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O que é competitividade

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Detesto filmes de es-portes, mas dia desses vium de hóquei no gelo.Pensei que fosse achar frio,mas este até que tinhauma historinha interessan-te. Bem, na verdade eu sóassisti porque um amigoinsistiu. Dizia que a histó-ria era diferente e coisa etal. E era.

A história se passavano início da década de 80,em meio à guerra fria e àcompetição que ela criou.As duas maiores potênci-as de então competiamem tudo: de ver quem cus-pia mais longe a exibirquem seria capaz de des-truir mais vezes o planetacom seu arsenal atômico.O clima era de tensão emedo, nada de bom.

Vinte anos antes aUnião Soviética agarrarao título de melhor do mundo em hó-quei no gelo e não queria largar. Entãoum treinador começou a treinar – sim,para isto servem os treinadores – umaequipe de jovens americanos inexperi-entes e nada competitivos, de olho nasOlimpíadas de Inverno e no título mun-dial. Não se preocupe, não vou contarquem vence no final do filme que foifeito pelos EUA.

É aí que entra em cena o estilo dotreinador, nem um pouco politicamen-te ou esportivamente correto se com-parado com os nossos dias. O homemera cruel, massacrava a garotada. Issomesmo. Pisava, humilhava e esfregavao nariz da turma no pó do chão – nãoliteralmente por se tratar de gelo. Masque massacrava, massacrava!

Ele queria trazer à tona o que haviade pior em cada um, antes de ajudá-los a desenvolver o que tinham de

Diagnosticando

A palavra competitividade já faz parte da nossa vida mes-mo antes da concepção: somente o espermatozóide maiscompetitivo, numa busca frenética, atinge e fecunda o óvulo.

Mesmo depois de adultos, continuamos nessa busca.Acordamos, comemos e dormimos pensando em como me-lhorar nossos resultados. Competimos com nosso interiorsem nos darmos conta: precisamos vencer o sono e acordarcedo, transpor nossos medos e mantermo-nos em pé, reu-nindo forças todos os dias. No mundo corporativo globali-zado não é diferente: o cenário é extremamente desafiador.

Aqui, nos Estados Unidos, a arena está montada, e é umadas maiores do planeta: a palavra competição é levada aferro e fogo. As empresas que disputam um mesmo seg-mento de mercado e um mesmo público-alvo lançam mãode ações e promoções, e o consumidor é visto sim comoaquele cliente que sempre tem razão.

O consumidor realmente exerce uma força incrível sobrea mente dos que desejam colocar produtos no mercado. Sevocê não gosta do que acabou de comprar, mesmo que játenha aberto o pacote, pode naturalmente voltar à loja edevolver o produto, recebendo integralmente seu dinheirode volta. O produto não precisa ter defeitos para que sejadevolvido; não precisa de justificativa alguma. Se eu nãogostei, me arrependi ou mesmo encontrei preço melhor emoutro lugar, eu devolvo e ponto final.

Quando grandes redes varejistas como Wal-Mart, Lowe’s,Home Depot, Sears etc. resolvem “promover algo”, você vê

o que é realmente competição. Na verdade, nem sempre épromoção; em grande parte, é simplesmente um novo pre-ço que as lojas decidiram dar ao produto. Uma TV de plas-ma Sony, por exemplo, às vezes despenca de 5 mil dólarespara 4 mil: uma redução de 20%. Na última vez que a redeWal-Mart fez uma grande promoção, vendia laptop Com-paq a 399 dólares. E laptop novo por esse preço é pratica-mente de graça (risos), mesmo no Brasil!

Muito do que já fizemos na WEG visando a competitivi-dade da empresa em seus mercados ainda é pouco; o cami-nho a percorrer nunca acaba, pois a evolução é constante, ea busca por maior competitividade continua sendo uma cor-rida maluca na perpetuação de nossa existência, mesmo queseja para continuar fazendo o que já fazemos bem: fornecersoluções aos clientes, dividendos aos acionistas, manter oscolaboradores motivados, conservar uma base de fornece-dores confiáveis e contribuir para o bem comum da comu-nidade.

O que gera o crescimento sustentável e a longevidadede uma empresa está ligado a um novo padrão de excelên-cia, crenças, posturas e, principalmente, comportamentos.E a base para se manter competitivo é a informação, quetorna possível a iniciativa, a criatividade e o empreendedo-rismo. De dentro para fora. Compartilhar conhecimentogarante às empresas uma volta a mais no autódromo. E essavolta pode angariar mais clientes, elevar o faturamento ereservar um lugar cativo no pódio.

Corrida maluca

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melhor. Se quisessem ser competitivosdiante do adversário vermelho, anteseles precisavam ficar vermelhos. Devi-am reconhecer o orgulho, a autopie-dade e o individualismo que ainda ha-via na equipe. Era o modo de o treina-dor ajudá-los no diagnóstico, para queparassem de competir entre si para po-derem competir com o adversário.

É assim na vida, no esporte e notrabalho. Antes de desenvolver seuspontos fortes é preciso diagnosticarseus pontos fracos. O problema é queninguém gosta de expor suas vergo-nhas, de trazer à tona o que não estábem, mesmo que seja para corrigir oque está errado e aperfeiçoar o que estácerto. Diagnósticos nos humilham.

Se você discorda, que tal lembraraquela vez quando a enfermeira pediuque você tirasse a roupa, vestisse umridículo avental que nunca fecha atrás,

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Nos Estados Unidos a arena estámontada, e é uma das maioresdo planeta: a palavra competiçãoé levada a ferro e fogo.

Ricardo BartschPresidente WEG Electric Motors - Estados Unidos

e a acompanhasse pelos corredores dohospital. Lembrou? Sentiu o ventoatrás? Percebeu as risadinhas de quemestava no corredor? É disso que estoufalando. Em qualquer um de nós sem-pre falta um palmo de competência etodo mundo percebe.

Passei por um diagnóstico humi-lhante assim. De vergonha, não vourevelar o problema, apenas que nãopodia andar a cavalo ou comer pimen-ta. O médico mandou que eu deitasseem posição de parto, com as pernasapoiadas em dois suportes, e começoua fazer cara de horror enquanto meexaminava. Seria para justificar o queiria cobrar? Quando pensei que o di-agnóstico e a humilhação tinham ter-minado, ele caminhou até uma portaao lado, abriu-a e chamou:

- Doutor Fernando, venha ver quecoisa horrível.

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Técnicos em curso

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4 A importância da especificação

6 Transformadores de força

8 Competir é cooperar

12 Opinião de personalidades

13 A palavra de Moreira Teixeira

16 Sem fungos nos tanques

19 Diagnósticos são imprevisíveis

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A íntegra das matérias desta página você lê na Sala de Imprensa em www.weg.net

Parabenizamos a WEG pela marcade 100.000.000 de motores elétricosproduzidos. Ficamos orgulhosos portermos diversos egressos e estagiáriostrabalhando na WEG.Prof. Claudio R. do NascimentoUniversidade Federal de Santa MariaSanta Maria/RS

Sugerimos publicar alguns resu-mos econômico/finaceiros da empre-sa, como resultado do ano anterior oudo último trimestre, investimentos sig-nificativos etc.Antonio J. Antunes AmaroComl. e Imp. Fátima Ltda.São Caetano do Sul/SP

Parabéns pela matéria “Assinandoo ponto” (WR 38), um belo exemploque devería ser copiado por todas asempresas do país.Neivo Marcos PinculiniCasa FaiscaVideira/SC

Parabéns pelos 100.000.000 demotores, e desejamos que este sejaapenas mais um recorde dos muitosque ainda virão.Ricardo José Caruso DavidAjinomoto Biolatina Ind. e Com.Valparaíso/SP

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WEG em Revista é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3372-4000, CEP 89 256-900, Jaraguá do Sul,SC. www.weg.net, [email protected]. Conselho Editorial: Jaime Richter (diretor de Marketing e RH), Paulo Donizeti (gerente de Marketing),Edson Ewald (chefe de Marketing), Caio Mandolesi (jornalista responsável) e Cristina Teresa Santos (analista de Marketing). Edição eprodução: EDM Logos Comunicação (47) 3433-0666. Textos: Roberto Szabunia. As matérias da WEG em Revista podem ser reproduzidasà vontade, desde que citada a fonte e o autor.

Gostaria de parabenizar toda aequipe da WR, pela qualidade das ma-térias publicadas, muito criativas einstrutivas, e também pelo100.000.000º motor.Hugo Cezar SilvaLaginha Agro Industrial S/ACapinópolis/MG

Acho o conteúdo da revista de ex-trema importância para nossas leiturastécnicas, mantendo-nos atualizadosjunto a um dos mais renomados fabri-cantes de soluções.Márcio RogérioImpacron Manut. Ind.Santarém/PA

Um transformador de 40/60/75MVA, 161/13.8 KV foi fornecido pelaWEG para a subestação da usina BasinCreek, localizada na cidade de Butte,Montana, Estados Unidos. O transfor-mador, que enfrenta temperaturasabaixo de zero, é o elo vital entre a su-bestação de geração e a linha de trans-missão da concessionária NorthWes-tern. (04/04/06)

Pela sexta vez consecutiva, aWEG foi considerada a empresa deMelhor Desempenho Global napesquisa da revista EletricidadeModerna. Motores, transformado-res e CCMs foram os produtos pre-miados. (28/03/06)

A etapa regional do 9º Prêmio Fi-nep de Inovação Tecnológica foi lança-da dia 3 de abril, durante o 3º FórumFinep de Inovação Tecnológica, em Ja-raguá do Sul (SC), evento que tem oapoio da WEG. (27/03/06)

Os grupos WEG e Votorantim re-novaram o contrato que contemplatotal qualificação no fornecimento demotores de baixa tensão (até 500 cv)com especificações desenvolvidas emconjunto dentro das linhas de altorendimento W21 ARPlus, WELL, Wmi-ning, Wwash e Roller Table, atenden-do todas as unidades da Votorantim.(24/03/06)

A distribuidora de ener-gia elétrica Elektro entregouem março o Prêmio Forne-cedor Elektro aos parceirosde destaque, entre eles aWEG. A premiação busca es-timular o aperfeiçoamentocontínuo e a disseminaçãodas melhores práticas, refor-çando a importância dos for-necedores de materiais e ser-viços para o desenvolvimen-to da Elektro. (20/03/06)

Um técnico da WEG, da área de tin-tas, fez curso de Alpinismo Industrialpara garantir segurança nos trabalhosde manutenção de pintura realizadosnas plataformas da Petrobras que pas-sam por reformas em estaleiros cario-cas. O curso envolve aulas de ascen-são, descensão e todos os tipos de res-gate possíveis, além de avaliação derisco. (13/03/06)

Abaixo de zero

Transformador enfrenta até a neve

WEG é hexa!

Prêmio Finep abreinscrições

Votorantimrenova contrato

Emerson Miguel, da Votorantim, eDécio da Silva assinam o contrato

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Gilmar dos Santos, gerente deVendas da WEG, recebe o prêmiodas mãos do diretor executivo da

Elektro, Carlos Ferreira

Alpinismo nasplataformas

A maiorluminosidade

do mercado

Carlos Ganem, do Finep, e MoacyrSens, diretor Técnico da WEG

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Os Blocos LED com Iluminação Integrada dalinha de Comando e Sinalização WEG contamcom o mais alto poder de iluminação do Brasil.(09/03/06)

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ROBERTO CARLOS CONTINI

ENGº DE APLICAÇÃO E VENDAS

Apesar de toda a agitação e correria, o cotidiano estárepleto de rotinas. Rotinas complexas ou simples, como ocor-re todas as manhãs, com o toque do despertador, escovaros dentes, café da manhã, o beijo na esposa e filhos e asaída para o trabalho.

Rotinas que, de tanto executá-las, fazemos tão automa-ticamente que só reparamos no início e no fim delas. Comobom exemplo, quantos, ao chegar ao trabalho, não se lem-bram se cruzaram um sinal fechado ou se havia muitos car-ros no caminho? Mas, ao olhar em volta do carro constata-

Linha Wmining é solução paramineradoras e cimenteiras

A história do Grupo Tavares de Melo (ao qualpertence a Destilaria Giasa) começou em 1920,quando Arthur Tavares de Melo associou-se aosogro e ao cunhado para adquirir uma unida-de produtora de açúcar bruto localizada no mu-nicípio de Camutanga (PE). Oito anos depois,entrava em funcionamento a Usina OlhoD’Água, um “meio-aparelho”, como eram co-nhecidas estas propriedades na época.

Hoje o grupo atua nos ramos sucroalcoo-leiro, de embalagens, de calçados e de com-bustíveis nas áreas de armazenagem e distri-buição.

A Destilaria Giasa foi fundada em 1971,como a primeira destilaria autônoma do país,destacando-se nas áreas de destilaria, proces-sos de fabricação e análise do produto. A Gia-sa investe também na área agrícola, especifica-mente na mecanização da colheita e projetosde irrigação. Com capacidade instalada paraproduzir 90 milhões de litros por ano, da linhade produção da Giasa saem três gêneros de ál-cool: carburante, industrial e neutro.

O produto

• LACKTHANE ANTIFUNGO CORES – linha 0508. Cores

• PROPRIEDADES: oferece ao sistema uma maior resistên-cia anticorrosiva e principalmente excelente resistênciaao intemperismo e à proliferação de fungos

• VANTAGENS: maior vida útil do tanque, superior aos es-quemas convencionais aplicados. Evita a proliferação defungos e reduz a perda de álcool por evaporação

• APLICAÇÃO: é aplicado um primer epoxi sobre o tanquejateado, ou sobre superfície com limpeza mecânica e apósa aplicação do antifungo

• ASPECTO: A brilhante (min. 80 UB)

• COR/REFERÊNCIA: Ral – Munsell ou conforme padrão docliente

• ESPESSURA SECA RECOMENDADA: 65 µ

• SÓLIDOS POR VOLUME: 68 ± 2 (dependendo da cor)

• RENDIMENTO TEÓRICO POR LÍTRO: 10 m² / litro (Semdiluição)

• IMPORTANTE: O rendimento teórico é calculado com basenos sólidos por volume sem diluição, e não inclui perdasdevidas a rugosidade ou porosidade da superfície, tipode geometria das peças, método de aplicação utilizado,condições de aplicação, espessura excessiva da películaaplicada, diluição em excesso e/ ou técnicas do aplicador

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• Potência: 3 a 500 CV• Carcaças: 90S a 355M/L

• Polaridade: II, IV, VI e VIII pólos• Tensões: 220/380 V (até a carcaça 200L) e220/380/440 V (a partir da carcaça 225S/M)

Atributos da linha Wmining

CARACTERÍSTICAS

mos que está intacto, concluímos que foi tudo bem. Seráque foi mesmo?

É exatamente esta execução mecânica das rotinas que astorna perigosas, pois nos acostumamos com elas de tal modoque começamos a achar tudo NORMAL. E para que precisa-mos melhorar algo normal, se é NORMAL?! Até o dia emque uma situação adversa ao cotidiano nos permite consta-tar o óbvio e acabamos descobrindo uma solução inovado-ra para os problemas. Neste instante, passamos a enxergarnovamente tudo aquilo que a rotina nos ocultou. Aquiloque era “normal” volta a ser tratado de maneira especial,buscando uma melhoria contínua.

Nos segmentos de mineração e cimenteiro, por exem-plo, o ambiente tem poeira, umidade e detritos de minérios.Estes elementos causam defeitos nos equipamentos. Mascom a rotina sua percepção não é perfeitamente detectada.Motores que apresentam defeitos em três, seis meses ouum ano como conseqüência do meio onde estão aplicados.Mas será normal um motor com vida útil média estimadaentre 10 e 20 anos sofrer um dano com apenas alguns me-ses de funcionamento?

Se fizermos um levantamento dos defeitos ocorridos nes-tes motores vamos observar que os principais são: danos

nos rolamentos, curtos entre espiras e so-breaquecimento. Ao nos aprofundarmosna causa destes defeitos, identificamos:poeira e umidade do ambiente, uso inde-

vido e sobrecarga. Resumin-do, produto ina-dequado para aaplicação.

• Motor Alto Rendimento Plus para um melhor desempe-nho e uso racional de energia.

• Resistência de aquecimento para evitar a condensaçãodo ar no interior do motor, quando não estiver em ope-ração.

• Ventilador e Tampa Defletora em ferro fundido, garan-tindo robustez ao motor.

• Caixa de ligação adicional (a partir da carcaça 160), pro-porcionando maior espaço para as conexões elétricas.

• Protetor térmico bimetálico para desligamento, ofere-cendo proteção extra ao bobinado do motor.

• Plano de pintura WEG 203A, cor Laranja Segurança(Munsell 2.5 YR 6/14).

• Exclusivo sistema de isolamento WISE (WEG InsulationSystem Evolution), com fio esmaltado WEG 200º, pró-prio para aplicações em ambientes agressivos com pre-sença constante de umidade e gases nocivos, permitin-do inclusive a operação com inversores de freqüência.

• Sistema de vedação W3 Seal, que oferece máxima pro-teção contra entrada ou acúmulo de impurezas ou líqui-dos, garantindo grau de proteção IP66.

• Sistema de relubrificação por pressão positiva com pinograxeiro e válvula de expurgo automático, permitindo arelubrificação dos mancais dianteiro e traseiro em servi-ço (a partir da carcaça 160).

• Isolamento classe “F” com sobrelevação de temperatu-ra de 80º K, proporcionando maior resistência a tempe-ratura elevadas e prolongando a vida útil do motor.

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Sem fungo, tanque limpo

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Um problema comum nas empre-sas do setor sucro-alcooleiro é o es-curecimento dos tanques, provocadopela ação de fungos. Com o escure-cimento há uma maior absorção decalor, aumentando a evaporação doálcool. Ou seja: além do aspecto de-sagradável, a usina ainda tem prejuí-zo com a perda de seu produto.

Para solucionar este problema, aWEG desenvolveu a tinta LackthaneAntifungo 0508. A pintura com esteproduto protege o tanque contra aação dos fungos comuns ao ambien-te. Assim, os tanques sempre estãocom a pintura original e não há per-da de álcool por evaporação.

Um bom exemplo desta aplicaçãoestá na Destilaria Giasa, em Pedras deFogo, estado da Paraíba. Empresa do

Grupo Tavares de Melo, a Giasa foifundada em 1971, como a primeiradestilaria autônoma do país, e sem-pre se dedicou exclusivamente à fa-bricação de álcool.

Para a Destilaria Giasa, a WEG for-neceu tinta para a pintura de um tan-que de 10.000 metros cúbicos. “A par-ceria da WEG com o Grupo Tavares deMelo já dura há um bom tempo, e nos-sa empresa utiliza motores, componen-tes elétricos, inversores de freqüência,chaves de partida Soft Starter e gera-dores de energia”, explica o gerente in-dustrial da Giasa, José Ivo de Moraes.

Avanço tecnológico

Para a WEG, este fornecimnto re-presenta mais um avanço tecnológi-

Nova tinta WEG garante imunização de tanques de usinas contra a ação de fungos

Para especificar, é precisoconhecer a aplicação

A durabilidade do motor depende de suacorreta especificação e manutenção periódi-ca adequada. Para especificar corretamenteum motor para os segmentos de mineraçãoe cimenteiro, é preciso conhecer muito bema aplicação, o ambiente do local de instala-ção e as falhas que este provoca.

A grande quantidade de poeira pode pe-netrar nos rolamentos e contaminar a graxa,danificando-os. Para evitar este problema, bas-ta especificar como proteção do mancal um labi-rinto taconite ou o labirinto W3 Seal, que oferece aoproduto a máxima proteção para esta aplicação.

A umidade pode penetrar no motor, provocando curtode espiras no enrolamento. A especificação do grau de pro-teção adequado é fundamental. Seguindo a especificaçãodo mancal com W3 Seal, indicamos IP66.

O sobreaquecimento é provocado por uso indevido, ex-cesso de partidas, obstrução da ventilação, falta de fase,sub ou sobretensão. O problema pode ser evitado com ainstalação de uma proteção térmica no enrolamento, esco-lhida entre termostato, termistor ou termorresistência.

Identificadas as principais causas de falhas, aceitas comoinerentes ao processo, e com o objetivo de aumentar a asserti-vidade na hora da aquisição de motores elétricos com a garan-tia da especificação adequada para as aplicações, a WEG dis-ponibiliza no Brasil a linha W-Mining de motores especialmen-te desenvolvida para o segmento de mineração e cimento.

Os motores Wmining, além de serem alto rendimento,possuem vários atributos incorporados como padrão de li-nha, imprescindíveis para estes segmentos, tais como graude proteção IPW66, mancais com proteção especial W3 Seal,termostato no enrolamento, tampa defletora em ferro fun-dido (propiciando maior resistência a impactos), enrolamentocom o exclusivo fio esmaltado overcoat - sistema de isola-mento WISE (WEG Insulation System Evolution), WISE (WEGInsulation System Evolution), eficaz para aplicações em am-bientes agressivos com presença de umidade e apto paraoperação com inversores de freqüência e plano de pinturaWEG 203A na cor Laranja Segurança.

Transformar energia em solução também é simplificar efacilitar a rotina de nossos clientes.

Tanque da Destilaria Giasa pintado com tinta antifungo; ao fundo, tanques sem tinta antifungo

co. “A WEG, em sua divisão de Tin-tas, busca diferenciais de produtos etecnologias para aumentar a prote-ção anticorrosiva e diminuir, nestecaso específico, a perda de álcool”,diz o analista de Vendas Técnicas Mar-celo Luis Campregher.

A parceria entre WEG e Giasa co-meçou exatamente em função des-te produto. “A Giasa é um clienteimportante para a WEG; o sucessoda tinta antifungo utilizada na des-tilaria tem servido, inclusive, de re-ferencia para outras empresas dosegmento”, completa Campregher.

Para o chefe de Vendas TécnicasAdilson César Demathe, o diferencialda Giasa é acreditar em novas tecno-logias e investir em produtos de pon-ta no mercado brasileiro.

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Nova linha decapacitores

O mercado de transformadores de força tem crescidorapidamente, exigindo agilidade dos fabricantes, em buscade competitividade. A WEG, trabalhando em muitos negóci-os de grande porte ao mesmo tempo, está preparada paraesta exigência. A empresa tem investido em sua divisão detransformadores, ampliando as instalações e aplicando tec-nologias modernas. O objetivo é atender à demanda domercado, com prazos de entrega mais curtos. Antes da am-pliação da fábrica, a WEG fornecia seis peças de grande por-te por mês. Agora, são de 20 a 24 peças, com a previsão de

chegar a até 30 peças/mês quando todo o projeto de ampli-ação estiver concluído.

Dentro desta estratégia de crescimento continuado nomercado de máquinas de maior complexidade, a WEG con-cluiu, no início deste ano, a fabricação dos primeiros trans-formadores que compõem o fornecimento para a Alusa -CTEEP (Cia. de Transmissão de Energia Elétrica Paulista). Sãoquatro transformadores de 133 MVA, para formação de umbanco de transmissão de 400 MVA, além de um equipa-mento reserva.

WEG inova no mercado detransformadores de força

Participantes do evento, em frente ao transformador

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No segmento de linha branca, aWEG oferece uma linha de capacito-res de polipropileno metalizado paramotores, e está lançando duas linhasde capacitores específicos para a áreade iluminação. A linha CMRW é des-tinada a motores, enquanto as linhasCILW e CLAW são para iluminação.

Os capacitores CILW visam princi-palmente a área de iluminação públi-ca, enquanto a linha CLAW é formadapor capacitores destinados a reatoresde lâmpadas fluorescentes, com pos-sibilidade de opcionais como resistorde descarga incorporado.

Os capacitores WEG têm comoprincipais características a alta confi-abilidade, são auto-regenerativos, têmbaixas perdas e volume reduzido.

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Menos de um ano após o início dasoperações, a WEG Amazônia se destacacom sua fábrica moderna e atualizada,com o que há de melhor no mundo emtecnologia de fabricação de motorespara condicionadores de ar. Quando aWEG se decidiu pela instalação de umaunidade industrial na Zona Franca deManaus, o objetivo era agregar valor aoproduto, indo para perto dos principaisfabricantes do setor - do qual a WEG élíder de um mercado onde atua há maisde 30 anos.

Os próprios fabricantes solicitarama instalação de uma unidade naquelelocal. “A Zona Franca deManaus está se tornandoum verdadeiro cluster defabricantes de ar condici-onado. E o Brasil pode setornar um pólo exporta-dor de condicionadoresde ar”, diz o presidenteexecutivo da WEG, Décio da Silva.

WEG Amazônia leva o produto para perto dos fabricantes

Bem pertodo cliente

As atividades da nova fábrica, queteve um investimento de R$ 30 milhões,começaram no segundo semestre de2005, com cerca de 50 colaboradores.Hoje a unidade conta com uma forçade 116 colaboradores, mas o total su-birá para 160 quando a fábrica estiveroperando em dois turnos. A previsão échegar a uma produção anual de1.000.000 de motores em 2008.

Os principais clientes atendidos pelaWEG Amazônia são Climazon Industri-al (Carrier), LG Eletronics, Electrolux,Gree, Multibras e Elgin (todos na fabri-cação de condicionadores de ar).

A unidade amazonense trou-xe uma significativa melhoria emtermos de logística, facilitandoem vários aspectos, especialmen-

te a redução do prazode entrega. Agora osclientes podem traba-

lhar com menores estoques, uti-lizando o sistema just in time.

O fornecimento acabou se tornando um evento de grandeporte, reunindo pessoal especializado de todo o país, no dia14 de março, em Blumenau/SC. Na oportunidade, os técnicospuderam discutir questões relacionadas à especificação e ope-ração desse tipo de equipamento com os especialistas da WEG,entre eles o engenheiro Wanderley Bechara. Com mais de 30anos de experiência, Bechara é um dos maiores nomes brasilei-ros na área. Além da Alusa - CTEEP, participaram representan-tes da Celesc, Cemig, Chesf, Duke Energy, Eletronorte, Eletro-sul, Furnas, Enelpower/Novatrans e Tractebel.

“As peculiaridades técnicas destes transformadores fizeramcom que o tamanho das máquinas ficasse extremamente avan-tajado. Comparativamente, isto significa que este banco é equi-valente a um outro com o dobro da potência”, explica Becha-ra. Estes transformadores têm três estágios de refrigeração (80/106/133 MVA). A alta tensão em 345 kV dispõe de duas regu-lações: uma em vazio e a outra sob carga. A média tensãopode operar em 145 kV, e ser religada para fornecer 88 kV. Parafinalizar o arranjo, há ainda um terciário em 34 kV, com umreator limitador de correntes de curto-circuito.

“Uma das principais determinantes do grau de dificuldadena concepção destes equipamentos, e a causa mais relevantepara o aumento das dimensões das máquinas, foi o valor ex-

tremamente reduzido das perdas máximas admissíveis. Estacaracterística praticamente dobrou a massa de matéria-primanecessária para a fabricação de um produto similar, com refle-xo direto no agigantamento dimensional”, prossegue Wan-derley Bechara.

Este tipo de equipamento era geralmente fabricado combobinas em apenas uma coluna do conjunto magnético. Da-dos os patamares dos valores máximos pactuados para estecaso, os enrolamentos foram distribuídos nas duas estruturasverticais do núcleo, para possibilitar o atendimento destas exi-gências específicas. O elemento fundamental para o êxito des-te projeto, segundo Bechara, é que todas as etapas foram mi-nuciosamente analisadas através de diversas simulações. Dis-tribuição de campo elétrico, esforços de curto-circuito, reparti-ção de impulso e implicações térmicas, entre outras, são análi-ses executadas de uma forma cabal e extremamente rápida,com a utilização dos modernos e completos recursos de sof-tware que a WEG vem adquirindo de diversas partes do mun-do.

Este projeto é mais um marco para evidenciar que a em-presa agora conta com ferramentas de concepção, fabricaçãoe controle de qualidade que a colocam como um dos maioresfabricantes nacionais do setor.

Fábrica da WEG Amazônia, na Zona Franca (acima);à direita, detalhe da linha de produção

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Na foto à esquerda, aampliação da Bobinagem;abaixo a Preparação deTanques; à direita o layoutda fábrica, com as áreasexistentes (em ocre), asampliadas (azul) e o queestá em obras (vermelho).No total, a unidade vaificar com 27.465 metrosquadrados, resultado deum investimento de R$ 10milhões

Bobinagemde Força

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CaldeirariaDistribuição

Meia força

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Desde que, pela primeira vez, um

homem pré-histórico deduziu que uma

plantação poderia ser melhor se o solo

fosse mais adequado; que em deter-

minadas regiões havia mais abundân-

cia de caça; que as mulheres de outra

tribo eram mais férteis; que no outro

lado do rio havia mais fartura de fru-

tas; que uma caverna maior seria mais

apropriada para seu clã... A partir de

então começou a competição.

E por quê?

Porque o solo mais adequado seria

de quem o demarcasse antes; a boa

caça era de quem chegasse primeiro

aos campos; as mulheres pertenciam

ao próximo; o outro lado do rio exigia

uma corrida contra concorrentes; e a

caverna estava ocupada por animais

ferozes. Era tudo uma questão de che-

gar primeiro, ser mais forte, mais rápi-

do, mais ágil, mais corajoso... Mais

competitivo.

E não parou mais...

Como colocar o espírito de competi-ção a favor do desenvolvimento,pessoal e coletivo?

Mais do que competir, uma das ca-racterísticas do homem sempre foicooperar. O que ativa o desenvolvi-mento é a capacidade de observare aceitar as diversidades. E diferen-ciação é diferente de competição. Adiversidade faz o desenvolvimento,tanto que Charles Darwin identifi-cou esta característica até entre osanimais. Aqueles que saltavam maisalto ou que corriam mais se desen-volveram mais. E isto não era com-petição, mas diferenciação. A era in-dustrial pasteurizou as pessoas, es-tabelecendo competição predadora.

O que uma empresa precisa para sercompetitiva?

Uma organização tem que estabe-lecer seu foco em três públicos: ocliente, o colaborador (incluindofuncionários, fornecedores, presta-dores de serviço etc.) e o acionista.Este foco é uma causa maior, e aempresa se torna competitiva quan-do ela é a preferida de seus públi-cos.

Como a Constelação de Valor pode

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ajudar uma organização a ser maiscompetitiva?

A Constelação de Valor é um siste-ma referencial criado no Instituto deMarketing Industrial, há cerca de 20anos. Ele estabelece oito "estrelas"interligadas entre si: utilidades nofoco do cliente, clientes satisfeitos,recursos produtivos, evolução deli-berada, talentos realizados, condu-ta ética exemplar, lucro admirávelmerecido e relações significativascom os clientes. O nível de atraçãodas empresas que se utilizam des-tas "estrelas" faz com que apareçaum verdadeiro Campo de Valor emsua volta, capaz de atrair os melho-res como seus clientes.

As empresas brasileiras já encontra-ram o caminho da competitividade?

Muitas organizações já encontrarameste caminho, aliando três vérticesde um triângulo: conhecimento (sa-ber agir), motivação para fazer bemfeito (querer agir) e disciplina (po-der agir).

Como estão nossas empresas em ter-mos de inovação tecnológica?

Elas ainda estão muito reféns da tec-nologia inútil, a que busca apenas

A chave é a cooperaçãoMais que competir, o que leva

o homem adiante é cooperar. Aafirmação é do consultor José

Carlos Moreira Teixeira, presiden-te do Instituto de Marketing

Industrial, presidente do Conse-lho Editorial da revista Marketing

Industrial, diretor da JCTMMarketing Industrial, professor daEAESP/ Fundação Getúlio Vargas e

da Fundação Dom Cabral. Nestaconversa com WR, Teixeira

Moreira analisa a competitividadea serviço do desenvolvimento.

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sofisticação. Inovação tem tudo aver com equação, e nada com sofis-ticação. Equacionar é buscar a tec-nologia mais adequada, aquela in-dicada pela pesquisa e desenvolvi-mento, área na qual ainda falta in-vestir mais. A sofisticação apenasaumenta o custo.

O governo oferece meios suficientespara que o setor produtivo alcanceníveis ideais de competitividade?

Não, pelo contrário, até desestimu-la. É só ver o quanto as nações emer-gentes vêm crescendo nos últimosanos, e o baixo índice de crescimen-to do Brasil no ano passado. O go-verno precisa estimular mais o se-tor produtivo, e isto passa por mu-danças na política econômica.

O que falta para o Brasil deixar deser o "país do futuro"?

Agir como uma empresa, aplicandoo mesmo triângulo: conhecimento,motivação e disciplina. Tudo come-ça na educação. A disciplina é umreflexo da seriedade pública. Quan-do mais seriedade uma empresa de-monstra em sua cúpula diretiva,mais motivação vai haver entre osempregados. Isso vale para a nação.

E uma pessoa, como pode ser maiscompetitiva no trabalho e na comu-nidade, sem ser predadora?

Competindo pela cooperação. Apartir do momento em que umapessoa demonstra cooperação, elagera um clima de segurança em suavolta, melhora a auto-estima dequem está ao lado e resgata o am-biente de justiça. A melhor formade cooperar é compartilhar conhe-cimentos. Se eu te der 100 reais,você vai ficar com 100 e eu commenos 100. Porém, se eu te ensinar100 coisas, você vai saber 100 coi-sas novas e eu vou ficar com 130,pois ao ensinar também estouaprendendo.

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Ser competitivo é...

( x ) SER MAIS FORTE ( x ) REALIZAR SONHOS( x ) SER COOPERATIVO( x ) SER O PREFERIDO( x ) SER MAIS RÁPIDO

Abre parêntese: para continuar a leitura,

você deve primeiro responder às questões do

nosso Teste de Competitividade.

Para responder, acesse agora mesmo

www.weg.net, clique no link WEG em Revista e

depois no ícone à direita. Responda, identifique-

se e torça; os primeiros acertadores de todas as

questões ganham um brinde exclusivo.

Fecha parêntese.

Aqui, no alto da página, você jápercebeu que o teste da capa não temuma resposta só. As cinco opções es-tão corretas. Para ser competitivo, por-tanto, é necessário ter todas aquelascaracterísticas.

A quinta delas, “realizar sonhos”,remete aos versos da canção “Reach”,imortalizada nas Olimpíadas de Barce-lona, em 1996. A música fala de alguns

ROBERTO SZABUNIA

( )

sonhos que vivem para sempre no tem-po, “Aqueles sonhos que você anseiacom todo o coração”. Voando alto,você será forte e realizará teus sonhos.

Aliás, você lembra quem cantavaaquela música na abertura das Olim-píadas? Foi aquela cantora...

Como é mesmo o nome dela? Estaé questão 1 do Teste de Competivida-de. Leia abaixo.

Voar e realizar sonhos

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MedalhasOs Jogos Olímpicos são, sem dúvi-

da, uma das melhores demonstraçõesde competitividade do ser humano,desde... Desde quando, mesmo? (Ques-tão 2 do Teste da Competitividade).

Nos Jogos Olímpicos o físico e amente do ser humano são postos àprova da maneira mais intensa (e, mui-tas vezes, dolorida). Ser mais rápido,mais forte, mais ágil. Superar marcaspróprias e alheias, marcar o nome nopanteão dos heróis, antigos e moder-nos.

No início os Jogos consistiam ape-nas de corridas – e só para homens, jáque a competição era uma homena-gem a Zeus, o “machão” deus grego.As mulheres só podiam assistir às cor-ridas de biga, quando elas foram in-troduzidas nos Jogos.

Tanto esforço era recompensado.Com dinheiro? Medalhas? Proprieda-des? Nada disso. Os vencedores erampremiados com simples coroas feitas de

ramos de oliveira, a árvore que fornecea deliciosa azeitona e o não menos gos-toso azeite. Um prêmio efêmero, poisas coroas, feitas de ramos arrancadosdas árvores, logo perdiam seu viço emurchavam, como qualquer vegetal.

Mas não era a coroa de louros ouqualquer prêmio que importava. Os atle-tas vitoriosos se tornavam verdadeirascelebridades, e era comum terem rega-lias, como comida grátis ou lugar reser-vado na primeira fileira dos teatros.

A competitividade se tornou aindamais ferrenha quando os conquistado-res romanos passaram a participar dasOlimpíadas. O problema é que os atle-tas de Roma pareciam ser mais com-petitivos que os gregos, que acabaramse desinteressando. No império de Neroos “atletas” eram escravos, que com-petiam contra leões e outras feras. Oprêmio, neste caso, era a própria vida.

Em 393 dC, finalmente, o impera-dor romano (questão nº 3) baixou umdecreto abolindo os Jogos. Até que, em1892, um aristocrata francês chamado(pergunta nº 4) reavivou o espírito dasantigas Olimpíadas, imortalizando seuslogan “O importante é competir”.

Hoje, com o profissionalismo, com-

petir significa o sucesso na carreira. Asmedalhas são um símbolo de outrosganhos mais materiais para os atletas.Porém, ainda que os objetivos sejamoutros, a competitividade continua sen-do o elemento condutor desta energia.

ConquistasAo longo do tempo, o ser humano

foi progredindo e aperfeiçoando omodo de vida. Veio a Idade Média,quando o artesanato e a agriculturarudimentares se desenvolviam lenta-mente. A competitividade, então, seaplicava mais às habilidades guerreiras,à capacidade de reunir poderosos exér-citos e expandir fronteiras, conquistan-do o que fosse possível. Os senhores(teste nº 5) envolviam-se em guerraspara aumentar suas terras e o poder.

O início histórico da Idade Média émarcado pelas invasões germânicas, noséculo V, sobre o Império Romano doOcidente. Essa época estende-se até oséculo XV, com a retomada comerciale o renascimento urbano. A Idade Mé-dia caracteriza-se pela economia rura-lizada, enfraquecimento comercial, su-premacia da Igreja Católica, sistema deprodução feudal e sociedade hierarqui-zada.

Para você, o que é?WR perguntou a seis personalidades o que entendem por competitividade.

“Ser competitiva, pra mim, é condição pra crescer, en-frentar desafios e querer vencê-los, su-perando os infinitos desafios diári-os. Ser competitiva é não estar aco-modada, é saber das suas potencia-lidades e usá-las, ser confiante eousada. Resumindo: é estar navida, guerreando com as ar-mas que se tem, para, nomínimo, ter chance dese realizar e ser fe-liz.”Leila Pinheiro,cantora

“Competitividade é brigapor território, está nos genesdos nossos trisavós babuínos.Quem se destaca comanda obando, compra um Audi eleva a gostosona pra pro-criar no motel mais pró-ximo. Até que pinteum mais forte comuma Ferrari.”Caco Galhardo,cartunista, criadordos “Pescoçudos”

“A competitividade nada mais éque uma disputa limpa, leal e

saudável, onde se procura almejar aperfeição, mesmo sendo estaimpossível, ao menos o mais

próximo dela. Ser competitivo éestar preparado, apto para enfrentar

o desafio, sabendo respeitar oadversário, na vitória ou no fracasso.

Entretanto, fracassando, acompetição não se encerra, apenas

inicia-se um novo ciclo rumo aotriunfo. Já na vitória, a competição é

constante perante você mesmo.”Eduardo Fischer, nadador

BETI

NIE

MEY

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“É uma qualidade. Quemtem competitividade está sem-pre buscando superar os limitesda melhor maneira possível, nãodesistindo nunca de alcançar osobjetivos. Fazendo o seu melhorvocê estará sendo, ou buscan-do, a competitividade. Ser com-petitivo é ser exemplo de quali-

dade, união, força esuperação.”Mário JorgeLobo Zagallo,auxiliar técnico

da Seleção

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Nos dias de hoje, competitividade écondição de sobrevivência. Mais do quesimplesmente disputar, gosto da palavrano sentido de ´ser da competência´, de

estar preparado para cumprir umamissão, não importa qual seja a sua áreade atuação. Portanto, ser competitivo,para mim, está ao alcance de qualquer

um que esteja disposto a trabalhar durocom muita dedicação.

Robert Scheidt, velejador”“ SATIRO SODRÉ/ DIVULGAÇÃO/ CBDA

“Ser competitivo é desenvolver umtrabalho interessante e diferente, paracom ele fazer a diferença no mercado

de trabalho. Seja qual for o trabalho ouo mercado que a pessoa queira

arrebatar. Ser competitivo significasaber jogar limpo, ou seja, deixar ovalor do trabalho falar por você.”

Daniela Escobar, atriz

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NA INTERNET: www.wikipedia.org

NO CINEMA: Cruzada (Kingdom of Heaven, EUA/ING/ ESP 2005, dir. Rid-ley Scott, com Orlando Bloom e Liam Neeson; na Idade Média, após perderesposa e filho, um ferreiro decide seguir seu pai e dedicar a vida para defendera Terra Santa nas Cruzadas)

Tempos Modernos (Modern Times, EUA 1936, dir. Charles Chaplin, comChaplin e Paulette Godard; na história de um operário de linha de montagemque é levado à loucura pela “monotonia frenética” do trabalho, Chaplin satiri-za as linhas de montagem e a crise do início do século passado)

LITERATURA: COUTINHO, Luciano - Estudo da Competitividade da Indús-tria Brasileira. Campinas, Papirus, 1994

“A era industrial pasteurizou as pessoas,estabelecendo formas de competição preda-doras”, diz o consultor José Carlos Moreira Tei-xeira, presidente do Instituto de Marketing In-dustrial (veja entrevista com Moreira Teixeira

nesta edição, na página 13).O grande lega-

do da Revolu-ção Industrial

foi o salto tec-nológico, especi-almente nos

transportes enas máquinas.As máquinas avapor revolu-cionaram o

modo de produzir.Isto também produziu o

lado predador do sistema, ci-tado por José Carlos Moreira Tei-

xeira: as máquinas substituíram aforça braçal, provocando desem-

prego.E quem tinha emprego precisa-

va se sujeitar a péssimas condiçõesde trabalho, em ambientes insalu-bres, salários baixos, carga horáriaexcessiva. Essa situação persistiu atéo início do século XX, como podeser conferido no antológico filme“Tempos Modernos”, do imortal(pergunta nº 9; essa foi de graça,convenhamos).

ModernidadeO século XX foi o mais produtivo

e competitivo da História. O planetachegou ao primeiro bilhão de habitan-

PRODUTIVIDADE +

QUALIDADE +

COOPERAÇÃO =

COMPETITIVIDADE

Tubarão no tanqueJá se tornou conhecido, graças principalmente à internet, o case

dos peixes japoneses. Todos sabem que a preferência gastronômicano Japão é peixe fresco, algo que eles não encontram mais em suacosta há décadas. Assim, os japoneses aumentaram o tamanho dosnavios pesqueiros e começaram a pescar cada vez mais longe. Quantomais distante, menor a possibilidade de o peixe chegar fresco. E osjaponeses não apreciam pescado velho (ninguém merece, na verda-de).

Aí as empresas de pesca instalaram frigoríficos nos barcos. Ago-ra os pesqueiros podiam ir mais longe e ficar por muito mais tempoem alto mar. Entretanto, os japoneses também não apreciaram osabor de peixe congelado.

Então as pesqueiras instalaram tanques nos navios, para voltarcom os peixes vivos. Mas, à medida que ficavam nos tanques pormuitos dias, os peixes diminuíam suas atividades até o ponto de nãose mover mais. Quando chegavam ao Japão estavam vivos, porém,cansados e abatidos. E os japoneses notavam a diferença entre osabor do peixe fresco e o do peixe morto-vivo que vinha nos tan-ques.

Hoje as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixesem tanques nos barcos. Só que eles também põem um pequenotubarão em cada tanque. O tubarão acaba comendo alguns peixes,só até se saciar, mas a maioria chega bem viva, sem aparência apá-tica. Os peixes são desafiados, eles precisam ficar o tempo todoatentos ao tubarão. Eles se tornam mais competitivos.

Esse case serve para encerrar uma preciosa lição: de vez em quan-do, jogue um tubarão no seu tanque, sinta-se desafiado, não deixede buscar a competitividade.

PARA

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A competitividade se media pela quanti-dade de terras que cada um conseguia amea-lhar. Quanto mais propriedades, mais poder.Neste ponto, ninguém era mais competitivoque a Igreja Católica, dona de imensas quan-tidades de terra e “patroa” de servos que ne-las trabalhavam.

A educação era para poucos,pois só os filhos dos nobres es-tudavam, sempre sob influênciada Igreja. Grande parte da popu-lação medieval era analfabeta.

A competitividade dos euro-peus foi posta à prova no séculoXI, quando os muçulmanos con-quistaram a cidade sagrada de(questão nº 6). Foi então queo papa Urbano II convocoua Primeira (perguntanº 7), em 1096, para ex-pulsar os “infiéis” da Ter-ra Santa. Em dois séculosde escaramuças, as Cruzadasdeixaram milhares de mortos eum grande rastro de destrui-ção.

A indústriaNo século XVIII começa a Revolução Indus-

trial, na (em que paísfoi mesmo? Essa é

a questão nº 8),com a mecaniza-ção dos sistemasde produção. É achamada IdadeModerna.

A populaçãocrescia, a avidezpor lucros au-mentava na mes-

ma proporção, e era necessário produzir emmaior quantidade e mais rápido, a custosmenores. Algo, por sinal, não muito diferentedos dias de hoje. A diferença é que, atualmen-te, há uma consciência de que competitivida-de não significa preço baixo. Só que na épocada Revolução Industrial não se pensava assim.A burguesia industrial tinha uma conta assim:

PRODUÇÃOPRODUÇÃOPRODUÇÃOPRODUÇÃOPRODUÇÃO

MAIORMAIORMAIORMAIORMAIOR

+ rapidez

- custos

= lucro

tes, cresceu a necessidade de alimentar e em-pregar cada vez mais gente, a tecnologia sedesenvolveu rapidamente, veio a corrida es-pacial, o homem chegou à Lua em (pergunta10, mais uma moleza).

Mas tudo sempre foi marcado pela com-petitividade. A diferença é que a cooperaçãotambém cresceu. As pessoas perceberam que,associadas e aliadas, teriam condições de pro-

duzir mais e melhor, sem pre-dação. Surgiram os blocos

econômicos, as fronteirascomeçaram a cair, pa-

íses emergentespassaram a se

destacar.

E o ho-mem trans-f o r m o ua q u e l aequação daRevoluçãoIndustrial,que ficou assim:

É bom lembrar, só para voltar ao início des-sa história, que vestígios do período neolíticoindicam uma mudança nos métodos de cole-ta de alimentos. Se antes tudo era caça, pescae coleta, no período surgiram os métodos decriação de animais domésticos e a agricultu-ra. O neolítico é tido como uma era pacífica,em que as fortificações e cercas serviam maispara manter os animais de criação confina-dos e as plantações protegidas. Nossos ances-trais já sabiam como ser competitivos sem serpredadores.

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NO CINEMA: Cruzada (Kingdom of Heaven, EUA/ING/ ESP 2005, dir. Rid-ley Scott, com Orlando Bloom e Liam Neeson; na Idade Média, após perderesposa e filho, um ferreiro decide seguir seu pai e dedicar a vida para defendera Terra Santa nas Cruzadas)

Tempos Modernos (Modern Times, EUA 1936, dir. Charles Chaplin, comChaplin e Paulette Godard; na história de um operário de linha de montagemque é levado à loucura pela “monotonia frenética” do trabalho, Chaplin satiri-za as linhas de montagem e a crise do início do século passado)

LITERATURA: COUTINHO, Luciano - Estudo da Competitividade da Indús-tria Brasileira. Campinas, Papirus, 1994

“A era industrial pasteurizou as pessoas,estabelecendo formas de competição preda-doras”, diz o consultor José Carlos Moreira Tei-xeira, presidente do Instituto de Marketing In-dustrial (veja entrevista com Moreira Teixeira

nesta edição, na página 13).O grande lega-

do da Revolu-ção Industrial

foi o salto tec-nológico, especi-almente nos

transportes enas máquinas.As máquinas avapor revolu-cionaram o

modo de produzir.Isto também produziu o

lado predador do sistema, ci-tado por José Carlos Moreira Tei-

xeira: as máquinas substituíram aforça braçal, provocando desem-

prego.E quem tinha emprego precisa-

va se sujeitar a péssimas condiçõesde trabalho, em ambientes insalu-bres, salários baixos, carga horáriaexcessiva. Essa situação persistiu atéo início do século XX, como podeser conferido no antológico filme“Tempos Modernos”, do imortal(pergunta nº 9; essa foi de graça,convenhamos).

ModernidadeO século XX foi o mais produtivo

e competitivo da História. O planetachegou ao primeiro bilhão de habitan-

PRODUTIVIDADE +

QUALIDADE +

COOPERAÇÃO =

COMPETITIVIDADE

Tubarão no tanqueJá se tornou conhecido, graças principalmente à internet, o case

dos peixes japoneses. Todos sabem que a preferência gastronômicano Japão é peixe fresco, algo que eles não encontram mais em suacosta há décadas. Assim, os japoneses aumentaram o tamanho dosnavios pesqueiros e começaram a pescar cada vez mais longe. Quantomais distante, menor a possibilidade de o peixe chegar fresco. E osjaponeses não apreciam pescado velho (ninguém merece, na verda-de).

Aí as empresas de pesca instalaram frigoríficos nos barcos. Ago-ra os pesqueiros podiam ir mais longe e ficar por muito mais tempoem alto mar. Entretanto, os japoneses também não apreciaram osabor de peixe congelado.

Então as pesqueiras instalaram tanques nos navios, para voltarcom os peixes vivos. Mas, à medida que ficavam nos tanques pormuitos dias, os peixes diminuíam suas atividades até o ponto de nãose mover mais. Quando chegavam ao Japão estavam vivos, porém,cansados e abatidos. E os japoneses notavam a diferença entre osabor do peixe fresco e o do peixe morto-vivo que vinha nos tan-ques.

Hoje as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixesem tanques nos barcos. Só que eles também põem um pequenotubarão em cada tanque. O tubarão acaba comendo alguns peixes,só até se saciar, mas a maioria chega bem viva, sem aparência apá-tica. Os peixes são desafiados, eles precisam ficar o tempo todoatentos ao tubarão. Eles se tornam mais competitivos.

Esse case serve para encerrar uma preciosa lição: de vez em quan-do, jogue um tubarão no seu tanque, sinta-se desafiado, não deixede buscar a competitividade.

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A educação era para poucos,pois só os filhos dos nobres es-tudavam, sempre sob influênciada Igreja. Grande parte da popu-lação medieval era analfabeta.

A competitividade dos euro-peus foi posta à prova no séculoXI, quando os muçulmanos con-quistaram a cidade sagrada de(questão nº 6). Foi então queo papa Urbano II convocoua Primeira (perguntanº 7), em 1096, para ex-pulsar os “infiéis” da Ter-ra Santa. Em dois séculosde escaramuças, as Cruzadasdeixaram milhares de mortos eum grande rastro de destrui-ção.

A indústriaNo século XVIII começa a Revolução Indus-

trial, na (em que paísfoi mesmo? Essa é

a questão nº 8),com a mecaniza-ção dos sistemasde produção. É achamada IdadeModerna.

A populaçãocrescia, a avidezpor lucros au-mentava na mes-

ma proporção, e era necessário produzir emmaior quantidade e mais rápido, a custosmenores. Algo, por sinal, não muito diferentedos dias de hoje. A diferença é que, atualmen-te, há uma consciência de que competitivida-de não significa preço baixo. Só que na épocada Revolução Industrial não se pensava assim.A burguesia industrial tinha uma conta assim:

PRODUÇÃOPRODUÇÃOPRODUÇÃOPRODUÇÃOPRODUÇÃO

MAIORMAIORMAIORMAIORMAIOR

+ rapidez

- custos

= lucro

tes, cresceu a necessidade de alimentar e em-pregar cada vez mais gente, a tecnologia sedesenvolveu rapidamente, veio a corrida es-pacial, o homem chegou à Lua em (pergunta10, mais uma moleza).

Mas tudo sempre foi marcado pela com-petitividade. A diferença é que a cooperaçãotambém cresceu. As pessoas perceberam que,associadas e aliadas, teriam condições de pro-

duzir mais e melhor, sem pre-dação. Surgiram os blocos

econômicos, as fronteirascomeçaram a cair, pa-

íses emergentespassaram a se

destacar.

E o ho-mem trans-f o r m o ua q u e l aequação daRevoluçãoIndustrial,que ficou assim:

É bom lembrar, só para voltar ao início des-sa história, que vestígios do período neolíticoindicam uma mudança nos métodos de cole-ta de alimentos. Se antes tudo era caça, pescae coleta, no período surgiram os métodos decriação de animais domésticos e a agricultu-ra. O neolítico é tido como uma era pacífica,em que as fortificações e cercas serviam maispara manter os animais de criação confina-dos e as plantações protegidas. Nossos ances-trais já sabiam como ser competitivos sem serpredadores.

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MedalhasOs Jogos Olímpicos são, sem dúvi-

da, uma das melhores demonstraçõesde competitividade do ser humano,desde... Desde quando, mesmo? (Ques-tão 2 do Teste da Competitividade).

Nos Jogos Olímpicos o físico e amente do ser humano são postos àprova da maneira mais intensa (e, mui-tas vezes, dolorida). Ser mais rápido,mais forte, mais ágil. Superar marcaspróprias e alheias, marcar o nome nopanteão dos heróis, antigos e moder-nos.

No início os Jogos consistiam ape-nas de corridas – e só para homens, jáque a competição era uma homena-gem a Zeus, o “machão” deus grego.As mulheres só podiam assistir às cor-ridas de biga, quando elas foram in-troduzidas nos Jogos.

Tanto esforço era recompensado.Com dinheiro? Medalhas? Proprieda-des? Nada disso. Os vencedores erampremiados com simples coroas feitas de

ramos de oliveira, a árvore que fornecea deliciosa azeitona e o não menos gos-toso azeite. Um prêmio efêmero, poisas coroas, feitas de ramos arrancadosdas árvores, logo perdiam seu viço emurchavam, como qualquer vegetal.

Mas não era a coroa de louros ouqualquer prêmio que importava. Os atle-tas vitoriosos se tornavam verdadeirascelebridades, e era comum terem rega-lias, como comida grátis ou lugar reser-vado na primeira fileira dos teatros.

A competitividade se tornou aindamais ferrenha quando os conquistado-res romanos passaram a participar dasOlimpíadas. O problema é que os atle-tas de Roma pareciam ser mais com-petitivos que os gregos, que acabaramse desinteressando. No império de Neroos “atletas” eram escravos, que com-petiam contra leões e outras feras. Oprêmio, neste caso, era a própria vida.

Em 393 dC, finalmente, o impera-dor romano (questão nº 3) baixou umdecreto abolindo os Jogos. Até que, em1892, um aristocrata francês chamado(pergunta nº 4) reavivou o espírito dasantigas Olimpíadas, imortalizando seuslogan “O importante é competir”.

Hoje, com o profissionalismo, com-

petir significa o sucesso na carreira. Asmedalhas são um símbolo de outrosganhos mais materiais para os atletas.Porém, ainda que os objetivos sejamoutros, a competitividade continua sen-do o elemento condutor desta energia.

ConquistasAo longo do tempo, o ser humano

foi progredindo e aperfeiçoando omodo de vida. Veio a Idade Média,quando o artesanato e a agriculturarudimentares se desenvolviam lenta-mente. A competitividade, então, seaplicava mais às habilidades guerreiras,à capacidade de reunir poderosos exér-citos e expandir fronteiras, conquistan-do o que fosse possível. Os senhores(teste nº 5) envolviam-se em guerraspara aumentar suas terras e o poder.

O início histórico da Idade Média émarcado pelas invasões germânicas, noséculo V, sobre o Império Romano doOcidente. Essa época estende-se até oséculo XV, com a retomada comerciale o renascimento urbano. A Idade Mé-dia caracteriza-se pela economia rura-lizada, enfraquecimento comercial, su-premacia da Igreja Católica, sistema deprodução feudal e sociedade hierarqui-zada.

Para você, o que é?WR perguntou a seis personalidades o que entendem por competitividade.

“Ser competitiva, pra mim, é condição pra crescer, en-frentar desafios e querer vencê-los, su-perando os infinitos desafios diári-os. Ser competitiva é não estar aco-modada, é saber das suas potencia-lidades e usá-las, ser confiante eousada. Resumindo: é estar navida, guerreando com as ar-mas que se tem, para, nomínimo, ter chance dese realizar e ser fe-liz.”Leila Pinheiro,cantora

“Competitividade é brigapor território, está nos genesdos nossos trisavós babuínos.Quem se destaca comanda obando, compra um Audi eleva a gostosona pra pro-criar no motel mais pró-ximo. Até que pinteum mais forte comuma Ferrari.”Caco Galhardo,cartunista, criadordos “Pescoçudos”

“A competitividade nada mais éque uma disputa limpa, leal e

saudável, onde se procura almejar aperfeição, mesmo sendo estaimpossível, ao menos o mais

próximo dela. Ser competitivo éestar preparado, apto para enfrentar

o desafio, sabendo respeitar oadversário, na vitória ou no fracasso.

Entretanto, fracassando, acompetição não se encerra, apenas

inicia-se um novo ciclo rumo aotriunfo. Já na vitória, a competição é

constante perante você mesmo.”Eduardo Fischer, nadador

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“É uma qualidade. Quemtem competitividade está sem-pre buscando superar os limitesda melhor maneira possível, nãodesistindo nunca de alcançar osobjetivos. Fazendo o seu melhorvocê estará sendo, ou buscan-do, a competitividade. Ser com-petitivo é ser exemplo de quali-

dade, união, força esuperação.”Mário JorgeLobo Zagallo,auxiliar técnico

da Seleção

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Nos dias de hoje, competitividade écondição de sobrevivência. Mais do quesimplesmente disputar, gosto da palavrano sentido de ´ser da competência´, de

estar preparado para cumprir umamissão, não importa qual seja a sua áreade atuação. Portanto, ser competitivo,para mim, está ao alcance de qualquer

um que esteja disposto a trabalhar durocom muita dedicação.

Robert Scheidt, velejador”“ SATIRO SODRÉ/ DIVULGAÇÃO/ CBDA

“Ser competitivo é desenvolver umtrabalho interessante e diferente, paracom ele fazer a diferença no mercado

de trabalho. Seja qual for o trabalho ouo mercado que a pessoa queira

arrebatar. Ser competitivo significasaber jogar limpo, ou seja, deixar ovalor do trabalho falar por você.”

Daniela Escobar, atriz

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Desde que, pela primeira vez, um

homem pré-histórico deduziu que uma

plantação poderia ser melhor se o solo

fosse mais adequado; que em deter-

minadas regiões havia mais abundân-

cia de caça; que as mulheres de outra

tribo eram mais férteis; que no outro

lado do rio havia mais fartura de fru-

tas; que uma caverna maior seria mais

apropriada para seu clã... A partir de

então começou a competição.

E por quê?

Porque o solo mais adequado seria

de quem o demarcasse antes; a boa

caça era de quem chegasse primeiro

aos campos; as mulheres pertenciam

ao próximo; o outro lado do rio exigia

uma corrida contra concorrentes; e a

caverna estava ocupada por animais

ferozes. Era tudo uma questão de che-

gar primeiro, ser mais forte, mais rápi-

do, mais ágil, mais corajoso... Mais

competitivo.

E não parou mais...

Como colocar o espírito de competi-ção a favor do desenvolvimento,pessoal e coletivo?

Mais do que competir, uma das ca-racterísticas do homem sempre foicooperar. O que ativa o desenvolvi-mento é a capacidade de observare aceitar as diversidades. E diferen-ciação é diferente de competição. Adiversidade faz o desenvolvimento,tanto que Charles Darwin identifi-cou esta característica até entre osanimais. Aqueles que saltavam maisalto ou que corriam mais se desen-volveram mais. E isto não era com-petição, mas diferenciação. A era in-dustrial pasteurizou as pessoas, es-tabelecendo competição predadora.

O que uma empresa precisa para sercompetitiva?

Uma organização tem que estabe-lecer seu foco em três públicos: ocliente, o colaborador (incluindofuncionários, fornecedores, presta-dores de serviço etc.) e o acionista.Este foco é uma causa maior, e aempresa se torna competitiva quan-do ela é a preferida de seus públi-cos.

Como a Constelação de Valor pode

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ajudar uma organização a ser maiscompetitiva?

A Constelação de Valor é um siste-ma referencial criado no Instituto deMarketing Industrial, há cerca de 20anos. Ele estabelece oito "estrelas"interligadas entre si: utilidades nofoco do cliente, clientes satisfeitos,recursos produtivos, evolução deli-berada, talentos realizados, condu-ta ética exemplar, lucro admirávelmerecido e relações significativascom os clientes. O nível de atraçãodas empresas que se utilizam des-tas "estrelas" faz com que apareçaum verdadeiro Campo de Valor emsua volta, capaz de atrair os melho-res como seus clientes.

As empresas brasileiras já encontra-ram o caminho da competitividade?

Muitas organizações já encontrarameste caminho, aliando três vérticesde um triângulo: conhecimento (sa-ber agir), motivação para fazer bemfeito (querer agir) e disciplina (po-der agir).

Como estão nossas empresas em ter-mos de inovação tecnológica?

Elas ainda estão muito reféns da tec-nologia inútil, a que busca apenas

A chave é a cooperaçãoMais que competir, o que leva

o homem adiante é cooperar. Aafirmação é do consultor José

Carlos Moreira Teixeira, presiden-te do Instituto de Marketing

Industrial, presidente do Conse-lho Editorial da revista Marketing

Industrial, diretor da JCTMMarketing Industrial, professor daEAESP/ Fundação Getúlio Vargas e

da Fundação Dom Cabral. Nestaconversa com WR, Teixeira

Moreira analisa a competitividadea serviço do desenvolvimento.

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sofisticação. Inovação tem tudo aver com equação, e nada com sofis-ticação. Equacionar é buscar a tec-nologia mais adequada, aquela in-dicada pela pesquisa e desenvolvi-mento, área na qual ainda falta in-vestir mais. A sofisticação apenasaumenta o custo.

O governo oferece meios suficientespara que o setor produtivo alcanceníveis ideais de competitividade?

Não, pelo contrário, até desestimu-la. É só ver o quanto as nações emer-gentes vêm crescendo nos últimosanos, e o baixo índice de crescimen-to do Brasil no ano passado. O go-verno precisa estimular mais o se-tor produtivo, e isto passa por mu-danças na política econômica.

O que falta para o Brasil deixar deser o "país do futuro"?

Agir como uma empresa, aplicandoo mesmo triângulo: conhecimento,motivação e disciplina. Tudo come-ça na educação. A disciplina é umreflexo da seriedade pública. Quan-do mais seriedade uma empresa de-monstra em sua cúpula diretiva,mais motivação vai haver entre osempregados. Isso vale para a nação.

E uma pessoa, como pode ser maiscompetitiva no trabalho e na comu-nidade, sem ser predadora?

Competindo pela cooperação. Apartir do momento em que umapessoa demonstra cooperação, elagera um clima de segurança em suavolta, melhora a auto-estima dequem está ao lado e resgata o am-biente de justiça. A melhor formade cooperar é compartilhar conhe-cimentos. Se eu te der 100 reais,você vai ficar com 100 e eu commenos 100. Porém, se eu te ensinar100 coisas, você vai saber 100 coi-sas novas e eu vou ficar com 130,pois ao ensinar também estouaprendendo.

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Ser competitivo é...

( x ) SER MAIS FORTE ( x ) REALIZAR SONHOS( x ) SER COOPERATIVO( x ) SER O PREFERIDO( x ) SER MAIS RÁPIDO

Abre parêntese: para continuar a leitura,

você deve primeiro responder às questões do

nosso Teste de Competitividade.

Para responder, acesse agora mesmo

www.weg.net, clique no link WEG em Revista e

depois no ícone à direita. Responda, identifique-

se e torça; os primeiros acertadores de todas as

questões ganham um brinde exclusivo.

Fecha parêntese.

Aqui, no alto da página, você jápercebeu que o teste da capa não temuma resposta só. As cinco opções es-tão corretas. Para ser competitivo, por-tanto, é necessário ter todas aquelascaracterísticas.

A quinta delas, “realizar sonhos”,remete aos versos da canção “Reach”,imortalizada nas Olimpíadas de Barce-lona, em 1996. A música fala de alguns

ROBERTO SZABUNIA

( )

sonhos que vivem para sempre no tem-po, “Aqueles sonhos que você anseiacom todo o coração”. Voando alto,você será forte e realizará teus sonhos.

Aliás, você lembra quem cantavaaquela música na abertura das Olim-píadas? Foi aquela cantora...

Como é mesmo o nome dela? Estaé questão 1 do Teste de Competivida-de. Leia abaixo.

Voar e realizar sonhos

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Menos de um ano após o início dasoperações, a WEG Amazônia se destacacom sua fábrica moderna e atualizada,com o que há de melhor no mundo emtecnologia de fabricação de motorespara condicionadores de ar. Quando aWEG se decidiu pela instalação de umaunidade industrial na Zona Franca deManaus, o objetivo era agregar valor aoproduto, indo para perto dos principaisfabricantes do setor - do qual a WEG élíder de um mercado onde atua há maisde 30 anos.

Os próprios fabricantes solicitarama instalação de uma unidade naquelelocal. “A Zona Franca deManaus está se tornandoum verdadeiro cluster defabricantes de ar condici-onado. E o Brasil pode setornar um pólo exporta-dor de condicionadoresde ar”, diz o presidenteexecutivo da WEG, Décio da Silva.

WEG Amazônia leva o produto para perto dos fabricantes

Bem pertodo cliente

As atividades da nova fábrica, queteve um investimento de R$ 30 milhões,começaram no segundo semestre de2005, com cerca de 50 colaboradores.Hoje a unidade conta com uma forçade 116 colaboradores, mas o total su-birá para 160 quando a fábrica estiveroperando em dois turnos. A previsão échegar a uma produção anual de1.000.000 de motores em 2008.

Os principais clientes atendidos pelaWEG Amazônia são Climazon Industri-al (Carrier), LG Eletronics, Electrolux,Gree, Multibras e Elgin (todos na fabri-cação de condicionadores de ar).

A unidade amazonense trou-xe uma significativa melhoria emtermos de logística, facilitandoem vários aspectos, especialmen-

te a redução do prazode entrega. Agora osclientes podem traba-

lhar com menores estoques, uti-lizando o sistema just in time.

O fornecimento acabou se tornando um evento de grandeporte, reunindo pessoal especializado de todo o país, no dia14 de março, em Blumenau/SC. Na oportunidade, os técnicospuderam discutir questões relacionadas à especificação e ope-ração desse tipo de equipamento com os especialistas da WEG,entre eles o engenheiro Wanderley Bechara. Com mais de 30anos de experiência, Bechara é um dos maiores nomes brasilei-ros na área. Além da Alusa - CTEEP, participaram representan-tes da Celesc, Cemig, Chesf, Duke Energy, Eletronorte, Eletro-sul, Furnas, Enelpower/Novatrans e Tractebel.

“As peculiaridades técnicas destes transformadores fizeramcom que o tamanho das máquinas ficasse extremamente avan-tajado. Comparativamente, isto significa que este banco é equi-valente a um outro com o dobro da potência”, explica Becha-ra. Estes transformadores têm três estágios de refrigeração (80/106/133 MVA). A alta tensão em 345 kV dispõe de duas regu-lações: uma em vazio e a outra sob carga. A média tensãopode operar em 145 kV, e ser religada para fornecer 88 kV. Parafinalizar o arranjo, há ainda um terciário em 34 kV, com umreator limitador de correntes de curto-circuito.

“Uma das principais determinantes do grau de dificuldadena concepção destes equipamentos, e a causa mais relevantepara o aumento das dimensões das máquinas, foi o valor ex-

tremamente reduzido das perdas máximas admissíveis. Estacaracterística praticamente dobrou a massa de matéria-primanecessária para a fabricação de um produto similar, com refle-xo direto no agigantamento dimensional”, prossegue Wan-derley Bechara.

Este tipo de equipamento era geralmente fabricado combobinas em apenas uma coluna do conjunto magnético. Da-dos os patamares dos valores máximos pactuados para estecaso, os enrolamentos foram distribuídos nas duas estruturasverticais do núcleo, para possibilitar o atendimento destas exi-gências específicas. O elemento fundamental para o êxito des-te projeto, segundo Bechara, é que todas as etapas foram mi-nuciosamente analisadas através de diversas simulações. Dis-tribuição de campo elétrico, esforços de curto-circuito, reparti-ção de impulso e implicações térmicas, entre outras, são análi-ses executadas de uma forma cabal e extremamente rápida,com a utilização dos modernos e completos recursos de sof-tware que a WEG vem adquirindo de diversas partes do mun-do.

Este projeto é mais um marco para evidenciar que a em-presa agora conta com ferramentas de concepção, fabricaçãoe controle de qualidade que a colocam como um dos maioresfabricantes nacionais do setor.

Fábrica da WEG Amazônia, na Zona Franca (acima);à direita, detalhe da linha de produção

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Na foto à esquerda, aampliação da Bobinagem;abaixo a Preparação deTanques; à direita o layoutda fábrica, com as áreasexistentes (em ocre), asampliadas (azul) e o queestá em obras (vermelho).No total, a unidade vaificar com 27.465 metrosquadrados, resultado deum investimento de R$ 10milhões

Bobinagemde Força

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Subestações

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Meia força

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Nova linha decapacitores

O mercado de transformadores de força tem crescidorapidamente, exigindo agilidade dos fabricantes, em buscade competitividade. A WEG, trabalhando em muitos negóci-os de grande porte ao mesmo tempo, está preparada paraesta exigência. A empresa tem investido em sua divisão detransformadores, ampliando as instalações e aplicando tec-nologias modernas. O objetivo é atender à demanda domercado, com prazos de entrega mais curtos. Antes da am-pliação da fábrica, a WEG fornecia seis peças de grande por-te por mês. Agora, são de 20 a 24 peças, com a previsão de

chegar a até 30 peças/mês quando todo o projeto de ampli-ação estiver concluído.

Dentro desta estratégia de crescimento continuado nomercado de máquinas de maior complexidade, a WEG con-cluiu, no início deste ano, a fabricação dos primeiros trans-formadores que compõem o fornecimento para a Alusa -CTEEP (Cia. de Transmissão de Energia Elétrica Paulista). Sãoquatro transformadores de 133 MVA, para formação de umbanco de transmissão de 400 MVA, além de um equipa-mento reserva.

WEG inova no mercado detransformadores de força

Participantes do evento, em frente ao transformador

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No segmento de linha branca, aWEG oferece uma linha de capacito-res de polipropileno metalizado paramotores, e está lançando duas linhasde capacitores específicos para a áreade iluminação. A linha CMRW é des-tinada a motores, enquanto as linhasCILW e CLAW são para iluminação.

Os capacitores CILW visam princi-palmente a área de iluminação públi-ca, enquanto a linha CLAW é formadapor capacitores destinados a reatoresde lâmpadas fluorescentes, com pos-sibilidade de opcionais como resistorde descarga incorporado.

Os capacitores WEG têm comoprincipais características a alta confi-abilidade, são auto-regenerativos, têmbaixas perdas e volume reduzido.

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Sem fungo, tanque limpo

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Um problema comum nas empre-sas do setor sucro-alcooleiro é o es-curecimento dos tanques, provocadopela ação de fungos. Com o escure-cimento há uma maior absorção decalor, aumentando a evaporação doálcool. Ou seja: além do aspecto de-sagradável, a usina ainda tem prejuí-zo com a perda de seu produto.

Para solucionar este problema, aWEG desenvolveu a tinta LackthaneAntifungo 0508. A pintura com esteproduto protege o tanque contra aação dos fungos comuns ao ambien-te. Assim, os tanques sempre estãocom a pintura original e não há per-da de álcool por evaporação.

Um bom exemplo desta aplicaçãoestá na Destilaria Giasa, em Pedras deFogo, estado da Paraíba. Empresa do

Grupo Tavares de Melo, a Giasa foifundada em 1971, como a primeiradestilaria autônoma do país, e sem-pre se dedicou exclusivamente à fa-bricação de álcool.

Para a Destilaria Giasa, a WEG for-neceu tinta para a pintura de um tan-que de 10.000 metros cúbicos. “A par-ceria da WEG com o Grupo Tavares deMelo já dura há um bom tempo, e nos-sa empresa utiliza motores, componen-tes elétricos, inversores de freqüência,chaves de partida Soft Starter e gera-dores de energia”, explica o gerente in-dustrial da Giasa, José Ivo de Moraes.

Avanço tecnológico

Para a WEG, este fornecimnto re-presenta mais um avanço tecnológi-

Nova tinta WEG garante imunização de tanques de usinas contra a ação de fungos

Para especificar, é precisoconhecer a aplicação

A durabilidade do motor depende de suacorreta especificação e manutenção periódi-ca adequada. Para especificar corretamenteum motor para os segmentos de mineraçãoe cimenteiro, é preciso conhecer muito bema aplicação, o ambiente do local de instala-ção e as falhas que este provoca.

A grande quantidade de poeira pode pe-netrar nos rolamentos e contaminar a graxa,danificando-os. Para evitar este problema, bas-ta especificar como proteção do mancal um labi-rinto taconite ou o labirinto W3 Seal, que oferece aoproduto a máxima proteção para esta aplicação.

A umidade pode penetrar no motor, provocando curtode espiras no enrolamento. A especificação do grau de pro-teção adequado é fundamental. Seguindo a especificaçãodo mancal com W3 Seal, indicamos IP66.

O sobreaquecimento é provocado por uso indevido, ex-cesso de partidas, obstrução da ventilação, falta de fase,sub ou sobretensão. O problema pode ser evitado com ainstalação de uma proteção térmica no enrolamento, esco-lhida entre termostato, termistor ou termorresistência.

Identificadas as principais causas de falhas, aceitas comoinerentes ao processo, e com o objetivo de aumentar a asserti-vidade na hora da aquisição de motores elétricos com a garan-tia da especificação adequada para as aplicações, a WEG dis-ponibiliza no Brasil a linha W-Mining de motores especialmen-te desenvolvida para o segmento de mineração e cimento.

Os motores Wmining, além de serem alto rendimento,possuem vários atributos incorporados como padrão de li-nha, imprescindíveis para estes segmentos, tais como graude proteção IPW66, mancais com proteção especial W3 Seal,termostato no enrolamento, tampa defletora em ferro fun-dido (propiciando maior resistência a impactos), enrolamentocom o exclusivo fio esmaltado overcoat - sistema de isola-mento WISE (WEG Insulation System Evolution), WISE (WEGInsulation System Evolution), eficaz para aplicações em am-bientes agressivos com presença de umidade e apto paraoperação com inversores de freqüência e plano de pinturaWEG 203A na cor Laranja Segurança.

Transformar energia em solução também é simplificar efacilitar a rotina de nossos clientes.

Tanque da Destilaria Giasa pintado com tinta antifungo; ao fundo, tanques sem tinta antifungo

co. “A WEG, em sua divisão de Tin-tas, busca diferenciais de produtos etecnologias para aumentar a prote-ção anticorrosiva e diminuir, nestecaso específico, a perda de álcool”,diz o analista de Vendas Técnicas Mar-celo Luis Campregher.

A parceria entre WEG e Giasa co-meçou exatamente em função des-te produto. “A Giasa é um clienteimportante para a WEG; o sucessoda tinta antifungo utilizada na des-tilaria tem servido, inclusive, de re-ferencia para outras empresas dosegmento”, completa Campregher.

Para o chefe de Vendas TécnicasAdilson César Demathe, o diferencialda Giasa é acreditar em novas tecno-logias e investir em produtos de pon-ta no mercado brasileiro.

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ROBERTO CARLOS CONTINI

ENGº DE APLICAÇÃO E VENDAS

Apesar de toda a agitação e correria, o cotidiano estárepleto de rotinas. Rotinas complexas ou simples, como ocor-re todas as manhãs, com o toque do despertador, escovaros dentes, café da manhã, o beijo na esposa e filhos e asaída para o trabalho.

Rotinas que, de tanto executá-las, fazemos tão automa-ticamente que só reparamos no início e no fim delas. Comobom exemplo, quantos, ao chegar ao trabalho, não se lem-bram se cruzaram um sinal fechado ou se havia muitos car-ros no caminho? Mas, ao olhar em volta do carro constata-

Linha Wmining é solução paramineradoras e cimenteiras

A história do Grupo Tavares de Melo (ao qualpertence a Destilaria Giasa) começou em 1920,quando Arthur Tavares de Melo associou-se aosogro e ao cunhado para adquirir uma unida-de produtora de açúcar bruto localizada no mu-nicípio de Camutanga (PE). Oito anos depois,entrava em funcionamento a Usina OlhoD’Água, um “meio-aparelho”, como eram co-nhecidas estas propriedades na época.

Hoje o grupo atua nos ramos sucroalcoo-leiro, de embalagens, de calçados e de com-bustíveis nas áreas de armazenagem e distri-buição.

A Destilaria Giasa foi fundada em 1971,como a primeira destilaria autônoma do país,destacando-se nas áreas de destilaria, proces-sos de fabricação e análise do produto. A Gia-sa investe também na área agrícola, especifica-mente na mecanização da colheita e projetosde irrigação. Com capacidade instalada paraproduzir 90 milhões de litros por ano, da linhade produção da Giasa saem três gêneros de ál-cool: carburante, industrial e neutro.

O produto

• LACKTHANE ANTIFUNGO CORES – linha 0508. Cores

• PROPRIEDADES: oferece ao sistema uma maior resistên-cia anticorrosiva e principalmente excelente resistênciaao intemperismo e à proliferação de fungos

• VANTAGENS: maior vida útil do tanque, superior aos es-quemas convencionais aplicados. Evita a proliferação defungos e reduz a perda de álcool por evaporação

• APLICAÇÃO: é aplicado um primer epoxi sobre o tanquejateado, ou sobre superfície com limpeza mecânica e apósa aplicação do antifungo

• ASPECTO: A brilhante (min. 80 UB)

• COR/REFERÊNCIA: Ral – Munsell ou conforme padrão docliente

• ESPESSURA SECA RECOMENDADA: 65 µ

• SÓLIDOS POR VOLUME: 68 ± 2 (dependendo da cor)

• RENDIMENTO TEÓRICO POR LÍTRO: 10 m² / litro (Semdiluição)

• IMPORTANTE: O rendimento teórico é calculado com basenos sólidos por volume sem diluição, e não inclui perdasdevidas a rugosidade ou porosidade da superfície, tipode geometria das peças, método de aplicação utilizado,condições de aplicação, espessura excessiva da películaaplicada, diluição em excesso e/ ou técnicas do aplicador

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• Potência: 3 a 500 CV• Carcaças: 90S a 355M/L

• Polaridade: II, IV, VI e VIII pólos• Tensões: 220/380 V (até a carcaça 200L) e220/380/440 V (a partir da carcaça 225S/M)

Atributos da linha Wmining

CARACTERÍSTICAS

mos que está intacto, concluímos que foi tudo bem. Seráque foi mesmo?

É exatamente esta execução mecânica das rotinas que astorna perigosas, pois nos acostumamos com elas de tal modoque começamos a achar tudo NORMAL. E para que precisa-mos melhorar algo normal, se é NORMAL?! Até o dia emque uma situação adversa ao cotidiano nos permite consta-tar o óbvio e acabamos descobrindo uma solução inovado-ra para os problemas. Neste instante, passamos a enxergarnovamente tudo aquilo que a rotina nos ocultou. Aquiloque era “normal” volta a ser tratado de maneira especial,buscando uma melhoria contínua.

Nos segmentos de mineração e cimenteiro, por exem-plo, o ambiente tem poeira, umidade e detritos de minérios.Estes elementos causam defeitos nos equipamentos. Mascom a rotina sua percepção não é perfeitamente detectada.Motores que apresentam defeitos em três, seis meses ouum ano como conseqüência do meio onde estão aplicados.Mas será normal um motor com vida útil média estimadaentre 10 e 20 anos sofrer um dano com apenas alguns me-ses de funcionamento?

Se fizermos um levantamento dos defeitos ocorridos nes-tes motores vamos observar que os principais são: danos

nos rolamentos, curtos entre espiras e so-breaquecimento. Ao nos aprofundarmosna causa destes defeitos, identificamos:poeira e umidade do ambiente, uso inde-

vido e sobrecarga. Resumin-do, produto ina-dequado para aaplicação.

• Motor Alto Rendimento Plus para um melhor desempe-nho e uso racional de energia.

• Resistência de aquecimento para evitar a condensaçãodo ar no interior do motor, quando não estiver em ope-ração.

• Ventilador e Tampa Defletora em ferro fundido, garan-tindo robustez ao motor.

• Caixa de ligação adicional (a partir da carcaça 160), pro-porcionando maior espaço para as conexões elétricas.

• Protetor térmico bimetálico para desligamento, ofere-cendo proteção extra ao bobinado do motor.

• Plano de pintura WEG 203A, cor Laranja Segurança(Munsell 2.5 YR 6/14).

• Exclusivo sistema de isolamento WISE (WEG InsulationSystem Evolution), com fio esmaltado WEG 200º, pró-prio para aplicações em ambientes agressivos com pre-sença constante de umidade e gases nocivos, permitin-do inclusive a operação com inversores de freqüência.

• Sistema de vedação W3 Seal, que oferece máxima pro-teção contra entrada ou acúmulo de impurezas ou líqui-dos, garantindo grau de proteção IP66.

• Sistema de relubrificação por pressão positiva com pinograxeiro e válvula de expurgo automático, permitindo arelubrificação dos mancais dianteiro e traseiro em servi-ço (a partir da carcaça 160).

• Isolamento classe “F” com sobrelevação de temperatu-ra de 80º K, proporcionando maior resistência a tempe-ratura elevadas e prolongando a vida útil do motor.

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Técnicos em curso

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4 A importância da especificação

6 Transformadores de força

8 Competir é cooperar

12 Opinião de personalidades

13 A palavra de Moreira Teixeira

16 Sem fungos nos tanques

19 Diagnósticos são imprevisíveis

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A íntegra das matérias desta página você lê na Sala de Imprensa em www.weg.net

Parabenizamos a WEG pela marcade 100.000.000 de motores elétricosproduzidos. Ficamos orgulhosos portermos diversos egressos e estagiáriostrabalhando na WEG.Prof. Claudio R. do NascimentoUniversidade Federal de Santa MariaSanta Maria/RS

Sugerimos publicar alguns resu-mos econômico/finaceiros da empre-sa, como resultado do ano anterior oudo último trimestre, investimentos sig-nificativos etc.Antonio J. Antunes AmaroComl. e Imp. Fátima Ltda.São Caetano do Sul/SP

Parabéns pela matéria “Assinandoo ponto” (WR 38), um belo exemploque devería ser copiado por todas asempresas do país.Neivo Marcos PinculiniCasa FaiscaVideira/SC

Parabéns pelos 100.000.000 demotores, e desejamos que este sejaapenas mais um recorde dos muitosque ainda virão.Ricardo José Caruso DavidAjinomoto Biolatina Ind. e Com.Valparaíso/SP

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WEG em Revista é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3372-4000, CEP 89 256-900, Jaraguá do Sul,SC. www.weg.net, [email protected]. Conselho Editorial: Jaime Richter (diretor de Marketing e RH), Paulo Donizeti (gerente de Marketing),Edson Ewald (chefe de Marketing), Caio Mandolesi (jornalista responsável) e Cristina Teresa Santos (analista de Marketing). Edição eprodução: EDM Logos Comunicação (47) 3433-0666. Textos: Roberto Szabunia. As matérias da WEG em Revista podem ser reproduzidasà vontade, desde que citada a fonte e o autor.

Gostaria de parabenizar toda aequipe da WR, pela qualidade das ma-térias publicadas, muito criativas einstrutivas, e também pelo100.000.000º motor.Hugo Cezar SilvaLaginha Agro Industrial S/ACapinópolis/MG

Acho o conteúdo da revista de ex-trema importância para nossas leiturastécnicas, mantendo-nos atualizadosjunto a um dos mais renomados fabri-cantes de soluções.Márcio RogérioImpacron Manut. Ind.Santarém/PA

Um transformador de 40/60/75MVA, 161/13.8 KV foi fornecido pelaWEG para a subestação da usina BasinCreek, localizada na cidade de Butte,Montana, Estados Unidos. O transfor-mador, que enfrenta temperaturasabaixo de zero, é o elo vital entre a su-bestação de geração e a linha de trans-missão da concessionária NorthWes-tern. (04/04/06)

Pela sexta vez consecutiva, aWEG foi considerada a empresa deMelhor Desempenho Global napesquisa da revista EletricidadeModerna. Motores, transformado-res e CCMs foram os produtos pre-miados. (28/03/06)

A etapa regional do 9º Prêmio Fi-nep de Inovação Tecnológica foi lança-da dia 3 de abril, durante o 3º FórumFinep de Inovação Tecnológica, em Ja-raguá do Sul (SC), evento que tem oapoio da WEG. (27/03/06)

Os grupos WEG e Votorantim re-novaram o contrato que contemplatotal qualificação no fornecimento demotores de baixa tensão (até 500 cv)com especificações desenvolvidas emconjunto dentro das linhas de altorendimento W21 ARPlus, WELL, Wmi-ning, Wwash e Roller Table, atenden-do todas as unidades da Votorantim.(24/03/06)

A distribuidora de ener-gia elétrica Elektro entregouem março o Prêmio Forne-cedor Elektro aos parceirosde destaque, entre eles aWEG. A premiação busca es-timular o aperfeiçoamentocontínuo e a disseminaçãodas melhores práticas, refor-çando a importância dos for-necedores de materiais e ser-viços para o desenvolvimen-to da Elektro. (20/03/06)

Um técnico da WEG, da área de tin-tas, fez curso de Alpinismo Industrialpara garantir segurança nos trabalhosde manutenção de pintura realizadosnas plataformas da Petrobras que pas-sam por reformas em estaleiros cario-cas. O curso envolve aulas de ascen-são, descensão e todos os tipos de res-gate possíveis, além de avaliação derisco. (13/03/06)

Abaixo de zero

Transformador enfrenta até a neve

WEG é hexa!

Prêmio Finep abreinscrições

Votorantimrenova contrato

Emerson Miguel, da Votorantim, eDécio da Silva assinam o contrato

WEG

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Gilmar dos Santos, gerente deVendas da WEG, recebe o prêmiodas mãos do diretor executivo da

Elektro, Carlos Ferreira

Alpinismo nasplataformas

A maiorluminosidade

do mercado

Carlos Ganem, do Finep, e MoacyrSens, diretor Técnico da WEG

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Os Blocos LED com Iluminação Integrada dalinha de Comando e Sinalização WEG contamcom o mais alto poder de iluminação do Brasil.(09/03/06)

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Detesto filmes de es-portes, mas dia desses vium de hóquei no gelo.Pensei que fosse achar frio,mas este até que tinhauma historinha interessan-te. Bem, na verdade eu sóassisti porque um amigoinsistiu. Dizia que a histó-ria era diferente e coisa etal. E era.

A história se passavano início da década de 80,em meio à guerra fria e àcompetição que ela criou.As duas maiores potênci-as de então competiamem tudo: de ver quem cus-pia mais longe a exibirquem seria capaz de des-truir mais vezes o planetacom seu arsenal atômico.O clima era de tensão emedo, nada de bom.

Vinte anos antes aUnião Soviética agarrarao título de melhor do mundo em hó-quei no gelo e não queria largar. Entãoum treinador começou a treinar – sim,para isto servem os treinadores – umaequipe de jovens americanos inexperi-entes e nada competitivos, de olho nasOlimpíadas de Inverno e no título mun-dial. Não se preocupe, não vou contarquem vence no final do filme que foifeito pelos EUA.

É aí que entra em cena o estilo dotreinador, nem um pouco politicamen-te ou esportivamente correto se com-parado com os nossos dias. O homemera cruel, massacrava a garotada. Issomesmo. Pisava, humilhava e esfregavao nariz da turma no pó do chão – nãoliteralmente por se tratar de gelo. Masque massacrava, massacrava!

Ele queria trazer à tona o que haviade pior em cada um, antes de ajudá-los a desenvolver o que tinham de

Diagnosticando

A palavra competitividade já faz parte da nossa vida mes-mo antes da concepção: somente o espermatozóide maiscompetitivo, numa busca frenética, atinge e fecunda o óvulo.

Mesmo depois de adultos, continuamos nessa busca.Acordamos, comemos e dormimos pensando em como me-lhorar nossos resultados. Competimos com nosso interiorsem nos darmos conta: precisamos vencer o sono e acordarcedo, transpor nossos medos e mantermo-nos em pé, reu-nindo forças todos os dias. No mundo corporativo globali-zado não é diferente: o cenário é extremamente desafiador.

Aqui, nos Estados Unidos, a arena está montada, e é umadas maiores do planeta: a palavra competição é levada aferro e fogo. As empresas que disputam um mesmo seg-mento de mercado e um mesmo público-alvo lançam mãode ações e promoções, e o consumidor é visto sim comoaquele cliente que sempre tem razão.

O consumidor realmente exerce uma força incrível sobrea mente dos que desejam colocar produtos no mercado. Sevocê não gosta do que acabou de comprar, mesmo que játenha aberto o pacote, pode naturalmente voltar à loja edevolver o produto, recebendo integralmente seu dinheirode volta. O produto não precisa ter defeitos para que sejadevolvido; não precisa de justificativa alguma. Se eu nãogostei, me arrependi ou mesmo encontrei preço melhor emoutro lugar, eu devolvo e ponto final.

Quando grandes redes varejistas como Wal-Mart, Lowe’s,Home Depot, Sears etc. resolvem “promover algo”, você vê

o que é realmente competição. Na verdade, nem sempre épromoção; em grande parte, é simplesmente um novo pre-ço que as lojas decidiram dar ao produto. Uma TV de plas-ma Sony, por exemplo, às vezes despenca de 5 mil dólarespara 4 mil: uma redução de 20%. Na última vez que a redeWal-Mart fez uma grande promoção, vendia laptop Com-paq a 399 dólares. E laptop novo por esse preço é pratica-mente de graça (risos), mesmo no Brasil!

Muito do que já fizemos na WEG visando a competitivi-dade da empresa em seus mercados ainda é pouco; o cami-nho a percorrer nunca acaba, pois a evolução é constante, ea busca por maior competitividade continua sendo uma cor-rida maluca na perpetuação de nossa existência, mesmo queseja para continuar fazendo o que já fazemos bem: fornecersoluções aos clientes, dividendos aos acionistas, manter oscolaboradores motivados, conservar uma base de fornece-dores confiáveis e contribuir para o bem comum da comu-nidade.

O que gera o crescimento sustentável e a longevidadede uma empresa está ligado a um novo padrão de excelên-cia, crenças, posturas e, principalmente, comportamentos.E a base para se manter competitivo é a informação, quetorna possível a iniciativa, a criatividade e o empreendedo-rismo. De dentro para fora. Compartilhar conhecimentogarante às empresas uma volta a mais no autódromo. E essavolta pode angariar mais clientes, elevar o faturamento ereservar um lugar cativo no pódio.

Corrida maluca

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melhor. Se quisessem ser competitivosdiante do adversário vermelho, anteseles precisavam ficar vermelhos. Devi-am reconhecer o orgulho, a autopie-dade e o individualismo que ainda ha-via na equipe. Era o modo de o treina-dor ajudá-los no diagnóstico, para queparassem de competir entre si para po-derem competir com o adversário.

É assim na vida, no esporte e notrabalho. Antes de desenvolver seuspontos fortes é preciso diagnosticarseus pontos fracos. O problema é queninguém gosta de expor suas vergo-nhas, de trazer à tona o que não estábem, mesmo que seja para corrigir oque está errado e aperfeiçoar o que estácerto. Diagnósticos nos humilham.

Se você discorda, que tal lembraraquela vez quando a enfermeira pediuque você tirasse a roupa, vestisse umridículo avental que nunca fecha atrás,

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Nos Estados Unidos a arena estámontada, e é uma das maioresdo planeta: a palavra competiçãoé levada a ferro e fogo.

Ricardo BartschPresidente WEG Electric Motors - Estados Unidos

e a acompanhasse pelos corredores dohospital. Lembrou? Sentiu o ventoatrás? Percebeu as risadinhas de quemestava no corredor? É disso que estoufalando. Em qualquer um de nós sem-pre falta um palmo de competência etodo mundo percebe.

Passei por um diagnóstico humi-lhante assim. De vergonha, não vourevelar o problema, apenas que nãopodia andar a cavalo ou comer pimen-ta. O médico mandou que eu deitasseem posição de parto, com as pernasapoiadas em dois suportes, e começoua fazer cara de horror enquanto meexaminava. Seria para justificar o queiria cobrar? Quando pensei que o di-agnóstico e a humilhação tinham ter-minado, ele caminhou até uma portaao lado, abriu-a e chamou:

- Doutor Fernando, venha ver quecoisa horrível.

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