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Tempos Modernos nada supera a força do ser humano

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WEG em Revista

www.weg.com.br18

expediente

índice

WEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 15.000.

O moderno só existe com humanidade 4

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WEG em Revista

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editorial

A modernidade é agora

esde que o imortal Charles Chaplin rodou seu TemposModernos, em 1936, a humanidade tenta antecipar oambiente em que viverão as gerações seguintes. Exercíciosde futurologia têm sido um passatempo constante. Antes

ainda de Chaplin, em 1927, o cineasta alemão Fritz Lang imagi-nou um futuro ainda mais sombrio em seu filme Metrópolis. Mas,neste caso, Lang deu asas imensas a sua imaginação. Fiquemos coma linha de produção fordiana de Chaplin, onde até um “big bro-ther” dava o ar da graça, num imenso telão dentro dos vários ambi-entes da fábrica, a tudo observando e imediatamente tomando pro-vidências.

É certo que, até meados do século passado, a fantasia imaginadapor Chaplin estava próxima de se realizar. Havia uma obsessão pelaautomatização da atividade laboral. Faltou pouco para que se con-cretizasse a hilariante imagem do operário saindo pelas ruas comsuas chaves-de-boca, apertando tudo que se assemelhasse a um para-fuso.

Felizmente, porém, a humanização venceu. Mesmo com o altís-simo grau de automatização da indústria moderna, o fator humanoainda é o mais importante. Por mais que uma linha de produçãoseja robotizada, por trás de cada avanço há a mão do homem. O serhumano sempre será o vetor da modernidade.

Roberto KrellingDiretor de Produção

A“... Mais do quemáquinas, precisamosde humanidade...”

Charles Chaplin

O maior capital deuma empresa é o ser

humano. São aspessoas que fazem asmáquinas funcionar

nossa opinião

O Capital

FLÁ

VIO

UET

A

Mande sua mensagem [email protected]

Sou fornecedor da WEG. Fiquei muitofeliz ao saber que os motores usados notrem do túnel Gotthard Basel foram fabrica-dos pela WEG! Atravessei este túnel duasvezes e fiquei impressionado com o com-primento. Bom ver produtos do Brasil ge-rando alto desempenho em países conhe-cidos por sua qualidade e perfeição.

Alexandre Fürholz

AF Representações, São Paulo - SP

É um prazer ler a WEG em Revista. Acada bimestre é discutido um assunto mui-to importante, que nos dá ânimo e motiva-ção. A edição de nº27 (Muito prazer em vi-ver) mostra a importância de cuidar da nos-sa saúde, a maior aliada no processo decrescimento intelectual, profissional e emo-cional. Parabéns e continuem escrevendoe nos ajudando a viver melhor.Marcela Cristina Gomes de Mello

A&C Mecatrônica Ltda, Betim/MG

A crônica de Mário Prata agora é fixa 7

Mais de 5.000 participam do Concurso 9

Nas antigas minas, modernos processos 10

Lições de cidadania para os adolescentes 16

do leitor�

essa altura, em que já nosdemos conta de que esta-mos no século XXI, a ima-gem de um filme feito háquase 70 anos, em preto-

e-branco e sem efeitos especiais gera-dos por computador, ainda nos im-pressiona. Quem não assistiu a Tem-pos Modernos por inteiro, pelo me-nos conhece a famosa cena em queCarlitos, o personagem mais famosode Charles Chaplin, se enrosca nas en-grenagens da fábrica, apertando por-cas e parafusos como um robô descon-trolado, ainda por cima estampandono rosto um sorriso meio débil, meiocínico.

Aquele retrato do dia-a-dia de umafábrica, em que trabalhadores se con-fundem com autô-matos em seu traba-lho braçal e repetiti-vo, é bastante fiel àépoca em que se pas-sa o filme, no come-ço da década de 30do século XX. Omundo tinha acaba-do de assistir impo-tente ao crack dabolsa americana,que mergulhou osEstados Unidos na Grande Depressão,uma crise econômica que só foi devi-damente superada depois da SegundaGuerra Mundial.

Esse cenário foi modificado. Coma evolução tecnológica e o aperfeiçoa-mento das relações humanas, o ambi-ente de trabalho tem um outro signi-ficado.

Saber administrar é essencial. Má-quinas e postos de trabalho, concebi-dos de forma inteligente, aplicandoconceitos ergonômicos e com priori-

dade para a segurança, treinamento nolocal de trabalho e investimentos nasaúde do colaborador, como adoção deginástica laboral, ambientes limpos,organizados e bem iluminados, sãoapenas algumas das boas práticas e pro-gramas adotados pela WEG, visandotornar a jornada de trabalho confortá-vel, produtiva e saudável.

A WEG sempre investiu em seuscolaboradores, sendo pioneira emmuitas ações hoje consideradas obri-gatórias, como instalação de ambula-tórios nos parques fabris. A cultura daempresa, baseada na valorização do serhumano, assegura que tenhamos cola-boradores cada vez mais bem prepara-dos, recebendo constantemente treina-mento, participando ativamente em

ações para soluçõesinteligentes e melho-rias contínuas.

E n t e n d e m o scomo importante aevolução tecnológi-ca, a melhoria deprodutividade, e daqualidade, o cresci-mento constante esustentado, porém,acompanhados dahumanização dos

postos de trabalho e da participaçãointegral de todos, não só física, mas es-pecialmente mental e emocional. As-sim, o resultado será excepcional.

O maior capital de uma empresa éo ser humano. São as pessoas que fa-zem as máquinas funcionar. A evolu-ção das máquinas e da tecnologia énecessária, mas nada será capaz desubstituir as pessoas, a maneira de pen-sar e sentir, as emoções e o equilíbrioque um ser humano pode ter.

Humano

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especial

WEG em Revista

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As máquinas nãovão ganhar qualquerguerra contra ohomem, pois falta aelas a necessáriadose de emoção

ROBERTO SZABUNIA

Q

giro

uando você assistiu, pelaprimeira vez, ao filmeTempos Modernos, deCharles Chaplin, ficou as-sustado com aquela pers-

pectiva de mecanização do homem?Achou que, um dia, uma máquina lheserviria uma espiga de milho? E quevocê sairia pela rua com duas chaves-de-boca na mão, em busca de parafu-sos para apertar?

Talvez, na época do filme, anos 30do século passado, a futurologia cha-pliniana provo-casse algum cala-frio. Hoje, po-rém, sabemosque as máquinasnão ganharam aguerra. Mesmolembrando da fi-gura do “patrão”do personagem Carlitos, esbravejan-do ordens no telão, sabemos que nãohá fábricas como aquela do filme. Nostelões de hoje, o “big brother” é PedroBial, espicaçando a cobiça de um gru-po de pessoas em busca de fama rápi-da - e de uma bolada de meio milhãode reais, é claro (mas, não custa lem-brar, pelo menos uma vez por semanaBial encarna o “patrão”, degolando al-guém do programa).

Num ponto Chaplin acertou: ohomem desenvolveria meios de pro-dução realmente modernos, automa-tizando linhas e aumentando a pro-dutividade.

Isto, porém, não deixa ninguémlouco, e não devora empregos, como

se temia. Pelo contrário. As máquinasexistem para ajudar o homem a cons-truir coisas - inclusive outras máqui-nas. O filme de Chaplin, por sinal, jácomeça dentro de um determinadocontexto histórico adverso. Viviam-seos piores momentos detonados pelacrise de 1929, quando a produção in-dustrial norte-americana reduziu-sepela metade. Mais de 100 mil empre-sas, entre elas 10 mil bancos, faliram,

A WEG está fornecendo motorespara um projeto do governo de An-dhra Pradesh, no Leste da Índia, quevisa o bombeamento de 50 mil litrosde água por segundo do rio Godavaripara a área de seca do distrito de Wa-rangal em Andhra Pradesh, suprindoas necessidades do local. As bombasserão usadas para a ligação de represascom o rio Godavari. Nesse primeiroestágio o motor bombeia 10 mil li-tros de água por segundo a 400 me-tros, por mais de 135 quilômetros. Éo maior motor usado em aplicaçõesde bombas na Índia com tecnologiaHigh Head - High.

Ainda na Ín-dia, a WEG estáenvolvida noprojeto DelhiMetro, que pre-vê a produção demotores para a ven-tilação de estações demetrô da cidade de Delhi.A WEG está fornecendo motores dalinha Smoke Straction para as estaçõesde metrô, através da Flakt-Woods UK(fornecedor de ventiladores/exausto-res). São 44 motores, 29 peças compotência de 37 kW e 15 peças compotência de 200 kW. Até o final doano, o projeto terá 130 motores.Smoke Straction é uma linha desen-volvida para manter a exaustão de fu-maça, com a garantia, em caso de in-cêndio, de que o motor opere por umdeterminado período num ambientecom temperaturas até 400 graus.

>>> No metrô

provocando desemprego e fome.Ao mesmo tempo, o movimento

operário crescia. O Congresso apro-vou uma lei que reconhecia o direitode associação dos trabalhadores e decelebração de contratos coletivos detrabalho com os empresários. Ou seja:na defesa do sistema capitalista, quemacabou ganhando foram os trabalha-dores, vendo seus direitos aumentar.Ponto para a humanização.

Expansãono Oriente

Analistas internacionais apontamuma mudança de rumo na economiaglobal, com o surgimento de novas li-deranças. Entre elas estão os quatropaíses em desenvolvimento que com-põem o chamado grupo BRIC, Bra-sil, Rússia, Índia e China. O banco deinvestimentos norte-americano Gol-dman Sachs, por exemplo, prevê queo grupo BRIC será a maior força daeconomia mundial antes de 2040.

Atenta a estas projeções, a WEGcontinua expandindo sua presença nomercado internacional. E o Oriente éo próximo destino. Para este ano, es-tão previstas a compra de uma fábricade motores na China e a abertura deum escritório de vendas em Bangalo-re, na Índia.

O faturamento da WEG no mer-cado externo deve crescer 25% nesteano, correspondendo a mais de 45%do faturamento. No total, as expor-tações deverão render R$ 1,08 bilhãono exercício, contra R$ 781 milhõesem 2003.

Hoje a WEG tem unidades emBuenos Aires e Córdoba (Argentina)e na Cidade do México; em Portu-gal, a empresa produz uma linha demotores à prova de explosão.

“Hoje possuímos unidades fabrisque estão entre as mais modernas domundo”, diz o presidente executivoDécio da Silva. ”É este desenvolvi-mento tecnológico que permite àWEG ser competitiva em mercadosexigentes do exterior”, conclui.

A MODERNIDADE

É HUMANAA WEG vai ser uma das primei-

ras empresas brasileiras a ter umafilial na Índia. O escritório, quedeve começar a operar em agosto,será dirigido por Clécio Zucco, que

FILIAL NA ÍNDIA

➔Clécio com SatyajitChattopadhyay

>>> Motores paralevar água

deixa a gerência de Logística daWEG Automação.

A abertura da filial significauma presença mais forte da WEGna Índia e fortalece sua postura de

empresa global.“Pretendemos levarnossa cultura de tra-balho para o país etambém aprendercom a cultura lo-cal”, diz Zucco, quevai trabalhar aolado de SatyajitChat topadhyay,que era diretor daPremier Electric.

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Programa da WEG incentiva aformação da cidadania dentro das escolas

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comunidade

Mania de Cidadania é um dos mais recentes programascomunitários criados pela WEG. Lançado em março,o programa visa a formação educacional das crianças,trabalhando o exercício da cidadania. A principal açãodo programa - idealizado em parceria com as secreta-

rias municipal e estadual de Educação - é a cartilha “Mania deCidadania”, onde o conceito de cidadania é dividido em verbetes,de A a Z. Os verbetes, um por página, explicam conceitos de bio-diversidade, cooperação, direitos e deveres, família, justiça, orga-nização, qualidade de vida, trabalho e voluntariado, entre outros.A cartilha, fartamente ilustrada com o personagem Plácido e suaturma, é distribuída entre os alunos de terceira e quarta séries de118 escolas públicas e particulares da microrregião, que inclui osmunicípios de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Massaranduba, Co-rupá e Schroeder.

O grande objetivo do programa é debater o exercício da cida-dania com as novas gerações. Ao repassar as noções de cidadania,a WEG espera que as crianças debatam o tema, tanto dentro daescola, como em casa, com suas famílias. “Muitos valores se per-deram em meio ao avanço da informática, da televisão e dos sho-ppings. É preciso resgatar a cidadania junto a essa nova geração”,disse o diretor de Marketing e RH da WEG, Jaime Richter, du-rante o lançamento da cartilha.

Para incentivar as crianças a assimilarem os conceitos, foi cria-do o Concurso Mania de Cidadania, que distribuirá prêmios emforma de equipamentos ou materiais didáticos para as escolas. Ostrabalhos, com o tema Mania de Cidadania, têm forma de apre-sentação livre e estão movimentando alunos, professores em tor-no de um objetivo comum.

Serão distribuídas

9.000cartilhas para alunos de

3ª e 4ªséries de

118estabelecimentos de

ensino da região

O CIDADÃODE AMANHÃO CIDADÃODE AMANHÃ

Ao longo da história, nunca a for-ça do ser humano e dos sentimentossucumbiu diante de qualquer tipo deavanço tecnológico. Tal como Chap-lin em 1936, hoje temos cineastas àspencas produzindo peças de futuro-logia. As previsões, quase sempre, des-pencam na substituição do homempela máquina, com “ataques de clo-nes”, domínio do planeta por “repli-cantes” e robôs superinteligentes, fimdas emoções...

Porém, mesmo nos piores devanei-os catastrofistas, até os cineastas aca-bam caindo em “happy ends”. O“quinto elemento” de Luc Besson, quesalvaria a humanidade da destruição,quem era? Uma bela moça. Como senão bastasse, os outros quatro elemen-tos não têm nada de humanóides outecnologicamente modernos: terra,fogo, água e ar. Quer algo mais natu-ral e humano?

Mesmo assim, se você costuma fi-car nervoso com as previsões sombri-as dos cineastas, há um santo remé-dio: tome um chá de malva. Não co-nhece? Tem em qualquer farmácia.Mas você também pode encontrarmalva em jardins ou quintais. É al-gum novo medicamento, desenvolvi-do pelos mais avançados laboratórios?Que nada! Na Itália renascentista, amalva era considerada um remédiopara todos os males.

E a malva está aí, até hoje, sendousada como remédio, apreciada comohortaliça e utilizada como ornamen-to, desde o século VIII a.C.

Certo, e o que a malva representapara a história do mundo? Pouca coi-sa, é claro. Mas essa singela plantinhaé apenas um exemplo de que não hámodernidade que suplante os valoreshumanos. Esses, sim, responsáveis portodos os conhecimentos e pelo desen-volvimento do planeta.

Ah, sim, na Idade Média as floresde malva também entravam no pre-paro de um chá usado nos conventoscomo anafrodisíaco, ou seja, como“amansador” do desejo sexual. Afro-disíacos (ovo de codorna, algas, amen-doim... tudo bem natural, é claro)você com certeza conhecia muitos;mas essa da malva é nova, não?

UM CHÁ DE MALVA

>>> Energiaspositivas

A relaçãomecanicismo xhumanismo écomplicada. “Aanálise criteriosado comporta-mento humanoe suas necessida-des mostra umaradical transfor-mação dos siste-mas mecanicis-tas para os sistemas humanísticos, con-siderados como o pensamento idealnas organizações na era do conheci-mento humano”, diz o conferencistae consultor Adonai Zanoni de Medei-ros.

É, mais uma vez, a valorização doser humano em detrimento das má-quinas. Para Medeiros, “quando pre-tendemos realizar mudanças nas or-ganizações ou na vida das pessoas pre-cisamos ter cuidados especiais e fazeruma completa análise do comporta-mento humano, considerando os va-lores de uma pessoa, sua cultura, suasatitudes e crenças, geralmente con-quistadas na infância e que formam asua personalidade”.

➔Adonai Medeiros:energia positivapara um mundomelhor

Parafusos no lugar

Petrarca (1304-1374), consi-derado o pai do humanismo, es-creve no ensaio De sa propre ig-norance et de celle de beaucoupd’autres: “Para que serve - pergun-to a mim mesmo - conhecer a na-tureza dos animais selvagens, dasaves, dos peixes, das serpentes, eignorar ou negligenciar a nature-za do homem, a razão pela qualnascemos, donde viemos e paraonde vamos?”.

O próprio Charles Chaplin, emTempos Modernos, termina porhumanizar a trama. Algo, por si-nal, que o imortal gênio fazia emtodos os seus filmes. Utilizando ohumor, Chaplin criticava acida-mente tudo que atingisse o âmagodo ser humano no que ele tem demais inestimável, sua capacidadede discernir e de equilibrar a ra-zão e a emoção.

Portanto, não se preocupe. Vocênão vai sair por aí apertando pa-rafusos imaginários. Todos os pa-rafusos estão no lugar.

EUG

ÊNIO

NET

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UNITED ARTISTS

REPRODUÇÃO

naWEG + Confira, no site, como era o processo de vendas da WEG, há 20 anos, e como é hoje.

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WEG em Revista

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Tempos Modernos (Modern Times,EUA 1936), direção Charles Chaplin;com Chaplin e Paulette Goddard. Últi-mo filmemudo deC h a p l i n ,que focalizaa vida urba-na nos Esta-dos Unidosnos anos30, imedia-t a m e n t eapós a crisede 1929,quando adepressão atingiu toda sociedade nor-te-americana, levando grande parte dapopulação ao desemprego e à fome.O filme focaliza a vida na sociedadeindustrial caracterizada pela produçãocom base no sistema de linha de mon-tagem e especialização do trabalho. Éuma crítica à “modernidade” e ao ca-pitalismo representado pelo modelo deindustrialização, onde o operário é en-golido pelo poder do capital e perse-guido por suas idéias “subversivas”.

O Quinto Elemento (The Fifth Ele-ment, EUA/França 1997), direção LucBesson; com Bruce Willis, Milla Jovovi-ch. No sé-culo XXIII,um moto-rista de táxide NovaYork se en-volve emuma aven-tura naqual tem dedeter umser demo-níaco quepercorre a galáxia a cada 5.000 anos.Se nada for feito, a Terra será destruí-da, mas para isto ele precisa encontrarquatro pedras antigas, que represen-tam os elementos, e colocá-las em voltade uma bela mulher, que é o quintoelemento.

O MPW25 possui alta capacida-de de interrupção, permitindo suautilização mesmo em instalações comelevado nível de correntes de curtocircuito. Assegura total proteção aocircuito elétrico e ao motor atravésde seus disparadores térmico (ajustá-vel) e magnético.

Seu acionamento é rotativo e pos-sui indicação de disparo (“TRIP”),permitindo ao operador a visualiza-ção do desligamento manual dodisjuntor ou de seu disparo pelas pro-teções. A manopla de acionamentopode ser bloqueada com cadeado, ousimilar, na posição “desligado”, ga-rantindo segurança durante execuçãode serviços de manutenção.

Oferecido para correntes nomi-nais até 25 A, possui capacidade deinterrupção de curtos circuitos até100 kA em 380 V. O produto per-mite a montagem de diversos acessó-rios complementares tais como: blo-cos de contatos auxiliares frontais elaterais, bobinas de desligamento àdistância e por subtensão, caixa desobrepor, conectores para contatores,manoplas para porta de painel e bar-ramentos de distribuição (ver figura5).

Este disjuntor com suas funçõesincorporadas tendem a apresentar amelhor relação custo x beneficio paraas partidas manuais e automáticas demotores até 15 cv (380/440V).

Figura 4 Figura 5

WR - De onde você tira inspira-ção para fazer seus filmes?

Chaplin - Estou sempre alegre -essa é a minha maneira de resolver osproblemas da vida. Creio que não sepode fazer nada de grande na vida senão se fizer representar o personagemque existe dentro de cada um de nós.

WR - O que é o humor, paravocê?

Chaplin - Se o que você está fa-zendo for engraçado, não há necessi-dade de ser engraçado para fazê-lo.Num filme o que importa não é a re-alidade, mas o que dela possa extrair aimaginação.

WR - Por que você resistiu tan-to a abandonar o cinema mudo?

Chaplin - Com o uso da palavranão há mais lugar para a imaginação.O som aniquila a grande beleza do si-lêncio.

WR - Você foi perseguido porsuas idéias, nos Estados Unidos. Porque os políticos não gostavam devocê?

Chaplin - Não sou político; souprincipalmente um individualista.Creio na liberdade; nisso se resume aminha política. Sou pelos homens;

Nota da Redação: é claro que WEG em Revista

jamais poderia fazer tal entrevista, pois Charles

Chaplin morreu em 1977. A entrevista, fictícia foi

montada a partir de frases célebres ditas pelo

imortal cineasta.

essa é a minha natureza. Eu conti-nuo sendo apenas um palhaço, o quejá me coloca em nível bem mais altodo que o de qualquer político. Creiono riso e nas lágrimas como antído-to contra o ódio e o terror.

WR - Ainda que perseguido eexilado, você continuou defenden-do suas idéias.

Chaplin - Não devemos termedo dos confrontos. Até os plane-tas se chocam e do caos nascem asestrelas.

WR - O que é o tempo?Chaplin - O tempo é o melhor

autor; sempre encontra o final per-feito.

WR - Todos os seus filmes sem-pre passaram alguma mensagem,alguma verdade?

Chaplin - Se tivesse acreditadona minha brincadeira de dizer ver-dades, teria ouvido verdades que tei-mo em dizer brincando. Falei comoum palhaço, mas jamais duvidei dasinceridade da platéia que sorria.

O inglês Charles Spencer Chap-lin foi um dos maiores nomes dos pri-mórdios da história do cinema. Seuspersonagens, muitas vezes melancó-licos, mas sempre engraçados, con-quistaram as platéias do mundo.WEG em Revista conversou com ogrande gênio. Confira.

O GÊNIOCHAPLIN

>>> Para saber maisUA

GA

UM

OU

NT

UA

A última etapa do trabalho de de-senvolvimento de um dispositivo dacomplexidade do MPW25 é a mode-lagem 3D de cada uma das peças queformarão o produto final. Para isso sãoutilizados softwares que representamcada uma das peças como se fossemsólidos dentro do computador. Destaforma, protótipos virtuais são constru-ídos e pode-se verificar se os conjun-tos podem ser montados sem nenhu-ma interferência/colisão.

Muitas correções e melhorias po-dem ser feitas antes de se construir umprotótipo físico por algum processo deprototipagem rápida.

Quando o projeto foi concluído,arquivos eletrônicos contendo os sóli-dos foram enviados à ferramentaria daempresa que utilizam os mesmos paraprojetar e construir os moldes de inje-ção e estampos necessários para a fa-bricação dos diversos componentes doproduto. A figura 4 mostra um cortedo disjuntor montado obtido a partirde um software 3D.

Outro software utilizado com fre-qüência pelos engenheiros é o Ansys.Trata-se de um software de elementosfinitos que divide um sólido e o anali-sa em pequenas partes. Em seguidaaplica equações do fenômeno físico emestudo de forma iterativa ao longo dovolume estudado.

A figura 3 mostra imagemgerada pelo Ansys para análise dasforças magnéticas que agem separan-do os contatos de um disjuntor du-rante um curto circuito. Este softwa-re também foi utilizado na obtençãode parâmetros de funcionamento dossensores/atuadores magnéticos dosdisjuntores que foram posteriormen-te aplicados na simulação do compor-tamento dinâmico do MPW25 com-pleto sob condições de curto circuito.Esta pesquisa inédita foi apresentadana 20ª Conferência Internacional so-bre Contatos Elétricos, em Estocolmo,Suécia.

Figura 3

Figura 2

atuação daquela parte do disjuntor(ver figura 2). Este software tambémpermite que se simule o tempo deabertura dos contatos elétricos dodisjuntor. Sendo um disjuntor limi-tador de corrente, é importante que aabertura se dê entre aproximadamen-te 2 e 3 milisegundos, sem consideraro tempo necessário para extinção doarco elétrico.

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WEG em Revista

www.weg.com.br14 WEG em Revista

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crônica

COMO É MESMO ONOME DA COISA?

Aprimeira vez que eu ouvi aexpressão “tempos moder-nos” tinha entre 4 e 9 anos.Sei disse porque me lembroem que casa eu morava. E

foi o meu pai que a pronunciou, di-zendo para a minha mãe:

- Amanhã o Aoki vai trazer aquium aparelho para fazer uma demons-tração. E já me adiantou que é umacoisa dos tempos modernos. Sua vida(a da minha mãe) nunca mais será amesma.

Saber que um japonês ia levar umaparelho para fazer demonstração naminha casa me ouriçou. Até hoje ado-ro novas geringonças, sou chegado emnovidades. Quase não dormi. O queseria? O que o Aoki estaria tramando?

O japonês chegou na hora do al-moço com uma caixa e tirou a enge-nhoca lá de dentro. Não era de vidro,como os de hoje. Devia ser alumínio.Colocou em cima da mesa, ficamostodos rodeando aquilo. Tinha uns cin-qüenta centímetros de altura. Sim,mas pra que serve? E o japonês expli-cou:

- Coroca leite, mamono, goiaba,né, mango, tudo, liga aqui. Apertabuton. Faz vitamina, né?

Olhamos lá dentro. Tinha uma hé-lice.

- Perigoso criança, né? Perigoso co-rocar mano dentro, né?

Me pai pegou a coisa, levou para acopa e começou a jogar frutas e leitelá dentro. Ligou a tomada e apertou obotão. Voou tudo pelos ares, indo atéo teto. Rimos, é claro, todos besunta-dos. E o Aoki com a tampa na mão:

- Faltou corocar tampa, né?Depois de tudo lavado, teste 2.

Deu certo. Todo mundo tomou vita-mina. Foi quando o meu pai, ainda

com pedaços de banana na cabeça,perguntou:

- Como se chama isso, Aoki?- Nome difícil, né? Li-qui-di-fi-ca-

dor.- Lidiquificador? Como é?- Non. Presta atençon: li-qui-di-

fi-ca-dor. (eu levei uns dois anos paradecorar)

Meu pai:

- Aoki, você vai me desculpar, masum aparelho com esse nome não vaidar certo. O aparelho pode ser mo-derno, mas o nome é muito antigo,parece coisa do século passado. Achoo nome até meio marica.

- Mas doutor vai encomendar um?- Não, Aoki, isso não vai vingar.Anos depois, comprou, é claro.Tempos modernos, os anos 60...

MA

RIO

PR

AT

A

O disjuntor motor é um exemplodesta evolução, onde foram agrupa-das as funções (veja quadro de fun-ções): proteção contra correntes decurto-circuito, proteção contra sobre-carga, sensibilidade à falta de fase e sec-cionamento. Esse dispositivo associa-do com o Contator (Disjuntor Mo-tor + Contator) forma uma PartidaDireta Compacta a 2 Componen-tes com as seguintes característica evantagens:

EVOLUÇÃO /TRANSIÇÃO

Proteção contra curto-circuito eseccionamento com possibilidadede bloqueio mecânico por circui-to individual de motores;

Disparador térmico ajustável paraproteção contra sobrecargas e sen-sibilidade à falta de fase;

Operação automática/remota atra-vés do contator e Elevada vida útildevido à utilização do contatorpara as manobras de ligamento edesligamento do motor.

Funções incorporadas dos dispositivos WEG

DISJUNTOR-MOTOR:

Dispositivo de Proteção, capazde estabelecer, conduzir e interrom-per correntes em condições normaise anormais do circuito, tais como:curto-circuito e sobrecarga.

Seccionador Manual com pos-sibilidade de abertura automáticaatravés de bobina de disparo a dis-tância.

Dispositivo de Manobra Ma-nual (não-motorizado) para regime

de baixo número de manobras.

CONTATOR:

Dispositivo Eletro-mecânicode Manobra de operação não-manual, capaz de estabelecer, con-duzir e interromper correntes emcondições normais e anormais docircuito.

Seccionador Automáticocumprindo as funções de isolaçãoe abertura em situação de emer-gência.

A WEG Acionamentos, divisão doGrupo WEG fabricante de dispositi-vos eletromecânicos de baixa tensão,seguindo as mudanças e tendênciasnessa área, desenvolveu e lançou oDisjuntor Motor MPW25.

Para executar este projeto, com asmais atualizadas tecnologias a empre-sa implementou um intenso progra-ma de estudos e treinamento com seusengenheiros de desenvolvimento deprodutos. Para isto foram firmadosacordos de cooperação com 2 univer-sidades alemãs e iniciou-se um inter-câmbio de engenheiros e pesquisado-res entre os dois países.

A Universidade Técnica de Dres-den – TUD contribuiu fortementecom os conhecimentos em engenha-ria de precisão. Este ramo da engenha-ria estuda o projeto e a fabricação desistemas multifísicos, isto é, produtoscomplexos cujo funcionamento exigea interação entre componentes cujofuncionamento é explicado por con-ceitos físicos de ramos distintos. Umexemplo típico é o sensor termomag-nético de um disjuntor atuando sobreum mecanismo de disparo, necessá-rio para abrir contatos elétricos duran-te uma condição de sobrecarga oucurto circuito. Pesquisadores da Uni-versidade Técnica de Braunschweig -TUB também foram trazidos à WEGpara assessorar nos estudos e pesqui-sas sobre arcos elétricos e projeto/oti-mização de câmaras de extinção.

Em paralelo a estes estudos e pes-quisas, diversas dissertações de mes-trado em engenharia foram elabora-das. Todos estes estudos e pesquisasforam suportados por uma estruturatecnológica de informática de últimageração.

Um destes softwares é o WorkingModel, utilizado para modelagem esimulação dinâmica de sistemas me-cânicos. Através deste programa foipossível modelar e simular o mecanis-mo de disparo do disjuntor motorMPW25. Desta forma, o protótipovirtual do mecanismo pode ser estu-dado e pode-se entender claramentequal o nível de influência das tolerân-cias de fabricação das diversas peçasnas forças necessárias para provocar a

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5 MILESTUDANTES

ON LINE!

5 MILESTUDANTES

ON LINE!

concurso

Possibilidade de queda de tensãono momento da partida do mo-tor;

Número e freqüência de partidasgeralmente elevadas;

Dispositivo de proteção contracorrentes de sobrecarga devendosuportar a corrente de partida domotor sem atuação.

Por essas razões, tais circuitos po-dem exigir, como reconhece a norma

WEG em Revista

www.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13

técnica

Modelagem esimulação virtualaplicado nodesenvolvimento deprodutos

Eng. Reinaldo Stuart Jr.

Gerente Dep. Técnico - WEG Acionamentos

Eng. Fábio Gonçalves Gonçalez

Marketing de Produtos - WEG Acionamentos

Motores elétricos são cargasque apresentam caracterís-ticas peculiares como cor-rente de partida superio-res à de funcionamento,

potência absorvida em funcionamen-to variável pela potência mecânica exi-gida no eixo do motor – solicitada pelacarga acionada – entre outras. Destemodo, os circuitos que alimentammotores apresentam característicasnão encontradas nos circuitos que ali-mentam outros tipos de carga. Sendoalgumas delas:

erca de 5 mil alunos detodo o país disputaram, nodia 19 de maio, o 5º Con-curso WEG de Conserva-ção de Energia. Os partici-

pantes se dividiram em 315 turmas.O concurso se desenvolveu duran-

te 24 horas (das 8 horas do dia 19 demaio até as 8 horas do dia 20 de maio),em forma de uma gincana on-line.Nesta gincana, equipes de até 40 par-ticipantes responderam questões rela-tivas à conservação de energia. Comdireito à pesquisa no catálogo eletrô-nico, cerca de 300 equipes acessaramo site em um mesmo momento. Umaequipe bateu o recorde e baixou maisde 400 Mb de informação do catálo-go eletrônico.

“A WEG alcançou seu objetivo, deconscientizar os jovens estudantes, quelogo estarão no mercado de trabalho,para a importância do uso racional deenergia”, diz o gerente do Centro deTreinamento de Clientes, LeodomarLopes, coordenador do concurso.

Realizado desde 1997, o concursovai premiar três instituições de ensinocom bancadas didáticas, enquanto osprofessores orientadores e os alunos

ganham viagens à WEG.A divulgação dos vence-

dores, anteriormente marca-da para o dia 7 de junho,

foi transferida para o dia28, em função da

grande participa-ção e do equilí-brio entre osconcorrentes.

C

Mais de 300 turmas,de todo o país,participaram danova versão doconcurso da WEG

Enio Humberto de Souza, profes-sor de Eletricidade Teórica na EscolaEstadual de Furnas (MG), enviou estedepoimento à WEG em Revista:“Cumpre-me a grata missão de para-benizá-los pela iniciativa do concur-so. Uma das principais dificuldadesque enfrentamos é mostrar aos alunosa verdadeira dimensão da aplicaçãoprática dos fundamentos de eletrici-

>>> Fala, professor dade. Quando a maior empresa brasi-leira do ramo disponibiliza um desa-fio desta magnitude, a tarefa do pro-fessor fica muito facilitada. Hoje, de-pois de terminado o concurso, já po-demos notar que o empenho e a dedi-cação dos alunos estão redobrados.Além do aspecto didático, foi de fun-damental importância o aspecto mo-tivacional. Nossas equipes consegui-ram ficar acima da média de 29,25questões, e isto despertou nos alunosuma confiança em seu potencial.”

técnica

RO

NA

LD

O D

INIZ

Tecnologia dedesenvolvimento dedispositivos elétricos debaixa tensão

FUNÇÕES

Seccionamento

Proteção contracorrentes de curto-circuito

Proteção contracorrentes de sobrecarga

Comando (manobra)

Figura 1 – funções a serem consideradas em um circuito departida e proteção de motores

NBR 5410, um tratamento diferen-ciado – seja no tocante aos dispositi-vos utilizados, ou no que se refere aoseu dimensionamento. Um circuitoterminal de motor deveria ser forma-do por dispositivos que atendam asfunções de seccionamento, proteçãocontra correntes de curto-circuito.proteção contra correntes de sobrecar-ga e comando (manobra), como mos-tra a figura 1.

Uma alternativa para se montar talcircuito é o uso de dispositivos inde-

pendentes para atendercada uma das funções indi-cadas acima. Com isso, acombinação mais utilizadaem uma partida direta éconstituída por Fusível ouDisjuntor + Contator +Relé de Sobrecarga Térmi-co, onde o Contator, nacombinação com fusívelexecuta a função de coman-do (manobra) e também afunção de seccionamento.

Com a rápida evoluçãotecnológica na área de dis-positivos eletromecânicosde baixa tensão surgiram osdesenvolvimentos de com-ponentes com um maiornúmero de funções incor-poradas, possibilitandoconfigurações e montagensde Partidas de motores maiscompactas.

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ENERGIA COM

MAIS RENDIMENTO

ENERGIA COM

MAIS RENDIMENTO

WEG em Revista

www.weg.com.br12 WEG em Revista

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energia

s motores WEG de AltoRendimento Plus - ARPlus - continuam compro-vando sua eficácia na eco-nomia de energia. Agora,

empresas distribuidoras de energia elé-trica estão aplicando o AR Plus nosprojetos de expansão, dentro das uni-dades fabris de seus clientes. A econo-mia proporcionada por esta opçãopermite um aumento na oferta deenergia elétrica.

Recentemente, a WEG forneceu39 motores para a Cia. Força e LuzCataguazes-Leopoldina, de Catagua-ses (MG). Os motores vão equipar osprojetos de eficientização da Máqui-na de Papel 4, utilizada no processode produção da INPA EmbalagensSantana S/A e também da casa demáquinas da empresa PIF-PAF Ali-

mentos, no âmbito do Pro-grama Anual de Eficiên-

cia Energética.“Com um sé-

culo de história,a Cataguazes-Leopoldinainveste con-tinuamentena expansãode suas redese l é t r i c a s ,

com o objetivo de levar energia à po-pulação situada dentro de sua áreade concessão, por mais distante queela esteja”, diz o gerente de Atendi-mento Operação e Engenharia de Dis-tribuição da empresa, Júlio Ragone.Cliente WEG há cerca de 18 anos, acompanhia optou pelos motores ARPlus “em função do alto padrão dequalidade, fato constatado pelos pro-fissionais da CFLCL, em visitas téc-nicas ao parque fabril, bem como noscursos de aperfeiçoamento que elestiveram no CTC WEG”, diz Ragone.“Sem sombra de dúvida, trata-se deparceria de sucesso”, conclui.

➔ Companhias deenergia utilizammotores AR Plusnos projetos emseus clientes

O

>>> Cemat

Os Motores de Alto RendimentoPlus também estão aplicados em equi-pamentos da Centrais Elétricas Ma-togrossenses S. A. - Cemat. Recente-mente a WEG forneceu 267 motoresAR Plus àquela estatal do Mato Gros-so. Os motores estão aplicados embombas, compressores, ventiladores eoutros equipamentos, em clientes daCemat: Bunge Alimentos, Cia. de Sa-neamento do Estado de Mato Grosso- Sanecap - e em três unidades da Im-pério Mineração.

“A utilização dos motores de altorendimento possibilita uma substan-cial economia de energia; no final, oresultado é uma oferta maior de ener-gia elétrica aos clientes”, diz Miltonde Souza Ochiuto, gerente da Cemat.A preferência pela WEG, segundoOchiuto, se deve “à qualidade do pro-duto, ao prestígio da marca e à padro-nização dos produtos”.

O Brasil tem hoje uma reserva total de 32 bilhões de toneladas decarvão mineral. Isto significa um potencial de exploração de carvão pormais 200 anos. O Rio Grande do Sul tem a maior reserva, com 28bilhões de toneladas, seguido de Santa Catarina, com 3,3 bilhões detoneladas e do Paraná, com 103 milhões.

As novas tecnologias de geração de energia elétrica a partir do carvãovisam emissões ambientais extremamente reduzidas, compatíveis comos rigorosos padrões estabelecidos na legislação ambiental brasileira. Autilização destas tecnologias permitirá a queima dos rejeitos de carvãoproduzido ao longo de décadas visando a obtenção de carvão metalúrgi-co em Santa Catarina, propiciando, via utilização de cinzas alcalinas, arecuperação do passivo ambiental da região Sul de Santa Catarina.

“A parceria da Carbonífera Catari-nense com a WEG, via Novalíder, ésólida”, garante Rafael Nunes, profis-sional da Novalíder que coordenou ostrabalhos na mina, juntamente comReginaldo Espíndola.

A empresa demineração aindaprevê a utilizaçãode mais um inver-sor de freqüência,para diminuir a ve-locidade do motorde exaustão damina, em períodosem que não há produção.

A Carbonífera também deverásubstituir os motores atuais por moto-res de Alto Rendimento Plus. “A meta,novamente, é a economia de energia”,conclui Rafael Nunes.

>>> Em breve

O carvãomineral

➔O “Scoop” em funcionamento

➔Rafael, daNovalíder

Page 10: WEG em Revista 28

O PASSADO

REENGENHEIRADOWEG em Revista

www.weg.com.br 11WEG em Revista

www.weg.com.br10

negócios

ente elencar as atividades la-borais mais antigas da raçahumana. Entre elas, com cer-teza, estará a mineração, a artede retirar do ventre da terra

os minerais utilizados como fonte de ri-queza, combustível ou transformação.Desde a pré-história o homem transfor-ma os metais em ferramentas ou objetosde adorno. E o processo de extração damatéria-prima sempre foi uma das ativi-

dades mais trabalhosas e insalubres. Atéhoje, a imagem que se tem de uma minaé da escuridão das profundezas, onde ho-mens rudes aplicam todo o esforço naretirada de preciosas matérias-primas.

Mas, ainda que em certas partes domundo essa imagem continue sendo real,a mineração mudou muito. O homemdesenvolveu equipamentos que permi-tem a exploração das profundezas sem anecessidade de picaretas e esforço huma-

no. Um bom exemplo está na explora-ção de carvão mineral, utilizado na gera-ção de energia termelétrica e na produ-ção de calor na indústria.

A região Sul de Santa Catarina, ondea extração e o beneficiamento do carvãomineral representam a principal ativida-de econômica, tem centenas de minas,de onde várias empresas retiram o car-vão. Entre elas está a Carbonífera Cata-rinense.

Na mina Novo Horizonte, em LauroMüller, a carbonífera modernizou o equi-pamento chamado “Scoop”, uma máqui-na que retira o carvão “desmontado” apósa detonação de explosivos, e carrega oproduto até uma correia que faz o trans-porte até a superfície. A mina conta comtrês “Scoops”, todos equipados com pro-dutos WEG.

O “Scoop” é acionado por um mo-tor elétrico de indução de 50 cv, contro-lado por um inversor de frequênciaCFW-09, todos fabricados pela WEG.Até aí, nada muito fora do normal. Ago-ra, imagine um inversor funcionandonum local a dezenas de metros abaixo dasuperfície, extremamente úmido e poei-rento. A solução, pioneira no mercado,foi encontrada pelos técnicos da Novalí-der, Revenda Integrada WEG em Crici-úma. O inversor foi aplicado no movi-mento de translação da máquina, antesfeito com um motor de corrente contí-nua, alimentado por um banco de bate-rias. No novo sistema, o motor CC foisubstituído por um motor CA (de me-nor manutenção e mais robusto).

Na montagem, o inversor foi coloca-do dentro de uma caixa de aço inoxidá-vel, onde foram instalados coxins de bor-racha, presos em uma viga tipo U solda-da na estrutura da máquina.

A correia transportadora que leva ocarvão para a superfície foi equipada comuma chave Soft Starter SSW03. Esteequipamento proporciona uma partidasuave, diminuindo significativamente asparadas por quebra mecânica. O princi-pal benefício está na substituição de aco-plamentos hidráulicos (embreagens) poracoplamentos normais, reduzindo mui-to o custo da correia transportadora.

Tecnologia modernaleva comodidade àatividade de mineração,uma das maisantigas do mundo

T

>>> Soft Starter na correia

➔O inversorWEG instalado

As vantagens donovo processo

Mais de uma velocidade, otimizan-do os processos de carga, descarga etranslado.Aceleração mais controlada, pro-porcionando mais conforto ao ope-radorAumento de produtividadeDiminuição do número de para-das por quebra mecânicaMenos motores queimados, já queo inversor tem inúmeras proteçõespara o motor e o sistema mecânicoO meio ambiente ganhou, pois ago-ra não se usa mais o banco de ba-terias, que quando inutilizadasnão tinham um destino específico

➔Motor WEG aciona a esteira

➔Entrada da mina Novo Horizonte

➔➔

➔➔

➔➔

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O PASSADO

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negócios

ente elencar as atividades la-borais mais antigas da raçahumana. Entre elas, com cer-teza, estará a mineração, a artede retirar do ventre da terra

os minerais utilizados como fonte de ri-queza, combustível ou transformação.Desde a pré-história o homem transfor-ma os metais em ferramentas ou objetosde adorno. E o processo de extração damatéria-prima sempre foi uma das ativi-

dades mais trabalhosas e insalubres. Atéhoje, a imagem que se tem de uma minaé da escuridão das profundezas, onde ho-mens rudes aplicam todo o esforço naretirada de preciosas matérias-primas.

Mas, ainda que em certas partes domundo essa imagem continue sendo real,a mineração mudou muito. O homemdesenvolveu equipamentos que permi-tem a exploração das profundezas sem anecessidade de picaretas e esforço huma-

no. Um bom exemplo está na explora-ção de carvão mineral, utilizado na gera-ção de energia termelétrica e na produ-ção de calor na indústria.

A região Sul de Santa Catarina, ondea extração e o beneficiamento do carvãomineral representam a principal ativida-de econômica, tem centenas de minas,de onde várias empresas retiram o car-vão. Entre elas está a Carbonífera Cata-rinense.

Na mina Novo Horizonte, em LauroMüller, a carbonífera modernizou o equi-pamento chamado “Scoop”, uma máqui-na que retira o carvão “desmontado” apósa detonação de explosivos, e carrega oproduto até uma correia que faz o trans-porte até a superfície. A mina conta comtrês “Scoops”, todos equipados com pro-dutos WEG.

O “Scoop” é acionado por um mo-tor elétrico de indução de 50 cv, contro-lado por um inversor de frequênciaCFW-09, todos fabricados pela WEG.Até aí, nada muito fora do normal. Ago-ra, imagine um inversor funcionandonum local a dezenas de metros abaixo dasuperfície, extremamente úmido e poei-rento. A solução, pioneira no mercado,foi encontrada pelos técnicos da Novalí-der, Revenda Integrada WEG em Crici-úma. O inversor foi aplicado no movi-mento de translação da máquina, antesfeito com um motor de corrente contí-nua, alimentado por um banco de bate-rias. No novo sistema, o motor CC foisubstituído por um motor CA (de me-nor manutenção e mais robusto).

Na montagem, o inversor foi coloca-do dentro de uma caixa de aço inoxidá-vel, onde foram instalados coxins de bor-racha, presos em uma viga tipo U solda-da na estrutura da máquina.

A correia transportadora que leva ocarvão para a superfície foi equipada comuma chave Soft Starter SSW03. Esteequipamento proporciona uma partidasuave, diminuindo significativamente asparadas por quebra mecânica. O princi-pal benefício está na substituição de aco-plamentos hidráulicos (embreagens) poracoplamentos normais, reduzindo mui-to o custo da correia transportadora.

Tecnologia modernaleva comodidade àatividade de mineração,uma das maisantigas do mundo

T

>>> Soft Starter na correia

➔O inversorWEG instalado

As vantagens donovo processo

Mais de uma velocidade, otimizan-do os processos de carga, descarga etranslado.Aceleração mais controlada, pro-porcionando mais conforto ao ope-radorAumento de produtividadeDiminuição do número de para-das por quebra mecânicaMenos motores queimados, já queo inversor tem inúmeras proteçõespara o motor e o sistema mecânicoO meio ambiente ganhou, pois ago-ra não se usa mais o banco de ba-terias, que quando inutilizadasnão tinham um destino específico

➔Motor WEG aciona a esteira

➔Entrada da mina Novo Horizonte➔

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ENERGIA COM

MAIS RENDIMENTO

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energia

s motores WEG de AltoRendimento Plus - ARPlus - continuam compro-vando sua eficácia na eco-nomia de energia. Agora,

empresas distribuidoras de energia elé-trica estão aplicando o AR Plus nosprojetos de expansão, dentro das uni-dades fabris de seus clientes. A econo-mia proporcionada por esta opçãopermite um aumento na oferta deenergia elétrica.

Recentemente, a WEG forneceu39 motores para a Cia. Força e LuzCataguazes-Leopoldina, de Catagua-ses (MG). Os motores vão equipar osprojetos de eficientização da Máqui-na de Papel 4, utilizada no processode produção da INPA EmbalagensSantana S/A e também da casa demáquinas da empresa PIF-PAF Ali-

mentos, no âmbito do Pro-grama Anual de Eficiên-

cia Energética.“Com um sé-

culo de história,a Cataguazes-Leopoldinainveste con-tinuamentena expansãode suas redese l é t r i c a s ,

com o objetivo de levar energia à po-pulação situada dentro de sua áreade concessão, por mais distante queela esteja”, diz o gerente de Atendi-mento Operação e Engenharia de Dis-tribuição da empresa, Júlio Ragone.Cliente WEG há cerca de 18 anos, acompanhia optou pelos motores ARPlus “em função do alto padrão dequalidade, fato constatado pelos pro-fissionais da CFLCL, em visitas téc-nicas ao parque fabril, bem como noscursos de aperfeiçoamento que elestiveram no CTC WEG”, diz Ragone.“Sem sombra de dúvida, trata-se deparceria de sucesso”, conclui.

➔ Companhias deenergia utilizammotores AR Plusnos projetos emseus clientes

O

>>> Cemat

Os Motores de Alto RendimentoPlus também estão aplicados em equi-pamentos da Centrais Elétricas Ma-togrossenses S. A. - Cemat. Recente-mente a WEG forneceu 267 motoresAR Plus àquela estatal do Mato Gros-so. Os motores estão aplicados embombas, compressores, ventiladores eoutros equipamentos, em clientes daCemat: Bunge Alimentos, Cia. de Sa-neamento do Estado de Mato Grosso- Sanecap - e em três unidades da Im-pério Mineração.

“A utilização dos motores de altorendimento possibilita uma substan-cial economia de energia; no final, oresultado é uma oferta maior de ener-gia elétrica aos clientes”, diz Miltonde Souza Ochiuto, gerente da Cemat.A preferência pela WEG, segundoOchiuto, se deve “à qualidade do pro-duto, ao prestígio da marca e à padro-nização dos produtos”.

O Brasil tem hoje uma reserva total de 32 bilhões de toneladas decarvão mineral. Isto significa um potencial de exploração de carvão pormais 200 anos. O Rio Grande do Sul tem a maior reserva, com 28bilhões de toneladas, seguido de Santa Catarina, com 3,3 bilhões detoneladas e do Paraná, com 103 milhões.

As novas tecnologias de geração de energia elétrica a partir do carvãovisam emissões ambientais extremamente reduzidas, compatíveis comos rigorosos padrões estabelecidos na legislação ambiental brasileira. Autilização destas tecnologias permitirá a queima dos rejeitos de carvãoproduzido ao longo de décadas visando a obtenção de carvão metalúrgi-co em Santa Catarina, propiciando, via utilização de cinzas alcalinas, arecuperação do passivo ambiental da região Sul de Santa Catarina.

“A parceria da Carbonífera Catari-nense com a WEG, via Novalíder, ésólida”, garante Rafael Nunes, profis-sional da Novalíder que coordenou ostrabalhos na mina, juntamente comReginaldo Espíndola.

A empresa demineração aindaprevê a utilizaçãode mais um inver-sor de freqüência,para diminuir a ve-locidade do motorde exaustão damina, em períodosem que não há produção.

A Carbonífera também deverásubstituir os motores atuais por moto-res de Alto Rendimento Plus. “A meta,novamente, é a economia de energia”,conclui Rafael Nunes.

>>> Em breve

O carvãomineral

➔O “Scoop” em funcionamento

➔Rafael, daNovalíder

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concurso

Possibilidade de queda de tensãono momento da partida do mo-tor;

Número e freqüência de partidasgeralmente elevadas;

Dispositivo de proteção contracorrentes de sobrecarga devendosuportar a corrente de partida domotor sem atuação.

Por essas razões, tais circuitos po-dem exigir, como reconhece a norma

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técnica

Modelagem esimulação virtualaplicado nodesenvolvimento deprodutos

Eng. Reinaldo Stuart Jr.

Gerente Dep. Técnico - WEG Acionamentos

Eng. Fábio Gonçalves Gonçalez

Marketing de Produtos - WEG Acionamentos

Motores elétricos são cargasque apresentam caracterís-ticas peculiares como cor-rente de partida superio-res à de funcionamento,

potência absorvida em funcionamen-to variável pela potência mecânica exi-gida no eixo do motor – solicitada pelacarga acionada – entre outras. Destemodo, os circuitos que alimentammotores apresentam característicasnão encontradas nos circuitos que ali-mentam outros tipos de carga. Sendoalgumas delas:

erca de 5 mil alunos detodo o país disputaram, nodia 19 de maio, o 5º Con-curso WEG de Conserva-ção de Energia. Os partici-

pantes se dividiram em 315 turmas.O concurso se desenvolveu duran-

te 24 horas (das 8 horas do dia 19 demaio até as 8 horas do dia 20 de maio),em forma de uma gincana on-line.Nesta gincana, equipes de até 40 par-ticipantes responderam questões rela-tivas à conservação de energia. Comdireito à pesquisa no catálogo eletrô-nico, cerca de 300 equipes acessaramo site em um mesmo momento. Umaequipe bateu o recorde e baixou maisde 400 Mb de informação do catálo-go eletrônico.

“A WEG alcançou seu objetivo, deconscientizar os jovens estudantes, quelogo estarão no mercado de trabalho,para a importância do uso racional deenergia”, diz o gerente do Centro deTreinamento de Clientes, LeodomarLopes, coordenador do concurso.

Realizado desde 1997, o concursovai premiar três instituições de ensinocom bancadas didáticas, enquanto osprofessores orientadores e os alunos

ganham viagens à WEG.A divulgação dos vence-

dores, anteriormente marca-da para o dia 7 de junho,

foi transferida para o dia28, em função da

grande participa-ção e do equilí-brio entre osconcorrentes.

C

Mais de 300 turmas,de todo o país,participaram danova versão doconcurso da WEG

Enio Humberto de Souza, profes-sor de Eletricidade Teórica na EscolaEstadual de Furnas (MG), enviou estedepoimento à WEG em Revista:“Cumpre-me a grata missão de para-benizá-los pela iniciativa do concur-so. Uma das principais dificuldadesque enfrentamos é mostrar aos alunosa verdadeira dimensão da aplicaçãoprática dos fundamentos de eletrici-

>>> Fala, professor dade. Quando a maior empresa brasi-leira do ramo disponibiliza um desa-fio desta magnitude, a tarefa do pro-fessor fica muito facilitada. Hoje, de-pois de terminado o concurso, já po-demos notar que o empenho e a dedi-cação dos alunos estão redobrados.Além do aspecto didático, foi de fun-damental importância o aspecto mo-tivacional. Nossas equipes consegui-ram ficar acima da média de 29,25questões, e isto despertou nos alunosuma confiança em seu potencial.”

técnica

RO

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O D

INIZ

Tecnologia dedesenvolvimento dedispositivos elétricos debaixa tensão

FUNÇÕES

Seccionamento

Proteção contracorrentes de curto-circuito

Proteção contracorrentes de sobrecarga

Comando (manobra)

Figura 1 – funções a serem consideradas em um circuito departida e proteção de motores

NBR 5410, um tratamento diferen-ciado – seja no tocante aos dispositi-vos utilizados, ou no que se refere aoseu dimensionamento. Um circuitoterminal de motor deveria ser forma-do por dispositivos que atendam asfunções de seccionamento, proteçãocontra correntes de curto-circuito.proteção contra correntes de sobrecar-ga e comando (manobra), como mos-tra a figura 1.

Uma alternativa para se montar talcircuito é o uso de dispositivos inde-

pendentes para atendercada uma das funções indi-cadas acima. Com isso, acombinação mais utilizadaem uma partida direta éconstituída por Fusível ouDisjuntor + Contator +Relé de Sobrecarga Térmi-co, onde o Contator, nacombinação com fusívelexecuta a função de coman-do (manobra) e também afunção de seccionamento.

Com a rápida evoluçãotecnológica na área de dis-positivos eletromecânicosde baixa tensão surgiram osdesenvolvimentos de com-ponentes com um maiornúmero de funções incor-poradas, possibilitandoconfigurações e montagensde Partidas de motores maiscompactas.

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WEG em Revista

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crônica

COMO É MESMO ONOME DA COISA?

Aprimeira vez que eu ouvi aexpressão “tempos moder-nos” tinha entre 4 e 9 anos.Sei disse porque me lembroem que casa eu morava. E

foi o meu pai que a pronunciou, di-zendo para a minha mãe:

- Amanhã o Aoki vai trazer aquium aparelho para fazer uma demons-tração. E já me adiantou que é umacoisa dos tempos modernos. Sua vida(a da minha mãe) nunca mais será amesma.

Saber que um japonês ia levar umaparelho para fazer demonstração naminha casa me ouriçou. Até hoje ado-ro novas geringonças, sou chegado emnovidades. Quase não dormi. O queseria? O que o Aoki estaria tramando?

O japonês chegou na hora do al-moço com uma caixa e tirou a enge-nhoca lá de dentro. Não era de vidro,como os de hoje. Devia ser alumínio.Colocou em cima da mesa, ficamostodos rodeando aquilo. Tinha uns cin-qüenta centímetros de altura. Sim,mas pra que serve? E o japonês expli-cou:

- Coroca leite, mamono, goiaba,né, mango, tudo, liga aqui. Apertabuton. Faz vitamina, né?

Olhamos lá dentro. Tinha uma hé-lice.

- Perigoso criança, né? Perigoso co-rocar mano dentro, né?

Me pai pegou a coisa, levou para acopa e começou a jogar frutas e leitelá dentro. Ligou a tomada e apertou obotão. Voou tudo pelos ares, indo atéo teto. Rimos, é claro, todos besunta-dos. E o Aoki com a tampa na mão:

- Faltou corocar tampa, né?Depois de tudo lavado, teste 2.

Deu certo. Todo mundo tomou vita-mina. Foi quando o meu pai, ainda

com pedaços de banana na cabeça,perguntou:

- Como se chama isso, Aoki?- Nome difícil, né? Li-qui-di-fi-ca-

dor.- Lidiquificador? Como é?- Non. Presta atençon: li-qui-di-

fi-ca-dor. (eu levei uns dois anos paradecorar)

Meu pai:

- Aoki, você vai me desculpar, masum aparelho com esse nome não vaidar certo. O aparelho pode ser mo-derno, mas o nome é muito antigo,parece coisa do século passado. Achoo nome até meio marica.

- Mas doutor vai encomendar um?- Não, Aoki, isso não vai vingar.Anos depois, comprou, é claro.Tempos modernos, os anos 60...

MA

RIO

PR

AT

A

O disjuntor motor é um exemplodesta evolução, onde foram agrupa-das as funções (veja quadro de fun-ções): proteção contra correntes decurto-circuito, proteção contra sobre-carga, sensibilidade à falta de fase e sec-cionamento. Esse dispositivo associa-do com o Contator (Disjuntor Mo-tor + Contator) forma uma PartidaDireta Compacta a 2 Componen-tes com as seguintes característica evantagens:

EVOLUÇÃO /TRANSIÇÃO

Proteção contra curto-circuito eseccionamento com possibilidadede bloqueio mecânico por circui-to individual de motores;

Disparador térmico ajustável paraproteção contra sobrecargas e sen-sibilidade à falta de fase;

Operação automática/remota atra-vés do contator e Elevada vida útildevido à utilização do contatorpara as manobras de ligamento edesligamento do motor.

Funções incorporadas dos dispositivos WEG

DISJUNTOR-MOTOR:

Dispositivo de Proteção, capazde estabelecer, conduzir e interrom-per correntes em condições normaise anormais do circuito, tais como:curto-circuito e sobrecarga.

Seccionador Manual com pos-sibilidade de abertura automáticaatravés de bobina de disparo a dis-tância.

Dispositivo de Manobra Ma-nual (não-motorizado) para regime

de baixo número de manobras.

CONTATOR:

Dispositivo Eletro-mecânicode Manobra de operação não-manual, capaz de estabelecer, con-duzir e interromper correntes emcondições normais e anormais docircuito.

Seccionador Automáticocumprindo as funções de isolaçãoe abertura em situação de emer-gência.

A WEG Acionamentos, divisão doGrupo WEG fabricante de dispositi-vos eletromecânicos de baixa tensão,seguindo as mudanças e tendênciasnessa área, desenvolveu e lançou oDisjuntor Motor MPW25.

Para executar este projeto, com asmais atualizadas tecnologias a empre-sa implementou um intenso progra-ma de estudos e treinamento com seusengenheiros de desenvolvimento deprodutos. Para isto foram firmadosacordos de cooperação com 2 univer-sidades alemãs e iniciou-se um inter-câmbio de engenheiros e pesquisado-res entre os dois países.

A Universidade Técnica de Dres-den – TUD contribuiu fortementecom os conhecimentos em engenha-ria de precisão. Este ramo da engenha-ria estuda o projeto e a fabricação desistemas multifísicos, isto é, produtoscomplexos cujo funcionamento exigea interação entre componentes cujofuncionamento é explicado por con-ceitos físicos de ramos distintos. Umexemplo típico é o sensor termomag-nético de um disjuntor atuando sobreum mecanismo de disparo, necessá-rio para abrir contatos elétricos duran-te uma condição de sobrecarga oucurto circuito. Pesquisadores da Uni-versidade Técnica de Braunschweig -TUB também foram trazidos à WEGpara assessorar nos estudos e pesqui-sas sobre arcos elétricos e projeto/oti-mização de câmaras de extinção.

Em paralelo a estes estudos e pes-quisas, diversas dissertações de mes-trado em engenharia foram elabora-das. Todos estes estudos e pesquisasforam suportados por uma estruturatecnológica de informática de últimageração.

Um destes softwares é o WorkingModel, utilizado para modelagem esimulação dinâmica de sistemas me-cânicos. Através deste programa foipossível modelar e simular o mecanis-mo de disparo do disjuntor motorMPW25. Desta forma, o protótipovirtual do mecanismo pode ser estu-dado e pode-se entender claramentequal o nível de influência das tolerân-cias de fabricação das diversas peçasnas forças necessárias para provocar a

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Tempos Modernos (Modern Times,EUA 1936), direção Charles Chaplin;com Chaplin e Paulette Goddard. Últi-mo filmemudo deC h a p l i n ,que focalizaa vida urba-na nos Esta-dos Unidosnos anos30, imedia-t a m e n t eapós a crisede 1929,quando adepressão atingiu toda sociedade nor-te-americana, levando grande parte dapopulação ao desemprego e à fome.O filme focaliza a vida na sociedadeindustrial caracterizada pela produçãocom base no sistema de linha de mon-tagem e especialização do trabalho. Éuma crítica à “modernidade” e ao ca-pitalismo representado pelo modelo deindustrialização, onde o operário é en-golido pelo poder do capital e perse-guido por suas idéias “subversivas”.

O Quinto Elemento (The Fifth Ele-ment, EUA/França 1997), direção LucBesson; com Bruce Willis, Milla Jovovi-ch. No sé-culo XXIII,um moto-rista de táxide NovaYork se en-volve emuma aven-tura naqual tem dedeter umser demo-níaco quepercorre a galáxia a cada 5.000 anos.Se nada for feito, a Terra será destruí-da, mas para isto ele precisa encontrarquatro pedras antigas, que represen-tam os elementos, e colocá-las em voltade uma bela mulher, que é o quintoelemento.

O MPW25 possui alta capacida-de de interrupção, permitindo suautilização mesmo em instalações comelevado nível de correntes de curtocircuito. Assegura total proteção aocircuito elétrico e ao motor atravésde seus disparadores térmico (ajustá-vel) e magnético.

Seu acionamento é rotativo e pos-sui indicação de disparo (“TRIP”),permitindo ao operador a visualiza-ção do desligamento manual dodisjuntor ou de seu disparo pelas pro-teções. A manopla de acionamentopode ser bloqueada com cadeado, ousimilar, na posição “desligado”, ga-rantindo segurança durante execuçãode serviços de manutenção.

Oferecido para correntes nomi-nais até 25 A, possui capacidade deinterrupção de curtos circuitos até100 kA em 380 V. O produto per-mite a montagem de diversos acessó-rios complementares tais como: blo-cos de contatos auxiliares frontais elaterais, bobinas de desligamento àdistância e por subtensão, caixa desobrepor, conectores para contatores,manoplas para porta de painel e bar-ramentos de distribuição (ver figura5).

Este disjuntor com suas funçõesincorporadas tendem a apresentar amelhor relação custo x beneficio paraas partidas manuais e automáticas demotores até 15 cv (380/440V).

Figura 4 Figura 5

WR - De onde você tira inspira-ção para fazer seus filmes?

Chaplin - Estou sempre alegre -essa é a minha maneira de resolver osproblemas da vida. Creio que não sepode fazer nada de grande na vida senão se fizer representar o personagemque existe dentro de cada um de nós.

WR - O que é o humor, paravocê?

Chaplin - Se o que você está fa-zendo for engraçado, não há necessi-dade de ser engraçado para fazê-lo.Num filme o que importa não é a re-alidade, mas o que dela possa extrair aimaginação.

WR - Por que você resistiu tan-to a abandonar o cinema mudo?

Chaplin - Com o uso da palavranão há mais lugar para a imaginação.O som aniquila a grande beleza do si-lêncio.

WR - Você foi perseguido porsuas idéias, nos Estados Unidos. Porque os políticos não gostavam devocê?

Chaplin - Não sou político; souprincipalmente um individualista.Creio na liberdade; nisso se resume aminha política. Sou pelos homens;

Nota da Redação: é claro que WEG em Revista

jamais poderia fazer tal entrevista, pois Charles

Chaplin morreu em 1977. A entrevista, fictícia foi

montada a partir de frases célebres ditas pelo

imortal cineasta.

essa é a minha natureza. Eu conti-nuo sendo apenas um palhaço, o quejá me coloca em nível bem mais altodo que o de qualquer político. Creiono riso e nas lágrimas como antído-to contra o ódio e o terror.

WR - Ainda que perseguido eexilado, você continuou defenden-do suas idéias.

Chaplin - Não devemos termedo dos confrontos. Até os plane-tas se chocam e do caos nascem asestrelas.

WR - O que é o tempo?Chaplin - O tempo é o melhor

autor; sempre encontra o final per-feito.

WR - Todos os seus filmes sem-pre passaram alguma mensagem,alguma verdade?

Chaplin - Se tivesse acreditadona minha brincadeira de dizer ver-dades, teria ouvido verdades que tei-mo em dizer brincando. Falei comoum palhaço, mas jamais duvidei dasinceridade da platéia que sorria.

O inglês Charles Spencer Chap-lin foi um dos maiores nomes dos pri-mórdios da história do cinema. Seuspersonagens, muitas vezes melancó-licos, mas sempre engraçados, con-quistaram as platéias do mundo.WEG em Revista conversou com ogrande gênio. Confira.

O GÊNIOCHAPLIN

>>> Para saber maisUA

GA

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A última etapa do trabalho de de-senvolvimento de um dispositivo dacomplexidade do MPW25 é a mode-lagem 3D de cada uma das peças queformarão o produto final. Para isso sãoutilizados softwares que representamcada uma das peças como se fossemsólidos dentro do computador. Destaforma, protótipos virtuais são constru-ídos e pode-se verificar se os conjun-tos podem ser montados sem nenhu-ma interferência/colisão.

Muitas correções e melhorias po-dem ser feitas antes de se construir umprotótipo físico por algum processo deprototipagem rápida.

Quando o projeto foi concluído,arquivos eletrônicos contendo os sóli-dos foram enviados à ferramentaria daempresa que utilizam os mesmos paraprojetar e construir os moldes de inje-ção e estampos necessários para a fa-bricação dos diversos componentes doproduto. A figura 4 mostra um cortedo disjuntor montado obtido a partirde um software 3D.

Outro software utilizado com fre-qüência pelos engenheiros é o Ansys.Trata-se de um software de elementosfinitos que divide um sólido e o anali-sa em pequenas partes. Em seguidaaplica equações do fenômeno físico emestudo de forma iterativa ao longo dovolume estudado.

A figura 3 mostra imagemgerada pelo Ansys para análise dasforças magnéticas que agem separan-do os contatos de um disjuntor du-rante um curto circuito. Este softwa-re também foi utilizado na obtençãode parâmetros de funcionamento dossensores/atuadores magnéticos dosdisjuntores que foram posteriormen-te aplicados na simulação do compor-tamento dinâmico do MPW25 com-pleto sob condições de curto circuito.Esta pesquisa inédita foi apresentadana 20ª Conferência Internacional so-bre Contatos Elétricos, em Estocolmo,Suécia.

Figura 3

Figura 2

atuação daquela parte do disjuntor(ver figura 2). Este software tambémpermite que se simule o tempo deabertura dos contatos elétricos dodisjuntor. Sendo um disjuntor limi-tador de corrente, é importante que aabertura se dê entre aproximadamen-te 2 e 3 milisegundos, sem consideraro tempo necessário para extinção doarco elétrico.

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Programa da WEG incentiva aformação da cidadania dentro das escolas

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comunidade

Mania de Cidadania é um dos mais recentes programascomunitários criados pela WEG. Lançado em março,o programa visa a formação educacional das crianças,trabalhando o exercício da cidadania. A principal açãodo programa - idealizado em parceria com as secreta-

rias municipal e estadual de Educação - é a cartilha “Mania deCidadania”, onde o conceito de cidadania é dividido em verbetes,de A a Z. Os verbetes, um por página, explicam conceitos de bio-diversidade, cooperação, direitos e deveres, família, justiça, orga-nização, qualidade de vida, trabalho e voluntariado, entre outros.A cartilha, fartamente ilustrada com o personagem Plácido e suaturma, é distribuída entre os alunos de terceira e quarta séries de118 escolas públicas e particulares da microrregião, que inclui osmunicípios de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Massaranduba, Co-rupá e Schroeder.

O grande objetivo do programa é debater o exercício da cida-dania com as novas gerações. Ao repassar as noções de cidadania,a WEG espera que as crianças debatam o tema, tanto dentro daescola, como em casa, com suas famílias. “Muitos valores se per-deram em meio ao avanço da informática, da televisão e dos sho-ppings. É preciso resgatar a cidadania junto a essa nova geração”,disse o diretor de Marketing e RH da WEG, Jaime Richter, du-rante o lançamento da cartilha.

Para incentivar as crianças a assimilarem os conceitos, foi cria-do o Concurso Mania de Cidadania, que distribuirá prêmios emforma de equipamentos ou materiais didáticos para as escolas. Ostrabalhos, com o tema Mania de Cidadania, têm forma de apre-sentação livre e estão movimentando alunos, professores em tor-no de um objetivo comum.

Serão distribuídas

9.000cartilhas para alunos de

3ª e 4ªséries de

118estabelecimentos de

ensino da região

O CIDADÃODE AMANHÃO CIDADÃODE AMANHÃ

Ao longo da história, nunca a for-ça do ser humano e dos sentimentossucumbiu diante de qualquer tipo deavanço tecnológico. Tal como Chap-lin em 1936, hoje temos cineastas àspencas produzindo peças de futuro-logia. As previsões, quase sempre, des-pencam na substituição do homempela máquina, com “ataques de clo-nes”, domínio do planeta por “repli-cantes” e robôs superinteligentes, fimdas emoções...

Porém, mesmo nos piores devanei-os catastrofistas, até os cineastas aca-bam caindo em “happy ends”. O“quinto elemento” de Luc Besson, quesalvaria a humanidade da destruição,quem era? Uma bela moça. Como senão bastasse, os outros quatro elemen-tos não têm nada de humanóides outecnologicamente modernos: terra,fogo, água e ar. Quer algo mais natu-ral e humano?

Mesmo assim, se você costuma fi-car nervoso com as previsões sombri-as dos cineastas, há um santo remé-dio: tome um chá de malva. Não co-nhece? Tem em qualquer farmácia.Mas você também pode encontrarmalva em jardins ou quintais. É al-gum novo medicamento, desenvolvi-do pelos mais avançados laboratórios?Que nada! Na Itália renascentista, amalva era considerada um remédiopara todos os males.

E a malva está aí, até hoje, sendousada como remédio, apreciada comohortaliça e utilizada como ornamen-to, desde o século VIII a.C.

Certo, e o que a malva representapara a história do mundo? Pouca coi-sa, é claro. Mas essa singela plantinhaé apenas um exemplo de que não hámodernidade que suplante os valoreshumanos. Esses, sim, responsáveis portodos os conhecimentos e pelo desen-volvimento do planeta.

Ah, sim, na Idade Média as floresde malva também entravam no pre-paro de um chá usado nos conventoscomo anafrodisíaco, ou seja, como“amansador” do desejo sexual. Afro-disíacos (ovo de codorna, algas, amen-doim... tudo bem natural, é claro)você com certeza conhecia muitos;mas essa da malva é nova, não?

UM CHÁ DE MALVA

>>> Energiaspositivas

A relaçãomecanicismo xhumanismo écomplicada. “Aanálise criteriosado comporta-mento humanoe suas necessida-des mostra umaradical transfor-mação dos siste-mas mecanicis-tas para os sistemas humanísticos, con-siderados como o pensamento idealnas organizações na era do conheci-mento humano”, diz o conferencistae consultor Adonai Zanoni de Medei-ros.

É, mais uma vez, a valorização doser humano em detrimento das má-quinas. Para Medeiros, “quando pre-tendemos realizar mudanças nas or-ganizações ou na vida das pessoas pre-cisamos ter cuidados especiais e fazeruma completa análise do comporta-mento humano, considerando os va-lores de uma pessoa, sua cultura, suasatitudes e crenças, geralmente con-quistadas na infância e que formam asua personalidade”.

➔Adonai Medeiros:energia positivapara um mundomelhor

Parafusos no lugar

Petrarca (1304-1374), consi-derado o pai do humanismo, es-creve no ensaio De sa propre ig-norance et de celle de beaucoupd’autres: “Para que serve - pergun-to a mim mesmo - conhecer a na-tureza dos animais selvagens, dasaves, dos peixes, das serpentes, eignorar ou negligenciar a nature-za do homem, a razão pela qualnascemos, donde viemos e paraonde vamos?”.

O próprio Charles Chaplin, emTempos Modernos, termina porhumanizar a trama. Algo, por si-nal, que o imortal gênio fazia emtodos os seus filmes. Utilizando ohumor, Chaplin criticava acida-mente tudo que atingisse o âmagodo ser humano no que ele tem demais inestimável, sua capacidadede discernir e de equilibrar a ra-zão e a emoção.

Portanto, não se preocupe. Vocênão vai sair por aí apertando pa-rafusos imaginários. Todos os pa-rafusos estão no lugar.

EUG

ÊNIO

NET

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UNITED ARTISTS

REPRODUÇÃO

naWEG + Confira, no site, como era o processo de vendas da WEG, há 20 anos, e como é hoje.

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especial

WEG em Revista

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As máquinas nãovão ganhar qualquerguerra contra ohomem, pois falta aelas a necessáriadose de emoção

ROBERTO SZABUNIA

Q

giro

uando você assistiu, pelaprimeira vez, ao filmeTempos Modernos, deCharles Chaplin, ficou as-sustado com aquela pers-

pectiva de mecanização do homem?Achou que, um dia, uma máquina lheserviria uma espiga de milho? E quevocê sairia pela rua com duas chaves-de-boca na mão, em busca de parafu-sos para apertar?

Talvez, na época do filme, anos 30do século passado, a futurologia cha-pliniana provo-casse algum cala-frio. Hoje, po-rém, sabemosque as máquinasnão ganharam aguerra. Mesmolembrando da fi-gura do “patrão”do personagem Carlitos, esbravejan-do ordens no telão, sabemos que nãohá fábricas como aquela do filme. Nostelões de hoje, o “big brother” é PedroBial, espicaçando a cobiça de um gru-po de pessoas em busca de fama rápi-da - e de uma bolada de meio milhãode reais, é claro (mas, não custa lem-brar, pelo menos uma vez por semanaBial encarna o “patrão”, degolando al-guém do programa).

Num ponto Chaplin acertou: ohomem desenvolveria meios de pro-dução realmente modernos, automa-tizando linhas e aumentando a pro-dutividade.

Isto, porém, não deixa ninguémlouco, e não devora empregos, como

se temia. Pelo contrário. As máquinasexistem para ajudar o homem a cons-truir coisas - inclusive outras máqui-nas. O filme de Chaplin, por sinal, jácomeça dentro de um determinadocontexto histórico adverso. Viviam-seos piores momentos detonados pelacrise de 1929, quando a produção in-dustrial norte-americana reduziu-sepela metade. Mais de 100 mil empre-sas, entre elas 10 mil bancos, faliram,

A WEG está fornecendo motorespara um projeto do governo de An-dhra Pradesh, no Leste da Índia, quevisa o bombeamento de 50 mil litrosde água por segundo do rio Godavaripara a área de seca do distrito de Wa-rangal em Andhra Pradesh, suprindoas necessidades do local. As bombasserão usadas para a ligação de represascom o rio Godavari. Nesse primeiroestágio o motor bombeia 10 mil li-tros de água por segundo a 400 me-tros, por mais de 135 quilômetros. Éo maior motor usado em aplicaçõesde bombas na Índia com tecnologiaHigh Head - High.

Ainda na Ín-dia, a WEG estáenvolvida noprojeto DelhiMetro, que pre-vê a produção demotores para a ven-tilação de estações demetrô da cidade de Delhi.A WEG está fornecendo motores dalinha Smoke Straction para as estaçõesde metrô, através da Flakt-Woods UK(fornecedor de ventiladores/exausto-res). São 44 motores, 29 peças compotência de 37 kW e 15 peças compotência de 200 kW. Até o final doano, o projeto terá 130 motores.Smoke Straction é uma linha desen-volvida para manter a exaustão de fu-maça, com a garantia, em caso de in-cêndio, de que o motor opere por umdeterminado período num ambientecom temperaturas até 400 graus.

>>> No metrô

provocando desemprego e fome.Ao mesmo tempo, o movimento

operário crescia. O Congresso apro-vou uma lei que reconhecia o direitode associação dos trabalhadores e decelebração de contratos coletivos detrabalho com os empresários. Ou seja:na defesa do sistema capitalista, quemacabou ganhando foram os trabalha-dores, vendo seus direitos aumentar.Ponto para a humanização.

Expansãono Oriente

Analistas internacionais apontamuma mudança de rumo na economiaglobal, com o surgimento de novas li-deranças. Entre elas estão os quatropaíses em desenvolvimento que com-põem o chamado grupo BRIC, Bra-sil, Rússia, Índia e China. O banco deinvestimentos norte-americano Gol-dman Sachs, por exemplo, prevê queo grupo BRIC será a maior força daeconomia mundial antes de 2040.

Atenta a estas projeções, a WEGcontinua expandindo sua presença nomercado internacional. E o Oriente éo próximo destino. Para este ano, es-tão previstas a compra de uma fábricade motores na China e a abertura deum escritório de vendas em Bangalo-re, na Índia.

O faturamento da WEG no mer-cado externo deve crescer 25% nesteano, correspondendo a mais de 45%do faturamento. No total, as expor-tações deverão render R$ 1,08 bilhãono exercício, contra R$ 781 milhõesem 2003.

Hoje a WEG tem unidades emBuenos Aires e Córdoba (Argentina)e na Cidade do México; em Portu-gal, a empresa produz uma linha demotores à prova de explosão.

“Hoje possuímos unidades fabrisque estão entre as mais modernas domundo”, diz o presidente executivoDécio da Silva. ”É este desenvolvi-mento tecnológico que permite àWEG ser competitiva em mercadosexigentes do exterior”, conclui.

A MODERNIDADE

É HUMANAA WEG vai ser uma das primei-

ras empresas brasileiras a ter umafilial na Índia. O escritório, quedeve começar a operar em agosto,será dirigido por Clécio Zucco, que

FILIAL NA ÍNDIA

➔Clécio com SatyajitChattopadhyay

>>> Motores paralevar água

deixa a gerência de Logística daWEG Automação.

A abertura da filial significauma presença mais forte da WEGna Índia e fortalece sua postura de

empresa global.“Pretendemos levarnossa cultura de tra-balho para o país etambém aprendercom a cultura lo-cal”, diz Zucco, quevai trabalhar aolado de SatyajitChat topadhyay,que era diretor daPremier Electric.

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WEG em Revista

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expediente

índice

WEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 15.000.

O moderno só existe com humanidade 4

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editorial

A modernidade é agora

esde que o imortal Charles Chaplin rodou seu TemposModernos, em 1936, a humanidade tenta antecipar oambiente em que viverão as gerações seguintes. Exercíciosde futurologia têm sido um passatempo constante. Antes

ainda de Chaplin, em 1927, o cineasta alemão Fritz Lang imagi-nou um futuro ainda mais sombrio em seu filme Metrópolis. Mas,neste caso, Lang deu asas imensas a sua imaginação. Fiquemos coma linha de produção fordiana de Chaplin, onde até um “big bro-ther” dava o ar da graça, num imenso telão dentro dos vários ambi-entes da fábrica, a tudo observando e imediatamente tomando pro-vidências.

É certo que, até meados do século passado, a fantasia imaginadapor Chaplin estava próxima de se realizar. Havia uma obsessão pelaautomatização da atividade laboral. Faltou pouco para que se con-cretizasse a hilariante imagem do operário saindo pelas ruas comsuas chaves-de-boca, apertando tudo que se assemelhasse a um para-fuso.

Felizmente, porém, a humanização venceu. Mesmo com o altís-simo grau de automatização da indústria moderna, o fator humanoainda é o mais importante. Por mais que uma linha de produçãoseja robotizada, por trás de cada avanço há a mão do homem. O serhumano sempre será o vetor da modernidade.

Roberto KrellingDiretor de Produção

A“... Mais do quemáquinas, precisamosde humanidade...”

Charles Chaplin

O maior capital deuma empresa é o ser

humano. São aspessoas que fazem asmáquinas funcionar

nossa opinião

O Capital

FLÁ

VIO

UET

A

Mande sua mensagem [email protected]

Sou fornecedor da WEG. Fiquei muitofeliz ao saber que os motores usados notrem do túnel Gotthard Basel foram fabrica-dos pela WEG! Atravessei este túnel duasvezes e fiquei impressionado com o com-primento. Bom ver produtos do Brasil ge-rando alto desempenho em países conhe-cidos por sua qualidade e perfeição.

Alexandre Fürholz

AF Representações, São Paulo - SP

É um prazer ler a WEG em Revista. Acada bimestre é discutido um assunto mui-to importante, que nos dá ânimo e motiva-ção. A edição de nº27 (Muito prazer em vi-ver) mostra a importância de cuidar da nos-sa saúde, a maior aliada no processo decrescimento intelectual, profissional e emo-cional. Parabéns e continuem escrevendoe nos ajudando a viver melhor.Marcela Cristina Gomes de Mello

A&C Mecatrônica Ltda, Betim/MG

A crônica de Mário Prata agora é fixa 7

Mais de 5.000 participam do Concurso 9

Nas antigas minas, modernos processos 10

Lições de cidadania para os adolescentes 16

do leitor�

essa altura, em que já nosdemos conta de que esta-mos no século XXI, a ima-gem de um filme feito háquase 70 anos, em preto-

e-branco e sem efeitos especiais gera-dos por computador, ainda nos im-pressiona. Quem não assistiu a Tem-pos Modernos por inteiro, pelo me-nos conhece a famosa cena em queCarlitos, o personagem mais famosode Charles Chaplin, se enrosca nas en-grenagens da fábrica, apertando por-cas e parafusos como um robô descon-trolado, ainda por cima estampandono rosto um sorriso meio débil, meiocínico.

Aquele retrato do dia-a-dia de umafábrica, em que trabalhadores se con-fundem com autô-matos em seu traba-lho braçal e repetiti-vo, é bastante fiel àépoca em que se pas-sa o filme, no come-ço da década de 30do século XX. Omundo tinha acaba-do de assistir impo-tente ao crack dabolsa americana,que mergulhou osEstados Unidos na Grande Depressão,uma crise econômica que só foi devi-damente superada depois da SegundaGuerra Mundial.

Esse cenário foi modificado. Coma evolução tecnológica e o aperfeiçoa-mento das relações humanas, o ambi-ente de trabalho tem um outro signi-ficado.

Saber administrar é essencial. Má-quinas e postos de trabalho, concebi-dos de forma inteligente, aplicandoconceitos ergonômicos e com priori-

dade para a segurança, treinamento nolocal de trabalho e investimentos nasaúde do colaborador, como adoção deginástica laboral, ambientes limpos,organizados e bem iluminados, sãoapenas algumas das boas práticas e pro-gramas adotados pela WEG, visandotornar a jornada de trabalho confortá-vel, produtiva e saudável.

A WEG sempre investiu em seuscolaboradores, sendo pioneira emmuitas ações hoje consideradas obri-gatórias, como instalação de ambula-tórios nos parques fabris. A cultura daempresa, baseada na valorização do serhumano, assegura que tenhamos cola-boradores cada vez mais bem prepara-dos, recebendo constantemente treina-mento, participando ativamente em

ações para soluçõesinteligentes e melho-rias contínuas.

E n t e n d e m o scomo importante aevolução tecnológi-ca, a melhoria deprodutividade, e daqualidade, o cresci-mento constante esustentado, porém,acompanhados dahumanização dos

postos de trabalho e da participaçãointegral de todos, não só física, mas es-pecialmente mental e emocional. As-sim, o resultado será excepcional.

O maior capital de uma empresa éo ser humano. São as pessoas que fa-zem as máquinas funcionar. A evolu-ção das máquinas e da tecnologia énecessária, mas nada será capaz desubstituir as pessoas, a maneira de pen-sar e sentir, as emoções e o equilíbrioque um ser humano pode ter.

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