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Energia movendo todas as engrenagens

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Page 3: WEG em Revista 02

e ditorial

WEG em Revista Jan. - Fev. 2000 WEG em Revista Jan. - Fev. 2000

expediente

índice

Weg em Revista é uma publicação da Weg. Av. Pref. Waldemar Grubba, 3300, caixa postal 420,telefone (47) 372-4000, CEP 89256-900, Jaraguá do Sul - SC. Home page: www.weg.com.br. Linhadireta: [email protected]. Conselho Editorial: Walter Janssen Neto (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalista responsável), Edson Ewald. Edição e produção:EDM Logos Comunicação, telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

A energia quemove quase tudo 4

7

8

11

18 3

AQ

Diretor da EFEIaponta caminhos

Terranova gerasua própria força

Cuidados parainstalar o gerador

Das bananasaos megawatts

12O vento comofonte de energia

15Investimentos nosocial em 1999

17O motor elétricoem livro e CD

18Tecnologia para conquistaro mercado

Tecnologia, pesquisa e

rapidez são vitais para o

sucesso de qualquer

empreendimento que se

pretenda globalizado

Conhecimento estratégico

a rtigo

Décio da SilvaPresidente executivo da Weg

Os centros de pesquisanão precisam ficar nabase das empresas.

ual a relação entre as bananas que Gusta-vo Kuerten come durante as partidas detênis e os milhares de megawatts geradospela usina de Itaipu? Energia é a respos-

ta. As bananas têm potássio, que suprem uma neces-sidade orgânica do atleta; Itaipu gera eletricidade, quesupre 25% da demanda brasileira e 80% da para-guaia. O básico, em tudo isso, é a energia. Energiaque faz o sol ser o que é, energia que faz um motorelétrico girar, que por sua vez permite que uma máqui-na funcione.

A energia está em tudo, desde o big bang que deuorigem ao primeiro magma estelar, até a força inco-mensurável que faz o Universo se expandir indefini-damente. Weg em Revista mostra, nesta edição, umareportagem especial sobre as várias formas de energiae seus efeitos na vida humana.

A transformação de matéria-prima para gerarenergia é outro destaque desta edição, no exemplo daTerranova, empresa do ramo florestal-madeireiro queestá montando uma moderna unidade em Santa Ca-tarina, onde uma usina vai gerar energia para consu-mo próprio.

Agora, utilize sua energia mental para continuarlendo esta revista.

tecnologia já foi assuntorestrito a livros de ficçãocientífica, passou a ser umanovidade poderosa mas ain-

da distante, até se tornar ferramentaobrigatória de toda e qualquer empre-sa que queira sobreviver em um mer-cado cada vez mais rápido e integra-do.

Quando se falava em globalização,há pouco tempo, a primeira oportu-nidade que vinha à cabeça de qual-quer empresário era a compra e ven-da de produtos, seguida da compra evenda de serviços de qualquer partedo mundo para qualquer parte do mun-do. O comércio não teria mais fron-teiras, as novas tecnologias em comu-nicação e transportese encarregariam deencurtar - e em al-guns casos pratica-mente eliminar - asdistâncias entre asempresas e seus cli-entes.

Realmente esteprimeiro aspecto - o comércio inter-nacional - se desenvolveu de formarápida e constante nos últimos anos.Empresas passaram a disputar clien-tes em qualquer lugar do mundo comempresas de qualquer lugar do mun-do. O mercado aumentou - e a con-corrência também.

Mas o que muitos previam comouma segunda etapa, que viria muitotempo depois do início do processode globalização - a internacionaliza-ção do conhecimento - já está aconte-cendo neste momento. Os exemplossão muitos.

O trabalho em conjunto não depen-de mais de aproximação física, estru-tural. Um sem número de pesquisasestão sendo feitas por co-autores depaíses diferentes. As empresas cada vez

mais põem seus centros de pesquisasfora da sua base original de produ-ção. As grandes corporações interna-cionais fazem projetos de desenvolvi-mento e conhecimento em conjunto.Megafusões são fechadas praticamentetodos os dias, sendo que um dos gran-des objetivos que têm essas megafu-sões, muitas na parte industrial, é jus-tamente diminuir o custo de pesquisae desenvolvimento, acelerar o processode criar produtos economicamenteviáveis num tempo menor, e colocá-los no mercado.

Essa necessidade de encontrar so-luções no menor tempo possível nosremete ao terceiro aspecto: o ciclo devida dos produtos. Os ciclos de vida

dos produtos antiga-mente duravam vinte,trinta anos. Hoje sefala em um ano oudois no máximo. Paraum produto que tinhaum ciclo de vida de 20anos, a empresa quefizesse pesquisa, copi-

asse os concorrentes e colocasse omesmo produto no mercado no ter-ceiro ano, poderia ainda aproveitarpelo menos 70% de toda a vida eco-nômica desse produto. Definitivamen-te, o tempo não era um fator decisi-vo. Hoje, como os produtos têm ci-clos de dois ou três anos, quem che-gar um ano e meio depois chega tardee não vai recuperar mais os seus in-vestimentos. A pesquisa - e o tempo -tornam-se fatores decisivos.

* Introdução do Artigo “A Im-portância do Conhecimento naIndústria do Século XXI”, quefaz parte do livro “O Futuro daIndústria no Brasil e no Mundo- Os Desafios do Século XXI”,Ed. Campus, 1999

FLÁ

VIO

UET

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Page 4: WEG em Revista 02

Energia é tudoTudo é energia

WEG em Revista Jan. - Fev. 2000 WEG em Revista Jan. - Fev. 2000

4 17

e special

A

n otícias

A Editora Éricaestá lançando o livro“Motor de Indu-ção”, destinado a es-tudantes de cursostécnicos. Escritopelo professor Guilherme Fillipo, daUnesp, com patrocínio da Weg, o livroainda conta com a colaboração do en-genheiro Sebastião Nau, da Weg. Naapresentação da obra, o presidente exe-cutivo, Décio da Silva, diz que “hámuito se esperava por um livro so-bre motores elétricos que reunisse,de forma clara e objetiva, os aspec-tos fundamentais do motor e os com-ponentes de comando e proteção”.

A Weg inaugurou em janeiro o Cen-tro de Treinamento de Clientes(CTC), localizado no Par-que Fabril I, em Jara-guá do Sul. Dis-pondo de três la-boratórios equi-pados com ban-cadas didáticasde última gera-ção, duas salas deaula e auditório com100 lugares, o espaçointegra uma das peças cha-ves do Marketing de Rela-cionamento da empresa.Com infra-estrutura espe-cialmente projetada e ins-trutores próprios, o CTC será usado parao desenvolvimento de cursos técnicoscom ênfase nos módulos de sinergia. A

125.894.703É o número de cavalos (cv) produzi-dos pela Weg desde sua fundação.

62.947.350é o número de aparelhos de ar condi-cionado de 11 mil BTUs, (com motorde 2 cv) que poderiam ser produzidoscom essa potência. Ou então,

251.789.400máquinas de lavar roupa (com moto-res de 0,5 cv), mais do que a popula-ção do Brasil.

Uma publicação que reúne uma sé-rie de artigos de alguns dos principaisespecialistas em economia, trabalho eindústria, brasileiros e estrangeiros, como objetivo de proporcionar uma refle-xão a respeito dofuturo da indústriae os desafios do sé-culo 21. Esta é aproposta do livro“O Futuro da In-dústria no Brasil eno Mundo”, pro-duzido pela Edito-ra Campus, queconta com um pre-fácio do presiden-te da república Fernando Henrique, alémde ter Décio da Silva, presidente daWeg, como autor de um dos artigos. Leiaa introdução do artigo “A Importânciado Conhecimento na Indústria do Sé-culo XXI” na página 18.

Motor emLivro e CD

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Interação com clientes

CTC, com 1.200 m2, teráinteração com clientes,representantes, escolas

técnicas e universidades.

programação inclui aindatreinamento em vendas emarketing e cursos diver-sos. Também serão manti-dos cursos de divulgação

tecnológica (DTs) e treinamentos espe-cíficos para assistentes técnicos. O ca-lendário anual de cursos poderá ser

Informações: www.campus.com.br

pergunta é longa, mas podeser respondida com uma sópalavra: “O que há em co-mum entre a hidrelétrica de

Itaipu, um monitor de computador, a ge-moterapia, o tenista Gustavo Kuerten, afísica, o sol, a maior personalidade ci-entífica deste século e aquele pequenochoque que a gente leva de vez em quan-do, ao colocar a mão no monitor daTV?”.

Resposta: “Energia”. Você pode ain-da não ter percebido, mas ela está emrigorosamente tudo que fazemos, o quenos cerca e o que move as engrenagensdo universo. Para abrir esta revista e che-gar a esta página, lá está a energia en-volvida nos seus movimentos. Se jáanoiteceu, energia para iluminar o am-biente e permitir a leitura. Se, ao fundo,a TV informa as notícias do dia, maisenergia para ela funcionar.

Não é por acaso que, da ciência aomisticismo, dos físicos às cartomantes,todos de alguma forma utilizam a pala-

Dos grandes empreendimentos a

um simples estalar de dedos, ela

está sempre presente na vida

das pessoas. Digitar um texto

no computador, correr 10

quilômetros ou acionar as

turbinas de Itaipu têm algo em

comum: energia. Sem a energia,

nada acontece

vra, atribuindo a ela um conceito adap-tado à atividade que exercem. “É possí-vel usar cristais e pedras preciosas nabusca do equilíbrio da energia”, dizemos adeptos da gemoterapia, uma formade buscar a cura de doenças, usada pormuitas pessoas.

“Energia está associada à capacida-de de um sistema físico realizar um tra-

balho”, define, pragmático, o professorJorge Mario Campagnolo, chefe do de-partamento de Engenharia Elétrica daUniversidade Federal de Santa Catari-na (UFSC), uma das mais respeitadasinstituições brasileiras na área. O “sis-tema físico” pode ser você. O trabalhopode ser levantar e ir até a TV para des-ligá-la, pois o noticiário já acabou.

Vista aérea dolago e da

barragem deItaipu, a maior

usina hidrelétricado munco

FOTO

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Informações no CTAI, Florianópolis, telefone(48) 238-5177, e-mail: [email protected].

acompanhado pelo público na Internete em folheto de divulgação distribuídoa clientes, escolas e representantes. Aprogramação para os meses de março eabril já está disponível na home pageda Weg:

www.weg.com.br

Os desafiosdo futuro

Informações: www.erica.com.br

FOTO

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Também com apoio técnico daWeg, o Centro de Tecnologia em Au-tomação e Informática - CTAI -, ór-gão do Sistema Fiesc/Senai, lançouo software educacional em CDROM “Motores Elétricos”, destina-do à fixação de conteúdos de cur-sos e programas de treinamento so-bre o assunto.

Page 5: WEG em Revista 02

Campeões por empresa

Energia é tudoTudo é energia

WEG em Revista Jan. - Fev. 200016

WEG em Revista Jan. - Fev. 20005

especialc onweg

A

Guga e as bananas

Mais um exemplo de como a energiaestá impregnada no dia-a-dia? Entre naInternet, acesse um mecanismo de bus-ca e digite a palavra “energia”. Uma lis-ta com pelo menos 500 sites irá inundara tela. Haverá desde endereços do go-

verno, como a Agência Nacional deEnergia Elétrica (Aneel), até a exóticaCigana Vanessa, que promete consultasvirtuais “usando energia positiva”.

Antes de desligar o computador, ob-serve como, em alguns momentos, o mo-nitor parece ter uma espécie de prote-ção invisível, que chega a emitir um some pode arrepiar os pêlos do braço. Seriaobra da Cigana Vanessa? O engenheiroAlexandre Mancuso, especialista emconservação de energia (olha ela aí denovo!), explica: “Isso é a manifestaçãoda capacidade que os corpos têm deadquirir carga com o atrito. Quando ofeixe de elétrons atravessa a tela domonitor, o atrito dele com a tela a deixaeletricamente carregada. Se encostamoso dedo na tela, ela se descarrega, poisencontra outro corpo (o nosso) eletrica-mente neutro”.

O engenheiro Mancuso tem uma co-leção de exemplos para mostrar como aenergia está em todo canto: “Quandoligamos o rádio, a energia potencial dapilha circula pelos componentes eletrô-nicos e produz as ondas de som. Ao aci-onarmos o interruptor de luz, a energiaelétrica circula pelo filamento da lâm-pada, aquecendo-o e produzindo a ener-gia luminosa”.

Se os exemplos da En-genharia e da Física nãobastam, que tal passar parao esporte? “Rica em potás-sio, a banana transformou-se na fonte de energia deGustavo Kuerten duranteos jogos”, informa uma re-portagem do jornal O Es-tado de S. Paulo. O técni-co do tenista, Larri Passos,explica: “Os jogos doGuga são quase todos nahora do almoço. Ele nãocome muito no café damanhã e acaba ficandocom fome. Como gosta debanana, come a fruta du-rante os jogos”.

Para Guga, a energia necessária estánuma fruta popular e abundante. Para amaioria das pessoas, energia é ilumina-ção, televisão, diversão. Mas a históriareserva para a energia alguns capítulosantológicos, capazes de modificar a for-ma como a humanidade encara as coi-sas. No final do ano passado, por exem-plo, a revista norte-americana Timeapontou a personalidade mais impor-tante do sécu-lo 20. O eleitofoi o cientistaAlbert Eins-tein. E sabequal foi umade suas gran-des obras? Terc o n c l u í d oque massa éequivalente àenergia. Ain-da que vocênão entenda nada de Física, com certe-za já viu em algum lugar a equaçãoE=mc2, cunhada por Einstein. Ou, aomenos, deve ter visto a foto na qual estefísico e matemático alemão, que viveuentre 1879 e 1955, aparece com os ca-belos desarrumados e a língua para fora.

Guga aplica, nosjogos, a energia que

vem da banana

Uma convenção chaveA equipe de vendas da Weg no

Brasil participou, em janeiro, da

35ª Conweg - Convenção

Nacional de Representantes

Weg, em Jaraguá do Sul.

DIVULGAÇÃO

uditório lotado. Cerca de 100representantes comerciais detodo o país, mais o pessoal in-terno de vendas e marketing,

se preparam para ouvir a palestra do Di-retor de Marketing da Weg, Walter Jans-sen Neto. O evento é a 35ª Conweg -Convenção Nacional de Representan-tes Weg -, realizada de 12 a 14 de janei-ro, em Jaraguá do Sul. A expectativa égrande. Afinal, a palestra fecha um ci-clo de apresentações e define a maneiracomo a Weg deve se relacionar com seusclientes no ano 2000.

“Tenho três notícias para dar a vo-cês”, começa Janssen. A primeira: “Orepresentante tradicional acabou”. A se-gunda: “O representante tradicionalacabou mesmo”. E finalmente a tercei-ra: “Só o representante consultor sobre-viverá”. Quem está dizendo isso não é aWeg, é o próprio mercado. Não há maisespaço para o representante tradicional,que apenas visita os clientes para tirarpedidos. O perfil do novo representan-te comercial é o de um consultor, quebusca soluções para seus clientes.

No auditório, pouca surpresa. Afinal,o tema da convenção era justamenteKey Supplier, ou fornecedor chave. Tor-nar-se Key Supplier, principalmente emassuntos ligados à energia, é uma metabem definida na Weg. Por isso, váriasmudanças importantes estão sendo rea-lizadas há algum tempo, com projetos

Weg QuímicaUnião Representações

Weg TransformadoresCarlos Henschell Representações

Weg AutomaçãoEletrovendas Representações

Weg AcionamentosCAIM Representações

Weg MáquinasCesar Fauth Representações

Weg MotoresPoli Motor Representações

OLD Representações

Celso Furlan Representações

Lenilson Representações

de marketing voltados para uma maiorinteração com o cliente, como o Centrode Treinamento de Clientes (veja maté-ria na página 17), inaugurado durante aconvenção, e o novo slogan “Transfor-mando Energia em Soluções”, adotadoa partir de 1999. O slogan tem dois sig-nificados distintos que se completam.O primeiro tem a ver com os produtosWeg, que giram em torno de energia elé-trica e mecânica; o segundo tem a vercom a energia pessoal de cada um. As-sim, transformar energia em soluções éutilizar os produtos Weg de forma inte-grada, e, através da dedicação de cadaum, criar soluções específicas para cadacliente, buscando sempre o melhor. Estaé a chave.

Representantessão premiados

No último dia da Conweg foramanunciados os representantes premiadoscom o Destaque em Vendas 99. O prê-mio, baseado nos resultados do anotodo, é concedido para o melhor repre-sentante por empresa e os três melhoresdo Grupo Weg. O prêmio nesse ano éuma viagem para a Ilha de Comandatu-ba, no resort mais luxuoso do Brasil.Com um detalhe importante: a viagemserá feita em plena semana em que secomemoram os 500 anos do Descobri-mento do Brasil.

Campeões do grupo

Convenção foirealizada na

recreativa da Weg,em Jaraguá do Sul

FLÁVIO UETA

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WEG em Revista Jan. - Fev. 2000 WEG em Revista Jan. - Fev. 20006 15

especial

A maior do mundoCom potência instalada de 12,6 mil megawatts, a hidrelétrica de

Itaipu, no rio Paraná, é responsável por 25% da energia consumidano Brasil e por 80% da energia usada no Paraguai. Sua construçãoexigiu um volume de concreto equivalente ao de 210 Maracanãs,além de ferro e aço suficientes para erguer 380 torres Eiffel. Nospróximos anos, Itaipu ganhará mais duas unidades geradoras. Antesdisso, atingirá a marca de 90 bilhões de kWh/ano em geração, o queconfirmará sua condição de número 1 no mundo. Mesmo assim, oBrasil vai precisar de mais do que Itaipu e outras hidrelétricas parater a energia de que precisa. O governo quer que a participação do

gás natural na matriz energética brasilei-ra cresça de 3% para 12%. O primeiro ga-soduto Bolívia-Brasil já está quase pron-to. Outro deverá ser iniciado em breve enovas rotas trarão gás natural de paísescomo Argentina.

Stress além da conta

Sabe o que acontece no seu organis-mo quando você se estressa? Adrenali-na e outras substâncias químicas são jor-radas no sangue, que faz o coração e arespiração se acelerarem. O fígado pro-duz glicose, que dá energia ao organis-mo. Quando a situação exigir mais ener-gia, o cérebro aciona um mecanismomais potente, as supra-renais, que libe-ram três hormônios: cortisona, cortisole corticosterona. Se todo este processode energização resultar em uma boaidéia, na solução de um problema e nasuperação do fator de stress, a energiaterá sido bem empregada. Mas se a ten-são continua, cresce, leva dias e exigedemais da sua cabeça e do seu corpo,cuidado: stress demais pode matar.

Presente nas frutas, nos objetos quenos cercam, nos estudos dos maiores gê-nios da humanidade e até nos gestosmais simples que fazemos (estalar osdedos mexe com energia estática e tér-mica), parece até que energia não acabanunca. Mas não é bem assim. Ao menosa energia elétrica,que move grandesindústrias e aciona oliquidificador emsua casa, pode ficarescassa, se não forbem utilizada e senão houver investi-mentos para suprir oconsumo.

“O risco de faltade energia elétricanos próximos anosdepende do cresci-mento da demanda eda capacidade de investir na geração etransmissão”, sentencia o professorCampagnolo, da UFSC. O engenheiroAlexandre Mancuso acredita que a lutacontra um “apagão geral” começa den-tro de casa. Medidas simples, como nãotomar banho de ducha elétrica entre 18e 21 horas, são fundamentais.

O governo já sabe o tamanho da con-

ta: “Precisamos investir R$ 8 bilhõesnos próximos quatro anos”, diz o mi-nistro das Minas e Energia, RodolphoTourinho. Outra ação é acelerar o pro-grama de termelétricas, a maioria delasalimentadas pelo gás natural que o Bra-sil extrai de suas reservas ou compran-

do de vizinhos comoa Bolívia. Por seulado, empresas pri-vadas investem naconservação e gera-ção própria de ener-gia, montando usi-nas geradoras emseus parques fabris(veja o exemplo dacatarinense Terrano-va, nesta edição, pá-ginas 8 a 10).

Enquan totorce para tudo dar

certo e faz a sua parte, evitando o des-perdício, que tal dar uma arejada, de-pois de falar de Einstein, Guga, eletros-tática e apagão? Quer algumas dicas?Escutar uma música suave, assistir a umseriado na TV, bater papo pela Internet,dar uma caminhada no parque, jogartênis, fazer um lanche... Tudo regado aboas e bem utilizadas doses de energia.

A energia não acaba nunca?

FOTO: ITAIPU BINACIONAL

Eixo de uma dasturbinas de Itaipu, quejá foi visitada por pelomenos 10 milhões depessoas

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c omunidade

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Educação

No ano passado aWeg investiu 3,76 mi-lhões de reais em trei-namento, incluindosupletivo de primeiroe segundo graus, cur-sos técnicos para ado-

lescentes no Centroweg e cursos deaperfeiçoamento.

Ambiente

A Weg tem procura-do gerar o menor graupossível de impactoambiental. No anopassado, os investi-mentos chegaram a900 mil reais, num pa-

cote de ações que vai do monitoramen-to constante dos equipamentos de con-trole à execução de programas como oResíduo Zero, destinado à coleta de re-síduos para reciclagem.

Saúde

O serviço médico daWeg conta com re-cursos adequados emassistência ambula-torial, odontológicae prevenção, garan-tindo segurança ao

colaborador e sua família. Em 1999, ovalor investido em serviços de saúdechegou a 3,70 milhões de reais.

Alimentação

Um total de 3,87 mi-lhões foram investi-dos pela Weg, em 99,no item alimentação.Alimentação da me-lhor qualidade eacompanhamento

nutricional, itens básicos, somam-se à

pesquisa de sugestões, que permite aocolaborador eleger certas preferências.

Comunidade

Em 99 o investimen-to em ações comuni-tárias chegou a quase400 mil reais. Duasdestas ações se desta-caram: o patrocíniodo vídeo “Jaraguá do

Sul, Ontem e Hoje”, contando a histó-ria do município - cópias do vídeo fo-ram doadas a todas as escolas da cidade- e a Ação Comunitária, um mutirão so-cial que leva à praça pública atividadesde saúde e segurança. Além disso, a Wegapóia bombeiros, hospitais, escolas eentidades culturais.

Previdência

Garantir seu futuro eo da família é priori-dade para qualquer ci-dadão. A Weg mantémum sistema de Previ-dência, no qual, só noano passado, foram in-

vestidos 4,44 milhões de reais. Nestesistema, ao se aposentar o colaboradorconta com uma renda extra para garan-tir uma vida digna.

Outros benefícios

O lazer se destacaneste item, que con-sumiu 2,14 milhõesem investimentos noano passado. A Asso-ciação RecreativaWeg é uma das mais

bem estruturadas de Santa Catarina. Du-rante o ano, a empresa banca festivida-des, com destaque para a festa do Diado Trabalho, em que o objetivo maior éa integração dos colaboradores e seusfamiliares.

Bem-estar é vitalInvestimentos no bem-estar

social dos colaboradores, da

família e da comunidade são

prioridade na Weg

Alimentação

R$ 3,87 milhõesPrevidência privada

R$ 4,44 milhõesSaúde

R$ 3,69 milhõesEducação

R$ 3,76 milhõesDoações para a comunidade

R$ 392 milMeio ambiente

R$ 900 milOutros benefícios

R$ 2,14 milhões

Balanço Social 1999

odas as pessoas bem sucedi-das no trabalho têm algo emcomum: uma boa qualidade devida. É a partir do bem-estar

social que o indivíduo monta uma baseque vai sustentar suas ações no traba-lho e na família.

Por acreditar nessa premissa, a Weginveste no bem-estar de seus trabalha-dores, dos familiares e da comunidade.Da alimentação subsidiada até verda-deiros mutirões comunitários, o balan-ço dos investimentos sociais de 1999mostra a preocupação da Weg com aqualidade de vida.

Page 7: WEG em Revista 02

5 - Bibliografia[1] B.Hopfensperger, D.J.Atlinson,“Cascaded Brushless Doubly-FedMachines for Variable Speed windPower Generation: na Overview”,Department of Electrical and Elec-tronic Engineering, Univertity ofNewcastle, Newcastle upon Tyne,NE1 7RU, Great Britain.

[2] Y. Liau, “Design of A BrushlessDoubly-Fed Induction Motor forAdjustable Spees Drive Applicati-ons”, GE-Corporate Research andDevelopment Center, Building K1-EP118, P. O. Box 8, Schenectady,NY 12301, USA, IEEE, 1996,pag.850-855.

[3] M. Kostenko & L. Piotrovski,“Máquinas Elétricas, Vol. II, Edi-ções Lopes da Silva, Porto, 1979,Traduzido por Antônio FernandesMagalhães, pag. 612-621, 694-704.

[4] E. Levi, “Polyphase Motors - ADirect Approach to Their Design”,John Wiley & Sons, Inc., 1984, pag.98-178.

[5] R. Richter, “Elektrische Maschi-nen - Die Induktionsmaschinen”,Verlag Birkhäuser AG., Basel,1954, pag. 315-358.

[6] M. Chilikin, “Electric Drive”,Mir Publishers, Moscow, 1976,pag. 153-169.

WEG em Revista Jan. - Fev. 200014

WEG em Revista Jan. - Fev. 20007

Brasil precisa de 4.330 MW/anoe ntrevista

Previsão de demanda para os

próximos oito anos exige mais

geração, que pode contar

também com iniciativas

empresariais, na opinião do

diretor da Escola de

Engenharia de Itajubá,

instituição que é referência em

ensino de engenharia voltado à

energia, no país.

matériatécnica

Como o senhor vê a situação atual dageração e distribuição de energia noBrasil?José Carlos G. Siqueira - Para atendero crescimento da demanda no período1999 - 2008, estima-se, segundo dadosda Eletrobrás, que a capacidade insta-lada deve crescer de 61.300 MW para104.600 MW. A se confirmar tal valor,será necessária uma oferta de novos pro-jetos de geração da ordem de 4.330 MWpor ano. Para este ano, entre outrasações, espera-se a ativação de Angra II,acrescentando algo próximo a 1.200MW para a região Sudeste. Espera-setambém um avanço da geração terme-létrica.

Como as escolas de engenharia podemcolaborar na solução de problemasenergéticos?Siqueira - Além de formar profissionaiscompetentes e esclarecidos, as escolasfederais de enge-nharia, como aEFEI, podem co-laborar na solu-ção dos proble-mas energéticos,com trabalhos depesquisa, partici-pações em seminários técnicos e desen-volvimento de projetos em parceria coma iniciativa privada e estatal.

Qual a importância da “base tecnoló-gica” formada nas escolas de engenha-ria?Siqueira - Cada vez mais a sociedadeperceberá no dia-a-dia a necessidade deviver e conviver com a tecnologia. AInternet é um exemplo deste processode transformação científica e tecnoló-gica. As escolas de engenharia podemfornecer a base de conhecimentos quepossibilite este avanço. No entanto, énosso dever, também como educadorese formadores de recursos humanos,transmitir os alicerces sobre os quais sedeve construir esta sociedade do conhe-cimento.

Quais os benefícios do termo de coo-peração técnico-científica assinadoentre a EFEI e o Operador Nacionaldo Sistema Elétrico?Siqueira - O termo tem por objeto aampla cooperação em programas e pro-jetos de assistência científica e pesqui-sa tecnológica, treinamento, estágios ecapacitação de pessoal e desenvolvi-mento em áreas de interesse mútuo. Comeste acordo, a EFEI poderá participardas transformações pelas quais passa osetor elétrico nacional e contribuir nabusca das soluções necessárias nestenovo ambiente institucional.

Como o senhor vê iniciativas como ada Weg, promovendo o Concurso Na-cional de Conservação de Energia?Siqueira - A iniciativa vem ao encon-tro, no mínimo, de duas linhas de açãoda política de combate ao desperdíciode energia: a primeira, contribuindo

com o desenvolvi-mento tecnológico,proporcionando abusca de novosmétodos; e a segun-da, fomentando osprogramas de con-servação de energia.

O concurso proporciona aos estudan-tes de graduação a possibilidade deaplicar os conhecimentos teóricos ad-quiridos em projetos que exigem umavisão não só acadêmica, mas com en-volvimento prático sobre o assunto tra-tado.

Como melhorar a parceria entre em-presas e universidades?Siqueira - No nosso caso, as empresastêm-nos atendido principalmente nafase mais importante, que é o estágioperiódico e obrigatório da graduação,de onde resultam parcerias promisso-ras. Por sua vez, a EFEI tem procuradoouvir a opinião das empresas em assun-tos relativos à oportunidade da atuali-zação de alguns currículos especializa-dos.

�A iniciativa privadadeverá investir mais em

geração de energia própria.�

José Carlos Goulart Siqueira, professor daEscola Federal de Engenharia de Itajubá(MG), desde 1975 e diretor-geral desde 94

DIV

ULG

ÃO

O Brasil poderia ter uma participa-ção efetiva e estratégica no mercado degeração de energia alternativa, atravésde uma integração da geração eólicacom o sistema elétrico atual que é basi-camente Hídrico.

Esta integração deveria ser feita atra-vés de Geradores Síncronos e Gerado-res Assíncronos (MATRADA), ver Figu-ra 3.1 abaixo.

O gerador (MATRADA) mostradoneste trabalho apresenta a capacidadede trabalhar numa ampla faixa de rota-ção. Esta característica permite a apli-

cação deste gerador tanto em turbinaseólicas como em turbinas hidráulicas.Na turbina eólica ele permite a otimiza-ção da energia do vento, devido à suaflexibilidade na variação de velocida-de.

Na turbina hidráulica épossível ajustar a operaçãodo gerador em função da al-tura monométrica da águadisponível no reservatóriotrabalhando no ponto de ro-tação onde o rendimento daturbina é máximo e evitan-do a cavitação que pode da-nificar a turbina.

Todo kW de energia elé-trica gerada por uma turbi-na eólica economiza umaquantidade equivalente emágua no reservatório.

Por outro lado, o Brasilpossui milhares de locais isolados ondea eletricidade é gerada através de óleodiesel. Apenas na região Amazônica,mais de 500 comunidades utilizam mo-togeradores diesel para a geração elé-trica com custos de geração entre US$0,20/kWh e US$ 0,80/kWh. Turbinas eó-licas acopladas aos sistemas diesel exis-tentes (sistema híbridos eólico / diesel)podem propiciar uma economia subs-tancial em termos de consumo de com-bustível, transporte, armazenamento,operação, manutenção e logística, semcontar com a redução da poluição am-biental.

4. Conclusão

O gerador síncrono é uma máquinaexcelente para gerar energia elétricaquando a rotação da máquina primáriaé fixa.

Porém, para os aproveitamentos ener-géticos onde a máquina primária exigevariação de velocidade, a máquina sín-crona não é a melhor solução técnicaeconômica.

A máquina assíncrona é bastante ver-sátil, robusta e de menor custo.

Porém, para aplicação como gerador,a máquina assíncrona de rotor de gaio-la apresenta limitações.

O gerador assíncrono de rotor emgaiola apresenta-se tecnicamente e eco-nomicamente viável para potências me-

Outra vantagem das centrais eólicasem relação às usinas hidrelétricas é quequase toda a área ocupada pela centraleólica pode ser utilizada (para agricul-tura, pecuária etc.) ou preservada comohabitat natural.

Figura 3.1 - Sistema otimizado

Custos Previstos para a Geração Elétrica na Amazônia(Usinas Hidrelétricas Planejadas)

Potencial hidráulicoexistente na Região

Amazônica(Total = 261 GW)

Custo de geraçãoelétrica previsto

33%

25%

14%

28%

< US$ 40 / MWh

US$ 40 - US$ 60 / MWh

US$ 60 - US$ 70 / MWh

> US$ 70 / MWh

nores que 800 kW.Para potências maiores, o gerador as-

síncrono com rotor bobinado de anéisduplamente alimentado (MATRADA)apresenta-se como uma solução adequa-da do ponto de vista técnico e econô-mico.

A grande vantagem da aplicação daMATRADA em geração eólica é o fatodo conversor ser dimensionado parauma potência da ordem de 30% da po-tência nominal e de tecnologia domi-nada.

Outra grande vantagem é o fato detrabalhar numa faixa de rotação de 70%a 130% da rotação síncrona com fatorde potência controlado, permitindodesta forma a otimização do rendimen-to na conversão eletromecânica da ener-gia.

Page 8: WEG em Revista 02

Energia ecologicamente correta

m atériatécnican egócios

WEG em Revista Jan. - Fev. 2000 WEG em Revista Jan. - Fev. 20008 13

O

A energia gerada pela usina ésuficiente para abastecer umacidade com 25 mil habitantes

Equipamentos e tecnologia

nacional garantem solução

ecológica na unidade fabril da

Terranova Brasil, empresa

chilena do ramo florestal

destino a ser dado aos re-síduos industriais, assimcomo a utilização racio-nal de recursos naturais,

são temas cada vez mais comuns napauta de discussões de empresas emtodo o mundo. As perguntas são sem-pre as mesmas: de que forma podemosreaproveitar os resíduos do processoindustrial? Qual a melhor alternativapara reduzir ou racionalizar o consu-mo de recursos naturais primários comoágua, energia elétrica, madeira, terra etantos outros?

As respostas para estas questões co-meçam a despontar. Muitas empresastêm investido no desenvolvimento deprojetos que visam resolver esta equa-ção, conciliando necessidades e pro-porcionando benefícios ao homem e aomeio ambiente.

Um exemplo claro deste tipo de ini-ciativa pode ser observado no Grupode Empresas Tierranueva, do Chile, queestá investindo de cerca de US$ 95 mi-lhões na implantação de sua primeiraunidade no Brasil. Batizada de Terra-nova Brasil Ltda., a empresa está sedi-ada em Rio Negrinho, Santa Catarina,e vai gerar cerca de 300 empregos dire-tos e 150 indiretos, fortalecendo a eco-nomia local, baseada na indústria mo-v e l e i r a .

Tecnologia nacional

A fábrica, uma serraria com consu-mo anual estimado em 230.000 m3 detoras, segue o padrão internacional do

grupo chileno, que há 20 anos atua noramo florestal. Utilizando equipamen-tos de alta tecno-logia, a unidadedesenvolve suasatividades comtotal respeito aomeio ambiente.

Para isso, ins-talou um gerador com potência insta-lada de 3,5 MW, alimentado a partir deresíduos de madeira. O equipamento éacionado por um conjunto de máqui-nas supridas pelo consórcio Weg, TGM,HPP e Sermatec, empresas brasileirascom forte atuação no setor de geraçãode energia. A energia gerada pela usi-na corresponde a 35% da demanda to-tal da empresa. O restante da energia

necessária será fornecido pela CentraisElétricas de Santa Catarina (Celesc). “A

contribuição da Ce-lesc para o projetofoi fundamental.Ela orientou a com-posição dos equipa-mentos, para quefossem compatíveis

com o volume de energia fornecido porela, garantindo qualidade e disponibi-lidade de energia em tempo integral”,comenta Sérgio Esteves, do Centro deNegócios de Energia da Weg.

A facilidade de manutenção, assimcomo o alto nível de desenvolvimentotécnológico, foram fatores preponde-rantes na escolha das empresas envol-vidas com este fornecimento.

FOTO

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Figura 2.1.1- Diagrama Esquemático daMATRADA1.2 Máquinas

com dupla excitaçãoEsse tipo de máquina é constituído

por dois enrolamentos eletricamenteconectados a fontes de tensão que su-prem as corrente necessárias para a ex-citação da máquina.

A principal desvantagem é a neces-sidade de comutadores ou anéis cole-tores com escovas, exigindo constantemanutenção.

Uma grande vantagem da máquinaduplamente excitada é o fato de queela pode trabalhar tanto em regime demotor como em regime de gerador.

No presente trabalho, iremos estu-dar a Máquina Assíncrona Trifásicacom Rotor Bobinado de Anéis Dupla-mente Alimentada [MATRADA] fun-cionando em regime como gerador.

2. Circuito equivalenteda MATRADA

2.1 Descrição da MATRADAA Máquina Assíncrona Trifásica Du-

plamente Alimentada (MATRADA) éuma máquina com rotor bobinado ecom anéis coletores.

Como fontes deenergia renová-veis citamos:* Hídrica* Eólica* Biomassa* Solar

Como fontes nãorenováveis cita-mos:* Gás natural* Carvão* Petróleo* Nuclear

3. A energia eólica

O desenvolvimento econômico e so-cial de uma nação pode ser medido pelonível de consumo de energia elétrica.A energia elétrica nos dias de hoje de-sempenha um papel importante na vidadas pessoas.

Para garantir o desenvolvimento so-cial contínuo, além de outros elemen-tos básicos, a energia elétrica deve serabundante e de baixo custo.

Para atingir este objetivo é necessá-rio saber explorar os recursos energéti-cos naturais de forma racional e inteli-gente, no sentido de maximizar o seurendimento.

A natureza coloca à disposição dohomem várias fontes de energia primá-ria, algumas renováveis e outras não.

Devido à necessidade de preservar omeio ambiente, as fontes de energia re-nováveis estão no centro das atençõesmundiais.

Alguns governos ao redor do plane-ta estão incentivando a geração de ener-gia elétrica a partir das fontes de ener-gia renováveis.

De 1994 a 1998 a força do vento foia fonte de energia primária que maiorincentivo recebeu dos governos, apre-sentando o maior crescimento em ter-mos de geração de energia elétrica.

De acordo com a Associação Euro-péia de Energia Eólica (EWEA) até oano 2020 serão instalados ao redor domundo um total de 1,2 milhão de me-gawatts (100 ITAIPUS) em geração deenergia eólica.

Segundo Hans Bjerregard, Presiden-te do Fórum Dinamarquês para Energiae Desenvolvimento, a Dinamarca estápróxima de ter 10% de suas necessida-des de eletricidade supridas pela ener-gia eólica. O objetivo do governo échegar até 50% em 2030, incluindo,para tanto, a captação pioneira de ener-gia em alto mar.

O Brasil tem em abundância as qua-tro fontes de energia renovável acimacitadas.

A Hídrica e a Eólica se apresentamem maior quantidade e em melhorescondições econômicas de aproveita-mento. A Hídrica está distribuída nopaís inteiro.

Com o potencial eólico existente noBrasil, confirmado através de medidasde vento precisas, realizadas recente-mente, é possível produzir eletricidadea custos competitivos com centrais ter-melétricas, nucleares e hidrelétricas.Análises dos recursos eólicos medidosem vários locais do Brasil mostram apossibilidade de geração elétrica comcustos da ordem de US$ 40 - US$ 60por MWh.

De acordo com estudos da ELETRO-BRÁS, o custo da energia elétrica gera-da através de novas usinas hidrelétri-cas construídas na região amazônicaserá bem mais alto que os custos dasusinas implantadas até hoje. Quase 70%dos projetos possíveis deverão ter cus-tos de geração maiores do que a ener-gia gerada por turbinas eólicas (verTABELA na página 14).

nectado a uma fonte de tensão que su-pre a corrente necessária para a excita-ção da máquina.

A esse grupo pertencem:a) Máquinas CC de Ímã Permanenteb) Máquinas Síncronas de Ímã

Permanentec) Máquinas de Relutânciad) Máquinas de Histeresee) Máquinas Assíncronas com

Rotor de Gaiola

A máquina CC pode ser construídade duas maneiras: o enrolamento de ex-citação pode estar no rotor ou no esta-tor.

Nas quatro restantes o enrolamentode excitação está no estator.

Das cinco máquinas desse grupo, aMáquina Assíncrona com Rotor deGaiola é a mais simples, mais confiável(segura) e de menor custo.

O enrolamento do estator é ligadodiretamente na rede, e o enrolamentodo rotor é ligado através dos anéis co-letores a um conversor de freqüênciacom controle vetorial.

A Figura 2.1.1 mostra o diagrama es-quemático da MATRADA.

O conversor está ligado diretamenteà rede de alimentação. Nos casos emque a tensão da rede é na faixa de mé-dia tensão, para reduzir o custo do con-versor este pode ser ligado à rede atra-vés de um transformador.

Page 9: WEG em Revista 02

Energia ecologicamente correta

WEG em Revista Jan. - Fev. 200012

WEG em Revista Jan. Fev. - 20009

n egóciosmatériatécnica

Energia eólica

Este trabalho resume as

principais características da

geração de energia eólica.

A matéria completa, com o

funcionamento do gerador,

está no site da Weg -

www.weg.com.br - na seção

Biblioteca.

Fredemar RüncosWeg

HPPEngenharia básica aplicada e

gerência do projeto.

TGMFornecimento da turbina a va-

por e redutores de velocidade.

SermatecFornecimento da caldeira e ci-

clo térmico.

WegFornecimento do gerador elétri-

co, painéis de comando, proteçãoe distribuição, transformadores deacoplamento com a Celesc e trans-formadores de distribuição da fá-brica.

O papel de cada um

Gerador Weg de3,5 MW é

alimentado comresíduos de

madeira

Matéria-prima própria

Dos US$ 95 milhões investidosno projeto da nova serraria, aTerranova aplicou 50% naaquisição de um patrimônioflorestal com cerca de13.400 hectares, sendo quemais de 60% estão cobertoscom Pinus spp. e Pinus Tae-da. Incentivadora do mane-jo sustentável, a empresamantém um viveiro de plan-tação de pinus, cuja capaci-dade produtiva é de aproxi-madamente 800 mil mudas porano.

Desde 1998 até o final do ano

passado, foram plantados 838 hecta-res com Pinus Taeda, sendo que ameta a partir de agora é plantar 550hectares por ano.

Potencial brasileiro

“Optou-se pelo Brasil tendo em vis-ta a potencialidade e desenvolvimentodo mercado florestal brasileiro, associ-ado a diversas vantagens comparativas,tais como a rapidez e nível de cresci-mento das florestas, graças às particula-ridades do clima chuvoso durante a mai-or parte do ano”, explica Sergio Tardo-nes, diretor geral da Terranova Brasil. Oproduto principal da nova fábrica é co-nhecido no mercado como “blank”,uma peça de madeira pura, de alto valoragregado, utilizada na fabricação demolduras para portas e janelas. A pro-dução anual da Terranova Brasil estáestimada em 120.000 m3 de madeira ser-rada e 60.500 m3 de “blanks”, sendo to-talmente exportada para o mercado nor-te-americano.

Os equipamentos fornecidos peloconsórcio são 100% nacionais e, por-tanto, a manutenção é muito rápida ede custo sensivelmente reduzido. Nocaso específico daWeg, a distânciaaté a fábrica daTerranova éde 70 quilô-

metros, ou seja, menos de uma hora deJaraguá do Sul. Já o alto nível de auto-matização, com sistemas avançados decomputação que monitoram e contro-lam todo o processo de geração de ener-gia, possibilita uma atuação instantâ-nea, em fração de segundos, caso sejadetectada alguma falha ou desvio no

processo.

Resumo (abstract)

O vento é o resultado do movimen-to de massas de ar ao redor da superfíciedo globo, provocado por diferenças detemperatura e pressão. A energia mecâ-nica dessas massas de ar constitui umaimensa fonte de energia natural quepode facilmente ser transformada emenergia elétrica através dos geradoreseólicos.

O presente trabalho mostra o funcio-namento, em regime gerador, da Máqui-na Assíncrona Trifásica. O gerador é umamáquina de indução constituída de doisenrolamentos trifásicos, um no estatore outro no rotor.

Através de uma tensão adequada-mente imposta ao circuito rotórico,mostra-se que é possível controlar o tor-que (velocidade) e o fator de potênciada máquina, funcionando como gera-dor.

Na parte final do presente trabalho émostrado um panorama da energia eó-lica no mundo e no Brasil e tambémuma sugestão para otimização de umsistema de energia elétrica, aproveitan-do adequadamente as diversas fontesnaturais de energia disponíveis.

1. Introdução

Desde o início do desenvolvimentoindustrial, sempre se procurou desen-volver novas tecnologias de aciona-mento elétrico. Primeiro apareceu omotor de CC, surgindo em seguida omotor síncrono. No final do século pas-sado foi inventado o motor assíncronotrifásico, que representou um grandeavanço no acionamento industrial.

Porém, cada vez mais, o desenvolvi-mento industrial exigia controles maisprecisos de velocidade.

Hoje, com o desenvolvimento da ele-trônica e com as novas tecnologias defabricação de máquinas elétricas giran-tes, essa necessidade industrial é satis-fatoriamente atendida. Com a competi-tividade é necessário, além de bons aci-onamentos, se ter acionamento comcustos reduzidos.

Na área de geração elétrica não seexigia acionamentos com variação develocidade. A Máquina Síncrona, tra-balhando num ponto com rotação fixa,atendia à necessidade de geração elé-trica.

Porém, atualmente, com o custo daenergia crescendo e a conscientizaçãode preservar o meio ambiente, em todoo planeta é feita pesquisa no sentido dedesenvolver acionamentos elétricos(MÁQUINA + ELETRÔNICA) que per-mitam gerar energia elétrica em umaampla faixa de velocidade. Esta flexi-bilidade permite o aproveitamento deformas alternativas de energia, ajudan-do a preservar o meio ambiente.

Na geração eólica para maximizar apotência na turbina é necessário que elaopere numa faixa de rotação da ordemde ± 30% em torno da rotação síncrona.A máquina assíncrona atende muitobem essa exigência quando apresentano rotor um enrolamento trifásico atra-vés do qual é possível se impor umatensão de controle.

Uma grande vantagem é que a po-tência necessária do conversor é da or-dem de 30% da potência nominal dogerador, reduzindo bastante o custo doconjunto gerador + conversor.

Em geral os acionamentos elétricospodem ser classificados como:

1.1 Máquinas comexcitação única

Esse tipo de máquina é constituídopor um enrolamento eletricamente co-

Page 10: WEG em Revista 02

WEG em Revista Jan. - Fev. 2000

10WEG em Revista Jan. - Fev. 2000

11

a ssistência técnica

O

Gerador bem instalado

trabalho de assistência téc-nica, desde a instalação atéo acompanhamento da per-formance do equipamento,

é fundamental para garantir o perfeitofuncionamento do gerador.

O start up deve ser acompanhado portécnicos da empresa fabricante, quetambém devem participar do treinamen-to dos operadores. “Geradores são ocoração da obra de geração de energia.Os técnicos só devem sair da obra de-pois de o equipamento estar instalado eem plena operação”, afirma Gorki T.Dragojevic, assessor técnico com maisde 30 anos de experiência na área.

Start up

O período de start up leva em médiatrês a quatro semanas. Em caso de ins-talação de hidrogeradores, que geral-mente ficam localizados em regiões dis-tantes e de difícil acesso, este períodoaumenta.

Depois da instalação, o fabricantedeve manter contato com o cliente paraacompanhar a performance do gerador.

Os fabricantes de geradores dispõematualmente de aparelhos modernos paratestar os geradores, mas alguns técni-cos, como Gorki T. Dragojevic, tambémusam métodos empíricos, diretos e efi-cazes para garantir a confiança do cli-ente. Um deles é o teste da moeda. “Nemsempre tínhamos equipamentos paramedir a vibração; então, uma maneirade provar que a máquina não estava vi-brando era colocar uma moeda em pé

A instalação de um gerador,

ponto central de qualquer obra

de geração de energia, deve ser

um trabalho personalizado, com

acompanhamento de técnicos da

empresa fabricante.

Gorki mostra a moeda,utilizada no folclóricoteste de vibraçào

q A qualidade começa com otransporte em carretas especiais.Máquinas fixadas e com eixos tra-

vados.q Acompanha-

mento na descar-ga.

q Inspeção elé-trica e mecânica,primeiro com a má-quina parada e de-pois em operação.

q Montagem nabase, acoplando ogerador ao sistemahidráulico ou a va-por.

q Checagem doalinhamento.

q Checagem elé-

em cima da máquina funcionando emplena carga”, explica.

Energia garantida

A geração própria de energia vemsendo adotada pelas empresas comouma forma eficaz de fugir da deficiên-cia na distribuição. Não só grandes in-dústrias - que fazem contrato com com-panhias elétricas para geração de ener-gia e para venda do excedente - estãoadotando o sistema, mas também super-mercados, hospitais e condomínios ins-talam pequenos geradores para uso ememergência ou nos horários de pico deconsumo (veja matéria nesta edição, napágina 8). “As experiências atuais indi-cam que o investimento no equipamen-to é pago em dois anos”, comenta Mu-rilo Machado, chefe da Assistência Téc-nica da Weg Indústrias - Máquinas.

As etapas da assistênciatrica da isolação.

q Rodagem da máquina meca-nicamente, sem tensão.

q Verificação do centro magné-tico.

q Excitação da máquina desdea baixa tensão 13.800 kV.

q Colocação de carga gradati-va, aguardando a máquina entrarem equilíbrio térmico, em carga no-minal sempre que possível.

q Acompanhamento por cercade dois dias, monitorando tempera-tura da máquina, mancais, entradae saída de ar, além dos dados elétri-cos.

q Treinamento de operação. To-dos os procedimentos de manobra eoperação do sistema são passadosaos operadores.

n egócios

Além dos equipamentos para a usina, a Weg tambémforneceu todos os motores elétricos utilizados na fábrica.

Carlos Alberto Busnardo,gerente de Ecoeficiência eRelações Industriais daTerranova: �A tecnologia ea excelência em produtos eserviços fizeram com que aTerranova elegesse a Wegcomo uma de suas parceirasneste empreendimento�.

AutogeraçãoDiante das deficiências do setor energético bra-

sileiro, muitas empresas estão investindo na auto-geração, usando como matéria-prima resíduos queantes não tinham uma utilização bem definida, sen-do muitas vezes destinadas ao lixo, como casca dearroz, bagaço de cana e resíduos de madeiras

Criado em 1998, o Centro de Negócios de Ener-gia da Weg trabalha junto ao setor de geração deenergia, fornecendo soluções para empresas que es-tão investindo na autogeração. A empresa mantémainda um profundo trabalho de pesquisa no desen-volvimento de novas tecnologias que resultam emmotores e outros produtos de alto rendimento, queinduzem ao consumo racional de energia elétrica.

Mais termelétricasO presidente Fernando Henrique Cardoso e o mi-

nistro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, lan-çaram em fevereiro o Programa Prioritário de Ter-melétricas, que irá aumentar a oferta de energia nopaís em mais de 15 mil megawatts até 2003. As 49usinas, que estarão situadas em 18 estados, vão au-mentar de 7% para 20% a geração de energia deorigem térmica nos próximos dez anos. O programavai receber investimentos da iniciativa privada daordem de R$ 12 bilhões.

Consumo aumentaO Brasil consumiu 290.975 GW/h em 1999, 2,2%

a mais do que no ano anterior. O aumento, porém,foi menor do que o esperado para o ano (300.842GW/h). Mesmo assim, a tendência é de alta no con-sumo para esse ano. O crescimento do consumo deenergia elétrica foi quase três vezes maior que o daeconomia em geral. O maior aumento foi registradono setor comercial, com 4,7%. O menor foi da indús-tria, que elevou o consumo em apenas 1,1%, masrepresenta 42% do consumo total no país.

Economia de 5%O horário de verão permitiu, nas regiões Sudes-

te, Sul e Centro-Oeste, uma redução de 5,2% do con-sumo de energia no horário de maior demanda. Écomo se, no horário de ponta, uma cidade comoBelo Horizonte tivesse sido desligada. Durante os146 dias de vigência do horário de verão, as regi-ões Sul, Sudeste e Centro-Oeste economizaram 1,1%de energia. Isto representa o consumo de eletricida-de de um mês e meio no Distrito Federal. No Nordes-te, a economia total ficou em 0,5%.

E N E R G I ASolução ecológica

Uma nova tendência no Brasil pararesolver os problemas imediatos de for-necimento de energia busca a maximi-zação da eficiência, através da co-gera-ção. Neste processo, a empresa, a partirda queima de um combustível, aprovei-ta a energia de duas formas distintas:geração de energia elétrica e aproveita-mento do calor residual dentro do pro-cesso industrial.

No caso da Terranova, além da eco-nomia dos recursos naturais, o processode co-geração à biomassa vai eliminaro desperdício de resíduos de madeira,que em muitas empresas têm o lixocomo destino certo.

De uma árvore adulta são aproveita-dos 60% da madeira no pro-cesso industrial; o restantese transforma em combustí-vel. Outro aspecto positivono processo é que os gasesemitidos com a queima dosresíduos não resultam em ne-nhum malefício ao meio am-biente, pois são essencial-mente o gás carbônico, queserá reabsorvido pelo reflo-restamento e florestas emcrescimento, e vapor deágua limpa.

“Os benefícios relacio-nados à efetiva aplicaçãodos princípios do desenvol-vimento sustentável e daecoeficiência são inumerá-veis. A Terranova Brasil tema consciência de que umaatitude responsável ao meioambiente, com estrito cum-primento da legislação am-biental aplicável, é uma condiçãode sobrevivência para a organização.Uma empresa não pode continuar exis-tindo sem a confiança e o respeito dasociedade por seu desempenho em ter-mos ambientais”, comenta o diretor daempresa.

Painéis de comandoWeg controlam osequipamentos da

usina naTerranova Brasil

FLÁVIO UETA

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WEG em Revista Jan. - Fev. 2000

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a ssistência técnica

O

Gerador bem instalado

trabalho de assistência téc-nica, desde a instalação atéo acompanhamento da per-formance do equipamento,

é fundamental para garantir o perfeitofuncionamento do gerador.

O start up deve ser acompanhado portécnicos da empresa fabricante, quetambém devem participar do treinamen-to dos operadores. “Geradores são ocoração da obra de geração de energia.Os técnicos só devem sair da obra de-pois de o equipamento estar instalado eem plena operação”, afirma Gorki T.Dragojevic, assessor técnico com maisde 30 anos de experiência na área.

Start up

O período de start up leva em médiatrês a quatro semanas. Em caso de ins-talação de hidrogeradores, que geral-mente ficam localizados em regiões dis-tantes e de difícil acesso, este períodoaumenta.

Depois da instalação, o fabricantedeve manter contato com o cliente paraacompanhar a performance do gerador.

Os fabricantes de geradores dispõematualmente de aparelhos modernos paratestar os geradores, mas alguns técni-cos, como Gorki T. Dragojevic, tambémusam métodos empíricos, diretos e efi-cazes para garantir a confiança do cli-ente. Um deles é o teste da moeda. “Nemsempre tínhamos equipamentos paramedir a vibração; então, uma maneirade provar que a máquina não estava vi-brando era colocar uma moeda em pé

A instalação de um gerador,

ponto central de qualquer obra

de geração de energia, deve ser

um trabalho personalizado, com

acompanhamento de técnicos da

empresa fabricante.

Gorki mostra a moeda,utilizada no folclóricoteste de vibraçào

q A qualidade começa com otransporte em carretas especiais.Máquinas fixadas e com eixos tra-

vados.q Acompanha-

mento na descar-ga.

q Inspeção elé-trica e mecânica,primeiro com a má-quina parada e de-pois em operação.

q Montagem nabase, acoplando ogerador ao sistemahidráulico ou a va-por.

q Checagem doalinhamento.

q Checagem elé-

em cima da máquina funcionando emplena carga”, explica.

Energia garantida

A geração própria de energia vemsendo adotada pelas empresas comouma forma eficaz de fugir da deficiên-cia na distribuição. Não só grandes in-dústrias - que fazem contrato com com-panhias elétricas para geração de ener-gia e para venda do excedente - estãoadotando o sistema, mas também super-mercados, hospitais e condomínios ins-talam pequenos geradores para uso ememergência ou nos horários de pico deconsumo (veja matéria nesta edição, napágina 8). “As experiências atuais indi-cam que o investimento no equipamen-to é pago em dois anos”, comenta Mu-rilo Machado, chefe da Assistência Téc-nica da Weg Indústrias - Máquinas.

As etapas da assistênciatrica da isolação.

q Rodagem da máquina meca-nicamente, sem tensão.

q Verificação do centro magné-tico.

q Excitação da máquina desdea baixa tensão 13.800 kV.

q Colocação de carga gradati-va, aguardando a máquina entrarem equilíbrio térmico, em carga no-minal sempre que possível.

q Acompanhamento por cercade dois dias, monitorando tempera-tura da máquina, mancais, entradae saída de ar, além dos dados elétri-cos.

q Treinamento de operação. To-dos os procedimentos de manobra eoperação do sistema são passadosaos operadores.

n egócios

Além dos equipamentos para a usina, a Weg tambémforneceu todos os motores elétricos utilizados na fábrica.

Carlos Alberto Busnardo,gerente de Ecoeficiência eRelações Industriais daTerranova: �A tecnologia ea excelência em produtos eserviços fizeram com que aTerranova elegesse a Wegcomo uma de suas parceirasneste empreendimento�.

AutogeraçãoDiante das deficiências do setor energético bra-

sileiro, muitas empresas estão investindo na auto-geração, usando como matéria-prima resíduos queantes não tinham uma utilização bem definida, sen-do muitas vezes destinadas ao lixo, como casca dearroz, bagaço de cana e resíduos de madeiras

Criado em 1998, o Centro de Negócios de Ener-gia da Weg trabalha junto ao setor de geração deenergia, fornecendo soluções para empresas que es-tão investindo na autogeração. A empresa mantémainda um profundo trabalho de pesquisa no desen-volvimento de novas tecnologias que resultam emmotores e outros produtos de alto rendimento, queinduzem ao consumo racional de energia elétrica.

Mais termelétricasO presidente Fernando Henrique Cardoso e o mi-

nistro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, lan-çaram em fevereiro o Programa Prioritário de Ter-melétricas, que irá aumentar a oferta de energia nopaís em mais de 15 mil megawatts até 2003. As 49usinas, que estarão situadas em 18 estados, vão au-mentar de 7% para 20% a geração de energia deorigem térmica nos próximos dez anos. O programavai receber investimentos da iniciativa privada daordem de R$ 12 bilhões.

Consumo aumentaO Brasil consumiu 290.975 GW/h em 1999, 2,2%

a mais do que no ano anterior. O aumento, porém,foi menor do que o esperado para o ano (300.842GW/h). Mesmo assim, a tendência é de alta no con-sumo para esse ano. O crescimento do consumo deenergia elétrica foi quase três vezes maior que o daeconomia em geral. O maior aumento foi registradono setor comercial, com 4,7%. O menor foi da indús-tria, que elevou o consumo em apenas 1,1%, masrepresenta 42% do consumo total no país.

Economia de 5%O horário de verão permitiu, nas regiões Sudes-

te, Sul e Centro-Oeste, uma redução de 5,2% do con-sumo de energia no horário de maior demanda. Écomo se, no horário de ponta, uma cidade comoBelo Horizonte tivesse sido desligada. Durante os146 dias de vigência do horário de verão, as regi-ões Sul, Sudeste e Centro-Oeste economizaram 1,1%de energia. Isto representa o consumo de eletricida-de de um mês e meio no Distrito Federal. No Nordes-te, a economia total ficou em 0,5%.

E N E R G I ASolução ecológica

Uma nova tendência no Brasil pararesolver os problemas imediatos de for-necimento de energia busca a maximi-zação da eficiência, através da co-gera-ção. Neste processo, a empresa, a partirda queima de um combustível, aprovei-ta a energia de duas formas distintas:geração de energia elétrica e aproveita-mento do calor residual dentro do pro-cesso industrial.

No caso da Terranova, além da eco-nomia dos recursos naturais, o processode co-geração à biomassa vai eliminaro desperdício de resíduos de madeira,que em muitas empresas têm o lixocomo destino certo.

De uma árvore adulta são aproveita-dos 60% da madeira no pro-cesso industrial; o restantese transforma em combustí-vel. Outro aspecto positivono processo é que os gasesemitidos com a queima dosresíduos não resultam em ne-nhum malefício ao meio am-biente, pois são essencial-mente o gás carbônico, queserá reabsorvido pelo reflo-restamento e florestas emcrescimento, e vapor deágua limpa.

“Os benefícios relacio-nados à efetiva aplicaçãodos princípios do desenvol-vimento sustentável e daecoeficiência são inumerá-veis. A Terranova Brasil tema consciência de que umaatitude responsável ao meioambiente, com estrito cum-primento da legislação am-biental aplicável, é uma condiçãode sobrevivência para a organização.Uma empresa não pode continuar exis-tindo sem a confiança e o respeito dasociedade por seu desempenho em ter-mos ambientais”, comenta o diretor daempresa.

Painéis de comandoWeg controlam osequipamentos da

usina naTerranova Brasil

FLÁVIO UETA

Page 12: WEG em Revista 02

Energia ecologicamente correta

WEG em Revista Jan. - Fev. 200012

WEG em Revista Jan. Fev. - 20009

n egóciosmatériatécnica

Energia eólica

Este trabalho resume as

principais características da

geração de energia eólica.

A matéria completa, com o

funcionamento do gerador,

está no site da Weg -

www.weg.com.br - na seção

Biblioteca.

Fredemar RüncosWeg

HPPEngenharia básica aplicada e

gerência do projeto.

TGMFornecimento da turbina a va-

por e redutores de velocidade.

SermatecFornecimento da caldeira e ci-

clo térmico.

WegFornecimento do gerador elétri-

co, painéis de comando, proteçãoe distribuição, transformadores deacoplamento com a Celesc e trans-formadores de distribuição da fá-brica.

O papel de cada um

Gerador Weg de3,5 MW é

alimentado comresíduos de

madeira

Matéria-prima própria

Dos US$ 95 milhões investidosno projeto da nova serraria, aTerranova aplicou 50% naaquisição de um patrimônioflorestal com cerca de13.400 hectares, sendo quemais de 60% estão cobertoscom Pinus spp. e Pinus Tae-da. Incentivadora do mane-jo sustentável, a empresamantém um viveiro de plan-tação de pinus, cuja capaci-dade produtiva é de aproxi-madamente 800 mil mudas porano.

Desde 1998 até o final do ano

passado, foram plantados 838 hecta-res com Pinus Taeda, sendo que ameta a partir de agora é plantar 550hectares por ano.

Potencial brasileiro

“Optou-se pelo Brasil tendo em vis-ta a potencialidade e desenvolvimentodo mercado florestal brasileiro, associ-ado a diversas vantagens comparativas,tais como a rapidez e nível de cresci-mento das florestas, graças às particula-ridades do clima chuvoso durante a mai-or parte do ano”, explica Sergio Tardo-nes, diretor geral da Terranova Brasil. Oproduto principal da nova fábrica é co-nhecido no mercado como “blank”,uma peça de madeira pura, de alto valoragregado, utilizada na fabricação demolduras para portas e janelas. A pro-dução anual da Terranova Brasil estáestimada em 120.000 m3 de madeira ser-rada e 60.500 m3 de “blanks”, sendo to-talmente exportada para o mercado nor-te-americano.

Os equipamentos fornecidos peloconsórcio são 100% nacionais e, por-tanto, a manutenção é muito rápida ede custo sensivelmente reduzido. Nocaso específico daWeg, a distânciaaté a fábrica daTerranova éde 70 quilô-

metros, ou seja, menos de uma hora deJaraguá do Sul. Já o alto nível de auto-matização, com sistemas avançados decomputação que monitoram e contro-lam todo o processo de geração de ener-gia, possibilita uma atuação instantâ-nea, em fração de segundos, caso sejadetectada alguma falha ou desvio no

processo.

Resumo (abstract)

O vento é o resultado do movimen-to de massas de ar ao redor da superfíciedo globo, provocado por diferenças detemperatura e pressão. A energia mecâ-nica dessas massas de ar constitui umaimensa fonte de energia natural quepode facilmente ser transformada emenergia elétrica através dos geradoreseólicos.

O presente trabalho mostra o funcio-namento, em regime gerador, da Máqui-na Assíncrona Trifásica. O gerador é umamáquina de indução constituída de doisenrolamentos trifásicos, um no estatore outro no rotor.

Através de uma tensão adequada-mente imposta ao circuito rotórico,mostra-se que é possível controlar o tor-que (velocidade) e o fator de potênciada máquina, funcionando como gera-dor.

Na parte final do presente trabalho émostrado um panorama da energia eó-lica no mundo e no Brasil e tambémuma sugestão para otimização de umsistema de energia elétrica, aproveitan-do adequadamente as diversas fontesnaturais de energia disponíveis.

1. Introdução

Desde o início do desenvolvimentoindustrial, sempre se procurou desen-volver novas tecnologias de aciona-mento elétrico. Primeiro apareceu omotor de CC, surgindo em seguida omotor síncrono. No final do século pas-sado foi inventado o motor assíncronotrifásico, que representou um grandeavanço no acionamento industrial.

Porém, cada vez mais, o desenvolvi-mento industrial exigia controles maisprecisos de velocidade.

Hoje, com o desenvolvimento da ele-trônica e com as novas tecnologias defabricação de máquinas elétricas giran-tes, essa necessidade industrial é satis-fatoriamente atendida. Com a competi-tividade é necessário, além de bons aci-onamentos, se ter acionamento comcustos reduzidos.

Na área de geração elétrica não seexigia acionamentos com variação develocidade. A Máquina Síncrona, tra-balhando num ponto com rotação fixa,atendia à necessidade de geração elé-trica.

Porém, atualmente, com o custo daenergia crescendo e a conscientizaçãode preservar o meio ambiente, em todoo planeta é feita pesquisa no sentido dedesenvolver acionamentos elétricos(MÁQUINA + ELETRÔNICA) que per-mitam gerar energia elétrica em umaampla faixa de velocidade. Esta flexi-bilidade permite o aproveitamento deformas alternativas de energia, ajudan-do a preservar o meio ambiente.

Na geração eólica para maximizar apotência na turbina é necessário que elaopere numa faixa de rotação da ordemde ± 30% em torno da rotação síncrona.A máquina assíncrona atende muitobem essa exigência quando apresentano rotor um enrolamento trifásico atra-vés do qual é possível se impor umatensão de controle.

Uma grande vantagem é que a po-tência necessária do conversor é da or-dem de 30% da potência nominal dogerador, reduzindo bastante o custo doconjunto gerador + conversor.

Em geral os acionamentos elétricospodem ser classificados como:

1.1 Máquinas comexcitação única

Esse tipo de máquina é constituídopor um enrolamento eletricamente co-

Page 13: WEG em Revista 02

Energia ecologicamente correta

m atériatécnican egócios

WEG em Revista Jan. - Fev. 2000 WEG em Revista Jan. - Fev. 20008 13

O

A energia gerada pela usina ésuficiente para abastecer umacidade com 25 mil habitantes

Equipamentos e tecnologia

nacional garantem solução

ecológica na unidade fabril da

Terranova Brasil, empresa

chilena do ramo florestal

destino a ser dado aos re-síduos industriais, assimcomo a utilização racio-nal de recursos naturais,

são temas cada vez mais comuns napauta de discussões de empresas emtodo o mundo. As perguntas são sem-pre as mesmas: de que forma podemosreaproveitar os resíduos do processoindustrial? Qual a melhor alternativapara reduzir ou racionalizar o consu-mo de recursos naturais primários comoágua, energia elétrica, madeira, terra etantos outros?

As respostas para estas questões co-meçam a despontar. Muitas empresastêm investido no desenvolvimento deprojetos que visam resolver esta equa-ção, conciliando necessidades e pro-porcionando benefícios ao homem e aomeio ambiente.

Um exemplo claro deste tipo de ini-ciativa pode ser observado no Grupode Empresas Tierranueva, do Chile, queestá investindo de cerca de US$ 95 mi-lhões na implantação de sua primeiraunidade no Brasil. Batizada de Terra-nova Brasil Ltda., a empresa está sedi-ada em Rio Negrinho, Santa Catarina,e vai gerar cerca de 300 empregos dire-tos e 150 indiretos, fortalecendo a eco-nomia local, baseada na indústria mo-v e l e i r a .

Tecnologia nacional

A fábrica, uma serraria com consu-mo anual estimado em 230.000 m3 detoras, segue o padrão internacional do

grupo chileno, que há 20 anos atua noramo florestal. Utilizando equipamen-tos de alta tecno-logia, a unidadedesenvolve suasatividades comtotal respeito aomeio ambiente.

Para isso, ins-talou um gerador com potência insta-lada de 3,5 MW, alimentado a partir deresíduos de madeira. O equipamento éacionado por um conjunto de máqui-nas supridas pelo consórcio Weg, TGM,HPP e Sermatec, empresas brasileirascom forte atuação no setor de geraçãode energia. A energia gerada pela usi-na corresponde a 35% da demanda to-tal da empresa. O restante da energia

necessária será fornecido pela CentraisElétricas de Santa Catarina (Celesc). “A

contribuição da Ce-lesc para o projetofoi fundamental.Ela orientou a com-posição dos equipa-mentos, para quefossem compatíveis

com o volume de energia fornecido porela, garantindo qualidade e disponibi-lidade de energia em tempo integral”,comenta Sérgio Esteves, do Centro deNegócios de Energia da Weg.

A facilidade de manutenção, assimcomo o alto nível de desenvolvimentotécnológico, foram fatores preponde-rantes na escolha das empresas envol-vidas com este fornecimento.

FOTO

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ETA

Figura 2.1.1- Diagrama Esquemático daMATRADA1.2 Máquinas

com dupla excitaçãoEsse tipo de máquina é constituído

por dois enrolamentos eletricamenteconectados a fontes de tensão que su-prem as corrente necessárias para a ex-citação da máquina.

A principal desvantagem é a neces-sidade de comutadores ou anéis cole-tores com escovas, exigindo constantemanutenção.

Uma grande vantagem da máquinaduplamente excitada é o fato de queela pode trabalhar tanto em regime demotor como em regime de gerador.

No presente trabalho, iremos estu-dar a Máquina Assíncrona Trifásicacom Rotor Bobinado de Anéis Dupla-mente Alimentada [MATRADA] fun-cionando em regime como gerador.

2. Circuito equivalenteda MATRADA

2.1 Descrição da MATRADAA Máquina Assíncrona Trifásica Du-

plamente Alimentada (MATRADA) éuma máquina com rotor bobinado ecom anéis coletores.

Como fontes deenergia renová-veis citamos:* Hídrica* Eólica* Biomassa* Solar

Como fontes nãorenováveis cita-mos:* Gás natural* Carvão* Petróleo* Nuclear

3. A energia eólica

O desenvolvimento econômico e so-cial de uma nação pode ser medido pelonível de consumo de energia elétrica.A energia elétrica nos dias de hoje de-sempenha um papel importante na vidadas pessoas.

Para garantir o desenvolvimento so-cial contínuo, além de outros elemen-tos básicos, a energia elétrica deve serabundante e de baixo custo.

Para atingir este objetivo é necessá-rio saber explorar os recursos energéti-cos naturais de forma racional e inteli-gente, no sentido de maximizar o seurendimento.

A natureza coloca à disposição dohomem várias fontes de energia primá-ria, algumas renováveis e outras não.

Devido à necessidade de preservar omeio ambiente, as fontes de energia re-nováveis estão no centro das atençõesmundiais.

Alguns governos ao redor do plane-ta estão incentivando a geração de ener-gia elétrica a partir das fontes de ener-gia renováveis.

De 1994 a 1998 a força do vento foia fonte de energia primária que maiorincentivo recebeu dos governos, apre-sentando o maior crescimento em ter-mos de geração de energia elétrica.

De acordo com a Associação Euro-péia de Energia Eólica (EWEA) até oano 2020 serão instalados ao redor domundo um total de 1,2 milhão de me-gawatts (100 ITAIPUS) em geração deenergia eólica.

Segundo Hans Bjerregard, Presiden-te do Fórum Dinamarquês para Energiae Desenvolvimento, a Dinamarca estápróxima de ter 10% de suas necessida-des de eletricidade supridas pela ener-gia eólica. O objetivo do governo échegar até 50% em 2030, incluindo,para tanto, a captação pioneira de ener-gia em alto mar.

O Brasil tem em abundância as qua-tro fontes de energia renovável acimacitadas.

A Hídrica e a Eólica se apresentamem maior quantidade e em melhorescondições econômicas de aproveita-mento. A Hídrica está distribuída nopaís inteiro.

Com o potencial eólico existente noBrasil, confirmado através de medidasde vento precisas, realizadas recente-mente, é possível produzir eletricidadea custos competitivos com centrais ter-melétricas, nucleares e hidrelétricas.Análises dos recursos eólicos medidosem vários locais do Brasil mostram apossibilidade de geração elétrica comcustos da ordem de US$ 40 - US$ 60por MWh.

De acordo com estudos da ELETRO-BRÁS, o custo da energia elétrica gera-da através de novas usinas hidrelétri-cas construídas na região amazônicaserá bem mais alto que os custos dasusinas implantadas até hoje. Quase 70%dos projetos possíveis deverão ter cus-tos de geração maiores do que a ener-gia gerada por turbinas eólicas (verTABELA na página 14).

nectado a uma fonte de tensão que su-pre a corrente necessária para a excita-ção da máquina.

A esse grupo pertencem:a) Máquinas CC de Ímã Permanenteb) Máquinas Síncronas de Ímã

Permanentec) Máquinas de Relutânciad) Máquinas de Histeresee) Máquinas Assíncronas com

Rotor de Gaiola

A máquina CC pode ser construídade duas maneiras: o enrolamento de ex-citação pode estar no rotor ou no esta-tor.

Nas quatro restantes o enrolamentode excitação está no estator.

Das cinco máquinas desse grupo, aMáquina Assíncrona com Rotor deGaiola é a mais simples, mais confiável(segura) e de menor custo.

O enrolamento do estator é ligadodiretamente na rede, e o enrolamentodo rotor é ligado através dos anéis co-letores a um conversor de freqüênciacom controle vetorial.

A Figura 2.1.1 mostra o diagrama es-quemático da MATRADA.

O conversor está ligado diretamenteà rede de alimentação. Nos casos emque a tensão da rede é na faixa de mé-dia tensão, para reduzir o custo do con-versor este pode ser ligado à rede atra-vés de um transformador.

Page 14: WEG em Revista 02

5 - Bibliografia[1] B.Hopfensperger, D.J.Atlinson,“Cascaded Brushless Doubly-FedMachines for Variable Speed windPower Generation: na Overview”,Department of Electrical and Elec-tronic Engineering, Univertity ofNewcastle, Newcastle upon Tyne,NE1 7RU, Great Britain.

[2] Y. Liau, “Design of A BrushlessDoubly-Fed Induction Motor forAdjustable Spees Drive Applicati-ons”, GE-Corporate Research andDevelopment Center, Building K1-EP118, P. O. Box 8, Schenectady,NY 12301, USA, IEEE, 1996,pag.850-855.

[3] M. Kostenko & L. Piotrovski,“Máquinas Elétricas, Vol. II, Edi-ções Lopes da Silva, Porto, 1979,Traduzido por Antônio FernandesMagalhães, pag. 612-621, 694-704.

[4] E. Levi, “Polyphase Motors - ADirect Approach to Their Design”,John Wiley & Sons, Inc., 1984, pag.98-178.

[5] R. Richter, “Elektrische Maschi-nen - Die Induktionsmaschinen”,Verlag Birkhäuser AG., Basel,1954, pag. 315-358.

[6] M. Chilikin, “Electric Drive”,Mir Publishers, Moscow, 1976,pag. 153-169.

WEG em Revista Jan. - Fev. 200014

WEG em Revista Jan. - Fev. 20007

Brasil precisa de 4.330 MW/anoe ntrevista

Previsão de demanda para os

próximos oito anos exige mais

geração, que pode contar

também com iniciativas

empresariais, na opinião do

diretor da Escola de

Engenharia de Itajubá,

instituição que é referência em

ensino de engenharia voltado à

energia, no país.

matériatécnica

Como o senhor vê a situação atual dageração e distribuição de energia noBrasil?José Carlos G. Siqueira - Para atendero crescimento da demanda no período1999 - 2008, estima-se, segundo dadosda Eletrobrás, que a capacidade insta-lada deve crescer de 61.300 MW para104.600 MW. A se confirmar tal valor,será necessária uma oferta de novos pro-jetos de geração da ordem de 4.330 MWpor ano. Para este ano, entre outrasações, espera-se a ativação de Angra II,acrescentando algo próximo a 1.200MW para a região Sudeste. Espera-setambém um avanço da geração terme-létrica.

Como as escolas de engenharia podemcolaborar na solução de problemasenergéticos?Siqueira - Além de formar profissionaiscompetentes e esclarecidos, as escolasfederais de enge-nharia, como aEFEI, podem co-laborar na solu-ção dos proble-mas energéticos,com trabalhos depesquisa, partici-pações em seminários técnicos e desen-volvimento de projetos em parceria coma iniciativa privada e estatal.

Qual a importância da “base tecnoló-gica” formada nas escolas de engenha-ria?Siqueira - Cada vez mais a sociedadeperceberá no dia-a-dia a necessidade deviver e conviver com a tecnologia. AInternet é um exemplo deste processode transformação científica e tecnoló-gica. As escolas de engenharia podemfornecer a base de conhecimentos quepossibilite este avanço. No entanto, énosso dever, também como educadorese formadores de recursos humanos,transmitir os alicerces sobre os quais sedeve construir esta sociedade do conhe-cimento.

Quais os benefícios do termo de coo-peração técnico-científica assinadoentre a EFEI e o Operador Nacionaldo Sistema Elétrico?Siqueira - O termo tem por objeto aampla cooperação em programas e pro-jetos de assistência científica e pesqui-sa tecnológica, treinamento, estágios ecapacitação de pessoal e desenvolvi-mento em áreas de interesse mútuo. Comeste acordo, a EFEI poderá participardas transformações pelas quais passa osetor elétrico nacional e contribuir nabusca das soluções necessárias nestenovo ambiente institucional.

Como o senhor vê iniciativas como ada Weg, promovendo o Concurso Na-cional de Conservação de Energia?Siqueira - A iniciativa vem ao encon-tro, no mínimo, de duas linhas de açãoda política de combate ao desperdíciode energia: a primeira, contribuindo

com o desenvolvi-mento tecnológico,proporcionando abusca de novosmétodos; e a segun-da, fomentando osprogramas de con-servação de energia.

O concurso proporciona aos estudan-tes de graduação a possibilidade deaplicar os conhecimentos teóricos ad-quiridos em projetos que exigem umavisão não só acadêmica, mas com en-volvimento prático sobre o assunto tra-tado.

Como melhorar a parceria entre em-presas e universidades?Siqueira - No nosso caso, as empresastêm-nos atendido principalmente nafase mais importante, que é o estágioperiódico e obrigatório da graduação,de onde resultam parcerias promisso-ras. Por sua vez, a EFEI tem procuradoouvir a opinião das empresas em assun-tos relativos à oportunidade da atuali-zação de alguns currículos especializa-dos.

�A iniciativa privadadeverá investir mais em

geração de energia própria.�

José Carlos Goulart Siqueira, professor daEscola Federal de Engenharia de Itajubá(MG), desde 1975 e diretor-geral desde 94

DIV

ULG

ÃO

O Brasil poderia ter uma participa-ção efetiva e estratégica no mercado degeração de energia alternativa, atravésde uma integração da geração eólicacom o sistema elétrico atual que é basi-camente Hídrico.

Esta integração deveria ser feita atra-vés de Geradores Síncronos e Gerado-res Assíncronos (MATRADA), ver Figu-ra 3.1 abaixo.

O gerador (MATRADA) mostradoneste trabalho apresenta a capacidadede trabalhar numa ampla faixa de rota-ção. Esta característica permite a apli-

cação deste gerador tanto em turbinaseólicas como em turbinas hidráulicas.Na turbina eólica ele permite a otimiza-ção da energia do vento, devido à suaflexibilidade na variação de velocida-de.

Na turbina hidráulica épossível ajustar a operaçãodo gerador em função da al-tura monométrica da águadisponível no reservatóriotrabalhando no ponto de ro-tação onde o rendimento daturbina é máximo e evitan-do a cavitação que pode da-nificar a turbina.

Todo kW de energia elé-trica gerada por uma turbi-na eólica economiza umaquantidade equivalente emágua no reservatório.

Por outro lado, o Brasilpossui milhares de locais isolados ondea eletricidade é gerada através de óleodiesel. Apenas na região Amazônica,mais de 500 comunidades utilizam mo-togeradores diesel para a geração elé-trica com custos de geração entre US$0,20/kWh e US$ 0,80/kWh. Turbinas eó-licas acopladas aos sistemas diesel exis-tentes (sistema híbridos eólico / diesel)podem propiciar uma economia subs-tancial em termos de consumo de com-bustível, transporte, armazenamento,operação, manutenção e logística, semcontar com a redução da poluição am-biental.

4. Conclusão

O gerador síncrono é uma máquinaexcelente para gerar energia elétricaquando a rotação da máquina primáriaé fixa.

Porém, para os aproveitamentos ener-géticos onde a máquina primária exigevariação de velocidade, a máquina sín-crona não é a melhor solução técnicaeconômica.

A máquina assíncrona é bastante ver-sátil, robusta e de menor custo.

Porém, para aplicação como gerador,a máquina assíncrona de rotor de gaio-la apresenta limitações.

O gerador assíncrono de rotor emgaiola apresenta-se tecnicamente e eco-nomicamente viável para potências me-

Outra vantagem das centrais eólicasem relação às usinas hidrelétricas é quequase toda a área ocupada pela centraleólica pode ser utilizada (para agricul-tura, pecuária etc.) ou preservada comohabitat natural.

Figura 3.1 - Sistema otimizado

Custos Previstos para a Geração Elétrica na Amazônia(Usinas Hidrelétricas Planejadas)

Potencial hidráulicoexistente na Região

Amazônica(Total = 261 GW)

Custo de geraçãoelétrica previsto

33%

25%

14%

28%

< US$ 40 / MWh

US$ 40 - US$ 60 / MWh

US$ 60 - US$ 70 / MWh

> US$ 70 / MWh

nores que 800 kW.Para potências maiores, o gerador as-

síncrono com rotor bobinado de anéisduplamente alimentado (MATRADA)apresenta-se como uma solução adequa-da do ponto de vista técnico e econô-mico.

A grande vantagem da aplicação daMATRADA em geração eólica é o fatodo conversor ser dimensionado parauma potência da ordem de 30% da po-tência nominal e de tecnologia domi-nada.

Outra grande vantagem é o fato detrabalhar numa faixa de rotação de 70%a 130% da rotação síncrona com fatorde potência controlado, permitindodesta forma a otimização do rendimen-to na conversão eletromecânica da ener-gia.

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WEG em Revista Jan. - Fev. 2000 WEG em Revista Jan. - Fev. 20006 15

especial

A maior do mundoCom potência instalada de 12,6 mil megawatts, a hidrelétrica de

Itaipu, no rio Paraná, é responsável por 25% da energia consumidano Brasil e por 80% da energia usada no Paraguai. Sua construçãoexigiu um volume de concreto equivalente ao de 210 Maracanãs,além de ferro e aço suficientes para erguer 380 torres Eiffel. Nospróximos anos, Itaipu ganhará mais duas unidades geradoras. Antesdisso, atingirá a marca de 90 bilhões de kWh/ano em geração, o queconfirmará sua condição de número 1 no mundo. Mesmo assim, oBrasil vai precisar de mais do que Itaipu e outras hidrelétricas parater a energia de que precisa. O governo quer que a participação do

gás natural na matriz energética brasilei-ra cresça de 3% para 12%. O primeiro ga-soduto Bolívia-Brasil já está quase pron-to. Outro deverá ser iniciado em breve enovas rotas trarão gás natural de paísescomo Argentina.

Stress além da conta

Sabe o que acontece no seu organis-mo quando você se estressa? Adrenali-na e outras substâncias químicas são jor-radas no sangue, que faz o coração e arespiração se acelerarem. O fígado pro-duz glicose, que dá energia ao organis-mo. Quando a situação exigir mais ener-gia, o cérebro aciona um mecanismomais potente, as supra-renais, que libe-ram três hormônios: cortisona, cortisole corticosterona. Se todo este processode energização resultar em uma boaidéia, na solução de um problema e nasuperação do fator de stress, a energiaterá sido bem empregada. Mas se a ten-são continua, cresce, leva dias e exigedemais da sua cabeça e do seu corpo,cuidado: stress demais pode matar.

Presente nas frutas, nos objetos quenos cercam, nos estudos dos maiores gê-nios da humanidade e até nos gestosmais simples que fazemos (estalar osdedos mexe com energia estática e tér-mica), parece até que energia não acabanunca. Mas não é bem assim. Ao menosa energia elétrica,que move grandesindústrias e aciona oliquidificador emsua casa, pode ficarescassa, se não forbem utilizada e senão houver investi-mentos para suprir oconsumo.

“O risco de faltade energia elétricanos próximos anosdepende do cresci-mento da demanda eda capacidade de investir na geração etransmissão”, sentencia o professorCampagnolo, da UFSC. O engenheiroAlexandre Mancuso acredita que a lutacontra um “apagão geral” começa den-tro de casa. Medidas simples, como nãotomar banho de ducha elétrica entre 18e 21 horas, são fundamentais.

O governo já sabe o tamanho da con-

ta: “Precisamos investir R$ 8 bilhõesnos próximos quatro anos”, diz o mi-nistro das Minas e Energia, RodolphoTourinho. Outra ação é acelerar o pro-grama de termelétricas, a maioria delasalimentadas pelo gás natural que o Bra-sil extrai de suas reservas ou compran-

do de vizinhos comoa Bolívia. Por seulado, empresas pri-vadas investem naconservação e gera-ção própria de ener-gia, montando usi-nas geradoras emseus parques fabris(veja o exemplo dacatarinense Terrano-va, nesta edição, pá-ginas 8 a 10).

Enquan totorce para tudo dar

certo e faz a sua parte, evitando o des-perdício, que tal dar uma arejada, de-pois de falar de Einstein, Guga, eletros-tática e apagão? Quer algumas dicas?Escutar uma música suave, assistir a umseriado na TV, bater papo pela Internet,dar uma caminhada no parque, jogartênis, fazer um lanche... Tudo regado aboas e bem utilizadas doses de energia.

A energia não acaba nunca?

FOTO: ITAIPU BINACIONAL

Eixo de uma dasturbinas de Itaipu, quejá foi visitada por pelomenos 10 milhões depessoas

AN

DRÉ

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PSC

H

RON

ALD

O D

INIZ

c omunidade

T

Educação

No ano passado aWeg investiu 3,76 mi-lhões de reais em trei-namento, incluindosupletivo de primeiroe segundo graus, cur-sos técnicos para ado-

lescentes no Centroweg e cursos deaperfeiçoamento.

Ambiente

A Weg tem procura-do gerar o menor graupossível de impactoambiental. No anopassado, os investi-mentos chegaram a900 mil reais, num pa-

cote de ações que vai do monitoramen-to constante dos equipamentos de con-trole à execução de programas como oResíduo Zero, destinado à coleta de re-síduos para reciclagem.

Saúde

O serviço médico daWeg conta com re-cursos adequados emassistência ambula-torial, odontológicae prevenção, garan-tindo segurança ao

colaborador e sua família. Em 1999, ovalor investido em serviços de saúdechegou a 3,70 milhões de reais.

Alimentação

Um total de 3,87 mi-lhões foram investi-dos pela Weg, em 99,no item alimentação.Alimentação da me-lhor qualidade eacompanhamento

nutricional, itens básicos, somam-se à

pesquisa de sugestões, que permite aocolaborador eleger certas preferências.

Comunidade

Em 99 o investimen-to em ações comuni-tárias chegou a quase400 mil reais. Duasdestas ações se desta-caram: o patrocíniodo vídeo “Jaraguá do

Sul, Ontem e Hoje”, contando a histó-ria do município - cópias do vídeo fo-ram doadas a todas as escolas da cidade- e a Ação Comunitária, um mutirão so-cial que leva à praça pública atividadesde saúde e segurança. Além disso, a Wegapóia bombeiros, hospitais, escolas eentidades culturais.

Previdência

Garantir seu futuro eo da família é priori-dade para qualquer ci-dadão. A Weg mantémum sistema de Previ-dência, no qual, só noano passado, foram in-

vestidos 4,44 milhões de reais. Nestesistema, ao se aposentar o colaboradorconta com uma renda extra para garan-tir uma vida digna.

Outros benefícios

O lazer se destacaneste item, que con-sumiu 2,14 milhõesem investimentos noano passado. A Asso-ciação RecreativaWeg é uma das mais

bem estruturadas de Santa Catarina. Du-rante o ano, a empresa banca festivida-des, com destaque para a festa do Diado Trabalho, em que o objetivo maior éa integração dos colaboradores e seusfamiliares.

Bem-estar é vitalInvestimentos no bem-estar

social dos colaboradores, da

família e da comunidade são

prioridade na Weg

Alimentação

R$ 3,87 milhõesPrevidência privada

R$ 4,44 milhõesSaúde

R$ 3,69 milhõesEducação

R$ 3,76 milhõesDoações para a comunidade

R$ 392 milMeio ambiente

R$ 900 milOutros benefícios

R$ 2,14 milhões

Balanço Social 1999

odas as pessoas bem sucedi-das no trabalho têm algo emcomum: uma boa qualidade devida. É a partir do bem-estar

social que o indivíduo monta uma baseque vai sustentar suas ações no traba-lho e na família.

Por acreditar nessa premissa, a Weginveste no bem-estar de seus trabalha-dores, dos familiares e da comunidade.Da alimentação subsidiada até verda-deiros mutirões comunitários, o balan-ço dos investimentos sociais de 1999mostra a preocupação da Weg com aqualidade de vida.

Page 16: WEG em Revista 02

Campeões por empresa

Energia é tudoTudo é energia

WEG em Revista Jan. - Fev. 200016

WEG em Revista Jan. - Fev. 20005

especialc onweg

A

Guga e as bananas

Mais um exemplo de como a energiaestá impregnada no dia-a-dia? Entre naInternet, acesse um mecanismo de bus-ca e digite a palavra “energia”. Uma lis-ta com pelo menos 500 sites irá inundara tela. Haverá desde endereços do go-

verno, como a Agência Nacional deEnergia Elétrica (Aneel), até a exóticaCigana Vanessa, que promete consultasvirtuais “usando energia positiva”.

Antes de desligar o computador, ob-serve como, em alguns momentos, o mo-nitor parece ter uma espécie de prote-ção invisível, que chega a emitir um some pode arrepiar os pêlos do braço. Seriaobra da Cigana Vanessa? O engenheiroAlexandre Mancuso, especialista emconservação de energia (olha ela aí denovo!), explica: “Isso é a manifestaçãoda capacidade que os corpos têm deadquirir carga com o atrito. Quando ofeixe de elétrons atravessa a tela domonitor, o atrito dele com a tela a deixaeletricamente carregada. Se encostamoso dedo na tela, ela se descarrega, poisencontra outro corpo (o nosso) eletrica-mente neutro”.

O engenheiro Mancuso tem uma co-leção de exemplos para mostrar como aenergia está em todo canto: “Quandoligamos o rádio, a energia potencial dapilha circula pelos componentes eletrô-nicos e produz as ondas de som. Ao aci-onarmos o interruptor de luz, a energiaelétrica circula pelo filamento da lâm-pada, aquecendo-o e produzindo a ener-gia luminosa”.

Se os exemplos da En-genharia e da Física nãobastam, que tal passar parao esporte? “Rica em potás-sio, a banana transformou-se na fonte de energia deGustavo Kuerten duranteos jogos”, informa uma re-portagem do jornal O Es-tado de S. Paulo. O técni-co do tenista, Larri Passos,explica: “Os jogos doGuga são quase todos nahora do almoço. Ele nãocome muito no café damanhã e acaba ficandocom fome. Como gosta debanana, come a fruta du-rante os jogos”.

Para Guga, a energia necessária estánuma fruta popular e abundante. Para amaioria das pessoas, energia é ilumina-ção, televisão, diversão. Mas a históriareserva para a energia alguns capítulosantológicos, capazes de modificar a for-ma como a humanidade encara as coi-sas. No final do ano passado, por exem-plo, a revista norte-americana Timeapontou a personalidade mais impor-tante do sécu-lo 20. O eleitofoi o cientistaAlbert Eins-tein. E sabequal foi umade suas gran-des obras? Terc o n c l u í d oque massa éequivalente àenergia. Ain-da que vocênão entenda nada de Física, com certe-za já viu em algum lugar a equaçãoE=mc2, cunhada por Einstein. Ou, aomenos, deve ter visto a foto na qual estefísico e matemático alemão, que viveuentre 1879 e 1955, aparece com os ca-belos desarrumados e a língua para fora.

Guga aplica, nosjogos, a energia que

vem da banana

Uma convenção chaveA equipe de vendas da Weg no

Brasil participou, em janeiro, da

35ª Conweg - Convenção

Nacional de Representantes

Weg, em Jaraguá do Sul.

DIVULGAÇÃO

uditório lotado. Cerca de 100representantes comerciais detodo o país, mais o pessoal in-terno de vendas e marketing,

se preparam para ouvir a palestra do Di-retor de Marketing da Weg, Walter Jans-sen Neto. O evento é a 35ª Conweg -Convenção Nacional de Representan-tes Weg -, realizada de 12 a 14 de janei-ro, em Jaraguá do Sul. A expectativa égrande. Afinal, a palestra fecha um ci-clo de apresentações e define a maneiracomo a Weg deve se relacionar com seusclientes no ano 2000.

“Tenho três notícias para dar a vo-cês”, começa Janssen. A primeira: “Orepresentante tradicional acabou”. A se-gunda: “O representante tradicionalacabou mesmo”. E finalmente a tercei-ra: “Só o representante consultor sobre-viverá”. Quem está dizendo isso não é aWeg, é o próprio mercado. Não há maisespaço para o representante tradicional,que apenas visita os clientes para tirarpedidos. O perfil do novo representan-te comercial é o de um consultor, quebusca soluções para seus clientes.

No auditório, pouca surpresa. Afinal,o tema da convenção era justamenteKey Supplier, ou fornecedor chave. Tor-nar-se Key Supplier, principalmente emassuntos ligados à energia, é uma metabem definida na Weg. Por isso, váriasmudanças importantes estão sendo rea-lizadas há algum tempo, com projetos

Weg QuímicaUnião Representações

Weg TransformadoresCarlos Henschell Representações

Weg AutomaçãoEletrovendas Representações

Weg AcionamentosCAIM Representações

Weg MáquinasCesar Fauth Representações

Weg MotoresPoli Motor Representações

OLD Representações

Celso Furlan Representações

Lenilson Representações

de marketing voltados para uma maiorinteração com o cliente, como o Centrode Treinamento de Clientes (veja maté-ria na página 17), inaugurado durante aconvenção, e o novo slogan “Transfor-mando Energia em Soluções”, adotadoa partir de 1999. O slogan tem dois sig-nificados distintos que se completam.O primeiro tem a ver com os produtosWeg, que giram em torno de energia elé-trica e mecânica; o segundo tem a vercom a energia pessoal de cada um. As-sim, transformar energia em soluções éutilizar os produtos Weg de forma inte-grada, e, através da dedicação de cadaum, criar soluções específicas para cadacliente, buscando sempre o melhor. Estaé a chave.

Representantessão premiados

No último dia da Conweg foramanunciados os representantes premiadoscom o Destaque em Vendas 99. O prê-mio, baseado nos resultados do anotodo, é concedido para o melhor repre-sentante por empresa e os três melhoresdo Grupo Weg. O prêmio nesse ano éuma viagem para a Ilha de Comandatu-ba, no resort mais luxuoso do Brasil.Com um detalhe importante: a viagemserá feita em plena semana em que secomemoram os 500 anos do Descobri-mento do Brasil.

Campeões do grupo

Convenção foirealizada na

recreativa da Weg,em Jaraguá do Sul

FLÁVIO UETA

Page 17: WEG em Revista 02

Energia é tudoTudo é energia

WEG em Revista Jan. - Fev. 2000 WEG em Revista Jan. - Fev. 2000

4 17

e special

A

n otícias

A Editora Éricaestá lançando o livro“Motor de Indu-ção”, destinado a es-tudantes de cursostécnicos. Escritopelo professor Guilherme Fillipo, daUnesp, com patrocínio da Weg, o livroainda conta com a colaboração do en-genheiro Sebastião Nau, da Weg. Naapresentação da obra, o presidente exe-cutivo, Décio da Silva, diz que “hámuito se esperava por um livro so-bre motores elétricos que reunisse,de forma clara e objetiva, os aspec-tos fundamentais do motor e os com-ponentes de comando e proteção”.

A Weg inaugurou em janeiro o Cen-tro de Treinamento de Clientes(CTC), localizado no Par-que Fabril I, em Jara-guá do Sul. Dis-pondo de três la-boratórios equi-pados com ban-cadas didáticasde última gera-ção, duas salas deaula e auditório com100 lugares, o espaçointegra uma das peças cha-ves do Marketing de Rela-cionamento da empresa.Com infra-estrutura espe-cialmente projetada e ins-trutores próprios, o CTC será usado parao desenvolvimento de cursos técnicoscom ênfase nos módulos de sinergia. A

125.894.703É o número de cavalos (cv) produzi-dos pela Weg desde sua fundação.

62.947.350é o número de aparelhos de ar condi-cionado de 11 mil BTUs, (com motorde 2 cv) que poderiam ser produzidoscom essa potência. Ou então,

251.789.400máquinas de lavar roupa (com moto-res de 0,5 cv), mais do que a popula-ção do Brasil.

Uma publicação que reúne uma sé-rie de artigos de alguns dos principaisespecialistas em economia, trabalho eindústria, brasileiros e estrangeiros, como objetivo de proporcionar uma refle-xão a respeito dofuturo da indústriae os desafios do sé-culo 21. Esta é aproposta do livro“O Futuro da In-dústria no Brasil eno Mundo”, pro-duzido pela Edito-ra Campus, queconta com um pre-fácio do presiden-te da república Fernando Henrique, alémde ter Décio da Silva, presidente daWeg, como autor de um dos artigos. Leiaa introdução do artigo “A Importânciado Conhecimento na Indústria do Sé-culo XXI” na página 18.

Motor emLivro e CD

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Interação com clientes

CTC, com 1.200 m2, teráinteração com clientes,representantes, escolas

técnicas e universidades.

programação inclui aindatreinamento em vendas emarketing e cursos diver-sos. Também serão manti-dos cursos de divulgação

tecnológica (DTs) e treinamentos espe-cíficos para assistentes técnicos. O ca-lendário anual de cursos poderá ser

Informações: www.campus.com.br

pergunta é longa, mas podeser respondida com uma sópalavra: “O que há em co-mum entre a hidrelétrica de

Itaipu, um monitor de computador, a ge-moterapia, o tenista Gustavo Kuerten, afísica, o sol, a maior personalidade ci-entífica deste século e aquele pequenochoque que a gente leva de vez em quan-do, ao colocar a mão no monitor daTV?”.

Resposta: “Energia”. Você pode ain-da não ter percebido, mas ela está emrigorosamente tudo que fazemos, o quenos cerca e o que move as engrenagensdo universo. Para abrir esta revista e che-gar a esta página, lá está a energia en-volvida nos seus movimentos. Se jáanoiteceu, energia para iluminar o am-biente e permitir a leitura. Se, ao fundo,a TV informa as notícias do dia, maisenergia para ela funcionar.

Não é por acaso que, da ciência aomisticismo, dos físicos às cartomantes,todos de alguma forma utilizam a pala-

Dos grandes empreendimentos a

um simples estalar de dedos, ela

está sempre presente na vida

das pessoas. Digitar um texto

no computador, correr 10

quilômetros ou acionar as

turbinas de Itaipu têm algo em

comum: energia. Sem a energia,

nada acontece

vra, atribuindo a ela um conceito adap-tado à atividade que exercem. “É possí-vel usar cristais e pedras preciosas nabusca do equilíbrio da energia”, dizemos adeptos da gemoterapia, uma formade buscar a cura de doenças, usada pormuitas pessoas.

“Energia está associada à capacida-de de um sistema físico realizar um tra-

balho”, define, pragmático, o professorJorge Mario Campagnolo, chefe do de-partamento de Engenharia Elétrica daUniversidade Federal de Santa Catari-na (UFSC), uma das mais respeitadasinstituições brasileiras na área. O “sis-tema físico” pode ser você. O trabalhopode ser levantar e ir até a TV para des-ligá-la, pois o noticiário já acabou.

Vista aérea dolago e da

barragem deItaipu, a maior

usina hidrelétricado munco

FOTO

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AIP

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Informações no CTAI, Florianópolis, telefone(48) 238-5177, e-mail: [email protected].

acompanhado pelo público na Internete em folheto de divulgação distribuídoa clientes, escolas e representantes. Aprogramação para os meses de março eabril já está disponível na home pageda Weg:

www.weg.com.br

Os desafiosdo futuro

Informações: www.erica.com.br

FOTO

S: F

LÁV

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ETA

Também com apoio técnico daWeg, o Centro de Tecnologia em Au-tomação e Informática - CTAI -, ór-gão do Sistema Fiesc/Senai, lançouo software educacional em CDROM “Motores Elétricos”, destina-do à fixação de conteúdos de cur-sos e programas de treinamento so-bre o assunto.

Page 18: WEG em Revista 02

e ditorial

WEG em Revista Jan. - Fev. 2000 WEG em Revista Jan. - Fev. 2000

expediente

índice

Weg em Revista é uma publicação da Weg. Av. Pref. Waldemar Grubba, 3300, caixa postal 420,telefone (47) 372-4000, CEP 89256-900, Jaraguá do Sul - SC. Home page: www.weg.com.br. Linhadireta: [email protected]. Conselho Editorial: Walter Janssen Neto (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalista responsável), Edson Ewald. Edição e produção:EDM Logos Comunicação, telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

A energia quemove quase tudo 4

7

8

11

18 3

AQ

Diretor da EFEIaponta caminhos

Terranova gerasua própria força

Cuidados parainstalar o gerador

Das bananasaos megawatts

12O vento comofonte de energia

15Investimentos nosocial em 1999

17O motor elétricoem livro e CD

18Tecnologia para conquistaro mercado

Tecnologia, pesquisa e

rapidez são vitais para o

sucesso de qualquer

empreendimento que se

pretenda globalizado

Conhecimento estratégico

a rtigo

Décio da SilvaPresidente executivo da Weg

Os centros de pesquisanão precisam ficar nabase das empresas.

ual a relação entre as bananas que Gusta-vo Kuerten come durante as partidas detênis e os milhares de megawatts geradospela usina de Itaipu? Energia é a respos-

ta. As bananas têm potássio, que suprem uma neces-sidade orgânica do atleta; Itaipu gera eletricidade, quesupre 25% da demanda brasileira e 80% da para-guaia. O básico, em tudo isso, é a energia. Energiaque faz o sol ser o que é, energia que faz um motorelétrico girar, que por sua vez permite que uma máqui-na funcione.

A energia está em tudo, desde o big bang que deuorigem ao primeiro magma estelar, até a força inco-mensurável que faz o Universo se expandir indefini-damente. Weg em Revista mostra, nesta edição, umareportagem especial sobre as várias formas de energiae seus efeitos na vida humana.

A transformação de matéria-prima para gerarenergia é outro destaque desta edição, no exemplo daTerranova, empresa do ramo florestal-madeireiro queestá montando uma moderna unidade em Santa Ca-tarina, onde uma usina vai gerar energia para consu-mo próprio.

Agora, utilize sua energia mental para continuarlendo esta revista.

tecnologia já foi assuntorestrito a livros de ficçãocientífica, passou a ser umanovidade poderosa mas ain-

da distante, até se tornar ferramentaobrigatória de toda e qualquer empre-sa que queira sobreviver em um mer-cado cada vez mais rápido e integra-do.

Quando se falava em globalização,há pouco tempo, a primeira oportu-nidade que vinha à cabeça de qual-quer empresário era a compra e ven-da de produtos, seguida da compra evenda de serviços de qualquer partedo mundo para qualquer parte do mun-do. O comércio não teria mais fron-teiras, as novas tecnologias em comu-nicação e transportese encarregariam deencurtar - e em al-guns casos pratica-mente eliminar - asdistâncias entre asempresas e seus cli-entes.

Realmente esteprimeiro aspecto - o comércio inter-nacional - se desenvolveu de formarápida e constante nos últimos anos.Empresas passaram a disputar clien-tes em qualquer lugar do mundo comempresas de qualquer lugar do mun-do. O mercado aumentou - e a con-corrência também.

Mas o que muitos previam comouma segunda etapa, que viria muitotempo depois do início do processode globalização - a internacionaliza-ção do conhecimento - já está aconte-cendo neste momento. Os exemplossão muitos.

O trabalho em conjunto não depen-de mais de aproximação física, estru-tural. Um sem número de pesquisasestão sendo feitas por co-autores depaíses diferentes. As empresas cada vez

mais põem seus centros de pesquisasfora da sua base original de produ-ção. As grandes corporações interna-cionais fazem projetos de desenvolvi-mento e conhecimento em conjunto.Megafusões são fechadas praticamentetodos os dias, sendo que um dos gran-des objetivos que têm essas megafu-sões, muitas na parte industrial, é jus-tamente diminuir o custo de pesquisae desenvolvimento, acelerar o processode criar produtos economicamenteviáveis num tempo menor, e colocá-los no mercado.

Essa necessidade de encontrar so-luções no menor tempo possível nosremete ao terceiro aspecto: o ciclo devida dos produtos. Os ciclos de vida

dos produtos antiga-mente duravam vinte,trinta anos. Hoje sefala em um ano oudois no máximo. Paraum produto que tinhaum ciclo de vida de 20anos, a empresa quefizesse pesquisa, copi-

asse os concorrentes e colocasse omesmo produto no mercado no ter-ceiro ano, poderia ainda aproveitarpelo menos 70% de toda a vida eco-nômica desse produto. Definitivamen-te, o tempo não era um fator decisi-vo. Hoje, como os produtos têm ci-clos de dois ou três anos, quem che-gar um ano e meio depois chega tardee não vai recuperar mais os seus in-vestimentos. A pesquisa - e o tempo -tornam-se fatores decisivos.

* Introdução do Artigo “A Im-portância do Conhecimento naIndústria do Século XXI”, quefaz parte do livro “O Futuro daIndústria no Brasil e no Mundo- Os Desafios do Século XXI”,Ed. Campus, 1999

FLÁ

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