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Revista Portuária - Junho 2015

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4 • Junho 2015 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

32Pequenos negócios

movimentam o turismo no Brasil

38Exportações de SC

acumulam recuo de 9% em 2015

Lei dos Portos completa dois anos

8

Bluestar Silicones confirma

investimento em Santa Catarina

51

Cidade completa 155 como a maior

economia de Santa Catarina e um

futuro promissor

PARABÉNS ITAJAÍ!

14 Magru Floriano

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Economia&Negócios • Junho 2015 • 5

Editora BittencourtRua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Anderson Silva DRT SC 2208 JPDepartamento de JornalismoRevista Portuária - Economia e NegóciosFone: 47 3344.8600www.revistaportuaria.com.br

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected] Comercial (agências)Junior Zaguini - 47 [email protected]

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 184JUNHO 2015 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

O potencial econômico de Itajaí

O rio e o mar são a essência de Itajaí, cidade que aniversaria neste mês de junho. Ao completar 155 anos de existência, o município se firma como potência econômica, turística e náutica de Santa

Catarina e do Brasil. Pois essa é a Itajaí do Complexo Portuário, da eco-nomia robusta, das regatas internacionais, da avenida que margeia o rio e será um centro de atrações voltadas para atividades náuticas.

A cidade nasceu e cresceu tendo como pano de fundo seu porto, mas aos poucos começa a vislumbrar outros segmentos da economia. O momento é promissor e deve ser muito bem aproveitado, pois uma cidade que se intitula o lugar do futuro não deve se prender exclusivamente à atividade portuária.

Deve, contudo, ter outros trunfos somados a isso, como a capacida-de de sediar grandes eventos, a implantação da marina e a consolidação da cidade como polo industrial, náutico e turístico, tanto de lazer quanto de negócios. Itajaí é uma das cidades que mais crescem no país, se tornou o maior PIB de Santa Catarina e a segunda maior geradora de empregos do Estado.

Enfim, Itajaí pode, mais do que nunca, aproveitar a passagem de seu aniversário e alçar-se ao patamar de cidade que dispõe de qualidade de vida e progresso.

Itajaí é tudo isso e muito mais, afinal, basta caminhar pelas ruas arborizadas do município para entender que dificilmente outra cidade ca-tarinense é tão bem resolvida, com pessoas trabalhadoras, simpáticas e alegres, que vibram por viver num lugar ao mesmo tempo belo e promis-sor no que se refere ao seu futuro e de seus moradores.

A reportagem especial da Revista Portuária – Economia & Negó-cios fez um levantamento da principais vertentes que contribuem para a cidade se firmar como potência econômica, turística e náutica de Santa Catarina e do Brasil.

Além da matéria acima citada destaque para as tradicionais seções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista.

Boa leitura!

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6 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

“O atual status sanitário de Santa Catarina é invejável no País”, realça o presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e diretor de agronegócio da FIESC, Mário Lanznas-ter, ao analisar o reconhecimento internacional dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul como zonas livres da peste suína clássica, oficializado no dia 28 de maio durante a 83ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris (França).

De acordo com o líder do agronegócio catarinense, Santa Catarina usufrui de área livre de febre aftosa sem va-cinação, reconhecido em 2007, e começa a ser beneficiado com a certificação de livre de peste suína clássica. “Esse reco-nhecimento é consequência do avanço no status sanitário do Estado, que precisa e almeja melhoria constante, para ampliar as exportações da carne suína brasileira”, complementou.

A certificação de área livre de peste suína clássica foi possível, segundo Lanznaster, em função de um trabalho conjunto dos Governos Federal e Estadual, produtores e agroindústrias. “Atualmente, toda a produção de carne suína é controlada, desde o nascimento dos animais, alimentação, bem-estar e aplicação de vacinas, com a comprovação de do-cumentos e o trabalho de rastreabilidade realizado pelo frigo-rífico”, explicou.

Para Lanznaster, o status representa um importante diferencial na conquista de novos mercados para o produto catarinense. “Abrimos o leque de alternativas e oportunidades

para comercializar a carne suína, com a comprovação de uma origem adequada”, complementou.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram os dois únicos Estados brasileiros a receberam a certificação internacional da OIE. Contudo, o Estado catarinense possui a certificação de livre de aftosa sem vacinação (único no Brasil), o que lhe per-mite exportar para Japão, Estados Unidos e Chile, que são países que estão no mesmo patamar de status sanitário. “Pa-raná tentou a certificação, mas faltaram alguns documentos. Torcemos para que os dois Estados vizinhos cheguem neste patamar e sejam reconhecidos pela OIE para conseguirmos formar no sul do País um circuito interestadual de sanidade exemplar”, antecipou.

Produção catarinenseO Estado é o maior produtor e exportador nacional de

carne suína, conta com 10 mil criadores integrados às agroin-dústrias e independentes e produz aproximadamente 850 mil toneladas de carne suína por ano.

Com um rebanho estimado em 7,9 milhões de cabeças, Santa Catarina é responsável por cerca de 35% das exporta-ções brasileiras. Em 2014, foram exportadas 159 mil tone-ladas de carne in natura, no valor de US$ 548 milhões. Os principais destinados, no ano passado, foram Rússia, Hong Kong, Angola, Singapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina. Santa Catarina exporta para mais de 70 países. •

Status sanitáriode SC é invejável

Presidente da Aurora ressalta que reconhecimento

internacional possibilita abertura de novos mercados

Mário Lanznaster, presidente da Aurora

UQDESIGN

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8 • Junho 2015 • Economia&Negócios

TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES28 anos transportando com agilidade e rapidez

A Lei dos Portos (Lei 12.815/2013) completa dois anos neste mês. Ela estabeleceu novos critérios

para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. Além disso, as nova regras fa-cilitam a instalação de novos terminais portuários privados.

A intenção do governo foi ampliar os investimentos privados e modernizar os terminais, a fim de baixar os custos de logística e melhorar as condições de competitividade da economia brasilei-ra.

Com a nova legislação os termi-nais de uso privado (TUP), localizados fora do porto organizado, deixaram de ter a obrigatoriedade de movimentar somente carga própria. Cabe ao dono do terminal escolher se quer trabalhar apenas com carga de terceiros ou com carga de terceiros mais carga própria. Essa modalidade de porto, baseada no investimento da iniciativa privada, pre-

cisa de autorização mediante chamada pública, um tipo de processo seletivo que dispensa licitação.

DesenvolvimentoOs terminais de uso privado hoje

vêm sendo um dos principais responsá-veis pelo desenvolvimento econômico-social do país no setor portuário, não só para o escoamento da produção nacional ou para as importações, mas também na geração de empregos, de renda e de tributos, sem falar no desen-volvimento social das regiões nas quais são instalados. Segundo a Secretaria de Portos do governo federal, o sistema por-tuário nacional foi responsável pela movimentação de mais de 931 milhões toneladas de carga bruta (granel sólido, granel líquido e carga geral) em 2013. Deste número, os TUP's representaram 64% dessa movimentação, ou seja, 593 milhões de toneladas. Ainda segundo dados da SEP, 164 terminais foram au-torizados até novembro de 2014, sendo que 131 já estão em operação.

Lei dos Portos completa dois anos

DIVULGAÇÃO

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Economia&Negócios • Junho 2015 • 9

Revista Portuária - A Lei dos Portos completoa dois anos em ju-nho. Qual a sua avaliação da mesma e deste período em que a legislação está vigente?

Osmari de Castilho Ribas - A lei dos Portos estabeleceu condições para que ocorra uma expansão consistente da infraestrutura portuária e aumento da competição. Assim, espera-se que os empreendimentos portuários desenvol-vam níveis de produtividade e gestão que atendam de maneira satisfatória as necessidades dos usuários. Destaque-se, no entanto, que investimentos em infra-estrutura têm característica de longo prazo e de capital intensivo. E, se ainda não atingimos os resultados esperados no segmento portuário, compatível com o porte da nossa economia e da nossa necessidade de desenvolvimento, este fato não pode ser creditado somente ao marco regulatório. Regras estáveis são a base para que as os empreendedores sejam estimulados a investir. Variáveis definidas pelo o ambiente econômico do país e a disponibilidade de linhas para financiamento também devem ser consideradas.

Entrevista Diretor

superintendente administrativo da

Portonave, Osmari de

Castilho Ribas

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10 • Junho 2015 • Economia&Negócios

É preciso também proceder a uma detalhada análi-se econômica, financeira, de mercado, de viabilidade loca-cional e ambiental. Atitude que precede qualquer grande projeto. Ajustes na Lei ainda se fazem necessários e serão decisivos para acelerar a tomada de decisão pelos investido-res que possibilite um avanço sustentável. No começo deste mês e após 18 meses, o TCU emitiu acórdão com relação aos estudos para os novos arrendamentos portuários (bloco I – Santos e Pará), comemorado pelo mercado. A expectativa agora é que todo o procedimento tenha uma maior agilida-de daqui para frente e os novos arrendamentos sejam con-cluídos rapidamente.

Portuária - Quais são os pontos positivos e nega-

tivos desta Lei?Castilho -Na essência, o ponto de destaque no sen-

tido positivo, foi que a Lei buscou ampliar a concorrência ao incentivar a participação do investidor privado, acaban-do com a exigência de carga própria. Foi a forma definida pelo governo para aumentar a capacidade e a eficiência dos portos com custos adequados e o risco do empreendedor. Este alinhamento deverá contribuir para o desenvolvimen-to de uma infraestrutura e serviços de qualidade. No outro sentido, a Lei não alcançou uma modernização nas relações capital – trabalho portuário, centralizou as decisões esva-ziando a participação das Administrações Portuárias locais e

retirou do Conselho da Autoridade Portuária (CAP) o caráter deliberativo.

Portuária - Como foi a adaptação do Terminal em

relação à Lei 12.815/2013?Castilho -A adaptação do Terminal ao que determine

o novo marco regulatório aconteceu dentro dos parâmetros definidos e já foi concluído.

Portuária - Alguns pontos desta legislação preci-

sam ser revistos?Castilho -Existe a necessidade de se regulamentar al-

guns aspectos da Lei e adotar medidas complementares para que de fato o objetivo de reduzir custos portuários, estimular os investimentos e a competição e modernizar infraestrutura ocorram. Será necessário além de motivar novos empreendi-mentos, que se estabeleçam padrões para renovar, ampliar e aperfeiçoar a estrutura existente. Espera-se, portanto, que o pacote de concessões seja definitivamente destravado, as poligonais dos Portos Organizados sejam revistas e adequa-das, seja definido um modelo para a concessão dos canais de acesso que seja efetivo e que não onere ainda mais a atividade, o programa REPORTO seja prorrogado, rever a cobrança do espelho d’agua definida pelo SPU, adequação do efetivo dos órgãos intervenientes e racionalização dos procedimentos, entre outros. •

DIVULGAÇÃO

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12 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Um grande passo para melhorar Balneário Camboriú foi dado com o lançamento do Selo Social na Faculdade Avantis. A ideia do pro-

grama é reconhecer iniciativas que tragam melhorias para a comunidade, por meio de uma certificação concedida a empresas, entidades sociais e órgãos públicos. Os interessados em obter o Selo Social já podem se inscrever gratuitamente pelo site seloso-cial.com/balneariocamboriu. São 40 vagas para esta primeira edição do projeto.

A solenidade contou com a presença dos envolvidos no Selo Social de Balneário Camboriú. Entre eles, o Instituto Abaçaí, que é quem promove o Selo Social pelo país e a Faculdade Avantis, que está como a articuladora local. Também estiveram presentes os membros do Conselho Gestor, formado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da Asso-ciação de Micro e Pequenas Empresas (Ampe/Bc), da Associação Empresarial (Acibalc), da Secretaria Muni-cipal de Educação, Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico e Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Inclusão Social. E ainda, as empresas investidoras: Barbieri Litoral, Construtora Pasqualotto, Colégio Raízes, Ômega Contabilidade e KNN Idiomas.

Na ocasião, o gerente de Marketing da Facul-dade Avantis, enalteceu o orgulho que a instituição de ensino tem em ser a articuladora local do Selo Social. “Acreditamos que esta rede de bem que está

se formando por meio do Selo Social vai transformar Balneário Camboriú. Ficamos felizes em ver esse au-ditório com mais de 100 pessoas, que estão aqui por uma causa que irá inspirar muito mais gente”.

Por fim, o presidente do Instituto Abaçaí, Au-reo Giunco Jr, destacou a importância do Selo Social e frisou que os envolvidos demonstram que têm compromisso com a cidade e com as pessoas que ali vivem. Ele também salientou o quão bem recebida foi a proposta em Balneário Camboriú. “Antes mes-mo de abertas as inscrições, mais de 20 empresas demonstraram interesse em participar. Sendo que ao todo são 40 vagas para esta edição do Selo Social. Lançamos hoje um novo desafio que irá buscar um mundo melhor para todos nós”.

Sobre o Selo SocialIdealizado pelo Instituto Abaçaí, o Selo Social

é um certificado concedido a empresas, entidades sociais e órgãos públicos que demostrem Compro-misso Social. Durante o processo de certificação os setores se mobilizam na realização de ações em prol da comunidade por meio dos Objetivos de Desenvol-vimento do Milênio definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O programa já foi implantado, com sucesso, em cidades dos estados de São Paulo e Santa Catarina e sua obtenção tem impactado po-sitivamente sobre a credibilidade das organizações, transformando-se em um importante diferencial.•

Selo Social de Balneário Camboriú é lançado na Avantis

Inscrições estão abertas e certificado é direcionado para instituições que demonstrem compromisso social com a cidade

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Economia&Negócios • Junho 2015 • 13

O presidente do Instituto Abaçaí, Aureo Giunco Jr com representantes de entidades de BC e com o Gerente de Marketing da Avantis, Fernando Assanti

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14 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Cidade completa 155 como a maior economia de Santa Catarina e um futuro promissor

PARABÉNS ITAJAÍ!

Ronaldo Silva Jr

ESPECIAL

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Economia&Negócios • Junho 2014 • 15

O rio e o mar são a essência de Itajaí, cidade que aniversaria neste mês de junho. Ao com-pletar 155 anos de existência, o município se

firma como potência econômica, turística e náutica de Santa Catarina e do Brasil. Pois essa é a Itajaí do Complexo Portuário, da economia robusta, das rega-tas internacionais, da avenida que margeia o rio e será um centro de atrações voltadas para atividades náuticas.

A cidade nasceu e cresceu tendo como pano de fundo seu porto, mas aos poucos começa a vis-lumbrar outros segmentos da economia. O momento é promissor e deve ser muito bem aproveitado, pois uma cidade que se intitula o lugar do futuro não deve se prender exclusivamente à atividade portuária.

Deve ter outros trunfos somados a isso, como a capacidade de sediar grandes eventos, a implanta-

ção da marina e a consolidação da cidade como polo industrial, náutico e turístico, tanto de lazer quanto de negócios. Itajaí é uma das cidades que mais cres-cem no país, tornou-se o maior PIB de Santa Catari-na e é a segunda maior geradora de empregos do estado.

Enfim, Itajaí pode, mais do que nunca, apro-veitar a passagem de seu aniversário e alçar-se ao patamar de cidade que dispõe de qualidade de vida e progresso.

Itajaí é tudo isso e muito mais, afinal, basta caminhar pelas ruas arborizadas do município para entender que dificilmente outra cidade catarinense é tão bem resolvida, com pessoas trabalhadoras, sim-páticas e alegres, que vibram por viver num lugar ao mesmo tempo belo e promissor no que se refere ao seu futuro e de seus moradores.

ESPECIAL

A cidade nasceu e cresceu tendo como pano de fundo seu porto, mas aos poucos começa a

vislumbrar outros segmentos da economia.

Page 16: Revista Portuária - Junho 2015

16 • Junho 2015 • Economia&Negócios

O município de Itajaí confirmou a tendência de cresci-mento que já apresentava na última divulgação do IBGE sobre o Produto Interno Bruto (PIB) das cidades catarinenses e em dezembro do ano passado ultrapassou Joinville, até então a maior economia de Santa Catarina. O crescimento parece ser devido à movimentação de exportações e importações gera-das a partir do porto municipal, o segundo maior do país em volume de carga transportada.

O PIB de Itajaí soma R$ 19,7 bilhões, contra os R$ 18,2 bilhões da cidade mais populosa do Estado, até então a líder na comparação entre a riqueza dos municípios catarinenses. Na comparação com o país como um todo, no entanto, o mais rico de Santa Catarina é o 29º do Brasil. Joinville é o 31º na comparação pelo tamanho do PIB.

Na comparação de PIB per capita Itajaí está em segundo lugar entres os catarinenses, com R$ 104 mil por habitante. Aparece na 27ª posição entre as 100 do país nesse quesito.

São Francisco do Sul é a melhor colocada entre as cem primeiras do país, com um PIB de R$ 115 mil por pessoa na 17ª posição do ranking.

“O crescimento da renda per capita significa que o itajaiense está ganhando mais”, comemora o prefeito Jandir Bellini. Para ele, a chegada de Itajaí ao primeiro lugar do PIB em Santa Catarina e entre os 30 maiores índices do país é resultado de importantes fatores: a localização geográfica es-tratégica da cidade no Estado e na região sul do Brasil; a infra-estrutura que garante ligação do município com o mundo por mar, terra e ar (graças à proximidade do aeroporto da vizinha

DIVULGAÇÃO

ESPECIAL

A maior economia de

Santa Catarina

Page 17: Revista Portuária - Junho 2015

Economia&Negócios • Junho 2015 • 17

ESPECIAL

Navegantes) e à diversificação e ampliação do mix de empresas que se instalaram no município nos últimos anos.

Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, apontam que, em 2010, havia 1.956 empresas formalmente abertas em Itajaí. Em 2013, este número subiu para 2.965. “São em-presas das áreas de alimentos, construção naval, prestação de serviços, além do forte crescimento na construção civil”, destaca o prefeito.

E a perspectiva é que estes números cresçam ainda mais, pois, como os dados oficiais do IBGE são referentes a 2012, as empresas que se instalaram em Itajaí mais recentemente, ao entrarem em plena atividade, vão passar a contribuir para o aumento na movimentação econômica da cidade. “Uma economia forte, ao crescer, gera mais em-pregos, mais salário, é ganho para toda a comunidade”, finaliza Jandir Bellini.

“Uma economia forte, ao crescer, gera mais empregos, mais

salário, é ganho para toda a comunidade”, Jandir Bellini.

Victor Broca

Page 18: Revista Portuária - Junho 2015

18 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Itajaí é uma das cidades que mais cres-cem no país. Localizada no Litoral Norte de Santa Catarina, a cidade zarpou em direção à liderança e hoje é um dos principais polos náuticos do Brasil. Ancorada no Complexo Portuário, no Porto Pesqueiro, no Turismo de Cruzeiros e nos Eventos Náuticos Inter-nacionais, a economia de Itajaí vai de vento em popa. A cidade se tornou o maior PIB de Santa Catarina e a segunda maior geradora de empregos do Estado. Grandes empresas nacionais e multinacionais aportaram aqui, e suas águas se tornaram as preferidas de velejadores de todo o mundo.

Todos esses fatores contribuíram para que Itajaí se posicionasse como “O Polo Náutico do Brasil”. A nova campanha insti-tucional foi lançada em abril deste ano. A ideia é consolidar a cidade referência náu-tica do país, fundamentado em quatro pila-res: eventos náuticos, porto, turismo e pesca industrial.

Polo náutico nacional

ESPECIALGrandes

empresas nacionais e

multinacionais aportaram aqui,

e suas águas se tornaram as

preferidas de velejadores de todo o mundo.

DIVULGAÇÃO

Page 19: Revista Portuária - Junho 2015

Economia&Negócios • Junho 2015 • 19

ESPECIAL

Itajaí esteve novamente incluída no roteiro da edição 2014/2015 da Volvo Ocean Race (VOR), a mais importante regata do planeta, com nove meses de duração, parou na cidade durante a primeira semana de abril deste ano.

A Itajaí Stopover única parada da América Latina da Volvo Ocean Race bateu recorde de público. Na segunda pas-sagem da maior regata de volta ao mundo por Itajaí a Vila da Regata recebeu 320.205 visitantes e os molhes de Itajaí e Navegantes 32 mil visitantes, totalizando um público de 352.205 pessoas.

Antes mesmo dos números finais serem divulgados, o CEO da Volvo Ocean Race, Knut Frostad, já havia dito: "Esta foi sem dúvidas a melhor de todas as paradas da história da VOR. Itajaí foi incrível". Organização, números de visitantes e principalmente o carinho dos brasileiros com os velejadores foram fundamentais para que a Itajaí Stopover impressionas-se mais uma vez toda a equipe da VOR.

Para o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini o principal obje-tivo da passagem da Volvo Ocean Race por Itajaí é o desen-volvimento econômico, notável pela geração de emprego e

renda antes, durante e depois da competição. Além do retorno desta competição, Itajaí recebeu mais

duas regatas internacionais nos últimos anos. Em novembro de 2013, aportou no município a regata Transatlântica Jac-ques Vabre – que retorna no final deste ano - e, em fevereiro de 2014, a regata Velas Latinoamérica 2014, com embarca-ções das Marinhas da América Latina.

Na edição itajaiense dos eventos náuticos, em comum o fato de o local de realização dos três ser a Vila da Rega-ta, onde ocorreu a etapa brasileira da Volvo Ocean Race em 2012, o Centreventos e também parte da área do Saco da Fazenda, local que abrigará o Complexo Náutico e Ambiental de Itajaí, a tão aguardada Marina do Saco da Fazenda.

Receber todas essas etapas é sempre de grande valia, pois além de permitir um grande intercâmbio entre os atletas é positivo também para as cidades que os recebem, uma vez que a economia da cidade fica aquecida com a vinda de tan-tas pessoas. É positivo para a região, que tem um aquecimen-to na economia, e bom para os atletas e staffs que competem nos eventos.

Destino de grandes regatas

DIVULGAÇÃO

Page 20: Revista Portuária - Junho 2015

20 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Complexo Portuário de referênciaEstrategicamente localizado em um dos prin-

cipais entroncamentos rodoviários do Sul do Brasil, distante poucos quilômetros das rodovias BR-101e BR-470, hoje o Complexo Portuário do Itajaí-Açu ocupa a segunda posição no ranking brasileiro de movimentação de contêineres e opera mais de um milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – uni-dade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés).

As infraestruturas aquaviária e terrestre são também diferenciais do Complexo Portuário de Ita-jaí. Formado pelo Porto Público e APM Terminals, na margem direita, mais Portonave S/A Terminal Portu-ário Navegantes, na esquerda e o Porto Organizado conta ainda com outros terminais instalados a mon-tante. O calado é de 14 metros e as atuais condições possibilitam operações com navios de até 306 me-

tros de comprimento, com 40 de boca.No entanto, a construção de nova bacia de

evolução que teve a autorização assinada em março deste ano, possibilitará que Itajaí receba navios com até 366 metros. O projeto básico prevê uma nova bacia de 530 metros de diâmetro (130 metros maior que a atual), nas proximidades da foz do rio Itajaí-Açu, em frente ao Saco da Fazenda.

“Essa obra é de extrema importância, pois se nós não tivermos condição de recebermos esses navios, eles não vão vir mais para Itajaí porque os armadores – os donos dos navios – estão construin-do navios desse porte. Se não fizermos essa obra saímos do mercado competitivo e a nossa movimen-tação que é crescente passa a ser decrescente nos próximos anos”, diz o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior.

A construção de nova bacia de evolução que teve a autorização assinada em

março deste ano, possibilitará que Itajaí receba navios com até 366 metros

ESPECIAL

Ronaldo Silva Jr

Page 21: Revista Portuária - Junho 2015

Santa Catarina é o maior produtor nacional de pescado de origem marinha. Essa posição é decorrente da importante atividade de pesca industrial sediada nos municípios de Itajaí e Navegantes.

Somente a região de Itajaí, englobando os municípios de Itajaí, Navegantes e Porto Belo, é responsável por cerca de 20% da produção nacional de pescado, concentrando as operações de descarga de mais de 600 embarcações de porte industrial, sendo assim considerado o principal polo pesquei-ro do Brasil.

No contexto estadual, essa região contribui com 90,95% dos empregos no setor pesqueiro, representando

3.016 trabalhadores, sediando um significativo úmero de empresas que estão, de forma direta ou indireta, ligadas à atividade da pesca.

O arranjo produtivo do setor pesqueiro do litoral centro-norte catarinense constitui-se basicamente por três segmen-tos de atividades: a captura, o beneficiamento do pescado e a construção naval e reparos de embarcações.

É também responsável por inúmeros empregos indire-tos, como por exemplo, os fornecedores de produtos usados nos processos da pesca, como redes, combustíveis, gelo, insu-mos, além da indústria alimentícia, a partir do processamento do pescado.

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Junho 2015 • 21

ESPECIAL

Importante polo pesqueiro

Nelson Robledo

Page 22: Revista Portuária - Junho 2015

Um levantamento feito pela revista Exame, traz a Praia Brava como a área mais cara de Itajaí entre os imóveis novos, com uma média de R$ 10,5 mil o metro quadrado. O paraíso dos surfistas, que fica no limite en-tre Itajaí e Balneário Camboriú, tem atraído investimentos nos últimos anos.

O bairro Fazenda vem em segundo lugar, com pre-ço médio de R$ 9,3 mil por metro quadrado. Em todo o município, a média é de R$ 3,5 mil para imóveis usados e R$ 4,2 mil entre os novos.

A pesquisa, conduzida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), analisou o mercado imobi-liário de 82 importantes cidades brasileiras, que juntas respondem por metade do PIB brasileiro.

Apesar dos altos preços em algumas regiões, Ita-jaí não chegou a alcançar o índice de valorização anual médio no país, que foi de 12%. A cidade fechou o ano passado em 10%. No entanto, a instalação de novas em-presas no município deve impulsionar o mercado imobi-liário pelos próximos anos. •

Mercado imobiliário pujante

22 • Junho 2015 • Economia&Negócios

ESPECIAL

A instalação de novas empresas no município deve impulsionar o mercado

imobiliário pelos próximos anos

DIVULGAÇÃO

Page 23: Revista Portuária - Junho 2015

Economia&Negócios • Abril 2014 • 23

Page 24: Revista Portuária - Junho 2015

24 • Junho 2015 • Economia&Negócios

O atual cenário político e econômico brasileiro e, principalmente, o au-mento considerável da taxa do dó-

lar tem motivado empresas brasileiras que objetivam incrementar os volumes de seus bens e serviços destinados à exportação.

Nesse sentido, é necessário que os empresários do setor se cerquem de cui-dados especiais, sobretudo com relação à segurança de que as divisas serão devida-mente pagas pelo importador no exterior, no intuito de evitar prejuízos indesejáveis ao exportador brasileiro.

O ponto básico de partida é a escolha de um prestador de serviço que as-sessore sua empresa em âmbito pleno, do início ao fim da logística, para que o suces-so da operação se dê da melhor forma.

Uma dica importante em suas pri-meiras exportações, quando ainda o impor-tador é um mero interessado e desconhe-cido de sua empresa é que a modalidade de pagamento seja determinada em caráter de adiantamento, ou seja, a mercadoria é somente embarcada ao exterior mediante o recebimento antecipado das divisas. Após este período de confiabilidade, o expor-tador brasileiro poderá, mediante outras condições, negociar formas de pagamento mais flexíveis.

A carta de crédito também surge como uma condição segura de negociação e, é amparada com o aval de um Banco de

primeira linha. Esta modalidade está condi-cionada a responsabilidade das duas partes (exportador e importador), no sentido de cumprirem o acordado na carta de crédito e, consequentemente a liberação das divi-sas ao exportador. Esta operação acrescen-ta um custo ao processo e, por vezes não é utilizada por falta de conhecimento técni-co.

O pagamento de uma exportação também pode ocorrer mediante cobran-ça bancária, caso em que os documentos originais de sua exportação são encami-nhados a um Banco no exterior e, conse-quentemente liberados somente com o compromisso do importador em cumprir com o pagamento. No entanto, nesta hi-pótese, caso o importador não cumpra com o pagamento, o exportador brasileiro deve arcar com os custos do frete internacional pelo embarque da mercadoria até o porto ou aeroporto de destino, bem como com as despesas de retorno ao território brasileiro.

Investir esforços no planejamen-to de internacionalização de sua empresa através da exportação é muito importante diante das condições de mercado atuais. Ao decidir ingressar neste mercado, tenha a certeza de contar com um bom prestador de serviços em comércio exterior. A escolha certa é essencial para garantir o sucesso de uma operação que atenda todas as neces-sidades e expectativas de sua empresa.•

ArtigoArtigo

Exportação: Vamos zelar pela segurança

Por Renan Rossi Diez, Consultor Aduaneiro, Graduado em Direito pela Puc-Campinas e Sócio Diretor na Intervip Comércio Exterior

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Economia&Negócios • Maio 2015 • 25

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26 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Associados do BC Convention recebem prêmio do maior site de viagens do mundo

A qualidade dos serviços prestados por 35 estabeleci-mentos associados ao Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau foram reconhecidos pelo Certificado

de Excelência 2015 do TripAdvisor, o maior site de viagens do mundo. O prêmio é conferido anualmente desde 2010 aos estabelecimentos do setor de turismo e hotelaria que estão sempre recebendo avaliações excelentes dos viajantes no Tri-pAdvisor.

Para a Presidente do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau, Margot Rosenbrock Libório, a quantia de associados certificados é uma importante conquista para a cidade. “Hoje o TripAdvisor é uma referência no mundo todo, sabemos que são pessoas reais que avaliaram. É muito legal para o destino ter esta representatividade, mostra que esta-mos melhorando o nosso serviço. Muito bom também para o

Convention, pois acreditamos que seja reflexo do nosso em-penho em auxiliar os associados na busca pela excelência”, comenta.

Como é conferido o Prêmio Para selecionar os vencedores do Certificado de Exce-

lência são considerados os dados gerados pelos usuários do site, incluindo a quantidade de avaliações, as pontuações e o quão recentes elas são.

Para ser contemplado com o prêmio do TripAdvisor, os estabelecimentos do setor de turismo e hotelaria precisam manter uma pontuação geral mínima de quatro a cinco cír-culos no site. Também ter um número mínimo de avaliações, um perfil no TripAdvisor há pelo menos 12 meses e uma boa posição no ranking de popularidade do site.

Confira os associados que receberam o Certificado de Excelência:

Hotéis e Pousadas Hotel Bella CamboriúHotel Marimar The PlaceHotel MeloInfinity Blue

Pousada Villa AtlânticaPousada Estaleiro VillageHotel D´SintraHotel ItáliaHotel MercureHotel Plaza Camboriú

DIVU

LGAÇ

ÃO

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Economia&Negócios • Junho 2015 • 27

Restaurantes Chaplin 1500

Chaplin Bar

Chaplin Restaurante

Didge Steakhouse Pub

Dom Alberto

Dom Cordoni

Don Quixote

Guacamole Cocina Mexicana

Guka Pub

Japa Temakeria

La Trattoria

L´assiete

Macarronada Italiana

Mangiare Felice

MEDEME! Hamburgueria

Mundo Selvagem

Number Seven

O Pharol Gourmet

Pizza Bis

Sapore Speciale

Sapore Speciale - Atlântica

Taj

Temakiart

Wrulenbac

Equipamentos turísticosCristo Luz

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ArtigoArtigo

28 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Embora o Brasil esteja passando por um momento muito difícil, com perspectiva de recessão, inflação

acima da meta e fuga de investimentos, o Governo Federal, por meio da presiden-te Dilma Rousseff e os ministros da área econômica, insiste em afirmar que a situ-ação não é grave como se propala e que os fundamentos econômicos são bons. Se essa não convincente argumentação ficasse apenas no plano retórico, já seria nociva, pois é um desrespeito à inteligên-cia dos brasileiros. O mais grave, porém, é que está balizando as medidas destina-das a combater a crise.

O resultado é que se está tratando uma doença aguda com placebos, em detrimento de todos os setores de ativi-dade, principalmente a indústria. Nada se faz de concreto para que os setores produtivos vislumbrem a possibilidade de retomada do crescimento. Ao contrário, adotam-se providências que conspiram contra a recuperação e não se cumprem promessas cujos efeitos poderiam ajudar na recuperação.

A presidente da República pro-meteu energia elétrica mais barata. Não apenas se descumpriu tal meta, como aumentou muito o preço, e com risco de “apagão”. Por conta disso, a indústria está fazendo investimentos pesados em geradores de eletricidade, num momento de retração de seus negócios. O mesmo ocorre com a perfuração de poços artesia-nos, para se enfrentar a crise hídrica.

O governo também prometeu me-didas saneadoras e combate à inflação, mas não contém o déficit público, que alimenta a escalada dos preços, estimu-la uma ciranda financeira em torno dos títulos do Tesouro e aguça o apetite dos especuladores. Ou será que alguém é in-gênuo a ponto de acreditar que se tirando direitos previdenciários de aposentados, viúvas e desempregados promove-se a redenção da responsabilidade fiscal? Nin-guém fala em cortar os altos salários dos apaniguados políticos contratados nos cargos em comissão, da festa das pas-

sagens aéreas, do excesso de ministérios e dos gastos supérfluos. Ah, sim, e do dinheiro que escorre aos borbotões pelo ralo da corrupção!

Todo esse descompasso influenciou o descontrole do câmbio, com a desva-lorização do real ultrapassando o limite interessante para os exportadores e atin-gindo patamar letal para quem investiu em dólar para comprar equipamentos e promover atualização tecnológica. Este, aliás, é o caso da indústria gráfica. Nosso setor foi um dos que deram voto de con-fiança às promessas de crescimento do PIB e ajuste da economia, endividando-se em moeda estrangeira para investir. Agora, com mercado recessivo e falta de encomendas, sofre muito com o aumento significativo da amortização dos financia-mentos dos bens de capital importados.

Parece, contudo, que o governo ainda não estava satisfeito com as barrei-ras impostas às empresas. E, então, des-feriu outro duro golpe, o dos juros altos, que retrai ainda mais o mercado e agrava os custos, inibindo o consumo e encare-cendo a produção.

Restava um alento: a desoneração da folha de pagamentos para cerca de 40 setores de atividade, dentre eles os segmentos de embalagens e cadernos da indústria gráfica. No Brasil, porém, preva-lece aquele velho ditado de que “desgra-ça pouca é bobagem”. Então, cortou-se o estímulo, por meio da Medida Provisória 669, recusada pelo Senado e convertida em projeto de lei.

Num momento em que todos os seus custos aumentam e seu mercado míngua, os empresários recebem apenas um saco de maldades do governo, perme-ado de promessas vazias. Por isso, é hora de ampla mobilização, cívica e ordeira, da indústria gráfica, aliada a outros setores e no âmbito das federações e confedera-ções, para cobrar medidas concretas em prol da economia. Não é mais possível resignarmo-nos ante tanto desestímulo e desrespeito a quem produz, trabalha e gera empregos.•

Desrespeito à inteligência e ao bolso dos brasileiros

Sidney Anversa VictorPresidente da Abigraf Regional São Paulo (Associação Brasileira da Indústria Gráfica-SP).

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32 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Se para a economia nacional as micro e pequenas em-presas desempenham papel fundamental, com uma participação de 27% no Produto Interno Bruto, quando

se considera apenas o setor de turismo elas são ainda mais importantes. Dados do Ministério do Turismo mostram que, dos 41,3 mil prestadores de serviços registrados no Cadastro Nacional dos Prestadores de Serviços Turísticos, o Cadastur, 95% são classificados como micro e pequenas ou microem-preendedores individuais.

Entre os estabelecimentos estão comércios, agências de viagens e albergues, além de diversos prestadores de serviço da cadeia econômica do turismo. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) reforça a importância dos pequenos empreendimentos, que corres-pondem a 76,8% do segmento.

André Spínola, gerente de Atendimento Setorial Servi-ços do Sebrae Nacional, afirma que o turismo é uma atividade onde as micro e pequenas empresas se destacam. “Elas repre-sentam cerca de 90% dos estabelecimentos que atuam nos diversos elos dessa cadeia”, diz. Segundo Spínola, o turismo é uma atividade transversal e coletiva e, devido a isso, um dos desafios para o setor é criar um ambiente que promova o desenvolvimento local sustentável, por meio da profissionali-zação, fortalecimento e estruturação da gestão turística.

Tatiana Petra e Patrícia Herzog são sócias de uma pe-quena empresa que oferece, desde 2013, roteiros focados na identidade local de Brasília (DF). As turismólogas contam que a ideia de abrir o negócio surgiu a partir de um desejo que tinham em conectar visitantes e moradores. Direcionada ao turismo criativo, a empresa delas oferece passeios não tradi-

Pequenos negócios movimentam o turismo no Brasil

Levantamento mostra que micro e pequenas empresas representam 95% dos prestadores de serviço regularizados no setor

Gustavo Henrique Braga

DIVULGAÇÃO

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Empresárias Patrícia Herzog (esquerda) e Tatiana Petra (direita)

cionais por pontos indicados pelos próprios moradores. Os roteiros incluem visitas a pé, de bicicleta e até de balão.

“Temos um time de colaboradores e anfitriões todos microempreendedores. O maior desafio das pequenas em-presas no turismo não é só inovar, mas sustentar o negócio com profissionalismo seguindo os padrões legais exigidos pelo setor”, diz Tatiana. Atualmente, a empresa é parceira de cerca de 20 microempreendedores individuais.

Menos burocraciaA fim de facilitar a atuação dos pequenos negócios,

o Ministério do Turismo e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa firmaram, em novembro de 2014, um acordo de cooperação técnica que permite compartilhar informações e simplificar registros de empresas turísticas no Cadastur, com objetivo de reduzir a burocracia – considera uma das grandes barreiras à formalização dos empreendimentos. Além disso, a pasta oferece por meio do Fundo Geral do Turismo para Empresas (Fungetur) financiamentos de até R$ 10 milhões a investidores que queiram ampliar ou abrir novos empreendimentos turísticos.•

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36 • Junho 2015 • Economia&Negócios

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade do Vale do Itajaí (ITCP/Univali), em parceria com Centro Público de Economia Solidária de

Itajaí (Cepesi), está abrindo caminho para novos empreen-dedores solidários em Itajaí. Pessoas interessadas em mon-tar cooperativa, microempresa individual, ou associação, têm a oportunidade de receber, gratuitamente, assessoria técnica e formação para dar os primeiros passos.

A iniciativa é aberta aos mais diversos segmentos, tanto na área de produção como de prestação de serviços. Este ano, a ideia é fomentar a geração de pelo menos dez novos empreendimentos econômicos solidários. Qualquer pessoa da comunidade, interessada em montar um empre-endimento ou grupo de produção, pode procurar a Incuba-dora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), que está situada no bloco F7, 4º andar, da Univali Campus Itajaí, ou no Cepesi, que fica na Rua José Bonifácio Malburg, nº 51, no Centro de Itajaí.

De portas abertasSimone Barbosa, Cássia Lima Corrêa e Carolina Lima

Corrêa decidiram torna-se empreendedoras solidárias e abriram o primeiro salão de beleza da região no modelo de economia solidária, o “Madame Cis”. Em outubro do ano passado, elas iniciaram as capacitações com a Univali e o Cepesi, e em janeiro deste ano, abriram as portas do empreendimento.

“É diferente do mercado tradicional. Aqui a gente faz autogestão: todo mundo tem autonomia, pode opinar e os lucros são divididos de maneira justa. As decisões são to-madas em consenso, e para isso é preciso muita conversa e compreensão, mas o retorno e a harmonia valem muito a pena”, afirma Cássia.

O brechó “Ecosol” é outro exemplo. O empreendi-mento é administrado por dois grupos distintos, o B.Luxo e o Maria Bonita. Os grupos dividem o mesmo espaço, e os produtos são diferenciados por cores da etiqueta.

Univali e Cepesi buscam novos empreendedores solidários

Iniciativa fomenta a geração de novos empreendimentos por meio de assessoria gratuita

Soeli Motta e Eliete Conceição, empreendedoras do brechó Ecosol

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Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

“Durante as capaci-tações percebemos que tí-nhamos a mesma ideia de negócio. Ao invés de com-petir, ou criar dois empre-endimentos, resolvemos buscar alternativa para que os dois grupos traba-lhassem junto”, relata So-eli Motta, empreendedora do brechó.

O salão Madame Cis e o brechó Ecosol estão localizados no Cepesi, no Centro de Itajaí, e funcio-nam das 9h às 18h.

Mais informações: (47) 3341-7968, Incuba-dora Tecnológica de Coo-perativas Populares (ITCP)| (48) 8407-9535, com Leila Martins, coordenadora da ITCP | (47)3045-4664 e (47)9779-0015, Centro Público de Economia So-lidária de Itajaí (Cepesi)| (47) 9995 3179, Salão de Beleza Madame Cis, com Cássia. •As sócias Simone, Cássia e Caroline ,

do salão de beleza Madame Cis

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38 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Dados divulgados pela FIESC mostram que as importações também caíram no período

As exportações catarinenses acumulam redução de 9% nos primeiros cinco meses de 2015, fi-cando em US$ 3,309 bilhões. No mesmo período

do ano passado, o total embarcado era de US$ 3,634 bilhões. Os dados integram a Balança Comercial de San-ta Catarina, divulgada na sexta-feira (5) pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).

Entre os dez principais produtos da pauta de ex-portações do Estado, as maiores variações percentuais foram registradas pelos motocompressores (-27,9%) e pela carne suína (-24,3%). Em valores absolutos, o lí-der frango registrou o maior recuo: US$ 118,2 milhões a menos, para US$ 620,4 milhões.

Na comparação entre maio de 2015 e maio de 2014, a desaceleração nas exportações foi de 10,2%. Entre maio e abril foi registrado recuo de 3,6%.

As importações também estão em queda. Nos cin-co primeiros meses do ano, desembarcaram no Estado US$ 5,954 bilhões em mercadorias, valor 10,2% inferior ao registrado entre janeiro e maio de 2014. Entre os dez principais produtos importados pelo Estado, os maiores recuos foram registrados nos automóveis (-50,1%) e nos catodos de cobre refinados (-45,9%). Em 2015, o saldo da balança comercial catarinense está negativo em US$ 2,645 bilhões. No mesmo período de 2014, o resultado era de -US$ 2,962 bilhões.•

Exportações de SC acumulam recuo de 9% em 2015

DIVULGAÇÃO

A produção de veículos automotores caiu 25,3% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou a Associação Nacional dos Fa-

bricantes de Veículos Automotores (Anfavea).No mês passado, foram produzidos 210.086 uni-

dades, ante 281.355 de maio de 2014. Em relação a abril deste ano, quando a produção ficou em 217.552 unida-des, houve queda de 3,4%. No acumulado do ano, a pro-dução chegou a 1.092.323, 19,1% a menos do que o pro-duzido no mesmo período do ano passado (1.350.115).

Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Moan, a produção retornou ao patamar do ano de 2005. “Fecha-mos maio com estoque suficiente para 51 dias de vendas, o que explica as férias coletivas, lay-off, licenças remune-radas.”

Em maio estavam empregados 138.200 funcioná-

rios, 1% a menos do que em abril, quando havia 139.580. Na comparação com maio do ano passado, houve queda de 9,2%.

O licenciamento registrou queda de 27,5% com a venda de 212.696 unidades ante as 293.362 unidades de maio de 2014. Na comparação com abril, quando foram comercializadas 219.351 veículos, houve queda de 3%. De janeiro a maio de 2015, as vendas atingiram 1.106.425, 20,9 % a menos do que no mesmo período de 2014.

“Os resultados foram muito aquém da nossa previ-são. O volume de vendas representou um retorno aos re-sultados de maio de 2007. O que influenciou foi o crédito, com o saldo de financiamentos caindo 6,1% em relação a abril do não passado. Os novos financiamentos caíram 14,3%. O índice de confiança do consumidor afetou dras-ticamente as compras”, disse Moan.•

Produção de veículos cai 25,3% em maio

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40 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Presidente da FIESC alerta que custo do dinheiro já retrai investimento e prejudica geração de emprego

De Genebra, onde participou da conferência anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o presi-dente da Federação das Indústrias de Santa Catarina

(FIESC), Glauco José Côrte, defendeu que o Conselho de Políti-ca Monetária (Copom) do Banco Central interrompa o ciclo de alta das taxas de juros. “O nível dos juros retrai os investimen-tos e prejudica a geração, principalmente de emprego e renda pelas 50 mil indústrias de Santa Catarina”, disse.

Côrte lembrou que recentemente o IBGE divulgou o re-sultado do PIB do primeiro trimestre, com queda de 0,2% da atividade econômica, recuo na produção industrial, serviços, investimentos, consumo das famílias e do governo. “Qual a demanda que se quer inibir com o aumento dos juros? O atual cenário já é suficientemente restritivo e não revela os perigos da inflação de demanda”, argumentou.

O presidente da FIESC também citou os gastos com juros da dívida pública, que aumentaram R$ 63 bilhões no ano passado. “É, praticamente, o superávit primário que o governo federal quer que a sociedade agora produza. Com a redução dos gastos públicos será possível reduzir a inflação e caminhar para o desenvolvimento sustentável”, afirmou. “Ao contrário, aumentar a taxa de juros imputa um sacrifício

desmedido para a sociedade brasileira. O País precisa, isso sim, de instrumentos que financiem os investimentos", com-pletou.

Côrte conversou sobre a questão com o diretor-geral da OIT, Guy Rider, ao lado do presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ale-xandre Furlan. Um dos temas mais discutidos na conferência da OIT é o papel das pequenas empresas e o tratamento que deve ser dado a elas pela legislação. “As pequenas empre-sas brasileiras têm sido sistematicamente prejudicadas pelos custos que lhe são impostos pela legislação e por decisões governamentais que afetam o seu desempenho e prejudicam a sua competitividade. E os juros, que se encontram na imi-nência de serem novamente aumentados, são um exemplo disso” afirmou.

Côrte e Rider também falaram sobre questões relacio-nadas com o futuro do trabalho. O diretor-geral alertou para o desconhecimento ainda existente sobre como será o tra-balho e as relações entre empregadores e trabalhadores no futuro. “As empresas - e, também, os empregados - precisam se antecipar e se preparar para situações novas, ainda não plenamente conhecidas”, disse.•

Elevação dos juros preocupa indústria de SC

DIVULGAÇÃO

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42 • Junho 2015 • Economia&Negócios

O Brasil caiu para sua pior classificação no ranking mun-dial de competitividade, chegando ao 56° lugar em 2015, de acordo com estudo desenvolvido pelo IMD

(International Institute for Management Development), em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Pressionado por indicadores ligados ao mau desempe-nho da economia, como taxa de emprego e índice de preços, o Brasil perdeu posições pelo quinto ano consecutivo, ficando à frente apenas de Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela. Em 2010, a posição brasileira era a 38°.

Publicado anualmente desde 1989, o ranking analisa em 61 países o ambiente de competitividade das empresas. A lista é liderada por Estados Unidos, Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá. Dentre os latino-americanos, o Chile tem a melhor posição (35°).

Para Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral, responsável pela captação e avaliação dos dados brasileiros para o estudo, as chances de o Brasil recuperar posições no curto prazo são baixas.

"Não há nada na agenda brasileira que permita avan-

çar meia dúzia de posições em pouco tempo. As ações que levariam a isso, como controle das finanças públicas e ganhos de produtividade, não têm resultado de curtíssimo prazo. E mesmo que o ajuste do ministro Joaquim Levy dê certo, o resultado também não é imediato", diz.

A classificação é baseada em pesquisas com mais de 300 indicadores, agrupados em fatores como desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência de negócios e infraestrutura.

Ponto críticoDe acordo com o trabalho, o ponto crítico para o Brasil

é o quesito eficiência do governo, que abrange os impactos do ambiente político, institucional e regulatório sobre a com-petitividade de cada país.

Desde 2011, o Brasil figurava entre os cinco piores em tal fator, tendo aprofundado seu mau desempenho neste ano, com queda de duas posições, para o 60° lugar, à frente ape-nas da Argentina. No quesito subornos e corrupção, o país não perde para ninguém no ranking.

Mercado Coluna

Brasil atinge sua pior posição em ranking de competitividade

DIVULGAÇÃO

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Economia&Negócios • Junho 2015 • 43

Mercado Coluna

A infraestrutura é outro gargalo em que o Bra-sil sempre figurou entre os piores colocados, indi-cador que já vinha em queda desde 2012 e piorou neste ano devido à crise hídrica, que afetou o abas-tecimento de água e energia.

O risco de racionamento é citado como um dos principais desafios competitivos para o Bra-sil neste ano. "São vários os fatores que justificam nossos resultados. O Brasil não simplificou marcos regulatórios, um tema abordado desde a década de 90. Só implementou parcialmente os projetos de in-vestimento em infraestrutura. Não fez reformas, só agora está discutindo temas como a terceirização e, ainda assim, com questões que ainda são relativas", explica Arruda.

Neste ano, a eficiência empresarial brasileira também perdeu posições, tendo a produtividade e a eficiência no trabalho como fortes entraves.•

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44 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

Dez startups que fazem parte da Incubadora Tecnoló-gica Empresarial da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) foram contempladas pelo programa AWS Ac-

tivate e receberão um total de 100 mil dólares em serviços e consultorias da Amazon Web Services (AWS).

O programa, exclusivo para startups, oferece serviços na web, em especial, o de computação em nuvem, no qual as empresas iniciantes podem hospedar seu site, e-mails e conteúdos, gerando economia em serviços com servidores e investimentos computacionais.

Cada empresa incubada receberá o benefício de US$ 10 mil, pelo período de dois anos, sendo que US$ 5 mil serão para hospedagem na nuvem e outros US$ 5 mil em consultoria com os engenheiros da Amazon AWS.

O programa, que se estende pelo mundo todo, e que já beneficiou startups como a Dropbox e Pinterest, pro-põe mais segurança e confiabilidade na hospedagem de

conteúdo e rapidez aos usuários, especialmente para empre-sas e-commerce.

“A parceria é de grande valor para as empresas incuba-das, que terão acesso a um serviço confiável e que pode faci-litar desde os testes de seus produtos até a hospedagem de seus sites. Uma empresa que trabalha com e-commerce, por exemplo, pode rapidamente aumentar a carga computacional para suprir uma grande quantidade de visitas em momentos de pico”, explica Odilo Schwade Junior, integrante da incuba-dora e responsável pela parceria com a Amazon AWS.

As startups da Univali selecionadas para parceria com a Amazon AWS – Activate foram: Minha Casa Mais Bonita, Plasma Engenharia, Obyrama, ViaBrasil, Tree Tech Solutions, Brastax, Locals Watch, DD Cinema e Vídeo, Hidravida e PDS Tecnologia. A ideia é que as novas empresas que ingressarem na incubadora também venham a participar do programa da multinacional.•

Startups incubadas na Univali recebem 100 mil dólares da Amazon

Benefício será concedido em serviços e consultorias

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Mercado Coluna

Economia&Negócios • Junho 2015 • 45

Vinicius Renê Lummertz Silva assumiu como novo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embra-tur). Lummertz deixa o cargo de secretário nacional

de Políticas de Turismo para substituir Vicente José de Lima Neto, que estava no comando da autarquia desde março do ano passado. A posse foi realizada no início de junho, no auditório do Ministério do Turismo.

Nos quase três anos no Ministério do Turismo, Lum-mertz liderou o processo de elaboração do Plano de Mar-keting Nacional, participou do debate sobre o trabalho intermitente, a terceirização e a simplificação dos marcos regulatórios e processos de formalização das empresas. Seu empenho ajudou a transformar o setor em um dos

Catarinense assume a presidência da Embratur

Vinicius Lummertz terá o desafio de modernizar a gestão do instituto e ampliar as ações de promoção do Brasil no exterior

principais vetores do desenvolvimento econômico brasileiro. À frente da secretaria coordenou, ainda, o Plano Nacional do Turis-mo, um documento referência para o setor produtivo e gestores, e sempre alardeou o potencial turístico do país.

“Lummertz deixou um legado consistente para o Turismo e se empenhou diariamente em inovar o setor, unindo forças de empresários e órgãos públicos. Agora tem uma grande missão pela frente. Temos que modernizar nossa Embratur para posicio-nar o Brasil como um dos melhores destinos do mundo”, disse Henrique Alves, ministro do Turismo.

Uma de suas maiores convicções é de que o turismo pode se desenvolver – e muito – apoiado nas riquezas naturais. Afinal, de acordo com Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o número um entre 141 países pesquisados quando o tema é o patrimônio natural. “Os 69 parques nacionais recebem apenas 7,4 milhões de visitantes por ano, enquanto os parques americanos recebem 280 milhões de pessoas”, disse Lummertz.

Lummertz também se destacou na defesa de que o Mi-nistério do Turismo assuma a gestão de algumas unidades de conservação para, em parceria com a iniciativa privada, explo-rarmos de maneira sustentável a natureza. Sob sua gestão o MTur desenvolveu o projeto de “Zonas Especiais de Interesse Turístico”, que deverá ser discutido no Congresso Nacional. O ex-secretário também atuou na defesa do turismo náutico, para facilitar os licenciamentos para construção de marinas e atrair grandes cruzeiros marítimos para o país.

Um dos primeiros desafios de Lummertz à frente da Em-bratur será a modernização do modelo de gestão da autarquia, uma orientação do ministro Henrique Alves para deixar o órgão mais atuante e ágil. A ideia é que essa mudança possibilite uma estratégia mais agressiva de marketing para as ações de promo-ção internacional.•

DIVULGAÇÃO

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46 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Em 2014, foram verificados 131 empreendimentos sendo comercializados em Balneário Camboriú. Destes, 69 esta-vam prontos, 57 em construção e cinco na planta. Juntos,

somaram 5.756 unidades ofertadas. Atualmente, o estoque é de 1.543 unidades e a diferença já foi comercializada. Este e outros dados foram apresentados na noite de 27 de maio, no Sinduscon de Balneário Camboriú através da atualização da pesquisa “Análise de Mercado Imobiliário 2014” encomendada pela entidade à Brain Bureau de Inteligência Corporativa, de Curitiba. A empresa realizou o primeiro estudo na cidade em 2013 e, agora, voltou para atualizar os dados.

“Os números são muito positivos, e considerando o atual momento econômico do País, podemos afirmar com convicção que fechamos 2014 bem”, afirma o presidente do Sinduscon, Carlos Humberto Metzner Silva. O levantamento é um senso de mercado e o único estudo tão completo que a cidade dispõe sobre o setor imobiliário. A pesquisa foi entregue aos asso-ciados, a representantes de classe presentes à apresentação, imprensa, e está disponível às demais lideranças da cidade.

Hoje, os imóveis em estoque representam 26,8% dos ofertados – o que, segundo o proprietário da Brain, Marcos Kahtalian – é um bom índice de disponibilidade sobre a ofer-ta. “Abaixo de 30% consideramos positivo”, explica. Segundo o estudo, do total de empreendimentos ofertados em 2014, prevaleceram os de padrão alto, com 25 empreendimentos; padrão luxo com 60 empreendimentos; e super luxo com 28 empreendimentos. Na tipologia dos imóveis na cidade, o des-taque ficou com os de três e quatro ou mais dormitórios, repre-sentando 5.131 unidades, ou seja, 89%.

Quando o assunto é valor, as 4.213 unidades comercia-lizadas geraram um VGV (Valor Geral de Vendas) para a cidade da ordem de R$ 7.889.734 (bilhões), o que coloca Balneário Camboriú em posição de destaque em VGV no mercado nacio-nal. Proporcionalmente, está à frente de grandes centros imo-biliários, como a capital gaúcha, por exemplo. Segundo dados da Brain, Porto Alegre em 2014 gerou um VGV em imóveis da ordem de R$ 13,5 (bilhões), através de 28 mil unidades dis-ponibilizadas, enquanto Balneário Camboriú com suas 5.756 unidades, menos de 1/4 do montante de unidades de Porto Alegre, representa um VGV de R$ 10.716.920 (bilhões).

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MERCADO IMOBILIÁRIOSinduscon de Balneário Camboriú

apresenta raio-x atualizado

Lançamentos e Taxa de OcupaçãoEm 2014 foram lançados 14 empreendimentos resi-

denciais em Balneário Camboriú, representando 512 unida-des e um VGV de R$ 533 milhões. A maior fatia do VGV ficou por conta do último trimestre do ano. Dois empreen-dimentos foram lançados no primeiro trimestre, quatro no

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segundo trimestre, um no terceiro trimestre, e sete no quarto trimestre, sendo este último período res-ponsável por VGV de R$ 315 milhões (do total de R$ 533 milhões).

Outro dado interessante refere-se à taxa de ocupação. Dos 81 mil domicílios existentes na cidade em 2014, cerca de 32 mil não são ocupados o ano todo, o que gera um percentual de 40% de taxa de não ocupação, e coloca Balneário Camboriú como a cidade com menor taxa de ocupação entre grandes municípios como Joinville, Curitiba, Rio de Janeiro, Santos e Florianópolis, que apresentam de 8,3% a 24% de taxa de não ocupação, segundo estudo da Brain. “Este número reforça a importância da cons-

trução civil no fomento ao turismo e à rede de serviços que a cidade oferece, além de gerar renda – como impostos, taxa de condomínio, entre outros – sem necessariamente usufruir dos serviços públicos que a cidade oferta, como coleta de lixo, saúde, educação”, afirma o presidente do Sinduscon.

A pesquisa é ampla e traz muitos outros dados, como o pre-ço mínimo, máximo e médio dos apartamentos por região da cida-de e também em função da tipologia (número de quartos) e padrão. Igualmente analisa onde estão localizados estes imóveis e as regiões onde há maior e menor oferta, bem como estoques. Também classi-fica os imóveis por padrão em função dos valores, como econômico, alto, luxo, super luxo, entre outros. O objetivo do estudo é analisar a evolução dos principais indicadores do mercado imobiliário, como lançamentos, ofertas, estoques e evolução de preços. A fonte con-sultada consiste em imobiliárias, construtoras e incorporadoras para atualização dos dados.•

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O governador Raimundo Colombo recebeu em Florianópolis, a diretoria da Berneck, empresa do ramo madeireiro que planeja a construção

de nova fábrica em Santa Catarina. Um protocolo de intenções está sendo elaborado entre o Governo do Es-tado e a empresa e deve ser assinado em breve.

Os secretários de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, do Desenvolvimento Econômico e Susten-tável, Carlos Chiodini, e o presidente da Fatma, Ale-xandre Waltrick, acompanharam a reunião na Casa d’Agronômica.

A matriz do grupo Berneck fica na cidade de Araucária (PR), e a empresa tem fábricas também em Brasnorte, no Mato Grosso, e em Curitibanos, no Meio-

Oeste catarinense. A unidade de Curitibanos começou a produzir em 2012 e já está passando por ampliação.

A nova unidade em Santa Catarina, em município ainda a ser definido, contará com trabalho de serraria e produção de dois tipos de MDF, explicou o diretor do grupo, Gilson Berneck. A estimativa inicial é de gerar cerca de 800 empregos diretos.

O grupo tem mais de meio século de história e hoje é referência nacional em painéis MDP, MDF, HDF e madeira serrada de pinus e teca. A empresa produz e comercializa painéis e serrados de madeira (100% a partir de cultivos florestais) abastecendo indústrias de móveis, construção civil, automotiva, eletroeletrônica, naval e outras, no Brasil e no exterior. •

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James Tavares/Secom

Governo do Estado e empresa Berneck preparam protocolode intenções para construção de nova fábrica em SC

RAMO MADEIREIRO

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Com mais de 2 mil metros quadrados de construção, a nova sede da OAB Subseção de Itajaí, que fica perto da Câmara de Verea-dores e do Instituto Federal – na avenida Contorno Sul - contará

com espaço para atendimento médico e odontológico, um restaurante com vista panorâmica para atender os eventos da OAB e da popula-ção, salão nobre, salas para advogados, agência bancária, uma central de inclusão digital e estacionamento. O prédio terá três andares e vai oferecer mais condições para a entidade realizar debates, palestras, conferências e grandes eventos. A sede atual onde são realizados os trabalhos da OAB, na rua Jorge Mattos, já serve como a casa dos ad-vogados há 40 anos, e a intenção desta diretoria, é que o novo espaço possa ser ainda mais utilizado pelos profissionais e seus familiares. Atualmente, mais de 2 mil advogados estão inscritos na Subseção de Itajaí. O terreno da Ordem dos Advogados do Brasil em Itajaí conta com 6.800 m² e terá ainda uma sede recreativa. •

Nova sede da OAB de Itajaí será a maior do país entre as subseções

A previsão é que a obra seja entregue até o final de setembro deste ano

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A empresa líder no segmento de pescados enlatados do Brasil, GDC Alimentos busca expandir sua área de atuação na região. Hoje, a companhia é líder no

segmento de pescados enlatados no Brasil, emprega mais de 2 mil colaboradores e mantém sua fabricação de 2 mi-lhões de latas em Itajaí. Durante uma visita, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Santa Cata-rina, Carlos Chiodini e sua equipe, conheceram os projetos para investimentos que o grupo Calvo e a GDC projetam para o Estado.

O encontro entre o secretário e o presidente da GDC Alimentos, Alberto Encinas, aconteceu na fábrica em Itajaí. “Nós planejamos neste primeiro momento uma fábrica de bioprodutos e posteriormente uma consolidação industrial. Estamos interessados em contar com o apoio do Estado para este projeto, que vai atrair mais riquezas e empregos a região”, pontuou Encinas.

Anualmente mais de 25 mil toneladas de subprodu-tos são geradas e vendidas para terceiros. A intenção da empresa é dar um valor agregado a esses materiais, para fabricar produtos de consumo animal e ir evoluindo para o consumo humano, como ácidos graxos poliinsaturados tipo ômega 3 e Omega 6.

Carlos Chiodini explicou que as visitas às fabricas do Estado fazem parte das ações desta gestão, que busca conhecer o perfil e as necessidades dos setores da econo-mia catarinense. “Hoje especialmente aqui na GDC, esse ramo pesqueiro nos interessa muito, porque o Brasil tem grande potencialidade em expandir essa indústria e SC que já é um expoente, tem ainda mais. A GDC é um exemplo, de uma multinacional que adotou SC como sua casa e tem suas perspectivas de investimento no Estado. Então, o governo é parceiro dessas iniciativas e estará ao lado desses empre-endimentos”, comentou Chiodini.•

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Empresa de Itajaí faz planejamento para construir fábrica de bioprodutos

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O Diário Oficial do Estado publicou o protocolo de intenções para instalação da empresa Bluestar Sili-cones em Joinville. A empresa do setor químico vai

transferir sua fábrica em Santo André (SP) para a cidade ca-tarinense e deve começar a funcionar no primeiro trimestre de 2016. Já para agosto deste ano, estão previstas opera-ções de importação pelos portos catarinenses.

A logística do Estado foi um dos pontos de maior atração da empresa para Santa Catarina. Em seu anúncio, a Bluestar diz que a nova sede “permitirá logística eficiente e entregas mais rápidas para os produtos provenientes de subsidiárias localizadas principalmente na Europa, Ásia e América do Norte”.

“Somente seis empresas do mundo detém esta tecno-logia de silicone industrial, quatro delas no Brasil e, agora, uma delas vindo para cá”, disse o governador Raimundo Colombo. O secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, destacou as vantagens do setor, que é de alto valor agre-

gado com intensa transferência de tecnologia. “Para Santa Catarina, é importante a vinda de segmentos diferenciados e que fomentam cadeias específicas de fornecedores em seu entorno”.

Empresa com sede mundial em Lyon (França) e vin-culada ao grupo Roche, a Bluestar tem operações em todo o mundo e mais de 60 anos de experiência. A empresa tem uma vasta gama de produtos para atender os mais diferen-tes mercados, como etiquetas, cuidados pessoais, constru-ção civil, automotivo, têxtil, entre outros. O investimento inclui a transferência dos atuais equipamentos de produção para Joinville até o final do primeiro trimestre de 2016, com plano de expansão e upgrade das linhas de produção. “Considerando o atual contexto econômico do Brasil, este investimento demonstra o alto comprometimento da Blues-tar Silicones com seus clientes e uma prova de confiança e visão a longo prazo”, declara o diretor-presidente da Blues-tar Silicones Brasil, Lucas Freire.•

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Bluestar Silicones confirma investimento em Santa Catarina

Já para agosto deste ano, estão previstas operações de importação pelos portos catarinenses

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APM Terminals Brasil lança site para divulgarofertas de emprego e cadastrar currículos

A APM Terminals Brasil lançou uma nova ferramen-ta para a divulgação das oportunidades de em-prego oferecidas pela empresa em todo o país.

O banco online de vagas está disponível no endereço vagas.com.br/apmterminals. Os interessados poderão pes-quisar e se candidatar às vagas existentes, além de cadas-trar o currículo para futuras oportunidades.

“Buscamos pessoas talentosas e altamente motivadas para integrar o nosso quadro de colaboradores, oferecendo oportunidades de desenvolvimento de carreira em âmbito local, nacional e internacional em uma empresa que coloca em primeiro lugar a segurança e o bem-estar das pessoas”, explica Ricardo Arten, diretor superintendente da APM Ter-minals Brasil.

As vagas para trabalhar na APM Terminals Brasil são

destinadas a atender as operações portuárias e retropor-tuárias da empresa nas cidades de Itajaí (SC), Itapoá (SC), Rio Grande (RS), Paranaguá (PR) e Pecém (CE).

A empresa opera uma rede global de 190 terminais portuários e retroportuários em 58 países, atendendo as principais rotas de navegação do comércio internacional. Através da movimentação de contêineres e cargas diversas e reparo de contêineres, a empresa eleva o comércio mun-dial, gera milhares de empregos e impulsiona a economia dos locais onde está presente. Sediada em Haia, na Holan-da, a APM Terminals integra o Grupo Maersk, conglomerado dinamarquês com mais de um século de atuação nas áreas de navegação e energia. No Brasil, a APM Terminals opera terminais portuários e retroportuários nas regiões Sul, Su-deste e Nordeste.•

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Santa Catarina continua sendo uma força quando a pau-ta é economia. Exemplo disso é a chegada da empresa norte-americana Sutherland Global Services, especiali-

zada na prestação de serviços financeiros, administrativos, com foco em compras e recursos humanos, que escolheu Itajaí para se instalar no Brasil. Com 47 escritórios em 33 paí-ses, a Sutherland é referência em robótica no mundo e possui diversas multinacionais como clientes.

A empresa apresentou seu projeto no Centro Adminis-trativo em Florianópolis, ao governador Raimundo Colombo, que estava acompanhado do secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini, e do prefeito de Itajaí, Jandir Bellini. “Nós seremos parceiros no que for necessário para implantação e ampliação deste projeto. Fi-camos contentes com a escolha do nosso Estado, que tem potencial para absorver a empresa, na cidade de Itajaí, que

hoje possui o maior PIB de Santa Catarina”, relatou Colombo. A expectativa é até 2016 gerar cerca de mil empregos, em um projeto milionário que visa investimentos a curto, médio e longo prazo.A empresa, fundada em 1986, é premiada mun-dialmente na geração de negócios e tecnologia. Além disso, emprega 30 mil pessoas ao redor do mundo, atendendo líde-res globais dos principais setores da indústria. “Itajaí é uma cidade que oferece infraestrutura, tem grandes universidades, o que vai facilitar a contratação de mão de obra e também a atração de grandes clientes. Uma escolha correta que vai atender toda aquela cadeia produtiva”, explica o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável.

A apresentação foi feita por Ronilson Carassini, vice-presidente da Sutherland no Brasil, Felix Massun, vice-presi-dente na América Latina, acompanhados de Jair Bondicz da Associação Empresarial de Itajaí. •

Multinacional norte-americana escolhe Itajaí para se instalar no Brasil

Empresa é premiada mundialmente na geração de negócios e tecnologia

James Tavares - Secom

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Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Pro-teção ao Crédito (SPC

Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que os micro e pequenos empresários varejis-tas e prestadores de serviços (MPE) já sentem os efeitos da piora da economia. De acordo com o estudo, apenas 9% das MPEs pretendem contratar mão de obra nos próximos três meses, uma média de três funcio-nários por empresa. Para 32% dos entrevistados, a principal dificuldade enfrentada para a manutenção e o crescimento de suas empresas é o cenário político-econômico.

O estudo considerou apenas as micro e pequenas em-presas com mais de um funcionário, e traçou o perfil dos gestores e das empresas desse segmento, além de mapear os fatores externos que influenciam seu crescimento e sus-tentabilidade. Com um faturamento médio anual de R$ 439 mil e mensal de R$ 36,5 mil, os empresários entrevistados pertencem ao segmento de varejo (52,5%) dos setores ali-mentícios, vestuário, materiais de construção e móveis e de-coração; e de serviços (47,5%), do setor alimentício, serviços financeiros, tecnologia e informática, transportes, e da área da saúde.

Desafio para empresáriosDe acordo com os dados analisa-

dos na pesquisa, o perfil predominante do gestor de micro e pequenas empre-sas é do sexo masculino, tem de 35 a 54 anos, possui de ensino médio (36,4%) a superior completo (31,1%), e tem uma renda familiar entre cinco e 10 salários mínimos (R$ 3.940 a 7.888 mil).

Quando analisada a percepção sobre o que é ser um empresário no Brasil, a questão mais levantada pelos

entrevistados é o desafio dessa posição. Segundo o presi-dente da CNDL, Honório Pinheiro, o cenário político-econô-mico atual influencia fortemente essa percepção (para 32% dos entrevistados). "Outros dados citados pelos gestores são as altas taxas para abrir e gerenciar uma empresa, a possível falta de apoio do governo, e as dificuldades impostas pela instabilidade da economia brasileira", diz Pinheiro.

A pesquisa identificou que, de fato, o cenário pode já estar influenciando os micro e pequenos empresários: 15% das MPEs pretendem demitir nos próximos três meses - uma média de dois funcionários por empresa. "Para os micro e pequenos empresários, além do cenário político-econômico (32%), as principais dificuldades para conduzir a empresa são a prática de conquistar e manter clientes (15,4%) e a carga tributária elevada (13,6%)", explica o presidente. •

Apenas 9% das micro e pequenas empresaspretendem contratar nos próximos três meses

Pesquisa do SPC Brasil mostra que para 32% dos empresários, a principal dificuldade para a manutenção e crescimento de seus negócios é o cenário político-econômico

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A Aliança Navegação e Logística, empresa do Gru-po Hamburg Süd, após finalizar o investimento de R$ 700 milhões na compra de 6 novos porta-

contêineres, os maiores a operar no transporte costeiro no Brasil, com capacidades que variam de 3.8 mil a 4,8 mil contêineres, direcionará o foco para infraestrutura operacional terrestre.

Como estratégia, a Aliança criou a ATM (Aliança Transporte Multimodal) para atender às necessidades do mercado com ênfase maior no transporte terrestre. A em-presa ampliou sua infraestrutura para recebimento, ar-mazenagem, paletização, consolidação, desconsolidação e entrega de cargas a partir dos portos de Itapoá, em Santa Catarina e Chibatão, em Manaus.

De acordo com Julian Thomas, diretor-superinten-dente da Aliança, após a renovação da frota, em 2015 a empresa disponibilizará a infraestrutura operacional necessária para garantir o nível de serviço no transporte multimodal e na geração de serviços de alto valor agre-gado às cadeias logísticas dos clientes. “Assim, preten-demos alcançar um crescimento de volume em torno de 10% em relação ao ano passado”, afirma.

Outro foco importante da Aliança para o ano é au-

Aliança finaliza investimento em novos naviosda cabotagem e foca em infraestrutura operacional

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A empresa ampliou sua infraestrutura para recebimento, armazenagem, paletização, consolidação, desconsolidação e entrega de cargas a

partir dos portos de Itapoá, em Santa Catarina e Chibatão, em Manaus

mentar ainda mais a atuação da empresa no transporte de cabo-tagem de carga de projeto. Em 2014, a empresa afretou um navio do tipo multipropósito para carregar equipamentos com grandes dimensões e volumes, entre eles, transformadores, reatores, tur-binas, entre outros. Nomeado de “Aliança Energia”, o navio tem capacidade para transportar aproximadamente 19 mil toneladas de carga e é equipado com três guindastes, que juntos podem içar peças de até 800 toneladas. •

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A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, adiantou ao vice-governador de Santa Catarina, Edu-ardo Moreira, durante a abertura da 83ª As-

sembleia Mundial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris (França), que o Brasil terá o sistema de lacre eletrônico para contêineres frigorifi-cados plenamente implantado até o final deste ano. O procedimento dará agilidade e competitividade às empresas exportadoras de carnes de origem bovina, suína e de aves.

O programa Canal Azul do Ministério da Agri-cultura - hoje em teste em dez empresas - permi-tirá o carregamento e fiscalização dos contêineres somente nas indústrias do setor, onde será aplicado um lacre eletrônico. “Assim, as informações chega-rão com muita antecedência aos portos e evitará uma nova abertura dos contêineres, que atrasa a liberação dos produtos em até três dias como ocor-re hoje”, disse a ministra.

Na reunião da OIE realizada recentemente, Santa Catarina recebeu a certificação internacional de zona livre de peste suína clássica. O Estado se

preparou para receber o documento da OIE por dez anos. SC é o maior produtor e exportador nacional de carne suína. São dez mil propriedades rurais - que, em 2013, conforme a Associação Catarinense de Criadores de Suínos, geraram 65 mil empregos diretos em 140 mil indiretos - integradas às 159 agroindústrias estabelecidas no Estado.

A produção anual de carne suína gira em torno de 850 mil toneladas. “Esse evento reflete as desigualdades do mundo e as discussões para ele-varmos os padrões sanitários em todos os países, inclusive os menos desenvolvidos. Santa Catarina ocupa um lugar de destaque porque enfrentamos a doença há décadas, e isso se reflete nas pre-miações que temos recebido”, declarou Eduardo Moreira.

“Somos um Estado diferenciado: primeiro con-seguimos a certificação de estado livre de febre af-tosa sem vacina e, agora, o status de livre de peste suína clássica”, enfatizou o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa. Também participaram da abertura do evento diretores da Cidasc e deputados.•

PortosdoBrasil

Liberação de contêineres de frigoríficos nos portos será agilizada

Vitor Hugo Louzado/GVG

O programa Canal Azul do Ministério da Agricultura permitirá o carregamento e fiscalização dos contêineres somente nas indústrias do setor, onde será aplicado um lacre eletrônico

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As dificuldades de acesso aos portos catarinen-ses e a adequação de suas instalações para navios cada vez maiores foram debatidas em

reunião da Câmara de Transportes e Logística da Fe-deração das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). O encontro contou com a participação de representantes dos principais portos e empresas operadoras.

De acordo com o presidente da Federação, Glauco José Côrte, este debate contribui para subsi-diar as ações da Fiesc junto aos agentes envolvidos na questão dos portos nos governos estadual e fede-ral. “Temos hoje um dos complexos portuários mais modernos do país, mas nós não podemos nos sentir confortáveis”, afirmou Côrte, ao lembrar que, em mo-mento de crise econômica, a competição comercial fica ainda mais acirrada.

Um dos pontos de debate foi a infraestrutura terrestre. “A questão do acesso aos portos constitui um gargalo”, afirmou Côrte. Ele defendeu a imple-mentação da Ferrovia Litorânea, entre Imbituba e São Francisco do Sul. “Alguns não compreendem a importância desta questão, acham que estamos interligando um porto ao outro. O que nós queremos é interligar os portos à malha ferroviária nacional”, defendeu.

Santa Catarina tem alguns rios que poderiam ser aproveitados para o transporte de cargas”, lem-

brou o presidente da Câmara e primeiro vice-presi-dente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar. Ele destacou a necessidade de resolver a questão das pontes da BR-101 sobre o rio Itajaí. Construídas em épocas diferentes, as estruturas têm pilastras com espaça-mento não alinhado, o que dificulta a passagem de navios maiores. César Centroni, gerente Operacional da MSC, destacou a tendência de crescimento no tamanho dos navios em operação e afirmou que é preciso garantir a profundidade de acessos, áreas de manobra e terminais dos portos, para que estes não percam competitividade. “Dois metros a mais de calado [profundidade] representam vinte mil toneladas a mais de carga, isso pode fazer grande diferença”, exemplificou Centroni.

A morosidade nos processos de ampliação e adequação das estruturas portuárias foi destacada pelo presidente do conselho de administração do Porto de Itajaí, Marcelo Salles. Ele citou questões como as licitações públicas e as licenças ambientais. “A velocidade é diferente da dos armadores”, afirmou, ao defender a mobilização dos portos para atender as demandas futuras do setor. “Já temos uma boa estrutura portuária em Santa Catarina. O que precisa-mos agora não é de novos portos. Precisamos é de qualificação”, afirmou Danilo Ramos, diretor comercial da Santos Brasil.•

PortosdoBrasil

Heraldo CarnieriEncontro contou com a participação de representantes dos principais portos e empresas operadoras

Acesso aos portos e crescimento dos navios são debatidos na Fiesc

Encontro reuniu representantes de portos e armadores para debater desafios e potencialidades do setor em Santa Catarina

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A diretoria da Antaq autorizou em reunião do seu colegiado, em Brasília, os reajustes tarifários a serem aplicados nas tabelas das administrações

portuárias em 2015. A Resolução nº 4.093-Antaq, de 07/05/2015, que trata dos reajustes, já foi publicada na Seção 1 do Diário Oficial da União.

Foram aprovados reajustes diferenciados para as dez principais autoridades portuárias e para as demais administrações, de acordo com a data do úl-timo reajuste e a geração de novos serviços pelos portos.

Conforme o artigo 1º da Resolução, as administra-ções portuárias deverão en-viar para Antaq, em 15 dias, cópia das tabelas tarifárias, incluindo os valores reajus-tados, normas de aplicação, isenções e taxas mínimas cobradas.

Os reajustes envolvem 37 portos organizados e pas-sam a valer imediatamente, uma vez que já têm o aval da Secretaria de Portos, na qualidade de poder conce-dente, e do Ministério da Fazenda, este último respon-sável pela homologação dos novos valores tarifários.

No caso dos 19 maio-res portos públicos nacionais, que são responsáveis por mais de 90% da movimen-tação de carga para esse tipo de instalação portuária, os reajustes médios chegaram a 31,7%, como é o caso do Porto de Santos, o maior do país, que teve as suas tarifas majoradas pela última vez em 2005.

As tarifas dos portos das autoridades portuárias do Rio de Janeiro (CDRJ), que tem sob sua admi-nistração os portos do Rio de Janeiro e Itaguaí; do Maranhão e do Paraná, por sua vez, foram corrigidas em 31,4%, 29,5% e 23,2, respectivamente.

No caso da autoridade portuária de Suape, o reajuste foi de 30,5%. Já nos portos ligados à Companhia Docas do Pará (CDP), as tarifas tiveram aumento médio de 25,7%, e os da Superintendência de Portos do Rio Grande do Sul (SUPRG), de 29%. O último aumento das tarifas dos portos dessas três APs ocorreu em 1995.

Codeba (Bahia), Codesa (ES) e APSFS (SC), cujas tarifas sofreram os reajustes mais recentes, agora foram reajustadas em 20,7%, 24,7% e 14,4%, respectivamente. Os maiores reajustes médios, no entanto, ocorreram nas tarifas dos portos de Imbituba (39%), Porto Alegre (33,2%) e Recife (32,9%).

Nos casos das companhias docas do Rio de Janeiro e São Sebastião, e dos portos de Suape, Recife e Porto Alegre, as respectivas tabelas tarifá-

rias também incorpora-ram os novos serviços executados.

Nos portos da CDRJ, por exemplo, a reestruturação levou em conta a criação de novos itens tarifá-rios para operação de supply-boat em apoio às plataformas offshore. A criação desses itens tarifários decorreu de demanda da Petrobras para operação de suas embarcações de apoio às plataformas de pe-tróleo em alto mar.

Já no Porto do Recife, a reestruturação incluiu novos itens de serviço para utilização da infraestrutura de

acesso aquaviário de embarcações destinadas ao transporte de passageiros, turismo e recreio e da infraestrutura terrestre para embarque, desembarque e trânsito de passageiros no Terminal Marítimo de Passageiros. Segundo o diretor-geral da Antaq, Mário Povia, os reajustes representam o primeiro passo na instituição de um novo modelo tarifário para os portos brasileiros.

“Algumas dessas tarifas estavam com os mes-mos valores há 10 anos, como é o caso do Porto de Santos, outras permaneciam congeladas até 20 anos”, disse Povia, acrescentando que podem ocorrer novos aumentos ou mesmo a diminuição nos valores das tarifas a partir da implantação do novo sistema tari-fário, cujo projeto está em desenvolvimento na Antaq e que prevê a uniformização das tarifas em todos os portos e a revisão dos serviços cobrados. •

PortosdoBrasil

Antaq autoriza reajuste de tarifas dos portos

Diretor-geral da Antaq, Mário Povia

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60 • Junho 2015 • Economia&Negócios

O canal de acesso dos navios que atracam na Baía da Babitonga, nos portos de Itapoá e São Francisco do Sul, passaram por nova

avaliação da Marinha do Brasil e novos parâmetros operacionais foram definidos, o que possibilita a uti-lização de maior capacidade nos navios de grande porte para os dois portos.

De acordo com a Portaria Nº 34/2015, na Capitania dos Portos de Santa Catarina, o aumento chegou a ampliar em 1m o calado dos navios de 300m de comprimento, por 48m de largura, o que habilita essas embarcações a entrarem e saírem do canal de acesso durante a noite. A portaria anterior limitava a operação desses navios ao período diurno, principalmente em função da largura de 48m.

Para os navios maiores, acima de 330m, com largura igual ou inferior a 43m, o calado foi ampliado

em 0,5m e, também conseguirão realizar manobras noturnas. Em Santa Catarina apenas os portos de Itapoá e Imbituba recebem navios com essas dimen-sões e, a partir do novo parâmetro, possibilitando o acesso noturno dessas embarcações, a expectativa é que a movimentação no Porto Itapoá seja ampliada em até 15%.

Como exemplo, um navio com as dimensões do Aliança Itapoá (334 x 43 metros) possui um calado máximo de 12m. Para acessar o Porto Itapoá, sua capacidade de carga não poderia ser utilizada em sua plenitude devido às limitações do canal de aces-so, que permitia a entrada do navio com um calado em torno de 9m apenas, e durante o dia exclusi-vamente. Agora, com o novo parâmetro, o aumento chegou a 9,5m de uso de calado, podendo, após um período de teste, passar a 10m.

PortosdoBrasil

Canal de acesso da Baía da Babitonga tem seus parâmetros operacionais ampliados

para receber os grandes navios

Com os novos parâmetros estabelecidos pela Marinha do Brasil, somente no Porto de Itapoá a geração extra de volume pode chegar a 400 contêineres por navio

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Economia&Negócios • Junho 2015 • 61

Em termos de volume o Porto Itapoá já divulga há pelo menos dois anos um cál-culo que indica que para cada centímetro de calado a mais em um navio, são viabilizados 8 contêineres a mais, por em-barcação. Com o acréscimo de 0,5m de calado, ou 50 centímetros, para os navios acima de 330m de compri-mento, o ganho chega a 400 contêineres a mais por navio. Transformando isso em gera-ção de renda, pode-se atribuir que com este novo parâme-tro os navios como o Aliança Itapoá poderão gerar a mais aproximadamente US$ 400 mil por atracação (valor total

entre taxas/impostos e geração de serviços em geral), somente no Porto Itapoá.

Em quase quatro anos de operação, esta é a terceira portaria expedida pela Marinha do Brasil, ampliando os parâmetros operacionais para o acesso de embarcações na Baía da Babitonga. O local é um dos mais favorecidos do Brasil em termos de profundidade, com áreas que chegam a mais de 30m e, 17m nos berços de operação do Porto Itapoá, por exemplo. A restrição é específica no canal de acesso, que hoje possui 14m de profundidade, porém, com restrições na sua largura, que limitam a movimenta-ção dos navios de grande porte que começaram a operar em águas brasileiras desde 2013.

As melhorias só foram possíveis devido ao comprometimento profissional dos Práticos da Baía da Babitonga e da Marinha do Brasil, que pautam este tipo de avaliação e parametrização sempre com o foco na segurança da navegação.

A expectativa é que ainda este ano o Governo Estadual e Federal executem a dragagem de manu-tenção do canal, o que deve ampliar ainda mais os parâmetros operacionais da baía. Está em andamento também o EIA/RIMA, conduzido pelo Porto Itapoá e a Autoridade Portuária de São Francisco do Sul, para o alargamento e aprofundamento do mesmo canal, que

buscará a elevação dos parâmetros para os navios de 350-400 metros de comprimento que já estão em operação em outros continentes desde 2012. Em declarações recentes do Governo do Estado, existe o comprometimento em atender uma série de demandas ligadas ao setor produtivo na região Norte do Estado, entre elas a dragagem de aprofundamento do canal de acesso aos portos de Itapoá e São Francisco do Sul.•

Navegação Diurna

Comprimento Calado

320 à 336 metros 11 metros

310 à 320 metros 11,5 metros

300 à 310 metros 12 metros

260 à 300 metros 12,2 metros

245 a 260 metros 12, 5 metros

Até 245 metros 12,8 metros

O local é um

dos mais

favorecidos

do Brasil em

termos de

profundidade,

com áreas que

chegam a mais

de 30 metros

Confira os indicativos dos novos parâmetros do canal de acesso da Baía da Babitonga:

Navegação Noturna

Comprimento X Largura Calado

300 X 43 metros 11 metros

300 X 46 metros 10,5 metros

335 X 43 metros e

300 X 48 metros 9,5 metros (após 9

manobras utilizará

10 metros)

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62 • Junho 2015 • Economia&Negócios

Tecon Rio Grande fecha maior embarque de soja do terminal

Projetos voltados para cargas agrícolas se aceleram em 2015; terminal também mira na atração de fertilizantes

Como parte da meta de atração de cargas agrícolas e de se projetar como alternativa para a exportação de grãos no Brasil, o Ter-

minal de Contêineres de Rio Grande (RS) vai escoar cerca de 7,7 mil toneladas de soja, totalizando 275 contêineres, nesse segundo trimestre de 2015. Esse será o maior embarque da commodity na história do Tecon, operado pelo Grupo Wilson Sons há 18 anos. Os embarques começaram no final de abril e têm previsão de seguir até junho, quando toda a carga tiver sido escoada para a Shangai, na China.

A soja é tradicionalmente movimentada em na-vios graneleiros, de carga solta, porém a tendência de conteinerização do grão e seus derivados é cada vez maior, tendo em vista os gargalos logísticos e as vantagens para os donos da carga e clientes no exterior. “O transporte via contêiner garante o acesso a mercados que trabalham com volumes menores, trazendo facilidade na distribuição, redução de custos, além do melhor aproveitamento dos grãos que não sofrem alterações por condições climáticas”, elenca o diretor comercial do Tecon Rio Grande, Thierry Rios.

O embarque desses 275 contêineres de soja é um dos marcos na atração de cargas agrícolas pelo terminal neste ano. Pela primeira vez, 3 mil tone-ladas de trigo ração foram escodas para o Vietnã, com conclusão da operação em abril. Para essas movimentações, o Tecon Rio Grande firmou uma parceria com a Gomes e Marques, responsável pelo

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recebimento, armazenagem, estufagem e transporte dos grãos até o terminal. Já a empresa Tradeagro ficou a cargo pela comercialização com os clientes finais no país do sudeste asiático.

Em fevereiro, o terminal também desenvolveu um projeto piloto inédito para exportação de farelo de soja. Hoje essa carga passou a ser embarca-da regularmente para a Alemanha. “O Tecon Rio Grande vem fazendo esforços comerciais e de in-teligência de mercado para se projetar como uma terceira via no país para o embarque de cargas agrícolas em contêineres, em alternativa a Santos e Paranaguá. Essas soluções reforçam a busca de alternativas logísticas acessíveis para nossos clien-tes e para a economia do Rio Grande do Sul”, ressalta Rios.

Importação de fertilizantesAlém das cargas agrícolas, o Tecon Rio

Grande também quer desenvolver o mercado, ainda incipiente, de importação de fertilizantes via contêi-neres. O consumo da commodity no Brasil ainda é extremamente dependente do mercado externo.

Transportado em contêineres, o fertilizante chegaria ensacado ao terminal, pronto para ser vendido diretamente ao consumidor em quantidades menores para a sua necessidade.

O início do projeto piloto para a carga está previsto ainda para 2015, com potenciais clientes já prospectados no Sul do país.

A Secretaria dos Transportes e Mobilidade juntamente com a Superintendência do Porto do Rio Grande decidiram, pela manutenção do valor das tarifas portuárias durante todo o ano de 2015. A Agência Nacional de Transportes Aqua-viários (Antaq) autorizou a elevação dos valores em diversos portos brasileiros. Com a decisão, a alteração das tarifas só devem ocorrer, por etapas, em 2016.

A Antaq autorizou o ajuste de 29% para a Superintendência do Porto do Rio Grande. A úl-tima vez que os valores tiveram reajuste foi em 1998. “A decisão tomada pelo governo gaúcho visa garantir a competitividade do Porto do Rio Grande. Entendemos o momento do mercado, diante da crise empresarial e que esse não é o momento adequado para gerar mais um custo”, afirmou o superintendente Janir Branco.•

Porto do Rio Grande decide manter tarifas portuárias até final do ano

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64 • Junho 2015 • Economia&Negócios

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O embaixador belga no Brasil, Jozef Smets, visitou a Superintendência do Porto de Itajaí e foi recebido pelo

diretor administrativo-financeiro do Porto, He-der Cassiano Moritz.

A autoridade estrangeira chefiou co-mitiva que percorreu os principais portos brasileiros visando intensificar contatos que resultem em oportunidades de cooperação entre os portos brasileiros e os portos bel-gas, que têm no Porto de Antuérpia o principal porto.

No encontro, Heder Moritz apresentou

um audiovisual com um breve histórico, os números e as principais características do Complexo Portuário de Itajaí que impressio-naram os visitantes. Em seguida, embaixa-dor e comitiva foram levados ao terraço da APM Terminals para ver in loco as instala-ções dos principais terminais itajaienses.

Acompanhou a comitiva belga o diretor de Indústria e Comércio da prefeitura de Itajaí, Carlos Fernando Priess. Completavam a comitiva do embaixador, o cônsul geral da Bélgica, Didier Vanderhasselt e o cônsul honorário João Casillo. •

Da esquerda para a direita, o gerente de custos e estatísticas do Porto, Ivan Rupp Bittencourt, o embaixador Jozef Smets, o diretor administrativo-financeiro do Porto, Heder Cassiano

Moritz, o cônsul geral Didier Vanderhasselt, o cônsul honorário João Casillo, e o diretor de Indústria e Comércio de Itajaí, Carlos Fernando Priess

Visita busca estreitar laços de cooperação entre portos brasileiros e belgas

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66 • Junho 2015 • Economia&Negócios

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A Portonave superou a marca de 4 milhões de TEUs (Twenty Equivalent Unit - unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés)

movimentados. O valor contabiliza as movimentações desde o início da operação do terminal, em outubro de 2007. O contêiner que registrou este número foi movimentado no navio MOL Advantage, de bandeira panamenha, no final do mês de abril. Em sete anos, o terminal localizado em Navegantes já recebeu qua-se 4 mil escalas de navios.

Atingir esta marca histórica representa o cres-cimento e evolução da empresa, alinhados ao de-

senvolvimento sustentável. O terminal movimentou o primeiro milhão depois de quase três anos de ati-vidade, em agosto de 2010, e o segundo milhão um ano e nove meses após, em maio de 2012. O terceiro milhão foi conquistado um ano e cinco me-ses mais tarde. E, praticamente no mesmo período, um ano e seis meses depois o terminal chegou aos 4 milhões. “Em sete anos de operação consolida-mos nosso espaço e hoje somos responsáveis por movimentar 44,5% de toda carga conteinerizada do Estado”, comenta o diretor-superintendente operacional da Portonave, Renê Duarte.•

Portonave supera 4 milhões de TEUs movimentados

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