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Uma fórmula para a vida

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Editorial

WEG em Revista Março - Abril 2001 WEG em Revista Março - Abril 2001

expediente

índice

Weg em Revista éuma publicaçãoda Weg.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul - SC.www.weg.com.br.

[email protected]. Conselho Editorial:Walter Janssen Neto (diretor), PauloDonizeti (editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, telefone (47) 433-0666.Tiragem: 10.000.

Qual sua fórmulapara viver melhor? 4

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O céu é o limite paraWaldemar Niclevicz

Carrocerias deônibus protegidas

“Viver, e não ter avergonha de ser feliz...”

14Clientes Weg quese destacam

15Alunos da Apaerealizam sonho

Em tudo que umaempresa produz estáa mão do homem,sem a qual nadapode ser feito

Compromisso com a vida

Jaime RichterDiretor superintendenteda Weg Química

A habilidadehumana é o

principalinstrumento na

elaboração de umbem ou serviço

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...”Cantar a beleza de ser um eterno aprendiz...”

Nas palavras da imortal canção de Gonzaguinha está

um resumo do que o ser humano busca a todo instante -

ou, pelo menos, necessitaria buscar. Afinal, estabelecer

a felicidade como meta deveria ser a missão de cada

homem sobre a face da Terra. Trata-se de uma volta ao

que, no relato bíblico, seria considerado o paraíso (Gê-

nesis, cap. III).

Para alguns, este paraíso consiste em levantar e su-

perar obstáculos, como é o caso do alpinista Waldemar

Niclevicz (veja entrevista exclusiva na página 7). Para

outros, é construir uma casinha pequenina e viver feliz.

Há quem prefira tirar prazer da dor, como os faquires e

monges hindus. E há aqueles que se empenham em bus-

ca do constante aperfeiçoamento, estudando e traba-

lhando, e nisso se realizam.

Estas seriam algumas das várias “fórmulas” da vida.

Cada pessoa faz sua própria fórmula, com os ingredi-

entes que achar mais apropriados, com o único objeti-

vo de viver melhor. A Ciência também ajuda, fornecen-

do meios para viver melhor, combatendo doenças e pro-

longando a vida. As pesquisas genéticas são o que há

de mais avançado neste campo. Há riscos, é claro, a

maioria por conta da ambição desmedida do próprio

homem. Por isso, o ser humano deve estabelecer e res-

peitar limites. E ser feliz.

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Nossa Opinião

o momento em que escre-vo este artigo não há nadasendo produzido na Weg.As máquinas estão comple-

tamente paradas. E não é por falta dematéria-prima, tampouco por falta deenergia elétrica, o grande fantasmaque assombra a indústria do país noprimeiro ano do século XXI. No mo-mento em que escrevo este artigo aWeg não está produzindo nenhummotor, nenhum inversor, nem um qui-lo sequer de tinta em pó por um sim-ples fato: estou escrevendo este arti-go numa manhã de domingo, hora emque nenhum colaborador está traba-lhando.

O ser humano é o único elementoindispensável no pro-cesso produtivo. Pro-dutos são feitos por epara pessoas. Não im-porta o produto, emalguma etapa do seuprocesso ele vai pas-sar pelo homem e in-terferir de alguma ma-neira em sua vida.Que essa maneira sejaa melhor possível.

Não importa se omotor e o inversor vãoacionar outra máquina, ou se a tintavai proteger uma carroceria de ôni-bus contra a corrosão. A máquina vaiser usada para fabricar um bem deconsumo; e a carroceria vai se trans-formar num veículo que conduzirápessoas. O consumidor final nemsempre sabe que está utilizando nos-sos produtos.

Ao viajar de ônibus, o passageironão sabe que o primer Weg está pro-tegendo a carroceria da corrosão. Epor este primer ser praticamente li-vre de solvente, nem as pessoas quepintaram o ônibus, nem o meio am-

biente, tiveram sua saúde prejudica-da. Ao retirar um livro na biblioteca,o estudante provavelmente desconhe-ce que a prateleira e a cadeira em queele vai sentar para ler estão com aque-le aspecto de novo porque receberamuma boa camada de tinta em pó daWeg. E que a tinta em pó é o meiomais ecologicamente correto de pin-tura, porque não há desperdício nemuso de solventes químicos. Tanto opassageiro quanto o estudante tam-bém não sabem que durante o proces-so de produção alguns subprodutos,como embalagens de matérias-primas,gases e até a água devem e são trata-dos e descartados de forma correta,sem prejuízo ao meio ambiente.

Nem sempre pode-mos nos dar ao luxo deescolher os produtosque usamos. Ao escre-ver este artigo, e pelavida toda, também usoprodutos que não seiao certo como ou porquem foram fabrica-dos. Mas, até mesmopara comprar um sim-ples alfinete, procurosaber se a empresa queo produziu tem com-

promissos sólidos com o bem-estardas pessoas. Se respeita seus colabo-radores e seus clientes, se é responsá-vel com o meio ambiente e com a co-munidade onde está inserida.

Como consumidor, quando tenhoque optar entre dois produtos de mar-cas diferentes tenho o poder e diriaaté mesmo a obrigação de dar prefe-rência a uma empresa compromissa-da com os mesmos valores que eu,para que a outra comece a assumiresses valores. E não há valor mais uni-versal que o respeito à vida.

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O prazer de viveré algo que toda pessoaalmeja; mas cada umtem seu jeito própriode buscar a felicidade

Do jeito quecada um gosta

N ão importa o quanto a Ciên-cia avance na busca de no-vas fronteiras, viver e ser fe-liz é o que move o homem

em sua caminhada. Há quem se sintabem justamente na procura de novosrumos para a humanidade, na pesquisade curas para doenças antigas, na mani-pulação dos genes que podem permitirao ser humano viver muito além dos li-mites atuais ou se utilizar das maravi-lhas da cirurgia plástica para mascarar apassagem do tempo. A pesquisa genéti-ca, pelos avanços que tem demonstradonos últimos anos, é o que mais se apro-xima de uma suposta “fórmula da vida”,se o viver fosse baseado numa receitaquímica pronta. Sabemos que cada serhumano tem ingredientes próprios e ca-racterísticos - formados geneticamenteantes do nascimento, é certo, mas aindaassim determinantes de uma identidadeúnica.

Surge agora a manipulação genéti-ca, a partir da decifração de 97% do ge-noma humano, divulgada no dia 26 dejunho de 2000. É um passo para a talfórmula pronta, que tem como grandeobjetivo tornar o ser humano perfeito,livre de doenças, superinteligente e ca-paz de ultrapassar as fronteiras do siste-ma solar, em busca de novos mundos.Algo como a ficção científica desenhouno filme Gattaca - A Experiência Ge-nética (EUA 97, direção de Andrew Nic-col, com Ethan Hawke e Uma Thur-man). Num futuro no qual os seres hu-manos são criados geneticamente em la-boratório, as pessoas concebidas biolo-gicamente são consideradas “inválidas”.Um destes “inválidos” burla o sistemae consegue um lugar de destaque numa

Vida

corporação, escondendo sua verdadeiraorigem. Um misterioso caso de assassi-nato, porém, pode expor seu passado...É melhor você assistir ao filme.

Ou seja: Gattaca concretiza a reali-zação dos sonhos da pesquisa genética,construindo um mundo melhor, maisperfeito etc. etc. Mas a emoção aindafaz a diferença, mostrando que a perfei-ção humana não é tão fácil assim de serfabricada em laboratório. Para a apre-sentadora Ana Maria Braga, por exem-plo, a fórmula da vida teria uma com-posição mais simples: “A arte da vidaconsiste em fazer da vida uma obra dearte”, diz Ana Maria, que procura trans-mitir essa receita em seu programa diá-rio na TV Globo.

Outras fórmulas

Há quem se sinta feliz e veja sentidona vida somente quando há risco, quan-do grandes obstáculos estão no caminhodas metas. É o caso do alpinista parana-ense Waldemar Niclevicz, atualmenteem preparativos para escalar a TrangoTower, maior torre de granito do mun-do, no Paquistão. Este vai ser mais umdesafio dos tantos que Niclevicz já seimpôs, desde que escolheu o alpinismocomo seu modo de vida. Qualquer pes-soa dita “normal” sente arrepios só deouvir falar em façanha tão arriscadacomo escalar uma montanha. Já Walde-mar Niclevicz se angustia ante a possi-bilidade de não escalar mais. Para ele, oque interessa é ter sempre novas metaspara alcançar. É isso que o deixa feliz.(Veja uma entrevista completa com Wal-demar Niclevicz nesta edição, na pági-na 7)

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ciência busca a concretizaçãode estudos e projetos por umavida melhor. Porém, há umaforma primária para acabar

com a exclusão social, que continua pri-mordial e antecede qualquer avanço paraaperfeiçoar a química da vida: o traba-lho. Quem trabalha sente-se parte inte-grante da sociedade, atuante e mais dig-no.

Numa sociedade onde as diferençasfazem a “diferença”, nem todo cidadãoconsegue ser atendido. E um dos gru-pos que sempre ficou à margem nesseassunto é o dos portadores de necessi-dades especiais - ou deficientes.

A prática pode ser diferente? Claro,desde que se invista em boas idéias. Osexemplos ainda podem ser contados nosdedos, mas, graças à visão de algunsempresários, as portas começam a seabrir. Entre esses casos está a Weg, in-vestindo num programa para combatera exclusão social de portadores de ne-cessidades especiais. O Projeto Sonho,como é chamado, é desenvolvido emparceria com a Apae - Associação dePais e Amigos de Excepcionais - de Ja-raguá do Sul, município-sede da Weg.

“O trabalho propicia auto-estima, ea sociedade passa a reconhecer, valori-zar e respeitar a pessoa, independentede sua capacidade cognitiva”, ressaltaErmeli Mariot, assistente social da Weg.Fabiana Barbosa Alves, 21 anos, RubensFernandes de Oliveira, 19, ValdemarPatrício de Oliveira, 26, e Siomar Sa-cht, 34, começaram a trabalhar no iní-cio de março. A satisfação por estaremno mercado de trabalho, pelo envolvi-mento com os colegas e pela possibili-dade de ajudar a família financeiramen-te é comum a qualquer profissional dito“normal”.

“Estar trabalhando é uma vitória.Estou feliz e quero continuar a caminha-da vencendo obstáculos”, afirma Sio-mar, encarregado da distribuição de cor-respondências. “Trabalhar significa umaevolução para o meu futuro, uma opor-tunidade para mostrar a minha capaci-

dade”, acrescenta a colega Fabiana, efe-tivada na seção de Alimentação.

Envolvimento

O projeto venceu algumas fases im-portantes para a concretização do objeti-vo proposto: aproximação entre a Weg ea instituição de ensino especial - para de-finir os candidatos e os possíveis locaisde colocação na empresa -, e intercâm-bio de visitas, para em conjunto tomar asdecisões e analisar as condições reuni-das pelos alunos. Também foi realizadotrabalho de quebra de paradigmas noslocais que receberam os novos colabora-dores, com apresentação de vídeos, reu-niões e esclarecimento de dúvidas.

A meta nesta fase foi desestimular asuperproteção. “Eles são pessoas produ-tivas, com deveres e direitos, que, ape-nas, têm características e peculiaridadescomo qualquer outra pessoa”, comentaErmeli Mariot.

O resultado está sendo animador. Asolidariedade por parte dos colegas deseção demonstra a unanimidade na acei-tação do projeto e na vontade de contri-buir para o sucesso dos novos colabora-dores. “Eles chegaram trazendo umavitalidade e uma inocência que lembraum pouco o ambiente escolar. Acompa-nhamos passo a passo a evolução delese percebemos que estão vencendo bar-reiras e têm uma força que acaba moti-vando todo o grupo”, afirma Janete RosaPretto Medina, chefe da seção de Ali-mentação, que recebeu dois colaborado-res com necessidades especiais.

Para a escola, iniciativas como a daWeg são essenciais. “Este tipo de par-ceria abre mais portas na comunidade.Além das empresas que já são nossasparceiras, outras começam a se interes-sar. Na escola, temos todo um progra-ma de formação dos alunos, e quandoeles conseguem um emprego se sentemvitoriosos, porque é a chance de exer-cerem sua cidadania. É a concretizaçãode um sonho”, destaca Rosana Barbo-sa, terapeuta ocupacional da Apae.Rubens e Fabiana: evolução para o futuro

Pelo exercício da cidadaniaAs pessoas comnecessidades especiaiscomeçam a ter maisapoio e a ganharespaço para trabalhar

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Valdemartrabalhana WegMáquinas

Siomar:trabalhar éuma vitória

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Roberto SzabuniaColaboração: Álvaro Junqueira

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WEG em Revista Março - Abril 20015

Niclevicz faz parte da imensa legiãode homens e mulheres, espalhados pe-los quatro cantos do mundo, que fazemdo risco seu sentido de vida. Gente comoa nadadora brasileira Dailza Damas, de43 anos, primeira pessoa a atravessar os25 quilômetros do lago Titicaca, na Bo-lívia, 3.810 metros acima do nível domar. Ela estabeleceu um novo recordemundial, vencendo uma combinação defatores adversos, como a água fria, a di-minuição de oxigênio no ar e o frio in-tenso.

O que leva uma pessoa a colocar suaintegridade física em risco, apenas peloprazer de superar um desafio? Exata-mente isso: o prazer da superação. Omesmo prazer que move tantos outrosnadadores, mergulhadores, alpinistas eexploradores, metidos em aventuras nasquais o risco superaem muito a recompen-sa financeira – quandohá.

O outro lado damoeda, é claro, com-pensa o risco com mui-to dinheiro. É nestacategoria que entrampessoas como Micha-el Schumacher e ou-tros ases do volante, damotonáutica, do boxee dos violentos – e mi-lionários – esportescomo hóquei no geloe futebol americano. Porém, mesmo es-tes recompensadíssimos corredores derisco têm algo em comum: tire-lhes oprazer de correr, lutar e jogar, e eles per-dem a motivação.

E você aí, leitor desta revista, con-seguiria ficar o tempo todo sem fazernada? Sem seu trabalho, seu esporte pre-ferido, seu hobby? Pense bem: você fi-caria em casa, no ócio total, mesmo querecebesse um salário para isso? Não res-ponda tão rápido; pense um pouco an-tes...

Mas e o que dizer dos sofredores quenada ganham, além da satisfação interi-or? Como os radicais saddhus, mongesindianos, se flagelando e impondo aocorpo sofrimentos indescritíveis, embusca da purificação. O jornalista ArthurVeríssimo foi no início deste ano à Ín-dia, cobrir o Khum Mela, maior festival

religioso do mundo. Seu relato (acom-panhado de fotos incríveis) está na edi-ção de abril da revista Trip. Lá está ummonge que usa sandálias com pregos en-ferrujados virados para cima; outro queestá em pé há 15 anos; e o mais impres-sionante, o saddhu que está há 37 anosna posição de lótus e com o braço direi-to levantado. A mão do homem mais pa-rece uma garra, e suas unhas compri-díssimas quase perfuram as veias. Mes-mo assim, ele é feliz. Ele e os milhõesde indianos que percorrem milhares dequilômetros a pé para se banhar nas sa-gradas águas do rio Ganges.

Essa particularidade dos hindus estámelhor descrita, ao lado de dezenas deoutras, na obra O Livro das Religiões,de Victor Hellern, Henry Notaker e Jos-tein Gaarder (Cia. das Letras, 1989). Nolivro, o autor de O Mundo de Sofia co-ordena um apanhado de várias religi-ões espalhadas pelo mundo, abordando-as sob um ponto de vista filosófico. Cadaseita ou credo tem sua visão da químicada vida.

Outra obra na mesma linha filosófi-ca é o livro A Última Grande Lição – OSentido da Vida (Sextante, 1997). O au-tor, Mitch Albom, revê Morrie Schwartz,ex-professor da universidade, condena-do por uma doença letal.

Niclevicz, Schumacher e os saddhusindianos: cada qual à sua maneira, todosbuscam alcançar o único objetivo de sesentirem realizados com o que fazem

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A Jarzynski & Cia. Ltda., de Porto Alegre(RS), que atua como revenda integrada e as-

sistência técnica da Weg, está certificadapela ISO 9002. O selo, apro-vado pelo BVQI com apoio doSebrae, consolida um proces-so que começou em maio de1998. “O selo não é uma coi-sa que se ganha ou se compra.Alcançá-lo, hoje em dia, é umseguro de sobrevivência e agarantia de portas abertas”,destaca Alberto Kompinsky,sócio da empresa, encarregadoda área de Qualidade e Marke-ting.

Segundo ele, o processopela busca da certificação co-meçou com a implantação do

programa 5S, incentivado pela Weg, e pelogrande desejo de ir em frente. “A busca daqualidade constante sempre norteou o traba-lho da Jarzynski, mas antes não vislumbrá-vamos o selo, até que percebemos a sua im-portância e decidimos por unanimidade iratrás dessa conquista”, conclui Kompinsky.

Muito além do negócios parcerias que a Weg man-tém com seus clientes vãoalém do fornecimento de pro-dutos e serviços. Um exem-

plo é o convênio de cooperação técni-co-pedagógico assinado neste ano coma Usiminas. Pelo acordo, a Weg cedeuuma bancada didática para treinamentode inversores de freqüência e motoreselétricos. Em contrapartida, utiliza a salade treinamento para ministrar cursos,tanto para a própria Usiminas, quantopara outros clientes.

Os equipamentos cedidos pela Wegformarão um laboratório de variação develocidade, dotando o Centro de Forma-ção Profissional da Usiminas de recur-sos atualizados tecnologicamente. Pessoal da Usiminas e da Weg, com a bancada didática

Otam lança manualsobre tecnologia deventiladores

Cliente Weg há cerca de 15 anos, a Otam Ventila-dores Industriais, de Porto Alegre (RS), está lançandoum Manual Técnico, composto de uma série de bole-tins, visando o esclarecimento de diversos aspectosda engenharia aplicada a ventiladores industriais. Osassuntos englobam a seleção de equipamentos, vibra-ções, ruído, balanceamento, operação de ventiladorese outros temas. O manual é com-posto de 15 boletins, e deveser ampliado conforme foremsendo detectadas as necessi-dades do mercado.

Fundada em 1963, em Por-to Alegre, a Otam se especi-alizou no projeto e fabricaçãode ventiladores industriais axi-ais e centrífugos.

Em junho a Otam inaugurauma filial em Curitiba (PR),para produzir ventiladores cen-trífugos tipo Sirocco e LimitLoad, utilizados no segmento dear-condicionado e ventilação.

Qualidadecertificada

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Nos últimos meses de vida do velhomestre, ele e o antigo discípulo tratamde temas fundamentais para a felicida-de e a realização humana. É uma liçãode esperança sobre o sentido da existên-cia, em que a experiência é transmitidade forma simples e comovente.

Aldous Huxley, com seu AdmirávelMundo Novo, e Thomas Morus noimortal Utopiatambém tratamde caminhos ma-ravilhosos paraalcançar a felici-dade.

Mas há fórmu-las mais simples.No filme O Senti-do da Vida, o gru-po humorístico in-glês Monthy Pytontrata com ironia algoque para muita gen-te pode ser a manei-ra ideal de viver: umacasinha, em contatocom a natureza, a fa-mília feliz. À parte osarcasmo com que otema é abordado no fil-me, este não deixa de ser um cenáriopara a felicidade de muita gente.

Enganar a química

Entre as barreiras humanas, a mani-pulação genética esbarra em algumasque abalam a própria estabilidade emo-cional das pessoas, como o stress. Masserá que o stress é inevitável? Talvez. Opesquisador Harold G. Wolff, do Cor-nell Medical Center, de Nova York, en-fatiza que a saúde dos indivíduos estáintimamente relacionada às exigênciasde adaptação que lhe são impostas pelomeio ambiente.

Num momento em que as pessoassão submetidas, às vezes diariamente, auma torrente infindável de mudanças, háduas opções para se livrar do stress:abandonar tudo e alienar-se numa ilhadeserta ou encarar o desafio. Quem fu-gir dessas duas alternativas tem uma boachance de se tornar estressado ou neu-rótico.

As reações patológicas à pressãoexagerada variam da ansiedade à hosti-

Parafraseando a fórmula de Einstein, mas dando-lhe sentido diferente, odesafio a que o homem está submetido hoje, depois que a globalização pas-sou a impor padrões alemães ou japoneses de eficiência, qualidade e produ-tividade, pode ser sintetizado na equação Estresse = Mudanças Contínuasao Quadrado.

O truque para enganar a química do stress é antecipar-se a ela, manten-do-se, de um lado, livre de preconceitos, aberto às mudanças e amando aincerteza, e, de outro, permanentemente reciclado, atualizado, antenado como mundo, de tal forma que nada lhe seja inteiramente novo ou estranho.Estudar, ler, manter-se informado e atualizado. No fundo, trata-se de umareceita velha para tratar de um fenômeno novo. Parece que, para ser intei-ramente moderno, é preciso ser um pouco antimoderno.

lidade, da violência sem sentido à doen-ça física, da depressão à apatia. Suas ví-timas freqüentemente manifestam estra-nhas oscilações quanto a interesses e es-tilos de vida, seguidas de um esforço parase esconder em suas tocas, por meio defugas de caráter social, intelectual e emo-cional. Sentem-se continuamente depri-midas e atormentadas ou desejam deses-peradamente reduzir o número de deci-sões que devem tomar.

Ao acelerar as mudanças no mundoexterior, o indivíduo é compelido a rea-prender o seu meio ambiente a todo ins-tante. As pessoas do século passado seadaptavam a meios ambientes compara-tivamente mais estáveis, mantinham vin-culações de longa duração com suas pró-prias concepções internas acerca de comosão as coisas. Hoje o ser humano se vêforçado a alterar radicalmente esses re-lacionamentos. Novas descobertas, no-vas teorias, novas tecnologias, novos ar-ranjos sociais irrompem sob a forma deíndices progressivos de reformulaçõesaumentadas, durações relacionais cadavez mais curtas.

Albert Einstein tinha uma resposta naponta da língua quando alguém pedia queele explicasse de forma simples a Teoriada Relatividade: “Passe 1 minuto senta-do em cima de uma frigideira e 1 minutosentado ao lado de uma bela mulher evocê vai perceber como o tempo é relati-vo”. Pergunte a 10 pessoas qual é a fór-mula da vida e você também vai enten-der um pouco mais sobre relatividade. Oque é extrema felicidade para um, podeser uma tortura para outros.

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Adequar-se fisicamente para aten-der o crescimento da participação daempresa no mercado é uma ação per-manente da Weg. Atualmente, duasunidades no parque fabril em Jaraguádo Sul estão passando por importan-tes ampliações.

Na Weg Máquinas, o objetivo éaumentar a participação no mercadonacional na área de geração de ener-gia e incrementar as exportações dosmotores de grande porte. A fábricaestá sendo adequada para a produçãode geradores para hidrelétricas compotência até 30 MVA (máquinas de 50a 200 toneladas) e possibilitar o au-mento da capacidade de produção degeradores para termelétricas até 30MVA, IV pólos e motores de alta ten-são acima de 10 MW. Um prédio de3 mil m² está em construção.

Na Weg Automação, a área cons-

Preparada para a demandatruída foi ampliada de 5.250 m² para7.000 m². A reforma proporcionou a du-plicação da área de Produção Eletrôni-ca (drives), que passou a ter 1.250 m², eo aumento de 50% no espaço da área deMontagem Elétrica (painéis), que ficoucom 1.800 m². Novas máquinas, aliadasao espaço físico maior, vão possibilitaro aumento da produção.

Muito relacionamento na participa-ção da Weg na Feira de Hannover, de23 a 28 de abril, na Alemanha. O estan-de virou o centro da Weg na Europa poruma semana. Filiais e representantes detodo o continente levaram seus princi-pais clientes para lá, e clientes em po-tencial marcaram presença.

No estande, moderno e atraente, umdos grandes sucessos foi a máquinacaça-níqueis feita com inversores de fre-qüência CFW 09. Filas se formaramcom pessoas dos mais diferentes luga-res - Grécia, Turquia, Finlândia, Fran-ça, Bélgica... - para jogar e ganhar brin-des.

A participação na feira vem desde1980. “A imagem da Weg está cada vezmais forte no mercado europeu”, come-mora Douglas Conrado Stange, diretorda Weg Exportadora. Durante a feira, a

HANNOVERO centro da Europa

empresa lançou o novo catá-logo eletrônico 4.01, com da-dos atualizados e novas fun-ções, e a linha Master em car-caça de ferro fundido - por en-quanto nas carcaças 315 a 450.As principais vantagens da li-nha Master são a robustez,proporcionando excelente ri-gidez estrutural e baixos níveisde vibração, e a garantia de altaeficiência nas mais severas apli-cações. A linha Master tambémapresenta acabamento resistente àcorrosão e oferece várias configu-rações de proteção, atendendo àsnormas Nema e IEC.

O estande da Weg e afila para o caça-níqueis

Na foto de cima, o novoprédio da Weg Máquinas;abaixo, nova área na WegAutomação: pronta para

sustentar aumento da demanda

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Outra Visão

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Escalada paraa realizaçãoWaldemar Niclevicz é o alpinista brasileiro mais bemsucedido. Conquistou os topos do Everest e do K2 - a maiore a mais perigosa montanha do mundo, respectivamente.Sua próxima aventura é a Trango Tower, maior torre degranito do mundo, no Paquistão. A escalada estáprogramada para o início do segundo semestre.

Se a vida fosse sintetizada numafórmula, que elementos teria?

Niclevicz - Vontade de viver, paixãopor aquilo que você faz, vontade de rea-lizar os projetos pessoais, determinação,perseverança, objetivos para que a vidatenha um sentido, traçar esses objetivose batalhar por eles, sonhar sempre e lu-tar para que os sonhos se realizem.

Que fatos importantes marcaramsua vida e que lições tirou deles?

Niclevicz - Eu sou observador e cu-rioso, e procuro tirar ensinamentos detudo que faço, especialmente das expe-riências nas montanhas - que foi o quemais marcou minha vida. Isso veio des-de o primeiro contato que tive com asmontanhas no pico do Marumbi, próxi-mo a Curitiba. O deslumbramento des-se ambiente me deixou fascinado.

Como despertou a vontade de es-calar montanhas?

Niclevicz - Talvez porque eu tenhanascido em Foz do Iguaçu, uma regiãoprivilegiada de belezas naturais. Souapaixonado pelas cataratas, por exem-plo, e a vontade de manter contato coma natureza foi definindo meu projeto devida. A primeira experiência marcantefoi o Aconcágua, em 1988. A expedição

foi difícil e pela primeira vez preciseidar muito de mim para alcançar o obje-tivo. Veio a primeira tentativa do Eve-rest, em 1991, que me levou não só àmaior montanha do mundo, mas ao Hi-malaia e à mitologia que tem lá. Apesarde não ter chegado ao final na primeiratentativa, a experiência foi importante.Esse esforço, aparentemente, talvez nãotenha me recompensado, mas deixoumarcas profundas, tanto que lutei paraque isso acontecesse, e cheguei ao altodo Everest, em 1995.

O que a pessoa precisa fazer paraconquistar seu próprio Everest?

Niclevicz - Acreditar em si mesmosempre. Se a pessoa não tiver condiçõesde alcançar seu Everest, que busque acapacitação, a preparação e os conheci-mentos necessários. Que aprenda comoescalar sua grande montanha, fazendodo seu projeto de vida um sucesso, e quenunca desista. Há duas maneiras: de for-ma espontânea - quando nem sempre seobtém o resultado esperado -, ou commuito planejamento, o que oferece mai-ores chances de atingir o resultado.

Dessa experiência na montanha, oque a pessoa pode aplicar no dia-a-dia?

Niclevicz - Tudo. Porque a vida porsi só é uma grande escalada. Eu não es-calo somente quando estou na monta-nha, mas também no dia-a-dia quando

estou no trabalho, com a família e osamigos. Quanto maior a seriedade parao lado profissional, maior a responsabi-lidade da escalada. Mas a lição que amontanha traz é a capacidade que o serhumano tem de superar desafios quan-do acredita em seu potencial.

Qual o seu próximo projeto?Niclevicz - Escalar a Trango Tower,

que faz parte da mesma cadeia do K2,no Paquistão. É a maior torre de granitodo mundo, 2,2 mil metros de escalada.Só 72 alpinistas conquistaram o topo.

O que falta para grande parte dosjovens brasileiros terem estímulo parabuscar seus objetivos?

Niclevicz - Os jovens se identificamcom o meu ideal de vida, mas não têminiciativa, garra, persistência para bus-car o objetivo. Eu considero isso frus-trante. Tomem atitudes para mudar avida, busquem inspiração em alguém,leiam livros, acreditem em Deus! Sigamos passos de alguém que já alcançou osucesso, não duvidem da sua capacida-de e sejam extremamente positivos.Busquem a preparação necessária paraenfrentar os perigos e sejam persisten-tes. Acreditem! O seu projeto de vidavai ser bem sucedido.

Waldemar Niclevicz, 35 anos,natural de Foz do Iguaçu (PR), éalpinista. Já escalou os Sete Cumesdo Mundo - as sete maioresmontanhas, em cada continente.

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liderança da Weg, consoli-dada num mercado extre-mamente competitivo,deve-se a vários fatores:

alta tecnologia, mão-de-obra qualifica-da, visão nas necessidades do cliente...Este último, além do atendimento, pas-sa pela visibilidade. Por isso, a Weg nãoabre mão de participar de feiras e ou-tros eventos que retratem a realidade domercado.

Em março, a empresa marcou pre-sença na Fimma - Feira Internacional deMáquinas, Matérias-Primas e Acessóri-os para a Indústria Moveleira, em BentoGonçalves, na serra gaúcha.

A participação da Weg na feira foiimportante principalmente para os ne-gócios da Weg Química, já que a unida-de é líder na venda de tinta em pó para o

Um exemplo dado por Gehringerdurante sua palestra foi a da duplaJorginho e Serjão. Jorginho é aquelecara que passa o tempo vendo TV. Acasa dele é uma bagunça, ninguémsabe como é que ele se entende. Maso Jorginho é o único que senta na fren-te de um aparelho de videocassete, ouqualquer outro equipamento, e vailogo decifrando e resolvendo todo equalquer problema. Enfim, faz funci-onar.

Já Serjão é aquele que usa pala-vras rebuscadas e se diferencia pelouso do chicote. Ele movimenta, faz as

Jorginho e Serjão

Feira érelacionamentosegmento de móveis tubulares e os prin-cipais clientes estão naquela região.

Antes da feira, a diretoria da Weg ea gerência de Marketing, juntamentecom representantes, visitaram os clien-tes de Bento Gonçalves e região. Estecontato faz parte do projeto de marke-ting Obrigado Cliente, que culminou

com um encontro para palestra e jantarno Hotel Dall’Onder com a participaçãode aproximadamente 170 clientes.

O palestrante foi o colunista MaxGehringer, da revista Exame, que retra-tou comicamente os acontecimentos dodia-a-dia das empresas.

Estande da Weg naFimma destacou

produtos da WegQuímica

Participar de feiras eoutros eventos é umaforma eficaz de sefazer o marketingde relacionamento

coisas acontecerem. No campo, faz omaior sucesso. Põe todo mundo paratrabalhar e promove a maior correria.Ninguém fica parado.

Moral da história: todas as empre-sas necessitam de Jorginhos e Serjões.Elas precisam de pessoas que se inte-ressam e dominam a área técnica, comoo Jorginho, e de pessoas que fazem nocampo as coisas acontecerem, como oSerjão.

Assim como a história do Jorginhoe do Serjão, o palestrante abordou ou-tros assuntos e aspectos do dia-a-dia daempresa, de forma cômica. Max Gehringer: reflexão com humor

n

Giro

ASimone Feuser

(Veja a entrevista completa com Niclevicz, e maisfotos, em www.weg.com.br.E no site www.niclevicz.com.br você acompanhaa escalada da Trango Toweg ao vivo)

FOTO

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Page 8: WEG em Revista 09

Um primer deúltima geração

CONCLUSÃO

Os dados de intemperismo são neces-sários para saber selecionar novas matéri-

as-primas, melhorar as existentes e principal-mente conhecer profundamente o desempenho dos

produtos/sistemas de pintura da Weg. As forças queprovocam a degradação das películas protetivas vari-

am muito de um local para outro em todo o mundo. Cadaregião tem um clima corrosivo predominante, dependendo

das suas características.Com este objetivo, acreditamos estar dando um passo impor-

tante no aperfeiçoamento da qualidade, bem como no serviço aosclientes, já que desta maneira estamos dimensionando adequada-

mente o sistema protetivo que venha a atender em custo/benefício. Co-locamos estas estações para o uso de nossos clientes, quando estes

desejarem utilizá-las com testes específicos, que venham a enri-quecer a qualidade e combater o processo corrosivo de me-

tais.

Cores

WEG em Revista Março - Abril 2001 WEG em Revista Março - Abril 20018 13

Há tempos, as previsões desenham um futuro em que atecnologia deixa as relações humanas em segundo plano

n

Estrutura já pintada: resistência à corrosão

Não existe um tempo máximo pré-estabelecido para os ensaios, já que otempo máximo será determinado pela durabilidade do(s) produto(s)/sistema(s)exposto(s) ao intemperismo – aliás, este é o grande objetivo do trabalho.

Avaliação dos ensaios

Os resultados dos ensaios de corrosão atmosférica devemser analisados a cada revisão prevista. Os parâmetros sãoclassificados conforme o modelo mostrado na própriaficha de cadastro, sendo que os itens a ser avaliadossão:n Aspecto sem lavarn Proliferação de fungosn Calcinaçãon Aspecto lavadon Corrosãon Desbotamenton Descascamenton Bolhasn Perda de espessuran Brilhon Aderêncian Manchas

Estas avaliações possibilitam elaborar um gráfi-co de desempenho para cada item mencionado no fi-nal do trabalho, permitindo elaborar um relatório con-clusivo com as vantagens e desvantagens do(s) produto(s)ou sistema(s) em exposição ao intemperismo. Estação de intemperismo

marítimo em Piçarras

AN

DRÉ

KOPS

CH

DIVUL

GAÇ

ÃO

Page 9: WEG em Revista 09

futuro chegou, e o que sevê é a Ciência - e todos osprodutos do seu rápidoavanço - como aliada no

fortalecimento da comunicação e daconsolidação de parcerias. Ela não do-minou, mas ajudou o homem na aplica-ção de sua experiência e lhe deu ótimasalternativas de chegar a grandes resul-tados.

No campo profissional, o conheci-mento tecnológico encurtou caminhos,concretizou idéias e possibilitou o alcan-ce da satisfação mútua entre empresasfornecedoras e empresas clientes.Como? Com a contribuição para garan-tir soluções. E, para uma empresa quetem como slogan “Transformando ener-gia em soluções”, essa ajuda não pode-ria, de forma alguma, ficar em segundoplano, mas assumir lugar ao lado de seusprofissionais.

Um exemplo? Há cerca de três anosa Busscar Ônibus, de Joinville (SC), umadas maiores fabricantes de carroceriasde ônibus da América Latina, parceiraantiga da Weg, sentiu a necessidade demelhorar a produtividade e a estética deseus produtos. Para isso, precisava queo primer - produto aplicado na estruturados ônibus, para proteger e qualificar oacabamento - fosse aperfeiçoado e apre-sentasse características diferentes do tra-dicional utilizado pelo mercado.

WEG em Revista Março - Abril 200112

WEG em Revista Março - Abril 20019

OAplicação da tinta na

estrutura do ônibusQuando se combinam estes fatores,

criam-se as condições climáticas seve-ras que fazem da Flórida o local idealpara testes de durabilidade às intempé-ries. Em regiões mais ao norte ou suldeste ponto de referência, torna-se ne-cessário também realizar estes testes,para assim conhecer o desempenho dossistemas protetivos adequados à reali-dade desta região do planeta (este foi umdos motivos que levaram a Weg a im-plantar suas próprias estações de intem-perismo). No Arizona se apresenta umambiente quente, seco e de alta radia-ção UV, particularmente adequado paraavaliar resistência a estes raios, grandesflutuações de temperatura (quente du-rante o dia e frio durante a noite) e bai-xa umidade. A prova de exposição noArizona é muito popular, pois as radia-ções solares e ultravioleta anuais exce-dem as da Flórida em 20%.

Metodologia deexposição aointemperismo

Existem diferentes técnicas para amontagem de testes naturais. No méto-do implantado na Weg Química estudou-se o ângulo de inclinação em que ospainéis ficam expostos (30º), com efei-to na dosificação dos raios ultravioletae condensação da umidade sobre a pelí-cula. O direcionamento para o lado nor-te tem o objetivo de aproveitar o maioríndice de raios solares, estação de con-trole ambiental para a medição e regis-tro diário de temperatura ambiente, umi-dade relativa (tanto mínimas como asmáximas), índice pluviométrico, taxa deinsolação e direção dos ventos predo-minantes.

Dimensão doscorpos de prova

Os corpos de prova possuem as di-mensões padronizadas de 150 mm x 400mm, tamanho este maior do que o espe-cificado pela norma NBR 6209, já quea experiência demonstra que qualquerteste físico ou dano superficial deterio-ra uma área proporcional muito grandeda peça.

Com peças de maior dimensiona-

mento, este problema é minimizado e apeça tem uma maior vida útil, para as-sim prolongar o teste, bem como podervisualizar diversos aspectos da pelícu-la/sistema numa área bem maior.

Identificaçãodos corpos de prova

Os corpos de prova são perfeitamen-te identificados por um sistema que per-manece até o final do ensaio sem inter-ferir nos resultados. Todas as chapas re-cebem um registro/cadastro no compu-tador, onde se estabelece uma numera-ção seqüencial. Quando o teste é reali-zado paralelamente em intemperismomarítimo e intemperismo rural, os pai-néis são identificados com a mesma nu-meração, alterando-se apenas as letras.

Todos os produtos/sistemas expos-tos ao intemperismo têm um corpo deprova denominado “testemunha”, quedeve ser elaborado em todos os casos.Esta “testemunha” fica arquivada no la-boratório num local apropriado em quenão recebe luz, umidade ou qualqueroutro contaminante que possa deterio-rar o aspecto do filme/sistema.

O objetivo deste painel-testemunhaé ter o parâmetro de avaliação originaldo(s) produto(s)/sistema(s), comparadoao painel retirado da estação após de-terminado período de exposição.

Estação localizada na empresa, em Guaramirim

Cadastro dos painéise controle de avaliações

O cadastro é feito numa planilha ele-trônica, na qual cada painel tem um re-gistro individual. Nesta ficha implanta-se o processo de identificação do(s)produto(s) e/ou esquema de pintura,método de preparação de superfícies,espessuras, brilho inicial etc.

Na planilha eletrônica já se pode pro-gramar o tempo em que o painel ficaráexposto, para depois ser retirado e fazeras avaliações de desempenho associan-do as condições climáticas do período,conforme já comentado anteriormente.

Tempo deexposição dos ensaios

O tempo mínimo de exposição dosensaios pode variar dependendo do(s)tipo(s) de produto(s). Por exemplo: re-visões semestrais, para sistemas de pin-tura e/ou produtos “convencionais”, querequerem um acompanhamento maisconstante, por serem sistemas conven-cionais. Os sistemas de pintura classifi-cados como “seminobres” podem terprogramadas as suas revisões anualmen-te. Já os sistemas classificados como“nobres” podem ser revisados a cadadois anos.

A empresa chamou todos os forne-cedores de tintas do Brasil, entre eles aWeg Química, para o desenvolvimentodo projeto. No final, só a Weg foi apro-vada.

Resistência

O resultado de dois anos e meio depesquisa foi o desenvolvimento do pri-mer bicomponente, à base de resina epo-xi modificada, que apresenta excelenteproteção anticorrosiva e aderência so-bre aço galvanizado, alumínio, aço-car-bono e ferro fundido. Produto de tecno-logia inovadora, com alta resistência fí-sica e química a salt spray, câmara úmi-da e imersão em água.

O novo produto começou a substi-

tuir o antigo no final de 2000, e está sen-do usado com facilidade de aplicaçãopela Busscar. O fornecimento constantepara a empresa totaliza 20 mil litros pormês.

Além da satisfação de um clientecom quem mantém parceria há cerca dedez anos, a Weg chegou a um produtoindicado - e que já despertou o interessede outras empresas - para ser aplicadoem outros segmentos, como o de peçasfundidas para a área automobilística(caso da GM). “Nosso objetivo era ofe-recer uma solução para a Busscar, for-necendo um produto que melhorasse oseu dia-a-dia e lhe desse ganho de pro-dutividade”, avalia Ivonei Vavassori,chefe do Laboratório de Desenvolvi-mento de Tintas Líquidas da Weg Quí-mica. A Weg saiu na frente porque, alémde atender com qualidade e manter a fi-delização de um cliente com quem tem

parceria há cerca de uma década, de-senvolveu um produto sem igualpara atender à necessidade dosetor de implementos rodovi-ários e de outros segmentosde mercado.

O projeto teve o en-volvimento de toda a área deDesenvolvimento da em-presa, com apoio da direto-ria Técnica, que deu priori-dade e possibilitou estrutu-ra para chegar ao resultadofinal.

O ônibus pronto: porbaixo, a estrutura protegida

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WEG em Revista Março - Abril 2001

10WEG em Revista Março - Abril 2001

11

Ensaios de intemperismo emambientes rural e marítimo

E

Ivonei VavassoriChefe do Laboratório deDesenvolvimento de TintasLíquidas da Weg

Ensaios de corrosãoavaliam a durabilidadede revestimentosprotetivos e dematérias-primas

Características

Indicado como primer para estrutura de sustentaçãoda carroceria do ônibus, o produto desenvolvido para a Buss-car apresenta boa aderência e compatibilidade de colagem com a colada Sikaflex e fita adesiva de dupla face 3M, entre a estrutura e a chapa dealumínio. Apresenta secagem rápida e de fácil aplicação. O produto só é comer-cializado nas cores verde e preto.

Assistência e acompanhamento

A receita do sucesso não inclui apenas o fornecimento de um produto ideal. É preciso acompa-nhar o cliente e prestar toda a assistência necessária, ou seja, estar lado a lado em todas as horas.Como já é de praxe, a Weg participou desde a aplicação do produto no primeiro ônibus, até a sua totalaplicação na linha de produção da Busscar. A assessoria continua com acompanhamento semanal paraverificar se tudo está saindo da for-ma desejada com a aplicação doproduto.

Além de altamente inovador naproteção anticorrosiva, o primer de-senvolvido pela Weg atua como ex-celente auxiliar na montagem doacabamento. “Neste mercado acir-rado, é importante oferecer produ-tos diferenciados em qualidade ecusto”, destaca a engenheira quími-ca Elizabete Franz Rodrigues, daEngenharia de Processos da Buss-car. “Nosso processo utilizava trêsprodutos distintos para proteção an-ticorrosiva e auxiliar na montagemdo acabamento. Procurávamos umproduto único que aliasse estas ca-racterísticas, e o desafio foi lança-do a vários fornecedores, sendo quea Weg destacou-se neste projetocom o desenvolvimento do primeranticorrosivo galvânico”, explicaela. O resultado não poderia ser me-lhor: “Conseguimos agilizar o processo e atingimos nosso objetivo”.

O parceiro

A Busscar Ônibus, que assume papel de destaque entre os maiores fabricantes de carroceriasde ônibus na América Latina, prevê um crescimento de 20% neste ano. As exportações re-presentam 48% do faturamento anual da empresa, que está ampliando seu processo deinternacionalização. O principal passo nesse sentido é a parceria firmada recente-mente com a empresa norueguesa Vest Karrocerie, que resultou na criação daVest/Busscar, para a produção de microônibus e veículos rodoviários naNoruega. O objetivo é conquistar 30% do mercado escandinavo.

A empresa aguarda também a concretização de bons negó-cios em Cuba e no México. Mas o mercado interno con-tinua o principal foco da Busscar, que pretendeampliar as vendas nacionais.

Laboratório dedesenvolvimentode tintas da Weg

Química

n

ste artigo aborda a implantaçãodos ensaios de corrosão em at-mosferas rural e marítima, como objetivo de avaliar a durabili-

dade de revestimentos protetivos, bemcomo a qualidade e o desempenho dematérias-primas envolvidas.

As estações foram instaladas no am-biente rural dentro da própria unidade in-dustrial da Weg Química, em Guarami-rim (SC), e em ambiente marítimo (a 100metros do mar) no município de Piçarras(SC). As estações estão sendo avaliadasnum projeto em parceria com a Univer-sidade de Caxias do Sul, para caracteri-zar as duas estações de corrosão atmos-férica. A avaliação do desempenho de re-vestimentos protetivos através do intem-perismo natural demonstra uma realida-de do desempenho esperado.

Há ensaios cujos resultados têm sidoutilizados pela indústria de forma indis-criminada, como os de névoa salina,câmara úmida, câmara de SO

2 e outros.

Estes testes de desempenho são relacio-nados de acordo com algumas normasnacionais e ou internacionais (tabela 1).Vários estudos têm sido feitos em rela-ção à utilização de ensaios cíclicos decorrosão de forma a obter resultadosmais condizentes com a realidade. En-

tretanto, ainda não há maneira segura depermitir a correlação dos dados experi-mentais obtidos nestes ensaios com tem-po de vida útil real.

O ensaio de exposição ao intempe-rismo natural tem se mostrado ainda umgrande aliado quando há necessidade dese estabelecer um tempo de vida útil paraos revestimentos.

No teste de intemperismo naturalconseguimos todas estas combinaçõese suas características “reais” de desem-penho, porém a longo prazo. As carac-terísticas do clima e as condições mete-orológicas variáveis próprias de cadaregião determinam a corrosividade daatmosfera.

O registro diário destes dados é im-portante, e por isso deve-se tomar o cui-dado de elaborar um programa para ca-dastrar as informações e assim, ao finaldo teste, obter um panorama exato dascondições em que o painel revestido fi-cou exposto naquele período.

No mundo

Um estudo da corrosividade atmos-férica de países da América Latina e pe-nínsula ibérica – MICAT - foi iniciadoem 1989 e congrega hoje 13 países, com104 estações de corrosão atmosférica.O trabalho desenvolvido e implantadona Weg – Divisão Química atende àsnormas e exigências internacionalmen-te utilizadas no processo de testes natu-rais de intemperismo (ASTM D 1014,ABNT NBR 6209 e NBR 7011, entreoutras), com o objetivo de tambémacompanhar o desempenho dos produ-tos na nossa região atmosférica. A Fló-rida e o Arizona são reconhecidos emnível internacional por seus testes de du-rabilidade em materiais expostos a in-tempéries. A Flórida tem luz solar de altaintensidade em raios UV, temperaturasabundantes e muita umidade.

Ultravioleta

D 5894

4892

Norma

ABNT

ASTM

DIN

ISO

Névoa salina

NBR 8094NBR 8823NBR 8824

B 287B 117B 368

50021

R 1456

Câmara úmida

NBR 8095

D 2247D 1735

50017

-

Câmara SO2

NBR 8095

B 380G 87

50018

-

TABELA 1

Técnica

FLÁ

VIO

UET

A

Page 11: WEG em Revista 09

WEG em Revista Março - Abril 2001

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Ensaios de intemperismo emambientes rural e marítimo

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Ivonei VavassoriChefe do Laboratório deDesenvolvimento de TintasLíquidas da Weg

Ensaios de corrosãoavaliam a durabilidadede revestimentosprotetivos e dematérias-primas

Características

Indicado como primer para estrutura de sustentaçãoda carroceria do ônibus, o produto desenvolvido para a Buss-car apresenta boa aderência e compatibilidade de colagem com a colada Sikaflex e fita adesiva de dupla face 3M, entre a estrutura e a chapa dealumínio. Apresenta secagem rápida e de fácil aplicação. O produto só é comer-cializado nas cores verde e preto.

Assistência e acompanhamento

A receita do sucesso não inclui apenas o fornecimento de um produto ideal. É preciso acompa-nhar o cliente e prestar toda a assistência necessária, ou seja, estar lado a lado em todas as horas.Como já é de praxe, a Weg participou desde a aplicação do produto no primeiro ônibus, até a sua totalaplicação na linha de produção da Busscar. A assessoria continua com acompanhamento semanal paraverificar se tudo está saindo da for-ma desejada com a aplicação doproduto.

Além de altamente inovador naproteção anticorrosiva, o primer de-senvolvido pela Weg atua como ex-celente auxiliar na montagem doacabamento. “Neste mercado acir-rado, é importante oferecer produ-tos diferenciados em qualidade ecusto”, destaca a engenheira quími-ca Elizabete Franz Rodrigues, daEngenharia de Processos da Buss-car. “Nosso processo utilizava trêsprodutos distintos para proteção an-ticorrosiva e auxiliar na montagemdo acabamento. Procurávamos umproduto único que aliasse estas ca-racterísticas, e o desafio foi lança-do a vários fornecedores, sendo quea Weg destacou-se neste projetocom o desenvolvimento do primeranticorrosivo galvânico”, explicaela. O resultado não poderia ser me-lhor: “Conseguimos agilizar o processo e atingimos nosso objetivo”.

O parceiro

A Busscar Ônibus, que assume papel de destaque entre os maiores fabricantes de carroceriasde ônibus na América Latina, prevê um crescimento de 20% neste ano. As exportações re-presentam 48% do faturamento anual da empresa, que está ampliando seu processo deinternacionalização. O principal passo nesse sentido é a parceria firmada recente-mente com a empresa norueguesa Vest Karrocerie, que resultou na criação daVest/Busscar, para a produção de microônibus e veículos rodoviários naNoruega. O objetivo é conquistar 30% do mercado escandinavo.

A empresa aguarda também a concretização de bons negó-cios em Cuba e no México. Mas o mercado interno con-tinua o principal foco da Busscar, que pretendeampliar as vendas nacionais.

Laboratório dedesenvolvimentode tintas da Weg

Química

n

ste artigo aborda a implantaçãodos ensaios de corrosão em at-mosferas rural e marítima, como objetivo de avaliar a durabili-

dade de revestimentos protetivos, bemcomo a qualidade e o desempenho dematérias-primas envolvidas.

As estações foram instaladas no am-biente rural dentro da própria unidade in-dustrial da Weg Química, em Guarami-rim (SC), e em ambiente marítimo (a 100metros do mar) no município de Piçarras(SC). As estações estão sendo avaliadasnum projeto em parceria com a Univer-sidade de Caxias do Sul, para caracteri-zar as duas estações de corrosão atmos-férica. A avaliação do desempenho de re-vestimentos protetivos através do intem-perismo natural demonstra uma realida-de do desempenho esperado.

Há ensaios cujos resultados têm sidoutilizados pela indústria de forma indis-criminada, como os de névoa salina,câmara úmida, câmara de SO

2 e outros.

Estes testes de desempenho são relacio-nados de acordo com algumas normasnacionais e ou internacionais (tabela 1).Vários estudos têm sido feitos em rela-ção à utilização de ensaios cíclicos decorrosão de forma a obter resultadosmais condizentes com a realidade. En-

tretanto, ainda não há maneira segura depermitir a correlação dos dados experi-mentais obtidos nestes ensaios com tem-po de vida útil real.

O ensaio de exposição ao intempe-rismo natural tem se mostrado ainda umgrande aliado quando há necessidade dese estabelecer um tempo de vida útil paraos revestimentos.

No teste de intemperismo naturalconseguimos todas estas combinaçõese suas características “reais” de desem-penho, porém a longo prazo. As carac-terísticas do clima e as condições mete-orológicas variáveis próprias de cadaregião determinam a corrosividade daatmosfera.

O registro diário destes dados é im-portante, e por isso deve-se tomar o cui-dado de elaborar um programa para ca-dastrar as informações e assim, ao finaldo teste, obter um panorama exato dascondições em que o painel revestido fi-cou exposto naquele período.

No mundo

Um estudo da corrosividade atmos-férica de países da América Latina e pe-nínsula ibérica – MICAT - foi iniciadoem 1989 e congrega hoje 13 países, com104 estações de corrosão atmosférica.O trabalho desenvolvido e implantadona Weg – Divisão Química atende àsnormas e exigências internacionalmen-te utilizadas no processo de testes natu-rais de intemperismo (ASTM D 1014,ABNT NBR 6209 e NBR 7011, entreoutras), com o objetivo de tambémacompanhar o desempenho dos produ-tos na nossa região atmosférica. A Fló-rida e o Arizona são reconhecidos emnível internacional por seus testes de du-rabilidade em materiais expostos a in-tempéries. A Flórida tem luz solar de altaintensidade em raios UV, temperaturasabundantes e muita umidade.

Ultravioleta

D 5894

4892

Norma

ABNT

ASTM

DIN

ISO

Névoa salina

NBR 8094NBR 8823NBR 8824

B 287B 117B 368

50021

R 1456

Câmara úmida

NBR 8095

D 2247D 1735

50017

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Câmara SO2

NBR 8095

B 380G 87

50018

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TABELA 1

Técnica

FLÁ

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futuro chegou, e o que sevê é a Ciência - e todos osprodutos do seu rápidoavanço - como aliada no

fortalecimento da comunicação e daconsolidação de parcerias. Ela não do-minou, mas ajudou o homem na aplica-ção de sua experiência e lhe deu ótimasalternativas de chegar a grandes resul-tados.

No campo profissional, o conheci-mento tecnológico encurtou caminhos,concretizou idéias e possibilitou o alcan-ce da satisfação mútua entre empresasfornecedoras e empresas clientes.Como? Com a contribuição para garan-tir soluções. E, para uma empresa quetem como slogan “Transformando ener-gia em soluções”, essa ajuda não pode-ria, de forma alguma, ficar em segundoplano, mas assumir lugar ao lado de seusprofissionais.

Um exemplo? Há cerca de três anosa Busscar Ônibus, de Joinville (SC), umadas maiores fabricantes de carroceriasde ônibus da América Latina, parceiraantiga da Weg, sentiu a necessidade demelhorar a produtividade e a estética deseus produtos. Para isso, precisava queo primer - produto aplicado na estruturados ônibus, para proteger e qualificar oacabamento - fosse aperfeiçoado e apre-sentasse características diferentes do tra-dicional utilizado pelo mercado.

WEG em Revista Março - Abril 200112

WEG em Revista Março - Abril 20019

OAplicação da tinta na

estrutura do ônibusQuando se combinam estes fatores,

criam-se as condições climáticas seve-ras que fazem da Flórida o local idealpara testes de durabilidade às intempé-ries. Em regiões mais ao norte ou suldeste ponto de referência, torna-se ne-cessário também realizar estes testes,para assim conhecer o desempenho dossistemas protetivos adequados à reali-dade desta região do planeta (este foi umdos motivos que levaram a Weg a im-plantar suas próprias estações de intem-perismo). No Arizona se apresenta umambiente quente, seco e de alta radia-ção UV, particularmente adequado paraavaliar resistência a estes raios, grandesflutuações de temperatura (quente du-rante o dia e frio durante a noite) e bai-xa umidade. A prova de exposição noArizona é muito popular, pois as radia-ções solares e ultravioleta anuais exce-dem as da Flórida em 20%.

Metodologia deexposição aointemperismo

Existem diferentes técnicas para amontagem de testes naturais. No méto-do implantado na Weg Química estudou-se o ângulo de inclinação em que ospainéis ficam expostos (30º), com efei-to na dosificação dos raios ultravioletae condensação da umidade sobre a pelí-cula. O direcionamento para o lado nor-te tem o objetivo de aproveitar o maioríndice de raios solares, estação de con-trole ambiental para a medição e regis-tro diário de temperatura ambiente, umi-dade relativa (tanto mínimas como asmáximas), índice pluviométrico, taxa deinsolação e direção dos ventos predo-minantes.

Dimensão doscorpos de prova

Os corpos de prova possuem as di-mensões padronizadas de 150 mm x 400mm, tamanho este maior do que o espe-cificado pela norma NBR 6209, já quea experiência demonstra que qualquerteste físico ou dano superficial deterio-ra uma área proporcional muito grandeda peça.

Com peças de maior dimensiona-

mento, este problema é minimizado e apeça tem uma maior vida útil, para as-sim prolongar o teste, bem como podervisualizar diversos aspectos da pelícu-la/sistema numa área bem maior.

Identificaçãodos corpos de prova

Os corpos de prova são perfeitamen-te identificados por um sistema que per-manece até o final do ensaio sem inter-ferir nos resultados. Todas as chapas re-cebem um registro/cadastro no compu-tador, onde se estabelece uma numera-ção seqüencial. Quando o teste é reali-zado paralelamente em intemperismomarítimo e intemperismo rural, os pai-néis são identificados com a mesma nu-meração, alterando-se apenas as letras.

Todos os produtos/sistemas expos-tos ao intemperismo têm um corpo deprova denominado “testemunha”, quedeve ser elaborado em todos os casos.Esta “testemunha” fica arquivada no la-boratório num local apropriado em quenão recebe luz, umidade ou qualqueroutro contaminante que possa deterio-rar o aspecto do filme/sistema.

O objetivo deste painel-testemunhaé ter o parâmetro de avaliação originaldo(s) produto(s)/sistema(s), comparadoao painel retirado da estação após de-terminado período de exposição.

Estação localizada na empresa, em Guaramirim

Cadastro dos painéise controle de avaliações

O cadastro é feito numa planilha ele-trônica, na qual cada painel tem um re-gistro individual. Nesta ficha implanta-se o processo de identificação do(s)produto(s) e/ou esquema de pintura,método de preparação de superfícies,espessuras, brilho inicial etc.

Na planilha eletrônica já se pode pro-gramar o tempo em que o painel ficaráexposto, para depois ser retirado e fazeras avaliações de desempenho associan-do as condições climáticas do período,conforme já comentado anteriormente.

Tempo deexposição dos ensaios

O tempo mínimo de exposição dosensaios pode variar dependendo do(s)tipo(s) de produto(s). Por exemplo: re-visões semestrais, para sistemas de pin-tura e/ou produtos “convencionais”, querequerem um acompanhamento maisconstante, por serem sistemas conven-cionais. Os sistemas de pintura classifi-cados como “seminobres” podem terprogramadas as suas revisões anualmen-te. Já os sistemas classificados como“nobres” podem ser revisados a cadadois anos.

A empresa chamou todos os forne-cedores de tintas do Brasil, entre eles aWeg Química, para o desenvolvimentodo projeto. No final, só a Weg foi apro-vada.

Resistência

O resultado de dois anos e meio depesquisa foi o desenvolvimento do pri-mer bicomponente, à base de resina epo-xi modificada, que apresenta excelenteproteção anticorrosiva e aderência so-bre aço galvanizado, alumínio, aço-car-bono e ferro fundido. Produto de tecno-logia inovadora, com alta resistência fí-sica e química a salt spray, câmara úmi-da e imersão em água.

O novo produto começou a substi-

tuir o antigo no final de 2000, e está sen-do usado com facilidade de aplicaçãopela Busscar. O fornecimento constantepara a empresa totaliza 20 mil litros pormês.

Além da satisfação de um clientecom quem mantém parceria há cerca dedez anos, a Weg chegou a um produtoindicado - e que já despertou o interessede outras empresas - para ser aplicadoem outros segmentos, como o de peçasfundidas para a área automobilística(caso da GM). “Nosso objetivo era ofe-recer uma solução para a Busscar, for-necendo um produto que melhorasse oseu dia-a-dia e lhe desse ganho de pro-dutividade”, avalia Ivonei Vavassori,chefe do Laboratório de Desenvolvi-mento de Tintas Líquidas da Weg Quí-mica. A Weg saiu na frente porque, alémde atender com qualidade e manter a fi-delização de um cliente com quem tem

parceria há cerca de uma década, de-senvolveu um produto sem igualpara atender à necessidade dosetor de implementos rodovi-ários e de outros segmentosde mercado.

O projeto teve o en-volvimento de toda a área deDesenvolvimento da em-presa, com apoio da direto-ria Técnica, que deu priori-dade e possibilitou estrutu-ra para chegar ao resultadofinal.

O ônibus pronto: porbaixo, a estrutura protegida

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Um primer deúltima geração

CONCLUSÃO

Os dados de intemperismo são neces-sários para saber selecionar novas matéri-

as-primas, melhorar as existentes e principal-mente conhecer profundamente o desempenho dos

produtos/sistemas de pintura da Weg. As forças queprovocam a degradação das películas protetivas vari-

am muito de um local para outro em todo o mundo. Cadaregião tem um clima corrosivo predominante, dependendo

das suas características.Com este objetivo, acreditamos estar dando um passo impor-

tante no aperfeiçoamento da qualidade, bem como no serviço aosclientes, já que desta maneira estamos dimensionando adequada-

mente o sistema protetivo que venha a atender em custo/benefício. Co-locamos estas estações para o uso de nossos clientes, quando estes

desejarem utilizá-las com testes específicos, que venham a enri-quecer a qualidade e combater o processo corrosivo de me-

tais.

Cores

WEG em Revista Março - Abril 2001 WEG em Revista Março - Abril 20018 13

Há tempos, as previsões desenham um futuro em que atecnologia deixa as relações humanas em segundo plano

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Estrutura já pintada: resistência à corrosão

Não existe um tempo máximo pré-estabelecido para os ensaios, já que otempo máximo será determinado pela durabilidade do(s) produto(s)/sistema(s)exposto(s) ao intemperismo – aliás, este é o grande objetivo do trabalho.

Avaliação dos ensaios

Os resultados dos ensaios de corrosão atmosférica devemser analisados a cada revisão prevista. Os parâmetros sãoclassificados conforme o modelo mostrado na própriaficha de cadastro, sendo que os itens a ser avaliadossão:n Aspecto sem lavarn Proliferação de fungosn Calcinaçãon Aspecto lavadon Corrosãon Desbotamenton Descascamenton Bolhasn Perda de espessuran Brilhon Aderêncian Manchas

Estas avaliações possibilitam elaborar um gráfi-co de desempenho para cada item mencionado no fi-nal do trabalho, permitindo elaborar um relatório con-clusivo com as vantagens e desvantagens do(s) produto(s)ou sistema(s) em exposição ao intemperismo. Estação de intemperismo

marítimo em Piçarras

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Outra Visão

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Escalada paraa realizaçãoWaldemar Niclevicz é o alpinista brasileiro mais bemsucedido. Conquistou os topos do Everest e do K2 - a maiore a mais perigosa montanha do mundo, respectivamente.Sua próxima aventura é a Trango Tower, maior torre degranito do mundo, no Paquistão. A escalada estáprogramada para o início do segundo semestre.

Se a vida fosse sintetizada numafórmula, que elementos teria?

Niclevicz - Vontade de viver, paixãopor aquilo que você faz, vontade de rea-lizar os projetos pessoais, determinação,perseverança, objetivos para que a vidatenha um sentido, traçar esses objetivose batalhar por eles, sonhar sempre e lu-tar para que os sonhos se realizem.

Que fatos importantes marcaramsua vida e que lições tirou deles?

Niclevicz - Eu sou observador e cu-rioso, e procuro tirar ensinamentos detudo que faço, especialmente das expe-riências nas montanhas - que foi o quemais marcou minha vida. Isso veio des-de o primeiro contato que tive com asmontanhas no pico do Marumbi, próxi-mo a Curitiba. O deslumbramento des-se ambiente me deixou fascinado.

Como despertou a vontade de es-calar montanhas?

Niclevicz - Talvez porque eu tenhanascido em Foz do Iguaçu, uma regiãoprivilegiada de belezas naturais. Souapaixonado pelas cataratas, por exem-plo, e a vontade de manter contato coma natureza foi definindo meu projeto devida. A primeira experiência marcantefoi o Aconcágua, em 1988. A expedição

foi difícil e pela primeira vez preciseidar muito de mim para alcançar o obje-tivo. Veio a primeira tentativa do Eve-rest, em 1991, que me levou não só àmaior montanha do mundo, mas ao Hi-malaia e à mitologia que tem lá. Apesarde não ter chegado ao final na primeiratentativa, a experiência foi importante.Esse esforço, aparentemente, talvez nãotenha me recompensado, mas deixoumarcas profundas, tanto que lutei paraque isso acontecesse, e cheguei ao altodo Everest, em 1995.

O que a pessoa precisa fazer paraconquistar seu próprio Everest?

Niclevicz - Acreditar em si mesmosempre. Se a pessoa não tiver condiçõesde alcançar seu Everest, que busque acapacitação, a preparação e os conheci-mentos necessários. Que aprenda comoescalar sua grande montanha, fazendodo seu projeto de vida um sucesso, e quenunca desista. Há duas maneiras: de for-ma espontânea - quando nem sempre seobtém o resultado esperado -, ou commuito planejamento, o que oferece mai-ores chances de atingir o resultado.

Dessa experiência na montanha, oque a pessoa pode aplicar no dia-a-dia?

Niclevicz - Tudo. Porque a vida porsi só é uma grande escalada. Eu não es-calo somente quando estou na monta-nha, mas também no dia-a-dia quando

estou no trabalho, com a família e osamigos. Quanto maior a seriedade parao lado profissional, maior a responsabi-lidade da escalada. Mas a lição que amontanha traz é a capacidade que o serhumano tem de superar desafios quan-do acredita em seu potencial.

Qual o seu próximo projeto?Niclevicz - Escalar a Trango Tower,

que faz parte da mesma cadeia do K2,no Paquistão. É a maior torre de granitodo mundo, 2,2 mil metros de escalada.Só 72 alpinistas conquistaram o topo.

O que falta para grande parte dosjovens brasileiros terem estímulo parabuscar seus objetivos?

Niclevicz - Os jovens se identificamcom o meu ideal de vida, mas não têminiciativa, garra, persistência para bus-car o objetivo. Eu considero isso frus-trante. Tomem atitudes para mudar avida, busquem inspiração em alguém,leiam livros, acreditem em Deus! Sigamos passos de alguém que já alcançou osucesso, não duvidem da sua capacida-de e sejam extremamente positivos.Busquem a preparação necessária paraenfrentar os perigos e sejam persisten-tes. Acreditem! O seu projeto de vidavai ser bem sucedido.

Waldemar Niclevicz, 35 anos,natural de Foz do Iguaçu (PR), éalpinista. Já escalou os Sete Cumesdo Mundo - as sete maioresmontanhas, em cada continente.

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liderança da Weg, consoli-dada num mercado extre-mamente competitivo,deve-se a vários fatores:

alta tecnologia, mão-de-obra qualifica-da, visão nas necessidades do cliente...Este último, além do atendimento, pas-sa pela visibilidade. Por isso, a Weg nãoabre mão de participar de feiras e ou-tros eventos que retratem a realidade domercado.

Em março, a empresa marcou pre-sença na Fimma - Feira Internacional deMáquinas, Matérias-Primas e Acessóri-os para a Indústria Moveleira, em BentoGonçalves, na serra gaúcha.

A participação da Weg na feira foiimportante principalmente para os ne-gócios da Weg Química, já que a unida-de é líder na venda de tinta em pó para o

Um exemplo dado por Gehringerdurante sua palestra foi a da duplaJorginho e Serjão. Jorginho é aquelecara que passa o tempo vendo TV. Acasa dele é uma bagunça, ninguémsabe como é que ele se entende. Maso Jorginho é o único que senta na fren-te de um aparelho de videocassete, ouqualquer outro equipamento, e vailogo decifrando e resolvendo todo equalquer problema. Enfim, faz funci-onar.

Já Serjão é aquele que usa pala-vras rebuscadas e se diferencia pelouso do chicote. Ele movimenta, faz as

Jorginho e Serjão

Feira érelacionamentosegmento de móveis tubulares e os prin-cipais clientes estão naquela região.

Antes da feira, a diretoria da Weg ea gerência de Marketing, juntamentecom representantes, visitaram os clien-tes de Bento Gonçalves e região. Estecontato faz parte do projeto de marke-ting Obrigado Cliente, que culminou

com um encontro para palestra e jantarno Hotel Dall’Onder com a participaçãode aproximadamente 170 clientes.

O palestrante foi o colunista MaxGehringer, da revista Exame, que retra-tou comicamente os acontecimentos dodia-a-dia das empresas.

Estande da Weg naFimma destacou

produtos da WegQuímica

Participar de feiras eoutros eventos é umaforma eficaz de sefazer o marketingde relacionamento

coisas acontecerem. No campo, faz omaior sucesso. Põe todo mundo paratrabalhar e promove a maior correria.Ninguém fica parado.

Moral da história: todas as empre-sas necessitam de Jorginhos e Serjões.Elas precisam de pessoas que se inte-ressam e dominam a área técnica, comoo Jorginho, e de pessoas que fazem nocampo as coisas acontecerem, como oSerjão.

Assim como a história do Jorginhoe do Serjão, o palestrante abordou ou-tros assuntos e aspectos do dia-a-dia daempresa, de forma cômica. Max Gehringer: reflexão com humor

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(Veja a entrevista completa com Niclevicz, e maisfotos, em www.weg.com.br.E no site www.niclevicz.com.br você acompanhaa escalada da Trango Toweg ao vivo)

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Nos últimos meses de vida do velhomestre, ele e o antigo discípulo tratamde temas fundamentais para a felicida-de e a realização humana. É uma liçãode esperança sobre o sentido da existên-cia, em que a experiência é transmitidade forma simples e comovente.

Aldous Huxley, com seu AdmirávelMundo Novo, e Thomas Morus noimortal Utopiatambém tratamde caminhos ma-ravilhosos paraalcançar a felici-dade.

Mas há fórmu-las mais simples.No filme O Senti-do da Vida, o gru-po humorístico in-glês Monthy Pytontrata com ironia algoque para muita gen-te pode ser a manei-ra ideal de viver: umacasinha, em contatocom a natureza, a fa-mília feliz. À parte osarcasmo com que otema é abordado no fil-me, este não deixa de ser um cenáriopara a felicidade de muita gente.

Enganar a química

Entre as barreiras humanas, a mani-pulação genética esbarra em algumasque abalam a própria estabilidade emo-cional das pessoas, como o stress. Masserá que o stress é inevitável? Talvez. Opesquisador Harold G. Wolff, do Cor-nell Medical Center, de Nova York, en-fatiza que a saúde dos indivíduos estáintimamente relacionada às exigênciasde adaptação que lhe são impostas pelomeio ambiente.

Num momento em que as pessoassão submetidas, às vezes diariamente, auma torrente infindável de mudanças, háduas opções para se livrar do stress:abandonar tudo e alienar-se numa ilhadeserta ou encarar o desafio. Quem fu-gir dessas duas alternativas tem uma boachance de se tornar estressado ou neu-rótico.

As reações patológicas à pressãoexagerada variam da ansiedade à hosti-

Parafraseando a fórmula de Einstein, mas dando-lhe sentido diferente, odesafio a que o homem está submetido hoje, depois que a globalização pas-sou a impor padrões alemães ou japoneses de eficiência, qualidade e produ-tividade, pode ser sintetizado na equação Estresse = Mudanças Contínuasao Quadrado.

O truque para enganar a química do stress é antecipar-se a ela, manten-do-se, de um lado, livre de preconceitos, aberto às mudanças e amando aincerteza, e, de outro, permanentemente reciclado, atualizado, antenado como mundo, de tal forma que nada lhe seja inteiramente novo ou estranho.Estudar, ler, manter-se informado e atualizado. No fundo, trata-se de umareceita velha para tratar de um fenômeno novo. Parece que, para ser intei-ramente moderno, é preciso ser um pouco antimoderno.

lidade, da violência sem sentido à doen-ça física, da depressão à apatia. Suas ví-timas freqüentemente manifestam estra-nhas oscilações quanto a interesses e es-tilos de vida, seguidas de um esforço parase esconder em suas tocas, por meio defugas de caráter social, intelectual e emo-cional. Sentem-se continuamente depri-midas e atormentadas ou desejam deses-peradamente reduzir o número de deci-sões que devem tomar.

Ao acelerar as mudanças no mundoexterior, o indivíduo é compelido a rea-prender o seu meio ambiente a todo ins-tante. As pessoas do século passado seadaptavam a meios ambientes compara-tivamente mais estáveis, mantinham vin-culações de longa duração com suas pró-prias concepções internas acerca de comosão as coisas. Hoje o ser humano se vêforçado a alterar radicalmente esses re-lacionamentos. Novas descobertas, no-vas teorias, novas tecnologias, novos ar-ranjos sociais irrompem sob a forma deíndices progressivos de reformulaçõesaumentadas, durações relacionais cadavez mais curtas.

Albert Einstein tinha uma resposta naponta da língua quando alguém pedia queele explicasse de forma simples a Teoriada Relatividade: “Passe 1 minuto senta-do em cima de uma frigideira e 1 minutosentado ao lado de uma bela mulher evocê vai perceber como o tempo é relati-vo”. Pergunte a 10 pessoas qual é a fór-mula da vida e você também vai enten-der um pouco mais sobre relatividade. Oque é extrema felicidade para um, podeser uma tortura para outros.

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Adequar-se fisicamente para aten-der o crescimento da participação daempresa no mercado é uma ação per-manente da Weg. Atualmente, duasunidades no parque fabril em Jaraguádo Sul estão passando por importan-tes ampliações.

Na Weg Máquinas, o objetivo éaumentar a participação no mercadonacional na área de geração de ener-gia e incrementar as exportações dosmotores de grande porte. A fábricaestá sendo adequada para a produçãode geradores para hidrelétricas compotência até 30 MVA (máquinas de 50a 200 toneladas) e possibilitar o au-mento da capacidade de produção degeradores para termelétricas até 30MVA, IV pólos e motores de alta ten-são acima de 10 MW. Um prédio de3 mil m² está em construção.

Na Weg Automação, a área cons-

Preparada para a demandatruída foi ampliada de 5.250 m² para7.000 m². A reforma proporcionou a du-plicação da área de Produção Eletrôni-ca (drives), que passou a ter 1.250 m², eo aumento de 50% no espaço da área deMontagem Elétrica (painéis), que ficoucom 1.800 m². Novas máquinas, aliadasao espaço físico maior, vão possibilitaro aumento da produção.

Muito relacionamento na participa-ção da Weg na Feira de Hannover, de23 a 28 de abril, na Alemanha. O estan-de virou o centro da Weg na Europa poruma semana. Filiais e representantes detodo o continente levaram seus princi-pais clientes para lá, e clientes em po-tencial marcaram presença.

No estande, moderno e atraente, umdos grandes sucessos foi a máquinacaça-níqueis feita com inversores de fre-qüência CFW 09. Filas se formaramcom pessoas dos mais diferentes luga-res - Grécia, Turquia, Finlândia, Fran-ça, Bélgica... - para jogar e ganhar brin-des.

A participação na feira vem desde1980. “A imagem da Weg está cada vezmais forte no mercado europeu”, come-mora Douglas Conrado Stange, diretorda Weg Exportadora. Durante a feira, a

HANNOVERO centro da Europa

empresa lançou o novo catá-logo eletrônico 4.01, com da-dos atualizados e novas fun-ções, e a linha Master em car-caça de ferro fundido - por en-quanto nas carcaças 315 a 450.As principais vantagens da li-nha Master são a robustez,proporcionando excelente ri-gidez estrutural e baixos níveisde vibração, e a garantia de altaeficiência nas mais severas apli-cações. A linha Master tambémapresenta acabamento resistente àcorrosão e oferece várias configu-rações de proteção, atendendo àsnormas Nema e IEC.

O estande da Weg e afila para o caça-níqueis

Na foto de cima, o novoprédio da Weg Máquinas;abaixo, nova área na WegAutomação: pronta para

sustentar aumento da demanda

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WEG em Revista Março - Abril 20015

Niclevicz faz parte da imensa legiãode homens e mulheres, espalhados pe-los quatro cantos do mundo, que fazemdo risco seu sentido de vida. Gente comoa nadadora brasileira Dailza Damas, de43 anos, primeira pessoa a atravessar os25 quilômetros do lago Titicaca, na Bo-lívia, 3.810 metros acima do nível domar. Ela estabeleceu um novo recordemundial, vencendo uma combinação defatores adversos, como a água fria, a di-minuição de oxigênio no ar e o frio in-tenso.

O que leva uma pessoa a colocar suaintegridade física em risco, apenas peloprazer de superar um desafio? Exata-mente isso: o prazer da superação. Omesmo prazer que move tantos outrosnadadores, mergulhadores, alpinistas eexploradores, metidos em aventuras nasquais o risco superaem muito a recompen-sa financeira – quandohá.

O outro lado damoeda, é claro, com-pensa o risco com mui-to dinheiro. É nestacategoria que entrampessoas como Micha-el Schumacher e ou-tros ases do volante, damotonáutica, do boxee dos violentos – e mi-lionários – esportescomo hóquei no geloe futebol americano. Porém, mesmo es-tes recompensadíssimos corredores derisco têm algo em comum: tire-lhes oprazer de correr, lutar e jogar, e eles per-dem a motivação.

E você aí, leitor desta revista, con-seguiria ficar o tempo todo sem fazernada? Sem seu trabalho, seu esporte pre-ferido, seu hobby? Pense bem: você fi-caria em casa, no ócio total, mesmo querecebesse um salário para isso? Não res-ponda tão rápido; pense um pouco an-tes...

Mas e o que dizer dos sofredores quenada ganham, além da satisfação interi-or? Como os radicais saddhus, mongesindianos, se flagelando e impondo aocorpo sofrimentos indescritíveis, embusca da purificação. O jornalista ArthurVeríssimo foi no início deste ano à Ín-dia, cobrir o Khum Mela, maior festival

religioso do mundo. Seu relato (acom-panhado de fotos incríveis) está na edi-ção de abril da revista Trip. Lá está ummonge que usa sandálias com pregos en-ferrujados virados para cima; outro queestá em pé há 15 anos; e o mais impres-sionante, o saddhu que está há 37 anosna posição de lótus e com o braço direi-to levantado. A mão do homem mais pa-rece uma garra, e suas unhas compri-díssimas quase perfuram as veias. Mes-mo assim, ele é feliz. Ele e os milhõesde indianos que percorrem milhares dequilômetros a pé para se banhar nas sa-gradas águas do rio Ganges.

Essa particularidade dos hindus estámelhor descrita, ao lado de dezenas deoutras, na obra O Livro das Religiões,de Victor Hellern, Henry Notaker e Jos-tein Gaarder (Cia. das Letras, 1989). Nolivro, o autor de O Mundo de Sofia co-ordena um apanhado de várias religi-ões espalhadas pelo mundo, abordando-as sob um ponto de vista filosófico. Cadaseita ou credo tem sua visão da químicada vida.

Outra obra na mesma linha filosófi-ca é o livro A Última Grande Lição – OSentido da Vida (Sextante, 1997). O au-tor, Mitch Albom, revê Morrie Schwartz,ex-professor da universidade, condena-do por uma doença letal.

Niclevicz, Schumacher e os saddhusindianos: cada qual à sua maneira, todosbuscam alcançar o único objetivo de sesentirem realizados com o que fazem

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A Jarzynski & Cia. Ltda., de Porto Alegre(RS), que atua como revenda integrada e as-

sistência técnica da Weg, está certificadapela ISO 9002. O selo, apro-vado pelo BVQI com apoio doSebrae, consolida um proces-so que começou em maio de1998. “O selo não é uma coi-sa que se ganha ou se compra.Alcançá-lo, hoje em dia, é umseguro de sobrevivência e agarantia de portas abertas”,destaca Alberto Kompinsky,sócio da empresa, encarregadoda área de Qualidade e Marke-ting.

Segundo ele, o processopela busca da certificação co-meçou com a implantação do

programa 5S, incentivado pela Weg, e pelogrande desejo de ir em frente. “A busca daqualidade constante sempre norteou o traba-lho da Jarzynski, mas antes não vislumbrá-vamos o selo, até que percebemos a sua im-portância e decidimos por unanimidade iratrás dessa conquista”, conclui Kompinsky.

Muito além do negócios parcerias que a Weg man-tém com seus clientes vãoalém do fornecimento de pro-dutos e serviços. Um exem-

plo é o convênio de cooperação técni-co-pedagógico assinado neste ano coma Usiminas. Pelo acordo, a Weg cedeuuma bancada didática para treinamentode inversores de freqüência e motoreselétricos. Em contrapartida, utiliza a salade treinamento para ministrar cursos,tanto para a própria Usiminas, quantopara outros clientes.

Os equipamentos cedidos pela Wegformarão um laboratório de variação develocidade, dotando o Centro de Forma-ção Profissional da Usiminas de recur-sos atualizados tecnologicamente. Pessoal da Usiminas e da Weg, com a bancada didática

Otam lança manualsobre tecnologia deventiladores

Cliente Weg há cerca de 15 anos, a Otam Ventila-dores Industriais, de Porto Alegre (RS), está lançandoum Manual Técnico, composto de uma série de bole-tins, visando o esclarecimento de diversos aspectosda engenharia aplicada a ventiladores industriais. Osassuntos englobam a seleção de equipamentos, vibra-ções, ruído, balanceamento, operação de ventiladorese outros temas. O manual é com-posto de 15 boletins, e deveser ampliado conforme foremsendo detectadas as necessi-dades do mercado.

Fundada em 1963, em Por-to Alegre, a Otam se especi-alizou no projeto e fabricaçãode ventiladores industriais axi-ais e centrífugos.

Em junho a Otam inaugurauma filial em Curitiba (PR),para produzir ventiladores cen-trífugos tipo Sirocco e LimitLoad, utilizados no segmento dear-condicionado e ventilação.

Qualidadecertificada

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WEG em Revista Março - Abril 20014

O prazer de viveré algo que toda pessoaalmeja; mas cada umtem seu jeito própriode buscar a felicidade

Do jeito quecada um gosta

N ão importa o quanto a Ciên-cia avance na busca de no-vas fronteiras, viver e ser fe-liz é o que move o homem

em sua caminhada. Há quem se sintabem justamente na procura de novosrumos para a humanidade, na pesquisade curas para doenças antigas, na mani-pulação dos genes que podem permitirao ser humano viver muito além dos li-mites atuais ou se utilizar das maravi-lhas da cirurgia plástica para mascarar apassagem do tempo. A pesquisa genéti-ca, pelos avanços que tem demonstradonos últimos anos, é o que mais se apro-xima de uma suposta “fórmula da vida”,se o viver fosse baseado numa receitaquímica pronta. Sabemos que cada serhumano tem ingredientes próprios e ca-racterísticos - formados geneticamenteantes do nascimento, é certo, mas aindaassim determinantes de uma identidadeúnica.

Surge agora a manipulação genéti-ca, a partir da decifração de 97% do ge-noma humano, divulgada no dia 26 dejunho de 2000. É um passo para a talfórmula pronta, que tem como grandeobjetivo tornar o ser humano perfeito,livre de doenças, superinteligente e ca-paz de ultrapassar as fronteiras do siste-ma solar, em busca de novos mundos.Algo como a ficção científica desenhouno filme Gattaca - A Experiência Ge-nética (EUA 97, direção de Andrew Nic-col, com Ethan Hawke e Uma Thur-man). Num futuro no qual os seres hu-manos são criados geneticamente em la-boratório, as pessoas concebidas biolo-gicamente são consideradas “inválidas”.Um destes “inválidos” burla o sistemae consegue um lugar de destaque numa

Vida

corporação, escondendo sua verdadeiraorigem. Um misterioso caso de assassi-nato, porém, pode expor seu passado...É melhor você assistir ao filme.

Ou seja: Gattaca concretiza a reali-zação dos sonhos da pesquisa genética,construindo um mundo melhor, maisperfeito etc. etc. Mas a emoção aindafaz a diferença, mostrando que a perfei-ção humana não é tão fácil assim de serfabricada em laboratório. Para a apre-sentadora Ana Maria Braga, por exem-plo, a fórmula da vida teria uma com-posição mais simples: “A arte da vidaconsiste em fazer da vida uma obra dearte”, diz Ana Maria, que procura trans-mitir essa receita em seu programa diá-rio na TV Globo.

Outras fórmulas

Há quem se sinta feliz e veja sentidona vida somente quando há risco, quan-do grandes obstáculos estão no caminhodas metas. É o caso do alpinista parana-ense Waldemar Niclevicz, atualmenteem preparativos para escalar a TrangoTower, maior torre de granito do mun-do, no Paquistão. Este vai ser mais umdesafio dos tantos que Niclevicz já seimpôs, desde que escolheu o alpinismocomo seu modo de vida. Qualquer pes-soa dita “normal” sente arrepios só deouvir falar em façanha tão arriscadacomo escalar uma montanha. Já Walde-mar Niclevicz se angustia ante a possi-bilidade de não escalar mais. Para ele, oque interessa é ter sempre novas metaspara alcançar. É isso que o deixa feliz.(Veja uma entrevista completa com Wal-demar Niclevicz nesta edição, na pági-na 7)

WEG em Revista Março - Abril 200117

ciência busca a concretizaçãode estudos e projetos por umavida melhor. Porém, há umaforma primária para acabar

com a exclusão social, que continua pri-mordial e antecede qualquer avanço paraaperfeiçoar a química da vida: o traba-lho. Quem trabalha sente-se parte inte-grante da sociedade, atuante e mais dig-no.

Numa sociedade onde as diferençasfazem a “diferença”, nem todo cidadãoconsegue ser atendido. E um dos gru-pos que sempre ficou à margem nesseassunto é o dos portadores de necessi-dades especiais - ou deficientes.

A prática pode ser diferente? Claro,desde que se invista em boas idéias. Osexemplos ainda podem ser contados nosdedos, mas, graças à visão de algunsempresários, as portas começam a seabrir. Entre esses casos está a Weg, in-vestindo num programa para combatera exclusão social de portadores de ne-cessidades especiais. O Projeto Sonho,como é chamado, é desenvolvido emparceria com a Apae - Associação dePais e Amigos de Excepcionais - de Ja-raguá do Sul, município-sede da Weg.

“O trabalho propicia auto-estima, ea sociedade passa a reconhecer, valori-zar e respeitar a pessoa, independentede sua capacidade cognitiva”, ressaltaErmeli Mariot, assistente social da Weg.Fabiana Barbosa Alves, 21 anos, RubensFernandes de Oliveira, 19, ValdemarPatrício de Oliveira, 26, e Siomar Sa-cht, 34, começaram a trabalhar no iní-cio de março. A satisfação por estaremno mercado de trabalho, pelo envolvi-mento com os colegas e pela possibili-dade de ajudar a família financeiramen-te é comum a qualquer profissional dito“normal”.

“Estar trabalhando é uma vitória.Estou feliz e quero continuar a caminha-da vencendo obstáculos”, afirma Sio-mar, encarregado da distribuição de cor-respondências. “Trabalhar significa umaevolução para o meu futuro, uma opor-tunidade para mostrar a minha capaci-

dade”, acrescenta a colega Fabiana, efe-tivada na seção de Alimentação.

Envolvimento

O projeto venceu algumas fases im-portantes para a concretização do objeti-vo proposto: aproximação entre a Weg ea instituição de ensino especial - para de-finir os candidatos e os possíveis locaisde colocação na empresa -, e intercâm-bio de visitas, para em conjunto tomar asdecisões e analisar as condições reuni-das pelos alunos. Também foi realizadotrabalho de quebra de paradigmas noslocais que receberam os novos colabora-dores, com apresentação de vídeos, reu-niões e esclarecimento de dúvidas.

A meta nesta fase foi desestimular asuperproteção. “Eles são pessoas produ-tivas, com deveres e direitos, que, ape-nas, têm características e peculiaridadescomo qualquer outra pessoa”, comentaErmeli Mariot.

O resultado está sendo animador. Asolidariedade por parte dos colegas deseção demonstra a unanimidade na acei-tação do projeto e na vontade de contri-buir para o sucesso dos novos colabora-dores. “Eles chegaram trazendo umavitalidade e uma inocência que lembraum pouco o ambiente escolar. Acompa-nhamos passo a passo a evolução delese percebemos que estão vencendo bar-reiras e têm uma força que acaba moti-vando todo o grupo”, afirma Janete RosaPretto Medina, chefe da seção de Ali-mentação, que recebeu dois colaborado-res com necessidades especiais.

Para a escola, iniciativas como a daWeg são essenciais. “Este tipo de par-ceria abre mais portas na comunidade.Além das empresas que já são nossasparceiras, outras começam a se interes-sar. Na escola, temos todo um progra-ma de formação dos alunos, e quandoeles conseguem um emprego se sentemvitoriosos, porque é a chance de exer-cerem sua cidadania. É a concretizaçãode um sonho”, destaca Rosana Barbo-sa, terapeuta ocupacional da Apae.Rubens e Fabiana: evolução para o futuro

Pelo exercício da cidadaniaAs pessoas comnecessidades especiaiscomeçam a ter maisapoio e a ganharespaço para trabalhar

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Valdemartrabalhana WegMáquinas

Siomar:trabalhar éuma vitória

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Roberto SzabuniaColaboração: Álvaro Junqueira

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Editorial

WEG em Revista Março - Abril 2001 WEG em Revista Março - Abril 2001

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Weg em Revista éuma publicaçãoda Weg.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul - SC.www.weg.com.br.

[email protected]. Conselho Editorial:Walter Janssen Neto (diretor), PauloDonizeti (editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, telefone (47) 433-0666.Tiragem: 10.000.

Qual sua fórmulapara viver melhor? 4

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O céu é o limite paraWaldemar Niclevicz

Carrocerias deônibus protegidas

“Viver, e não ter avergonha de ser feliz...”

14Clientes Weg quese destacam

15Alunos da Apaerealizam sonho

Em tudo que umaempresa produz estáa mão do homem,sem a qual nadapode ser feito

Compromisso com a vida

Jaime RichterDiretor superintendenteda Weg Química

A habilidadehumana é o

principalinstrumento na

elaboração de umbem ou serviço

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...”Cantar a beleza de ser um eterno aprendiz...”

Nas palavras da imortal canção de Gonzaguinha está

um resumo do que o ser humano busca a todo instante -

ou, pelo menos, necessitaria buscar. Afinal, estabelecer

a felicidade como meta deveria ser a missão de cada

homem sobre a face da Terra. Trata-se de uma volta ao

que, no relato bíblico, seria considerado o paraíso (Gê-

nesis, cap. III).

Para alguns, este paraíso consiste em levantar e su-

perar obstáculos, como é o caso do alpinista Waldemar

Niclevicz (veja entrevista exclusiva na página 7). Para

outros, é construir uma casinha pequenina e viver feliz.

Há quem prefira tirar prazer da dor, como os faquires e

monges hindus. E há aqueles que se empenham em bus-

ca do constante aperfeiçoamento, estudando e traba-

lhando, e nisso se realizam.

Estas seriam algumas das várias “fórmulas” da vida.

Cada pessoa faz sua própria fórmula, com os ingredi-

entes que achar mais apropriados, com o único objeti-

vo de viver melhor. A Ciência também ajuda, fornecen-

do meios para viver melhor, combatendo doenças e pro-

longando a vida. As pesquisas genéticas são o que há

de mais avançado neste campo. Há riscos, é claro, a

maioria por conta da ambição desmedida do próprio

homem. Por isso, o ser humano deve estabelecer e res-

peitar limites. E ser feliz.

FLÁ

VIO

UET

A

Nossa Opinião

o momento em que escre-vo este artigo não há nadasendo produzido na Weg.As máquinas estão comple-

tamente paradas. E não é por falta dematéria-prima, tampouco por falta deenergia elétrica, o grande fantasmaque assombra a indústria do país noprimeiro ano do século XXI. No mo-mento em que escrevo este artigo aWeg não está produzindo nenhummotor, nenhum inversor, nem um qui-lo sequer de tinta em pó por um sim-ples fato: estou escrevendo este arti-go numa manhã de domingo, hora emque nenhum colaborador está traba-lhando.

O ser humano é o único elementoindispensável no pro-cesso produtivo. Pro-dutos são feitos por epara pessoas. Não im-porta o produto, emalguma etapa do seuprocesso ele vai pas-sar pelo homem e in-terferir de alguma ma-neira em sua vida.Que essa maneira sejaa melhor possível.

Não importa se omotor e o inversor vãoacionar outra máquina, ou se a tintavai proteger uma carroceria de ôni-bus contra a corrosão. A máquina vaiser usada para fabricar um bem deconsumo; e a carroceria vai se trans-formar num veículo que conduzirápessoas. O consumidor final nemsempre sabe que está utilizando nos-sos produtos.

Ao viajar de ônibus, o passageironão sabe que o primer Weg está pro-tegendo a carroceria da corrosão. Epor este primer ser praticamente li-vre de solvente, nem as pessoas quepintaram o ônibus, nem o meio am-

biente, tiveram sua saúde prejudica-da. Ao retirar um livro na biblioteca,o estudante provavelmente desconhe-ce que a prateleira e a cadeira em queele vai sentar para ler estão com aque-le aspecto de novo porque receberamuma boa camada de tinta em pó daWeg. E que a tinta em pó é o meiomais ecologicamente correto de pin-tura, porque não há desperdício nemuso de solventes químicos. Tanto opassageiro quanto o estudante tam-bém não sabem que durante o proces-so de produção alguns subprodutos,como embalagens de matérias-primas,gases e até a água devem e são trata-dos e descartados de forma correta,sem prejuízo ao meio ambiente.

Nem sempre pode-mos nos dar ao luxo deescolher os produtosque usamos. Ao escre-ver este artigo, e pelavida toda, também usoprodutos que não seiao certo como ou porquem foram fabrica-dos. Mas, até mesmopara comprar um sim-ples alfinete, procurosaber se a empresa queo produziu tem com-

promissos sólidos com o bem-estardas pessoas. Se respeita seus colabo-radores e seus clientes, se é responsá-vel com o meio ambiente e com a co-munidade onde está inserida.

Como consumidor, quando tenhoque optar entre dois produtos de mar-cas diferentes tenho o poder e diriaaté mesmo a obrigação de dar prefe-rência a uma empresa compromissa-da com os mesmos valores que eu,para que a outra comece a assumiresses valores. E não há valor mais uni-versal que o respeito à vida.

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