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Novo ciclo da cana

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Quando falamos no setor primário da economia nacio-nal, lembramos que o Brasil é líder em vários segmentosprodutivos. Entretanto, poucos se destacam tanto no mun-do como o ciclo da cana-de-açúcar. Parece até difícil deacreditar, já que há três séculos esta foi uma das nossasprimeiras atividades econômicas. Hoje o Brasil ocupa o topodo pódio na produção e exploração desta riqueza.

A tecnologia aplicada ao plantio e cultivo da cana temobtido números impressionantes de produção de açúcar eálcool por hectare plantado. Na extração, o fim gradativodas queimadas e incentivo à colheita mecanizada têm ace-lerado a produção de máquinas e implementos. Como re-sultado temos a diminuição da poluição das queimadas ea sobra da palha da cana que, em breve, originará umanova indústria.

Nas usinas, o salto de qualidade é maior ainda. A extra-ção de suco tem sido altamente eficiente pelo uso de mo-endas ou difusores com alta tecnologia, desenvolvidos aquimesmo numa brilhante simbiose entre indústria, consumi-dores finais e empresas de consultoria e engenharia.

Decorrentes da extração, inúmeras possibilidades sãodisponibilizadas, tanto na indústria de alimentos (o que se-

ria do chocolate sem o açúcar?), quanto na de combustí-veis: com presença marcante na tecnologia flex, o álcool éo que melhor se adapta aos anseios de diminuição do aque-cimento global. Nesse caso específico, nossa tecnologia pi-oneira é mais eficiente que a de outros países, como osEstados Unidos, que utilizam o milho como matéria-primana produção do etanol. O Brasil tem uma fórmula que criaum grande volume de empregos, reduz a dependência decombustível fóssil e é renovável. Os motores flex diminu-em as emissões, aumentam a economia de combustível eelevam o grau de confiança do consumidor.

Como se não bastasse, os resíduos da extração de sucoatuam na cogeração de energia: os excedentes podem che-gar a 11.000 MW em alguns anos. Usando-se ainda a pa-lha da cana, a produção de energia das 343 usinas existen-tes e das novas poderá atingir outros 9.000 MW, totalizan-do 20.000 MW previstos para o ano de 2010.

Isso sim é uma base forte e mais do que consolidada;uma atividade genuinamente brasileira e 100% aprovei-tável, mas somente possível graças a uma sinergia entrea natureza e a indústria: garantia sustentável de todo oplaneta.

100% aproveitável100% aproveitável100% aproveitável100% aproveitável100% aproveitável

“ ”O Brasil tem uma fórmula que cria um grandevolume de empregos, reduz a dependência decombustível fóssil e é renovável.

Roberto BauerDiretor WEG Energia

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WEG em Revista é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3276-4000, CEP 89 256-900, Jaraguá doSul, SC. www.weg.net, [email protected]. Conselho Editorial: Jaime Richter (diretor de Marketing e RH), Paulo Donizeti (gerentede Marketing), Edson Ewald (chefe de Marketing), Cristina Teresa Santos (jornalista responsável) e Caio Mandolesi (analista deMarketing). Edição: EDM Logos Comunicação (47) 3433-0666. Textos: Deise Rosa. Arte da capa: Luana Camila da Rocha . Asmatérias da WEG em Revista podem ser reproduzidas à vontade, citando a fonte e o autor. Filiada à Aberje.

Você, leitor da WEG em Revista, pode participarcom sugestões, críticas e opiniões. Fale do quegostou, aponte o que pode melhorar, diga quaisassuntos você gostaria que a revista abordasse.É só mandar um e-mail para [email protected] as cartas publicadas ganham umaexclusiva caneta da WEG.

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Gostei muito da arte da capa da WEG em Revista sobre desen-volvimento sustentável. Luana Camila da Rocha deve ser uma pes-soa muito sensível (óbvio, pois ela é artista). As mãos expressamtanto a força como a coragem; e a suavidade com que a plantinhafrágil é protegida mostra algo tão importante: a união harmônica -Homem e planeta - é possível. Parabéns para toda a equipe da WEGem Revista.Elisabeth Schneider - Florianópolis/SC

Gostaria de elogiar esta tão conceituada WR pela riqueza de seuconteúdo. Com ela nos mantemos bem atualizados com as novida-des no mercado de automação e nos orgulhamos de ter uma em-presa assim aqui no Brasil. Só o que me deixou constrangido foi afrase dita pelo diretor Hélcio Makoto sobre o Criador. Acho isso uminsulto ao dono do universo. Afinal, quem somos nós? Se interpreteierrado, me explique, e estarei pedindo desculpas.José Carlos Pereira - Maringá/PR

Quando nosso diretor declara, em seu artigo, que Darwin dis-pensa Deus do papel do criador, descreve apenas a teoria por eledefendida, conhecida nos quatro cantos do mundo e que causa,ainda hoje, tanto furor quanto causou na época em que foi concebi-da. Falar sobre uma teoria existente não implica em defendê-la. Eletoma um exemplo para falar da nossa experiência e somente daí,então, manifestar a opinião da WEG. Esperamos que tenha ficadoclaro: quem destitui Deus do papel de criador foi Darwin, não nossodiretor ou a WEG.

Sempre que leio a WR fico surpreendido com as mais diversasáreas onde são encontradas soluções WEG. Ver a foto de entrega doMérito Industrial ao senhor Werner Voigt avivou na minha memóriaum momento que muito me tocou. Ver a relação de carinho, afeto,respeito e admiração entre os dois fundadores da WEG, Werner Ri-cardo Voigt e Eggon João da Silva, me emocionou profundamente.Olhando os seus fundadores, entende-se a cultura WEG.Marcos Holz - Joinville/SC

Muito interessante a reportagem referente à indústria naval. Comisto quero parabenizar pela reportagem e entrevistas que ajudarama aprimorar meu conhecimento sobre este assunto, que é de vitalimportância para o Brasil, já que temos empresas e mão-de-obraespecializadas neste segmento.Luiz Roberto Copatti - Lucas do Rio Verde/MT

Sempre acompanho as edições da WR, e desta vez apreciei muitoa forma simples e objetiva como foi mostrado na página 6 (WR 46)“motores certificados para áreas classificadas”. Essa forma de textoesclarece de forma simples situações até então de difícil entendi-mento se partirmos para a parte técnica do assunto! Gostaria tam-bém de informar que a revista tem sido de muita valia nos traba-lhos de escola de minha pequena filha, com matérias relacionadasao meio ambiente.Fabiano Pelegrini Patrício - São Paulo/SP

Como estudante de Engenharia Elétrica e técnico em Eletrotéc-nica, trabalho no setor de projetos, e recentemente projetamosalgumas empresas que apresentam áreas de risco, um dos temasabordados na última edição da WR. Este assunto ainda está poucodifundido, e a revista, assim como os outros temas citados, contri-bui em muito para nosso trabalho, já que sempre buscamos novi-dades tecnológicas.Alex Guizzo - por e-mail

Acompanho a WR desde a edição nº 43, e gostaria de parabe-nizá-los pela iniciativa. Apesar de não ser da área, todo bimestre euaguardo com ansiedade pelas notícias e matérias publicadas que,de forma simples e direta, me proporcionam conhecimento e infor-mação na medida certa. As crônicas de Mário Persona tambémmerecem congratulações, pela sutileza na interação de informa-ções com uma boa dose de humor. Giovani Simonassi Nunes - Vila Velha/ES

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Tanque cheio para viver o futuro damelhor maneira possível. É isso que omundo busca, literal e metaforicamente.Precisamos de comida, de combustível, deenergia elétrica, de processos que nãoagridam o meio ambiente. E lá está a ve-lha conhecida brasileira, a cana-de-açúcar,como uma das fontes para ajudar a en-cher este tanque. Ela, que já foi o princi-pal produto nacional nos tempos do Bra-sil Colônia, é uma das estrelas do momen-to, fonte de energia renovável com totalaproveitamento (do sumo ao bagaço, pas-sando pela palha), que produz açúcar, ál-cool e energia elétrica. WEG em Revistaacompanha o tema desde quando aindanão era tão popular, e o traz na sua capapelo terceiro ano consecutivo.

O mundo vive o boom do etanol (vejano site mais informações sobre o merca-do mundial), inclusive com a adesão denomes famosos. Bill Gates, fundador daMicrosoft, comprou parte da Pacific Etha-nol, produtora americana de etanol demilho. O megainvestidor George Sorosinveste em usinas no Brasil. Os fundado-res do Google, Larry Page e Sergey Brin,visitaram uma usina no estado de São Pau-lo ano passado. Em junho, a Cargill, mai-or comercializadora de alimentos do mun-do comprou uma usina no país, a Cevasa,

que nem produz açúcar, apenas álcool.O petróleo contribui para o aqueci-

mento global, tem se tornado cada vezmais caro e boa parte das reservas se en-contra em países de instabilidade política,social e econômica (como no Oriente Mé-dio e Venezuela). O etanol acena comoalternativa para a diminuição desta depen-dência. Além de renovável, ele pode serproduzido em várias partes do mundo, ex-traído de diferentes plantas (cana, milho,beterraba, trigo) e polui menos. Não setrata de uma substituição total. De acor-do com os especialistas, na maioria dospaíses, o que acontecerá é o estabeleci-mento de um percentual de álcool mistu-rado à gasolina. Se isso realmente for umprocesso mundial, será preciso um gran-de aumento de produção de etanol paraatender a demanda.

Na dianteiraCarlos Cogo, consultor em agroecono-

mia, explica que, segundo o National In-formation Center (NEIC), em 2025 o con-sumo mundial de gasolina atingirá 1,7 tri-lhão de litros. “Se 5% forem substituídospelo etanol serão necessários 102 bilhõesde litros, contra a produção mundial atualde 50 bilhões”, afirma. De acordo com ele,a mistura obrigatória de biocombustível nagasolina já existe em 27 países.

O mais importante para nós, brasilei-

ros, é que estamos na dianteira deste pro-cesso. O país era o maior produtor mun-dial de etanol até o ano passado e é omaior exportador. Segundo Carlos Cogo,neste ano o país ficará em segundo naprodução, com previsão de quase 18 bi-lhões de litros, e os EUA em primeiro, comprevisão de 22 bilhões de litros de etanolde milho.

A cana-de-açúcar rende muito mais naextração de etanol. O milho rende 3,5 li-tros por hectare e a cana-de-açúcar rende6,5 litros por hectare. O custo de produ-ção de um litro de álcool de cana no Brasilé de US$ 0,23 a US$ 0,28. A partir do mi-lho, nos EUA, o custo é de US$ 0,31 a US$0,34, e da beterraba ou trigo na UniãoEuropéia é de US$ 0,53.

O Brasil tem tecnologia avançada deplantio, colheita e processamento da cana.E, além de um sistema bem sucedido demistura de álcool na gasolina - numa pro-porção de 20% a 25% -, o país tem umgrande mercado interno para o combus-tível, graças ao desenvolvimento da tec-nologia flex, lançada em 2003. Segundoa Associação Nacional dos Fabricantes deVeículos Automotores (Anfavea), os veícu-los com motores flex no Brasil, de janeiroa julho, representaram cerca de 81% dasvendas de carros das fábricas para o ata-cado. Considerando-se apenas o mês dejulho, o percentual chega a 89,9%.

DEISE ROZA

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www.weg.netNúmeros do setor

• A produção brasileira de etanol estáprojetada em 36,8 bilhões de litros nasafra 2014/2015.

• A demanda interna deve alcançar 28,4bilhões de litros na mesma safra.

• As exportações brasileiras estão proje-tadas em até 10 bilhões de litros em 5anos.

• O Brasil tem potencial para produzir 200bilhões de litros de álcool em 20 anos.

Fonte: Carlos Cogo

Energia versusalimentos

Segundo Carlos Cogo, não se justifi-ca a preocupação que o aumento de áre-as de cultivo da cana vá levar à escassezde alimentos. Pelo menos não no Brasil,onde a área usada para produção decana-de-açúcar deve chegar a 6,6 milhõesde hectares em 2008. “Isso é 1,5% da áreaagricultável brasileira. O potencial paraprodução é de 15 vezes a área atual, semirrigação, e 20 vezes a atual, com irriga-ção”, diz.

Futuro

No longo prazo, a cana-de-açúcardeve sofrer mais concorrência na produ-ção do etanol. “Há estudos para em 5 a10 anos se produzir etanol de celulose.Vai ser possível extrair etanol de quasequalquer matéria-prima, restos de madei-ra, pastagens e até do bagaço”, afirma.

Ecologicamente correto

A cana-de-açúcar pode absorver na fo-tossíntese o dióxido de carbono liberadoapós a queima do álcool. Por isso, é me-nos poluente que a gasolina.

Novos negócios

Para atender esta demanda nacionale mundial que se vislumbra, é grande oinvestimento em aumento de produção.Há 343 usinas no Brasil atualmente. Deacordo com Carlos Cogo, 73 projetos denovas usinas estão previstos para os pró-ximos seis anos, o que significa que o Bra-sil deve ganhar em média uma nova usi-na de açúcar e álcool por mês até 2013.

A oferta de cana deve aumentar de425,6 milhões de toneladas na safra 2006/2007 para 684,7 milhões de toneladas nasafra 2012/2013, segundo dados do con-sultor. A produção que, tradicionalmen-te, se concentrava em São Paulo, Paraná,Minas Gerais e Nordeste, tem se expan-dido para áreas como Goiás, Mato Gros-so e Mato Grosso do Sul.

Outro aspecto importante é que, nes-te novo ciclo da cana no Brasil, o cenárioé todo novo. A imagem do bóia-fria comseu facão é substituída pela tecnologia, acolheita mecanizada, a eficiência industri-al e energética nas usinas. Um exemplodessa transformação do setor é a classifi-cação de uma usina de açúcar e álcool, aSanta Elisa, como líder do ranking do guiaExame das 500 Maiores e Melhores.

Para saber sobre o mercado mundial do etanol, atrajetória da cana na história brasileira e o projetode produzor plástico a partir de etanol de cana,visite www.weg.net

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Cada tonelada de cana-de-açúcar tem um potencial

energético equivalente ao de1,2 barril de petróleo.

Açúcar

Melado

Rapadura

Cachaça

ÁlcoolEnergia elétrica

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Da roda d’água à

ALTA EFICIÊNCIAO primeiro engenho de cana do

Brasil foi construído por Martin Affon-so, na Província de São Vicente (hojeSão Paulo), na década de 1530, movi-do por roda d’água. Hoje, as usinas sãoauto-suficientes a própria matéria-pri-ma gera a energia necessária para ali-mentar seu processamento. A evolu-ção tecnológica permitiu que a canaatravessasse a história do Brasil sem-pre gerando novas riquezas: açúcar, ál-cool, energia elétrica. Os engenhos vi-raram usinas, que se tornam cada vezmais modernas.

“Quando as indústrias produziamapenas açúcar, usavam máquinas debaixíssima eficiência”, explica SérgioEsteves, gerente do Centro de Negóci-os de Energia da WEG. Segundo ele, a

partir do ano 2000 três fatores contri-buíram para mudar esse cenário: abusca mundial por combustíveis am-bientalmente corretos, crises de ener-gia elétrica e o desenvolvimento decarros bicombustíveis (que rodam comgasolina ou álcool).

Moendas eletrificadas“Hoje, quanto mais suco tirar do

bagaço, mais seco ele fica, mais fácilé a queima (para produzir energia) emais se tem matéria-prima para pro-duzir o álcool ou o açúcar. As usinaspassaram a buscar alta eficiência pro-dutiva, porque tudo o que sobra po-dia virar energia, que hoje vale maisque o açúcar”, diz Esteves. Pelo mo-delo tradicional, o vapor da queima

do bagaço da cana é usado direta-mente para mover as máquinas. Oprocesso tem grande desperdício deenergia, pois as condições de opera-ção variam continuamente, tirando asmáquinas térmicas do ponto de mai-or eficiência. Já as máquinas elétricassão mais tolerantes a estas mudanças.

A WEG é líder mundial no forne-cimento de soluções elétricas para osetor sucroalcooleiro, atendendoprincipalmente a América Latina eCentral. Segundo o gerente do Cen-tro de Negócios de Energia, a maiorcontribuição da empresa para o se-tor é a eletrificação das moendas edo preparo da cana. “Muita energiase economizou ao eletrificar as mo-endas”, acrescenta.

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CogeraçãoA eletrificação das moen-

das é feita a partir da coge-ração, em que a queima dobagaço gera dois tipos deenergia: elétrica e térmica. Aeletricidade é usada para mo-ver a usina, e a sobra podeser vendida. Já o calor faz adestilação do sumo da canapara produzir o álcool.

A WEG também desen-volveu inversores de freqüên-cia, geradores e transforma-dores sob medida para o se-tor. Outros dois exemplos deprodutos ideais para o ambi-ente da usina são os moto-res dos modelos Wash, quesão laváveis, e Well, extrema-mente robustos.

“Hoje as usinas são mo-dernas, limpas e iluminadas.Os tubos de vapor foramsubstituídos pelas instalaçõeselétricas. Não tem mais sujei-ra nem vazamento. É altíssi-ma qualidade e eficiência.São estas usinas que vão se

sobressair no mercado, produzir maisgastando menos”, diz Sérgio Esteves,gerente do Centro de Negócios de Ener-gia da WEG.

Solução completaA altaeficiência necessária à usina

leva o mercado a investir cada vez maisem tecnologia. “A WEG vem aumentan-do sua gama de produtos e soluções esua participação no mercado rapida-mente, liderando o mercado em gera-dores de até 65 MVA”, diz Fernando JoséRodrigues Ferrão, também do Centro deNegócios de Energia.

O aumento do número de projetosde novas usinas (há cerca de 70 em cons-trução até 2013, muitas delas perten-centes a grupos estrangeiros) gerounovas necessidades. “Com o atual cres-cimento, os clientes necessitam de so-luções cada vez mais completas,” afir-ma Ferrão. “A WEG começou fabrican-do apenas motores para este mercado,mas foi aumentando a linha de produ-

Energia em altaA crescente demanda nacional por

energia elétrica tem feito com que suageração e venda se tornem cada vezmais vantajosas. A potência dos gera-dores vendidos pela WEG para as usi-nas cresceu de 10 MW para 50 MWdesde 2000. E o total de unidades ven-didas passou de 15 para 50 por ano.Algumas usinas vêm investindo forte-mente na ampliação da sua capacida-de de geração, pensando na venda doexcedente. Um exemplo é o projeto daUsina Biopav, do Grupo Equipav, queestá em construção em Brejo Alegre/SP. A WEG fornecerá todos os equipa-mentos para a geração de 150 MWde energia nesta planta.

Picador e desfibrador da cana

Motores WEG na operação das moendas

Segundo Esteves, em 2000 apenas5% das usinas do Brasil estavam eletri-ficadas. “Hoje já são 35%, graças aobom preço que a energia está atingin-do nos leilões: acima de R$ 140,00 porMWh”, explica. “A eletrificação de mo-endas é uma solução consagrada porseu melhor rendimento e conseqüen-te maior sobra de vapor para a gera-ção de energia. Todos os novos proje-tos requerem esta solução. A tendên-cia é no futuro alcançar os 100%”, afir-ma Fernando José Rodrigues Ferrão.

A produção atual de energia elétri-ca como subproduto das usinas no Bra-sil é de 4.500 MW. Pode chegar a 11mil MW em 2010, sem o uso da palhada cana, e até 20 mil MW com a inclu-são da palha e dos processos de altorendimento.

tos e estabelecendo parcerias. Hojeatende a solução elétrica completa”,acrescenta. A empresa tem estruturapara fornecer o sistema elétrico, dosmotores à automação, no formato turnkey (chave na mão).

Como funcionaMotores de alto rendimento com

inversores de freqüência movimentamtoda a usina (separação, preparo, moa-gem, esteiras, bombeamento etc.) semdesperdício de energia e retirando omáximo de matéria-prima da cana. Osmotores nas caldeiras a vapor geramenergia por meio de geradores. E estaenergia é distribuída para a usina, compainéis e transformadores WEG, cuja su-bestação elevadora torna possível ven-der o excedente para a concessionária.

Tudo controlado por um completo sis-tema de automação. A empresa tam-bém oferece a instalação elétrica, e re-centemente tem trabalhado em conjun-to com empresas de engenharia parafazer o projeto básico. “Hoje o foco éfornecer, além dos produtos, a engenha-ria de integração para consolidar o slo-gan ‘Transformando energia em solu-ções’”, conclui Ferrão.

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Desde a década de 1940, afamília Colombo soube acompa-nhar as transformações sociais etecnológicas pelas quais passouo setor sucroalcooleiro e crescercom ele. De engenho de aguar-dente, passou a fabricante de ál-cool, na década de 80, e de açú-car, a partir de 1993. Hoje, o Gru-po Colombo é dono das marcas

“Açúcar Caravelas” e “Açúcar Colombo”, tem duas usi-nas em operação e produz 1,5 mil metros cúbicos deálcool por dia, 50 mil sacas de açúcar e 42 MW horade energia. A terceira unidade deve entrar em opera-ção em 2009. O faturamento do grupo, que tem sedeem Ariranha/SP, foi de R$ 571,3 milhões em 2006. Comtodo este histórico, o diretor industrial do grupo, Sér-gio Colombo, fala um pouco da sua visão com relaçãoao atual momento do setor.

“Donos de carros a álcoole flex podem confiar”

É possível o etanol ser uma alternativa para o petróleoem termos mundiais?

O álcool é uma das alternativas para alguns países subs-tituírem o petróleo. O Brasil é privilegiado por estar situ-ado próximo ao Equador, num clima equatorial. Portan-to, pode substituir o petróleo pelo álcool. Mas nem to-dos os países têm este privilégio. Antes de acabar o pe-tróleo tem-se que achar mais alternativas para comple-mentar o álcool.

O governo brasileiro poderia contribuir para isso?Os governos estaduais e federal precisariam reduzir a car-ga tributária, ou administrar melhor a receita, investin-do mais em logística para o escoamento do álcool, comoferrovias, novos portos e alguns incentivos fiscais paraos que estão com seus balanços sociais em dia.

As usinas já foram associadas a métodos arcaicos de pro-dução. Na sua visão, qual o novo perfil do empresáriodeste setor?

Na década de 80 as usinas tinham rendimento de 70litros por tonelada. Hoje é acima de 90 litros por tonela-da, mas para continuarmos a ser competitivos temos quebuscar novas tecnologias para diminuir os custos de pro-dução, como o álcool a partir do bagaço, coogeração a

partir da palha, otimização de mão-de-obra e mecaniza-ção total da lavoura.

Quais as principais preocupações das usinas com rela-ção ao meio ambiente?

A preocupação das usinas com o meio ambiente é partedo plano diretor da empresa, discutido constantementeentre a direção e administradores. Podemos dizer queestamos muito adiantados em relação às outras culturasno Brasil e no mundo. Ainda temos de evoluir, diminuin-do queimadas e mecanizando 100% da lavoura, mas issojá está sendo feito, gradativamente. O problema é queas usinas ficaram marcadas no passado, e hoje precisamtrabalhar muito para mudar esta imagem. Eu acreditoque o caminho é continuar trabalhando sério, procuran-do aprimorar os métodos aplicados e principalmente aconscientização dos colaboradores, fornecedores e daprópria comunidade, mostrando assim para o mundocomo somos responsáveis e que acompanhamos ativa-mente as exigências dos protocolos. Sabemos que a so-ciedade espera isso de nós.

A previsão é que o número de usinas no Brasil aumentede 343 para 437 até 2010. Qual sua visão sobre esse au-mento rápido de oferta?

Estamos passando por uma pequena crise, devido aoaumento rápido da produção. A expectativa da exporta-ção ficou apenas no papel. É preciso encontrar um mer-cado rápido para escoar o excesso da produção. Paraminimizar, os outros estados poderiam diminuir o ICMS,incentivando o consumo. Eu acredito que esta crise sejarápida. Com isso mostraremos que existe produção eestoque regulador para suportar a entressafra. Os donosde carros a álcool e flex podem confiar!

Como o senhor percebe o interesse de investidores comoGeorge Soros e Bill Gates na produção de álcool no Brasil?

Isto é muito bom, demonstra que é um mercado de fu-turo, com muita segurança no investimento, porque es-tes grandes grupos só investem em produtos que dêemretorno e que sejam seguros.

Quais suas expectativas?Um mundo cada vez mais competitivo, e para isso preci-samos manter o custo baixo para continuar vendendosempre e agregando mais alguns produtos para melho-rar a rentabilidade.

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owww.weg.netMenos manutenção

e mais vida útilTintas em contato

com alimentosPara a pintura de equipamentos que

entram em contato com o açúcar, comocristalizadores e secadores, a WEG tema tinta Lackpoxi AE Alimentício, atóxi-ca, com certificação do Instituto AdolfoLutz. Seguindo a tendência do merca-do, a empresa criou um sistema aindamais avançado, o WEG Fenoxi, a maisrecente novidade para usinas. É uma tin-ta atóxica com alta resistência anticor-rosiva, o que garante uma maior vidaútil para a pintura de dosadores, decan-tadores, dornas (de caldo, fermentaçãoe levedura), secadores, parte interna detanques de álcool etc.

“O produto acompanha a crescentepreocupação das usinas com a qualida-de do açúcar, que precisa ser cada vezmais puro”, afirma Campregher.

O mercado competitivo que setornou a produção de açúcar e álco-ol leva as usinas a buscar cada vezmais eficiência, padrões de qualida-de, redução de custos e aumento daprodutividade. E a escolha corretadas tintas pode ser um diferencialnessa busca, aumentando a vida útilde estruturas e equipamentos e re-duzindo o número de paradas paramanutenção. Além de oferecer tin-tas que garantem estes ganhos, aWEG vai além e desenvolve produ-tos que auxiliam na preservação daqualidade do açúcar e combatemperdas da produção, como a evapo-ração do álcool nos tanques.

A importância da tinta para as usi-nas fica clara nos números: o cresci-mento de vendas da WEG para o se-tor sucroalcooleiro foi superior a 50%no primeiro semestre de 2007, emcomparação com o mesmo período de2006. A empresa oferece uma linhacompleta para a pintura de pratica-mente todas as áreas da usina. Mar-celo Luís Campregher, chefe de Ven-das Técnicas da WEG Tintas especi-alizado no segmento, explica que al-gumas usinas, pensando a longo pra-zo, usam sistemas de pintura mais ela-borados, que aumentam a vida útil dasestruturas, máquinas e equipamentos,reduzindo quantidade e custos dasmanutenções.

Um exemplo é a Usina Andrade, emPitangueiras/SP, pertencenteao grupo proprietário doAçúcar Guarani, que recente-mente adquiriu 7,4 mil litrosde tintas da WEG. “Decidi-mos utilizar WEG neste anoesperando uma durabilidademaior”, explica o compradorda usina Leonaldo de FátimaFigueiredo.

Proteção contraevaporação

Os tanques de armazenamento deálcool de usinas tendem a escurecer,devido à ação de fungos presentes nomeio. Com isso, o tanque absorve maiso calor do sol e, como conseqüência, aevaporação do álcool aumenta. O es-curecimento também degrada a apa-rência do tanque.

Para evitar estes problemas, a WEGcriou o Lackthane Antifungo, que ofe-rece maior resistência anticorrosiva eexcelente resistência ao intemperismoe à proliferação de fungos. A tinta ofe-rece maior vida útil ao tanque e aindaevita os problemas causados pelo es-curecimento.

Secador protegido com tinta WEG

Pintura internade tanques

Outra tendência é realizar a pinturainterna dos tanques, que atualmentesão mantidos sem pintura. A WEG re-comenda a tinta Etil Silicato Inorgâni-co de Zinco N 1661 ou WEG Fexoni,para aumentar a vida útil do tanque.

WEG Tar FreeA busca de novas tendências le-

vou a WEG a desenvolver uma linhade produtos Tar Free, visando substi-tuir as tintas a base de alcatrão dehulha, derivado do petróleo, que podeser tóxico. O WEG Tar Free ainda tema vantagem da opção variada de co-res, enquanto o alcatrão só é vendi-do nas cores marrom ou preto.

Tanques com (acima) esem Lackthane Antifungo

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A preservação ambiental, em especialo aquecimento global, tem ocupado gran-des espaços da mídia mundial. Nesse as-pecto, o setor sucroalcooleiro apresenta-se como um dos responsáveis pela redu-ção de CO2, uma vez que ele contribui parareduzir a utilização de combustíveis fós-seis derivados do petróleo e a queima dematerial orgânico.

Atualmente em torno de 90% dos ve-ículos novos vendidos no Brasil usam mo-tores flex, o que tem proporcionado umcrescimento fantástico à indústria sucro-alcooleira.

As usinas se modernizam, ampliamsuas instalações e dezenas de outras sãoconstruídas em diversas regiões brasilei-ras. A WEG oferece soluções completaspara as usinas, com produtos consolida-dos para áreas de risco.

Ambientes de risco

Motores WEG foram desenvolvidospara área Ex, procurando atender aos re-quisitos da norma NBR IEC 60079-1 (tipode proteção “d”) e da norma IEC 60079-10 (Equipamentos Elétricos para Atmos-feras Explosivas – Parte 10: Classificaçãode Áreas). O principal objetivo dessa li-nha de motores é preservar a vida huma-na e o patrimônio físico.

Nas instalações elétricas de destilariasde álcool, devem-se levar em considera-ção a presença de gases, quando conse-qüentemente as fontes de ignição devemser minimizadas. Através de ações preven-tivas e corretivas, pode-se minimizar oueliminar agentes causadores de uma pos-sível explosão, aplicando equipamentosque suportem explosões internas, sem queelas se propaguem para o meio externo.

Os fabricantes de equipamentos se ori-entam por normas brasileiras e internaci-onais para apresentar soluções aos usuá-

CHRISTIAN PINTO DUARTE

ENGENHARIA DE CERTIFICAÇÃOS

MÁRCIO YOSHIKAZU EMATSU

VENDAS TÉCNICAS

rios, promovendo proteção aos operado-res e às instalações, fornecendo detalhesconstrutivos de instalação, proteção e ma-nutenção.

Devido à diversidade de aplicações ematmosferas potencialmente explosivas, asnormas colocam para os fabricantes a res-ponsabilidade quanto ao perfeito atendi-mento dos requisitos construtivos e à cor-reta especificação do produto para apli-cação e qualidade de comercialização.

No entanto, também os usuários têmresponsabilidades estabelecidas por estasnormas no que se refere à correta instala-ção e manutenção – NBR IEC60079-17 -(Equipamentos Elétricos para AtmosferasExplosivas – Parte 17: Inspeção e Manu-tenção de Instalações Elétricas em ÁreasClassificadas (Exceto Minas) -, cabendo-lhesa correta definição e indicação da área derisco e a instalação do equipamento.

Entende-se como de risco as áreas emque há necessidade de equipamentos comproteções diferenciadas, devido à presen-ça de gases, poeiras ou vapores em con-dições normais de operação.

Um exemplo desta área de risco é apresença destes gases nas proximidadesde tanques de álcool dentro de uma des-tilaria. Dependendo, em grande parte, dasvedações dos tanques, estes equipamen-tos podem ser aplicados em áreas classi-ficadas como Zona 1 ou Zona 2.

Proteções contra incêndio e explosãoem áreas de risco, classificadas com Ex,devem estar em conformidade com a NR-23 (Proteção contra Incêndios). Quandose operam equipamentos em áreas compotencial risco de explosão e/ou com pre-sença de elementos como gás, poeira ex-plosiva e fibras, o Ministério do Trabalhodeve inspecionar tais instalações periodi-camente. Os procedimentos elementaresde segurança e acesso aos locais classifi-cados são determinados pela NR-10.

Além dos aspectos elétricos, há a ne-

cessidade de conhecimento por parte dousuário/instalador das diretrizes pertinen-tes a atmosferas explosivas desta novanormativa, cabendo-lhe as definições deClasse, Grupo e Zona. Tais definições sãobaseadas no material que é manuseadono local onde o equipamento opera. Ocorreto entendimento destes detalhes éfundamental para a classificação da áreae a definição dos equipamentos a ser uti-lizados.

Para ilustração mais completa, tome-mos como exemplo o tanque da destila-ria de álcool.

No caso de o tanque estar totalmenteselado, a área pode ser definida comoZona 2, em que podem ser instalados mo-tores com tipo de proteção Ex n (conheci-dos como não-acendíveis).

No caso de o tanque possuir válvulasde respiro ou permanecer aberto, a áreapode ser definida como Zona 1, onde de-vem ser instalados motores com tipo deproteção Ex d (à prova de explosão).

Tal assunto é de suma importância, efaz com que empresas que manuseiamprodutos inflamáveis contratem entidadesautônomas para verificar e liberar a clas-sificação de área conforme estipulado.

Movendo usinas com moto

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ConclusãoPreocupada com o meio ambiente, a WEG também restringiu, em janeiro de

2007, a presença de substâncias como chumbo, cádmio, cromo hexavalente,mercúrio e polibromatos em seus produtos, para assim atender às diretivas naci-onais e internacionais de modo a não agredir a natureza, seja durante a utilizaçãodos produtos, seja na disposição no fim de sua vida útil.

O risco de se ter a presença de materiais explosivos está intimamente associa-do à possibilidade de ocorrer uma explosão. Somente uma cuidadosa avaliaçãodo processo industrial e a utilização de materiais adequados podem diminuir ou,até mesmo, reduzir a zero o risco de um sinistro.

Produtos WEG

A aplicação de produtos em atmosfe-ras potencialmente explosivas demandaum elevado nível de qualidade e tecnolo-gia, inclusos no projeto e fabricação dosequipamentos, requerendo um eficientesistema de qualidade nas linhas de produ-ção e modernos laboratórios de ensaios.

A certificação básica para que uma em-presa possa ser considerada fornecedorade primeira linha é a ISO 9000. A WEG temcertificação ISO 9001-2000, que atesta aexcelência na fabricação e comercializaçãode produtos nos mercados nacional e mun-dial, além da certificação ISO 14001-2004.Hoje fornece produtos para mais de 100países.

No que diz respeito a produtos para áre-as classificadas, conhecidos como Ex, aWEG possui certificações das mais diver-sas entidades certificadoras: Cepel/UC/TÜV– Brasil, UL – EUA, CSA – Canadá, Cesi –Itália, TS – Austrália, PTB – Alemanha eIRAM – Argentina.

Motores à prova de explosão (Ex d) –Disponíveis nas carcaças 90S a 355M/L,II a VIII pólos, potências de 0,37 a 370kW, em todas as formas construtivasnormalizadas pela ABNT-5432, que têmas seguintes características principais:

• Normalmente utilizados na Zona 1e, opcionalmente, na Zona 2

• Suportam explosões internas sempropagar as chamas para o meioexterno

• Proteção dos usuários e equipamen-tos ao redor

• Aptos a operar com inversores de fre-qüência

Motores não-acendíveis ou não-fais-cantes (Ex n) – Disponíveis nas carcaças90S a 355M/L, II a VIII pólos, potênciasde 0,37 a 370 kW, em todas as formasconstrutivas normalizadas pela ABNT-5432, que têm as seguintes característi-cas principais:

• Normalmente utilizados na Zona 2

• Utilizados em ambientes, onde a pre-sença do material inflamável nãoocorre em condições normais deoperação

• Temperatura de operação mais bai-xa que os demais

• Proteções contra faiscamentos

• Aptos a operar com inversores de fre-qüência

Motores para aplicações em áreasclassificadas como Zona 21 (Ex tD) – Dis-poníveis nas carcaças 63 a 355M/L, II aVIII pólos, potências de 0,16 a 350 cvem todas as formas construtivas norma-lizadas pela ABNT – 5432, que têm asseguintes características principais:

• Temperatura máxima de superfícieT125ºC

• Exclusivo sistema de vedaçãoW3Seal

• Termistor 140º C - desligamento

• Grau de proteção IPW66

• Aptos a operar com inversores defreqüência

• Com ventilador anticentelhamento(plástico condutivo)

Motores com Segurança Aumentada(Ex e) – Disponíveis nas carcaças 90S a315S/M, II e IV pólos, potências 0,37 a150 kW em todas as formas construtivasnormalizadas pela ABNT – 5432, que têmas seguintes características principais:

• Normalmente utilizados na Zona 1e, opcionalmente, na Zona 2 (IEC)

• Utilizados em ambientes em que apresença do material inflamávelocorre em condições normais deoperação

• Temperatura de operação mais bai-xa que os demais

• Com proteção contra faiscamentos

Motores WEG para áreas de risco

ores trifásicos de indução

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Segundo dados da Aneel (Agência Nacional deEnergia Elétrica), o motor elétrico consome 55% daenergia utilizada nas indústrias. Isso o torna focoprincipal de projetos para redução de gastos comeletricidade. De acordo com Leandro Ávila da Silva,chefe de Serviços da Unidade Motores WEG, um dosmaiores problemas nas fábricas é a quantidade demotores mal dimensionados.

“Muitos deles têm sobra de potência, o queimplica em baixa eficiência e maior custo. Outrosoperam com cargas acima do especificado, o quereduz sua vida útil e pode resultar numa parada deprocesso e de produção”, explica.

BUAIZ ALIMENTOSUma economia estimada em R$ 163 mil por ano

com energia elétrica. É o que se verifica na BuaizAlimentos, sediada em Vitória/ES, com a aplicaçãoda metodologia da Eficiência Energética realizadana empresa pela equipe de Serviços da WEG.

O trabalho consistiu no estudo diagnóstico em193 motores, de várias áreas da empresa. Com isso,foi identificada a necessidade de troca de 156 mo-tores por modelos de Alto Rendimento Plus e o re-potenciamento (para uma potência menor ou mai-or que a atual) de outros 23.

Os resultados são tão positivos que a avaliaçãofeita num grupo-teste de 26 motores mostrou umaeconomia de energia, em KWh/ano consumidos,7,2% maior do que a estimativa inicial.

Manutenção pode promovermelhorias e redução de custos

A manutenção, mesmo não sendo atividade-fim, é vitalpara qualquer indústria. Não somente pela importância dobom funcionamento dos equipamentos para a produção, masporque a atividade também é uma fonte de redução do cus-to operacional, de inovação e melhoria contínua em termosde produtividade e competitividade.

É o que explica o chefe da seção de Serviços da WEGMotores, o engenheiro Leandro Ávila da Silva. Mas ele afir-ma que este potencial de contribuição extra da manuten-ção para as indústrias não tem sido normalmente observa-do. “Em muitos casos, pode-se até mesmo afirmar que aprópria função de manter os equipamentos enfrenta difi-culdades”, adverte.

Segundo ele, grande parte destas situações ocorre emfunção de algumas mudanças percebidas no cenário das in-dústrias, onde se destacam:

ORGANOGRAMAS • Com a evolução dos siste-mas de gestão e a necessidade de maior produtividade emelhoria da relação volume de produção/funcionários, asestruturas diminuíram.

MULTIFUNÇÃO • Gerentes e supervisores de ma-nutenção têm sob sua gestão mais de uma especialidade.Isto exige a atuação da equipe em um campo mais amplo esobre equipamentos cada vez mais modernos, com novastecnologias. Possuir larga experiência de campo passa a nãoser suficiente sem capacitação contínua.

NOVAS ATRIBUIÇÕES • Há atividades novas ouque possuem muito mais peso que no passado, normalmen-te relacionadas à qualidade, segurança e programas inter-nos das empresas, que exigem sua carga de dedicação pelaequipe de manutenção.

Com este maior leque de atuação das equipes de manu-tenção e suas estruturas mais enxutas, é muito comum ob-servar a rotina “engolir” o tempo. “É usual ver equipes demanutenção se ocupando basicamente do dia-a-dia, semvisualizar ou sem poder se dedicar a ações que realmentepromovam melhorias”, explica Leandro. Como conseqüên-cia, uma das principais funções que fica desguarnecida é aengenharia de manutenção, ou seja, análise de falhas, me-lhorias nos equipamentos, métodos e sistemas.

Atenta a estas dificuldades, a WEG desenvolveu ferra-mentas de apoio à função “engenharia de manutenção”. Elaexige domínio da especialidade e constante atualização tec-nológica, pontos que fazem parte do negócio da WEG e quea empresa procura combinar com a experiência e o históricode cada cliente, num trabalho conjunto.

Eficiência

ENERG

Ação sugerida xR$ investidos e retorno anual

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ZANOTTINa Zanotti, fábrica de fitas elásticas de Jaraguá

do Sul/SC, a troca de dois motores por um no aciona-mento de apenas uma das máquinas do setor de Re-vestimentos gera a economia de cerca de R$ 9,6 milpor ano. O resultado é tão positivo que a empresaacaba de realizar a troca dos motores nas outras 40máquinas do setor.

“O acionamento original era feito por dois mo-tores independentes de 20 cv – 4 pólos. Então, foiinstalado um analisador de energia em algumasmáquinas, para avaliar a carga requerida pelos mo-tores durante o processo de fabricação”, explica Le-andro Ávila. A análise resultou na proposta de utili-zação de apenas um motor, com potência de 25 cv –4 pólos e adaptação de um mancal no local do mo-tor que seria retirado.

Ferramentas WEG para apoio à en-genharia de manutenção

EFICIÊNCIA ENERGÉTICAIdentificação dos potenciais de redução no consumo

de energia em motores elétricos, acionamentos, desviosno fator de potência e definição dos repotenciamentosnecessários.

LIMITE DE RECUPERABILIDADEDefinição através de critérios técnico-econômicos da

viabilidade do reparo dos motores elétricos. Utiliza soft-ware específico com trabalho realizado a quatro mãos como cliente.

ENGENHARIA DE APLICAÇÃOAdequação da especificação dos motores considerando

as características do projeto, processo e ambiente, visandoaumento da vida útil e confiabilidade.

ESTUDO DE FALHASFoco nos casos com alta incidência de falhas, perdas de

processo e custos de manutenção. Metodologia de trabalhoenvolve a manutenção e operação do cliente.

INTERCAMBIABILIDADE DE MOTORESPermite identificar as otimizações possíveis em padroni-

zações, adequações de estoque e equipamentos obsoletos.

DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUESPadronização de motores e determinação de níveis de

estoque com critérios técnico-econômicos, considerando aspeculiaridades de cada cliente.

CONFIABILIDADE DO ESTOQUEO equipamento estocado pode ter sua vida útil e confia-

bilidade totalmente comprometidas. O estudo realiza umaanálise das instalações e procedimentos.

TREINAMENTOTreinamento com foco nas equipes de operação e manu-

tenção, com adequação às necessidades de cada cliente.

DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS ROTATIVASPacote de testes em máquinas elétricas rotativas no cam-

po. Ferramenta importante nas análises em paradas progra-madas.

COMISSIONAMENTO / START UPAcompanhamento durante as etapas de armazenagem,

instalação e testes dos motores elétricos, assegurando a con-fiabilidade das instalações.

RETORNOComparando-se os custos com a economia a ser

obtida, o investimento terá retorno em cerca de cin-co meses.

“Agora estamos realizando o mesmo estudo, daviabilidade de motores com melhor eficiência ener-gética, em todo o parque fabril da Zanotti”, afirma oengenheiro eletricista da empresa, Fabiano CarvalhoDuarte. “O projeto reflete uma preocupação não ape-nas com a economia, mas também com riscos de ra-cionamento, responsabilidade ambiental e renovaçãodos motores do parque fabril”, acrescenta.

ÉTICA

Sistema de acionamento gerou economiade R$ 9,6 mil/ano

Antes Depois

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Com o crescente interesse pela produção de álcool combustível e a geração deenergia elétrica, a construção e ampliação de usinas se aquece em todo o Brasil e noexterior. Da pequena Umuarama, no interior do Paraná, a Jalisco, no México, todas

querem aproveitar ao máximo tudo que a cana tem a oferecer.

Usinas investem emtecnologia para crescer

Pioneirismo no Nordeste

Em Alagoas, a Usina Santo Antônio foi a primeira daRegião Nordeste a operar com uma moenda totalmente ele-trificada. O investimento vem permitindo que ela diversifi-que e entre num novo negócio: a geração e fornecimentode energia elétrica. A WEG dá suporte a essa evolução daSanto Antônio desde 2001, quando a usina iniciou a buscapela eficiência energética. De lá para cá, a usina instaloutrês geradores (dois de 6,25 MVA e um de 18,75), automati-zou processose implantou aeletrificaçãoda moenda(dois motoresde 1.600 cv,inve r so res ,transforma-dores, maisum motor de900 cv cominversor etransforma-dor). Nesta safra, entram em operação sete motores cominversores para acionamento dos exaustores de caldeira, commais economia de energia, que gera dividendos, pois tam-bém começa a operar nesta safra uma subestação para ex-portação de eletricidade com transformador de 25 MVA.

Economia que vira lucroA WEG forneceu toda a solução necessária para essa trans-

formação de economia em lucros. Hoje, o vapor que antesmovia a moenda é transformado em energia elétrica que, alémde mover a usina, tem seu excedente vendido, tornando-seassim o terceiro produto da empresa, juntamente com o ál-cool e o açúcar. O funcionamento inteligente dos motoresWEG, com a variação da velocidade proporcionada pelos in-versores, reduz o consumo de energia, fazendo com que so-bre ainda mais para a venda. “Para a WEG, este fornecimentotornou-se uma referência de grande importância devido ao

Moendaseletrificadas na

Usina Santo Antõnio

caráter inovador e pioneiro para a região Nordeste. Vale sali-entar que o sucesso deste projeto deve-se principalmente aocomprometimento, planejamento e profissionalismo da usi-na em todo o período de implantação”, explica Douglas DaviPradi, da área de Vendas de Drives e Automação da WEG.

“Nossa usina era muito pouco eficiente em termos ener-géticos. Chegamos a ter que adquirir mensalmente cerca de1.000.000 kWh para o processo produtivo. Em 2001 fize-mos uma revolução. Já na primeira safra que operamos comnovos geradores, deixamos de adquirir energia (uma econo-mia mensal de R$ 217 mil) e chegamos a exportar cerca de6.500.000 kW. Acabamos gerando recursos suficientes para,em apenas uma safra, pagar todo o investimento feito naépoca”, afirma Meroveu Costa, superintendente industrialda Usina Santo Antônio.

PRODUÇÃO DA USINA NA ÚLTIMA SAFRA

• Açúcar – 3,6 milhões de sacas de açúcar• Álcool – 45 milhões de litros, entre eles o álcool do tipoextraneutro, destilado cinco vezes e destinado ao merca-do de bebidas finas, indústria farmacêutica e cosméticos.A usina é uma das três únicas no Brasil a produzi-lo• Energia – 25,1 MWh de energia (a partir da próximasafra, em setembro)

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Estimativa de produçãoanual da Usina Bonin• Açúcar – 1.800.000 sacas• Álcool - 45 milhões de litros• Energia - 50 MWh (na segunda fase)

Chave na mãoUmuarama, no interior do Paraná,

vê surgir sua primeira usina de açú-car e álcool, a Bonin, fruto da diver-sificação de investimentos do empre-sário Newton Bonin, do ramo de cos-méticos. Ele é proprietário da Bony-plus, dona da marca de tintura Beau-ty Color.

Na Bonin, a WEG prepara seu se-gundo projeto turn key do pacote elé-trico. “A usina será entregue para ocliente com toda a operação em fun-cionamento e automatizada”, afirmaCasiano Lehmert, do Centro de Negó-cios de Energia da WEG, responsávelpela venda de equipamentos para omercado sucroalcooleiro. O projeto éo primeiro em que a WEG faz a auto-mação completa, envolvendo todos osprocessos de fabricação. “Escolhemosa WEG por um conjunto de fatorescomo estrutura da empresa, qualifica-ção técnica dos profissionais e quali-dade dos produtos, além do fato deque, dentro de uma usina de açúcare álcool, a WEG fabrica todos os equi-pamentos principais da parte elétrica”,explica José Paulo Paschoal, diretorindustrial da Usina Bonin.

O empreendimento deve começara funcionar em meados de 2008, pro-duzindo açúcar, álcool e energia elé-trica, com capacidade de moagem deaté 2 milhões de toneladas de canapor ano. A usina vai gerar 15 MW deenergia elétrica na primeira fase, sufi-

ciente, para abastecer a operação. Nasegunda fase, em 2009, a capacidadede geração será ampliada em mais 35MW, o que permitirá vender o exce-dente.

Soluções completasLehmert explica que a Bonin irá

operar com o melhor da tecnologiaatual. “Será tudo automatizado, comum centro de controle que monitorao funcionamento de todas as áreas dausina”, explica. “A WEG se consolida,cada vez mais, como fornecedora desoluções elétricas completas para usi-nas de açúcar e álcool, incluindo astintas.

“No controle de processo, as técni-cas de regulação da WEG incluem to-dos os requisitos das normas aplicadas.Os padrões de transmissão de dadosentre as máquinas e as estações de con-trole, centralizadas em uma sala úni-ca, já estão sendo desenhados e sãoprojetados na velocidade de um Giga-bit. Hardware e software de alto de-sempenho farão a composição dos in-dicadores de processo e contribuirãopara o acompanhamento preciso dorendimento industrial. A automação docaso Bonin é seguramente um padrãoem confiabilidade e repetibilidade nocontrole de processo da usina”, afirmaMarcos Mesquita, coordenador de pro-jetos para plantas de açúcar e álcoolda WEG.

O fornecimento inclui geradores,painéis, cubículos, CCMs (Centros deControle de Motores), uma subestaçãode 34,5 kVA, projeto de uma futurasubestação de 138 kVA, transformado-res, motores, inversores de freqüência,projeto elétrico, montagem dos equi-pamentos e automação de toda a usi-na. O valor do pacote chega a R$ 18,5milhões.

Usina Bonin em Umuarama deve começar a produzir em 2008

50 MWh são suficientespara abastecer uma cidade

com aproximadamente150 mil habitantes.

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Vista externa da Equipav

Expansão acelerada

Em 2001, a Equipav Açúcar e Ál-cool, usina do Grupo Equipav locali-

zada em Promissão/SP, viu que tinhauma grande oportunidade com a cri-se do apagão. A usina, que geravaapenas 8 MWh, para consumo pró-prio, passou a investir mais em coge-ração. O primeiro investimento foi em2002. De lá para cá, os investimentosda Equipav em sua produção só au-mentaram. Na safra 2007/08, ela devegerar sozinha 285 MWh, dos quaisconsome apenas um terço. O restan-te é vendido.

“Em dois anos a empresa estimaalcançar 400 MWh. Para isso, em2006, tendo em vista o grande suces-so na estratégia de investir em ener-gia, iniciou novos projetos”, contaOctávio Caetano Monteiro, do depar-tamento de Vendas da Unidade Au-tomação da WEG. João Baptista Ca-vallaro Junior, do Centro de Negóci-os de Subestações da WEG, acrescen-ta: “A Equipav atualmente é a maiorusina de açúcar e álcool em cogera-ção operando no Brasil”. A WEG temsido parceira na expansão do seu po-tencial energético e aumento de efi-ciência. A empresa forneceu para ausina dois geradores de 50 MWA,

uma subestação de 138 KV, além demotores para o preparo da cana e in-versores de freqüência para a centrí-fuga de açúcar.

Novas usinasPara 2010, o Grupo prevê mais três

usinas. Em junho de 2008, a Biopav,primeira delas, entra em operação jágerando 150 MWh, em Brejo Alegre/SP.

Ela terá capacidade de moagemsuperior a 1 milhão de toneladas decana-de-açúcar.

Nesta nova unidade, os produtose soluções WEG atuarão na geraçãode energia (por meio do processo daqueima do bagaço da cana) e na pro-dução de álcool e açúcar, permitin-do total controle dos processos, oque resulta em alta eficiência emtoda a produção. O fornecimentoserá de quatro geradores (de 50, 55,60 e 31,25 MVA), entregues em duasetapas, uma subestação de 138 KV,transformadores, cubículos de médiatensão e baixa tensão, inversores defreqüência, motores de baixa e mé-dia tensão e automação do sistemade cogeração.Jardim da Usina Equipav

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O Ingenio Tala, com 76 anos de exis-tência, localizado no estado de Jalisco,é a maior fábrica do Grupo AzucareroMéxico SA (GAM), que detém 8% daprodução e comercialização de açúcar,cana e derivados do México.

Desde maio deste ano, o IngenioTala não só deixou de comprar ener-gia elétrica para alimentar a usina,como agora pode vender este insumo,novo produto de seu portfólio.

A unidade investiu num projeto decogeração de energia, e todo o paco-te elétrico para sua implantação foifornecido pela WEG.

O primeiro benefício do projeto éque serão gerados 25 MW de energia,que alimentarão a produção e aindasobrarão para a venda.

“A eletrificação de usinas é umatendência que ganha cada vez maiscorpo no mundo todo, por conta dainquestionável vantagem da comerci-alização do excedente de energia”,afirma Norton Mazzucco Cancelier, dodepartamento de Vendas de Sistemasde Automação daWEG.

O segundo é o be-nefício ecológico. Issoporque, antes do pro-jeto de cogeração, ha-via sobra de parte dobagaço que não eraqueimado para gerarvapor. Esse excedente

PRODUÇÃO DOINGENIO TALA

• Capacidade de moa-gem: 16 mil toneladas decana/dia• Produção de açúcar em2006: 146 mil toneladas

“Estes fornecimentos representama confiança que o cliente deposita naWEG. É também a oportunidadede fornecer pacotes completos, de va-lor agregado para o negócio”, diz Ca-vallaro.

Segundo a revista do Grupo Equi-pav, o total de investimentos para im-plantação da Biopav será de R$ 500 mi-lhões. O projeto contempla uma usinamoderna com alta tecnologia nos equi-pamentos, visando ótima performan-ce com alto grau de automação. Umdos diferenciais da Biopav será produ-zir energia elétrica tanto a partir daqueima do bagaço da cana quanto dapalha.

As outras duas usinas previstas sãoem Chapadão do Sul/MS, para 2009, eem Chapadão do Céu/GO, para 2011.Segundo a revista do Grupo, as duasunidades vão produzir inicialmente ál-cool e energia elétrica.

• Produção de cana – 6 milhões detoneladas

• Açúcar – 332 mil toneladas• Álcool – 285 mil metros cúbicos• Energia elétrica – 285 MWh

• Açúcar – 6 milhões de sacas• Álcool – 200 milhões de litros• Levedura – 6,3 mil toneladas• Capacidade de geração – 150

mil MWh

A Equipav produz tambémlevedura seca e melaço.

Os geradores de 55 MVA e60 MVA, a serem fornecidos

para a Biopav, serão osmaiores já fabricados pelaWEG para uma usina de

açúcar e álcool.

A Equipav produz também levedura seca emelaço.

De comprador de energia a fornecedor

era enviado a aterros sanitários, au-mentando as chances de contamina-ção de lençóis freáticos. Além disto, oengenho poderá se beneficiar da co-mercialização de créditos de carbonoatravés do Mecanismo de Desenvolvi-mento Limpo (MDL), permitindo au-mentar seus ganhos com o investi-mento.

Participação no mercadoA WEG comemora o fornecimento

para um dos maiores grupos do setoraçucareiro do México. “Este setor ébastante fechado a equipamentosoriundos do Brasil. O fornecimentopara um cliente deste porte abre omercado mexicano para novos negó-cios, inclusive em outros setores”, ex-plica Cancelier. “Escolhemos a WEGpor referências locais do Brasil e emnível mundial”, afirma Adan Paniagua,gerente de compras do Ingenio Tala.

O pacote fornecido pela WEG in-cluiu: gerador, cubículos de média ten-são, Centro de Controle de Motores

(CCM), painéis de pro-teção do gerador, pai-néis de controle de im-portação/exportaçãode energia, sistema decontrole e supervisãoatravés de controlado-res programáveis (PLC)e software de supervi-são SCADA.

PRODUÇÃO DA BIOPAVESTIMADA PARA A

SAFRA DE 2010

PRODUÇÃO DAEQUIPAV PREVISTA

PARA 2007

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A íntegra das matérias desta página você lê no site www.weg.netA íntegra das matérias desta página você lê no site www.weg.netW

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Empresa de Valor

No dia 13 de agosto, o anuário “Va-lor 1000” premiou as empresas commelhor desempenho em 27 setores deatividade. Pela sexta vez, a WEG ficouclassificada como a maior empresa dopaís no segmento Mecânica. A surpresada noite ficou por conta do anúncio daEmpresa de Valor 2007, escolhida entreas campeãs setoriais. Pela primeira vez aWEG ocupa o topo da lista. 14/08

WEG nos Andes

A WEG fechou contrato com a Com-panhia Chilena de Mineração Carmende Andacollo para a conclusão do pro-jeto Hipogeno, que pretende exploraráreas que renderão à mineradora 80mil toneladas de cobre por ano. A com-panhia está localizada na comunidadede Andacollo, 400 quilômetros ao nor-te de Santiago. O local faz parte dasúltimas ramificações da Cordilheira dosAndes e está a 1.100 metros acima donível do mar. 20/07

Produtividadepermanente

A Antex, de Curitiba/PR, reduz cus-tos operacionais ao instalar a soluçãoWEG WMagnet System. O sistema (mo-tor de ímãs permanentes + inversor defreqüência) atua na produção de ban-cos automotivos da empresa desde agos-to. Lançado há pouco mais de três me-ses, o conjunto já comprova economia ealto rendimento nas aplicações. 30/07

Menor e maissilencioso

Motores WEG refrigerados commanto de água apresentam baixo ní-vel de ruído e dimensões externas re-duzidas. A redundância é pré-requi-sito em qualquer fornecimento, e pro-dutos que garantam perfeito funcio-namento, oferecendo ainda vanta-gens como menor tamanho e ruídoscada vez mais imperceptíveis, ga-nham força. 31/07

Parceria com HISA

A WEG é a nova controladora dafabricante de turbinas HISA (Hidráuli-ca Industrial S/A Indústria e Comércio),com sede em Joaçaba/SC. A parceriafortalecerá a posição da WEG na áreade equipamentos para geração, trans-missão e distribuição de energia. A Hisaé líder de mercado em turbinas paraPequenas Centrais Hidrelétricas de até15 MW. 01/08

Certificaçãoeletronuclear

Documento atesta que transforma-dores WEG estão aptos a atuar nas usi-nas de Angra 1, 2 e 3. Aplicação exigeensaios, engenharia, controle de pro-cesso, inspeção, qualidade e capacita-ção fabril. 31/07

Irrigação na Índia

Motores, painéis de excitação e sis-temas de freio WEG vão atuar na irriga-ção de áreas em Anantapur, na Índia.Dois terços da produção agrícola do paísdependem de irrigação. 17/08

Batismo da P-54 no RJ

Foi realizado dia 21 de agosto o ba-tismo da plataforma de petróleo P-54,no estaleiro Mauá-Jurong, em Niterói/RJ. A plataformaficará no Campode Roncador, naBacia de Cam-pos. Três moto-res síncronos daWEG compõemo processo decompressão daP-54. Um dos destaques no fornecimen-to de tintas WEG é a linha WET Surfa-ce, revestimento aplicado em superfíci-es molhadas e/ou condensadas. 21/08

Entre as maiores

A WEG acaba de conquistar o84º lugar do Ranking das 500 Mai-ores Companhias Abertas do país,da revista Conjuntura Econômica,publicação da Fundação GetúlioVargas. A companhia, líder no se-tor de Máquinas, Aparelhos e Ma-teriais Elétricos, subiu nove posiçõesem relação ao ano anterior e foi elei-ta a empresa com maior aumentode vendas por reestruturação em2006. 23/08

Emergênciapede mobilidade

A WEG comemora o lançamento deTransformador Móvel com fornecimen-to para a AES Sul, em Santa Maria/RS.Equipamento vai auxiliar no atendi-mento emergencial do sistema elétri-co da concessionária de energia. 27/08

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Se você tiver a minha idade vai se lembrar dosprimeiros carros a álcool. A idéia era tão nova quenem tecnologia existia para dar a partida naquelanova era do automóvel. Aliás, naquele tempo dara partida era a coisa mais difícil.

Quem tinha vizinho com carro a álcool podiaaposentar o despertador. Dava para acordar com apartida, tomar banho, café, ler o jornal e ainda ofe-recer uma carona ao vizinho. Na época poucos ve-ículos saíam de fábrica com motor alcoolizado; omais comum era encontrar carros velhos que bebi-am demais, adaptados para beber outra coisa.

Era o caso do Maverick do Hildebrando. Depoisde passar por uma adaptação das piores, ninguémimaginava que seria possível piorar ainda maisaquele motor. Mas o Hildebrando conseguiu, de-pois de viajar trezentos quilômetros na base dapinga. O motorista até que chegou bem, mas oMaverick entrou em coma.

Era o início da década de 80, quando os postossó abriam de dia e fechavam nos finais de semanapara racionar gasolina. Hildebrando precisou via-jar de volta para casa, e a única boa idéia que tevefoi visitar os botecos que encontrou pelo caminho.Aquela foi a gota d’água para o motor. Água quepassarinho não bebe.

Pensa que foi difícil para o Hildebrando conse-guir um comprador para seu Maverick detonado?Não foi. Apareceu um que não sabia dirigir e mo-rava num sítio a uma descida de distância da cida-de. Bastou o Hildebrando descer até o sítio com orapaz no banco ao lado para convencê-lo. Qual-quer um que não entendesse do assunto teria fica-do convencido com um motor tão silencioso.

Mais de vinte anos se passaram e hoje até euoptei pelo álcool. Quero dizer, carro a álcool. Aca-bo de comprar um com motor flex e ainda estouintrigado. Como ele pode saber o que entrou notanque? Se eu vivesse em outros tempos diria queé bruxaria, mas hoje sei que é tecnologia.

Ainda bem que ela chegou agora, porque sechegasse na época do Maverick do Hildebrando,quem é que ia conseguir plantar cana para abaste-cer a frota nacional e ainda exportar? Hoje, tecno-logia de plantio tem, e carro que pega e funcionatambém. O meu, pelo menos, funciona como umrelógio. Sem despertador.

Mas nem todo mundo está feliz. Quem cria boi,por exemplo, vê com tristeza a invasão da cana.Não deveria. Já tem gente pesquisando aproveitaro que sobra do boi para produzir biodiesel. Bem,neste sentido devo admitir que o carro do Hilde-brando estava à frente de sua época.

Uma vez, passando pela região do sítio do com-prador do Maverick, encontrei-o parado na estradapoeirenta com um pneu furado e sem macaco.Emprestei o meu e até ajudei a trocar o pneu, ob-servado por mais de meia dúzia de olhinhos da fi-lharada do rapaz, sem contar os que estavam nocolo e barriga da mãe. Como ele já tinha aprendidoa dirigir, parti sem me preocupar em saber se eleconseguiria dar a partida ou não.

Na volta, vi o Maverick indo lá na frente a umavelocidade muito baixa. Estranhei. Foi só na ultra-passagem que vi a razão da lentidão. O Maverick,com mais de meia dúzia de narizinhos colados novidro, voltava para o sítio puxado por uma parelhade bois.

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