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Viver com Qualidade

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editorial

WEG em Revista Mar. - Abr. 2000 WEG em Revista Mar. - Abr. 2000

expediente

índice

Weg em Revista é uma publicação da Weg. Av. Pref. Waldemar Grubba, 3300, caixa postal 420,telefone (47) 372-4000, CEP 89256-900, Jaraguá do Sul - SC. Home page: www.weg.com.br. Linhadireta: [email protected]. Conselho Editorial: Walter Janssen Neto (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalista responsável), Edson Ewald. Edição e produção:EDM Logos Comunicação, telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

A tecnologia aserviço da vida 4

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“É“L

Como conviver- bem - com o stress

Mais água purapara Porto Alegre

Lavadora bem instaladafunciona melhor

Viver melhor,com qualidade

15Um lar para ser feliz,após os 65

16Weg compra fábricana Argentina

Integração e respeito fazemcom que a Weg mantenhauma relação interativa comas comunidades ondemantém suas unidades.

Ilhas de prosperidadeartigo

Moacyr SensDiretor Técnico da WegDiretor Superintendenteda Weg Motores

A integração trazcredibilidade,

admiração e uma boaimagem para a

empresa

ava a roupa todo dia... que agonia...” Aletra de Luís Melodia, em canção dos anos70, hoje tem duas leituras. De um lado, emcomunidades dos mais distantes e isolados

rincões brasileiros, ainda é possível ver mulheres la-vando roupa na beira do rio, numa verdadeira agonia.Em outro extremo, máquinas modernísimas só lavam aroupa depois de analisar o volume e o tipo de tecido;elas, então, se autoprogramam, com as dosagens cor-retas de água, sabão e amaciante, além de temperatu-ra da água, velocidade e tempo de lavação. É a tecno-logia “fuzzy logic”, em que a própria máquina define aoperação mais adequada, depois de analisar todas ascircunstâncias. Da beira do rio à moderníssima máqui-na automática, a qualidade de vida dá um salto tre-mendo, apoiada em tecnologias que se atualizam cons-tantemente.

É também em busca de mais qualidade de vida quea Prefeitura de Porto Alegre investiu 17 milhões de re-ais na ampliação da Estação de Bombeamento de ÁguaBruta São João (EBAB), localizada no bairro São João,às margens do Guaíba. Moderna, a estação vai garan-tir água em quantidade e qualidade para o cidadãoporto-alegrense.

Estes são exemplos de como a tecnologia age embenefício de uma vida melhor e mais longa, automati-zando tarefas e proporcionando tempo a ser utilizadoem atividades que tragam uma compensação às atri-bulações do dia-a-dia.

Correção - É HPB - High Pressure Boi-lers - Engenharia e Equipamentos, e nãoHPP, o nome da empresa participante doconsórcio que atende à Terranova Brasil (edi-ção nº 2, páginas 8 a 10). A HPB foi aresponsável global pelo projeto de Engenha-ria Básica Aplicada e Gerenciamento doProjeto da Central Termoelétrica, bem comopela Tecnologia e Projeto Executivo do Sis-tema de Geração de Vapor.

uma ilha senhor! Não hámoral em uma ilha.”

Oswald de Andradefoi o mais polêmico dos

intelectuais modernistas, com uma obraque mostrava, já na década de 20, mui-to antes de se falar em mundo globali-zado, uma preocupação com a política,a economia e a cultura do Brasil e doresto do planeta. Num conto publicadono jornal O Estado de S. Paulo em 1943,Oswald parte da afirmação acima, feitapor um velho barqueiro que o levava aCapri, para analisar com seu estilo inci-sivo o comportamento diferenciado depaíses isolados geograficamente, comoa Inglaterra e o Japão.

Empresas também podem virar ilhas,isoladas do mundo exterior por falta departicipação na co-munidade.

Na Weg temos oprazer de manter umaparceria muito próxi-ma com as cidadesonde estamos presen-tes, especialmente emnossa sede, Jaraguádo Sul. A lista de rea-lizações comunitári-as é extensa. No Centro Cultural, comespaço para oficinas de arte e um teatropara 900 espectadores, e que está emfase de acabamento, a Weg já investiumais de 1 milhão de reais. Fora a parti-cipação efetiva - e aqui eu peço a licen-ça para orgulhosamente me incluir - demembros da diretoria na comissão for-mada para gerir a construção desta obraque vai colocar a cidade na rota dosgrandes espetáculos.

Várias entidades contam com nossaparticipação, seja de forma financeiraou humana: Lar das Flores (ver matériana página 15), Fundo para Infância eAdolescência (FIA), Apae, Corpo deBombeiros, AMA, Conselho Municipalde Assistência Social, Sociedade Cul-

tura Artística (SCAR) e tantas outras.Temos o Centroweg, que forma pro-

fissionais e dá emprego a mais de 80jovens por ano. Produzimos um progra-ma de rádio diário com matérias sobresaúde, educação, meio ambiente, segu-rança e qualidade de vida. Nosso jornaldirigido para os colaboradores trata des-ses mesmos assuntos, ao invés de ape-nas dar as notícias internas da Weg.

O que tudo isso traz de resultados?Respeito, credibilidade, admiração euma boa imagem. Parece uma ótima es-tratégia de marketing. Mas não é só isso.A intenção de participar da comunida-de não deve ser só a de explorar a ima-gem de uma empresa cidadã, mas de efe-tivamente contribuir para a melhoria daqualidade de vida das pessoas.

A empresa que deixade ser uma ilha, para in-vestir nas pessoas dolado de fora, tem resul-tados mais positivosque seus concorrentes.A empresa que deixa deser uma ilha passa a termoral. Passa a ter a ale-gria não só de agir, mastambém de interagir.

Em grande parte por causa de empre-sas que seguiram o exemplo da Weg, etambém estão investindo no bem-estarde sua população, Jaraguá do Sul hojeé uma ilha. Mas uma Ilha de Prosperi-dade, com um índice de qualidade devida acima da média nacional.Se todas as empresas do Brasil que ain-da estão ilhadas resolverem construirpontes, o país passará a ter uma rede deatuação na área social que o levará aeliminar uma série de empecilhos paraseu desenvolvimento. Felizmente issojá está ocorrendo. No futuro, outras ci-dades vão atingir o mesmo nível de de-senvolvimento de Jaraguá do Sul. Queeste futuro esteja cada vez mais próxi-mo.

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WEG em Revista Mar. - Abr. 2000 WEG em Revista Mar. - Abr. 20004 17

especial notíciasVeterana em HannoverQualidade de vida é a meta

de todas as pessoas, quedesejam viver mais e melhor.Para atingir esse objetivo, atecnologia coloca à disposiçãoos mais modernosequipamentos, visandofacilitar as tarefas cotidianas.

o completar - oficialmente -500 anos de descobrimento,o Brasil mostra o vigor carac-terístico da maioridade, jun-

tamente com uma personalidade con-traditória própria da adolescência. Nor-mais numa pessoa, estes paradoxos pa-recem estranhos para uma nação quehoje ultrapassa os 135 milhões de habi-tantes.

Nestes cinco séculos, grandes mu-danças marcam as páginas da história,entre elas as transformações no “modusvivendi” brasileiro, seu jeito de morar.Nas primeiras décadas do período colo-nial, quase um terço do espaço da resi-dência era destinado à cozinha, repletade utensílios rudimentares, gamelas,tachos, moringas, panelas de ferro, fras-cos, prateleiras e fogões a lenha, comocontam Francisco Salvador Veríssimo eWilliam Seba Mallmann Bittar, autoresdo livro “500 Anos da Casa no Brasil -As Transformações da Arquitetura e daUtilização do Espaço de Moradia”(1999, Ediouro).

Assim como a cozinha, outro espaçode incrível importância nas antigas mo-radias era a área de serviço, ou “quin-tal”. Localizado no fundo da casa, oquintal abrigava horta, chiqueiro e ga-linheiro juntos, além de “generoso es-paço para o trabalho escravo de lavar equarar roupas em amplos gramados”.Como água encanada era um luxo, ocomum era se lavar roupas em bacias,com água transportada de riachos oupoços, ou às margens dos próprios rios.

A revolução tecnológica dos lares

brasileiros começa na década de 40, coma incorporação das geladeiras importa-das - logo substituídas pelas nacio-nais -, verdadeira sensação do mercado,oferecendo delícias como água gelada,sobremesas, frutas e verduras frescas.Outra maravilha são as máquinas de la-var e secar que, mesmo num formato

A tecnologia revo

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VIVER BEM É O QUE IMPORTA

simplificado, reduzem drasticamente otrabalho das donas-de-casa. Já na déca-da de 60, a grande estrela passa a ser ocondicionador de ar - luxo de poucosno início, mas que começa a se popula-rizar principalmente no final dos anos80, proporcionando maior comodida-de ao ambiente familiar.

Um certificado foi concedido à Wegpela 20ª participação na Feira de Han-nover. Com ênfase na eficiência, a Wegvai à Feira deste ano, de 20 a 25 de abril,buscando um aumento de 35% nas ven-das ao exterior. A meta é atingir US$160 milhões em 2000, contra os US$120 milhões do ano passado. Maior pre-sença catarinense em Hannover, a Wegaposta em novos produtos na sua varia-da linha de motores para uso geral. Acarcaça de alumínio para motores de até10 cv é um dos carros-chefes, ao ladodos conversores de freqüência maiscompactos, do motor preparado paraadaptação de freio especial de seguran-ça e da carcaça 315, que estréia no mer-cado com melhoria geral nos motoresde potência de 200 a 500 cv, mais com-pacta e com melhor dissipação térmica.

Um investimento superior a R$ 500 mil foi aplicado na novaestação de tratamento de efluentes da Weg Química, em Guarami-rim (SC). O sistema adotado na estação compreende uma fase detratamento físico-químico, seguida de uma fase biológica. A au-tomatização, desenvolvida pela Weg Automação, compreende umaestação de supervisão e controle baseada num microcomputadore um controlador lógico programável Weg/Bosch CL 200. Atra-vés de telas gráficas desta estação, o operador recebe informaçõesdo estado das variáveis e equipamentos e pode interagir no pro-cesso. O efluente final, tratado dentro dos padrões exigidos pelalegislação, é parcialmente reutilizado na limpeza da fábrica.

A Weg foi a grande vencedo-ra do Prêmio Qualidade 2000,promovido pela revista Eletri-cidade Moderna para destacaras marcas que são sinônimo dequalidade na opinião dos pro-fissionais do setor. Além de con-quistar as primeiras colocaçõesem diversas categorias, a Wegarrebatou o Prêmio Melhor De-sempenho Global, por ter alcan-çado o resultado de 94,3% depreferência em Motores de In-dução BT.

Quem acessar o site da Weg,www.weg.com.br, poderá ler os úl-timos números de Weg em Revista(em PDF), além de ter acesso aosmanuais e catálogos de produtos(também em PDF), na seção “Bibli-oteca”. Outro destaque é o calen-dário de cursos para clientes, nascidades de São Paulo, Blumenau,Guaramirim e Jaraguá do Sul.

A C. O. Müller, revenda integradaWeg em Curitiba (PR), promoveu no dia15 de março um seminário técnico, apre-sentando características de produtos eserviços Weg a seus clientes. O seminá-rio, aberto por Ernesto Suhr, diretor daC. O. Müller, contou com a participa-ção de 68 pessoas, representando cercade 30 clientes da revenda. As palestrasforam dadas por pessoal das empresasWeg.

Estande da Weg fica nopavilhão 11, num dos pontosmais concorridos da Feira

O novo engenheiro

Integrando o cliente

MUNDO VIRTUAL

Em favor do ambiente

Capacidade de tratamento é de 7,5 m3/hora

A Escola Federal de Engenharia deItajubá (MG) promoveu, em fevereiro,a 1ª Semana de Engenharia 2000. Umdos convidados foi Hilton Faria, geren-te de RH da Weg, que falou sobre o per-fil do novo engenheiro, enfocando a ne-cessidade de o profissional expandirsua performance: “O engenheiro temque parar de pensar que seu negócio ésomente fazer projetos, e ficar mais aten-to às mudanças que o cercam”.

A melhor do setor

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Walter Janssen Neto (esq.) e RicardoBartsch (dir.), diretores da Weg, recebemo troféu do diretor da editora Aranda,Edgard da Cunha

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WEG em Revista Mar. - Abr. 200016

WEG em Revista Mar. - Abr. 20005

especialnotícias

FDois pés na ArgentinaAlém de uma filial de vendas,Weg tem agora uma fábricade motores elétricos paraeletrodomésticos na Argentina

Pedra e botão

Passados 500 anos, ainda pode-se en-contrar mulheres, no interior do país, àsmargens dos rios, lavando roupas naspedras, como faziam aquelas que aju-daram a colonizar o Brasil, e depois asescravas. Enquanto isso, em algum lu-

gar do planeta, outras mulheres, com umsimples toque de botão, acionam umalavadora de roupas inteligente (os cha-mados produtos “fuzzy logic”), em quea própria máquina analisa o volume e otipo de tecido e se autoprograma, comas dosagens corretas de água, sabão eamaciante, além de temperatura da água,

velocidade e tempo de lavação.É um mundo cheio de contrastes,

mesmo! Num lugar, pessoas cultivandohábitos seculares, em outro, a tecnolo-gia incorporada à rotina. É o caso dadona-de-casa e empresária Gisele Reik-dal Kallaur, 33 anos. “Eu quero ficar omenor tempo possível na cozinha. Que-ro ter tempo livre para mim, para sair,ler, passear e curtir minha família”, ex-plica.

Mãe de um casal de filhos, com 4 e 7anos, Gisele divide o tempo com a edu-cação das crianças, o gerenciamento dacasa e de uma loja de confecção, e usatodos os artifícios tecnológicos para ga-nhar tempo e reduzir o desgaste físico.“Eu nem penso mais nestes aparelhos,porque eles já fazem parte do dia-a-dia.Hoje não se varre mais a casa, se aspirao pó. O microondas e o condicionadorde ar são outra comodidade, assim comoas máquinas de lavar, que fazem todo otrabalho pesado sozinhas. Muitas des-sas coisas nem seriam uma necessida-de, mas acabam virando, porque ajudama gente a ter melhor qualidade de vida.”

Necessidades atendidas

A expressão “qualidade de vida” foiempregada pela primeira vez pelo pre-sidente norte-americano Lyndon John-son, em 1964, ao declarar que “os obje-tivos não podem ser medidos atravésdo balanço dos bancos. Eles só podemser medidos através da qualidade devida que proporcionam às pessoas”.

É! Há quase quatro décadas ouvimosfalar dessa tal “qualidade de vida”, masnem sempre é fácil aplicar, ou mesmoentender, os conceitos embutidos nessaexpressão. Para muitos pesquisadores,a definição de qualidade de vida é indi-vidual e depende das carências de cadapessoa. Portanto, você pode considerarideal o seu nível de qualidade de vidaquando considerar atendidas as suas ne-cessidades, desde as fisiológicas até asemocionais e sociais.

Da beira do rio à máquinasupermoderna, o avanço daqualidade de vida

luciona e facilita

ortalecer a marca Weg no Mer-cosul e ampliar a participaçãono mercado de motores elétri-cos para lavadoras e secadoras

de roupa foram os principais motivosque levaram a Weg a adquirir o contro-le da Morbe, fabricante de motores paralinha branca da Argentina. Situada nacidade de Córdoba, a Morbe é a primei-ra operação industrial da Weg fora doBrasil (a empresa tem 11 filiais de ven-das na Argentina, Estados Unidos, Eu-ropa, Japão e Austrália).

Líder latino-americana na produçãode motores elétricos, a Weg pretende,

ainda neste ano, ampliar a ofertade motores de eletrodomés-

ticos, de 3 milhões para 6 milhões deunidades - a planta argentina será res-ponsável por 700 mil motores/ano, en-quanto uma nova unidade, em Jaraguádo Sul, somará outros 2 milhões. A pro-dução das duas nova fábricas vai jun-tar-se à da unidade de Guarulhos (SP),que já fabrica motores para eletrodo-mésticos.

A Morbe é uma companhia de capi-tal fechado, que pertencia ao grupo fa-miliar Morchio. A previsão é de que aunidade fature entre 5 milhões e 6 mi-lhões de dólares neste ano, elevando ofaturamento da Weg na Argentina paraperto de US$ 17 milhões. O presidenteexecutivo da Weg, Décio da Silva, ex-plica que a Morbe, “mesmo sendo umafábrica pequena dentro do nosso negó-cio, terá importância fundamental paramelhorar a nossa logística de distribui-ção para o segmento de eletrodomésti-cos”. Prioritariamente, diz Décio, aMorbe vai trabalhar para os mercadosargentino e do Mercosul, provavelmen-te com a marca Weg.

Global

Até 1999, a estratégia da Weg para osegmento de eletrodomésticos tinhauma orientação local. Agora, a inten-ção é ampliar a produção, buscando ahabilitação para ser fornecedor globaldessa linha. “A mudança de foco decor-re de uma necessidade de mercado”,explica Décio da Silva, acrescentandoque a Weg vai promover uma mudançaadministrativa na linha de eletrodomés-tico, para se adaptar à nova forma deatuar no setor. Os negócios e a gestãodas três unidades produtoras de moto-res para eletrodomésticos serão centra-lizados numa estrutura de administra-ção no Brasil.

Com a ampliação de produção, anova linha de motores para eletrodo-mésticos deverá representar cerca de R$123 milhões no faturamento da Wegpara 2000 - para um total estimado deR$ 1 bilhão.

NOVA FÁBRICA

A Weg está investindo US$ 30 milhões na construção da mais modernafábrica brasileira de motores para máquinas de lavar roupa, com capaci-dade para produzir 2 milhões de motores/ano. A nova fábrica, em Jaraguádo Sul, entra em atividade ainda no primeiro semestre e vai incrementar aparticipação da empresa no mercado internacional, além de disponibili-zar um produto tecnologicamente moderno, aliado aos mais altos padrõesde qualidade.

WEG - MORBECórdoba - ArgentinaProdução: 700 mil

UNIDADE GUARULHOSSão Paulo - BrasilProdução: 3 milhõesmotores/ano

MATRIZWEGJaraguá do Sul - SC - BrasilProdução: 2 milhões

WEG EQUIPAMIENTOS ELECTRICOS S.A.San Francisco e Buenos Aires - Argentina

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A serviço do homem

Do portão eletrônico ao elevador, docondicionador à máquina de lavar, mui-tas são as máquinas e dispositivos quetrabalham, quase como escravos eletrô-nicos, a serviço do bem-estar, economi-zando tempo e contribuindo para me-lhorar a qualidade de vida.

Pensar em toda essa tecnologia, a fimde aplicá-la a serviço do homem, é amissão dos engenheiros e profissionaisde pesquisa e desenvolvimento de pro-dutos, como Newton Gama Jr., que tra-balha nesta área há cerca de duas déca-das. “Há 20 anos a convergência nãoera voltada ao cliente, mas desde 1985começamos a focar nosso trabalho noshábitos e atitudes do consumidor. Co-meçamos então a desenvolver produtospara otimizar o tempo, dando mais co-modidade”, explica.

Em muitas fabricantes de eletrodo-mésticos e eletroeletrônicos, o levanta-mento de informações junto aos consu-midores extrapola as pesquisas de opi-nião, passando a uma verdadeira inves-tigação de hábitos e necessidades. Umbom exemplo disso é o recurso usado

WEG em Revista Mar. - Abr. 2000 WEG em Revista Mar. - Abr. 20006 15

especial

Para a consultora Leila Na-varro, se qualidade de vidaimplica em satisfação, prazer,saúde, realização e plenitude,nem sempre é isso que encon-tramos ao nosso redor. Nãobasta ter uma série de máqui-nas trabalhando, se o tempoganho não é utilizado para fa-zer coisas que proporcionamprazer e realização.

A grande questão é quenossas necessidades mudamcom a rapidez do relâmpago.Como acompanhar essas mu-danças e manter a qualidadede vida?

Um dos segredos é saberexplorar as facilidades pro-porcionadas pela tecnologiae aplicar cada minuto poupa-do no lazer e na vida em fa-mília. “A internet tem mepoupado um tempo que an-tes eu perdia indo ao banco.Já em relação às compras online, confesso que ainda souum pouco conservadora. Massei que é uma coisa que vai mudarlogo”, acredita Gisele.

Realmente, é bem provável que embreve ela se torne um do mais de 120mil clientes cadastrados no Pão de Açú-car Delivery, o primeiro supermercadovirtual do país.

por fabricantes da linha bran-ca, que mantêm em suas uni-dades laboratórios de verifi-cação de uso (CVL), ambien-tes criados para parecer umacozinha ou lavanderia, ondesão realizados testes com do-nas-de-casa. Outra experiên-cia envolve a instalação deuma câmera de vídeo na co-zinha ou na lavanderia deuma residência, com o con-sentimento da família, parapresenciar cenas do cotidia-no que implicam em reflexosno uso do produto. Nessaspesquisas se analisa a formacomo a pessoa guarda os ali-mentos ou como coloca aroupa para lavar. As informa-ções coletadas são analisadase repassadas à equipe de de-senvolvimento de produto.

Com base nestas ex-periências produtos são lan-çados, seguindo as tendênci-as do mercado global, masatendendo algumas das ne-

cessidades exclusivas do consumidorbrasileiro. Hoje, já se encontra à vendanas lojas de eletrodomésticos um con-dicionador de ar tipo “fuzzy logic”, comautoprogramação baseada em fatorescomo temperatura exterior e número depessoas que estão no ambiente.

Eventos como a Feira de UtilidadesDomésticas, a UD, mostram, a cada ano,como o cotidiano vai ficando mais emais “fuzzy logic”. Botões, teclas e sen-sores substituem braços e pernas, dei-xando mais tempo disponível para queas pessoas busquem uma melhor quali-dade de vida.

Gisele quer ficar o menortempo possível na cozinha Eletrônica facilitando a vida

comunidade

FDignidade depois dos 65Lar das Flores mostracomo é possível abrigarpessoas idosas, com dignidadee qualidade de vida.

O complexoconta com jardim,horta e área verde

oi em 1997 que Maria Nasci-mento Corrêa, 73 anos, tomouuma importante decisão. Elaescolheu como sua nova casa o

Lar das Flores, uma instituição sediadano Centro de Jaraguá do Sul (SC), quehospeda pessoas com idade acima de65 anos. “Tenho muitas amizades aqui.E o bom é que existe privacidade. Agente não é muito de ir uma na casa daoutra”, conta ela, satisfeita.

A expressão “casa” é usada com na-turalidade por muitos hóspedes pois, naverdade, nos apartamentos encontramosmóveis e objetos de decoração compra-dos pelos próprios hóspedes, ou trazi-dos de suas antigas residências.

Do sonho à realidade

Fundado em 1990, o Lar das Floresconta com uma equipe de 18 funcioná-rios e ocupa um prédio de 4.850 m2 deárea construída, divididos em 60 apar-tamentos, oito áreas de lazer, cozinha,refeitório, capela, oficina, área adminis-trativa, biblioteca (com livros em por-tuguês e alemão), ambulatório e enfer-maria.

O projeto de criação do Lar surgiuna própria comunidade, que sentiu a ne-cessidade de ter um espaço para os ido-sos da região. Da concepção à constru-

ção, uma longa jornada foi percorridapelos idealizadores, na busca da recur-sos para realização da obra. Pessoas eempresas da região uniram esforços e,de tijolo em tijolo, o sonho foi se tor-nando realidade.

“Este é um espaço para as pessoasviverem em liberdade. Aqui não há so-lidão, os hóspedes fazem novos amigos,namoram e até se casam. Não há horáriopara entrar e sair, nem para receber visi-ta”, conta Moacyr Sens, presidente doLar das Flores e um dos idealizadoresdo projeto. Assim como ele, que é dire-tor superintendente da Weg Motores, osantecessores na presidência da institui-ção eram empresários da cidade, quedividiam o tempo entre o Lar e as ativi-dades profissionais.

Com um custo de manutenção anualvariando em torno de R$ 320 mil, o Lardas Flores conta com o apoio perma-nente da comunidade, que contribui devárias formas, seja com a prestação deserviços, doações de móveis e alimen-tos, ou com quantias em dinheiro que,somadas ao valor arrecadado com asmensalidades e com uma verba munici-pal, garantem a qualidade de vida doshóspedes.

Bendi tosfrutos

Dos atuais 56hóspedes do Lardas Flores, ape-nas quatro sãohomens. Entre eles está o ex-alfaiate dedescendência checa Silvestre Cisz, quehá quatro anos reside no local. Aos 78anos de idade, Silvestre afirma estar fe-liz, pois no Lar mantém sua individua-lidade. “Quando fiquei viúvo, resolvivir para cá. Aqui se come, dorme e, comogosto de caminhar, posso entrar e sairna hora que quero”. Sobre o fato de con-viver com mais de 50 mulheres, ele iro-niza: “A gente tem que agüentar”.

Dona Maria, viúva e mãe de11 filhos, sente-se à vontade

em seu apartamento, ondeocupa parte do tempo com

trabalhos manuais e assistindoaos jogos na TV: “Sou

palmeirense, mas gosto deassistir todo tipo de jogo, seja

basquete, vôlei ou futebol”.

Cadê a tecnologia? Em casa, fazendo o serviço pesado

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WEG em Revista Mar. - Abr. 200014

WEG em Revista Mar. - Abr. 20007

O stress, jogando a favorentrevista

Cardiologista explica adiferença entre “bom stress”e “mau stress”, e garanteque, bem controlada, apressão pode ser utilizada afavor do indivíduo.

matériatécnica

“Quando não houver uma lutaa enfrentar, relaxe! O exercício

físico é uma ótima opçao.”

Tales de Carvalho é médico especializado emCardiologia e Medicina do Esporte. PresidenteEleito da Sociedade Brasileira de Medicina doEsporte. Membro do Comitê Técnico Científico(Atividade Física e Saúde) do Ministério daSaúde. Médico e diretor técnico da ClínicaCardiosport, em Florianópolis - SC

Stress é sempre ruim?Tales de Carvalho - Não. O stress cor-

responde às modificações do organis-mo para enfrentar “uma luta”. Sem ostress não haveria energia para que ven-cêssemos os obstáculos com que nos de-paramos. O stress, na medida certa, é algodesejável. Pode ser denominado de“bom stress”. O problema decorre dostress não canalizado, acumulado, nãoutilizado na “boa luta”. O “mau stress”.

O stress não controlado sempreleva à depressão?

Tales - Nem sempre, embora estejacom certa freqüência relacionado a estasituação.

Que males físicos podem ser asso-ciados ao stress?

Tales - O “mau stress” tende a setransformar em males físicos. Os órgãosde choque variam.Pode ser um pro-blema na esfera di-gestiva, como gas-trite, úlcera de es-tômago e duode-no, ou distúrbiosintestinais, comodiarréia, obstipação etc. Em outros podeser um problema que se manifesta napele.

Em muitos uma doença cardiocircu-latória: hipertensão arterial, distúrbiosdo ritmo cardíaco, infarto do miocár-dio, acidente vascular cerebral. Enfim,são várias formas do “mau stress” semanifestar, pois além das já citadas exis-tem outras

O que aciona estes males?Tales - O gatilho para o surgimento

dos principais eventos - infarto do mio-cárdio e morte súbita, decorrentes dadoença das coronárias, o problema desaúde número 1 do mundo ocidental -em geral é acionado pelo stress descon-trolado. Trata-se apenas um dos inúme-

ros dados que mostram a importânciade aprender a domar o stress. Envelhe-cer com saúde, no tempo certo, tem aver com o aprimoramento desta capaci-dade de domar a pressão, tornando-a um“bom stress”.

Como diminuir os efeitos do stressno trabalho?

Tales - Permanecer gostando de umtrabalho do qual já se goste desde o iní-cio. Aprender a gostar do trabalho quese exerce, de modo a sentir prazer quan-do trabalha. Afastando-se do trabalho,quando não vislumbrar nenhuma pos-sibilidade de vir a gostar dele. Aprovei-tar os períodos de folga, de modo a re-carregar a bateria, sempre que as opor-tunidades surgirem. Estas são algumasdas maneiras de não “descompensar”,de não sucumbir ao “mau stress” no tra-balho.

Como não le-vá-lo para casa?

Tales - Sabendoligar e desligar ointerruptor. Apren-da a se utilizar detécnicas que oti-

mizem a capacidade de relaxar. Outradas maneiras mais efetivas é a obtençãodos efeitos ansiolítico e antidepressivodecorrentes do exercício físico leve amoderado, regularmente realizado.

Como fazer para que o stress atuea favor do indivíduo?

Tales - Controlando-o, produzindo-o e liberando-o quando a situação exi-gir. Observe o atleta se aquecendo paraa competição, mentalizando a situaçãoa enfrentar e se programando para libe-rar o stress que se acumula no momentocerto. Relaxando, poupando energia erecarregando a “bateria”, nos momen-tos em que for possível. Faça algo se-melhante em relação ao seu trabalho.

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que são câmaras anecóicas e semi-ane-cóicas que atendam os requisitos danorma ISO 3745[4].

A avaliação das influências ambien-tais é feita escolhendo-se um dos doisensaios de qualificação do ambienteacústico:

O primeiro ensaio de qualificação, oensaio de comparação absoluta, é exe-cutado com uma fonte sonora de refe-rência.

O segundo ensaio de qualificação, oensaio de reverberação, poderá ser uti-lizado se a fonte sob ensaio não puderser deslocada e for de grandes propor-ções.

A qualificação de campo livre é feitapelo ensaio de reverberação.

Critérios para projetode uma câmara acústica

Para que um recinto de teste tenha ascondições de campo livre, deve ter:l Volume adequado (preferivelmente200 vezes maior que o volume da fontesonora).l Grande absorção sonora sobre a fai-xa de freqüência de interesse.l Ausência de superfícies refletorasacusticamente e outros obstáculos quese associem com a fonte sonora sob tes-te. Objetos que causam reflexões e es-tão situados dentro do recinto de testedevem ser isolados com material absor-vente acústico, para evitar ressonânci-as (ex.: canos, braçadeiras, telas, ferra-gens, cabos, suportes etc.).l Ruído de fundo baixo.l Plano refletor não deve ser menor quea projeção da superfície de mediçãosobre o mesmo.l Pode-se usar como planos refletorespisos de concreto, asfalto, assoalho demadeira ou piso ladrilhado.l Coeficiente de absorção do plano re-fletor deve ser inferior a 0,06 para a nor-ma NBR7566 e inferior a 0,1 para nor-mas ISO sobre a faixa de freqüência deinteresse.l Fator de correção ambiental, K

2, deve

estar entre –2 dB e + 2 dB .

Qualificação da câmaraacústica existente na Weg(Laboratório Elétrico I)

A Weg possui uma câmara acústica

Conclusões Através deste trabalho verificou-se

os procedimentos adotados pela Weg,de acordo com as normas de ensaios vi-gentes, para a realização dos ensaios demedição de nível sonoros e os cálculosutilizados para a obtenção dos níveisde pressão sonora e potência sonora.

Foi feita também uma avaliação dacâmara acústica existente na Weg, econclui-se que:l Pode-se ensaiar motores até a carca-ça 315, sem correções ambientais.l Para motores da carcaça 355 é neces-sário somar ao nível de pressão sonorao fator de correção ambiental K=0,4.l Podem ser ensaiados na câmara acús-tica motores que possuam nível de pres-são sonora maior do que 31 dB(A), casocontrário o ensaio é considerado invá-lido, pois a diferença do nível de pres-são sonora medido e o nível de pressãosonora de fundo é menor do que 6dB(A), não atendendo os requisitos danorma.

Referências[1] IEC 34-1, “Rotation electrical machi-nes – Rotating and performance”, Inter-national Electrotechnical Commission –IEC, 1996.

[2] IEC 34-9, “Rotation electrical machi-nes – Noise limits”, International Elec-trotechnical Commission – IEC, 1990.

[3] IEEE std85 , “Test procedure for air-borne sound measurements on rotatingeletric machinery”, Institute of Electricaland Electronic Engineers – IEEE, 1973.

[4] ISO 3744, “Acoustics – Determinati-on of sound power levels of noise sour-ces using sound pressure – Engineeringmethods in na essentially free fiels over areflecting plane”, International Organi-zation for Standardization – ISO, 1994.

[5] ISO 3745, “Acoustics – Determinati-on of sound power levels of noise sour-ces – Precision methods for anechoicand semi-anechoic rooms”, InternationalOrganization for Standardization – ISO,1977.

[6] ISO 3746, “Acoustics – Determinati-on of sound power levels of noise sour-ces using sound pressure – Survey me-thods using an enveloping measurementsurface over a reflecting plane”, Interna-tional Organization for Standardization– ISO, 1995

[7] ISO 1680/1, “Test code for the mea-surement of airborne noise emitted byrotating electrical machinery – Part 1: En-gineering method for free-field conditi-ons over a refleting plane”, InternationalOrganization for Standardization – ISO,1986

[8] ISO 1680/2, “Test code for the mea-surement of airborne noise emitted byrotating electrical machinery – Part 2:Survey method”, International Organi-zation for Standardization – ISO, 1986

[9] NBR 7094, “Máquinas elétricas gi-rantes – Motor de Indução – Especifica-ção”, Associação Brasileira de NormasTécnicas – ABNT, 1996.

[10] NBR 7565, “Máquinas elétricas gi-rantes – Limites de Ruído”, AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas – ABNT,1992

[11] NBR 7566, “Máquinas elétricas gi-rantes – Nível do ruído transmitido atra-vés do ar – Método de medição numcampo livre sobre um plano refletor”, As-sociação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT, 1982.

[12]NEMA Standarts Publication Nº MG1-1998, “Motors and generators”, Natio-nal Electrical Manufacturers Association– NEMA, 1993.

semi-anecóica com um volume de 75m3 (5 x 5 x 3 m) e 110 m2 de área super-ficial, sendo composta de paredes detijolos maciços de 25 cm de espessura erevestida internamente com colchões delã de vidro e revestimento superficialcom carpete. O piso é feito com taco demadeira, atendo os requisitos de nor-ma. São ensaiados atualmente nesta câ-mara todos os tipos de motores fabrica-dos pela Weg Motores, ou seja, desdemotores para lava-roupa até motores dacarcaça 355.

Para motores da carcaça 355, foi rea-lizado o ensaio de comparação absolu-ta, onde usou-se como fonte sonora dereferência um motor da carcaça 100Lcom nível de potência sonora de 65,82dB(A). O nível de potência sonora cal-culado usando a superfície de mediçãodo motor da carcaça 355 foi de 65,42dB(A), assim sendo , o fator de correçãoambiental será K= -0,4 dB(A) .

Portanto os valores de nível de pres-são sonora medidos para os motores dacarcaça 355 devem ser acrescidos de 0,4dB(A).

Foi realizado também ensaio de ní-vel de ruído de fundo da câmara acústi-ca, sendo que o nível de pressão sonoramedido ficou em torno de 26,0 dB(A).

Page 8: WEG em Revista 03

matériatécnican egócios

WEG em Revista Mar. - Abr. 2000 WEG em Revista Mar. - Abr. 20008 13

EDMAE da capital gaúchainveste R$ 17 milhõespara aumentar a oferta deágua para a população.

la está aí, todos os dias, à dis-posição. Seja para beber, cozi-nhar, lavar ou regar, a água éum dos componentes funda-

mentais da vida. Controlar o abasteci-mento de água para uma cidade comoPorto Alegre, que tem mais de um mi-lhão e trezentos mil habitantes, não étarefa fácil.

Ciente disso, o Departamento Mu-nicipal de Água e Esgoto - DMAE - teminvestido no aumento da capacidadedos equipamentos e qualificação dosmétodos de captação, tratamento e dis-tribuição de água. Um dos mais con-cretos exemplos dessa postura são os17 milhões de reais destinados à am-pliação da Estação de Bombeamento

Água pura para Porto

l1 , l

2 e l

3 são as dimensões da caixa

de referência.d = é a distância de medição, nor-

malmente 1 m.

Determinação do fator de correçãodo ruído de fundo ou ruído ambi-ente (K1)

Os níveis de pressão sonora medi-dos devem ser corrigidos para o ruídoambiente de acordo com a tabela abai-xo:

Diferença do nívelde pressão sonoracom a máquina emfuncionamento emrelação ao ruídoambiente com a má-quina desligada.DB

Correção para sersubtraída do nível depressão sonora medi-do com a máquina emfuncionamentodB

< 66789

10> 10

Medição inválida1,01,01,00,50,50,0

Cálculo do nível de pressão sonorasuperficial (Lp)

Para o nível de pressão sonora pon-derado na escala A, calcula-se um valormédio, L

p, a partir dos níveis de pressão

sonora medidos (e com correção do ru-ído ambiente se necessário) L

pi , utili-

zando-se a seguinte equação:

Ruído de Fundo - É o nível de pressãosonora de cada posição do microfonecom a fonte inoperante.

O ruído de fundo pode incluir con-tribuições do ruído transmitido pelo ar,vibrações transmitidas pelas estruturase ruído elétrico na instrumentação.

Instalação e operação domotor durante o ensaioMontagem da máquina

Deve ser montada na sua posição deoperação normal (verticalmente ou ho-rizontalmente).

Deve-se tomar cuidado para minimi-zar a transmissão e irradiação do ruídoestrutural de todos os elementos demontagem, inclusive a base da máqui-na.

Pode-se minimizar este efeitos, atra-vés da montagem sobre bases elásticaspara máquinas pequenas e da monta-gem sobre condições de base rígida paramáquinas grandes.

Cálculo de níveis depressão sonora usandouma superfície hipotéticade medição

Superfície de referência e superfí-cie de medição

Para facilitar a localização das posi-ções do microfone, é definida uma cai-xa de referência hipotética. Ao definiras dimensões desta caixa de referência ,podem ser desprezados os elementosque dela ressaltem e que não constitu-em radiadores importantes de energiasonora.

Onde:L

p = Nível de pressão sonora super-

ficial, em decibéis, referência: 20 . 10-6

Pascal.L

pi = Nível de pressão sonora ponde-

rado na escala A, resultante da i-ésimoponto de medição, em decibéis, referên-cia: 20 . 10-6 Pascal.

N = número de medições.

Cálculo do nível de potência sono-ra (Lw)

O nível de potência sonora, que ca-racteriza o ruído emitido pela fonte,deve ser calculado pela seguinte equa-ção

Onde:L

w = Nível de potência sonora pon-

derado na escala A, em decibéis,ref.:10-12 Watts.

Lp = Nível de pressão sonora superfi-

cial.K

2 = Valor médio da correção ambi-

ental sobre a superfície de medição, emdecibéis.

S = Área da superfície de medição,em metros quadrados.

S0 = 1m2.

Posições do microfoneA figura 1 prescreve as localizações

de 9 posições-chaves do microfone.Por razões de segurança, a posição

superior (posição nº 9 na figura 1) podeser eliminada, desde que a variação nonível de potência sonora da fonte devi-do a sua exclusão não exceda 1,0 dB.

Determinação do fatorde correção ambiental (K2)

O fator de correção ambiental servepara determinar a presença de influên-cias ambientais indesejáveis, verificaras condições de campo livre e qualifi-car dada superfície de medição para umafonte real sob ensaio de acordo com asnormas.

O fator de correção ambiental podeser desprezado para ambientes internos

Figura 1 – Pontos de medição de nívelde pressão sonora

As posições do microfone situam-sesobre a superfície de medição, de áreaS, que termina sobre o plano refletor.

Para máquinas elétricas girantes, asuperfície de medição consiste de umparalelepípedo retangular com os ladosparalelos aos lados da caixa de referên-cia, espaçados de uma distância d que édistância de medição (ver figura 1).

A distância de medição deve ser nomínimo 0,25 m até 1 m, sendo este últi-mo valor o preferencial.

A área S da superfície de medição édada pela equação:

S = 4 (ab + bc + ca)

Page 9: WEG em Revista 03

Água pura para Porto Alegre

WEG em Revista Mar. - Abr. 200012

WEG em Revista Mar. Abr. - 20009

negóciosmatériatécnica

de Água Bruta São João (Ebab), locali-zada no bairro São João, às margens dorio Guaíba.

A primeira grande estação de trata-mento de água da cidade, a ETA Moi-nhos de Vento, foi construída em 1884e, duas décadas depois, já entrava emfuncionamento a Ebab São João - tam-bém conhecida como Casa de Bombas.

Hoje ela é responsável por captar a águabruta para tratamento na Estação de Tra-tamento de Água São João (fundada em1958).

Com o investimento do DMAE, a es-tação de bombeamento se torna a maiordo estado e a mais moderna e automati-zada do Sul do Brasil, quase duplican-do a capacidade atual de tratamento deágua, que é de 2.300 litros por segun-do, para 4.000 litros por segundo. “Estaé uma obra com horizonte de atendi-mento até 2010”, ressalta FranciscoAntônio Costa de Oliveira, superinten-dente do DMAE.

Iniciada em 1996, a obra foi desen-volvida ao lado da atual Casa de Bom-bas e compreende 4.800 metros quadra-dos, com 30% de construção civil e mais70% de montagem eletromecânica. “Ogrande mérito desta obra é que ela foiexecutada com recursos próprios doDMAE, obtidos com a arrecadação datarifa de água. Em função disso, plane-jamos a obra para ser executada em qua-tro anos, pois seria o período necessá-rio para a captação dos recursos, semnecessidade de nenhum tipo de emprés-timo”, salienta Oliveira. A estaçãoabrange 45 bairros da região Norte dacidade, atendendo mais de 450 mil mo-radores.

Tecnologia

Projetada com a mais avançada tec-nologia disponível, a estação utiliza trêsinversores de média tensão que fazemas três bombas de captação trabalharemna proporção do consumo da água. Nosistema tradicional de bombeamento deágua bruta, o grupo motor-bomba é con-trolado diretamente pelo operador, comvazão de água constante, independen-te do consumo.

Na estação foram instalados três gru-pos de motobombas de 2.000 hp cada,sendo que uma é reserva. A obra com-porta ainda área para a instalação deuma quarta bomba, sem que se faça ne-cessário novas obras civis. A Ebab SãoJoão conta com um sistema automati-zado, com supervisório e controladoreslógicos programáveis (CLPs), respon-sáveis pela automação da obra, além desistema de variação de velocidade e deum grupo gerador de 250 kVA para oscircuitos auxiliares, que entrará em ope-ração no caso da falta de energia elétri-ca.

Para absorver os transientes hidráu-licos da rede depois de uma súbita pa-rada das bombas por falta de energia,foi concebido um sistema de alívio.

À esquerda, vista geral da Estação deBombeamento; acima, os grupos de motobombas

FOTO

S:A

NTÔ

NIO

VA

RGA

S

Aspectos normativosreferentes aos ensaios de ruídoem máquinas girantesadotados pela Weg.

Agnaldo Reus Medeiros Rodrigues, com acolaboração de Leonir Balsanelli e JoséMauro Stringari, Weg

Qualidade sem ruído

ResumoEste trabalho procura dar uma visão

geral das normas nacionais e internaci-onais adotadas pela Weg para a deter-minação dos procedimentos de ensaiode ruído. É feita também uma avaliaçãoda câmara acústica existente na Weg,verificando sua conformidade em rela-ção às normas de ensaio.

IntroduçãoNos últimos anos tem havido uma

preocupação crescente com relação àredução dos níveis de ruído provoca-dos por máquinas e equipamentos, tan-to em ambientes de trabalho industriaiscomo em áreas comerciais e residenci-ais. Buscando atenuar os efeitos que oruído provoca ao organismo humano,foram criadas normas regulamentado-ras nacionais e internacionais que limi-tam os níveis de ruídos de equipamen-tos, máquinas, motores e ambientaispermissíveis, bem como os procedimen-tos adotados para as medições de ní-veis de ruído.

Este trabalho está dividido em trêspartes: primeiramente apresenta as nor-mas que determinam os limites de ní-veis de ruído e os procedimentos deensaios para medições de nível de ruí-do em motores elétricos. Depois sãoapresentados os métodos de determina-ção de níveis de ruído, bem como asdefinições, correções e cálculos citados

pelas normas de procedimentos de en-saio adotados pela Weg. E por último éfeita uma avaliação da câmara acústicada Weg com base nas normas existen-tes.

As normas de ruídoA Weg adota como referência de ní-

veis de ruído os valores contidos nasnormas IEC (International Electrotec-nical Commission), NEMA (NationalElectrical Manufacturers Association) eABNT (Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas). O método de ensaio ado-tado pela Weg é a determinação da po-tência sonora através da medição depressão sonora num campo livre sobreum plano refletor.

A ABNT determina os limites de ní-veis de ruído pela norma NBR 7565[10], a qual é referenciada pela normade especificação de máquinas elétricasNBR 7094 [9], sendo o método de en-saio adotado pela Weg determinado pelanorma NBR 7566 [11].

NBR 7094 NBR 7565 NBR 7566

A IEC determina os limites de ní-veis de ruído pela norma IEC34-9 [2],sendo os métodos de ensaio para má-quinas e equipamentos em geral deter-minados pelas normas ISO3744[4],ISO3745[5] e ISO3746[6], e especifica-mente para máquinas elétricas girantespelas normas ISO1680/1[7] e ISO1680/2[8]. A Weg adota a ISO1680/1 para de-terminação do nível de ruído por sermais precisa do que a ISO1680/2, le-vando em conta as condições do ambi-ente de ensaio.

IEC 34-9

ISO 3744 ISO 1680/1

ISO 3746 ISO 1680/2

ISO 3745

NEMA MC1 part 12 IEEE std 85

Definições utilizadas nasnormas de ensaio

Abaixo são citadas algumas das prin-cipais definições utilizadas pelas nor-mas de ensaio de nível sonoro:Campo livre - Campo de som num meiohomogêneo e isotrópico, livre de limi-tações.Campo livre sobre um plano refletor- Um campo sonoro na presença do pla-no refletor no qual a fonte sonora estálocalizada.Recinto semi-anecóico - Recinto deensaio com piso refletor duro, cujasoutras superfícies absorvem essencial-mente toda a energia sonora incidentesobre a faixa de freqüência de interesse,proporcionando, desta forma, condi-ções de campo livre sobre um plano re-fletor.Nível de pressão sonora superficial(L

p ) - Dez vezes o logaritmo na base 10

da razão do quadrado da pressão sono-ra superficial para o quadrado da pres-são sonora de referência.Nível de potência sonora ( L

w ) - Dez

vezes o logaritmo na base 10 da razãode dada potência sonora pela potênciasonora de referência.Superfície de medição - Superfície hi-potética de área S, que envolve a fontee sobre a qual são localizados os pon-tos de medição.Caixa de referência - Superfície hipo-tética de referência, constituída pelomenor paralelepípedo retangular queenvolve justamente a fonte e terminasobre o plano refletor.Distância de medição - Menor distân-cia da caixa de referência à superfíciede medição.

A NEMA determina os limites deníveis de ruído no capítulo 12 da nor-

ma NEMA MG1-1993[12], sendo ométodo de ensaio determinado na nor-ma IEEE std85[3], a qual atualmente estácancelada.

Page 10: WEG em Revista 03

Atenção é vital

WEG em Revista Mar. - Abr. 2000

10WEG em Revista Mar. - Abr. 2000

11

assistência técnica

M

Vida longa para a lavadoraCuidados básicos na instalaçãoe manutenção evitam problemasnas máquinas de lavar roupas

negócios

Laboratório Elétrico da Weg,onde são feitos testes com

motores e máquinas de lavar

A lavadora utiliza água e é acionada pela energia elétrica; por isso, épreciso ficar atento para que esses dois elementos não entrem em atrito. Ébom lembrar que, por trás daquela carcaça, está o coração: o motor elétri-co.

Os problemas com a manutenção e instalação são responsáveis por grandeparte dos serviços de assistência técnica durante o prazo de garantia damáquina.

Quando o motor elétrico necessitar de rebobinamento, é importante que eleseja feito por profissional autorizado, a fim de evitar novos problemas.

Antes de instalar a máquina de lavar, leia atentamente o manual de instru-ções, observando todos os detalhes. Outra dica é solicitar a visita de umassistente técnico autorizado para fazer os testes e dar explicações maisdetalhadas. O serviço é cobrado, mas este investimento pode evitar futurostranstornos.

Verifique se a instalação elétrica do local não tem fugas ou sofre com que-das e sobrecargas de tensão.

Para evitar riscos de choques elétricos ou curto-circuitos, é preciso fazer ocorreto aterramento da máquina.

Os desníveis do piso podem afetar o bom funcionamento do equipamento.

Nunca utilize a máquina com níveis inferiores ou superiores de água e rou-pas indicados no manual.

Ao perceber qualquer alteração no ruído ou rotação da máquina, desligue-a imediatamente e chame a assistência técnica autorizada.

Em caso de problemas, nunca aceite substituição de peças danificadas porpeças piratas ou recondicionadas.

Trata-se de uma espécie de reserva-tório hidropneumático que estará cons-tantemente pressurizado.

A Ebab tem ainda um canal de cap-tação de água de sete metros de profun-didade e, devido à baixa qualidade dosolo que compõe o terreno, ao alto ní-vel de água e à proximidade com a anti-ga Casa de Bombas, a nova estação foiconstruída com um sistema de conten-ção, com paredes de concreto armadoatirantadas (cortina diafragma).

Projeto e obra

Utilizando modernos recursos daconstrução civil, a obra teve o projetodesenvolvido e gerenciado pela cons-trutora Archel Engenharia, que há 45anos atua nas áreas de construção civil,pavimentação, obras de saneamento,terraplenagem, instalações elétricas, hi-dráulicas e industriais. A empresa de-senvolve soluções em projetos, execu-ção de obras e instalações e, para isso,conta com parceiros como a Weg.

Para o superinten-dente do DMAE, a obrada Ebab teve a seu fa-vor um conjunto de fa-tores positivos, que co-meçou com a contrata-ção de boas empresasterceirizadas e quartei-rizadas, o que nem sem-pre é possível num pro-cesso de licitação. “AArchel é uma empresaséria, que se preocupaem fazer um trabalho deengenharia com quali-dade. E a marca Weg,quando é visualizada, jános dá uma garantia detranqüilidade, pois osseus produtos têm umaimagem de qualidade muito positiva”,comenta.

Na opinião do diretor técnico da Ar-chel, Luiz Fernando Peixoto, a parceriacom a Weg neste projeto foi muito im-portante, principalmente nos aspectosde qualidade, confiabilidade e atendi-mento. “Entendemos também que apossibilidade de oferta de uma grandevariedade de produtos por uma só em-presa é muito relevante, tendo em vista

a simplificação do gerenciamento dofornecimento desde a fabricação, pas-sando pela entrega, até o período de as-sistência técnica pós-venda. Nós somen-te poderíamos contratar uma empresatradicional, confiável e com muitos cli-entes satisfeitos, que é o caso da Weg”,comenta Luiz Fernando Peixoto.

O projeto de construção da novaEbab São João, desde os estudos inici-ais, começou a ser desenvolvido no co-meço da década de 90. “A Weg partici-pou desde o início do processo, compalestras técnicas e auxílio nos estudose propostas iniciais. Foi um trabalho delongo prazo e, na fase de licitação, efe-tivamos a parceria com a Archel”, contaAlceu Guimarães, do Centro de Negó-cios de Automação Weg.

Depois de finalizado o processo delicitação, passaram-se mais de dois anosaté o início das obras. Durante este pe-ríodo, o projeto sofreu melhorias, visan-do a modernização da obra, de acordocom os recursos da informática e auto-mação então disponíveis no mercado.“A filosofia de operação da Ebab foi,

no final, uma definiçãoconjunta entre o DMAE,com seus órgãos de ope-ração, projetos e obras,bem como a Archel e aWeg. Todos os modernosrecursos da automaçãoforam empregados paraproporcionar segurança,economia de energia, fle-xibilidade de operação eagilidade na manuten-ção”, comenta Guima-rães.

Entre os equipamen-tos Weg fornecidos paraa Ebab São João estãotransformadores especi-ais de 2.000/2.500 kVA,motores de média tensão

2.000 cv e 4,16 kV, CCMs e painéiselétricos, controlador lógico programá-vel Weg/Bosch (CLP) de grande porte,microcomputador com software super-visório, ferramenta de programação erede. No pacote também estavam inclu-sos serviços como projeto elétrico e deautomação, software aplicativo, softwa-re supervisório, supervisão de monta-gem, start-up (posta em marcha) e trei-namento.

Marca Weg também está presente nos transformadores

Luiz Fernando (esq.) e Francisco Oliveira

uitos problemasdetectados em máquinasde lavar roupaspoderiam ser evitados se

alguns cuidados básicos fossemtomados com a instalação

e manutenção doequipamento.

Um motor demáquina de lavarnecessita demanutenção só

depois de5 mil horas deuso, o que dá

cerca de 10 anos.“Mas isso se a máquina for instalada eutilizada conforme manda o manual”,ressalta Roberto Carlos Contini, dosetor deAssistênciaTécnica daWegMotores. Omesmocuidado,segundoele, deveser aplicadoàs máquinas de lavarlouça, por tambémutilizarem os elementos água eenergia elétrica.

Motores Weg utilizadosem máquinas de lavar de

diferentes marcas

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Atenção é vital

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assistência técnica

M

Vida longa para a lavadoraCuidados básicos na instalaçãoe manutenção evitam problemasnas máquinas de lavar roupas

negócios

Laboratório Elétrico da Weg,onde são feitos testes com

motores e máquinas de lavar

A lavadora utiliza água e é acionada pela energia elétrica; por isso, épreciso ficar atento para que esses dois elementos não entrem em atrito. Ébom lembrar que, por trás daquela carcaça, está o coração: o motor elétri-co.

Os problemas com a manutenção e instalação são responsáveis por grandeparte dos serviços de assistência técnica durante o prazo de garantia damáquina.

Quando o motor elétrico necessitar de rebobinamento, é importante que eleseja feito por profissional autorizado, a fim de evitar novos problemas.

Antes de instalar a máquina de lavar, leia atentamente o manual de instru-ções, observando todos os detalhes. Outra dica é solicitar a visita de umassistente técnico autorizado para fazer os testes e dar explicações maisdetalhadas. O serviço é cobrado, mas este investimento pode evitar futurostranstornos.

Verifique se a instalação elétrica do local não tem fugas ou sofre com que-das e sobrecargas de tensão.

Para evitar riscos de choques elétricos ou curto-circuitos, é preciso fazer ocorreto aterramento da máquina.

Os desníveis do piso podem afetar o bom funcionamento do equipamento.

Nunca utilize a máquina com níveis inferiores ou superiores de água e rou-pas indicados no manual.

Ao perceber qualquer alteração no ruído ou rotação da máquina, desligue-a imediatamente e chame a assistência técnica autorizada.

Em caso de problemas, nunca aceite substituição de peças danificadas porpeças piratas ou recondicionadas.

Trata-se de uma espécie de reserva-tório hidropneumático que estará cons-tantemente pressurizado.

A Ebab tem ainda um canal de cap-tação de água de sete metros de profun-didade e, devido à baixa qualidade dosolo que compõe o terreno, ao alto ní-vel de água e à proximidade com a anti-ga Casa de Bombas, a nova estação foiconstruída com um sistema de conten-ção, com paredes de concreto armadoatirantadas (cortina diafragma).

Projeto e obra

Utilizando modernos recursos daconstrução civil, a obra teve o projetodesenvolvido e gerenciado pela cons-trutora Archel Engenharia, que há 45anos atua nas áreas de construção civil,pavimentação, obras de saneamento,terraplenagem, instalações elétricas, hi-dráulicas e industriais. A empresa de-senvolve soluções em projetos, execu-ção de obras e instalações e, para isso,conta com parceiros como a Weg.

Para o superinten-dente do DMAE, a obrada Ebab teve a seu fa-vor um conjunto de fa-tores positivos, que co-meçou com a contrata-ção de boas empresasterceirizadas e quartei-rizadas, o que nem sem-pre é possível num pro-cesso de licitação. “AArchel é uma empresaséria, que se preocupaem fazer um trabalho deengenharia com quali-dade. E a marca Weg,quando é visualizada, jános dá uma garantia detranqüilidade, pois osseus produtos têm umaimagem de qualidade muito positiva”,comenta.

Na opinião do diretor técnico da Ar-chel, Luiz Fernando Peixoto, a parceriacom a Weg neste projeto foi muito im-portante, principalmente nos aspectosde qualidade, confiabilidade e atendi-mento. “Entendemos também que apossibilidade de oferta de uma grandevariedade de produtos por uma só em-presa é muito relevante, tendo em vista

a simplificação do gerenciamento dofornecimento desde a fabricação, pas-sando pela entrega, até o período de as-sistência técnica pós-venda. Nós somen-te poderíamos contratar uma empresatradicional, confiável e com muitos cli-entes satisfeitos, que é o caso da Weg”,comenta Luiz Fernando Peixoto.

O projeto de construção da novaEbab São João, desde os estudos inici-ais, começou a ser desenvolvido no co-meço da década de 90. “A Weg partici-pou desde o início do processo, compalestras técnicas e auxílio nos estudose propostas iniciais. Foi um trabalho delongo prazo e, na fase de licitação, efe-tivamos a parceria com a Archel”, contaAlceu Guimarães, do Centro de Negó-cios de Automação Weg.

Depois de finalizado o processo delicitação, passaram-se mais de dois anosaté o início das obras. Durante este pe-ríodo, o projeto sofreu melhorias, visan-do a modernização da obra, de acordocom os recursos da informática e auto-mação então disponíveis no mercado.“A filosofia de operação da Ebab foi,

no final, uma definiçãoconjunta entre o DMAE,com seus órgãos de ope-ração, projetos e obras,bem como a Archel e aWeg. Todos os modernosrecursos da automaçãoforam empregados paraproporcionar segurança,economia de energia, fle-xibilidade de operação eagilidade na manuten-ção”, comenta Guima-rães.

Entre os equipamen-tos Weg fornecidos paraa Ebab São João estãotransformadores especi-ais de 2.000/2.500 kVA,motores de média tensão

2.000 cv e 4,16 kV, CCMs e painéiselétricos, controlador lógico programá-vel Weg/Bosch (CLP) de grande porte,microcomputador com software super-visório, ferramenta de programação erede. No pacote também estavam inclu-sos serviços como projeto elétrico e deautomação, software aplicativo, softwa-re supervisório, supervisão de monta-gem, start-up (posta em marcha) e trei-namento.

Marca Weg também está presente nos transformadores

Luiz Fernando (esq.) e Francisco Oliveira

uitos problemasdetectados em máquinasde lavar roupaspoderiam ser evitados se

alguns cuidados básicos fossemtomados com a instalação

e manutenção doequipamento.

Um motor demáquina de lavarnecessita demanutenção só

depois de5 mil horas deuso, o que dá

cerca de 10 anos.“Mas isso se a máquina for instalada eutilizada conforme manda o manual”,ressalta Roberto Carlos Contini, dosetor deAssistênciaTécnica daWegMotores. Omesmocuidado,segundoele, deveser aplicadoàs máquinas de lavarlouça, por tambémutilizarem os elementos água eenergia elétrica.

Motores Weg utilizadosem máquinas de lavar de

diferentes marcas

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Água pura para Porto Alegre

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WEG em Revista Mar. Abr. - 20009

negóciosmatériatécnica

de Água Bruta São João (Ebab), locali-zada no bairro São João, às margens dorio Guaíba.

A primeira grande estação de trata-mento de água da cidade, a ETA Moi-nhos de Vento, foi construída em 1884e, duas décadas depois, já entrava emfuncionamento a Ebab São João - tam-bém conhecida como Casa de Bombas.

Hoje ela é responsável por captar a águabruta para tratamento na Estação de Tra-tamento de Água São João (fundada em1958).

Com o investimento do DMAE, a es-tação de bombeamento se torna a maiordo estado e a mais moderna e automati-zada do Sul do Brasil, quase duplican-do a capacidade atual de tratamento deágua, que é de 2.300 litros por segun-do, para 4.000 litros por segundo. “Estaé uma obra com horizonte de atendi-mento até 2010”, ressalta FranciscoAntônio Costa de Oliveira, superinten-dente do DMAE.

Iniciada em 1996, a obra foi desen-volvida ao lado da atual Casa de Bom-bas e compreende 4.800 metros quadra-dos, com 30% de construção civil e mais70% de montagem eletromecânica. “Ogrande mérito desta obra é que ela foiexecutada com recursos próprios doDMAE, obtidos com a arrecadação datarifa de água. Em função disso, plane-jamos a obra para ser executada em qua-tro anos, pois seria o período necessá-rio para a captação dos recursos, semnecessidade de nenhum tipo de emprés-timo”, salienta Oliveira. A estaçãoabrange 45 bairros da região Norte dacidade, atendendo mais de 450 mil mo-radores.

Tecnologia

Projetada com a mais avançada tec-nologia disponível, a estação utiliza trêsinversores de média tensão que fazemas três bombas de captação trabalharemna proporção do consumo da água. Nosistema tradicional de bombeamento deágua bruta, o grupo motor-bomba é con-trolado diretamente pelo operador, comvazão de água constante, independen-te do consumo.

Na estação foram instalados três gru-pos de motobombas de 2.000 hp cada,sendo que uma é reserva. A obra com-porta ainda área para a instalação deuma quarta bomba, sem que se faça ne-cessário novas obras civis. A Ebab SãoJoão conta com um sistema automati-zado, com supervisório e controladoreslógicos programáveis (CLPs), respon-sáveis pela automação da obra, além desistema de variação de velocidade e deum grupo gerador de 250 kVA para oscircuitos auxiliares, que entrará em ope-ração no caso da falta de energia elétri-ca.

Para absorver os transientes hidráu-licos da rede depois de uma súbita pa-rada das bombas por falta de energia,foi concebido um sistema de alívio.

À esquerda, vista geral da Estação deBombeamento; acima, os grupos de motobombas

FOTO

S:A

NTÔ

NIO

VA

RGA

S

Aspectos normativosreferentes aos ensaios de ruídoem máquinas girantesadotados pela Weg.

Agnaldo Reus Medeiros Rodrigues, com acolaboração de Leonir Balsanelli e JoséMauro Stringari, Weg

Qualidade sem ruído

ResumoEste trabalho procura dar uma visão

geral das normas nacionais e internaci-onais adotadas pela Weg para a deter-minação dos procedimentos de ensaiode ruído. É feita também uma avaliaçãoda câmara acústica existente na Weg,verificando sua conformidade em rela-ção às normas de ensaio.

IntroduçãoNos últimos anos tem havido uma

preocupação crescente com relação àredução dos níveis de ruído provoca-dos por máquinas e equipamentos, tan-to em ambientes de trabalho industriaiscomo em áreas comerciais e residenci-ais. Buscando atenuar os efeitos que oruído provoca ao organismo humano,foram criadas normas regulamentado-ras nacionais e internacionais que limi-tam os níveis de ruídos de equipamen-tos, máquinas, motores e ambientaispermissíveis, bem como os procedimen-tos adotados para as medições de ní-veis de ruído.

Este trabalho está dividido em trêspartes: primeiramente apresenta as nor-mas que determinam os limites de ní-veis de ruído e os procedimentos deensaios para medições de nível de ruí-do em motores elétricos. Depois sãoapresentados os métodos de determina-ção de níveis de ruído, bem como asdefinições, correções e cálculos citados

pelas normas de procedimentos de en-saio adotados pela Weg. E por último éfeita uma avaliação da câmara acústicada Weg com base nas normas existen-tes.

As normas de ruídoA Weg adota como referência de ní-

veis de ruído os valores contidos nasnormas IEC (International Electrotec-nical Commission), NEMA (NationalElectrical Manufacturers Association) eABNT (Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas). O método de ensaio ado-tado pela Weg é a determinação da po-tência sonora através da medição depressão sonora num campo livre sobreum plano refletor.

A ABNT determina os limites de ní-veis de ruído pela norma NBR 7565[10], a qual é referenciada pela normade especificação de máquinas elétricasNBR 7094 [9], sendo o método de en-saio adotado pela Weg determinado pelanorma NBR 7566 [11].

NBR 7094 NBR 7565 NBR 7566

A IEC determina os limites de ní-veis de ruído pela norma IEC34-9 [2],sendo os métodos de ensaio para má-quinas e equipamentos em geral deter-minados pelas normas ISO3744[4],ISO3745[5] e ISO3746[6], e especifica-mente para máquinas elétricas girantespelas normas ISO1680/1[7] e ISO1680/2[8]. A Weg adota a ISO1680/1 para de-terminação do nível de ruído por sermais precisa do que a ISO1680/2, le-vando em conta as condições do ambi-ente de ensaio.

IEC 34-9

ISO 3744 ISO 1680/1

ISO 3746 ISO 1680/2

ISO 3745

NEMA MC1 part 12 IEEE std 85

Definições utilizadas nasnormas de ensaio

Abaixo são citadas algumas das prin-cipais definições utilizadas pelas nor-mas de ensaio de nível sonoro:Campo livre - Campo de som num meiohomogêneo e isotrópico, livre de limi-tações.Campo livre sobre um plano refletor- Um campo sonoro na presença do pla-no refletor no qual a fonte sonora estálocalizada.Recinto semi-anecóico - Recinto deensaio com piso refletor duro, cujasoutras superfícies absorvem essencial-mente toda a energia sonora incidentesobre a faixa de freqüência de interesse,proporcionando, desta forma, condi-ções de campo livre sobre um plano re-fletor.Nível de pressão sonora superficial(L

p ) - Dez vezes o logaritmo na base 10

da razão do quadrado da pressão sono-ra superficial para o quadrado da pres-são sonora de referência.Nível de potência sonora ( L

w ) - Dez

vezes o logaritmo na base 10 da razãode dada potência sonora pela potênciasonora de referência.Superfície de medição - Superfície hi-potética de área S, que envolve a fontee sobre a qual são localizados os pon-tos de medição.Caixa de referência - Superfície hipo-tética de referência, constituída pelomenor paralelepípedo retangular queenvolve justamente a fonte e terminasobre o plano refletor.Distância de medição - Menor distân-cia da caixa de referência à superfíciede medição.

A NEMA determina os limites deníveis de ruído no capítulo 12 da nor-

ma NEMA MG1-1993[12], sendo ométodo de ensaio determinado na nor-ma IEEE std85[3], a qual atualmente estácancelada.

Page 13: WEG em Revista 03

matériatécnican egócios

WEG em Revista Mar. - Abr. 2000 WEG em Revista Mar. - Abr. 20008 13

EDMAE da capital gaúchainveste R$ 17 milhõespara aumentar a oferta deágua para a população.

la está aí, todos os dias, à dis-posição. Seja para beber, cozi-nhar, lavar ou regar, a água éum dos componentes funda-

mentais da vida. Controlar o abasteci-mento de água para uma cidade comoPorto Alegre, que tem mais de um mi-lhão e trezentos mil habitantes, não étarefa fácil.

Ciente disso, o Departamento Mu-nicipal de Água e Esgoto - DMAE - teminvestido no aumento da capacidadedos equipamentos e qualificação dosmétodos de captação, tratamento e dis-tribuição de água. Um dos mais con-cretos exemplos dessa postura são os17 milhões de reais destinados à am-pliação da Estação de Bombeamento

Água pura para Porto

l1 , l

2 e l

3 são as dimensões da caixa

de referência.d = é a distância de medição, nor-

malmente 1 m.

Determinação do fator de correçãodo ruído de fundo ou ruído ambi-ente (K1)

Os níveis de pressão sonora medi-dos devem ser corrigidos para o ruídoambiente de acordo com a tabela abai-xo:

Diferença do nívelde pressão sonoracom a máquina emfuncionamento emrelação ao ruídoambiente com a má-quina desligada.DB

Correção para sersubtraída do nível depressão sonora medi-do com a máquina emfuncionamentodB

< 66789

10> 10

Medição inválida1,01,01,00,50,50,0

Cálculo do nível de pressão sonorasuperficial (Lp)

Para o nível de pressão sonora pon-derado na escala A, calcula-se um valormédio, L

p, a partir dos níveis de pressão

sonora medidos (e com correção do ru-ído ambiente se necessário) L

pi , utili-

zando-se a seguinte equação:

Ruído de Fundo - É o nível de pressãosonora de cada posição do microfonecom a fonte inoperante.

O ruído de fundo pode incluir con-tribuições do ruído transmitido pelo ar,vibrações transmitidas pelas estruturase ruído elétrico na instrumentação.

Instalação e operação domotor durante o ensaioMontagem da máquina

Deve ser montada na sua posição deoperação normal (verticalmente ou ho-rizontalmente).

Deve-se tomar cuidado para minimi-zar a transmissão e irradiação do ruídoestrutural de todos os elementos demontagem, inclusive a base da máqui-na.

Pode-se minimizar este efeitos, atra-vés da montagem sobre bases elásticaspara máquinas pequenas e da monta-gem sobre condições de base rígida paramáquinas grandes.

Cálculo de níveis depressão sonora usandouma superfície hipotéticade medição

Superfície de referência e superfí-cie de medição

Para facilitar a localização das posi-ções do microfone, é definida uma cai-xa de referência hipotética. Ao definiras dimensões desta caixa de referência ,podem ser desprezados os elementosque dela ressaltem e que não constitu-em radiadores importantes de energiasonora.

Onde:L

p = Nível de pressão sonora super-

ficial, em decibéis, referência: 20 . 10-6

Pascal.L

pi = Nível de pressão sonora ponde-

rado na escala A, resultante da i-ésimoponto de medição, em decibéis, referên-cia: 20 . 10-6 Pascal.

N = número de medições.

Cálculo do nível de potência sono-ra (Lw)

O nível de potência sonora, que ca-racteriza o ruído emitido pela fonte,deve ser calculado pela seguinte equa-ção

Onde:L

w = Nível de potência sonora pon-

derado na escala A, em decibéis,ref.:10-12 Watts.

Lp = Nível de pressão sonora superfi-

cial.K

2 = Valor médio da correção ambi-

ental sobre a superfície de medição, emdecibéis.

S = Área da superfície de medição,em metros quadrados.

S0 = 1m2.

Posições do microfoneA figura 1 prescreve as localizações

de 9 posições-chaves do microfone.Por razões de segurança, a posição

superior (posição nº 9 na figura 1) podeser eliminada, desde que a variação nonível de potência sonora da fonte devi-do a sua exclusão não exceda 1,0 dB.

Determinação do fatorde correção ambiental (K2)

O fator de correção ambiental servepara determinar a presença de influên-cias ambientais indesejáveis, verificaras condições de campo livre e qualifi-car dada superfície de medição para umafonte real sob ensaio de acordo com asnormas.

O fator de correção ambiental podeser desprezado para ambientes internos

Figura 1 – Pontos de medição de nívelde pressão sonora

As posições do microfone situam-sesobre a superfície de medição, de áreaS, que termina sobre o plano refletor.

Para máquinas elétricas girantes, asuperfície de medição consiste de umparalelepípedo retangular com os ladosparalelos aos lados da caixa de referên-cia, espaçados de uma distância d que édistância de medição (ver figura 1).

A distância de medição deve ser nomínimo 0,25 m até 1 m, sendo este últi-mo valor o preferencial.

A área S da superfície de medição édada pela equação:

S = 4 (ab + bc + ca)

Page 14: WEG em Revista 03

WEG em Revista Mar. - Abr. 200014

WEG em Revista Mar. - Abr. 20007

O stress, jogando a favorentrevista

Cardiologista explica adiferença entre “bom stress”e “mau stress”, e garanteque, bem controlada, apressão pode ser utilizada afavor do indivíduo.

matériatécnica

“Quando não houver uma lutaa enfrentar, relaxe! O exercício

físico é uma ótima opçao.”

Tales de Carvalho é médico especializado emCardiologia e Medicina do Esporte. PresidenteEleito da Sociedade Brasileira de Medicina doEsporte. Membro do Comitê Técnico Científico(Atividade Física e Saúde) do Ministério daSaúde. Médico e diretor técnico da ClínicaCardiosport, em Florianópolis - SC

Stress é sempre ruim?Tales de Carvalho - Não. O stress cor-

responde às modificações do organis-mo para enfrentar “uma luta”. Sem ostress não haveria energia para que ven-cêssemos os obstáculos com que nos de-paramos. O stress, na medida certa, é algodesejável. Pode ser denominado de“bom stress”. O problema decorre dostress não canalizado, acumulado, nãoutilizado na “boa luta”. O “mau stress”.

O stress não controlado sempreleva à depressão?

Tales - Nem sempre, embora estejacom certa freqüência relacionado a estasituação.

Que males físicos podem ser asso-ciados ao stress?

Tales - O “mau stress” tende a setransformar em males físicos. Os órgãosde choque variam.Pode ser um pro-blema na esfera di-gestiva, como gas-trite, úlcera de es-tômago e duode-no, ou distúrbiosintestinais, comodiarréia, obstipação etc. Em outros podeser um problema que se manifesta napele.

Em muitos uma doença cardiocircu-latória: hipertensão arterial, distúrbiosdo ritmo cardíaco, infarto do miocár-dio, acidente vascular cerebral. Enfim,são várias formas do “mau stress” semanifestar, pois além das já citadas exis-tem outras

O que aciona estes males?Tales - O gatilho para o surgimento

dos principais eventos - infarto do mio-cárdio e morte súbita, decorrentes dadoença das coronárias, o problema desaúde número 1 do mundo ocidental -em geral é acionado pelo stress descon-trolado. Trata-se apenas um dos inúme-

ros dados que mostram a importânciade aprender a domar o stress. Envelhe-cer com saúde, no tempo certo, tem aver com o aprimoramento desta capaci-dade de domar a pressão, tornando-a um“bom stress”.

Como diminuir os efeitos do stressno trabalho?

Tales - Permanecer gostando de umtrabalho do qual já se goste desde o iní-cio. Aprender a gostar do trabalho quese exerce, de modo a sentir prazer quan-do trabalha. Afastando-se do trabalho,quando não vislumbrar nenhuma pos-sibilidade de vir a gostar dele. Aprovei-tar os períodos de folga, de modo a re-carregar a bateria, sempre que as opor-tunidades surgirem. Estas são algumasdas maneiras de não “descompensar”,de não sucumbir ao “mau stress” no tra-balho.

Como não le-vá-lo para casa?

Tales - Sabendoligar e desligar ointerruptor. Apren-da a se utilizar detécnicas que oti-

mizem a capacidade de relaxar. Outradas maneiras mais efetivas é a obtençãodos efeitos ansiolítico e antidepressivodecorrentes do exercício físico leve amoderado, regularmente realizado.

Como fazer para que o stress atuea favor do indivíduo?

Tales - Controlando-o, produzindo-o e liberando-o quando a situação exi-gir. Observe o atleta se aquecendo paraa competição, mentalizando a situaçãoa enfrentar e se programando para libe-rar o stress que se acumula no momentocerto. Relaxando, poupando energia erecarregando a “bateria”, nos momen-tos em que for possível. Faça algo se-melhante em relação ao seu trabalho.

DIV

ULG

ÃO

que são câmaras anecóicas e semi-ane-cóicas que atendam os requisitos danorma ISO 3745[4].

A avaliação das influências ambien-tais é feita escolhendo-se um dos doisensaios de qualificação do ambienteacústico:

O primeiro ensaio de qualificação, oensaio de comparação absoluta, é exe-cutado com uma fonte sonora de refe-rência.

O segundo ensaio de qualificação, oensaio de reverberação, poderá ser uti-lizado se a fonte sob ensaio não puderser deslocada e for de grandes propor-ções.

A qualificação de campo livre é feitapelo ensaio de reverberação.

Critérios para projetode uma câmara acústica

Para que um recinto de teste tenha ascondições de campo livre, deve ter:l Volume adequado (preferivelmente200 vezes maior que o volume da fontesonora).l Grande absorção sonora sobre a fai-xa de freqüência de interesse.l Ausência de superfícies refletorasacusticamente e outros obstáculos quese associem com a fonte sonora sob tes-te. Objetos que causam reflexões e es-tão situados dentro do recinto de testedevem ser isolados com material absor-vente acústico, para evitar ressonânci-as (ex.: canos, braçadeiras, telas, ferra-gens, cabos, suportes etc.).l Ruído de fundo baixo.l Plano refletor não deve ser menor quea projeção da superfície de mediçãosobre o mesmo.l Pode-se usar como planos refletorespisos de concreto, asfalto, assoalho demadeira ou piso ladrilhado.l Coeficiente de absorção do plano re-fletor deve ser inferior a 0,06 para a nor-ma NBR7566 e inferior a 0,1 para nor-mas ISO sobre a faixa de freqüência deinteresse.l Fator de correção ambiental, K

2, deve

estar entre –2 dB e + 2 dB .

Qualificação da câmaraacústica existente na Weg(Laboratório Elétrico I)

A Weg possui uma câmara acústica

Conclusões Através deste trabalho verificou-se

os procedimentos adotados pela Weg,de acordo com as normas de ensaios vi-gentes, para a realização dos ensaios demedição de nível sonoros e os cálculosutilizados para a obtenção dos níveisde pressão sonora e potência sonora.

Foi feita também uma avaliação dacâmara acústica existente na Weg, econclui-se que:l Pode-se ensaiar motores até a carca-ça 315, sem correções ambientais.l Para motores da carcaça 355 é neces-sário somar ao nível de pressão sonorao fator de correção ambiental K=0,4.l Podem ser ensaiados na câmara acús-tica motores que possuam nível de pres-são sonora maior do que 31 dB(A), casocontrário o ensaio é considerado invá-lido, pois a diferença do nível de pres-são sonora medido e o nível de pressãosonora de fundo é menor do que 6dB(A), não atendendo os requisitos danorma.

Referências[1] IEC 34-1, “Rotation electrical machi-nes – Rotating and performance”, Inter-national Electrotechnical Commission –IEC, 1996.

[2] IEC 34-9, “Rotation electrical machi-nes – Noise limits”, International Elec-trotechnical Commission – IEC, 1990.

[3] IEEE std85 , “Test procedure for air-borne sound measurements on rotatingeletric machinery”, Institute of Electricaland Electronic Engineers – IEEE, 1973.

[4] ISO 3744, “Acoustics – Determinati-on of sound power levels of noise sour-ces using sound pressure – Engineeringmethods in na essentially free fiels over areflecting plane”, International Organi-zation for Standardization – ISO, 1994.

[5] ISO 3745, “Acoustics – Determinati-on of sound power levels of noise sour-ces – Precision methods for anechoicand semi-anechoic rooms”, InternationalOrganization for Standardization – ISO,1977.

[6] ISO 3746, “Acoustics – Determinati-on of sound power levels of noise sour-ces using sound pressure – Survey me-thods using an enveloping measurementsurface over a reflecting plane”, Interna-tional Organization for Standardization– ISO, 1995

[7] ISO 1680/1, “Test code for the mea-surement of airborne noise emitted byrotating electrical machinery – Part 1: En-gineering method for free-field conditi-ons over a refleting plane”, InternationalOrganization for Standardization – ISO,1986

[8] ISO 1680/2, “Test code for the mea-surement of airborne noise emitted byrotating electrical machinery – Part 2:Survey method”, International Organi-zation for Standardization – ISO, 1986

[9] NBR 7094, “Máquinas elétricas gi-rantes – Motor de Indução – Especifica-ção”, Associação Brasileira de NormasTécnicas – ABNT, 1996.

[10] NBR 7565, “Máquinas elétricas gi-rantes – Limites de Ruído”, AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas – ABNT,1992

[11] NBR 7566, “Máquinas elétricas gi-rantes – Nível do ruído transmitido atra-vés do ar – Método de medição numcampo livre sobre um plano refletor”, As-sociação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT, 1982.

[12]NEMA Standarts Publication Nº MG1-1998, “Motors and generators”, Natio-nal Electrical Manufacturers Association– NEMA, 1993.

semi-anecóica com um volume de 75m3 (5 x 5 x 3 m) e 110 m2 de área super-ficial, sendo composta de paredes detijolos maciços de 25 cm de espessura erevestida internamente com colchões delã de vidro e revestimento superficialcom carpete. O piso é feito com taco demadeira, atendo os requisitos de nor-ma. São ensaiados atualmente nesta câ-mara todos os tipos de motores fabrica-dos pela Weg Motores, ou seja, desdemotores para lava-roupa até motores dacarcaça 355.

Para motores da carcaça 355, foi rea-lizado o ensaio de comparação absolu-ta, onde usou-se como fonte sonora dereferência um motor da carcaça 100Lcom nível de potência sonora de 65,82dB(A). O nível de potência sonora cal-culado usando a superfície de mediçãodo motor da carcaça 355 foi de 65,42dB(A), assim sendo , o fator de correçãoambiental será K= -0,4 dB(A) .

Portanto os valores de nível de pres-são sonora medidos para os motores dacarcaça 355 devem ser acrescidos de 0,4dB(A).

Foi realizado também ensaio de ní-vel de ruído de fundo da câmara acústi-ca, sendo que o nível de pressão sonoramedido ficou em torno de 26,0 dB(A).

Page 15: WEG em Revista 03

A serviço do homem

Do portão eletrônico ao elevador, docondicionador à máquina de lavar, mui-tas são as máquinas e dispositivos quetrabalham, quase como escravos eletrô-nicos, a serviço do bem-estar, economi-zando tempo e contribuindo para me-lhorar a qualidade de vida.

Pensar em toda essa tecnologia, a fimde aplicá-la a serviço do homem, é amissão dos engenheiros e profissionaisde pesquisa e desenvolvimento de pro-dutos, como Newton Gama Jr., que tra-balha nesta área há cerca de duas déca-das. “Há 20 anos a convergência nãoera voltada ao cliente, mas desde 1985começamos a focar nosso trabalho noshábitos e atitudes do consumidor. Co-meçamos então a desenvolver produtospara otimizar o tempo, dando mais co-modidade”, explica.

Em muitas fabricantes de eletrodo-mésticos e eletroeletrônicos, o levanta-mento de informações junto aos consu-midores extrapola as pesquisas de opi-nião, passando a uma verdadeira inves-tigação de hábitos e necessidades. Umbom exemplo disso é o recurso usado

WEG em Revista Mar. - Abr. 2000 WEG em Revista Mar. - Abr. 20006 15

especial

Para a consultora Leila Na-varro, se qualidade de vidaimplica em satisfação, prazer,saúde, realização e plenitude,nem sempre é isso que encon-tramos ao nosso redor. Nãobasta ter uma série de máqui-nas trabalhando, se o tempoganho não é utilizado para fa-zer coisas que proporcionamprazer e realização.

A grande questão é quenossas necessidades mudamcom a rapidez do relâmpago.Como acompanhar essas mu-danças e manter a qualidadede vida?

Um dos segredos é saberexplorar as facilidades pro-porcionadas pela tecnologiae aplicar cada minuto poupa-do no lazer e na vida em fa-mília. “A internet tem mepoupado um tempo que an-tes eu perdia indo ao banco.Já em relação às compras online, confesso que ainda souum pouco conservadora. Massei que é uma coisa que vai mudarlogo”, acredita Gisele.

Realmente, é bem provável que embreve ela se torne um do mais de 120mil clientes cadastrados no Pão de Açú-car Delivery, o primeiro supermercadovirtual do país.

por fabricantes da linha bran-ca, que mantêm em suas uni-dades laboratórios de verifi-cação de uso (CVL), ambien-tes criados para parecer umacozinha ou lavanderia, ondesão realizados testes com do-nas-de-casa. Outra experiên-cia envolve a instalação deuma câmera de vídeo na co-zinha ou na lavanderia deuma residência, com o con-sentimento da família, parapresenciar cenas do cotidia-no que implicam em reflexosno uso do produto. Nessaspesquisas se analisa a formacomo a pessoa guarda os ali-mentos ou como coloca aroupa para lavar. As informa-ções coletadas são analisadase repassadas à equipe de de-senvolvimento de produto.

Com base nestas ex-periências produtos são lan-çados, seguindo as tendênci-as do mercado global, masatendendo algumas das ne-

cessidades exclusivas do consumidorbrasileiro. Hoje, já se encontra à vendanas lojas de eletrodomésticos um con-dicionador de ar tipo “fuzzy logic”, comautoprogramação baseada em fatorescomo temperatura exterior e número depessoas que estão no ambiente.

Eventos como a Feira de UtilidadesDomésticas, a UD, mostram, a cada ano,como o cotidiano vai ficando mais emais “fuzzy logic”. Botões, teclas e sen-sores substituem braços e pernas, dei-xando mais tempo disponível para queas pessoas busquem uma melhor quali-dade de vida.

Gisele quer ficar o menortempo possível na cozinha Eletrônica facilitando a vida

comunidade

FDignidade depois dos 65Lar das Flores mostracomo é possível abrigarpessoas idosas, com dignidadee qualidade de vida.

O complexoconta com jardim,horta e área verde

oi em 1997 que Maria Nasci-mento Corrêa, 73 anos, tomouuma importante decisão. Elaescolheu como sua nova casa o

Lar das Flores, uma instituição sediadano Centro de Jaraguá do Sul (SC), quehospeda pessoas com idade acima de65 anos. “Tenho muitas amizades aqui.E o bom é que existe privacidade. Agente não é muito de ir uma na casa daoutra”, conta ela, satisfeita.

A expressão “casa” é usada com na-turalidade por muitos hóspedes pois, naverdade, nos apartamentos encontramosmóveis e objetos de decoração compra-dos pelos próprios hóspedes, ou trazi-dos de suas antigas residências.

Do sonho à realidade

Fundado em 1990, o Lar das Floresconta com uma equipe de 18 funcioná-rios e ocupa um prédio de 4.850 m2 deárea construída, divididos em 60 apar-tamentos, oito áreas de lazer, cozinha,refeitório, capela, oficina, área adminis-trativa, biblioteca (com livros em por-tuguês e alemão), ambulatório e enfer-maria.

O projeto de criação do Lar surgiuna própria comunidade, que sentiu a ne-cessidade de ter um espaço para os ido-sos da região. Da concepção à constru-

ção, uma longa jornada foi percorridapelos idealizadores, na busca da recur-sos para realização da obra. Pessoas eempresas da região uniram esforços e,de tijolo em tijolo, o sonho foi se tor-nando realidade.

“Este é um espaço para as pessoasviverem em liberdade. Aqui não há so-lidão, os hóspedes fazem novos amigos,namoram e até se casam. Não há horáriopara entrar e sair, nem para receber visi-ta”, conta Moacyr Sens, presidente doLar das Flores e um dos idealizadoresdo projeto. Assim como ele, que é dire-tor superintendente da Weg Motores, osantecessores na presidência da institui-ção eram empresários da cidade, quedividiam o tempo entre o Lar e as ativi-dades profissionais.

Com um custo de manutenção anualvariando em torno de R$ 320 mil, o Lardas Flores conta com o apoio perma-nente da comunidade, que contribui devárias formas, seja com a prestação deserviços, doações de móveis e alimen-tos, ou com quantias em dinheiro que,somadas ao valor arrecadado com asmensalidades e com uma verba munici-pal, garantem a qualidade de vida doshóspedes.

Bendi tosfrutos

Dos atuais 56hóspedes do Lardas Flores, ape-nas quatro sãohomens. Entre eles está o ex-alfaiate dedescendência checa Silvestre Cisz, quehá quatro anos reside no local. Aos 78anos de idade, Silvestre afirma estar fe-liz, pois no Lar mantém sua individua-lidade. “Quando fiquei viúvo, resolvivir para cá. Aqui se come, dorme e, comogosto de caminhar, posso entrar e sairna hora que quero”. Sobre o fato de con-viver com mais de 50 mulheres, ele iro-niza: “A gente tem que agüentar”.

Dona Maria, viúva e mãe de11 filhos, sente-se à vontade

em seu apartamento, ondeocupa parte do tempo com

trabalhos manuais e assistindoaos jogos na TV: “Sou

palmeirense, mas gosto deassistir todo tipo de jogo, seja

basquete, vôlei ou futebol”.

Cadê a tecnologia? Em casa, fazendo o serviço pesadoFO

TOS:

FLÁ

VIO

UET

A

Page 16: WEG em Revista 03

WEG em Revista Mar. - Abr. 200016

WEG em Revista Mar. - Abr. 20005

especialnotícias

FDois pés na ArgentinaAlém de uma filial de vendas,Weg tem agora uma fábricade motores elétricos paraeletrodomésticos na Argentina

Pedra e botão

Passados 500 anos, ainda pode-se en-contrar mulheres, no interior do país, àsmargens dos rios, lavando roupas naspedras, como faziam aquelas que aju-daram a colonizar o Brasil, e depois asescravas. Enquanto isso, em algum lu-

gar do planeta, outras mulheres, com umsimples toque de botão, acionam umalavadora de roupas inteligente (os cha-mados produtos “fuzzy logic”), em quea própria máquina analisa o volume e otipo de tecido e se autoprograma, comas dosagens corretas de água, sabão eamaciante, além de temperatura da água,

velocidade e tempo de lavação.É um mundo cheio de contrastes,

mesmo! Num lugar, pessoas cultivandohábitos seculares, em outro, a tecnolo-gia incorporada à rotina. É o caso dadona-de-casa e empresária Gisele Reik-dal Kallaur, 33 anos. “Eu quero ficar omenor tempo possível na cozinha. Que-ro ter tempo livre para mim, para sair,ler, passear e curtir minha família”, ex-plica.

Mãe de um casal de filhos, com 4 e 7anos, Gisele divide o tempo com a edu-cação das crianças, o gerenciamento dacasa e de uma loja de confecção, e usatodos os artifícios tecnológicos para ga-nhar tempo e reduzir o desgaste físico.“Eu nem penso mais nestes aparelhos,porque eles já fazem parte do dia-a-dia.Hoje não se varre mais a casa, se aspirao pó. O microondas e o condicionadorde ar são outra comodidade, assim comoas máquinas de lavar, que fazem todo otrabalho pesado sozinhas. Muitas des-sas coisas nem seriam uma necessida-de, mas acabam virando, porque ajudama gente a ter melhor qualidade de vida.”

Necessidades atendidas

A expressão “qualidade de vida” foiempregada pela primeira vez pelo pre-sidente norte-americano Lyndon John-son, em 1964, ao declarar que “os obje-tivos não podem ser medidos atravésdo balanço dos bancos. Eles só podemser medidos através da qualidade devida que proporcionam às pessoas”.

É! Há quase quatro décadas ouvimosfalar dessa tal “qualidade de vida”, masnem sempre é fácil aplicar, ou mesmoentender, os conceitos embutidos nessaexpressão. Para muitos pesquisadores,a definição de qualidade de vida é indi-vidual e depende das carências de cadapessoa. Portanto, você pode considerarideal o seu nível de qualidade de vidaquando considerar atendidas as suas ne-cessidades, desde as fisiológicas até asemocionais e sociais.

Da beira do rio à máquinasupermoderna, o avanço daqualidade de vida

luciona e facilita

ortalecer a marca Weg no Mer-cosul e ampliar a participaçãono mercado de motores elétri-cos para lavadoras e secadoras

de roupa foram os principais motivosque levaram a Weg a adquirir o contro-le da Morbe, fabricante de motores paralinha branca da Argentina. Situada nacidade de Córdoba, a Morbe é a primei-ra operação industrial da Weg fora doBrasil (a empresa tem 11 filiais de ven-das na Argentina, Estados Unidos, Eu-ropa, Japão e Austrália).

Líder latino-americana na produçãode motores elétricos, a Weg pretende,

ainda neste ano, ampliar a ofertade motores de eletrodomés-

ticos, de 3 milhões para 6 milhões deunidades - a planta argentina será res-ponsável por 700 mil motores/ano, en-quanto uma nova unidade, em Jaraguádo Sul, somará outros 2 milhões. A pro-dução das duas nova fábricas vai jun-tar-se à da unidade de Guarulhos (SP),que já fabrica motores para eletrodo-mésticos.

A Morbe é uma companhia de capi-tal fechado, que pertencia ao grupo fa-miliar Morchio. A previsão é de que aunidade fature entre 5 milhões e 6 mi-lhões de dólares neste ano, elevando ofaturamento da Weg na Argentina paraperto de US$ 17 milhões. O presidenteexecutivo da Weg, Décio da Silva, ex-plica que a Morbe, “mesmo sendo umafábrica pequena dentro do nosso negó-cio, terá importância fundamental paramelhorar a nossa logística de distribui-ção para o segmento de eletrodomésti-cos”. Prioritariamente, diz Décio, aMorbe vai trabalhar para os mercadosargentino e do Mercosul, provavelmen-te com a marca Weg.

Global

Até 1999, a estratégia da Weg para osegmento de eletrodomésticos tinhauma orientação local. Agora, a inten-ção é ampliar a produção, buscando ahabilitação para ser fornecedor globaldessa linha. “A mudança de foco decor-re de uma necessidade de mercado”,explica Décio da Silva, acrescentandoque a Weg vai promover uma mudançaadministrativa na linha de eletrodomés-tico, para se adaptar à nova forma deatuar no setor. Os negócios e a gestãodas três unidades produtoras de moto-res para eletrodomésticos serão centra-lizados numa estrutura de administra-ção no Brasil.

Com a ampliação de produção, anova linha de motores para eletrodo-mésticos deverá representar cerca de R$123 milhões no faturamento da Wegpara 2000 - para um total estimado deR$ 1 bilhão.

NOVA FÁBRICA

A Weg está investindo US$ 30 milhões na construção da mais modernafábrica brasileira de motores para máquinas de lavar roupa, com capaci-dade para produzir 2 milhões de motores/ano. A nova fábrica, em Jaraguádo Sul, entra em atividade ainda no primeiro semestre e vai incrementar aparticipação da empresa no mercado internacional, além de disponibili-zar um produto tecnologicamente moderno, aliado aos mais altos padrõesde qualidade.

WEG - MORBECórdoba - ArgentinaProdução: 700 mil

UNIDADE GUARULHOSSão Paulo - BrasilProdução: 3 milhõesmotores/ano

MATRIZWEGJaraguá do Sul - SC - BrasilProdução: 2 milhões

WEG EQUIPAMIENTOS ELECTRICOS S.A.San Francisco e Buenos Aires - Argentina

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WEG em Revista Mar. - Abr. 2000 WEG em Revista Mar. - Abr. 20004 17

especial notíciasVeterana em HannoverQualidade de vida é a meta

de todas as pessoas, quedesejam viver mais e melhor.Para atingir esse objetivo, atecnologia coloca à disposiçãoos mais modernosequipamentos, visandofacilitar as tarefas cotidianas.

o completar - oficialmente -500 anos de descobrimento,o Brasil mostra o vigor carac-terístico da maioridade, jun-

tamente com uma personalidade con-traditória própria da adolescência. Nor-mais numa pessoa, estes paradoxos pa-recem estranhos para uma nação quehoje ultrapassa os 135 milhões de habi-tantes.

Nestes cinco séculos, grandes mu-danças marcam as páginas da história,entre elas as transformações no “modusvivendi” brasileiro, seu jeito de morar.Nas primeiras décadas do período colo-nial, quase um terço do espaço da resi-dência era destinado à cozinha, repletade utensílios rudimentares, gamelas,tachos, moringas, panelas de ferro, fras-cos, prateleiras e fogões a lenha, comocontam Francisco Salvador Veríssimo eWilliam Seba Mallmann Bittar, autoresdo livro “500 Anos da Casa no Brasil -As Transformações da Arquitetura e daUtilização do Espaço de Moradia”(1999, Ediouro).

Assim como a cozinha, outro espaçode incrível importância nas antigas mo-radias era a área de serviço, ou “quin-tal”. Localizado no fundo da casa, oquintal abrigava horta, chiqueiro e ga-linheiro juntos, além de “generoso es-paço para o trabalho escravo de lavar equarar roupas em amplos gramados”.Como água encanada era um luxo, ocomum era se lavar roupas em bacias,com água transportada de riachos oupoços, ou às margens dos próprios rios.

A revolução tecnológica dos lares

brasileiros começa na década de 40, coma incorporação das geladeiras importa-das - logo substituídas pelas nacio-nais -, verdadeira sensação do mercado,oferecendo delícias como água gelada,sobremesas, frutas e verduras frescas.Outra maravilha são as máquinas de la-var e secar que, mesmo num formato

A tecnologia revo

A

VIVER BEM É O QUE IMPORTA

simplificado, reduzem drasticamente otrabalho das donas-de-casa. Já na déca-da de 60, a grande estrela passa a ser ocondicionador de ar - luxo de poucosno início, mas que começa a se popula-rizar principalmente no final dos anos80, proporcionando maior comodida-de ao ambiente familiar.

Um certificado foi concedido à Wegpela 20ª participação na Feira de Han-nover. Com ênfase na eficiência, a Wegvai à Feira deste ano, de 20 a 25 de abril,buscando um aumento de 35% nas ven-das ao exterior. A meta é atingir US$160 milhões em 2000, contra os US$120 milhões do ano passado. Maior pre-sença catarinense em Hannover, a Wegaposta em novos produtos na sua varia-da linha de motores para uso geral. Acarcaça de alumínio para motores de até10 cv é um dos carros-chefes, ao ladodos conversores de freqüência maiscompactos, do motor preparado paraadaptação de freio especial de seguran-ça e da carcaça 315, que estréia no mer-cado com melhoria geral nos motoresde potência de 200 a 500 cv, mais com-pacta e com melhor dissipação térmica.

Um investimento superior a R$ 500 mil foi aplicado na novaestação de tratamento de efluentes da Weg Química, em Guarami-rim (SC). O sistema adotado na estação compreende uma fase detratamento físico-químico, seguida de uma fase biológica. A au-tomatização, desenvolvida pela Weg Automação, compreende umaestação de supervisão e controle baseada num microcomputadore um controlador lógico programável Weg/Bosch CL 200. Atra-vés de telas gráficas desta estação, o operador recebe informaçõesdo estado das variáveis e equipamentos e pode interagir no pro-cesso. O efluente final, tratado dentro dos padrões exigidos pelalegislação, é parcialmente reutilizado na limpeza da fábrica.

A Weg foi a grande vencedo-ra do Prêmio Qualidade 2000,promovido pela revista Eletri-cidade Moderna para destacaras marcas que são sinônimo dequalidade na opinião dos pro-fissionais do setor. Além de con-quistar as primeiras colocaçõesem diversas categorias, a Wegarrebatou o Prêmio Melhor De-sempenho Global, por ter alcan-çado o resultado de 94,3% depreferência em Motores de In-dução BT.

Quem acessar o site da Weg,www.weg.com.br, poderá ler os úl-timos números de Weg em Revista(em PDF), além de ter acesso aosmanuais e catálogos de produtos(também em PDF), na seção “Bibli-oteca”. Outro destaque é o calen-dário de cursos para clientes, nascidades de São Paulo, Blumenau,Guaramirim e Jaraguá do Sul.

A C. O. Müller, revenda integradaWeg em Curitiba (PR), promoveu no dia15 de março um seminário técnico, apre-sentando características de produtos eserviços Weg a seus clientes. O seminá-rio, aberto por Ernesto Suhr, diretor daC. O. Müller, contou com a participa-ção de 68 pessoas, representando cercade 30 clientes da revenda. As palestrasforam dadas por pessoal das empresasWeg.

Estande da Weg fica nopavilhão 11, num dos pontosmais concorridos da Feira

O novo engenheiro

Integrando o cliente

MUNDO VIRTUAL

Em favor do ambiente

Capacidade de tratamento é de 7,5 m3/hora

A Escola Federal de Engenharia deItajubá (MG) promoveu, em fevereiro,a 1ª Semana de Engenharia 2000. Umdos convidados foi Hilton Faria, geren-te de RH da Weg, que falou sobre o per-fil do novo engenheiro, enfocando a ne-cessidade de o profissional expandirsua performance: “O engenheiro temque parar de pensar que seu negócio ésomente fazer projetos, e ficar mais aten-to às mudanças que o cercam”.

A melhor do setor

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Walter Janssen Neto (esq.) e RicardoBartsch (dir.), diretores da Weg, recebemo troféu do diretor da editora Aranda,Edgard da Cunha

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editorial

WEG em Revista Mar. - Abr. 2000 WEG em Revista Mar. - Abr. 2000

expediente

índice

Weg em Revista é uma publicação da Weg. Av. Pref. Waldemar Grubba, 3300, caixa postal 420,telefone (47) 372-4000, CEP 89256-900, Jaraguá do Sul - SC. Home page: www.weg.com.br. Linhadireta: [email protected]. Conselho Editorial: Walter Janssen Neto (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalista responsável), Edson Ewald. Edição e produção:EDM Logos Comunicação, telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

A tecnologia aserviço da vida 4

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18 3

“É“L

Como conviver- bem - com o stress

Mais água purapara Porto Alegre

Lavadora bem instaladafunciona melhor

Viver melhor,com qualidade

15Um lar para ser feliz,após os 65

16Weg compra fábricana Argentina

Integração e respeito fazemcom que a Weg mantenhauma relação interativa comas comunidades ondemantém suas unidades.

Ilhas de prosperidadeartigo

Moacyr SensDiretor Técnico da WegDiretor Superintendenteda Weg Motores

A integração trazcredibilidade,

admiração e uma boaimagem para a

empresa

ava a roupa todo dia... que agonia...” Aletra de Luís Melodia, em canção dos anos70, hoje tem duas leituras. De um lado, emcomunidades dos mais distantes e isolados

rincões brasileiros, ainda é possível ver mulheres la-vando roupa na beira do rio, numa verdadeira agonia.Em outro extremo, máquinas modernísimas só lavam aroupa depois de analisar o volume e o tipo de tecido;elas, então, se autoprogramam, com as dosagens cor-retas de água, sabão e amaciante, além de temperatu-ra da água, velocidade e tempo de lavação. É a tecno-logia “fuzzy logic”, em que a própria máquina define aoperação mais adequada, depois de analisar todas ascircunstâncias. Da beira do rio à moderníssima máqui-na automática, a qualidade de vida dá um salto tre-mendo, apoiada em tecnologias que se atualizam cons-tantemente.

É também em busca de mais qualidade de vida quea Prefeitura de Porto Alegre investiu 17 milhões de re-ais na ampliação da Estação de Bombeamento de ÁguaBruta São João (EBAB), localizada no bairro São João,às margens do Guaíba. Moderna, a estação vai garan-tir água em quantidade e qualidade para o cidadãoporto-alegrense.

Estes são exemplos de como a tecnologia age embenefício de uma vida melhor e mais longa, automati-zando tarefas e proporcionando tempo a ser utilizadoem atividades que tragam uma compensação às atri-bulações do dia-a-dia.

Correção - É HPB - High Pressure Boi-lers - Engenharia e Equipamentos, e nãoHPP, o nome da empresa participante doconsórcio que atende à Terranova Brasil (edi-ção nº 2, páginas 8 a 10). A HPB foi aresponsável global pelo projeto de Engenha-ria Básica Aplicada e Gerenciamento doProjeto da Central Termoelétrica, bem comopela Tecnologia e Projeto Executivo do Sis-tema de Geração de Vapor.

uma ilha senhor! Não hámoral em uma ilha.”

Oswald de Andradefoi o mais polêmico dos

intelectuais modernistas, com uma obraque mostrava, já na década de 20, mui-to antes de se falar em mundo globali-zado, uma preocupação com a política,a economia e a cultura do Brasil e doresto do planeta. Num conto publicadono jornal O Estado de S. Paulo em 1943,Oswald parte da afirmação acima, feitapor um velho barqueiro que o levava aCapri, para analisar com seu estilo inci-sivo o comportamento diferenciado depaíses isolados geograficamente, comoa Inglaterra e o Japão.

Empresas também podem virar ilhas,isoladas do mundo exterior por falta departicipação na co-munidade.

Na Weg temos oprazer de manter umaparceria muito próxi-ma com as cidadesonde estamos presen-tes, especialmente emnossa sede, Jaraguádo Sul. A lista de rea-lizações comunitári-as é extensa. No Centro Cultural, comespaço para oficinas de arte e um teatropara 900 espectadores, e que está emfase de acabamento, a Weg já investiumais de 1 milhão de reais. Fora a parti-cipação efetiva - e aqui eu peço a licen-ça para orgulhosamente me incluir - demembros da diretoria na comissão for-mada para gerir a construção desta obraque vai colocar a cidade na rota dosgrandes espetáculos.

Várias entidades contam com nossaparticipação, seja de forma financeiraou humana: Lar das Flores (ver matériana página 15), Fundo para Infância eAdolescência (FIA), Apae, Corpo deBombeiros, AMA, Conselho Municipalde Assistência Social, Sociedade Cul-

tura Artística (SCAR) e tantas outras.Temos o Centroweg, que forma pro-

fissionais e dá emprego a mais de 80jovens por ano. Produzimos um progra-ma de rádio diário com matérias sobresaúde, educação, meio ambiente, segu-rança e qualidade de vida. Nosso jornaldirigido para os colaboradores trata des-ses mesmos assuntos, ao invés de ape-nas dar as notícias internas da Weg.

O que tudo isso traz de resultados?Respeito, credibilidade, admiração euma boa imagem. Parece uma ótima es-tratégia de marketing. Mas não é só isso.A intenção de participar da comunida-de não deve ser só a de explorar a ima-gem de uma empresa cidadã, mas de efe-tivamente contribuir para a melhoria daqualidade de vida das pessoas.

A empresa que deixade ser uma ilha, para in-vestir nas pessoas dolado de fora, tem resul-tados mais positivosque seus concorrentes.A empresa que deixa deser uma ilha passa a termoral. Passa a ter a ale-gria não só de agir, mastambém de interagir.

Em grande parte por causa de empre-sas que seguiram o exemplo da Weg, etambém estão investindo no bem-estarde sua população, Jaraguá do Sul hojeé uma ilha. Mas uma Ilha de Prosperi-dade, com um índice de qualidade devida acima da média nacional.Se todas as empresas do Brasil que ain-da estão ilhadas resolverem construirpontes, o país passará a ter uma rede deatuação na área social que o levará aeliminar uma série de empecilhos paraseu desenvolvimento. Felizmente issojá está ocorrendo. No futuro, outras ci-dades vão atingir o mesmo nível de de-senvolvimento de Jaraguá do Sul. Queeste futuro esteja cada vez mais próxi-mo.

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