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Economia na conta de luz Energia solar:

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Page 1: Revista Sol Brasil - 25°edição

Economia naconta de luz

Energia solar:

Page 2: Revista Sol Brasil - 25°edição

2 I Índice

3 I Editorial

Certificação para instalador seráoferecida já neste semestreEspecialista do SENAI-SP descreve os próximos passos para o profissional obter o reconhecimento de sua competência técnica

20 I Qualisol

22 I Cursos e Agenda

Notícias

Inmetro confirma o modelo 3na CertificaçãoNova portaria simplifica processo

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DASOL da ABRAVA nas discussõesdo novo acordo global do climaAssociação e outras entidades levarão sua visão ao Itamaraty

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A hora e a vez do aquecimento solarCenário energético restritivo e aumento das tarifas de eletricidade ressaltam vantagens da tecnologia solar térmica

4 I Especial

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Participe do 3º CB-SOLCongresso apresentará cases de sucesso do aquecimento solar

Brasil e Japão estudam oportunidades de eficiência energéticaABRAVA esteve presente no workshop realizado em Tóquio

Economia de energia paraos clientes da Andrade e SilvaEmpresa de Pouso Alegre valoriza aquecimento solar em seus projetos

19 I Arquitetura Solar

Page 3: Revista Sol Brasil - 25°edição

Em fevereiro deste ano, a ABRAVA-DASOL publicou carta aberta à sociedade brasileira, chamando a atenção para a responsabilidade de todos nós diante da questão energética. A carta reiterava a proposta encaminhada ao Governo Federal para disseminar o uso do aquecimento solar de água nos lares brasileiros, uma iniciativa que vai muito além do legítimo esforço da nossa Associação em fortalecer o setor, gerar mais empregos em nossa indústria e ampliar o mercado de aquecedores solares.

O recente aumento das tarifas de energia, autorizado no início de março, só reforça e confirma mais uma vez a oportunidade e a dimensão social da nossa proposta. Desde 2 de março, a conta de luz ficou em média 23,4% mais cara em todo o país. Em algumas localidades, esse aumento passou dos 30%: na área de concessão da AES Eletropaulo, que atende o maior centro consumidor do país, o aumento médio ficou em 31,9%. Em outras concessionárias, esse aumento pode chegar em 2015 em 70%.

Houve aumento também nos valores das bandeiras tarifárias, um sistema de cobrança adicional pelo uso da eletricidade mais cara gerada pelas termelétricas, acionadas quando a energia produzida pelas hidrelétricas não é suficiente para atender a demanda.

Usar a energia solar térmica significa destinar a finalidades mais nobres e mais intensivas a energia elétrica hoje consumida no aquecimento de água para banho. Segundo dados do Procel/Eletrobras, 7% de toda a energia elétrica consumida no país é usada para acionar o chuveiro elétrico.

Além de poupar energia elétrica, a adoção do aquecimento solar, energia limpa, gratuita e renovável, representa em média economia superior a 30% no valor da conta de energia dos consumidores residenciais.

Essa economia representa uma transferência indireta de recursos e consequente aumento da renda líquida para as famílias de menor poder aquisitivo. Foi o que mostrou a mais recente pesquisa de satisfação feita junto aos usuários do Programa Minha Casa Minha Vida cujas moradias são equipadas com aquecimento solar. Aliás, a extensão do aquecimento solar para todas as unidades habitacionais construídas pelo Programa (e não apenas para as unidades unifamiliares da menor faixa de ren-da) é outra proposta que a ABRAVA-DASOL vem defendendo junto ao Governo.

A energia solar térmica representa apenas 1,03% da matriz elétrica nacional, em-bora o Brasil possua um dos maiores índices de irradiação solar do mundo. Nossa Associação está permanentemente mobilizada para aumentar essa participação, promovendo capacitação, incentivando a certificação profissional e de qualidade, firmando parcerias com as universidades e participando de todos os fóruns que ajudem a ampliar e fortalecer o nosso mercado.

Apesar da atual crise econômica e política por que passa o país, o aquecimento solar tem uma grande contribuição a dar como solução energética e sustentável para o Brasil. E esta é uma grande oportunidade para todos nós, empresários do setor. Vamos fazer dessa crise a nossa oportunidade: se existe um setor que irá crescer nessa atual conjuntura é justamente a área da eficiência energética, onde, com certeza, o Aquecedor Solar está inserido.

Editorial I 3

DASOL ABRAVA Departamento Nacional de Aquecimento Solar (DASOL) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA).

Conselho de Administração do DASOLPresidência Luís Augusto Ferrari Mazzon VP Relações Institucionais (VPI) Amaurício Gomes Lúcio VP Operações e Fomento (VPOF) Ernesto Nery SerafiniVP Tecnologia e Meio Ambiente (VPTMA) Jamil Hussni JuniorVP Marketing (VPM) Rafael Bomfim Pompeu de CamposVP Desenvolvimento Associativo (VPDA)Mauro Isaac Aisemberg Past President (PP) Carlos Artur Alves de Alencar Secretário Executivo Marcelo Mesquita

Revista Sol Brasil Conselho Editorial: Marcelo Mesquita e Nathalia MorenoEdição: Ana Cristina da Conceição (MTb 18.378) - Setembro ComunicaçãoProjeto gráfico e editoração eletrônica: Izilda Fontainha Simões

Fotos da Capa: Marcos Santos/ USP Imagens; Acervo de fotos de obras de grande porte – Transsen

Impressão: Formato Empresarial

DASOL/ABRAVAAvenida Rio Branco, 1492 Campos Elíseos – São Paulo – SP01206-905 - Fone (11) 3361-7266 (r.142)Fale conosco: [email protected]

Amaurício Gomes LúcioVice-Presidente de Relações Institucionais do DASOL-ABRAVA

Aquecimento solar: solução e oportunidade

Page 4: Revista Sol Brasil - 25°edição

4 I Especial

Cenário energético restritivo e aumento das tarifas de eletricidade ressaltam vantagens da tecnologia solar térmica

A elevação das tarifas de energia elétrica, anunciada no início de março, e o cenário de restrição de oferta de energia, agravada pelo baixo volume de chuvas dos últimos anos, evidenciaram mais uma vez a urgência de se adotar uma cesta de soluções energéticas no país. Entre estas soluções, sem dúvida está a energia solar térmica para o aquecimento de água.

Presente em 1% da matriz elétrica nacional, a energia solar térmica permitiu em 2013 que o país poupasse energia elétrica equivalente (EEE) a 5.404 GWh/ano, segundo dados da IEA (Agência Internacional de Energia). Essa energia economizada é maior do que a produção anual da usina termonuclear Angra 1, com o benefício adicional de ser limpa, gratuita, renovável e de tecnologia 100% nacional.

“A tecnologia solar térmica permite que a cara energia elé trica, e portanto nobre, seja destinada a finalidades mais intensivas e otimizadas do que o simples aquecimento de água”, observa Luís Augusto Ferreira Mazzon, presidente do Departamento Nacional de Aquecimento Solar da ABRAVA.

Existem indicativos de que cerca de 7% de toda a energia

elétrica consumida no país é utilizada para aquecer água, segundo dados do programa Procel/Eletrobras. Este é um, entre vários argumentos, que fundamentam a proposta do DASOL da ABRAVA para criação de um amplo programa de conscientização, disseminação e incentivo ao uso do aquecimento solar no país.

O aquecimento solar como exemplo de uso eficiente de energia também foi destacado pela presidente da República Dilma Rousseff na abertura da 21ª Feicon Batimat (Salão Internacional da Construção), em São Paulo, ao comentar a expansão da construção civil e pesada nos últimos 12 anos.

A presidente foi enfática em valorizar a importância do uso massivo da energia solar térmica. “Não há motivos para que nós não consigamos desenhar medidas para garantir as melhores práticas, tanto em poupança de água quanto de energia no Brasil. Não tem por que a gente não adotar a energia solar térmica num país ensolarado como é o nosso”, salientou, observando que o país precisa incorporar melho-res práticas independentemente de haver crise hídrica ou energética.

A hora e a vez do aquecimento solar

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Energia solar: limpa, gratuita, renovável e tecnologia 100% nacional

Page 5: Revista Sol Brasil - 25°edição

Especial I 5

Presidente Dilma na abertura da Feicon 2015: “Não tem por que a gente não adotar a energia solar térmica em um país ensolarado como o nosso”

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A presidente também chamou a atenção para o benefício de redução da conta de luz ao comentar a continuidade do Programa Minha Casa Minha Vida. O programa permitiu o acesso de famílias de me-nor renda ao aquecimento solar. “Fiquei muito feliz em saber que deu certo porque, no início, o que diziam para nós é que não tinha produto. E, mais uma vez, a indústria mostrou que tinha condições de superar e atender o desafio.”

Carta Aberta

A inclusão dos aquecedores solares nas moradias des-tinadas à menor faixa de renda do Minha Casa Minha Vida é resultado da atuação do DASOL da ABRAVA junto ao mercado e entidades do governo com o foco de reduzir o consumo de energia elétrica. Atualmente, as habitações de interesse social como as construídas pelo programa repre-sentam 19% das vendas anuais de aquecedores solares no Brasil.

O DASOL da ABRAVA defende e reiterou este ano junto ao Governo sua proposta de disseminação do aquecimento solar no país e a implantação compulsória dessa tecnologia em todas as unidades habitacionais construídas pelo Minha Casa Minha Vida. “O programa utiliza recursos públicos. É, portanto, coerente que seja dotado de itens sustentáveis em seus investimentos”, defende Marcelo Mesquita, secretário executivo do DASOL.

Atualmente, o programa habitacional prevê a instalação de aquecedores solares somente nas moradias unifamiliares para a faixa de renda 1, de até R$ 1.600, o que significa a

meta de 263 mil unidades contratadas. O DASOL também propõe que a tec-nologia solar térmica seja adotada nos programas habitacionais dos governos estaduais e em construções que utilizem recursos go-vernamentais.

Em sua Carta Aberta à Sociedade Brasileira, publicada em fevereiro, o DASOL propõe uma linha de crédito específica para aquisição de aquecedores solares com pagamento a partir de 36 parcelas com taxas subsidiadas através dos bancos oficiais. Pelos cálculos do DASOL, a economia em reais na conta de luz é maior que o valor da parcela do financiamento, sobrando dinheiro no bolso do consumidor.

A proposta do DASOL inclui ainda a liberação de re-cursos do FGTS depositados nas contas dos trabalhadores com renda inferior a três salários mínimos para aquisição de aquecedores solares. O argumento é que tais recursos podem ser liberados quando da compra e construção de imóveis.

Retorno garantido

Com custo menor que 1% do valor total de uma obra, a instalação de um sistema de aquecimento solar de água proporciona economia direta ao consumidor. “A energia solar térmica tem custo de R$ 0,13 / kWh contra o custo de energia elétrica que é de R$ 0,39 / kWh, uma proporção de 1 para 3”, salienta Amaurício Gomes Lúcio, vice-presidente de Relações Institucionais do DASOL.

Pelos cálculos do DASOL, o consumidor recupera em até dois anos e meio o investimento em sistemas de aqueci-mento solar somente com o dinheiro poupado mensalmente

Com a economia de energia, consumidor recupera em dois anoso que investiu no aquecimento solar

Feicon recebeu 160 mil visitantes este ano: foco na economia de água e energia

Page 6: Revista Sol Brasil - 25°edição

6 I Especial

Aquecimento solar: solução energética

Consumo mensalde energia sem SAS

Economia mensalde energia com SAS

Economia anualde energia com SAS

Valor economizadona conta de luz (*)

270 kWh 70 kWh 840 kWh R$ 894,24

(*) Cálculos do DASOL para uma família com cinco pessoas considerando o aumento das tarifas em 2015 em 20%

na conta de eletricidade de uma residência com quatro a cinco pessoas. “Hoje um produto compacto custa para o consumidor final cerca de R$ 2 mil. Em dois anos de uso o produto se paga e nos outros anos ele gera economia para a família”, reforça Mazzon. O equipamento etiquetado pelo Inmetro tem vida útil de 20 anos.

Considerando que essa família acione o chuveiro elétrico por 40 minutos todos os dias (para cinco banhos de oito minutos), a energia elétrica consumida ao longo do mês somente para o banho será de 87 kWh.

No entanto, ao substituir esse chuveiro elétrico pela energia solar térmica no aquecimento da água do banho, uma residência que tenha consumo médio de 270 kWh/mês passará a poupar cerca de 70 kWh/mês. Em um ano serão 840 kWh economizados, o que corresponde a cerca de R$ 745,00/ano poupados. “Se considerarmos as tarifas com aumento de 20% a ser adotado ainda em 2015, essa economia chegará a R$ 894,24/ano”, observa Amaurício Gomes Lucio.

Amaurício Gomes Lúcio: energia elétrica custa três vezes

mais que a energia solar térmica

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Luís Augusto Ferrari Mazzon: “Em dois anos, o aquecedor solar se paga e nos outros anos gera economia para a família”

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Especial I 7

Em seu discurso na Feicon, Dilma Rousseff reafirmou o compromisso com o lançamento da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida, com metas de contratar casas para mais 3 milhões de famílias até o final de 2018, totalizando 6,75 milhões.

O programa já beneficiou 2,08 milhões de famílias, envol-vendo governo federal, Caixa Econômica, empresários e go-vernos estaduais e municipais que fazem cadastros, fornecem infraestrutura e disponibilizam terrenos.

Além de garantir a continuidade do programa, a presidente prevê aperfeiçoamentos no Minha Casa Minha Vida. “Vamos aprimorar o programa, seja para garantir mais qualidade às moradias, seja para atender certas características de mu-danças do mercado, seja para acelerar sua implantação nas áreas metropolitanas onde a terra é cara e se constitui num

Terceira etapa do Minha Casa Minha Vida

impedimento a um volume maior.” No discurso, ela anunciou a intenção do governo de criar

uma faixa de renda intermediária entre as atuais faixas 1 e 2 do programa. A presidente observou que para acelerar o programa nas regiões metropolitanas serão necessárias adaptações. “Vamos ter de fazer uma certa verticalização para poder garantir tanto o acesso ao terreno como moradias de qualidade para as pessoas.”

Citando a evolução da construção civil e pesada, “um dos motores do crescimento do país”, a presidente lembrou a expansão do crédito imobiliário, do emprego e dos investi-mentos em infraestrutura. O crédito imobiliário cresceu de 1,5% do PIB em 2003 para 9,7% em 2014. O emprego na indústria da construção passou de 1,1 milhão de vagas em 2002 para 2,78 milhões em 2014.

Minha Casa Minha Vida: o DASOL defende a instalação dos aquecedores solares em todas as

moradias contratadas

Tecnologia 100% nacional

Para garantir o suprimento de energia, o sistema elétrico tem acionado cada vez mais as usinas termoelétricas que geram uma energia mais cara. Como observa o presidente do DASOL, entre 2011 e 2013, a participação das termelé-tricas na geração de eletricidade subiu de 15% para 23%. Ele lembra que tanto a energia proveniente de hidrelétricas quanto a de ter-melétricas passam por sistemas de transmissão e distribuição e geram perdas, custo elevado e ônus ambiental.

Enquanto isso, a energia que vem do sol é limpa, renovável e gratuita. “A tecnologia é nossa, a matéria-prima é 100% nacional e a vida útil do sistema é de cerca de 20 anos. É uma solução que está dentro de casa”, sintetiza Mazzon.

Amaurício Gomes Lúcio salienta os benefícios ambi-entais. “O aquecimento solar de água em uma casa com quatro habitantes evita a emissão de 440 quilos de dióxido de carbono (CO2), evita a inundação de 112 m² na construção de novas usinas ou evita o consumo de 430 quilos de lenha ou 110 quilos de gás GLP por ano.”

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8 I Especial

Soluções para economizar água e energia deram o tom da 21ª Feicon Batimat (Salão Internacional da Construção), realizado de 10 a 14 de março em São Paulo.

Setor solar térmico presente na Feicon

Sete empresas associadas ao DASOL da ABRAVA marca-ram presença no evento, que é referência da construção civil na América Latina: Aquakent/Jamp, Heliotek/Bosch, Mondialle,

Pro-Sol, Rinnai, Solarem/Tuma e Soletrol.Este ano, a Feicon reuniu mais de 2 mil marcas

nacionais e internacionais numa área de 85 mil m2 do Pavilhão de Exposições do Anhembi. Com 118 mil visitantes e geração de R$ 600 milhões em negócios, a Feicon foi palco para lançamentos de produtos e novas tecnologias, apresentando projetos, produtos e soluções para a construção civil.

Durante o evento, foi realizada a Conferência Feicon Batimat, com profissionais nacionais e inter-nacionais em apresentações, palestras, painéis de debate e estudos de casos. Entre outros temas, o ciclo de seminários da Feicon focou as construções sustentáveis e as oportunidades para redução de consumo de água e energia.

Projeções da EPE

Estudos da Empresa de Pesquisa Energé-tica (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, apontam que o gasto de energia elétrica para aquecimento de água em residên-cias no País deve cair nas próximas décadas, com a substituição dos chuveiros elétricos por aquecedores solares.

A previsão é que, em 2050, 24% do aqueci-mento de água dos domicílios seja feito usando o calor do sol, contra os atuais 5%. Com isso, o uso de eletricidade para esse fim cairá de 88%, em 2013, para 38% em 2050, liberando essa energia para outros usos. Os dados constam dos estudos econômicos e de demanda para o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, que está em debate.

O documento projeta que até 2050 cerca de 20% dos domicílios usarão o calor do sol para aquecer água, com a instalação de aproximada-mente 250 m² de painéis de aquecimento solar para cada 1.000 habitantes. Até 2030, a dissemi-nação do aquecimento solar nas residências permitirá evitar um consumo próximo de 4.465 GWh.

Segundo os estudos, com maior uso da energia térmica solar, em 2050 deixarão de ser consumidos da rede elétrica perto de 8.604 Giga Watts hora (GWh), evitando a instalação

de cerca de 2 GW do Sistema Interligado Nacional (SIN). Pelos cálculos da EPE, esses 2 GW equivalem aproximada-mente à metade do consumo na cidade do Rio de Janeiro em 2013.

Participação das fontes nos domicíliosque aquecem água para banho

Projeções do Ministério de Minas e Energia - Fontes para Aquecer Água

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Page 10: Revista Sol Brasil - 25°edição

Nos últimos três anos, a indústria de aquecimento solar acompanha uma série de transformações no Programa Brasileiro de Etiquetagem. A exigência para todo o setor é migrar da Etiquetagem Voluntá-ria, praticada há mais de 17 anos, para a Certificação Compulsória de Produtos do Inmetro, dentro do âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Con-formidade (SBAC).

Defendida pela ABRAVA e pelo Inmetro, o objeti-vo dessa alteração é promover melhorias na qualidade dos produtos, no combate à concorrência desleal e, principalmente, prover informação e segurança ao

Inmetro confirma omodelo 3 na Certificação

consumidor. Seguindo metodologia, a certificação será realizada por um novo agente no setor, o Orga-nismo de Certificação de Produto (OCP), acreditado pelo Inmetro.

Essa proposta teve início em julho de 2012 com a publicação da Portaria Inmetro 352, que apresentava dois modelos de certificação: o Modelo 5 e Modelo 7. O Modelo 5 (Ensaio de Tipo, Avaliação e Aprovação do Sistema da Qualidade do Fabricante) prevê audi-torias no fabricante e ensaios de amostras retiradas no comércio e no fabricante. No Modelo 7 (Ensaio de Lote), as amostras de um lote do produto são submetidas a ensaios.

Mais adiante, a Portaria Inmetro 358/2014, de 01/08/2014, redefiniu os prazos para implantação

Nova portaria simplifica processo

10 I Notícias do Dasol

ABRAVA espera definição sobre critérios para o ensaio de penetração

de chuva nos coletores solares

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Notícias do Dasol I 11

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dos novos critérios de avaliação da conformidade nos coletores solares e reservatórios térmicos.

A nova portaria estabelecia a partir de setembro de 2015 a exigência compulsória de etiqueta Inmetro e determinava que todas as indústrias somente po-deriam fabricar produtos certificados para atender ao regulamento. (Mais informações em www.certificasol.com.br).

Entretanto, após avaliação feita por um grupo de representantes dos agentes do setor (laboratórios, OCPs e Fabricantes), a ABRAVA apresentou uma lista de 136 sugestões ao Inmetro para adequação das exigências às características do mercado, princi-palmente para as pequenas e micro empresas. Este movimento resultou na “Consulta Pública” proposta

pela Portaria Inmetro n° 487/2014, de 4 de novembro de 2014. Desde então, o setor de aquecimento solar aguardava pela definição de critérios alinhados à realidade das empresas do segmento.

Finalmente, após mais de três meses da Consulta Pública, o Inmetro publi-cou a Portaria 159, de 19 de março de 2015, que formaliza proposta para aper-feiçoamento do Programa de Avaliação da Conformidade para Equipamentos

de Aquecimento Solar de Água. A nova portaria estabelece a substituição do Modelo 7 pelo Modelo 3 de certificação, que prevê ensaio de tipo com inter-venções posteriores por meio de amostras retiradas no fabricante.

Na opinião do vice-presidente de Assuntos Ins-titucionais do DASOL, Amaurício Gomes Lúcio, o Modelo 3 é uma ótima alternativa porque faltava um mecanismo de certificação mais simples.

“O Modelo 3 irá propiciar que as empresas me-nores atendam às novas exigências com menor custo e prazo. Por serem pequenas, os processos dessas empresas não são formalmente dotados de Sistemas de Gestão da Qualidade, exigidos e auditados no Modelo 5”, explicou.

Jamil Hussni lembra que aspectos de medição influenciam cálculo de eficiência dos equipamentos

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Page 12: Revista Sol Brasil - 25°edição

Luiz Augusto Ferrari Mazzon, presidente do DASOL, tam-bém vê como um avanço a publicação da Portaria 159, que disponibiliza o Modelo 3 de Certificação ao setor. Mas enfatiza que ainda existem muitas melhorias que a ABRAVA solicitou e que ainda se encontram pendentes de análise e atendimento por parte do Inmetro. Entre essas melhorias destacam-se:

Inspeção final: Para todos os ensaios listados na Portaria n° 301/2012, deve haver critérios de avaliação específica, para casos de “sem falha grave”, e o critério da aprovação/ reprovação em respeito à acumulação de umidade somente deve ser utilizado no teste de ensaio de penetração de água da chuva.

ABRAVA aguarda avaliação do Inmetro para melhorias solicitadas

Conceito de família: Definição das características comuns de equipamentos, para agrupamento dos modelos de reser-vatório térmico de uma mesma unidade produtiva.

Ensaio de envelhecimento ASTM G155: Substituição do teste ASTM G155 pelo ensaio de exposição (item 5.4 descrito na Norma ABNT NBR 15747-2:2009) ou ensaio de envelheci-mento acelerado ASTM G154 (ensaio mais comum).

Penetração de chuva: O ensaio deve seguir o conceito da Norma ISO9806:2013, para a verificação de penetração de água após o ensaio de penetração de chuva. Caso seja escolhido o método da pesagem, a variação de peso não pode

ser maior que 30 (trinta) g/m2 de área externa do coletor. A balança utilizada deve possuir incerteza padrão melhor do que 5 (cinco) g/m2 de área externa do coletor.

Critérios de medições das dimensões, suas variações e incerteza: Além dos ensaios iniciais, os equipamentos de aquecimento solar de água devem ser inspecionados, com a finali-dade de confirmar as informações declaradas na PET (Planilha de Especificação Técnica).

Jamil Hussni Junior, vice-presidente de Tec-nologia e Meio Ambiente do DASOL, avalia que algumas melhorias no regulamento devem en-volver aspectos de medição, como por exemplo a definição dos pontos/locais de tomada de medidas e suas incertezas específicas.

“Algumas medidas influenciam no cálculo de eficiência como área transparente, área externa, área de chapa de absorvedor, es-pessura da chapa do absorvedor, espessura da tubulação, etc. e devem estar muito bem determinadas no regulamento”, observa.

12 I Notícias do Dasol

Simulador solar do IPT, um dos laboratórios designados pelo Inmetro para realização de ensaios

Page 13: Revista Sol Brasil - 25°edição

O Modelo de Certificação 7 - Ensaio de Lote foi substi-tuído pelo Modelo de Certificação 3 – Ensaio de tipo, com intervenções posteriores através de ensaios em amostras retiradas no fabricante para equipamentos de aquecimento solar de água.

Outras importantes alterações propostas pela Portaria 159 são:

• OprazodoCertificadodaConformidade,quetevesua validade ampliada de 4 para 6 anos.

• OcontroledaCertificaçãorealizadopeloOCP,cujasauditorias a cada 12 meses passam a ser exigidas a cada 24 meses e que visam constatar se as condições que de-

Principais mudanças em relação à Portaria nº 352, de 06/07/2012

ram origem à concessão inicial da certificação continuam sendo cumpridas.

Ambas alterações implicam em menos intervenções e custos para as empresas.

• Damesma forma,osensaiosanuaisdemanuten-ção para comprovar a manutenção da conformidade dos produtospassama ser realizadosem intervalosde24meses, beneficiando as empresas e seguindo modelos internacionais que praticam intervalos de até cinco anos para tais ensaios.

• Emtodososdocumentos,planilhaseetiquetas,o“Fabricante” passa a ser definido como “Fornecedor”.

Notícias do Dasol I 13

Page 14: Revista Sol Brasil - 25°edição

Representante oficial do setor solar térmico, o DASOL participará do processo coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) para elaborar as propostas brasileiras para a construção do novo acordo global sobre mudanças climáticas.

Ao longo de 2015, os 195 países membros da Convenção do Clima da ONU deverão registrar suas propostas para o acordo, que deverá entrar em vigor em 2020, visando o combate internacional ao aque-cimento global nas próximas décadas. O objetivo do acordo é evitar que o aquecimento da Terra ultrapasse os 2 °C neste século, limite considerado perigoso pela ciência. Para isso, cada país apresentará sua INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada Preten-dida, ou INDC, na sigla em inglês), contendo a meta de corte de emissões de carbono que considere justa para o esforço global.

Em 2014, o Itamaraty abriu um processo de con-sulta à sociedade para a construção da sua INDC. Entre as instituições que participam desse processo de consulta está o Instituto Vitae Civilis/GSCC Brasil, que convidou o DASOL e outros setores produtivos considerados “Amigos do Clima” para apresentarem sua visão ao Itamaraty.

O convite é uma oportunidade para esses setores (solar térmico, fotovoltaico, eólico e biomassa entre outros) discutirem com o governo como podem co-laborar para reduzir as emissões nacionais de gases de efeito estufa até 2020 e até 2050, com geração de empregos, menores impactos ambientais da energia e maior qualidade de vida para os cidadãos do país.

Segundo Délcio Rodrigues, representante do Global Scientific Communication Council no Brasil, o convite também é uma oportunidade para apresen-tar ao Itamaraty a necessidade de políticas públicas adequadas que possam colaborar com o crescimento econômico dos setores considerados “Amigos do Clima”, como o solar térmico.

Além das reuniões com o Itamaraty, está prevista a realização de pesquisa de opinião públi-ca sobre a necessidade de o Brasil agir com ambição elevada na mitigação

DASOL da ABRAVA nas discussõesdo novo acordo global do clima

das mudanças climáticas e sobre o papel dos setores solar térmico, solar fotovoltaico, eólica e biomassa (etanol, biodiesel, bioeletricidade) nesse processo.

Outra ação prevista é a realização de evento em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas e outras organizações da sociedade civil (principalmente as ONGs do Observatório do Clima) para divulgar a importância desses setores para a matriz energética e sua possível contribuição para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Associação e outras entidades apresentarão suas ideias ao Itamaraty

Imagens: sxc.hu

14 I Notícias do Dasol

Page 15: Revista Sol Brasil - 25°edição
Page 16: Revista Sol Brasil - 25°edição

Participe do 3º CB-SOL

Congresso apresentará cases de sucesso do aquecimento solar como alternativa energética

16 I Notícias do Dasol

Fortalecendo a indústria solar térmica

Desde a primeira edição, em 2011, o CB-SOL vem contribuindo para o avanço do conhecimento técnico e o fortalecimento da indústria nacional de aquecimento solar. Em 2014, o 2º CB-SOL aprovou como recomendação para o setor a adoção dos indicadores Produção Anual Padronizada de Energia (PAPE) e Custo Solar (CS) e trouxe o conceito da Energia Elétrica Equivalente (EEE). Esses indicadores facilitam a comparação comercial de modelos de aquecimento solar oferecidos no mercado e seu benefício imediato para o consumidor, isto é, a geração de energia para aquecimento de água.

O aquecimento solar de água como alternati-va energética será um dos temas do 3º Congresso Brasileiro de Aquecimento Solar (3º CB-SOL), or-ganizado pela ABRAVA-DASOL. O 3º CB-SOL acontece nos dias 2 e 3 de setembro, durante a Intersolar South America, feira mundial da indústria solar que será realizada no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo.

O CB-SOL apresentará cases de sucesso das aplicações da tecnologia solar térmica na in-dústria e no setor de serviços, além de debater políticas públicas para o aquecimento solar, o uso da tecnologia nas habitações de interesse social e a cer-tificação do Inmetro para aquecedores solares, entre outros temas. Também está prevista a realização de minicursos durante o Congresso.

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Realização:

Descontos Empresas associadas à ABRAVA terão desconto nos va-

lores de inscrição no congresso e de patrocínio e exposição na feira. Também estão previstos descontos e facilidade de pagamento para as reservas feitas com antecedência. A ficha de solicitação para expositores e co-expositores está disponível em www.cb-sol.org.br.

Para consultar preços e mais informações, entre em con-tato com a ABRAVA pelos telefones (11) 3361-7266, ramais 142 e 144 ou pelo e-mail [email protected]

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18 I Notícias do Dasol

A ABRAVA integrou a delegação brasileira no workshop “Corte de Picos e Poupança de Eletricida-de”, realizado entre 21 e 31 de janeiro em Tóquio, no Japão. O workshop teve como objetivo desenvolver ações cooperadas entre Brasil e Japão na área de con-servação de energia.

Desde 2013, o Ministé-rio do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior do Brasil (MDIC) e o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão (METI) desenvolvem ações conjuntas em Comis-são Mista Brasil-Japão para promoção do comércio, investimento e cooperação industrial.

Nesse âmbito foi forma-do um grupo de trabalho denominado “Comunidade Smart” que, com a con-tribuição do Centro de Conservação de Energia do Japão (ECCJ) e também do Japonês Business Alliance para Smart Energy Worldwide (Jase-W), realizaram em fevereiro de 2014 um treinamento no Brasil sobre conservação de energia considerando os desafios energéticos do País. A partir desse treinamento, foram identificadas oportunidades para a cooperação Brasil-

Brasil e Japão estudam oportunidadesde eficiência energética

-Japão em estratégias que deram origem à proposta do workshop realizado em janeiro.

O workshop discutiu temas como a estrutura legal e política para promover eficiência energética e conservação de energia e o estabelecimento de sis-

temas de gestão energética com base na ISO 50001. O programa incluiu visitas a instalações consideradas como melhores práticas em intensidade energética da indústria e construção.

O workshop também destacou o desenvolvimen-to de ferramentas para con-servação de energia elétrica e planos de ação contem-plando normas, além das estratégias de etiquetagem e sistema de incentivos para

introduzir equipamentos e eletrodomésticos eficientes no mercado.

Segundo Fernando Lourenço Nunes Neto, assessor do MDIC e coordenador da missão, neste ano serão realizados alguns estudos modelo em indústrias na-cionais a partir do conhecimento japonês. “Preten-demos usar seus resultados como benchmark para os setores de cimento, aço, papel, têxtil e alimentos.”

ABRAVA esteve presente no workshop realizado em Tóquio

O workshop discutiu estratégias de etiquetagem e sistema de incentivos para colocar

equipamentos eficientes no mercado.

O secretário-executivo do DASOL, Marcelo Mesquita,

representou a ABRAVA no evento. Além da ABRAVA, tam-

bém participaram do workshop representantes do MDIC, da

Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de

São Paulo (Arsesp), da Agência Brasileira de Desenvolvimento

Industrial (ABDI), da Associação Brasileira das Empresas de

Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), da Asso-

ciação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de

Energia e Consumidores Livres (ABRACE), da Confederação

Nacional da Indústria (CNI) e da Votorantim Metais.

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Economia de energia para os clientes da Andrade e Silva

“Eu não concebo a ideia de se construir uma residência sem a instalação de um sistema de aquecimento solar de água para equipamentos como duchas e torneiras”, afirma a engenheira Cláudia Andrade e Silva Ajeje.

A engenheira é sócia-diretora da Andrade e Silva Arqui-tetura e Engenharia, empresa fundada em 1985 que se desta-ca na região de Pouso Alegre (MG) com amplo portifólio de projetos diferenciados e com foco em soluções sustentáveis.

Cláudia e a irmã Ivanise Andrade e Silva, arquiteta e urbanista, coordenam uma equipe de engenheiros civis, arquitetos, engenheiros eletricistas e gerentes administra-tivos para atender às mais diversas demandas do mercado.

Essas demandas incluem a elaboração de projetos, exe-cução e administração de obras com ênfase em residências unifamiliares, arquitetura de interiores, iluminação e pai-sagismo, e também obras comerciais, edifícios residenciais, hospitalares, educacionais e igrejas.

Cláudia lembra que na década de 80, quando teve início o uso de sistemas de aquecimento solar de água, a instalação tinha custo elevado e a eficiência ficava comprometida pela falta de conhecimento dos instaladores e fornecedores. “Eu mesma desincentivei muitos clientes a usarem tal sistema”, confessa. Hoje, com o mercado mais amadurecido, ela não pensa mais assim: todo projeto criado pelo escritório deve contemplar o aproveitamento da energia solar térmica.

Na elaboração de projetos que incluam o aquecimento solar de água, a Andrade e Silva está atenta em prever es-paços, alturas e localizações adequados para colocação dos reservatórios e placas coletoras. “Temos sempre a preocupa-ção de voltar a inclinação dos telhados para o norte para que haja maior eficiência na coleta da energia”, salienta Cláudia.

Ela observa que também é de grande importância o iso-lamento térmico das tubulações embutidas nas alvenarias. “Para que não haja perda do aquecimento no percurso do reservatório até o consumo”, explica.

A engenheira recomenda que o consumidor procure sempre um bom fornecedor que informe sobre a eficiên-cia e tamanho das placas em relação ao rendimento do equipamento. “Esse fornecedor deve garantir profissionais habilitados para instalação do equipamento.”

Também visando à economia de energia, os projetos con-templam o melhor aproveitamento da iluminação natural, dispondo fachadas de vidro com pé direito duplo para a face sul com menor incidência do sol.

“Os quartos, sempre que possível, devem estar voltados para a face leste, que recebe o sol da manhã. E a lavanderia, serviços e áreas menos nobres, voltados para face oeste. Assim, os ambientes dispensam climatizadores artificiais (ou diminuem sua necessidade) como os aparelhos de ar condicionado”, descreve a engenheira.

Empresa de Pouso Alegre valoriza aquecimento solar em seus projetos

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Em fevereiro, o processo de certificação profissional para instalador de sistemas de aquecimento solar de água estava na fase de ajustes da prova teórica. As provas práticas já estavam formatadas e testadas. Qual é o próximo passo desse processo?

As provas escritas passaram pelos últimos testes no final do mês de março, pois necessitavam ter as suas questões (itens) bem redigidas e com grau de dificuldade equilibrado nas diversas provas. Há várias versões de prova, a fim de evitar fraudes.

Com relação às provas práticas, as que avaliam a instalação do Sistema de Aquecimento Solar (SAS) em circuito aberto e fechado – também elaboradas com várias versões – já estavam concluídas. Falta finalizar a prova

O SENAI-SP deverá oferecer já neste semes-tre a certificação profissional para instalador de sistemas de aquecimento solar. A certificação é uma garantia e um reconhecimento formal da competência e do conhecimento teórico e prático do profissional no desempenho de suas atividades.

A oferta da certificação está alinhada aos objeti-vos do QUALISOL, programa criado pelo DASOL para promover o desenvolvimento de fornecedo-res e a qualidade de instalações e serviços do setor.

Desde 2014, o DASOL e o SENAI-SP estão em-penhados em construir um modelo de certificação profissional para o instalador de SAS. Além de garantia da atualização dos profissionais e do seu preparo técnico, a certificação também contribui para o reconhecimento das empresas que obser-vam as normas de qualidade.

Nesta entrevista à SOL BRASIL, Nelson Massaia Borsi Junior, especialista em Educação Profissional do SENAI-SP, relata os próximos preparativos para o lançamento da certificação para instalador de SAS:

prática para a instalação do SAS em piscinas.

Quando a certificação estará disponível para ser oferecida ao mercado?

O SENAI-SP deve iniciar a oferta ainda neste semestre. Após a finalização da elaboração das provas escritas e práticas, é preciso realizar uma auditoria no Centro de Exames para Certificação (CEC). Isto é necessário para verificar se a infraestrutura (física e humana) disponível é suficiente para aplicação da avaliação dos candidatos. Esta auditoria é feita pelo Organismo de Certificação de Pessoas (OPC), do Departamento Nacional do SENAI, em Brasília, para habilitar o CEC a ofertar esta certificação pelo Sistema SENAI de Certificação de Pessoas (SSCP).

Certificação para instaladorserá oferecida já neste semestreA previsão é de especialista do SENAI-SP que descreve os próximos passos para o profissional obter o reconhecimento de sua competência técnica

Nelson Massaia Borsi Junior: interessados deverão consultar o Guia do Candidato, disponível no site do SENAI-SP

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Qualisol I 21

É possível fazer uma estimativa do investimento

que o profissional de instalação deverá fazer para obter a certificação profissional pelo SENAI-SP?

Como os processos de construção de provas ainda não foram totalmente finalizados, ainda é muito cedo para fazer esta estimativa. O que podemos afirmar com segurança é que o custo de cada prova será calculado levando-se em consideração os materiais consumíveis (espe-cificação dos materiais, quantidades e custo) e a duração do exame, sempre respeitando o candidato e estabelecendo preços justos e viáveis em âmbito nacional.

A partir do momento em que um profissional se interesse em obter a certificação do SENAI-SP, quanto tempo esse processo demanda?

O tempo demandado está diretamente rela-cionado à conclusão das provas. O processo de certificação é o seguinte: inicialmente, o profissio-nal deve procurar o CEC, cujos dados de contato estão no site do Sistema SENAI de Certificação de Pessoas; depois, é preciso fazer a inscrição e, se o can-didato possuir os requisitos e documentação necessária, a inscrição será aprovada e serão agendadas as duas

Site traz Guia do CandidatoOs pré-requisitos, custos e todas as informações que o can-

didato precisa ter para decidir se inscrever no processo de certi-ficação profissional estarão no Guia do Candidato da ocupação, disponível tanto nas escolas SENAI que possuem os CECs, quanto no site do Sistema SENAI de Certificação de Pessoas (SSCP).

Campo de provas práticas: equipamentos são usados nos cursos ministrados pela

Escola SENAI Roberto Simonsen, localizada no bairro do Brás, em São Paulo

provas: uma escrita e uma prática. Todas as informações sobre as provas e todo o pro-

cesso estão disponíveis no site do SSCP, no Guia do Can-didato da ocupação. Para ser certificado, o profissional

precisa ter o desempe-nho mínimo estabelecido em ambas as provas. Os resultados das provas são enviados ao Depar-tamento Nacional do SENAI, em Brasília, para a emissão de certificado e da carteira profissional específica da ocupação.

A estimativa é que todo o processo ocorra em média de 30 a 40 dias,

sendo a entrega dos resultados estimada de uma a duas semanas a partir da conclusão das provas. O site do SSCP é: www.senai.br/certificacao.

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ODASOLdaABRAVArealizade28a30deabrilmaisumaediçãodocursoProjetistadeSistemasdeAque-cimentoSolar.O curso éministradopelo engenheiroLuciano Torres Pereira, que participa do programa de capacitaçãodoDASOLdesde2010commaisde400profissionais treinados.

A novidade para a turma de abril é a ampliação da carga horária, paramelhor aproveitamentodo cursoe assimilação dos conceitos técnicos e aplicações do aquecimento solar em sistemas de pequeno, médio e grandeporteepiscina.“Oaumentodacargahoráriafoiumareivindicaçãodasúltimasturmas.Estamosfazendoessa experiência”, ressalta Marcelo Mesquita, secretário executivodoDASOL.

A última edição do curso, oferecida em novembro de 2014,atraiunúmerorecordede31participantes.

Empresas associadas e entidades apoiadoras têm desconto no valor dos cursos oferecidos pelo DASOL da ABRAVA.

Mais informações pelo telefone (11) 3361-7266, ramal 142, ou pelo e-mail [email protected].

As inscrições podem ser feitas pelo site www.dasola-brava.org.br

Projetista de SAS temcarga horária ampliada

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CBA Votorantim pág. 9

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8deabril-14hAssembleia de associados 28,29e30deabril-9hCurso: “Projetista de Sistemade Aquecimento Solar”

Obs.: Programação sujeita a alterações durante o

ano. Mais informações em www.dasolabrava.org.br

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22 I Agenda

Page 23: Revista Sol Brasil - 25°edição

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Congresso Brasileirode Aquecimento Solar

3º CB-SOL

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