaram por apurarque o sujeito era, na verdade,

condutor de camiões TIR. Masnão tinha carta de condução.

O falso médico participou naassistência a algumas vítimasde acidentes ocorridos no IP5,mas acabou por ser desmas-carado pela BT

Segundo o que se apurou, oindivíduo, andava vestido talcomo um médico e viajava numjipe branco, equipado com um

‘pirilampo’ e com material deprimeiros socorros, nomeada-mente garrafas de oxigénio eutensílios próprios de um verda-deiro médico. Intitulando-secomo “licenciado em biologia”e apresentando-se como “dou-tor Machado”, o homem, “bemapresentado e igualmentebem-falante”, entrava em cafésque ficam na zona envolventedo IP5 – a sua zona preferida deacção – e comia e bebia. Depois,em conversas com as pessoas,contava as histórias mais dra-máticas de acidentes e vítimas.O indivíduo é também suspeitode passar cheques sem pro-visão e outros com assinaturasfalsas.

Sempre que era abordadopelos militares da BT de Viseu,o indivíduo, alegando que esta-va “com muita pressa para so-correr vítimas” , nunca mos-trou os documentos e pedia-lhes para o deixar seguir.

Na casa da mãe do contem-plado, em Conde S. Martinho,estão “todos muito satisfeitos”,mas extremamente “apreen-sivos”. “Só acredito quando virque ele ganhou mesmo essedinheiro todo”, desabafou Ma-ria da Conceição, desvalorizan-do também o que o filho venhaa fazer com a sua parte do pré-mio.

“É tanto dinheiro que nem dápara ter ideias ou projectos.Além disso é muito cedo paraele estar a pensar nisso, atéporque o dinheiro nem sequerchegou ainda”, sublinhou Ma-ria da Conceição, secundadapela filha Sandra. Esta deixouapenas o testemunho de que “aprimeira reacção dele foi dizerque espera que isto seja o prin-cípio de uma felicidade enormee que toda a família tenha sem-pre muita saúde.”

Aposta de dez eurosEm Serzedelo, a população

local mostra-se satisfeita por oEuromilhões ter premiado afamília de Domingos, que tra-balha numa fábrica têxtil com amulher e foi o primeiro a terconhecimento da chave milio-nária.

“Saiu-me a mim e ao Paulo doPão Quente. Fui eu que fiz oregisto da aposta, de dez euros,mas isto era uma sociedadeantiga da mulher dele e daminha”, garantia Domingos,com cerca de 30 anos, esca-pando rapidamente entre ospopulares incrédulos que aoinício da manhã de ontem seamontoaram à porta do Quios-que Fandino, em Moreira deCónegos.

Domingos arrancou depoisno seu Fiat Tipo cinzento, comos dois filhos menores atrás, emdirecção à Pastelaria de PauloPereira. Estava ansioso por dara boa nova ao amigo.

SAIU-ME A MIM EAO PAULO DO PÃO QUENTE

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Opinião

Augusto Machado Raul Mesquita

Como nos tempos do Far-WestA Justiça popular agita-se

O muito mediático processo daCasa Pia teve a sua primeira au-diência na 7ª Vara do Tribunal daBoa-Hora em Lisboa, na últimaquinta-feira, dia 25 de Novembro,data final imposta pela juíza AnaPeres, que dirige o julgamento emque estão envolvidos 7 arguidos,por entre gente famosa da bur-guesia portuguesa actual.

A principal figura de todo esteprocesso é Carlos Silvino, dito“Bibi”, motorista da Casa Pia deLisboa. Foi por ele que o escân-

dalo começou.Esta instituição de ajuda e solidariedade para jovens dos dois

sexos, órfãos, abandonados ou vivendo com sérios riscos desobrevivência, foi criada em 1782 pelo Intendente do Reino DiogoInácio de Pina Manique, sendo a sua obra predilecta por entre asmuitas que realizou. Começou com o colégio de S. Lucas em Lisboae uma filial em Coimbra, também chamado Colégio da broa. Em1804 tinha 104 estudantes em Lisboa e 84 em Coimbra, para alémde outros colégios de formação profissional e artística. A Casa Piade Pina Manique era um conjunto de colégios, de capas deeducação e de beneficência por ele dirigido com muito acerto, deonde saíram muitos homens eminentes e úteis ao país.

A Casa Pia de Lisboa parece ser agora um tanto diferente.Foi a 23 de Novembro de 2002, que o jornal Expresso publicou

uma reportagem da sua colaboradora Felícia Cabrita, sobre ainvestigação de uma alegada rede de pedofilia existente entre osseus muros e à qual estariam ligadas várias personagens públicasportuguesas. Dois dias mais tarde, Carlos Silvino, motorista dainstituição, é preso por suspeitas de abusos sexuais sobre menores.Tem para cima de 600 acusações. A ordem cronológica dosacontecimentos ligados ao processo então instaurado onde emcada dia surgiam as maiores surpresas, sobretudo no que respeitaà identidade dos suspeitos, continua a 1 de Fevereiro de 2003, coma detenção pela PJ de Carlos Cruz, um dos maiores nomes daTelevisão Portuguesa de todos os tempos, Dr. Ferreira Diniz eHugo Marçal, e ouvidos pelo juiz de instrução Rui Teixeira, ficandoo médico e o apresentador de TV detidos em prisão preventiva, porsuspeitas de abusos sexuais sobre alunos da Casa Pia. Em 20 deMaio Jorge Ritto, embaixador, é igualmente presopreventivamente pelas mesmas suspeitas. No dia seguinte, 21,Paulo Pedroso, deputado socialista, ex-ministro da Solidariedadee do Trabalho, é preso por indícios de abuso sobre menores. Noprimeiro de Setembro, os advogados de Carlos Cruz, Jorge Ritto,Paulo Pedroso, Manuel Abrantes, Hugo Marçal e Ferreira Diniz,pedem o afastamento do juiz Rui Teixeira, alegando parcialidadedo magistrado. As inquirições para memória futura são assimsuspensas. A 8 de Agosto, o Tribunal da Relação de Lisboa ordenaa libertação de Paulo Pedroso e a 29 de Dezembro, o MinistérioPúblico, acusa formalmente 10 pessoas no âmbito do processo depedofilia. No dia 4 de Maio de 2004, o TRL faz sair Carlos Cruz daprisão confinando-o obrigatoriamente à residência. A 31 do mesmomês, a juíza Ana Teixeira Silva decide de levar a julgamento setedos dez acusados, abandonando as pronúncias de Paulo Pedroso,Herman José e Francisco Alves, atenuando na mesma ocasião asmedidas coercivas de Carlos Cruz e Manuel Abrantes. O juizRicardo Cardoso aceita, em 3 de Setembro passado, a junção dosprocessos e, na quinta-feira passada, 25 de Novembro, dois anosdepois da divulgação do escândalo, a juíza Ana Peres iniciou ojulgamento com um clássico “Declaro aberta a audiência. Nesteprocesso são arguidos Carlos Silvino, Manuel Abrantes, Jorge Ritto,Carlos Cruz, Ferreira Diniz, Hugo Marçal, Francisco Alves eGertrudes Nunes”. Eram 10h40 em Lisboa. Houve uma tentativada advogada de defesa do médico Ferreira Diniz para suspensãoda audiência, alegando irregularidades da juíza na abertura do

Cont. na pág. 16

Constituição Europeia

A integração europeia, iniciadaem 1986, é certamente o acon-tecimento mais importante desdea instauração do regime demo-crático em Portugal. Infelizmente,os portugueses foram semprepostos à margem do processo.Não se contesta a legitimidade degovernos e Parlamento para deci-direm tais matérias. Mas, numaopção política tão decisiva, eramuito positivo que tivesse sidopossível um momento de legi-timação directa, através do refe-

rendo - no momento da adesão ou aquando do Tratado deMaastrcht, primeira grande mudança (de “comunidade” para“união”). É obvio que alguns “europeístas” não estão nem nuncaestiveram interessados em referendar questões que por venturaponham em causa a unidade entre os povos da União Europeia(UE). Há mesmo quem diga que a integração europeia temavançado de maneira altamente fraudulenta. E não é preciso ser“contra a Europa” para verificar isso. Os europeístas prudentespercebem que não se constrói uma casa pelo telhado. E que oprocesso europeu deve ser transparente e progressivo. Outrosdizem ainda que o comboio está a andar rápido de mais, alegandoque a Europa deve ir crescendo pouco a pouco e com consciênciado seu problemático destino final – o federalismo, na funesta fan-tasia de uns tantos coronéis.

Decorre actualmente nos países da UE a interessante discussãosobre os méritos e deméritos da proposta de ConstituiçãoEuropeia e da abstrusa pergunta que vai ser feita aos portuguesesno referendo destinado a aprovar ou rejeitar a mencionadaConstituição. Mas a pergunta é de tal modo confusa que poucossão aqueles que se atrevem a discuti-la. Eis a pergunta, aprovada,como se está mesmo a ver, por uma comissão parlamentar:“Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra dasvotações por maioria qualificada e novo quadro institucional daUnião Europeia, nos termos constantes da Constituição para aEuropa?” Critica-se a ambígua formulação da pergunta, em queuma questão que devia ser simples (“Concorda com a ConstituiçãoEuropeia?”) se transforma numa enorme confusão especialmentepara os cidadãos que gostam pouco de ler e pensar.

Mas também é preciso acreditar que os responsáveis pelaformulação da pergunta estavam de boa-fé. Acreditemos, noentanto – como dizia uma personagem no “Tom Jones”, de HenryFielding, a nossa paciência será superior à sua estupidez. Não setrata, provavelmente, de qualquer artifício político, nem se percebecom que intenção, mas esta pergunta abstrusa será, certamente,a irresistível tendência portuguesa para a verborreia e a vacuidadeoratória, fazendo três perguntas numa só e complicandodesnecessariamente o que deveria ser simples.

Seja como for, até ao dia do referendo, ninguém pode levar asério a pergunta, nem a resposta que os portugueses lhe derem.

Quem não honra o Passado…não merece ter Futuro

Fernando Cruz Gomes

Arganil elevou-se. Cresceu.Agigantou-se, mesmo, no con-junto das cidades e vilas que têmda gratidão um conceito nobre. Eisso deve encher de orgulho asgerações que andam agora pelasescolas a preparar-se para o fu-turo. É importante que os nossosmais novos aprendam que “quemnão honra o Passado... é bemcapaz de não merecer o Presentee o Futuro”. A frase, de que des-conheço o autor, salta-me à men-

te, ao ler, preto no branco, que a típica vila beirã acaba dehomenagear os que “da lei da morte se libertaram”, cumprindogalhardamente o seu dever, quando em combate, pela Pátria,estiveram no (então) Ultramar Português.

É que, eles, os combatentes, cujo nome ficou escrito na pedrado monumento agora erguido, no Bairro do Sobreiral, cumprirama sua parte no dever de defender a Pátria. Talvez com um conceitodiferente daquele que hoje, pelos vistos, se defende e se canta.Mas... um conceito nobre. Talvez repetido, uma que outra vez,pelas mães beirãs que, mesmo chorando o desgosto de os ver partir,entendiam o chamamento da Pátria. Entendiam-no e inculcavam-no na mente dos que partiam, alguns para sempre.

Arganil, concelho nobre, cumpriu com nobreza, o dever de sergrata. Mais do que isso, deixou exemplo a muitas nobres cidadese vilas que ainda se envergonham dos seus heróis, manietadas pornão sei que birras mentais que ainda há. Arganil cumpriu.

Não estive lá, frente ao monumento, para saudar naqueles todosquantos, em terras que eram portuguesas – e onde nunca o sol sepunha... – combateram o bom combate e escreveram heróicaspáginas de uma História que não envergonha os vindouros. Bemao contrário. Em meu nome, decerto que em meu nome, familiarespor ali estiveram. Sim, porque entre os nomes dos que tombaram“lá longe”... figurava o nome de um irmão que ainda não conseguiesquecer. Sebastião José. A quem vi, vezes sem conta, a falar noseu mister às filhas que então nasciam... e que também estiverampresentes.

Se eu lá estivesse, era bem capaz de rebentar em pranto.Sobretudo a lembrar-me de uma “velha senhora” – nobre ealtaneira em sentimentos, que só esses contam – a aconselhar aosfilhos o cumprimento da sua missão patriótica. Uma mãe quedescansa agora, lá por cima, em cemitério de aldeia, onde já os paisdescansavam. Essa mãe... é, afinal, igual a tantas outras. Das queestiveram na cerimónia do Bairro do Sobreiral. Que, à suamaneira, ajudaram a levantar bem alto o nome do velho Portugal...que cada vez se deve orgulhar mais das páginas que escreveu empaíses... que eram, então, Portugal.

A homenagem aos combatentes, que Arganil achou deveriafazer, foi também – pelo menos para mim, cá longe da terra –homenagem à mãe sofredora. Que abençoava, um a um, os filhosque iam para a guerra. Cumprir o que então se pensava ser umdever. Que era mesmo um dever. A despeito de muitos pigmeusde hoje entenderem que não.

Arganil cresceu. Agigantou-se. É já hoje maior. Cumpriu umdever de gratidão. E como “quem não honra o Passado nãomerece ter Presente nem Futuro”, Arganil está a crescer aindamais.

Rui Costa PintoFim à vista

Santana e Portas estão cada vez maisperto da ruptura anunciada. O discurso e aprática já nem conseguem esconder o que jáestá há muito tempo à vista de todos: oesboroar da coligação entre o PPD-PSD e oCDS-PP.

A mensagem do último congresso dossocial-democratas e a reacção enérgica dePaulo Portas, previsível, apenas confirma-ram o que corria nos corredores do poder. O

ruído que escapa das reuniões secretas começa a ser ensur-decedor. As tradicionais reuniões e movimentações, queantecedem os actos eleitorais, já se fazem sentir, aqui e ali, maisou menos às claras. O casamento continua de pé para salvar asaparências, enquanto se desenha, em privado, um divórcio queassegure o futuro das duas partes. O debate do Orçamento doEstado podia ter sido o arranque de uma nova fase de governação,mas as críticas severas, e o posterior chumbo da central deinformações, arrasaram o astral positivo de que falava SantanaLopes. Pelos vistos, o caldo está entornado, ainda antes de oPresidente da República se pronunciar sobre o documento querege as finanças, aprovado na Assembleia da República. Santanae Portas parecem dois naufragos, a respirar com dificuldades,presos a um rectângulo, no meio de uma grande tempestade.Apesar de se manterem unidos a boiar, agarrados um ao outro,ambos sabem que já não falta muito tempo para um delesempurrar o parceiro de circunstância, na melhor oportunidade,para garantir a sobrevivência da direita. O País está condenadoa assistir a esta batalha, da qual apenas um dos dois vai sair,politicamente, vivo e de boa saúde. Já lá vai o tempo dos ideólogos,os conhecidos e os encapotados, que garantiram que os doispolíticos estavam condenados a entenderem-se até ao fim. Mais dedois anos depois das últimas legislativas, a questão é outra e bemsimples: nem Santana nem Portas acreditam na solidez dacoligação. As trapalhadas governativas sucessivas e os protago-nismos partidários insatisfeitos são o fermento q.b. para levedartodas as desconfianças no seio da maioria. A crise na economia enas finanças públicas, o aumento do desemprego, a falência donovo modelo de desenvolvimento e a conjuntura internacional não

permitem que Santana e Portas aguardem, tranquilamente, pelaspróximas eleições. O primeiro-ministro e o ministro da Defesasabem que o cenário pode ser pior em 2006. A dupla só está à esperaque Jorge Sampaio perca a paciência. A teoria da vitimizaçãoainda poderia ser uma tábua de salvação, capaz de rebentar comas novas fronteiras. Enquanto uns e outros jogam o jogo do gatoe do rato, entre Belém e São Bento, entre a Lapa e o Largo doCaldas, o país continua adiado, dependente de um milagre quepermita à coligação continuar a governar, com estabilidade.

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 6

ComunidadeGabriel e Águeda PugaNos 50 anos matrimoniais do feliz casal

António Vallacorba

Gabriel e Águeda Puga sãocertamente neste momento umcasal felizardo e feliz, na medidaem que acabam de assinalar apassagem do 50º aniversário do

seu matrimónio, nma celebra-ção, aliás, assaz solene, digna efaustosa, rodeada de muitoamor, amizade e benquerença.

Foi no dia 21 de Novembro,festa, também, do Cristo Rei,não admirando, pois, que aigreja da Missão de Nossa Se-nhora de Fátima de Laval esti-vesse repleta de fiéis, familiarese amigos do casal aniversa-

riante, para esta missa de Ac-ção de Graças, presidida pelopadre José V. Arruda e acom-panhada pelo respectivo coralparoquial.

Esta cerimónia religiosa foiseguida de uma opulenta re-cepção, numa das encanta-

doras salas do Plaza Volare,Hotel Sheraton Four Points,com “cocktails” e almoço/ajan-tarado para cerca de 300 convi-dados.

Com baile abrilhantado peladiscoteca J.G. Night Produc-tions (Jeff Gouveia), estas Bo-das de Ouro tiveram algunsmomentos de muito relevo,sobretudo com a exibição deum vídeo fotográfico das passa-gens mais notáveis nas vidas docasal aniversariante, nos Aço-res e Canadá.

Outros sim, Joe Puga, naqualidade de filho, e AdrianoPereira, como amigo do Gabriel

e da Águeda, distinguiram estes“renovados noivos” com algu-mas das suas canções favoritase que, tal como o vídeo anterior-mente, muito bem caíu na apre-ciação de todos os presentes.

Por outro lado, e a propósito,as equipas da FPTV e da RTP-Açores (esta última no prosse-guimento da sua visita a Mon-tréal) estiveram no local para

registar o agradável aconteci-mento.

Conforme as declaraçõesque para tal prestaram, quer oGabriel, quer a Águeda, ambosse manisfestaram “gratos aDeus por todas as dávidas que(lhes) concedeu”, assim como

aos filhos, filhas, demais fami-liares e amigos por, sobrema-neira neste dia, os terem feitosentir tão caloroso amor e ami-zade.

Dessas “dádivas”, certamen-te que estará prioritariamentenos corações e mentes do feli-zardo casal, esta abundância deentes queridos com que foramabençoados: 5 filhos: Manuel,Angelina, Gabriel, Connie eJoe; as noras, Conceição e Hel-ena; os genros, Jacinto e Willy;11 netos: Debbie, Terry, An-drew, Melanie, Kimberly, Ma-thew, Dorothy, Pamela, Bran-da, Ashley, Jeffery; e, final-

mente, uma bisneta, a Vanessa.Numa retrospectiva das suas

vidas, tudo começou, eviden-

temente, nos Açores, quandoambos se uniram perante Deusno auspicioso dia de 20 de No-vembro de 1954.

Gabriel Puga nasceu na Ri-beira Grande, no concelhocom o mesmo nome, ilha de S.

Miguel, filho de Manuel Puga ede Maria da Conceição Pinhei-ro. Teve cinco irmãos, dois dosquais já falecidos.

Desde novo fascinado pelaNatureza, logo abraçou a profis-são de moleiro e, tinha ele 18anos, quando se enamorou daÁgueda..

Numa outra fase importanteda sua vida, o futebol foi o seu“segundo” amor, através doqual se distinguiu durantevárias épocas como jogador doSporting Clube Ideal, factoainda hoje recordado com mui-tas saudades entre nós poramigos, ex-colegas e adver-sários.

Uma coincidência bastanteinteressante, diz respeito à dataem que emigrou para aqui, ou

seja no dia do seu aniversário –22 de Outubro de 1958, pratica-mente quatro anos depois doseu casamento.

Quanto à sra. Puga, nasceuÁgueda da Costa Sousa, nafreguesia de Ribeira Seca, no

citado concelho da RibeiraGrande, filha de Manuel SousaMaurício e de Glória da Costa.Tem 7 irmãos, alguns delestambém já falecidos.

Cedo se dedicou à costura e,por inerência a tal facto, che-gou a ser modista, assim comocedo, com 14 anos, se enamo-rou do Gabriel. Numa outraparticularidade assaz relevanteda sua juventude, fez parte docoral da Igreja de S. Pedro,daquela freguesia. (Agora jásabemos donde vem o talentodo filho Joe. E de que manei-ra!).

O meu primeiro contactocom o Gabriel (era ele entãorepresentante das panelas emaço inoxidável “LustroCraft”),ocorreu há dezenas de anos,

quando um dia ele veio à minhacasa, então na Rua Drolet, en-tre a Duluth e a Roy, para umademonstração daqueles afama-dos utensílios, e, no ensejo, nos“convencer” a comprá-los.(Convenceu mesmo!).

Daí em diante, vê-lo-ia sem-pre, na companhia da esposa, aparticipar nas nossas festascomunitárias e apoiando quais-quer actividades para que forae é solicitado, constituindo am-bos, sem sombra de dúvida eportanto, um dos casais maispopulares da nossa comuni-dade.

Não é todos os dias que secelebra uma data especial co-mo esta, nem todos são oscasais que conseguem alcan-çar tão significativa – e elusiva!– etapa das suas vidas.

Felicitamos o simpático casal,com votos de, como desejou opadre Arruda, “mais 50 anos”,contínua felicidade e a expres-são da nossa maior estima eadmiração.

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 8

Alma Juvenil

Anedotas

O Bebé do Ano 2004Continuamos a publicação de alguns dos nossos “leitores do

futuro”. Entretanto continuamos a incentivar os nossos “leitoresdo presente”, para que nos enviem as fotografias dos seus bebésnascidos no ano 2004, acompanhadas dos respectivos nomes,datas de nascimento, nomes dos pais e número do telefone, para:Concurso Bebé 2004, A Voz de Portugal, 4231 boul. St-Laurent,Montréal, Qc H2W 1Z4.

No mês de Janeiro 2005, efectuaremos um sorteio entre todasas “carinhas bonitas” que até lá tenhamos recebido.

Para mais informações contactem-nos pelo tel. (514)284-1813,de Segunda a Sexta, das 09h00 às 17h00.

Alexas Juliane Seymor VieiraNasceu: 19 de Setembro de 2004Mãe: Michelle Seymour VieiraPai: Steven José Carvalho Vieira

Por que é maravilhoso ser homem1. As conversas duram 30 segundos.2. Sabes coisas sobre carros e tanques.3. Nos filmes, os nus são quase sempre femininos.4. As férias de 5 dias requerem apenas 1 mala.5. As filas para a casa de banho são 80% mais curtas.6. Os teus velhos amigos não se importam se emagreceste ouengordaste.7. O teu traseiro não é um factor decisivo em entrevistas detrabalho.8. Todos os teus orgasmos são verdadeiros.9. Dão-te mais valor pelo mais pequeno acto de inteligência.10. Podes tomar banho e vestir-te em 10 minutos.11. Se alguém se esquecer de te convidar para alguma coisa,ainda pode ser teu/tua amigo(a).12. A roupa interior custa 5 euros um pacote de três.13. Nenhum dos teus colegas de trabalho tem a capacidade dete fazer chorar.14. Se tens 34 anos e és solteiro ninguém se importa.15. Podes ser presidente.16. As flores resolvem tudo.17. Podes vestir uma camisa branca para ir a um sítio com muitaágua que salpique.18. Podes despir a camisola quando faz calor.19. Os mecânicos não te mentem.20. Não te importas se ninguém repara no teu novo corte decabelo.21. Podes ver televisão com um amigo, em silêncio, durantehoras, sem pensar: “deve estar chateado comigo”.22. Há sempre um jogo na televisão.23. As pessoas não deitam olhadelas ao teu peito quando estása falar.24. Podes ir visitar um amigo sem teres de lhe levar um presente.25. Podes comprar preservativos sem que o empregado da lojate imagine todo nu.

Foto da semana

Boca do Inferno

Todas as culturas têm lendas, quer sejam orais ou escritas, elasestam contam historias extravagantes e mágicas para mudar a vidaou explicar situações que parecem inexplicáveis ou simplesmentepara ter que fazer quando acabava-se de jantar, à beira da fogueirae espantar as crianças.

Aqui têm uma lenda dum local perto de Cascais: a Boca do Inferno.

Há muito tempo atrás, nazona que é hoje conhecidacomo Boca do Inferno, existiaum enorme castelo onde habi-tava um homem de aspectoferoz, que se dedicava à feitiça-ria.

Um dia esse homem decidiucasar-se e, para escolher a mu-lher mais bela das redondezas,consultou a sua lâmina de cris-tal de rocha para saber qual acasa onde deveria ir buscá-la.

Quando os seus cavaleirosvoltaram ficou estupefacto. Ajovem era ainda mais bela doque imaginara. Ficou, imedia-tamente, tão ciumento quedecidiu escondê-la para preser-var o seu amor.

Fechou a sua mulher numatorre alta e solitária e escolheupara guardião o seu cavaleiromais fiel. A jovem no alto datorre sentia-se tão só quanto oseu guardião. Tinham por úni-ca companhia o mar e as suasmarés.

Um dia, a curiosidade docavaleiro falou mais alto. Quemseria aquela mulher encerrada

na torre há tanto tempo? Comoseria? Pegou na chave e deci-diu subir. Junto à porta o cava-leiro parou para recuperar ofôlego e tomar coragem. Quan-do a abriu ficou espantado coma beleza da prisioneira.

A partir daquele dia par-tilharam os momentos de soli-dão, nascendo, assim, um gran-de amor entre os dois. Deci-diram fugir juntos, esquecen-do-se que, através da sua ma-gia, o feiticeiro sabia de tudo.Montaram no cavalo branco docavaleiro e cavalgaram pelosrochedos junto ao mar.

Enquanto isso, no castelo,cheio de raiva e ciúme, o feiti-ceiro criou uma tempestadeassustadora que fez com que osrochedos, por onde os doisamantes caminhavam, se a-brissem como se fossem umagrande boca infernal. Cavalo ecavaleiros foram engolidospelas águas, tendo desapa-recido para sempre. O buraconunca mais se fechou e o povocomeçou a chamar-lhe Bocado Inferno.

Susana SequeiraGal Revisitada

Artista: Gal CostaAno: 2003Gênero: MPBSelo: Dubas/BrosCotação : 1/2

Aos dois anos de idade já sabiaque queria ser cantora e nãoesperou muito mais. Gravo “GalCosta-Brazil” (1960) aos seus 15anos. Uma amiga lhe apresentouCaetano Veloso que se asustoupela sua voz ao ouvirla e imedia-tamente ensinou-lhe uma compo-sição sua. Gal Costa madurotocando em todos lados do Brasilcom Caetano, Gilberto Gil e Ma-ria Bethânia no grupo “DocesBárbaros”. Logo, gravou “Domin-

go” (1967) seu primeiro disco com a ajuda de Caetano Veloso. Umdisco inspirado pela Bossa Nova de João Gilberto cujo admitiu serfã. Depois de algums anos percorreu um repertório mais variadoe significativo de seu tempo reivindincando essa música experi-mental do movimento Tropicália. Viveu tambem o feitiço dos anos80. Mas agora voltou com mais serenidade e continua girando portodos lados cantando sua voz, sua vida.

Essa coletânea escolha o período mais prolifico de Gal Costa, quevai de “Domingo” (1967) até “Minha Voz”(1982). É feita debelíssimos cacos de outros discos e cria um mosaico que, sendoreverente às suas origens, tem beleza e vida própria. Os produtoresdo selo Dubas puderam ter escolhido canções mais comerciaisdela como “Un día de domingo” de Tim Maia, o a famosa “Brasil”mais nao e um disco aproveitador. Ao contrario o disco é sinceroe reflete a suavidade da cantora com canções mais intimas. Asfaixas “Minha Voz”, “Meu nome é Gal” e “Folhetim” de Caetano,

Roberto+Erasmo Carlos e Chico Buarque respetivamente, fo-ram compostas para ela. Essa coletânea é como uma dessascomposições: feita para ela, com integridade e sinceridade. Entãoé para os fãs de Gal.

Julien Thomet

Patrícia Lopes, uma nova estrela no Bistro Nova Estrela

Universitários do Canadá nosAçores para debates

Uma missão de investiga-dores da universidade canadia-na do Québec participa segun-da-feira no Faial, Açores, numdebate com universitários daregião sobre pesquisas e ecolo-gia pesqueira, anunciou hojefonte da Universidade dos Aço-res.

A fonte do departamento deOceanografia e Pescas da Uni-versidade dos Açores adiantouque a delegação canadianaque integrará o embaixador doCanadá em Lisboa, Patrick

Parisot, fará também uma visitaaos laboratórios e instalaçõesuniversitárias do Faial.

O papel desempenhado pelaUniversidade do Québec nosector marítimo, os impactosdas mudanças globais nos ecos-sistemas costeiros e árcticos e aecologia e pesca do bacalhausão alguns dos temas a tratarpelos investigadores canadia-nos no debate.

Os universitários açorianosfalarão, por seu lado, das pes-quisas desenvolvidas nos maresdas ilhas e das relações entreecologia e pesca do atum.

O único estabelecimento deensino superior dos Açores, umarquipélago de que saírammilhares de emigrantes para oCanadá, tem em preparação aassinatura de um acordo decooperação com a Universida-de do Québec

Qual é a peça da mota que os alentejanos mais gostam?O descanso.

Porque é que os alentejanos costumam dormir com o relógiodebaixo da cama?

Para acordarem em cima da hora.

Num pelotão de ciclistas, como é que se conhece o ciclistaalentejano?

R1: - O único que se esqueceu de tirar o cadeado.R2: - O único que vai naquele sentido.R3: - O único que só corre nas descidas.

Sabem porque é que os alentejanos não comem iogurtes?Porque quando chega ao estômago, já passou o prazo de

validade…

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 9

ComunidadeA favor da Fundação Charles-BruneauFesta da Vindima

Texto e fotos de António Vallacorba

O salão paroquial da IgrejaSaint-Enfant-Jesus (o quintotemplo mais antigo de Mon-tréal), que esteve tempora-riamente desactivado durantealgum tempo para melhora-mentos estruturais e de segu-

rança, regressou no sábadotransacto aos seus grandesdias festivos, para acolher umaacção de angariação de fundosa favor da Fundação Charles-Bruneau (FCB)

Tratou-se, efectivamente, da

bonita e, certamente, lucrativaFesta da Vindima, organizadasob os auspícios de um grupode amigos naturais de Água dePau – e não só – com o nome deAction Luso-Québec.

Sob o formato de jantar-dan-

çante e com muita música pelomeio, contou com a presençade Pierre Bruneau, jornalista epai do desditoso jovem Charles,que faleceu em 1988 de leuce-mia, com 12 anos, dando lugara esta nobre causa por que é

conhecida a FCB; o dr. ArlindoVieira, Luis Miranda, consor-tes, entre outras individua-lidades ligadas à comunidadee/ou à comunicação social.

Outrossim, algumas qui-nhentas pessoas (algumas vin-das de Otava e Toronto) terãoemprestado o seu calor hu-mano a esta nobre causa, numambiente contagiante e en-cantador, onde a prova dovinho novo, os artefactos liga-

dos às vindimas, voltaram a sero cenário dominante.

Jantar confeccionado peladupla de Ângelo e José de Sou-sa, baile animado pelo conjunto“Pre-Ex” e demais espectáculo

abrilhantado pelos artistasDécio Gonçalves e ManuelAugusto, ambos de Toronto; oduo Patrick e Duarte, KelseyRebelo,Vanessa Baganha e assuas bailarinas, preencheram anoite de muita movimentação ede melhor passatempo

Paralelamente, o pai do in-feliz Charles-Bruneau, PierreBruneau, bem conhecido jor-nalista do canal TVA, endere-çando-se aos convivas, não sólhes agradeceu a sua parti-cipação nesta noite, como semanifestou profundamentereconhecido ao Action Luso-Québec por esta iniciativa. Poroutro lado, teve o ensejo de

apresentar o seu livro dedicadoao Charles e a esta causa, inti-tulado de “Quand je serai gran-di, je serai guéri”, “slogan”,aliás, conotado com a própriaFCB.

Aliás, Charles Bruneau, porvia da doença que o vitimou,tornou-se num símbolo de cora-gem e esperança para os jovensquebequenses e que, diaria-mente, lutam para sobreviveràs doenças cancerosas.

Uma outra valiosa colabo-ração, veio da parte de Eduar-do Cipriano, um hábil artesãoque já nos habituou com a feitu-ra de inúmeros objectos danossa memória colectiva e ca-

ravelas, uma das quais foi arre-matada pelo nosso comum ami-go Arlindo Velosa, por 100dólares.

Finalmente, e para que cons-te, registamos os nomes daspessoas mais directamenteenvolvidas neste evento e queconstituem o Action Luso-Qué-bec: Manuel Torres, JoséFroias, Valter Froias e Gil Cou-to; Manuel Vieira, Eddy Sousa(Baganha), Carlos Correia (?)e Fátima Torres; Lúcia Sousa,Rosália Barbosa, Goretti Valen-te e Conceição, aos quais feli-citamos pelo sucesso destafesta.

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 1 0

SociedadeVítimas de crimes violentosEstado dá maisde um milhão de euros

O Estado português conce-deu, no ano passado, mais deum milhão de euros em indem-nizações a vítimas de crimesviolentos. A maioria das pessoasque pede dinheiro ao Estadopor ter sido vítima de crimesgraves recebe resposta favo-rável da Comissão de Protec-ção. Às Vitimas de Crimes Vio-lentos (CPVCV).

Em 2003, a comissão deu

parecer favorável em 62 pro-cessos e o Secretário de Estadoda Justiça aceitou todas asavaliações e atribuiu as respec-tivas indemnizações. Em mé-dia, e de acordo com as contasdo presidente da CPVCV, Cae-tano Duarte, é dada respostapositiva a «60, 70 por cento doscasos» que são analisados.Assim, em cada caso foi atribuí-do um montante de cerca de

16.700 euros. No total, o Estadoconcedeu um milhão e 37 mileuros. Deram entrada 91 pro-cessos.

No total, a comissão emitiu,no ano passado, 103 pareceresdos quais 26 foram arquivadospor não preencherem os requi-sitos exigidos. Nos casos emque as vítimas solicitem estaajuda monetária, os crimesdevem ter sido cometidos porpessoas sem capacidade econó-mica para pagar indemniza-ções. Além disso os crimesdevem ter provocado, pelomenos, 30 dias de doença.

OS CASOS MAIS GRAVES

Apenas são atribuídas com-pensações nos casos mais gra-ves e de que resultem pessoasmutiladas ou diminuídas nasua capacidade de trabalho. Amaioria dos casos tratados di-zem respeito aos crimes dehomicídio e ofensas corporais.E, mais recentemente, há tam-bém casos de violência domés-tica. Há dez anos em funcio-namento, apenas em 1999 acomissão foi alargada aos cri-mes de violência doméstica.Mas, nestes casos o requisito de30 dias de doença não é exigi-do. Aliás, nas situações deviolência conjugal o objectivo éatribuir adiantamentos deindemnização para que o cônju-ge (na maioria mulheres) seautonomize o mais rapidamen-te possível do companheiro.

A CPVCV é responsável pelainstrução de processos e emis-são de pareceres que remetepara o Secretário de Estado daJustiça.

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 1 1

A propósito do nome: SILVAAmélia Oliveira-Vaz

Um pequeno artigo foi pu-blicado neste jornal com a datade 8 de Setembro, artigo emque o professor Benjamim Sil-va, jornalista e poeta fala donome de família: Silva, dando osignificado do nome num dicio-nário. Em seguida escreveoutros nomes de família dehomens em que me pareceuque o jornalista reconhecealgum valor escrevendo que foicom a intenção de, recordarnomes de família de outros. Euachei a ideia interessante ecomo só eram nomes de ho-mens pensei em mulheres, masrecordei também alguns no-mes de família de homens queconheço. Escrevi mas nadaenviei, deixei escrito como deoutras vezes que escrevo a nãoenvio por pensar que não inte-ressam. Encontrando o Jornaldecidi copiar o que escrevera.Benjamim Silva termina a enu-meração com o nome de Vaz.Eu sorri porque conheço umVaz que também é Silva e eutambém tenho o nome de Silva.Assim escrevo aqui nomes dehomens que algo fazem para obem da Comunidade especial-mente no âmbito da cultura. Jáanunciei um Silva Vaz e lembroum Marques da Silva e conti-nuo com André, Carvalho, Ro-drigues, outro Rodrigues, A-guilar, Sousa, etc. Lembro aquium poeta cujo nome o SenhorSilva escreveu. Quando li apoesia dele vivi a surpresa e aadmiração, pensando que é omelhor entre os que conheçoaqui. É pena que não escreva epublique mais para termos oprazer de o ler. Mas o meupropósito é nomear algumasmulheres que tem dons cul-turais. Começo por lembrarduas que já não estão connoscomas que merecem ser recor-dadas. Uma foi Aldina Marquesda Silva, com grande cultura,

agradável e modesta, profes-sora universitária, escritora,pesquisadora, oradora e MariaLeonor Morais da Silva pintoraa óleo de grande sensibilidadee arte. Continuo com nomes defamília e outros, algumas quasedesconhecidas como Almeida,Pacheco, Amorim, Cláudio,duas Rodrigues, Reis, Vilela ePereira. Termino lembrandouma outra vez que não estou afalar de mim. Tantos e tantascomo valores nesta Comuni-dade. Esqueço muitos e muitas.Escritores, poetas, homens derádio, jornalistas, músicos e

cantores, etc. E todas as mu-lheres que enumerei e outrasque nas mesmas artes se valo-rizam valorizando Coda a Co-munidade.

E todas as Mulheres que euenumerei e outras que nasmesmas artes se valorizam,valorizando toda a Comuni-dade.

Mulheres de rádio, canto,dança, teatro, pintura, ensinodas letras etc. Falo de valores,dons que se recebem que de-senvolvemos, mas mais quetudo importa a educação, asinceridade, as boas maneiras,a simplicidade. Nada de vaida-des, palavras mentirosas, inve-jas ou insultos.

JJanaína: tupi, africano: “protetora das mães e esposas, rainha domar”. O mesmo que Iemanjá.Jandira: tupi: “mel da abelha jandaia”. Variante: Jandaia.Janete: forma francesa de Joana, Jane e Janice.Janice: latim “de Jano, graça de Jano”.Jaqueline: forma feminina francesa de Jacob.Jardel: francês: “joio, ou garganta”.Jeferson: inglês: “filho de jafet”. Variante: Jefferson.Jelson: variação gráfica de Gerson ou Jeferson.Jenifer: galês: “de faces brancas”.Jeová: hebraico: “o ser por excelência, Deus”.Jeremias: hebraico: “a quem Jeová constitui, exaltado por Javé”.Jerônimo: grego: “quem tem nome sagrado”. Variante:

Significado dos nomes Gerôninmo.Jéssica: hebraico: “cheia de riquezas”.Jesus: hebraico: “Deus é seu auxílio, Javé é salvação, filho de Josué”(José).Joana: feminino de João, variante de Joanã, Jane.João: hebraico, grego, latim: “Javé é misericordioso, Javépresenteou, Deus é gracioso, Deus é cheio de graça”.Joaquim: hebraico: “Javé levanta, restabelece, elevado é Javé”.Feminino: Joaquina.Joel: hebraico: “Javé é Deus, adorador de Deus”. Feminino:Joelma.Jonas: hebraico: “pomba, amante da paz”.Jônatas: hebraico: “dado por Javé”. Variante: Jonatã, Jônatan.Jorge: grego: “trabalhador da terra, agricultor”.José: hebraico: “o que nasceu depois dos outros, aquele queacrescenta, Deus aumentou (com outro filho)”. Feminino:Josefina. Variantes: Jôse, Josefa.Josué: hebraico: “Deus é auxílio”. Um dos nomes que Jesus era

conhecido.Judite: hebraico: “a louvada,mulher vinda da cidade deIehud, a judia”. Variantes:Judith, Judithe.Júlia: latim: “a cheia de ju-ventude”.Juliana: descendente de Júlio,

Júlia, ou nascida em julho. Variante italiano: Giuliana.Juliano: latim: “que pertence a Júpiter, Juno, filho de Júlio, nascidoem julho”. Variante italiana: Giuliano.Julieta: derivado de Júlia, Júlio. Variante italiana: Giulieta.Júlio: latim: “o luzente, o brilhante (relativo a Júpiter)”.

KKarem: dinamarquês de Catarina.Katia, Katya: adaptação russa de Catarina.Kelli, Kelly: irlandês, donzela, guerreira”.Kerina: hindu; “poderosa deusa”.Kim: chinês: “ouro”.Klaus: versão germânica de Nicolau.

LLadislau: eslavo: “senhor da glória”.Laércio: latim: “nascido ou vindo de Laerte, cidade da Cicília”.Laerte: grego: “guarda, salvador do povo, levantador de pedras(refere-se ao nome de uma formiga)”. Variante: Laertes.Lair: árabe: “brilhante, luminoso”.Laís: grego: “povo, a popular, a democrática”.

Continuação na próxima edição

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 1 2

O Bebé do Ano 2004Continuamos a publicação de alguns dos nossos “leitores do

futuro”. Entretanto continuamos a incentivar os nossos “leitoresdo presente”, para que nos enviem as fotografias dos seus bebésnascidos no ano 2004, acompanhadas dos respectivos nomes,datas de nascimento, nomes dos pais e número do telefone, para:Concurso Bebé 2004, A Voz de Portugal, 4231 boul. St-Laurent,Montréal, Qc H2W 1Z4.

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Nicholas Lopes De MeloNasceu: 13 de Agosto de 2004Mãe: Sandra LopesPai: Jason De Melo

VáriaA época dos Nobel

Augusto Cerqueira

Todos os anos, no mês deOutubro, os órgãos da comu-nicação social divulgam osnomes dos laureados do Pré-mio Nobel, o mais prestigiantee de mais levado valor pecu-niário de entre outros prémiosatribuídos universalmente,fazendo sentido umas brevesnotas tanto sobre Alfred Nobelcomo pela magnitude da Fun-dação por ele legada à Huma-nidade.

Alfred Bernhard Nobel nas-ceu em Estocolmo a 21 de Ou-tubro de 1823, vindo a cele-brizar-se como químico, indus-trial e, particularmente, comoinventor da dinamite.

Em 1842 a família muda-separa São Petersburgo, na Rús-

sia, onde o pai Imanuel manu-facturava minas e torpedospara o governo russo.

Em 1864 uma explosão des-truiu a sua oficina de expe-riências, matando um dos ir-mãos mais novos. As explosõessucediam-se e Alfred compre-ende a necessidade de algomenos perigoso e mais fácil detransportar. Em 1865 funda asua nova fábrica de explosivosem Krumel na Alemanha. Umano depois divulga a invençãoda dinamite que o viria a cele-brizar e enriquecer. Desdeentão multiplica as suas desco-bertas e estabelece fábricas emdiversos países, tornando-sepioneiro em várias áreas denovas tecnologias e impulsio-nador de outras indústrias, taiscomo a borracha sintética,cabedais e seda artificial. A-quando da sua morte em 10 deDezembro de 1896, Nobel dei-xava registado o impressio-nante número de 355 patentes,disseminadas por várias locali-dades. Morreu em S.Remo, naItália, com 66 anos, legando aomundo um incomparávelexemplo de trabalho e impulsonas tecnologias e indústrias do

seu tempo. Como filantropolegou em testamento à Comu-nidade Científica, a atribuiçãode 5 prémios anualmente entre-gues, no sentido de estimular ecompensar novos cientistas,incentivando assim os que seempenham no melhoramentoda condição humana.

Os cinco prémios iniciaiseram destinados à Física, àQuímica, à Medicina, à Lite-ratura e à Paz. Em 1968 foiadicionado o Prémio da Eco-nomia.

Há várias instituições ligadasà atribuição dos prémios. Porexemplo: os prémios da Física eda Química estão a cargo daReal Academia das Ciênciassueca; o de Medicina imana doReal Instituto de Medicinasueca e o de Literatura é daresponsabilidade da Academiade Letras, etc. Diz-se que Nobelnão contemplou a Matemática,devido à sua mulher ter privile-giado um relacionamento comum matemático, para além doconvencional.

As candidaturas aos Prémiossão da responsabilidade dassecções, as quais enviam àsrespectivas academias ou insti-tutos as suas conclusões, ca-bendo a estes a apreciação fi-nal.

A atribuição dos Prémiosteve início em 1901 e, desdeentão, têm sido entregues inin-terruptamente. Contudo háparticularidades de interesse.

Um Prémio pode não serentregue em determinadoano, se a respectiva Comissãode análise assim o determinar.Quando isso se verifica o mon-tante é adicionado no ano se-guinte. Um prémio pode tam-bém ser dividido equitativa-mente por duas ou mais pes-soas. Um contemplado podeainda, se assim o entender,renunciar ao galardão. Casosdestes já têm acontecido porrazões políticas em regimesditatoriais.

A atribuição dos prémios cria,ocasionalmente, discrepânciana opinião dos críticos, particu-larmente o Prémio da Paz,dando a ideia de que nem sem-pre a isenção preside com juste-za às decisões finais. MohandasGandhi foi um dos grandespacifistas do século XX mas nãofoi lembrado pela Academiasueca, enquanto Henri Kis-senger e Arafat com a “folha de

serviço” que se lhes conhece,foram contemplados. “Misté-rios que o Império tece”.

Segundo os estudiosos, umaelevada percentagem dos maisde 500 premiados no decursode 103 anos, são judeus oudestes descendentes: cerca de30 por cento.

Portugal aparece tambémna honrosa lista dos paísesdistinguidos: um em Medicina,outro em Literatura.

Em 1949, o Professor EgasMoniz ganhou o Prémio deMedicina pela sua descobertados valores terapêuticos deleucotomia em psicose. Ironi-camente foi atacado por umdesequilibrado mental, tendosobrevivido aos 5 tiros sobre eledisparados. O Prémio foi parti-lhado entre Egos Moniz e o

Samantha Pereira CalistoNasceu: 20 de Outubro de 2004Mãe: Elizabete PereiraPai: José Calisto

mais tarde era a nomeação deMiguel de Sousa (vice-presi-dente da Assembleia Regionalda Madeira) para ocupar olugar deixado vago por Hen-rique Chaves. Sobre a saída doministro, Santana Lopes mani-festou apenas estranheza pelofacto de este nada lhe ter dito,mas elogiou o seu passado pro-fissional.

Pouco depois do início dareunião, a Presidência da Repú-blica emitiu um comunicado,onde anunciava a convocaçãodo Conselho de Estado e dospartidos com assento parla-mentar. Em declarações aosjornalistas, à saída da reuniãono Palácio de Belém, PedroSanta Lopes, confirmou a disso-lução do Parlamento e conse-quente convo-cação de eleiçõesantecipadas. O chefe do Execu-tivo disse ainda que não chegoua expôr ao presidente JorgeSampaio a solução para re-solver a crise instalada noGoverno uma vez que o chefede Estado lhe anunciou a suaprópria decisão logo no iníciodo en-contro.

“O senhor Presidente daRepública informou-me da suadecisão de iniciar as diligênciasnecessárias condu-centes àdissolução da Assembleia daRepública. O Governo manter-se-á em funções até à realizaçãodas eleições. Quero dizer aosportugueses e às portuguesas

que, tal como respei-támos, emJulho, a decisão do senhorPresidente de não dissolver oParlemento, temos agora amesma postura institucional”,anunciou Pedro SantanaLopes, à saída da reunião, noPalácio de Belém.

O ainda primeiro-ministrosublinhou que a dissolução daAssembleia da República éuma decisão e uma “granderesponsabilidade” do Presi-dente da República, com a qualnão concorda. Pedro SantanaLopes referiu que há uma maio-ria parlamentar disposta a go-vernar e que, como tal, nãoencontra qualquer razão paraeleições antecipadas.

Santana Lopes, apesar demanifestar discordância, garan-tiu total respeito institucionalpela decisão do Presidente daRepública e apelou a todos osportugueses para que man-tenham serenidade e calma.Prometeu para mais tarde umadeclaração de fundo, mas dei-xou escapar um desabafo, refe-rindo que o seu Governo viveuquatro meses sob ameaça per-manente de dissolução parla-mentar e que parece que tinhade pedir licença à sociedadeportuguesa para governar.

O Presidente da Repúblicairá agora ouvir o Conselho deEstado (recorde-se que doiselementos deste órgão já ontemtinham sugerido a hipótese dadissolução parlamentar) e ospartidos com assento parla-mentar, devendo depois anun-ciar a data das elgislativasantecipadas, que apenas esta-vam previstas para 2006. JorgeSampaio deverá também expli-car aos portugueses porquetomou esta decisão, um desfe-cho que coloca a governaçãodo País em regime provisório nodifícil momento da discussão doOrçamento de Estado para2005.

Na seA posição foi tomada

SAMPAIO DISSOLVE PARLAMENTO

cientista suíço Walter RudolfHess. A Casa-Museu... EgasMoniz encontra-se localizadaem Avanca, região do Aveiro,podendo ser visitada pelo pú-blico.

Em 1998, foi a vez de JoséSaramago arrebatar o galar-dão da Literatura, uma distin-ção que os portugueses sabiamvir a acontecer a seu tempo,dada a qualidade de alguns dosnossos escritores e até de ou-tros escritores do mundo lusó-fonos, Jorge Amado, por exem-plo. Nos anos 50 havia umaespécie de duelo entre AquilinoRibeiro e Ferreira de Castro,que geravam prognósticos po-pulares. Aquilino tinha vastaobra e era um cultor da Língua.Ferreira de Castro tinha a seufavor 3 títulos de reconhecido

prestígio universal: A Selva,Imigrantes e as MaravilhasArtísticas do Mundo. Nem umnem outro o conseguira, mes-mo tendo Ferreira de castrosobrevivido 13 anos a Aquilino.

Seguiram-lhe Miguel Torga,Virgílio Ferreira e Sophia deMello Andresson, já desapare-cidos, havendo ainda dois cró-nicos candidatos (AgostinaBessa Luís e Antonio LoboAntunes) provavelmente commenores possibilidades, dado oprémio de Saramago.

A entrega dos prémios é feitaa 10 de Dezembro, dada doaniversário da morte de Nobel,em Estocolmo, à excepção doPrémio da Paz, que tem lugarem Oslo, da Noruega.

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o seu jornalà

quarta-feira

após uma reunião de urgênciaentre membros do Secreta-riado Nacional do PS e o secre-tário-geral socialista, José Só-crates, que fará uma decla-ração política por volta das20:00, na sede nacional dopartido. Na sequência do anún-cio da decisão de Jorge Sam-paio, os membros do Secre-tariado Nacional do PS e osecretário-geral socialista, JoséSócrates, reuniram-se de emer-gência. Depois do encontro ossocialistas emitiram um comu-nicado em que afirmam estarde acordo com a decisão doPresidente da república. Noentanto, o líder socialista só faráuma declaração política porvolta das 20h00, na sede na-cional do partido. Paulo Portas,ministro de Estado e presidentedo partido da coligação CDS-PP, remete para amanhã, quar-ta-feira, uma declaração oficialsobre a dissolução do Parla-mento.

REACÇÕES“É uma decisão atrasada em

quatro meses” (...). “Portugalestá a viver uma crise que seagravou em cada um destesquatro meses e as eleições sãoa forma normal de resolver isso.O BE está pronto para eleiçõese os portugueses, com certeza,querem decidir quem os irágovernar”. Líder do Bloco deEsquerda (BE) Francisco Lou-çã

ELEIÇÕES EM FEVEREIROJorge Sampaio deverá convo-

car eleições legislativas anteci-padas em Fevereiro de 2005,segundo os prazos estabele-cidos na Constituição e na leieleitoral para o Parlamento. Alei eleitoral prevê um prazo de55 dias para a convocação deeleições em caso de dissoluçãoda Assembleia da República.

No decreto de dissolução,Jorge Sampaio terá obriga-toriamente de marcar a datadas novas eleições, que, deacordo com a Constituição, têmde realizar-se nos 60 dias se-guintes à publicação do di-ploma, pelo que Fevereiro é omês mais provável para a reali-zação de eleições antecipadas.

O presidente da Repúblicadeverá inciar esta semanaencontros com os partidos comrepresentação parlamentar e oConselho de Estado.

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Actividades para a 3ª idadeSessão de informaçãoO Centro de Acção Sócio-Comunitária de Montreal informa

a comunidade que haverá hoje, 1 de Dezembro, uma sessão deinformação cujo tema é o seguinte: Harmonia familiar, mito ourealidade? Todas as pessoas interessadas em participar nestaactividade poderão dirigir-se ao CASCM hoje, pelas 14h15.

Informamos ainda que as actividades têm lugar às terças,quartas e quintas e que encerramos as actividades deste mêscom o almoço de Natal que terá lugar no dia 15 de Dezembro.Para mais informações poderão contactar com o CASCMatravés do telefone 842-8045.

Bazar organizado pelaspessoas de idade do CASCM

O grupo da 3ª idade do Centro de Acção Sócio-Comunitáriade Montreal informa a comunidade em geral que haverá nosdias 9 e 10 de Dezembro um bazar entre as 9 horas e as 5 datarde. Os artigos expostos neste bazar serão muitos e variados.Teremos artigos para a casa, música variada, vestuário, livrose muitos outros artigos. Teremos uma secção onde o artesanatoproduzido pelas mãos das nossas artistas estará em relevo! Nãoperca a oportunidade de nos visitar. Venha juntar-se a nós, etraga uma amiga. Teremos boa animação, um café bemquentinho e um bolinho à sua espera.

Estamos situados no 32 do boul. Saint-Joseph Ouest, esquinacom a rua Clark. Para mais informações podem contactar como CASCM através do número de telefone 842-8045.

Caixa de Economia dosPortugueses de Montreal

Estimados Clientes,Comunicamos que devido à actualização do nosso sistema

informático, as nossas instalações encontrar-se-ão encerradasna 6a. Feira dia 3 de Dezembro 2004 às 15h.

Pedimos desculpa pelos inconvenientes causados.Agradecidos pela vossa habitual cooperação,A Direcção

NÃO PASSE O NATAL SOZINHO!Pela terceira vez consecutiva, a Associação Portuguesa do

Canadá organiza, no dia 24 de Dezembro, um jantar de Natal,com muita alegria, prendas para as crianças e o Pai Natal.

Nesta época em que as famílias se juntam para partilhar amore alegria, muitos são os que, por múltiplas razões, se encontramsozinhos, tristes, desencorajados e às vezes sem meios decelebrar dignamente este dia.Graças ao total patrocínio deCarlos Ferreira e ao esforço e dedicação dos benévolos da A.P.C.,o Natal é passado à maneira tradicional portuguesa e está abertoa todas as pessoas que se quiserem inscrever.

Não fique sozinho, a nossa porta está aberta, venha passar afesta da família e das crianças connosco, inscreva-se telefonepara o 844-2269 ou 779-6298.

Agenda comunitariaVáriaFilarmónica Portuguesa de MontréalCom nova Direcção,festejou Santa Cecília

Texto e fotos de António VallacorbaSanta Cecília, padroeira dos

músicos, foi finalmente feste-jada durante o corrente ano,sábado passado, na sede daFilarmónica Portuguesa de

Montréal (FPM).Foi, por assim dizer, uma

celebração mais limitada doque tem sido habitual nos últi-mos anos e, por conseguinte,

apenas destinada aos músicos efamiliares desta colectividaderecreativa, com jantar, por-tanto, gratuito, e baile.

Serviu, também, para a apre-sentação da actual Direcção,saída das eleições de 11 deOutubro passado, e que é aseguinte: presidente, João Ba-

lança; vice-presidente, José deFreitas; secretário, João An-drade; tesoureiro, NorbertoTavares; e, director, Manuel deMelo.

Paralelamente, foi prestadahomenagem, com placas come-morativas e o descerramentodas respectivas fotografias, aduas pessoas muito influentesna vida institucional da FPM –Luis Pacheco, ex-músico, e oirmão, António Pacheco, jáfalecido e um dos seus funda-dores, tendo o João Bulhõeslido uma mensagem da partedo maestro desta banda, VitorBarreira. Por seu lado, Nor-berto Dâmaso e José de Almei-da proferiram algumas palavrasde elogio acerca dos home-nageados.

Contrariamente ao acon-tecido durante a última vezque aqui estivemos, esta festafoi mais participada e brilhante,com concorrido baile animadopela discoteca da casa e umaexcelente intervenção artísticada parte de Eva de Jesus Pache-co, que a todos deliciou com assuas cantigas populares.

Todavia, foi o jovem músico,Brian Ferreira, com o todo oseu entusiasmo, o grande res-ponsável pelo brilhantismogeral do serão, fazendo, pois,com que o recinto de dança

nunca ficasse vazio de convi-vas. Do sorteio da venda de umarifa para tal realizado, saíu aoantigo dirigente, João da Mota,um bilhete para um jantar paradois, graciosidade do Res-taurante Casa Portuguesa, deVitor Barreira, mas que aquelevoltou a oferecer a esta banda,acabando por ser arrematadopor José Soares, ex-músico.

Conforme declarações deJosé de Freitas sobre esta festa,e em conclusão do que por elefoi dito, trata-se de uma mani-festação cuja realização nosmoldes dos anos anteriores,terá de ser seriamente repen-sada, pelos altos custos organi-zativos que envolve.

Segundo ainda João Balan-ça, esta festa em honra de San-ta Cecília estivera inicialmenteagendada para ser realizada a26 de Setembro transacto, commissa, procissão e a partici-pação de outras filarmónicas,mas a indisponibilidade dorespectivo salão festivo e aproximidade das eleições parao novo elenco directivo, torna-ram-na impossível para aqueladata.

Fica agora por se saber secaberá novamente à FPM aorganização deste evento em2005 – naturalmente mais alar-gado à comunidade.

Entretanto, chama-se à aten-ção das pessoas interessadas,que já começaram as aulas daescola de música desta filar-mónica. Dirigidas por JoãoBulhões e Hermenegildo Pi-nheiro, decorrerão todas asterças e quintas-feiras, das19H00 à 21H00.

Finalmente, a FPM tem agen-dada para sábado, 4 do cor-rente, uma interessante noitede fados, com jantar. A artistaconvidada, será a Lúcia Belo,que far-se-á acompanhar porManuel Travassos, à guitarra,e Tony Melo, à viola.

Para mais informações sobrequalquer um desses doiseventos, devem dirigir-se àsede desta banda, sita ao 260Rachel Este, ou ligar para o(514) 982.0688.

Na sala do PlateauJORGE FERREIRAUm estilo sem desvios

Raul MesquitaPela batuta desse aparen-

temente calmo e discreto pro-dutor que é, há vários anos, oEddy Silva, esteve mais umavez entre nós um nome gran-de da canção portuguesa, so-bretudo, no continente ameri-cano. Jorge Ferreira não é umrecém-chegado aos palcos. É,antes pelo contrário, um vete-rano, que ao longo da sua car-reira soube criar um públicocerto que o admira e sempreacompanhou a sua ascensão e,paralelamente, sabe cativar eaumentar a sua popularidadejunto de um público jovem, o

que por si só, se torna deverassurpreendente. Isto porqueJorge Ferreira, não faz compro-missos com o seu estilo demúsica ou mesmo com a formade estar no palco. Também nãonecessita de gritar interjeiçõespara abafar mediocridades. Asua presença e o seu estilobastam para, com o acompa-nhamento dos seus músicos, —muito bons — garantir êxitosem quaisquer espectáculosonde actue. Boa voz, muito àvontade em cena — onde oconhecimento do público lhepermite sentir-se em terra con-quistada — não se deixa domi-nar por exageros ou ligeirezas,mantendo firme o estilo que lheé próprio, fiel à linha artística

que adoptou no início da suacarreira. E tanto melhor assim.

Num meio como o nosso, tãopouco dado à apreciação dasverdadeiras manifestaçõesartísticas e, por vezes, tão afas-tado da noção dos valores,Jorge Ferreira surge com todaa liberdade criadora, sem ne-cessidade de sujeição. É por-tanto salutar ver assumir-se overdadeiro profissionalismo,respeitador, mas sem vassa-lagem para com o público, de

cuja receptividade o artista temtodavia absoluta necessidade.

Cabelos com uns quantossalpicos prateados, a confirmaralguns anos adicionados à vida,Jorge tocou também harmó-nica — a tradicional gaita debeiços, e concertina, entre-meando canções e conversascom a assistência, apresen-tando-lhes a certo momento, otalento do seu filho de cerca de10 anos, à guitarra eléctrica

A sala, cheia, vibrou e acom-panhou repetidas vezes ascanções mais conhecidas, ondeas vozes femininas se desta-

caram e afirmaram com segu-rança.

Um bom espectáculo, onde,as, felizmente, pontuais mani-festações de neurose complexade alguns elementos da assis-tência, com evidentes pertur-bações intelectuais, não conse-guiram afectar, com os seusgritos estridentes e despro-positados, nas pretensas de-monstrações de apreciaçãopelo artista.

A primeira parte deste saraufoi preenchida pelo Duo Joe&Duarte, um agrupamento queteve sucesso pela qualidade dassuas actuações durante váriosanos e que agora se desfaz,segundo o afirmado por Tava-res Bello que, como é seu cos-

tume, se encarregou da apre-sentação com brilho e segu-rança. Seguiu-se-lhes Joe Pugacom três bailarinas na inter-pretação ritmada das suas can-ções.

Agradecendo o convite, AVoz de Portugal, encoraja Ed-dy Silva a assegurar sucessosatravés de manifestações artís-ticas de qualidade, como foi ocaso deste espectáculo de JorgeFerreira.

Livro do GaloMaria Furtado, editora do conhecido e útil Livro do Galo,

correspondendo a várias comunicações recebidas nos últimostempos, informa que este seu anuário de serviços comunitáriose comercial para o ano 2005, começará a ser distribuído noscomércios e locais habituais, a partir da segunda semana destemês de Dezembro.

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TecnologiaInternetNem ao computador confesso

Parasitas informáticos e programas-espião instalados furtivamenteno seu PC fazem dele uma comadre coscuvilheira. Tem a certeza deque a sua máquina sabe guardar segredos?

Os vírus informáticos pro-priamente ditos nunca lhe de-ram problemas de maior. Mas,no início de Outubro, Bill Gatesacabou por admitir já ter sidoafectado pela peste digital que,presentemente, mais preocupaos especialistas em segurançana Internet e os internautasmais atentos. «Também já tivemalware, essa treta [nos com-putadores lá de casa]», confes-sou o presidente e principalarquitecto de software da todopoderosa Microsoft Corpora-tion. Malware é um conceitoamplo que engloba programasmaliciosos e inclui o semprepresente spyware (programas-espião). Ao apanhar o pai doWindows (o sistema operativomais afectado, por ser o maisusado), a praga de código infor-mático parasitário revela-se

democrática: afecta todos. Ouquase.

Os peritos apontam para quenove em cada dez computa-dores com ligação à Internetestejam contaminados comspyware ou outro tipo de código

malicioso. Ou seja: estamosperante a principal ameaça àprivacidade e segurança dosinternautas. Para o directortécnico do Clix, João Bordalo, a

sofisticação das estratégiasusadas e os propósitos queservem (crescentemente os dolucro monetário), «só nos po-dem deixar preocupados».

O internauta é infectadoatravés de correio electrónico,navegando na Net ou atravésde software gratuito. Trata-se,quase sempre, de um (nadainocente) estratagema de em-presas de marketing para afe-

Malware em números75 000 é o número que computadores atacados diariamenteHá 78 000 programas-parasitaNove em cada 10 computadores ligados à internet estácontaminadoUma em cada seis infecções ocorre através de «cavalos deTroia» ou com programas de monitorização5,8 dias é o tempo que decorre entre o anúncio de umavulnerabilidade e o aparecimento de um código malicioso paraa explorarEm cada computador testado no Earthlink Spy Auditdetectaram-se, em média, 26 «instâncias» parasitáriasO número de computadores «sequestrados» por controloremoto subiu, no primeiro semestre deste ano, de 2 000 para30 000Fontes: Symantec Internet Security Threat Report; Earthlink SpyAudit

rirem os hábitos de navegaçãode cada um. Escondidos emanexos de e-mail, sites ou pro-gramas gratuitos, pequenosprogramas auto-instalam-se nocomputador para, a todo otempo, apresentarem jane-linhas com publicidade, aomesmo tempo que registam – ereenviam para as bases dedados de obscuras agências depublicidade – informações rela-tivas aos hábitos de navegaçãodo utilizador, traçando o perfilde internauta-consumidor ebombardeando-o com anún-cios talhados à medida dos seusgostos.

Um big brother no discoEste é «apenas» o mal menor.

Segundo os especialistas daSynmantec, são precisamenteas versões mais nocivas que,nos últimos meses, apresentamos maiores índices de cresci-mento: aplicações que, escon-didas nos confins do seu discorígido, registam e transmitema terceiros dados pessoais, pass-words, logins e outros ele-mentos usados no acesso acontas bancárias através daInternet, e números de cartõesde crédito. Outros programasnefastos permitem que alguémmal-intencionado se aproprieremotamente do seu compu-tador (e endereço de e-mail)para difundir, sem que o utiliza-dor o saiba, spam (lixo publici-tário). Até se encontram à ven-da programas para espiolhar avida digital de cônjuges sus-peitos de infidelidade. Bastarecorrer a um detective par-ticular...

«Nada disto é alarmismo»,garante João Bordalo, «já acon-teceu episodicamente ou fazmesmo parte do dia-a-dia.» Osnúmeros corroboram estaspalavras. O Spyaudit, um estu-do da Earthlink (fornecedor deInternet) e da Webroot (em-presa de software), detectou,entre o início do ano e meadosde Outubro, mais de 83,4 mi-lhões de ficheiros de softwaremalicioso em 3,2 milhões decomputadores analisados emtodo o mundo (uma média de26 em cada máquina).

A propagação é rapidíssima.De acordo com um estudo doInternet Storm Center, umaorganização norte-americana,um PC desprotegido, ligado àInternet, não sobrevive, emmédia, mais de vinte minutos.A velocidade de propagação da

epidemia é proporcional à lar-gura de banda.

Com perto de 600 mil aces-sos à Internet através de altavelocidade, o problema fazmossa em Portugal. SérgioMagno, chefe de redacção da

revista Exame Informática (dogrupo Edimpresa), respondemensalmente às dúvidas dosseus leitores. Segundo afirma,três em cada dez das cartas querecebe são desesperados pedi-dos de ajuda relativos a efeitosdo malware no desempenhodos computadores (ver Iden-tifique os sintomas). Por seuturno, Luís Carlos Almeida, daAjuda PC, uma pequena em-presa de SOS para computa-dores, da área de Lisboa, dizque mais de 20% dos problemasinformáticos em que é solicita-da a sua intervenção se relacio-nam com este tipo de código.Das máquinas que chegampara reparação à Chip7, doPorto, 15% estão infectadas,segundo o responsável da em-presa, José Basto.

A pisar o riscoOs estragos podem ser vá-

rios: computadores mais lentos,mau funcionamento dos pro-gramas de e-mail e crashs maisfrequentes.

Pedro Miguel Oliveira, direc-tor da Exame Informática, dizque a contaminação está mui-to ligada às más práticas denavegação e à falta de infor-mação da generalidade dosutilizadores. Por um lado, quan-

to menos experiente for umutilizador, mais facilmente setornará vítima. Por outro, amaioria dos utilizadores é negli-gente: não pratica uma nave-gação segura, não mantém osprogramas de protecção (anti-vírus, anti-spyware e firewalls)

actualizados, nem instala asactualizações do sistema opera-tivo. No caso do Windows XP, ainstalação do Service Pack 2suprime várias falhas de segu-rança (mas não todas) do siste-ma operativo da Microsoft. Umresponsável técnico do Saposalienta que o uso dessas medi-das deve ser regular. «Tãoregular como o uso que se fazdo computador», remata o di-rector do Clix. As más práticasde navegação incluem as visi-tas a certos sites de pornografiae aos de pirataria de software.

«A contaminação é muitomais provável quando se pisa orisco da legalidade», comentaAndré Zuquete, especialista emquestões de segurança infor-mática e professor da Univer-sidade de Aveiro. Com efeito,quando se usa uma aplicação(crack) para romper o códigode acesso a um programa (pa-ra o usar sem pagar), podemosestar a importar um códigomalicioso para o nosso discorígido. O mesmo acontece coma partilha de ficheiros de vídeo,música, imagens e jogos. Alémde os próprios programas comoo Kazaa ou o Morpheus seremportadores de spyware, há orisco de os ficheiros importadosestarem contaminados.

A praga está a assumir pro-porções tais que à sua volta jánasceu uma verdadeira indús-tria de softwares de «despara-sitação». Dada a dimensão dapeste, o negócio prevê-se bas-tante rentável. E Bill Gates nãoquer ficar de fora. O patrão daMicrosoft aproveitou sua confis-são para anunciar que está atrabalhar em programas dedetecção e eliminação mal-ware.

Identifique os sintomasTem razões para suspeitar que o seu computador está infestadocom spyware ou outro software não desejado quando:- Janelinhas com publicidade (muitas de conteúdos paraadultos) sem qualquer relação com o site que está a visitar. Àsvezes, não precisa de estar a navegar para essas pop-up lheaparecerem.- Página de entrada muda sem razão aparente e as que lheaparecem quando clica em «Pesquisar» são-lhe estranhas. Asdefinições do seu browser (Internet Explorer ou outro) foramalteradas sem o seu consentimento e ,mesmo conseguindorepô-las, tudo volta a ficar na mesma, sempre que reinicia ocomputador.- Browser transfigurado, com componentes adicionais, comobarras de ferramentas e campos de pesquisas, que não selembra de ter instalado. E mesmo sabendo retirá-las, elasreaparecem cada vez que reinicia a máquina.- Computador fica lento a executar as tarefas mais rotineiras eaumentou o número de vezes em que determinado programase vai abaixo.- Programas antivírus ou anti-spyware estão desligados oufuncionam mal. Trata-se de uma táctica de sobrevivência dosautores de códigos maliciosos, que consiste em atacar osprogramas de protecção.- A sua conta telefónica aumentou. Um dialer pode ter sidoinstalado, furtivamente, no seu computador, para que a sualigação à Internet se faça através de uma linha de valoracrescentado.

Falha no navegador SafariEmpresa de segurança informática Hispasec está a alertar

esta quarta-feira para uma falha no navegador Safari paraos sistemas operativos OS X do Macintosh, que poderá serutilizada por hackers para comprometer o sistema doutilizador quando este acede a determinados sites.

Segundo a empresa, o problema está na configuração donavegador que, por defeito, abre arquivos considerados segurosdepois de os ter descarregado para o computador, à semelhançado que se passava com a versão 5.2 do Internet Explorer.

A Hispasec sublinha que não há actualmente nenhumaactualização que possa solucionar este problema, pelo querecomenda aos utilizadores de Mac a não acederam à Internete ainda a alterarem o nome do controlo do URL de ajuda e adesactivarem a opção de abrir arquivos descarregados.

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VáriaAo correr da pena

Joviano Vaz

Volto de novo esta semanacom a crónica “Ao Correr daPena”. Faço-o porque esta se-mana a informação é abun-dante. Nem tudo aqui está.Escolhi o que me pareceu maispertinente. O sumário da cró-nica é o seguinte: 1-Um milhãode crianças vivem na miséria noCanadá. 2-O desemprego con-tinua estável no Canada. 3-Acegueira e o computador. 4- ASida no mundo

Um milhão de criançasvivem na miséria no Canadá

Em 1989 a Câmara dos Co-muns do Canadá decidiu com-bater a pobreza infantil. Quinzeanos mais tarde um milhão decrianças canadianas continua aviver na maior pobreza.

Segundo as estatísticas daColigação Campanha 2000, 15%das crianças canadianas vi-vem na maior pobreza. Trata-sede um aumento em relação aosúltimos seis anos e isto numaaltura em que o Governo doCanadá continua a acumularreceitas e resultados orça-mentais quase astronómicos.No seu Boletim Anual Cam-panha 2000, que representa 90organismos anti-pobreza, pedea Otava de resolver o deno-minado défice social do Canadáe a investir 18 mil milhões dedólares para combater a pobre-za. Mas o DesenvolvimentoSocial do Canadá contestaestes números. Baseia-se oorganismo em números reco-lhidos por estatística Canadáem 2002 que dizem que a per-centagem da pobreza se situaem volta de 10% ou seja 700.000crianças. Seja como for o com-bate à pobreza é uma prio-ridade que o Canadá não podemenos prezar.

O desemprego continuaestável no Canadá

Há dois meses que o desem-prego é estável no Canadá.Pode mesmo dizer-se que onúmero de empregos aumen-

tou ligeiramente no País. Se-gundo Estatística Canadá o nú-mero desses empregos aumen-tou de cerca de 34.000.

Mas a percentagem de de-semprego não aumentou nemdiminuiu em Outubro em rela-ção a Setembro. Manteve-seele a 7,1%. No Quebeque a taxade desemprego aumentou li-geiramente passando de 8,3% a8,6%. No Nouveau Brunswickela diminuiu de 10,1 % a 9.6%.No Ontário a percentagemmanteve-se a 6,5%.

Ligeiros aumentos foramnotados na Terra Nova e nasProvíncias do Oeste. Mas nãoesqueçamos que uma coisa sãoas estatísticas e outra coisa é arealidade. Quer queiramos ounão o desemprego ainda é ele-vado no Canadá.

A cegueira e o computadorTodos utilizamos, um dia ou

outro, um computador comtodo o nosso entusiasmo. Masuma notícia em proveniênciado Japão vem por água nesseentusiasmo. Talvez que embreve os computadores sejamvendidos com um aviso para asaúde. Cientistas da Univer-sidade de Toho afirmam queolhar intensivamente e quoti-dianamente para um ecran decomputador e durante muitashoras pode causar a cegueira.A equipa de cientistas que

estudou a questão diz que háuma correlação entre a fre-quência de utilização de umcomputador e a presença deproblemas de visão. Atenção,pois, muita atenção aos abusoscom o computador.

A SIDA no mundoO número de pessoas que

vivem com o vírus da Sida nomundo aumentou em 2004para atingir um nível recordede 40 milhões. O relatório daOnusida que acaba de ser publi-cado sublinha que a África é aregião do mundo mais conta-minada. O relatório das NaçõesUnidas insiste sobretudo sobreo aumento de infecções nasmulheres. O relatório afirmamesmo que a metade dos do-entes actuais são mulheres. Nosdois últimos anos o número demulheres atingidas aumentouem todas as regiões do mundo,sobretudo na Ásia Central, naÁfrica e na Europa de Leste. AOnusida fez mesmo um apeloespecial à China e à Rússia paraque estes dois Países encon-trem e desenvolvam meios decontrolar a epidemia. A Sida, é,pois, um flagelo mundial quemuito gente procura ignorar ouesquecer. Esta crónica terminaaqui. Mas a investigação con-tinua. Vou continuar a ler e aseleccionar as notícias que meparecerem importantes. E nãoesqueçamos que estamos prati-camente no Inverno. Cuidadocom o frio e com a neve.

O que vai por AngolaJosé Samakaka

Numa altura em que está namoda os Political RealityShows, acredito que os portu-gueses ainda são um povo debrandos costumes. Aliás, Portu-gal pode ajudar os angolanos,denunciando o que se está adesenhar em Angola: uma au-têntica fraude aos fundamentosbásicos da legitimidade de umgoverno e a edificação de umEstado Utópico sob uma falsarealidade.

Enquanto os Angolanos es-peravam sinais claros de umaabertura política, Eduardo dosSantos, lança o País e o seu Povonuma nova onda de disputasjurídicas em torno de um even-tual desfecho do processo elei-toral de 1992 e por outro lado,defende a validade do Memo-rando do Luena, Moxico, assi-nado em Abril de 2002 quereajustou o quadro dos Acor-dos de Lusaka, parcialmenteimplementados até hoje.

E como não há duas sem três,Zé de Angola, considera quaseexemplar o processo de recon-

ciliação nacional, enquanto osdesmobilizados da FMU, asviúvas e famílias dos quadros eantigos combatentes da UNI-TA, da FNLA e da FLEC, conti-nuam sem documentos de i-dentidade nacional, sem eiranem beira, usados como moe-das de troca partidária, numpaís onde todos dançam debarriga vazia.

Raul Araújo, o Bastonário daOrdem dos Advogados de An-gola afirmou do complexoponto de vista jurídico, a reali-zação da segunda volta daseleições presidências de 1992.Não fosse a Guarda Pretorianade Eduardo dos Santos ouvi-lo,corrigiu o pensamento e defen-deu, “eu tive oportunidadesvárias vezes de dizer o quepenso sobre esta questão. Énecessário politicamente en-contrar uma solução para isto,porque do ponto de vista jurí-dico pode-se realizar uma se-gunda volta. Do ponto de vistameramente formal, podemosdizer que ainda se está em

condições de se fazer as condi-ções, já que ela não foi com-pletada há cerca de 12 anos. Doponto de vista de legitimidade,a questão que se coloca é aseguinte: Haverá ou não legi-timidade se colocarmos o elei-torado agora a pronunciar-sesobre uma eleição que não foiesse mesmo eleitorado que sepronunciou há 12 anos?”

A sociedade civil mesmo emsurdina opinou; estamos numanebulosa política, em que oPresidente da República nãosabe por onde ir ou procura, poraproximação progressiva, umamanobra de “legalização” dopoder vitalício? Qualquer queseja a situação não deixa de serkafkaniano tentar explorar aideia de que, em relação a si, oprocesso político-constitucionalesteve congelado durante 12-13 anos e que agora vamos tirá-lo do frigorífico e aquêce-lo coma dita “segunda volta”, dandoao actual presidente a possi-bilidade de ficar mais 15 anos nopoder, escreveu Nelson Pes-tana, conhecido escritor an-golano.

UNIÃO EUROPEIATurquia tem que esperar até 2014

A adesão da Turquia à UniãoEuropeia não poderá efectivar-se antes de 20014. A ideia estáinscrita num esboço da decla-ração a apresentar na próximacimeira dos líderes dos 25.

Até 2014, a Turquia não po-derá entrar na União Europeia,segundo um projecto de con-clusões da reunião de chefes deEstado e de governo de Bru-xelas de 16 e 17 de Dezembro.

O documento, a aque a agên-

cia Reuters teve acesso, prevêcondições muito duras para ogoverno de Ancara, num cená-rio de próximas negociações.

Segundo o projecto de decla-ração da cimeira europeia, asduras condições podem incluiro reconhecimento da Repú-blica de Chipre por parte deAncara e possíveis restriçõespermanentes à emigração tur-ca que procura trabalho noespaço comunitário.

A Reuters refere ainda que oprojecto de declaração deixaem aberto a parte relativa à

decisão mais importante desaber se e quando abrir nego-ciações com o governo de Anca-ra, decisão que caberá aoslíderes europeus durante acimeira.

De resto, a possibilidade dealguns Estados-membros orga-nizarem um referendo sobre aentrada da Turquia pode abrirum caminho de incertezaquanto às negociações.

O projecto sublinha os pro-gressos decisivos feitos pelaTurquia no seu processo dereformas, mas estabelece umquadro de negociações muitorestrito e adianta que nuncapoderão terminar antes dosEstados-membros terem con-cluído as negociações sobre oorçamento comunitário para operíodo posterior a 2014.

Helicóptero desaparececom cinco pessoas a bordo

Um helicóptero MI-8 comcinco pessoas a bordo desa-pareceu, sábado, na região deKamchatka, no extremo orien-te da Rússia, informou o minis-tério russo para as Situações deEmergência.

A comunicação com o apare-lho da companhia Linhas Aé-reas de Kamchatka, com trêstripulantes e dois médicos abordo, perdeu-se há váriashoras, quando MI-8 cumpriaum voo regular entre as loca-lidades de Osatcha e Elizovo.

Dois helicópteros que saírampara resgatar o MI-8 tiveram deregressar devido ao mau tem-po.

A busca está ser feita por umaexpedição terrestre, integradapor veículos todo o terreno.

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Guia do ConsumidorCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLARCÂMBIO DO DÓLAR

CANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOCANADIANOEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGALEM PORTUGAL

EM 30 NOVEMBRO 20041 E U R O = 1 . 5 7 0 61 E U R O = 1 . 5 7 0 61 E U R O = 1 . 5 7 0 61 E U R O = 1 . 5 7 0 61 E U R O = 1 . 5 7 0 6

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LATINO177 Mont-Royal Est 849-1153

LISBOA355 Rachel Est 844-3054

TAGUS4289 St-Laurent 844-3307

URGÊNCIASE SERVIÇOS PÚBLICOSAmbulância 842-4242Clínica Portuguesa Luso 849-2391Polícia 9-1-1Bombeiros 872-1212Hospital Hôtel-Dieu 844-0161Hospital Royal Victoria 842-1231Hospital Ste-Justine 345-4931Hospital Ste-Jeanne-d'Arc 842-6141Hospital de Montrealpara Crianças 934-4400Serviço de Auxílio aosEmigrantes(SANQi) 842-6891Sun Youth, Serviços de Urgência 842-6822

ASSOCIAÇÕES E CLUBESAss. Angolana de Montreal 313-6465Associação N. S. de Fátima(Chomedey, Laval) 681-0612Associação Portuguesado Canadá 844-2269Associação Portuguesado Espírito Santo 254-4647Associação Portuguesade Lasalle 366-6305Associação Portuguesade Ste-Thérèse 435-0301Caixa de Economiados Portugueses 842-8077Casa dos Açores do Quebeque 388-4129Centro de Ajuda à Família 982-0804Centro Português de Referência 842-8045Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550Clube Oriental Português de Montreal 342-4373Clube Portugal de Montreal 844-1406Grupo Folclórico Campinosdo Ribatejo 353-3577Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634Ass.Port.West Island 684-0857Português de Montreal 739-9322Sporting Clube de Montreal 499-9420Sport Montreal e Benfica 273-4389

IGREJASIgreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

RÁDIO E TELEVISÃORádio Centre-Ville 495-2597Rádio CFMB 483-2362Radio Clube Portugal 849-9901

Consulado Geralde Portugal

2020 Rua University, suite 2425Montreal (Québec) H3A 2A5

Tel.: (514) 499-0359HORÁRIO DE ABERTURA

2ª, 3ª, 5ª,6ª das 9 às 12h304ª das 9h - 12h30 e das 14h-17h

UM SERVIÇO DO

(514) 287-3370(514) 287-3370(514) 287-3370(514) 287-3370(514) 287-3370

BOUTIQUESBOUTIQUE ANA MARIA4409 St-Laurent 849-6619

CAIXA DE ECONOMIACAIXA PORTUGUESA4244 St. Laurent 842-8077

CANALIZADORESPLOMBERIE & CHAUFFAGE LEAL INC.4267 Av. Coloniale 285-1620

672-4687CASAMENTOSBOUTIQUE LISBONNE4083 Boul. St-Laurent 844-8738

CLÍNICASCLÍNICA MÉDICA LUSO1 Mont-Royal Este 849-2391

CLÍNICA MÉDICA NOVA3755 Boul. St-Laurent 987-0080

CONTABILISTASGEORGE PRENDA, C.A.4157 St-Laurent 232-3095

DENTISTASDR. THUY TRAN4270 Boul. St-Laurent, #209 499-1624

DISCOS/LIVROSDISCOTECA PORTUGUESA4276 St-Laurent 843-3863

ESCOLAS DE CONDUÇÃOESCOLA DE CONDUÇÃO BRUNO26 Jean-Talon O 272-5779

ELECTRICIDADEELECTRO-LUSO225 Gounod 385-1484 e 3 8 5-3541

FARMÁCIASFARMÁCIA TRANG4148 Boul. St-Laurententrega ao domicílio 844-6212

FOTÓGRAFOSPHOTO GALÍCIA4065 St-Laurent 845-5335

FUNERAISALFRED DALLAIRE|MEMORIAwww.memoria.ca4231 St-LaurentEduino Martins, Cel.: (514) 277-7778

(514) 862-2319

ALFRED DALLAIRE Groupe Yves Legaré1350 Autoroute 13, Laval (514) 595-1500 Víctor Marques (514) 570-9857

GARAGENSALBERT STATION SERVICE4209 De Bullion 845-5804

IGREJASIGREJA CRISTÃ VITORIOSAPara mais informações:www3.sympatico.ca/igreja.vitoriosa

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESAPastor Pedro Felizardo Neves6297 Monkland Ave.. (514) 484-3795CENTRO CRISTÃO DA FAMÍLIAAssembleia de Deus do Canadá2500 Boul. Rosemont (esq. Iberville)Pastor: Carlos Figueiredo 376-3210

IGREJA EVANGÉLICA LUSO-FRANCÓFONA28 St-Charles, Ste-Thérèse (450) 435-9834

MÁQUINAS DE COSTURAMONSIEUR MACHINE À COUDRE7341 St-Hubert 271-6452

MONUMENTOSGRANITE LACROIX INC.Construção de monumentos1735 Boul. des LaurentidesLaval, Québec (450) 669-7467

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RENOVAÇÕESLES RÉNOVATIONS LISBONNE INC.Tony 593-6649Dominique 842-6420

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Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)

RESTAURANTESCANTINHO3204 JARRY E 729-9494

CASA VINHO3750 MASSON 721-8885

ESTRELA DO OCEANO101 Rachel E. 844-4588

LA GRILLE PORTUGAISE8616 Chaumont, Anjou 351-7444

SOLMAR111 St-Paul E 861-4562

TASCA172 Duluth E 987-1530

REVESTIMENTOSROBERT TAPIS E PRELATS4577 St-Laurent 845-1520

TAPIS RENAISSANCE7129 Boul. St-Michel 725-2626

SATÉLITESLUMAR ELÉCTRONICA612 Meloche, Dorval 947-1479

TIPOGRAFIASTYPOGAL LTÉE.4117-A, St-Laurent Tel.: 844-0388 / 844-7257 Fax: 844-6283

VESTUÁRIO DE CRIANÇABOUTIQUE MADAME MONTREAL4276 St-Laurent 843-7282

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)

GÉMEOS (21 de Maio - 20 de Junho)

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)

Carta da Semana: O Papa que significa Sabedoria.Amor: Faça uma análise aos comportamentos que tem vindoa adoptar, pois, por vezes, pode não estar a ser muito correctona forma como se relaciona com os seus familiares.Saúde: Inicie um tratamento para emagrecer, mas antes

disso consulte o seu médico e aposte nos produtos naturais.Dinheiro: Antes de assinar um contrato importante, verifique todas ascláusulas para não sair prejudicado.Número da Sorte: 5 Números da Semana: 1, 3, 7, 18, 22, 33.

Carta da Semana: A Estrela, que significa Protecção, Luz.Amor: Não se deixe abalar por uma pequena discussão coma sua mãe. Apesar de terem pontos de vista diferentes, o amorque vos une é mais forte do que qualquer outra coisa.Saúde : Possíveis problemas de coluna.

Dinheiro: Utilize a sua inteligência e destreza mental para resolver umassunto relacionado com o bom funcionamento da empresa onde trabalha.Número da Sorte: 17 Números da Semana: 5, 18, 39, 44, 46, 49.

Carta da Semana: 9 de Paus, que significa Força naAdversidade.Amor : Saiba reconhecer os seus erros. Por vezes o seuorgulho não o deixa perceber de que lado está a razão.

Saúde: Concentre-se na resolução de uma disfunção de cariz sexual.Dinheiro: Por ser uma pessoa honesta e íntegra, o seu chefe depositaem si uma enorme confiança e é provável que o recompense com um convitepara trabalhar directamente com ele.Número da Sorte: 31Números da Semana: 11, 27, 29, 31, 42, 46.

Carta da Semana: Ás de Ouros, que significa Harmonia eProsperidade.Amor: Semana muito protegida. O ambiente em casa vai sermuito feliz.Saúde : Procure o seu médico. Há já muito tempo que

necessita de fazer um check-up.Dinheiro: Este período tende a ser muito produtivo e cheio de trabalho.Aproveite estas boas energias para investir no seu futuro.Número da Sorte: 65 Números da Semana: 8, 17, 29, 33, 45, 47.

Carta da Semana: 5 de Ouros, que significa Perda/ Falha.Amor: É provável que venha a descobrir algo que o façaterminar uma relação amorosa de longa data.Saúde: Tendência para a depressão.Dinheiro: Perante uma situação complicada aja com a

sabedoria adquirida pela sua experiência de vida.Número da Sorte: 69 Números da Semana: 2, 15, 19, 28, 33, 47.

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)Carta da Semana: Cavaleiro de Ouros, que significaPessoa Útil, Maturidade.Amor: Confie na sua intuição e dê uma oportunidade aquelapessoa que acabou de conhecer.

Saúde: Momento indicado para tratar da sua saúde oral.Dinheiro: Invista num negócio que lhe poderá garantir um futuro próspero.Número da Sorte: 76Números da Semana: 7, 21, 24, 32, 39, 44.

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)Carta da Semana: 10 de Paus, que significa SucessosTemporários, Ilusão.Amor: Não se deixe enganar por falsas ilusões.Saúde: Estável.

Dinheiro: Seja responsável nos seus compromissos.Número da Sorte: 32Números da Semana: 4, 11, 25, 39, 44, 49.

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)Carta da Semana: Valete de Espadas, que significaVigilante e Atento.Amor: Procure estar atento ao comportamento da sua cara-metade.

Saúde: É possível que se sinta um pouco febril e indisposto.Dinheiro: Mantenha a lucidez pois só desta forma poderá conseguirarranjar forma de liquidar as suas dívidas.Número da Sorte: 61 Números da Semana: 1, 8, 9, 12, 17, 21.

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)Carta da Semana: A Temperança, que significa Equilíbrio.Amor: Durante esta semana sentirá necessidade de ficar noaconchego do lar a ouvir a sua música favorita ou a ler um bomlivro. Desfrute das comodidades da sua casa.Saúde: Não passe demasiadas horas em frente ao televisor

porque os seus olhos podem ressentir-se.Dinheiro: O sucesso está no seu caminho. Mantenha a sua postura firmee tranquila.Número da Sorte: 14 Números da Semana: 2, 14, 29, 33, 37, 41.

CAPRICÓRNIO (22 deDezembro - 20 de Janeiro)Carta da Semana: A Roda da Fortuna, que significa Sorte,Acontecimentos Inesperados.Amor: Os nativos que estão sozinhos podem conhecer umapessoa bastante interessante.

Saúde: Canalize a sua energia para actividades de lazer.Dinheiro: Não arranje problemas onde eles não existem. Aceite as críticasdos seus colegas. Eles não querem o seu mal, apenas o querem ajudar.Número da Sorte: 10 Números da Semana: 1, 17, 19, 22, 30, 40.AQUÁRIO (21 de Janeiro - 18 de Fevereiro)

Carta da Semana: 6 de Paus, que significa Ganho.Amor: Esteja atento aos sinais do destino. Pode encontrar asua alma-gémea e nem reparar.Saúde: Certifique-se que está tudo bem com o seu organismo.A prevenção é a melhor forma de evitar problemas graves.

Dinheiro: É possível que perca um objecto de grande valor sentimental.Número da Sorte: 28 Números da Semana: 8, 10, 26, 32, 37, 49.PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)

Carta da Semana: O Diabo, que significa Energias Negativas.Amor: Enfrente os problemas, de modo a poder resolvê-los.Fale abertamente com o seu par.Saúde: Controle a fadiga, descanse mais. O seu corpo tem limites.

Dinheiro: Poderá vir a receber uma pequena fortuna.Número da Sorte: 15 Números da Semana: 12, 4, 32, 47, 19, 7

julgamento mas após contra ataque do procurador do MP, aaudiência foi interrompida para almoço e no final do dia foidecidido que o julgamento continuará no Tribunal do Monsantoa 2 de Dezembro, devido às melhores condições deste tribunalpara processos como este que, por entre outras razões, envolvemmuitas dezenas de participantes.

Este é um dos processos mais mediáticos e mais emotivos queterão passados pelos tribunais portugueses. Os advogados dosarguidos experimentaram todas as possibilidades de minimizar asacusações que pesam sobre os seus clientes, tentandodesacreditar as testemunhas acusatórias ou negando qualquerimplicação no célebre caso. De um lado e de outro houve ataques,defesas, contra-ataques e contra-defesas, pedidos de suspensão,de separação e de junção de processos, de negações e decontradições. Pedidos de demissão do Procurador-geral daRepública, por certas frases incongruentes ligadas com o processo.

Fértil também em entrevistas jornalísticas e imagens televisivas.A emoção é palpável em muitos cidadãos que já decidiram da

sorte dos arguidos. Para muitos, como os que acorreram aosmagotes ás portas do Tribunal da Boa-Hora, por entre os quaismuitos jornalistas ávidos de sensações, a culpabilidade dosarguidos não tem defesa e foram já condenados por eles. Osinsultos e as ameaças choveram sobre Carlos Cruz, maneira talvezde evacuar muita inveja e frustração, sobre um dos melhoresprofissionais da TV, agora caído em desgraça para gáudio degente sem princípios e de sentimentos primários. Um pouco comoa lei do Far-West. Quando um homem está caído, todos osfanfarrões da terra se ajuntam para o espezinhar. Um pouco maise passava-se ao linchamento.

A baixa Lisboeta teve um dia diferente nesta última quinta-feira.Abandonaram-se as actividades habituais do jogo de cartas ouassistência aos treinos do Benfica, combinaram-se encontros,frenéticos, para acompanhar do exterior a chegada dos arguidose testemunhas à Boa-Hora. Houve mirones para todos os gostos efeitios. E naturalmente, opiniões sabichonas dos agitadoresprofissionais habituais. Daqueles que normalmente acordam dasbebedeiras na taberna da esquina para se exaltarem nos comícios,como o Zé de Alfama na história da Viscondessa. Conta-se (históriafictícia), que uma colectividade do Bairro de Alfama organizou umespectáculo de beneficência. Convidaram com figura especial aSenhora Viscondessa que acedeu para interpretar ao piano duasobras clássicas, intituladas “Cínica” e “Megera”. Coisa daquelasnunca os citadinos tinham ouvido ou visto e daí, o nosso Zé já umtanto amachucado pelo tintol adormeceu na cadeira. Querendoagradar à Viscondessa— que entrou com uns trocos para aassociação, o público no final da sua apresentação pediu bis dasobras interpretadas gritando os seus títulos: Cínica! Megera!,Cínica!, Megera!.. Acordando sobressaltado, o nosso Zé, semcompreender o que se passava, olhos esbugalhados e com todo orancor “estampado” na voz, levantou-se e gesticulando gritou: Suavaca! Seu coirão!!

Esta uma forma “clássica” do tribunal popular.Que a Justiça corra os seus trâmites. E que as causas sejam

tratadas em função das provas e das defesas apresentadas à juízae não nos moldes do antigo Far-West onde se agitava ainconsciente e emotiva justiça popular.

Como nos tempos do Far-WestA Justiça popular agita-se

Cont. da pág. 5

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 1 7

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CANDIDA BOTELHO BRUM1918 - 2004

No passado dia 21 de Novem-bro, faleceuem Montreal com a idade de 86 anos, a Sra.D. Candida Botelho, esposa muito amadado Sr. Claurencio Brum, naturais da Vilade Rabo-de-Peixe, São Miguel, Açores.Deixa na dor seu esposo, seus filhos e filhas,noras e genros, netos e netas, irmãos eirmãs, cunhados e cunhadas, assim comomuitos outros familiares e amigos.Uma missa de corpo presente teve lugarna Igreja da Missão Santa Cruz, presidida pelo Rev. PadreLaurensius Ruba, e animada em cânticos pela Sra. D. InêsGomes, seguindo depois o cortejo fúnebre em direcção aocemitério Repos Saint François D’Assise, onde foi a sepultar,descansando para a eternidade.A família Brum vem por este meio agradecer a todos os que comsua presença, palavras e gestos de amizade, os reconfortaramnestes momentos difíceis da sua vida. A todos, o nosso sinceroObrigado e Bem-Hajam.

Os serviços funerários estiveram a cargo de:MAGNUS POIRIER inc.6825 rua Sherbrooke esteMontreal, QuebequeTel: 514-727-2847Director: José Teixeira

ELVIRA BOTELHO CASADO1949 - 2004

No passado dia 14 de Novembro de 2004, faleceu

em Montreal, com a idade de 55 anos, a Sra. D.Elvira Botelho, natural de Ribeira-Grande, SãoMiguel, Açores, casada com o Sr. António Casado,natural de Furnas, São Miguel, Açores.

Deixa na dor seu esposo, sua filha Susana, seusirmãos e irmãs, cunhados e cunhadas, sobrinhos esobrinhas, primos e primas, assim como muitosoutros familiares e amigos.

Uma missa de corpo presente teve lugar naIgreja da Missão Santa Cruz, presidida pelo Rev. Padre LaurensiusRuba, e animada em cânticos pela Sra. D. Filomena Amorim, seguindodepois o cortejo fúnebre em direcção ao cemitério Notre-Dame-des-Neiges, onde foi a sepultar, descansando para a eternidade.

A família vem por este meio agradecer a todos os que com suapresença, palavras e gestos de amizade, os reconfortaram nestesmomentos difíceis da sua vida. A todos, o nosso sincero Obrigado eBem-Hajam.

Os serviços funerários estiveram a cargo de: MAGNUS POIRIER inc.6520 rua St. Denis,Montreal, QuebequeTel: 514-727-2847Director: José Teixeira

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 1 8

Comunidade21º aniversário da AssociaçãoPortuguesa do Espirito Santo

A Associação Portuguesa doEspírito Santo, fundada em 14de Outubro de 1983, festejou nopassado dia 20 de Novembro,no seu salão nobre, o seu 21ºaniversário de existência.

Durante o jantar confectio-nado pelo conhecido chefecozinheiro Norberto Lima e asua equipa, Artur Couto, nova-mente à chefia do C.A., no seudiscurso, implorou a implicação

Antero Branco

A Voz de Portugalna Internet

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Tel.: (514)284-1813Fax: (514)284-6150

mais activa da juventude nasactividades da Associação emais suporte da parte dos asso-ciados.

Como ainda era tempo de S.Martinho aproveitaram a oca-sião para organizar durante oserau uma prova de vinhosnovos caseiros. Os três pre-miados foram:

1ºprémio – José Carlos Costa2ºprémio – Jorge Couto3ºprémio – Conceição MonizForam também apresenta-

dos os membros do conselhoadministativo para o ano 2004/2005, chefiados por Artur Cou-to. Joaquim Silva, vice-presi-dente, Eduarda Leite, secre-tária, Dora Barão, tesoureira eJoaquim Coelho, director. Namesa da assembleia geral con-tinua Eduino Martins comepresidente.

Várias entidades ligadas àcomunidade participaram nes-te evento em que o Grupo Mu-sical Som 2000 animou commuito profissionalismo.

O Jornal a Voz de Portugaldeseja muito sucesso ao novoelenco administrativo de Ho-chelaga e espera que a comu-nidade participe nos eventosdesta activa colectividade daparte Este de Montreal.

…E a festa continua...Apostando como sempre, na

divulgação da cultura portu-guesa e nos talentos locais enão só, o Clube Oriental Portu-guês de Montreal, celebrou nosábado, dia 27 de Novembro,mais outro evento. Os grupos,“Rancho Folclórico Verde Mi-nho”, “Rancho Folclórico Praiasde Portugal” e o “Rancho Fol-clórico Cana Verde”, todos trêslocais, mas que presentearam opúblico com boas actuações.Neste serão bailaram ao som devários instrumentos e a estesjuntavam-se as vozes dos canta-dores e a agilidade dos baila-dores.

Finalmente, eis que o Ran-cho Folclórico Barcuense (Ar-cos de Valdevez) de New Jer-

sey começou a actuar. É umrancho que entre tocadores,cantores e bailarinos conta comquarenta pessoas mais ou me-nos. O Rancho Barcuense foideveras uma surpresa, talveztambém devido a ser um ran-cho desconhecido da maioriados presentes na sala, mas quesão possuidores de uma habili-dade e agilidade de movimen-tação rapidíssima.

Sob aplausos, sorrisos e mui-tas fotos, os nossos amigosterminaram o seu espectáculo,pois que ainda nessa noitetiveram que regressar a suascasas, em New Jersey.

No entanto, o serão conti-nuou até às tantas da madru-gada com os grupos locais a

tocarem, cantarem e dança-rem. É que o folclore está enrai-zado nestas gentes...é parte davida deles!

Umas fitas simbólicas foramoferecidas a cada um destesgrupos.

A organização do Clube Ori-ental Português de Montrealmais uma vez apresentou outroserão cultural de grande quali-dade, conseguindo mostrar aomesmo tempo um autênticodesfile de cor, som e luz. Ofolclore é a alma de um Povo, enós portugueses não fugimos àregra.

É verdade...aqui, respira-seamizade, respeito e compre-ensão e na hora da partida aspessoas manifestam sempredesejos de voltar.

Natércia Rodrigues

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A VOZ DE PORTUGAL, 01 de Dezembro de 2004 - Página 1 9

Desporto

Guarda-redes uruguaio defendetrês penalties num só jogo

Uma história feliz, mas queserve apenas para construir omito. Ignacio de León, guarda-redes do Fénix, clube da pri-meira divisão uruguaia, entroupara a história do futebol do seupaís ao defender três grandespenalidades em apenas umjogo. Mas, apesar da sua grandeactuação, não conseguiu evitara derrota perante o Nacional,por 2-1.

Na primeira vez parou umremate do máximo goleadordo campeonato, AlexanderMedina, logo aos dez minutosde jogo; à segunda, já na segun-da parte (48m), evitou o golo deSebastián «Loco» Abreu, em-

bora não tenha evitado o em-pate na recarga; finalmente, naderradeira ocasião, aos 59m,voltou a deslumbrar, defend-endo o penalty apontado porMedina.

A felicidade do guarda-redesdo modesto Fénix era enorme,mas a sua destreza não conse-guiria evitar o desaire e comum golo do próprio Medina, quevingar-se-ia da penalidade de-fendida dois minutos antes. DeLeón é que ganhou ainda maisnotoriedade no seu país, depoisde já ter sido convocado para aselecção, embora nunca tenhajogado qualquer partida oficial.

Secretária de EstadoAbre VI PortoCartoon

A Secretária de Estado dasArtes e Espectáculos, TeresaCaeiro, vai presidir à inau-guração da exposição do VIPortoCartoon-World Festival,

que vai realizar-se no próximodia 6, às 17h., nas instalações

do Ministério das Finanças, noTerreiro do Paço, em Lisboa.

Teresa Caeiro fará a entregados prémios e troféus aos cartu-nistas premiados no festival epresentes no evento.

O PortoCartoon é conside-rado pela FECO (Federation ofCartoonists Organisations), umdos três principais festivais dedesenho humorístico do mun-do.

A edição deste ano é subor-dinado ao tema “Desporto eSociedade” em sintonia com oEuro 2004 e os Jogos Olímpicosde Atenas.

A mostra é constituída por226 cartoons, apresentando ostrabalhos premiados, as men-ções honrosas atribuídas e osmelhores desenhos seleccio-nados dos quatro cantos domundo. Estão presentes paísestão diferentes como o Azerbei-jão, a Colômbia, a China, aCoreia do Sul, a Indonésia, oPeru, o Uruguai e o Uzbequis-tão para além dos principaispaíses europeus. Podem tam-bém ser apreciados trabalhosde três renomados caricatu-ristas portugueses: Cid, Metelloe Vasco.

O grande vencedor do con-curso foi Grzegorz Szumowski,da Polónia, que em 2003, jáhavia arrecadado o 2º prémiodo V PortoCartoon. O segundoprémio foi atribuido a Borislav

Stankovic da Sérvia e Monte-negro e o terceiro ex-aequo aAchille Superbi, de Itália, e aMichael Kountouris, da Grécia.

A participação deste anobateu todos os festivais anterio-res ao receber a concurso 2146cartoons, de 606 autores, de 64países. Globalmente, a ediçãodeste ano teve um crescimentode 20% em relação ao VPor-toCartoon.

O VI PortoCartoon-WorldFestival, inaugurado em Ju-nho, antes do Euro 2004, noMuseu Nacional da Imprensa,no Porto, com a presença dasatletas olímpicas Rosa Mota eAurora Cunha, já foi visto pormilhares de pessoas, nas insta-lações daquele museu e nosvários locais onde estiveramextensões da mostra.

A exposição pode ser vista noátrio do Ministério dasFinanças até 31 de Janeiro noseguinte horário: 2ª a 6ª, 9h-19h. A entrada é livre.

SuperligaClassificação geral Equipa J V E D Pts1 º F.C. Porto 12 7 4 1 252 º Boavista 12 7 2 3 233 º Benfica 12 6 4 2 224 º Sp. Braga 12 6 4 2 225 º Sporting 12 6 3 3 216 º Marítimo 12 5 5 2 207 º V. Setúbal 12 6 2 4 208 º Rio Ave 12 3 8 1 179 º U. Leiria 12 4 5 3 1710 º Belenenses 12 4 3 5 1511 º Penafiel 12 4 2 6 1412 º Guimarães 12 3 4 5 1313 º Estoril 12 3 3 6 1214 º Nacional 12 3 3 6 1215 º Académica 12 3 2 7 1116 º Beira Mar 12 2 4 6 1017 º Gil Vicente 12 2 3 7 0918 º Moreirense 12 1 5 6 08

Calendário e resultados-12ª jornadaSetúbal 0-1 F.C. PortoSporting 4-1 MoreirenseU. Leiria 1-0 BenficaEstoril 0-1 V. Guimarães Rio Ave 4-1 Nacional Penafiel 3-1 Académica Marítimo 1-1 Gil Vicente Belenense 1-2 Sp. Braga Boavista 3-0 Beira Mar

II LigaClassificação geral Equipa J V E D Pts1º E. Amadora 12 7 3 2 242º Maia 12 7 3 2 243º Naval 12 6 4 2 224º P. Ferreira 12 6 4 2 225º Ovarense 12 6 3 3 216º D. Aves 12 7 0 5 217º Olhanense 12 6 2 4 208º Leixões 12 5 3 4 189º Marco 12 4 6 2 1810ºFeirense 12 4 2 6 1411ºVarzim 12 3 4 5 1312ºAlverca 12 4 1 7 1313ºGondomar 12 3 3 6 1214ºFelgueiras 12 3 3 6 1215ºPortimonense 12 3 3 6 1216ºSp. Espinho 12 3 3 6 1217ºSanta Clara 12 3 2 7 1118ºD. Chaves 12 2 3 7 09

Calendário e resultados-12ª jornada28 / 11 / 2004Amadora 2-1 VarzimOvarense 0-3 FelgueirasNaval 5-0 PortimonenseOlhanense 3-0 AlvercaSta.Clara 2-0 MarcoP. Ferreira 2-1 LeixõesFeirense 2-1 MaiaGondomar 1-0 Sp. EspinhoD. Aves 2-0 D. Chaves

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