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A evolução da tecnologia

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Page 3: WEG em Revista 07

editorial

WEG em Revista Novembro - Dezembro 2000 WEG em Revista Novembro - Dezembro 2000

expediente

índice

Weg em Revista éuma publicação daWeg. Av. Pref. Wal-demar Grubba,3300, caixa postal420, telefone (47)

372-4000, CEP 89256-900, Jaraguá doSul - SC. Home page: www.weg.com.br.Linha direta: [email protected] Editorial: Walter Janssen Neto(diretor), Paulo Donizeti (editor), CaioMandolesi (jornalista responsável), Ed-son Ewald. Edição e produção: EDMLogos Comunicação, telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

Salto tecnológico parao próximo século 4

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H NInternet facilitasistema de vendas

Weg automatizaárea comercial

Jaraguá: onde a vidatem qualidade

Governança corporativa,transparência ética

17Prêmio Expressão deEcologia para a Weg

18Só cresce quemvaloriza a tecnologia

Transmitir a informaçãocorreta, para o emissorcerto, sem ruído, émais fácil graças àsmodernas tecnologias

Tecnologia a serviço da informação

artigo

Alidor Lueders é diretoradministrativo da Weg

A utilização dosrecursos da internetainda está longe do

esgotamento, ecomporta muitos

investimentos

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ós temos o privilégio de viver numa época sublime, aquelaem que as transformações não são apenas grandes, massobretudo profundas. O novo paradigma em tecnologia fezda informação e do conhecimento o fator maior e centralda produção.

A transparência, a seriedade e a ética nos negócios são a novaforça de gestão, devidamente compartilhada, gerando o que estamoschamando de Governança Corporativa.

Neste mundo maravilhoso de introdução de métodos novos, combase em idéias vencedoras do passado, confirma-se que toda empresadeve ser gerenciada com eficácia, levando-se em conta a defesa dointeresse dos acionistas, e tendo em mente que o acionista é aqueleque é o dono da empresa e é quem corre os riscos.

A Governança Corporativa é um sistema de gestão que busca oequilíbrio na relação entre os acionistas, o Conselho de Administra-ção, eleito pelos acionistas, e os executivos, selecionados pelo Conse-lho. A estrutura da Governança Corporativa deve assegurar trata-mento equânime a todos os acionistas, inclusive minoritários, prefe-rencialistas, nacionais e estrangeiros. Todos devem ter oportunidadede obter reparação efetiva por violação de seus direitos.

Ela deve, ainda, assegurar a divulgação oportuna e precisa detodos os fatos relevantes referentes à empresa, inclusive posição fi-nanceira, desempenho, participação acionária e o próprio funciona-mento da governança.

Mas a necessidade de divulgação não deverá acarretar maioresdificuldades na empresa, sob o aspecto administrativo ou com custosabsurdos para a empresa. Nem se deve esperar que elas divulgueminformações que ponham em risco sua posição competitiva.

E é aqui que surge a maior dúvida. O desejo de participar nosConselhos, seja de Administração, seja Fiscal, tem efetivamente o ob-jetivo de alcançar estes princípios que enumeramos, ou se esconde odesejo de obter informações que vão um pouco além do que deve serdivulgado? As chamadas informações privilegiadas. E é aí que nosperguntamos se os atuais instrumentos legais são suficientes para coibira ação individual de algum membro da Governança Corporativa,menos ético.

Somos favoráveis à Governança Corporativa, somos absolutamen-te entusiastas da transparência e lutamos pelo ético. Acreditamos emConselhos de Administração eficazes e gestão executiva por profissi-onais competentes. Cremos em Conselhos Fiscais e Auditorias Exter-nas que desejam efetivamente olhar e fazer acertar os caminhos, lu-

tando juntos ininterruptamente pela eficácia, pelacompetência, pela transparência, pelo ético, tudo quepossa somar e construir empresas que consigam con-quistar um mercado para o seu produto, uma imagempositiva, o coração dos clientes e a credibilidade dosinvestidores.

Eggon João da SilvaPresidente do Conselho de Administração da Weg

á 30 ou 40 anos, era difícilfazer uma ligação interurba-na. Os serviços telefônicos,comparados aos de hoje,

eram complicados. As ligações demo-ravam a se completar, o ruído era imen-so, as quedas de sinal eram irritantes. Ehoje? Ligar para a videolocadora da es-quina ou para uma empresa no Japãoleva o mesmo tempo, com a mesma qua-lidade. E pela internet é mais fácil ain-da, e mais barato.

Empresas como a Weg, que procu-ram acompanhar o desenvolvimento tec-nológico, se beneficiam das comodida-des da internet. Para facilitar o acesso àinformação, a empresa mantém o WegOnline, ferramenta para uso na área deVendas. Interaçãototal é a palavra-cha-ve do sistema, queagiliza os procedi-mentos de consultas,encomendas e pedi-dos. No exterior, aWeg Electric Mo-tors, nos EstadosUnidos, utiliza oOnline CustomerAccess - OCA -,também um serviçode acesso online viainternet. Através deste site o cliente podeter acesso a uma conta própria, para ve-rificar dados como as compras em de-terminado período, ordens em aberto,faturas e outros.

A propósito deste tema, vale desta-car o pensamento do economista PauloLemos, da Unicamp, quando diz que aaplicação das novas tecnologias de in-formação pode ser vista por dois ângu-los: um, o que aponta as grandes ten-dências que direcionam o desenvolvi-mento das TI; outro, o que percebe comoessas novas tecnologias são integradasou encontram resistências nos ambien-tes corporativos e empresariais onde sãoaplicadas. Cabe às empresas e aos pro-

fissionais vencer o desafio de fazer con-fluir essas duas vertentes.

Precisamos considerar, também, asduas funções desempenhadas pela inter-net: como fonte de conhecimento ecomo canal de comunicação. No primei-ro caso, basta constatar a facilidade comque se faz uma pesquisa hoje, navegan-do pelos milhares de sites - que, por si-nal, crescem em progressão geométri-ca. São enciclopédias, veículos de co-municação, instituições de ensino e pes-quisa, empresas e até simples cidadãoscompartilhando seus conhecimentos. Etudo, normalmente, de graça. É claroque isso deve mudar. A internet é umamídia criança, está engatinhando, a nor-matização é precária, o acesso é quase

irrestrito. Com otempo, e com a po-pularização destecanal, é certo que osinvestimentos serãomaiores, exigindotambém um retornomaior.

A outra fun-ção da internet é acomunicação, é aaproximação virtu-al, é a carta digital,o telefone sem voz

(ou até mesmo com voz, dependendodos recursos disponíveis). Neste caso,o usuário já paga pelo serviço. Mas,como dissemos no início deste artigo,despende pouquíssimo pelo alto retor-no que tem.

O certo é que, como pesquisa, canalde comunicação ou opção de lazer, ainternet é hoje um ícone da Tecnologiada Informação. Há muito ainda a inves-tir nessa mídia, há muito o que tirar debenefícios dela. Mas também faltam asnormas, que tornem as infovias confiá-veis, seguras e atrativas. Só assim serápossível encurtar o caminho para enten-der e aplicar as novas Tecnologias daInformação.

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WEG em Revista Novembro - Dezembro 200017

WEG em Revista Setembro - Outubro 20004

especial

O século 20 chega aofim caracterizado porgrandes avanços euma indagação: atéonde vai a tecnologia?

notícias

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A Weg é uma das empresasvencedoras do 8º Prêmio Expres-são de Ecologia, uma das maisimportantes premiações do paísna área de proteção ao meio am-biente. O case vencedor foi a Im-plantação da Estação de Trata-mento de Efluentes (ETE) da uni-dade Weg Química, localizada emGuaramirim (SC), que atua naárea de Tintas e Vernizes Indus-triais. O prêmio foi entregue nodia 8 de dezembro, em Blumenau.

A nova ETE, totalmente auto-matizada, tem capacidade para proces-sar 7,5 m³ por hora, o que quer dizerque 100% dos efluentes da empresa, eparte dos gerados pela Unidade Moto-res, serão totalmente processados atéatingir um grau de pureza em torno de95%. Como a necessidade da empresahoje é de 3,5 m³, a vasão é suficientepara atender o crescimento da fábricanos próximos cinco anos.

Preservar o meio ambiente faz partedos compromissos da Weg. Cada fábri-ca tem sua própria estação de tratamen-to, mas por causa das características dosprodutos fabricados na Weg Química,sua estação mereceu investimentos de

Um grupo de empresários de Ja-raguá do Sul recebeu os títulos deCidadão Benemérito e Cidadão Ho-norário, concedidos pela Câmara deVereadores. Entre eles, Eggon João

Cinco empresários de SantaCatarina foram eleitos para oFórum de Líderes Empresari-ais: Eggon João da Silva e Dé-cio da Silva, da Weg; VicenteDonini, da Marisol; WanderWeege, da Malwee - todos deJaraguá do Sul -, e Amaury Ol-sen, da Tigre, de Joinville. Aeleição dos Líderes Empresari-ais é realizada duas vezes porano pela Gazeta Mercantil, maisimportante jornal de negóciosdo país. No meio do ano sãoeleitos os líderes por setor de ne-gócios e, no final do ano, os lí-deres por estado. A eleição é di-reta, e todos os assinantes dojornal têm direito a voto. Nãohá pré-candidatos, os assinan-tes votam noscinco empre-sários queconsideremos líderesmais repre-sentativos doestado.

O Fórum de Líderes, criadoem 1977, reúne as mais desta-cadas lideranças do país numespaço para o debate e a trocade experiências sobre temas im-portantes da realidade nacio-nal. Esta é a 14ª vez que o pre-sidente do Conselho de Admi-nistração da Weg, Eggon Joãoda Silva, que já foi Líder Em-presarial Nacional por três ve-zes, é eleito para o Fórum deLíderes. O presidente executivoda Weg, Décio da Silva, já foieleito em oito ocasiões. A pre-miação foi no dia 11 de dezem-bro, em São Paulo.

Fórum de Lídereselege empresários

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Prêmio Expressão de Ecologia

cerca de R$ 600 mil.Esse investimento faz parte de um

conjunto de ações voltadas à conquistada ISO 14000, grande objetivo da em-presa para 2001. Entre os principais pro-cedimentos já implantados estão a ins-talação de um incinerador para queimade resíduos e embalagens de produtosquímicos, a instalação de filtros nas cha-minés para evitar a emissão de partícu-las na atmosfera, e a instalação do siste-ma centralizado de exaustão de solven-tes. Outro projeto que vai agregar valora meta de conseguir a certificação é odo atero sanitário, que está em processode licenciamento.

Fundadores ganham títuloda Silva e Werner Ricardo Voigt,fundadores da Weg, hoje membrosdo Conselho de administração daempresa, homenageados com o tí-tulo de Cidadãos Honorários.

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m meados do século, as expecta-tivas sobre o ano 2000 geravamprevisões dos mais variados ca-libres, desde as realistas, com

bases sólidas, até as mais estapafúrdias.Na média, quase todas erraram o alvo.Entre as mais notórias, as piores eramas que anteviam o fim do mundo no ano2000. De guerras devastadoras a cho-ques de meteoros, as visões apocalípti-cas povoaram a mente dos povos daTerra durante a segunda metade do sé-culo. A idéia do Juízo Final, considera-da uma excrescência obscurantista daIdade Média, voltou a ganhar corpo nosúltimos anos do século. O fanatismo quelevou milhares de pessoas ao histeris-mo nos últimos dias de 1999.

O jornalista Rafael Kenski, da revis-ta Superinteressante, aborda a possibi-lidade do fim da raça, citando os prová-veis motivos que podem levar o Homosapiens à extinção. A revista ouviu asopiniões de renomados cientistas e lis-tou os “candidatos a carrascos da hu-manidade”. Os cinco fatores que podemdesencadear o apocalipse são os choquescom asteróides e outros corpos celestes,as guerras nucleares, o colapso ambien-

tal, as doenças e a tecnologia.A tecnologia? Sim, a tecnologia. Bill

Joy, cientista-chefe da Sun Microssys-tems, ouvido pela Superinteressante,alerta: “Robôs, organismos genetica-mente modificados e nanorrobôs, cria-dos para resolver problemas da huma-nidade, possuem um fator perigoso: po-dem se reproduzir”.

O homem, portanto, é o carrasco desi mesmo, pois das cinco eventuais cau-sas para o fim da raça humana, apenasuma - o choque de um asteróide - temorigem puramente externa. Aos cientis-tas, resta repetir os alertas e mostrar oscaminhos para impedir a extinção davida. Aos detentores do poder, cabe aresponsabilidaade de utilizar o conhe-cimento tecnológico com sabedoria, emfavor e não contra as pessoas.

Ruim com ela...

Até aqui, a tecnologia surge como agrande vilã do século 20. Mas essa é aface escura da moeda. Há um lado bri-lhante, no qual o desenvolvimento tec-nológico marcou o progresso da huma-nidade, especialmente no último quartodo século. Foi quando a informática seconsolidou e favoreceu o avanço da tec-nologia da informação. Ao baratear a co-municação à longa distância, a internetpermitiu uma aproximação das pesso-as. O relacionamento pessoal ganhouum impulso e a importância que mere-ce (v. Weg em Revista nº 4, maio 2000).

As telecomunicações globais sãoapontadas como uma das principais con-quistas tecnológicas dos últimos 25 anospelo engenheiro aeronáutico Ozires Sil-

Avanços e dúvidas

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ETE da Weg Química; na foto de baixo, o diretor Jaime Richter recebe o PrŒmio Expressªo

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Previsões furadas

WEG em Revista Novembro - Dezembro 20005

especial

WEG em Revista Novembro - Dezembro 200016

Na foto do meio, odiretor de Marketing daWeg, Walter JanssenNeto, entrega osequipamentos à Udesc;nas outras fotos, oslaboratórios jÆ emfuncionamento

O bom relacionamento da Wegcom as instituições universitáriascontinua dando bons frutos: no dia20 de novembro a Universidade doEstado de Santa Catarina - Udesc -,campus Joinville, apresentou três la-boratórios montados numa parceriaentre a empresa e a universidade. Oevento fez parte da abertura da 1ªSemana Tecnológica da EngenhariaElétrica da Udesc.

Os laboratórios de Eletrotécnica,Controladores Lógicos Programáveise Acionamentos Elétricos contam combancadas didáticas e outros equipa-mentos Weg, como inversores de fre-qüência, CLPs, motores e contatores,além de material didático completo.A Weg participou também da Sema-na de Engenharia, apresentando duaspalestras: Cogeração e Energias Al-ternativas e Motores Elétricos de AltoRendimento.

A parceria da Weg com universi-dades e escolas técnicas se materia-liza em projetos de pesquisa em con-junto, doações de equipamentos ebolsas para funcionários da empre-sa. Um dos destaques desta parceriaé o Concurso de Conservação deEnergia Elétrica, lançado em 1997.A terceira edição está na fase de ava-liação dos trabalhos. Os vencedoresdevem ser anunciados em breve.

notícias

Mais de 40 mil executivos detodo o país, entrevistados pela re-vista NEI - Noticiário de Equipa-mentos Industriais -, elegeram asempresas de destaque na área industrial. E a Weg, mais uma vez, foi umadas mais citadas, colocando 22 produtos entre os cinco preferidos em cadaum dos segmentos pesquisados. Destes produtos, oito ficaram em primeirolugar na preferência do público: Acionamentos, Capacitores para correçãode fator de potência, Conversores, Inversores de Freqüência, Motores Elé-tricos, Servomotores, Transformadores Elétricos e Variadores de Velocida-de.

Weg é destaque na NEI

A próxima edição da revista Ele-tricidade Moderna, que circula em ja-neiro, vai mostrar, mais uma vez, a li-derança da Weg: no Prêmio Qualidade,promovido pela revista, a Weg ganhouem motores elétricos, com 93,3%, e emtransformadores, com 35,3%.

Além disso, a Weg ganhou o prê-mio de Melhor Desempenho Global,referente ao índice de 93,3% em moto-res elétricos.

EletricidadeModerna

Parceria com a Udesc

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va, presidente da Varig, ex-ministro daInfra-Estrutura, ex-presidente da Em-braer e da Petrobras. Ozires (foto à di-reita) cita, entre os principais avanços,o desenvolvimento das técnicas digitais,em particular na eletrônica; a biotecno-logia; a nanotecnologia; as aplicações

práticas do raio laser; anavegação aérea e o po-sicionamento global(GPS) por satélite.

A microeletrônica éapontada como umagrande conquista tecno-lógica dos últimos 25anos pelo diretor doCentro Tecnológico daUniversidade Federalde Santa Catarina, Ari-ovaldo Bolzan. “A mi-croeletrônica - dizBolzan - é a base tecno-lógica dos microcom-putadores e também dodesenvolvimento dastelecomunicações, oque permitiu o surgi-mento dos aparelhos ce-lulares e de centrais te-lefônicas mais podero-sas”.

Para Ozires Silva,tudo isso proporcionouinimagináveis conquis-tas na saúde, na educa-ção e no desenvolvi-

mento social. Mas ele faz uma ressalva:“Ainda falta distribuir melhor essesavanços entre todas as pessoas. Infeliz-mente, o conhecimento ainda é discri-minado, favorecendo os mais ricos”. Oaspecto humano do desenvolvimentodeve ser levado em conta, sempre: “Araiz do desenvolvimento de um país é ovalor de conhecimento e talento agre-gado a seus produtos tecnológicos. As-sim, hoje não se pode falar de tecnolo-gia sem abordar o talento humano nosentido da inovação e criatividade”.

O Brasil, na opinião de Ozires, en-frenta uma limitação tecnológica, que éa falta de uma mentalidade de primeirolugar: “Há competência no Brasil, ape-sar de muitos equipamentos e acessóri-os serem importados. Isso é natural,pois, com a globalização, os produtossão montados com componentes de vá-

Vale a pena recordar algumaprevisões feitas sobre o ano 2000.

l Shere Hite, autora do “Relató-rio Hite”, em 1980, dizia queato sexual perderá importân-cia. O debate homossexualida-de versus heterossexualidadenão terá mais sentido. Atual-mente, o sexo não só continuasendo importante, como susci-ta debates sempre acirrados.

l Thomas Watson, o fundador daIBM, dizia em 1943 que o mer-cado mundial teria lugar paracinco computadores. Já foramfabricados 300 milhões de PCs.

l O guru da contracultura nosanos 60, Timothy Leary, previaque o comunismo dominaria omundo, com exceção de Esta-dos Unidos, Canadá e Austrá-lia. Atualmente, o comunismosó sobrevive puro na Coréia doNorte e em Cuba.

l Haverá mais humanos vivendono espaço que na Terra, previao físico Gerard O’Neill. As es-tações espaciais ainda engati-nham, e só em 2005 será possí-vel habitar a estação orbital in-ternacional.

l As pessoas trabalharão 147 diase descansarão 218. Essa é de umdos mais famosos futurólogos domundo, Herman Khan, em 1967.Hoje, porém, as pessoas aindatrabalham 218 dias por ano edescansam 147.

l Robert Weil e Ben Bova previ-am, em 1982, que o recorde deBob Beamon no salto em distân-cia (8,90 m) só seria superadoem 1.000 anos. O recorde foi ba-tido pelo americano Mike Po-well em 1991, saltando 8,95 m.

l O físico russo Andrei Sakharovprevia, em 1974, que em 2000o homem teria lavouras no mar,na Antártida e na Lua. Passoulonge.

rios países, quase nãoexistem mais produ-tos 100% de qual-quer nacionalidade”.

“Sem dúvida, épreciso acreditar nofuturo” - alerta o em-

presário, concluindo: “A primeira vezem que falei em se construir um aviãobrasileiro fui tão desestimulado que for-taleceu mais ainda o meu sentimento deconstruir. Hoje, estou pensando coisasnovas para a Varig, e algumas delas jáestão acontecendo. Estamos sempre pre-cisando pensar no futuro”.

O papel do Brasil

O Brasil precisa buscar seu papel noplaneta, e a sociedade tem que trabalharmuito para definir onde estará no futu-ro, especialmente no que se refere à tec-nologia. A afirmação é do engenheiroquímico Luiz Bevilacqua, professor deEngenharia Industrial na UniversidadeFederal do Rio de Janeiro. Ele garante:“Temos um diferencial que pode ser bemaproveitado, que é a biodiversidade.Agora, qualquer solução passa pela li-berdade de pensamento e pelo desenvol-vimento do pensamento crítico, peladescoberta e pela inovação”.

A universidade,para Bevilacqua (fo-to), tem um papel im-portante no desenvol-vimento tecnológicode uma nação. Se naárea industrial é es-sencial olhar para oamanhã, na vida acadêmica é muitomais. “O que precisamos - diz - é elevarnossa autoconfiança. Sem paixão nãoacontece nada. Mas para isto é precisohaver liberdade e eficiência do sistema”.

Para se colocar uma nova tecnolo-gia no mercado, em nível mundial, estácada vez mais fácil na opinião de LuizBevilacqua. Na área biológica, porexemplo, os cientistas chegaram a bonsresultados, como no caso das clonagens.Já no Brasil, não há mecanismos, meiosindustriais para transformar tecnologiaem produto de venda. Além disso, nãohá poder de compra do Estado, e os tri-butos ainda não estão bem equaciona-dos.

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O mascoteda comunicação

WEG em Revista Novembro - Dezembro 2000 WEG em Revista Novembro - Dezembro 20006 15

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Comunicação. Palavra-chavepara quem quer crescer acompa-nhando o avanço tecnológico,sem esquecer o humano. E comu-nicar, para a Weg, é mais do queo simples repasse de informação:é fazer da capacidade de trocar ediscutir idéias, de dialogar e deconversar, uma forma de levareducação e cultura à comunida-de. E para realizar isso de formaeficiente, alia precisão e criativi-dade.

Por isso, entre os vários ca-nais de comunicação utilizadospela empresa, voltou à ativa oPlácido, personagem criado hácerca de dez anos para ser o eloentre a empresa e a comunidade.

O boneco representa um me-nininho esperto, curioso e adap-tado às novidades do século 21,a exemplo das crianças de hojeque já nasceram tendo a tecnolo-gia como a principal propulsorado mundo.

Plácido aparece em tiras se-manais de cinco jornais de Jara-guá do Sul e na revista “Nossa”,levando à população informaçõessobre meio ambiente, lazer, segu-rança, trânsito e relacionamento.Também está, mensalmente, nojornal interno Notícias Weg Co-laborador e é o divulgador da In-traweg.

c omunidade

A classe empresarial tem participa-ção fundamental nos índices alcançadosem qualidade de vida, de acordo comavaliação do prefeito Irineu Pasold.Além de contribuírem para o desenvol-vimento econômico, as empresas estãodiretamente ligadas à projeção interna-cional de Jaraguá do Sul e com o desen-volvimento social e cultural da popula-ção.

“Além da geração de empregos, to-das as empresas, grandes, médias e pe-quenas, se preocupam com o social. Senão tivesse esse apoio, o município nãoteria condições de atingir a abrangênciaalcançada”, garante o prefeito.

Visando apoiar o desenvolvimentoda comunidade em que está inserida, aWeg, por exemplo, desenvolve ativida-des como a Ação Comunitária - que con-

centra uma série de servi-ços gratuitos para a comu-nidade -, promoção decampanhas de prevenção econscientização, repasse deinformação pelos meios decomunicação locais, inclu-

indo o programa de rádio e TV “Atuali-dades Weg”, e a presença do persona-gem Plácido em tiras semanais de jor-nais e revistas locais.

Outra questão que recebe atenção es-pecial das empresas locais é a preocu-pação com o meio ambiente. Uma mos-tra disso é o investimento de R$ 4 mi-lhões feito pela Weg, nos últimos doisanos, na reciclagem das 2,5 mil tonela-das de resíduos industriais produzidospela fábrica diariamente, além da preo-cupação em relação à preservação dasnascentes e da mata Atlântica, que vemcontribuindo para a maior diversidadeda flora e da fauna. Recentemente, aconsciência ecológica também rendeu àWeg o Prêmio Expressão de Ecologia,na categoria Controle da Poluição In-dustrial.

A participaçãodas empresas

Açªo ComunitÆria: serviços gratuitos para a populaçªo

Quando o juiz Nicolau foi preso,você:A) Soube na hora, por um canal de

notícias na internetB) Soube à noite, na TVC) Soube por um amigo, mas antes

precisou lembrar bem quem erao Nicolau

D) O quê! Prenderam o PapaiNoel?

Nos finais de semana você se diver-te:A) Saindo de bicicleta com as cri-

ançasB) Navegando na internetC) Assistindo futebol na TV e esva-

ziando latas e latas de cervejaD) Esvaziando latas e latas de cer-

veja

Como uma empresa deve agir paraacompanhar as mudanças tecnológicas,na área de recursos humanos? E comoos profissionais devem se portar? Essasperguntas são respondidas por ThomasA. Case, doutor em Administração deEmpresas e fundador do Grupo Catho,um dos maiores do Brasil em consulto-ria de RH.

MUDANÇAS: a revolução provo-cada pela internet atinge quase todosos setores da empresa

“A internet está transformando avida profissional das pessoas. Ela estáentrando em todas as áreas. A via estácriando infinitas possibilidades no ma-rketing, enquanto as áreas de finançasestão literalmente se mudando para a in-ternet, onde há um grande leque de opor-tunidades de aplicações a baixo custo.No RH a internet fez uma revolução:21% das pessoas que colocam currícu-los no nosso site conseguem emprego.

Acompanhando as mudançasA Catho se co-munica hojecom 3 milhõesde pessoas viae-mail.”

QUALIFI-CAÇÃO: co-nhecer infor-mática, teragilidade ecomprometi-mento com aempresa

“Todo profissional tem que ser umbom usuário da informática. Ele preci-sa conhecer e saber usar as ferramen-tas. Além da intimidade com a informá-tica, outra característica que difere o pro-fissional de ontem do de hoje é a capa-cidade de ser ágil, para acompanhar avelocidade dos negócios, assim como oenvolvimento no trabalho e a dedicaçãoem tempo integral.”

MERCADO: a área de serviçoscomeça a ocupar o papel do setor demanufatura na criação de empregos

“O mercado está excelente em 2000,com o aumento da demanda em todosos setores e tipos de profissionais. A áreade serviços tem crescido mais que amanufatura, ao contrário do cenário dasdécadas de 70 e 80.”

PERFIL: o gerente de alguns anosatrás vira consultor neste final de sé-culo

“A Catho realizou uma pesquisa com502 empresas, e, em 52% dos casos, asempresas contrataram profissionais comidade acima de 40 anos, sendo que 53%deles eram consultores. As empresashoje estão contratando mais consulto-res do que gerentes. O consultor é con-tratado para resolver tarefas específicasonde a experiência é vital para resolveros problemas.”

Thomas: a internet fezuma revoluçªo no RH

O seu telefone celularA) Permite navegar na internetB) É supercompacto, identifica cha-

madas e recebe mensagens pelainternet

C) Que celular???D) O que é telefone???

Como você cuida da saúde?A) Com uma boa nutrição, esporte

e check-ups completos, anual-mente

B) Com uma visita ao cardiologis-ta, anualmente

C) Prometo que em janeiro deixo defumar...

D) Tomando óleo de fígado de ba-calhau

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Em que ano você está?

Seus canais preferidos na TV são:A) Globo News, National Geogra-

phic e Cartoon NetworkB) Discovery, Telecine e SporTVC) Qualquer um que divirtaD) TV? Aquele treco enorme que só

ocupa espaço na sala?

Você sabe em que ano a estação es-pacial internacional vai ser ativa-da?A) Sei, vai ser em 2005B) Sei que vai ser no início do pró-

ximo séculoC) Esse treco ainda vai cair na nos-

sa cabeçaD) A viagem à Lua já foi um truque;

imagine essa tal estação...

Respondendo ao teste a seguir, você se situará no tempo. Mais respostas C vão colocá-lo em meados doséculo 20; a maioria de opções B traz para o ano 2000; quanto mais A, mais à frente você está. Já se a maioriafor a letra D, “uga, uga!”

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Educaçãoinfantil é destaque

WEG em Revista Novembro - Dezembro 200014

WEG em Revista Novembro - Dezembro 20007

Invenções que movem o mundo

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araguá do Sul, sede da Weg, foieleita pela segunda vez consecuti-va como o município catarinenseque apresenta o melhor Índice deDesenvolvimento Social (IDS),

repetindo a posição conquistada noranking de 1997. Esse resultado foi de-finido na segunda pesquisa realizadapela Secretaria de DesenvolvimentoUrbano e Meio Ambiente do Estado.

O estudo avalia 17 indicadores, trêsdeles econômicos, três sobre saneamen-to básico e 11 sociais. Cada indicadorrecebe uma nota de zero a 1,sendo que o IDS é a médiados indicadores. No primei-ro relatório, com base emdados de 1991 a 1995, Jara-guá obteve coeficiente de0,78, e, no novo mapa, refe-rente a 1999, alcançou 0,82.

A cidade, colonizada nametade do século passado,principalmente por imigrantes alemães,cresceu rapidamente e ganhou ares demetrópole por sua autonomia e evolu-ção.

Para o prefeito Irineu Pasold (foto),a conquista é da coletividade: “A comu-nidade está remando no mesmo senti-do. É uma parceria que envolve empre-sários, sociedades, associações de bair-

ros e administração municipal num tra-balho em sintonia. Outro fator é que opovo está consciente de que tem umaparcela de deveres e direitos”.

O objetivo da administração - Iri-neu Pasold foi reeleito para a próximagestão - é continuar crescendo em par-ceria, tendo como foco a qualidade devida e a produtividade. Para isso, contacom projetos já encaminhados. A cons-trução do aterro sanitário, financiadopor um grupo de empresas locais emparceria com a Prefeitura, é um deles.

O aterro, que será ativado emmarço de 2002, terá capaci-dade de uso para 30 anos.Outra prioridade é a conclu-são do programa de sanea-mento básico, com a meta deatender, até o final de 2001,65% da população com arede de esgoto sanitário, umdos melhores percentuais do

estado. As duas obras somam investi-mentos na ordem de R$ 35 milhões.

“Nossa meta é crescer, não só paraobter nota 10, mas para oferecer quali-dade de vida à população. Queremosmelhorar em educação, atendimento àcriança, segurança, pavimentação no in-terior, investir em prevenção e na bus-ca de soluções”, antecipa Pasold.

comunidade

A melhorqualidadede vida

Com investimentos emeconomia, saneamento ebem-estar social, Jaraguá doSul mantém a posição demelhor cidade de SC

J Uma das prioridades de Ja-raguá do Sul é a preocupaçãocom a educação infantil. O mu-nicípio é reconhecido nacional-mente pelos programas que de-senvolve nessa área. Os pontosfundamentais começam pela for-mação e aprimoramento dos pro-fessores das escolas municipais,e vão ao desenvolvimento de pro-jetos de prevenção e promoção àsaúde, que têm como meta infor-mar, conscientizar e garantir umavida saudável.

Entre os destaques aparecemprogramas como o “ProfessorCompetente”, que visa a qualifi-cação do corpo docente, e o“Saúde Bucal”, que atende todasas escolas do município, benefi-ciando 22 mil alunos. Hoje, 90%das crianças de12 anos não têmcáries.

“Ainda temos crianças semacesso a todos os benefícios, e oobjetivo é alcançar a totalidadepela expansão dos serviços, ten-do como referência as unidadesde atendimento mais próximas”,destaca Irineu Pasold.

FLÁ

VIO

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DIVULGAÇÃO

No mundo há nações ricas e na-ções pobres. A explicação para estedescompasso passa por vários ca-minhos, nos quais há aspectos quevão do cultural ao geográfico. A in-ventividade está presente em todosos casos de êxito. É essa virtude queleva os homens a inventar disposi-tivos que facilitam o dia-a-dia.

Invenção é o tema do livro “Ri-queza e Pobreza das Nações” (Edi-tora Campus), de David S. Landes,professor de Economia Política eHistória da Universidade de Har-vard, autor também de “PrometeuAcorrentado” e “Revolution InTime” (ambos da Editora Nova Fron-teira). No capítulo 4 do livro, Landescita a Idade Média como uma das épo-cas mais inventivas que a História tinhaconhecido. E dá cinco exemplos dessainventividade.

“RODA D’ÁGUA - era conhecidados romanos, que começaram fazendocoisas interessantes com ela durante oúltimo século do Império, quando asconquistas haviam chegado ao fim e osuprimento de escravos se reduzira qua-se a zero. O aparelho pode ter sobrevi-vido em propriedades da Igreja, onde li-berava os clérigos para as orações. Aroda d’água foi revivida nos séculos Xe XI, multiplicando-se facilmente numaregião de vastas precipitações pluviaise numerosos cursos de água. A Inglater-ra, em 1086, registrava a existência de5.600 desses moinhos.

ÓCULOS - Um objeto aparente-mente banal, o gênero de coisa que detão comum se tornou trivial. No entan-to, a invenção dos óculos mais que du-plicou o período de vida ativa de arte-sãos talentosos, especialmente aquelesque executavam tarefas delicadas, escri-bas (indispensáveis antes da invençãoda imprensa), copistas e leitores, fabri-cantes de instrumentos e ferramentas, te-celões finos, metalúrgicos. Onde e quan-do apareceram os primeiros óculos?Cristais e lentes de aumento rudimenta-res tinham sido descobertos antes e usa-

dos para leitu-ra. O proble-ma consistiaem aperfei-çoá-los demodo a redu-zir a distorçãoe em conectarum par de len-tes numa ar-mação quedeixasse asmãos livres.Segundo pa-rece, issoa c o n t e c e u

pela primeira vez em Pisa, Itália, em finsdo século XIII.

RELÓGIO MECÂNICO - Antesda invenção dessa máquina, as pessoasdeterminavam a hora pelo sol e por re-lógios d’água. Não sabemos quem in-ventou essa máquina ou onde. Parece teraparecido na Itália e na Inglaterra (tal-vez uma invenção simultânea) no últi-mo quarto do século XIII. Uma vez co-nhecido, espalhou-se rapidamente. Asprimeiras versões eram rudimentares,imprecisas, e enguiçavam com facilida-de - tanto que compensava contratar umrelojoeiro junto com a compra do reló-gio. O relógio foi a maior realização daengenhosidade mecânica medieval. Re-volucionário na concepção, era maisradicalmente novo do que os primeirosfabricantes imaginavam. O relógio me-cânico permaneceu um monopólio eu-ropeu (ocidental) por cerca de 300 anos;em suas formas superiores, até o séculoXX. Outras civilizações admiraram ecobiçaram relógios, mas nenhuma de-las pôde se igualar ao padrão europeu.

IMPRENSA - A imprensa foi inven-tada na China (que também inventou opapel) no século IX, e encontrou uso ge-ral no século seguinte. Essa realizaçãoé tanto mais impressionante porquantoa língua chinesa, escrita mediante sím-bolos ideográficos (não-alfabéticos),não se presta facilmente ao tipo móvel.Isso explica por que a imprensa chinesa

especial

consistia primordialmente em impres-sões de bloco de página inteira, e tam-bém por que grande parte dos antigostextos chineses consiste em desenhos.A imprensa chegou à Europa séculosdepois. Antes de Gutenberg e sua pren-sa móvel, foram concebidas todas ascombinações a fim de aumentar o ma-terial de leitura. Assim, quando Guten-berg publicou sua Bíblia em 1455, le-vou a nova técnica para uma sociedadeque há tinha aumentado significativa-mente sua produção d escrita e estavaansiosa por utilizá-la. Em meados doséculo seguinte, a imprensa propagou-se da Renânia por toda a Europa oci-dental.

PÓLVORA - Os europeus provavel-mente receberam-na dos chineses no sé-culo XIV. Os chineses conheceram apólvora no século XI, e usaram-na pri-meiro como um dispositivo incendiário,em fogos de artifício e na guerra, fre-qüentemente na forma de lança-chamastubulares. Seu uso como propulsor veiomais tarde, começando com ineficien-tes bombardas e lançadores de flechas,passando em seguida para o canhão (finsdo século XIII). Os chineses pulveriza-vam a pólvora e obtinham uma reaçãofraca, porque a massa de grão muito finoretardava a ignição. Os europeus, poroutro lado, aprenderam no século XVIa “granular” o pó, dando-lhe a forma depequenas amêndoas ou seixos. Obtive-ram ignição mais rápida, e, misturandocom mais cuidado os ingredientes, umaexplosão mais completa e poderosa.Com isso, era possível se concentraremno alcance e peso do projétil, sem se pre-ocupar com ruído, cheiro e efeitos visu-ais.”

Com estes exemplos, o professor Da-vid S. Landes mostra o quão inventivafoi a Idade Média. Hoje, também pode-mos afirmar: o século XX foi um dosmais marcantes no aperfeiçoamento deinventos e no avanço tecnológico.

E o século XXI? Será inventivo oudesenvolvimentista? Respostas daqui acem anos.

Page 8: WEG em Revista 07

vendas

WEG em Revista Novembro - Dezembro 2000 WEG em Revista Novembro - Dezembro 20008 13

Em linhacom o cliente

A meta da Weg é ter,até abril, em torno de45% do faturamento domercado interno dentro dosistema online

O acelerado desenvolvimen-to da informática vem agi-lizando o nível, a quantida-de e a qualidade das trocas

de informações. E quando o assunto éesse, vem logo à mente a palavra inter-net. A rede mundial oferece uma infini-dade de meios para qualificar serviçose desburocratizar antigos processos nosmais variados setores de uma empresa.

Na Weg, a mais recente incursão nasondas da internet é o Weg Online, pri-meira ferramenta de uso na rede dispo-nibilizada na área de Vendas. A princi-pal função do sistema é melhorar a inte-ração com os clientes, proporcionandovelocidade, acuracidade e redução decustos na rotina comercial, para ambasas partes.

ANDRÉ KOPSCH

entrevista

Tecnologia da Informação está naordem do dia. Busca-se tudo que forpossível para acelerar a comunicação.O Casseta & Planeta está em dia, como site na Web. Você acha a internetirreversível?

Madureira - A Internet é mais irre-versível que a operação plástica da CarlaPeres.

Como popularizar o acesso à in-ternet?

Madureira - Primeiro melhorandoas vias de acesso, seja telefone, seja bro-adband, banda larga... Segundo, facili-tando a compra via crédito e baixandoas tarifas de importação de hardware.Por último, tornar os softwares maisamigáveis. O computador tem que vi-rar uma espécie de liquidificador quequalquer um saiba usar. É só colocar natomada e ligar... E voilá!!! Está prontoo suco!

Qual sua expecta-tiva quanto ao uso darede mundial comoum canal eficaz decomunicação?

Madureira - É amelhor possível, prin-cipalmente no campoda educação à distância, intercâmbio deinformação científica etc.

Sabemos que a tecnologia da in-formação deve estar alinhada com aestratégia das empresas, mas que pa-pel cabe ao governo, nos níveis fede-ral, estadual e municipal?

Madureira - Ao governo cabe de-fender os interesses da comunidade,leia-se do usuário, e dar oportunidadea todos de acesso. Mas se o governo selimitar a não encher muito o saco já fazmuita coisa...

O que C&P ainda planeja, em ter-mos de Tecnologia da Informação?

Que outros canais ainda podem serusados para levar o entretenimento aopúblico?

Madureira - Usamos praticamentetodos os canais, mas estamos apostan-do muito na fusão da WEB com a TV.Queremos criar um canal Casseta & Pla-neta via banda larga com conteúdo es-pecífico para esta mídia.

Quais foram, em sua opinião, asgrandes conquistas tecnológicas dosúltimos 25 anos, em todas as áreas doconhecimento?

Madureira - Perguntinha fácil esta...Mas creio que foram os inibidores deenzimas (quem não conhece procure seinformar num bom manual de ética). Afibra ótica... E os filtros de papel paracafé também foram uma boa invenção.

Como o homem se situa neste con-texto de incrível de-senvolvimento tec-nológico? Que pa-pel cabe ao ser hu-mano, com o aper-feiçoamento ilimi-tado das máqui-nas?

Madureira- As máquinas de-

pendem e sempre dependerão da inteli-gência e da imaginação do homem - eisso não tem limites. Junto com toda essarevolução tecnológica, acredito que vi-veremos uma volta ao Humanismo. Fa-lando filosoficamente, é claro.

Quais suas previsões para a Tec-nologia da Informação, na área de en-tretenimento, para os próximos 25anos?

Madureira - Cada vez teremos maistempo para o lazer e muito deste lazerserá via WEB. Será diversão on-demande no local, não importa qual, em que ocliente estiver. Vamos ganhar um boca-do de dinheiro com isso...

O humor na redeO lazer também ébeneficiado pela internet.Um exemplo está nos sites dehumor, como o do grupoCasseta & Planeta, campeãode audiência na TV e sempreà procura de novos canais.Um dos integrantes dogrupo, Marcelo Madureira,passa a maior parte dotempo em frente aocomputador, navegando ebuscando inspiração. Nestaentrevista exclusiva ao Wegem Revista, MarceloMadureira fala daimportância de democratizaro acesso à internet.

Marcelo Madureira,paranaense, flamenguista,41 anos, humorista einternauta de carteirinha

A inventividade humananão tem limites, e nãopoderá ser substituída

pelas máquinas, nunca.

n

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WEG em Revista Novembro - Dezembro 200012

WEG em Revista Novembro - Dezembro 20009

vendas

Eficiência comprovada

Um projeto-piloto do Weg Online foiimplantado na Schulz - empresa comsede em Joinville (SC), dedicada à fa-bricação de compressores de ar e peçaspara a indústria automotiva -, por estarentre os principais clientes, pela proxi-midade e pelo grau de complexidade dosprodutos comprados.

De acordo com José Prudêncio, ge-rente de Planejamento e Controle deProdução e Materiais (PCPM), daSchulz, o grande ganho proporcionadopelo Weg Online é a agilidade na ordemde compra diretamen-te com o PCP da Weg,sem necessidade decontato pelo telefone.“Temos acesso ao es-toque e ao calendáriode fabricação da Wega qualquer momento,o que permite agilida-de de entrega para osnossos clientes e apossibilidade de tra-balharmos com esto-que menor. O contato direto entres osPCPs das duas empresas garante maiorconfiabilidade no processo, com retor-no imediato de informações”, afirma.

O Sistema foi implantado na empre-sa há pouco mais de um mês, compro-vando a eficácia prevista. “A principalvantagem identificada é a possibilidadede a Schulz atuar diretamente no plane-jamento da Weg. Isso elimina etapas,proporcionando maior agilidade e au-mentando a flexibilidade do processo.Para a Schulz é uma satisfação ter par-ticipado como cliente prioritário na im-

plantação do projeto. Já fi-zemos muitas melhoriasem conjunto com a Weg e,com o sistema Online,acreditamos que fechamosum ciclo de evolução”, res-salta Jorge Andrade, geren-te da divisão de Logísticada Schulz.

Por isso, foi desenvolvido tendocomo foco os clientes que já têm pro-grama de fornecimento fiel com a Weg,ou seja, que apresentam um perfil decompras com produtos já definidos,compras repetitivas e condições comer-

ciais pré-determi-nadas. Como o per-fil de compras jáestá estabelecido, oprograma consistena automatizaçãoda rotina de relaci-onamento: defini-ção da quantidadede produtos a sercomprada, da datade entrega e da re-alização do follow-up.

“O sistema convencional, mesmocom produtos e preços já definidos, aca-ba gerando muita burocracia. As infor-mações passam por várias etapas e se-tores, tanto no cliente como na Weg, ge-rando menor grau de acuracidade e en-volvendo maior número de pessoas naatividade”, explica Antônio César da Sil-va, gerente de Vendas e Marketing daMotores.

A nova ferramenta conecta os doissistemas de manufatura (áreas de PCP),garantindo a transferência direta de in-formações de sistema para sistema. Asvantagens estão no tempo, melhoria naqualidade de informação, disponibilida-de de uso 24 horas por dia, redução deestoque de produtos, de custos e do nú-mero de pessoas envolvidas no proces-so.

“Quanto maior o número de pesso-as envolvidas, menor a probabilidade deacuracidade, maior o tempo gasto e me-nos se agrega valor. Como uso do recurso eletrôni-co, esses funcionários es-tarão disponíveis para ati-vidades mais agregadoras,como contato e tarefaspró-ativas, acompanha-mento do trabalho do re-presentante, análise do de-sempenho de clientes eenvolvimento na conquis-ta de novos clientes”, des-taca.

Abrangência

O sistema já está sendo ins-talado em outros clientes noramo de revendas e OEMs, sen-do que até o final de dezem-bro estará implantado em 15clientes no Brasil. A tendênciafutura é de atender tambémclientes que apresentem umperfil diferente do determina-do inicialmente. As estratégiasneste sentido já estão sendo tra-balhadas.

Internamente, estão habili-tadas a usar o sistema as unida-des Weg Motores (incluindo aunidade Guarulhos), Aciona-mentos e Automação. O pró-ximo passo será a inclusão dafábrica de Tintas e Vernizes,que também tem o perfil declientes que permite a utiliza-ção da ferramenta.

Legenda

JosØ PrudŒncio

Algumas funçõesdo Weg Online

l Consulta de estoque

l Consulta de prazos de entrega

l Colocação de previsões

l Confirmação de previsões

l Colocação de programações

l Alteração de programação

l Colocação de pedido

l Consulta de nota fiscal

O sistema permite o fe-edback instantâneo; emcaso de dúvida, o clientepode enviar e-mail direta-mente, sem sair do progra-ma. As respostas tambémsão imediatas.

Jorge Andrade

Para efeito de produção, os moto-res do tipo Padrão e Opcional não ne-cessitam de projeto específico da enge-nharia, pois toda esta documentação foifeita em forma de “genéricos” disponí-veis no PCP.

O representante comercial tem à dis-posição um arquivo técnico completosobre as linhas e os produtos Weg, quepode ser consultado de acordo com anecessidade do cliente. Restrições téc-nicas foram implantadas no sistema im-pedindo combinações impossíveis.

Com estas características do SASO,reduzimos drasticamente o número deconsultas à fábrica. O representantepode ser o consultor e apoiar-se direta-mente na base de dados de seu compu-tador.

Os desenhos de contorno (conheci-dos por ME), as folhas de dados técni-cos e as curvas características de per-formance são gerados a partir dos da-dos contidos no SASO. A engenhariadesenvolveu e agrupou rotinas e blocosde desenhos no software de GERAÇÃODE DOCUMENTOS que lê o códigode vendas e gera os documentos eletro-nicamente. O processo de elaboração eenvio de documentos aos clientes é to-talmente isento de papel em 80 % dassolicitações. Isto possibilitou aumentar-mos nossa capacidade e no mês de ou-tubro elaboramos e entregamos 3500 do-cumentos a clientes e empresas de en-genharia.

FLÁ

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A

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DRÉ

KOPS

CH

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KOPS

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vendas

Fluxo deentrada do Pedido

Representante Representante

Vendas

Engenharia

PCP PCP

Fabricaçªo Fabricaçªo

ÞÞ

ÞÞ Þ

Þ

Antes Depois

Classificaçãode motores

Motor Padrão: motor base da li-nha de produtos selecionada.Exemplo : motor trifásico, in-dustrial, carcaça de ferro fun-dido, 220/380 V, 60 HZ.

Motor Opcional: é um motor quedifere do Padrão, porém queseja apenas em característicasjá desenvolvidas. Exemplo: omotor Padrão, acrescido degrau de proteção IPW-55 complano de pintura 203 e termis-tor nos enrolamentos.

Motor Especial: motor com espe-cialidades mecânicas ou elétri-cas que necessitem de projetoespecífico. Exemplo: motor comdimensões especiais de eixo.

n

A todo código de vendas é associa-do um item de produção ( estrutura ) de5 dígitos. Este item tem a facilidade deser facilmente identificado e represen-tar fielmente todas as características domotor. O próprio SASO é o criador doitem transferindo os dados ao ERP.

Mesmo que a Weg nunca tenha pro-duzido um motor com uma determina-da combinação de opcionais, o SASOmonta o preço de venda e o disponibili-za para uma cotação ou mesmo coloca-ção de pedido.

Hoje o prazo de entrega de qualquerproduto é algumas vezes o fator deter-minante da venda. Clientes disso e pro-curando ter prazos de entrega cada vezmais rápidos, tanto no produto em siquanto nas propostas comerciais e do-cumentações, a Weg tem desenvolvidouma série de programas específicos. OSASO, como organizador e disciplina-dor do fluxo do pedido, contribuiu paraque o prazo de entrega médio de docu-mentação tenha caído substancialmen-te, o tempo entre a solicitação do clien-te e a entrega da documentação está naordem de 25 % menor do que era a 3anos, em propostas comerciais, hojeestamos a 45 % do tempo.

SASO nas empresas Weg

Todo esse trabalho foi iniciado naWeg Motores. Com o aprendizado obti-do, o treinamento dos representantes ecoordenadores de vendas e as várias su-gestões implementadas, o sistema foiposteriormente implantado na Weg Aci-onamentos. O sucesso foi rápido e comoo sistema era similar, a necessidade detreinamento foi mínima. Devido ao tipode produto que a Acionamentos fabrica,a forma de seleção dos itens foi adaptadaou como se fala na informática, foi cus-tomizada. A Acionamentos recebe 98 %de todos os pedidos eletronicamente.

A próxima empresa a se beneficiarcom SASO foi a Automação. O proces-so se iniciou semelhante ao da Aciona-mentos, mas agora no lançamento danova linha de inversores CFW-09, a Au-tomação já preparou um código inteli-gente e estuda novas implementações.Hoje, 95% dos pedidos de produtos stan-dard são elaborados no SASO.

A versão em inglês está sendo testa-da pela Weg Electric Motor filial dosEUA e dentro em breve estaremos im-plantando em outras filiais e na WegQuímica.

Conclusão

O SASO surgiu como conseqüênciade um trabalho que buscava resolver umproblema interno de fluxo de informa-ções e acabou se tornando num impor-tante centralizador de dados e gerador depedidos. Hoje está intimamente ligado àsáreas de PCP, estruturas e engenharia e éconsultado por outros setores da empre-sa. Conseguimos assim trazer mais sa-tisfação aos clientes e reduzir o trabalhodos representantes e da equipe interna,liberando-os para atividades mais nobres.

Podemos afirmar que teremos muitaevolução nos próximos anos, que a in-formática e telecomunicações darão sal-tos enormes e que muitas ferramentas devendas irão surgir. Sem esquecermos dasexperiências do passado demos um pas-so significativo com o SASO e prepara-mos a área comercial da Weg para me-lhor atender as necessidades de nossosclientes e enfrentar os grandes desafios eoportunidades que o novo milênio anun-cia.

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vendas

Eficiência comprovada

Um projeto-piloto do Weg Online foiimplantado na Schulz - empresa comsede em Joinville (SC), dedicada à fa-bricação de compressores de ar e peçaspara a indústria automotiva -, por estarentre os principais clientes, pela proxi-midade e pelo grau de complexidade dosprodutos comprados.

De acordo com José Prudêncio, ge-rente de Planejamento e Controle deProdução e Materiais (PCPM), daSchulz, o grande ganho proporcionadopelo Weg Online é a agilidade na ordemde compra diretamen-te com o PCP da Weg,sem necessidade decontato pelo telefone.“Temos acesso ao es-toque e ao calendáriode fabricação da Wega qualquer momento,o que permite agilida-de de entrega para osnossos clientes e apossibilidade de tra-balharmos com esto-que menor. O contato direto entres osPCPs das duas empresas garante maiorconfiabilidade no processo, com retor-no imediato de informações”, afirma.

O Sistema foi implantado na empre-sa há pouco mais de um mês, compro-vando a eficácia prevista. “A principalvantagem identificada é a possibilidadede a Schulz atuar diretamente no plane-jamento da Weg. Isso elimina etapas,proporcionando maior agilidade e au-mentando a flexibilidade do processo.Para a Schulz é uma satisfação ter par-ticipado como cliente prioritário na im-

plantação do projeto. Já fi-zemos muitas melhoriasem conjunto com a Weg e,com o sistema Online,acreditamos que fechamosum ciclo de evolução”, res-salta Jorge Andrade, geren-te da divisão de Logísticada Schulz.

Por isso, foi desenvolvido tendocomo foco os clientes que já têm pro-grama de fornecimento fiel com a Weg,ou seja, que apresentam um perfil decompras com produtos já definidos,compras repetitivas e condições comer-

ciais pré-determi-nadas. Como o per-fil de compras jáestá estabelecido, oprograma consistena automatizaçãoda rotina de relaci-onamento: defini-ção da quantidadede produtos a sercomprada, da datade entrega e da re-alização do follow-up.

“O sistema convencional, mesmocom produtos e preços já definidos, aca-ba gerando muita burocracia. As infor-mações passam por várias etapas e se-tores, tanto no cliente como na Weg, ge-rando menor grau de acuracidade e en-volvendo maior número de pessoas naatividade”, explica Antônio César da Sil-va, gerente de Vendas e Marketing daMotores.

A nova ferramenta conecta os doissistemas de manufatura (áreas de PCP),garantindo a transferência direta de in-formações de sistema para sistema. Asvantagens estão no tempo, melhoria naqualidade de informação, disponibilida-de de uso 24 horas por dia, redução deestoque de produtos, de custos e do nú-mero de pessoas envolvidas no proces-so.

“Quanto maior o número de pesso-as envolvidas, menor a probabilidade deacuracidade, maior o tempo gasto e me-nos se agrega valor. Como uso do recurso eletrôni-co, esses funcionários es-tarão disponíveis para ati-vidades mais agregadoras,como contato e tarefaspró-ativas, acompanha-mento do trabalho do re-presentante, análise do de-sempenho de clientes eenvolvimento na conquis-ta de novos clientes”, des-taca.

Abrangência

O sistema já está sendo ins-talado em outros clientes noramo de revendas e OEMs, sen-do que até o final de dezem-bro estará implantado em 15clientes no Brasil. A tendênciafutura é de atender tambémclientes que apresentem umperfil diferente do determina-do inicialmente. As estratégiasneste sentido já estão sendo tra-balhadas.

Internamente, estão habili-tadas a usar o sistema as unida-des Weg Motores (incluindo aunidade Guarulhos), Aciona-mentos e Automação. O pró-ximo passo será a inclusão dafábrica de Tintas e Vernizes,que também tem o perfil declientes que permite a utiliza-ção da ferramenta.

Legenda

JosØ PrudŒncio

Algumas funçõesdo Weg Online

l Consulta de estoque

l Consulta de prazos de entrega

l Colocação de previsões

l Confirmação de previsões

l Colocação de programações

l Alteração de programação

l Colocação de pedido

l Consulta de nota fiscal

O sistema permite o fe-edback instantâneo; emcaso de dúvida, o clientepode enviar e-mail direta-mente, sem sair do progra-ma. As respostas tambémsão imediatas.

Jorge Andrade

Para efeito de produção, os moto-res do tipo Padrão e Opcional não ne-cessitam de projeto específico da enge-nharia, pois toda esta documentação foifeita em forma de “genéricos” disponí-veis no PCP.

O representante comercial tem à dis-posição um arquivo técnico completosobre as linhas e os produtos Weg, quepode ser consultado de acordo com anecessidade do cliente. Restrições téc-nicas foram implantadas no sistema im-pedindo combinações impossíveis.

Com estas características do SASO,reduzimos drasticamente o número deconsultas à fábrica. O representantepode ser o consultor e apoiar-se direta-mente na base de dados de seu compu-tador.

Os desenhos de contorno (conheci-dos por ME), as folhas de dados técni-cos e as curvas características de per-formance são gerados a partir dos da-dos contidos no SASO. A engenhariadesenvolveu e agrupou rotinas e blocosde desenhos no software de GERAÇÃODE DOCUMENTOS que lê o códigode vendas e gera os documentos eletro-nicamente. O processo de elaboração eenvio de documentos aos clientes é to-talmente isento de papel em 80 % dassolicitações. Isto possibilitou aumentar-mos nossa capacidade e no mês de ou-tubro elaboramos e entregamos 3500 do-cumentos a clientes e empresas de en-genharia.

FLÁ

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KOPS

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vendas

Fluxo deentrada do Pedido

Representante Representante

Vendas

Engenharia

PCP PCP

Fabricaçªo Fabricaçªo

ÞÞ

ÞÞ Þ

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Antes Depois

Classificaçãode motores

Motor Padrão: motor base da li-nha de produtos selecionada.Exemplo : motor trifásico, in-dustrial, carcaça de ferro fun-dido, 220/380 V, 60 HZ.

Motor Opcional: é um motor quedifere do Padrão, porém queseja apenas em característicasjá desenvolvidas. Exemplo: omotor Padrão, acrescido degrau de proteção IPW-55 complano de pintura 203 e termis-tor nos enrolamentos.

Motor Especial: motor com espe-cialidades mecânicas ou elétri-cas que necessitem de projetoespecífico. Exemplo: motor comdimensões especiais de eixo.

n

A todo código de vendas é associa-do um item de produção ( estrutura ) de5 dígitos. Este item tem a facilidade deser facilmente identificado e represen-tar fielmente todas as características domotor. O próprio SASO é o criador doitem transferindo os dados ao ERP.

Mesmo que a Weg nunca tenha pro-duzido um motor com uma determina-da combinação de opcionais, o SASOmonta o preço de venda e o disponibili-za para uma cotação ou mesmo coloca-ção de pedido.

Hoje o prazo de entrega de qualquerproduto é algumas vezes o fator deter-minante da venda. Clientes disso e pro-curando ter prazos de entrega cada vezmais rápidos, tanto no produto em siquanto nas propostas comerciais e do-cumentações, a Weg tem desenvolvidouma série de programas específicos. OSASO, como organizador e disciplina-dor do fluxo do pedido, contribuiu paraque o prazo de entrega médio de docu-mentação tenha caído substancialmen-te, o tempo entre a solicitação do clien-te e a entrega da documentação está naordem de 25 % menor do que era a 3anos, em propostas comerciais, hojeestamos a 45 % do tempo.

SASO nas empresas Weg

Todo esse trabalho foi iniciado naWeg Motores. Com o aprendizado obti-do, o treinamento dos representantes ecoordenadores de vendas e as várias su-gestões implementadas, o sistema foiposteriormente implantado na Weg Aci-onamentos. O sucesso foi rápido e comoo sistema era similar, a necessidade detreinamento foi mínima. Devido ao tipode produto que a Acionamentos fabrica,a forma de seleção dos itens foi adaptadaou como se fala na informática, foi cus-tomizada. A Acionamentos recebe 98 %de todos os pedidos eletronicamente.

A próxima empresa a se beneficiarcom SASO foi a Automação. O proces-so se iniciou semelhante ao da Aciona-mentos, mas agora no lançamento danova linha de inversores CFW-09, a Au-tomação já preparou um código inteli-gente e estuda novas implementações.Hoje, 95% dos pedidos de produtos stan-dard são elaborados no SASO.

A versão em inglês está sendo testa-da pela Weg Electric Motor filial dosEUA e dentro em breve estaremos im-plantando em outras filiais e na WegQuímica.

Conclusão

O SASO surgiu como conseqüênciade um trabalho que buscava resolver umproblema interno de fluxo de informa-ções e acabou se tornando num impor-tante centralizador de dados e gerador depedidos. Hoje está intimamente ligado àsáreas de PCP, estruturas e engenharia e éconsultado por outros setores da empre-sa. Conseguimos assim trazer mais sa-tisfação aos clientes e reduzir o trabalhodos representantes e da equipe interna,liberando-os para atividades mais nobres.

Podemos afirmar que teremos muitaevolução nos próximos anos, que a in-formática e telecomunicações darão sal-tos enormes e que muitas ferramentas devendas irão surgir. Sem esquecermos dasexperiências do passado demos um pas-so significativo com o SASO e prepara-mos a área comercial da Weg para me-lhor atender as necessidades de nossosclientes e enfrentar os grandes desafios eoportunidades que o novo milênio anun-cia.

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vendas

WEG em Revista Novembro - Dezembro 2000 WEG em Revista Novembro - Dezembro 20008 13

Em linhacom o cliente

A meta da Weg é ter,até abril, em torno de45% do faturamento domercado interno dentro dosistema online

O acelerado desenvolvimen-to da informática vem agi-lizando o nível, a quantida-de e a qualidade das trocas

de informações. E quando o assunto éesse, vem logo à mente a palavra inter-net. A rede mundial oferece uma infini-dade de meios para qualificar serviçose desburocratizar antigos processos nosmais variados setores de uma empresa.

Na Weg, a mais recente incursão nasondas da internet é o Weg Online, pri-meira ferramenta de uso na rede dispo-nibilizada na área de Vendas. A princi-pal função do sistema é melhorar a inte-ração com os clientes, proporcionandovelocidade, acuracidade e redução decustos na rotina comercial, para ambasas partes.

ANDRÉ KOPSCH

entrevista

Tecnologia da Informação está naordem do dia. Busca-se tudo que forpossível para acelerar a comunicação.O Casseta & Planeta está em dia, como site na Web. Você acha a internetirreversível?

Madureira - A Internet é mais irre-versível que a operação plástica da CarlaPeres.

Como popularizar o acesso à in-ternet?

Madureira - Primeiro melhorandoas vias de acesso, seja telefone, seja bro-adband, banda larga... Segundo, facili-tando a compra via crédito e baixandoas tarifas de importação de hardware.Por último, tornar os softwares maisamigáveis. O computador tem que vi-rar uma espécie de liquidificador quequalquer um saiba usar. É só colocar natomada e ligar... E voilá!!! Está prontoo suco!

Qual sua expecta-tiva quanto ao uso darede mundial comoum canal eficaz decomunicação?

Madureira - É amelhor possível, prin-cipalmente no campoda educação à distância, intercâmbio deinformação científica etc.

Sabemos que a tecnologia da in-formação deve estar alinhada com aestratégia das empresas, mas que pa-pel cabe ao governo, nos níveis fede-ral, estadual e municipal?

Madureira - Ao governo cabe de-fender os interesses da comunidade,leia-se do usuário, e dar oportunidadea todos de acesso. Mas se o governo selimitar a não encher muito o saco já fazmuita coisa...

O que C&P ainda planeja, em ter-mos de Tecnologia da Informação?

Que outros canais ainda podem serusados para levar o entretenimento aopúblico?

Madureira - Usamos praticamentetodos os canais, mas estamos apostan-do muito na fusão da WEB com a TV.Queremos criar um canal Casseta & Pla-neta via banda larga com conteúdo es-pecífico para esta mídia.

Quais foram, em sua opinião, asgrandes conquistas tecnológicas dosúltimos 25 anos, em todas as áreas doconhecimento?

Madureira - Perguntinha fácil esta...Mas creio que foram os inibidores deenzimas (quem não conhece procure seinformar num bom manual de ética). Afibra ótica... E os filtros de papel paracafé também foram uma boa invenção.

Como o homem se situa neste con-texto de incrível de-senvolvimento tec-nológico? Que pa-pel cabe ao ser hu-mano, com o aper-feiçoamento ilimi-tado das máqui-nas?

Madureira- As máquinas de-

pendem e sempre dependerão da inteli-gência e da imaginação do homem - eisso não tem limites. Junto com toda essarevolução tecnológica, acredito que vi-veremos uma volta ao Humanismo. Fa-lando filosoficamente, é claro.

Quais suas previsões para a Tec-nologia da Informação, na área de en-tretenimento, para os próximos 25anos?

Madureira - Cada vez teremos maistempo para o lazer e muito deste lazerserá via WEB. Será diversão on-demande no local, não importa qual, em que ocliente estiver. Vamos ganhar um boca-do de dinheiro com isso...

O humor na redeO lazer também ébeneficiado pela internet.Um exemplo está nos sites dehumor, como o do grupoCasseta & Planeta, campeãode audiência na TV e sempreà procura de novos canais.Um dos integrantes dogrupo, Marcelo Madureira,passa a maior parte dotempo em frente aocomputador, navegando ebuscando inspiração. Nestaentrevista exclusiva ao Wegem Revista, MarceloMadureira fala daimportância de democratizaro acesso à internet.

Marcelo Madureira,paranaense, flamenguista,41 anos, humorista einternauta de carteirinha

A inventividade humananão tem limites, e nãopoderá ser substituída

pelas máquinas, nunca.

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Page 14: WEG em Revista 07

Educaçãoinfantil é destaque

WEG em Revista Novembro - Dezembro 200014

WEG em Revista Novembro - Dezembro 20007

Invenções que movem o mundo

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araguá do Sul, sede da Weg, foieleita pela segunda vez consecuti-va como o município catarinenseque apresenta o melhor Índice deDesenvolvimento Social (IDS),

repetindo a posição conquistada noranking de 1997. Esse resultado foi de-finido na segunda pesquisa realizadapela Secretaria de DesenvolvimentoUrbano e Meio Ambiente do Estado.

O estudo avalia 17 indicadores, trêsdeles econômicos, três sobre saneamen-to básico e 11 sociais. Cada indicadorrecebe uma nota de zero a 1,sendo que o IDS é a médiados indicadores. No primei-ro relatório, com base emdados de 1991 a 1995, Jara-guá obteve coeficiente de0,78, e, no novo mapa, refe-rente a 1999, alcançou 0,82.

A cidade, colonizada nametade do século passado,principalmente por imigrantes alemães,cresceu rapidamente e ganhou ares demetrópole por sua autonomia e evolu-ção.

Para o prefeito Irineu Pasold (foto),a conquista é da coletividade: “A comu-nidade está remando no mesmo senti-do. É uma parceria que envolve empre-sários, sociedades, associações de bair-

ros e administração municipal num tra-balho em sintonia. Outro fator é que opovo está consciente de que tem umaparcela de deveres e direitos”.

O objetivo da administração - Iri-neu Pasold foi reeleito para a próximagestão - é continuar crescendo em par-ceria, tendo como foco a qualidade devida e a produtividade. Para isso, contacom projetos já encaminhados. A cons-trução do aterro sanitário, financiadopor um grupo de empresas locais emparceria com a Prefeitura, é um deles.

O aterro, que será ativado emmarço de 2002, terá capaci-dade de uso para 30 anos.Outra prioridade é a conclu-são do programa de sanea-mento básico, com a meta deatender, até o final de 2001,65% da população com arede de esgoto sanitário, umdos melhores percentuais do

estado. As duas obras somam investi-mentos na ordem de R$ 35 milhões.

“Nossa meta é crescer, não só paraobter nota 10, mas para oferecer quali-dade de vida à população. Queremosmelhorar em educação, atendimento àcriança, segurança, pavimentação no in-terior, investir em prevenção e na bus-ca de soluções”, antecipa Pasold.

comunidade

A melhorqualidadede vida

Com investimentos emeconomia, saneamento ebem-estar social, Jaraguá doSul mantém a posição demelhor cidade de SC

J Uma das prioridades de Ja-raguá do Sul é a preocupaçãocom a educação infantil. O mu-nicípio é reconhecido nacional-mente pelos programas que de-senvolve nessa área. Os pontosfundamentais começam pela for-mação e aprimoramento dos pro-fessores das escolas municipais,e vão ao desenvolvimento de pro-jetos de prevenção e promoção àsaúde, que têm como meta infor-mar, conscientizar e garantir umavida saudável.

Entre os destaques aparecemprogramas como o “ProfessorCompetente”, que visa a qualifi-cação do corpo docente, e o“Saúde Bucal”, que atende todasas escolas do município, benefi-ciando 22 mil alunos. Hoje, 90%das crianças de12 anos não têmcáries.

“Ainda temos crianças semacesso a todos os benefícios, e oobjetivo é alcançar a totalidadepela expansão dos serviços, ten-do como referência as unidadesde atendimento mais próximas”,destaca Irineu Pasold.

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DIVULGAÇÃO

No mundo há nações ricas e na-ções pobres. A explicação para estedescompasso passa por vários ca-minhos, nos quais há aspectos quevão do cultural ao geográfico. A in-ventividade está presente em todosos casos de êxito. É essa virtude queleva os homens a inventar disposi-tivos que facilitam o dia-a-dia.

Invenção é o tema do livro “Ri-queza e Pobreza das Nações” (Edi-tora Campus), de David S. Landes,professor de Economia Política eHistória da Universidade de Har-vard, autor também de “PrometeuAcorrentado” e “Revolution InTime” (ambos da Editora Nova Fron-teira). No capítulo 4 do livro, Landescita a Idade Média como uma das épo-cas mais inventivas que a História tinhaconhecido. E dá cinco exemplos dessainventividade.

“RODA D’ÁGUA - era conhecidados romanos, que começaram fazendocoisas interessantes com ela durante oúltimo século do Império, quando asconquistas haviam chegado ao fim e osuprimento de escravos se reduzira qua-se a zero. O aparelho pode ter sobrevi-vido em propriedades da Igreja, onde li-berava os clérigos para as orações. Aroda d’água foi revivida nos séculos Xe XI, multiplicando-se facilmente numaregião de vastas precipitações pluviaise numerosos cursos de água. A Inglater-ra, em 1086, registrava a existência de5.600 desses moinhos.

ÓCULOS - Um objeto aparente-mente banal, o gênero de coisa que detão comum se tornou trivial. No entan-to, a invenção dos óculos mais que du-plicou o período de vida ativa de arte-sãos talentosos, especialmente aquelesque executavam tarefas delicadas, escri-bas (indispensáveis antes da invençãoda imprensa), copistas e leitores, fabri-cantes de instrumentos e ferramentas, te-celões finos, metalúrgicos. Onde e quan-do apareceram os primeiros óculos?Cristais e lentes de aumento rudimenta-res tinham sido descobertos antes e usa-

dos para leitu-ra. O proble-ma consistiaem aperfei-çoá-los demodo a redu-zir a distorçãoe em conectarum par de len-tes numa ar-mação quedeixasse asmãos livres.Segundo pa-rece, issoa c o n t e c e u

pela primeira vez em Pisa, Itália, em finsdo século XIII.

RELÓGIO MECÂNICO - Antesda invenção dessa máquina, as pessoasdeterminavam a hora pelo sol e por re-lógios d’água. Não sabemos quem in-ventou essa máquina ou onde. Parece teraparecido na Itália e na Inglaterra (tal-vez uma invenção simultânea) no últi-mo quarto do século XIII. Uma vez co-nhecido, espalhou-se rapidamente. Asprimeiras versões eram rudimentares,imprecisas, e enguiçavam com facilida-de - tanto que compensava contratar umrelojoeiro junto com a compra do reló-gio. O relógio foi a maior realização daengenhosidade mecânica medieval. Re-volucionário na concepção, era maisradicalmente novo do que os primeirosfabricantes imaginavam. O relógio me-cânico permaneceu um monopólio eu-ropeu (ocidental) por cerca de 300 anos;em suas formas superiores, até o séculoXX. Outras civilizações admiraram ecobiçaram relógios, mas nenhuma de-las pôde se igualar ao padrão europeu.

IMPRENSA - A imprensa foi inven-tada na China (que também inventou opapel) no século IX, e encontrou uso ge-ral no século seguinte. Essa realizaçãoé tanto mais impressionante porquantoa língua chinesa, escrita mediante sím-bolos ideográficos (não-alfabéticos),não se presta facilmente ao tipo móvel.Isso explica por que a imprensa chinesa

especial

consistia primordialmente em impres-sões de bloco de página inteira, e tam-bém por que grande parte dos antigostextos chineses consiste em desenhos.A imprensa chegou à Europa séculosdepois. Antes de Gutenberg e sua pren-sa móvel, foram concebidas todas ascombinações a fim de aumentar o ma-terial de leitura. Assim, quando Guten-berg publicou sua Bíblia em 1455, le-vou a nova técnica para uma sociedadeque há tinha aumentado significativa-mente sua produção d escrita e estavaansiosa por utilizá-la. Em meados doséculo seguinte, a imprensa propagou-se da Renânia por toda a Europa oci-dental.

PÓLVORA - Os europeus provavel-mente receberam-na dos chineses no sé-culo XIV. Os chineses conheceram apólvora no século XI, e usaram-na pri-meiro como um dispositivo incendiário,em fogos de artifício e na guerra, fre-qüentemente na forma de lança-chamastubulares. Seu uso como propulsor veiomais tarde, começando com ineficien-tes bombardas e lançadores de flechas,passando em seguida para o canhão (finsdo século XIII). Os chineses pulveriza-vam a pólvora e obtinham uma reaçãofraca, porque a massa de grão muito finoretardava a ignição. Os europeus, poroutro lado, aprenderam no século XVIa “granular” o pó, dando-lhe a forma depequenas amêndoas ou seixos. Obtive-ram ignição mais rápida, e, misturandocom mais cuidado os ingredientes, umaexplosão mais completa e poderosa.Com isso, era possível se concentraremno alcance e peso do projétil, sem se pre-ocupar com ruído, cheiro e efeitos visu-ais.”

Com estes exemplos, o professor Da-vid S. Landes mostra o quão inventivafoi a Idade Média. Hoje, também pode-mos afirmar: o século XX foi um dosmais marcantes no aperfeiçoamento deinventos e no avanço tecnológico.

E o século XXI? Será inventivo oudesenvolvimentista? Respostas daqui acem anos.

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O mascoteda comunicação

WEG em Revista Novembro - Dezembro 2000 WEG em Revista Novembro - Dezembro 20006 15

especial

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Comunicação. Palavra-chavepara quem quer crescer acompa-nhando o avanço tecnológico,sem esquecer o humano. E comu-nicar, para a Weg, é mais do queo simples repasse de informação:é fazer da capacidade de trocar ediscutir idéias, de dialogar e deconversar, uma forma de levareducação e cultura à comunida-de. E para realizar isso de formaeficiente, alia precisão e criativi-dade.

Por isso, entre os vários ca-nais de comunicação utilizadospela empresa, voltou à ativa oPlácido, personagem criado hácerca de dez anos para ser o eloentre a empresa e a comunidade.

O boneco representa um me-nininho esperto, curioso e adap-tado às novidades do século 21,a exemplo das crianças de hojeque já nasceram tendo a tecnolo-gia como a principal propulsorado mundo.

Plácido aparece em tiras se-manais de cinco jornais de Jara-guá do Sul e na revista “Nossa”,levando à população informaçõessobre meio ambiente, lazer, segu-rança, trânsito e relacionamento.Também está, mensalmente, nojornal interno Notícias Weg Co-laborador e é o divulgador da In-traweg.

c omunidade

A classe empresarial tem participa-ção fundamental nos índices alcançadosem qualidade de vida, de acordo comavaliação do prefeito Irineu Pasold.Além de contribuírem para o desenvol-vimento econômico, as empresas estãodiretamente ligadas à projeção interna-cional de Jaraguá do Sul e com o desen-volvimento social e cultural da popula-ção.

“Além da geração de empregos, to-das as empresas, grandes, médias e pe-quenas, se preocupam com o social. Senão tivesse esse apoio, o município nãoteria condições de atingir a abrangênciaalcançada”, garante o prefeito.

Visando apoiar o desenvolvimentoda comunidade em que está inserida, aWeg, por exemplo, desenvolve ativida-des como a Ação Comunitária - que con-

centra uma série de servi-ços gratuitos para a comu-nidade -, promoção decampanhas de prevenção econscientização, repasse deinformação pelos meios decomunicação locais, inclu-

indo o programa de rádio e TV “Atuali-dades Weg”, e a presença do persona-gem Plácido em tiras semanais de jor-nais e revistas locais.

Outra questão que recebe atenção es-pecial das empresas locais é a preocu-pação com o meio ambiente. Uma mos-tra disso é o investimento de R$ 4 mi-lhões feito pela Weg, nos últimos doisanos, na reciclagem das 2,5 mil tonela-das de resíduos industriais produzidospela fábrica diariamente, além da preo-cupação em relação à preservação dasnascentes e da mata Atlântica, que vemcontribuindo para a maior diversidadeda flora e da fauna. Recentemente, aconsciência ecológica também rendeu àWeg o Prêmio Expressão de Ecologia,na categoria Controle da Poluição In-dustrial.

A participaçãodas empresas

Açªo ComunitÆria: serviços gratuitos para a populaçªo

Quando o juiz Nicolau foi preso,você:A) Soube na hora, por um canal de

notícias na internetB) Soube à noite, na TVC) Soube por um amigo, mas antes

precisou lembrar bem quem erao Nicolau

D) O quê! Prenderam o PapaiNoel?

Nos finais de semana você se diver-te:A) Saindo de bicicleta com as cri-

ançasB) Navegando na internetC) Assistindo futebol na TV e esva-

ziando latas e latas de cervejaD) Esvaziando latas e latas de cer-

veja

Como uma empresa deve agir paraacompanhar as mudanças tecnológicas,na área de recursos humanos? E comoos profissionais devem se portar? Essasperguntas são respondidas por ThomasA. Case, doutor em Administração deEmpresas e fundador do Grupo Catho,um dos maiores do Brasil em consulto-ria de RH.

MUDANÇAS: a revolução provo-cada pela internet atinge quase todosos setores da empresa

“A internet está transformando avida profissional das pessoas. Ela estáentrando em todas as áreas. A via estácriando infinitas possibilidades no ma-rketing, enquanto as áreas de finançasestão literalmente se mudando para a in-ternet, onde há um grande leque de opor-tunidades de aplicações a baixo custo.No RH a internet fez uma revolução:21% das pessoas que colocam currícu-los no nosso site conseguem emprego.

Acompanhando as mudançasA Catho se co-munica hojecom 3 milhõesde pessoas viae-mail.”

QUALIFI-CAÇÃO: co-nhecer infor-mática, teragilidade ecomprometi-mento com aempresa

“Todo profissional tem que ser umbom usuário da informática. Ele preci-sa conhecer e saber usar as ferramen-tas. Além da intimidade com a informá-tica, outra característica que difere o pro-fissional de ontem do de hoje é a capa-cidade de ser ágil, para acompanhar avelocidade dos negócios, assim como oenvolvimento no trabalho e a dedicaçãoem tempo integral.”

MERCADO: a área de serviçoscomeça a ocupar o papel do setor demanufatura na criação de empregos

“O mercado está excelente em 2000,com o aumento da demanda em todosos setores e tipos de profissionais. A áreade serviços tem crescido mais que amanufatura, ao contrário do cenário dasdécadas de 70 e 80.”

PERFIL: o gerente de alguns anosatrás vira consultor neste final de sé-culo

“A Catho realizou uma pesquisa com502 empresas, e, em 52% dos casos, asempresas contrataram profissionais comidade acima de 40 anos, sendo que 53%deles eram consultores. As empresashoje estão contratando mais consulto-res do que gerentes. O consultor é con-tratado para resolver tarefas específicasonde a experiência é vital para resolveros problemas.”

Thomas: a internet fezuma revoluçªo no RH

O seu telefone celularA) Permite navegar na internetB) É supercompacto, identifica cha-

madas e recebe mensagens pelainternet

C) Que celular???D) O que é telefone???

Como você cuida da saúde?A) Com uma boa nutrição, esporte

e check-ups completos, anual-mente

B) Com uma visita ao cardiologis-ta, anualmente

C) Prometo que em janeiro deixo defumar...

D) Tomando óleo de fígado de ba-calhau

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Em que ano você está?

Seus canais preferidos na TV são:A) Globo News, National Geogra-

phic e Cartoon NetworkB) Discovery, Telecine e SporTVC) Qualquer um que divirtaD) TV? Aquele treco enorme que só

ocupa espaço na sala?

Você sabe em que ano a estação es-pacial internacional vai ser ativa-da?A) Sei, vai ser em 2005B) Sei que vai ser no início do pró-

ximo séculoC) Esse treco ainda vai cair na nos-

sa cabeçaD) A viagem à Lua já foi um truque;

imagine essa tal estação...

Respondendo ao teste a seguir, você se situará no tempo. Mais respostas C vão colocá-lo em meados doséculo 20; a maioria de opções B traz para o ano 2000; quanto mais A, mais à frente você está. Já se a maioriafor a letra D, “uga, uga!”

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Previsões furadas

WEG em Revista Novembro - Dezembro 20005

especial

WEG em Revista Novembro - Dezembro 200016

Na foto do meio, odiretor de Marketing daWeg, Walter JanssenNeto, entrega osequipamentos à Udesc;nas outras fotos, oslaboratórios jÆ emfuncionamento

O bom relacionamento da Wegcom as instituições universitáriascontinua dando bons frutos: no dia20 de novembro a Universidade doEstado de Santa Catarina - Udesc -,campus Joinville, apresentou três la-boratórios montados numa parceriaentre a empresa e a universidade. Oevento fez parte da abertura da 1ªSemana Tecnológica da EngenhariaElétrica da Udesc.

Os laboratórios de Eletrotécnica,Controladores Lógicos Programáveise Acionamentos Elétricos contam combancadas didáticas e outros equipa-mentos Weg, como inversores de fre-qüência, CLPs, motores e contatores,além de material didático completo.A Weg participou também da Sema-na de Engenharia, apresentando duaspalestras: Cogeração e Energias Al-ternativas e Motores Elétricos de AltoRendimento.

A parceria da Weg com universi-dades e escolas técnicas se materia-liza em projetos de pesquisa em con-junto, doações de equipamentos ebolsas para funcionários da empre-sa. Um dos destaques desta parceriaé o Concurso de Conservação deEnergia Elétrica, lançado em 1997.A terceira edição está na fase de ava-liação dos trabalhos. Os vencedoresdevem ser anunciados em breve.

notícias

Mais de 40 mil executivos detodo o país, entrevistados pela re-vista NEI - Noticiário de Equipa-mentos Industriais -, elegeram asempresas de destaque na área industrial. E a Weg, mais uma vez, foi umadas mais citadas, colocando 22 produtos entre os cinco preferidos em cadaum dos segmentos pesquisados. Destes produtos, oito ficaram em primeirolugar na preferência do público: Acionamentos, Capacitores para correçãode fator de potência, Conversores, Inversores de Freqüência, Motores Elé-tricos, Servomotores, Transformadores Elétricos e Variadores de Velocida-de.

Weg é destaque na NEI

A próxima edição da revista Ele-tricidade Moderna, que circula em ja-neiro, vai mostrar, mais uma vez, a li-derança da Weg: no Prêmio Qualidade,promovido pela revista, a Weg ganhouem motores elétricos, com 93,3%, e emtransformadores, com 35,3%.

Além disso, a Weg ganhou o prê-mio de Melhor Desempenho Global,referente ao índice de 93,3% em moto-res elétricos.

EletricidadeModerna

Parceria com a Udesc

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va, presidente da Varig, ex-ministro daInfra-Estrutura, ex-presidente da Em-braer e da Petrobras. Ozires (foto à di-reita) cita, entre os principais avanços,o desenvolvimento das técnicas digitais,em particular na eletrônica; a biotecno-logia; a nanotecnologia; as aplicações

práticas do raio laser; anavegação aérea e o po-sicionamento global(GPS) por satélite.

A microeletrônica éapontada como umagrande conquista tecno-lógica dos últimos 25anos pelo diretor doCentro Tecnológico daUniversidade Federalde Santa Catarina, Ari-ovaldo Bolzan. “A mi-croeletrônica - dizBolzan - é a base tecno-lógica dos microcom-putadores e também dodesenvolvimento dastelecomunicações, oque permitiu o surgi-mento dos aparelhos ce-lulares e de centrais te-lefônicas mais podero-sas”.

Para Ozires Silva,tudo isso proporcionouinimagináveis conquis-tas na saúde, na educa-ção e no desenvolvi-

mento social. Mas ele faz uma ressalva:“Ainda falta distribuir melhor essesavanços entre todas as pessoas. Infeliz-mente, o conhecimento ainda é discri-minado, favorecendo os mais ricos”. Oaspecto humano do desenvolvimentodeve ser levado em conta, sempre: “Araiz do desenvolvimento de um país é ovalor de conhecimento e talento agre-gado a seus produtos tecnológicos. As-sim, hoje não se pode falar de tecnolo-gia sem abordar o talento humano nosentido da inovação e criatividade”.

O Brasil, na opinião de Ozires, en-frenta uma limitação tecnológica, que éa falta de uma mentalidade de primeirolugar: “Há competência no Brasil, ape-sar de muitos equipamentos e acessóri-os serem importados. Isso é natural,pois, com a globalização, os produtossão montados com componentes de vá-

Vale a pena recordar algumaprevisões feitas sobre o ano 2000.

l Shere Hite, autora do “Relató-rio Hite”, em 1980, dizia queato sexual perderá importân-cia. O debate homossexualida-de versus heterossexualidadenão terá mais sentido. Atual-mente, o sexo não só continuasendo importante, como susci-ta debates sempre acirrados.

l Thomas Watson, o fundador daIBM, dizia em 1943 que o mer-cado mundial teria lugar paracinco computadores. Já foramfabricados 300 milhões de PCs.

l O guru da contracultura nosanos 60, Timothy Leary, previaque o comunismo dominaria omundo, com exceção de Esta-dos Unidos, Canadá e Austrá-lia. Atualmente, o comunismosó sobrevive puro na Coréia doNorte e em Cuba.

l Haverá mais humanos vivendono espaço que na Terra, previao físico Gerard O’Neill. As es-tações espaciais ainda engati-nham, e só em 2005 será possí-vel habitar a estação orbital in-ternacional.

l As pessoas trabalharão 147 diase descansarão 218. Essa é de umdos mais famosos futurólogos domundo, Herman Khan, em 1967.Hoje, porém, as pessoas aindatrabalham 218 dias por ano edescansam 147.

l Robert Weil e Ben Bova previ-am, em 1982, que o recorde deBob Beamon no salto em distân-cia (8,90 m) só seria superadoem 1.000 anos. O recorde foi ba-tido pelo americano Mike Po-well em 1991, saltando 8,95 m.

l O físico russo Andrei Sakharovprevia, em 1974, que em 2000o homem teria lavouras no mar,na Antártida e na Lua. Passoulonge.

rios países, quase nãoexistem mais produ-tos 100% de qual-quer nacionalidade”.

“Sem dúvida, épreciso acreditar nofuturo” - alerta o em-

presário, concluindo: “A primeira vezem que falei em se construir um aviãobrasileiro fui tão desestimulado que for-taleceu mais ainda o meu sentimento deconstruir. Hoje, estou pensando coisasnovas para a Varig, e algumas delas jáestão acontecendo. Estamos sempre pre-cisando pensar no futuro”.

O papel do Brasil

O Brasil precisa buscar seu papel noplaneta, e a sociedade tem que trabalharmuito para definir onde estará no futu-ro, especialmente no que se refere à tec-nologia. A afirmação é do engenheiroquímico Luiz Bevilacqua, professor deEngenharia Industrial na UniversidadeFederal do Rio de Janeiro. Ele garante:“Temos um diferencial que pode ser bemaproveitado, que é a biodiversidade.Agora, qualquer solução passa pela li-berdade de pensamento e pelo desenvol-vimento do pensamento crítico, peladescoberta e pela inovação”.

A universidade,para Bevilacqua (fo-to), tem um papel im-portante no desenvol-vimento tecnológicode uma nação. Se naárea industrial é es-sencial olhar para oamanhã, na vida acadêmica é muitomais. “O que precisamos - diz - é elevarnossa autoconfiança. Sem paixão nãoacontece nada. Mas para isto é precisohaver liberdade e eficiência do sistema”.

Para se colocar uma nova tecnolo-gia no mercado, em nível mundial, estácada vez mais fácil na opinião de LuizBevilacqua. Na área biológica, porexemplo, os cientistas chegaram a bonsresultados, como no caso das clonagens.Já no Brasil, não há mecanismos, meiosindustriais para transformar tecnologiaem produto de venda. Além disso, nãohá poder de compra do Estado, e os tri-butos ainda não estão bem equaciona-dos.

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WEG em Revista Novembro - Dezembro 200017

WEG em Revista Setembro - Outubro 20004

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O século 20 chega aofim caracterizado porgrandes avanços euma indagação: atéonde vai a tecnologia?

notícias

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A Weg é uma das empresasvencedoras do 8º Prêmio Expres-são de Ecologia, uma das maisimportantes premiações do paísna área de proteção ao meio am-biente. O case vencedor foi a Im-plantação da Estação de Trata-mento de Efluentes (ETE) da uni-dade Weg Química, localizada emGuaramirim (SC), que atua naárea de Tintas e Vernizes Indus-triais. O prêmio foi entregue nodia 8 de dezembro, em Blumenau.

A nova ETE, totalmente auto-matizada, tem capacidade para proces-sar 7,5 m³ por hora, o que quer dizerque 100% dos efluentes da empresa, eparte dos gerados pela Unidade Moto-res, serão totalmente processados atéatingir um grau de pureza em torno de95%. Como a necessidade da empresahoje é de 3,5 m³, a vasão é suficientepara atender o crescimento da fábricanos próximos cinco anos.

Preservar o meio ambiente faz partedos compromissos da Weg. Cada fábri-ca tem sua própria estação de tratamen-to, mas por causa das características dosprodutos fabricados na Weg Química,sua estação mereceu investimentos de

Um grupo de empresários de Ja-raguá do Sul recebeu os títulos deCidadão Benemérito e Cidadão Ho-norário, concedidos pela Câmara deVereadores. Entre eles, Eggon João

Cinco empresários de SantaCatarina foram eleitos para oFórum de Líderes Empresari-ais: Eggon João da Silva e Dé-cio da Silva, da Weg; VicenteDonini, da Marisol; WanderWeege, da Malwee - todos deJaraguá do Sul -, e Amaury Ol-sen, da Tigre, de Joinville. Aeleição dos Líderes Empresari-ais é realizada duas vezes porano pela Gazeta Mercantil, maisimportante jornal de negóciosdo país. No meio do ano sãoeleitos os líderes por setor de ne-gócios e, no final do ano, os lí-deres por estado. A eleição é di-reta, e todos os assinantes dojornal têm direito a voto. Nãohá pré-candidatos, os assinan-tes votam noscinco empre-sários queconsideremos líderesmais repre-sentativos doestado.

O Fórum de Líderes, criadoem 1977, reúne as mais desta-cadas lideranças do país numespaço para o debate e a trocade experiências sobre temas im-portantes da realidade nacio-nal. Esta é a 14ª vez que o pre-sidente do Conselho de Admi-nistração da Weg, Eggon Joãoda Silva, que já foi Líder Em-presarial Nacional por três ve-zes, é eleito para o Fórum deLíderes. O presidente executivoda Weg, Décio da Silva, já foieleito em oito ocasiões. A pre-miação foi no dia 11 de dezem-bro, em São Paulo.

Fórum de Lídereselege empresários

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Prêmio Expressão de Ecologia

cerca de R$ 600 mil.Esse investimento faz parte de um

conjunto de ações voltadas à conquistada ISO 14000, grande objetivo da em-presa para 2001. Entre os principais pro-cedimentos já implantados estão a ins-talação de um incinerador para queimade resíduos e embalagens de produtosquímicos, a instalação de filtros nas cha-minés para evitar a emissão de partícu-las na atmosfera, e a instalação do siste-ma centralizado de exaustão de solven-tes. Outro projeto que vai agregar valora meta de conseguir a certificação é odo atero sanitário, que está em processode licenciamento.

Fundadores ganham títuloda Silva e Werner Ricardo Voigt,fundadores da Weg, hoje membrosdo Conselho de administração daempresa, homenageados com o tí-tulo de Cidadãos Honorários.

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m meados do século, as expecta-tivas sobre o ano 2000 geravamprevisões dos mais variados ca-libres, desde as realistas, com

bases sólidas, até as mais estapafúrdias.Na média, quase todas erraram o alvo.Entre as mais notórias, as piores eramas que anteviam o fim do mundo no ano2000. De guerras devastadoras a cho-ques de meteoros, as visões apocalípti-cas povoaram a mente dos povos daTerra durante a segunda metade do sé-culo. A idéia do Juízo Final, considera-da uma excrescência obscurantista daIdade Média, voltou a ganhar corpo nosúltimos anos do século. O fanatismo quelevou milhares de pessoas ao histeris-mo nos últimos dias de 1999.

O jornalista Rafael Kenski, da revis-ta Superinteressante, aborda a possibi-lidade do fim da raça, citando os prová-veis motivos que podem levar o Homosapiens à extinção. A revista ouviu asopiniões de renomados cientistas e lis-tou os “candidatos a carrascos da hu-manidade”. Os cinco fatores que podemdesencadear o apocalipse são os choquescom asteróides e outros corpos celestes,as guerras nucleares, o colapso ambien-

tal, as doenças e a tecnologia.A tecnologia? Sim, a tecnologia. Bill

Joy, cientista-chefe da Sun Microssys-tems, ouvido pela Superinteressante,alerta: “Robôs, organismos genetica-mente modificados e nanorrobôs, cria-dos para resolver problemas da huma-nidade, possuem um fator perigoso: po-dem se reproduzir”.

O homem, portanto, é o carrasco desi mesmo, pois das cinco eventuais cau-sas para o fim da raça humana, apenasuma - o choque de um asteróide - temorigem puramente externa. Aos cientis-tas, resta repetir os alertas e mostrar oscaminhos para impedir a extinção davida. Aos detentores do poder, cabe aresponsabilidaade de utilizar o conhe-cimento tecnológico com sabedoria, emfavor e não contra as pessoas.

Ruim com ela...

Até aqui, a tecnologia surge como agrande vilã do século 20. Mas essa é aface escura da moeda. Há um lado bri-lhante, no qual o desenvolvimento tec-nológico marcou o progresso da huma-nidade, especialmente no último quartodo século. Foi quando a informática seconsolidou e favoreceu o avanço da tec-nologia da informação. Ao baratear a co-municação à longa distância, a internetpermitiu uma aproximação das pesso-as. O relacionamento pessoal ganhouum impulso e a importância que mere-ce (v. Weg em Revista nº 4, maio 2000).

As telecomunicações globais sãoapontadas como uma das principais con-quistas tecnológicas dos últimos 25 anospelo engenheiro aeronáutico Ozires Sil-

Avanços e dúvidas

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ETE da Weg Química; na foto de baixo, o diretor Jaime Richter recebe o PrŒmio Expressªo

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editorial

WEG em Revista Novembro - Dezembro 2000 WEG em Revista Novembro - Dezembro 2000

expediente

índice

Weg em Revista éuma publicação daWeg. Av. Pref. Wal-demar Grubba,3300, caixa postal420, telefone (47)

372-4000, CEP 89256-900, Jaraguá doSul - SC. Home page: www.weg.com.br.Linha direta: [email protected] Editorial: Walter Janssen Neto(diretor), Paulo Donizeti (editor), CaioMandolesi (jornalista responsável), Ed-son Ewald. Edição e produção: EDMLogos Comunicação, telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

Salto tecnológico parao próximo século 4

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H NInternet facilitasistema de vendas

Weg automatizaárea comercial

Jaraguá: onde a vidatem qualidade

Governança corporativa,transparência ética

17Prêmio Expressão deEcologia para a Weg

18Só cresce quemvaloriza a tecnologia

Transmitir a informaçãocorreta, para o emissorcerto, sem ruído, émais fácil graças àsmodernas tecnologias

Tecnologia a serviço da informação

artigo

Alidor Lueders é diretoradministrativo da Weg

A utilização dosrecursos da internetainda está longe do

esgotamento, ecomporta muitos

investimentos

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ós temos o privilégio de viver numa época sublime, aquelaem que as transformações não são apenas grandes, massobretudo profundas. O novo paradigma em tecnologia fezda informação e do conhecimento o fator maior e centralda produção.

A transparência, a seriedade e a ética nos negócios são a novaforça de gestão, devidamente compartilhada, gerando o que estamoschamando de Governança Corporativa.

Neste mundo maravilhoso de introdução de métodos novos, combase em idéias vencedoras do passado, confirma-se que toda empresadeve ser gerenciada com eficácia, levando-se em conta a defesa dointeresse dos acionistas, e tendo em mente que o acionista é aqueleque é o dono da empresa e é quem corre os riscos.

A Governança Corporativa é um sistema de gestão que busca oequilíbrio na relação entre os acionistas, o Conselho de Administra-ção, eleito pelos acionistas, e os executivos, selecionados pelo Conse-lho. A estrutura da Governança Corporativa deve assegurar trata-mento equânime a todos os acionistas, inclusive minoritários, prefe-rencialistas, nacionais e estrangeiros. Todos devem ter oportunidadede obter reparação efetiva por violação de seus direitos.

Ela deve, ainda, assegurar a divulgação oportuna e precisa detodos os fatos relevantes referentes à empresa, inclusive posição fi-nanceira, desempenho, participação acionária e o próprio funciona-mento da governança.

Mas a necessidade de divulgação não deverá acarretar maioresdificuldades na empresa, sob o aspecto administrativo ou com custosabsurdos para a empresa. Nem se deve esperar que elas divulgueminformações que ponham em risco sua posição competitiva.

E é aqui que surge a maior dúvida. O desejo de participar nosConselhos, seja de Administração, seja Fiscal, tem efetivamente o ob-jetivo de alcançar estes princípios que enumeramos, ou se esconde odesejo de obter informações que vão um pouco além do que deve serdivulgado? As chamadas informações privilegiadas. E é aí que nosperguntamos se os atuais instrumentos legais são suficientes para coibira ação individual de algum membro da Governança Corporativa,menos ético.

Somos favoráveis à Governança Corporativa, somos absolutamen-te entusiastas da transparência e lutamos pelo ético. Acreditamos emConselhos de Administração eficazes e gestão executiva por profissi-onais competentes. Cremos em Conselhos Fiscais e Auditorias Exter-nas que desejam efetivamente olhar e fazer acertar os caminhos, lu-

tando juntos ininterruptamente pela eficácia, pelacompetência, pela transparência, pelo ético, tudo quepossa somar e construir empresas que consigam con-quistar um mercado para o seu produto, uma imagempositiva, o coração dos clientes e a credibilidade dosinvestidores.

Eggon João da SilvaPresidente do Conselho de Administração da Weg

á 30 ou 40 anos, era difícilfazer uma ligação interurba-na. Os serviços telefônicos,comparados aos de hoje,

eram complicados. As ligações demo-ravam a se completar, o ruído era imen-so, as quedas de sinal eram irritantes. Ehoje? Ligar para a videolocadora da es-quina ou para uma empresa no Japãoleva o mesmo tempo, com a mesma qua-lidade. E pela internet é mais fácil ain-da, e mais barato.

Empresas como a Weg, que procu-ram acompanhar o desenvolvimento tec-nológico, se beneficiam das comodida-des da internet. Para facilitar o acesso àinformação, a empresa mantém o WegOnline, ferramenta para uso na área deVendas. Interaçãototal é a palavra-cha-ve do sistema, queagiliza os procedi-mentos de consultas,encomendas e pedi-dos. No exterior, aWeg Electric Mo-tors, nos EstadosUnidos, utiliza oOnline CustomerAccess - OCA -,também um serviçode acesso online viainternet. Através deste site o cliente podeter acesso a uma conta própria, para ve-rificar dados como as compras em de-terminado período, ordens em aberto,faturas e outros.

A propósito deste tema, vale desta-car o pensamento do economista PauloLemos, da Unicamp, quando diz que aaplicação das novas tecnologias de in-formação pode ser vista por dois ângu-los: um, o que aponta as grandes ten-dências que direcionam o desenvolvi-mento das TI; outro, o que percebe comoessas novas tecnologias são integradasou encontram resistências nos ambien-tes corporativos e empresariais onde sãoaplicadas. Cabe às empresas e aos pro-

fissionais vencer o desafio de fazer con-fluir essas duas vertentes.

Precisamos considerar, também, asduas funções desempenhadas pela inter-net: como fonte de conhecimento ecomo canal de comunicação. No primei-ro caso, basta constatar a facilidade comque se faz uma pesquisa hoje, navegan-do pelos milhares de sites - que, por si-nal, crescem em progressão geométri-ca. São enciclopédias, veículos de co-municação, instituições de ensino e pes-quisa, empresas e até simples cidadãoscompartilhando seus conhecimentos. Etudo, normalmente, de graça. É claroque isso deve mudar. A internet é umamídia criança, está engatinhando, a nor-matização é precária, o acesso é quase

irrestrito. Com otempo, e com a po-pularização destecanal, é certo que osinvestimentos serãomaiores, exigindotambém um retornomaior.

A outra fun-ção da internet é acomunicação, é aaproximação virtu-al, é a carta digital,o telefone sem voz

(ou até mesmo com voz, dependendodos recursos disponíveis). Neste caso,o usuário já paga pelo serviço. Mas,como dissemos no início deste artigo,despende pouquíssimo pelo alto retor-no que tem.

O certo é que, como pesquisa, canalde comunicação ou opção de lazer, ainternet é hoje um ícone da Tecnologiada Informação. Há muito ainda a inves-tir nessa mídia, há muito o que tirar debenefícios dela. Mas também faltam asnormas, que tornem as infovias confiá-veis, seguras e atrativas. Só assim serápossível encurtar o caminho para enten-der e aplicar as novas Tecnologias daInformação.

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