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A vez do homem

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Page 3: WEG em Revista 08

editorial

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001 WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

expediente

índice

Weg em Revista é uma publicação da Weg.Av. Pref. Waldemar Grubba, 3300, caixapostal 420, telefone (47) 372-4000,CEP 89256-900, Jaraguá do Sul - SC.Home page: www.weg.com.br.Linha direta: [email protected] Editorial: Walter Janssen Neto(diretor), Paulo Donizeti (editor), CaioMandolesi (jornalista responsável), EdsonEwald (analista de Marketing). Edição eprodução: EDM Logos Comunicação,telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

A Ciência a serviçode uma vida melhor 4

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11

18 3

2001 E Pitanguy ensina aconviver com a idade

Weg fornece pacotepara a Irani

O desenvolvimento domotor elétrico

Vida longa, sem doenças

14Os investimentos daWeg no social

18A cidadania novoluntariado

O novo milênio, alémdo desenvolvimentoda tecnologia, vaitrazer um novosentido de cidadania

Cidadão voluntário

artigo

Gerd Edgar BaumerVice-Presidente do Conselhode Administração da Weg S.A.

Não pergunte oque o governopode fazer porvocê, mas o que

você pode fazer poruma vida melhor

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ssa é a perspectiva da humanidade para o milê-nio que se inicia: viver mais e melhor. O sonhoda vida eterna talvez não passe disso, de um so-

nho. Mas a longevidade tende a aumentar. Se, há umséculo, a expectativa de vida era de 30 e poucos anos,agora já se prevê que nos próximos vinte anos a Ciên-cia avançará a ponto de permitir que o ser humano al-cance os 100 anos com saúde e vigor físico.

Mas a Ciência não é capaz de, sozinha, garantir vidalonga. O próprio homem e as instituições que ele criadevem proporcionar um viver com qualidade. Tome-secomo exemplo o município de Veranópolis, na serra ga-úcha, conhecido pela alta média de idade de seus mo-radores. Segundo as pesquisas feitas na cidade, a lon-gevidade é oriunda dos hábitos saudáveis dos habitan-tes. Atividades físicas, boa alimentação, integração nacomunidade, vida familiar, despreocupação com a mortevinda da intensa fé em Deus, gosto pelo trabalho, nadade cigarro e o hábito de tomar, moderadamente, vinhoàs refeições, foram os aspectos apontados como fatoresde vida longa e projetaram o município internacional-mente.

O hábito da leitura poderia ser acrescentado à listade virtudes que permitem viver melhor. É por isso que opapel jamais será substituído, inteiramente, pelos mei-os eletrônicos de comunicação. E é por este motivo quea Weg investe fortemente no mercado de papel e celulo-se, como pode ser comprovado nesta edição.

Neste número, Weg em Revista completa uma análi-se sobre as conquistas do século XX e as perspectivaspara o novo século. As duas capas se completam, for-mando um quadro desta passagem de tempo.

inauguraum novomilênio.As mu-

danças se aceleram. Um novo mundoestá surgindo. Domenico de Masi disseque quando na nossa História coincidemtrês tipos de mudanças - a descobertade novas fontes energéticas, uma novadivisão do trabalho e uma nova organi-zação do poder -, estamos diante de umsalto de época. Infelizmente, o nossodia-a-dia nem sempre nos permite per-ceber as grandes mudanças que estãoocorrendo. O ser humano, sob certo ân-gulo, sofre de uma crise de percepção.

Mas, analisando de uma forma maisprofunda, vemos que novos valores es-tão crescendo no meiosocial. Duas forças, emespecial, surgem comenorme vigor: a SOLI-DARIEDADE e oCOMPROMETIMEN-TO. E estas forças des-pertam a CIDADANIAe o VOLUNTARIADO.

Quando analisamosestes novos valores, ve-mos que Jaraguá do Sultem uma especial quali-dade de vida produzida,também, pela solidariedade. A partici-pação de todos na sustentação dos hos-pitais. O trabalho voluntário do Corpode Bombeiros. A qualidade de vida dosidosos que são hóspedes do Lar das Flo-res. O trabalho e a qualidade de atendi-mento da Apae. A organização voluntá-ria das associações de bairros.

E a Weg em tudo isto? Sempre pio-neira. Os fundadores Geraldo Wernin-ghaus e Werner Ricardo Voigt foram osprimeiros bombeiros voluntários de Ja-raguá, e Geraldo o seu primeiro coman-dante. O Lar das Flores teve como gran-de operador, construtor e estimulador onosso engenheiro Moacyr Rogério Sens.Hoje é presidido pelo colega Dimas

Vanin. Nós mesmos ajudamos a fundara Apae e nela estamos há mais de 26anos. A grande obra da SCAR - Socie-dade de Cultura Artística -, na constru-ção do seu complexo cultural, tem re-cursos financeiros da Weg e o trabalhovoluntário de muitos colegas. Os nos-sos hospitais têm recebido atenção es-pecial da Weg, e os nossos diretores,Décio da Silva e Luiz Alberto Opper-mann, já dirigiram voluntariamente oconselho do hospital.O novo paradigma da COLABORA-ÇÃO e profunda PARTICIPAÇÃO foienunciado por John Kennedy: “Não meperguntem o que os Estados Unidos po-dem fazer pelo seu povo, mas sim, vo-cês, cidadãos responsáveis, como pode-

rão colaborar com ogoverno do nosso país,para produzir a paz, aqualidade de vida ex-cepcional e a solidari-edade entre os que ha-bitam o nosso solo”.

E aí surge a força doVOLUNTARIADO. Eo voluntário é o cidadãoque, motivado pelosvalores de participaçãoe solidariedade, doa seutempo, trabalho e talen-

to, de maneira espontânea e não remu-nerada, para causas de interesse social ecomunitário.

Não vamos deixar cair a propostaque os fundadores da Weg iniciaram etantos outros seguiram. Vamos nos com-prometer mais com a nossa igreja, onosso bairro, o nosso clube, a nossa et-nia, enfim a nossa cidade, estado e país.Lembremo-nos sempre que a verdadei-ra base dos vencedores de todos os tem-pos - assim está escrito em Confúcio,passando por Platão e Sócrates, na pró-pria Bíblia, no Torah e no Alcorão - são:A CRENÇA, A ENERGIA, A PAIXÃO,A PERSISTÊNCIA, A ESTRATÉGIA,A COMPETÊNCIA E O AMOR.

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WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

17WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

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especial

Viver mais e melhor,sem doenças, etrabalhando menos,são metas do homempara o século XXI

notícias

O século do homem

São 17h45 de uma sexta-feira,véspera de feriadão no ano 2025.Na base operacional da maiorempresa do sistema que reúne as

confederações interestelares, onde o go-verno fixou indústrias que atuam comas tecnologias mais avançadas, preser-vando o ambiente inteiro de riscos dedegradação, há um clima de suspense.Uma tempestade de meteoritos, algo ple-namente previsível nestes tempos, pas-sou despercebida pelo sistema de ras-treamento e pode atrasar a chegada deum grupo de executivos para uma im-portante reunião. O grupo de pessoasparecia não acreditar que o encontro denegócios aconteceria, até que o flash ilu-mina a ampla sala e no centro de umaredoma desenham-se as figuras dosaguardados visitantes. A máquina de te-letransporte conclui a operação, todosparticipam da reunião e minutos depois,para alívio geral, iniciam a aguardadafolga prolongada...

Desde a descoberta da penicilina, dachegada do homem à Lua e do “nasci-mento” da ovelha Dolly, começa a seconcretizar o que antes parecia possívelapenas na imaginação de ficcionistascomo Júlio Verne, ou algo que pudesseestar presente nos desenhos da famíliaJetson ou no seriado Jornada nas Es-trelas. A humanidade vem avançando apassos largos na ciência e na tecnolo-gia. A cena imaginada na abertura deste

texto, portanto, não está longe de acon-tecer. Num futuro - talvez não muitodistante - poderemos estar nos deslo-cando com equipamentos de teletrans-porte como os usados pelo sr. Spock eseus amigos, viajando em autonavescomo os Jetson e deixando para clonesas tarefas mais cansativas. Está bem.Para os que não aprovam as técnicas declonagem e acreditam que os governosnão aceitarão o seu uso em tais propor-ções, vamos imaginar que homens emulheres autômatos quase à perfeiçãohumana - desde que não sejam da espé-cie “replicante” - ocuparão as funçõesmenos nobres da sociedade.

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Pode parecer exagero, mas não esta-mos, de fato, livres desta realidade. Osavanços na ciência são imprevisíveis,como avalia o dr. Fábio Gandour, ge-rente executivo para indústria da IBMAmérica Latina, ao lembrar que a inven-tividade humana parece ser algo ilimi-tado. “Preconizar o fim de qualquer as-pecto relacionado com o homem é omesmo que preconizar o fim da huma-nidade”, lembra. Afinal, já se falou dofim da ciência, do fim da história e atédo fim do mundo.

Com o esgotamento ou não da in-ventividade humana, de todos os avan-ços nada se compara às transformações

Weg é líder

O professor Denizar Cruz Martins, da Universidade Federal de Santa Catarina, foi sorteado para participar de um curso no CTC da Weg, em Jaraguá do Sul.

ESCOLAS DE NÍVEL TÉCNICO

EscolaColégio Técnico Universitário(Univ. Federal de Juiz de Fora)

Escola Técnica EstadualLiberato Salzano Vieira da Cunha

Senai Professor Dr. Zerbini

CidadeJuiz de Fora (MG)

Novo Hamburgo (RS)

Campinas (SP)

AlunoWalmir da Silva

Eduardo Rath Rohr

Danilo de Souza Neves

Profº orientadorAlysio Kelmer de PaivaCondé

Leo Weber

Sérgio Luiz Risso

BancadaMedidasElétricas

Automação com Controla-dores Programáveis

Controle de Velocidadede Motores CA

ESCOLAS DE NÍVEL SUPERIOR

EstabelecimentoEscola de EngenhariaUniversidade Mackenzie

Faculdade deEngenharia Industrial

Universidade Federaldo Rio Grande do Sul

CidadeSão Paulo (SP)

São Bernardodo Campo (SP)

Porto Alegre (RS)

AlunoMauro Wilk

Mário Rodriguez Amigo

Vagner Rinaldi

Profº orientadorAntonio Gonçalvesde Mello Junior

Carlos Donizettide Oliveira

Ály Ferreira Flores Filho

BancadaEletrotécnicaIndustrial

Automação comServoacionamentos CA

Controle de Velocidadede Motores CC

A revista Eletricidade Mo-derna de janeiro, mostrou maisuma vez a liderança da Weg.No Prêmio Qualidade, promo-vido pela revista, a Weg ga-nhou em motores elétricos,com 93,3%, e em transforma-dores de média e baixa tensões,com 35%. Ficou em segundonos transforamdores de potên-cia a seco, com 23%. A empre-sa ganhou também o prêmio deMelhor Desempenho Global,referente ao índice de 93,3%em motores elétricos.

Na foto, da direita para aesquerda, os diretores da WegWalter Janssen Neto, de Marketing, Ri-cardo Bartsch, superintendente da WegMotores, e Luiz Alberto Oppermann, su-

A Weg recebeu, em fevereiro, umahomenagem do governo de Santa Ca-tarina, pela contribuição ao desenvol-vimento cultural do estado. O proje-to que a Weg patrocinou usando osrecursos da Lei de Incentivo foi aMostra Itinerante de Arte Temática“Jaraguá do Sul nos 500 Anos doBrasil”.

perintendente da Transformadores, como presidente do Sindicato dos Conduto-res Elétricos, Alberto Messano.

Quem conserva energiaForam divulgados os trabalhos ven-

cedores do III Concurso Weg de Con-servação de Energia. Os estabelecimen-tos de ensino onde estudam os alunosvencedores ganharão bancadas didáti-

cas, microcomputadores e um curso naWeg com todas as despesas pagas.

Ao todo, foram mais de 70 trabalhosapresentados no Concurso de Conserva-ção de Energia. Os professores orienta-

dores destes trabalhos concorreram auma viagem com todas as despesas pa-gas para participar de um curso no CTC- Centro de Treinamento de Clientes -,na Weg.

Homenagem

O terceiro certificado Q-Plus foientregue à Weg pela Springer-Carri-er. O certificado foi conquistado pelaMotores, e soma-se aos recebidospela UG e pela Acionamentos. Comvalidade de um ano e meio, o Q-Plusé o reconhecimento de um intenso tra-balho desenvolvido pela empresapara adequação aos severos requisi-tos do programa.

Q-Plus

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Prever é difícil

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 20015

especial

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 200116

notícias

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odos os 100 representantes daWeg que atuam no Brasil in-teiro estiveram reunidos emJaraguá do Sul para fazer um

balanço do ano de 2000, atualizarconhecimentos técnicos e definirmetas e objetivos para 2001. Foidurante a 36ª Conweg - Conven-ção Nacional Weg -, realizada de17 a 19 de janeiro, com o tema Re-lacionamento.

Nesta edição a Conweg seguiuenfocando o papel do representantefrente às mudanças ocorridas nomundo e na posição da Weg nomercado. Com o advento da tecnologiada informação, perde-se menos tempocom burocracia, papéis e trabalho repe-titivo. Sobra tempo para o RELACIO-NAMENTO com clientes, tema da con-venção em 2001.

O representante Weg não é mais um“tirador de pedidos de produtos”, masum profissional capaz de apresentar so-luções para seus clientes, não só envol-vendo produtos Weg. A intenção é ser okey supplier, ou seja, que o cliente pen-se primeiro na Weg quando tiver algu-ma necessidade.

A Conweg teve atividades na recre-ativa da empresa, no CTC (Centro deTreinamento de Clientes) e na Socieda-de de Cultura Artística de Jaraguá doSul, onde foi apresentada uma peça deteatro especialmente criada para o even-to. A convenção também é uma oportu-nidade de integração e confraternizaçãoentre os representantes e o pessoal devendas e marketing da Weg. Além dostrabalhos, todos os participantes têm achance de mostrar suas habilidades es-portivas numa espécie de olimpíada.

Foco no RelacionamentoRelacionamento foio tema da 36ª Conweg,que insistiu nainformatização detodos os serviços

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Surpresa na premiaçãoUma surpresa aguardava os re-

presentantes premiados na conven-ção: o anúncio de cada vencedor foifeito pela própria família, em vídeo.A maioria externou a emoção em lá-grimas. A lista dos vencedores: Leníl-son Repr., Ede Bassoli Repr., EhwazRepr., Remig Repr., Repr. Pamplona,Hilário JR Repr., Polimotor Repr.,Marchiori Repr., PLC Repr. e FasorRepr.

Luiz Fernando da Silva, represen-tante em Belo Horizonte (MG), ficou

encantado com a organização e comos resultados concretos de sua parti-cipação na Conweg. “O calor huma-no da empresa - disse Luiz Fernando- foi notório em todos os niveis daorganização da convenção: apresen-tações motivadoras, jogos e entregados prêmios pelos familiares.” O re-presentante mineiro concluiu garan-tido que “a Weg está encantando nãosó os seus clientes, mas também to-dos os seus companheiros de traba-lho”.

Walter Janssen Neto, diretor deMarketing, fala aos convencionais

Peça de teatro teveroteiroespecialmentedesenvolvido para aConweg

Representantespremiados pelo

desempenho nasvendas

na tecnologia da informação. Desde queuma equipe de cientistas do Instituto deTecnologia de Massachusets desenvol-veu, em 1930, o primeiro computadoranalógico do mundo, a informática nãopára de mostrar novidades. “A informá-tica vai penetrar em nossas vidas demodo imperceptível. Em breve, nada doque conhecemos com o nome de infor-mática nos dias de hoje vai estar dispo-nível com o mesmo formato, ainda quea função seja a mesma ou até superior”,afirma o dr. Gandour.

É pela internet, por sinal, que o bri-tânico Charles Handy, um dos mais im-portantes pensadores do management domundo, sugere que o mundo está pron-to para ser reinventado. “O futuro estárepleto de possibilidades, mas o suces-so só virá para os que se animarem apensar o impensável”, recomenda. Com-parado a Peter Drucker, o “pai” do ma-nagement, ele exercita sua veia visio-nária lançando um olhar sobre as orga-nizações do terceiro milênio: “Vejo-ascomo pequenas unidades comerciais quese reunirão em grandes unidades e, jun-tas, formarão uma companhia federalis-ta. Esta estrutura estará centralizada ematividades que se realizam de forma con-junta, como compras, publicidade emarketing, mas descentralizadas no res-tante”.

Handy projeta a empresa do futurocomo um espaço capaz de organizar aspessoas em torno de interesses comuns,

retomando o signifi-cado de companhia.“Se aceitarmos queuma organização denegócios é uma co-munidade, as empre-sas também precisa-rão tomar consciên-cia do papel que de-vem desempenharalém dos seus limi-tes físicos. No pas-sado, uma comuni-dade era um lugar,uma vila ou uma cida-de. Hoje, cada vez commaior freqüência, oconceito está associ-ado a comunidadesde interesses, isto é,pertencemos a umacomunidade por-que, de alguma for-ma, contribuímospara o que o restantedos membros está fa-zendo. Desta forma,as empresas, comomais um membro dacomunidade, têm de seresponsabilizar pela parte que lhescabe”. A respeito desta visão empresa-rial, há uma frase de Peter Drucker emrecente artigo na revista Fortune, em quelembra que “a gestão não se esgota nosnegócios”. Na última década do milê-

Ao lado dos estudiosos das áreas de administração e negócios, no campocientífico ainda não se tem noção exata das transformações possíveis nonovo século. O professor Imre Simon, da Universidade de São Paulo, asse-gura que é muito difícil fazer previsões. “Alguns acham que estamos noinício de uma grande revolução, parecida talvez com a Revolução Industri-al, mas outros não aceitam o uso do termo revolução. Poucos duvidam, po-rém, do fato de que a evolução tecnológica impactará fortemente os aspec-tos econômicos, sociais e culturais da nossa civilização. O problema está emtentar prever qual o impacto ou como o processo se desenrolará”.

A única certeza do pesquisador é concordar com a opinião do professorJeffrey Sachs, da Universidade de Harvard, ao comentar sobre o que sepode esperar da globalização. Ele conclui que o mundo não pode ser maisdividido por ideologia, mas sim por tecnologia. No estudo, a região Sul doBrasil é classificada como “capaz de adotar tecnologias”, enquanto a mai-or parte do país é classificada como “tecnologicamente excluída”.

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Gandour:informática terá novos formatos

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nio passado, Drucker avalia a necessi-dade de se perceber que a sociedade émais do que as empresas e o Estado. Foium dos primeiros a falar da ascenção dosetor social sem fins lucrativos, o ter-ceiro setor.

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WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

O que vem por aí

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especial

Desde o final do ano passado a bi-ogenética tem merecido generosos es-paços na Imprensa. Entre os avançosem andamento e previstos para esteinício de século, destacam-se os se-guintes:q Cientistas do Projeto Genoma che-

gam à conclusão que a espécie hu-mana tem poucos genes.

q Até 2010 serão possíveis testes dediagnóstico genético para algumasdoenças e intervenções para redu-zir o risco de algumas delas.

q Bebês de proveta terão seus embri-ões diagnosticados, para evitar o de-senvolvimento daqueles que tiveremanomalias.

q Os seguros-saúde vão cobrir trata-mentos da medicina biogenética.

q Até 2020, doenças como depressãoe autismo terão tratamento pela bi-ogenética.

q Em 2030, o ser humano já terá umaexpectativa de vida de 90 anos, e ha-verá terapia genética para váriasdoenças.

q No final do ano passado, pesquisa-dores coreanos conseguiram curarratos diabéticos graças a um hor-mônio produzido pelo fígado.

q O governo francês anunciou mudan-ças na sua política sobre clonagemhumana, para conseguir células queajudem no tratamento de doenças.

Macaco �Cyborg�

Quem tem mais de 20 anos deve selembrar dos seriados O Homem de 6 Mi-lhões de Dólares e A Mulher Biônica,que a TV popularizou nos anos 70 e 80.Implantes eletrônicos permitiam que ospersonagens interpretados por Lee Ma-jors e Lindsay Wagner tivessem visão,audição e força sobre-humanos, a ser-viço da lei. Mais tarde, nos anos 90, odiretor holandês Paul Verhoeven radi-calizou, ao substituir praticamente todasas partes do organismo de um homemem Robocop. O policial Murphy era umautêntico cyborg (cybernetic organism,ou organismo cibernético).

Atualmente, os implantes se resu-mem a placas, pinos e parafusos, alémde próteses substituindo membros. Masa mobilidade desses membros artifici-ais fica longe das poderosas pernas damulher biônica ou das mãos super-rápi-das do Robocop.

O cérebro, hoje, é o alvo dos cien-tistas na busca do organismo cibernéti-co. Uma experiência bem sucedida foidesenvolvida no final do ano passado,na Universidade Duke, na Carolina doNorte (EUA).

Uma equipe comandada pelo médi-co brasileiro Miguel Nicolelis conseguiucom que um computador interpretassea atividade cerebral de um macaco. A

partir das ondas do símio, o computa-dor moveu um braço mecânico de for-ma similar à que o animal fazia com seupróprio braço.

O trabalho dos cientistas da Duke foium passo importante para superar umabarreira: a dificuldade em entendercomo o cérebro transmite suas ordens.Com o desenvolvimento das pesquisas,os cientistas poderão chegar aos implan-tes cibernéticos que substituam com per-feição órgãos lesionados. Em mais umadécada, acreditam os pesquisadores, omundo verá algo muito próximo do “ho-mem de 6 milhões de dólares” ou da“mulher biônica”.

q Em novembro passado, cientistasdos Estados Unidos desenvolveramuma vacina contra o vírus Ebola.

q A universidade de Utah e a empre-sa Myriad Genetics identificaram oprimeiro gene a ser associado a altorisco de desenvolvimento do câncerde próstata.

q Médico brasileiro conseguiu, no fi-

nal de 2000, ligar o cérebro de ummacaco amazônico a um mecanis-mo robótico que reproduz o movi-mento do braço. É o primeiro ma-caco cyborg do mundo.

q Em janeiro deste ano, o governo bri-tânico decidiu legalizar a replica-ção de células fetais para as pes-quisas com fins terapêuticos. n

c omunidade

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

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compromisso

roduzir em harmonia com oMEIO AMBIENTE faz parte do

compromisso da empresa. Para isso,a Weg desenvolve anualmente açõesem prol da natureza. Em 2000, o in-vestimento somou R$ 818 mil. Asações passam pela instalação e mo-nitoramento de equipamentos, pelocontrole de resíduos, pela coleta se-letiva e por programas de conscien-tização e educação do pessoal quetrabalha na empresa e da comuni-dade. O trabalho para produzir deacordo com as normas ambientaisdeu à Weg, no final do ano passado,o Prêmio Expressão de Ecologia na ca-tegoria Controle da Poluição Indus-trial, pelo conjunto de ações implan-tadas na Weg Química, lideradaspela instalação da nova Estação deTratamento de Efluentes.

estas, atividades esportivas,diversão. Com uma das as-

sociações recreativas mais bemestruturadas de Santa Catarina,o LAZER recebe apoio total naWeg. No ano passado, a empre-sa aplicou R$ 1,85 milhão ematividades para a integração ebem-estar de colaboradores e fa-miliares. Entre os principaiseventos, realizados anualmente,estão a festa do Dia do Traba-lho, a festa do Dia da Criança ea festa junina.

nvestir em ações para o DESENVOLVIMENTOSOCIAL da comunidade é básico para a Weg. Em

2000, o investimento nesta área chegou a R$ 841mil. Entre as promoções destacaram-se a quinta edi-ção da Ação Comunitária - um mutirão realizado emparceria com diversas entidades do município e queconcentra atividades de saúde, segurança, lazer, cul-tura e serviços - e o lançamento da segunda ediçãodo vídeo Jaraguá do Sul, Ontem e Hoje, que conta ahistória do município e teve cópias doadas às esco-las da cidade. O apoio a entidades locais como bom-beiros, hospitais e escolas, a exemplo dos anos ante-riores, também recebeu atenção da empresa.

R$ 3,57 milhõesEducação

R$ 3,93 milhõesSaúde

R$ 3,51 milhõesAlimentação

R$ 841 milDesenvolvimento

Social da Comunidade

R$ 1,85 milhãoRecreação e Lazer

R$ 818 milMeio Ambiente

R$ 3,02 milhõesPrevidência

BALANÇO SOCIAL 2000

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eentrevista

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 200114

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 20017

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comunidade

Quando o homem ultrapassará abarreira dos 100 anos de vida?

Pitanguy - Uma das possibilidadesmais interessantes é a engenharia gené-tica retardar o processo de envelheci-mento, impedindo a degradação celular.A descoberta e a modificação do genedo envelhecimento poderá ser, talvez, arealização do sonho fáustico da eternajuventude. Por outro lado, a longevida-de do ser humano - nos países do pri-meiro mundo - quase duplicou neste úl-timo século, passando de uma média de45 anos para mais de 75 anos. É prová-vel que esta taxa continue, para além dos100 anos.

Clonagem humana é irreversível?Pitanguy - A clonagem de seres hu-

manos é, cada vez mais,uma realidade, desde as ex-periências que resultaramna ovelha Dolly e, mais re-centemente, com o macacoANDi. As pesquisas estãosendo realizadas em cen-tros de excelência, visandoencontrar soluções para o tratamento dedoenças sérias. O maior perigo no usoincorreto destas tecnologias vem de nósmesmo, uma vez que é a tendência hu-mana querer sempre beneficiar sua pró-pria prole.

A terapia genética já chegou aoponto de ser aplicada sem riscos parao ser humano?

Pitanguy - Ainda é cedo para vis-lumbrar até onde poderá ser usada a tec-nologia da clonagem humana. Todanova terapia necessita de muitos anosde estudo e aplicação em laboratório,principalmente quando se está lidandocom aquilo que é o mais íntimo segredode qualquer espécie: seu código genéti-co. Mas certamente poderemos esperar,num futuro breve, a cura de diversasdoenças de origem genética.

Atualmente, o envelhecimento é“disfarçado” com a cirurgia plástica.

Juventude na fonteSeguidas operações e implantes de si-licone não prejudicam o organismo?

Pitanguy - O conceito de beleza éuniversal e está intrinsecamente relaci-onado à busca de harmonia como ummeio de atingir o bem-estar íntimo. Acirurgia de rejuvenescimento facial nãose propõe a devolver anos de juventudeao indivíduo, mas sim permitir-lhe queaceite com naturalidade sua idade bio-lógica, suavizando a transição entre osanos de plena idade adulta e uma fasede mais maturidade. A tecnologia vemaperfeiçoando os implantes empregadostanto na cirurgia reparadora quando nosprocedimentos estéticos. Pesquisas commateriais biocompatíveis vêm sendorealizadas paralelamente às demais des-cobertas da biotecnologia.

Até que ponto aidéia do “homem biôni-co” é viável?

Pitanguy - Algumascompanhias biotecnológi-cas estão pesquisando onovo campo da engenharia

do tecido e da fabricação de órgãos hu-manos. Pele artificial já foi usada paratratar vítimas de grandes queimaduras.Alguns pesquisadores pretendem fabri-car válvulas cardíacas, orelhas, cartila-gens, narizes, mamas e outras partes docorpo. Segundo o pesquisador RobertLanger, engenheiro químico do MIT, aidéia é fazer órgãos, mais do que sim-plesmente transplantá-los.

O Brasil, hoje, está em nível de pri-meiro mundo na pesquisa médica?

Pitanguy - Sem dúvida, estamos nafronteira em muitas áreas da medicina,tanto em pesquisas básicas como em se-tores mais adiantados. Grande parte dosresultados, que têm reconhecimento in-ternacional, vêm de centros de excelên-cia de instituições públicas, que conse-guem verdadeiras façanhas com o pou-co recurso provindo dos órgãos públi-cos.

Qual o limite da vidahumana? É uma pergunta aser respondida neste século.Se até hoje o homem aindanão consegue viver cem anosem plena forma, pode, pelomenos, aparentar isso. Essa éuma tarefa dos cirurgiõesplásticos. Ivo Pitanguy, omais famoso deles, nessaentrevista exclusiva à revistada Weg, fala de suasexpectativas quanto àlongevidade e à biogenética.

Prof. Ivo PitanguyCirurgião plástico, professor Titulardo Curso de Pós-Graduação emCirurgia Plástica da Escola Médica dePós-Graduação da PUC-RJ e doCurso de Pós-Graduação emCirurgia Plástica do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas

(Saiba mais sobre o pensamento de IvoPitanguy acessando www.weg.com.br)

A decodificaçãogenética vai

permitir a curade várias doenças

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iver com dignidade e em har-monia com o ambiente. Emsíntese, isso significa ter qua-lidade de vida. E o que o avan-

ço tecnológico tem a ver com isso?Tudo. Os estudos e as preocupações nocampo científico estão cada vez maisvoltadas para melhorar o bem-estar daspessoas, e a tecnologia é a principal ali-ada nesse sentido. A cada avanço sur-gem novas esperanças, novas expecta-tivas, novas respostas e certezas de que,em breve, a humanidade vai poder co-memorar a descoberta de soluções parauma vida com mais qualidade.

Mesmo apostando no desenvolvi-mento tecnológico e vendo o seu suces-so aumentar a cada dia, não se pode es-quecer que qualidade de vida é resulta-do de detalhes básicos que garantem umviver saudável e feliz. Nesse caso, maisdo que tecnologia, é preciso boa vonta-de e participação. E é firmada nessesdois conceitos que a Weg investe desdea sua fundação no bem-estar social decolaboradores, familiares e comunida-de.

A cada ano, desenvolve ações paraa saúde, cultura, lazer e educação doscidadãos, com a certeza de que o seusucesso como empresa passa pela segu-rança e felicidade pessoal de cada pes-soa da sociedade em que está inserida.Mais do que palavras, os números doinvestimento social em 2000 compro-vam, estatisticamente, o que se está fa-lando.

Qualidade de vida é

V

oram R$ 3,57 milhões in-vestidos em EDUCAÇÃO.

No pacote incluem-se supleti-vo de 1º e 2º graus, cursos téc-nicos para adolescentes e edu-cação para adultos no Centro-weg e cursos de aperfeiçoa-mento. A visão é garantir queos colaboradores concluam osestudos, preparar e dar opor-tunidade aos jovens que inici-am no mercado de trabalho eatualizar os trabalhadores paraas mudanças ocasionadas peloprogresso.

Não basta a tecnologia: asempresas precisam darcondições para que aspessoas tenham uma boaqualidade de vida

o sistema dePREVIDÊN-

CIA mantido pelaempresa, só noano passado fo-ram investidosR$ 3,02 milhões.O objetivo é ga-rantir o futuro doscolaboradores,com renda extra evida digna.

am tempos modernos, há aqueles quedizem se �alimentar de luz�. Fraude ou

possibilidade? Para a Weg não interessa,porque a verdade válida para viver comqualidade é a garantia de uma ALIMENTA-ÇÃO saudável, com os nutrientes necessá-rios, balanceada, com acompanhamentonutricional e considerando as sugestões epreferencias dos colaboradores. Em 2000o item alimentação recebeu um investimen-to de R$ 3,51 milhões.

AÚDE em primeiro lugar. Esse é um dos lemas daempresa, e, para concretizá-lo, a Weg investiu R$

3,93 milhões no serviço médico, garantindo assistênciaambulatorial, odontológica e prevenção para colabora-dores e familiares.

FOTOS FLÁVIO UETA

Page 8: WEG em Revista 08

Aperfeiçoamento

vendas

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001 WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 20018 13

Com um pacotecompleto fornecido paraa Irani, a Weg consolidasua posição no mercadode papel e celulose

O

n

papel era tido como umsério candidato ao desapa-recimento no século XXI.Ele seria, diziam as profe-

cias, substituído pela leitura eletrôni-ca. Não é o que se vê, ao constatar aforça do mercado mundial de papel ecelulose.

A Weg marca presença neste mer-cado há muitos anos, oferecendo tec-nologia de última geração. Recentemen-te foi fornecido um completo pacote ele-

O papel do fornecedoré oferecer soluções

troeletrônico e de automação para a ins-talação da Máquina de Papel 5 da Celu-lose Irani, localizada em Vargem Gran-de, na região Oeste de Santa Catarina,próximo a Chapecó.

O Projeto, desenvolvido em parce-ria com a Hergen S/A, de Rio do Sul,que foi responsável pela parte mecânicado equipamento, consiste em uma má-quina para fabricação de papéis para em-balagem, com capacidade de produçãode 190 toneladas/dia.

Nas fotos, (1) aMáquina dePapel 5; (2) arebobinadeira;(3) painéis deacionamentoWeg cominversor defreqüência; (4)transformadoresde força Weg

matériatécnica

A concorrência entre fabricantes provocou o rápido aperfeiçoamento domotor elétrico, pois o sucesso dependia da capacidade de colocar no merca-do um produto de melhor qualidade, menor custo e menor relação peso/potência. Quando começou a fabricação em série, a diminuição de peso etamanho trouxe um aspecto negativo: as dimensões variavam de um fabri-cante para outro, dificultando a intercambialidade.

Assim, começou-se a buscar uma padronização das características maisimportantes do motor. Em 1923 foi publicada, na Alemanha, a norma DIN-VDE-2650, que fixava valores para rendimento, fator de potência, conjuga-do de partida e corrente de partida para motores abertos trifásicos com ro-tor em curto-circuito de 0,12 a 100 kW. Após a Segunda Guerra, iniciou-se apadronização dimensional. Em 1948, uma norma estabelecia dez dimensõesde carcaças, mas levava em conta apenas motores de quatro pólos.

Dois anos depois foi criado um subcomitê da International Electrotech-nical Commission - IEC -, visando a padronização das máquinas elétricasgirantes. Mas ainda havia o problema da utilização de dois sistemas de me-dida diferentes (métrico e em polegadas). Optou-se então por estabelecerséries independentes de potências e dimensões, e a relação entre elas ficariaa cargo das associações normativas de cada país. Em 1956 foi publicada aprimeira edição da norma IEC-72, que até hoje serve de diretriz para ospaíses membros.

A norma brasileira NBR 5432/1983 segue as recomendações da IEC-72,porém propõe que, para motores de potência nominal igual ou inferior a 150kW ou 200 cv, as potências deverão ser expressas preferencialmente em cv(cavalo-vapor). Para potências superiores são admitidas duas séries, umaem kW e outra em cv, que não são equivalentes entre si, porém são baseadasna série R 40.

O que se deduz é que uma padronização sensata deve oferecer a possibi-lidade de aperfeiçoamento e de desenvolvimento tecnológico. Por outro lado,é ncessário que as normas tenham um maior período de validade, para seevitar despredício com investimentos em ferramental, material e mão-de-obra. É preciso encontrar esse equilíbrio.

Isolantes

Os motores assíncronos atuais sãobaseados nos mesmos princípios físicosdo motor construído por Dobrowolsky.As pesquisas se concentraram, desdeentão, no aperfeiçoamento e na reduçãodo peso da máquina elétrica em relaçãoà potência fornecida. O maior avançotecnológico neste sentido se deve ao de-senvolvimento dos isolantes elétricos.

A isolação dos fios com seda natu-ral ou artificial reduziu em cerca de 60%o espaço ocupado pelos condutores. Osvernizes de impregnação eram à base deresinas naturais, óleos e solventes, comcapacidade térmica máxima de 90O.

A idéia de utilizar uma espécie deesmalte ou verniz começou a ganhar cor-po por volta de 1900, nos Estados Uni-dos. Os materiais isolantes atuais sãoquase que inteiramente sintéticos. Osfios são esmaltados com vernizes quepermitem com segurança a aplicação decamadas muito mais delgadas que as ca-pas duplas de algodão, e apresentamuma rigidez dielétrica várias vezes su-perior e uma capacidade de suportartemperaturas cada vez mais elevadas.

Peso/potência

O aperfeiçoamento tecnológico per-mitiu que os motores ficassem mais le-ves com o passar do tempo. Os projetis-tas, hoje, consideram no cálculo do mo-tor uma grande gama de variáveis, per-mitindo escolher a melhor das soluções.

Observando-se o peso de um motorde mesma potência no decorrer do tem-po, pode-se verificar que o motor atualtem 8% do peso do seu antecessor de1891. O tamanho das máquinas vem di-minuindo cerca de 20% a cada década.

Conclusão

Se analisarmos o desenvolvimentodas máquinas elétricas através da his-tória e avaliarmos o seu atual estágiotecnológico, temos a sensação de quenão há mais muita coisa a fazer.

Mas também sabemos que o desen-volvimento, uma vez desencadeado,não pára. O que, hoje, faz parte da fic-ção científica, amanhã poderá ser rea-lidade.

FOTO

S RE

NA

LDO

JU

NKE

S

1891

1896

1899

1901

1924

1926

1930

1941

1954

1964

1984

88 kg/kw

67 kg/kw

42 kg/kw

29 kg/kw

21 kg/kw19 kg/kw

12 kg/kw12 kg/kw

11kg/kw 7,5 kg/kw 6,8 kg/kw

Evolução do motortrifásico AEG (relação

peso/potência)

·

¸

¹

Page 9: WEG em Revista 08

Genuinamentecatarinense

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 200112

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 20019

vendas

O complexo compreende quatro eta-pas: seção de aparas, preparação demassa, máquina de papel propriamentedita e rebobinadeira. Toda a automaçãofoi feita com produtos Weg. A instala-ção apresenta três salas de supervisãocom microcomputador (Windows NT)e com dois sistemas de CLP (Controla-dor Lógico Programável) da família IPC300 (Weg/Bosch) em rede Profibus-DP.A solução Weg começa pela entrada deenergia em 23 kV, seguindo para os qua-tro transformadores rebaixadores 380 V.

“É uma automação completa do pon-to de vista elétrico e de variáveis do pro-cesso, incluindo todo o controle de gra-matura e consistência”, afirma o enge-nheiro Valter Luiz Knihs, gerente do de-partamento de Projetos de Engenharia eAutomação da Weg. Das salas de super-visão, o operador tem controle e histó-rico de todo o processo. Todos os equi-pamentos funcionam com um sincronis-mo extremamente preciso. Oferecer tec-nologia de última geração foi uma dasprincipais preocupações da Weg para ga-rantir qualidade de performance e pre-cisão.

“Temos feito vários fornecimentosno segmento de papel e celulose desdeos anos 80; porém, com certeza, o Pro-jeto Irani se constitui em um dos maiscompletos, pois envolve a automação econtrole integrados de todo o processo,desde a parte de preparação de massaaté a máquina de papel em si. Este for-necimento, somado a outros grandesprojetos fornecidos pela Weg em outrossegmentos de mercado, vem consolidarnossa posição de player nesta área desistemas industriais, atestando a nossacompetência para forne-cer e gerenciar projetosdeste porte”, destaca Al-ceu Guimarães Filho, ge-rente do Centro de Negó-cios Industriais da Weg.

A sintonia entre Weg, HergenIrani marcou a concretização econsolidação de um projeto ge-nuinamente catarinense. O resul-tado: uma planta moderna, eco-nômica, automação plena e co-missionamento rápido. Entre acontratação do pedido e a opera-ção da máquina de papel trans-correram apenas 9 meses, quan-do, normalmente, projetos desseporte levam em média de 14 a 16meses para ser executados.

“O projeto Irani deve ser lem-brado como um marco na histó-ria das empresas catarinenses

Hergen e Weg, mostrandoao mercado nacional e in-ternacional a capacidadedo parque tecnológico doestado no setor papeleiro.Registra-se também o mé-rito da Celulose Irani, queassumiu este grande desa-fio e, sem dúvida, contri-buiu na concretização doprojeto, com uma parceriasem igual com todos os for-necedores”, declara o en-genheiro Willian Rodriguesdos Santos, gerente opera-cional da Hergen.

Na foto de cima,estação do sistema

supervisório comCLP Weg/Bosch; à

direita, motor CA de300 cv - bomba de

mistura

matériatécnica

Em 1838 o professor alemão MoritzHermann von Jacobi desenvolveu ummotor elétrico e aplicou-o a uma lancha.A aplicação prática da energia elétricaem trabalho mecânico ficou assim com-provada. Entretanto, toda a enrgia pro-vinha de baterias, que eram carase de uso restrito. A preocupação,então, voltou-se à geração deenergia elétrica de baixo custo.

Em 1856 o eletrotéc-nico Werner Siemensrelatou o sucesso ob-tido na construção deum gerador de corrente,magnético, com induzidoT duplo. Mas esse aparelhonão podia gerar energia sufi-ciente para alimentar indústri-as e equipamentos domésticos.Os ímãs permanentes eram deação restrita. Somente em 1866 Si-emens construiu um gerador semímã permanente, provando que a ten-são necessária para o magnetismo po-dia ser retiada do próprio enrolamentodo rotor, isso é, que a máquina podiaauto-excitar-se.

O primeiro dínamo de Werner Sie-

mens possuía uma potência de aproxi-madamente 30 watts e uma rotação de1.200 rpm. A máquina podia tam-bém funcionar comomotor, des-

de quese aplicasse

aos seus bornes umacorrente contínua. Em 1879

a firma Siemens & Halske apresen-tou a primeira locomotiva elétrica, compotência de 2 kW. Mas a máquina tinhaalto custo e era vulnerável em serviço,exigindo o desenvolvimento de um mo-

tor mais barato, robusto e de menor custode manutenção.

Em 1885 o engenheiro eletricista ita-liano Galileu Ferraris construiu ummotor de corrente alternada de duasfases. Em 1887 o iugoslavo Nicola

Tesla apresentou um pequenoprotótipo de motor

de indução bifási-co com rotor emcurto-circuito. Em1889 o engenhei-

ro eletricistarusso Michaelvon DolivoDobrowolsky,

da firma AEG, deBerlim, persistindo na pes-

quisa do motor de corrente alterna-da, entrou com pedido de patente de ummotor trifásico com rotor de gaiola. Eleera simples, silencioso, tinha menos ma-nutenção e alta segurança em operação.Em 1891 Dobrowolsky iniciou a fabri-cação em série de motores assíncronos,nas potências de 0,4 a 7,5 kW.

Acima, o primeiro dínamo elétrico,de 1866; abaixo, fábrica com

acionamento elétrico individual

Hans Lauermann(em pé, diretor

superintendente daIrani):

impressionado coma precisão doacionamento

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Escopo de fornecimento

vendas

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10WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

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Avanços tecnológicosnos motores elétricos

O

Eng. Moacyr SensDiretor Técnico da Weg

CLIENTE: CELULOSE IRANI S.A.OBRA: Máquina de Papel nº 5LOCAL: Campina da Alegria

Vargem Bonita - SCDATA: 2000

FORNECIMENTO- Transformadores de Força

(3 x 1750 kVA e 1 x 1500 kVA - 23 kV)- Painel de Acionamento Multimotores

MP nº 5(27 colunas e 20 inversores)

- CCM - Centro de Controle de MotoresBT com 44 colunas(93 chaves de partida - convencionais /inversores / soft-starters e 8alimentadores )

- Automação Industrial em 7 colunasde painel(2 CLP�s, 13 Unidades Remotas,3 Interfaces homem-máquina e3 Estações de supervisão)

- Software Supervisório para automaçãodo processo(Aparas, Preparação de Massa eMáquina de Papel)

- Motores Alto Rendimento Plus (91 unidades)- Motores tipo Inverter Duty Motor

(26 unidades)

IRANIA Celulose Irani, empresa do Gru-po gaúcho Habitasul, atua há 59anos, e tem unidades em Santa Ca-tarina e São Paulo. Com produ-ção diária de 220 toneladas, de-tém 30% do mercado, liderando osetor de papel Kraft de baixa gra-matura, muito valorizado no mer-cado de embalagens e produtosalimentícios. A produção anual depapel supera 91 mil toneladas,sendo que os planos de investimen-to na otimização e expansão doparque prevêem a ampliação daprodução de papel para 102 miltoneladas em dois anos. Cerca de20% da produção a empresa ex-porta para mais de 32 países.

HERGENCom dois parques fabris em

Rio do Sul (SC), a Hergen S/A ini-ciou atividades em 1975. Hoje for-nece soluções completas, do pro-jeto à montagem de máquinas eequipamentos para a indústria depapel. Pelo alto nível de desenvol-vimento tecnológico e qualidadede produtos e serviços, consagrou-se como uma das principais em-presas de seu segmento na Améri-ca Latina.

trole distribuído, diz o diretor da Irani,“hoje estaria justamente ao contrário: es-tamos temerosos é em não poder esca-lar a Weg para parcerias nos próximosanos”.

Além da qualidade tecnológica,Lauermann destaca a assessoria presta-da pela Weg: “Não temos nada a recla-mar em relação à parte profissional epessoal. No mesmo pacote recebemosserviço de supervisão e montagem, e osprofissionais colocados à nossa dispo-sição são de primeira linha”.

Além de fornecer o pacote comple-to e acompanhar lado a lado com a Her-gen a construção do projeto, a Weg co-meçou o treinamento da equipe de ope-ração e de manutenção antes mesmo doinício da instalação. “Nossa meta foioferecer solução completa para o clien-te”, afirma Valter Luiz Knihs, gerentedo departamento de Projetos de Enge-nharia e Automação.

“Es tamoscontentes determos esco-lhido a Wegcomo a melhorp a r c e i r a ” ,afirma HansLauermann,diretor supe-rintendente daIrani. “O acio-namento damáquina emtodas as fasesdo processo -

continua Lauermann - não apresentanenhuma dificuldade, seja no conceitoou na qualidade de execução. Inclusivenossos gerentes responsáveis pela ma-nutenção e operação estão impressiona-dos pela precisão alcançada no aciona-mento”. A dúvida inicial na escolha dofornecedor para a parte elétrica e de con-

Parceira de futuro

Quem são

�O fato deoptarmos pelaempresa como

parceira nainstalação da

Máquina 5 compacote completo de

automação foidevido ao trabalhode Assistência Técnica oferecido. Com

certeza, a Weg tem a melhorAssistência Técnica do mercado e

mostrou todo o empenho e ocompromisso com o cliente. Nãotivemos nenhum problema e eu,

particularmente, me surpreendi com oresultado do trabalho.�

Ruy Michel Filho, gerente Industrial daFábrica de Embalagem II

ano de 1866 pode ser con-siderado como o do nasci-mento da máquina elétrica,quando o cientista alemão

Werner Siemens inventou o primeirogerador de corrente contínua auto-indu-zido. Entretando, esta máquina elétricafoi o último estágio de um processo deestudos, pesquisas e invenções de mui-tos outros cientistas, durante quase trêsséculos.

Em 1600 o cientista inglês WilliamGilbert publicou uma obra descrevendoa força de atração magnética. A primei-ra máquina eletrostática foi construída

em 1663, pelo alemão Otto Guericke, eaperfeiçoada em 1774 pelo suíço Mar-tin Planta. O professor de Medicina ita-liano Aloiso Galvani notou, em 1786,que ao tocar com o bisturi em coxas derãs que estavam penduradas numa gra-de de ferro, estas apresentavam umacontração, a qual chamou “eletricidadeanimal”.

Outro italiano, Alessandro Volta,descobriu que entre dois metais diferen-tes, imersos em líquido condutor, sur-gia uma tensão elétrica. Em 1799 ele de-senvolveu uma fonte de energia que cha-mou de “coluna de Volta”, que podiafornecer corrente elétrica. O físico di-namarquês Hans Christian Oersted, em1820, verificou por acaso que a agulhamagnética de uma bússola era desviadade sua posição norte-sul quando passa-va perto de um condutor no qual circu-lava corrente elétrica. Essa observaçãofoi o primeiro passo em direção ao de-senvolvimento do motor elétrico.

O sapateiro inglês William Sturgeon,baseado na descoberta de Oersted, cons-tatou, em 1825, que um núcleo de ferroenvolvido por um fio condutor elétricose transformava num ímã quando seaplicava uma corrente elétrica. Estavainventado o eletroímã. O inglês Micha-el Faraday descobriu, em 1831, a indu-ção eletromagnética. Em 1832 o cien-tista italiano S. Dal Negro construiu aprimeira máquina de corrente alternadacom movimento de vaivém. Em 1833 oinglês W. Ritchie inventou o comutador,construindo um pequeno motor elétricoem que o núcleo de ferro enrolado gira-va em torno de um ímã permanente. Paradar uma rotação completa, a polaridadedo eletroímã era alternada a cada meiavolta, através do comutador.

Desde o nascimentoformal do motor elétrico,tem sido marcante aevolução registradaem sua tecnologia

matériatécnica

Primeiro motor trifásico com rotor de gaiola

�Resolvemosapostar na Wegque desde o iníciodemostrousegurança econsciência do queestava vendendo.O fornecimento, aassistência e todo oacompanhamento

do processo corresponderam ao quequeríamos. Estamos satisfeitos eesperamos contar com a Weg parafuturos projetos de acionamento emmáquina de papel. A Weg mostrourealmente porque está no mercado. �

José Roberto Mateus, gerente deProdução da Irani

IMA

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Avanços tecnológicosnos motores elétricos

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Eng. Moacyr SensDiretor Técnico da Weg

CLIENTE: CELULOSE IRANI S.A.OBRA: Máquina de Papel nº 5LOCAL: Campina da Alegria

Vargem Bonita - SCDATA: 2000

FORNECIMENTO- Transformadores de Força

(3 x 1750 kVA e 1 x 1500 kVA - 23 kV)- Painel de Acionamento Multimotores

MP nº 5(27 colunas e 20 inversores)

- CCM - Centro de Controle de MotoresBT com 44 colunas(93 chaves de partida - convencionais /inversores / soft-starters e 8alimentadores )

- Automação Industrial em 7 colunasde painel(2 CLP�s, 13 Unidades Remotas,3 Interfaces homem-máquina e3 Estações de supervisão)

- Software Supervisório para automaçãodo processo(Aparas, Preparação de Massa eMáquina de Papel)

- Motores Alto Rendimento Plus (91 unidades)- Motores tipo Inverter Duty Motor

(26 unidades)

IRANIA Celulose Irani, empresa do Gru-po gaúcho Habitasul, atua há 59anos, e tem unidades em Santa Ca-tarina e São Paulo. Com produ-ção diária de 220 toneladas, de-tém 30% do mercado, liderando osetor de papel Kraft de baixa gra-matura, muito valorizado no mer-cado de embalagens e produtosalimentícios. A produção anual depapel supera 91 mil toneladas,sendo que os planos de investimen-to na otimização e expansão doparque prevêem a ampliação daprodução de papel para 102 miltoneladas em dois anos. Cerca de20% da produção a empresa ex-porta para mais de 32 países.

HERGENCom dois parques fabris em

Rio do Sul (SC), a Hergen S/A ini-ciou atividades em 1975. Hoje for-nece soluções completas, do pro-jeto à montagem de máquinas eequipamentos para a indústria depapel. Pelo alto nível de desenvol-vimento tecnológico e qualidadede produtos e serviços, consagrou-se como uma das principais em-presas de seu segmento na Améri-ca Latina.

trole distribuído, diz o diretor da Irani,“hoje estaria justamente ao contrário: es-tamos temerosos é em não poder esca-lar a Weg para parcerias nos próximosanos”.

Além da qualidade tecnológica,Lauermann destaca a assessoria presta-da pela Weg: “Não temos nada a recla-mar em relação à parte profissional epessoal. No mesmo pacote recebemosserviço de supervisão e montagem, e osprofissionais colocados à nossa dispo-sição são de primeira linha”.

Além de fornecer o pacote comple-to e acompanhar lado a lado com a Her-gen a construção do projeto, a Weg co-meçou o treinamento da equipe de ope-ração e de manutenção antes mesmo doinício da instalação. “Nossa meta foioferecer solução completa para o clien-te”, afirma Valter Luiz Knihs, gerentedo departamento de Projetos de Enge-nharia e Automação.

“Es tamoscontentes determos esco-lhido a Wegcomo a melhorp a r c e i r a ” ,afirma HansLauermann,diretor supe-rintendente daIrani. “O acio-namento damáquina emtodas as fasesdo processo -

continua Lauermann - não apresentanenhuma dificuldade, seja no conceitoou na qualidade de execução. Inclusivenossos gerentes responsáveis pela ma-nutenção e operação estão impressiona-dos pela precisão alcançada no aciona-mento”. A dúvida inicial na escolha dofornecedor para a parte elétrica e de con-

Parceira de futuro

Quem são

�O fato deoptarmos pelaempresa como

parceira nainstalação da

Máquina 5 compacote completo de

automação foidevido ao trabalhode Assistência Técnica oferecido. Com

certeza, a Weg tem a melhorAssistência Técnica do mercado e

mostrou todo o empenho e ocompromisso com o cliente. Nãotivemos nenhum problema e eu,

particularmente, me surpreendi com oresultado do trabalho.�

Ruy Michel Filho, gerente Industrial daFábrica de Embalagem II

ano de 1866 pode ser con-siderado como o do nasci-mento da máquina elétrica,quando o cientista alemão

Werner Siemens inventou o primeirogerador de corrente contínua auto-indu-zido. Entretando, esta máquina elétricafoi o último estágio de um processo deestudos, pesquisas e invenções de mui-tos outros cientistas, durante quase trêsséculos.

Em 1600 o cientista inglês WilliamGilbert publicou uma obra descrevendoa força de atração magnética. A primei-ra máquina eletrostática foi construída

em 1663, pelo alemão Otto Guericke, eaperfeiçoada em 1774 pelo suíço Mar-tin Planta. O professor de Medicina ita-liano Aloiso Galvani notou, em 1786,que ao tocar com o bisturi em coxas derãs que estavam penduradas numa gra-de de ferro, estas apresentavam umacontração, a qual chamou “eletricidadeanimal”.

Outro italiano, Alessandro Volta,descobriu que entre dois metais diferen-tes, imersos em líquido condutor, sur-gia uma tensão elétrica. Em 1799 ele de-senvolveu uma fonte de energia que cha-mou de “coluna de Volta”, que podiafornecer corrente elétrica. O físico di-namarquês Hans Christian Oersted, em1820, verificou por acaso que a agulhamagnética de uma bússola era desviadade sua posição norte-sul quando passa-va perto de um condutor no qual circu-lava corrente elétrica. Essa observaçãofoi o primeiro passo em direção ao de-senvolvimento do motor elétrico.

O sapateiro inglês William Sturgeon,baseado na descoberta de Oersted, cons-tatou, em 1825, que um núcleo de ferroenvolvido por um fio condutor elétricose transformava num ímã quando seaplicava uma corrente elétrica. Estavainventado o eletroímã. O inglês Micha-el Faraday descobriu, em 1831, a indu-ção eletromagnética. Em 1832 o cien-tista italiano S. Dal Negro construiu aprimeira máquina de corrente alternadacom movimento de vaivém. Em 1833 oinglês W. Ritchie inventou o comutador,construindo um pequeno motor elétricoem que o núcleo de ferro enrolado gira-va em torno de um ímã permanente. Paradar uma rotação completa, a polaridadedo eletroímã era alternada a cada meiavolta, através do comutador.

Desde o nascimentoformal do motor elétrico,tem sido marcante aevolução registradaem sua tecnologia

matériatécnica

Primeiro motor trifásico com rotor de gaiola

�Resolvemosapostar na Wegque desde o iníciodemostrousegurança econsciência do queestava vendendo.O fornecimento, aassistência e todo oacompanhamento

do processo corresponderam ao quequeríamos. Estamos satisfeitos eesperamos contar com a Weg parafuturos projetos de acionamento emmáquina de papel. A Weg mostrourealmente porque está no mercado. �

José Roberto Mateus, gerente deProdução da Irani

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Genuinamentecatarinense

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O complexo compreende quatro eta-pas: seção de aparas, preparação demassa, máquina de papel propriamentedita e rebobinadeira. Toda a automaçãofoi feita com produtos Weg. A instala-ção apresenta três salas de supervisãocom microcomputador (Windows NT)e com dois sistemas de CLP (Controla-dor Lógico Programável) da família IPC300 (Weg/Bosch) em rede Profibus-DP.A solução Weg começa pela entrada deenergia em 23 kV, seguindo para os qua-tro transformadores rebaixadores 380 V.

“É uma automação completa do pon-to de vista elétrico e de variáveis do pro-cesso, incluindo todo o controle de gra-matura e consistência”, afirma o enge-nheiro Valter Luiz Knihs, gerente do de-partamento de Projetos de Engenharia eAutomação da Weg. Das salas de super-visão, o operador tem controle e histó-rico de todo o processo. Todos os equi-pamentos funcionam com um sincronis-mo extremamente preciso. Oferecer tec-nologia de última geração foi uma dasprincipais preocupações da Weg para ga-rantir qualidade de performance e pre-cisão.

“Temos feito vários fornecimentosno segmento de papel e celulose desdeos anos 80; porém, com certeza, o Pro-jeto Irani se constitui em um dos maiscompletos, pois envolve a automação econtrole integrados de todo o processo,desde a parte de preparação de massaaté a máquina de papel em si. Este for-necimento, somado a outros grandesprojetos fornecidos pela Weg em outrossegmentos de mercado, vem consolidarnossa posição de player nesta área desistemas industriais, atestando a nossacompetência para forne-cer e gerenciar projetosdeste porte”, destaca Al-ceu Guimarães Filho, ge-rente do Centro de Negó-cios Industriais da Weg.

A sintonia entre Weg, HergenIrani marcou a concretização econsolidação de um projeto ge-nuinamente catarinense. O resul-tado: uma planta moderna, eco-nômica, automação plena e co-missionamento rápido. Entre acontratação do pedido e a opera-ção da máquina de papel trans-correram apenas 9 meses, quan-do, normalmente, projetos desseporte levam em média de 14 a 16meses para ser executados.

“O projeto Irani deve ser lem-brado como um marco na histó-ria das empresas catarinenses

Hergen e Weg, mostrandoao mercado nacional e in-ternacional a capacidadedo parque tecnológico doestado no setor papeleiro.Registra-se também o mé-rito da Celulose Irani, queassumiu este grande desa-fio e, sem dúvida, contri-buiu na concretização doprojeto, com uma parceriasem igual com todos os for-necedores”, declara o en-genheiro Willian Rodriguesdos Santos, gerente opera-cional da Hergen.

Na foto de cima,estação do sistema

supervisório comCLP Weg/Bosch; à

direita, motor CA de300 cv - bomba de

mistura

matériatécnica

Em 1838 o professor alemão MoritzHermann von Jacobi desenvolveu ummotor elétrico e aplicou-o a uma lancha.A aplicação prática da energia elétricaem trabalho mecânico ficou assim com-provada. Entretanto, toda a enrgia pro-vinha de baterias, que eram carase de uso restrito. A preocupação,então, voltou-se à geração deenergia elétrica de baixo custo.

Em 1856 o eletrotéc-nico Werner Siemensrelatou o sucesso ob-tido na construção deum gerador de corrente,magnético, com induzidoT duplo. Mas esse aparelhonão podia gerar energia sufi-ciente para alimentar indústri-as e equipamentos domésticos.Os ímãs permanentes eram deação restrita. Somente em 1866 Si-emens construiu um gerador semímã permanente, provando que a ten-são necessária para o magnetismo po-dia ser retiada do próprio enrolamentodo rotor, isso é, que a máquina podiaauto-excitar-se.

O primeiro dínamo de Werner Sie-

mens possuía uma potência de aproxi-madamente 30 watts e uma rotação de1.200 rpm. A máquina podia tam-bém funcionar comomotor, des-

de quese aplicasse

aos seus bornes umacorrente contínua. Em 1879

a firma Siemens & Halske apresen-tou a primeira locomotiva elétrica, compotência de 2 kW. Mas a máquina tinhaalto custo e era vulnerável em serviço,exigindo o desenvolvimento de um mo-

tor mais barato, robusto e de menor custode manutenção.

Em 1885 o engenheiro eletricista ita-liano Galileu Ferraris construiu ummotor de corrente alternada de duasfases. Em 1887 o iugoslavo Nicola

Tesla apresentou um pequenoprotótipo de motor

de indução bifási-co com rotor emcurto-circuito. Em1889 o engenhei-

ro eletricistarusso Michaelvon DolivoDobrowolsky,

da firma AEG, deBerlim, persistindo na pes-

quisa do motor de corrente alterna-da, entrou com pedido de patente de ummotor trifásico com rotor de gaiola. Eleera simples, silencioso, tinha menos ma-nutenção e alta segurança em operação.Em 1891 Dobrowolsky iniciou a fabri-cação em série de motores assíncronos,nas potências de 0,4 a 7,5 kW.

Acima, o primeiro dínamo elétrico,de 1866; abaixo, fábrica com

acionamento elétrico individual

Hans Lauermann(em pé, diretor

superintendente daIrani):

impressionado coma precisão doacionamento

Page 13: WEG em Revista 08

Aperfeiçoamento

vendas

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001 WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 20018 13

Com um pacotecompleto fornecido paraa Irani, a Weg consolidasua posição no mercadode papel e celulose

O

n

papel era tido como umsério candidato ao desapa-recimento no século XXI.Ele seria, diziam as profe-

cias, substituído pela leitura eletrôni-ca. Não é o que se vê, ao constatar aforça do mercado mundial de papel ecelulose.

A Weg marca presença neste mer-cado há muitos anos, oferecendo tec-nologia de última geração. Recentemen-te foi fornecido um completo pacote ele-

O papel do fornecedoré oferecer soluções

troeletrônico e de automação para a ins-talação da Máquina de Papel 5 da Celu-lose Irani, localizada em Vargem Gran-de, na região Oeste de Santa Catarina,próximo a Chapecó.

O Projeto, desenvolvido em parce-ria com a Hergen S/A, de Rio do Sul,que foi responsável pela parte mecânicado equipamento, consiste em uma má-quina para fabricação de papéis para em-balagem, com capacidade de produçãode 190 toneladas/dia.

Nas fotos, (1) aMáquina dePapel 5; (2) arebobinadeira;(3) painéis deacionamentoWeg cominversor defreqüência; (4)transformadoresde força Weg

matériatécnica

A concorrência entre fabricantes provocou o rápido aperfeiçoamento domotor elétrico, pois o sucesso dependia da capacidade de colocar no merca-do um produto de melhor qualidade, menor custo e menor relação peso/potência. Quando começou a fabricação em série, a diminuição de peso etamanho trouxe um aspecto negativo: as dimensões variavam de um fabri-cante para outro, dificultando a intercambialidade.

Assim, começou-se a buscar uma padronização das características maisimportantes do motor. Em 1923 foi publicada, na Alemanha, a norma DIN-VDE-2650, que fixava valores para rendimento, fator de potência, conjuga-do de partida e corrente de partida para motores abertos trifásicos com ro-tor em curto-circuito de 0,12 a 100 kW. Após a Segunda Guerra, iniciou-se apadronização dimensional. Em 1948, uma norma estabelecia dez dimensõesde carcaças, mas levava em conta apenas motores de quatro pólos.

Dois anos depois foi criado um subcomitê da International Electrotech-nical Commission - IEC -, visando a padronização das máquinas elétricasgirantes. Mas ainda havia o problema da utilização de dois sistemas de me-dida diferentes (métrico e em polegadas). Optou-se então por estabelecerséries independentes de potências e dimensões, e a relação entre elas ficariaa cargo das associações normativas de cada país. Em 1956 foi publicada aprimeira edição da norma IEC-72, que até hoje serve de diretriz para ospaíses membros.

A norma brasileira NBR 5432/1983 segue as recomendações da IEC-72,porém propõe que, para motores de potência nominal igual ou inferior a 150kW ou 200 cv, as potências deverão ser expressas preferencialmente em cv(cavalo-vapor). Para potências superiores são admitidas duas séries, umaem kW e outra em cv, que não são equivalentes entre si, porém são baseadasna série R 40.

O que se deduz é que uma padronização sensata deve oferecer a possibi-lidade de aperfeiçoamento e de desenvolvimento tecnológico. Por outro lado,é ncessário que as normas tenham um maior período de validade, para seevitar despredício com investimentos em ferramental, material e mão-de-obra. É preciso encontrar esse equilíbrio.

Isolantes

Os motores assíncronos atuais sãobaseados nos mesmos princípios físicosdo motor construído por Dobrowolsky.As pesquisas se concentraram, desdeentão, no aperfeiçoamento e na reduçãodo peso da máquina elétrica em relaçãoà potência fornecida. O maior avançotecnológico neste sentido se deve ao de-senvolvimento dos isolantes elétricos.

A isolação dos fios com seda natu-ral ou artificial reduziu em cerca de 60%o espaço ocupado pelos condutores. Osvernizes de impregnação eram à base deresinas naturais, óleos e solventes, comcapacidade térmica máxima de 90O.

A idéia de utilizar uma espécie deesmalte ou verniz começou a ganhar cor-po por volta de 1900, nos Estados Uni-dos. Os materiais isolantes atuais sãoquase que inteiramente sintéticos. Osfios são esmaltados com vernizes quepermitem com segurança a aplicação decamadas muito mais delgadas que as ca-pas duplas de algodão, e apresentamuma rigidez dielétrica várias vezes su-perior e uma capacidade de suportartemperaturas cada vez mais elevadas.

Peso/potência

O aperfeiçoamento tecnológico per-mitiu que os motores ficassem mais le-ves com o passar do tempo. Os projetis-tas, hoje, consideram no cálculo do mo-tor uma grande gama de variáveis, per-mitindo escolher a melhor das soluções.

Observando-se o peso de um motorde mesma potência no decorrer do tem-po, pode-se verificar que o motor atualtem 8% do peso do seu antecessor de1891. O tamanho das máquinas vem di-minuindo cerca de 20% a cada década.

Conclusão

Se analisarmos o desenvolvimentodas máquinas elétricas através da his-tória e avaliarmos o seu atual estágiotecnológico, temos a sensação de quenão há mais muita coisa a fazer.

Mas também sabemos que o desen-volvimento, uma vez desencadeado,não pára. O que, hoje, faz parte da fic-ção científica, amanhã poderá ser rea-lidade.

FOTO

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1891

1896

1899

1901

1924

1926

1930

1941

1954

1964

1984

88 kg/kw

67 kg/kw

42 kg/kw

29 kg/kw

21 kg/kw19 kg/kw

12 kg/kw12 kg/kw

11kg/kw 7,5 kg/kw 6,8 kg/kw

Evolução do motortrifásico AEG (relação

peso/potência)

·

¸

¹

Page 14: WEG em Revista 08

eentrevista

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 200114

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 20017

n

comunidade

Quando o homem ultrapassará abarreira dos 100 anos de vida?

Pitanguy - Uma das possibilidadesmais interessantes é a engenharia gené-tica retardar o processo de envelheci-mento, impedindo a degradação celular.A descoberta e a modificação do genedo envelhecimento poderá ser, talvez, arealização do sonho fáustico da eternajuventude. Por outro lado, a longevida-de do ser humano - nos países do pri-meiro mundo - quase duplicou neste úl-timo século, passando de uma média de45 anos para mais de 75 anos. É prová-vel que esta taxa continue, para além dos100 anos.

Clonagem humana é irreversível?Pitanguy - A clonagem de seres hu-

manos é, cada vez mais,uma realidade, desde as ex-periências que resultaramna ovelha Dolly e, mais re-centemente, com o macacoANDi. As pesquisas estãosendo realizadas em cen-tros de excelência, visandoencontrar soluções para o tratamento dedoenças sérias. O maior perigo no usoincorreto destas tecnologias vem de nósmesmo, uma vez que é a tendência hu-mana querer sempre beneficiar sua pró-pria prole.

A terapia genética já chegou aoponto de ser aplicada sem riscos parao ser humano?

Pitanguy - Ainda é cedo para vis-lumbrar até onde poderá ser usada a tec-nologia da clonagem humana. Todanova terapia necessita de muitos anosde estudo e aplicação em laboratório,principalmente quando se está lidandocom aquilo que é o mais íntimo segredode qualquer espécie: seu código genéti-co. Mas certamente poderemos esperar,num futuro breve, a cura de diversasdoenças de origem genética.

Atualmente, o envelhecimento é“disfarçado” com a cirurgia plástica.

Juventude na fonteSeguidas operações e implantes de si-licone não prejudicam o organismo?

Pitanguy - O conceito de beleza éuniversal e está intrinsecamente relaci-onado à busca de harmonia como ummeio de atingir o bem-estar íntimo. Acirurgia de rejuvenescimento facial nãose propõe a devolver anos de juventudeao indivíduo, mas sim permitir-lhe queaceite com naturalidade sua idade bio-lógica, suavizando a transição entre osanos de plena idade adulta e uma fasede mais maturidade. A tecnologia vemaperfeiçoando os implantes empregadostanto na cirurgia reparadora quando nosprocedimentos estéticos. Pesquisas commateriais biocompatíveis vêm sendorealizadas paralelamente às demais des-cobertas da biotecnologia.

Até que ponto aidéia do “homem biôni-co” é viável?

Pitanguy - Algumascompanhias biotecnológi-cas estão pesquisando onovo campo da engenharia

do tecido e da fabricação de órgãos hu-manos. Pele artificial já foi usada paratratar vítimas de grandes queimaduras.Alguns pesquisadores pretendem fabri-car válvulas cardíacas, orelhas, cartila-gens, narizes, mamas e outras partes docorpo. Segundo o pesquisador RobertLanger, engenheiro químico do MIT, aidéia é fazer órgãos, mais do que sim-plesmente transplantá-los.

O Brasil, hoje, está em nível de pri-meiro mundo na pesquisa médica?

Pitanguy - Sem dúvida, estamos nafronteira em muitas áreas da medicina,tanto em pesquisas básicas como em se-tores mais adiantados. Grande parte dosresultados, que têm reconhecimento in-ternacional, vêm de centros de excelên-cia de instituições públicas, que conse-guem verdadeiras façanhas com o pou-co recurso provindo dos órgãos públi-cos.

Qual o limite da vidahumana? É uma pergunta aser respondida neste século.Se até hoje o homem aindanão consegue viver cem anosem plena forma, pode, pelomenos, aparentar isso. Essa éuma tarefa dos cirurgiõesplásticos. Ivo Pitanguy, omais famoso deles, nessaentrevista exclusiva à revistada Weg, fala de suasexpectativas quanto àlongevidade e à biogenética.

Prof. Ivo PitanguyCirurgião plástico, professor Titulardo Curso de Pós-Graduação emCirurgia Plástica da Escola Médica dePós-Graduação da PUC-RJ e doCurso de Pós-Graduação emCirurgia Plástica do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas

(Saiba mais sobre o pensamento de IvoPitanguy acessando www.weg.com.br)

A decodificaçãogenética vai

permitir a curade várias doenças

DIV

ULG

ÃO

iver com dignidade e em har-monia com o ambiente. Emsíntese, isso significa ter qua-lidade de vida. E o que o avan-

ço tecnológico tem a ver com isso?Tudo. Os estudos e as preocupações nocampo científico estão cada vez maisvoltadas para melhorar o bem-estar daspessoas, e a tecnologia é a principal ali-ada nesse sentido. A cada avanço sur-gem novas esperanças, novas expecta-tivas, novas respostas e certezas de que,em breve, a humanidade vai poder co-memorar a descoberta de soluções parauma vida com mais qualidade.

Mesmo apostando no desenvolvi-mento tecnológico e vendo o seu suces-so aumentar a cada dia, não se pode es-quecer que qualidade de vida é resulta-do de detalhes básicos que garantem umviver saudável e feliz. Nesse caso, maisdo que tecnologia, é preciso boa vonta-de e participação. E é firmada nessesdois conceitos que a Weg investe desdea sua fundação no bem-estar social decolaboradores, familiares e comunida-de.

A cada ano, desenvolve ações paraa saúde, cultura, lazer e educação doscidadãos, com a certeza de que o seusucesso como empresa passa pela segu-rança e felicidade pessoal de cada pes-soa da sociedade em que está inserida.Mais do que palavras, os números doinvestimento social em 2000 compro-vam, estatisticamente, o que se está fa-lando.

Qualidade de vida é

V

oram R$ 3,57 milhões in-vestidos em EDUCAÇÃO.

No pacote incluem-se supleti-vo de 1º e 2º graus, cursos téc-nicos para adolescentes e edu-cação para adultos no Centro-weg e cursos de aperfeiçoa-mento. A visão é garantir queos colaboradores concluam osestudos, preparar e dar opor-tunidade aos jovens que inici-am no mercado de trabalho eatualizar os trabalhadores paraas mudanças ocasionadas peloprogresso.

Não basta a tecnologia: asempresas precisam darcondições para que aspessoas tenham uma boaqualidade de vida

o sistema dePREVIDÊN-

CIA mantido pelaempresa, só noano passado fo-ram investidosR$ 3,02 milhões.O objetivo é ga-rantir o futuro doscolaboradores,com renda extra evida digna.

am tempos modernos, há aqueles quedizem se �alimentar de luz�. Fraude ou

possibilidade? Para a Weg não interessa,porque a verdade válida para viver comqualidade é a garantia de uma ALIMENTA-ÇÃO saudável, com os nutrientes necessá-rios, balanceada, com acompanhamentonutricional e considerando as sugestões epreferencias dos colaboradores. Em 2000o item alimentação recebeu um investimen-to de R$ 3,51 milhões.

AÚDE em primeiro lugar. Esse é um dos lemas daempresa, e, para concretizá-lo, a Weg investiu R$

3,93 milhões no serviço médico, garantindo assistênciaambulatorial, odontológica e prevenção para colabora-dores e familiares.

FOTOS FLÁVIO UETA

Page 15: WEG em Revista 08

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

O que vem por aí

6

especial

Desde o final do ano passado a bi-ogenética tem merecido generosos es-paços na Imprensa. Entre os avançosem andamento e previstos para esteinício de século, destacam-se os se-guintes:q Cientistas do Projeto Genoma che-

gam à conclusão que a espécie hu-mana tem poucos genes.

q Até 2010 serão possíveis testes dediagnóstico genético para algumasdoenças e intervenções para redu-zir o risco de algumas delas.

q Bebês de proveta terão seus embri-ões diagnosticados, para evitar o de-senvolvimento daqueles que tiveremanomalias.

q Os seguros-saúde vão cobrir trata-mentos da medicina biogenética.

q Até 2020, doenças como depressãoe autismo terão tratamento pela bi-ogenética.

q Em 2030, o ser humano já terá umaexpectativa de vida de 90 anos, e ha-verá terapia genética para váriasdoenças.

q No final do ano passado, pesquisa-dores coreanos conseguiram curarratos diabéticos graças a um hor-mônio produzido pelo fígado.

q O governo francês anunciou mudan-ças na sua política sobre clonagemhumana, para conseguir células queajudem no tratamento de doenças.

Macaco �Cyborg�

Quem tem mais de 20 anos deve selembrar dos seriados O Homem de 6 Mi-lhões de Dólares e A Mulher Biônica,que a TV popularizou nos anos 70 e 80.Implantes eletrônicos permitiam que ospersonagens interpretados por Lee Ma-jors e Lindsay Wagner tivessem visão,audição e força sobre-humanos, a ser-viço da lei. Mais tarde, nos anos 90, odiretor holandês Paul Verhoeven radi-calizou, ao substituir praticamente todasas partes do organismo de um homemem Robocop. O policial Murphy era umautêntico cyborg (cybernetic organism,ou organismo cibernético).

Atualmente, os implantes se resu-mem a placas, pinos e parafusos, alémde próteses substituindo membros. Masa mobilidade desses membros artifici-ais fica longe das poderosas pernas damulher biônica ou das mãos super-rápi-das do Robocop.

O cérebro, hoje, é o alvo dos cien-tistas na busca do organismo cibernéti-co. Uma experiência bem sucedida foidesenvolvida no final do ano passado,na Universidade Duke, na Carolina doNorte (EUA).

Uma equipe comandada pelo médi-co brasileiro Miguel Nicolelis conseguiucom que um computador interpretassea atividade cerebral de um macaco. A

partir das ondas do símio, o computa-dor moveu um braço mecânico de for-ma similar à que o animal fazia com seupróprio braço.

O trabalho dos cientistas da Duke foium passo importante para superar umabarreira: a dificuldade em entendercomo o cérebro transmite suas ordens.Com o desenvolvimento das pesquisas,os cientistas poderão chegar aos implan-tes cibernéticos que substituam com per-feição órgãos lesionados. Em mais umadécada, acreditam os pesquisadores, omundo verá algo muito próximo do “ho-mem de 6 milhões de dólares” ou da“mulher biônica”.

q Em novembro passado, cientistasdos Estados Unidos desenvolveramuma vacina contra o vírus Ebola.

q A universidade de Utah e a empre-sa Myriad Genetics identificaram oprimeiro gene a ser associado a altorisco de desenvolvimento do câncerde próstata.

q Médico brasileiro conseguiu, no fi-

nal de 2000, ligar o cérebro de ummacaco amazônico a um mecanis-mo robótico que reproduz o movi-mento do braço. É o primeiro ma-caco cyborg do mundo.

q Em janeiro deste ano, o governo bri-tânico decidiu legalizar a replica-ção de células fetais para as pes-quisas com fins terapêuticos. n

c omunidade

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

15

compromisso

roduzir em harmonia com oMEIO AMBIENTE faz parte do

compromisso da empresa. Para isso,a Weg desenvolve anualmente açõesem prol da natureza. Em 2000, o in-vestimento somou R$ 818 mil. Asações passam pela instalação e mo-nitoramento de equipamentos, pelocontrole de resíduos, pela coleta se-letiva e por programas de conscien-tização e educação do pessoal quetrabalha na empresa e da comuni-dade. O trabalho para produzir deacordo com as normas ambientaisdeu à Weg, no final do ano passado,o Prêmio Expressão de Ecologia na ca-tegoria Controle da Poluição Indus-trial, pelo conjunto de ações implan-tadas na Weg Química, lideradaspela instalação da nova Estação deTratamento de Efluentes.

estas, atividades esportivas,diversão. Com uma das as-

sociações recreativas mais bemestruturadas de Santa Catarina,o LAZER recebe apoio total naWeg. No ano passado, a empre-sa aplicou R$ 1,85 milhão ematividades para a integração ebem-estar de colaboradores e fa-miliares. Entre os principaiseventos, realizados anualmente,estão a festa do Dia do Traba-lho, a festa do Dia da Criança ea festa junina.

nvestir em ações para o DESENVOLVIMENTOSOCIAL da comunidade é básico para a Weg. Em

2000, o investimento nesta área chegou a R$ 841mil. Entre as promoções destacaram-se a quinta edi-ção da Ação Comunitária - um mutirão realizado emparceria com diversas entidades do município e queconcentra atividades de saúde, segurança, lazer, cul-tura e serviços - e o lançamento da segunda ediçãodo vídeo Jaraguá do Sul, Ontem e Hoje, que conta ahistória do município e teve cópias doadas às esco-las da cidade. O apoio a entidades locais como bom-beiros, hospitais e escolas, a exemplo dos anos ante-riores, também recebeu atenção da empresa.

R$ 3,57 milhõesEducação

R$ 3,93 milhõesSaúde

R$ 3,51 milhõesAlimentação

R$ 841 milDesenvolvimento

Social da Comunidade

R$ 1,85 milhãoRecreação e Lazer

R$ 818 milMeio Ambiente

R$ 3,02 milhõesPrevidência

BALANÇO SOCIAL 2000

Page 16: WEG em Revista 08

Prever é difícil

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 20015

especial

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 200116

notícias

n

odos os 100 representantes daWeg que atuam no Brasil in-teiro estiveram reunidos emJaraguá do Sul para fazer um

balanço do ano de 2000, atualizarconhecimentos técnicos e definirmetas e objetivos para 2001. Foidurante a 36ª Conweg - Conven-ção Nacional Weg -, realizada de17 a 19 de janeiro, com o tema Re-lacionamento.

Nesta edição a Conweg seguiuenfocando o papel do representantefrente às mudanças ocorridas nomundo e na posição da Weg nomercado. Com o advento da tecnologiada informação, perde-se menos tempocom burocracia, papéis e trabalho repe-titivo. Sobra tempo para o RELACIO-NAMENTO com clientes, tema da con-venção em 2001.

O representante Weg não é mais um“tirador de pedidos de produtos”, masum profissional capaz de apresentar so-luções para seus clientes, não só envol-vendo produtos Weg. A intenção é ser okey supplier, ou seja, que o cliente pen-se primeiro na Weg quando tiver algu-ma necessidade.

A Conweg teve atividades na recre-ativa da empresa, no CTC (Centro deTreinamento de Clientes) e na Socieda-de de Cultura Artística de Jaraguá doSul, onde foi apresentada uma peça deteatro especialmente criada para o even-to. A convenção também é uma oportu-nidade de integração e confraternizaçãoentre os representantes e o pessoal devendas e marketing da Weg. Além dostrabalhos, todos os participantes têm achance de mostrar suas habilidades es-portivas numa espécie de olimpíada.

Foco no RelacionamentoRelacionamento foio tema da 36ª Conweg,que insistiu nainformatização detodos os serviços

T

Surpresa na premiaçãoUma surpresa aguardava os re-

presentantes premiados na conven-ção: o anúncio de cada vencedor foifeito pela própria família, em vídeo.A maioria externou a emoção em lá-grimas. A lista dos vencedores: Leníl-son Repr., Ede Bassoli Repr., EhwazRepr., Remig Repr., Repr. Pamplona,Hilário JR Repr., Polimotor Repr.,Marchiori Repr., PLC Repr. e FasorRepr.

Luiz Fernando da Silva, represen-tante em Belo Horizonte (MG), ficou

encantado com a organização e comos resultados concretos de sua parti-cipação na Conweg. “O calor huma-no da empresa - disse Luiz Fernando- foi notório em todos os niveis daorganização da convenção: apresen-tações motivadoras, jogos e entregados prêmios pelos familiares.” O re-presentante mineiro concluiu garan-tido que “a Weg está encantando nãosó os seus clientes, mas também to-dos os seus companheiros de traba-lho”.

Walter Janssen Neto, diretor deMarketing, fala aos convencionais

Peça de teatro teveroteiroespecialmentedesenvolvido para aConweg

Representantespremiados pelo

desempenho nasvendas

na tecnologia da informação. Desde queuma equipe de cientistas do Instituto deTecnologia de Massachusets desenvol-veu, em 1930, o primeiro computadoranalógico do mundo, a informática nãopára de mostrar novidades. “A informá-tica vai penetrar em nossas vidas demodo imperceptível. Em breve, nada doque conhecemos com o nome de infor-mática nos dias de hoje vai estar dispo-nível com o mesmo formato, ainda quea função seja a mesma ou até superior”,afirma o dr. Gandour.

É pela internet, por sinal, que o bri-tânico Charles Handy, um dos mais im-portantes pensadores do management domundo, sugere que o mundo está pron-to para ser reinventado. “O futuro estárepleto de possibilidades, mas o suces-so só virá para os que se animarem apensar o impensável”, recomenda. Com-parado a Peter Drucker, o “pai” do ma-nagement, ele exercita sua veia visio-nária lançando um olhar sobre as orga-nizações do terceiro milênio: “Vejo-ascomo pequenas unidades comerciais quese reunirão em grandes unidades e, jun-tas, formarão uma companhia federalis-ta. Esta estrutura estará centralizada ematividades que se realizam de forma con-junta, como compras, publicidade emarketing, mas descentralizadas no res-tante”.

Handy projeta a empresa do futurocomo um espaço capaz de organizar aspessoas em torno de interesses comuns,

retomando o signifi-cado de companhia.“Se aceitarmos queuma organização denegócios é uma co-munidade, as empre-sas também precisa-rão tomar consciên-cia do papel que de-vem desempenharalém dos seus limi-tes físicos. No pas-sado, uma comuni-dade era um lugar,uma vila ou uma cida-de. Hoje, cada vez commaior freqüência, oconceito está associ-ado a comunidadesde interesses, isto é,pertencemos a umacomunidade por-que, de alguma for-ma, contribuímospara o que o restantedos membros está fa-zendo. Desta forma,as empresas, comomais um membro dacomunidade, têm de seresponsabilizar pela parte que lhescabe”. A respeito desta visão empresa-rial, há uma frase de Peter Drucker emrecente artigo na revista Fortune, em quelembra que “a gestão não se esgota nosnegócios”. Na última década do milê-

Ao lado dos estudiosos das áreas de administração e negócios, no campocientífico ainda não se tem noção exata das transformações possíveis nonovo século. O professor Imre Simon, da Universidade de São Paulo, asse-gura que é muito difícil fazer previsões. “Alguns acham que estamos noinício de uma grande revolução, parecida talvez com a Revolução Industri-al, mas outros não aceitam o uso do termo revolução. Poucos duvidam, po-rém, do fato de que a evolução tecnológica impactará fortemente os aspec-tos econômicos, sociais e culturais da nossa civilização. O problema está emtentar prever qual o impacto ou como o processo se desenrolará”.

A única certeza do pesquisador é concordar com a opinião do professorJeffrey Sachs, da Universidade de Harvard, ao comentar sobre o que sepode esperar da globalização. Ele conclui que o mundo não pode ser maisdividido por ideologia, mas sim por tecnologia. No estudo, a região Sul doBrasil é classificada como “capaz de adotar tecnologias”, enquanto a mai-or parte do país é classificada como “tecnologicamente excluída”.

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Gandour:informática terá novos formatos

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nio passado, Drucker avalia a necessi-dade de se perceber que a sociedade émais do que as empresas e o Estado. Foium dos primeiros a falar da ascenção dosetor social sem fins lucrativos, o ter-ceiro setor.

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WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

17WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

4

especial

Viver mais e melhor,sem doenças, etrabalhando menos,são metas do homempara o século XXI

notícias

O século do homem

São 17h45 de uma sexta-feira,véspera de feriadão no ano 2025.Na base operacional da maiorempresa do sistema que reúne as

confederações interestelares, onde o go-verno fixou indústrias que atuam comas tecnologias mais avançadas, preser-vando o ambiente inteiro de riscos dedegradação, há um clima de suspense.Uma tempestade de meteoritos, algo ple-namente previsível nestes tempos, pas-sou despercebida pelo sistema de ras-treamento e pode atrasar a chegada deum grupo de executivos para uma im-portante reunião. O grupo de pessoasparecia não acreditar que o encontro denegócios aconteceria, até que o flash ilu-mina a ampla sala e no centro de umaredoma desenham-se as figuras dosaguardados visitantes. A máquina de te-letransporte conclui a operação, todosparticipam da reunião e minutos depois,para alívio geral, iniciam a aguardadafolga prolongada...

Desde a descoberta da penicilina, dachegada do homem à Lua e do “nasci-mento” da ovelha Dolly, começa a seconcretizar o que antes parecia possívelapenas na imaginação de ficcionistascomo Júlio Verne, ou algo que pudesseestar presente nos desenhos da famíliaJetson ou no seriado Jornada nas Es-trelas. A humanidade vem avançando apassos largos na ciência e na tecnolo-gia. A cena imaginada na abertura deste

texto, portanto, não está longe de acon-tecer. Num futuro - talvez não muitodistante - poderemos estar nos deslo-cando com equipamentos de teletrans-porte como os usados pelo sr. Spock eseus amigos, viajando em autonavescomo os Jetson e deixando para clonesas tarefas mais cansativas. Está bem.Para os que não aprovam as técnicas declonagem e acreditam que os governosnão aceitarão o seu uso em tais propor-ções, vamos imaginar que homens emulheres autômatos quase à perfeiçãohumana - desde que não sejam da espé-cie “replicante” - ocuparão as funçõesmenos nobres da sociedade.

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Pode parecer exagero, mas não esta-mos, de fato, livres desta realidade. Osavanços na ciência são imprevisíveis,como avalia o dr. Fábio Gandour, ge-rente executivo para indústria da IBMAmérica Latina, ao lembrar que a inven-tividade humana parece ser algo ilimi-tado. “Preconizar o fim de qualquer as-pecto relacionado com o homem é omesmo que preconizar o fim da huma-nidade”, lembra. Afinal, já se falou dofim da ciência, do fim da história e atédo fim do mundo.

Com o esgotamento ou não da in-ventividade humana, de todos os avan-ços nada se compara às transformações

Weg é líder

O professor Denizar Cruz Martins, da Universidade Federal de Santa Catarina, foi sorteado para participar de um curso no CTC da Weg, em Jaraguá do Sul.

ESCOLAS DE NÍVEL TÉCNICO

EscolaColégio Técnico Universitário(Univ. Federal de Juiz de Fora)

Escola Técnica EstadualLiberato Salzano Vieira da Cunha

Senai Professor Dr. Zerbini

CidadeJuiz de Fora (MG)

Novo Hamburgo (RS)

Campinas (SP)

AlunoWalmir da Silva

Eduardo Rath Rohr

Danilo de Souza Neves

Profº orientadorAlysio Kelmer de PaivaCondé

Leo Weber

Sérgio Luiz Risso

BancadaMedidasElétricas

Automação com Controla-dores Programáveis

Controle de Velocidadede Motores CA

ESCOLAS DE NÍVEL SUPERIOR

EstabelecimentoEscola de EngenhariaUniversidade Mackenzie

Faculdade deEngenharia Industrial

Universidade Federaldo Rio Grande do Sul

CidadeSão Paulo (SP)

São Bernardodo Campo (SP)

Porto Alegre (RS)

AlunoMauro Wilk

Mário Rodriguez Amigo

Vagner Rinaldi

Profº orientadorAntonio Gonçalvesde Mello Junior

Carlos Donizettide Oliveira

Ály Ferreira Flores Filho

BancadaEletrotécnicaIndustrial

Automação comServoacionamentos CA

Controle de Velocidadede Motores CC

A revista Eletricidade Mo-derna de janeiro, mostrou maisuma vez a liderança da Weg.No Prêmio Qualidade, promo-vido pela revista, a Weg ga-nhou em motores elétricos,com 93,3%, e em transforma-dores de média e baixa tensões,com 35%. Ficou em segundonos transforamdores de potên-cia a seco, com 23%. A empre-sa ganhou também o prêmio deMelhor Desempenho Global,referente ao índice de 93,3%em motores elétricos.

Na foto, da direita para aesquerda, os diretores da WegWalter Janssen Neto, de Marketing, Ri-cardo Bartsch, superintendente da WegMotores, e Luiz Alberto Oppermann, su-

A Weg recebeu, em fevereiro, umahomenagem do governo de Santa Ca-tarina, pela contribuição ao desenvol-vimento cultural do estado. O proje-to que a Weg patrocinou usando osrecursos da Lei de Incentivo foi aMostra Itinerante de Arte Temática“Jaraguá do Sul nos 500 Anos doBrasil”.

perintendente da Transformadores, como presidente do Sindicato dos Conduto-res Elétricos, Alberto Messano.

Quem conserva energiaForam divulgados os trabalhos ven-

cedores do III Concurso Weg de Con-servação de Energia. Os estabelecimen-tos de ensino onde estudam os alunosvencedores ganharão bancadas didáti-

cas, microcomputadores e um curso naWeg com todas as despesas pagas.

Ao todo, foram mais de 70 trabalhosapresentados no Concurso de Conserva-ção de Energia. Os professores orienta-

dores destes trabalhos concorreram auma viagem com todas as despesas pa-gas para participar de um curso no CTC- Centro de Treinamento de Clientes -,na Weg.

Homenagem

O terceiro certificado Q-Plus foientregue à Weg pela Springer-Carri-er. O certificado foi conquistado pelaMotores, e soma-se aos recebidospela UG e pela Acionamentos. Comvalidade de um ano e meio, o Q-Plusé o reconhecimento de um intenso tra-balho desenvolvido pela empresapara adequação aos severos requisi-tos do programa.

Q-Plus

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editorial

WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001 WEG em Revista Janeiro - Fevereiro 2001

expediente

índice

Weg em Revista é uma publicação da Weg.Av. Pref. Waldemar Grubba, 3300, caixapostal 420, telefone (47) 372-4000,CEP 89256-900, Jaraguá do Sul - SC.Home page: www.weg.com.br.Linha direta: [email protected] Editorial: Walter Janssen Neto(diretor), Paulo Donizeti (editor), CaioMandolesi (jornalista responsável), EdsonEwald (analista de Marketing). Edição eprodução: EDM Logos Comunicação,telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

A Ciência a serviçode uma vida melhor 4

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2001 E Pitanguy ensina aconviver com a idade

Weg fornece pacotepara a Irani

O desenvolvimento domotor elétrico

Vida longa, sem doenças

14Os investimentos daWeg no social

18A cidadania novoluntariado

O novo milênio, alémdo desenvolvimentoda tecnologia, vaitrazer um novosentido de cidadania

Cidadão voluntário

artigo

Gerd Edgar BaumerVice-Presidente do Conselhode Administração da Weg S.A.

Não pergunte oque o governopode fazer porvocê, mas o que

você pode fazer poruma vida melhor

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ssa é a perspectiva da humanidade para o milê-nio que se inicia: viver mais e melhor. O sonhoda vida eterna talvez não passe disso, de um so-

nho. Mas a longevidade tende a aumentar. Se, há umséculo, a expectativa de vida era de 30 e poucos anos,agora já se prevê que nos próximos vinte anos a Ciên-cia avançará a ponto de permitir que o ser humano al-cance os 100 anos com saúde e vigor físico.

Mas a Ciência não é capaz de, sozinha, garantir vidalonga. O próprio homem e as instituições que ele criadevem proporcionar um viver com qualidade. Tome-secomo exemplo o município de Veranópolis, na serra ga-úcha, conhecido pela alta média de idade de seus mo-radores. Segundo as pesquisas feitas na cidade, a lon-gevidade é oriunda dos hábitos saudáveis dos habitan-tes. Atividades físicas, boa alimentação, integração nacomunidade, vida familiar, despreocupação com a mortevinda da intensa fé em Deus, gosto pelo trabalho, nadade cigarro e o hábito de tomar, moderadamente, vinhoàs refeições, foram os aspectos apontados como fatoresde vida longa e projetaram o município internacional-mente.

O hábito da leitura poderia ser acrescentado à listade virtudes que permitem viver melhor. É por isso que opapel jamais será substituído, inteiramente, pelos mei-os eletrônicos de comunicação. E é por este motivo quea Weg investe fortemente no mercado de papel e celulo-se, como pode ser comprovado nesta edição.

Neste número, Weg em Revista completa uma análi-se sobre as conquistas do século XX e as perspectivaspara o novo século. As duas capas se completam, for-mando um quadro desta passagem de tempo.

inauguraum novomilênio.As mu-

danças se aceleram. Um novo mundoestá surgindo. Domenico de Masi disseque quando na nossa História coincidemtrês tipos de mudanças - a descobertade novas fontes energéticas, uma novadivisão do trabalho e uma nova organi-zação do poder -, estamos diante de umsalto de época. Infelizmente, o nossodia-a-dia nem sempre nos permite per-ceber as grandes mudanças que estãoocorrendo. O ser humano, sob certo ân-gulo, sofre de uma crise de percepção.

Mas, analisando de uma forma maisprofunda, vemos que novos valores es-tão crescendo no meiosocial. Duas forças, emespecial, surgem comenorme vigor: a SOLI-DARIEDADE e oCOMPROMETIMEN-TO. E estas forças des-pertam a CIDADANIAe o VOLUNTARIADO.

Quando analisamosestes novos valores, ve-mos que Jaraguá do Sultem uma especial quali-dade de vida produzida,também, pela solidariedade. A partici-pação de todos na sustentação dos hos-pitais. O trabalho voluntário do Corpode Bombeiros. A qualidade de vida dosidosos que são hóspedes do Lar das Flo-res. O trabalho e a qualidade de atendi-mento da Apae. A organização voluntá-ria das associações de bairros.

E a Weg em tudo isto? Sempre pio-neira. Os fundadores Geraldo Wernin-ghaus e Werner Ricardo Voigt foram osprimeiros bombeiros voluntários de Ja-raguá, e Geraldo o seu primeiro coman-dante. O Lar das Flores teve como gran-de operador, construtor e estimulador onosso engenheiro Moacyr Rogério Sens.Hoje é presidido pelo colega Dimas

Vanin. Nós mesmos ajudamos a fundara Apae e nela estamos há mais de 26anos. A grande obra da SCAR - Socie-dade de Cultura Artística -, na constru-ção do seu complexo cultural, tem re-cursos financeiros da Weg e o trabalhovoluntário de muitos colegas. Os nos-sos hospitais têm recebido atenção es-pecial da Weg, e os nossos diretores,Décio da Silva e Luiz Alberto Opper-mann, já dirigiram voluntariamente oconselho do hospital.O novo paradigma da COLABORA-ÇÃO e profunda PARTICIPAÇÃO foienunciado por John Kennedy: “Não meperguntem o que os Estados Unidos po-dem fazer pelo seu povo, mas sim, vo-cês, cidadãos responsáveis, como pode-

rão colaborar com ogoverno do nosso país,para produzir a paz, aqualidade de vida ex-cepcional e a solidari-edade entre os que ha-bitam o nosso solo”.

E aí surge a força doVOLUNTARIADO. Eo voluntário é o cidadãoque, motivado pelosvalores de participaçãoe solidariedade, doa seutempo, trabalho e talen-

to, de maneira espontânea e não remu-nerada, para causas de interesse social ecomunitário.

Não vamos deixar cair a propostaque os fundadores da Weg iniciaram etantos outros seguiram. Vamos nos com-prometer mais com a nossa igreja, onosso bairro, o nosso clube, a nossa et-nia, enfim a nossa cidade, estado e país.Lembremo-nos sempre que a verdadei-ra base dos vencedores de todos os tem-pos - assim está escrito em Confúcio,passando por Platão e Sócrates, na pró-pria Bíblia, no Torah e no Alcorão - são:A CRENÇA, A ENERGIA, A PAIXÃO,A PERSISTÊNCIA, A ESTRATÉGIA,A COMPETÊNCIA E O AMOR.

FLÁ

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UET

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