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Page 1: Revista Sol Brasil - 5°edição
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Índice2

Mundo Verde

Editorial

Entrevista

Expediente

Mercado13

Bruno CovasSecretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo destaca importância de cidades brasileiras estimularem o uso dos sistemas de aquecimento solar

Revista SOL BRASIL Publicação bimestral do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (DASOL) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condi cio nado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA). Conselho Editorial: Luís Augusto Ferrari Mazzon, Marcelo Mesquita, Nathalia P. Moreno, Ronaldo Yano e Sara VieiraEdição: Setembro ComunicaçãoProjeto gráfico e editoração eletrônica: Izilda Fontainha SimõesFoto capa: Clube Paulistano de São Paulo – Heliotek

Diretoria DASOLPresidência - José Ronaldo KulbVP Desenvolvimento Associativo (VPDA) - Laercio LopesVP Relações Institucionais (VPI) - Amaurício Gomes LúcioVP Operações e Finanças (VPOF) - Edson PereiraVP Tecnologia e Meio Ambiente (VPTMA) - Carlos Arthur A. Alencar VP Marketing (VPM) - Luis Augusto Ferrari MazzonGestor - Marcelo MesquitaDASOL/ABRAVA Avenida Rio Branco, 1492 – Campos Elíseos – SP São Paulo – CEP 01206-905 - Telefone (11) 3361-7266 (r.142)Fale conosco: [email protected]

Habitações do Minha Casa Minha Vida economizam mais de 1.600 MWh no Interior de São Paulo

Crescimento sustentado

Programas de incentivo fomentam o uso da energia solar em vários países

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Tecnologia

Tendência: a volta dos controladores mais simples e mais baratos para sistemas de aquecimento solar

Case Solar

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Hotel argentino usa sistema brasileiro para aquecer 25 mil litros de água

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Empresas Associadas

Notícias do DASOL22

Produção brasileira de coletores solares cresceu 21,1% em 2010

Energia solar presente na FEICON

ABRAVA e DASOL no Comitê de Mudanças do Clima de São Paulo

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Crescimento sustentado

O mercado solar térmico é tradicionalmente medido em metros quadrados de coletores solares comercializados. Com razão, pois o coletor é o coração de um sistema de aquecimento solar e serve de parâmetro de energia limpa gerada, com valor tangível e universal. Por esta métrica percebemos o quanto o nosso mercado tem se desenvolvido e apresentado um crescimento vigoroso e persistente nos últimos anos, que superou os 20% em 2010 (veja matéria na página 21).

Mas o mercado não é feito só de coletores solares. Esta realidade é produto de um “círculo virtuoso”, coordenado, que envolve o ambiente interno das empresas, fabricantes, comerciantes e prestadores de serviços, entidades de representação de classe, setor de educação, órgãos reguladores, Estado e concessionárias de energia. Enfim, toda uma grande rede de atores dando equilíbrio a esta brilhante construção.

Nesta dinâmica de crescimento, os desafios vão se somando. Nas empresas, a busca por ganhos de qualidade e produtividade deve ser incessante, pois a competição tende a se acirrar. Os níveis de exigência quanto à oferta de novas soluções e produtos são cada vez maiores. E o avanço das regulamentações e do alcance de novos patamares de performance se intensifica inexoravelmente.

Neste cenário, o DASOL tem se destacado como a mais perene instituição do setor empe­nhada na integração dessas forças e na harmonização e sustentação desse “círculo virtuoso”. Ao longo dos últimos 19 anos, o DASOL tem construído um legado para os seus associados e prestado inestimável serviço a toda a sociedade ao promover o uso da energia solar.

Para se ter uma idéia dos benefícios dessa energia, basta lembrar que os coletores solares instalados em um milhão de residências do Programa Minha Casa Minha Vida evitarão a emissão de aproximadamente 18.171 toneladas de CO2 equivalentes por ano, conforme meto­dologia desenvolvida pelo Ministério de Ciência e Tecnologia.

Cada metro quadrado de coletor solar instalado permite:• Economizar 55 kg de GLP/ano• Economizar 66 litros de diesel/ano• Evitar a inundação de 56 m² para geração de energia elétrica• Economizar 215 kg de lenha/anoO leitor pode estar certo de que cada tema desta edição da Sol Brasil reflete este compro­

misso do DASOL e de todos os seus associados com o desenvolvimento sustentável.

Boa leitura!Carlos Artur Alves de AlencarVice-Presidente de Tecnologia e Meio Ambiente do DASOL

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4 Case Solar

A Pro­Sol Energia, indústria de Mauá, instalou no se­gundo semestre de 2010 aquecedores solares em 2.700 casas construídas pelo Programa Minha Casa Minha Vida em cidades paulistas como Marília, Assis, Araçatuba, Sorocaba e Tupã.

No total foram instalados 5.400 m2 de coletores solares planos, atendendo à demanda de água quente de mais de 10 mil pessoas e proporcionando conforto e economia. A Pro­Sol também possui projetos em andamento que envolvem mais de 700 sistemas de aquecimento solar nos municípios de Itapetininga (SP) e Colatina (ES).

Para reduzir o consumo doméstico de energia elétrica, o Governo Federal incentiva, por meio do Programa Minha

Pro-Sol leva energia solarpara 2.700 casas doMinha Casa Minha Vida

Casa Minha Vida, a construção de habitações com aquece­dores solares para famílias na faixa de renda entre zero e três salários mínimos.

A Pro­Sol calcula que o consumo de energia para aque­cimento da água nessas casas seja reduzido em pelo menos 60%, o que representa um relevante aumento de renda para essas famílias.

A estimativa da empresa é de que os aquecedores solares economizarão no total de um ano mais de 1.600 MWh de energia elétrica. É o suficiente para abastecer integralmente pouco mais de 950 residências consumindo 145 kWh/mês e evitar a emissão anual de mais de 585 toneladas de CO2 na atmosfera do planeta.

Cada sistema possui capacidade de 200 litros, funcio­nando por circulação natural. A instalação foi realizada por equipes da Pro­Sol. A empresa possui o Selo Qualisol do Inmetro e Procel, que qualifica os fornecedores de serviços na área de aquecimento solar, conforme previsto no Termo de Referência do Programa Minha Casa Minha Vida da Caixa Econômica Federal.

Pro-Sol Indústria e Comércio de Produtos de Energia Solar LtdaAssociada do DASOL/ABRAVA desde 30/01/10Rua Dr. Ulisses Guimarães, 151 - Galpão H - Mauá – SPwww.prosolsolar.com.br

Aquecedores solares economizarão mais de 1.600 MWh de energia elétrica em um ano

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5Case Solar

Com capacidade para aque­cer 25.000 litros de água, o sis­tema de aquecimento solar do Maitei Posadas Hotel & Resort, inaugurado no final de 2010 na Argentina, é um projeto da Transsen Aquecedor Solar, in­dústria de Birigui (SP).

Complexo de categoria 4 estrelas, com 139 quartos, aca­demia, piscina, playground, restaurante e spa, o hotel está localizado em Posadas, capital da província de Misiones, uma das primeiras a sancionar lei de apoio ao uso de energias renová­veis na Argentina.

Segundo a Transsen, o maior desafio do projeto foi a abertura do mercado argentino para o uso da energia solar numa aplicação de grande porte, especialmente porque o preço do gás natural é muito baixo, já que é sub­sidiado pelo governo, e pelo fato de a energia solar não ser tão difundida na Argentina. No caso do Maitei Posadas, o uso do gás natural foi descartado porque, apesar do preço atrativo, não é distribuído na região.

A obra contou com dois sistemas de aquecimento de grande porte: um principal, com 160 coletores solares e quatro reservatórios de 5.000 litros cada, e outro secundário, com 40 coletores solares e dois reservatórios de 2.500 litros cada, totalizando 25.000 litros.

Os sistemas são automatizados e contam com aquecimen­to a gás como sistema de apoio ao solar. O projeto prevê uma economia anual de cerca de 70% em comparação a outras alternativas de energia.

Os coletores solares são da linha Itapuã da Transsen, fabricados em alumínio e cobre e com classificação A no Inmetro. Os reservatórios da Transsen são fabricados em aço inoxidável AISI 304 e recobertos com alumínio naval,

Hotel argentino usa sistema brasileiro para aquecer25 mil litros de água

resistente à corrosão. O isolamento interno é progressivo e feito com poliuretano rígido expandido, garantindo melhor desempenho do isolamento térmico.

De acordo com o cliente, os resultados são bastante satis­fatórios e a efetividade do sistema está alta, principalmente devido à alta radiação solar desta época do ano. A conquista da confiança do empreendedor local e os resultados posi­tivos que já estão sendo obtidos comprovam o sucesso do projeto e transformam­no em um importante precedente para fomentar o uso de energia solar nesse mercado de grande potencial.

Aquecedor Solar Transsen Ltda Associada do DASOL/ABRAVA desde 30/11/92

Rua Bento da Cruz, 127 – Birigui – SPwww.transsen.com.br

Transsen encara desafio internacional em obra de grande porte no Maitei Posadas Hotel & Resort

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Tendência: controladores mais simples e baratos para sistemas de aquecimento solar

A crise na indústria solar térmica europeia levou a uma inversão no mercado de controladores solares.

Modelos baratos e básicos para sistemas de aquecimento de água experimentam um renascimento em comparação com controladores de sistemas mais sofisticados.

Com informações daSun & Wind Energy 1/2011

Operária mantém máquina funcionando na produção de controladores

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dições de temperatura fornecem dados para o consumidor final. Alguns controladores podem ser utilizados com bom­bas de calor para determinar o coeficiente de desempenho.

A fabricante Technische Alternative acabou de lançar um dispositivo de medição que, baseado no consumo de energia elétrica e no fluxo de energia térmica, determina o coeficiente de desempenho diário, semanal e anual. Este dispositivo externo transfere estes dados para o controlador.

Medições tradicionais de fluxo usam geradores de impulsos como velocidade de rotação ou sensores de turbina. Muitos controladores solares novos também possuem entradas para sensores Vortex. Esses sensores medem, além do fluxo usando o princípio de Vortex, a temperatura média. O aspecto prático é que, como eles não custam muito e produzem uma baixa resistência, muitos fornecedores estão integrando o dispositivo diretamente em suas estações solares.

Alguns fornecedores também dão a opção de usar o sen sor RPS com seus controladores, o que permite medir a pressão e temperatura em paralelo. Estes dados podem ser usados, por exemplo, para determinar se o sistema está estagnando.

Os sistemas solares para aquecimento de ambientes tornaram­se cada vez mais populares nos últimos anos, especialmente na Europa Central, mas os sistemas solares térmicos para fornecer água quente ainda detêm a maior fatia do mercado.

Os novos controladores solares para sistemas de aque­cimento solar seguem a tendência de ser cada vez mais fle­xíveis. Eles não só controlam bombas convencionais, como também são equipados com saídas para bombas de baixo consumo de energia.

Os modelos de controladores solares mais básicos pos­suem somente duas entradas para sensores de temperatura. Isso permite que os dispositivos determinem a diferença de temperatura entre o coletor e o reservatório térmico, o qual fornece um parâmetro básico para o controle do sistema solar.

Os fabricantes usam principalmente entradas para sen­sores Pt1000 em seus controladores. Estes sensores possuem resistências de platina e cobrem uma ampla faixa de tempe­ratura, permanecendo muito estáveis ao longo do tempo. Contudo, são muito caros em comparação com sensores semicondutores NTC ou KTY.

Além da medição de temperatura, modelos mais sofis­ticados também oferecem entradas para medição de outros parâmetros. Os sensores de fluxo são particularmente inte­ressantes para sistemas de monitoramento, com os quais se pode descobrir se o ar no sistema está impedindo o correto fluxo do fluido.

Esses sensores de fluxo possibilitam também determinar a quantidade de calor que o sistema solar gera, indicando ao usuário se o equipamento está funcionando corretamente.

Por esta razão, um fluxímetro de calor já vem instalado na maioria dos controladores solares. Os consumidores finais podem visualizar diretamente nos controladores os dados da energia gerada pelo sistema e também armazenar seus valores. Adicionalmente, muitos controladores fornecem também cartão de memória que permite que os dados sejam facilmente transferidos para um computador.

Não é somente nos sistemas solares térmicos que as me­

Medindo a radiação solar

Sensores de radiação fornecem melhores possibilidades para monitorar sistemas solares térmicos. Com a ajuda deles, o controlador pode determinar se a bomba solar realmente começa a trabalhar quando o Sol brilha. Além disso, pos­sibilita comparar se a quantidade de calor absorvida oscila dentro de uma faixa plausível em relação à radiação diária.

Contudo, sensores de radiação e o software usado para avaliação dos dados implicam em custos adicionais que afastam muitos consumidores finais, os quais buscam sis­temas mais baratos.

Por esta razão, existem poucos controladores solares básicos com este recurso. Sensores de radiação são mais

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interessantes em sistemas maiores e complexos, onde os custos adicionais são relativamente insignificantes quando comparados com o sistema todo.

A Technische Alternative está procurando aliviar os instaladores dos trabalhos com fiação: incluiu o sensor de radiação em sua linha de produto que transmite os valores das medições sem a utilização de fios. Os dados de medições para temperaturas internas também podem ser transmitidos sem fio.

A empresa prioriza serviços prediais e oferece também sensores para medições de pressão, umidade do ar, chuva e vento. Atualmente, está trabalhando em sensores de oxi­gênio para controlar a qualidade da combustão de caldeiras de biomassa e sensores de CO2 para monitoramento da qualidade do ar de ambientes internos.

Assistentes sofisticados para auxílioà programação

Os melhores equipamentos e softwares de controle pouco ajudam se o instalador não for capaz de configurar adequa­damente a programação do dispositivo. Quem tem tempo para estudar manuais de operação tão extensos?

A fim de contornar este dilema, especialistas em con­troladores estão equipando seus dispositivos com comis­sionamento assistente que, além de instalar o software no computador, orienta os usuários através das diferentes possibilidades de configuração.

A maioria dos controladores são capazes de retratar esquemas hidráulicos do sistema com todos os sensores e componentes. Fabricantes como Steca ou Seltron auxiliam o usuário com diagramas animados.

Controladores com tela de instruções que mostra o texto completo de funções e configurações também têm suas desvantagens. Se a intenção é vender os dispositivos em vários países, as descrições devem ser explanadas em várias línguas. Inglês, francês, alemão, italiano e espanhol são os idiomas mais utilizados pelos fabricantes. A empresa Watts

pretende adicionar três idiomas este ano. A Technische Alternative oferece o texto também em línguas da Europa Oriental, como tcheca, húngara e polonesa. Outros fabri­cantes oferecem outros idiomas de acordo com a demanda do cliente.

A facilidade de utilização implica em entradas simpli­ficadas. Aqueles que têm de ficar procurando, entrando, mudando páginas e se desdobrando com o objetivo de encontrar a função desejada irão preferir entrar no mínimo de funções possíveis. Instruções com navegação de menu, a mesma utilizada em telefones celurares, facilita a operação e permite um uso mais intuitivo. A Resol e Prozeda utilizam estes recursos em seus dispositivos.

O controlador de sistemas SC600, lançado pela Prozeda dois anos atrás, torna as coisas ainda mais convenientes para os usuários: ele tem uma tela sensível ao toque que pode ser instalada separadamente do controlador atual.

Mesmo se o controlador realiza seu trabalho a partir de um canto escuro do porão, o operador pode supervisionar as coisas do conforto de seu escritório.

Fontes chaveadas no lugarde transformadores

Que outras inovações existem para controladores usados em sistemas solares térmicos de água quente? A Brahma lançou o controlador com circuito duplo RS02. Quando questionada sobre as melhorias feitas, a responsável pelo Marketing, Daniele Verzola, foi sucinta: “Fácil e barato!”

O Allegro Easy da Sonder também faz jus ao seu nome: seu dispositivo facilita a instalação desde que seja equipado com uma tomada padrão de 230V para conectar a bomba. A Sonder inovou ao embutir o equipamento elétrico na parede e não instalar sobre a parede.

O último controlador da Seitron também está embu­tido em uma nova estrutura com dois terminais extras. A empresa lançou uma interface RS que permite conectar o controlador a um computador, outra opção para facilitar o

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9Tecnologia

monitoramento do sistema. O uso de alimentação de 12V é uma novidade interessante, pois permite a utilização de eletricidade fotovoltaica.

Com seu Deltasol BS, a Resol não mudou somente seu hardware, mas também implementou diversas funções novas em seu software. Como exemplo, opção de dreno reverso e desinfecção térmica.

Controle para sistemas de apoio: mais que solar

A Resol utiliza máquinas SMD em sua produção

Quase todas as funções agora contêm esquemas hidráu­licos pré-configurados, que os instaladores podem escolher. Contudo, mais opções são sempre melhores? Ou piores? Aqui, as opiniões são divididas. Os puristas se concentram na tecnologia solar pura enquanto os generalistas dão a

Atualmente, várias empresas equipam seus dispositivos

com interfaces Ethernet, o que possibilita a transmissão

remota de dados.

A EMZ, por sua vez, implantou uma ferramenta especial em seu Smart Sol. O controlador é capaz de incorporar o sistema de água doce AQA Solar da BWT Wassertechnik, que descalcifica a água potável usando trocador de íons.

A empresa alemã Esaa Böhringer GmbH utiliza um algoritmo de controle especial. A diferença de temperatura entre o coletor e o reservatório térmico é modulada de acordo com a temperatura de abastecimento do coletor.

De acordo com o chefe da empresa, Volker Böhringer, isso aumenta o rendimento solar porque a bomba do circuito solar só liga se a energia alimentada no trocador de calor, através de seu abastecimento, for maior que aquela extraída do retorno do trocador de calor.

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seus dispositivos funções compreensivas para o sistema de aquecimento todo.

Contudo, os sistemas disponíveis são relativamente simples com modelos básicos para sistemas solares de água quente. As coisas se tornam complicadas com controladores multicircuito, os quais vão desde um conjunto coletor com um reservatório térmico até sistemas com vários reservatóri­os, vários conjuntos de coletores ou válvulas de comutação de carga estratificada.

Estes sistemas básicos podem, por sua vez, ser expandi­dos com funções do aquecimento auxiliar para o aumento da circulação e temperatura do retorno. A Technische Al­ternative fornece equipamentos que permitem mais de 64 versões de sistemas.

Funções programáveis oferecem benefícios. A empresa Sonder fornece para seus clientes um software aberto, chamado OpenSonder, que permite o ajuste do esquema hidráulico e as funções do respectivo controlador de acordo com as necessidades.

Controladores com sistemas modulares

No entanto, em muitos casos, não é preciso possuir todas estas opções. Já existem sistemas onde o conceito de mestre/escravo de circuito controlador triplo pode ser combinado com um controlador mestre, com até três módulos de ex­pansão, sendo que cada um tem outras três saídas.

Dados on-line

Medir o volume de calor, analisar erros e armazenar dados é uma coisa. Mas transmitir esses dados para os usuários, para que eles possam compreendê­los, é outra.

Depois disso, quem faz visitas regulares às salas da cal­deira para manter um controle sobre as coisas?

Se os proprietários não vão até o porão ou telhado, os dados armazenados têm que chegar até eles.

Ultimamente, muitos controladores utilizam rede WLAN e internet ­ funções que não há muito tempo foram incorpo­radas para preservar os sistemas.

Quando se trata de exibir os dados, os provedores ado­tam abordagens diferentes.

Tudo isso para que consumidores finais possam visuali­zar via internet seus respectivos dados do sistema ou instalar uma moldura digital para receber os dados diretamente do roteador. Com controladores lançados recentemente, os instaladores conseguem monitorar os sistemas de suas mesas e intervir quando necessário.

Atualmente várias empresas equipam seus dispositivos com interfaces Ethernet. Com esse recurso, alguns permitem que as atualizações sejam transferidas via internet para os dispositivos.

Parece, portanto, que o mercado de controladores está à deriva em duas direções: uma linha é o aumento da deman­da para o barato e fácil; por outro lado, dispositivos cada vez mais complexos continuam a ser produzidos e podem controlar os serviços do edifício inteiro de uma única fonte, permitindo a transmissão de dados remotos e oferecendo monitoramento do sistema. O mercado irá determinar o caminho que irá prevalecer.

Tradução: Ronaldo Yano Toraiwa (engenheiro do DASOL)

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11Tecnologia

Controladores digitais no mercado brasileiro

No Brasil, a Full Gauge Controls também disponibi-liza uma linha voltada para aquecimento solar. Um dos grandes destaques fica por conta do Wall Link, interface onde é possível acessar remotamente todas as infor-mações e configurações dos instrumentos Microsol II power e o Microsol II plus de maneira fácil e rápida.

O Microsol II power e o Microsol II plus são Contro-ladores Digitais de Temperatura (CDT´s) que tornam simples o gerenciamento da temperatura da água em piscinas e reservatórios térmicos. Ambos contam com três sensores e atuam no comando da bomba de circulação de água. Possuem funções que impedem o superaquecimento e o congelamento da água nas tubulações.

As suas duas saídas para apoio podem ser elétricas, a gás, a diesel ou para o usuário programar a filtragem da piscina. Além disso, contam com um programador

O núcleo do controlador é montado automaticamente na Sorel

horário em tempo real que permite a configuração de uma agenda semanal de até quatro eventos diários e uma bateria interna permanente para garantir o sincronismo do relógio, mesmo na falta de energia, por muitos anos.

O diferencial no Microsol II power está em seus potentes relés (dois de 16A e um de 30A) que podem comandar diretamente (sem contatores) motores de até 1HP e resistências elétricas de até 7.500W, pro-porcionando ao usuário economia e praticidade na instalação.

Para maior comodidade do usuário final e até mesmo do instalador, a Full Gauge Controls disponibi-liza gratuitamente um software de gerenciamento via internet chamado Sitrad. Com ele é possível monitorar e alterar os parâmetros de uma instalação de qualquer lugar do mundo, através do computador ou celular.

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4 Notícias do DASOL

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Produção de coletores cresceu 21,1% em 2010

Em 2010, a produção brasileira de coletores solares cres­ceu 21,1% em relação ao ano anterior, conforme pesquisa realizada pelo Departamento de Aquecimento Solar (DA­SOL) junto às empresas associadas. Foram produzidos 967 mil m2 , o maior volume anual já registrado.

Com esse volume, a área acumulada de aquecedores solares no Brasil chegou a 6,24 milhões m2. Para o DASOL, o crescimento da produção é resultado do fortalecimento das ações de eficiência energética e da utilização de fontes limpas de energia, como o aquecimento solar.

Além das placas de coletores, a pesquisa também abran­geu os reservatórios térmicos, componente igualmente im­portante dos sistemas de aquecimento solar. Em 2010 foram fabricadas 123 mil unidades de reservatórios, que equivalem a um volume de armazenamento de 45,2 milhões de litros.

Ainda segundo a pesquisa, as vendas de sistemas de aquecimento tiveram maior concentração na região Su­deste, com 75,7%. Outros destaques foram as regiões Sul e Centro-Oeste, respectivamente com 10,5% e 9,3% do volume de vendas.

Evolução do Mercado de Aquecimento Solar Brasileiro

Mercado 13

Crescimento supera expectativa do setor de aquecimento solar

O crescimento superou as expectativas iniciais das em­presas em 2010. Inicialmente, 45% das empresas esperavam crescimento entre 10% e 20%, mas a pesquisa revelou que para 70% das empresas o aumento de produção ultrapassou os 20%. Para 2011, a maioria dos fabricantes espera cresci­mento de até 20%.

Volume de vendas por região em 2010

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“É importante que os municípios estimulem o uso de sistemasde aquecimento solar”

Bruno Covas, secretário estadual do Meio Ambiente (SP)

Entrevista14

A energia solar é um importante aliado na redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. Nesta entrevista exclusiva à Sol Brasil, o secretário Bruno Covas fala sobre os projetos e ações desenvolvidos ou apoiados pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo para atingir a meta de 20% de redução dessas emissões.

Deputado estadual reeleito com a maior votação em 2010, Bru­no Covas, de 30 anos, traz para a Secretaria do Meio Ambiente sua experiência política para conduzir o Esta­do pelos caminhos da sustentabilidade.

Entre as ações para atingir a meta ambien­tal, o secretário destaca o uso da energia solar nas habitações cons­truídas pela CDHU e o Programa Estadual de Construção Civil Sustentável. Bruno Co­vas ressalta também a Política Estadual de Mudanças Climáticas, que prevê incentivos econômicos e fiscais para projetos e produ­tos que promovam a redução das emissões de carbono.

SOL BRASIL – Que setores, tecnologias e ações a Secretaria Estadual do Meio Ambiente considera prioritários para atingir a meta de redução de 20% nas emissões de carbono no Estado?

Bruno Covas ­ A prioridade deverá ser com relação ao setor energético, que engloba, entre outros, a construção

civil e os transportes, principalmente no que tange ao modal rodoviário, ainda predominante no Estado e que representa um grande volume de emissões. Outro foco é o setor agropecuário, por causa das emissões da pecuária e do desmatamento.

SOL BRASIL - Com quais ações e mecanismos o Governo do Estado preten-de motivar e conscientizar empresas e cidadãos para atingir essa meta?

Bruno Covas – Inicial­mente, a ideia é diagnos­ticar a situação atual, que será obtida com a Comu­nicação Estadual. Os pró­ximos passos são: definir padrões de desempenho ambiental para itens es­tratégicos (sistemas de iluminação, de aqueci­mento e refrigeração, e veículos automotores); criar padrões de referên­cia de emissão a serem observados nos processos de licenciamento; esta­belecer incentivos para projetos que promovam a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e de programas de educação ambiental sobre mudanças climáti­cas. Portanto, são ações de comando e controle

somadas a ações de sensibilização e incentivos econômicos.

SOL BRASIL - Zelar pelo meio ambiente significa interagir com vários setores. Quais são os projetos e programas de destaque da Secretaria do Meio Ambiente junto às áreas de habitação e da construção civil?

Bruno Covas - Com relação especificamente à área de

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Entrevista 15

habitação, a Companhia de Desenvolvimento Habitacio­nal e Urbano (CDHU) tem adotado medidas de eficiência energética nas habitações de interesse social, com destaque para o emprego da energia solar para aquecimento de água.

Já a Secretaria do Meio Ambiente (SMA) ficou incumbida de implementar o Programa Estadual de Construção Civil Sustentável, por meio da divulgação de diretrizes a serem observadas nos projetos de obras e serviços de engenharia a serem contratados pelo poder público.

Nestes estão incluídas me­didas de eficiência energética, acessibilidade e mobilidade, redução do consumo de água, uso de materiais e sistemas construtivos de menor impacto ambiental, destinação adequa­da de resíduos e verificação do atendimento dos mesmos crité­rios por parte dos fornecedores.

SOL BRASIL - O setor da construção civil tem papel fun-damental na concepção de prédios sustentáveis e moradias. Está prevista alguma política de incentivo ou de obrigatoriedade nesse aspecto?

Bruno Covas ­ Como já mencionado, a Secretaria do Meio Ambiente implementará esse Programa de Construção Civil Sustentável, que corresponde a algo voltado para as obras

públicas, com caráter de obrigatoriedade. Assim, a partir do momento em que a SMA divulgar as

diretrizes para atendimento do Programa, todos os órgãos da administração estadual estarão obrigados a segui­las, exceto nas hipóteses em que isso não for possível técnica ou economicamente. A ideia é estimular o setor da constru­ção como um todo a adotar esses padrões não apenas em

obras públicas, mas também privadas.

Há, ainda, a previsão de in­centivos econômicos para a área da construção civil sustentável, especialmente para pequenas e médias empresas que inserirem os critérios socioambientais em seus procedimentos. Isso já está sendo feito, por exemplo, por meio da linha de financiamento Economia Verde, desenvolvida por meio de uma parceria entre a SMA e a Nossa Caixa Desen­volvimento.

SOL BRASIL - Como novos empreendimentos habitacionais podem contribuir para a meta de redução das emissões de carbono?

Bruno Covas ­ Especialmente por meio da redução do consumo de energia e do correto gerenciamento dos resíduos sólidos. Além disso, quando há um planejamento adequado, esses empreendimentos devem ser executados em áreas

“A redução proporcionada pelos aquecedores solares reduz

a necessidade de instalação de novas usinas, o que evita a

inundação de áreas imensas e a remoção de centenas de famílias”

Programa da SMA prevê diretrizes para construção sustentável

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Entrevista16

com alto nível de empregabilidade, evitando que as pessoas tenham que se deslocar, o que diminui, por consequência, o volume de circulação de veículos e suas emissões.

SOL BRASIL - Como o aquecimento solar de água pode ajudar na redução de gases de efeito estufa?

Bruno Covas ­ O aquecimento solar de água contribui na medida em que o consumo de energia é reduzido de forma considerável, utilizando­se uma fonte abundante e não poluente que é o sol. Assim, mesmo se considerarmos que a matriz energética do País seja “limpa” por ser basicamente de fonte hidroelétrica, a redução proporcionada pelos aquecedo­res solares reduz a necessidade de instalação de novas usinas, o que evita a inundação de áreas imensas, inclusive de flores­tas – sumidouros naturais de CO2 – bem como a remoção de centenas de famílias.

SOL BRASIL - Na busca de sustentabilidade, vários setores da economia paulista serão dina-mizados. Como estes setores podem ser motivados para buscarem a sustentabilidade?

Bruno Covas ­ Atualmente, vivemos um momento de transição para uma economia de baixo carbono. Chegare­mos a um ponto em que as empresas que não estiverem adequadas e inseridas nesse novo conceito passarão a não ter mais mercado, deixando, inclusive, de existir. Essa é uma tendência global, especialmente percebida nos países mais desenvolvidos e que vem sendo observada, ainda que de forma lenta e gradual, nos países em desenvolvimento. Portanto, essa alteração nos padrões serve, por si só, como um estímulo para as mudanças por parte das empresas e dos setores da economia.

SOL BRASIL - O Governo pretende desenvolver mecanismos de desoneração de impostos para empresas cujos produtos sejam

destinados à geração de energia limpa, como os coletores solares?Bruno Covas ­ Existe previsão no regulamento da Política

Estadual de Mudanças Climáticas de incentivos econômicos e fiscais para projetos e produtos que promovam a redução das emissões de GEE. Foi criado o Programa de Incentivo Econômico à Prevenção e Adaptação às Mudanças Climáti­cas, junto à Secretaria da Fazenda, e o Programa de Crédito à Economia Verde, junto à Nossa Caixa Desenvolvimento, conforme já mencionado anteriormente.

SOL BRASIL - A construção civil e habitação são fortemente en-volvidas na questão ambiental. A CDHU tem como padrão a entrega de conjuntos habitacionais dotados de sistemas de aquecimento solar de água. Como tornar essas prá-ticas de sustentabilidade perenes e voluntárias, independentes de ações do Governo?

Bruno Covas ­ Isso depende da conscientização da popu­lação, que deverá se dispor a gastar um pouco mais na fase

de projeto e construção, a fim de obter uma economia dura­doura ao longo da vida útil do empreendimento.

Como envolve questões urbanísticas, por se tratar de um tema prioritariamente municipal, é importante que os municípios implementem políticas para incentivar a uti­lização de sistemas de aquecimento solar, como inclusive foi feito pela Prefeitura de São Paulo. Além disso, o custo desses equipamentos tende a diminuir conforme a demanda aumenta, o que os tornará cada vez mais atrativos.

SOL BRASIL - A OIT considera o setor de aquecimento solar como um grande empregador num futuro próximo. Há disposição do Governo em promover, nas FATECs e ETECs, cursos para formação e capacitação de jovens para o novo mercado ligado às energias limpas e ao meio ambiente?

Bruno Covas ­ Acreditamos que sim. Como a questão am­biental é um tema transversal, há diálogo permanente com

“Chegaremos a um ponto em que as empresas que não

estiverem adequadas ao conceito de economia de baixo carbono

passarão a não ter mais mercado, deixando, inclusive, de existir”

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17Entrevista

“A Lei Solar da cidade de São Paulo corresponde a uma forma relativamente simples de incentivar o uso de SAS nas edificações”

os mais variados setores e pastas do Governo. Investir na chamada economia verde, formação e geração de emprego, é, além de política de governo, caminho natural.

SOL BRASIL - Como o Sr. avalia a eficiência de mecanismos como a Lei municipal 14.459/2007, regulamentada pelo Decreto 49.148/2008, para disseminar o uso de aquecimento solar em novas edificações na cidade de São Paulo?

Bruno Covas ­ A chamada Lei Solar, do Município de São Paulo, representou uma inovação, já observada em diversas cidades brasileiras e em outros países, e corresponde a uma forma relativamente simples de incentivar o uso de sistemas de aquecimento solar em edificações.

Como a lei é relativamente recente, só poderemos avaliar seu grau de eficiência quando comparado às técnicas comuns de aquecimento daqui a alguns anos. Porém, é inegável que a utilização desse sistema resulta em grande economia no consumo de energia, especial­mente em horários de pico.

SOL BRASIL - Muitos municípios paulistas possuem leis que incentivam o uso de aquecimento solar. No Estado de São Paulo, a Lei 326/2007 dispõe sobre a instalação de sistema de aquecimento de água por energia solar em edi-fícios públicos. Esse será um caminho para novas práticas no serviço público?

Bruno Covas ­ Mais do que estipular novos pa­drões para as obras públicas, é importante checar sua adequação e grau de necessidade. Se pensar­mos em prédios que abrigam repartições públicas,

por exemplo, é importante levar em consideração que os funcionários não tomam banho em seus locais de trabalho, portanto, a instalação de sistema de aquecimento solar não seria uma prioridade.

Já em uma escola pública, a medida é mais adequada, especialmente nos casos de escolas de tempo integral, em que os alunos tomam banho em algum momento do dia. Em conjuntos habitacionais, a medida é muito bem­vinda.

Nos presídios, não há que se falar em água quente, ex­ceto para utilização em cozinhas e enfermarias. Portanto, mais importante do que obrigar a instalação de sistemas de aquecimento de água por energia solar em prédios públi­cos é verificar a sua real necessidade e adequação aos usos daquela edificação.

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Mundo Verde18

A tecnologia de Sistemas de Aquecimento Solar (SAS) já é madura, mas sua difusão permanece abaixo do seu poten­cial. Além da falta de informações técnicas sobre as várias possibilidades de aplicação e das vantagens econômicas e ambientais dessa tecnologia, principalmente junto aos enge­nheiros e arquitetos da construção civil, a principal barreira reside no investimento inicial, que supera as possibilidades financeiras das pessoas interessadas.

Em vários países (Israel, Chipre, Grécia, Áustria) o SAS compete diretamente com os outros sistemas de aquecimen­to tradicionais, mas a aceitação dessa tecnologia sempre foi fruto de programas de incentivo.

Os primeiros programas governamentais de fomentação de SAS no mundo foram introduzidos depois da crise de petróleo, para reduzir a sua demanda e assegurar uma in­dependência energética. Além dessas razões ainda válidas, outras motivações estimulam hoje o interesse por SAS: dimi­nuir os picos de consumo de energia, reduzir a emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa, oferecer acesso à energia em áreas remotas e estimular o uso de energias renováveis.

Existem várias formas de incentivos, sendo as mais co­muns os subsídios diretos (Alemanha, Áustria, Japão) e os incentivos através de reduções fiscais (Grécia, França, Itália) que podem ser diretas (impostos de renda, impostos sobre sociedades) ou indiretas (Imposto sobre o Valor Agregado). O objetivo, em ambos os casos, é diminuir o investimento inicial e o tempo de reembolso.

Outra medida que se provou útil é a regulamentação por lei (Israel em 1980, Espanha e Portugal em 2006 e Grécia em 2009). Essas diferentes medidas foram às vezes combinadas com a possibilidade de se fazer empréstimos a juros baixos para facilitar o acesso de famílias de baixa renda ao crédito.

A experiência de fomentoà energia solar térmicamundo aforaMelisa Cran, Ricardo Kuelheim, Andreas Nieters – GIZ *

Legislação e programas de incentivo ajudaram a difundir a tecnologia solar

Alemanha: líder europeucom subsídios diretos

Com 1.619.800 m² de coletores solares instalados em 20091 e um parque solar de 12.899.800 m², equivalente a 9.029,9 MWth, a Alemanha domina (40,4%) o mercado europeu, apoiado pelo seu ambicioso programa de subvenção direta chamado MAP (“Marktanreizprogramm”2). Em 2009, o programa disponibilizou 426 milhões de euros3 para aque­cimento e refrigeração solar, bombas de calor e caldeiras de biomassa, o que originou investimentos de três bilhões de euros da parte do setor privado naquele ano.

O programa, lançado em 1999, oferecia uma ajuda de 60 €/m² de coletores instalados e 105 €/m² para sistemas com­binados de energia solar (Combisystem), utilizados tanto para o aquecimento de água quanto para a climatização do ar ambiente. O incentivo financeiro permite cobrir em torno de 15% do investimento iniciali. Desde 2009, para receber ajuda financeira do governo, o equipamento escolhido deve obrigatoriamente apresentar o selo de qualidade europeu KeyMark, o que garante a difusão de uma tecnologia de alta qualidade.

Entretanto, um dos desafios do programa tem sido man­ter um nível constante de financiamento. Em maio de 2010, os subsídios do MAP sofreram cortes drásticos, o que pro­vavelmente terá um impacto significativo sobre o mercado, dado que as vendas sempre estiveram correlacionadas com o nível de subsídios.

* GIZ: Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Deutsche Gesellschaft fürInternationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbHAndreas Nieters, Coordenador de Eficiência Energética do Programa Energia Brasil-Alemanha, GIZ; Ricardo Külheim, Assessor técnico; Melisa Cran, Esta­giária.

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Instalação na Viação Vila Galvão - SP

1 Conforme o ZSW (Centro de pesquisa alemão para Energia Solar e Hidrogênio Baden-Württemberg)2 Programa de Incentivos de Mercado3 http://www.solarthermalworld.org/node/1194i 2006 ESTIF Financial Incentives for Solar Thermal

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Grécia: um mercado sustentávelgraças aos incentivos fiscais

Segundo o relatório de maio de 2010 da EurObserv’ER, o observatório de energias renováveis da União Europeia, a Grécia ocupa o terceiro lugar na Europa em área instalada acumulada de SAS depois da Áustria (4.076.200 m² em 2009). O crescimento do mercado de SAS começou nos anos 80: como fatores essenciais para esse sucesso podem ser iden­tificadas as intensas campanhas de divulgação destinadas ao setor da construção e capitaneadas pela Associação de Indústria Solar Grega (EBHE) em 1984 e 1986, assim como a promoção de SAS mediante incentivos fiscais em duas fases, o que permitia uma redução dos custos de investimentos em até 40% mediante a declaração de impostos4.

Apesar do corte dos incentivos fiscais em 2003, o merca­do manteve um crescimento estável até 2009, quando caiu em 31%5 em relação ao ano anterior, devido à grave crise econômica que atingiu a Grécia. Em uma nova tentativa de reanimar o mercado, uma nova lei (de janeiro de 2011) obriga novos prédios a cobrir pelo menos 60% da demanda de água quente com energia solar térmica.

França: a importância de umaexigência de qualidade

Para incentivar o desenvolvimento do SAS na França, além de incentivos regionais, o governo francês organizou entre 2000 e 2008 um programa nacional, o “Plan Soleil” (Pla­no Sol), de estímulos financeiros, coordenado pela Agência de l’Environment e de la Matrize Energetique (ADEME). O programa propõe incentivos ao uso de sistemas de aqueci­mento solar para famílias, prédios residenciais, hospitais, hotéis etc.

O programa começou distribuindo subsídios diretos para uso doméstico, mas a partir de 2005, o sistema se baseou em incentivos fiscais de 40% sobre o custo dos equi­pamentos, uma taxa que aumentou para 50% em 2006. Essa iniciativa nacional, em conjunto com o suporte oferecido por iniciativas regionais, contribuiu para coordenar a forte

demanda, assegurando assim o desenvolvimento susten­tável do mercado.

O “Plan Soleil” se destaca por ser o primeiro programa a incluir uma exigência de qualidade dos serviços de instala­ção e pós­venda, por meio do programa francês “Qualisol”. Para que uma instalação de SAS se qualifique para o suporte financeiro, os instaladores devem participar do programa “Qualisol” e receber a respectiva certificação. Essa medida oferece aos usuários uma garantia sobre a qualidade do SAS, desde a concepção do projeto, até a instalação e manutenção do equipamento, o que contribui para uma opinião pública positiva sobre a tecnologia.

Em 2009, depois de 10 anos de crescimento ininterrupto, o mercado dos SAS para habitações individuais desacelerou, o que levou a um novo programa de subsídios diretos de 1 bilhão de euros, divididos em 3 anos, chamados de “Fonds de Chaleur”, para os setores de habitações multifamiliares e terciário.

Espanha: uma legislação de sucesso

A Lei Solar de Barcelona, que entrou em vigor em 2000, foi um importante impulso para o mercado de SAS, tanto que se converteu em um modelo a ser seguido dentro e fora das fronteiras do país.

Esta lei obriga todos os novos edifícios (residenciais e comerciais, hospitais e ginásios), cujo consumo de água quente supere os 292 MJ, a gerar no mínimo 60% da sua energia a partir da tecnologia solar. Nenhum subsídio foi distribuído, mas a possibilidade de obter empréstimos a juros baixos (6-8% ao invés de 14-18%) ajudou a consolidar a lei solar. Em um prazo de 5 anos depois da implementação da lei, Barcelona multiplicou por 20 a participação da energia solar térmica per capita6.

Esse modelo foi reproduzido e incorporado, em 2009, ao Código Técnico de Edificação (CTE) do país. O CTE foi a origem de 332.000 m² dos 402.000 m² instalados em 2009 em toda a Espanha.

4 2006 GTZ , International Experiences with the Promotion of Solar Water Heater5 2010 de Eurobserver6 2007, ESTIF, Best practice regulations for solar thermal

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Austrália: certificados verdes

Existe também a possibilidade de os fundos disponíveis não advirem do orçamento público, pago pelos contribuin­tes, senão pelos que usam combustíveis convencionais. Esse modelo é muito comum no mercado de eletricidade e uma experiência similar foi concluída na Austrália através do “Renewable Energy Bonus Scheme”.

Esse sistema, lançado em 2001, disponibiliza Certificados Verdes (antigamente chamado REC ­ Renewable Energy Certificate-Certificado de Energia Renovável, e agora deno­minado STC - Small-scale Technology Certificate-Certificado de Tecnologia de Pequena Escala) para quem compra um sistema de aquecimento solar. A quantidade de certificados verdes obtida depende do volume de gases de efeito estufa evitado com a troca do antigo sistema pelo SAS.

Os certificados obtidos pelo comprador podem ser vendidos às concessionárias, que são obrigadas a comprar uma parte da sua eletricidade de fontes de energia reno­vável. Assim, o certificado verde é um produto cujo valor de mercado é variável e que permite ao comprador de SAS diminuir seu investimento inicial.

México: hipoteca verde

Um exemplo interessante de resultados associados a in­centivos financeiros pode ser observado no México. Em 2007 a Agência Nacional para a Eficiência Energética (CONUEE) anunciou o programa para a difusão de painéis solares para aquecimento de água (Promoción de Calentadores Solares de Agua en México Procalsol, PROCASOL). O objetivo do PROCASOL é aumentar a área instalada de coletores solares em 1,8 milhão de m2 em um período de 5 anos (2008-2012).

Após vários anos de estagnação, com crescimentos fixos de mercado em um nível de aproximadamente 100.000 m2 incrementais anuais, o programa começa a trazer os primei­ros frutos. De acordo com a Associação Nacional de Energia Solar do México (ANES), o mercado tem crescido em um ritmo acelerado nos últimos três anos, com um crescimento médio de 27%.

O PROCASOL prevê entre outras medidas o suporte à implementação das chamadas “hipotecas verdes”. Inicial­mente financiadas pela Infonavit (órgão mexicano que oferece créditos para mutu­ários de baixa renda), as hipotecas verdes representam um crédito adicional com condições favoráveis, facilitando assim financiamento de tecnologias sustentá­veis, incluindo coletores solares. Desta forma, a barreira dos altos custos iniciais é superada.

O PROCASOL conta com apoio da Co­operação Alemã para o Desenvolvimento - Deutsche Gesellschaft für Internationale

Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, sob encomenda da Interna­tional Climate Initiative (IKI) do Ministério Alemão do Meio Ambiente (BMU).

No Brasil

O governo brasileiro também demonstra grande interesse na difusão da tecnologia em distintas regiões do país. En­tre as diferentes ações se destaca o Programa Minha Casa, Minha Vida, desenvolvido pela Caixa Econômica Federal (CEF), que incentiva a inclusão de projeto de Sistemas de Aquecimento Solar em empreendimentos habitacionais de interesse social.

Face aos benefícios da energia solar na redução dos impactos ambientais, preservação dos recursos naturais e redução de emissões, em 2009 houve a criação de um Grupo Técnico de Energia Solar Térmica (GT SOLAR) que reúne vários atores institucionais, como o Ministério de Meio Ambiente (MMA), o Ministério de Minas e Energia (MME), a CEF e atores do setor, tais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ABRAVA, Eletrobras/Procel e GIZ, no âmbito da acima mencionada International Climate Initiative (IKI).

Esse grupo trabalha para o aumento do uso de SAS em diferentes áreas (habitação, indústria, comércio) e várias regiões no país. Sua meta é atingir o patamar de 15 milhões m² de coletores solares até o ano de 2015 (em 2010, superou os 6 milhões m2). Dentre suas diferentes ações, o grupo tem levado à discussão os modelos apresentados, estudando uma orientação para o Brasil definir o seu caminho de in­centivo e fomento ao SAS.

Fatores de sucesso

Todas as medidas apresentadas têm vantagens e desvan­tagens. Porém, dentre as diferentes experiências internacio­nais se destacam alguns fatores de sucesso.

O principal fator de sucesso é a continuidade do incen­tivo. Por um lado, uma política descontínua desanima a indústria a investir no longo prazo. Por outro lado, o anúncio de futuros novos, ou maiores, incentivos tem uma tendência negativa sobre o mercado, fazendo com que investidores reduzam os investimentos até o lançamento de novas cam­

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Instalação no bairro da Mangueira, Rio de Janeiro

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Capacidade incremental instalada

panhas de incentivo.Atrelada a isso está a disponibilidade de recursos. Na

maioria dos casos, os incentivos provêm do orçamento público. Os orçamentos devem sem planejados no longo prazo, assegurando assim a continuidade do programa de incentivo. Em casos de cortes no orçamento, a continuidade do incentivo pode ser assegurada por meio de incentivos alternativos (por exemplo, redução de impostos).

Merece destaque aqui também a estabilidade dos agen­tes responsáveis pelo incentivo. A experiência mostra que diferentes agentes podem assumir esse papel (agências de energia, autoridades nacionais, regionais ou locais, bancos de desenvolvimento). Além da estabilidade, esse ator deve ter comprometimento com o objetivo do programa e asse­gurar que os recursos sejam dedicados estritamente à sua devida finalidade.

Além do mais, são necessários procedimentos simples e ágeis de financiamento. Procedimentos administrativos complicados e lentos tendem a influenciar significativamen­te os resultados de instrumentos de apoio à energia solar tér­mica. A maioria dos usuários finais adquire um SAS quando o equipamento antigo de sistema de aquecimento para de funcionar ou está obsoleto. Portanto, um procedimento que não permita uma reposição rápida estará invariavelmente comprometido.

Cada modelo tem a sua vantagem: subsídios diretos não requerem o tempo de espera até a próxima declaração de impostos, enquanto reduções de impostos dispensam o

Mundo Verde 21

tempo de espera para a validação da solicitação de subsídios. Além do mais, a experiência internacional mostra que

para obter sucesso nos programas de incentivos ao uso da energia solar térmica são necessárias ações complementares, que assegurem a interação entre os principais agentes do se­tor e garantam a qualidade dos produtos disponíveis, assim como a avaliação regular do desenvolvimento do mercado.

Para tal é importante viabilizar uma rede ativa de comu­nicação entre todos os principais atores do mercado, como a indústria, o setor da construção e o poder público, para a difusão da tecnologia e para poder avaliar de maneira contínua o desenvolvimento do mercado (ao exemplo do GT de Energia Solar Térmica).

A fim de avaliar os impactos gerados pelos programas de incentivos e poder discernir os benefícios gerados por cada medida, é necessário o monitoramento constante dos resultados dos programas. Um monitoramento acompa­nhado por especialistas do setor possibilita também que as medidas sejam ajustadas e aprimoradas, aumentando assim os impactos esperados.

Por fim, é importante a definição e regulamentação de leis ou de normas de qualidade para os equipamentos co­mercializados, impedindo assim a difusão de produtos de baixa qualidade, o que teria um impacto negativo sobre a opinião pública. Esse aspecto é especialmente relevante nos mercados em que o uso da energia solar térmica é compul­sório (Espanha, Israel), uma vez que as construtoras não têm incentivos para a aplicação de sistemas de alta qualidade.

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Notícias do Dasol22

Seis empresas associadas (*) ao DASOL/ABRAVA par­ticiparam como expositoras da Feicon Batimat 2011, maior feira da construção da América Latina, realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Entre os dias 15 e 19 de março, as empresas do setor de aquecimento solar tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos e ino­vações e desenvolver novos negócios durante o evento que recebeu 150 mil visitantes.

A razão dessa presença na Feicon se deve ao forte vín­culo da construção civil com o setor de aquecimento solar. A Feicon tem a capacidade de despertar clientes, constru­toras e incorporadoras para os benefícios da energia solar e promover projetos e vendas. Existe uma nítida percepção da crescente demanda de consumidores que já consideram as vantagens da tecnologia solar na construção ou reforma de seus imóveis. A energia solar também tem registrado ex­pressivo avanço nos setores de habitação de interesse social

Energia solar na FEICONe de serviços como hotéis, motéis e restaurantes.

Na opinião das empresas associadas que participaram do evento, a Feicon é um excelente canal de relacionamento para toda a indústria. A feira é considerada uma das prin­cipais ferramentas de marketing e vendas que congrega toda a cadeia produtiva do setor da construção, com 750 marcas expositoras de 21 países. Além dos profissionais do setor solar, o evento atrai arquitetos, engenheiros, técnicos e projetistas que aplicam a tecnologia solar em seus trabalhos na construção civil.

As associadas do DASOL/ABRAVA observam que esse tipo de relacionamento profissional abre portas para novos contratos e parcerias, inclusive no mercado externo. É uma ótima oportunidade para exposição dos produtos e soluções voltados para a construção civil, atualmente um dos mais importantes polos geradores de negócio no Brasil.

Outro ponto forte é a proximidade com diretores e pro­fissionais das áreas de compra da construção, responsáveis pelos negócios de suas empresas, o que significa bom rela­cionamento, produtos etiquetados, catálogos e experiência no mercado.

(*) Bosch, Cumulus, Tecnosol, Themosystem, Soletrol e Unisol.

Associadas do DASOL estiveram presentes na maior feira da construção civil da América Latina

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Feira reuniu 750 marcas expositoras e recebeu em torno de 150 mil visitantes no Pavilhão de Exposições do Anhembi

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Notícias do Dasol 23

ABRAVA e DASOL participam do Comitê de Mudançasdo Clima de São Paulo

A ABRAVA, engajada nas ações de eficiência energética e consumo consciente, foi convidada pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo para participar do Comitê Municipal de Mudanças do Clima e Ecoeconomia, com colaboração aos grupos de trabalho de Energia e de Construções Sustentáveis.

Instituído pelo Decreto 50.866/2009, o Comitê reúne seis grupos de trabalho (GTs) para discutir a redução dos impactos do aquecimento global. Seu principal objetivo é traçar estratégias para condução das políticas públicas com relação às mudanças climáticas. O tema é uma das prioridades da Prefeitura, que quer fazer de São Paulo uma referência nessa área.

DASOL tem novaassessoria de imprensa

Desde fevereiro, a Allcomm Partners é a empresa de

comunicação estratégica responsável pelo relacionamento do DASOL com a imprensa. Entre outros objetivos, a nova parceira buscará o fortalecimento da imagem do DASOL/ABRAVA no País e o reconhecimento da entidade como referência do setor de aquecimento solar. A Allcomm Part­ners também irá oferecer pautas às mídias especializadas e fomentar o interesse da sociedade pelo tema da energia solar térmica. “Esta parceria certamente contribuirá para o fortalecimento do setor junto ao mercado”, observa o gestor do DASOL, Marcelo Mesquita.

Exposição sobre Metrologia inaugura Museu do Inmetro

O setor de aquecimento solar está presente na exposição “Metrologia, História e Evolução”, mostra que inaugurou no dia 21 de fevereiro o Museu do Inmetro no Campus de Laboratórios em Xerém, no Rio de Janeiro. Um coletor e um reservatório térmico representaram o setor dentre os vários equipamentos que participam do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro.

A exposição “Metrologia, História e Evolução” foi concebida como uma linha do tempo, com 18 me­tros de extensão, destacando 18 datas marcantes da evolução da metrologia no Brasil e a participação do Inmetro neste cenário. A exposição reforça que, embora a Metrologia e a Avaliação da Conformidade sejam referenciais históricos muito antigos, seus desafios continuam atuais.

Mais do que preservar a memória ou contar uma história coerente e estimulante, o objetivo do museu é criar uma consciência de preservação e despertar a importância do acervo histórico para o presente e o futuro. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, esteve presente à inauguração.

Carteiras de Associados renovam atendimento

O DASOL reestruturou o atendimento às empresas filiadas com a criação das Carteiras de Associados. Nessas carteiras, cada colaborador do DASOL é responsável pelo atendimento de um grupo de empresas associadas.

As carteiras foram criadas para facilitar a comunicação com os associados, otimizar o atendimento de solicitações, ampliar o conhecimento das expectativas, necessidades e críticas das empresas filiadas e possibilitar maior participa­ção e contribuição nos trabalhos desenvolvidos pelo DASOL.

ABRAVA/DASOL naSun & Wind Energy

O setor de aquecimento solar brasileiro, representado pela ABRAVA/DASOL, é destaque em dois artigos da edi-ção de março da revista internacional Sun & Wind Energy.

A primeira matéria, na página 48, destaca o Brasil no uso de energias renováveis e o crescimento do setor de aquecimento solar, seguindo o mesmo caminho de sucesso dos bio­combustíveis.

Na matéria da página 108 são retratados os programas habitacionais e de eficiência energética que contemplam a tecnologia de aquecimento solar, como o Minha Casa Minha Vida, CDHU-SP e Cohab-MG.

Nos dois casos, a ABRAVA/DASOL é citada como fonte das informações do setor, demonstrando ser uma referência para o mercado internacional.

Acesse: Entrevista realizada com o DASOLAcesse: Artigo sobre o uso de aquecimento solar nas ha bita­ções de interesse social

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