weg em revista 45

20

Upload: weg-sa

Post on 12-Mar-2016

232 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Desenvolvimento sustentável

TRANSCRIPT

Page 1: WEG em Revista 45
Page 2: WEG em Revista 45

2

op

in

oW

R •M

ar./A

br. •

200

7

Não tem como não lembrar da propaganda na TV. Querpagar quanto? Os juros embutidos podem ser altos demaisse for a nossa vida, a vida do planeta e as gerações futurasque estiverem no guichê do caixa. E então? Quanto você sedispõe a pagar? Talvez nada... Pelo menos agora.

Vivemos em um mundo onde novas tecnologias surgema cada instante e com maior rapidez: edifícios que há pou-cos anos não incorporavam a idéia de automação, por exem-plo, hoje contam com diversos produtos em suas mais abran-gentes funções. Novas tecnologias invadem locais de traba-lho e moradia. E o objetivo é um só: trazer facilidades econforto. Os sonhos de consumo estão progressivamentemais acessíveis; mas esse preço poderá se revelar muito ele-vado se os meios utilizados não forem adequados.

Desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias exi-gem uma avaliação muito criteriosa para que haja adequa-ção às características regionais, econômicas, socioculturaise, principalmente, ambientais.

Hoje, quando temos acesso a algum tipo de conforto,não queremos mais abdicar dele. Entretanto, a natureza pedesocorro e, se não desenvolvermos tecnologias sustentáveis,alguém, no futuro, terá de pagar um preço muito alto pelonosso bem-estar de hoje.

Ouve-se que até o fim deste século a temperatura da Terrapode subir de 1,8º C - na melhor das hipóteses - até 4º C. Estamudança climática acontece em ritmo acelerado e será catas-trófica; efeito estufa e atividade industrial tradicional são pro-cessos que se auto-alimentam. Isso quer dizer que, quantomais desenvolvimento e atividade industrial, mais as tempe-raturas sobem e mais gases, como dióxido de carbono, sãoliberados na atmosfera. Parte significativa dos gases causa-dores do efeito estufa lançados na atmosfera é decorrente daqueima de combustíveis fósseis, base da matriz energéticaatual. Por isso a ordem é investir em energia limpa.

O homem, no afã de conquistar maior controle sobre anatureza e os meios de produção, acaba perdendo conexãocom os propósitos que o impeliram a empreender a buscarealizada: maior comodidade e conforto; o que logicamentenão pode ser obtido se estivermos na iminência de um de-sastre ecológico ou dificuldades sociais provocadas por de-sequilíbrios econômicos. Todos criamos hábitos e costumesque não são fáceis de mudar, ainda mais quando o confortoé levado em consideração. Porém, temos de buscar inova-ções que permitam manter esse conforto, minimizando osdanos ao meio ambiente.

Mas, afinal de contas, você quer pagar quanto?

Quer pagar quanto?

“ ”Alguém, no futuro, terá depagar um preço muito alto pelonosso bem-estar de hoje.

Sérgio SchwartzVice-presidente executivo

EDSON BELINE

Page 3: WEG em Revista 45

4 O futuro é agora: mais força em menos volume

7 Autonomia, agilidade e mobilidade

9 Ambientalista dá o rumo da sustentabilidade

10 É possível progredir, sem degradar

12 CFW11: a revolução dos inversores de freqüência

16 Sustentabilidade é sinônimo de energia limpa

19 Tem camarão no meu prato!

3

ín

di

ce

E-MAIL E-MAIL E-MAIL E-MAIL E-MAIL E-MAIL E-MAIL

www.weg.net

WEG em Revista é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3372-4000, CEP 89 256-900, Jaraguá doSul, SC. www.weg.net, [email protected]. Conselho Editorial: Jaime Richter (diretor de Marketing e RH), Paulo Donizeti (gerentede Marketing), Edson Ewald (chefe de Marketing), Cristina Teresa Santos (jornalista responsável) e Caio Mandolesi (analista deMarketing). Edição: EDM Logos Comunicação (47) 3433-0666. Textos: Roberto Szabunia. Arte da capa: Luana Camila da Rocha.As matérias da WEG em Revista podem ser reproduzidas à vontade, citando a fonte e o autor.

Sou professor da área de Marketingda Faculdade de Engenharia Industriale pretendo usar cases da WEG em mi-nhas aulas. A capacidade e a compe-tência da WEG são muito instrutivas edespertam grande interesse dos alunos.Fabio Barbosa - FEI, São Bernardo doCampo/SP

Gostei muito do artigo “A espiralda evolução”.Roberto Nogueira da Silva - Guaru-lhos/SP

7 12 1910

A WEG em Revista sempre me deugrande inspiração para continuar meutrabalho de “formiguinha” à frente deminha pequena empresa.Marlene Gilg Werninghaus - Vali-nhos/SP

Gostei do tema “A espiral da evolução”.Este movimento espiralado observa-setanto no macro como no micro (cadeiaDNA). A vida dos seres consiste emgerar e propagar elementos vitais ad-vindos do continuum universal. Como

líquens na terra, a EP (energia pensa-mento) humana pode ainda embelezaro universo com suas cores e vitalidade.Parabéns pela bela reportagem.Samuel Justino Lopes - Usiminas/Co-sipa, Belo Horizonte/MG

Eu faço o curso técnico de Eletrotécni-ca, e na minha escola há vários produ-tos WEG. Acho muito interessante arevista.Welington Nunes de Oliveira - Ita-berá/SP

4

Page 4: WEG em Revista 45

4

la

am

en

to

WR

•Mar

./Abr

. • 2

007

Um produto que vem para ser uma referência mundial.Este é o Wmagnet, um motor síncrono de ímãs permanentespara operar com inversor de freqüência que a WEG apresentanas principais feiras do segmento, como a Eletroeletrônica,em São Paulo, e a Feira de Hannover, na Alemanha. “Este é omotor de maior rendimento do mercado latino-americano”,garante o diretor de Engenharia da WEG, Siegfried Kreutzfeld.

Versátil, o Wmagnet pode ser aplicado em lavadoras deroupa, bombas, ventiladores, compressores, sopradores, má-quinas-ferramentas, elevadores, servoacionamentos, equi-pamentos de refrigeração, condicionadores de ar, aplicaçõesautomotivas e esteiras. Também é indicado para aplicaçãona indústria, graças a seu alto rendimento aliado a baixovolume e peso, torque suave e baixo nível de vibração e ru-ído, entre outras vantagens.

Menor e mais leve, o motor Wmagnet alia alto rendimento a baixo consumo

Energia é para economizar

“A inovação tecnológica aplicada no desenvolvimentodeste produto permite oferecer altíssima eficiência, maior vidaútil e grande confiabilidade”, acrescenta Siegfried Kreutzfeld,ressaltando a tecnologia inovadora de ímãs permanentesque faz com que o produto tenha menor volume e ocupemenos espaço na aplicação.

Outra característica importante é a tecnologia sensor-less (sem sensor). Normalmente o acionamento de motoresde ímãs necessita de um sensor de posição de alta resoluçãono rotor, o que aumenta o custo do acionamento. Por isso aWEG desenvolveu no inversor CFW-09-PM a nova tecnolo-gia sensorless, que estima a posição e velocidade e eliminao sensor de posição, reduzindo o custo do acionamento.

Veja, nas páginas a seguir, algumas características técni-cas do Wmagnet.

DIV

ULG

ÃO

Page 5: WEG em Revista 45

www.weg.net

5

cn

ic

a

A funcionalidade dos ímãs permanentesDEPARTAMENTO DE P&D DO PRODUTO - MOTORES - WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A.

Figura 1 - Curva B x H do ímã

MOTORES SÍNCRONOSA ÍMÃS PERMANENTESMotores síncronos a ímãs permanentes (Permanent Mag-

net Synchronous Motor - PMSM) alimentados por inversorde freqüência podem ser utilizados na indústria, onde a va-riação de velocidade com torque constante e alto desempe-nho são requeridos, como em compressores, esteiras trans-portadoras etc.

Os PMSMs também estão sendo usados em aplicaçõesonde confiabilidade, torque suave, baixos níveis de vibraçãoe ruído são fundamentais, como em elevadores. Além disso,são muito atrativos para aplicações com espaço reduzido enecessidade de eliminação de redutores, pois os PMSMspossuem tamanho e volume reduzidos e podem funcionarem uma ampla faixa de velocidades, sem necessidade deventilação independente.

Há dois tipos principais de PMSM: brushless DC e brush-less AC.

PMSM - BRUSHLESS DCO motor é projetado para desenvolver uma forma de

onda da força contra eletromotriz (fcem) trapezoidal e aforma de onda da corrente de alimentação idealmente re-tangular, conforme mostrado na Figura 2.

Geralmente, estes motores são utilizados em aplicaçõesde baixas potências, alguns poucos kW, e que não necessi-tam de alto desempenho. Para aplicações com potênciasmaiores e alto desempenho, o acionamento brushless DCapresenta desvantagens em relação ao motor brushless AC.

O uso de motores elétricos com inversores de freqüênciatem aumentado expressivamente nos últimos anos. As prin-cipais razões em optar pelo conjunto, em vez de um motorcom velocidade fixa, são: ajuste de velocidade, economia deenergia, controle de posição e partida suave.

Motores de diversas tecnologias, como indução CA, sín-crono, síncrono de ímãs permanentes, de relutância chavea-do etc. podem ser acionados por inversores de freqüência.

As aplicações com motor e inversor são amplas e varia-das, entre as quais podem ser citadas: lavadoras de roupa,bombas, ventiladores, compressores, sopradores, máquinas-ferramentas, elevadores, servoacionamentos, equipamentosde refrigeração, condicionadores de ar, aplicações automo-tivas, esteiras e muitas outras.

Seguindo as tendências de mercado, o uso de motoressíncronos de ímãs permanentes se encontra em ampla ex-pansão também na indústria, pois o motor possui alto ren-dimento, baixo volume e peso, torque suave, baixo nível devibração e ruído, ampla faixa de rotação com torque cons-tante e, com o advento, a partir dos anos 80, dos ímãs deNeodímio-Ferro-Boro (NdFeB), de elevada energia, houve umaumento do número de aplicações onde se utiliza esta tec-nologia.

No entanto, nos últimos anos, as propriedades dos ímãs,particularmente os de NdFeB, têm sido continuamente aper-feiçoadas pelos fabricantes. Estes possuem remanência (Br)cada vez mais elevada e resistem mais à desmagnetização e àtemperatura. Os ímãs de NdFeB utilizados pela WEG são ade-quados para trabalhar com temperaturas de até 180º C.

Figura 2 - Formas de ondada fcem e da corrente de

alimentação

ÍMÃ PERMANENTEPara motores elétricos de alto rendimento é de grande

interesse que os ímãs permanentes apresentem um elevadocampo coercitivo ou coercividade (Hc) e elevada induçãoremanente ou remanência (Br). Um elevado Hc impede queo ímã seja facilmente desmagnetizado, e um alto valor de Brresulta em um fluxo magnético elevado. A Figura 1 apresen-ta a curva típica de desmagnetização de um ímã.

O ímã de Neodímio-Ferro-Boro (NdFeB) possui remanên-cia e coercividade elevadas quando comparado ao ímã deFerrite (cerâmico), resultando em maior energia. Desta for-ma, motores projetados com NdFeB têm dimensões meno-res do que os motores com ímãs de Ferrite. Em contraparti-da, os ímãs de Ferrite são consideravelmente mais baratos

do que os de NdFeB.Uma das carac-

terísticas dos ímãsde NdFeB e Ferrite éa redução da rema-nência com o au-mento da tempera-tura. Os ímãs de Fer-rite e de NdFeB so-frem mais influênci-as da temperaturado que os ímãs deSamário-Cobalto.

PMSM - BRUSHLESS ACO brushless AC, por sua vez, é projetado para que a fcem

e a corrente de alimentação sejam senoidais, conforme Fi-gura 3, resultando em um torque suave. O motor pode serprojetado com ímãs superficiais ou ímãs internos no rotor,conforme Figuras 4a e 4b, respectivamente.

Page 6: WEG em Revista 45

6

cn

ic

aW

R •M

ar./A

br. •

200

7

MOTOR COM ÍMÃS SUPERFICIAISE INTERNOS - BRUSHLESS ACO motor com ímãs superficiais, Figura 4a, também é co-

nhecido como motor de pólos lisos, pois as indutâncias doeixo direto (Ld) e quadratura (Lq) são praticamente iguais econstantes.

O motor de ímãs internos ou pólos salientes, Figura 4b,possui ímãs montados internamente no rotor. Devido à sali-ência do rotor, este tende a produzir indutâncias Ld e Lq dife-rentes. Esta saliência produz torque de relutância que, soma-do ao torque eletromagnético devido aos ímãs, produz umtorque resultante maior. Os motores de ímãs internos são ca-pazes de operar em uma grande faixa de velocidades acimada nominal, com potência constante, conforme Figura 6.

O motor com ímãs superficiais apresenta uma limitadacapacidade de operar em velocidades acima da nominal, compotência constante, devido à baixa indutância resultante dogrande entreferro, Figura 5.

Outra vantagem do motor com ímãs internos sobre os ímãssuperficiais são os ímãs inseridos no interior do rotor, o quepermite que o ímã fique protegido contra a força centrífuga.

Figura 4. - a) Motor com ímãs superficiais. b) Motor com ímãs internos

b)a)

ÍMÃS PERMANENTES

Este texto é um resumo da matéria técnicacompleta sobre o Wmagnet, que está no site.

naWEG +

Figura 5 - Curva de torque xvelocidade do motor com ímãssuperficiais (mb - rotação base)

Figura 6 - Curva detorque x velocidade do motor comímãs internos (mb - rotação base)

MOTORES DE ÍMÃSPERMANENTES WEG (Wmagnet)O acionamento do motor de ímãs WEG é do tipo brush-

less AC com ímãs no interior do rotor (pólos salientes) e ímãsde alta energia (NdFeB).

Os motores Wmagnet com ímãs de NdFeB não apresen-tam perdas Joules (RI2) no rotor, ao contrário dos motoresde indução com gaiola de esquilo convencional. Como as

Os ímãs no rotor garantem uma grande redução nasperdas elétricas e, conseqüentemente, asseguram uma me-nor elevação da temperatura do motor. Devido a estas van-tagens, o volume e o peso do motor Wmagnet, comparadoa um motor de indução de mesma potência, é menor, e otempo de vida é significativamente aumentado, conformepode ser observado nos gráficos da Figura 8.

Comparado a um motor de indução equivalente, o volu-me do motor Wmagnet chega a uma redução de aproxima-damente 47%, resultando em uma alta relação de torque/volume e uma redução de 36% no peso, Figura 9.

Para uma mesma relação de torque/potência, diminuin-do-se o tamanho da carcaça, o sistema de ventilação tam-bém é reduzido.

Figura 7 - Gráficocomparativo derendimento dosmotoresWmagnet, AltoRendimento Pluse Standard

INVERSOR WEG (CFW-09-PM)Um inversor CFW-09-PM, com software especial desen-

volvido pela WEG, é necessário para acionar o motor Wmag-net. O inversor utiliza o método de controle vetorial, quepermite o controle de torque mesmo em velocidade nula etambém em altas rotações.

Figura 8 -Elevação detemperaturapara faixa derotação

perdas Joule são uma parcela significativa das perdas totaisnos motores de indução, retirando a gaiola de esquilo e subs-tituindo-a por ímãs, o motor Wmagnet assegura um rendi-mento muito maior do que os encontrados nos motores daslinhas Standard e Alto Rendimento Plus, conforme Figura 7.

Figura 9 -Comparação devolume entremotor de induçãoe motor de ímãs

MOTOR DEINDUÇÃO

MOTOR DE ÍMÃS PERMANENTES

Figura 3 - Formas de onda da fceme da corrente de alimentação

Page 7: WEG em Revista 45

7

ne

ci

os

www.weg.net

A Centrais Elétricas do Mato Gros-so - Cemat -, distribuidora de energiaelétrica pertencente ao Grupo Rede, jáestá utilizando a Subestação MóvelWEG. O equipamento foi entregue emfevereiro, em evento que reuniu o cli-ente, representantes de concessionári-as de energia e outras empresas naWEG, em Blumenau/SC.

“Os grandes diferenciais deste pro-duto são a flexibilidade e a maior velo-cidade que ele proporciona na soluçãode problemas”, disse Jair Geraldo DelVecchio, engenheiro especialista emsubestações, durante a apresentaçãoaos convidados.

SE Móvel em campo

Confiabilidade

Tranqüilidade para a manutençãoe confiabilidade. Estas são as principaisqualidades destacadas pelos represen-tantes do Grupo Rede, em relação à SEMóvel.

“Nós atendemos uma região exten-sa, com áreas isoladas, dificultando osserviços de manutenção. Com essa su-bestação, ganhamos a mobilidade ne-cessária para manter o fornecimentode energia enquanto realizamos servi-

Subestação apóia a distribuição de energia no Mato Grosso

ços de manutenção”, explica Luiz Fer-nando Vianna, responsável pela Ges-tão de Manutenção do Grupo Rede. ACemat tem 89 subestações no estado,muitas delas acessíveis por estradasprecárias.

“Temos uma parceria de muitosanos com a WEG, tanto que o GrupoRede foi um dos primeiros a adquirirtransformadores de 138 kV da marcaWEG”, acrescenta José Luiz Marchiori,supervisor de Compras Corporativas dogrupo.

Jair Del Vecchio fala aos convidados: detalhes técnicos

Marchiori e Vianna: o conjuntofoi customizado para a Cemat

FOTOS: ANDRÉ KOPSCH

“Conhecer as instalações e as pessoas com as quais faze-mos negócios facilita muito as tratativas e acertos duranteum processo de compra ou reforma.”

Paulo Serôa, Coelba

“Gostaria de parabenizar a WEG pelo evento, destacan-do a organização e empreendedorismo demonstrados pelaempresa. Ficamos realmente entusiasmados e orgulhosos dever a WEG, uma empresa brasileira, superando desafios e de-monstrando inovação e capacidade de realização da indús-tria brasileira.”

Leonardo Labarrere de Souza, Cemig

“O evento foi extremamente proveitoso, permitindo ava-liar in loco a grande evolução da WEG, notadamente na fa-

COM

A P

ALA

VRA

bricação de transformadores. Outro fator que impressionoubastante foi a coesão da equipe e o grande orgulho que to-dos demonstram em pertencer ao time.”

Antonio Carlos da Silva Alves, Ampla Energia e Serviços

“Notamos ser uma empresa que prima pela qualidade, opessoal trabalha com alegria e tem prazer no que realiza. Es-peramos manter bons contatos e trocas de informações.”

Jacky Robert Yves Deligne, Cemig

“Espero que, em breve, a WEG esteja estendendo sua li-nha de fabricação para a área de equipamentos de manobra,com os mesmos bons resultados alcançados com os equipa-mentos de sua atual linha de fabricação.”

Márcia Janeiro Pereira, Furnas

Page 8: WEG em Revista 45

8

ne

ci

os

WR

•Mar

./Abr

. • 2

007

A apresentação da SE Móvel contou com a presençade representantes das seguintes empresas: AES SUL,

Ampla, Cataguazes Leopoldina, CEAM - Cia.Energética do Amazonas, CEEE - Cia. Estadual de

Energia Elétrica do Rio Grande do Sul, Celesc -Centrais Elétricas de Santa Catarina, Celpe - Cia.

Energética de Pernambuco, Cemig - Centrais Elétricasde Minas Gerais, Chilectra - Chile, Coelba - Cia.

Elétrica do Estado da Bahia, Copel Distribuição, CPFLPiratininga, Cia. Vale do Rio Doce, Eaton, Elebrás

Projetos, Elektro, Enercons, Enersul, Escelsa, Furnas,Grupo EDP - Bandeirante, Grupo Endesa - Chile,

Grupo Rede - Cemat, Grupo Rede - Celtins (Tocantins),Holcim Cimento, Innovent, ISA e Tractebel.

A Cemat...

...utiliza 143 transformadores, instalados

em 97 subestações. A empresa atende

827.751 consumidores.

A energia gerada é 1.783,2 MVA.

CLI

ENTE

S N

O E

VEN

TO

(Dados do quarto trimestre de 2006)

DIV

ULG

ÃO

)

Quer saber mais sobre a SE Móvel?Acesse o site e clique no banner daWEG em Revista. Lá você encontrauma matéria técnica completa.

naWEG +

Page 9: WEG em Revista 45

9

en

tr

ev

is

ta

www.weg.net

O planeta vem pagando um preço alto pelo desenvolvi-mento. É possível reduzir este custo, nas parcelas queainda restam a ser pagas?

O grande segredo está em conscientizar a população.Educar, acima de tudo. Uma Educação diferenciada, nosmoldes propostos pela Agenda 21 e Tbilisi. Não chega-remos à sustentabilidade se a sociedade não for susten-tável. É uma relação de causa e efeito. Devemos agregarvalor neste molde de Educação que vemos nos últimosanos. Preservar os recursos naturais, garantindo-os paraas gerações futuras é um grande começo. E deve ser pro-posto, principalmente para as crianças. São elas que irãogerir este pouco que ainda nos resta.

A população mundial continua crescendo, mais paísesentram no clube dos desenvolvidos, a tecnologia não párade se aperfeiçoar... Onde achar espaço para tudo isso,sem afetar mais ainda o ambiente?

Palavra de ordem: reduzir o consumo. Somos a socieda-de do consumo; não adquirimos o bom hábito de con-sumir o extremamente necessário para nossa sobrevi-vência e isto gera este caos no planeta. Podemos convi-ver com melhores tempos se soubermos consumir aqui-lo de que realmente precisamos. Somos exímios consu-midores e produtores de lixo, na mesma ordem. Isto geradificuldades para assegurar a qualidade e perenidade dosrecursos naturais.

Por que demorou tanto para o ser humano despertarpara a necessidade de preservar seu próprio habitat?

O imediatismo e a ganância pelo território impediram osseres humanos de raciocinar e compreender seu ecossis-tema, seu meio ambiente. A pressa e a sede de podertransformaram os seres humanos em máquinas insensí-veis, incapazes de perceber o ambiente em torno de si.

Em que ponto da História esse despertar poderia ameni-zar a situação atual de degradação ambiental?

Acredito que a Revolução Industrial foi o ponto impor-tante onde a reflexão deveria ter ocupado o seu verda-deiro lugar. Sabemos que, na fronteira da Alemanha coma Áustria, logo no início da Revolução, promoveu-se ummovimento contra o desmatamento exacerbado, porémcom objetivos diferentes de se preservar biodiversidade,ecossistema etc. Preservar-se-ia o direito dos senhoresfeudais de caçar (sem floresta não haveria como caçar).Neste período surgiram na Rússia os primeiros viveiros -um dos maiores princípios de se preservar a fauna e aflora terrestre.

A Agenda 21 é viável, do modo como foi formulada, oujá está precisando de uma revisão?

A Agenda 21 é um documento dinâmico, que deve ser ali-nhado à realidade local no tempo e no espaço. Porém,muitos entendem de forma diferenciada e insistem em man-ter velhos paradigmas, velhas crendices que impedem oscidadãos de enxergar e agir. Portanto, precisa ser dinâmi-ca. A mudança é automática, acompanha o dinamismo.

Quais os principais avanços que a humanidade conse-guiu, desde o lançamento da Agenda 21?

Não foram muitos. No Brasil, por exemplo, a EducaçãoAmbiental, um dos princípios básicos da Agenda 21, ain-da não foi implantada como foi proposta em Tbilisi e naEco-92. Precisamos perceber que propostas prescindemde um tempo hábil para que seus efeitos se façam sentirem nossa geração. O atraso implica também no resulta-do pretendido. O sucesso ficará prejudicado de qualquerforma, em não se cumprindo prazos e propostas. É umprojeto como outro qualquer.

O planeta Terra tem conserto?A pergunta poderia ser: a humanidade tem conserto?Tem sim. Basta querer e assumir esta vontade. Responsa-bilidade, compromisso e competência são os requisitosbásicos para este conserto.

O planeta Terra tem consertoÉ tudo questão de responsabilidade, compromisso ecompetência. Quem assegura é a ambientalista mineiraMaria Helena Batista Murta. Especialista em DireitoAmbiental, Educação Ambiental e Agenda 21, fundou o

Instituto Criança Viva e o Instituto Pró-Rio Doce; é diretora da UBQ,secretária-geral da Defensoria da Água e participante do FórumMundial Alternativo da Água. Reconhecida internacionalmente,Maria Helena falou com exclusividade para WR.

DIV

ULG

ÃO

Page 10: WEG em Revista 45

10

ca

pa

WR

•Mar

./Abr

. • 2

007

O CÓDIGO DASUSTENTABILIDADE

Coletor, caçador, plantador, constru-tor... O homem exercitou várias habilida-des ao longo da história em busca dosbens necessários à sua sobrevivência e per-petuação. Com exceção da caça, substi-tuída pelo abate controlado de animaiscriados para este fim, as demais ativida-des continuam sendo executadas. O pro-blema é que o homem-coletor demoroupara perceber que a Natureza, sozinha,não conseguiria repor tudo que era cole-tado. Demorou, mas percebeu. O alertafoi dado, as conseqüências da depreda-ção estão cada vez mais visíveis, e a preo-cupação com a preservação do planetaocupa cada vez mais espaço.

O grande desequilíbrio que se verificadeve-se ao modelo de desenvolvimentoescolhido pela humanidade logo após aRevolução Industrial. Se, por um lado,aquele movimento descortinou um novohorizonte para a habilidade empreende-dora do ser humano, por outro lado ge-rou desequilíbrios. O progresso e a fartu-ra convivem com o atraso, a miséria e adegradação ambiental. Chegou a hora davirada.

O símbolo dessa nova consciência éa conferência ECO 92, realizada no Riode Janeiro. Ali foram mostrados os re-sultados de estudos que alertavam: a Ter-ra está febril. E a febre, como se sabe, é

um sinal de que o organismo está lutan-do contra alguma infecção. Desmata-mento, emissão de gases nocivos, polui-ção, desperdício de recursos naturais.Tudo isso vem provocando conseqüênci-as sérias para o planeta.

Então, durante a Rio 92, surgiu o con-ceito de Desenvolvimento Sustentável,concretizado num documento chamadoAgenda 21. O documento diz que a hu-manidade deve continuar se desenvolven-do, mas procurando manter a harmoniacom as limitações ecológicas do planeta,sem destruir o ambiente, para que as ge-rações futuras tenham a chance de existircom qualidade de vida.

Desenvolver sem destruir é o desafio da humanidade para sustentar o planeta

Page 11: WEG em Revista 45

11

ca

pa

www.weg.net

As agressões

Uma boa noção do que o homem previsa re-verter está no relatório do Painel Intergovernamen-tal sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgadoem fevereiro passado, em Paris. Os resultados fo-ram considerados preocupantes por ambientalis-tas, comunidade científica e até mesmo pelos go-vernos de países emissores de gases de efeito es-tufa. Já é tido como inevitável um aumento datemperatura do planeta entre 1,8 e 4 graus Cel-sius até o final deste século.

E a ação humana é apontada pelo estudo doIPCC como a maior responsável pelo aquecimentoglobal.

“A boa notícia é que sabemos hoje bem maissobre o clima do planeta e sobre o impacto quecausamos nele. A má notícia é que, quanto maissabemos, mais precário o futuro parece. Há umamensagem clara aos governos: a janela para umaação está se fechando rapidamente. Se a últimanotícia do IPCC fosse um chamado de alerta, comcerteza essa sirene estaria tocando”, disse Stephan-nie Tumore, coordenadora da Campanha de Cli-ma do Greenpeace, logo após a divulgação do re-latório.

A virada

Assim como o Greenpeace, mais notória orga-nização ambientalista do mundo, muitas outrasorganizações e milhões de pessoas se engajam noesforço de promover um desenvolvimento susten-tável. Do pequeno lavrador que prepara sua terrasem promover queimadas, aos governos das gran-des nações emissoras de gases, toda ação é ne-cessária e útil.

No início de março, por exemplo, os países daUnião Européia chegaram a um acordo para re-duzir em 20% a emissão dos gases estufa até 2020.

Ainda em março, lideranças políticas dos Esta-

dos Unidos, outros países do G-8, além de Brasil,México e África do Sul, chegaram a um novo con-senso sobre como combater as mudanças climá-ticas. Os delegados presentes ao Fórum de Legis-ladores sobre Mudanças Climáticas, realizado emWashington, concordaram que os países em de-senvolvimento têm de observar metas de reduçãode emissão de carbono tanto quanto os países ri-cos. Além disso, o Fórum determinou que as emis-sões de dióxido de carbono devem ser limitadasem 550 partes por milhão. O texto final da decla-ração diz: “A mudança climática é uma questãoglobal, e todos nós temos a obrigação de agir deacordo com nossas capacidades e responsabilida-des históricas”.

O Brasil também está na frente de batalha pelodesenvolvimento sustentável. E uma das principaisarmas do país é a pesquisa de combustíveis bioló-gicos, que substituam de vez o petróleo. Produziretanol a partir da celulose é um dos desafios. Aexpectativa é que, dentro de dois anos, o país te-nha dominado a técnica mais avançada de obten-ção da energia contida no bagaço e na palha dacana-de-açúcar. Hoje isso já é feito em pequenaescala, graças às Pequenas Centrais Termelétricas,que tiram energia da casca de arroz e da serragem(veja matéria na página 16 desta edição).

Nos anos 80 surgiu o conceito de EconomiaEcológica, que a Wikipédia define como “umnovo campo transdiciplinar que estabelece rela-ções entre ecossistemas e o sistema econômico,utilizando-se de uma síntese dos conceitos eco-nômicos e ecológicos”. A economia é um siste-ma aberto, que só funciona porque é sustentadopelo meio ambiente. Portanto, por uma questãode sobrevivência do próprio sistema, o meioambiente deve merecer a devida atenção. Está aínovamente uma aplicação concreta do desenvol-vimento sustentável.

Menos poluição pelo escapamento

Uma nova tendência pôde ser vista no Genebra Motor Show, uma das maiores feirasautomobilísticas do mundo, em março. Além das novidades de sempre em termos de design,potência e economia, o evento mostrou uma preocupação com o ecologicamente correto.Cerca de um quarto das novidades tinham alguma tecnologia visando diminuir a poluiçãoque sai dos escapamentos. As opções de modelos híbridos (com um motor elétrico e outro acombustão) têm aumentado consideravelmente, devendo passar de 40 modelos em breve.Quando se tornarem produto de consumo de massa, com certeza o ar estará mais suportável.

ROBERTO SZABUNIA

Page 12: WEG em Revista 45

WR

•Mar

./Abr

. • 2

007

12

no

vi

da

de

CFW11, a evoluçãodos inversores

A WEG promove uma verdadeira revolução no mercadode inversores de freqüência com o lançamento do CFW11.Com alta tecnologia aplicada, ele permite uma série de fun-ções, acessórios e opções em um único produto.

“Este é o produto mais completo no mercado de inver-sores de freqüência”, garante Adalberto Rossa, do depar-tamento de Desenvolvimento de Produtos de Automação.Seguindo a tendência de globalização, a WEG lançou oCFW11 na SPS/IPC, a mais importante feira de drives e au-tomação da Europa, em Nurenberg, Alemanha.

“A WEG aplicou a mais avançada tecnologia mundialno desenvolvimento deste inversor”, complementa CarlosA. Hümmelgen, também do Desenvolvimento de Produtos.O principal diferencial da linha CFW11 são as funções, aces-sórios e opções disponíveis num mesmo produto.

Para Norton Petry, gerente de Desenvolvimento de Pro-dutos, o inversor CFW11 incorpora as últimas tendênciasdeste segmento. “O conceito plug and play permite aousuário configurar o inversor de forma rápida e fácil, poiso produto praticamente se autoconfigura”, afirma Nor-ton, destacando também o fato de o inversor ter sido de-senvolvido totalmente “em casa”, pela equipe da própriaWEG.

Nesta primeira etapa estão sendo lançados modeloscom alimentação trifásica em 380-480 V, com faixa de po-tência de 2 a 60 cv e com alimentação monofásica e trifá-sica em 200-240 V, com faixa de potência de 1 a 40 cv(com alimentação monofásica até 3 cv). Estão em desen-volvimento novos modelos que, em breve, ampliarão afaixa de potência para até 2.000 cv.

Um novo conceito chega ao mercado, com o lançamento do CFW11

FO

TO

S W

EG

Page 13: WEG em Revista 45

13

br

as

il

id

ad

ewww.weg.net

13

www.weg.net

no

vi

da

de

Cada modelo tem duas especificações de corrente no-minal, ND e HD, do inglês Normal Duty e Heavy Duty, aqual deve ser escolhida pelo usuário, dependendo da so-brecarga exigida pela aplicação em questão.

Regime de sobrecarga normal (ND)Capacidade de sobrecarga:• 110% por 60 s• 150% por 3 sExemplos de aplicações: compressores a parafuso, com-

pressores a pistão, pontes-rolantes para movimentos de

translação e direção, esteiras transportadoras sem sobre-carga, bombas centrífugas e ventiladores.

Regime de sobrecarga pesada (HD)Capacidade de sobrecarga:• 150% por 60 s• 200% por 3 sExemplos de aplicações: esteiras transportadoras com

sobrecarga, pontes-rolantes para o movimento de eleva-ção, britadores, laminadores, elevadores, trefiladeiras,moinhos de bolas e moinhos de martelo.

Módulos de comunicação:Modbus-RTU, DeviceNet,Profibus DP, CAN, CANopen,RS-485 e RS-232C.

Todo o projeto do inversor foi baseadona filosofia plug-and-play (conecte e use).O inversor reconhece e configura automa-ticamente os acessórios e opcionais, possi-bilitando instalação simples e rápida.

PLC11-01: funções deCLP; programaçãoLadder; electronic gearbox; 9 entradas digitais;3 saídas digitais a relé;3 saídas digitais atransistor; 1 entradaanalógica de 14 bits;2 saídas analógicas de14 bits; 2 interfacesencoder; RS-485Modbus-RTU; CAN(CANopen, DeviceNet,CANopen mestre/escravo).

Módulos deexpansão de I/Os(entradas e saídas):módulos com I/Osadicionais, comI/Os isolados ou comI/Os de maiorresolução.

Módulos deinterface para

encoder.

Módulos decomunicação:Profibus DP,DeviceNet eEthernet IP.

Ampla gama de acessórios dis-poníveis.

Módulo dememória flash

Page 14: WEG em Revista 45

14

no

vi

da

de

WR

•Mar

./Abr

. • 2

007

Interface USB para cone-xão com microcomputador,possibilitando a utilização dosoftware Superdrive, destina-do à parametrização, coman-do e monitoração dos inver-sores CFW11. Além do mais,a interface USB permite, demaneira simples e rápida, aatualização do firmware doinversor.

Interface Homem-Máquina(IHM) com display gráfico, back-light e teclas soft-keys que permi-tem a programação e operação doinversor de forma simplificada. Oprojeto da IHM foi baseado noconceito utilizado em telefonescelulares.

Gráficos em barra

Valores numéricos

Caracteres grandes

Modos de monitoração

Soft key esquerda: funçãodefinida pelo texto no display

Soft key direita: função definidapelo texto no display

• Filtro RFI interno opcional paratodos os modelos, que permi-te atender os requisitos da nor-ma IEC61800-3 quanto à emis-são conduzida.

• Gerenciamento térmico inteli-gente do inversor, com moni-toração da temperatura do dis-sipador e do ar interno nos car-tões eletrônicos, possibilitandoproteção total dos IGBTs e doinversor como um todo.

• Controle inteligente do venti-lador do dissipador, sendo oventilador ligado ou desligadoautomaticamente, dependen-do da temperatura dos módu-los de potência. A velocidadee o número de horas de ope-ração são monitorados e indi-cados em parâmetros corres-pondentes. São geradas men-sagens de alarme ou falha as-sociadas a essas variáveis.

• Todos os modelos têm IGBT defrenagem incorporado na ver-são padrão do produto.

• Estão disponíveis quatro tiposde controle: V/F (controle es-calar), VVW (controle vetorialde tensão), vetorial sensorlesse vetorial com encoder.

Page 15: WEG em Revista 45

www.weg.net

15

no

vi

da

de

• O ventilador do dissipador é facil-mente destacável do produto paralimpeza ou substituição.

• Módulo de me-mória flash in-corporado aoproduto-padrão.Permite a criaçãode aplicativosusando a funçãoSoftPLC, backupautomático do conteúdo dos pa-râmetros do inversor e atualiza-ção da versão de firmware.

SoftPLC é um recurso que in-corpora ao CFW11 as funcionali-dades de um CLP, agregando fle-xibilidade ao usuário e permitin-do-lhe desenvolver seus própri-os aplicativos (programas de usu-ários). A função SoftPLC está dis-ponível no produto-padrão.

Linguagem Ladder - softwa-re WLP; acesso a todos os parâ-metros e I/Os; 40 parâmetrospara o usuário; blocos de CLP, ma-temáticos e de controle; down-load, upload e monitoração on-line; memória de 15.360 bytes.

O artigo completo sobre as característicastécnicas do CFW11 está no site, onde vocêencontra também uma linha do tempomostrando a evolução do desenvolvimentodos inversores na WEG

naWEG +

• É possível montar a parte dodissipador do inversor parafora do painel (montagem emflange), com grau de proteçãoIP54. Essa característica, alia-da à especificação de tempe-ratura ambiente máxima de50° C e à possibilidade de semontar o inversor sem espa-ços livres nas laterais (monta-gem lado a lado), permite re-duzir o tamanho do painelpara montagem do inversor e,em muitos casos, eliminar aventilação forçada dentro dopainel.

Montagemem flange

Montagemem superfície

• Temperatura ambiente de operação entre -10 e 50° C. É possível operarem temperatura ambiente de até 60° C com redução de corrente.

• Todos os modelos têm indutores no barramento CC simetricamente co-nectados aos terminais positivo e negativo. Dessa forma, é possível ins-talar o CFW11 em qualquer rede elétrica de alimentação, sem exigênciade impedância mínima. Além disto, obtém-se um alto fator de potênciade entrada (0,95 para alimentação trifásica), sendo possível atender osrequisitos da norma IEC61000-3-12 com relação a harmônicas de baixaordem da corrente consumida da rede.

• Ampla gama de proteções com indicação de falhas e alarmes.

• Proteção de sobrecarga do motor conforme IEC 60947-4-2/UL508C.

• Função trace (osciloscópio) para auxílio no start-up e diagnose de proble-mas.

• Relógio de tempo real incorporado, utilizado, por exemplo, no histórico defalhas da função trace.

• Fonte regulada +24 Vcc com capacidade de 0,5 A, disponível para o usuá-rio.

• Possibilidade de alimentar a eletrônica de controle, independentemente dapotência via fonte +24 Vcc externa (opcional).

• Parada de segurança de acordo com a norma EN 954-1, categoria III (opcio-nal), que permite eliminar o contator na entrada ou saída do inversor e re-dundâncias no caso de aplicações em que seja necessário garantir que omotor permaneça parado em algumas condições.

• Atende às diretivas RoHS e WEEE, que tratam da restrição do uso de algu-mas substâncias agressivas ao meio ambiente e reciclagem de equipamen-tos elétricos.

Page 16: WEG em Revista 45

dinheiro

Parceria da WEGcom grupo alemão

mostra como é possívelpreservar o ambiente eainda lucrar com isso

e ganharHá 15 anos, na ECO-92, no Rio de Janeiro, mais de 160 governos assinaram a

Convenção Marco sobre Mudança Climática, com o objetivo de evitar interferên-cias perigosas no sistema climático chamadas “antropogênicas”, ou seja, provo-cadas pelo homem. Foi incluída uma meta para que os países industrializadosmantivessem suas emissões de gases, em 2000, nos níveis de 1990.

Cinco anos depois, no Japão, foi assinado o Protocolo de Kyoto, um novocomponente da Convenção. O Protocolo compromete uma série de nações in-dustrializadas a reduzir as emissões de gases-estufa em 5,2%, em relação aosníveis de 1990 para o período de 2008 – 2012. Foram estabelecidos “mecanismosde flexibilidade”, que permitem a esses países cumprir as exigências de reduçãode emissões fora de seus territórios. Um deles é o comércio de emissões, do qualresulta a comercialização de créditos de carbono. Por esse mecanismo os paísesdesenvolvidos compram o direito de poluir, investindo em projetos de desenvol-vimento sustentável nos países em desenvolvimento.

16

ne

ci

os

WR

•Mar

./Abr

. • 2

007

PreservarPequena Central Termelétrica em funcionamento no município de Imbituva/PR

FO

TO

S D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 17: WEG em Revista 45

Resíduo vira dinheiro

A introdução desta matéria serve paracontextualizar a parceria que a WEG estabe-leceu com a divisão alemã da Areva, umamontadora de projetos de geração de ener-gia. A Areva está investindo na construçãode Pequenas Centrais Termelétricas (PCT) abiomassa, utilizando resíduos de madeira ecasca de arroz como combustível. Atualmen-te o esforço se concentra no Rio Grande doSul, maior produtor brasileiro de arroz e se-gundo do mundo.

A negociação foi feita pela filial WEG Ger-many. No Brasil, a Areva adquiriu o controleda empresa Winimport, que constrói as usi-nas. No Rio Grande do Sul as PCTs – em fasede projeto ou construção – estão localizadasem São Sepé, Dom Pedrito, São Borja e duasem Rio Grande. O combustível, neste caso, seráa casca de arroz, comprada das usinas de be-neficiamento estabelecidas nas regiões em tor-no de cada cidade. A casca de arroz, por con-ter silício, não é biodegradável. Além disso,por ser leve, ocupa muito espaço. Desta for-ma, o processo de queima é uma forma eficazde eliminar este resíduo – algo exigido por lei– e ainda gera energia. “Antes, este resíduoera descartado, com visíveis prejuízos ambi-entais. Pelo novo sistema, além de contribuirpara a sustentabilidade, os beneficiadores ain-da ganham dinheiro na venda das cascas”, in-forma o gerente do Centro de Negócios deEnergia da WEG, Sérgio Esteves. E mais: cadausina ganha de 80.000 a 100.000 euros porano em créditos de carbono, adquiridos porempresas da Alemanha.

As centrais termelétricas gaúchas terãopotência de 12,3 MW cada uma. A previsãode entrada em funcionamento é março de2008, começando pela unidade de São Borja.

Por força de contrato, 50% dos equipa-mentos das PCTs vêm da Alemanha. A WEGfornece soluções completas em energia: pai-néis de controle e proteção, sistema de ali-mentação dos motores, instalações elétricas,iluminação, sistema supervisório de contro-le, controle da geração e subestações.

“Este negócio expande o horizonte dageração de energia limpa no Brasil, ao mes-mo tempo em que promove o desenvolvi-mento sustentável, pela utilização de resí-duos que seriam descartados”, diz o diretorda área de Energia da WEG, Sinésio Tenfen.

5 kgde casca de arroz

equivalem à energia

gerada por 1 litro de

gasolina.

12,3MW

são suficientes para

abastecer uma cidade

industrial de 25 mil

habitantes.No Paraná

Outras três Pequenas Centrais Terme-létricas a biomassa, também com finan-ciamento da Areva via Winimport, estãono Paraná. Nestas, igualmente, a WEGfornece a solução completa. As centraisparanaenses têm potência de 11,2 MWe utilizam resíduos de madeira – galhos,cascas e, especialmente, serragem –como combustível.

As PCTs ficam nos municípios de Im-bituva (em funcionamento), Guarapua-va (em testes) e Inácio Martins (em fasede montagem). A energia resultante dascentrais acaba sendo utilizada pelas pró-prias madeireiras da região, depois dedistribuídas pelas concessionárias.

“A utilização de resíduos de madeiratraz grandes benefícios, tanto locaisquanto globais”, avalia o diretor admi-nistrativo e presidente da Winimport,Mário Pupulin. A cultura florestal normal-mente cobre grandes áreas, com poucautilização de mão-de-obra. E há o passi-vo ambiental, decorrente da decompo-sição dos resíduos, que emitem grandesquantidades de gases nocivos. Já as usi-nas, além de garantir mais empregos –são cerca de 950 pessoas apenas para acoleta de resíduos, além de outros 200empregos diretos em cada projeto –, pro-porcionam benefícios ao meio ambien-te. “Todos os projetos são certificadospela ONU, e cada um gera cerca de300.000 toneladas/ano em créditos decarbono”, conclui Mário Pupulin.

17

ne

ci

os

www.weg.net

Equipamentos WEG de automação...

... e distribuição de energiana PCT de Imbituva

Page 18: WEG em Revista 45

WR

•Mar

./Abr

. • 2

007

18

na

ve

gu

e n

a w

eg

A íntegra das matérias desta página você lê no site www.weg.netA íntegra das matérias desta página você lê no site www.weg.net

Tetra de Valor

Transformadornas alturas

Tinta na Mexilhão

Pequeno e rápido

A WEG está comduas novas plantas in-dustriais, situadas emGravataí/RS e Hortolân-dia/SP. Os parques fabrissão dedicados à fabrica-ção de transformadoresde força de grande por-te e subestações móveise fixas. (07/03)

O programa“Equivalentes WEG” é um software online de referência cruzada que permitedescobrir a referência de um produtoWEG em relação à referência de umproduto concorrente equivalente. Bas-ta digitar a referência do produto con-corrente e o software indicará o pro-duto equivalente WEG, sem a necessi-dade de nenhum download. (19/03)

Dois transformadores de 50/65/75MVA, 230/13,8 kV foram entreguespela WEG para a produtora indepen-dente Rio Amazonas Energia. A ins-talação foi na Usina Termelétrica Cris-tiano Rocha, com capacidade insta-lada de 85.380 kW, constituída de cin-co unidades motogeradoras de17.076 kW cada e que utiliza comocombustível principal óleo combustí-vel OCA1 e, como alternativo, o gásnatural. (19/03)

Energia paraa Amazônia

O presiden-te executivo daWEG, Décio daSilva, foi eleitopela quarta vezc o n s e c u t i v aExecutivo deValor pelo jor-nal Valor Eco-nômico. Na lis-

ta dos executivos que venceram qua-tro vezes estão Roberto Setubal, doBanco Itaú, e Wilson Pinto Ferreira Jú-nior, da CPFL Energia. (30/03)

Entrou em operação em mar-ço o navio Saveiros Fragata, PSV7226 do Grupo Wilson, Sons. Pro-jetado para servir de apoio às pla-taformas de produção de óleo egás da Petrobras, o Fragata é umdos primeiros barcos diesel-elétri-cos a entrar em operação, cons-truído no Brasil. (20/03)

Fragata no mar

Uma nova geração de minicon-tatores WEG chega ao mercado,com dimensão extremamente redu-zida e elevada capacidade de ma-nobra: até16 A emr e g i m eAC-3. Oti-m i z a d oatravés dosoftwarede análisee l e t r o -magnéticae mecânica, baseado em cálculosutilizando elementos finitos, o pro-duto oferece melhor performancee diminuição do consumo da bobi-na, com significativa redução nadissipação de calor no componen-te. (28/02)

Na pontado mouse

Nov

as p

lant

as d

etr

ansf

orm

ador

es Um dos maiores transformadoresde força WEG já fabricados para o Perufoi instalado a 4.800 metros de altitu-de, na mina de Iscaycruz, na provín-cia de Oyón, a 600 km de Lima. O equi-pamento, de 20/25 MVA, 127/34,5 kV,foi entregue para a Empresa MineraLos Quenuales S.A., pertencente aoGrupo Suíço Glencore, um dos maio-res da área de mineração do mundo.(05/02)

WEG e Petrobras assinaram umacordo para o abastecimento de 120mil litros de tintas à plataforma Mexi-lhão, na Bacia de Santos, onde a pe-troleira descobriu a maior reserva degás natural não associado do Brasil.Com um investimento inicial de US$1,5 bilhão, a empresa pretende anteci-par a construção de 2009 para 2008.(29/03)

Page 19: WEG em Revista 45

19

cr

ôn

ic

awww.weg.net

Már

io P

erso

na

Abri o jornal e a manchete que li atingiu em cheio meu estôma-go: “POPULARIZAÇÃO DO SUSHI AMEAÇA O ATUM DE EXTINÇÃO”.Não que eu seja fã de sushi, mas adoro atum e por isso fiquei preocu-pado. Se o sushi, que leva um nadinha de atum, é o vilão da extin-ção, o que pensar de mim, um inveterado predador da espécie?

Você não imagina o quanto gosto de atum, especialmente quan-do vem naquela latinha moderna, que nem precisa de abridor. Bastapuxar a argolinha e o atum salta no prato, suplicando por um banhode azeite, um pãozinho italiano e uma cerveja gelada. Ele é versátil.Vai com salada, vai com macarronada, vai de patê, vai até só, aonatural e sem nada.

Hoje me arrependo de ter comido tanto atum. Sinto-me culpadopor ter colocado a espécie em risco. Quem me via no supermercado,enchendo o carrinho de latinhas, pensava que eu era um funcionáriotirando a mercadoria vencida da gôndola. De agora em diante, todasas vezes que puxar a argolinha da tampa, vou me sentir como setivesse acabado de acionar uma granada de pesca predatória.

Mas, se sou culpado da extinção do atum, nada tenho a ver coma extinção da baleia. O caso dela me intriga. Você já comeu baleia ouconhece alguém que tenha comido? Mesmo assim ela corre risco deextinção. Nunca vi uma latinha de baleia no supermercado. Se per-guntasse ao gerente, aposto como ele iria dizer que o supermercadonão trabalha com baleias porque ninguém compra e a mercadoriafica encalhada. Deve ser verdade, já ouvi falar.

O que me intriga nessa questão de extinção são os critérios danatureza. O que, exatamente, torna uma espécie mais extinguívelque outra? Enquanto espécies como atuns e baleias desaparecem,outras, que gostaríamos de ver ao lado dos dinossauros, continuamaí, fortes e saudáveis, driblando a extinção. Estou falando daquelasque têm a foto nas latinhas de aerossol, como formigas, pernilongose baratas.

Quantas baratas você já matou até hoje? Mais do que os atunsque comeu, com certeza. Por acaso elas correm algum risco de extin-ção? Nenhum. Você pode matar quantas quiser e elas continuamfortes e saudáveis. Será que a solução seria enlatá-las?

Eu já estava preocupado com a possibilidade de não poder comeratum quando tomei outro susto. Camarão! Isso mesmo, meu segun-do prato predileto. Será que já está extinto? Deve estar. Pelo menosfoi a impressão que tive, quando pedi um peixe na telha com cama-rão em um restaurante de beira de estrada.

— Garçom, tem alguma coisa errada, só encontrei um camarão!— protestei indignado, porém inseguro, já que no cardápio “cama-rão” estava no singular.

Sem tirar os olhos dos pratos que recolhia da mesa para a bande-ja, o garçom respondeu com uma insensibilidade preocupante, comose a extinção do crustáceo fosse algo perfeitamente normal:

— Achou um? Sorte sua. Tem cliente que não acha nenhum.

Pratos em extinção

RO

NA

LDO

DIN

IZ

Page 20: WEG em Revista 45