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A força que leva ao sucesso

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Page 3: WEG em Revista 15

expediente

índice

Weg em Revista éuma publicaçãoda Weg.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul - [email protected]. ConselhoEditorial: Décio da Silva (diretor), PauloDonizeti (editor), Caio Mandolesi(jornalista responsável), Edson Ewald(analista de Marketing). Edição eprodução: EDM Logos Comunicação,telefone (47) 433-0666.Tiragem: 10.000.

O talento queleva ao sucesso 4

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Cresce a qualidadede vida no país

Energia elétricasem interrupção

Mas comoesse meninoé talentoso!

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WEG abre fábricaem Portugal

uantas vezes você já ouviu essa exclama-ção - às vezes dirigida a você mesmo? Otalento é uma das virtudes mais aprecia-

das no ser humano, desde a pré-história, ao ladoda bondade, da honestidade, do comprometimen-to...

Não há atividade humana que não exija talen-to, desde a construção de uma “cidade” de Lego atéo projeto de uma estação espacial, passando pelaarte de executar uma escultura num pedaço de gizou legar uma obra musical inesquecível como a dosBeatles ou de Beethoven.

Mostrar talento, porém, não é tudo na vida deuma pessoa. Importante é colocar todo tipo de ha-bilidade a serviço da sociedade. Nem sempre umapessoa está ciente do que é capaz de fazer; nemtodo talento é visível. Cabe, então, aos pais, pro-fessores, superiores e até colegas detectar e potenci-alizar aptidões. A questão, passa a ser de compro-metimento. Ou seja: dar condições para que todotalento seja aproveitado ao máximo. Aí o meninotalentoso vai se transformar num ser humano com-pleto, útil, que justifica sua passagem pelo mundo.

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Entrevista comFlávia Pacheco

Talentos que desafiam

Modelo de gestãoda WEG procuracolocar os talentoscertos, no lugarcerto, na hora certa

Treinamento constante,encarado na WEG comoinvestimento, permite à

empresa tercolaboradores sempre

preparados.

Décio da SilvaPresidente executivo da WEG

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WEG em Revistawww.weg.com.br18 WEG em Revista

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nossa opinião editorial

omo identificar, diferenci-ar, motivar e criar as me-lhores condições para odesenvolvimento de mais

de 9 mil talentos diferentes, em diver-sos países? Esse é o desafio diário daWEG. Aliás, de qualquer empresa, te-nha ela um, dez, cem, dez mil ou quan-tos funcionários tiver.

Gestão de Talentos virou o tema damoda no mundo corporativo. Muitasempresas até mudaram o nome de seusdepartamentos de recursos humanospara talentos humanos, a fim de dei-xar mais clara essa mudança.

O talento humano ainda divide ci-entistas quanto à origem, confundepsicólogos quanto ao desenvolvimen-to e fascina qualquer ser humano comsuas demonstra-ções de genialida-de e possibilidadesinfinitas.

Se o talento –ou dom – já nas-ce com a gente oué desenvolvido nainfância, não é fa-tor relevante paraas empresas. Inte-ressa como fazê-lotrabalhar a favorde resultados. In-teressa colocar as pessoas certas – como dom certo – no lugar e hora certos.

Na WEG, temos um modelo de ges-tão que facilita a criação de empreen-dedores e a motivação de talentos.Com as unidades de negócios funcio-nando como empresas, tendo objeti-vos e atribuições bem definidas, cadadiretor trabalha como dono de seu pró-prio negócio. Esse modelo é multipli-cado por todos os colaboradores, queconhecem o Planejamento Estratégicoda empresa e trabalham de acordocom metas estabelecidas por eles mes-mos.

A melhor forma de identificar e di-

ferenciar talentos na WEG é a admi-nistração participativa, conceito ado-tado em todos os níveis hierárquicos.As decisões são tomadas em grupo,desde os Círculos de Controle de Qua-lidade (CCQ), que envolvem o chãode fábrica, até os comitês formadospor diretores. O trabalho em equipepropicia um conhecimento profundodas características dos colaboradores.

Esse conhecimento permite que sedescubram rapidamente talentos quede outra forma poderiam passar des-percebidos. Só para ilustrar como fun-ciona bem essa gestão, temos uma mé-dia mensal de 150 promoções inter-nas. Esses 150 colaboradores que avan-çam na carreira assumem novas fun-ções – sendo uma parte crescente de-

las fora do Brasil –com muita segu-rança, porque osenvolvidos no pro-cesso de aprovaçãoconhecem seus ta-lentos muito antesdas vagas seremabertas. Além dis-so, o treinamentoconstante, encara-do como investi-mento, não comodespesa, permite

ter colaboradores sempre preparados.O resultado é óbvio: pessoas dan-

do o melhor de si em seu trabalho.Não existe maior motivador do que afelicidade de se estar trabalhando noque se gosta. É claro que há outrosfatores importantes – ambiente de tra-balho, remuneração, benefícios, sópara citar alguns exemplos –, mas ofundamental é ter as pessoas certas noslugares certos. E como ninguém vemcom manual de instruções, nem comespecificação de dom escrito na testa,esse desafio só pode ser vencido comenvolvimento, comprometimento ecom foco real nas pessoas.

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Uma questão de

m dia desses o Fantásticomostrou um menino de 12anos chamado Michelânge-lo Bezerra, morador de uma

favela do Rio de Janeiro que se apai-xonou por ópera, ao ouvir um tre-cho que vinha do rádio de um carro.O programa mos-trou a vida nadafácil de Michelân-gelo, que ajuda opadrasto como ca-melô, mas sempreconsegue dar umaescapadinha e fa-zer o que maisgosta. “Eu tenhoque buscar o meusonho e ficar ator-mentando nos ba-res. . .”, observaMichelângelo, queaté ganha um di-nheirinho extra. A ópera no rádio ea audição aguçada do pequeno te-nor... Coincidência?

Pode até ser, mas que o dom es-tava pulsando dentro dele, estava!Agora resta saber se o menino vai sededicar à arte, porque não adiantaesperar que o talento dê conta de umfuturo promissor se não houver com-prometimento. Reconhecer o pró-prio talento, perceber inclinações,desenvolver habilidades e capacida-des, abusar das virtudes e descobrirpotenciais latentes parece fácil masnão é. Cada um traz consigo um ou

mais dons, e cabe desenvolvê-los aolongo da vida. Mas quantas pessoaspassam por uma vida inteira sem se-quer reconhecer seu verdadeiro dom?

Mais do que para viver seu talen-to, alguns seres humanos parecem tervindo ao mundo para revolucionar

parte da históriada humanidade,marcar presençaou causar umasaudável inveja emmilhões de mor-tais. Pessoas comoAlbert Einstein,Isaac Newton,Renée Descartes,Galileu Galilei,Mozart, Beetho-ven, Shakespea-re...

Aperfeiçoamento

Com o mercado em franco de-senvolvimento e cada vez mais exi-gente, abriu-se um nicho voltado es-pecialmente para o desenvolvimentode programas personalizados quecontribuem para o aprimoramentode empresas e instituições por meioda criação de diferenciais competi-tivos nos padrões de gestão das rela-ções humanas. Mas não basta trei-namento. E talento não significa ape-nas ter um dom natural para deter-minada atividade. Ele pode ser ad-

O que seria de Pelé se jamais tivesse chutado uma bola?Os Beatles fariam tanto sucesso sem George, John, Paul e Ringo?E se Mozart fosse pobre? Teria chegado perto de um piano?

“Para fazer uma obrade arte não basta tertalento, não basta ter

força, é precisotambém viver um

grande amor.”Wolfgang Amadeus Mozart

compositor austríacoquirido, como comprova a maioriados casos bem sucedidos. Empresá-rios, escritores, atletas, médicos...Enfim, todas as pessoas que possu-em uma carreira sólida e bem estru-turada nas mais diversas áreas têmem comum o fato de ter aproveitadoas oportunidades, se aperfeiçoado einvestido na carreira.

A própriaWEG, hoje, só égrande devido aostalentos profissio-nais que amealhou.Entre eles estãopessoas que come-çaram a carreirapraticamente jun-to com a empresa,

UAurora Ayres

Moacyr Sens

especial comunidade

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ais conforto em casa, maisgente na escola, menos mor-talidade infantil... Estes da-dos são motivo de orgulho

para qualquer país desenvolvido. E tam-bém para países em desenvolvimento,como é o caso do Brasil. Pois as infor-mações se referem exatamente ao Bra-sil, e estão na tabulação de dados docenso 2000, divulgada em maio. Cadavez mais, o país oferece melhores con-dições de vida à população, algo que,até há alguns anos, era privilégio decertas regiões. Mesmo assim, aindaque o equilíbro venha crescendo, osnúmeros mostram certas desigualda-des, e algumas áreas se destacam. É ocaso da região Norte-Nordeste de San-ta Catarina, onde se situa Jaraguá doSul, sede da WEG.

O Brasil, segundo os dados do cen-so 2000, comemora o aumento da taxade escolarização em todas as faixas etá-rias, com destaque para a faixa dos 7aos 14 anos, que tem cerca de 94% dapopulação na escola (são quase 24 milcrianças e jovens estudando). Não édiferente em Jaraguá do Sul, onde 98%da população em idade escolar fre-qüentam um dos 78 estabelecimentosde ensino fundamental e médio domunicípio (somando as escolas técni-cas e instituições de ensino superior,o número vai a 88 estabelecimentos).No ano passado, Jaraguá do Sul foidestacada pelo Unicef como o tercei-ro melhor município de Santa Catari-na em condições de sobrevivência paracrianças até 6 anos.

Qualidade em altaO resultado docenso 2000 mostraque o país caminhapara o equilíbrio naqualidade de vida

Com relação à renda per capita, a distância entre os índices é maior: enquan-to no Brasil a renda anual é de US$ 5.561, em Santa Catarina o número crescepara US$ 6.844, alcançando US$ 16.796 em Jaraguá do Sul. O salário médiodo trabalhador jaraguaense está em R$ 612,51 por mês.

Outros dados que mostram a excelência em qualidade de vida na região:97,5% da população contam com abastecimento de água potável (78,2% nopaís); 65% têm acesso à rede de esgoto (no país, são 62,8%). Jaraguá alcançouuma cobertura de 100% da população na coleta domiciliar de lixo. O índice deempregabilidade também é alto: dos 108.489 habitantes, 40.839 trabalham numadas 4.555 empresas do município. (dados obtidos no site de Jaraguá do Sul)

Todos esses dados fazem com queJaraguá do Sul mantenha posição de li-derança no Índice de DesenvolvimentoSocial, o IDS, que a cada ano estabele-ce um ranking com base em 17 indica-dores de desenvolvimento municipal,como mortalidade infantil e taxa de na-talidade, escolaridade, produto internobruto, renda per capita e saneamentobásico. Nos três últimos levantamentos,Jaraguá ficou em primeiro lugar nestelevantamento, em Santa Catarina.

Uma das características de Jaraguádo Sul - que, certamente, faz com que omunicípio ocupe tal posição privilegia-da - é a integração entre poder público,comunidade e classe empresarial. A ci-dade sempre se notabilizou pela conver-gência existente entre os interesses detodas as camadas da população.

Ganho maior

M Região central de jaraguá do Sul

Crianças na escola

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“Ninguém pode chegarao topo armado apenas

de talento. Deus dáo talento; o trabalhotransforma o talento

em gênio.”

Ana Pavlovabailarina russa

Alidor Lueders

Douglas Stange

Amaury Olsen

clientes e mercado

Talento escondido

O paulista Giul Vieira, de 28 anos,não é um artista consagrado pela mí-dia, mas não por falta de talento. As-sim como Giul, quantos artistas nãoestão escondidos pelos cantinhos des-se imenso país? Sem uma real opor-tunidade de mostrar ao mundo o quesabe fazer? Giul trabalha com cria-ção numa universidade em Piraci-caba. Aos 9 anos de idade, num mo-mento de abstração em sala de aula,ele descobriu no giz, no estilete e naponta de compasso instrumentos paraa arte. “O ofício veio como soluçãoà minha falta de concentração. Nofinal da aula, olhando para a escultu-ra, lembrava-me de toda a matériaexposta pela professora no dia”, re-vela.

As esculturas no giz são apenasparte do talento desse paulista quetambém se embrenha no universomusical, compondo e tocando gaita,violão, bateria, sem contar os dese-nhos. “Minha principal arte hoje é aperseverança em busca dos so-nhos...”, fantasia Giul, que se deno-mina um artistaparalelo. “Umaarte que disputatempo com o dia-a-dia atribulado,com o real.”

Para o artista,talento é sensibi-lidade; o olhopreparado vê aessência das coi-

sas e as transforma em poesias, pin-turas, livros, esculturas... “Acreditoque o talento - sensibilidade - podeser aprimorado com a oportunidade,mas não ser gerado por ela. Surge danecessidade de transformação do real,inata ao indivíduo talentoso”, filoso-fa Giul. O que acontece hoje, diz ele,é que não se levam ao sucesso talen-tos como os de antigamente. “Aque-les estão escondidos atrás dos olhosdos que não podem ver através danévoa da estética atual. A necessida-de da indústria cultural em reforçara estética adotada leva ao sucesso(temporário) aqueles que se enqua-dram à linguagem superficial da ima-gem, e não aqueles que valorizam atransformação da essência da reali-dade”, constata.Giul: perseverança

cresceram com ela e hoje são desta-ques na profissão. Um exemplo éMoacyr Rogério Sens, o primeiro en-genheiro contratado pela WEG, queocupou diversos cargos, foi chefe, ge-rente, e hoje é o diretor superinten-dente da WEG Motores, diretor téc-nico e diretor de RH do grupo. O ta-lento, segundo Sens, foi sendo desco-berto aos poucos: “Minha mãe queriaque eu fosse padre, mas acabei fazen-do Engenharia. Construí a carreiratendo como apoio a imagem do meupai, um homem de pouca instruçãomas muito prático e de grande inteli-gência. Para mim, o talento é resulta-do de transpiração, trabalho, dedica-ção e entusiasmo”. Alidor Lueders, diretor administra-

tivo da WEG, co-meçou em 1971como auditor e as-sessor jurídico,quando cursava oúltimo ano da fa-culdade de Direi-to. Também assu-miu vários cargos,entre eles o de di-retor superinten-

dente da WEG Transformadores. “Co-mecei a trabalhar com 14 anos, e aos20 já trabalhava com contabilidade. NaWEG me especializei em Direito Tri-butário e Comercial, sempre me pre-ocupando em dar o melhor em tudo oque fazia e gostar da atividade exerci-da. Talento é perseverança, é colocarpaixão no que se faz, ter vontade de sesuperar, ter autoconfiança e auto-esti-ma, a certeza de que tanto se erra quan-to se acerta, e não ter medo”, ressalta. O talento colocado a serviço do de-senvolvimento mar-ca a carreira deDouglas ConradoStange, diretor su-perintendente daWEG Exportadora,que começou em1966 na área deCustos. “Comecei atrabalhar na empre-sa e as oportunida-des foram aparecendo, fui crescendojunto e vendo o resultado aparecer. Issome deu satisfação e alegria de trabalhar

cada vez mais. Gostar do que se faz émeio caminho para exercitar o talen-to; depois, é saber que está na ativida-de certa, buscar conhecimento. Outro exemplo de talento-dedica-

ção é FranciscoAmaury Olsen,presidente da TigreS.A., de Joinville(SC). Ele começouna empresa aos 20anos, como auxili-ar de escritório,cresceu na

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FOTOS TIAGO T. GUTIERREZ

Pinturaindustrial

A WEG Química ministrou, no dia6 de março, em parceria com a NMEngenharia e Pintura, o curso de Reci-clagem de Pintura Industrial, na UN-Replan. O curso proporcionou a trocade informações com os profissionais daárea, ampliando conhecimentos em re-lação a produtos, tratamentos de super-fícies, sistemas de aplicação, problemase correções, levando em consideraçãoas Normas Petrobras.

A Unidade Guarulhos (UG), fábrica do GrupoWEG localizada em São Paulo, passou a fazer partedo seleto grupo de empresas com profissionais de-tentores do certificado Black Belt, concedido pela Fun-dação Getúlio Vargas (FGV) e pela Multibras. O títu-lo de “Especialista em Seis Sigma - Black Belt” foirecebido por Flávio Barbosa de Souza, do departa-mento da Gestão da Qualidade. O Seis Sigma é umapoderosa técnica para a solução de problemas crôni-

Funcionário da Petrobrás (dir.)recebe o certificado

Presença na Feira da MecânicaA WEG teve uma participação de

destaque na 22ª Feira Internacionalda Mecânica, graças à grande quan-tidade de motores e outros compo-nentes aplicados em equipamentosde clientes expositores. O estande daWEG acabou se tornando ponto deencontro, pelo fato de a maioria dosexpositores da feira ser formada porclientes da empresa. Alguns chegaram

a receber seus próprios clientes no es-tande, para troca de idéias e detalha-mento dos produtos. Realizada de 6a 11 de maio, no Anhembi, em SãoPaulo, a feira foi visitada por cercade 100 mil profissionais da área. Afeira teve 1.600 expositores nacio-nais e internacionais de 32 paísesem 74 mil metros quadrados deárea.

Estande da WEG na Feira da Mecânica tinha 170 m2

Especialista em Seis Sigma

cos e complexos, com a utilização de ferramentasestatísticas avançadas aliadas ao método PDCA, pos-sibilitando a maximização dos resultados. Para che-gar à conquista da certificação foram necessários doisanos e meio de trabalho, incluindo quatro semanasde treinamento teórico intenso e o desenvolvimentode três projetos com acompanhamento da FGV e docliente Multibras. O desenvolvimento dos projetosenvolveu todas as áreas técnicas da empresa.

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Aulas de natação, informática, in-glês, balé, deveres da escola... Muitospais sufocam os filhos com “n” ativida-des. Talvez porque depositem neles seuspróprios sonhos ou queiram vislumbrarum talento “oculto”, qualquer que seja.

E quem não quer um filho talen-toso para poder ter do que se orgu-lhar? Isto é compreensível, mas nãoexiste nenhum manual para descobriros dons dos filhotes. De qualquer for-ma, alguns itens podem auxiliar no re-conhecimento de um possível talento...

• Não adianta “sufocar” a criança comuma enxurrada de afazeres. Elas são

diferentes dos adultos.• Avalie qual é o tipo de inteligência

predominante. Existem sete tipos deinteligência: verbal, matemática,musical, espacial, corporal, in-tra e interpessoal.

• Estimule a auto-estima da crian-ça.

• Capitalize no que ela é boa.• Deixe a criança fazer a atividade

que ela preferir. Se ela entrarem uma atividade que nãodeseja, será um adultofrustrado.

Dica para o adultoque quer descobrir seu

próprio talento

• Pense: quais são asatividades que vocêfaria, independentede ganhar dinheiro.

É por aí que vocêcomeça a descobrir

seus talentosocultos.

Lobão: muito “sabão em pó” que canta

organização, passou por vários cargos,inclusive assessor da presidência, atéchegar a diretor industrial. Em maiode 1995, os acionistas da empresa oconvidaram a assumir a presidência.“Sempre atribuo as vitórias pessoais eprofissionais ao esforço, ao trabalho eà dedicação. Mas acredito que umpouco de talento, aliado ao trabalho eà determinação, sempre produzirá me-lhores resultados”, analisa. Na opiniãode Amaury, de 51 anos, ter mais outer menos talento parece ser uma vir-tude nata das pessoas. “Outra virtudeé reconhecer a eventual falta de talen-to e supri-lo, ou até mesmo desenvol-vê-lo, com muita dedicação”.

Talento x fama

Para alimentar a fama é preciso,antes de tudo, se comprometer ao ta-lento. Em se tratando de talento musi-cal brasileiro, todo mundo sabe queexiste muita gente boa na MPB, masque está sendo sufocada por “bondesdo tigrão”, por filhos de cantores ser-tanejos e pela mania de traduzir su-cessos americanos.

“O talento é necessário para se vi-ver e se alimentar dele, a fama é se-cundária”, conceitua o músico Lobão.“Ter talento é bom, mesmo sozinhonum quarto escuro e de cabeça pra bai-xo, não é verdade?”, brinca.

“Sinceramente, eu não acredito emfalta de talentos. Se bem que, numa

cultura estéril e imbecil, é realmentequase uma impossibilidade aparecerum talento. Eu conheço um montãode gente nova com muito talento e comum baita trabalho por aí”, acreditaLobão.

A mídia, principalmente a televisão,fabrica “talentos” numa programaçãomuitas vezes vulgar. Mas por que nãohá interesse da mídia em mostrar pes-soas inteligentes e realmente talentosas?“Porque - responde Lobão - aí foge aocontrole deles. Afinal de contas, o jar-gão fundamental, a frase mais corriquei-ra dentro das gravadoras é que artistabom é um sabão em pó que canta.Quanto menos trabalho der, melhor.Por isso é que nós temos essa enormequantidade de teletubies por metro qua-drado. Isso é uma ditadura explícita deuma sociedade de controle absolutamen-te sedimentada”, responde Lobão. Temmuito brasileiro fazendo sucesso lá fora.O maestro Sérgio Mendes é um exem-plo de profissional reconhecidíssimonos Estados Unidos e não no Brasil, ouo escritor Paulo Coelho, ou o jogadorRonaldinho Gaúcho, talento local queconquistou a Europa...

William Henry Gates III, Bill, donoda Microsoft, não é nenhum deus gre-go e jamais deve ter pisado numa aca-demia de ginástica, mas sua conta ban-cária... Com uma fortuna avaliada em12,9 bilhões de dólares, Gates é con-siderado o homem mais rico do mun-do. O gigante da indústria mundial de

software não teria chegado onde che-gou se não fosse pelo seu talento em-preendedor.

Outro que encheu os bolsos ao des-cobrir o dom que tem foi Michael Jor-dan. E ele não foi apenas o melhor alaque o Chicago Bulls já teve, foi joga-dor de maior destaque internacionalda história do basquete. Suas notáveismanobras dentro das quadras impres-sionaram o mundo. Tanto que se trans-formou em ídolo de toda uma gera-ção, passou a ser estampado em ca-misas, painéis publicitários, virounome de tênis e de perfume.

Quem não sabe que Bill Gates ouMichael Jordan, ou os Beatles são (oueram) talentos excepcionais? O interes-sante é que além de talentosos eramcomprometidos com o que faziam...Mas isto é assunto para uma outra his-tória...

WEG em Revistawww.weg.com.br6 WEG em Revista

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Meu filho tem talento?

giro

naWEG + Enquete: talento basta?A

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Conservaçãode energia

A WEG recebeu no dia 18 deabril, em Florianópolis, o prêmioda revista Expressão - uma das maisimportantes publicações de negóci-os do Sul do país - como a empresaque mais cresceu em exportações nosegmento de Máquinas e Equipa-mentos. O ranking exclusivo, ela-borado em parceria com a Secreta-ria de Comércio Exterior do Mi-nistério de Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior, saiu naedição dos 200 Maiores Exportado-res do Sul.

Alidor Lueders, diretor da WEG, recebeo prêmio das mãos de José FernandoFaraco, presidente da Federação dasIndústrias de Santa Catarina

naWEG + Soluções para conservação de energia

Prêmio paraexportações

Empresa ligadaPesquisa realizada pela

revista Info coloca aWEG em 38º lugar en-tre as 100 empresas doBrasil que mais inves-tem em tecnologia dainformação. O levanta-mento “As 100 empre-sas mais ligadas do país”avaliou as 500 empresasparticipantes do prêmio Me-lhores e Maiores, especial darevista Exame, e também as mai-ores empresas de tecnologia do país.

Realizada desde 1996, esta novaedição da pesquisa permitiu à revista

observar, por um ângulo di-ferenciado, o que de maisinovador aconteceu nomercado de tecnologiada informação no últi-mo ano. Além do nú-mero de micros interli-gados, a pesquisa levou

em consideração os inves-timentos feitos em tecnolo-

gia, o uso das intranets e por-tais corporativos para a gestãodas empresas, a integração de voz

e dados e a utilização da intranet e dainternet para recrutar e treinar funcio-nários, por exemplo.

DIVULGAÇÃO

Foram promovidas em abril mais duasedições do Seminário de Conservaçãode Energia Elétrica no Setor Industri-al, em parceria com o Procobre: emBelém e Recife. Nos seminários, coma presença de algumas das maioresempresas daquelas regiões, a WEGapresentou suas soluções para a indús-tria atingir as metas de economia deenergia elétrica. No seminário de Be-lém também estiveram presentes re-presentantes de todas as unidades doSenai do Norte do país.

O Cias. Abertas, primeiro noticiário eletrônico do país especializado emnotícias sobre ações, elegeu a WEG como uma das 10 melhores empresas de2001 para os seus acionistas. O diretor-presidente executivo da WEG, Décioda Silva, recebeu o prêmio no evento “Destaques Cias. Abertas”, organizadopela Agência Estado no dia 10 de maio, em São Paulo.

Décio da Silva recebe o prêmio de Antônio Kandir

Entre as 10 melhores do Brasil

naWEG + Mais detalhes da premiação

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WR - Como surgiu a idéia do livro?Flávia - Eu estava terminando o mes-

trado e precisava escrever uma tese so-bre negócios. Procurei então escolherum assunto que pudesse usar na carrei-ra. Ainda não sabia se queria ser execu-tiva ou empresária; a única certeza é quequeria ser uma das melhores naquilo queeu fizesse. Então resolvi entrevistar aspessoas que são as melhores naquilo quefazem, e procurar o que elas tinham emcomum.

WR - Talento é um dom natural?Flávia - Talento é o que cada um tem

de especial. Se puséssemos o presidenteda WEG, Décio da Silva, extremamen-te talentoso como executivo, para esca-lar o Everest, provavelmente ele não te-ria o mesmo sucesso. Ou então colocarGustavo Kuerten para administrar oBanco Itaú, ele não seria o melhor domundo. Cada um nasceu para fazer umacoisa. E as pessoas que eu entrevisteiconseguiram descobrir qual é esta coi-sa, e chegaram ao sucesso.

WR - No início da carreira eles sa-biam qual era seu talento?

Flávia - Todos fizeram outras coisasantes de descobrir para que serviam. Masa vida foi levando-os para o caminhopara o qual tinham talento, e quandoperceberam que era aquilo que eles fa-ziam bem, se dedicaram àquela profis-são.

WR - Você acha possível descobriros talentos na infância?

Flávia - Temos dificuldade em en-contrar os nossos talentos desde crian-ças, pois já somos estimulados pelos pais

A curitibana Flávia Pacheco é autora do livro TalentosBrasileiros, editado pela Negócio Editora. Nesta

entrevista exclusiva à WEG em Revista, Flávia contacomo chegou ao projeto do livro, a partir de uma idéia

para sua tese de mestrado em negócios.

Desvendando talentos

a seguir uma carreira. Geralmente seescolhe a profissão por um desejo dospais, que queriam fazer tal faculdade enão fizeram, ou então segue-se a car-reira bem sucedida dos pais. Outraspessoas escolhem a carreira por status,e aí acabam indo para um lado que atuacomo um limitador, porque, segundoas pessoas que eu entrevistei, ninguémvai conseguir ser o melhor se não forfazendo aquilo que combina com a vo-cação.

WR - Entre as pessoas que você en-trevistou, alguma buscou seu caminhopor causa da remuneração?

Flávia - Nenhum seguia este perfil,não desmerecendo o fato de eles seremmuito bem recompensados. Mas não éo que mais os move. Mesmo porque,se fosse, eles não estariam tão ou maisempenhados do que no tempo em queeram anônimos. Isto prova que não épelo dinheiro, mas pelo amor àquilo quefazem.

WR - A maioria dos entrevistadossão profissionais com mais de 40, 50anos. Hoje é mais difícil se destacarem relação à época em que eles inicia-ram no mercado de trabalho?

Flávia - Alcides Tápias começou acarreira no cargo mais subalterno den-tro do Bradesco, e chegou a ser vice-presidente 30 anos depois. Alcides Hel-lmeister começou como trainee na De-loitte Touche & Tomatsu e chegou à pre-sidência 25 anos depois. Sérgio Barro-so iniciou a carreira como trainee daCargill e hoje, décadas depois, a presi-de. É necessário um tempo até que oprofissional consiga destacar-se e atin-

gir os postos mais altos.

WR - A competitividade ajuda adestacar talentos?

Flávia - Creio que a grande maioriaprocura apenas “sobreviver” no merca-do de trabalho. Isto, na minha opinião,sempre aconteceu, independentemen-te do momento histórico. É mais cô-modo fazer apenas a obrigação e nãoprocurar se destacar profissionalmen-te. Porém o preço a ser pago é muitoalto: uma vida sem grandes realizações.Os líderes entrevistados se comprazemem buscar o autoconhecimento parautilizar seu verdadeiro talento. Fazemmais que a obrigação.

WR - É importante contar com aju-da profissional para que as pessoas en-contrem seu talento?

Flávia - Algumas pessoas que eu en-trevistei falaram sobre a importância defazer terapia para se descobrir, pois peloautoconhecimento você pode descobrirseu talento. Alguns conseguem desco-brir sozinhos, como o Washington Oli-vetto, que disse ter tido a sorte de des-cobrir muito cedo seu caminho.

naWEG +

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multinacional outra visão

Flávia fala mais

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ais um passo importante naestratégia de internaciona-lização foi dado pela WEG,com a aquisição de uma fá-

brica de motores em Portugal, a pri-meira da WEG na Europa. O grandeobjetivo é ser a maior fabricante demotores elétricos industriais do mun-do. A fábrica foi adquirida do grupoEfacec Universal Motors - líder nomercado português de motores elétri-cos -, e fica na cidade de Maia, pro-víncia de Douro Litoral, região me-tropolitana do Porto.

Com 150 funcionários, a plantaproduz motores de grande porte, aci-ma de 50 cv, feitos sob encomenda parasetores como a indústria de bens decapital, siderúrgica e fábricas de papel

Primeira fábrica na Europa

M

Compra de empresaem Portugal colocaa WEG dentro do seusegundo maior mercadono exterior

e celulose. A fábrica dará melhores con-dições logísticas e contribuirá para aimagem da empresa na Europa, tor-nando a empresa jaraguaense uma fa-bricante local, como seus grandes con-correntes do continente. “A fábrica dePortugal é estrategicamente importan-te por ser uma base produtiva na Eu-ropa, nosso segundo maior mercadono exterior. Metade das vendas dela édestinada a outros países do continen-te, como Espanha, Inglaterra, Françae Bélgica”, diz Décio da Silva, presi-dente executivo da WEG.

Motores especiais

Com a nova unidade, a empresaganha competitividade no segmentoeuropeu de motores especiais - equi-pamentos produzidos de acordo comcaracterísticas técnicas específicas. Afábrica de Portugal também comple-menta a linha de produtos, com a fa-bricação de motores para áreas de ris-co e à prova de explosão.

Além da logística, a escolha de Por-tugal para sediar a quarta unidade, queserá dirigida por Martin Werninghaus,

diretor de Produção da WEG Moto-res, tem a ver com afinidades lingüís-tica e cultural, o que facilita a comuni-cação e a transferência tecnológica. “Es-colhemos Portugal como porta de en-trada para a Europa principalmente poressas questões. A produção de moto-res tem muitos aspectos técnicos im-portantes, e uma boa comunicação éfundamental para a transferência detecnologia e, conseqüentemente, paraum produto de qualidade”, afirmaDécio.

Com a unidade, quarta da WEGno exterior, a empresa passa a ter 650funcionários fora do Brasil. Em 2000a WEG comprou uma unidade da ABBno México e uma fábrica de disjunto-res na Argentina. A primeira unidadeno exterior foi adquirida da Morbe,também na Argentina. Em 2001 a Eu-ropa representou 24% dos negócios in-ternacionais da WEG. As vendas in-ternacionais da empresa corresponde-ram em 2001 a um terço do fatura-mento bruto de R$ 1,27 bilhão.

Maia

Com cerca de 120 milhabitantes, Maia é umadas cidades mais indus-trializadas de Portugal.Tem uma economia bas-tante diversificada: agri-cultura, siderurgia, comér-cio de madeira, indústriatêxtil, alimentícia, eletrô-nica, curtumes e metal-mecânica. Fica dez quilô-metros ao norte da cidadedo Porto, que tem aproxi-madamente 1,26 milhãode habitantes.

INFO

GRÁ

FIC

O:

R2

naWEG + WEG Portugal na imprensa

Page 8: WEG em Revista 15

Transtornos comenergia têm solução

Subestação completaem regime de “turn-key”para a Cimporgarante suprimento deenergia sem interrupção

ente imaginar a situação:duas empresas vizinhas com-partilhando a mesma subes-tação. Contavam com os

benefícios da qualidade da alta tensão,porém enfrentavam os transtornos eindisposições das interferências cau-sadas pelo compartilhamento. Proble-ma detectado, solução encontrada:uma delas, a Cimpor, decidiu instalarsua própria subestação. Resultado:energia na quantidade e na qualidadenecessárias para alimentar o processoprodutivo.

A Cimpor iniciou a operação em

TCajati (SP), a partir da aquisição dafábrica de cimento alocada no com-plexo industrial da Serrana (atual gru-po Bunge). Devido à configuração ori-ginal, as duas empresas passaram acompartilhar a subestação de 138 kV,para o consumo de energia elétrica.

Este compartilhamento, mesmoproporcionando vantagem econômicaem virtude da tarifa de energia reduzi-da para ambas as empresas, causavaindisposições técnicas e políticas, poiso alto número de “paradas” (falta deenergia) ocasionadas na conexão Bun-ge-Cimpor resultava em perda consi-

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WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13

negócios

Quadro 1A – Tabela de tarifas e consumo

Quadro 1B – Cálculo da economia mensal

Com as tabelas acima apresenta-das e os cálculos efetuados podemosconcluir que através da diferença detarifas haverá uma economia anual deR$ 1.062.734,37, proporcionandoportanto uma redução média mensalnos gastos com energia deR$ 88.561,20.

A partir dos dados levantados po-deremos efetuar o estudo de amorti-zação do investimento e evidenciar aviabilidade da nova implantação.

Tempo de amortização da SE:

Analisaremos agora o tempo de re-torno do investimento a ser feito nasubestação:Premissas: Para os cálculos a seremfeitos a seguir, foram adotadas algu-

Trazendo para o valor presente os va-lores, temos:

Onde:VI = valor do investimentoi = juros (anuais ou mensais)t = tempo (em anos ou meses)

Para VP = 0 (acharmos o tempoem que a SE é paga) pode-se concluirque:

Para um valor de investimento de-terminado o tempo (t) para o retornoé de aproximadamente 34 meses, o quetorna o investimento bastante atrati-vo.

REDUÇÃO DAS TARIFAS ATRAVÉS DA TROCA DE A4 PARA A3

mas premissas, que são importantesao se construir a LT / Subestação:1) Juros atuais de mercado: 1,5 % ao

mês;2) Não foi levado em conta o valor

residual da Subestação, assim comoa depreciação acelerada desta (deacordo com o regulamento do Im-posto de Renda).

3) Consumo mensal é igual a qual-quer época do ano (tomado comobase a média mensal do ano de1999).Com base nestas premissas, temos

que:

Economia/ano com a construção:R$ 1.062.734,37Média da Economia/mês:R$ 88.561,20

Subestação tem potência instalada de 33 MVA

Quadro 1C – gráficos pertinentes a redução de tarifa

Page 9: WEG em Revista 15

derável de produção para a Cimpor,além de danos a equipamentos eletrô-nicos. Outro fator crítico era a difi-culdade de se verificar a procedênciados desligamentos.

Terceiro maior fabricante de cimen-to do Brasil, com plantas industriaisem países como Portugal, Espanha,Egito, Marrocos, Tunísia e Moçambi-que, a Cimpor confiou à WEG a res-ponsabilidade global pela instalação deuma nova subestação, desde o desen-volvimento da melhor solução técni-ca-comercial até o start-up. Logística,projetos, apoio ao cliente perante osórgão públicos, ambientais e conces-sionária local de energia, construçõescivis, fornecimento e instalação deequipamentos de alta, média e baixatensões, construção do ramal de linhade transmissão de 138 kV, testes, en-saios, comissionamento e treinamen-to para operação e manutenção daequipe técnica da Cimpor foram co-ordenados pela equipe do Centro deNegócios de Subestações da WEG.

Em funcionamento desde janeiro,a subestação de 138 kV com transfor-mador de força, reforma e revitaliza-ção de transformador de força de ou-tro fabricante, quadros de distribuiçãoMT, painéis de proteção e serviçosauxiliares, sistema de supervisão e con-trole automatizado, entre outros equi-pamentos, tornou-se a subestação maiscompleta já fornecida pelo Centro deNegócios de Subestações, com a inte-gração de grande parte de equipamen-tos e produtos fabricados pela WEG.

“A definição pela aquisição em re-gime de turn-key junto à WEG de nos-sa subestação, com potência instaladade 33 MVA, foi feita a partir de crite-riosa avaliação das opções do merca-do. A Cia. de Cimentos do Brasil sen-te-se satisfeita com os resultados e odesempenho da nova subestação”, afir-ma João Gilberto Cruz do Amaral,gerente de Manutenção do Centro Pro-dutivo de Cajati.

Segundo ele, foi estabelecido comopremissa dotar a nova subestação derecursos tecnológicos de ponta nosequipamentos de supervisão e contro-le, permitindo assim monitorar emtempo real a qualidade da energia con-sumida da concessionária local.

“Dispomos, agora, de ferramentasque nos colocam na condição de con-sumidores diferenciados e preparadosa buscar a melhoria da energia que re-cebemos e, desta forma, garantir a in-tegridade e a melhor performance denossos equipamentos. O sucesso doempreendimento contou com a inte-gração das equipes da Cimpor e daWEG, norteada pelo espírito de par-ceria que une as empresas”, destaca.

O fornecimento está gerando no-vas perspectivas dentro e fora da Cim-por. “O atendimento e a qualidade dosserviços e equipamentos fornecidosaumentaram as perspectivas de negó-cios na região, graças à satisfação docliente, que divulgou o êxito do em-preendimento para seus parceiros,empresas vizinhas e outras unidadesno mundo”, destaca César AugustoGianfelice, responsável pela Coorde-nação de Contratos de Subestações daWEG.

A parceria mantida entre WEG eCimpor é baseada no bom atendimentoe na oferta de soluções. “Este excelen-te relacionamento começou a nos tra-zer novos frutos: mais uma vez, a Cim-por confia à WEG a responsabilidadetotal para o fornecimento da subesta-ção de 69 kV para a unidade de Cam-po Formoso (BA), com capacidade ins-talada de 37,5 MVA, que deverá en-trar em funcionamento até janeiro de

2003”, comenta Alessandro AugustoHernandez, gerente do Centro de Ne-gócios de Subestações da WEG.

Potência

A subestação em Cajati tem capa-cidade total de 33 MVA, divididos emdois transformadores de 12/15 MVAe 15/18 MVA. Atualmente, atua commetade da potência instalada dos trans-formadores, contemplando previsãopara ampliação futura.

O funcionamento é totalmente au-tomatizado, não havendo a necessida-de de operador na subestação. Casoocorra algum desligamento, os equi-pamentos da sala de comando e o sis-tema supervisório possibilitam aos res-ponsáveis técnicos pela planta diagnos-ticar as causas da interrupção de ener-gia. Assim, são tomadas as devidasações (conforme treinamento recebi-do pela WEG) para se colocar a fábri-ca em funcionamento. Tais informa-ções e providências podem ser toma-das via intranet ou através dos própri-os equipamentos de sinalização e con-trole contidos na sala de comando.Este sistema supervisório também per-mite acesso às informações da subes-tação via WEB; porém, por uma ques-tão de segurança, a Cimpor optou pornão disponibilizar tal recurso neste mo-mento.

WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

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Análise da implantação

Para que possamos melhor vislum-brar a análise de definição da classe detensão de uma subestação, vamos uti-lizar como exemplo a implantação deuma indústria de alimentos perecíveislocada no estado de Pernambuco.

Vantagens técnicas do sistema desubtransmissão (69 kV) sobre o de dis-tribuição (13,8 kV) para esta aplica-ção.

A Qualidade do Sistema de forne-cimento de energia pode ser definida,basicamente, pelos indicadores queanalisam a faixa de tensão e a conti-nuidade de fornecimento.

A avaliação da continuidade de for-necimento é feita através da determi-nação de índices globais chamadosDEC e FEC, que expressam, respec-tivamente, a duração e freqüência deinterrupções por consumidor: enquan-to o DEC exprime o espaço de tempo(em média) que o consumidor ficouprivado de energia, o FEC expressa onúmero de interrupções (também emmédia) que cada consumidor sofreu noperíodo. De acordo com dados da con-cessionária, temos a seguinte tabelacomparativa:

Pode-se assim observar que, na re-cepção do sistema de subtransmissão,teremos uma redução muito grande (a6,0% e 17,0% dos valores obtidos an-teriormente), dos índices que repre-sentam a parada da fábrica ( se houverapenas um circuito).

Além disto, existem outras vanta-gens que podem ser observadas, como:l Na construção da subestação há a

possibilidade de introdução de umsegundo circuito de alimentaçãopara emergência, o que reduzirá aquase zero os índices DEC e FEC.

l Melhoria do nível de qualidade econfiabilidade do sistema (contro-le da variação de tensão e freqüên-cia), melhorando inclusive o desem-penho dos equipamentos eletrome-cânicos e eletrônicos da fábrica eseu tempo de vida útil.

l Redução de avarias nas linhas, uma

vez que estas não mais acompanha-rão as ruas e estradas.

l Possível redução de harmônicas narede.

l Atendimento por uma equipe dife-renciada por parte da concessioná-ria.

l Melhor controle, supervisão e es-tabilidade das características elétri-cas do sistema.

Vantagens Econômicas:A redução, quando da mudança de

tarifa, é significativa no custo da ener-gia consumida pela fábrica.

As tarifas da Celpe, em outubro de2000, estavam estabelecidas da seguin-te forma:

onde:A4 azul = 13,8kVe A3 = 69kV

Através de um estudo baseado nosdados de demanda e consumo da mé-dia mensal do ano de 1999, forneci-dos pela indústria em questão, e con-siderando os consumos estimadosconstantes durante todo o decorrer doano, podemos obter os dados do Qua-dro 1A.

Para determinação da conta médiamensal nas determinadas tarifas pode-mos utilizar a seguinte fórmula:Conta/mês = (CP x (TCPSx7 + TCPUx5)/12 + CFPx (TCFPSx7 + TCFPUx5)/12 + DP x TDP + DFP xTDFP) x (1 + ICMS/100).

Onde:CP – Consumo na ponta (MWh)TCPS – Tarifa de Consumo na Ponta Seca (R$)TCPU – Tarifa de Consumo na Ponta Úmida (R$)CFP – Consumo Fora de Ponta (MWh)TCFPS – Tarifa de Consumo Fora da Ponta Seca(R$)TCFPU – Tarifa de Consumo Fora da Ponta Úmida(R$)DP – Demanda na Ponta (KW)

SubgupoPonta seca (PS)Fora-ponta seca (FPS)Ponta úmida (PU)Fora-ponta úmida (FPU)ICMS

CONSUMO(R$/MWh)

A4 (azul)88,7042,1782,0937,27

A352,9036,4446,9131,46

A4 (azul)13,524,51

13,524,51

A311,173,0511,173,05

DEMANDA(R$/kW)

25% sobre o total dos valores pagos pordemandas e consumos

Serviço oferecido pela weg

Através do Centro de Negócios deSubestações (CNS), a WEG vem ofe-recendo ao mercado serviços de ES-TUDOS DE VIABILIDADE FI-NANCEIRA, que diagnosticam con-dições de retorno financeiro atravésde redução tarifária e também os gan-hos com melhoria da qualidade deenergia através do aumento do nívelde tensão para alimentação dos par-ques fabris.

O CNS oferece também suportetécnico aos clientes que queiram ins-talar subestações, através de sua En-genharia de Aplicação e Projetos, oti-mizando soluções dedicadas a cadacliente, buscando sempre atender comas melhores condições técnicas e co-merciais.

TDP – Tarifa de Demanda na Ponta (R$)DFP – Demanda Fora de Ponta (KW)TDFP – Tarifa de Demanda Fora de Ponta (R$)ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias eServiços (%)

A fórmula acima permite calcular-mos o valor médio mês sendo que con-forme Quadro 1B este cálculo podeser feito em separado, sendo:7 meses – Ponta Seca5 meses – Ponta Úmida

A seguir apresentaremos o cálculocompleto com as seguintes considera-ções:

Não foi levada em conta a econo-mia significativa que representa:l Melhoria na vida útil dos equipamen-

tos fabris.l Redução quase a zerodas interrupções no sis-tema.l Custo de parada ho-mem/hora produtivodurante os períodos defalta.l Custo/hora de máqui-na parada e produção.

OBS: Em casos como Indústrias de Pa-pel, Siderúrgicas, Químicas e outras, aeconomia gerada pelos itens acima é con-siderável.

Subgrupo

A4 (13,8 kV)Subtransmissão

DEC(horas)12,230,71

FEC(interrupções)

9,101,54

Um dos transformadores da subestação

Page 10: WEG em Revista 15

Cimpor

O Grupo Cimpor produz argamas-sa, concreto e cimento há mais de 20anos e distribui 18 milhões de tonela-das/ano para obras em Portugal, Mar-rocos, Espanha, Moçambique, Tuní-sia, Brasil e Egito, países onde man-tém unidades.

A empresa, fundada em 1976 emPortugal, é uma das maiores cimen-teiras da Europa.

No Brasil, os primeiros passos fo-ram dados com a aquisição de fábri-cas em Campo Formoso (BA), Cajati(SP), Candiota e Nova Santa Rita (RS),Cezarina (GO), São Miguel dos Cam-pos (AL) e João Pessoa (PB). Com arecente aquisição da Cimento Bruma-do na Bahia, a Cimpor Brasil alcan-çou a capacidade instalada de 6,3 mi-lhões de toneladas/ano, permitindo-lheconsolidar a posição de terceiro mai-or produtor de cimento no país.

A fábrica da Cimpor em Cajati co-meçou a operar em 1972, com a pro-dução de 400 t/ano de clínquer e 600t/ano de cimento. Após a implantaçãodo segundo moinho em 1981, atingiua capacidade de produzir 1,2 milhãode toneladas de cimento e, a partir dejaneiro de 1998, com a implementa-ção do programa de expansão, amplioua capacidade de produção anual para990 mil toneladas de clínquer. Estaplanta abrange também uma fábrica deargamassas industrializadas, com ca-pacidade de produção de 20 mil t/mês.

Fábrica da Cimpor em Cajati

Painéis WEG

WEG em Revistawww.weg.com.br10 WEG em Revista

www.weg.com.br 11

técnica

Custo x Qualidadede Energia para

Sistemas IndustriaisO mercado demonstra cadavez mais preocupação coma redução de custos eaumento da qualidade econfiabilidade da energiaelétrica

Antônio Marcos Salgueiro de Souza, respon-sável pela Aplicação e Projeto do Centro de Negó-cios de Subestações da WEG

preocupação dos clientes in-dustriais com o insumo daenergia elétrica no preço fi-nal dos produtos fabricados

e o impacto da qualidade de energiana produção fabril alavancaram os ne-gócios de construção de novas subes-tações em classes de tensão elevadasonde o custo do MWh e o número deparadas/problemas qualitativos no for-necimento de energia são reduzidos.

Para determinação da viabilidadede implantação/reforma/ampliação deuma subestação deverão ser aborda-dos diversos fatores, dentre eles a aná-lise de viabilidade financeira, estudodas necessidades do cliente em termosdas características da tensão a ser re-cebida e as vantagens e desvantagensde se receber energia em determinadonível de tensão.

A seguir demonstraremos uma com-paração técnica/econômica para de-terminação da classe de tensão a serutilizada quando da implantação deuma Subestação de Alta Tensão abor-dando os seguintes fatores:

– Vantagens técnicas a serem obti-das

– Vantagens financeiras e tempo deretorno do investimento

Sistemas Industriais Atuais

Hoje os sistemas industriais estãobasicamente conectados a linhas de dis-tribuição, a partir de subestações re-baixadoras da concessionária de ener-gia local, onde devemos analisar:

Linhas de DistribuiçãoNormalmente aéreas e sendo com-

partilhadas com outras indústrias e/oucomércio e residências, estando mui-tas vezes sujeitas a desligamentos/os-cilações inesperadas.

Operação e Manutenção naSubestação da Concessionária

Muitas vezes sujeitas a chaveamen-tos freqüentes para rotinas de manu-tenção e inspeções.

Sistema ObsoletoMuitas destas instalações estão em

condições de serviço máximas, tantoquando tratamos das cargas alimenta-das, como tempo de serviço.

Qualidade de EnergiaEm tensões de distribuição em

média tensão, o índice de problemasde variação de tensão fora dos limitesaceitáveis ocorre com grande freqüên-cia, principalmente em sistemas de dis-tribuição sobrecarregados.

CustoEm tensões de distribuição as tari-

fas de energia (normalmente A4) apre-sentam valores elevados por MWh.

Características Básicas paraimplantação do Sistema emAlta Tensão

Conforme legislação vigente daAneel é permitido, a partir de 2.500kVA de carga instalada, a concessãopara solicitação à concessionária deenergia de um nível de tensão de ali-mentação superior.

O sistema de alta tensão ou tensãode distribuição primária é categoriza-do basicamente em três níveis de apli-cações industriais:69kV138kV230kV

A escolha do nível de tensão é fei-ta basicamente levando em considera-ção as linhas de transmissão disponí-veis na localidade, bem como caracte-rísticas de operação da carga do clien-te, sendo que os limites construtivosdos equipamentos elétricos de prote-ção e manobra a serem utilizados tam-bém podem ser preponderantes paradeterminação da classe de tensão.

A

Fig. 1 – Detalhe de Subestação AT

O escopo da subestaçãoO escopo da subestaçãoO escopo da subestaçãoO escopo da subestaçãoO escopo da subestação

Projetos e estudos: elaboração dosprojetos Básico e Executivo abrangen-do o detalhamento civil para a casa decomando e para as bases de equipa-mentos de pátio, canaletas, sistema dedrenagem, bacias de contenção e cai-xa separadora de óleo; detalhamentoeletromecânico; projeto elétrico con-templando as filosofias de proteções eintertravamentos adequadas para aoperação e funcionamento da subes-tação; estudos de seletividade, curtocircuito e sistema de aterramento; eprojeto completo da solução técnicapara o trecho e derivação da linha detransmissão da concessionária de ener-gia local e do ramal Cimpor.

Montagem eletromecânica: mon-tagem do trecho e derivação da linhade transmissão de 138 kV, com forne-cimento do material envolvido; mon-tagem de todos os equipamentos depátio, casa de comando e materiais deinstalação envolvidos na subestação.

Obra civil: construção das bases desustentação dos equipamentos, casa decomando e demais fundações, além dosistema de drenagem e paredes corta-fogo entre outros.

Comissionamento: comissiona-mento e testes de todos os equipamen-tos da subestação.

Treinamento: treinamento para ocorpo técnico designado pelo clientepara operação e manutenção da subes-tação e linha de transmissão.

Equipamentos

A subestação de energia é com-posta por pára-raios de 120 kV, sec-cionadoras motorizadas com lâminade terra de 138 kV, transformadoresde potencial 138 kV para as funçõesde medição e proteção, transforma-dores de corrente 138 kV para as fun-ções de medição e proteção, disjun-tor 145 kV - 1200 A para manobrada subestação, transformador de for-ça 138/13,8 kV - 15/18 MVA, revi-talização de transformador de forçaexistente 138/13,8 kV - 12/15 MVA,transformador de serviços auxiliares13.800/220x127 Vca, 75 kVA, cu-bículos blindados de média tensão13,8 kV - 25 kV, 2.000 A, cubículode média tensão para alimentação dotrafo de serviços auxiliares, painel deserviços auxiliares CA/CC, conjuntoretificador e baterias 125 Vcc -100Ah/10 h, painel de proteção, coman-do e controle da subestação utilizan-do tecnologia digital; painel de PLCpara sistema supervisório, sistema su-pervisório para monitoração, coman-do e controle da subestação de ener-gia e de subestações unitárias exis-tentes da Cimpor, contemplando aná-lises de eventos e perturbações ocasi-onadas ao sistema, análise de harmô-nicos, oscilografia, registro e controlede demanda acumulada, mensal e ins-tantânea da subestação, registro defalhas e atuações das proteções.

naWEG + O vídeo do fornecimento

Page 11: WEG em Revista 15

Cimpor

O Grupo Cimpor produz argamas-sa, concreto e cimento há mais de 20anos e distribui 18 milhões de tonela-das/ano para obras em Portugal, Mar-rocos, Espanha, Moçambique, Tuní-sia, Brasil e Egito, países onde man-tém unidades.

A empresa, fundada em 1976 emPortugal, é uma das maiores cimen-teiras da Europa.

No Brasil, os primeiros passos fo-ram dados com a aquisição de fábri-cas em Campo Formoso (BA), Cajati(SP), Candiota e Nova Santa Rita (RS),Cezarina (GO), São Miguel dos Cam-pos (AL) e João Pessoa (PB). Com arecente aquisição da Cimento Bruma-do na Bahia, a Cimpor Brasil alcan-çou a capacidade instalada de 6,3 mi-lhões de toneladas/ano, permitindo-lheconsolidar a posição de terceiro mai-or produtor de cimento no país.

A fábrica da Cimpor em Cajati co-meçou a operar em 1972, com a pro-dução de 400 t/ano de clínquer e 600t/ano de cimento. Após a implantaçãodo segundo moinho em 1981, atingiua capacidade de produzir 1,2 milhãode toneladas de cimento e, a partir dejaneiro de 1998, com a implementa-ção do programa de expansão, amplioua capacidade de produção anual para990 mil toneladas de clínquer. Estaplanta abrange também uma fábrica deargamassas industrializadas, com ca-pacidade de produção de 20 mil t/mês.

Fábrica da Cimpor em Cajati

Painéis WEG

WEG em Revistawww.weg.com.br10 WEG em Revista

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técnica

Custo x Qualidadede Energia para

Sistemas IndustriaisO mercado demonstra cadavez mais preocupação coma redução de custos eaumento da qualidade econfiabilidade da energiaelétrica

Antônio Marcos Salgueiro de Souza, respon-sável pela Aplicação e Projeto do Centro de Negó-cios de Subestações da WEG

preocupação dos clientes in-dustriais com o insumo daenergia elétrica no preço fi-nal dos produtos fabricados

e o impacto da qualidade de energiana produção fabril alavancaram os ne-gócios de construção de novas subes-tações em classes de tensão elevadasonde o custo do MWh e o número deparadas/problemas qualitativos no for-necimento de energia são reduzidos.

Para determinação da viabilidadede implantação/reforma/ampliação deuma subestação deverão ser aborda-dos diversos fatores, dentre eles a aná-lise de viabilidade financeira, estudodas necessidades do cliente em termosdas características da tensão a ser re-cebida e as vantagens e desvantagensde se receber energia em determinadonível de tensão.

A seguir demonstraremos uma com-paração técnica/econômica para de-terminação da classe de tensão a serutilizada quando da implantação deuma Subestação de Alta Tensão abor-dando os seguintes fatores:

– Vantagens técnicas a serem obti-das

– Vantagens financeiras e tempo deretorno do investimento

Sistemas Industriais Atuais

Hoje os sistemas industriais estãobasicamente conectados a linhas de dis-tribuição, a partir de subestações re-baixadoras da concessionária de ener-gia local, onde devemos analisar:

Linhas de DistribuiçãoNormalmente aéreas e sendo com-

partilhadas com outras indústrias e/oucomércio e residências, estando mui-tas vezes sujeitas a desligamentos/os-cilações inesperadas.

Operação e Manutenção naSubestação da Concessionária

Muitas vezes sujeitas a chaveamen-tos freqüentes para rotinas de manu-tenção e inspeções.

Sistema ObsoletoMuitas destas instalações estão em

condições de serviço máximas, tantoquando tratamos das cargas alimenta-das, como tempo de serviço.

Qualidade de EnergiaEm tensões de distribuição em

média tensão, o índice de problemasde variação de tensão fora dos limitesaceitáveis ocorre com grande freqüên-cia, principalmente em sistemas de dis-tribuição sobrecarregados.

CustoEm tensões de distribuição as tari-

fas de energia (normalmente A4) apre-sentam valores elevados por MWh.

Características Básicas paraimplantação do Sistema emAlta Tensão

Conforme legislação vigente daAneel é permitido, a partir de 2.500kVA de carga instalada, a concessãopara solicitação à concessionária deenergia de um nível de tensão de ali-mentação superior.

O sistema de alta tensão ou tensãode distribuição primária é categoriza-do basicamente em três níveis de apli-cações industriais:69kV138kV230kV

A escolha do nível de tensão é fei-ta basicamente levando em considera-ção as linhas de transmissão disponí-veis na localidade, bem como caracte-rísticas de operação da carga do clien-te, sendo que os limites construtivosdos equipamentos elétricos de prote-ção e manobra a serem utilizados tam-bém podem ser preponderantes paradeterminação da classe de tensão.

A

Fig. 1 – Detalhe de Subestação AT

O escopo da subestaçãoO escopo da subestaçãoO escopo da subestaçãoO escopo da subestaçãoO escopo da subestação

Projetos e estudos: elaboração dosprojetos Básico e Executivo abrangen-do o detalhamento civil para a casa decomando e para as bases de equipa-mentos de pátio, canaletas, sistema dedrenagem, bacias de contenção e cai-xa separadora de óleo; detalhamentoeletromecânico; projeto elétrico con-templando as filosofias de proteções eintertravamentos adequadas para aoperação e funcionamento da subes-tação; estudos de seletividade, curtocircuito e sistema de aterramento; eprojeto completo da solução técnicapara o trecho e derivação da linha detransmissão da concessionária de ener-gia local e do ramal Cimpor.

Montagem eletromecânica: mon-tagem do trecho e derivação da linhade transmissão de 138 kV, com forne-cimento do material envolvido; mon-tagem de todos os equipamentos depátio, casa de comando e materiais deinstalação envolvidos na subestação.

Obra civil: construção das bases desustentação dos equipamentos, casa decomando e demais fundações, além dosistema de drenagem e paredes corta-fogo entre outros.

Comissionamento: comissiona-mento e testes de todos os equipamen-tos da subestação.

Treinamento: treinamento para ocorpo técnico designado pelo clientepara operação e manutenção da subes-tação e linha de transmissão.

Equipamentos

A subestação de energia é com-posta por pára-raios de 120 kV, sec-cionadoras motorizadas com lâminade terra de 138 kV, transformadoresde potencial 138 kV para as funçõesde medição e proteção, transforma-dores de corrente 138 kV para as fun-ções de medição e proteção, disjun-tor 145 kV - 1200 A para manobrada subestação, transformador de for-ça 138/13,8 kV - 15/18 MVA, revi-talização de transformador de forçaexistente 138/13,8 kV - 12/15 MVA,transformador de serviços auxiliares13.800/220x127 Vca, 75 kVA, cu-bículos blindados de média tensão13,8 kV - 25 kV, 2.000 A, cubículode média tensão para alimentação dotrafo de serviços auxiliares, painel deserviços auxiliares CA/CC, conjuntoretificador e baterias 125 Vcc -100Ah/10 h, painel de proteção, coman-do e controle da subestação utilizan-do tecnologia digital; painel de PLCpara sistema supervisório, sistema su-pervisório para monitoração, coman-do e controle da subestação de ener-gia e de subestações unitárias exis-tentes da Cimpor, contemplando aná-lises de eventos e perturbações ocasi-onadas ao sistema, análise de harmô-nicos, oscilografia, registro e controlede demanda acumulada, mensal e ins-tantânea da subestação, registro defalhas e atuações das proteções.

naWEG + O vídeo do fornecimento

Page 12: WEG em Revista 15

derável de produção para a Cimpor,além de danos a equipamentos eletrô-nicos. Outro fator crítico era a difi-culdade de se verificar a procedênciados desligamentos.

Terceiro maior fabricante de cimen-to do Brasil, com plantas industriaisem países como Portugal, Espanha,Egito, Marrocos, Tunísia e Moçambi-que, a Cimpor confiou à WEG a res-ponsabilidade global pela instalação deuma nova subestação, desde o desen-volvimento da melhor solução técni-ca-comercial até o start-up. Logística,projetos, apoio ao cliente perante osórgão públicos, ambientais e conces-sionária local de energia, construçõescivis, fornecimento e instalação deequipamentos de alta, média e baixatensões, construção do ramal de linhade transmissão de 138 kV, testes, en-saios, comissionamento e treinamen-to para operação e manutenção daequipe técnica da Cimpor foram co-ordenados pela equipe do Centro deNegócios de Subestações da WEG.

Em funcionamento desde janeiro,a subestação de 138 kV com transfor-mador de força, reforma e revitaliza-ção de transformador de força de ou-tro fabricante, quadros de distribuiçãoMT, painéis de proteção e serviçosauxiliares, sistema de supervisão e con-trole automatizado, entre outros equi-pamentos, tornou-se a subestação maiscompleta já fornecida pelo Centro deNegócios de Subestações, com a inte-gração de grande parte de equipamen-tos e produtos fabricados pela WEG.

“A definição pela aquisição em re-gime de turn-key junto à WEG de nos-sa subestação, com potência instaladade 33 MVA, foi feita a partir de crite-riosa avaliação das opções do merca-do. A Cia. de Cimentos do Brasil sen-te-se satisfeita com os resultados e odesempenho da nova subestação”, afir-ma João Gilberto Cruz do Amaral,gerente de Manutenção do Centro Pro-dutivo de Cajati.

Segundo ele, foi estabelecido comopremissa dotar a nova subestação derecursos tecnológicos de ponta nosequipamentos de supervisão e contro-le, permitindo assim monitorar emtempo real a qualidade da energia con-sumida da concessionária local.

“Dispomos, agora, de ferramentasque nos colocam na condição de con-sumidores diferenciados e preparadosa buscar a melhoria da energia que re-cebemos e, desta forma, garantir a in-tegridade e a melhor performance denossos equipamentos. O sucesso doempreendimento contou com a inte-gração das equipes da Cimpor e daWEG, norteada pelo espírito de par-ceria que une as empresas”, destaca.

O fornecimento está gerando no-vas perspectivas dentro e fora da Cim-por. “O atendimento e a qualidade dosserviços e equipamentos fornecidosaumentaram as perspectivas de negó-cios na região, graças à satisfação docliente, que divulgou o êxito do em-preendimento para seus parceiros,empresas vizinhas e outras unidadesno mundo”, destaca César AugustoGianfelice, responsável pela Coorde-nação de Contratos de Subestações daWEG.

A parceria mantida entre WEG eCimpor é baseada no bom atendimentoe na oferta de soluções. “Este excelen-te relacionamento começou a nos tra-zer novos frutos: mais uma vez, a Cim-por confia à WEG a responsabilidadetotal para o fornecimento da subesta-ção de 69 kV para a unidade de Cam-po Formoso (BA), com capacidade ins-talada de 37,5 MVA, que deverá en-trar em funcionamento até janeiro de

2003”, comenta Alessandro AugustoHernandez, gerente do Centro de Ne-gócios de Subestações da WEG.

Potência

A subestação em Cajati tem capa-cidade total de 33 MVA, divididos emdois transformadores de 12/15 MVAe 15/18 MVA. Atualmente, atua commetade da potência instalada dos trans-formadores, contemplando previsãopara ampliação futura.

O funcionamento é totalmente au-tomatizado, não havendo a necessida-de de operador na subestação. Casoocorra algum desligamento, os equi-pamentos da sala de comando e o sis-tema supervisório possibilitam aos res-ponsáveis técnicos pela planta diagnos-ticar as causas da interrupção de ener-gia. Assim, são tomadas as devidasações (conforme treinamento recebi-do pela WEG) para se colocar a fábri-ca em funcionamento. Tais informa-ções e providências podem ser toma-das via intranet ou através dos própri-os equipamentos de sinalização e con-trole contidos na sala de comando.Este sistema supervisório também per-mite acesso às informações da subes-tação via WEB; porém, por uma ques-tão de segurança, a Cimpor optou pornão disponibilizar tal recurso neste mo-mento.

WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

www.weg.com.br 9

Análise da implantação

Para que possamos melhor vislum-brar a análise de definição da classe detensão de uma subestação, vamos uti-lizar como exemplo a implantação deuma indústria de alimentos perecíveislocada no estado de Pernambuco.

Vantagens técnicas do sistema desubtransmissão (69 kV) sobre o de dis-tribuição (13,8 kV) para esta aplica-ção.

A Qualidade do Sistema de forne-cimento de energia pode ser definida,basicamente, pelos indicadores queanalisam a faixa de tensão e a conti-nuidade de fornecimento.

A avaliação da continuidade de for-necimento é feita através da determi-nação de índices globais chamadosDEC e FEC, que expressam, respec-tivamente, a duração e freqüência deinterrupções por consumidor: enquan-to o DEC exprime o espaço de tempo(em média) que o consumidor ficouprivado de energia, o FEC expressa onúmero de interrupções (também emmédia) que cada consumidor sofreu noperíodo. De acordo com dados da con-cessionária, temos a seguinte tabelacomparativa:

Pode-se assim observar que, na re-cepção do sistema de subtransmissão,teremos uma redução muito grande (a6,0% e 17,0% dos valores obtidos an-teriormente), dos índices que repre-sentam a parada da fábrica ( se houverapenas um circuito).

Além disto, existem outras vanta-gens que podem ser observadas, como:l Na construção da subestação há a

possibilidade de introdução de umsegundo circuito de alimentaçãopara emergência, o que reduzirá aquase zero os índices DEC e FEC.

l Melhoria do nível de qualidade econfiabilidade do sistema (contro-le da variação de tensão e freqüên-cia), melhorando inclusive o desem-penho dos equipamentos eletrome-cânicos e eletrônicos da fábrica eseu tempo de vida útil.

l Redução de avarias nas linhas, uma

vez que estas não mais acompanha-rão as ruas e estradas.

l Possível redução de harmônicas narede.

l Atendimento por uma equipe dife-renciada por parte da concessioná-ria.

l Melhor controle, supervisão e es-tabilidade das características elétri-cas do sistema.

Vantagens Econômicas:A redução, quando da mudança de

tarifa, é significativa no custo da ener-gia consumida pela fábrica.

As tarifas da Celpe, em outubro de2000, estavam estabelecidas da seguin-te forma:

onde:A4 azul = 13,8kVe A3 = 69kV

Através de um estudo baseado nosdados de demanda e consumo da mé-dia mensal do ano de 1999, forneci-dos pela indústria em questão, e con-siderando os consumos estimadosconstantes durante todo o decorrer doano, podemos obter os dados do Qua-dro 1A.

Para determinação da conta médiamensal nas determinadas tarifas pode-mos utilizar a seguinte fórmula:Conta/mês = (CP x (TCPSx7 + TCPUx5)/12 + CFPx (TCFPSx7 + TCFPUx5)/12 + DP x TDP + DFP xTDFP) x (1 + ICMS/100).

Onde:CP – Consumo na ponta (MWh)TCPS – Tarifa de Consumo na Ponta Seca (R$)TCPU – Tarifa de Consumo na Ponta Úmida (R$)CFP – Consumo Fora de Ponta (MWh)TCFPS – Tarifa de Consumo Fora da Ponta Seca(R$)TCFPU – Tarifa de Consumo Fora da Ponta Úmida(R$)DP – Demanda na Ponta (KW)

SubgupoPonta seca (PS)Fora-ponta seca (FPS)Ponta úmida (PU)Fora-ponta úmida (FPU)ICMS

CONSUMO(R$/MWh)

A4 (azul)88,7042,1782,0937,27

A352,9036,4446,9131,46

A4 (azul)13,524,51

13,524,51

A311,173,0511,173,05

DEMANDA(R$/kW)

25% sobre o total dos valores pagos pordemandas e consumos

Serviço oferecido pela weg

Através do Centro de Negócios deSubestações (CNS), a WEG vem ofe-recendo ao mercado serviços de ES-TUDOS DE VIABILIDADE FI-NANCEIRA, que diagnosticam con-dições de retorno financeiro atravésde redução tarifária e também os gan-hos com melhoria da qualidade deenergia através do aumento do nívelde tensão para alimentação dos par-ques fabris.

O CNS oferece também suportetécnico aos clientes que queiram ins-talar subestações, através de sua En-genharia de Aplicação e Projetos, oti-mizando soluções dedicadas a cadacliente, buscando sempre atender comas melhores condições técnicas e co-merciais.

TDP – Tarifa de Demanda na Ponta (R$)DFP – Demanda Fora de Ponta (KW)TDFP – Tarifa de Demanda Fora de Ponta (R$)ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias eServiços (%)

A fórmula acima permite calcular-mos o valor médio mês sendo que con-forme Quadro 1B este cálculo podeser feito em separado, sendo:7 meses – Ponta Seca5 meses – Ponta Úmida

A seguir apresentaremos o cálculocompleto com as seguintes considera-ções:

Não foi levada em conta a econo-mia significativa que representa:l Melhoria na vida útil dos equipamen-

tos fabris.l Redução quase a zerodas interrupções no sis-tema.l Custo de parada ho-mem/hora produtivodurante os períodos defalta.l Custo/hora de máqui-na parada e produção.

OBS: Em casos como Indústrias de Pa-pel, Siderúrgicas, Químicas e outras, aeconomia gerada pelos itens acima é con-siderável.

Subgrupo

A4 (13,8 kV)Subtransmissão

DEC(horas)12,230,71

FEC(interrupções)

9,101,54

Um dos transformadores da subestação

Page 13: WEG em Revista 15

Transtornos comenergia têm solução

Subestação completaem regime de “turn-key”para a Cimporgarante suprimento deenergia sem interrupção

ente imaginar a situação:duas empresas vizinhas com-partilhando a mesma subes-tação. Contavam com os

benefícios da qualidade da alta tensão,porém enfrentavam os transtornos eindisposições das interferências cau-sadas pelo compartilhamento. Proble-ma detectado, solução encontrada:uma delas, a Cimpor, decidiu instalarsua própria subestação. Resultado:energia na quantidade e na qualidadenecessárias para alimentar o processoprodutivo.

A Cimpor iniciou a operação em

TCajati (SP), a partir da aquisição dafábrica de cimento alocada no com-plexo industrial da Serrana (atual gru-po Bunge). Devido à configuração ori-ginal, as duas empresas passaram acompartilhar a subestação de 138 kV,para o consumo de energia elétrica.

Este compartilhamento, mesmoproporcionando vantagem econômicaem virtude da tarifa de energia reduzi-da para ambas as empresas, causavaindisposições técnicas e políticas, poiso alto número de “paradas” (falta deenergia) ocasionadas na conexão Bun-ge-Cimpor resultava em perda consi-

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WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

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negócios

Quadro 1A – Tabela de tarifas e consumo

Quadro 1B – Cálculo da economia mensal

Com as tabelas acima apresenta-das e os cálculos efetuados podemosconcluir que através da diferença detarifas haverá uma economia anual deR$ 1.062.734,37, proporcionandoportanto uma redução média mensalnos gastos com energia deR$ 88.561,20.

A partir dos dados levantados po-deremos efetuar o estudo de amorti-zação do investimento e evidenciar aviabilidade da nova implantação.

Tempo de amortização da SE:

Analisaremos agora o tempo de re-torno do investimento a ser feito nasubestação:Premissas: Para os cálculos a seremfeitos a seguir, foram adotadas algu-

Trazendo para o valor presente os va-lores, temos:

Onde:VI = valor do investimentoi = juros (anuais ou mensais)t = tempo (em anos ou meses)

Para VP = 0 (acharmos o tempoem que a SE é paga) pode-se concluirque:

Para um valor de investimento de-terminado o tempo (t) para o retornoé de aproximadamente 34 meses, o quetorna o investimento bastante atrati-vo.

REDUÇÃO DAS TARIFAS ATRAVÉS DA TROCA DE A4 PARA A3

mas premissas, que são importantesao se construir a LT / Subestação:1) Juros atuais de mercado: 1,5 % ao

mês;2) Não foi levado em conta o valor

residual da Subestação, assim comoa depreciação acelerada desta (deacordo com o regulamento do Im-posto de Renda).

3) Consumo mensal é igual a qual-quer época do ano (tomado comobase a média mensal do ano de1999).Com base nestas premissas, temos

que:

Economia/ano com a construção:R$ 1.062.734,37Média da Economia/mês:R$ 88.561,20

Subestação tem potência instalada de 33 MVA

Quadro 1C – gráficos pertinentes a redução de tarifa

Page 14: WEG em Revista 15

WR - Como surgiu a idéia do livro?Flávia - Eu estava terminando o mes-

trado e precisava escrever uma tese so-bre negócios. Procurei então escolherum assunto que pudesse usar na carrei-ra. Ainda não sabia se queria ser execu-tiva ou empresária; a única certeza é quequeria ser uma das melhores naquilo queeu fizesse. Então resolvi entrevistar aspessoas que são as melhores naquilo quefazem, e procurar o que elas tinham emcomum.

WR - Talento é um dom natural?Flávia - Talento é o que cada um tem

de especial. Se puséssemos o presidenteda WEG, Décio da Silva, extremamen-te talentoso como executivo, para esca-lar o Everest, provavelmente ele não te-ria o mesmo sucesso. Ou então colocarGustavo Kuerten para administrar oBanco Itaú, ele não seria o melhor domundo. Cada um nasceu para fazer umacoisa. E as pessoas que eu entrevisteiconseguiram descobrir qual é esta coi-sa, e chegaram ao sucesso.

WR - No início da carreira eles sa-biam qual era seu talento?

Flávia - Todos fizeram outras coisasantes de descobrir para que serviam. Masa vida foi levando-os para o caminhopara o qual tinham talento, e quandoperceberam que era aquilo que eles fa-ziam bem, se dedicaram àquela profis-são.

WR - Você acha possível descobriros talentos na infância?

Flávia - Temos dificuldade em en-contrar os nossos talentos desde crian-ças, pois já somos estimulados pelos pais

A curitibana Flávia Pacheco é autora do livro TalentosBrasileiros, editado pela Negócio Editora. Nesta

entrevista exclusiva à WEG em Revista, Flávia contacomo chegou ao projeto do livro, a partir de uma idéia

para sua tese de mestrado em negócios.

Desvendando talentos

a seguir uma carreira. Geralmente seescolhe a profissão por um desejo dospais, que queriam fazer tal faculdade enão fizeram, ou então segue-se a car-reira bem sucedida dos pais. Outraspessoas escolhem a carreira por status,e aí acabam indo para um lado que atuacomo um limitador, porque, segundoas pessoas que eu entrevistei, ninguémvai conseguir ser o melhor se não forfazendo aquilo que combina com a vo-cação.

WR - Entre as pessoas que você en-trevistou, alguma buscou seu caminhopor causa da remuneração?

Flávia - Nenhum seguia este perfil,não desmerecendo o fato de eles seremmuito bem recompensados. Mas não éo que mais os move. Mesmo porque,se fosse, eles não estariam tão ou maisempenhados do que no tempo em queeram anônimos. Isto prova que não épelo dinheiro, mas pelo amor àquilo quefazem.

WR - A maioria dos entrevistadossão profissionais com mais de 40, 50anos. Hoje é mais difícil se destacarem relação à época em que eles inicia-ram no mercado de trabalho?

Flávia - Alcides Tápias começou acarreira no cargo mais subalterno den-tro do Bradesco, e chegou a ser vice-presidente 30 anos depois. Alcides Hel-lmeister começou como trainee na De-loitte Touche & Tomatsu e chegou à pre-sidência 25 anos depois. Sérgio Barro-so iniciou a carreira como trainee daCargill e hoje, décadas depois, a presi-de. É necessário um tempo até que oprofissional consiga destacar-se e atin-

gir os postos mais altos.

WR - A competitividade ajuda adestacar talentos?

Flávia - Creio que a grande maioriaprocura apenas “sobreviver” no merca-do de trabalho. Isto, na minha opinião,sempre aconteceu, independentemen-te do momento histórico. É mais cô-modo fazer apenas a obrigação e nãoprocurar se destacar profissionalmen-te. Porém o preço a ser pago é muitoalto: uma vida sem grandes realizações.Os líderes entrevistados se comprazemem buscar o autoconhecimento parautilizar seu verdadeiro talento. Fazemmais que a obrigação.

WR - É importante contar com aju-da profissional para que as pessoas en-contrem seu talento?

Flávia - Algumas pessoas que eu en-trevistei falaram sobre a importância defazer terapia para se descobrir, pois peloautoconhecimento você pode descobrirseu talento. Alguns conseguem desco-brir sozinhos, como o Washington Oli-vetto, que disse ter tido a sorte de des-cobrir muito cedo seu caminho.

naWEG +

WEG em Revistawww.weg.com.br14 WEG em Revista

www.weg.com.br 7

multinacional outra visão

Flávia fala mais

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ais um passo importante naestratégia de internaciona-lização foi dado pela WEG,com a aquisição de uma fá-

brica de motores em Portugal, a pri-meira da WEG na Europa. O grandeobjetivo é ser a maior fabricante demotores elétricos industriais do mun-do. A fábrica foi adquirida do grupoEfacec Universal Motors - líder nomercado português de motores elétri-cos -, e fica na cidade de Maia, pro-víncia de Douro Litoral, região me-tropolitana do Porto.

Com 150 funcionários, a plantaproduz motores de grande porte, aci-ma de 50 cv, feitos sob encomenda parasetores como a indústria de bens decapital, siderúrgica e fábricas de papel

Primeira fábrica na Europa

M

Compra de empresaem Portugal colocaa WEG dentro do seusegundo maior mercadono exterior

e celulose. A fábrica dará melhores con-dições logísticas e contribuirá para aimagem da empresa na Europa, tor-nando a empresa jaraguaense uma fa-bricante local, como seus grandes con-correntes do continente. “A fábrica dePortugal é estrategicamente importan-te por ser uma base produtiva na Eu-ropa, nosso segundo maior mercadono exterior. Metade das vendas dela édestinada a outros países do continen-te, como Espanha, Inglaterra, Françae Bélgica”, diz Décio da Silva, presi-dente executivo da WEG.

Motores especiais

Com a nova unidade, a empresaganha competitividade no segmentoeuropeu de motores especiais - equi-pamentos produzidos de acordo comcaracterísticas técnicas específicas. Afábrica de Portugal também comple-menta a linha de produtos, com a fa-bricação de motores para áreas de ris-co e à prova de explosão.

Além da logística, a escolha de Por-tugal para sediar a quarta unidade, queserá dirigida por Martin Werninghaus,

diretor de Produção da WEG Moto-res, tem a ver com afinidades lingüís-tica e cultural, o que facilita a comuni-cação e a transferência tecnológica. “Es-colhemos Portugal como porta de en-trada para a Europa principalmente poressas questões. A produção de moto-res tem muitos aspectos técnicos im-portantes, e uma boa comunicação éfundamental para a transferência detecnologia e, conseqüentemente, paraum produto de qualidade”, afirmaDécio.

Com a unidade, quarta da WEGno exterior, a empresa passa a ter 650funcionários fora do Brasil. Em 2000a WEG comprou uma unidade da ABBno México e uma fábrica de disjunto-res na Argentina. A primeira unidadeno exterior foi adquirida da Morbe,também na Argentina. Em 2001 a Eu-ropa representou 24% dos negócios in-ternacionais da WEG. As vendas in-ternacionais da empresa corresponde-ram em 2001 a um terço do fatura-mento bruto de R$ 1,27 bilhão.

Maia

Com cerca de 120 milhabitantes, Maia é umadas cidades mais indus-trializadas de Portugal.Tem uma economia bas-tante diversificada: agri-cultura, siderurgia, comér-cio de madeira, indústriatêxtil, alimentícia, eletrô-nica, curtumes e metal-mecânica. Fica dez quilô-metros ao norte da cidadedo Porto, que tem aproxi-madamente 1,26 milhãode habitantes.

INFO

GRÁ

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naWEG + WEG Portugal na imprensa

Page 15: WEG em Revista 15

Aulas de natação, informática, in-glês, balé, deveres da escola... Muitospais sufocam os filhos com “n” ativida-des. Talvez porque depositem neles seuspróprios sonhos ou queiram vislumbrarum talento “oculto”, qualquer que seja.

E quem não quer um filho talen-toso para poder ter do que se orgu-lhar? Isto é compreensível, mas nãoexiste nenhum manual para descobriros dons dos filhotes. De qualquer for-ma, alguns itens podem auxiliar no re-conhecimento de um possível talento...

• Não adianta “sufocar” a criança comuma enxurrada de afazeres. Elas são

diferentes dos adultos.• Avalie qual é o tipo de inteligência

predominante. Existem sete tipos deinteligência: verbal, matemática,musical, espacial, corporal, in-tra e interpessoal.

• Estimule a auto-estima da crian-ça.

• Capitalize no que ela é boa.• Deixe a criança fazer a atividade

que ela preferir. Se ela entrarem uma atividade que nãodeseja, será um adultofrustrado.

Dica para o adultoque quer descobrir seu

próprio talento

• Pense: quais são asatividades que vocêfaria, independentede ganhar dinheiro.

É por aí que vocêcomeça a descobrir

seus talentosocultos.

Lobão: muito “sabão em pó” que canta

organização, passou por vários cargos,inclusive assessor da presidência, atéchegar a diretor industrial. Em maiode 1995, os acionistas da empresa oconvidaram a assumir a presidência.“Sempre atribuo as vitórias pessoais eprofissionais ao esforço, ao trabalho eà dedicação. Mas acredito que umpouco de talento, aliado ao trabalho eà determinação, sempre produzirá me-lhores resultados”, analisa. Na opiniãode Amaury, de 51 anos, ter mais outer menos talento parece ser uma vir-tude nata das pessoas. “Outra virtudeé reconhecer a eventual falta de talen-to e supri-lo, ou até mesmo desenvol-vê-lo, com muita dedicação”.

Talento x fama

Para alimentar a fama é preciso,antes de tudo, se comprometer ao ta-lento. Em se tratando de talento musi-cal brasileiro, todo mundo sabe queexiste muita gente boa na MPB, masque está sendo sufocada por “bondesdo tigrão”, por filhos de cantores ser-tanejos e pela mania de traduzir su-cessos americanos.

“O talento é necessário para se vi-ver e se alimentar dele, a fama é se-cundária”, conceitua o músico Lobão.“Ter talento é bom, mesmo sozinhonum quarto escuro e de cabeça pra bai-xo, não é verdade?”, brinca.

“Sinceramente, eu não acredito emfalta de talentos. Se bem que, numa

cultura estéril e imbecil, é realmentequase uma impossibilidade aparecerum talento. Eu conheço um montãode gente nova com muito talento e comum baita trabalho por aí”, acreditaLobão.

A mídia, principalmente a televisão,fabrica “talentos” numa programaçãomuitas vezes vulgar. Mas por que nãohá interesse da mídia em mostrar pes-soas inteligentes e realmente talentosas?“Porque - responde Lobão - aí foge aocontrole deles. Afinal de contas, o jar-gão fundamental, a frase mais corriquei-ra dentro das gravadoras é que artistabom é um sabão em pó que canta.Quanto menos trabalho der, melhor.Por isso é que nós temos essa enormequantidade de teletubies por metro qua-drado. Isso é uma ditadura explícita deuma sociedade de controle absolutamen-te sedimentada”, responde Lobão. Temmuito brasileiro fazendo sucesso lá fora.O maestro Sérgio Mendes é um exem-plo de profissional reconhecidíssimonos Estados Unidos e não no Brasil, ouo escritor Paulo Coelho, ou o jogadorRonaldinho Gaúcho, talento local queconquistou a Europa...

William Henry Gates III, Bill, donoda Microsoft, não é nenhum deus gre-go e jamais deve ter pisado numa aca-demia de ginástica, mas sua conta ban-cária... Com uma fortuna avaliada em12,9 bilhões de dólares, Gates é con-siderado o homem mais rico do mun-do. O gigante da indústria mundial de

software não teria chegado onde che-gou se não fosse pelo seu talento em-preendedor.

Outro que encheu os bolsos ao des-cobrir o dom que tem foi Michael Jor-dan. E ele não foi apenas o melhor alaque o Chicago Bulls já teve, foi joga-dor de maior destaque internacionalda história do basquete. Suas notáveismanobras dentro das quadras impres-sionaram o mundo. Tanto que se trans-formou em ídolo de toda uma gera-ção, passou a ser estampado em ca-misas, painéis publicitários, virounome de tênis e de perfume.

Quem não sabe que Bill Gates ouMichael Jordan, ou os Beatles são (oueram) talentos excepcionais? O interes-sante é que além de talentosos eramcomprometidos com o que faziam...Mas isto é assunto para uma outra his-tória...

WEG em Revistawww.weg.com.br6 WEG em Revista

www.weg.com.br 15

Meu filho tem talento?

giro

naWEG + Enquete: talento basta?

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Conservaçãode energia

A WEG recebeu no dia 18 deabril, em Florianópolis, o prêmioda revista Expressão - uma das maisimportantes publicações de negóci-os do Sul do país - como a empresaque mais cresceu em exportações nosegmento de Máquinas e Equipa-mentos. O ranking exclusivo, ela-borado em parceria com a Secreta-ria de Comércio Exterior do Mi-nistério de Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior, saiu naedição dos 200 Maiores Exportado-res do Sul.

Alidor Lueders, diretor da WEG, recebeo prêmio das mãos de José FernandoFaraco, presidente da Federação dasIndústrias de Santa Catarina

naWEG + Soluções para conservação de energia

Prêmio paraexportações

Empresa ligadaPesquisa realizada pela

revista Info coloca aWEG em 38º lugar en-tre as 100 empresas doBrasil que mais inves-tem em tecnologia dainformação. O levanta-mento “As 100 empre-sas mais ligadas do país”avaliou as 500 empresasparticipantes do prêmio Me-lhores e Maiores, especial darevista Exame, e também as mai-ores empresas de tecnologia do país.

Realizada desde 1996, esta novaedição da pesquisa permitiu à revista

observar, por um ângulo di-ferenciado, o que de maisinovador aconteceu nomercado de tecnologiada informação no últi-mo ano. Além do nú-mero de micros interli-gados, a pesquisa levou

em consideração os inves-timentos feitos em tecnolo-

gia, o uso das intranets e por-tais corporativos para a gestãodas empresas, a integração de voz

e dados e a utilização da intranet e dainternet para recrutar e treinar funcio-nários, por exemplo.

DIVULGAÇÃO

Foram promovidas em abril mais duasedições do Seminário de Conservaçãode Energia Elétrica no Setor Industri-al, em parceria com o Procobre: emBelém e Recife. Nos seminários, coma presença de algumas das maioresempresas daquelas regiões, a WEGapresentou suas soluções para a indús-tria atingir as metas de economia deenergia elétrica. No seminário de Be-lém também estiveram presentes re-presentantes de todas as unidades doSenai do Norte do país.

O Cias. Abertas, primeiro noticiário eletrônico do país especializado emnotícias sobre ações, elegeu a WEG como uma das 10 melhores empresas de2001 para os seus acionistas. O diretor-presidente executivo da WEG, Décioda Silva, recebeu o prêmio no evento “Destaques Cias. Abertas”, organizadopela Agência Estado no dia 10 de maio, em São Paulo.

Décio da Silva recebe o prêmio de Antônio Kandir

Entre as 10 melhores do Brasil

naWEG + Mais detalhes da premiação

DIVULGAÇÃO

Page 16: WEG em Revista 15

WEG em Revistawww.weg.com.br16 WEG em Revista

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“Ninguém pode chegarao topo armado apenas

de talento. Deus dáo talento; o trabalhotransforma o talento

em gênio.”

Ana Pavlovabailarina russa

Alidor Lueders

Douglas Stange

Amaury Olsen

clientes e mercado

Talento escondido

O paulista Giul Vieira, de 28 anos,não é um artista consagrado pela mí-dia, mas não por falta de talento. As-sim como Giul, quantos artistas nãoestão escondidos pelos cantinhos des-se imenso país? Sem uma real opor-tunidade de mostrar ao mundo o quesabe fazer? Giul trabalha com cria-ção numa universidade em Piraci-caba. Aos 9 anos de idade, num mo-mento de abstração em sala de aula,ele descobriu no giz, no estilete e naponta de compasso instrumentos paraa arte. “O ofício veio como soluçãoà minha falta de concentração. Nofinal da aula, olhando para a escultu-ra, lembrava-me de toda a matériaexposta pela professora no dia”, re-vela.

As esculturas no giz são apenasparte do talento desse paulista quetambém se embrenha no universomusical, compondo e tocando gaita,violão, bateria, sem contar os dese-nhos. “Minha principal arte hoje é aperseverança em busca dos so-nhos...”, fantasia Giul, que se deno-mina um artistaparalelo. “Umaarte que disputatempo com o dia-a-dia atribulado,com o real.”

Para o artista,talento é sensibi-lidade; o olhopreparado vê aessência das coi-

sas e as transforma em poesias, pin-turas, livros, esculturas... “Acreditoque o talento - sensibilidade - podeser aprimorado com a oportunidade,mas não ser gerado por ela. Surge danecessidade de transformação do real,inata ao indivíduo talentoso”, filoso-fa Giul. O que acontece hoje, diz ele,é que não se levam ao sucesso talen-tos como os de antigamente. “Aque-les estão escondidos atrás dos olhosdos que não podem ver através danévoa da estética atual. A necessida-de da indústria cultural em reforçara estética adotada leva ao sucesso(temporário) aqueles que se enqua-dram à linguagem superficial da ima-gem, e não aqueles que valorizam atransformação da essência da reali-dade”, constata.Giul: perseverança

cresceram com ela e hoje são desta-ques na profissão. Um exemplo éMoacyr Rogério Sens, o primeiro en-genheiro contratado pela WEG, queocupou diversos cargos, foi chefe, ge-rente, e hoje é o diretor superinten-dente da WEG Motores, diretor téc-nico e diretor de RH do grupo. O ta-lento, segundo Sens, foi sendo desco-berto aos poucos: “Minha mãe queriaque eu fosse padre, mas acabei fazen-do Engenharia. Construí a carreiratendo como apoio a imagem do meupai, um homem de pouca instruçãomas muito prático e de grande inteli-gência. Para mim, o talento é resulta-do de transpiração, trabalho, dedica-ção e entusiasmo”. Alidor Lueders, diretor administra-

tivo da WEG, co-meçou em 1971como auditor e as-sessor jurídico,quando cursava oúltimo ano da fa-culdade de Direi-to. Também assu-miu vários cargos,entre eles o de di-retor superinten-

dente da WEG Transformadores. “Co-mecei a trabalhar com 14 anos, e aos20 já trabalhava com contabilidade. NaWEG me especializei em Direito Tri-butário e Comercial, sempre me pre-ocupando em dar o melhor em tudo oque fazia e gostar da atividade exerci-da. Talento é perseverança, é colocarpaixão no que se faz, ter vontade de sesuperar, ter autoconfiança e auto-esti-ma, a certeza de que tanto se erra quan-to se acerta, e não ter medo”, ressalta. O talento colocado a serviço do de-senvolvimento mar-ca a carreira deDouglas ConradoStange, diretor su-perintendente daWEG Exportadora,que começou em1966 na área deCustos. “Comecei atrabalhar na empre-sa e as oportunida-des foram aparecendo, fui crescendojunto e vendo o resultado aparecer. Issome deu satisfação e alegria de trabalhar

cada vez mais. Gostar do que se faz émeio caminho para exercitar o talen-to; depois, é saber que está na ativida-de certa, buscar conhecimento. Outro exemplo de talento-dedica-

ção é FranciscoAmaury Olsen,presidente da TigreS.A., de Joinville(SC). Ele começouna empresa aos 20anos, como auxili-ar de escritório,cresceu na

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FOTOS TIAGO T. GUTIERREZ

Pinturaindustrial

A WEG Química ministrou, no dia6 de março, em parceria com a NMEngenharia e Pintura, o curso de Reci-clagem de Pintura Industrial, na UN-Replan. O curso proporcionou a trocade informações com os profissionais daárea, ampliando conhecimentos em re-lação a produtos, tratamentos de super-fícies, sistemas de aplicação, problemase correções, levando em consideraçãoas Normas Petrobras.

A Unidade Guarulhos (UG), fábrica do GrupoWEG localizada em São Paulo, passou a fazer partedo seleto grupo de empresas com profissionais de-tentores do certificado Black Belt, concedido pela Fun-dação Getúlio Vargas (FGV) e pela Multibras. O títu-lo de “Especialista em Seis Sigma - Black Belt” foirecebido por Flávio Barbosa de Souza, do departa-mento da Gestão da Qualidade. O Seis Sigma é umapoderosa técnica para a solução de problemas crôni-

Funcionário da Petrobrás (dir.)recebe o certificado

Presença na Feira da MecânicaA WEG teve uma participação de

destaque na 22ª Feira Internacionalda Mecânica, graças à grande quan-tidade de motores e outros compo-nentes aplicados em equipamentosde clientes expositores. O estande daWEG acabou se tornando ponto deencontro, pelo fato de a maioria dosexpositores da feira ser formada porclientes da empresa. Alguns chegaram

a receber seus próprios clientes no es-tande, para troca de idéias e detalha-mento dos produtos. Realizada de 6a 11 de maio, no Anhembi, em SãoPaulo, a feira foi visitada por cercade 100 mil profissionais da área. Afeira teve 1.600 expositores nacio-nais e internacionais de 32 paísesem 74 mil metros quadrados deárea.

Estande da WEG na Feira da Mecânica tinha 170 m2

Especialista em Seis Sigma

cos e complexos, com a utilização de ferramentasestatísticas avançadas aliadas ao método PDCA, pos-sibilitando a maximização dos resultados. Para che-gar à conquista da certificação foram necessários doisanos e meio de trabalho, incluindo quatro semanasde treinamento teórico intenso e o desenvolvimentode três projetos com acompanhamento da FGV e docliente Multibras. O desenvolvimento dos projetosenvolveu todas as áreas técnicas da empresa.

DIVULGAÇÃO

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Uma questão de

m dia desses o Fantásticomostrou um menino de 12anos chamado Michelânge-lo Bezerra, morador de uma

favela do Rio de Janeiro que se apai-xonou por ópera, ao ouvir um tre-cho que vinha do rádio de um carro.O programa mos-trou a vida nadafácil de Michelân-gelo, que ajuda opadrasto como ca-melô, mas sempreconsegue dar umaescapadinha e fa-zer o que maisgosta. “Eu tenhoque buscar o meusonho e ficar ator-mentando nos ba-res. . .”, observaMichelângelo, queaté ganha um di-nheirinho extra. A ópera no rádio ea audição aguçada do pequeno te-nor... Coincidência?

Pode até ser, mas que o dom es-tava pulsando dentro dele, estava!Agora resta saber se o menino vai sededicar à arte, porque não adiantaesperar que o talento dê conta de umfuturo promissor se não houver com-prometimento. Reconhecer o pró-prio talento, perceber inclinações,desenvolver habilidades e capacida-des, abusar das virtudes e descobrirpotenciais latentes parece fácil masnão é. Cada um traz consigo um ou

mais dons, e cabe desenvolvê-los aolongo da vida. Mas quantas pessoaspassam por uma vida inteira sem se-quer reconhecer seu verdadeiro dom?

Mais do que para viver seu talen-to, alguns seres humanos parecem tervindo ao mundo para revolucionar

parte da históriada humanidade,marcar presençaou causar umasaudável inveja emmilhões de mor-tais. Pessoas comoAlbert Einstein,Isaac Newton,Renée Descartes,Galileu Galilei,Mozart, Beetho-ven, Shakespea-re...

Aperfeiçoamento

Com o mercado em franco de-senvolvimento e cada vez mais exi-gente, abriu-se um nicho voltado es-pecialmente para o desenvolvimentode programas personalizados quecontribuem para o aprimoramentode empresas e instituições por meioda criação de diferenciais competi-tivos nos padrões de gestão das rela-ções humanas. Mas não basta trei-namento. E talento não significa ape-nas ter um dom natural para deter-minada atividade. Ele pode ser ad-

O que seria de Pelé se jamais tivesse chutado uma bola?Os Beatles fariam tanto sucesso sem George, John, Paul e Ringo?E se Mozart fosse pobre? Teria chegado perto de um piano?

“Para fazer uma obrade arte não basta tertalento, não basta ter

força, é precisotambém viver um

grande amor.”Wolfgang Amadeus Mozart

compositor austríacoquirido, como comprova a maioriados casos bem sucedidos. Empresá-rios, escritores, atletas, médicos...Enfim, todas as pessoas que possu-em uma carreira sólida e bem estru-turada nas mais diversas áreas têmem comum o fato de ter aproveitadoas oportunidades, se aperfeiçoado einvestido na carreira.

A própriaWEG, hoje, só égrande devido aostalentos profissio-nais que amealhou.Entre eles estãopessoas que come-çaram a carreirapraticamente jun-to com a empresa,

UAurora Ayres

Moacyr Sens

especial comunidade

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ais conforto em casa, maisgente na escola, menos mor-talidade infantil... Estes da-dos são motivo de orgulho

para qualquer país desenvolvido. E tam-bém para países em desenvolvimento,como é o caso do Brasil. Pois as infor-mações se referem exatamente ao Bra-sil, e estão na tabulação de dados docenso 2000, divulgada em maio. Cadavez mais, o país oferece melhores con-dições de vida à população, algo que,até há alguns anos, era privilégio decertas regiões. Mesmo assim, aindaque o equilíbro venha crescendo, osnúmeros mostram certas desigualda-des, e algumas áreas se destacam. É ocaso da região Norte-Nordeste de San-ta Catarina, onde se situa Jaraguá doSul, sede da WEG.

O Brasil, segundo os dados do cen-so 2000, comemora o aumento da taxade escolarização em todas as faixas etá-rias, com destaque para a faixa dos 7aos 14 anos, que tem cerca de 94% dapopulação na escola (são quase 24 milcrianças e jovens estudando). Não édiferente em Jaraguá do Sul, onde 98%da população em idade escolar fre-qüentam um dos 78 estabelecimentosde ensino fundamental e médio domunicípio (somando as escolas técni-cas e instituições de ensino superior,o número vai a 88 estabelecimentos).No ano passado, Jaraguá do Sul foidestacada pelo Unicef como o tercei-ro melhor município de Santa Catari-na em condições de sobrevivência paracrianças até 6 anos.

Qualidade em altaO resultado docenso 2000 mostraque o país caminhapara o equilíbrio naqualidade de vida

Com relação à renda per capita, a distância entre os índices é maior: enquan-to no Brasil a renda anual é de US$ 5.561, em Santa Catarina o número crescepara US$ 6.844, alcançando US$ 16.796 em Jaraguá do Sul. O salário médiodo trabalhador jaraguaense está em R$ 612,51 por mês.

Outros dados que mostram a excelência em qualidade de vida na região:97,5% da população contam com abastecimento de água potável (78,2% nopaís); 65% têm acesso à rede de esgoto (no país, são 62,8%). Jaraguá alcançouuma cobertura de 100% da população na coleta domiciliar de lixo. O índice deempregabilidade também é alto: dos 108.489 habitantes, 40.839 trabalham numadas 4.555 empresas do município. (dados obtidos no site de Jaraguá do Sul)

Todos esses dados fazem com queJaraguá do Sul mantenha posição de li-derança no Índice de DesenvolvimentoSocial, o IDS, que a cada ano estabele-ce um ranking com base em 17 indica-dores de desenvolvimento municipal,como mortalidade infantil e taxa de na-talidade, escolaridade, produto internobruto, renda per capita e saneamentobásico. Nos três últimos levantamentos,Jaraguá ficou em primeiro lugar nestelevantamento, em Santa Catarina.

Uma das características de Jaraguádo Sul - que, certamente, faz com que omunicípio ocupe tal posição privilegia-da - é a integração entre poder público,comunidade e classe empresarial. A ci-dade sempre se notabilizou pela conver-gência existente entre os interesses detodas as camadas da população.

Ganho maior

M Região central de jaraguá do Sul

Crianças na escola

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expediente

índice

Weg em Revista éuma publicaçãoda Weg.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul - [email protected]. ConselhoEditorial: Décio da Silva (diretor), PauloDonizeti (editor), Caio Mandolesi(jornalista responsável), Edson Ewald(analista de Marketing). Edição eprodução: EDM Logos Comunicação,telefone (47) 433-0666.Tiragem: 10.000.

O talento queleva ao sucesso 4

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Cresce a qualidadede vida no país

Energia elétricasem interrupção

Mas comoesse meninoé talentoso!

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WEG abre fábricaem Portugal

uantas vezes você já ouviu essa exclama-ção - às vezes dirigida a você mesmo? Otalento é uma das virtudes mais aprecia-

das no ser humano, desde a pré-história, ao ladoda bondade, da honestidade, do comprometimen-to...

Não há atividade humana que não exija talen-to, desde a construção de uma “cidade” de Lego atéo projeto de uma estação espacial, passando pelaarte de executar uma escultura num pedaço de gizou legar uma obra musical inesquecível como a dosBeatles ou de Beethoven.

Mostrar talento, porém, não é tudo na vida deuma pessoa. Importante é colocar todo tipo de ha-bilidade a serviço da sociedade. Nem sempre umapessoa está ciente do que é capaz de fazer; nemtodo talento é visível. Cabe, então, aos pais, pro-fessores, superiores e até colegas detectar e potenci-alizar aptidões. A questão, passa a ser de compro-metimento. Ou seja: dar condições para que todotalento seja aproveitado ao máximo. Aí o meninotalentoso vai se transformar num ser humano com-pleto, útil, que justifica sua passagem pelo mundo.

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Entrevista comFlávia Pacheco

Talentos que desafiam

Modelo de gestãoda WEG procuracolocar os talentoscertos, no lugarcerto, na hora certa

Treinamento constante,encarado na WEG comoinvestimento, permite à

empresa tercolaboradores sempre

preparados.

Décio da SilvaPresidente executivo da WEG

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nossa opinião editorial

omo identificar, diferenci-ar, motivar e criar as me-lhores condições para odesenvolvimento de mais

de 9 mil talentos diferentes, em diver-sos países? Esse é o desafio diário daWEG. Aliás, de qualquer empresa, te-nha ela um, dez, cem, dez mil ou quan-tos funcionários tiver.

Gestão de Talentos virou o tema damoda no mundo corporativo. Muitasempresas até mudaram o nome de seusdepartamentos de recursos humanospara talentos humanos, a fim de dei-xar mais clara essa mudança.

O talento humano ainda divide ci-entistas quanto à origem, confundepsicólogos quanto ao desenvolvimen-to e fascina qualquer ser humano comsuas demonstra-ções de genialida-de e possibilidadesinfinitas.

Se o talento –ou dom – já nas-ce com a gente oué desenvolvido nainfância, não é fa-tor relevante paraas empresas. Inte-ressa como fazê-lotrabalhar a favorde resultados. In-teressa colocar as pessoas certas – como dom certo – no lugar e hora certos.

Na WEG, temos um modelo de ges-tão que facilita a criação de empreen-dedores e a motivação de talentos.Com as unidades de negócios funcio-nando como empresas, tendo objeti-vos e atribuições bem definidas, cadadiretor trabalha como dono de seu pró-prio negócio. Esse modelo é multipli-cado por todos os colaboradores, queconhecem o Planejamento Estratégicoda empresa e trabalham de acordocom metas estabelecidas por eles mes-mos.

A melhor forma de identificar e di-

ferenciar talentos na WEG é a admi-nistração participativa, conceito ado-tado em todos os níveis hierárquicos.As decisões são tomadas em grupo,desde os Círculos de Controle de Qua-lidade (CCQ), que envolvem o chãode fábrica, até os comitês formadospor diretores. O trabalho em equipepropicia um conhecimento profundodas características dos colaboradores.

Esse conhecimento permite que sedescubram rapidamente talentos quede outra forma poderiam passar des-percebidos. Só para ilustrar como fun-ciona bem essa gestão, temos uma mé-dia mensal de 150 promoções inter-nas. Esses 150 colaboradores que avan-çam na carreira assumem novas fun-ções – sendo uma parte crescente de-

las fora do Brasil –com muita segu-rança, porque osenvolvidos no pro-cesso de aprovaçãoconhecem seus ta-lentos muito antesdas vagas seremabertas. Além dis-so, o treinamentoconstante, encara-do como investi-mento, não comodespesa, permite

ter colaboradores sempre preparados.O resultado é óbvio: pessoas dan-

do o melhor de si em seu trabalho.Não existe maior motivador do que afelicidade de se estar trabalhando noque se gosta. É claro que há outrosfatores importantes – ambiente de tra-balho, remuneração, benefícios, sópara citar alguns exemplos –, mas ofundamental é ter as pessoas certas noslugares certos. E como ninguém vemcom manual de instruções, nem comespecificação de dom escrito na testa,esse desafio só pode ser vencido comenvolvimento, comprometimento ecom foco real nas pessoas.

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