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Uma mina chamada Terra

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“ ”A boa inovação é aquela que resultaem produtos ou processos maiseficientes, duráveis e baratos.

Moacyr Rogério SensDiretor Técnico

Maio de 1968. Na França, uma série de protestos de es-tudantes universitários contra a disciplina rígida, os currícu-los escolares e a estrutura acadêmica conservadora marcatoda uma geração. Usando slogans famosos até hoje, como“É proibido proibir” e “A imaginação no poder”, os jovensocupam universidades e fábricas, montam barricadas nasruas de Paris e, no maior dos confrontos, cerca de 13 milmanifestantes enfrentam a polícia com pedras e coquetéisMolotov.

Nesse mesmo mês de maio eu também era estudanteuniversitário, só que em Florianópolis, na Universidade Fe-deral de Santa Catarina. Em vez de enfrentar a polícia, en-frentava meu primeiro desafio profissional: ser o primeiroengenheiro da WEG.

A “culpa” cabe ao professor Caspar Erich Stemmer, cria-dor do curso de Engenharia Mecânica da UFSC, que me indi-cou para o cargo a pedido do Sr. Eggon, presidente da WEGna época. No mesmo ano a WEG começava a revolucionarsua relação com a inovação, com a viagem dos fundadoresà Alemanha que resultou na compra de tecnologia para pro-jeto de motores elétricos.

Nenhuma das duas revoluções parou em 1968. A dosestudantes franceses se espalhou pelo mundo, a da WEGteve um papel fundamental em seu desenvolvimento e con-solidação como líder de mercado e fornecedora global emsoluções elétricas industriais.

Hoje temos mais de 800 engenheiros, incluindo um gran-de número de mestres e doutores em máquinas elétricasgirantes. A minha contratação foi a primeira parceria da WEGcom uma universidade, prática que vem se repetindo desdeentão. Estas parcerias culminaram na criação do Comitê Ci-

entífico e Tecnológico, em 1998, do qual fazem parte enti-dades do Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Escócia e Cana-dá, entre outros países.

O mais importante desse processo é não encarar a ino-vação tecnológica como algo intangível, como puro exercí-cio de pesquisa só pela pesquisa. A boa inovação é aquelaque resulta em produtos ou processos mais eficientes, durá-veis e baratos.

Como a história da WEG com produtos inovadores é lon-ga, cito apenas o exemplo recente da área de motores, ondequase metade das nossas vendas de 2005 foi de produtosespeciais, com opcionais ou linhas lançadas nos últimos cin-co anos.

Uma dessas linhas, a Wmining, foi criada especificamentepara o segmento de que trata essa edição da WEG em Revis-ta. Enfrentando poeira, umidade e detritos de minérios, osmotores comuns utilizados em mineração logo sofrem danosnos rolamentos, curtos entre espiras e sobreaquecimento.

Contando com inovações como o exclusivo sistema deisolamento Wise (WEG Insulation System Evolution), a linhaWmining se une a outras linhas especiais de segmento lan-çadas nos últimos anos pela WEG, como o Roller Table, parasiderurgia, Wwash para o setor alimentício e farmacêutico,além da linha WELL, para indústrias de processamento con-tínuo, onde redução de intervenções para manutenção e bai-xos níveis de ruído são essenciais.

Essa revolução tecnológica não pode nem deve parar.Ela traz vantagens para os fabricantes, os clientes e a socie-dade como um todo. Para isso é preciso investimento, pla-nejamento e, principalmente, colocar a imaginação no po-der, a serviço da inovação.

Page 3: WEG em Revista 41

4 Prova de fôlego

6 Grandes projetos, grandes fornecimentos

10 O metal, presença constante

13 Minerar sem degradar

14 Inversor para mineração

17 Tecnologia internacional em tintas marítimas

19 As minas do pensamento

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Parabéns pela matéria “Craque da bolsa”. Realmente nósdeveríamos nos preocupar mais com a questão do mercadoe oportunidades de investimento com tanto interesse comoem relação ao futebol. Para isso é preciso ter conhecimentoe visão de crescimento.

Nádma Lapa Marcolino - Juntec, Guarulhos/SP

Na WR 39, no Teste de Competitividade, lembro que asOlimpíadas de 1996 foram em Atlanta. Barcelona sediou acompetição em 1992.

Gilberto Pighinelli Jr. - Saltec, Araçatuba/SP

Nota - Assim como o Gilberto, outros leitores identificaram oerro. Está feito o registro: 1992 em Barcelona, 1996 em Atlanta.

WEG em Revista recebeu e agradece os comentários ecolaborações de Gilmar Weigmann (Rigesa, Blumenau/SC),Marcela Cristina Gomes de Melo (Belo Horizonte/MG), Ro-drigo Lozzer Ramos (Vitória/ES), Laura Maria de Jesus (CBA,São Paulo/SP), Matheus Silva Alvarenga (Timóteo/MG), ElisaSachiko Habe Sasaki (CEF, São Paulo/SP), João Carneiro (So-lae, Esteio/RS), Mauri Guedes (Casan, Florianópolis/SC), AnnaMaria Ferraresi Freiberger (Canoinhas/SC), Joni Hoppen dosSantos (Florianópolis/SC), Sílvio Gumiero (São Paulo/SP), An-derson Silva (Santo Amaro/BA), Henrique Alves da Hora (Ele-tro Silva, Conchal/SP) e Eduardo Pazzini (São Paulo/SP).

WEG em Revista é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3372-4000, CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, SC. www.weg.net, [email protected]. Conselho Editorial: Jaime Richter (diretor de Marketing e RH), PauloDonizeti (gerente de Marketing), Edson Ewald (chefe de Marketing), Caio Mandolesi (jornalista responsável) e CristinaTeresa Santos (analista de Marketing). Edição e produção: EDM Logos Comunicação (47) 3433-0666. Textos: RobertoSzabunia. As matérias da WEG em Revista podem ser reproduzidas à vontade, citando a fonte e o autor.FOTO DA CAPA: MINA DE UADACHNAIA, NA RÚSSIA - 2004, STEPANOV ALEXANDER - WIKIPEDIA

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A melhor em Mecânica

O Brasil colocou 39 empre-sas no ranking das 100 maiscompetitivas da América Lati-na, na edição 2006 da revistaAmérica Economia. A publica-ção apresenta as empresasque mais se destacaram porseus resultados operacionaisem setores de alta concorrên-cia internacional. A WEG ocu-pa a 9ª posição neste ranking, que mostra os bons resulta-dos da expansão da economia latino-americana.

Para uma empresa brasileira com operações diretas em19 países e exportação para mais de 100, a valorização de17% do real em 2005 poderia ter sido um verdadeiro cho-que, mas, segundo a própria América Economia, “a WEG es-capou de ser chamuscada justamente por apostar forte nainternacionalização da marca e de sua produção”.

Brasildomina ranking

Presidente da Federação do Comércio doEstado de São Paulo, Abram Szajman,entrega o prêmio a Décio da Silva

Prêmio MéritoTecnológico da Ampei

O diretor técnico daWEG, Moacyr Rogério Sens,foi o ganhador do PrêmioMérito Tecnológico desteano. A distinção é uma ini-ciativa da Associação Naci-onal de Pesquisa, Desenvol-vimento e Engenharia dasEmpresas Inovadoras(Anpei). O prêmio foi entre-gue durante conferência so-bre inovação como estraté-gia competitiva.

“Este prêmio é um reco-nhecimento ao trabalho de pesquisa, desenvolvimentoe inovação que a WEG vem fazendo desde a sua funda-ção”, afirma Sens, que foi o primeiro engenheiro con-tratado pela WEG, há 38 anos.

Moacyr Sens recebe oprêmio de RonaldMartin Dauscha,presidente da Anpei

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Nova conselheira

A administradora Ana Tere-sa Meirelles foi eleita para oConselho de Administração daWEG pelos acionistas minoritá-rios. Tem ampla experiência emcargos de comando; tanto nadireção de empresas como aCia. Brasileira de Latas (CBL),como no setor público, juntoao Governo de São Paulo e noMinistério do Planejamento.Atualmente comanda a Focus,empresa de consultoria de ges-tão, planejamento estratégico e reestruturações societá-rias e operacionais. “Pretendo representar os interessesdos preferencialistas no Conselho, mais um avanço daWEG em Governança Corporativa. Tenho certeza que aCompanhia dá um passo a frente com essa postura”, afir-ma Ana Teresa.

Edson Vaz Musa deixa o Conselho após quase dez anosde atuação. Neste período, Musa imprimiu sua marcacomo um administrador competente e vitorioso.

O Conselho de Administração passa a ter a seguintecomposição: Nildemar Secches, presidente; Gerd EdgarBaumer; vice-presidente; e os membros Ana Teresa doAmaral Meirelles, Diether Werninghaus, Márcia da SilvaPetry e Mirian Voigt Schwartz.

A WEG foi eleita a melhor empresa do país no seg-mento Mecânica, na 33ª edição do ranking Maiores eMelhores da revista Exame. Foi a quarta vez que a WEGfoi eleita como a melhor de seu setor (as anteriores fo-ram em 1985, 95 e 96). As vencedoras, escolhidas a par-tir de uma série de critérios econômico-financeiros, sãodestaque do anuário empresarial, o mais amplo do país.

“Uma verdadeira prova de fôlego”, diz Décio da Sil-va, presidente da empresa, referindo-se à conquista. Paraele, o reconhecimento da WEG como a melhor empresado Brasil em seu segmento é uma prova de que as difi-culdades enfrentadas no ano de 2005 foram transpos-tas graças aos valores de disciplina e à cultura de inves-tir sempre nas pessoas, presentes do dia-a-dia da WEG.“Esses fatores, aliados à nossa estratégia de internacio-nalização, que torna nossa presença cada vez mais glo-bal, são decisões certeiras”, orgulha-se.

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Parceiros da WEG também recebem distinções im-portantes. A Tecno Moageira, fabricante gaúcha deequipamentos destinados à movimentação e preparode granéis sólidos em geral, tais como cimento, miné-rios, cereais e farelos, acaba de ganhar pela segundavez seguida o Prêmio Distinção Indústria. O concurso

Carregador, com 54 metros e capacidade de 3 mil t/h,conta com motores, inversores e componentes WEG

Empresas emergentes já mordem o calcanhar denotórias multinacionais. Pelo menos 100 delas, de vári-as partes do mundo, deverão formar, futuramente, oque se chama de “segunda onda de globalização”.Desta centena de corporações, 12 estão no Brasil, en-tre elas a WEG.

A análise é resultado de um estudo desenvolvidopela consultoria americana Boston Consulting Group(BCG), publicado no Brasil pela revista Exame. A re-portagem diz que o grupo das novas desafiantes glo-bais - como foram batizadas pelo BCG - é formadopor uma centena de empresas de diferentes setorese estágios de internacionalização. As projeções indicam queestas corporações, por volta de 2010, terão dobrado o fa-turamento.

Para o presidente da WEG, Décio da Silva, a empresaatravessa hoje a terceira fase de seu processo de internaci-onalização. Esta fase é marcada pelo investimento em uni-dades no exterior, como as fábricas no México, Argentina,

Portugal e China. Hoje, quase 40% do faturamento da em-presa provêm do exterior. Uma das principais fontes de van-tagem competitiva da WEG, segundo o BCG, é contar coma maior e mais diversificada linha de motores elétricos emseu setor.

Mordendo o calcanhar

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IOS é promovido pela Federação das Indústrias do Es-

tado do Rio Grande do Sul, e busca destacar asinovações tecnológicas de produtos lançados pe-las indústrias gaúchas.

A Tecno Moageira inscreveu no concurso o maiorcarregador para navios da América Latina e um dosmaiores do mundo. O equipamento, com 54 metrosde altura, é acionado por motores, inversores e com-ponentes WEG e está instalado no porto de Santos/SP no terminal Teaçu Armazéns Gerais S.A., do Gru-po Nova América. O equipamento tem capacidadede 3 mil t/h.

“Não é coincidência que ambos os produtos fo-ram desenvolvidos, fabricados e montados integral-mente por nossa equipe. Tecnologia, inovação e cri-atividade 100% gaúcha viabilizam nossa missão defornecer soluções mecatrônicas de baixo impacto am-biental e valor superior percebido para movimenta-ção e preparo de granéis sólidos para clientes dosmais diversos nichos de mercado”, afirma MathiasElter, diretor superintendente da empresa.

A Tecno Moageira fornece equipamentos para amovimentação e preparo de granéis sólidos em ge-ral, como cimento e minérios (carvão, cinza, rochafosfática, calcário etc.), além de cereais e farelos. Al-guns projetos da empresa são pioneiros no país, comoa fabricação de elevadores de caçamba com capaci-dade de 300 t/h em 1970. Atualmente, projeta e for-nece elevadores para até 2 mil t/h, além de carrega-dores com capacidade acima de 4 mil t/h.

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Um dos maiores fornecimentos daWEG no mercado de mineração foi fei-to para a planta de bauxita da Vale, em

Cubículos resistentes a arcointerno 25 kA / 1 segundo.Uma subestação unitária dabritagem em único módulo(SEI WEG).Oito subestações engloban-do os sistemas elétricos de13,8 kV, 4,16 kV e 480 V,compostos por cubículos eCCMs de média tensão, 25transformadores e CCMs debaixa tensão que atendem aNorma NBR 60439 (PTTA).Conjunto de CCMs alimenta-dores e painéis com inverso-res de frequência com potên-cias de até 1.200 cv e retifi-cação 12 pulsos.

As jazidas de bauxita explo-radas pela Vale foram descober-tas em 1971. Mais tarde, com aexpansão da Alunorte, empre-sa do grupo Vale que produzalumina, as jazidas se tornarameconomicamente viáveis. Amina impulsionou a região deParagominas, injetando recur-sos e abrindo empregos.

A bauxita é uma rocha aver-melhada que tem no óxido dealumínio seu componente domi-nante. É, por isso, o minériomais utilizado na produção doalumínio, matéria-prima presen-te na fabricação de diversos pro-dutos, especialmente os utiliza-dos no dia-a-dia. A produçãomundial de bauxita chega a 120milhões de toneladas/ano, 30,3milhões no Brasil em 2004, se-gundo dados do DepartamentoNacional de Produção Mineral.O Brasil possui a terceira maiorreserva mundial de bauxita, de5,9 bilhões de toneladas.

Produtos WEG equipam unidades da Vale do Rio Doce no Pará e em Minas Gerais

Paragominas/PA. Os equipamentos aci-onam as unidades de britagem, homo-geneização, beneficiamento, moagem,bombeamento do mineroduto, termi-nal do mineroduto (em Barcarena/PA),instalações de apoio, captação e bom-

beamento deágua.

Este é umfornec imentoi m p o r t a n t epara a WEG,tanto pela com-plexidade dosequipamentosa serem aciona-dos, quantopelo volumefornecido -aproximadamen-te 350 colunas,sendo cerca de100 de cubículosde média tensão

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Mina de Paragominas terá capacidade de 9,9 milhões de toneladas até 2008

Sistema Elétrico Integrado - SEI - na subestação unitária debritagem: solução WEG possibilita locomoção do Sistemaconforme necessidade da produção

Duas plantas da Cia. Vale do Rio Doce em fase de expansão contam comprodutos e serviços WEG em suas instalações. Uma das unidades é a planta daMineração Bauxita, em Paragominas/PA, e a outra é a Mina de Brucutu, em SãoGonçalo do Rio Abaixo/MG.

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A WEG também está presente nasobras de expansão que a Vale realizana Mina de Brucutu, em São Gonçalodo Rio Abaixo/MG. Com a expansão,esta será a maior planta individual pro-dutiva do Sistema Sul da Vale. Este sis-tema é composto por quatro comple-xos mineradores, que englobam maisde 15 minas, localizadas no Quadrilá-tero Ferrífero, em Minas Gerais.

Além disso, trata-se da maior mina

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) é a maior empresa de mineração diversificada das Américas. Presen-te em 14 estados brasileiros e em cinco continentes, opera mais de 9 mil quilômetros de malha ferroviária e 10terminais portuários próprios.

Líder mundial no mercado de minério de ferro e pelotas, a Vale é a segunda maior produtora integrada demanganês e ferroligas, além de maior prestadora de serviços de logística do Brasil. Maior exportadora globalde minério de ferro e pelotas, comercializa seus produtos para indústrias siderúrgicas do mundo inteiro. NoBrasil, o produto é explorado em três sistemas integrados, cada um formado por mina, ferrovia, usina depelotização e terminal marítimo.

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3 transformadores 230-13,8kV / 60 MVA.

Painel para proteção e con-trole da subestação primária230 kV.

Painel para supervisão e con-trole da subestação primária ecomunicação com o Centro deOperações Remoto (sistema desubestação desassistida).

Quadros de distribuição e pro-teção de 13,8 kV com contro-le de paralelismo de três trans-formadores alimentadoresatravés do Protocolo IEC61850 e intertravamentos elé-tricos via hardware e digitaisvia CLP. Dimensionados parasuportar níveis de curto-circui-to de 40 kA e NBI 110 kV / 1segundo.

Painéis com inversores de fre-qüência atendendo a NormaNBR 60439 (PTTA).

Mina de Brucutu produz 30 milhões de toneladas/ano de minério de ferro

(MTW), 30 de centros de distribuiçãode cargas (LCW), 150 de centros decontrole de motores (CCMs) e 70 depainéis com inversores de freqüência(PNW).

Outro diferencial é o SEI - SistemasElétricos Integrados - uma solução WEGpara reunir em um só módulo os maisvariados equipamentos eletroeletrôni-cos. Os SEIs são projetados e construí-dos dentro de rígidas normas de cons-truções metálicas, estando aptos a re-ceber e interligar painéis elétricos debaixa e média tensão, transformado-res a seco, sistemas para transferênciaautomática, bancos de capacitores etc.Sua aplicação inclui os segmentos demineração, indústria petroquímica, si-derurgia, usinas elétricas e indústriasquímicas. No caso da Vale, o SEI com-porta a subestação unitária da brita-gem (cubículos de média tensão, cen-tros de distribuição de cargas, CCMs,painéis com inversores de freqüência epainéis de no-break). Durante o pro-cesso de extração da matéria-prima(bauxita) o SEI pode ser deslocado con-forme a necessidade de produção.

do Brasil e uma das três maiores domundo, com capacidade para produ-zir 30 milhões de toneladas de miné-rio de ferro por ano. Os produtos dopacote da WEG já estão instalados eoperando no acionamento da planta.A exemplo de Paragominas, tambémeste fornecimento é marcado pelaquantidade de produtos: aproximada-mente 170 colunas, entre cubículos demédia tensão e painéis com inverso-res de freqüência, além dos motoresde baixa e média tensão.

Na expansão a empresa utilizou14.800 toneladas de aço, o suficientepara construir duas Torres Eiffel, e 900mil sacas de cimento, o que daria paraerguer quase três estádios do portedo Mineirão. No pico das obras, 5.700empregos diretos foram gerados - nototal, o número chega a aproximada-mente 20 mil postos de trabalho. Nafase de operação serão 1.300 empre-gos diretos e outros 1.300 para servi-ços contratados.

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Única produtora brasileira de nió-bio com presença em todos os segmen-tos de mercado, a Companhia Brasilei-ra de Metalurgia e Mineração - CBMM- utiliza, em sua planta de Araxá/MG,motores da linha Wmining, destinadosao segmento da mineração.

Tudo começou em outubro de 2005,quando a CBMM contatou a WEG - comquem tem parceria há muitos anos - parao que parecia ser um processo normalde compra para reposição de um motor.“Porém, as análises dos engenheiros dodepartamento de Vendas da WEG cons-tataram que a simples reposição de ummotor normal já não atenderia às neces-sidades da CBMM”, explica o analista devendas Ricardo Formento. Era preciso,portanto, oferecer um produto específi-co para aquela aplicação.

“Nós temos um ambiente crítico,agressivo, extremamente úmido, quecoloca à prova toda a resistência de ummotor”, diz o supervisor de Controle eManutenção da CBMM, Márcio Teixeira.A partir dos contatos com Teixeira, osengenheiros da WEG começaram a tra-balhar na especificação do motor maisadequado para aquele caso.

Necessidade=

solução

“A CBMM precisava de um motorque acionasse uma bomba d’água dacaldeira, num ambiente quente (60º Cno ambiente), com presença de vapord’água”, lembra Formento. Ou seja: oambiente crítico a que se refere o su-pervisor Márcio Teixeira.

WEG e CBMM trabalharam em con-junto, até definir a melhor solução. Eela veio na forma da linha Wmining,lançada no ano passado.

“Compramos um motor destespara experimentar, o produto suportouas severas condições de operação e está

funcionando sem causar paradas ouperdas de produção”, garante Teixeira,concluindo que a tendência, agora, éutilizar apenas motores Wmining. E aparceria vai além: em março foram ini-ciados estudos para aplicação de mo-tores da linha WELL, em equipamen-tos de criticidade alta.

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Fundada em 1955, a Companhia Brasileira de Metalurgia eMineração é uma empresa privada dedicada à extração, proces-samento, fabricação e comercialização de produtos à base denióbio. Uma Conta de Participação nos Lucros entre a estatal Co-demig - Cia. de Desenvolvimento de Minas Gerais - e a CBMMgarante a exploração racional do depósito de nióbio localizadopróximo à cidade de Araxá/MG. O contrato concede 25% de par-ticipação nos lucros operacionais da CBMM ao governo do esta-do de Minas Gerais. Desde 1961, a CBMM extraiu 15,5 milhõesde toneladas do minério dessas reservas, com uma taxa médiaanual de 800.000 toneladas. A empresa tem subsidiárias na Ale-manha, nos Estados Unidos e no Japão.

O nióbio foi descoberto em 1801pelo inglês Charles Hatchett, numaamostra de minério preto fornecida peloMuseu Britânico da Inglaterra. Chamouo novo elemento de “columbium”, sím-bolo “Cb”, que, em 1844, passou a serchamado de nióbio (Nb). Nos EstadosUnidos o nome colúmbio ainda é utili-zado na metalurgia. É usado principal-mente em ligas de aço para a produçãode tubos condutores de fluidos. O nomederiva da deusa grega Níobe, filha deTântalo - que por sua vez deu nome aoutro elemento, o tantálio.

Datam de 1925 as informações maisantigas sobre o uso de nióbio, referin-do-se à substituição do tungstênio naprodução de ferramentas de aço. Até adescoberta de depósitos de pirocloro noCanadá e no Brasil (Araxá), na década de1950, o uso do nióbio era limitado pelapouca oferta e custo elevado. Com a pro-dução primária, o metal tornou-se abun-dante e ganhou importância no desen-volvimento de materiais de engenharia.

Na década de 1950, com o início dacorrida espacial, aumentou muito o in-teresse pelo nióbio, o mais leve dos me-tais refratários. As superligas aeronáu-ticas também o utilizam.

Outro desenvolvimento importanteda década de 1950 foi o aço microliga-do. Atualmente, os aços microligadosrespondem por 75% do consumo de ni-óbio. São materiais sofisticados, desen-volvidos a partir de princípios de meta-lurgia física que refletem o esforço con-junto da pesquisa e desenvolvimentoconduzidos na indústria e nos labora-tórios de universidades.

O conhecimento científico se reve-lou essencial para o elemento 41. Osavanços conseguidos até aqui amplia-ram o raio de aplicação do nióbio emaços, superligas, materiais intermetáli-cos e ligas de Nb, bem como em com-postos, revestimentos, nanomateriais,dispositivos optoeletrônicos e catalisa-dores.

(Fonte: www.cbmm.com.br, link História donióbio, e www.wikipedia.org)

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ROBERTO SZABUNIA

O que têm em comum uma pessoa comsaúde de ferro, uma mulher cheia de jóias,os Sete Anões, o personagem “Nerso daCapitinga”, um escritório cheio de compu-tadores e o clube de futebol alemãoSchalke 04?

Em princípio tão díspares, estes elemen-tos se associam num dos três reinos da Na-tureza: o mineral. Ainda que a água ocupea maior parte da superfície terrestre, o pla-neta é uma imensa esfera de metal, mistu-rando elementos em suas várias camadas.

Saúde de ferro é uma condição dequem raramente fica doente, quase nun-ca toma medicamentos, que visita o médi-co apenas para check-ups rotineiros. Maso “ferro”, que neste caso é uma metáfora,representa muito mais. Esta pessoa ingereferro, necessário para o bom funcionamen-to do organismo, na alimentação balance-ada. Junto com o ferro, provavelmente estapessoa está com bons níveis de cálcio, po-tássio e outros minerais imprescindíveis.Quem não lembra de Guga, nos bons tem-pos, devorando bananas durante os jogos?Ali está uma ótima fonte de potássio.

E as jóias de madame? Todas feitas do

mais puro mineral. Ouro, prata, platina, di-amantes, rubis, esmeraldas... Metais extra-ídos das profundezas da Terra. Ou da su-perfície, se for ouro garimpado em rios.

Os Sete Anões protetores da Branca deNeve eram donos de uma mina de diaman-tes, de onde voltavam do trabalho canta-rolando “Eu vou, eu vou, pra casa agoraeu vou...”.

“Nerso da Capitinga”, imortalizadopelo ator Pedro Bismark na “Escolinha doProfessor Raimundo”, é um personagemtípico mineiro, com seus trejeitos e sota-que característicos. O próprio ator nasceu

em Minas Gerais, estado que deve seunome à grande riqueza mineral que o solosempre ofereceu.

No escritório, ou em qualquer local detrabalho, os minerais estão em toda a vol-ta. Das ligas de que são construídos oscomputadores ao silício aplicado em suasplacas; das canetas aos clipes; das luminá-rias ao ventilador; do termômetro de vi-dro cheio de mercúrio ao relógio de açocom quartzo... O metal está na maioria dosobjetos em sua volta.

Resta o Schalke 04, um dos mais tradi-cionais clubes de futebol da Alemanha.Onde ele entra nesse encadeamento? Poiso Schalke 04 (que tem esse nome por tersido fundado em 1904) nasceu para o la-zer de um grupo de jovens da cidade deGelsenkirchen. Jovens que tinham muitoem comum: trabalhavam ou tinham pa-rentes trabalhando em minas de carvão,principal atividade econômica da regiãonaquela época. A própria Gelsenkirchen eraconhecida como a “cidade dos mil fogos”,em razão do grande número de carvoari-as, que, com suas chaminés, iluminavamo céu. Assim como os vários Operários eFerroviários do Brasil, aquele era um timetipicamente “mineiro”.

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Só um chip decomputador tem

60 elementosquímicos, dos 105conhecidos, dosquais a grande

maioria éproduzida pela

mineração.

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Das picaretas dos Sete Anões às mo-derníssimas brocas de titânio (mais me-tal) de hoje, o homem apefeiçoou os pro-cessos de extração de minerais. Ao mes-mo tempo, deu mais atenção à questãoambiental. Uma legislação severa, aliadaao crescimento da conscientização, trou-xe alívio à saúde do planeta.

O biogeógrafo norte-americano JaredDiamond, na obra “Colapso”, alerta queos recursos minerais estão associados a

Mineração x ambiente

Os metais ocupam um papel funda-mental na história da humanidade. Osegípcios usavam lâminas de cobre comoespelhos e fabricavam pentes de latão -uma liga de zinco e cobre. Os romanosusavam o cobre em bombas d’água e ochumbo nos encanamentos de distribui-ção de água. A impressora de Gutem-berg, as máquinas da Revolução Indus-trial, tudo gira em torno dos metais.

Você se arrepia quando ouve o baru-lhinho da broca do dentista? Tirando opróprio dente, tudo ali é metal: as res-taurações, sob a forma de amálgamas,armações metálicas para próteses, bro-cas, boticões...

Na medicina os metais estão presen-tes em instrumentos e aparelhos de im-plantes cirúrgicos, válvulas, marcapassose articulações artificiais. Os materiaismetálicos utilizados devem oferecer gran-de resistência à corrosão, pois muitosdeles permanecem no corpo humano in-definidamente.

O ser humano, por enquanto, escavouuma ínfima parte das reservas minerais doplaneta. As reservas dos minerais mais uti-lizados ficam perto da superfície, na litos-fera (a camada de rochas que reveste o pla-neta). Essas reservas dificilmente acabarão,mas a dificuldade em encontrá-las e extraí-las é decisiva. É só observar as oscilaçõesde preço das principais matérias-primas,como o aço e o cobre.

O geólogo Celso Ferraz, ex-diretor doInstituto de Geociências da UniversidadeEstadual de Campinas, faz uma compara-ção: “Se o planeta Terra fosse reduzidoao tamanho de uma bola de futebol, a

Esta incrível minade diamantes fica

próximo da cidaderussa de Mirna, naSibéria Central. O

buraco tem 525 mde profundidade e

1.250 m dediâmetro. A foto

da capa é da minade Uadachnaia,

também na Rússia

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mina mais profunda já construída seriaequivalente a uma pequena rasura nocouro da bola, praticamente imperceptí-vel a olho nu”. Não rasparia nem o logo-tipo do fabricante.

três graves problemas ambientais com osquais o planeta convive: o despejo de pro-dutos químicos no meio ambiente, entreos quais estão os rejeitos de minerado-ras; a dependência de combustíveis fós-seis e o esgotamento de recursos hídri-cos.

O geólogo Celso Ferraz ameniza o pro-blema dos rejeitos: “Os rejeitos de mine-radoras e de usinas metalúrgicas são, pro-porcionalmente, bem inferiores aos de ou-tras indústrias e resíduos urbanos”. Claroque existe a mineração ilegal, como a deouro, que lança resíduos de mercúrio. Aíé que deve entrar a fiscalização, punindoquem polui.

Para purificar minério de ouro ga-rimpado, ele é derretido e misturadocom mercúrio. O mercúrio reage como minério, formando um amálgamafacilmente separado, por ter grau defusão baixo, deixando o ouro precipi-tado no fundo do recipiente. O proble-ma é quando este mercúrio é despeja-do direto no ambiente, como rejeito.Inalado, é altamente tóxico para o serhumano.

As grandes mineradoras, ao iniciaruma lavra, já dispõem de projetos ambi-entais complexos. Ao exaurir um veio, areposição começa em seguida. Depois dealgum tempo, a paisagem acaba ficandomais verdejante que antes.

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O homemcomeçou a mi-nerar em buscade matéria-pri-ma para fabri-car utensílios.Mas logo des-cobriu substân-cias diferentes,brilhantes. Ecom elas fezenfeites. Surgi-am as jóias eseu fascínio.

Hoje, a arte da joalheria é um mer-cado ativo no mundo todo. No Bra-sil, este segmento é representadopelo IBGM - Instituto Brasileiro deGemas e Metais Preciosos. Fundadoem 1977, com sede em Brasília, o ins-tituto representa toda a cadeia pro-dutiva do setor de gemas e jóias.

O presidente da entidade, Hécli-ton Santini Henriques, garante que aindústria brasileira de jóias é bastan-te competitiva, com produtos inova-dores e design diferenciado, que temconquistado tanto o mercado exter-no quanto o interno.

No Brasil, segundo o presidente doIBGM, existe uma boa concentraçãoda indústria joalheira em São Paulo,Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que

representam maisde 80% da produ-

ção brasileira. O nú-mero total de indústri-

as de jóias de ouro, em2005, está estimado em 700

empresas. Somadas às indústrias dejóias folheadas (560) e de lapidação eobras de pedras (560), são mais de2.000 indústrias em todo o Brasil.

O Brasil, prossegue Henriques, éuma das principais províncias gemo-lógicas do mundo, e é conhecido in-ternacionalmente pela quantidade e

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variedade de pedraspreciosas encontradasem seu solo. Apesarde ter diminuído a

produção de ouro, ain-da é um importante pro-

dutor, com cerca de 50 to-neladas/ano. “Uma dascausas da diminuição daprodução brasileira deouro é a redução dos ga-rimpos, que empregamtécnicas rudimentares e

normalmente danificam omeio ambiente. A tendência

é que no curto prazo quasetoda a produção brasileira de

ouro se faça por empresas de mine-ração, com tecnologia avançada erespeito ao meio ambiente”, explicaHécliton Henriques.

Para ele, as jóias sempre vão exer-cer fascínio sobre a humanidade.“Desde os primórdios, as jóias têmtido um papel fundamental paramarcar grandes acontecimentos, ini-cialmente como símbolo da realezae de status e, posteriormente, paramarcar datas afetivas. Atualmente asjóias têm se integrado à moda, sen-do em muitos casos um acessórioque confere estilo à pessoa que ousa”, conclui.

O faraó Tutankamon, diz a lenda, pediu queseu túmulo fosse coberto de ouro para mantera energia do seu espírito. Cleópatra usava más-caras faciais de ouro, pois acreditava que o metalprecioso mantinha a pele viva e brilhante.

A Ciência diz que o ouro é um elemento “bi-ocompatível”, e até já existe naturalmente emquantidades ínfimas no organismo. Calma aí,não vá raspando a pele ou cavocando os ossosem busca de ouro. A biocompatibilidade signi-fica que, se o ouro for aplicado diretamente nocorpo, não há chance de rejeição. Daí os dentese os fios de ouro utilizados em cirurgias plásti-

cas. Daí, também, certas “jóias de ouro” que fi-cam descoloridas e sem brilho.

E que tal a prata? Além de bonita, tem umautilidade antes não suspeitada. Há pouco maisde um ano foi lançado no Japão o Anel Terapêu-tico Pára-Ronco. O produto é indicado para quemsofre com o ronco, a insônia ou tem o sono agi-tado. É um tratamento natural que surgiu na Chi-na que consiste em obter a “energia da saúdeatravés do fluxo harmonioso da energia”.

Quer dizer que os minerais, além de todasas utilidades aqui citadas, também servem parasalvar casamentos.

Literatura - “Os Metais e o Homem” (Yvonne Mussa, ed. Olímpio Nóbrega, 1996)Internet - www.comciencia.br e www.cnpm.gov.br

O fascínio metálico

PARA SABER MAIS:

EMÍLIA CARNEIRO

Henriques: Brasilé pólo joalheiro

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O garimpeiro é uma imagem sau-dosista, ou ainda é possível viverda extração de metais preciosos?

O garimpo na forma tradicionale predatória é uma atividade emextinção. Atualmente existem aslavras garimpeiras perfeitamentelegais, que atuam de acordo comnormas estabelecidas e são sujei-tas a fiscalização. A Constituiçãode 1988 criou a figura da LavraGarimpeira como uma atividaderegular, que busca no cooperati-vismo instrumentos para sua atu-ação, enfocando a preservaçãodo meio ambiente e a proteçãosocial dos garimpeiros.

O que vem sendo feito em termosde gestão ambiental?

As empresas de mineração vãoalém do que prevê a legislaçãoambiental. O esforço do Ibram é

mostrar essa diferença, já que asempresas associadas têm consci-ência de sua função, e já incorpo-raram em sua estratégia de negó-cios o componente ambiental. Issoinclui a recuperação das áreas deminas, ao final da operação. Quemnão atuar de acordo com as nor-mas ambientais está condenado aficar fora do mercado.

A indústria brasileira de mineraçãoé competitiva em nível mundial?

A indústria da mineração respon-deu em 2005 com 25% do supe-rávit da balança comercial, o quesignificou US$ 11 bilhões. Não é àtoa que o Brasil é líder na produ-ção e na participação no supri-mento de vários produtos mine-rais no comércio internacional.

O Brasil ainda tem reservas impor-tantes de metais preciosos?

São três os metais consideradospreciosos: ouro, prata e platina.O Brasil tem boas reservas de ouro,e a prata é explorada em associa-ção com outros minérios, comocobre. Não há, por enquanto,mina só de prata, como ocorre noPeru. No caso da platina, aindaestamos na fase de pesquisa, e adescoberta de reservas dependedesses estudos.

Os preços de matérias-primas comocobre e aço vêm subindo. Como re-verter esse quadro?

Via aumento de produção. O mer-cado de produtos minerais se com-porta de acordo com a oferta e ademanda. Este é o desafio que oBrasil enfrenta: se quiser ter umataxa de crescimento da economiaem níveis que atendam às deman-das de sua população, e sem quea escassez de certos produtos for-ce a elevação da inflação, precisade novos investimentos em dife-rentes setores.

O Brasil caminha para a auto-sufi-ciência em urânio. É interessante in-vestir mais em energia nuclear?

O Brasil é um país afortunado emtermos de fontes para produção deenergia. Há uma tendência mundialquanto à volta do apoio à energianuclear. O país já é auto-suficienteem reservas e produção de urânio.Falta ainda a capacidade de proces-sar o enriquecimento do mineral.

Qual o futuro da atividade minera-dora?

A situação atual de forte deman-da vai prosseguir pelo menos até2015. A experiência mostra que os“booms” vividos no setor de mi-neração têm longa duração. Alémdisso, a economia brasileira estácom seus fundamentos prepara-dos para iniciar um processo decrescimento mais acelerado. Nes-ses casos, a base de sustentaçãodo desenvolvimento econômico éa indústria da mineração.

A indústria mineradora brasilei-ra é representada pelo Instituto Bra-sileiro de Mineração, o Ibram. Com164 empresas associadas, o Ibramtem como meta, segundo seu presi-dente, Paulo Camillo Vargas Penna,tornar a mineração brasileira com-petitiva e tecnologicamente atuali-zada, com respeito ao meio ambi-ente. Penna falou à WR sobre a rea-lidade da indústria de mineração,hoje muito distante da imagem dogarimpeiro na beira do rio ou domineiro coberto de carvão.

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A WEG é o único fornecedor brasilei-ro de sistemas de variação de velocida-de em média tensão e que fabrica todasas partes integrantes: cubículo de entra-da, transformador a seco ou a óleo, in-versor de freqüência e motor.

A linha de inversores de média ten-são MVW01 de 500 cv a 4.500 cv aten-de às necessidades e expectativas da in-dústria de mineração, aliando tecnolo-gia de ponta e robustez com a simplici-dade na concepção e facilidade na pro-gramação e manuseio, garantindo altaperformance e confiabilidade: uma vas-ta gama de soluções em variação de ve-locidade para motores de média tensão,de 2.300 V, 3.300 V e 4.160 V, além dalinha de inversores baixa tensão até 1.500cv. Desta forma, o usuário sente-se con-fortável para escolher a solução maisconveniente, considerando os valores deaquisição, implantação, instalação, con-sumo energético, espaço físico etc.

O MVW01 apresenta o estado da arteem tecnologia para inversores de médiatensão através de uma estrutura comIGBTs de 6,5 kV, aliando resistência e se-gurança, com a mínima quantidade decomponentes de potência, garantindogrande confiabilidade e simplicidade aoequipamento, numa solução compactacom tecnologia de última geração.

A topologia multiníveis NPC (neutralpoint clamped, 3/5 níveis), permite umótimo balanço entre a forma de onda desaída para o motor e número de com-ponentes de potência, sem a necessida-de de associações em série destes.

Devido às características singularesdos IGBTs, já consagradas nos inversoresde baixa tensão, como baixíssimas per-das e simplicidade nos periféricos, o in-versor de freqüência apresenta alto ren-dimento (>97%, chegando a 99% nas

condições nominais) e baixíssima dissi-pação térmica.

A configuração do retificador de en-trada em 12 ou 18 pulsos reduz as cor-rentes harmônicas a níveis extremamentebaixos, proporciona alto fator de potên-cia na rede de alimentação e atende ple-namente às recomendações da normaIEEE519.

No estágio de controle, o MVW01possui uma arquitetura com multipro-cessamento utilizando processadores de32 bits (barramento de 64 bits), commatemática em ponto flutuante e altaperformance, garantindo alto desempe-nho no controle do motor.

Buscando desmitificar a aplicação deinversores de média tensão, o MVW01segue a mesma filosofia de programa-ção da linha de inversores WEG de baixatensão. Utilizando o mesmo padrão deIHM da linha de inversores de baixa ten-são, o MVW01 torna sua parametriza-ção extremamente simples, sem a neces-sidade de treinamento especial ou soft-wares vendidos a parte. Pode-se tam-bém parametrizar o MVW01 através doSuperdrive, software WEG de parame-trização de drives, que atende toda alinha de drives WEG e está disponívelpara download gratuito no sitewww.weg.net.

Para agilizar a montagem e substi-tuição dos elementos de potência, osmódulos IGBTs estão separados em trêsbraços inversores montados em racks in-dividuais extraíveis, um para cada fasedo motor. Os componentes de controlee potência são intercambiáveis entre vá-rios tamanhos de inversores de maneiraa padronizar e reduzir o número de pe-ças sobressalentes, bem como reduzir osgastos com aquisição e estoque destescomponentes.

JOSÉ MARIO MOROTTI E VANDERLEI ROSA APOLINÁRIO - ANALISTAS DE VENDAS

1) Ride-Through/Flying-Start2) Alarmes e Falhas3) Superdrive4) Função Trace5) Operação com Falta a Terra

Mais informações sobre ascaracterísticas acima você en-contra no site www.weg.net.

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Figura 1 - Potências disponíveis - MVW01média tensão e linha de baixa tensão

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Na busca constante do fornecimento de soluçõescompletas, a WEG lançou o banco de capacitores comproteção incorporada BWC-P, que complementa a linha decapacitores para correção do fator de potência.

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Potências de até 75 kVAr em 380 V

Capacitores UCW conectados na configuração Delta

Proteção geral com fusíveis NH ou disjuntor caixa molda-da DWA

Relé temporizador eletrônico RTW—RE que protege oscapacitores na reenergização

Limitação da corrente de in-rush

Os capacitores WEG são desenvolvidos com bobinas defilme de polipropileno, auto-regenerativo e fusível mecânicode segurança contra defeito ao fim da vida. Os capacitoresvêm em novas faixas de potência para as versões UCW (3,3kVAr), MCW (10 kVAr) e BCW (40, 45 e 50 kVAr) em 220 V.

O dispositivo de segurança atua na ocorrência de sobrecar-gas ou em casos de sobrepressões internas do capacitor, evi-tando riscos de explosões. A proteção é obtida através da ex-pansão do invólucro e, conseqüentemente, interrupção da ali-mentação dos elementos capacitivos (fusível mecânico).

Correção do fator de potência (CFP).

Correção do fator de potência individual decargas e motores de indução.

Bancos automáticos.APL

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Perdas na instalação provocam aumento doaquecimento de condutores e equipamentos.

Acréscimo e multas na conta de energia elétri-ca por estar operando com baixo FP.

Limitação da capacidade dos transformadoresde alimentação.

Quedas e flutuações de tensão nos circuitos dedistribuição.

Necessidade de aumento do diâmetro dos con-dutores.

Necessidade de aumento da capacidade dosdispositivos de manobra.

Sobrecarga nos equipamentos de manobra, li-mitando sua vida útil.

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Aumento da vida útil das instalações e equipa-mentos.

Redução significativa do custo da energia e eli-minação de multas por excedente reativo.

Aumento da capacidade em fornecer potênciaativa.

Melhoria da qualidade da tensão.

Liberação na capacidade dos condutores parainstalação de novos equipamentos.

Otimização dos dispositivos de manobra.

Redução de custos na manutenção dos equi-pamentos de manobra.

Diminuição de transitórios no chaveamento.

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O BWC-P tem duasversões: com disjuntorcaixa moldada DWA,contator CWM_C, relétemporizador RTW ecapacitores UCW (foto)e com fusíveis NH,contatores CWM_C,relé temporizador RTWe capacitores UCW

A solução WEG em aplicações de correção do fator depotência evita multas por excedentes reativos e passa autilizar de uma formaeconômica e racional aenergia necessáriapara operaçãoadequada emais eficientedosequipamentosinstalados.

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Remoção de oleosidade.

Limpeza com ferramentasmanuais e mecânicas.

Limpeza por jateamentoabrasivo.

Hidrojateamento.

NOTA: para condições específicas e esquemas de pintura da Petrobras, consulte a nossa área técnica.

Usos recomendados

Locais de média agressividade, abrigados. Semindústrias poluentes nas proximidades

Locais de média agressividade, desabrigados.Sem indústrias poluentes nas proximidades

Recomendado para exposição a temperaturasde 600°C

Grande resistência química a respingos ederrames ácidos, álcalis ou solventes ou regiõespróximas à orla marítima. Não recomendadopara serviços de imersão

Moderada resistência química a respingos ederrames ácidos, álcalis ou solventes. Excelenteresistência ao intemperismo, rural e marítimo.Não recomendado para serviços de imersão

Ambientes salinos que exigem granderesistência química e excelente resistência aointemperismo. Não recomendado paraexposição direta ou imersão em ácidos fortes esolventes

Ambientes com exposição contínua a soluçãoácida ou alcalina, incluindo imersão (apenassob consulta)

Base de aderência para metais não-ferrosos,alumínio, aço galvanizado e fibra de vidro

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LackpoxiN 2629Lackpoxi WETSurface 89Conforme condiçãode agressividadeconsultar Dep. técn.

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Jato Sa 2 1/2DesengraxeLixamento

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Preparaçãode superfície

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Antes da pintura:

Evitar cantos vivos – Os cantos vi-vos são regiões onde o revestimen-to e a película aumentam a dificul-dade de aplicação da tinta, poispodem facilmente deixar cantos ex-postos à corrosão. Para situaçõesagressivas, onde não seja possívelarredondar os cantos, pode ser apli-cada uma demão do WEGPoxi EdgeRetention.

Prever acesso fácil para manuten-ção de áreas suscetíveis à corrosão– Para facilitar as inspeções periódi-cas e os trabalhos de manutenção.

Prever soldas bem acabadas – Assoldas são regiões propensas à cor-rosão por dois aspectos principais:o metal de adição, que tem quasesempre características diferentes do

metal de base; e as tensões intro-duzidas pela soldagem junto ao cor-dão de solda.

Prever drenagem – As águas, plu-viais ou de qualquer outra origem,quando retidas em contato com asuperfície metálica, aceleram osprocessos corrosivos. Para evitar apresença de água deve-se preverdeclividade nas chaparias planas eperfis, posicionar corretamente osperfis, prever furos para escoamen-to da água etc.

Apostan-do em novastecnologias, aWEG desen-volveu a linhade tintas WetSurface, queapresenta al-tos sólidos,

tolerância à umidade (pode ser aplica-da com umidade relativa do ar superi-or a 85%), alta resistência química, ex-celente aderência e boa resistência aimpacto. É um produto ideal para aindústria de mineração, que tem sériasexigências quanto à resistência.

A WEG tem se diferenciado no mer-cado, com novos produtos, assistên-cia técnica regionalizada e diversos ser-viços, sempre atenta ao foco do clien-te, onde ele pretende chegar e quemserão seus potenciais parceiros.

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Um acordo tecnológico inédito nomercado brasileiro foi fechado entre aWEG e a empresa japonesa Nippon,visando produzir tintas antiincrustan-tes, para a pintura de cascos de navi-os. A parceria comercial vai permitir àWEG fabricar tintas de alta qualidade,com a tecnologia desenvolvida pelaNippon. A empresa é uma das gigan-tes mundiais neste ramo, pioneira naprodução de tintas antiincrustantesisentas de estanho, conhecidas comoEcoloflex SPC.

“Este acordo tem como objetivo aconquista de um novo mercado, con-tando com a tecnologia avançada daNippon e o diferencial WEG”, antecipao gerente de Vendas da divisão de tin-tas, Reinaldo Richter.

A parceria também prevê o treina-mento de mão-de-obra da WEG no Ja-pão. “Com este acordo, além de com-pletar seu catálogo de tintas maríti-mas, a WEG passa a produzir no Bra-sil com qualidade nacional e tecnolo-gia internacional”, complementa Rei-naldo Richter.

ProteçãoCom mais de 2 mil embarcações uti-

lizando suas tintas, a Nippon atendeos principais armadores do mundo. Astintas WEG Ecoloflex SPC (100, 200,600) atendem às exigências do merca-do marítimo mundial estabelecidas naConvenção Internacional para o Con-trole de Sistemas Antiincrustantes No-civos em embarcações.

A composição inclui um sistema deautopolimento controlado que man-tém a proteção antiincrustante até odesgaste total do filme de tinta, evi-tando a liberação descontrolada de bi-ocidas no ambiente marinho.

WEG produz tintapara casco de navio com

tecnologia japonesa

Uma equipe da WEGesteve no Japão paratransferência detecnologia etreinamento. Nafoto, da esquerdapara a direita:Soichiro Shikaishi,gerenteinternacional daNipon; da WEG,Anneliese Erzinger,coordenadora deP&D, ReinaldoRichter, gerente deVendas, e JorgeEleutério,especialista emtintas marítimas

A tinta é aplicada tanto na construção de um navio (como o da foto,no estaleiro japonês Mitsui), quanto na manutenção

A WEG tem um histórico de fornecimento de tintas marítimase offshore. Os principais clientes são Petrobras, Transpetro e Ma-rinha, além de armadores brasileiros e internacionais. “Somentepara as plataformas, já fornecemos 350 toneladas de tinta para aP-52 e 110 toneladas para a P-54”, lembra Reinaldo Richter.

Além das tintas, a WEG fornece motores, geradores, transfor-madores e painéis para plataformas de extração de petróleo enavios de apoio às plataformas.EX

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A íntegra das matérias desta página você lê na Sala de Imprensa em www.weg.netW

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Um pacote de 1 milhão de eurosacaba de ser fechado pela WEG paraampliação da fábrica de cimento Mar-din, da Turquia. O negócio foi feitopelo distribuidor turco Dal Elektrik,parceiro da WEG há mais de dez anosna distribuição de motores e drives.A Mardin Cimento produz mais de700 mil toneladas de clinker e maisde 1 milhão de toneladas de cimentopor ano. (08/06/06)

Durante pouco mais de um mêsuma equipe de técnicos da WEG tra-balhou na recuperação de um motorde 26 mil cv instalado em uma plantade gases da White Martins. A recupe-ração do motor foi um sucesso: a des-montagem foi realizada em campo portécnicos da WEG e a rebobinagem doestator e o reisolamento completo dospólos do rotor foram executadas nasinstalações da WEG. (04/07/06)

A Ampla, distribui-dora de energia no Riode Janeiro, premiou osmelhores fornecedoresde equipamentos e ser-viços do ano. A WEG foipremiada na categoria“Fornecedor de Materi-al”, por conta dos trans-formadores que a Am-pla utiliza. (01/05/06)

O labora-tório de Pes-quisa e De-senvolvimen-to da WEGobteve a cer-t i f i c a ç ã oCTDP (Client Test Data Program) pelaUnderwriters Laboratories (UL), dosEstados Unidos.

Este laboratório é o único no Bra-sil no suporte ao desenvolvimento eestudos de aplicações especiais decontatores e disjuntores. (23/05/06)

WEG recupera motor de 26 mil cv

Cimenteira turca com equipamentos WEG

Ampla premia parceiros

UL certificalaboratório de P&D

P-52 quase prontaA plataforma P-52 teve o casco

unido ao convés, numa das fases maisdelicadas da montagem. Com mais de70% de conteúdo nacional, boa par-te dos motores de média e baixa ten-são que equipam a P-52 são da WEG.Para os módulos de compressão, aplataforma irá receber seis motoresde indução de 9.650 kW. O forneci-mento inclui ainda geradores e maisde 350 mil litros de tintas. (19/06/06)

PLATAFORMAS

P-18 e P-20 reformadasA reforma dos sistemas nas plata-

formas P-18 e P-20 na bacia de Cam-pos inclui projeto e mão-de-obra, alémdo pacote de equipamentos, uma no-vidade em soluções WEG para este seg-mento de mercado. O fornecimentomostra a força da parceria entre WEGe Petrobras. (14/06/06)

Espumante com canudinho

A Georges Aubert lançou uma exclusiva embalagem parasuas afamadas linhas de espumantes. As garrafinhas colori-das de 187 ml vêm com canudinho, que é empurrado parafora quando a tampa é aberta. As garrafas são pintadas comtinta em pó da linha Politherm Atóxico da WEG. (19/07/06)

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Sou mineiro. Não do tipo nascidonas Gerais, matuto e matreiro. Tambémnão sou do tipo que invade as entra-nhas da terra ou peneira rios em buscade estranhos tesouros. Mas tenho umpouco de cada, do mineiro que matu-ta e do mineiro de bateia.

Desde criança sou assim, explora-dor de veios do cérebro e minas dopensamento, sempre errante nas gale-rias das fantasias. Até a mãe e a pro-fessora conheciam meu olhar vidrado.Nem adiantava chamar, que suas vo-zes só iriam ecoar sob a crosta crania-na. Eu vivia em viagem ao centro daterra dos pensamentos.

Era para lá que eu ia, é para lá quevou quando quero encontrar a pepitadourada de uma idéia brilhante. Comonão faz o mineiro, vou com a lanternado capacete virada para a testa e vouquietinho. Como faz o mineirinho.

Não sei se é personalidade ou con-seqüência de minha imensa falta dememória, uma vaga do tamanho de umelefante. Sou esquecido demais, por issonunca me dei bem decorando. Tem gen-te que bebe para esquecer. Eu decoro.

Esqueci de me preocupar quandodescobri que minha falta de memóriaera o que lapidava minha criatividade.Se não consigo lembrar, o jeito é rein-ventar. Mitomaníaco? Acho que não.O mitomaníaco inventa e acha que éreal. Eu, ao contrário, tenho certeza.

Li um artigo que explicava que nãogravamos as coisas como um texto nocomputador, que você puxa e ele vemdo jeitinho que você guardou. Se fosseassim conosco, já pensou que fossaseria? Lembrar-se de alguém que par-tiu sentindo a mesma dor que sentiu?

O que a gente faz mesmo é recriar.Um pouquinho do que aconteceu, umapincelada do que veio depois, uma pi-tada de criatividade aqui, uma opiniãoalheia colada ali... Presto! O quadro que

você pinta hoje tem mais tintas e é maisbelo e real que a própria realidade deoutrora.

É este o segredo do sorriso de MonaLisa. Freud explicava que era por causade uma atração erótica de Da Vinci pelamãe, mas nem tudo Freud explica. Pre-firo a explicação do filme “O Falcão Estáà Solta”, com Bruce Willis. Se valer acena do ateliê de Leonardo, Mona Lisanão era assim. No filme, a Mona Lisado passado sorri um sorriso cariado.

Há pessoas que têm pavio curto, oque tenho de curto é o fio da tomadada realidade. É só entrar na mina dospensamentos que o fio estica e desligada superfície. Isso é bom? Isso é óti-mo. Mas nem sempre.

É perigoso viajar desligado. Temgente que dorme dirigindo, eu dirigin-do viajo. Alguns quilômetros depoismeu carro começa a ranger sob tone-ladas de idéias extraídas da rocha cin-zenta encravada nas profundas minasdo pensamento. Viajo pensando e pen-so viajando.

Foi num estado assim, entorpecidopela narcose que bamboleia mineirose mergulhadores, que parei num pe-dágio. Foi tudo muito rápido e nem seise o cobrador percebeu quando abri ovidro e apontei o controle da porta deminha garagem em direção ao seu na-riz, mas a cancela não abriu. Voltei de-pressa à superfície disfarçando que pro-curava pela carteira.

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