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Page 2: Revista Sol Brasil - 18°edição

15 Tira Dúvidas

Fale com o Especialista Engenheiro Lúcio Mesquita esclarece dúvidas sobre sistemas de aquecimento solar de água

Índice2

Editorial3

Case Solar

5

4

Empresas Associadas

Tecnologia

Melhor integração, melhores sistemasSun & Wind Energy destaca os avanços da tecnologia solar térmica nos últimos 10 anos

12

Provedor decisivo do aquecimentoPlano Tecnológico da IEA destaca possibilidades da energia solar

Entrevista8

Condomínio poupa energia com sistema da JMS

TUMA e Solarem no Minha Casa Minha Vida em Goiás

Certificação compulsória terá nova turma em outubro

Notícias do Dasol

6Inmetro lança guia sobre certificação de SAS SOL BRASIL agora em edição impressa

Sustentabilidade é tema do13º Conbrava

Dasol presente na Intersolar

Arquitetura Verde

Aquecimento solar: qualidade e conforto para clientes da CastorNos últimos 20 anos, todos os empreendimentos da construtora mineira são equipados com aquecimento solar

20

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Cas

tor

Alvaro Silveira, sócio-diretor da Atla ConsultoriaBID dá garantia de crédito para financiamento de projetos de eficiência energética no Brasil

16 Mundo Verde

Cursos22

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Page 3: Revista Sol Brasil - 18°edição

A importância do associativismo para o setor

Desde janeiro deste ano, passei a ter contato mais intenso com o associativismo ao integrar a diretoria do DASOL e vivenciar de perto seus embates pelo fortalecimento do setor de aque-cimento solar.

A união foi responsável por muitas e me-moráveis conquistas da história e evolução da nossa indústria, como a isenção do ICMS e do IPI para sistemas de aquecimento solar, o PBE voluntário junto ao Inmetro e o apoio na con-solidação dos primeiros laboratórios.

Com igual vigor, o DASOL continua investindo em ações que visam o crescimento do nosso setor, tais como:

• Ampliação do quadro associativo.•Cursosqueagregamconhecimentoaosassociados,comooCertificação Compulsória•Contatos com a Câmara Municipal de São Paulo para ampliar a atuação do nosso segmento e o acesso da população aos benefícios do aquecimento solar. • Estruturação e fortalecimento do QUALISOL e busca do SENAI como parceiro.• Contato com universidades para ampliar a oferta de capacitação do setor.• E a organização do Congresso Brasileiro de Aquecimento Solar (CB-SOL 2014) com mais novidades e melhorias.

Temos, portanto, muito trabalho pela frente. Contamos com o apoio dos nossos associados que no dia a dia de seus negócios ajudam a consolidar nossaindústria,investindoeminovação,capacitação,certificaçãoequalidade.

A revista SOL BRASIL tem prestado um serviço inestimável na divulgação das ações e conquistas e na promoção do relacionamento entre o DASOL e seus associados. Ao mesmo tempo, oferece um conteúdo abrangente, com matériasinovadorasedealcanceinternacional,querefletemasexpectativasdo nosso setor.

Para dar mais visibilidade ao aquecimento solar e ao trabalho que vem sendo realizado, um dos projetos do DASOL é o lançamento da versão im-pressa da SOL BRASIL a partir desta 18ª edição. Uma iniciativa que mais umavezconfirmaacapacidadedoassociativismoemagregarvaloratodaacadeia do aquecimento solar.

Editorial 3

DASOL ABRAVA Departamento Nacional de Aquecimento Solar (DASOL) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA).

Conselho de Administração do DasolPresidência Carlos Artur A. AlencarVP Relações Institucionais (VPI) Luís Augusto Ferrari MazzonVP Operações e Finanças (VPOF) Ernesto Nery SerafiniVP Tecnologia e Meio Ambiente (VPTMA) Jamil Hussni JuniorVP Marketing (VPM) Rafael Bomfim Pompeu de CamposVP Desenvolvimento Associativo (VPDA) Walter BodraPast President (PP) Amaurício Gomes LucioConsultor Marcelo Mesquita

Revista Sol Brasil Conselho Editorial: Nathalia Moreno, Natália Okabayashi e Marcelo MesquitaEdição: Ana Cristina da Conceição (MTb 18.378)Projeto gráfico e editoração eletrônica: Izilda Fontainha SimõesFoto de capa: DinâmicaAgradecimentos: Alvaro Silveira, Cantídio Alvim Drumond e Lúcio MesquitaImpressão: Grass Indústria Gráfica

DASOL/ABRAVAAvenida Rio Branco, 1492 – Campos Elíseos – São Paulo – SP – CEP 01206-905 - Telefone (11) 3361-7266 (r.142)Fale conosco: [email protected]

Boa leitura a todos! Ernesto Nery Vice-Presidente de Operações e Finanças do Dasol

Editorial

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4 Case Solar

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Tum

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O sistema de aquecimento solar (SAS) Solarem da TUMA Industrial está presente no programa Minha Casa MinhaVidadaCaixaEconômicaFederal.Ametadopro-grama é construir 2,4 milhões de casas e apartamentos até 2014. Conforme as diretrizes do Termo de Referência da Caixa,éobrigatóriaainstalaçãodeSASnascasasconstru-ídas pelo programa.

Em Goianira (GO), a TUMA possui 498 equipamentos Solarem instalados em dois conjuntos habitacionais do Minha Casa Minha Vida: Planalto e Planalto II, empreen-dimentos em fase de conclusão.

Cada um dos sistemas instalados é composto por um armazenador térmico de 200 litros, uma placa de 2 m² de áreacoletoraeumaminicaixad’água,conectadospelokit

Sistemas solares instalados

em Goianira irão aquecer

100 mil litros de água por mês

e atender 2 mil pessoas

Tuma Industrial Ltda

Associada ao DASOL/ABRAVAdesde 23/09/1999

www.tuma.ind.br

TUMA e Solarem no Minha Casa Minha Vida em Goiás

exclusivodeinterligaçãoTUMA/Solarem.Ainstalaçãofoiconcluídanofinaldoprimeirosemestrede2013.

No total, são 996 m² de área coletora, quase 100 mil litros deáguaquenteeaproximadamente75MWhmédiospormês.AexpectativaéqueossistemasdeaquecimentosolardaTUMAatendam498famíliasdebaixopoderaquisitivo(aproximadamente2milpessoas).

O uso do SAS em substituição ao chuveiro elétrico repre-sentaumaeconomiadecercade30%noconsumomensalde energia, contribuindo assim para a melhoria social das famílias contempladas. Além de iniciativa sustentável, o uso do equipamento Solarem traz benefícios para o sistema elétrico, que tem seu desempenho melhorado com a menor demanda de energia.

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5Case Solar

Especialista em projetos de grande porte, empresa

instalou 1.600 m2 de coletores solares para garantir

água quente em 348 apartamentos

Condomínio poupa energiacom sistema da JMS

O sistema de aquecimento solar da JMS permite que oCondomínioResidencialIlhasdoLago,com348apar-tamentosemBrasília,economize45.000kWdeenergiaelétrica por mês. Cada apartamento tem três banheiros e, sem o sistema da JMS, seriam necessários cerca de 1.044 chuveiros elétricos para garantir o banho quente doscondôminos.

Especialista no fornecimento de grandes sistemas de aquecimento de água, a JMS dimensionou, projetou e instalou todo o sistema do condomínio, que tem as características de um resort. O projeto foi precedido por detalhados estudos para implantar um dos maiores sistemas de aquecimento solar já instalados no Brasil, com mais de 1.600 m² de coletores solares e capacidade dearmazenar150.000litrosdeágua.

A vazão de todos os pontos de consumo de água quente foi equalizada para oferecer a mesma pressão e

vazão em todos os apartamentos independentemente do andar. O sistema automático de recirculação inteligente também evita desperdícios ao levar a água quente aos pontos de consumo em menos de 10 segundos.

Além do conforto oferecido aos moradores, o sistema proporcionou a redução do valor mensal do condomínio. Também permitiu a supressão de subestações elétricas e a instalação de uma rede elétrica de menores proporções.

A carga economizada no Condomínio Ilhas do Lago representaaretiradade5.220kW/hdohoráriodepontadoconsumodeenergiaelétricanopaíseésuficienteparaacender261.000lâmpadaseconômicasde20W.

JMS Termotron

Associada ao DASOL/ABRAVA desde 28/10/1998

www.jmsaquecimento.com.br/newsite/

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6 Notícias do Dasol

Inmetro lança guia sobre certificação compulsória

Está disponível para download no site do Inmetro o “Guia de Orientações Gerais”, com infor-mações para fabricantes e importadores sobre a certificação compulsória de equipamentos de aquecimento solar. O guia apresenta de forma resumida e prática informações sobre o Programa Brasileiro de Etiquetagem Solar, as portarias Inmetro nº 301 e 352/2012 e os respectivos prazos de adequação de produtos.

O documento traz ainda os critérios de transição do PBE Solar Voluntário versus Compulsório, além de informações sobre Organismos de Certificação de Produtos (OCP) e Laboratórios de Ensaios.

O guia orienta sobre o registro de equipamentos e a diferença entre registro e certificação. Os procedimentos sobre a im-portação de produtos regulamentados pelo PBE e a avaliação periódica de manutenção também fazem parte do documento.

Desde 2010, a revista SOL BRASIL tem oferecido a seus leitores relevante conteúdo em edições digitais sobre aquecimento, energia solar e sustentabilidade ambiental.

Essas edições estão disponíveis também no perfil da revista no Facebook – Revista SOL BRASIL.

A partir desta 18ª edição, a SOL BRASIL passa a circular

SOL BRASIL agora em edição impressatambém na versão impressa, ampliando as oportunidades de divulgação da marca das empresas, fornecedores e parceiros da indústria do aquecimento solar.

Para saber mais e anunciar na SOL BRASIL, entre em contato pelo telefone (11) 3361-7266 (r. 142) ou pelo email [email protected].

Page 7: Revista Sol Brasil - 18°edição

Notícias do Dasol

Tecnologia da sustentabilidade, o aquecimento solar foi umdos temasdebatidosduranteo 13ºConbrava,maiorcongresso brasileiro do setor de ar condicionado, refrigera-çãoeaquecimentosolar,realizadoentreosdias17e20desetembronoCentrodeExposiçõesImigrantes,emSãoPaulo.

Organizado pela ABRAVA, o congresso destacou a importância do engajamento do setor HVAC-R no de-senvolvimento de soluções sustentáveis, que melhorem a eficiênciaenergéticaereduzamosimpactosambientaisemtodo o mundo.

Comaparticipaçãodeprofissionaisdosetor e conferencistas internacionais, o con-gresso debateu questões como eficiência energética,sustentabilidadenasedificações,aquecimento solar, etiquetagem de edifícios

7

ecertificaçãoLEED,entreoutrostemas.Ocongressofoirealizadoparalelamenteà18ªFeiraIn-

ternacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, AquecimentoeTratamentodoAr(Febrava),quereuniu380expositoresecercade650marcasde11paísesdistribuídasnumaáreade38milm².

Durante a Febrava, 28 empresas receberam o SeloABRAVA Destaque Inovação. O selo é um reconhecimento pela evolução de produtos e equipamentos do setor que apresentem, entreoutrosbenefícios, alta eficiência ener-

gética, baixo impacto ambientale multifuncionalidade para aten-der setores do varejo, shoppings, indústrias, bancos, escritórios, hoteis e hospitais.

Aquecimento e refrigeração solar e o mercado de energia solar térmica foram temas da apresentação do presidente do DASOL, CarlosArturA.Alencar,naexposiçãoeconferênciaIntersolarSouth America, em São Paulo.

Realizadaentreosdias18e20desetembronoExpoCenterNorte,aedição2013daIntersolarSouthAmericaofereceuaosprofissionaisdosetorsolaroportunidadedecontatosetrocadeinformações sobre os mais recentes desenvolvimentos de mer-cado,métodosdeprodução,financiamentoeplanejamentodeprojetos das tecnologias termossolar e fotovoltaica.

A Intersolar South America é o quinto evento da Intersolar, principalsériedeexposiçõesdosetordeenergiasolar,realizadaem quatro continentes, com o objetivo de aumentar a participação da energia solar no abastecimento de energia.

DASOL presente na Intersolar

Sustentabilidade é tema do 13º Conbrava

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8 Entrevista

BID dá garantia de crédito para projetos de eficiência energética

Entrevista: Alvaro Silveira, sócio-diretor da Atla Consultoria

As empresas brasileiras contam com um poderoso aliado para implantar projetossustentáveisdeeficiênciaenergéticaeassimreduziroconsumodeenergiaeasemissõesdegáscarbônicoemsuasatividades.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, criou uma garantia de crédito conhecida comoEEGM (MecanismoGarantidordeEficiênciaEnergética)parafacilitaroacessodasempresasaofinanciamentomaisbaratodeprojetosqueenvolvamatecnologiasolar,porexemplo.

No Brasil, o EEGM é oferecido pela Atla Consultoria, empresa parceira doBIDespecializadaemfinançasparaprojetosdeeficiênciaenergéticaeenergias renováveis.

Nesta entrevista à SOL BRASIL, Alvaro Silveira, sócio-diretor da Atla Consultoria,descreveo funcionamentoda cartadefiançae as condiçõespreferenciaisparaosempresáriosbrasileiros.“OvalormáximodegarantiaporprojetoédeR$1,8milhãoeomínimo,deR$330mil”,destaca.

Alvarotemmaisde30anosdeexperiêncianomercadoempresarialefinanceirobrasileiroemcorporaçõescomoSantanderBrasil,ABNAMROReal,Citibank,ItauUnibanco,BancodoBrasil,alémdoGrupoVotorantime KPMG.

Mestre emAdministraçãodeEmpresaspelaUniversidadeMackenzieebacharelpelaFaculdadedeEconomiaSãoLuis,compós-graduaçãopelaFundaçãoGetúlioVargas, IBMECe INSEAD,AlvaroSilveira integrouosComitês de Sustentabilidade e Diversidade do Banco ABN AMRO Real.

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Entrevista 9

O que é o Mecanismo Garantidor de Eficiência Energética - EEGM?

Trata-se de um instrumento viabilizador para projetos deeficiênciaenergéticanoBrasil.OEEGMproporcionaaosclientes,financiadores,instituiçõesfinanceiras,fabricantesou empresas de engenharia especializadas garantias de até 80%dos investimentosrealizadosna implantaçãodeumprojetodeeficiênciaenergéticaemedificações.

Podem ser projetos de retrofit em edificações como shopping centers, hospitais, prédios comerciais, prédios administrativos, arenas esportivas e galpões entre outras edificações.

Consideram-se os custos de obras de instalação, máqui-nas e equipamentos e mão de obra envolvidos no projeto.

Qual a razão/objetivo do BID em oferecer essa linha de apoio a projetos verdes de eficiência energética?

O EEGM é uma iniciativa inovadora apresentada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parce-ria com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD)eoFundoGlobalparaoMeioAmbiente(GEF)paracontribuirnareduçãodasbarreirasexistentesnasoperaçõesdefinanciamentonomercadodeeficiênciaenergéticaparaedifícios no Brasil e para a redução de emissões de CO2 na atmosfera.

Por que o Brasil foi escolhido como o pioneiro nesse tipo de mecanismo? Trata-se de um diferencial de oportunidade?

O país foi escolhido devido a um estudo que demonstrou existirembarreirasparaarealizaçãodeummaiornúmerodeprojetosdeeficiênciaenergética.

Umadasprincipaisbarreirasestánafaltadeconfiançaentreosparticipantesdeumprojetodeeficiênciaenergética(usuáriosfinais, empresasde engenharia especializadas,fabricantesefinanciadoresentreoutros)sobreasprojeçõesdeeconomiasaserematingidasequegarantamofluxoderepagamento do investimento realizado no projeto.

Outra barreira está no fato de que os bancos locais em suas áreas comerciais e de crédito não estão familiarizados

com o risco de desempenho nos projetos de economia de energia de pequeno e médio porte e não estão dispostos a considerar a economia de energia como garantia para libe-raçãodosempréstimosefinanciamentos.

Qual o volume de recursos? Há prazo de disponibilidade?O volume de garantias a serem emitidas é da ordem de

R$55milhões,queatingemumvolumedeprojetosdeefici-ênciaenergéticapróximoaR$220milhões.Esteinstrumentoestarádisponívelnopaísporumprazode5anos.

OvalormáximodegarantiaporprojetoédeR$1,8mi-lhãoeomínimo,deR$330mil.

Em que circunstâncias o EEGM pode ser melhor utilizado em projetos?

OEEGMoferecegarantiadecrédito(fiança)paraqueosempresáriossebeneficiemdasseguintesformas:

•Paraacessarasdiversaslinhasdecréditodisponíveisno mercado brasileiro através de bancos privados ou pú-blicos. É uma maneira de ampliar o limite de crédito das empresasjuntoàsinstituiçõesfinanceirasetambémreduzirocustofinal(principalmenteastaxasdejuros)daslinhasde crédito já disponíveis.

•Paraquebrararesistênciadoclienteemadquirirtodooprojeto.OEEGMoferecegarantiaaoclientefinalsobreo

“Uma das principais barreirasé a falta de confiança entre os participantes do projeto sobre

as projeções de economiasa serem atingidas.”

Page 10: Revista Sol Brasil - 18°edição

10 Entrevista

desempenho técnico da tecnologia instalada, garantindo as economias projetadas.

•Oferecendogarantiade crédito ao fabricante e/ouempresadeengenhariaqueexecutouoprojetodequeosrecebíveisdoclientefinalacontecerão.

Como uma empresa de energia solar pode pleitear o EEGM?•ObtendojuntoaoAdministradordoEEGMoformu-

lário a ser preenchido e encaminhando para avaliação do risco de crédito da empresa junto à equipe do BID.

Apresentando ao administrador do Instrumento seu projeto que comprove o uso da tecnologia solar na redução noconsumodeenergiae/ounareduçãodaemissãodeCO2 na atmosfera. Este projeto será objeto de análise da área técnica do BID (própria ou terceirizada).

Contatando Alvaro Silveira ou Thiago Simões no escri-tórioemSãoPaulopelotelefone(11)3528-4108oupesso-almente.

Obtendo informações pelo website www.eegm.org.

Em que momento a indústria deve recorrer ao EEGM?A qualquer tempo, os fabricantes têm a oportunidade

de aumentar seu volume de vendas por meio do EEGM. Tradicionalmente os produtos e serviços são vendidos por equipe própria, distribuidores ou empresas de projetos, que

em sua maioria realizam vendas à vista ou em curtíssimo prazo (até 90 dias). O EEGM dá suporte para vendas de projetoseobrasfinanciadasematé7anos(conformeoprazode retorno do projeto).

Facilitando-seoprazodepagamento,aumenta-sesigni-ficativamenteaoportunidadedeutilizaçãodaseconomiasobtidas nos projetos para pagamento das prestações dos financiamentosealongamentosdeprazo.

As instituições bancárias estão preparadas para utilizar o EEGM?

Temos realizado contatos com a administração de diver-sas instituições privadas e públicas no mercado brasileiro que estão aprovadas para operar com o BID. Todas demons-traram interesse em operar com a garantia do EEGM.

Devido ao grande número de agências e de funcionários dasinstituiçõesfinanceiras,oconhecimentosobreoEEGMpode ser restrito. Por isto, a equipe da Atla Consultoria está à disposição para esclarecimentos diretos aos contatos bancários das empresas interessadas.

Importante ressaltar que a garantia do EEGM, em termos jurídicos,éumacartadefiançaemitidanalínguaportuguesapelo BID Brasil (foro em Brasília). O banco possui avaliação deriscodecréditoAAApelaStandard&Poor’seAaapelaMoody’se,devidoàsuabasedeacionistaseaumagestãoprudente,possuiumaposiçãofinanceiraforte.Destaforma,é capaz de tomar empréstimos em mercados internacionais comtaxascompetitivasetransferiressebenefícioaosseusclientes em 26 países da América Latina e Caribe.

Há possibilidade de utilização em mais de um projeto pela mesma empresa/indústria?

Sim. Uma indústria poderá realizar dezenas de projetos com o EEGM ao utilizar o instrumento através de sua rede deparceirosnosdiversosprojetosdeeficiênciaenergética.

Como a linguagem de eficiência energética e redução de consu-mo de energia pode ser melhor traduzida para captação de recursos?

Conectando-sediretamenteestesdoisconceitos,eficiên-

“Com o EEGM, espera-seaumentar a eficiência energéticade edifícios públicos e comerciais

em 4 milhões de MWhnos próximos 20 anos.”

Page 11: Revista Sol Brasil - 18°edição

Entrevista 11

cia energética e redução de consumo, a redução de despesas para quem está implantando o projeto, ou seja, a redução da conta de energia mensal permite a liberação de recursos financeirosquesuportarãoopagamentodoparcelamentooufinanciamentodonovosistemasolarimplantado.

Qual o papel da Atla Consultoria no mercado brasileiro e junto ao BID?

A Atla Consultoria é uma empresa especializada em finançasparaprojetosdeeficiência energética e energiasrenováveis. Seus sócios e colaboradores possuem profundo conhecimentoeexperiêncianodesenhoeimplantaçãodeprojetosnomercadofinanceiroedeenergia.

A Atla Consultoria foi contratada pelo BID para ser o administradoroficialdeste instrumentonoBrasil, sendoresponsável pela coleta das informações das empresas interessadas e de seus projetos. Também realiza o contato com as principais entidades do setor, fabricantes, empresas de projetos, ESCOs, empresas de engenharia especializadas

emeficiênciaenergética,bancosestataiseprivados,assimcomo órgãos governamentais.

Que outras informações o sr. gostaria de destacar sobre o EEGM?

O empresário interessado não possui nenhum custo para consultar ou inscrever seu projeto no EEGM.

O custo do EEGM para o empresário está baseado no valor da carta de garantia emitida (e não sobre o projeto to-tal), que possui condições preferenciais frente aos produtos similaresexistentesnomercadobrasileiro.

Mencionando sobre os resultados desta ação do EEGM, espera-seaumentaraeficiênciaenergéticadossetoresdeedifícios comerciais e públicos em cerca de 4 milhões de MWhdeeletricidadenospróximos20anos.Dessamaneira,seria gerada uma redução direta de 2 milhões de toneladas equivalentes de CO2 em emissões de gás de efeito estufa durante o mesmo período, com uma redução indireta de emissões estimada em 9,6 milhões de toneladas de CO2.

Page 12: Revista Sol Brasil - 18°edição

Melhor integração,melhores sistemas Melhor integração do sistema, maior desempenho do aquecedor de água, temperaturas mais elevadas. Ao longo dos últimos 10 anos, a tecnologia solar térmica registrou avanços expressivos.

A tecnologia solar térmica pode fazer mais do que apenas fornecer água quente para o banho de chuveiro. A tecnolo-gia provou ao longo dos últimos 10 anos que os coletores solarestambémtrouxeramumacontribuiçãovaliosaparasuprir a parcela de energia dedicada ao aquecimento. Uma integração mais profunda da energia solar térmica com equipamentos de aquecimento convencional tornou possível esse avanço.

A indústria desenvolveu novos reservatórios de água quente para melhor integração dos sistemas. Como resul-tado, hoje os boilers solares são muito mais que reservató-rios cheios de água. Construídos com sistemas internos de armazenamento e integrados a estações de água potável, têm transformado os novos tanques solares em unidades de aquecimento central.

Paragarantira interaçãoeficientedecoletoressolarescom caldeiras de condensação de gás, caldeiras de peloti-zação e bombas de calor, o sistema solar térmico deve ter prioridade sobre sistemas de aquecimento secundários e o aquecimento solar deve ser distribuído de acordo com a temperatura desejada.

Hoje, as unidades pré-montadas completas combinam controladoreseletrônicosehidráulicos,tantoparacircuitode distribuição de água como para o aquecimento, bem como a gestão do armazenamento no tanque e da higiene da água potável aquecida em cada unidade, incluindo todas asconexõesnecessáriasealigaçãodoequipamento.

Estas unidades asseguram que a energia armazenada no reservatório sejautilizadade formaeficiente eque aenergia solar traga uma contribuição para o sistema de

Joachim Berner, da Sun & Wind Energy(janeiro-fevereiro/2013)

Colaboração: Nathalia Moreno, do DASOL

Tecnologia12

Mercado de energia solar em 27 países da União Europeia e Suíça (coletores fechados)

O mercado de energia solar térmica tem um passado agitado. Mas há somente um caminho para a tecnologia: crescer!

Page 13: Revista Sol Brasil - 18°edição

Fabricação de núcleo de controlador

Tecnologia 13

aquecimento como um todo. Módulos hidráulicos também tornam a vida mais fácil para os técnicos que instalam e depois fazem a manutenção do sistema de aquecimento. Melhorias tam-bém tornaram as estações solares mais fáceis de usar e ampliaram o lequedeaplicações.Porexemplo,os sensoresdefluxovolumétrico integrados de forma independente controlam ofluxo,enquantomedemcomprecisãoorendimentoener-gético e diagnosticam falhas no sistema.

Um único controlador para tudo

Paragarantirquenãohajaconflitosentrecoletoressola-res e um segundo sistema de aquecimento, cada um tem de saber o que o outro está fazendo. Para isso, os fabricantes já oferecem controladores que combinam em um único dispositivo um grande número de funções controladas para ambos os sistemas de aquecimento. Há poucos anos, era uma história diferente, com sistemas de aquecimento separados usando seus próprios controladores. Enquanto cada um dos sistemas funcionava bem por conta própria, um não sabia o que o outro estava fazendo.

As novas unidades também têm outros benefícios. Os instaladores podem agora acessar o sistema de aquecimen-to de toda a interface de um único controlador que tem a mesma estrutura. Em outras palavras, os instaladores não têm que lidar com duas peças de equipamentos diferentes. Os dispositivos modernos estão equipados com telas sen-síveis ao toque para facilitar as coisas para os proprietários do sistema de aquecimento. Além disso, os novos sistemas podem se comunicar com dispositivos de multimídia, como computadores, smartphones e sistemas de comunicação.

O desenvolvimento se dá em etapas e algumas empresas estão criando agora controladores inteligentes baseados no princípio de que os reservatórios solares não precisam ser a primeira coisa a ligar de manhãsenãohouveraexpectativadeusodaáguaquenteatéofinaldodia.Oscontro-ladores usam sensores e linhas de tendência para detectar quando o rendimento solar está adequado, desligando o aquecedor quando o aquecimento solar está disponível. Outras soluções calculam a janela de tempo adequa-da para ligar a bomba solar nos dias em que está em operação.

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12/

2012

Sistemas de soldagem são feitos sob medida para atender necessidades

individuais dos fabricantes

Máxima energia do lado de fora

Para o aquecimento solar cravar uma posição de desta-que, a tecnologia de armazenamento da água quente tem que mudar. Estações de água potável para o abastecimento de água quente são frequentemente incorporadas aos sis-temas de aquecimento. Os trocadores de calor nas estações de água potável, que estão localizados fora do reservatório solar, fornecem água quente sob demanda. A água quente do reservatóriointermediáriofluiatravésdotrocadordecaloreaquece a água potável para a temperatura desejada à medida quefluiatravésdaunidade.Avantagemdestatecnologiaéque ela elimina a necessidade de armazenar grandes quan-tidades de água quente potável no reservatório.

Até agora, os sistemas solares térmicos têm se saído bem em casas unifamiliares e sobrados. No entanto, a tecnologia para sistemas de grande porte tem andado de lado por anos. Os fabricantes estão oferecendo sistemas com vazões cada vez maiores, sistemas domésticos de água quente higiênica que aquecem a água conforme o uso.

Bombas em circuitos de velocidade primária variável, quetrabalhamemcombinaçãocomcontroladoreseletrôni-cos, oferecem um elevado grau de precisão da temperatura, mesmocombaixosvolumesdeconsumo,enãorequeremumfluxovolumétricomínimono sistema.Novos reser-vatórios de grande volume para água quente também são adequados para as demandas de residências multifamiliares. A indústria oferece agora reservatórios que podem conter milhares de litros de água.

Page 14: Revista Sol Brasil - 18°edição

Novos materiais de absorção

Placas absorvedorasde alumíniodatamde 30 anos,mas os primeiros modelos fabricados usando a técnica de “roll-bond”foramcriticadosporproblemasdecorrosãoe,eventualmente, desapareceram do mercado. Em vez de alu-mínio, o mercado adotou o cobre como o material escolhido para o absorvedor. No entanto, o aumento desproporcional nos preços das matérias-primas levaram os fabricantes a re-examinarnovamenteoalumínio.Asoldagemalasertornoupossível desenvolver uma técnica de fabricação para a solda de placas de alumínio em tubos de cobre.

Tais equipamentos de produção agora podem ser encon-tradosemtodoomundo.Em2005,apenasquatroempresaseuropeias produziam absorvedores com equipamentos de soldagem a laser. Agora, no entanto, o alumínio se estabe-leceu como um material absorvedor.

Em uma pesquisa realizada há dois anos pela revista Sun&WindEnergy,apenas25dos79fabricantesdisseramque venderam mais coletores solares com absorvedores de cobre do que com absorvedores de alumínio. O movimento em direção ao uso de alumínio ganhou impulso com for-necedoresdeequipamentosdesoldagemultrassônicaqueadaptaram essa tecnologia ao material.

Temperatura quente para aplicação fria

Hoje em dia, os coletores não são apenas placas planas ou linhas de tubos. Os novos coletores projetados propor-cionam outras aplicações para sistemas solares térmicos que vão além do aquecimento doméstico de água, tais como resfriamento solar, processo de geração de calor, co-geração e produção de energia elétrica em pequena e média escala.

Sistemas de espelhos parabólicos e coletores concentra-doreshíbridosgeramtemperaturassignificativamentemaiselevadas do que os coletores tipicamente planos. Empresas já oferecem produtos comerciais que concentram e transfe-rem a energia dos raios solares para trocadores de calor ou receptores cheios de ar para gerar vapor.

Outros sistemas de geração de energia elétrica com módulos fotovoltaicos integrados adicionam altas tempera-turas. Esses coletores chamados de PVT compreendem um refletorparabólicoqueconcentraaluzsolaremumreceptorequipado com células solares.

Umlíquidofluiatravésdoreceptor,resfriandoosele-mentos fotovoltaicos. O calor emitido pelo sistema pode ser utilizado para o resfriamento. Os dias de energia solar térmica não são mais apenas para o aquecimento da água do banho.

Tecnologia14

Page 15: Revista Sol Brasil - 18°edição

Tira Dúvidas 15

Quais as vantagens do vidro temperado nos sistemas de aquecimento solar?

Primeiro é preciso distinguir os dois tipos principais de vidros com trata-mento térmico. Temos o vidro termi-

camente endurecido e o vidro temperado. Os dois recebem tratamentos térmicos diferentes a partir do vidro comum.

O vidro temperado é o mais resistente de todos, tanto do ponto de vista de esforços mecânicos, quanto em relação a tensões causadas por efeitos térmicos. Além disso, quando há a quebra, o vidro temperado forma pequenos estilhaços. Por isso ele é considerado um vidro de segurança.

Já o vidro termicamente endurecido é mais resistente que o vidro comum, mas quando se quebra formam-se grandes pedaços. Na maioria das aplicações para coletores, o vidrotermicamenteendurecidoésuficienteparapromoverumareduçãosignificativadequebrasnotransporteecomgranizo.

Há aumento nas perdas de reflectividade devido a esse tipo de

vidro (em comparação ao vidro tradicional de 3 mm), que reduzem a energia absorvida pelo coletor?

Não, a transmitância é a mesma, isto é, se a espessura dos vidros for a mesma, não haverá mudança na quantidade de radiação solar que atravessa o vidro.

O peso do coletor seria muito alterado?Não, somente se for utilizado um vidro com espessura

diferente.

O vidro temperado altera o processo de instalação de SAS? A dificuldade é maior ou menor e por quê?

Existemmenores riscosdequebrano transporte enainstalação, mas o processo é o mesmo. Os vidros com tratamento térmicopossuemas suas extremidadesmaissensíveis. Por isso, é preciso mais cuidado para que não haja choque nessas regiões dos coletores durante a instalação.

Dúvida sobre sistemas de aquecimento solar de água?

Envie sua mensagem para [email protected]

Fale com o Especialista:Engenheiro Lúcio Mesquita

Lúcio Mesquita é engenheiro mecânico pela UFMG e Ph.D em Engenharia Mecânica pela Queen’s University (Canadá) na área de con-dicionamento de ar solar. Projetista e consultor em energia solar térmi-ca, tem 20 anos de experiência na área, com projetos no Brasil, Esta-dos Unidos e Canadá. Atualmente é Diretor-Presidente da Thermosol Consulting.

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Page 16: Revista Sol Brasil - 18°edição

Da Sun & Wind Energy (janeiro- fevereiro/2013)Colaboração: Nathalia Moreno, do DASOL

16 Mundo Verde

Energia solar é um provedor decisivo de aquecimento

O aquecimento solar pode oferecer uma contribuição

significativa tanto na luta contra as mudanças climáticas

como na segurança do abastecimento de energia. Este é

o resultado do novo Plano Tecnológico de Aquecimento e

Refrigeração Solar da Agência Internacional de Energia

(IEA). Em entrevista à revista Sun & Wind Energy, Paolo

Frankl, chefe da Divisão de Energia Renovável, explica a

visão para o aquecimento solar e seus principais desafios.

Page 17: Revista Sol Brasil - 18°edição

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Paolo Frankl é chefe da Divisão de Energia Renovável da IEA

aquecimento renovável é um ponto crucial. Em segundo lugar, precisamos ter um padrão mais

diferenciadoparaos regimesde incentivoseconômicos.A situação do aquecimento é mais complicada do que a da energia elétrica, pois o calor não pode ser transportado facilmente e a natureza do produto varia com os diferen-tes usuários, cargas e temperaturas necessárias. Assim, os incentivos precisam ser articulados levando em conta essasdiferenças.Nósachamosqueissonãofoisuficienteno passado.

Ooutropontodecisivoéqueexistemimportantesbar-reirasnão-econômicasemvoltadoaquecimento.Gostariade mencionar três. A primeira delas é a falta de informação entreosusuáriosfinais.Asegundaéaeducaçãoeformaçãoinsuficientedos agentes-chaves - emparticular aquelesquechamamosde“porteiros”,porexemplo,osarquitetose encanadores.

O terceiro é o famoso problema da divisão dos incenti-vos.Porexemplo,sevocêestáalugandoumapartamento,você pode ter interesse em ter um sistema solar, mas você não é o dono e não quer correr o risco de um investimento de longo prazo, que pode durar mais tempo do que sua permanência no apartamento. Por outro lado, os proprie-tários não podem ter um incentivo para investir em um sistema solar, simplesmente porque eles não pagam a conta

S&WE:O Plano Tecnológico de Aquecimento e Refrigeração Solar (ARS) é o primeiro da IEA em tecnologia de aquecimento. Por que você escolheu a tecnologia de aquecimento solar?

PaoloFrankl:Não é aprimeiravezque tratamosdoaquecimento como energia renovável. Tanto o Plano de Tecnologia de Aquecimento Geotérmico e Energia, publica-do em 2011, como o Plano Tecnológico de Bioenergia para Aquecimento e Energia, publicado em maio de 2012, têm seçõesextensassobreaquecimento.OPlanoTecnológicode Aquecimento e Refrigeração Solar é o primeiro focado apenas em uma tecnologia renovável de aquecimento. O aquecimento solar é um provedor decisivo de calor. É também a tecnologia solar mais amplamente aplicada até agora e vai continuar assim por muito tempo no futuro.

S&WE: Qual é a visão da IEA?Frankl:Opotencialdeexpansãoéenormeemrelação

aonívelatual.Poderiamseratingidos18EJ (ExaJoules)de calor, o que corresponderia a cercade 16%do totalestimadodoconsumofinaldeenergiadeaquecimentodebaixatemperaturae17%doconsumototaldeenergiapararefrigeraçãoem2050.Porisso,éumacontribuiçãonotável.

S&WE: Quais são as principais medidas para tornar essa visão uma realidade?

Frankl:Eudiriaqueháduasdistinções importantes.Uma delas é continuar a melhorar a tecnologia e projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Para aquecimento debaixa temperaturaemtornode100°C, temosdeme-lhorar o desenvolvimento de coletores com a mudança e aperfeiçoamento dos materiais, bem como a introdução de kitspadronizadosparareduziroscustos.Parasistemasdegrande escala, precisamos integrá-los em redes municipais de aquecimento e resfriamento e introduzir o armazena-mento sazonal.

Para o aquecimento de média temperatura e soluções híbridasentre100e400°C,temosquetrabalharnaadap-tação das tecnologias de concentração solar para produção de calor e na padronização de conceitos de sistemas de integração para processos industriais. Outras áreas impor-tantes de P&D são o armazenamento de refrigeração e o armazenamento compacto de energia térmica.

S&WE: Qual é a segunda principal medida?Frankl:Melhoraroquadroregulatório,commedidas

de apoio e incentivo ao mercado. Primeiro, acho que a introdução de metas de longo prazo nas políticas para o

“Precisamos ter uma abordagem integrada melhor, olhar para a

eficiência energética e para nossas necessidades de energia.”

Page 18: Revista Sol Brasil - 18°edição

ação. Uma delas é de informar os nossos políticos e nos certificarmosdequeo aquecimento solar é sistematica-mente incluído na estratégia de longo prazo para a matriz energética e para energias renováveis. Em outras palavras, ter certeza de que toda a atenção nem sempre irá apenas para a seção de eletricidade.

A segunda é a de contribuir para a crescente cons-cientização e divulgação dos resultados dos planos nas economias emergentes e países em desenvolvimento. Posso anunciar que a IEA já decidiu fazer um roteiro solar na África do Sul e que estamos negociando um na China.

S&WE:Quando se trata de Europa, o mercado de aquecimen-to e refrigeração solar (ARS) está estagnado. Isto se deve prin-cipalmente a problemas econômicos, tecnológicos ou políticos?

Frankl:Euachoqueémaisumproblemademodelodenegócio político e industrial. Se você olhar para diferentes países na Europa, há muita diferença nos preços dos sis-

temas. Por quê? É porque as indústrias tornaram-se confortáveis com isso e vêmexplorandoosmui-tos incentivos em seus respectivos países. A in-dústria ARS Europeia precisa olhar para novos modelos de negócios e mercados mais sustentá-veis e autossustentáveis, especialmente no norte

de energia mensal e não iriam receber nenhum benefício a partir disso.

S&WE: O que a publicação do Plano de Aquecimento e Re-frigeração Solar significa para você pessoalmente?

Frankl:Eu,pessoalmente,acreditomuitonoaquecimen-to solar. Muito dinheiro foi gasto na energia fotovoltaica nos últimos anos. Eu acho que isso tem sido muito útil para melhorar a tecnologia PV (fotovoltaica) e diminuir seus custos. No entanto, ao mesmo tempo, eu acho que precisamos fazer muito melhor no futuro. Antes de tudo, precisamos ter uma abordagem integrada melhor, olhar paraaeficiênciaenergéticae,emseguida,olharparanossasnecessidades remanescentes de energia. Com base nisso, podemosidentificarasopçõesdetecnologiassolaresououtras tecnologias renováveis que são capazes de satisfazer essas necessidades. Esta é a mensagem que tentamos passar em nossos roteiros e no nosso trabalho, principalmente no livro Perspectivas da Energia Solar, publicado em dezembro de 2011.

S&WE: Como o Plano pode ser usado para uma ação política real?

Frankl: O que faze-mos com nossas análises é tentar influenciar os nossos governos. Eu vejo duas principais linhas de

Mais informações:Technology Roadmap: Solar Heating and Cooling(Plano de Tecnologia – Aquecimento Solar e Refrigeração)Publicado em: julho de 2012

Plano de visão para aquecimento e refrigeração solar

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“Uma das linhas de ação é informar nossos políticos e nos certificarmos de

que o aquecimento solar está incluído na estratégia de longo prazo para a matriz energética e para energias renováveis.”

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da África e no Oriente Médio, onde o aqueci-mento solar tem um futu-ro muito promissor.

S&WE: Na conferência SHC 2012 você mencionou que seria necessária mais comunicação por parte da indústria. Você poderia comentar algo sobre isso?

Frankl:Umadasbar-reiras não-econômicasé a falta de consciência. Eu acho que a indústria não tem feito o suficiente em termosde publicidade ecomunicaçãoemseusprodutosafimdeconscientizaraspessoas. O setor precisa comunicar melhor o que ele pode fazer e quais são as melhores soluções para as diferentes necessidades das famílias, sem mencionar para o setor industrial e de serviços.

S&WE: Como você descreveria a importância das energias renováveis na IEA?

Frankl:Elasdesempenhamumpapelimportantequeé confirmadopelo fatode que, desde 2009, as energiasrenováveis têm uma divisão de pleno direito que faz parte da Direção de Mercados de Energia e Segurança. Também gostaria de ressaltar que é um papel cada vez maior. Além da nossa Divisão de Energia Renovável, há uma série de outros colegas da IEA que trabalham em energias renová-veis, no mínimo, em tempo parcial.

Há vários lugares diferentes em toda a IEA onde as re-nováveis estão, cada vez mais, desempenhando um papel, e este é um reconhecimento de que elas estão se tornando cada vez mais parte integrante da corrente principal do mixdeenergia. Julhode2012marcaomêsdoprimeiroRelatório de Mercado das Energias Renováveis, de médio prazo,umapublicaçãoanual,exatamentecomofazemoscom petróleo, gás e carvão.

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Telefone (11) 3361-7266 (r. 142)Fale conosco: [email protected]

S&WE: Então houve mudança na importância da energia renovável na IEA. Por quê?

Frankl:Há várias ra-zões para isso. Se eu ti-vesse que escolher o fa-tor mais importante, em minha opinião, estaria relacionado com a reu-nião do G8 em Genebra (Escócia), em 2005. Estafoi a primeira vez que os países do G8 pediram à IEA para fazer novos ce-

nários compatíveis com os objetivos de forte redução de emissões de CO2 que iria manter em longo prazo o aumento datemperaturamédiaabaixode2°C.Estefoiopontodevirada, porque desde então - mediante a elaboração de ce-nários que não prejudiquem o clima amigável - o papel das energias renováveis surgiram automaticamente no nosso trabalho e tornou-se imediatamente muito mais relevante em toda a agência.

S&WE: Haverá mais planos sobre tecnologias renováveis de aquecimento?

Frankl:Temosagoracoberturaembioenergia,energiageotérmica e solar. Assim, para o momento, estamos bem. Acabamos de publicar um estudo dentro das políticas de aquecimento renovável e vamos continuar a trabalhar neste campoespecífico.Eaindaestamostrabalhandomuitonoaquecimento renovável em aplicações industriais, que nós achamos que têm um enorme potencial a preços muito competitivos-equeéummercadototalmenteinexplorado.

Entrevista concedida a Joachim Berner, da S&WE.Acesso: http://www.iea.org/publications/freepublications/

publication/Solar_Heating_Cooling_Roadmap_2012_WEB.pdfPolíticas de aquecimento renovável (em inglês): www.iea.org/

publications/insights/

“A reunião do G8 em 2005 foi o pontode virada. Foi a primeira vez que os

países do G8 pediram à IEA para fazer novos cenários com objetivo de reduzir as emissões de CO2 e manter o aumento da

temperatura média abaixo de 2°C.”

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20 Arquitetura Verde

Aquecimento solar:qualidade e confortopara os clientes da Castor

O aquecimento solar está presente há mais de duas décadas nas obras assinadas pela Construtora Castor, empresa de Belo Horizonte com 50 anos de mercado e um forte compromisso com a oferta de soluções sustentáveise de qualidade a seus clientes.

“O aquecimento solar consegue aliar o conforto do sistema central com racionalização de energia, um casamento perfeito e ambientalmente correto”,observaCantídioAlvimDrumond,superintendentedeobrasda Construtora Castor, nesta entrevista à SOL BRASIL.

Todas as obras realizadas pela sua construtora nos últimos 20 anos receberam coletores solares. O que motiva essa opção pelo aproveitamento da energia solar térmica?

Onúmerototaldeempreendimentossupera25instalações.Asmoti-vações para instalações dos sistemas de aquecimento solar de água são: conforto, economia e visão da construtora de levar sempre boas soluções paranossosclientes.Nossaexperiênciacomossistemaseconhecimentodos bons resultados nos permite sugerir a instalação dos aquecedores solares. Mas observamos que os clientes também demandam esse tipo de tecnologia em seus apartamentos.

Que conceitos estão presentes nos projetos e obras desenvolvidos pelo sua empresa prevendo o aproveitamento da energia solar (seja a térmica para aqueci-mento e a fotovoltaica)?

Utilizamos apenas os aquecedores solares. Devido ao alto padrão dos apartamentos que construímos, orientamos que nossos projetos e enge-nharia,desenvolvidosporumaempresaespecializadadeconfiançadaconstrutora, assegurem conforto condizente com o padrão das construções, durabilidade,confiabilidadeeracionalizaçãodeenergia,aproveitandoaomáximoosespaçosdisponíveisnascoberturasdosprédios.

Page 21: Revista Sol Brasil - 18°edição

Qual é a participação do aproveitamento da energia solar nos custos da construção? Qual é o retorno desse tipo de investimento?

O custo dos aquecedores solares é pouco relevante no custo total dos empreendimentos. O retorno do investimento é a satisfação dos nossos clientes de poderem ter água quente de formaconfiável,aliandoconforto,economiaesustentabilidade.

Quais as vantagens e os desafios de inserir a energia solar térmica nas obras que a construtora realiza?

Utilizamos o serviço especializado da empresa de projeto e consultoria em aquecimento solar da Agência Energia. Essa empresa levanta as interferências com os demais projetos desde aconcepçãodoempreendimentoeorientaosprofissionaisdasdisciplinascomafinidadeaoassunto.

Juntamente com a Construtora Castor, a Agência Energia orienta a arquitetura, hidráulica, elétrica e instalações de gás utilizadas comumente como complementares do aquecimento solar. A gestão das interfaces em fase de projeto e a elaboração deumprojetoexecutivodetalhadopermiteaconduçãodaimplantação do aquecedor solar nos edifícios de forma mais harmoniosa.

O sr. pode citar algumas obras que incluem o aproveitamento da energia solar térmica?

Como adotamos em todos nossos empreendimentos o uso de energia solar no sistema de aquecimento central desde 1991, podemos citar como relevantes o Condomínio Città Giargino e o Condomínio Top Green.

O Condomínio Città Giargino possui um sistema com 218 m² de coletores solares e capacidade de armazenamento de 20.000 litros de água quente por dia, constituindo um dos maiores sistemas de aquecimento solar em edifícios na Grande Belo Horizonte.

No Condomínio Top Green, constituído por três torres com22pavimentoscada,são150m²decoletoressolaresecapacidadedearmazenamentode15.000litrosdeáguapordia para cada torre.

Como a legislação pode ajudar a aumentar o aproveitamento da energia solar nas cidades?

Estudando formas de estimular o uso de energia solar por meiode incentivosparaosusuárioscomo,porexemplo,aredução de IPTU.

Como deve ser a interação do construtor com instaladores e fa-bricantes para a melhor eficiência de sistemas de aquecimento solar de água?

Recomendamos que a construtora contrate uma empresa especializada em projeto e consultoria para que conduza o assunto conforme a demanda de cada obra. Temos uma par-ceria sólida de mais de uma década com a Agência Energia Projeto e Consultoria em energia solar e essa empresa vem nos atendendo nas questões relativas ao aquecimento de água.

Arquitetura Verde 21

O que motiva a demanda do cliente por projetos com aprovei-tamento da energia solar? É uma consciência de sustentabilidade ambiental ou somente a redução de custos?

Acreditamos que nossos clientes aprovam a utilização dos aquecedores solares devido ao conforto oferecido pelos sistemas centrais de aquecimento. O aquecimento solar con-segue aliar o conforto do sistema central com racionalização de energia, um casamento perfeito e ambientalmente correto. Osnossosclientesexigemousodetecnologiassustentáveis.

Que recomendação o sr. dá a clientes e consumidores interessa-dos em projetos sustentáveis e com aproveitamento da energia solar térmica?

Para empreendimentos com grande demanda de água quente recomendamos sempre utilizar a assessoria de uma empresa especializada em projeto e consultoria para, depois deequacionadososdesafiostécnicos,partirparaacompradosequipamentos. A aquisição dos equipamentos deve ser baseada emumprojetodeengenhariadetalhadoecomespecificaçõesaplicáveis a cada instalação.

O fornecimento dos equipamentos necessários à instalação deveser feitoporempresacomexperiênciacomprovadaecom comprometimento com o pós-venda para que os ajustes necessários e manutenção do sistema assegurem os resultados esperados e projetados. E usar coletores e reservatórios térmi-coscertificadospeloInmetro.

Empreendimentos da Construtora Castor são equipados com sistema de aquecimento solar desde 1991

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22 Cursos

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Depois do sucesso da primeira turma, o DASOL promove no dia 22deoutubroasegundaediçãodocursodeCertificaçãoCompulsóriapara Aquecimento Solar em São Paulo.

O objetivo do curso é orientar fabricantes, fornecedores e impor-tadores sobre anova regulamentaçãodo Inmetropara certificaçãocompulsória de sistemas de aquecimento solar. Essa regulamentação aumentouaexigênciadetestesdequalidadeparaavaliaritenscomoaresistência à ação da chuva de granizo e congelamento, dentre outros.

A segunda edição contará com os mesmos especialistas que minis-traramocursoemagostoa27alunos.Entreosespecialistasestáoen-genheiroAluísioGonçalvesesuaexperiênciade35anosemprogramasde qualidade e conformidade do Inmetro.

Na primeira edição, Aluísio Gonçalves destacou aspectos sobre a documentação necessária para registro de produtos, custos envolvidos e a adequação dos laboratórios brasileiros para realização dos testes exigidos.Eleressaltouaimportânciae incentivouosparticipantesaconhecerem a fundo os regulamentos e normas técnicas sobre sistemas de aquecimento solar.

Coordenadora de projetos de P&D Cemig Aneel sobre Aquecimento Solar Distrital e do Projeto de Avaliação de Obras de Aquecimento Solar (Eletrobras/Procel),aprofessoraElizabethDuartePereira,doCentroUniversitário UNA-MG, também participa da nova turma.

No primeiro curso, a professora respondeu questões práticas sobre ainfluênciadecondiçõesdetemperatura,pressãoeradiaçãosolarso-bre o funcionamento dos sistemas de aquecimento solar. A professora também simulou alguns cálculos para mostrar o efeito dessas condições eosdesafiosdosnovostestesdequalidade.

Ph.DemEngenhariaMecânicapelaQueen’sUniversity(Canadá),oconsultorLúcioMesquitatraránovamentesuaexperiênciademaisde20 anos na área de condicionamento de ar solar. Na primeira edição do curso, o consultor descreveu o processo de certi-ficaçãoemoutrospaíses,comoEstadosUnidos, Europa, China, Alemanha, Canadá, Turquia e Índia, e a evolução das normas técnicas.

O curso realizado em agosto foi ava-liado como ótimo ou bom por mais de 90%dosalunos.“Aequipedeprofesso-resédealtonível”,comentouGleiconGarcia, gerente operacional da Solar Minas. “O objetivo é se inteirar mais sobre as normas de compulsoriedade e saber como sua empresa pode se en-quadrarnessasnormas”,acrescentou.

Como fazer a inscrição

As inscrições para este e demais cursos

do DASOL podem ser feitas pelo site www.

dasolabrava.org.br. Mais informações pelo

telefone (11) 3361-7266, ramais 142/144,

ou pelo e-mail [email protected].

Para empresas associadas ao DASOL, o

investimento por profissional é de R$ 900.

Para não associados, R$ 1.300. Serão

fornecidos material didático, certificado e

coffee-break.

Especialistas explicam o que esperar dos novos

testes de qualidade para aquecimento solar

Certificação compulsória terá 2ª turma em outubro

Lúcio Mesquita, Elizabeth Pereira e Aluísio Gonçalves ministram o curso na sede da ABRAVA

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Realização:

CB-SOL e a Feira de Negócios Exposolar

Em 2014

2º Congresso Brasileirode Aquecimento Solar

Aquecimento solar é:

Eficiência energética •Economia •Sustentabilidade

Page 24: Revista Sol Brasil - 18°edição