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Page 1: Revista Sol Brasil - 20°edição
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23 Tira Dúvidas

Índice2

Editorial3

5

4

Proteção para os coletores solares Sistemas anticongelamentogarantem o desempenho nasregiões mais frias

Eficiência dos coletores solaresEstudo técnico do Eng. Lúcio Mesquita compara coletor planoe o tubo evacuado

Entrevista14

Notícias do Dasol

Maurício TolmasquimPresidente da EPE: aquecimento solar evitará geração de 18 TWh até 2022

Tecnologia

7

Case Solar

Hoteis catarinenses equipados com sistema solar da KomecoSAS de alta performance aquecem diariamente 16 mil litros de água nos Ingleses Acquamar e Kennedy Executive

Coletores da Transsen aquecempiscina de escola da AeronáuticaSistema instalado na EPCARpoupa energia e garante 2 milhõesde litros de água quente

Mais aquecedores solaresABRAVA/DASOL apresenta ao Governo Federal programa nacional para o setor

8Mais qualidade no QUALISOLProvas de qualificação serão aplicadas pelo Senai

6

18 Mundo Solar

DASOL amplia quadro de associadasEmpresas vinculadas à ABRAVA também estão associadas ao DASOL

10Lado a lado com o aquecimento solar Programas oficiais oferecem linhas definanciamento e extensão tecnológica

Intersolar EuropeRevista Sun & Wind Energymostra as novidades do setor solar térmico

Fale com o Especialista Urbanista Luciana Carvalho esclarece dúvidas sobre inserção do SAS nos projetos de arquitetura

Page 3: Revista Sol Brasil - 20°edição

Novas realidades solares em 2014

Este será mais um ano marcante para todo o setor, com a consolidação da nova regra associa-tiva do DASOL e a criação de novos patamares e realidades de mercado, sempre reportados pela Revista Sol Brasil, a publicação oficial da indústria do aquecimento solar.

Desde janeiro, todas as empresas do setor associadas à ABRAVA passaram a fazer parte também do DASOL. Dessa mudança emerge um setor mais forte, com mais de 30 empresas que terão acesso aos serviços do nosso Departamento mediante uma única contribuição mensal.

Outra novidade de 2014 é a readequação do Programa QUALISOL Brasil. A missão do programa é sinalizar ao mercado consumidor as empresas qualificadas para planejamento e instalação de sistemas de aquecimento solar. Atendendo re-comendação do Inmetro, firmamos parceria nacional com o Senai para elevar os critérios de qualificação das empresas e dos profissionais e assim alinhar o programa às novas exigências do mercado.

A aplicação da tecnologia solar térmica em programas de eficiência energética e nos programas habitacionais motivou o aumento de investimentos e ampliação do parque fabril, dando às indústrias da ABRAVA condições de atender a uma demanda bem maior. Por esta razão, estamos trabalhando tenazmente para que o aquecimento solar seja estendido a edificações multifamiliares e outras faixas de renda do programa Minha Casa Minha Vida.

O setor também vem se preparando para atender ao aumento da demanda do mercado, inclusive o industrial, tendo em vista a maior conscientização da sociedade sobre o aquecimento global, o potencial da energia solar, a escassez das fontes tradicionais de energia e até um eventual novo racionamento. Diante desse cenário, o DASOL prepara um grande programa focado no aumento de vendas de aquecedores solares.

Para completar, em 10 de julho entra em vigor a Portaria do Inmetro que deter-mina a Compulsoriedade de Testes de Produtos. Nenhuma empresa poderá fabricar ou importar coletores e reservatórios que não estejam certificados. Isto significa produtos de melhor qualidade e procedência no mercado e mais segurança para o cliente final.

Temos pela frente grandes e bons desafios. E excelentes oportunidades para crescer sustentavelmente, com mais qualidade e inovação.

Muito obrigado!

Editorial 3

DASOL ABRAVA Departamento Nacional de Aquecimento Solar (DASOL) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA).

Conselho de Administração do DasolPresidência Luís Augusto F. MazzonVP Relações Institucionais (VPI) Amaurício Gomes Lucio VP Operações e Finanças (VPOF) Ernesto Nery SerafiniVP Tecnologia e Meio Ambiente (VPTMA) Jamil Hussni JuniorVP Marketing (VPM) Rafael Bomfim Pompeu de CamposVice-Presidente de Desenvolvimento Associativo (VPDA)Alander Brandão Past President (PP) Carlos Artur A. Alencar Consultor Marcelo Mesquita

Revista Sol Brasil Conselho Editorial: Nathalia Moreno, Natália Okabayashi e Marcelo MesquitaEdição: Ana Cristina da Conceição (MTb 18.378) - Setembro ComunicaçãoProjeto gráfico e editoração eletrônica: Izilda Fontainha SimõesCapa: KomecoAgradecimentos: Maurício TolmasquimImpressão: Grass Indústria Gráfica

DASOL/ABRAVAAvenida Rio Branco, 1492 – Campos Elíseos – São Paulo – SP – CEP 01206-905 - Telefone (11) 3361-7266 (r.142)Fale conosco: [email protected] Luís Augusto Ferrari Mazzon

Presidente do DASOL da ABRAVA

Editorial

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4 Case Solar

Localizada em Barbacena (MG), a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) da Aeronáutica usava aquecedores elétricos de passagem para manter aquecidos 2 milhões de litros de água da piscina de treinamento dos oficiais. O sistema de aquecimento não era satisfatório, pois além do alto consumo e custo com energia elétrica, a temperatura da piscina era sempre inferior a 25 ºC.

A Transsen, fabricante de sistemas de aquecimento solar sediada em Birigui (SP), projetou uma solução mais adequada, mais sustentável e personalizada para a EPCAR. Após visita ao local e avaliação das áreas disponíveis, a Transsen instalou 500 coletores solares TRP-30 de 3 m x 1,20 m. Esses coletores perfazem uma área total de captação de energia solar de 1.800 m2.

O sistema foi montado em baterias de nove coletores em paralelo e três baterias em série, mantendo o equilíbrio da distribuição hidráulica. A instalação permite captar energia solar equivalente a 155.400 kWh/mês e oferece maior con-forto térmico ao elevar a temperatura da água da piscina até 30 ºC. A contratação do sistema foi feita por licitação, por meio do edital 05/EPCAR/2012, aberto em 13/12/2012.

Criada em 1949, a Escola Prepara-tória de Cadetes do Ar (EPCAR) é uma

Sistema instalado na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR)

poupa 155.400 kWh/mês e garante 2 milhões de litros de água quente

Coletores da Transsen aquecem piscina de escola da Aeronáutica

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tradicional instituição de ensino médio da Força Aérea Brasileira que se destaca entre as melhores escolas públicas do país. Todos os anos, a EPCAR oferece pouco mais de 200 vagas em um concurso público bastante concorrido entre

os jovens que sonham ingressar no Cur-so de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAv) da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP).

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TRANSSEN

Associada ao DASOL-ABRAVA desde 30/11/1992

www.transsen.com.br

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5Case Solar

Os sistemas solares da Komeco garantem o conforto da água quente em mais dois hotéis da Grande Florianópolis conhecidos pela res-ponsabilidade ambiental em suas instalações: o Ingleses Acquamar Hotel & Convention, localizado na Praia dos Ingleses, na capital catarinense, e o Kennedy Executive Hotel, voltado para o turismo de negócios na cidade de São José.

Na reforma do Acquamar, a substituição do antigo sistema solar pelos modernos coletores e reservatórios de alta performance da Kome-co trouxe um rendimento adicional de 20%. Com capacidade para aquecer diariamente 10 mil litros de água e garantir o conforto dos hóspedes dos 96 apartamentos, a solução da Komeco corresponde a uma economia de 30% no consumo de energia elétrica.

Foram instalados no Acquamar dois re-servatórios Komeco com capacidade de 3 mil litros e dois reservatórios de 2 mil litros, todos de baixa pressão, fabricados em aço 316 e com proteção contra corrosão. Nesse sistema, 30 coletores de 1,5 m2 e 24 coletores com 2 m2 da linha Princess da Komeco cobrem uma área de 93 m2.

No Kennedy Exe-cutive Hotel, a solu-ção da Komeco ga-rante o aquecimento de 6 mil litros diários para atender 48 apar-tamentos. O sistema compreende dois re-servatórios de baixa pressão de 3 mil litros cada, fabricados em aço 304, e 30 coleto-res de 2 m2 da linha Princess. O sistema, instalado há mais de um ano, proporciona

SAS de alta performance instalados no Ingleses Acquamar

e no Kennedy Executive aquecem 16 mil litros de água por dia

Hotéis catarinenses contamcom sistema solar da Komeco

Komlog Importação Ltda KOMECO

Associada ao DASOL-ABRAVA

desde 01/03/2012

www.komeco.com.br

Divulgação Komeco

economia de 45% no consumo de gás. Totalmente automatizado para priorizar o uso da ener-

gia solar, o sistema de apoio a gás instalado no Kennedy Executive Hotel é acionado somente em caso de necessida-de. Além disso, foi instalado um quadro sinótico próximo da recepção do hotel para facilitar o monitoramento do sistema .

As instalações nos dois hotéis foram exe-cutadas a partir do projeto e com a respec-tiva ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) assinada por engenheiro responsá-vel para assegurar a eficiência, confiabili-dade e segurança dos sistemas instalados.

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6 Notícias do Dasol

Desde janeiro, o Departamento Nacional de Aqueci-mento Solar – DASOL teve suas operações associativas am-pliadas junto à ABRAVA. De acordo com a nova proposta, todas as empresas do setor de aquecimento solar associadas à ABRAVA estão automaticamente vinculadas ao DASOL.

Essas empresas passam a usufruir de todos os benefí-cios promovidos pelo Departamento sem qualquer custo adicional, pois estão extintas as contribuições exclusivas, mantendo-se apenas a contribuição associativa da ABRAVA. Assim, as empresas que já eram vinculadas ao DASOL estão

isentas de contribuição es-pecífica, bem como as as-sociadas da ABRAVA que passam a integrar o Depar-tamento.

A mudança já represen-ta uma ampliação do qua-dro associativo do DASOL. São 31 empresas que con-tam agora com ainda mais oportunidades e serviços, como a participação na Revista Sol Brasil, descon-tos em cursos e eventos, informativos exclusivos e representação customiza-da. A associada também

passa a ter sua logomarca e dados de contato divulgados no portal do DASOL.

As novas associadas ganham, assim, acesso aos produ-tos e serviços desenvolvidos pelo DASOL para ampliar e fortalecer a indústria do aquecimento solar e atender as

exigências regulatórias do setor.Um dos destaques entre os serviços oferecidos é o Progra-

ma Qualisol Brasil. Em 2014, o diferencial técnico oferecido pelo Qualisol às empresas participantes será potencializado com a parceria com o Senai para implantação da Certificação de Profissionais.

Mais informações sobre o novo formato representativo estão disponíveis nos sites do DASOL e da ABRAVA e tam-bém pelo telefone (11) 3361-7266 (ramal 144 para assuntos administrativos e associativos; 142 para marketing, cursos e Revista Sol Brasil; e 106 para assuntos técnicos).

DASOL amplia quadro de empresas associadas

AGENDA SOLAR 2014 2 de abril Assembleia do DASOL

Associado: venha discutir os rumos do aquecimento solar

A partir das 14hAuditório da ABRAVA

Cursos“Projetista de Sistema de Aquecimento Solar”

22 e 23 de maio / 26 e 27 de novembro

Assembleia de associados02/Abril

06/Agosto05/Novembro

Obs.: Programação sujeita a alterações durante o ano.

Page 7: Revista Sol Brasil - 20°edição

Notícias do Dasol 7

Aumentar a presença do aquecimento solar de água nos lares brasileiros e racionalizar o uso da energia elétrica no país. Estes são os objetivos gerais da proposta em discussão na ABRAVA e no DASOL prevendo o lançamento de um amplo programa de massificação da tecnologia solar térmica.

Em ofício enviado em fevereiro à Presidenta Dilma Rousseff e aos ministros da Casa Civil, Minas e Energia, Cidades e Meio Ambiente, a ABRAVA/DASOL antecipou as linhas gerais da proposta, cujos benefícios se estendem a toda a sociedade brasileira.

“Nossa proposta visa incentivar a aquisição de aquece-dores solares e contribuir para a diversificação da matriz energética”, salienta Wadi Tadeu Neaime, presidente da ABRAVA.

Os principais pontos da proposta incluem:

1- Adoção de programa de conscientização sobre os be-nefícios do aquecimento solar junto a governos, empresas, instituições e consumidores e lançamento de programa de incentivo para a aquisição de aquecedores solares de água;

2- Implantação de aquecedores solares em todas as uni-dades do Programa “Minha Casa, Minha Vida”. Atualmente, a tecnologia solar está limitada às casas unifamiliares da faixa 1 (renda de até R$ 1.600,00);

3- Adoção da tec-nologia solar também nos programas habita-cionais dos governos estaduais e munici-pais e construções fi-nanciadas com recur-sos governamentais.

ABRAVA propõe programa de aquecimento solar para reduzir consumo de energia no país

Benefícios

O presidente do DASOL, Luís Augusto Ferrari Mazzon destaca os benefícios da proposta:

- Redução do consumo de energia dos chuveiros elétricos;

- Redução do pico de demanda de eletricidade no horário entre 17 e 22 horas;

- Transferência indireta de recursos para as famílias de menor poder aquisitivo motivada pelo menor valor da conta de energia;

- Maior adimplência dos mutuários nos programas habita-cionais oficiais;

- Geração de empregos em toda a cadeia de valor do aquecimento solar.

Associação enviou proposta ao Governo Federal para incentivar uso de aquecedores solares

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Wadi Tadeu Neaime, presidente da ABRAVA.

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8 Notícias do Dasol

Mais qualidade no QUALISOL

O QUALISOL Brasil, programa de qualificação do DASOL para fabricantes e fornecedores de sistemas de aquecimento solar, está sendo reformulado para agregar a certificação profissional e aumentar a confiabilidade de seu processo de qualificação.

A reformulação visa atender recomendações do Inmetro e agregar novos atributos de qualidade ao setor com a introdução da Certificação de Profissionais.

As provas de qualificação dos profissionais das empresas par-ticipantes passarão a ser aplicadas pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), organismo acreditado pelo Inmetro para emitir certificação profissional. As novas regras entrarão em vigor a partir de julho de 2014.

Em dezembro, a reformulação do QUALISOL foi discutida na reunião do Comitê Técnico Setorial Nacional, realizada na Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo de Construção Civil, em São

Paulo. O evento reuniu cerca de 30 pessoas, en-tre profissionais do setor, representantes de uni-versidades e dos Senais de São Paulo, Distrito Fe-deral, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Minas Gerais.

A qualificação cons-titui um diferencial para empresas fabricantes, revendas, projetistas, instaladoras e de manutenção junto ao mer-cado consumidor, além de estimular a competitividade do setor e a capacitação de seus profissionais.

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10 Notícias do Dasol

Lado a lado com o aquecimento solarProgramas oficiais oferecem linhas de financiamento, extensão tecnológica e eventos com investidores, entre outros instrumentos de apoio ao setor

O cartão BNDES é um cartão de crédito que visa financiar empresas de micro, pequeno e médio porte com faturamento bruto anual de até R$ 90 milhões instaladas no país e que estejam em dia com obrigações como INSS, FGTS, RAIS e tributos federais.

O portador do Cartão BNDES efetua suas compras exclusivamente no Portal de Operações do BNDES (www.cartaobndes.gov.br), procurando os produtos que lhe in-teressam no Catálogo de Produtos e seguindo os passos indicados para a compra.

O cartão BNDES oferece limite de crédito de até R$ 1 milhão por banco emissor, prazo de parcelamento de 3 a 48 meses e taxa de juros pré-fixada. Cumpridas todas as exigências e aprovado o limite de crédito pelas instituições financeiras emissoras do cartão, o cartão é emitido no prazo médio de 30 dias.

Há vantagens também para o fornecedor que se cadas-

Fundo Clima BNDES – Subprograma Máquina e Equipamentos EficientesBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

O programa Fundo Clima BNDES - Subprograma Má-quinas e Equipamentos Eficientes financia a aquisição e a produção de máquinas e equipamentos com maiores índices de eficiência energética ou que contribuam para a redução de emissão de gases do efeito estufa.

Entre os equipamentos financiados estão os coletores, aquecedores e sistemas de aquecimento solar com classi-ficação A ou B no Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro.

O programa apoia de forma direta e indireta as institui-ções financeiras credenciadas pelo BNDES para oferecer as melhores condições de financiamento com baixas taxas de juros. Para micro, pequenas e médias empresas, a taxa é de 1,6% a.a. Para as médio-grandes e grandes empresas, a taxa é de 2,9% a.a.

Mais informações sobre o Fundo Clima no site do BNDES: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Areas_de_Atuacao/Meio_Ambiente/fundo_clima.html.

Cartão BNDESBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

tra no portal www.cartaobndes.gov.br para oferecer seus produtos: financiamento automático para o cliente em até 48 meses, recebimento da venda em 30 dias sem risco de inadimplência, redução do comprometimento do capital de giro próprio e exposição gratuita de seu catálogo de produtos no portal.

Mais informações sobre o cartão BNDES estão disponí-veis em www.cartaobndes.gov.br.

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Notícias do Dasol 11

A ABDI também disponibiliza em seu portal o Guia de Instrumentos de Apoio ao Desenvolvimento Produtivo, uma ferramenta de consulta sobre os programas de apoio mais adequados ao perfil e demanda das empresas.

Ao informar a localização, setor de atividade, porte e demanda especí-fica, a ferramenta apresenta informações detalhadas e dá acesso direto aos órgãos, agentes e entidades federais, regionais e estaduais que oferecem o benefício.

Essas informações podem contribuir para o aumento da competitivi-dade, como apoio financeiro, apoio técnico, defesa comercial, incentivos e desonerações, apoio à inovação e à exportação. Os instrumentos apre-sentados abrangem várias das medidas lançadas pelo Plano Brasil Maior, política industrial do Governo Federal.

O Guia da ABDI pode ser acessado em http://guia.abdi.com.br/default.aspx. Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para [email protected].

Guia de Instrumentos de Apoio ao Desenvolvimento Produtivo – ABDIAgência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

A ABDI e a ABVCAP oferecem uma plataforma ele-trônica de acesso a investidores além de promover eventos regionais do programa Venture Forum Brasil.

Nesses eventos, empresas selecionadas apresentam seus planos de negócios a investidores interessados no potencial crescimento e inovação de novas companhias.

As empresas são selecionadas segundo critérios como inovação, produtos e processos de produção, perfil de equipe, alternativas de saída e retorno financeiro.

Mais informações no site da ABDI (http://www.abdi.com.br) e da ABVCAP (http://www.abvcap.com.br).

Venture Forum Brasil – ABDI e ABVCAPAgência Brasileira de Desenvolvimento Industrial Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital

O BID Brasil oferece uma carta de fiança para facilitar o acesso ao financiamento de projetos de eficiência energética no Brasil que visem à redução de emissões de CO2. O EEGM proporciona aos clientes, financiadores, instituições financeiras, fabricantes ou empresas de engenharia especializadas garantias de até 80% dos investimentos realizados na implantação do projeto.

O valor máximo de garantia por projeto é de R$ 1,8 milhão e o mínimo, de R$ 330 mil. No Brasil, o administrador oficial do EEGM é a Atla Consultoria, espe-cializada em finanças para projetos de eficiência energética e energias renováveis.

Mais informações podem ser obtidas pelo site www.eegm.org ou diretamente com a Atla Consultoria pelo telefone (11) 3528-4108.

Mecanismo Garantidor de Eficiência Energética (EEGM)Banco Interamericano de Desenvolvimento

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Page 12: Revista Sol Brasil - 20°edição

Anuncie na Revista Sol Brasil

Telefone (11) 3361-7266 (r. 142)Fale conosco: [email protected]

12 Notícias do Dasol

O IPT promove, por meio do seu Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa (NT-MPE), ações de extensão tecnológica que visam a solução de problemas técnicos das empresas brasileiras, especialmente as de pequeno e médio porte. Um dos projetos que atende o setor de energia solar é o Programa de Qualificação para o Mercado Interno (Qualimint).

O projeto busca priorizar a qualificação técnica para certificação nacional, cumprimento das normas técnicas nacionais e o atendimento aos regulamentos dos órgãos

Programa de Qualificação para o Mercado Interno - IPTInstituto de Pesquisas Tecnológicas

governamentais como agências reguladoras e ministérios. O Qualimint tem como objetivo contribuir para o au-

mento da competitividade da empresa, satisfazendo as exigências do mercado nacional e elevando os padrões téc-nicos para enfrentar a concorrência de produtos similares estrangeiros.

Mais informações no site do IPT (http://www.ipt.br/centros_tecnologicos/NT-MPE ) e da Secretaria de Desen-volvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (http://www.desenvolvimento.sp.gov.br/qualimint).

Os valores informados podem sofrer alterações. Consulte as instituições para confirmar as condições atualizadas de cada programa. Com informações de Natália Okabayashi e sites das instituições

Para auxiliar as micro e pequenas empresas na aquisição das certificações de seus produtos, processos ou serviços disponíveis no Sistema Brasileiro de Avaliação da Confor-midade (SBAC), o Sebrae desenvolveu em parceria com o Inmetro o Bônus Certificação (ou Bônus de Avaliação de Conformidade). Esse bônus tem o objetivo de reduzir os custos de certificação dos produtos e dos processos de ava-liação de conformidade disponíveis no SBAC.

A forma de implementação pode ser feita individualmen-te, por meio do programa Sebraetec, ou de forma coletiva (grupos de empresas), por meio de projeto celebrado entre Sebrae e um OAC (Organismo de Avaliação de Conformi-dade) acreditado pelo Inmetro.

Bônus Certificação – Inmetro e SebraeInstituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Dentro dos custos de certificação poderá estar incluída a manutenção do certificado do produto por até três anos, respeitado o valor máximo do subsídio de � 15 mil, que correspon-� 15 mil, que correspon-, que correspon-de a 50% dos custos totais por empresa.

Para obter esclareci-mentos mais detalhados e ter acesso ao Bônus Avaliação da Conformidade, a empresa deve procurar a unidade do Sebrae mais próxima da sua cidade.

Mais informações no site do Inmetro, onde está disponí-vel o Livreto de Avaliação da Conformidade: www.inmetro.gov.br/qualidade/definicaoAvalConformidade.asp.

Page 13: Revista Sol Brasil - 20°edição

SOLUÇÕES EM AQUECEDOR SOLARPARA OBRAS DE TODOS OS PORTES.

l Até 12 anos de garantia.

l Economia de recursos naturais e na conta de energia.

l Tecnologias exclusivas e patenteadas.

Page 14: Revista Sol Brasil - 20°edição

14 Entrevista

Aquecimento solar evitará geração de 18 TWh até 2022

Entrevista: Maurício Tolmasquim, presidente da EPE

Vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a Empresa de Pesquisa Energéti-ca (EPE) estima que até 2022 o Brasil terá aproximadamente 7 milhões de domicí-lios equipados com aquecimento solar de água.

De 2014 a 2022, esse parque instalado evitará a geração de 18 Terawatts-hora de energia elétrica que seriam necessários para acionar os chuveiros elétricos, obser-va o presidente da EPE, Maurício Tolmas-quim. Somente nas unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida, essa economia será de 6,3 TWh.

“Em termos de matriz energética, os va-lores podem não representar percentuais elevados de consumo, mas a redução do uso do chuveiro elétrico estará deslocando aproximadamente 1,5% da demanda total de eletricidade em 2022”, calcula Tolmasquim.

Nesta entrevista à SOL BRASIL, o presidente da EPE fala também sobre as estimativas de redução de emissões de gases de efeito estufa e dos bene-fícios do aquecimento solar para o setor elétrico e para a sociedade em geral.

Qual a importância da eficiência energética e das fontes de energia limpa para o País?

Tanto a eficiência energética quanto as fontes de energia limpa são de extrema importância para o País, essenciais no processo de desenvolvimento sustentável, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa e aumento da segurança energética.

A eficiência energética, que consiste em ações tomadas pelo consumidor final, é um importante vetor no atendi-

mento da demanda. Tais ações contribuem para aumentar a competitividade da economia, na medida em que reduzem a necessidade de expansão da geração centralizada do SIN (Sistema Interligado Nacional) e, consequentemente, parte do investimento em infraestrutura.

Como a adoção de tais medidas depende do consumidor final, é fundamental investir na disseminação de informação sobre ‘boas práticas’ e ações que busquem um uso mais eficaz da energia em todos os setores de consumo para que possam ser eficazes.

Embora ainda tímida, qual é a expectativa da representativi-dade da energia solar térmica na matriz energética brasileira para os próximos anos?

Para o horizonte do PDE 2022 (Plano Nacional de Ex-pansão de Energia), esperamos que a energia solar térmica continue a crescer, como vem crescendo nos últimos anos, puxada principalmente pelo próprio mercado e pela via-

Tolmasquim: “O uso do aquecimento solar de água é uma das alternativas em substituição ao chuveiro elétrico justamente para evitar a ponta do sistema no início da noite”

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Page 15: Revista Sol Brasil - 20°edição

Entrevista 15

“No médio prazo, o maior potencialde energia solar térmica está nos setores residencial e de serviços”

bilidade econômica dos projetos solares térmicos.

Estimamos que pas-saremos de cerca de 2 milhões de domicílios com coletor solar térmico em 2013 para aproximada-mente 7 milhões de domi-cílios em 2022. Em termos de matriz energética, os valores podem não representar percentuais elevados de consumo, mas em termos de matriz residencial, a redução do uso do chuveiro elétrico estaria deslocando aproxima-damente 1,5% da demanda total de eletricidade do setor no ano de 2022.

Como a EPE avalia a contribuição que o aquecimento solar de água pode dar na redução do consumo de energia elétrica no horário de ponta e na diversificação da matriz energética?

O uso do aquecimento solar de água é uma das alternati-

vas que vêm sendo adotadas no setor residencial nos úl-timos anos, em substituição ao chuveiro elétrico, justa-mente para evitar a ponta do sistema no início da noite, aumentando a diversidade da matriz.

Que benefícios a tecnologia solar pode trazer para o setor elétrico, para o consumidor e para a sociedade?

O benefício direto para o consumidor é a redução de sua conta de energia (eletricidade ou gás), a partir de um inves-timento inicial relativamente baixo (em média, R� 2.000 no Programa Minha Casa Minha Vida*). Para o setor elétrico, como mencionado anteriormente, e para a sociedade de uma forma geral, o benefício consiste na redução da necessidade de expansão da geração centralizada do SIN, evitando parte do investimento em infraestrutura associada à geração,

* No PMCMV, o valor do investimento já está inserido no contrato de financiamento. O consumidor não paga nada a mais pelo aquecedor solar que gera economias mensais significativas.

Page 16: Revista Sol Brasil - 20°edição

16 Entrevista

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 TOTAL

GWh 525 710 712 715 718 721 724 729 733 6.287

Hipótese 1* Mt CO2 0,05 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,6

Hipótese 2 ** Mt CO2 0,24 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,33 0,3 0,33 2,82

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 TOTAL

Hipótese 1* Mt CO2 0,14 0,16 0,17 0,18 0,20 0,21 0,22 0,23 0,25 1,76

Hipótese 2 ** Mt CO2 0,64 0,77 0,81 0,86 0,91 0,97 1,03 1,09 1,15 8,24

* A Energia solar causa deslocamento da demanda, que seria atendida pelo mix de geração do grid. Usa-se fator de emissão do grid, publicado pelo MCT.** Como a energia solar substitui o chuveiro elétrico no horário de ponta, seria plausível assumir que a margem do sistema é composta por termelé-tricas a gás. Em outros estudos já assumimos essa hipótese. Usa-se o fator de emissão da queima de gás natural.

Redução de emissões de CO2 (projeções da EPE)

Redução de emissões de CO2 no Minha Casa Minha Vida (projeções da EPE)

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 TOTAL

GWh 1.434 1.712 1.814 1.922 2.036 2.157 2.284 2.423 2.570 18.352

Economia de energia com aquecimento solar (projeções da EPE)

transmissão e distribuição de eletricidade e contribuindo para a modicidade tarifária.

Existe no planejamento energético uma estimativa de economia de energia com a adoção de sistemas de aquecimento solar nos próximos anos? De quanto seria essa economia?

Estimamos um consumo evitado de 2,5 TWh no ano de 2022, ou seja, 293 MWmed (Megawatts médios), equivalente à geração de metade da Usina Hidrelétrica de Furnas (1.216 MW) ou de uma UHE Capivara (619 MW), ou o equivalente a um mês do consumo do Estado do Rio Grande do Sul. Acumulando no horizonte 2014-2022, seria evitada a geração de 18 TWh.

Qual é a expectativa de redução de emissões de CO2 a partir

dos Sistemas de Aquecimento Solar?Estimamos uma redução de emissões de pelo menos 0,25

Mt CO2 (tonelada métrica de dióxido de carbono) no ano de 2022, acumulando 1,76 Mt de CO2 evitado no horizonte 2014-2022.

Qual a expectativa de economia de energia elétrica e de redução de emissões de CO2 com a instalação de SAS nas unidades habi-tacionais do Programa Minha Casa Minha Vida?

Olhando somente para os projetos do Minha Casa, Minha Vida, estimamos um consumo evitado de 733 GWh no ano de 2022, ou seja, 84 MWmed, o equivalente à geração da

UHE do Funil (180 MW) ou da UHE Ponte de Pedra (176 MW), ou ainda, equivaleria ao consumo médio mensal do Estado do Mato Grosso. Isso evitaria a geração de 6,3 TWh no acumulado no horizonte 2014-2022.

Estimamos uma redução de emissões de pelo menos 0,07 Mt CO2 no ano de 2022, acumulando 0,6 Mt CO2 evitado no horizonte 2014-2022.

Muitas cidades e alguns Estados brasileiros já possuem legis-lação sobre o uso da energia solar, mas com pouca efetividade. O que pode ser feito para ampliar o uso da energia solar nas cidades brasileiras?

Reconhecemos a importância deste tipo de legislação, que estimule o uso da energia solar no país. Ainda existe um longo caminho a ser percorrido.

Além do segmento residencial, incluindo as habitações de interesse social, e o setor de serviços, que outros setores da eco-nomia são considerados nos estudos da EPE para a utilização da tecnologia solar térmica? Que participação esses setores teriam no uso dessa tecnologia?

Acreditamos que o maior potencial da energia solar tér-mica, pelo menos no médio prazo, se encontra de fato nos setores residencial e de serviços, nos quais concentramos nossos esforços de análise para a penetração solar térmica, sem desconsiderar que existe uma participação da fonte em outros setores como, por exemplo, o industrial.

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Novidades na EuropaCom informações de Joachim Berner, Jan Gesthuizen, Jens-Peter Meyer e Ina Röp-cke, da Sun & Wind Energy 9+10/2013

Em 2013, a Intersolar Europe reuniu quase 1.300 expositores, entre eles os

fabricantes e parceiros da indústria solar térmica, que apresentaram suas mais

recentes inovações.

Um desses expositores era a po-lonesa Ensol, que tinha sido atração em 2012 com seu coletor circular. Depois de apresentar formatos incomuns no ano anterior, a Ensol exibiu seu primeiro coletor híbrido PVT (fotovoltaico-térmico), combi-nando tecnologia fotovoltaica com solar térmica. Os 300 W de potência elétrica padrão são fornecidos por 72 células solares de silício poli-cristalino.

Sua tecnologia de absorvedor “roll-bond” também estava em exposição pela primeira vez. O ab-sorvedor de alumínio está localizado sob as células solares e, assim como outros coletores PVT , não apenas utiliza o calor, mas também melhora a eficiência elétrica das células solares com o resfriamento da troca de calor com a água.

A empresa de tecnologia de aquecimento Hoval mostrou seu novo coletor UltraSol, cuja característica mais marcante do coletor é a altura total de 54 mm. Essa altura se deve aos estritos regulamentos sobre a altura de sistemas de energia solar, aplicáveis, por exemplo, em algumas regiões da Suíça.

Do mesmo modo, o isolamento é muito fino, pelo menos para o clima da Europa Central. A Hoval usa apenas 20 mm de lã mineral - na versão mais barata, sua UltraSol eco tem apenas 10 mm de espessura. Por outro lado, o design elegante do coletor faz com que seja atraente. Deveria, por-tanto, apelar mais para os clientes que preferem um telhado bonito em vez de uma potência maior.

A Derya Solar Collectors Co. anunciou dois novos produtos: um coletor totalmente de alumínio full plate (DSCAF) e um coletor seletivo de cobre (DSCCF). Ambos estão em processo de certificação Solar Keymark. “As vendas devem começar em aproximadamente dois meses”, disse o presidente do Conselho da empresa, Fahri Eken. Além disso, a Derya lançou uma nova série de reservatórios com serpentinas trocadoras de calor, com capacidade de 100 a 2.500 litros. A França também foi adicionada como um novo mercado de exportação. Lamentavelmente, a situação nos países árabes é difícil devido à situação política, disse Eken.

Coletores de tanques

A Ezinç Metal San . ve Tic. está “ muito satisfeita” com as vendas na África e no Oriente Médio, segundo o gerente de exportações Kutay Ulke. Ele também estava feliz com o Prêmio Intersolar Award que a Ezinç recebeu por seu sistema Nanosol. “O interesse é incrível”, disse Ulke. A Es-tônia, por exemplo, tem demonstrado um grande interesse, mesmo que o coletor não tenha proteção contra geadas e não seja eficiente ali, de acordo com Ulke. O interesse também é grande na Alemanha e na Itália. Outros mercados são África e Oriente Médio. A empresa já está trabalhando no desenvolvimento para aumentar a eficiência do Nanosol.

Baymak Makina San. ve Tic. A.S., subsidiária integral do grupo BDR Thermea desde 2012, fez pequenas alterações no seu sistema termossifão. Coberturas laterais de plástico, por exemplo, asseguram maior resistência à radiação UV.

Além disso, a Export Manager Ayfer Özdemir anunciou a primeira bomba de calor da Baymak, desenvolvida espe-cificamente para o mercado turco.

A África está ganhando importância como mercado de exportação, especialmente em países como o Senegal. A Baymak está atualmente tentando se estabelecer na África do Sul. O processo de certificação está em curso.

Inovações na empresa grega Sole caminham em direção completamente diferente. Em vez de maiores, os sistemas desenvolvidos pela Sole estão ficando menores. A empresa

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Empresa grega Sole desenvolveu um sistema de termossifão realmente pequeno, com apenas 1 m² de área coletora e um tanque de 90 L.

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antigos criar uma conta de usuário na plataforma virtual www.VBus.net. A Steca Elektronik GmbH apresentou seus controladores de sistema solar térmico e de água gelada em conjunto com inversores.

A Blaupunkt - mais conhecida por autorrádios, sistemas de navegação e televisão – irá se desenvolver como marca de produtos eletrônicos. Com esse objetivo, está expand-indo sua gama de tecnologia de controladores para a casa inteligente. Seu produto mais recente é o controlador solar e sistema de aquecimento Bluesol T08. O sistema pode ger-enciar três geradores de calor e até sete circuitos de aqueci-mento. Assim é possível combinar todas as fontes de calor disponíveis em um edifício, por exemplo uma caldeira, uma bomba de calor, um forno convencional, um exaustor e um sistema de energia solar em um único e poderoso sistema de aquecimento. Doze idiomas estão implementados.

Mas o principal público-alvo são os usuários finais eco-logicamente ocupados na Alemanha, de acordo com Marek Matecki, diretor da Blaupunkt Competence Centre Aircons & Solar (Mateko Sp. Z o . o.). Para que um usuário final ob tenha o máximo proveito dessa tecnologia do lar, deve poder ajustar facilmente os programas de tempo e funções compartilhadas. Por esta razão, a Blaupunkt utiliza um dis-play sensível ao toque, com menu intuitivo. O Bluesol T08 pode ser controlado remotamente pela internet.

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desenvolveu um sistema de termossifão especialmente para o mercado africano, com coletor com apenas 1 m2 de área e equipado com tanque de armazenamento de 90 litros. Particularmente na África, sistemas de água quente são frequentemente muito grandes, segundo a coordenadora de exportação Miriam Martinez.

Como a água é um recurso escasso, os clientes estão geralmente dispostos a pagar por sistemas maiores do que o necessário. A Sole oferece o sistema PL90 -1- 100, que faz parte da série de sistemas Eurosolar, como um produto OEM que outras empresas podem comercializar sob suas respectivas marcas.

Sistemas de controle

As fabricantes de sistemas de controle solar estavam satisfeitas com a resposta dos visitantes na Feira. Julia Pfeil, especialista em marketing da Resol GmbH em Hattingen, citou novos e interessantes contatos para a América do Sul e na região árabe. Jonas Bicher, gerente de desenvolvim-ento de negócios de Sorel GmbH, Sprockhövel , falou de numerosos visitantes.

A Resol apresentou o novo DeltaSol Série SL e anunciou que está pronta a atualização de software para o coletor de dados DL2, o que permitirá aos clientes com sistemas mais

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Proteção anticongelamento para os coletores solares Conheça os sistemas que previnem o congelamento da água e garantemo desempenho dos aquecedores solares mesmo nas regiões mais frias

Em regiões onde a temperatura ambiente pode atingir valores abaixo de 4 ºC, é necessário prote-ger o Sistema de Aquecimento Solar para evitar o congelamento da água no interior dos coletores solares.

A expansão da água e a formação interna de gelo podem romper os tubos do coletor solar e danificar o equipamento.

Entre os sistemas de proteção anticongelamento disponíveis no mercado destacam-se:

1. Válvulas termomecânicas

Estas válvulas utilizam um elemento metálico sensível à variação de temperatura que libera a passagem de água quando sua temperatura atinge valores abaixo de 6 ºC. A água do coletor solar é liberada para o ambiente fazendo com que a água que está no RT (reservatório térmico), a uma temperatura mais alta, percorra a tubulação do SAS. O desperdício da água liberada é a principal desvantagem. É o tipo mais utilizado em sistemas compactos e circulação natural (Termossifão).

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Válvula termomecânica - ADD-THERM

2. Válvulas elétricas

Este sistema de proteção possui uma válvula solenóide que é acio-nada por um termostato sempre que a temperatura atinge valores abaixo de 6 ºC. Similar à válvula termomecânica, também libera a água para o ambiente. O desperdí-cio da água liberada é a principal desvantagem.

A válvula elétrica é utilizada em sistemas de pequeno porte, mas precisa ser acionada por eletricidade.

3. Válvulas com motobomba

Usadas em sistemas com circulação natural (termossi-fão), estas válvulas possuem uma pequena motobomba que movimenta a água nos coletores sempre que a temperatura no seu interior atinge valores abaixo de 6 ºC. Tem como vantagem não desperdiçar água, porém é dependente de energia elétrica para seu correto funcionamento.

4. SAS com circulação forçada

Em SAS que utilizam motobomba para circulação de água entre os coletores e o RT, o CDT (Controlador Dife-rencial de Temperatura) que comanda o funcionamento da motobomba deve possuir uma função “Anticongelamento”. Essa função aciona a motobomba quando o sensor de tempe-ratura, instalado no coletor, detecta temperatura abaixo de 8 ºC. O funcionamento é intermitente até que a temperatura do coletor solar pare de baixar. Tem como vantagem não desperdiçar água, porém depende de energia elétrica para seu funcionamento.

5. Coletores especiais

Alguns fabricantes possuem coletores fabricados espe-cialmente para regiões com incidência de inverno rigoroso,

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Tecnologia 21

Manutenção

Em todos os tipos de proteção, a manutenção pre-

ventiva é fundamental para o correto funcionamento.

Como os sistemas de proteção anticongelamento

atuam poucas vezes ao longo do ano, para se evitar

defeitos como válvulas travadas, CDT desconfigura-

do, sensor descalibrado e mistura incorreta é muito

importante certificar-se do seu bom funcionamento.

O período de março a abril é o mais indicado para

estas manutenções.

Além disso, as instalações devem sempre seguir

as recomendações do fabricante dos coletores sola-

res e do mecanismo de anticongelamento.

seja com mecanismos internos ao coletor solar ou construí-dos com tubos mais resistentes como os de aço inoxidável. Apesar de não possuir a mesma eficiência que o coletor com tubos de cobre, o coletor com tubo de aço inoxidável resiste ao congelamento da água no seu interior.

6. SAS com aquecimento indireto

Neste caso, o circuito hidráulico entre os coletores solares e o reservatório térmico (circuito primário) é separado do circuito hidráulico de consumo (circuito secundário) através de um trocador de calor. O sistema permite a adição de um fluido no circuito primário que resiste à temperatura de congelamento da mistura água+fluido até -35 ºC.

Em países como Alemanha e Canadá, este sistema é utilizado em praticamente todas as instalações. Tem como desvantagem o custo maior do sistema, mas é extremamente eficaz.

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Tecnologia22

Está disponível no site do DASOL o Relatório Técnico sobre a eficiência de coletores solares planos (abertos ou fechados) e tubos evacuados para aquecimento de água, de autoria do Engenheiro Lúcio César de Souza Mesquita.

O estudo, publicado pela Universidade do Sol, mostra que os coletores sola-res planos fechados são mais eficientes (perdem menos calor) que os coletores de tubos evacuados, pois exigem menor área coletora para aquecer o mesmo volume de água.

Por sua vez, os tubos evacuados são mais vantajosos para operações em tem-peraturas acima de 75ºC, como aquecimento de água em processos industriais ou em sistemas de ar-condicionado solar por resfriadores a absorção.

O autor lembra que a análise de viabilidade comparativa de um sistema de aquecimento solar deve considerar também os custos dos equipamentos, além da avaliação de rendimento e de produção de energia.

O estudo completo está disponível para download em http://www.daso-labrava.org.br/publicacoes/aquecimento-solar/.

Estudo compara eficiência de coletores

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Tira Dúvidas 23

A inserção dos equipamentos de aquecimento solar no edifício é uma questão frequentemente levantada por arquitetos e engenheiros projetistas na fase de elaboração do projeto. Esta edição traz a segunda parte da entrevista com Luciana Carvalho, da VERT Arquitetura e Consultoria, esclarecendo as principais dúvidas dos profissionais da construção civil sobre aquecimento solar de água:

É necessário prever um espaço para acomodação do reservatório térmico?

Sim. Além do espaço para a caixa de água fria, o arquiteto deve prever espaço adequado para o reservatório térmico. Para funcionamento do sistema através da circulação natu-ral, esse equipamento deverá possuir uma distância vertical (altura) de no mínimo 15 cm entre sua base e o topo do coletor, e de 20 a 30 cm entre o topo do reservatório e base da caixa d’água.

Caso esse espaço não esteja disponível, é possível optar por reservatórios que operam em nível com a caixa d’água. Contudo, para locais onde o abastecimento de água pela concessionária é inconstante, essa opção não seria indicada.

É possível instalar um sistema de aquecimento solar em uma residência já construída?

Sim, é possível! Se a residência ou edifício já contar com tubulação apropriada para a água quente será necessário apenas avaliar se existe espaço suficiente na cobertura para instalar os equipamentos de ma-neira correta.

Para residências unifamiliares que não contam com a tubulação de água quente, é possível insta-lar uma válvula misturadora nos chuveiros, sem a necessidade de troca de toda a tubulação.

Já no caso de edifícios multifa-miliares, a ausência de tubulação própria impede o uso do sistema de aquecimento solar.

Qual o custo-benefício de um sistema de aquecimento solar para uma família de quatro pessoas?

Esse valor depende muito do custo da energia elétrica do local onde essa família reside, pois a grande maioria dos brasileiros aquece a água para banho com essa ener-gia. Quanto maior o custo da energia elétrica, melhor será o custo-benefício do sistema. Outros fatores como volume de água a ser aquecido e custo total do sistema – que pode

variar de acordo com o custo e número de equipamentos empregados – também podem influenciar no payback.

Para um sistema convencional instalado em Minas Ge-rais, por exemplo, em uma residência de quatro pessoas, o payback do sistema está em torno de 3 anos. Considerando que os coletores solares têm vida útil aproximada de 15 anos, vemos que é um bom negócio para essa família!

Como devem ser escolhidos os coletores solares e reservatórios térmicos?

Após estabelecer o volume de água que será aquecido, o arquiteto deverá acessar a Tabela de Eficiência do Inmetro (Programa Brasileiro de Etiquetagem) e escolher os equipa-mentos que melhor lhe atendam. Aqui seria importante que, além de considerações quanto ao desempenho e dimensões dos coletores, o projetista também avaliasse o custo de seus pares, permitindo que o cliente adquira produtos de quali-

dade com custo apropriado para seu orçamento.

Alguns equipamentos não pos-suem etiqueta do Inmetro. Como devo proceder nesses casos?

A etiquetagem de coletores solares, existente desde 1997 e de caráter voluntário, passa a ser obrigatória a partir de 2014. Portanto, cabe ao consumidor estar atento e adquirir produtos que terão sua qualidade testada e comprovada pelo Inmetro.

Dúvida sobre sistemas de aquecimento solar de água?

Envie sua mensagem para [email protected]

Fale com o Especialista

Luciana Carvalho é arquiteta e urbanista pela PUC Minas Gerais (2006). Possui título LEED Green Associate pelo Green Building Council Institute (2013). É sócia-diretora da VERT Arquitetura e Consultoria. Trabalhou no laboratório Green Solar / PUC Minas de 2006 a 2009. Tem experiência em energia solar térmica e eficiência energética de edifica-ções atuando nos seguintes temas: instalações de aquecimento solar, análise de sombreamento em coletores solares, análise termoenergética de edifícios, simulação computacional e etiquetagem de edificações.

Arquiteta Luciana Carvalho

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