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Da semente a mesa

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expediente

índice

WEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref.WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900, Jaraguá doSul - SC. [email protected]. ConselhoEditorial: Décio da Silva (diretor), PauloDonizeti (editor), Caio Mandolesi(jornalista responsável), Edson Ewald(analista de Marketing). Edição eprodução: EDM Logos Comunicação,telefone (47) 433-0666.Tiragem: 12.000.

Como o país podeplantar mais 4

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Motor gastadorestá fora da lei

Produtos WEG naslavouras de Minas

A terra é boa

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Catálogo WEGagora on line

ma agricultura produtiva se faz com in-centivo, dinheiro e treinamento. Assima cadeia produtiva segue seu ritmo, ali-

mentando as cidades. Não se pode admitir que oBrasil, com a quantidade de terra - e terra boa -que possui e um clima invejável, tenha que im-portar produtos agropecuários.

Não é de hoje que entidades ligadas à agricul-tura alertam para a necessidade de incentivo àatividade. Com crédito, os agricultores podem in-vestir em máquinas mais modernas e técnicas demanejo que aumentam a produtividade. Outroponto importante é o treinamento dos agriculto-res, principalmente os pequenos. Para suprir essanecessidade existem órgãos públicos em vários es-tados. Mas estes órgãos, geralmente, não têm pro-fissionais suficientes para atender a todos os agri-cultores. A solução então está no cooperativismo.A associação de agricultores traz benefícios pal-páveis. Basta ver que, onde o cooperativismo émais evoluído, a agropecuária também é. NoOeste de Santa Catarina, interior do Rio Gran-de do Sul, Noroeste de Minas Gerais, Paraná,Mato Grosso do Sul e São Paulo, a força do coo-perativismo alavanca a produção agropecuária.

Alimentar o povo será mais fácil quando oBrasil assumir sua verdadeira vocação agrícola.Este é um jogo que pode ser vencido!

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Governador do MTé o novo rei da soja

Quem planta, colhe

Décio da SilvaDiretor-presidenteexecutivo da WEG

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WEG em Revistawww.weg.com.br18 WEG em Revista

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nossa opinião editorial

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O combate à fome exigea resolução de gravesproblemas sociais que

afligem o Brasil

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Conweg fala emplanejar e agir 15

les não lavram nemcriam. Nem há aquiboi ou vaca, cabra,ovelha ou galinha, ouqualquer outro ani-

mal que esteja acostumado ao viverdo homem. E não comem senão des-te inhame, de que aqui há muito, edessas sementes e frutos que a terrae as árvores de si deitam. E com istoandam tais e tão rijos e tão nédiosque o não somos nós tanto, comquanto trigo e legumes comemos.”

Carta de Pero Vaz de Caminha aoRei D. Manuel

O Brasil já não é mais o país do“em se plantando, tudo dá”. Aliás,nunca foi, se lermos com mais aten-ção a famosa carta que virou umaespécie de certi-dão de nascimen-to do país.

Apesar de nocomeço dar umaimpressão errada,o Brasil tem umavocação naturalpara a agricultura.Essa vocação nos coloca, por exem-plo, entre os cinco maiores produto-res de soja e milho e entre os 10maiores exportadores de produtosagrícolas do mundo.

Hoje os negócios relacionadoscom o campo estão entre as maioresforças da economia brasileira. Da-dos da Confederação Nacional daAgricultura mostram que a balançaagropecuária brasileira registrou umsaldo de US$ 13,5 bilhões de janei-ro a outubro de 2002, resultado6,44% superior ao do mesmo perío-do de 2002. O valor das exportaçõesagropecuárias foi de US$ 17,15 bi-lhões (52,81 milhões de toneladas),um aumento de quase 5%, em rela-ção ao mesmo período de 2001.

Cada vez mais a agricultura e a

pecuária chamam a atenção como ne-gócio, e as fazendas são encaradas eadministradas como empresas. Osprodutores já perceberam essa mu-dança e investem em maneiras dereduzir custos e aumentar a lucrati-vidade. Agora é hora da nova cadeiade fornecedores, não só os tradicio-nais do ramo de máquinas agrícolas,fertilizantes e outros, enxergar o po-tencial do campo. A WEG há muitotempo é parceira de indústrias quetrabalham diretamente no segmentoe está presente em um sem númerode fazendas no ramo de irrigação,silagem e outros.

Aproveitar as vocações naturaisde um país é o primeiro - e talvezmais importante - passo em direçãoao desenvolvimento. Investir nessa

vocação de 500anos só pode nostrazer bons resul-tados, como jávem trazendo.Não é precisoreinventar a rodapara o país cres-cer nesse segmen-

to, basta fazer as correções de rotanormais em qualquer negócio.

Os primeiros habitantes do Brasilnão tinham problema com comida. Anatureza se encarregava de prover onecessário para uma dieta rica e ba-lanceada. Mais de 500 anos se passa-ram, e o combate à fome virou assun-to principal no país. Está mais do quena hora de resolvermos esse grave pro-blema social, muito mais presente nadistribuição e no desperdício dos ali-mentos do que na produção.

O Brasil já produz comida sufici-ente para alimentar sua populaçãomais de uma vez. Temos recursosnaturais, tecnologia e competênciahumana de sobra para produzir maisno campo e na indústria. Basta plan-tarmos as sementes certas.

O solo brasileiro “tudodá”, mas é necessárioque se plante mais e semodernize a lavoura

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contexto

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

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Ogiro

A Eletro Buscarioli Ltda., maiorrevenda integrada e assistência técni-ca WEG na América Latina, acaba dereceber a certificação ISO9001:2000, concedida pela certifica-dora norueguesa DNV. É a primeirarevenda WEG a ser certificada pelaversão 2000. Distribuidora WEG há27 anos, a Buscarioli tem hoje o mai-or estoque de motores, automação eacionamentos fora da própria WEG.

Para Sidinei Buscarioli, diretor daempresa, a certificação é resultado doesforço permanente em busca da qua-lidade total. “É por isso que o clientenos dá a preferência, pois tem a cer-teza de que, além do produto ou ser-viço adquirido, estará tranqüilo notocante à qualidade, e é isso que aWEG exige de nós, pois somos uma

O diretor Administrativo daWEG, Alidor Lueders, recebeu nofinal do ano passado, em São Paulo,o Prêmio Prata da Abamec - Associ-ação Brasileira dos Analistas do Mer-cado de Capitais. A distinção é con-cedida às empresas que apresentamnúmeros e resultados financeiros naAbamec - SP durante cinco anos con-secutivos. O objetivo é valorizar atransparência das companhias de ca-pital aberto.

extensão da fábrica”, diz o diretor.Para ele, é imperioso acompanhar astendências do mercado e se aperfei-çoar sempre. “Como estamos na li-nha de frente - acrescenta -, precisa-mos estar em sintonia com tudo queacontece a cada segundo, procuran-do sempre, através da melhoria con-tínua, atingir a plena satisfação denossos clientes, colaboradores e daWEG.” O resultado desse esforço,para Buscarioli, é que, além de serum destaque na área de revenda eserviços, é a única empresa da redede Assistência Técnica Autorizada aobter o título de categoria Cinco Es-trelas nas três empresas do GrupoWEG que fazem parte deste progra-ma: Motores, Máquinas e Transfor-madores.

> > > ISO 9001 para a Buscarioli

> > > Prêmio Abamec na mão

➔ Alidor Lueders (centro), com oPrêmio Prata

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➔Loja da EletroBuscarioli (à esq.)no bairro Belém,em São Paulo;Sidinei Buscarioli eo certificado ISO9001:2000

FOTOS HUDSON MOTTA

Melhordesempenho global

A WEG foi a campeã abso-luta no item Motores Elétricosde Indução (BT), do PrêmioQualidade 2003, da revista Ele-tricidade Moderna, tendo rece-bido o maior volume individualde indicações de toda a pesqui-sa (94,3% dos votos). Com oresultado, a empresa alcançou,pela terceira vez consecutiva, oMelhor Desempenho Global,como a marca mais lembradaem toda a pesquisa. A WEGtambém continua líder na cate-goria Transformadores MT/BTa Óleo, tendo recebido 39,3%dos votos.

Essa foi a 14ª edição da pes-quisa, que envolveu 7 mil leito-res, abrangendo 58 produtos eequipamentos elétricos. A con-sulta entre os leitores é dirigidapela revista exclusivamente aosprofissionais de eletricidade,colhendo a visão do técnico for-mado, com conhecimento e ex-periência real e rotineira emprodutos de instalação elétricae de iluminação. A imagem dasmarcas de produtos e equipa-mentos elétricos vem sendo de-tectada junto ao meio técnicoprofissional desde 1990.

A entrega do prêmio será nodia 25 de março, em São Paulo.

ois pãezinhos, quatroovos fritos, dois coposde leite. Mais ou menosR$ 1,99.

Meio quilo de filé deavestruz, maionese com passas, sala-da verde, arroz à grega. Cerca de R$45,00.

O primeiro cardápio é simples,básico, barato; o segundo é mais so-fisticado, elaborado, caro... Mas, emqualquer dos casos, é suficiente parauma refeição. Em ambas as opções,uma pessoa adulta terá se nutrido osuficiente até a próxima refeição.Claro que os nutricionistas dirão que

ambos os cardápios estão incomple-tos, que lhes faltam alguns elemen-tos da pirâmide de alimentação etc.etc. Correto, mas o ponto aqui éoutro: a comida que chega à mesado brasileiro, sua origem e seu cus-to.

Com uma área agricultável tãogrande, o país ainda vive às voltascom problemas de desabastecimen-to e, pior, o alto preço da comida.O cardápio simples do início destetexto podia ser adquirido por R$1,00 em 1994, no início do PlanoReal. Hoje, seguramente, não sai pormenos do dobro.

Com 8,5 milhões de km2

de área, o Brasil poderiaproduzir comida emquantidade suficientepara dar e vender

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➔ Pegue um dado, alguns peões de plástico, junte uns amigos e participe do Jogoda Comida. Mas cuidado: ele tem muitas armadilhas!

da comidajogo

ROBERTO SZABUNIA

MÁRCIA COSTA

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giro

A WEG mais uma vez apresentauma novidade no mercado, com olançamento mundial da linha Smoke.É uma linha de motores desenvol-vidos para o funcionamento nor-mal de ventilação e exaustãode áreas com grande concen-tração de pessoas, como shop-ping centers, estacionamentosfechados, túneis, estações demetrô etc., com a garantia deque, em caso de incêndio, omotor opere por um determi-nado período num ambiente comaltas temperaturas, até 400º C, man-tendo a ventilação/exaustão de fuma-ça para permitir a retirada das pes-soas do local.

“Não há normas brasileiras quedeterminem o uso do motor, mas oequipamento segue normas européi-as que fatalmente vão chegar ao país”,explica Mauro Mendes, gerente dodepartamento de Vendas Industriaisda WEG Motores. O projeto surgiua partir de uma exigência do merca-do europeu, depois de acidentes

ocorridos em túneis em 2000 e2001, em que a cortina de fumaçadificultou o trabalho de resgate.

O motor tem plano de pinturamodificado, placa de bornes de ce-râmica e graxa que suporta altas tem-peraturas e prolonga a vida dos rola-mentos. Tem outros benefícios, como

A Petrobras escolheu a WEG como Melhor Forne-cedor de Materiais, na categoria Grandes Contratos,da Unidade do Rio Grande do Norte e Ceará. O Prê-mio Petrobras Melhores Fornecedores 2001 foi entre-gue em dezembro, em Natal (RN). O Prêmio foi cria-do há quatro anos, para homenagear os fornecedoresque mais se destacam em todas as etapas do atendi-mento.

A Unidade de Exploração e Produção do Rio Gran-de do Norte e Ceará aplicou R$ 498 milhões, em 2001,na aquisição de bens e serviços, envolvendo cerca de 2mil fornecedores. Destes, 400 preencheram os requi-sitos básicos para concorrer. Apenas três fornecedoresde materiais e três de serviços são premiados, nas ca-tegorias Grandes Contratos, Pequenos e Médios Con-tratos e Fornecedores Regionais.

O gerente de Marketing Paulo Donizeti de Abreu,que recebeu o prêmio em nome da WEG, fez uma

atraso na disseminação do fogo, re-dução de riscos e perdas nas instala-ções e redução da temperatura.

Antecipação

O corpo de bombeiros da cida-de de Jaraguá do Sul (SC), toman-do conhecimento deste lançamen-

to, sugeriu que a SociedadeCultura Artística instalasseum desses motores na esca-da de emergência do TeatroMunicipal. O investimento

substituiu a construção de uma es-cada externa.

Acredita-se que esta seja umatendência na construção civil, de ofe-recer maior segurança com menorcusto. Hoje há uma norma regula-mentando o uso deste tipo de mo-tor na Europa, e em breve deveráser adotada em outros países, comoEstados Unidos e Japão. Enquantoisso, o Brasil já antecipa em ofere-cer condições mais seguras ao pú-blico.

> > > Nova concepção em segurança

palestra sobre a construção da marca institucional, abor-dando a história da empresa e o relacionamento comclientes.

Melhor fornecedor da Petrobras

➔Paulo Donizeti (em pé) fala durante asolenidade de premiação

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E a inflação, com certeza, não foide 100% no período. Mas semprehá “explicações”, convincentes ounão. Neste começo de ano, porexemplo, os produtos hortifrutigran-jeiros inflaram o balão dos preços. Ajustificativa apontou a chuva e as ex-portações como culpadas. O excessode chuva prejudicou o plantio, en-quanto o aumento das vendas exter-nas pressionou o mercado interno.

Outro problema, no Brasil, é aainda baixa utilização da área agri-cultável. O consultor Alexandre Men-donça de Barros, da MB Associados,avalia a taxa de utilização da áreaagricultável na América do Sul emapenas 15%, ante 92% do Sudesteda Ásia. Outras regiões, como o Su-doeste da Ásia, utilizam até mesmoárea não recomendável, atingindo143% da parcela agricultável. Ouseja, 43% são de terras de várzeas,encostas, que não deveriam ser usa-das para o plantio.

Já no Brasil, imensas áreas nãosão aproveitadas, sobrecarregandoalgumas regiões, que acabam fican-do com o solo comprometido. A fa-mosa frase na carta de Pero Vaz deCaminha dizia que “no Brasil, em seplantando, tudo dá”. Por paradoxalque pareça, enquanto a terra estásobrando, milhões de trabalhadoresrurais perambulam pelo país, reuni-dos sob a capa do MST, em busca deum lugarzinho para plantar.

Mesmo com essa imensidão deterra, o país ainda importa alimen-tos, desde carne do Uruguai até alhoda Argentina. O dado mais recente,de outubro do ano passado, indica,naquele mês, um total de US$ 368

➔O Brasil ainda utiliza uma área muito pequena para a agricultura

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Planejamento e Ação!38ª Conweg enfatizoua necessidade de planejare agir rapidamente,estabelecendo metas esuperando desafios

Oano de 2002 teve um ba-lanço positivo para aWEG. O faturamentocresceu 21%, ultrapas-sando R$ 1,5 bilhão e ga-

rantindo o alcance de 100% das me-tas estabelecidas. Os investimentosgerais passaram de R$ 132 milhões.A meta para 2003 é crescer 26% epassar de R$ 1,9 bilhão em fatura-mento.

São objetivos expressivos e oti-mistas, baseados em análises de mer-cado e que contam com o trabalhode equipe para ser atingidos. A mo-bilização começou com a integraçãoda diretoria e dos representantes detodo o país na 38ª Conweg - Con-venção Nacional WEG -, de 14 a 17de janeiro, na matriz da empresa, emJaraguá do Sul.

Resultados

A Conweg reuniu cerca de 100representantes, decisivos para as con-quistas em 2002 e imprescindíveispara fechar 2003 com resultados po-sitivos. Durante o encontro foi de-batido o tema “Planejamento eAção”, visando a comemoração dosresultados do ano passado, a divul-gação das metas para 2003 e a moti-vação para continuar o trabalho.

A programação envolveu reuniõesnas empresas WEG, palestra com onavegador Amyr Klink e atividadesde lazer. A confraternização renovouo espírito e motivou a todos para atin-gir o crescimento determinado.

O navegador Amyr Klink ga-nhou um motor Shark WEG, jáinstalado em seu veleiro Paraty 2.Atualmente, Klink prepara-se paramais uma aventura, agora contor-nando o círculo polar ártico. Eledeverá partir no final deste semes-tre, aproveitando o verão no he-misfério norte.

➔ Amyr Klink recebeu o motor das mãos de Décio da Silva,presidente executivo da WEG

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WEG a bordo

➔ Grupo de teatro da Sociedade Cultura ArtÍsticaapresentou peças e interagiu com os convencionais

➔ Representantes exercitaram a habilidade em torneio de paint ball

milhões em importações de produ-tos agrícolas, sendo a maior parte(46%) de leite e laticínios. Agora, ocontraste: no mesmo mês, o país ex-portou US$ 2,5 bilhões a mais doque importou em alimentos! A sojalidera as vendas.

O campo representa uma tremen-da força da economia brasileira. Se-gundo a Confederação Nacional daAgricultura, o PIB da agropecuáriaalcançou 95 bilhões de reais no anopassado. O agronegócio, que consi-dera também a produção industrialbaseada nas atividades agrárias, so-mou R$ 341 bilhões, ou seja, umterço do PIB total do país. Com umsaldo positivo de 19 bilhões de dóla-res em 2001, a balança comercial dosetor evitou que o país fechasse com

déficit as contas do comércio exter-no.

O que, afinal, está errado? Porque a terra está sobrando e tem gen-te procurando uma glebazinha queseja?

As respostas vêm sendo dadaspela própria história agrária brasilei-ra, que mostra a falta de uma políti-ca séria para a agricultura. O maiorexemplo está no crédito agrícola, emque montanhas de dinheiro foramdilapidadas em desvios, aplicaçõesmal executadas e falta de planejamen-to. Todos os anos, o governo divulgabalanços que mostram quantias enor-mes aplicadas no crédito agrícola. Etodos os anos os agricultores batemàs portas do Banco do Brasil, em bus-ca de empréstimos e financiamentos.Em se plantando tudo dá. Mas semfinanciamento, fica mais difícil.

O engenheiro agrícola LeonardoUbiali Jacinto, diretor técnico e co-mercial da Pivot Equipamentos Agrí-colas, de Goiânia (GO), acha que,atualmente, quem melhor emprestadinheiro para o meio rural são asempresas de insumos, porque acom-panham de perto o produtor e sabemquem é quem neste meio e sabemtambém quem merece o crédito, in-dependente do cadastro. “A necessi-dade da garantia de viabilidade eco-nômica para cada projeto é uma bu-rocracia que não tem sentido. O ban-co ou o governo deveriam liberar ofinanciamento só se houver viabili-dade da atividade”, diz Leonardo.Para ele, “todos aqueles estudos deprojeto por projeto ficam só no pa-pel, pois a seqüência de culturas, re-

sultados de produtividade, preços decusto e preços de venda têm umavariação muito grande de uma safrapara outra. Tome como exemplo osbancos particulares como o FinameAgrícola, que tem hoje um nível deinadimplência muito baixo e não exi-ge estudo de viabilidade econômicado projeto”.

Bernhard Kiep, diretor-presiden-te da Valmont, empresa brasileira fa-bricante de sistemas de irrigação, dizque é preciso manter as poucas li-nhas de crédito aos grandes agricul-tores. E em relação aos pequenos, nãosomente financiar, mas disseminar oconhecimento e treinar. “É precisofocar o trabalho no ser humano, for-talecendo o sistema cooperativo”,afirma.

Para ele, o governo tem que termuito cuidado com quais medidastomará, visando o desenvolvimentoda agricultura. “É preciso tomar me-didas macroeconômicas. Sem a agri-cultura seria um desastre, pois o se-tor é importantíssimo para a balançacomercial, e se for projetada de for-

ma positiva,gera novosempregos nocampo demaneira rá-pida, compoucos in-vestimentosem relação aqualquer ou-tra área daeconomia”,

afirma. “O governo Lula tem ciên-cia disso, e o ministro Roberto Ro-drigues (Agricultura) é a pessoa maisqualificada para evitar passos erra-dos”, ressalta.

Para ele, outro cenário atual naagricultura é a grande diferen-ça entre os agricultores deprecisão e os pequenos. “Exis-te uma diferença tecnológicamuito grande, e o governotem que tomar cuidado paranão prejudicar os grandesagricultores ao mesmo tem-po que beneficia os peque-nos”, diz.

➔ Leonardo Jacinto

➔ Em se plantando tudo dá?

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comunidade

Tudo pela qualidade de vidaTratando bem osfuncionários, a WEGinveste na qualidadede vida da própriacomunidade

C Os investimentos para umaalimentação saudável,balanceada e de acordocom as normas nutricionaischegaram a R$ 5,94milhões.

ultura, lazer, esporte, di-versão, saúde, alimenta-ção saudável, bem-estar fí-sico e emocional... Asoma de tudo isso se tra-

duz em qualidade de vida. Ninguémconsegue viver bem, se não tiver tem-po para cuidar da saúde, convivercom a família e amigos, se divertir...É por isso que, todos os anos, a WEGinveste em ações para a maior felici-dade e satisfação de colaboradores,familiares e comunidade. Os núme-ros referentes ao balanço social de2002 comprovam.

A WEG destinou R$ 1,5 milhão emrecursos para a comunidade. Masnão são só os recursos financeirosque marcam a atuação da empresana comunidade. O trabalho voluntárioem todos os níveis hierárquicosaumentou 5% em 2002. A AçãoComunitária WEG, tradição no mêsde aniversário da empresa, maisuma vez foi destaque, garantindosaúde, lazer e cidadania para apopulação e envolvendo 50 parceirose 500 voluntários.

O respeito e a preocupação pelaconservação da natureza resultaram eminvestimento de mais de R$ 1 milhão emações ambientais. Em 2002 a empresaregistrou a conquista da ISO 14001 pelaWEG Química.

Incentivar o estudo e oferecer benefíciospara o aperfeiçoamento doscolaboradores é compromisso firmado eseguido pela WEG. Em 2002, osinvestimentos em educação somaramR$ 3,82 milhões.

>>> Números em destaque

R$ 5,94milhões em alimentação

R$ 4,66milhões em saúde

R$ 4,03milhões em Previdência

R$ 3,82milhões em educação

R$ 1,5milhões em investimento

em cidadania

R$ 1 milhãoem ações ambientais

No plano de previdênciaprivada, mantido pelaempresa para garantir umfuturo com renda extra evida digna aoscolaboradores, foraminvestidos R$ 4,03 milhões.

Ter saúde é básico. E paraoportunizar o acesso amédicos e exames e àprevenção, a WEG investiuR$ 4,66 milhões emassistência médica eodontológica para oscolaboradores.

Há quem justifique:das extensas áreas de ter-ra não aproveitadas paraa agricultura, a maiorparte se situa na florestaamazônica e no sertãonordestino. Certo. Po-rém, mesmo nestes ca-sos, há soluções. No ser-tão, por exemplo, o ca-minho é a irrigação. Ber-nhard Kiep diz que nosúltimos 10 anos houveuma luta para tornar aagricultura brasileiramundialmente competi-tiva. “Mas, hoje, a agri-cultura no Brasil se en-contra num ponto cruci-al. Temos que saber queela é atualmente a menos subsidi-ada em consideração com as ou-tras agriculturas do mundo”, des-taca Kiep.

Um ponto fundamental para odesenvolvimento da agricultura,respeitando a natureza, segundoKiep, é a irrigação. “Enquanto nosEstados Unidos 32,8% da agricul-tura são irrigados, no Brasil nãochega a 5%. O Brasil tem altosíndices pluviométricos durantecinco a seis meses do ano, nosoutros quase não chove. Devemosfazer reservatórios, represas paraarmazenar a água da chuva e usá-la na época da seca”, ressalta.

“Os ambientalistas dos EstadosUnidos e da Europa - lembra Kiep- pregam o que a gente deve se-guir, mas eles não seguem. No rioColumbia, nos estados de Wa-shington e Oregon, foram criadossistemas imensos de bombeamen-to. Durante o verão o degelo dasmontanhas é bombeado para re-servatórios e serve para alimentarenormes áreas agricultáveis. E lá épraticamente um deserto.”

Segundo o empresário, tem dehaver um planejamento estratégico.“Temos condições de plantar o anotodo. O que não pode é acontecer otravamento por parte de alguns ór-gãos ambientais do crescimento daagricultura no Brasil.” Na agricultu-ra irrigada, ensina, se produz muitomais em áreas menores, sendo me-

nor a neces-sidade ded e s m a t a -mento de no-vas áreas. “Ogoverno temque deixar ai n i c i a t i v aprivada tra-balhar, en-quanto mo-nitora a ativi-

dade”, afirma Kiep.Tecnologia, segundo ele, existe,

todas as grandes empresas nesse ramoestão presentes no país. Há é falta deinformação e mau uso da tecnologia.“Não dá para conseguir fome zerosem se falar na produção de alimen-tos”, conclui.

O engenheiro agrí-cola Leonardo Jacinto,concorda com a argu-mentação de BernhardKiep. Para ele, a irriga-ção é o meio mais eco-logicamente correto deaumentar a produção,pois utilizando águasque iriam para o mar,mantém-se essa água naterra e produz-se ali-mentos com alta produ-tividade. “Um trabalhobem programado - dizLeonardo - poderá ser-vir de estoque regulador,a partir do momentoque fizermos um con-trole on line das áreas

agrícolas a serem plantadas; comestimativas de produtividade, po-deremos prever safras e, com a ir-rigação, fomentar as que faltaram.”

Fala-se muito da falta de água,porém, para Leonardo, “estas in-formações não são verídicas paratodas as regiões brasileiras”. Sópara se ter uma idéia, explica, doquanto pode-se ainda aumentar aprodução com a irrigação, no Bra-sil inteiro deve haver perto de10.000 equipamentos tipo pivôcentral; nos Estados Unidos, quetêm muito menos água, há maisde 350.000 equipamentos já ins-talados.

“No Brasil - conclui LeonardoJacinto -, se fizermos uma proje-ção da instalação de 400.000 equi-pamentos com área média de 90hectares, produzindo 2,5 vezes porano, poderíamos ter um incremen-to da área plantada equivalente a90.000.000 de hectares, com pro-dutividade média pelo menos 30%acima das áreas de sequeiro.”

Irrigando, dá!

➔ O Brasil só irriga 5% de suas lavouras

➔ Bernhard Kiep

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WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

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sários. A WEG foi consultada sobre aviabilidade técnica dos produtos paraatender a Lei, e a resposta foi de totalapoio e acordo às regras.

Para a empresa as especificaçõesnão são nenhuma novidade e não acar-retam mudanças radicais na fabrica-ção. Isso porque a WEG se antecipouem mais de um ano e, desde janeirode 2002, já atende integralmente asespecificações da nova Lei. A WEGestá integralmente na Lei desde essadata, tanto em relação aos rendimen-tos mínimos para a linha Standardquanto Alto Rendimento Plus. “ To-dos os motores WEG estão dentro doslimites de eficiência de energia. Osprodutos vêm sendo melhorados con-tinuamente ao longo dos anos”, afir-ma Mauro Mendes, gerente do De-partamento de Vendas Industriais.

Lei proíbe a venda demotores elétricos comconsumo excessivo deenergia; WEG jáatende especificações

energia

Consumo excessivoestá proibido

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Principais pontos:

ARTIGO 3º - O indicador de efici-ência energética a ser utilizado éo rendimento nominal.

ARTIGO 7º - O processo de avalia-ção da conformidade é através doPrograma Brasileiro de Etique-tagem.

> > > Lei deEficiênciaEnergética

A linha de motores Alto Rendi-mento Plus é comercializada pelaWEG há mais de 10 anos. “ O mer-cado desse tipo de produto vemcrescendo a taxas muito maiores doque o motor normal e, hoje, têmrepresentação expressiva na matrizde vendas da WEG, não só no mer-cado externo mas interno,” destacaMauro Mendes.

Atualmente, cerca de metadedas revendas WEG comercializa emantém estoque de motores Alto

Rendimento Plus. Para apoiar a ins-talação desses motores, há cerca decinco anos a WEG disponibiliza aosclientes o Plano de Troca, onde aempresa aceita o motor usado comomoeda de troca. Os motores usa-dos são comprados e reciclados pelaempresa, contribuindo com a pre-servação da natureza. No ano pas-sado a empresa conseguiu reciclar5 mil carcaças, quantidade equiva-lente à produção de 2 mil motoresde 15 CV 4 pólos.

Alto Rendimento Plus

chamada “Lei de eficiên-cia energética” (Lei10.295) que entrou em vi-gor no dia 12 de dezem-bro, proíbe a venda no

país de motores elétricos com con-sumo excessivo de energia. Os limi-tes de energia devem ser estendidosa todos os equipamentos energéticos,inclusive os que usam combustíveislíquidos.

Já estão proibidas a fabricação ea importação de motores isoladosque apresentem eficiência energéti-ca inferior aos limites fixados peloinstituto nacional de Metrologia(Inmetro).Os equipamentos motrizesda indústria com motores incorpo-rados poderão ser comercializados até31 de julho de 2003.

A nova Lei foi sancionada em 17de outubro de 2001, mas teve de es-perar mais de um ano para sentir aprimeira conseqüência prática. Nes-se tempo, o governo negociou os ajus-tes com as indústrias e os técnicos fi-zeram estudos e regulamentos neces-

outra visão

WR - Como grande plantadore conhecedor do meio agrícola, oque o senhor está achando da atu-al situação da agricultura no Bra-sil?

Blairo - Ao longo de muitos anos,os produtores brasileiros vêm en-frentando todo tipo de dificuldades,por conta da inexistência de uma po-lítica agrícola eficiente. Porém, ape-sar da falta de incentivo do governofederal no que tange a financiamen-tos com juros condizentes, e da fal-ta de uma política agrícola de mé-dio e longo prazos, a safra agrícolaapresenta números admiráveis: maisde 100 milhões de toneladas na sa-fra 2000/2001. O que falta aos go-vernos é enxergar a agricultura pelolado da contribuição que ela dá àsociedade brasileira. Em outras pa-lavras, a agricultura precisa ser le-vada a sério.

WR - O Movimento dos Sem-Terra, antes considerado subversi-vo, hoje tem até representante nogoverno. O senhor acha que estafoi a grande vitória do MST, ou apolítica de ocupações deve conti-nuar?

Blairo - A vitória de Lula, assimcomo a de muitos governadores, foia vitória daqueles que querem mu-dança na forma de governar o país -inclusive no que diz respeito à re-forma agrária. Se o governo Lula ca-minhar para as mudanças, as ocu-pações perderão a sua razão de ser.Entretanto, o MST é quem devedecidir que caminho vai tomar apartir de então.

WR - Como o senhor acha queo Brasil pode solucionar o proble-ma da distribuição de terra parafins agrícolas?

Blairo - Como já disse o presi-

A agricultura precis➔ O empresário e agrônomo Blairo

Borges Maggi, novo “rei da soja”,assumiu no dia 1º de janeiro umnovo desafio em sua carreira; ogoverno do estado do Mato Grosso.Verdadeiro celeiro do Brasil, oestado concentra as maiores lavourasde soja do mundo. E a maior detodas, a Fazenda Itamaraty doNorte, foi fundada por AndréMaggi, pai do governador. Há 26anos, Blairo deixou o Sul do paíspara plantar soja no Mato Grosso.Fundou a cidade de Sapezal e setornou o maior produtor individualde soja do mundo. O GrupoAmaggi, que pertence a suafamília, é o maior grupoempresarial do Mato Grosso, e umexemplo de como o agronegócio podeser rentável, quando bemadministrado. Natural de SãoMiguel do Iguaçu, Paraná, BlairoMaggi foi suplente de senador epresidente da Fundação MatoGrosso e a Associação dos Produtoresde Sementes do Mato Grosso. Nestaentrevista exclusiva à WEG emRevista, Blairo fala do que maisentende: agricultura.

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WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

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novidade

Catálogo Eletrônico deprodutos WEG está dis-ponível on line. Todas asinformações foram mi-gradas da versão em CD

para a WEB, garantindo acesso fá-cil, amplo, em tempo real e irrestri-to a qualquer usuário que visitar osite da empresa (www.weg.com.br).

Catálogo eletrônico on line

Mais interatividademarca a versãoon line docatálogo comprodutos WEG

O

Além de mais informações, osdados foram dispostos de forma afacilitar a navegação, sem complica-ções e interrupções. Além das infor-mações e manuais sobre produtosque já haviam sido disponibilizadasno site, durante a remodelação o apli-cativo com todas as especificaçõestécnicas dos produtos foi transforma-do em linguagem para a internet etransferido para o catálogo on line.Com apenas um toque no mouse, ousuário também terá acesso à fichatécnica, desenhos, curvas e downlo-ads específicos de cada produto. Ar-quivos, manuais e os principais arti-gos técnicos gerados pela empresatambém estão lá. Outras novidadessão o uso da régua de cálculo da WEGAcionamentos para fazer partida demotor, o link para correção do fatorde potência e testes de retorno deinvestimento e desempenho do pro-duto, a partir de valores reais.

Diferenciais

A interatividade, a quantida-de e o teor das informações são osprincipais diferenciais oferecidospelo catálogo on line. Tudo que ocliente precisa especificar em pro-jetos que deseja implantar está dis-ponível, de forma completa e pre-cisa. A atualização de informaçõesé automática.

Para acessar o catálogo é só en-trar no site e clicar em produto,escolher o mercado e navegar tran-qüilamente em busca das informa-ções desejadas. Os dados estão dis-poníveis em português, inglês e es-panhol. Ao mesmo tempo em queconsulta o catálogo, o usuário podevoltar e acessar qualquer outra áreado site. É a WEG em sintonia per-manente com os clientes!

➔ Telas docatálogopermiteminteratividade

naWEG + Catálogo completo

dente Lula, o Brasil pode solucio-nar o problema da reforma agráriasem precisar desapropriar um hec-tare de terra sequer. O país aindatem muitas áreas a serem abertas e,principalmente, muitas áreas aban-donadas que podem ser recupera-das para a agricultura. Por isso, eurepito: só nos falta vontade políticapara reconhecer o setor agrícolacomo estratégico para o país.

WR - Que avanços o senhoracha que já aconteceram? E o queespera do governo Lula nessa área?

Blairo - Apesar de todas as difi-culdades, o setor agrícola conseguiuse organizar para oferecer ao país re-cordes de produção que equilibrarama balança comercial e seguraram oPlano Real. O que se espera agorado governo federal, por um lado, éque dê as mínimas condições paraque o setor continue trabalhando -tais como melhorar estradas e por-tos; e, por outro, incentivar os mi-cro e pequenos produtores, dando-lhes condições de produzir e comer-cializar os seus produtos.

WR - O Brasil vive batendo re-cordes de produção e de produti-vidade, mas continua importandoalimentos. Como superar este pa-radoxo?

Blairo - O fato é que tal produ-ção sai de fazendas que usam tecno-logias caras e sofisticadas - e é basi-camente voltada para o mercado ex-terno, pois é ele que pode pagar portal sofisticação. Isso acaba gerandosafras recordes de produtos pouco co-nhecidos na mesa do brasileiro, comoé o caso da soja, e a falta de produ-tos para o mercado interno. Uma po-lítica governamental voltada para aformação de um setor agrícola dedi-cado ao mercado interno, baseando-

se, sobretudo, no apoio ao pequenoe médio produtor, ajudaria a acabarcom esse paradoxo.

WR - O crédito agrícola, noBrasil, sempre andou às voltas comdesvios, má aplicação e falta de pla-nejamento. Como fazer para que odinheiro chegue, efetivamente, aocampo e lá seja aplicado correta-mente?

Blairo - Desvios e má aplicaçãodo dinheiro público acontecem, ali-ás, por falta de planejamento. Daítambém a importância de uma polí-tica agrícola efetiva. Sobre o crédi-to agrícola, especificamente, acre-dito que duas coisas são importan-tes: a desburocratização do crédito- para que o agricultor não percamais tempo na fila dos bancos doque na lida do campo - e a diminui-ção das taxas de juros.

WR - Um sistema de agricultu-ra familiar seria eficaz no país?

Blairo - O país que quiser me-lhorar a distribuição de renda e di-minuir o inchaço das grandes cida-des deve apostar na agricultura fa-miliar. Essa é a área que mais exigea presença do governo, desde a ques-tão da assistência técnica, da orga-nização dos produtores de forma ass-sociativa, via cooperativa, até a qua-lificação dos pequenos produtores.Isso porque eles não podem ser con-denados a ser eternamente inefici-entes, a viver às custas de uma polí-tica governamental paternalista, ouserem obrigados a deixar o campo.Os pequenos produtores têm queser emancipados, incluídos dentrodo processo produtivo.

WR - E quanto ao cooperati-vismo, esse sistema não poderiaser mais forte?

Blairo - Sim. O cooperativismoé a melhor saída para a emancipa-ção do pequeno produtor. Em asso-ciação, os agricultores podem sermais fortes tanto na questão da pro-dução, como principalmente naquestão da comercialização. Alémde produzir para seu sustento, deforma cooperativa também estarãoganhando mercado.

WR - No início do Plano Real,em 1994, com 1 real dava para com-prar uma dúzia de ovos, seis pãe-zinhos e um litro de leite. Ou seja:duas pessoas podiam fazer umarefeição razoável. Hoje, com 1 realnão se compra sequer o leite. Porque o preço dos alimentos sobetanto?

Blairo - A crise pela qual passa aeconomia brasileira não tem razõesapenas internas, mas principalmen-te externas - que atacam diretamen-te a moeda e, por conseqüência, opoder de compra do assalariado.Não podemos nos esquecer, entre-tanto, que a estabilidade do PlanoReal foi mantida muitas vezes pelosacrifício do setor agrícola brasilei-ro. Preço baixo para o consumidorpode, muitas vezes, significar a in-viabilidade do produtor.

WR - Em sua carreira comogrande agricultor, o senhor conhe-ceu algum exemplo de utilizaçãoeficaz da terra que pudesse ser se-guido em nível nacional?

Blairo - Como cidadão tenhovisto vários exemplos. O cooperati-vismo é um deles. Mas, quando sefala em estabelecer uma política glo-bal, é preciso analisar com maiscuidado. Talvez precisemos de vári-os modelos, adaptáveis a cada regiãodo país.

a ser levada a sério

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WEG em Revistawww.weg.com.br10 WEG em Revista

www.weg.com.br 11

O pacoteOs produtos WEG atualmente

instalados na Fazenda Boa Espe-rança:– Três chaves de partida Soft Star-

ter para motores de 125 cv, uti-lizadas no acionamento de trêsconjuntos de moto-bombas quebombeiam água para um reser-vatório elevado (piscinão); este re-servatório alimenta cinco pivôs deirrigação, com uma área total ir-rigada de 540 hectares.

– Cinco chaves de partida SoftStarter para motores de 60 e 75cv, utilizadas no acionamentodas moto-bombas dos pivôs apartir do reservatório elevado.Como estas chaves são total-mente automáticas, e são utili-zadas em conjunto com os pai-néis eletrônicos dos pivôs Val-ley, pode-se fazer a programçãopara que os equipamentos se li-guem e se desliguem automati-camente, sem necessidade deum operador para o sistema, oque diminui sensivelmente oscustos e facilita a operação.

– A Fazenda tem ainda diversospainéis WEG, utilizados nos pi-vôs centrais que a fazenda pos-sui.

A Fazenda Boa Esperança dedi-ca-se à produção de grãos para se-mentes de milho, sorgo, soja e fei-jão. O trabalho é desenvolvido emparceria com a Bayer Seeds, empre-sa que atua em nível internacional, edesenvolve, na região, as culturas dassementes. Com aproximadamente 6mil hectares de área, a Fazenda tam-bém se dedica à pecuária de corte(cria e recria de nelore em pastagensartificiais).

As lavouras, num total de 950hectares, são irrigadas por pivôs cen-trais Valmont há aproximadamente15 anos. Para Luiz Antonio Sabon-

ge, o atendimento pré e pós-vendada Valmont e de seus parceiros WEGe KSB “foi sempre feito com altíssi-mo padrão e qualidade”.

A Fazenda Boa Esperança dedicauma preocupação especial ao meioambiente, desenvolvendo um projetode planejamento ambiental devida-mente aprovado nos órgãos governa-mentais. Outra ação da Fazenda é vol-tada ao bem-estar da comunidade e aseus trabalhadores. A empresa desen-volve programas comunitários e estáfinalizando a construção de um cen-tro recreativo e educativo, promoven-do cursos na própria Fazenda.

➔ Interior da casa de bombas, com motores WEG ➔ Ainda na casa de bombas, pain�eis eletrônicos WEG

> > > A Boa Esperança

➔ Casa de bombas, junto ao reservatório (piscinão)

negócios

Fazenda Boa Esperança, si-tuada em Paracatu (Nordes-te de Minas Gerais), é umexemplo de sucesso no apro-veitamento da terra no Bra-

sil. Ocupando uma área de 6 mil hecta-res, a Fazenda consegue elevados índi-ces de produtividade, tanto na produ-ção de grãos para sementes, quanto nacriação de gado de corte.

Uma das razões do êxito nas ativi-dades da Fazenda é o método de “irri-gação inteligente”, que consiste no bom-beamento da água represada até umreservatório de 150 m x 150 m x 3 m(piscinão), de onde a água é redistribu-ída para os pivôs de irrigação. Nesteprocesso foram utilizados motores WEGe bombas KSB para os pivôs Valmontcom lâmina d´água efetiva de 10 mm.Com isto, obteve-se uma economia re-corde de energia elétrica, pois o resulta-do foi uma relação de 1,5 cv/Ha, meta-

de do usual. “Com certeza, os motoresWEG de alto rendimento contribuírammuito para o resultado de sucesso”, ga-rante o engenheiro civil Luiz AntonioSabonge, proprietário da Fazenda BoaEsperança.

Os produtos WEG utilizados naFazenda estão aplicados em equipamen-tos produzidos pela Valmont, de Ubera-ba (MG), fabricante dos produtos Val-ley para irrigação. Estes produtos sãoprojetados e fornecidos pela Pivot, em-presa de projetos, montagem e distri-buição com sede em Goiânia e loja emParacatu. A WEG mantém parceriacom a Pivot desde 1989 quando estaempresa foi fundada. A Pivot comprada WEG 100% dos motores elétricosusados nos equipamentos que projeta emonta, além de grande parte das chavesde partida para motores elétricos e pe-ças de reposição, como fusíveis, relêstérmicos, contatores e relês de tempo.

Fécampo

no

➔ Sistema de irrigação por pivô central

Há muito tempo aWEG é parceira deindústrias que atuamno campo, e vemacompanhando odesenvolvimentodo setor

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O pacoteOs produtos WEG atualmente

instalados na Fazenda Boa Espe-rança:– Três chaves de partida Soft Star-

ter para motores de 125 cv, uti-lizadas no acionamento de trêsconjuntos de moto-bombas quebombeiam água para um reser-vatório elevado (piscinão); este re-servatório alimenta cinco pivôs deirrigação, com uma área total ir-rigada de 540 hectares.

– Cinco chaves de partida SoftStarter para motores de 60 e 75cv, utilizadas no acionamentodas moto-bombas dos pivôs apartir do reservatório elevado.Como estas chaves são total-mente automáticas, e são utili-zadas em conjunto com os pai-néis eletrônicos dos pivôs Val-ley, pode-se fazer a programçãopara que os equipamentos se li-guem e se desliguem automati-camente, sem necessidade deum operador para o sistema, oque diminui sensivelmente oscustos e facilita a operação.

– A Fazenda tem ainda diversospainéis WEG, utilizados nos pi-vôs centrais que a fazenda pos-sui.

A Fazenda Boa Esperança dedi-ca-se à produção de grãos para se-mentes de milho, sorgo, soja e fei-jão. O trabalho é desenvolvido emparceria com a Bayer Seeds, empre-sa que atua em nível internacional, edesenvolve, na região, as culturas dassementes. Com aproximadamente 6mil hectares de área, a Fazenda tam-bém se dedica à pecuária de corte(cria e recria de nelore em pastagensartificiais).

As lavouras, num total de 950hectares, são irrigadas por pivôs cen-trais Valmont há aproximadamente15 anos. Para Luiz Antonio Sabon-

ge, o atendimento pré e pós-vendada Valmont e de seus parceiros WEGe KSB “foi sempre feito com altíssi-mo padrão e qualidade”.

A Fazenda Boa Esperança dedicauma preocupação especial ao meioambiente, desenvolvendo um projetode planejamento ambiental devida-mente aprovado nos órgãos governa-mentais. Outra ação da Fazenda é vol-tada ao bem-estar da comunidade e aseus trabalhadores. A empresa desen-volve programas comunitários e estáfinalizando a construção de um cen-tro recreativo e educativo, promoven-do cursos na própria Fazenda.

➔ Interior da casa de bombas, com motores WEG ➔ Ainda na casa de bombas, pain�eis eletrônicos WEG

> > > A Boa Esperança

➔ Casa de bombas, junto ao reservatório (piscinão)

negócios

Fazenda Boa Esperança, si-tuada em Paracatu (Nordes-te de Minas Gerais), é umexemplo de sucesso no apro-veitamento da terra no Bra-

sil. Ocupando uma área de 6 mil hecta-res, a Fazenda consegue elevados índi-ces de produtividade, tanto na produ-ção de grãos para sementes, quanto nacriação de gado de corte.

Uma das razões do êxito nas ativi-dades da Fazenda é o método de “irri-gação inteligente”, que consiste no bom-beamento da água represada até umreservatório de 150 m x 150 m x 3 m(piscinão), de onde a água é redistribu-ída para os pivôs de irrigação. Nesteprocesso foram utilizados motores WEGe bombas KSB para os pivôs Valmontcom lâmina d´água efetiva de 10 mm.Com isto, obteve-se uma economia re-corde de energia elétrica, pois o resulta-do foi uma relação de 1,5 cv/Ha, meta-

de do usual. “Com certeza, os motoresWEG de alto rendimento contribuírammuito para o resultado de sucesso”, ga-rante o engenheiro civil Luiz AntonioSabonge, proprietário da Fazenda BoaEsperança.

Os produtos WEG utilizados naFazenda estão aplicados em equipamen-tos produzidos pela Valmont, de Ubera-ba (MG), fabricante dos produtos Val-ley para irrigação. Estes produtos sãoprojetados e fornecidos pela Pivot, em-presa de projetos, montagem e distri-buição com sede em Goiânia e loja emParacatu. A WEG mantém parceriacom a Pivot desde 1989 quando estaempresa foi fundada. A Pivot comprada WEG 100% dos motores elétricosusados nos equipamentos que projeta emonta, além de grande parte das chavesde partida para motores elétricos e pe-ças de reposição, como fusíveis, relêstérmicos, contatores e relês de tempo.

Fécampo

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➔ Sistema de irrigação por pivô central

Há muito tempo aWEG é parceira deindústrias que atuamno campo, e vemacompanhando odesenvolvimentodo setor

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novidade

Catálogo Eletrônico deprodutos WEG está dis-ponível on line. Todas asinformações foram mi-gradas da versão em CD

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Catálogo eletrônico on line

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Além de mais informações, osdados foram dispostos de forma afacilitar a navegação, sem complica-ções e interrupções. Além das infor-mações e manuais sobre produtosque já haviam sido disponibilizadasno site, durante a remodelação o apli-cativo com todas as especificaçõestécnicas dos produtos foi transforma-do em linguagem para a internet etransferido para o catálogo on line.Com apenas um toque no mouse, ousuário também terá acesso à fichatécnica, desenhos, curvas e downlo-ads específicos de cada produto. Ar-quivos, manuais e os principais arti-gos técnicos gerados pela empresatambém estão lá. Outras novidadessão o uso da régua de cálculo da WEGAcionamentos para fazer partida demotor, o link para correção do fatorde potência e testes de retorno deinvestimento e desempenho do pro-duto, a partir de valores reais.

Diferenciais

A interatividade, a quantida-de e o teor das informações são osprincipais diferenciais oferecidospelo catálogo on line. Tudo que ocliente precisa especificar em pro-jetos que deseja implantar está dis-ponível, de forma completa e pre-cisa. A atualização de informaçõesé automática.

Para acessar o catálogo é só en-trar no site e clicar em produto,escolher o mercado e navegar tran-qüilamente em busca das informa-ções desejadas. Os dados estão dis-poníveis em português, inglês e es-panhol. Ao mesmo tempo em queconsulta o catálogo, o usuário podevoltar e acessar qualquer outra áreado site. É a WEG em sintonia per-manente com os clientes!

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naWEG + Catálogo completo

dente Lula, o Brasil pode solucio-nar o problema da reforma agráriasem precisar desapropriar um hec-tare de terra sequer. O país aindatem muitas áreas a serem abertas e,principalmente, muitas áreas aban-donadas que podem ser recupera-das para a agricultura. Por isso, eurepito: só nos falta vontade políticapara reconhecer o setor agrícolacomo estratégico para o país.

WR - Que avanços o senhoracha que já aconteceram? E o queespera do governo Lula nessa área?

Blairo - Apesar de todas as difi-culdades, o setor agrícola conseguiuse organizar para oferecer ao país re-cordes de produção que equilibrarama balança comercial e seguraram oPlano Real. O que se espera agorado governo federal, por um lado, éque dê as mínimas condições paraque o setor continue trabalhando -tais como melhorar estradas e por-tos; e, por outro, incentivar os mi-cro e pequenos produtores, dando-lhes condições de produzir e comer-cializar os seus produtos.

WR - O Brasil vive batendo re-cordes de produção e de produti-vidade, mas continua importandoalimentos. Como superar este pa-radoxo?

Blairo - O fato é que tal produ-ção sai de fazendas que usam tecno-logias caras e sofisticadas - e é basi-camente voltada para o mercado ex-terno, pois é ele que pode pagar portal sofisticação. Isso acaba gerandosafras recordes de produtos pouco co-nhecidos na mesa do brasileiro, comoé o caso da soja, e a falta de produ-tos para o mercado interno. Uma po-lítica governamental voltada para aformação de um setor agrícola dedi-cado ao mercado interno, baseando-

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Blairo - Desvios e má aplicaçãodo dinheiro público acontecem, ali-ás, por falta de planejamento. Daítambém a importância de uma polí-tica agrícola efetiva. Sobre o crédi-to agrícola, especificamente, acre-dito que duas coisas são importan-tes: a desburocratização do crédito- para que o agricultor não percamais tempo na fila dos bancos doque na lida do campo - e a diminui-ção das taxas de juros.

WR - Um sistema de agricultu-ra familiar seria eficaz no país?

Blairo - O país que quiser me-lhorar a distribuição de renda e di-minuir o inchaço das grandes cida-des deve apostar na agricultura fa-miliar. Essa é a área que mais exigea presença do governo, desde a ques-tão da assistência técnica, da orga-nização dos produtores de forma ass-sociativa, via cooperativa, até a qua-lificação dos pequenos produtores.Isso porque eles não podem ser con-denados a ser eternamente inefici-entes, a viver às custas de uma polí-tica governamental paternalista, ouserem obrigados a deixar o campo.Os pequenos produtores têm queser emancipados, incluídos dentrodo processo produtivo.

WR - E quanto ao cooperati-vismo, esse sistema não poderiaser mais forte?

Blairo - Sim. O cooperativismoé a melhor saída para a emancipa-ção do pequeno produtor. Em asso-ciação, os agricultores podem sermais fortes tanto na questão da pro-dução, como principalmente naquestão da comercialização. Alémde produzir para seu sustento, deforma cooperativa também estarãoganhando mercado.

WR - No início do Plano Real,em 1994, com 1 real dava para com-prar uma dúzia de ovos, seis pãe-zinhos e um litro de leite. Ou seja:duas pessoas podiam fazer umarefeição razoável. Hoje, com 1 realnão se compra sequer o leite. Porque o preço dos alimentos sobetanto?

Blairo - A crise pela qual passa aeconomia brasileira não tem razõesapenas internas, mas principalmen-te externas - que atacam diretamen-te a moeda e, por conseqüência, opoder de compra do assalariado.Não podemos nos esquecer, entre-tanto, que a estabilidade do PlanoReal foi mantida muitas vezes pelosacrifício do setor agrícola brasilei-ro. Preço baixo para o consumidorpode, muitas vezes, significar a in-viabilidade do produtor.

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a ser levada a sério

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sários. A WEG foi consultada sobre aviabilidade técnica dos produtos paraatender a Lei, e a resposta foi de totalapoio e acordo às regras.

Para a empresa as especificaçõesnão são nenhuma novidade e não acar-retam mudanças radicais na fabrica-ção. Isso porque a WEG se antecipouem mais de um ano e, desde janeirode 2002, já atende integralmente asespecificações da nova Lei. A WEGestá integralmente na Lei desde essadata, tanto em relação aos rendimen-tos mínimos para a linha Standardquanto Alto Rendimento Plus. “ To-dos os motores WEG estão dentro doslimites de eficiência de energia. Osprodutos vêm sendo melhorados con-tinuamente ao longo dos anos”, afir-ma Mauro Mendes, gerente do De-partamento de Vendas Industriais.

Lei proíbe a venda demotores elétricos comconsumo excessivo deenergia; WEG jáatende especificações

energia

Consumo excessivoestá proibido

A

Principais pontos:

ARTIGO 3º - O indicador de efici-ência energética a ser utilizado éo rendimento nominal.

ARTIGO 7º - O processo de avalia-ção da conformidade é através doPrograma Brasileiro de Etique-tagem.

> > > Lei deEficiênciaEnergética

A linha de motores Alto Rendi-mento Plus é comercializada pelaWEG há mais de 10 anos. “ O mer-cado desse tipo de produto vemcrescendo a taxas muito maiores doque o motor normal e, hoje, têmrepresentação expressiva na matrizde vendas da WEG, não só no mer-cado externo mas interno,” destacaMauro Mendes.

Atualmente, cerca de metadedas revendas WEG comercializa emantém estoque de motores Alto

Rendimento Plus. Para apoiar a ins-talação desses motores, há cerca decinco anos a WEG disponibiliza aosclientes o Plano de Troca, onde aempresa aceita o motor usado comomoeda de troca. Os motores usa-dos são comprados e reciclados pelaempresa, contribuindo com a pre-servação da natureza. No ano pas-sado a empresa conseguiu reciclar5 mil carcaças, quantidade equiva-lente à produção de 2 mil motoresde 15 CV 4 pólos.

Alto Rendimento Plus

chamada “Lei de eficiên-cia energética” (Lei10.295) que entrou em vi-gor no dia 12 de dezem-bro, proíbe a venda no

país de motores elétricos com con-sumo excessivo de energia. Os limi-tes de energia devem ser estendidosa todos os equipamentos energéticos,inclusive os que usam combustíveislíquidos.

Já estão proibidas a fabricação ea importação de motores isoladosque apresentem eficiência energéti-ca inferior aos limites fixados peloinstituto nacional de Metrologia(Inmetro).Os equipamentos motrizesda indústria com motores incorpo-rados poderão ser comercializados até31 de julho de 2003.

A nova Lei foi sancionada em 17de outubro de 2001, mas teve de es-perar mais de um ano para sentir aprimeira conseqüência prática. Nes-se tempo, o governo negociou os ajus-tes com as indústrias e os técnicos fi-zeram estudos e regulamentos neces-

outra visão

WR - Como grande plantadore conhecedor do meio agrícola, oque o senhor está achando da atu-al situação da agricultura no Bra-sil?

Blairo - Ao longo de muitos anos,os produtores brasileiros vêm en-frentando todo tipo de dificuldades,por conta da inexistência de uma po-lítica agrícola eficiente. Porém, ape-sar da falta de incentivo do governofederal no que tange a financiamen-tos com juros condizentes, e da fal-ta de uma política agrícola de mé-dio e longo prazos, a safra agrícolaapresenta números admiráveis: maisde 100 milhões de toneladas na sa-fra 2000/2001. O que falta aos go-vernos é enxergar a agricultura pelolado da contribuição que ela dá àsociedade brasileira. Em outras pa-lavras, a agricultura precisa ser le-vada a sério.

WR - O Movimento dos Sem-Terra, antes considerado subversi-vo, hoje tem até representante nogoverno. O senhor acha que estafoi a grande vitória do MST, ou apolítica de ocupações deve conti-nuar?

Blairo - A vitória de Lula, assimcomo a de muitos governadores, foia vitória daqueles que querem mu-dança na forma de governar o país -inclusive no que diz respeito à re-forma agrária. Se o governo Lula ca-minhar para as mudanças, as ocu-pações perderão a sua razão de ser.Entretanto, o MST é quem devedecidir que caminho vai tomar apartir de então.

WR - Como o senhor acha queo Brasil pode solucionar o proble-ma da distribuição de terra parafins agrícolas?

Blairo - Como já disse o presi-

A agricultura precis

➔ O empresário e agrônomo BlairoBorges Maggi, novo “rei da soja”,assumiu no dia 1º de janeiro umnovo desafio em sua carreira; ogoverno do estado do Mato Grosso.Verdadeiro celeiro do Brasil, oestado concentra as maiores lavourasde soja do mundo. E a maior detodas, a Fazenda Itamaraty doNorte, foi fundada por AndréMaggi, pai do governador. Há 26anos, Blairo deixou o Sul do paíspara plantar soja no Mato Grosso.Fundou a cidade de Sapezal e setornou o maior produtor individualde soja do mundo. O GrupoAmaggi, que pertence a suafamília, é o maior grupoempresarial do Mato Grosso, e umexemplo de como o agronegócio podeser rentável, quando bemadministrado. Natural de SãoMiguel do Iguaçu, Paraná, BlairoMaggi foi suplente de senador epresidente da Fundação MatoGrosso e a Associação dos Produtoresde Sementes do Mato Grosso. Nestaentrevista exclusiva à WEG emRevista, Blairo fala do que maisentende: agricultura.

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comunidade

Tudo pela qualidade de vidaTratando bem osfuncionários, a WEGinveste na qualidadede vida da própriacomunidade

C Os investimentos para umaalimentação saudável,balanceada e de acordocom as normas nutricionaischegaram a R$ 5,94milhões.

ultura, lazer, esporte, di-versão, saúde, alimenta-ção saudável, bem-estar fí-sico e emocional... Asoma de tudo isso se tra-

duz em qualidade de vida. Ninguémconsegue viver bem, se não tiver tem-po para cuidar da saúde, convivercom a família e amigos, se divertir...É por isso que, todos os anos, a WEGinveste em ações para a maior felici-dade e satisfação de colaboradores,familiares e comunidade. Os núme-ros referentes ao balanço social de2002 comprovam.

A WEG destinou R$ 1,5 milhão emrecursos para a comunidade. Masnão são só os recursos financeirosque marcam a atuação da empresana comunidade. O trabalho voluntárioem todos os níveis hierárquicosaumentou 5% em 2002. A AçãoComunitária WEG, tradição no mêsde aniversário da empresa, maisuma vez foi destaque, garantindosaúde, lazer e cidadania para apopulação e envolvendo 50 parceirose 500 voluntários.

O respeito e a preocupação pelaconservação da natureza resultaram eminvestimento de mais de R$ 1 milhão emações ambientais. Em 2002 a empresaregistrou a conquista da ISO 14001 pelaWEG Química.

Incentivar o estudo e oferecer benefíciospara o aperfeiçoamento doscolaboradores é compromisso firmado eseguido pela WEG. Em 2002, osinvestimentos em educação somaramR$ 3,82 milhões.

>>> Números em destaque

R$ 5,94milhões em alimentação

R$ 4,66milhões em saúde

R$ 4,03milhões em Previdência

R$ 3,82milhões em educação

R$ 1,5milhões em investimento

em cidadania

R$ 1 milhãoem ações ambientais

No plano de previdênciaprivada, mantido pelaempresa para garantir umfuturo com renda extra evida digna aoscolaboradores, foraminvestidos R$ 4,03 milhões.

Ter saúde é básico. E paraoportunizar o acesso amédicos e exames e àprevenção, a WEG investiuR$ 4,66 milhões emassistência médica eodontológica para oscolaboradores.

Há quem justifique:das extensas áreas de ter-ra não aproveitadas paraa agricultura, a maiorparte se situa na florestaamazônica e no sertãonordestino. Certo. Po-rém, mesmo nestes ca-sos, há soluções. No ser-tão, por exemplo, o ca-minho é a irrigação. Ber-nhard Kiep diz que nosúltimos 10 anos houveuma luta para tornar aagricultura brasileiramundialmente competi-tiva. “Mas, hoje, a agri-cultura no Brasil se en-contra num ponto cruci-al. Temos que saber queela é atualmente a menos subsidi-ada em consideração com as ou-tras agriculturas do mundo”, des-taca Kiep.

Um ponto fundamental para odesenvolvimento da agricultura,respeitando a natureza, segundoKiep, é a irrigação. “Enquanto nosEstados Unidos 32,8% da agricul-tura são irrigados, no Brasil nãochega a 5%. O Brasil tem altosíndices pluviométricos durantecinco a seis meses do ano, nosoutros quase não chove. Devemosfazer reservatórios, represas paraarmazenar a água da chuva e usá-la na época da seca”, ressalta.

“Os ambientalistas dos EstadosUnidos e da Europa - lembra Kiep- pregam o que a gente deve se-guir, mas eles não seguem. No rioColumbia, nos estados de Wa-shington e Oregon, foram criadossistemas imensos de bombeamen-to. Durante o verão o degelo dasmontanhas é bombeado para re-servatórios e serve para alimentarenormes áreas agricultáveis. E lá épraticamente um deserto.”

Segundo o empresário, tem dehaver um planejamento estratégico.“Temos condições de plantar o anotodo. O que não pode é acontecer otravamento por parte de alguns ór-gãos ambientais do crescimento daagricultura no Brasil.” Na agricultu-ra irrigada, ensina, se produz muitomais em áreas menores, sendo me-

nor a neces-sidade ded e s m a t a -mento de no-vas áreas. “Ogoverno temque deixar ai n i c i a t i v aprivada tra-balhar, en-quanto mo-nitora a ativi-

dade”, afirma Kiep.Tecnologia, segundo ele, existe,

todas as grandes empresas nesse ramoestão presentes no país. Há é falta deinformação e mau uso da tecnologia.“Não dá para conseguir fome zerosem se falar na produção de alimen-tos”, conclui.

O engenheiro agrí-cola Leonardo Jacinto,concorda com a argu-mentação de BernhardKiep. Para ele, a irriga-ção é o meio mais eco-logicamente correto deaumentar a produção,pois utilizando águasque iriam para o mar,mantém-se essa água naterra e produz-se ali-mentos com alta produ-tividade. “Um trabalhobem programado - dizLeonardo - poderá ser-vir de estoque regulador,a partir do momentoque fizermos um con-trole on line das áreas

agrícolas a serem plantadas; comestimativas de produtividade, po-deremos prever safras e, com a ir-rigação, fomentar as que faltaram.”

Fala-se muito da falta de água,porém, para Leonardo, “estas in-formações não são verídicas paratodas as regiões brasileiras”. Sópara se ter uma idéia, explica, doquanto pode-se ainda aumentar aprodução com a irrigação, no Bra-sil inteiro deve haver perto de10.000 equipamentos tipo pivôcentral; nos Estados Unidos, quetêm muito menos água, há maisde 350.000 equipamentos já ins-talados.

“No Brasil - conclui LeonardoJacinto -, se fizermos uma proje-ção da instalação de 400.000 equi-pamentos com área média de 90hectares, produzindo 2,5 vezes porano, poderíamos ter um incremen-to da área plantada equivalente a90.000.000 de hectares, com pro-dutividade média pelo menos 30%acima das áreas de sequeiro.”

Irrigando, dá!

➔ O Brasil só irriga 5% de suas lavouras

➔ Bernhard Kiep

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Planejamento e Ação!38ª Conweg enfatizoua necessidade de planejare agir rapidamente,estabelecendo metas esuperando desafios

Oano de 2002 teve um ba-lanço positivo para aWEG. O faturamentocresceu 21%, ultrapas-sando R$ 1,5 bilhão e ga-

rantindo o alcance de 100% das me-tas estabelecidas. Os investimentosgerais passaram de R$ 132 milhões.A meta para 2003 é crescer 26% epassar de R$ 1,9 bilhão em fatura-mento.

São objetivos expressivos e oti-mistas, baseados em análises de mer-cado e que contam com o trabalhode equipe para ser atingidos. A mo-bilização começou com a integraçãoda diretoria e dos representantes detodo o país na 38ª Conweg - Con-venção Nacional WEG -, de 14 a 17de janeiro, na matriz da empresa, emJaraguá do Sul.

Resultados

A Conweg reuniu cerca de 100representantes, decisivos para as con-quistas em 2002 e imprescindíveispara fechar 2003 com resultados po-sitivos. Durante o encontro foi de-batido o tema “Planejamento eAção”, visando a comemoração dosresultados do ano passado, a divul-gação das metas para 2003 e a moti-vação para continuar o trabalho.

A programação envolveu reuniõesnas empresas WEG, palestra com onavegador Amyr Klink e atividadesde lazer. A confraternização renovouo espírito e motivou a todos para atin-gir o crescimento determinado.

O navegador Amyr Klink ga-nhou um motor Shark WEG, jáinstalado em seu veleiro Paraty 2.Atualmente, Klink prepara-se paramais uma aventura, agora contor-nando o círculo polar ártico. Eledeverá partir no final deste semes-tre, aproveitando o verão no he-misfério norte.

➔ Amyr Klink recebeu o motor das mãos de Décio da Silva,presidente executivo da WEG

giro

WEG a bordo

➔ Grupo de teatro da Sociedade Cultura ArtÍsticaapresentou peças e interagiu com os convencionais

➔ Representantes exercitaram a habilidade em torneio de paint ball

milhões em importações de produ-tos agrícolas, sendo a maior parte(46%) de leite e laticínios. Agora, ocontraste: no mesmo mês, o país ex-portou US$ 2,5 bilhões a mais doque importou em alimentos! A sojalidera as vendas.

O campo representa uma tremen-da força da economia brasileira. Se-gundo a Confederação Nacional daAgricultura, o PIB da agropecuáriaalcançou 95 bilhões de reais no anopassado. O agronegócio, que consi-dera também a produção industrialbaseada nas atividades agrárias, so-mou R$ 341 bilhões, ou seja, umterço do PIB total do país. Com umsaldo positivo de 19 bilhões de dóla-res em 2001, a balança comercial dosetor evitou que o país fechasse com

déficit as contas do comércio exter-no.

O que, afinal, está errado? Porque a terra está sobrando e tem gen-te procurando uma glebazinha queseja?

As respostas vêm sendo dadaspela própria história agrária brasilei-ra, que mostra a falta de uma políti-ca séria para a agricultura. O maiorexemplo está no crédito agrícola, emque montanhas de dinheiro foramdilapidadas em desvios, aplicaçõesmal executadas e falta de planejamen-to. Todos os anos, o governo divulgabalanços que mostram quantias enor-mes aplicadas no crédito agrícola. Etodos os anos os agricultores batemàs portas do Banco do Brasil, em bus-ca de empréstimos e financiamentos.Em se plantando tudo dá. Mas semfinanciamento, fica mais difícil.

O engenheiro agrícola LeonardoUbiali Jacinto, diretor técnico e co-mercial da Pivot Equipamentos Agrí-colas, de Goiânia (GO), acha que,atualmente, quem melhor emprestadinheiro para o meio rural são asempresas de insumos, porque acom-panham de perto o produtor e sabemquem é quem neste meio e sabemtambém quem merece o crédito, in-dependente do cadastro. “A necessi-dade da garantia de viabilidade eco-nômica para cada projeto é uma bu-rocracia que não tem sentido. O ban-co ou o governo deveriam liberar ofinanciamento só se houver viabili-dade da atividade”, diz Leonardo.Para ele, “todos aqueles estudos deprojeto por projeto ficam só no pa-pel, pois a seqüência de culturas, re-

sultados de produtividade, preços decusto e preços de venda têm umavariação muito grande de uma safrapara outra. Tome como exemplo osbancos particulares como o FinameAgrícola, que tem hoje um nível deinadimplência muito baixo e não exi-ge estudo de viabilidade econômicado projeto”.

Bernhard Kiep, diretor-presiden-te da Valmont, empresa brasileira fa-bricante de sistemas de irrigação, dizque é preciso manter as poucas li-nhas de crédito aos grandes agricul-tores. E em relação aos pequenos, nãosomente financiar, mas disseminar oconhecimento e treinar. “É precisofocar o trabalho no ser humano, for-talecendo o sistema cooperativo”,afirma.

Para ele, o governo tem que termuito cuidado com quais medidastomará, visando o desenvolvimentoda agricultura. “É preciso tomar me-didas macroeconômicas. Sem a agri-cultura seria um desastre, pois o se-tor é importantíssimo para a balançacomercial, e se for projetada de for-

ma positiva,gera novosempregos nocampo demaneira rá-pida, compoucos in-vestimentosem relação aqualquer ou-tra área daeconomia”,

afirma. “O governo Lula tem ciên-cia disso, e o ministro Roberto Ro-drigues (Agricultura) é a pessoa maisqualificada para evitar passos erra-dos”, ressalta.

Para ele, outro cenário atual naagricultura é a grande diferen-ça entre os agricultores deprecisão e os pequenos. “Exis-te uma diferença tecnológicamuito grande, e o governotem que tomar cuidado paranão prejudicar os grandesagricultores ao mesmo tem-po que beneficia os peque-nos”, diz.

➔ Leonardo Jacinto

➔ Em se plantando tudo dá?

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A WEG mais uma vez apresentauma novidade no mercado, com olançamento mundial da linha Smoke.É uma linha de motores desenvol-vidos para o funcionamento nor-mal de ventilação e exaustãode áreas com grande concen-tração de pessoas, como shop-ping centers, estacionamentosfechados, túneis, estações demetrô etc., com a garantia deque, em caso de incêndio, omotor opere por um determi-nado período num ambiente comaltas temperaturas, até 400º C, man-tendo a ventilação/exaustão de fuma-ça para permitir a retirada das pes-soas do local.

“Não há normas brasileiras quedeterminem o uso do motor, mas oequipamento segue normas européi-as que fatalmente vão chegar ao país”,explica Mauro Mendes, gerente dodepartamento de Vendas Industriaisda WEG Motores. O projeto surgiua partir de uma exigência do merca-do europeu, depois de acidentes

ocorridos em túneis em 2000 e2001, em que a cortina de fumaçadificultou o trabalho de resgate.

O motor tem plano de pinturamodificado, placa de bornes de ce-râmica e graxa que suporta altas tem-peraturas e prolonga a vida dos rola-mentos. Tem outros benefícios, como

A Petrobras escolheu a WEG como Melhor Forne-cedor de Materiais, na categoria Grandes Contratos,da Unidade do Rio Grande do Norte e Ceará. O Prê-mio Petrobras Melhores Fornecedores 2001 foi entre-gue em dezembro, em Natal (RN). O Prêmio foi cria-do há quatro anos, para homenagear os fornecedoresque mais se destacam em todas as etapas do atendi-mento.

A Unidade de Exploração e Produção do Rio Gran-de do Norte e Ceará aplicou R$ 498 milhões, em 2001,na aquisição de bens e serviços, envolvendo cerca de 2mil fornecedores. Destes, 400 preencheram os requi-sitos básicos para concorrer. Apenas três fornecedoresde materiais e três de serviços são premiados, nas ca-tegorias Grandes Contratos, Pequenos e Médios Con-tratos e Fornecedores Regionais.

O gerente de Marketing Paulo Donizeti de Abreu,que recebeu o prêmio em nome da WEG, fez uma

atraso na disseminação do fogo, re-dução de riscos e perdas nas instala-ções e redução da temperatura.

Antecipação

O corpo de bombeiros da cida-de de Jaraguá do Sul (SC), toman-do conhecimento deste lançamen-

to, sugeriu que a SociedadeCultura Artística instalasseum desses motores na esca-da de emergência do TeatroMunicipal. O investimento

substituiu a construção de uma es-cada externa.

Acredita-se que esta seja umatendência na construção civil, de ofe-recer maior segurança com menorcusto. Hoje há uma norma regula-mentando o uso deste tipo de mo-tor na Europa, e em breve deveráser adotada em outros países, comoEstados Unidos e Japão. Enquantoisso, o Brasil já antecipa em ofere-cer condições mais seguras ao pú-blico.

> > > Nova concepção em segurança

palestra sobre a construção da marca institucional, abor-dando a história da empresa e o relacionamento comclientes.

Melhor fornecedor da Petrobras

➔Paulo Donizeti (em pé) fala durante asolenidade de premiação

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E a inflação, com certeza, não foide 100% no período. Mas semprehá “explicações”, convincentes ounão. Neste começo de ano, porexemplo, os produtos hortifrutigran-jeiros inflaram o balão dos preços. Ajustificativa apontou a chuva e as ex-portações como culpadas. O excessode chuva prejudicou o plantio, en-quanto o aumento das vendas exter-nas pressionou o mercado interno.

Outro problema, no Brasil, é aainda baixa utilização da área agri-cultável. O consultor Alexandre Men-donça de Barros, da MB Associados,avalia a taxa de utilização da áreaagricultável na América do Sul emapenas 15%, ante 92% do Sudesteda Ásia. Outras regiões, como o Su-doeste da Ásia, utilizam até mesmoárea não recomendável, atingindo143% da parcela agricultável. Ouseja, 43% são de terras de várzeas,encostas, que não deveriam ser usa-das para o plantio.

Já no Brasil, imensas áreas nãosão aproveitadas, sobrecarregandoalgumas regiões, que acabam fican-do com o solo comprometido. A fa-mosa frase na carta de Pero Vaz deCaminha dizia que “no Brasil, em seplantando, tudo dá”. Por paradoxalque pareça, enquanto a terra estásobrando, milhões de trabalhadoresrurais perambulam pelo país, reuni-dos sob a capa do MST, em busca deum lugarzinho para plantar.

Mesmo com essa imensidão deterra, o país ainda importa alimen-tos, desde carne do Uruguai até alhoda Argentina. O dado mais recente,de outubro do ano passado, indica,naquele mês, um total de US$ 368

➔O Brasil ainda utiliza uma área muito pequena para a agricultura

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Ogiro

A Eletro Buscarioli Ltda., maiorrevenda integrada e assistência técni-ca WEG na América Latina, acaba dereceber a certificação ISO9001:2000, concedida pela certifica-dora norueguesa DNV. É a primeirarevenda WEG a ser certificada pelaversão 2000. Distribuidora WEG há27 anos, a Buscarioli tem hoje o mai-or estoque de motores, automação eacionamentos fora da própria WEG.

Para Sidinei Buscarioli, diretor daempresa, a certificação é resultado doesforço permanente em busca da qua-lidade total. “É por isso que o clientenos dá a preferência, pois tem a cer-teza de que, além do produto ou ser-viço adquirido, estará tranqüilo notocante à qualidade, e é isso que aWEG exige de nós, pois somos uma

O diretor Administrativo daWEG, Alidor Lueders, recebeu nofinal do ano passado, em São Paulo,o Prêmio Prata da Abamec - Associ-ação Brasileira dos Analistas do Mer-cado de Capitais. A distinção é con-cedida às empresas que apresentamnúmeros e resultados financeiros naAbamec - SP durante cinco anos con-secutivos. O objetivo é valorizar atransparência das companhias de ca-pital aberto.

extensão da fábrica”, diz o diretor.Para ele, é imperioso acompanhar astendências do mercado e se aperfei-çoar sempre. “Como estamos na li-nha de frente - acrescenta -, precisa-mos estar em sintonia com tudo queacontece a cada segundo, procuran-do sempre, através da melhoria con-tínua, atingir a plena satisfação denossos clientes, colaboradores e daWEG.” O resultado desse esforço,para Buscarioli, é que, além de serum destaque na área de revenda eserviços, é a única empresa da redede Assistência Técnica Autorizada aobter o título de categoria Cinco Es-trelas nas três empresas do GrupoWEG que fazem parte deste progra-ma: Motores, Máquinas e Transfor-madores.

> > > ISO 9001 para a Buscarioli

> > > Prêmio Abamec na mão

➔ Alidor Lueders (centro), com oPrêmio Prata

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➔Loja da EletroBuscarioli (à esq.)no bairro Belém,em São Paulo;Sidinei Buscarioli eo certificado ISO9001:2000

FOTOS HUDSON MOTTA

Melhordesempenho global

A WEG foi a campeã abso-luta no item Motores Elétricosde Indução (BT), do PrêmioQualidade 2003, da revista Ele-tricidade Moderna, tendo rece-bido o maior volume individualde indicações de toda a pesqui-sa (94,3% dos votos). Com oresultado, a empresa alcançou,pela terceira vez consecutiva, oMelhor Desempenho Global,como a marca mais lembradaem toda a pesquisa. A WEGtambém continua líder na cate-goria Transformadores MT/BTa Óleo, tendo recebido 39,3%dos votos.

Essa foi a 14ª edição da pes-quisa, que envolveu 7 mil leito-res, abrangendo 58 produtos eequipamentos elétricos. A con-sulta entre os leitores é dirigidapela revista exclusivamente aosprofissionais de eletricidade,colhendo a visão do técnico for-mado, com conhecimento e ex-periência real e rotineira emprodutos de instalação elétricae de iluminação. A imagem dasmarcas de produtos e equipa-mentos elétricos vem sendo de-tectada junto ao meio técnicoprofissional desde 1990.

A entrega do prêmio será nodia 25 de março, em São Paulo.

ois pãezinhos, quatroovos fritos, dois coposde leite. Mais ou menosR$ 1,99.

Meio quilo de filé deavestruz, maionese com passas, sala-da verde, arroz à grega. Cerca de R$45,00.

O primeiro cardápio é simples,básico, barato; o segundo é mais so-fisticado, elaborado, caro... Mas, emqualquer dos casos, é suficiente parauma refeição. Em ambas as opções,uma pessoa adulta terá se nutrido osuficiente até a próxima refeição.Claro que os nutricionistas dirão que

ambos os cardápios estão incomple-tos, que lhes faltam alguns elemen-tos da pirâmide de alimentação etc.etc. Correto, mas o ponto aqui éoutro: a comida que chega à mesado brasileiro, sua origem e seu cus-to.

Com uma área agricultável tãogrande, o país ainda vive às voltascom problemas de desabastecimen-to e, pior, o alto preço da comida.O cardápio simples do início destetexto podia ser adquirido por R$1,00 em 1994, no início do PlanoReal. Hoje, seguramente, não sai pormenos do dobro.

Com 8,5 milhões de km2

de área, o Brasil poderiaproduzir comida emquantidade suficientepara dar e vender

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➔ Pegue um dado, alguns peões de plástico, junte uns amigos e participe do Jogoda Comida. Mas cuidado: ele tem muitas armadilhas!

da comidajogo

ROBERTO SZABUNIA

MÁRCIA COSTA

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expediente

índice

WEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref.WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900, Jaraguá doSul - SC. [email protected]. ConselhoEditorial: Décio da Silva (diretor), PauloDonizeti (editor), Caio Mandolesi(jornalista responsável), Edson Ewald(analista de Marketing). Edição eprodução: EDM Logos Comunicação,telefone (47) 433-0666.Tiragem: 12.000.

Como o país podeplantar mais 4

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Motor gastadorestá fora da lei

Produtos WEG naslavouras de Minas

A terra é boa

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Catálogo WEGagora on line

ma agricultura produtiva se faz com in-centivo, dinheiro e treinamento. Assima cadeia produtiva segue seu ritmo, ali-

mentando as cidades. Não se pode admitir que oBrasil, com a quantidade de terra - e terra boa -que possui e um clima invejável, tenha que im-portar produtos agropecuários.

Não é de hoje que entidades ligadas à agricul-tura alertam para a necessidade de incentivo àatividade. Com crédito, os agricultores podem in-vestir em máquinas mais modernas e técnicas demanejo que aumentam a produtividade. Outroponto importante é o treinamento dos agriculto-res, principalmente os pequenos. Para suprir essanecessidade existem órgãos públicos em vários es-tados. Mas estes órgãos, geralmente, não têm pro-fissionais suficientes para atender a todos os agri-cultores. A solução então está no cooperativismo.A associação de agricultores traz benefícios pal-páveis. Basta ver que, onde o cooperativismo émais evoluído, a agropecuária também é. NoOeste de Santa Catarina, interior do Rio Gran-de do Sul, Noroeste de Minas Gerais, Paraná,Mato Grosso do Sul e São Paulo, a força do coo-perativismo alavanca a produção agropecuária.

Alimentar o povo será mais fácil quando oBrasil assumir sua verdadeira vocação agrícola.Este é um jogo que pode ser vencido!

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Governador do MTé o novo rei da soja

Quem planta, colhe

Décio da SilvaDiretor-presidenteexecutivo da WEG

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nossa opinião editorial

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O combate à fome exigea resolução de gravesproblemas sociais que

afligem o Brasil

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Conweg fala emplanejar e agir 15

les não lavram nemcriam. Nem há aquiboi ou vaca, cabra,ovelha ou galinha, ouqualquer outro ani-

mal que esteja acostumado ao viverdo homem. E não comem senão des-te inhame, de que aqui há muito, edessas sementes e frutos que a terrae as árvores de si deitam. E com istoandam tais e tão rijos e tão nédiosque o não somos nós tanto, comquanto trigo e legumes comemos.”

Carta de Pero Vaz de Caminha aoRei D. Manuel

O Brasil já não é mais o país do“em se plantando, tudo dá”. Aliás,nunca foi, se lermos com mais aten-ção a famosa carta que virou umaespécie de certi-dão de nascimen-to do país.

Apesar de nocomeço dar umaimpressão errada,o Brasil tem umavocação naturalpara a agricultura.Essa vocação nos coloca, por exem-plo, entre os cinco maiores produto-res de soja e milho e entre os 10maiores exportadores de produtosagrícolas do mundo.

Hoje os negócios relacionadoscom o campo estão entre as maioresforças da economia brasileira. Da-dos da Confederação Nacional daAgricultura mostram que a balançaagropecuária brasileira registrou umsaldo de US$ 13,5 bilhões de janei-ro a outubro de 2002, resultado6,44% superior ao do mesmo perío-do de 2002. O valor das exportaçõesagropecuárias foi de US$ 17,15 bi-lhões (52,81 milhões de toneladas),um aumento de quase 5%, em rela-ção ao mesmo período de 2001.

Cada vez mais a agricultura e a

pecuária chamam a atenção como ne-gócio, e as fazendas são encaradas eadministradas como empresas. Osprodutores já perceberam essa mu-dança e investem em maneiras dereduzir custos e aumentar a lucrati-vidade. Agora é hora da nova cadeiade fornecedores, não só os tradicio-nais do ramo de máquinas agrícolas,fertilizantes e outros, enxergar o po-tencial do campo. A WEG há muitotempo é parceira de indústrias quetrabalham diretamente no segmentoe está presente em um sem númerode fazendas no ramo de irrigação,silagem e outros.

Aproveitar as vocações naturaisde um país é o primeiro - e talvezmais importante - passo em direçãoao desenvolvimento. Investir nessa

vocação de 500anos só pode nostrazer bons resul-tados, como jávem trazendo.Não é precisoreinventar a rodapara o país cres-cer nesse segmen-

to, basta fazer as correções de rotanormais em qualquer negócio.

Os primeiros habitantes do Brasilnão tinham problema com comida. Anatureza se encarregava de prover onecessário para uma dieta rica e ba-lanceada. Mais de 500 anos se passa-ram, e o combate à fome virou assun-to principal no país. Está mais do quena hora de resolvermos esse grave pro-blema social, muito mais presente nadistribuição e no desperdício dos ali-mentos do que na produção.

O Brasil já produz comida sufici-ente para alimentar sua populaçãomais de uma vez. Temos recursosnaturais, tecnologia e competênciahumana de sobra para produzir maisno campo e na indústria. Basta plan-tarmos as sementes certas.

O solo brasileiro “tudodá”, mas é necessárioque se plante mais e semodernize a lavoura

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