revista portuária - 17 maio 2016

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Economia&Negócios Maio 2016 1

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Revista Portuária - 17 Maio 2016

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Economia&Negócios • Maio 2016 • 1

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• Maio 2016 • Economia&Negócios4

Sumário

8 TurismoPesquisa aponta perfil dos 6 milhões de estrangeiros que visitaram o Brasil em 2015

6 PortosPortonave tem crescimento de 37% na movimentação

31 NovidadeParanaguá cria berço exclusivo para veículos e equipamentos

37 Fimar 2016 Feira Brasil-Itália fomenta negócios no setor náutico

42 Boa novaOpinião: comércio exterior em recuperação

14 Pesca industrialSetor pesqueiro sofre com incertezas na produção

48 ExportaçãoEuropa começa a receber terrenos vivos de Santa Catarina

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Economia&Negócios • Maio 2016 • 5

Editora Bittencourt

Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí

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Para assinar: Valor anual: R$ 300,00

A Revista Portuária não se responsabiliza por

conceitos emitidos nos artigos assinados, que

são de inteira responsabilidade de seus autores.

www.revistaportuaria.com.br

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ANO 15 EDIÇÃO Nº 195Maio 2016 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Os imbróglios da pesca

O setor pesqueiro industrial de Itajaí amarga perdas irreparáveis. Primeiro, a dificuldade para obter a subvenção no imposto sobre

o óleo diesel. Agora, a obtenção de licenças para a pesca da tainha. Imbróglios facilmente resolvíveis em outras época, quando havia um ministério so-mente para o setor.

Não podemos negar que o enxugamento dos ministérios seja um reforma governamental im-portante para conter gastos, acabando assim com empregos que sempre foram meros cabides. Uma obrigação de redução de despesas que soa até elei-toreira.

Enfim, a intenção pode não ser das melho-res, mas devemos admitir que essas reformas são importantes. Com tanto que os setores não fiquem desguarnecidos, o que não vem ocorrendo. A preo-cupação dos empresários da pesca aumenta a cada dia.

Santa Catarina é o principal polo pesqueiro do país, o que fazia com que o Estado fosse também o maior favorecido com o ministério. Até então, as questões além de serem debatidas com mais facili-dades, podemos citar as várias vezes em que repre-sentantes da pasta visitaram o Estado.

Agora, contudo, as decisões não ficam claras nem mesmo para quem faz parte do setor. Fato que pesa também para o contribuinte, afinal de que adianta reforma ministerial se as coisas deixam de funcionar?

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O ano de 2016 começou positivo para a Portonave. O Terminal Portuário de Navegantes movimentou, no primeiro trimestre, 202.582 TEUS (medida que

equivale a contêiner de 20 pés) – um crescimento de 37% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram movimentados 147.680 TEUS. A empresa mantém a liderança de mercado desde 2010 e hoje é responsável por 54,5% do market share catarinense – segundo fonte Datamar (jan-fev/2016).

Os números são resultado da conquista de novos parceiros comerciais no segundo semestre de 2015: seis novas linhas marítimas passaram a operar no terminal, o que aumentou a oferta de transporte para mercadorias importadas e exportadas – com destaque para as carnes congeladas e a madeira. O crescimento se deu também em virtude do início de operação de uma linha de cabotagem – a Log-In – que começou a operar no terminal no segun-do semestre de 2015.

Além disso, os resultados positivos vêm de eleva-dos investimentos tanto em tecnologia quanto em infra-estrutura e equipamentos, aliados à expertise dos colabo-radores da Portonave. Em agosto de 2015, a companhia finalizou a obra de expansão, dobrando a capacidade de armazenagem de contêineres do terminal – que hoje é o maior em área no Estado – de 15 mil para 30 mil TEUs. O terminal concluiu o processo de eletrificação dos RTGs, substituindo o diesel por energia elétrica na operação dos seus 18 guindastes de pátio. A troca vai proporcionar uma redução de 62% no consumo de diesel no terminal e 98% nas emissões de CO² deste tipo de equipamento.

A Iceport – Câmara frigorífica que pertence à Por-tonave – consolidou um estoque médio de 89% neste primeiro trimestre. A movimentação na Câmara foi de 117.839 toneladas.

Produtividade em altaA produtividade é um indicador de que a Portonave

vem se destacando e melhorando os seus números. Além de deter o recorde sul-americano, com 270,4 mph (mo-vimentos por hora), desde outubro de 2014, o terminal alcançou no primeiro trimestre de 2016 a média de 111,6 mph por navio e 37,3 mph por guindaste.

Outro número importante foi o recorde de movimen-tos por escala, batido no mês de abril. Nos dias 3 e 4 foi realizada a maior movimentação por escala na Portonave durante a operação do navio CMA CGM CONGO, do Ser-viço Ásia, com 2.908 movimentos. Além do número de contêineres, destaque para a alta produtividade: 176,2 mph. •

Primeiro trimestre na Portonave tem crescimento de 37% na

movimentação de contêineres

Movimentação do 1º trimestre Portonave

TEUs 2015 2016

Total 147.680 202.582

Jan 43.766 67.899

Fev 46.841 67.113

Mar 57.073 67.570

PortosdoBrasil

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• Maio 2016 • Economia&Negócios8

A Argentina lidera o ranking dos países que mais enviaram turis-tas ao Brasil em 2015. A constatação é do Anuário Estatístico do Turismo do governo federal. De acordo com o estudo do

Ministério do Turismo, dos mais de 6,3 milhões de estrangeiros que desembarcaram no país no ano passado, 2 milhões eram argentinos, o que corresponde a 33% deste total. Os Estados Unidos permanecem na segunda posição (575.796), seguido do Chile (306.331).

O levantamento feito com base em dados da Polícia Federal aponta que 54% dos turistas estrangeiros no país em 2015 eram dos vizinhos da América do Sul. O Paraguai aparece na quarta posição do ranking com 301.831 mil visitantes e o Uruguai na quinta posição com 267.321. No continente europeu, a França se destaca na 6ª colocação com o envio de 261.075 turistas.

O número de visitantes estrangeiros em 2015 é 1,9% menor que em 2014, quando foi realizada a Copa do Mundo no Brasil e registrado o recorde de turistas estrangeiros. No entanto, é impor-tante ressaltar que os números de 2015 apresentam um crescimento de 8,5% em relação a 2013, quando o país recebeu 5,8 milhões de visitantes internacionais.

São Paulo continua como a principal porta de entrada para os estrangeiros que chegam ao Brasil. Em 2015, 2.248.917 visitantes de-sembarcaram no Estado, um crescimento de 1,3% em relação a 2014. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, seguido pelo Rio Grande do Sul que tem sido escolhido cada vez mais como rota de acesso ao país, principalmente pela via terrestre (89%), que pode ser explicado pela proximidade com as fronteiras dos países vizinhos.

Brasileiros na ArgentinaQue a Argentina é um dos destinos preferidos dos brasileiros

não é novidade, por muito tempo o país vizinho liderou a lista dos roteiros mais procurados pelos viajantes daqui. Em tempos de dólar alto e passagens aéreas mais caras, a tendência é que países sul--americanos se tornem ainda mais atraentes.

Mais de 6 milhões de estrangeiros visitaram o Brasil no ano passado

Só a Argentina enviou mais de dois milhões de visitantes

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Dados das principais operadoras de turismo do país apontam que destinos argentinos como Buenos Aires, Mendonza, El Calafete e Bariloche estão entre os mais procurados desde o ano passado, juntamente com outras cidades da América do Sul. Diante da alta da mo-eda americana, o custo total de uma viagem para esses destinos se torna ainda mais interessante.

A proximidade entre os países, o idioma mais ami-

gável para os brasileiros e ainda a possiblidade de viajar sem precisar de visto são outros pontos que tornar a viagem mais vantajosa. Como Argentina e Brasil fazem parte do Mercosul, turistas de ambos os pa-íses podem embarcar somente com RG ou passaporte, graças a um acordo entre países do bloco.

“A grande vantagem é que esses destinos oferecem roteiro de qualidade, com atrações para todos os gostos, por um preço mais acessível se comparados com destinos americanos e europeus”, des-taca Francisco Lobo, diretor da CashMilhas, empresa especializada em negociar milhas aéreas, das principais companhias, com agilidade e segurança.

Dicas para turistas brasileirosA Argentina têm paisagens que vão desde cidades históricas à regiões isoladas e paradisíacas. O país vizinho também é conhecido pelo tango e a riquíssima gastronomia, que conta com as famosas carnes argentinas e excelentes vinhos. As dicas são valiosas tanto para novatos em terras portenhas, quanto visitantes que já conhecem o país:• Algumas agências de viagem oferecem desconto para grupos, tornando o preço mais interessante para famílias e grupo de amigos, por isso organize a viagem com antecedência, negociando descontos;• Fique de olhos nas promoções, agências de viagens costumam oferecer preços atrativos e descontos para aquisição através de programas de milhas;• Atrações como a Casa Rosada, Caminito, Puerto Madero e o estádio La Bombonera são pontos obrigatórios para turistas de primeira viagem. Mas se você quer fugir do óbvio, Bariloche (dá para esquiar na alta temporada), a região árida de Ushuaia e o Glaciar Perito moreno são destinos imperdíveis com paisagens de tirar o fôlego;• Mendoza é considerada a capital argentina do vinho. É parada obrigatória para quem quer conhecer as vinícolas distribuídas na região e degustar os premiados vinhos argentinos;• O câmbio de moeda estrangeira não é mais controlado pelo governo argentino, por isso fique de olho nas taxas que podem variar consideravelmente. Se for para Buenos Aires, vale a pena levar real em espécie pois a cotação costuma ser mais vantajosa que o dólar. Já para destinos mais afastados da capital, a moeda americana é mais interessante. É possível acompanhar o câmbio oficial através do site do Banco Nación.•

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A retração na economia brasileira vem sendo refletida no comportamento do consumidor no Estado. Segundo a pesquisa que mede o Índice de Confiança da Família

(ICF-SC) do mês de abril, os indicadores tiveram uma queda tan-to na comparação mensal (-3,9%), quanto na anual (-12,6%), registrando o nível mais baixo da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

O ICF cruza os dados que tratam do emprego e perspecti-va profissional, renda atual, acesso ao crédito, nível e perspec-tiva de consumo e o momento para bens duráveis - como, por exemplo, a compra do carro. A maioria ficou abaixo dos 100 pontos, em uma escala que vai de 0 a 200.

A perspectiva de consumo das famílias também registrou uma queda de 37%, chegando em 40,9 pontos na escala.

Na avaliação Fecomércio SC, o baixo desempenho do in-dicador está associado à inflação elevada, deterioração na qua-lidade do emprego e as incertezas no cenário político, somada à percepção dos consumidores de que a crise vai se estender ao longo de 2016.

Nesse cenário de instabilidade econômica, o acesso ao crédito se mantém restrito. Comparado com o mesmo período de 2015, o indicador apresentou uma forte queda de -26,7%, ficando com 88,7 pontos. Esta é a nona vez consecutiva que este indicador fica abaixo dos 100 pontos.

Na avaliação do presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, a persistente inflação e o longo desequilíbrio fiscal provocam uma elevação na taxa de juros, retraindo o consumo, que já é sentindo no comércio catarinense.

“As decorrentes elevações nas taxas de juros - principal-mente do cartão de crédito (447% ao ano) - retrai o acesso ao crédito diminuindo o consumo e a confiança do consumidor na hora da compra", afirma Breithaupt.

Apesar dos números negativos apresentados na pesqui-sa, dois indicadores - emprego e renda - estão em posição positiva no estudo. Com o desemprego em baixa no Estado, a confiança dos consumidores em torno da renda é elevada, assegurando que Santa Catarina sairá desse cenário de baixo crescimento antes que os outros estados.•

Consumidor mantém pé no freio, sinaliza pesquisa da Fecomércio SC

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No primeiro trimestre de 2016, Santa Catarina gerou mais de 8 mil vagas formais no mercado de traba-lho, segundo dados do Cadastro Geral de Emprego

e Desemprego (Caged), disponibilizado pelo Ministério do Trabalho.

Se comparado ao mesmo período em 2015, em que o Estado criou 30.693 vagas, a queda foi de 70%. Esse recuo na oferta de vagas foi puxado pelos setores do comércio com a redução de 7.082 vagas e da construção civil, com menos 87 postos de trabalhos ofertados. Já outros setores da economia impulsionaram novas vagas de emprego como serviços, com um pouco mais de cinco mil vagas, agropecu-ária com 1.342 novos empregos e a indústria que foi o setor que mais criou oportunidades de trabalho para os catarinen-ses: 9.014 vagas.

Apesar da diminuição dos postos de trabalhos no es-tado, Santa Catarina alcançou o segundo melhor resultado para o período no país, com número maior de contratações do que demissões, atrás apenas do Rio Grande do Sul.

Na avaliação da Fecomércio SC os dados divulgados do Caged preocupam e demonstram que o mercado de tra-balho vem perdendo o dinamismo, especialmente a partir da última década. A elevação dos custos da produção não vem acompanhada do aumento de produtividade, resultan-do na compressão da margem de lucro das empresas, infla-

ção e redução em seus investimentos.“A queda do emprego formal reduz a renda da popu-

lação, já que muitos desempregados tenderão aceitar em-pregos informais ou temporários, diminuindo a qualidade do emprego e o consumo. O resultado desse processo é o panorama atual da economia brasileira de longa retração. É urgente uma ampla reforma tributária e trabalhista, na busca de aumentar a competitividade de nossas empresas e sair do patamar de baixo crescimento”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

País fechou mais de 300 mil vagasNo Brasil, o saldo líquido de vagas no primeiro tri-

mestre foi negativo - no primeiro trimestre de 2016, o Brasil fechou 323.052 postos de trabalho formal. Nos últimos 12 meses, já foram suprimidas mais 1,8milhão de vagas for-mais no Brasil em todos os ramos da economia.

Santa Catarina no ranking das oportunidadesBlumenau conquistou a quinta posição na lista das ci-

dades brasileiras com maior criação de vagas de empregos formais no primeiro trimestre de 2016. Foram geradas 2.904 vagas, concentradas nos setores de serviços com 2.197 va-gas e na indústria com um saldo positivo de 1.130. •

Santa Catarina gera 8 mil empregos no primeiro trimestre

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• Maio 2016 • Economia&Negócios12

Cobrança abusiva da demurrage: o que fazer?

Por Osvaldo

Agripino Advogado, Pós-

Doutor em Regulação de Transportes e Portos

- Harvard University - agripinoeferreira.com.br

ArtigoArtigo

A falta de regulação eficaz da logística de comércio exterior brasileiro, pela Antaq, tem per-

mitido uma crescente onda de abusos cometidos pelos armadores e/ou seus agentes contra os usuários do transpor-te marítimo.

Trata-se da demurrage ou sobre--estadia de contêiner, instituto do Direi-to Marítimo que tem criado uma verda-deira indústria no Brasil, pela falta de parâmetros na cobrança desse preço extra-frete. Faltam previsibilidade e modicidade, dois princípios do marco regulatório do setor.

Isso se dá porque atuando como advogados há mais de 20 anos, desde 2010 temos constatado o Poder Judi-ciário condenar o embarcador (usuá-rio) e/ou despachante ao pagamento de valores extorsivos de demurrage, na maioria das vezes superior ao do contêiner. Em Santos, um juiz estadual condenou um exportador ao pagamen-to de R$ 5 milhões de demurrage de 38 contêineres frigorificados de 40 TEUS, cujo valor no mercado de usado é R$ 15 mil cada.

Nesse caso, o valor da condena-ção foi 10 vezes o do contêiner, apesar da exportadora condenada ter operado FOB, ou seja, não tinha qualquer rela-ção jurídica com o transportador (sem registro na Antaq). Mesmo assim, o armador, através do seu agente marí-timo, cobrou judicialmente a empresa brasileira.

Em Balneário Camboriú, Santa Catarina, recentemente, um agente de carga ajuizou cobrança no valor de R$ 500 mil por quatro contêineres dry de 40 TEUS, cujo valor no mercado é de

R$ 5 mil reais cada. Além disso, temos verificado

várias formas de abusos na contrata-ção do transporte marítimo. Dentre as quais, aquele em que o armador ou seu agente pressiona o usuário para assinar um termo de responsabilidade e devo-lução do contêiner com preço que, num primeiro momento, parece pequeno. Contudo, diante de uma greve de um órgão interveniente ou outro motivo, a carga não é desembaraçada, e depois de vários meses, o usuário é notificado para pagar valor de demurrage extor-sivo.

Apesar disso, temos observado uma pequena mudança em decisões recentes do judiciário, especialmente em primeiro grau, no sentido de limitar o valor da demurrage, como o do pró-prio contêiner.

Nesse ambiente de insegurança jurídica para o usuário, é preciso reagir via judiciário, Antaq, MPF e outros ór-gãos na defesa dos usuários. A econo-mia brasileira está em recessão técnica, a balança comercial negativa e os valo-res dos custos logísticos estão acima de qualquer limite. O usuário vivencia um ambiente hostil a sua atividade: uma bomba que já explodiu.

Há fundamentos jurídicos para reduzir o valor cobrado a título de de-murrage de contêiner, a valor compatí-vel com a ordem jurídica brasileira.

É preciso, portanto, que o usuário procure orientação técnica e jurídica, especialmente no momento da contra-tação do transporte marítimo, a fim de reduzir o risco da sua operação e, dessa forma, aumentar a competitividade dos seus produtos no comércio exterior. •

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O primeiro semestre de 2016 está quase no fim e incertezas paralisam as ações do setor da pesca industrial em Santa Catarina. A extinção do Mi-

nistério de Pesca e Aquicultura (MPA) com a unificação ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) gerou uma crise de gestão, atrasos nas emissões de documentos fundamentais à atividade e uma série de perguntas sem respostas. Agora a entidade milita em Brasília para garantir o início da safra da tainha, em 1º de junho.

Na primeira semana de maio, representantes do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Ita-jaí e Região (Sindipi) foram atrás de respostas. De acor-do com o presidente da entidade, Jorge Neves, a classe voltou apenas com muitas promessas. O que confirma, segundo ele, o descaso com o setor pesqueiro.

Entre os compromissos assumidos pela recém-cria-da secretaria de Pesca, vinculada ao Mapa, está que 40 barcos da frota nacional receberão as licenças em tempo hábil para o início da pesca industrial da tainha. “É uma incerteza tremenda, um monte de promessas. Não sabe-mos como isso vai acontecer”, comenta Neves. Se tudo

ocorrer conforme o prometido, os barcos devem iniciar a pescaria no dia 1º de junho.

O período de pesca artesanal da tainha em 2016 começou no dia 1º de maio nas regiões sul e sudeste. Já a liberação para captura dessa espécie por embarcações motorizadas terá início em 15 de maio. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo estão autorizados a desenvolver atividade até 31 de julho.

A expectativa é que a safra chegue a 1,8 mil tone-ladas nesta modalidade em Santa Catarina. Cerca de 90% do desembarque de tainha é feito no Estado. Segundo o presidente da Federação dos Pescadores do Estado de Santa Catarina (Fepesc), Ivo Silva, a atividade conta com mais de 30 mil trabalhadores diretos e indiretos.

A pesca de arrasto de praia – uma das modalidades artesanais – é centenária. Nela, os pescadores lançam uma rede ao mar, às vezes com auxílio de uma canoa, para depois puxá-la com a ajuda de vários homens. A rede pode medir de 100 a 600 metros de comprimento, com altura no centro entre 6 a 20 metros e extremidades de 2 a 10 metros de altura.

Sem Ministério da Pesca, setor sofre com falta de gestão

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TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES30 anos transportando com agilidade e rapidez

As embarcações pesqueiras de Santa Catarina continuam sem receber a subvenção de impostos do óleo die-sel para tocar a atividade. Em todo o país, apenas o Estado e o Rio Grande do Sul não foram contemplados com o benefício, como reflexo da Operação Enredados e da extinção do Ministério da Pesca. O Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) já calcula o prejuízo e aguarda o julgamento de um mandado de seguran-ça para ter acesso ao benefício.

A subvenção, instituída em 1997, trata da redução de impostos no preço do óleo diesel. Anualmente, todas as embarcações precisam solicitar o bene-fício. De acordo com presidente da Câ-mara Setorial do Óleo Diesel do Sindipi,

Francisco Carlos Gervási, a documenta-ção das 385 embarcações vinculadas à entidade foram entregues em setembro do ano passado, dentro do prazo legal, na superintendência do extinto MPA em Florianópolis.

O procedimento, de praxe, acabou sinalizando que um imbróglio adminis-trativo estava prestes a começar. Em outubro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff (PT) extinguiu o cargo de ministro da Pesca. O Ministério só foi ex-tinto, oficialmente, dia 6 de abril.

Coincidentemente no mesmo perí-odo, foi deflagrada a Operação Enreda-dos, da Polícia Federal. A investigação apura irregularidades na concessão de permissões de pesca e foi responsável, inclusive, pelo afastamento do presiden-

“É assim que nós estamos

vivendo, esta insegurança

jurídica que nos abala a cada momento e a

cada momento nós temos uma

informação diferente”

Ficou mais caro sair ao mar

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• Maio 2016 • Economia&Negócios16

te do sindicato em Itajaí à época, Giovani Montei-ro, e do vice-presidente, Fernando das Neves.

“Essa operação não tem nada a ver com o óleo diesel. Então nós ficamos aguardando a pu-blicação da subvenção”, conta Gervásio, revelando que a portaria informando do benefício foi publica-da no início de dezembro passado. Santa Catarina e Rio Grande do Sul estavam de fora.

“Brasília nos dizia que não tinha recebido nossos documentos e, portanto, não poderia nos conceder o subsídio. Só no dia 25 de fevereiro sou-bemos que os papéis foram apreendidos pela PF na Operação Enredados”, revela o presidente, julgan-do desnecessária a apreensão por entender que a investigação não envolve a questão do diesel.

No início de abril o Sindipi entrou com um mandado de segurança requerendo na Justiça o benefício. Até o fechamento desta edição, a enti-dade ainda aguardava o resultado. “É assim que nós estamos vivendo, esta insegurança jurídica que nos abala a cada momento e a cada momen-to nós temos uma informação diferente”, lamenta Gervási.

Durante a viagem a Brasília no início de maio, o Sindipi também cobrou mais agilidade no proces-so da subvenção. De acordo com o coordenador técnico da entidade, Marco Aurélio Barilon, a perda durante o período sem o benefício é irreparável.

CustosO óleo diesel representa, em média, 60%

dos custos operacionais das embarcações. Com o subsídio, que pode somar até 30% de desconto, os barcos conseguem reduzir R$ 0,90 em cada litro (considerando o preço médio do diesel de R$ 3). Se para cada viagem for abastecido 10 mil litros do combustível, então, uma embarcação gasta R$ 9 mil a mais, em cada viagem, sem o subsídio.

“Isso gera uma competição desigual entre os estados. Pois barcos de outros estados estão vindo descarregar em Santa Catarina com o preço dife-renciado, pois eles têm o subsídio”, reclama.

Licenças empacadasConforme informações do Sindipi, as licenças

de pesca estão saindo a conta gotas. “Mandamos informações, solicitamos, imploramos pelo nosso trabalho, mas não encontramos ressonância no

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Economia&Negócios • Maio 2016 • 17

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

governo. O governo não nos diz se vai fazer, quando, de que forma, não nos dá informação nenhuma”, sentencia Gervási.

No início deste ano, só o Sindipi tinha quase 300 embarcações sem licenças. A entidade ainda alega que não há garantia de que as licenças da pesca da tainha vão sair em tempo. Por isso a mobilização do sindicato em Brasília.

Ministério reconhece atrasosCom a unificação dos ministérios, o Mapa reco-

nhece que a execução dos trabalhos foi afetada. Por meio de força-tarefa, o Mapa regularizou a situação de 2.362 embarcações em todo o país, com a renovação do certificado de autorização de pesca. A renovação do documento — que tem que ser feita uma vez por ano — permite que o pescador continue a trabalhar dentro da legalidade.

O trabalho da força-tarefa da Secretaria de Moni-toramento e Controle da Pesca e Aquicultura do Mapa foi realizado de fevereiro a abril. De acordo com o órgão, os pedidos estavam acumulados por causa da extinção do Ministério da Pesca e Aquicultura e da consequente transferência de suas atribuições para o Mapa.

Em todo o Brasil, 24 mil embarcações têm o Re-

gistro Geral da Atividade Pesqueira (RPG). Do total, 3,4 mil estavam em situação irregular. Com a renovação das 2.362, ainda faltam 1.565 licenças.

Só em Santa Catarina, foram liberadas 1.040 li-cenças durante a força-tarefa, afinal o Estado é o maior polo pesqueiro do país. Nesta primeira etapa, ficaram faltando outras 689 autorizações.

Redução de pessoalAo se fundir ao extinto Ministério da Pesca, o

Mapa cortou 220 cargos comissionados, reduziu quatro secretarias e gerou economia de R$ 183,3 milhões em contratos e convênios. Em um esforço para enxugar a máquina estatal e cortar gastos, promoveu a fusão das estruturas físicas da Pesca com a Agricultura. O prédio em Brasília onde funcionava a sede do MPA foi desativa-do. O edifício tem 18 andares e representava custo anu-al de aproximadamente R$ 10 milhões. Nos 27 estados, unificou 80% das Superintendências da Pesca com as Superintendências Federais da Agricultura, o que deve gerar economia na ordem de R$ 29 milhões ao ano.

A reportagem tentou contato com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento por meio de sua assessoria de imprensa, mas o responsável pela pasta estava em viagem.

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• Maio 2016 • Economia&Negócios18

Se a captura de peixes em águas brasileiras está comprometida por conta da crise na gestão no âmbito federal, a importação de peixes nobres também enfrenta uma maré de azar. No entanto, o problema é ecológico. No Chile, 25 milhões de salmões morreram durante a safra de verão. O equivalente a 40 mil toneladas de peixe foram asfixiados por microalgas nocivas. Resultado: não houve um grave desabastecimento do peixe, mas o preço do salmão quase dobrou.

De acordo com o professor Márcio Tamanaha, especialista em algas e

Safra do salmão comprometida coordenador do laboratório de Ficologia da Univali, as microalgas podem estar presen-tes em todos os ambientes aquáticos, inclu-sive nos oceanos. A incidência de algas no-civas, aquelas que produzem substâncias que afetam a fisiologia dos organismos, também é um fenômeno natural. Às vezes, podem passar desapercebidas. No entanto, quando uma espécie consegue se adaptar a um ambiente, ela tende a aumentar sua população expressivamente.

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É usual nos depararmos com operações em que grandes empresas incorporam pessoas jurídicas de menor porte ao seu patrimônio, muitas vezes por interesse no controle de suas operações ou mesmo por conta do acervo patrimonial das incorporadas, ainda que estas últimas pessoas jurídicas contabilizem prejuízo.

Por via transversa, nos casos em que ocorre apenas aquisição de quotas ou ações de dada sociedade ocasionando em mero controle da sociedade, é possível que a sociedade controlada incorpore a sua con-troladora, desdobramento denominado de incorporação às avessas ou incorporação reversa.

Isto porque, ao invés da controladora incorporar a sociedade con-trolada ao seu patrimônio, ocorre o contrário, o que possui por objetivo primordial o aproveitamento de prejuízo fiscal acumulado pela controlada para dedução do montante a título de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido devido pela controladora.

Em via de regra, sociedades incorporadoras não aproveitam o pre-juízo fiscal das incorporadas por força da expressa vedação do Art. 514 do Decreto nº 3.000/99 (Regulamento do Imposto de Renda). Do contrário, caso a sociedade incorporadora seja a própria detentora dos prejuízos fis-cais contabilizados (como é o caso da incorporação reversa), apresenta-se tangível a utilização para amortização do imposto devido, e igualmente em relação à já mencionada CSLL.

A operação é considerada como lícita e válida, entretanto, são inú-meras as operações com intuito meramente dissimulatório, a fim de que sejam realizadas compensações indevidas em operações simuladas e sem qualquer propósito, como é o caso de incorporações entre pessoas jurídi-cas sem qualquer relação em que a incorporadora detenha tão somente prejuízo fiscal, inexistindo patrimônio ou operação viável, as quais têm sido glosadas pela Fazenda.

Há precedentes da Câmara Superior de Recursos Fiscais que chan-celam operações de incorporação reversa, dentre eles o Acórdão CSRF/01-05.414, que retrata a legitimidade de operação realizada entre “empresas operativas que sempre estiveram sob controle comum, e por intenção de que não fosse ocasionada perda de prejuízos fiscais acumulados, teve por escopo a busca de melhor eficiência das operações” através da incorpo-ração reversa.

Diante de tal contexto, mostra-se factível que grupos empresariais possam fazer uso da operação, o que por sua vez pode derivar em equa-cionamento da alta carga tributária imposta.•

Pedro Henrique Almeida da SilvaOAB/SC 40.495Sócio do escritório Silva e Silva Advogados AssociadosBacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).Pós-graduando em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET) - 2014/2015.Pós-graduando em Direito Societário pela Universidade Cândido Mendes (UCM) – 2015/2016.Analista em Comércio Internacional pelo Centro Europeu - 2013. Cursou Direito Tributário Verticalizado pela Fórum - 2014. Advogado atuante nas áreas Tributária, Aduaneira, Societária e de Negócios em nível administrativo e contencioso.

ArtigoArtigoAs Incorporações Reversas e a

compensação de Prejuízos FiscaisFoi justamente o que aconteceu nos tanques

de cultivo marinho de salmão do Chile, segundo maior produtor mundial do peixe. Normalmente, as águas de lá são bastante frias e ricas em nutrien-tes, por se tratar de uma região muito próxima da Antártida. Contudo, neste verão as águas atingiram temperaturas acima de 20°C. Tamanaha acredita a baixa turbulência e o aumento da temperatura da água tenham sido os causadores do surto da alga chamada Chatonella SP.

Segundo o especialista, a microalga Chatonella SP produz substâncias que afetam as brânquias dos peixes, causando hemorragia. Desta forma, a morte é por asfixia. “O mecanismo de toxicidade ainda é desconhecido, pois tem associação com hemólise do sangue, e não se sabe se é repassado ao homem. O consumo deve ser evitado, pois outros patógenos podem se manifestar”.

Preço disparouSe em março o quilo do salmão não ultrapas-

sava os R$ 35 no Mercado do Peixe de Itajaí, no final de abril havia bancas ofertando o filé por até R$ 60. O proprietário do box 14, Rogério Wiggers, diz que não tinha como absorver o aumento repassado já na importação do salmão. Se o preço do pescado não baixar — o que é esperado que aconteça agora em maio com a normalização da produção — as casas especializadas em comida japonesa também terão de atualizar o preço no cardápio.

“Foi realmente um impacto grande, pois o salmão é insubstituível. Ele está presente em 75% do nosso cardápio”, avalia Rodrigo Issler, dono do Brava Sushi, que compra até 600 quilos de salmão diariamente. O empresário também observa que o Brasil perdeu crédito no Chile, diante da atual situ-ação econômica, o que dificulta, em alguns casos, o acesso ao pescado. “Itajaí é um polo pesqueiro, então acaba tendo prioridade. Mas há cidades que não têm acesso. O produto ficou escasso”.

Dono do restaurante Seikatsu, em Penha, Luis Gustavo Fernandes confirma que alguns fornecedo-res estavam sem salmão fresco e os que tinham o pescado, apresentavam preço inflacionado. “Vamos tentar driblar essa alta pelos próximos três meses. O nosso público ainda não está muito acostumado com atum ou outro peixe branco, então o salmão acaba predominando”, comenta.•

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Quinze palestras de alto nível científico formarão a programação do 11º Simpósio Técnico da Asso-ciação Catarinense de Avicultura (Acav) que será

realizado em Florianópolis no período de 16 a 19 de agos-to deste ano com a participação de 500 profissionais e empresários do setor. Considerado uma referência para a indústria avícola brasileira, o Simpósio será desenvolvido no Oceania Park Hotel & Convention Center, localizado em Ingleses, Florianópolis.

O presidente José Antônio Ribas Júnior realça que o Simpósio da Acav será um evento de alto nível técnico e científico, com foco nos temas de maior relevância na atualidade para a cadeia da avicultura industrial e inova-ções que surgiram no Brasil e no mundo. Assinalou que “o Simpósio é referência nacional em difusão tecnológica, integração setorial, proposição e formulação de políticas segmentadas”.

O vice-presidente da Divisão de Equipamentos da Acav e coordenador geral Bento Zanoni anunciou as prin-cipais palestras da programação que tem como tema cen-tral tradicional “Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição”.

No primeiro dia (16 de agosto, terça-feira) haverá um pré-simpósio das 8h às 16h, realizado pela MSD Saúde Animal e uma programação de palestras técnicas a cargo de empresas Kemin e Olmix das 16h às 18h. A abertura

solene, seguida de coquetel, inicia às 19h.No segundo dia (17 de agosto, quarta-feira), o pai-

nel que dominará a programação matutina, das 8h30 às 12h30, abordará a mortalidade de pintinhos de primeira semana com quatro enfoques. Das 8h30 às 10h10 serão focalizados o manejo de ovos e o manejo da incubação com os palestrantes convidados Sérgio Rodrigues e Edu-ardo Costa. Das 10h30 às 11h20 o tema será brooding/alojamento com Fernando Vargas. Das 11h20 às 12h10, Antonio Carlos Pedroso tratará do impacto da primeira se-mana na performance posterior do frango.

A programação vespertina inicia às 14h30 com pa-lestra de Dinah Nicholson sobre SPIDES/RECUPERAÇÃO DE EMBRIÕES com o objetivo de melhorar a eclodibilidade em ovos com longos períodos de estocagem. Às 15h30, An-tonio Mário Penz prelecionará sobre manejo da nutrição de machos. Das 17 às 19 horas serão ministradas pales-tras técnicas a cargo das empresas Evonik, Vencomatic e Aviagen. À noite, os participantes do Simpósio Técnico da ACAV confraternizarão no tradicional Jantar do Galo, pa-trocinado pela empresa JBS Foods.

No terceiro dia (18 de agosto, quinta-feira) toda a programação da manhã – das 8h30 às 12h30 – será de-dicada ao PAINEL INFLUENZA AVIÁRIA com a participação de quatro debatedores: das 8h30 às 9h20 Masaio Mizu-

Anunciada a programação científica do 11º Simpósio Técnico da Acav

O Simpósio será desenvolvido no Oceania Park Hotel & Convention Center, localizado em Ingleses, Florianópolis

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Economia&Negócios • Maio 2016 • 21

no tratará da epidemiologia e características do vírus; das 9h20 às 10h10 Taylor Barbosa falará sobre a realidade americana de contingência; das 10h30 às 11h20 Bruno Rebelo Pessamilio explicitará as armas brasileiras e o que está planejado para o futuro; e das 11h20 às 12h10 Ariel Mendes relatará a visão da Associação Brasileira da Prote-ína Animal (ABPA) sobre o assunto.

A programação da tarde estabelece duas palestras: às 14h30, Roberto Freitas abordará pontos importantes no manejo de recria de matrizes pesadas. Às 15h30, Chris Willians discorrerá sobre o tema "Como otimizar a tecno-logia in ovo em incubtórios comerciais". Na programação paralela, das 17 às 19 horas, as empresas Cobb e Zoetis oferecerão duas palestras técnicas.

No quarto e último dia (19 de agosto, sexta-feira) o 11º Simpósio será concluído com três palestras: às 9 horas, Lúcio Araújo discorrerá sobre manejo nutricional de

matrizes visando qualidade da progênie. Às 10 horas, terá um palestrante renomado tratando sobre o tema Incuba-ção e às 11 horas Cláudio Carvalho focará pontos crítivos no manejo e nutrição de reprodutoras após as 22 sema-nas. Das 12 às 12h30 horas haverá sorteio de brindes e lanche de encerramento.

InscriçõesAs inscrições estarão abertas através do hot site

alojado na página www.sindicarne.org.br Os valores das inscrições estão definidos em três categorias: associado da Acav, não associado e estudante. Até 30 de junho, as inscrições custarão R$ 330, R$ 385 e R$ 220. De 1º a 31 de julho os valores sobem para R$ 365, R$ 425 e R$ 245. De 1º de agosto até o evento, os preços se situarão em R$ 395 para associados; R$ 465 para não-sócio e R$ 265 para estudantes.•

O Simpósio da Acav será um evento de alto nível técnico e científico, com foco nos temas de maior relevância na atualidade para a cadeia da avicultura industrial e inovações que surgiram no Brasil e no mundo

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• Maio 2016 • Economia&Negócios22

Serviço on-line da Epagri passa a informar maré em sete pontos da costa catarinense

Monitorar as condições do litoral é funda-mental para os catarinenses. A área abriga 40% da população do Estado, apesar de

ocupar apenas 10% do território estadual. São 39 municípios, responsáveis pela geração de 37% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Boa parte des-sa renda é proveniente dos três portos que operam na região, além do turismo e da pesca.

Atenta a essa situação, a Epagri/Ciram vem am-pliando o monitoramento ambiental no litoral catari-nense. E essas informações estão disponíveis para o uso da sociedade. É por isso o link Litoral on-line, do site da Epagri/Ciram, que permite o acesso a essas informações, está de cara nova. Agora ele reúne mais informações, que estão dispostas de forma mais or-ganizada, para facilitar a navegação do usuário.

O Litoral on-line expõe, em tempo quase real, as variáveis oceanográficas e meteorológicas registradas na costa Catarinense e Sul do Brasil. São oferecidas medições de maré em sete pontos do Estado: portos de Itapoá, São Francisco do Sul e Imbituba; Praia de Laranjeiras em Balneário Camboriú; Florianópolis, no extremo Sul da Ilha; capitania de Laguna e plataforma de pesca de Balneário Rincão.

Além das informações de maré, o link apresenta os dados de força e direção médias do vento (a cada 10 min), monitorados por nove estações meteoroló-gicas instaladas ao longo dos litorais catarinense e gaúcho: Tramandaí, Torres, Araranguá, Farol de Santa Marta - Laguna, Imbituba, São José, Itajaí, Balneário

Barra do Sul e Itapoá.Os marégrafos estão sinalizados no mapa em

quadrados de cor azul. Clicando sobre os quadrados, o usuário vê o gráfico diário da evolução da altura da maré para aquele ponto. Na tabela à direita ficam expostas a altura da maré meteorológica e a hora do último registro obtido, bem como a variação em re-lação à leitura anterior. Logo abaixo é apresentada a tendência da maré para a próxima hora no ponto selecionado, estimada com base em dados da maré astronômica. A tabela também indica o valor e a hora do dia em que ocorrerão o máximo e o mínimo da altura de maré astronômica previstos para o local.

As estações meteorológicas estão caracteriza-das na plataforma por pequenos círculos cuja cor de preenchimento dá uma indicação da força do vento no local. Ao clicar no círculo de uma estação mete-orológica abre-se o meteograma completo para a estação em questão, que traz as últimas medições das seguintes variáveis meteorológicas: direção e ve-locidade do vento máximo; direção e velocidade do vento médio; temperatura instantânea do ar; total de chuva acumulada nos últimos sete dias; pressão atmosférica; umidade relativa instantânea; radiação média e molhamento foliar.

O monitoramento das variáveis ambientais no Litoral é de interesse para a navegação profissional e amadora, para a prática de esportes aquáticos, para a pesca artesanal, para turistas e para a população em geral. •

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Economia&Negócios • Maio 2016 • 23

Pelo quarto mês consecutivo, cai o percentual de famílias endividadas em Santa Catarina. A Pesqui-sa de Endividamento e Inadimplência (PEIC) de

abril mostra que o índice de catarinenses com parte de sua renda comprometida com contas parceladas e finan-ciamentos ficou em 58,3%, abaixo de março (59,5%), fevereiro (60,8%) e janeiro (62,5%). Já a inadimplência, que trata dos consumidores com dívidas ou contas atra-sadas, se manteve praticamente estável em 18,9%.

O indicador sobre as famílias que não terão con-dições de pagar permaneceu em 10,3%. O nível é consi-derado negativo e reflete a desaceleração da renda em termos reais, que diminui os recursos disponíveis para o pagamento das dívidas.

“Mesmo com a ligeira queda desde o início deste ano, o endividamento e a inadimplência são prejudiciais aos consumidores, que não conseguem honrar suas dí-vidas e efetivar novas compras, e para os empresários, que veem seus volumes de venda despencarem mês a mês. A alta inflação, a deterioração da qualidade do em-prego e a elevação das taxas de juros desempenham um papel fundamental no consumo”, afirma Bruno Brei-thaupt, presidente da Fecomércio SC.

Conforme a pesquisa, os catarinenses têm 30,4% da renda comprometida com dívidas: 16% têm mais da

Endividamento recua em abril, mas recessão impacta na inadimplência em SC

metade da renda; 60,5% entre 11% e 50%%; 15,7% com menos de 10%. Já o tempo de comprometimento subiu para 8,9 meses. Embora seja considerado alto, este indica-dor aponta que as dívidas estão sendo renegociadas pelos consumidores com mais frequência. Ou seja, eles diminuem o valor da parcela para caber no orçamento e estendem o tempo de pagamento.

Assim como nos meses anteriores, o cartão de crédito segue disparado na frente como o principal agente do en-dividamento, respondendo por mais da metade (52%) das dívidas. Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem os financiamentos de carro (33,7%), carnês (33,2%) e crédito pessoal (16,7%).•

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Vendedor, você é ambicioso ou ganancioso?

Por Carlos Cruz, diretor do Instituto

Brasileiro de Vendas

(IBVendas) - ibvendas.com.br

ArtigoArtigo

Traçar metas é algo fundamen-tal para o desempenho de qualquer equipe de vendas.

Embora não seja algo tão complica-do assim, isso exige o conhecimen-to de algumas técnicas, como por exemplo, a de encontrar um objetivo plausível: metas muito fáceis acabam não desafiando o vendedor, enquan-to as muito difíceis podem desmoti-vá-lo por serem inatingíveis. É muito comum nos depararmos com vende-dores medianos, que trabalham ape-nas para manter seus resultados, ao mesmo tempo em que existem ou-tros que se esforçam para se superar a cada dia. Mas até que ponto isso é uma característica positiva? Quando a ambição pode se tornar ganância?

No conhecimento popular, essas palavras têm definições mui-to parecidas, mas elas podem levar profissionais de qualquer ramo a consequências muito distintas. Todo vendedor deve ter cuidado para não confundir as coisas. Ambição é o que leva a pessoa a se esforçar e chegar onde pretende, sempre respeitando o processo, as leis e, principalmente, as outras pessoas. Já a ganância faz com que o profissional olhe apenas para si mesmo, sem se importar com regras ou com quem está ao seu re-dor.

Esse sentimento egoísta pode ter influência direta no desempenho da equipe, já que a pessoa ganancio-sa sempre busca gerar conflito, espe-cialmente no pós-venda, e manipular as situações em benefício próprio. E é exatamente aí que o gestor deve intervir para gerir o conflito, mostrar

claramente as regras e colocar limites para todos os profissionais. O bom gestor deve estimular a ambição, es-tipular metas possíveis, porém moti-vadoras. Um dos segredos para sem-pre manter a equipe motivada, com ambições, é dividir o planejamento anual em semestres, trimestres, me-ses ou até mesmo dias em ciclos de vendas mais curtos. Isso permite uma melhor medição do desempenho de todos, além de permitir a estipulação de um prazo para a recuperação de um resultado parcial ruim e os ajus-tes necessários no plano.

Ao contrário da ambição, a ga-nância faz com que o vendedor foque muito no “ter” e se esqueça do “ser”, do “fazer” e do tipo de profissional que vai se tornar. Por isso, identifi-car quem é a pessoa gananciosa e acompanhá-la de perto é muito im-portante para manter o bem-estar e o sucesso da sua equipe.

É preciso muito cuidado com a ganância de um vendedor que bate meta, pois, se não definir as regras do jogo, é bem provável que a moti-vação do restante da equipe diminua caso ocorram falhas no processo em benefício do vendedor ganancioso. Mantenha a equipe motivada, com ambição de crescer na carreira e na vida, mas lembre-se: assim como em toda a sociedade, os membros de uma equipe de vendas necessitam um do outro para contribuir com re-sultado da organização. Sempre!

Para isso, gestor, trabalhe para aumentar a maturidade de toda equipe e, consequentemente, a per-formance.•

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Foi lançado em abril o 3º Mega Salão de Imóvel de Itajaí. Durante o evento, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil dos Municípios da

Foz do Rio Itajaí (Sinduscon), foram apresentadas as no-vidades para este que é o maior evento de imóveis da região. O Salão será realizado de 11 a 14 de agosto, no Centreventos, com a oferta de mais de dois mil imóveis à venda com condições especiais.

O presidente do Sinduscon, Charles Kan, explicou que o evento é uma grande oportunidade dos empresá-rios divulgarem seus empreendimentos e gerar negócios, além de valorizar suas marcas, produtos e serviços.

“Em Itajaí e região temos opções de imóveis para todos os perfis de público, o que torna o mercado muito promissor. Serão mais de dois mil imóveis ofertados ao cliente durante o Salão, fomentando bons negócios não apenas de imediato, mas em longo prazo”, afirma.

Empresários da construção civil apresentarão seus imóveis com preços que podem variar de R$ 110 mil a R$

5 milhões.Fábio Inthurn, presidente da comissão organiza-

dora, afirma que a expectativa é atrair cerca de 40 mil pessoas.

“As construtoras lançarão novos projetos durante o salão. Os visitantes poderão adquirir imóveis na plan-ta, em construção e prontos para entrega. Condições especiais de negociação também serão ofertadas e para contribuir na hora de escolher o imóvel, serão realizadas simulações bancárias”, comenta.

Agenda de palestras, rodada de negócios para em-preendedores, espaço gastronômico e áreas de recreação e convivência para as famílias também serão atrações do 3º Mega Salão do Imóvel.

Dos 130 estandes disponíveis para a exposição, 90% já foram comercializados. O Sinduscon pretende fazer desta 3ª edição um evento grandioso e inovador, que aproxime os construtores dos clientes e traga bons resultados para quem quer comprar e quem quer vender.

3º Mega Salão do Imóvel terá mais de 2 mil imóveis à venda

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PortosdoBrasil

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PortosdoBrasil

O Porto de Paranaguá passa a contar com mais um berço para atracação de navios que operam na exportação e importação de veículos, máquinas,

equipamentos e cargas que possam ser movimentadas direto do navio para o cais. O berço é resultado do investi-mento de R$ 60 milhões na implantação de novos Dolfins.

Dolfins são estruturas de concreto fincadas no fundo do mar e que servem para atracar navios (de atracação) e para amarrar navios (de amarração) que carregam e des-carregam cargas especiais. O conjunto de dolfins forma um novo berço de atracação.

O investimento permitiu implantar três Dolfins de atracação e um de amarração de navios, que serão utili-zados, exclusivamente, para receber navios destinados à operação com veículos e cargas gerais. Eles já estão em atividade.

“O início da programação de navios nos novos dol-fins significa que o Porto de Paranaguá terá um berço ex-clusivo para este tipo de operação, otimizando as atraca-ções, reduzindo o tempo de espera e o custo da operação”, declarou o diretor-presidente da Administração dos Portos

de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.

PrimeiroO primeiro navio carregado com veículos atracou

nos novos dolfins do Porto de Paranaguá no dia 24 de abril. A capacidade é para receber cerca de 15 navios por mês, com tempo médio de operação de 12 horas. Em 2015, o Porto de Paranaguá recebeu 123 navios destina-dos ao transporte de veículos, máquinas e equipamentos. Em média, cada navio tem capacidade para transportar de 3 mil a 5 mil veículos, dependendo do porte.

CuriosidadeOs dolfins serão utilizados para operação de navios

do tipo RO-RO (que vem do termo roll-on/roll-off), destina-do para cargas que entram e saem dos porões na horizon-tal e geralmente sobre rodas. Outro navio que opera este tipo de carga é o PCC, termo do inglês (pure car carrier), utilizado para descrever navios que se assemelham a gran-des garagens flutuantes, especializados no transporte de automóveis de fábrica em viagens longas. •

Porto de Paranaguá começa a operar berço exclusivo para veículos, máquinas e equipamentos

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PortosdoBrasil

Um dia para ser lembrado o ano todo. Assim foi o Global Safety Day (GSD) e sua intensa agenda de atividades que incluiu palestras, interações e ações

educativas na APM Terminals Itajaí. A mobilização foi rea-lizada no dia 28 de abril com a mensagem chave "Safe for you. Safe for me" (Seguro para você. Seguro para mim). A data foi celebrada em mais de 70 terminais operados pela empresa no mundo com o objetivo de marcar o seu principal valor: a segurança.

Durante todo o dia, colaboradores, terceirizados e usuários do terminal de Itajaí foram convidados a conferir experimentos didáticos que mostraram, por exemplo, o impacto do risco de transitar próximo a cargas suspensas no ambiente portuário. Uma simples sapata (dispositivo de engate dos contêineres), que pesa somente 15 quilos, ganha a força equivalente a um objeto de 2,5 mil quilos se cair de uma altura de 15 metros.

Segundo o líder da APM Terminals para a América Latina, Anders Kjeldsen, que palestrou como convidado especial, desde 2012 o Porto de Itajaí é considerado como

o melhor na prática global quando o assunto é segurança. O bom resultado é fruto das melhorias implantadas recen-temente para controlar os riscos na operação. "Estamos no caminho certo quando o assunto é segurança e só depen-de de cada colaborador e cada usuário reduzir, cada vez mais, os riscos na operação", diz.

Um contêiner customizado com "Loading Safety" (Carregando Segurança) trafegou pelo terminal na ocasião e marcou o início da operação de cargas do navio Maersk Lins, em um ato simbólico ao Global Safety Day. "A segu-rança está acima de qualquer coisa, inclusive de custo e de produtividade. E a nossa licença para operar", afirma o diretor superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten.

No evento também foi lançado o novo vídeo de ins-truções de segurança para visitantes da APM Terminals Brasil. Quem tem curiosidade de entender como funciona uma operação portuária, os riscos envolvidos e as regras de segurança, pode conferir o material na página da em-presa no Facebook. •

APM Terminals mobiliza colaboradores e usuários pela segurança no Porto de Itajaí

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Economia&Negócios • Maio 2016 • 33

PortosdoBrasil

Mais recursos aos cofres da Superintendência do Porto de Itajaí. O porto público obteve êxito em ação de recuperação de créditos tributários, no

valor de R$ 810 mil, em favor da Fazenda Nacional. Trata--se de uma ação movida pela Assessoria Jurídica do Por-to que tramitou perante a 2ª Vara Federal de Itajaí, para a recuperação de créditos cobrados indevidamente pela

União Federal. O assessor Jurídico do Porto, Henry Rossdeutscher,

considera essa recuperação judicial uma importante vitó-ria para a Autoridade Portuária, cujos recursos, corrigidos, retornaram aos cofres do Porto. “Ganhamos em todos os graus de jurisdição, inclusive nos tribunais superiores, tra-zendo de volta recursos públicos importantes”, afirma. •

Porto de Itajaí recupera judicialmente créditos tributários

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• Maio 2016 • Economia&Negócios34

PortosdoBrasil

Portos devem crescer 3,64% no primeiro trimestre de 2016

A busca por serviços portuários continua em expansão no Brasil. Nos primeiros três meses deste ano a tendência é de que haja um cres-

cimento de 3,64% na movimentação total de cargas nos portos brasileiros, quando comparada com o vo-lume transportado em igual período de 2015, confor-me projeção da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP).

No primeiro bimestre, portos e terminais já haviam registrado aumento de 3,48% no desempe-nho, considerando as 146,67 milhões de toneladas de produtos importados e exportados movimentados em janeiro e fevereiro de 2016 – em 2015, essa movi-mentação totalizou 141,74 milhões de toneladas, de acordo com as informações disponíveis na plataforma WebPortos, da SEP.

A atuação diferenciada deste segmento logís-tico se deve especialmente ao comportamento das exportações escoadas por via marítima, que apresen-tou expansão, até fevereiro, de 10,17%, totalizando 100,64 milhões de toneladas, contra 91,35 milhões

de toneladas.A maior parte dos produtos brasileiros vendi-

dos ao exterior saíram por Terminais de Uso Privados (TUPs), responsáveis pela movimentação de 67% do total de cargas transportadas e armazenadas nos por-tos. Esse tipo de instalação também registrou expan-são de 7,58% no volume de cargas que movimenta-ram destinadas à exportação.

Os portos organizados, ou seja, os portos pú-blicos, moveram os 33% restantes das cargas ex-portadas pelo Brasil nos primeiros dois meses deste ano, um volume correspondente a 33,27 milhões de toneladas.

Cerca de dois terços desse montante foram es-coados pelos portos administrados pelas companhias docas, que tiveram incremento de 8,70% no total mo-vimentado no período. Já os portos delegados, cuja administração está a cargo de estados ou municípios, movimentaram cerca de um terço dos produtos ex-portados pelos portos organizados do país, registran-do uma expansão de 33,85%.•

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Economia&Negócios • Maio 2016 • 35

Univali em foco

O curso de Oceanografia da Univali firmou convê-nio de dupla titulação com o curso de Ciências do Mar da Universidade Católica de Valência (UCV), da Espanha. A cerimônia ocorreu na universidade espanhola, onde representantes das instituições de ensino assinaram o contrato.

Com isto, alunos que atenderem aos requisitos previstos no convênio terão o diploma com validade no Brasil e na Espanha. Este é o primeiro convênio de dupla titulação da Univali, em graduação, e o primeiro do Bra-sil, neste molde, em se tratando de Oceanografia.

A Univali já possui convênio de intercâmbio com a UCV e, anualmente, costuma ter alunos de Oceanografia que vão para lá e acadêmicos espanhóis que vêm estudar no Brasil. A coordenadora do curso de Oceanografia da Univali, Kátia Naomi Kuroshima, explica que foi feita uma análise de equivalência entre as disciplinas dos cursos. A partir deste estudo foram apontados os requisitos e carga horária que os alunos deverão atender para terem a du-pla titulação. Kátia acredita que o convênio possibilitará a abertura de novos mercados de trabalho tanto para os estudantes brasileiros quanto para os espanhóis.

A universidade promoveu no campus Itajaí o 1º Workshop em Gestão, Internacionalização e Logística. O evento, de dois dias, reuniu pesquisadores renomados no assunto, acadêmicos e professores, além de contar com a participação de representantes das empresas Weg, Duda-lina e Vila Germânica que falarão sobre as dificuldades do processo de internacionalização.

Foram realizados painéis de discussão com pales-trantes convidados. Além das empresas, entidades liga-das ao comércio exterior brasileiro também marcaram presença nas discussões. Entre elas: ApexBrasil, Banco do Brasil e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas (Sebrae-SC).O 1º Workshop em Gestão, Internacionalização e

Logística foi promovido pelo Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão (Ceciesa – Gestão), pelo Programa de Mestrado Profissional em Administração: Gestão, Interna-cionalização e Logística (PMPGIL) e pelo Programa de Pós--Graduação em Administração (PPGA) da Univali, tendo o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com apoio do Hotel Infinity Blue e das empresas e enti-dades mencionadas.

Oceanografia da Univali firma convênio de dupla titulação

Os desafios da internacionalização

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• Maio 2016 • Economia&Negócios36

O exemplo chinês que nos serve de lição

Por Severino Almeida -

Presidente do Sindicato Nacional dos

Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar)

ArtigoArtigo

A recém-divulgada operação de com-pra de 30 navios Valemax, avalia-dos em mais de U$ 2,5 bilhões, por

companhias de navegação chinesas – des-tinados a transportar, sobretudo, minério de ferro brasileiro – é dessas notícias que nos enchem de frustração e, por que não dizer, de raiva. Porém, se bem deglutido, o epi-sódio pode, ao menos, evitar que cometa-mos novas, digamos, burradas em setores tão fundamentais para o desenvolvimento do país como são a logística e o transporte marítimo.

No momento em que o governo e a Petrobras estudam ou já programam a quei-ma de ativos lucrativos do grupo estatal, se-guindo uma "lógica" estritamente financeira - que se limita, por decorrência, a uma pers-pectiva de curtíssimo prazo - em prejuízo de um planejamento estratégico de longo ter-mo fazer a correta lição, com base no exame desta operação, passa a ser um imperativo para todos aqueles que tem algum grau de ingerência e responsabilidade na questão.

Sim, porque, neste caso, mais uma vez os chineses estão nos dando um ex-traordinário e fabuloso exemplo de como o Estado deve se posicionar em prol do desenvolvimento, adotando medidas e es-tabelecendo diretrizes que permitam novas oportunidades para as suas empresas e, consequentemente, para os seus trabalha-dores.

Lamentavelmente, no Brasil, em sen-tido inverso, vemos o Estado – compelido por uma ideologia que, embora não decla-radamente, visa exclusivamente ao interes-se do capital, não ao da Nação – desmante-lando organizações e, a rigor, sem nenhum exagero ou força de expressão, eliminando não apenas postos de trabalho, mas a real perspectiva de um país mais próspero e pro-missor para os brasileiros. Eis o que está em jogo.

Conforme noticiado timidamente pela imprensa, em meados de março pas-sado, as gigantes chinesas do transporte marítimo Cosco Group e China Merchants Group, com o apoio do ICBC Financial Le-asing Corporation, fizeram encomendas por 30 navios Valemax, capazes de transportar 360 mil toneladas (mais do que o dobro das embarcações categoria Capesize hoje em operação). Um negócio que envolverá

quatro grandes estaleiros globais. O objeti-vo da operação não é segredo: ampliar o controle sobre as exportações de minério de ferro provenientes do Brasil pelas próximas décadas, determinando o frete marítimo neste segmento, com pressão direta sobre os armadores ocidentais.

Em outras palavras, o intuito é con-trolar o valor dos fretes no comércio marí-timo de minério de ferro. A Vale, ciente da importância estratégica deste segmento e do peso da China na importação de commo-dities minerais, até que tentou ter o domínio deste jogo. A empresa pretendia construir 60 navios do tipo Valemax para atuar nes-te segmento. Como sabemos, 18 chegaram a ser entregues, a partir de 2010. Porém, quando se iniciava a sua operação, a China proibiu este tipo de embarcação em seus portos alegando forte “impacto ambiental”, uma medida que forçou a empresa brasilei-ra a se desfazer dos navios.

Mas, quem poderia comprá-los? Cla-ro, os armadores chineses, com decisivo apoio governamental. Com empresas nacio-nais assumindo os navios, o governo chinês não tardou a levantar o embargo à opera-ção dessas embarcações em seus portos, o que ocorreu em junho do ano passado. Nada mais previsível. Dentro do novo con-texto, não restou à Vale alternativa a não ser fechar contratos milionários com os ar-madores chineses para o transporte de seu minério para a China. A propósito, a Vale e a Cosco acabam de firmar um acordo, com duração de 27 anos, pelo qual a armadora chinesa transportará 16 milhões de tonela-das de minério produzidos pela companhia brasileira. Detalhe: para tanto, utilizará na-vios Valemax que haviam sido encomenda-dos pela Vale. Dramática ironia.

Empresa com participação do go-verno federal, seja diretamente, seja indi-retamente por meio de fundos de pensão, a Vale não contou, neste embate, com o apoio do governo brasileiro, e, por isso, o cabo-de-força com os chineses ficou insus-tentável. A omissão é reveladora da falta de visão estratégica que acomete nosso país. O resultado é que valores monumentais em divisas, na forma de pagamento de fretes marítimos, será transferido à China, ao invés de ficar no Brasil contribuindo para a melho-ria da renda nacional.•

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Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

A primeira semana de maio foi de excelentes proje-ções de negócios para o mercado catarinense. En-tre os dias 4 e 7 de maio Itajaí recebeu a 2ª edição

da Feira Internacional da Economia do Mar Brasil-Itália (Fimar), no Centreventos. O evento, que teve a primeira edição em Florianópolis, tem como finalidade fomentar o

Com perspectiva de grandes negócios, Fimar passa por Itajaí

Presença de autoridades marcou o início da feira

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setor náutico em suas várias vertentes. Considerado o principal evento especializado na promo-

ção e apoio ao desenvolvimento no setor, reuniu represen-tantes da Itália e do Brasil para promover um intercâmbio de informações. Organizada pela Associação Náutica Catarinen-se para o Brasil (Acatmar), Assonáutica Italiana e Brazil Pla-net com colaboração da União Nacional da Indústria Naval (Ucina), a Fimar é resultado de uma parceria entre o estado de Santa Catarina e a Itália, que iniciou em 2011 durante o

Festival do Mar em Gaeta, comunidade italiana. Os atrativos turísticos da região que possui poten-

cial náutico reconhecido em nível internacional pelo em-preendedorismo, eventos no segmento e proximidade com mar e rio, foram apresentados na feira. No estande da Costa Verde & Mar, visitantes, agentes de viagem, re-presentantes oficiais e comerciantes do Brasil e da Itália terão mais informações sobre os atrativos, as tradições típicas e toda a estrutura oferecida.

Durante a feira, os expositores e visitantes puderam realizar novas parcerias, estreitar con-tatos e promover uma troca entre os países no segmento. Segundo o Presidente do Colegiado de Secretários de Turismo da Amfri, Carlos Sérgio de Souza a participação em feiras e eventos faz com que o público reconheça ainda mais os municípios da região:

"Na última Pesquisa de Demanda Turística, re-alizada na temporada de verão, 3% dos entrevista-dos informaram que co-nheceram a Costa Verde & Mar graças à participação em feiras e eventos".

A gastronomia local também esteve em evi-dência com mais de 10 empresas expondo produ-tos como queijos, geleias, bebidas, frutos do mar, entre outros, para degus-tação e comercialização.•

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O projeto de lei encaminhado ao Congres-so Nacional, pelo governo, com o reajus-te de 5% na tabela do Imposto de Renda

Pessoas Física (IRPF) a partir de 2017 prevê me-didas compensatórias para a arrecadação, como a incidência do mesmo imposto para heranças acima de R$ 5 milhões e doações acima de R$ 1 milhão, que estavam isentos até agora do IRPF. A mensagem sobre o encaminhamento do pro-jeto foi publicado no Diário Oficial da União e as medidas foram detalhadas pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e os secretários da Receita, Jorge Rachid, e de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Pires.

“Estamos aumentando a progressividade da tributação no Brasil, do Imposto de Renda, fazendo isso de uma forma responsável, sem gerar impacto fiscal no próximo ano. O custo da correção da tabela do Imposto de Renda vai ser mais do que compensada por medidas de elevação de receita em outras áreas”, disse Nel-son Barbosa.

Segundo o ministro, os países mais de-senvolvidos têm tributação sobre herança e doações. Para ele, as novas medidas são uma forma de se fazer justiça tributária e de boas

práticas para gerar igualdade na sociedade. No Brasil, a tributação sobre herança já existe nos estados. Pelos cálculos apresentados, o impac-to na correção da tabela do Imposto de Renda será de R$ 5,2 bilhões que será compensado em R$ 5,35 bilhões com a mudança na incidên-cia para outros contribuintes, restando ainda ao caixa da União R$ 150 milhões.Com a mudança na tabela do IR a isenção sobe de R$ 1.903,98 para R$ 1.999,18. Acima de R$ 4.897,92, a alí-quota incidente será a de 27,5%.

HerançasSobre as heranças, a incidência do IR

passa a ser acima de R$ 5 milhões e doações acima de R$ 1 milhão. Para heranças acima de R$ 5 milhões, o recolhimento de IR será de 15% sobre o que exceder os R$ 5 milhões. Acima de R$ 10 milhões, o IR será de 20% e acima de R$ 20 milhões a incidência é de 25%. No caso das doações, 15% de IR sobre o que passar de R$ 1 milhão, 20% sobre o que exceder R$ 2 milhões e 25% sobre o que ultrapassar R$ 3 mi-lhões. A previsão de arrecadação é de R$ 1,06 bilhão com heranças e R$ 494 milhões com as doações.

Outra medida que incrementará a arre-cadação é a tributação do excedente do lucro pelas empresas optantes pelo Lucro presumido e pelo Simples Nacional, com um incremento na arrecadação de R$ 1,57 bilhão e R$ 591 milhões respectivamente. Segundo o Ministério da Fazenda, o que se pretende, com a proposta do governo, é que incida o IR com uma alíquota de 15% sobre uma faixa que não é tributada, o mesmo ocorrendo no Simples Nacional.

Outra medida é sobre a tributação do direito de imagem e voz de profissionais que criam empresas para receber rendimentos, como artistas e atletas. Atualmente, a base de cálculo para a incidência do IR é de 32% dos rendimentos recebidos pelos profissionais. Pelo projeto, de acordo com o ministro Nelson Bar-bosa, deve-se considerar esses rendimentos de cessão de direito de imagem, nome, marca ou voz na base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica em 100%. O aumento na arrecadação estimado é de R$ 836 milhões. O governo propôs no mesmo projeto reduzir os benefícios fiscais do Regime Especial da Indús-tria Química (Reiq). O incremento de arrecada-ção estimado chega a R$ 800 milhões.•

Governo quer tributação sobre herança para compensar reajuste na tabela do IR

Agência Brasil

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Por Milton Lourenço Presidente da Fiorde

Logística Internacional e diretor do Sindicato dos

Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e

Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da

Associação Nacional dos Comissários de Despachos,

Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

Comércio exterior em recuperação

Por Milton Lourenço, presidente

da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de

Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos,

Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail:

[email protected]. Site: fiorde.com.br

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Independentemente de quem venha a assumir o governo, com o possí-vel impedimento da atual manda-

tária, prevê-se desde logo uma reação da economia, já que ficará definitiva-mente banida a mentalidade tacanha que fez o país mergulhar nessa que já é considerada a pior recessão desde a crise de 1929.

Como se sabe, uma das priori-dades da política externa brasileira, desde 2002, foi a Cooperação Sul-Sul, que pretendia aumentar o intercâmbio com países em desenvolvimento, em detrimento das trocas com os países do hemisfério norte, notadamente os EUA, embora a princípio uma política não devesse invalidar a outra.

O resultado disso foi que os produtos brasileiros perderam muito espaço no maior mercado do planeta. E agora - apesar dos esforços do Mi-nistério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), na gestão do empresário Armando Monteiro, a partir de janeiro de 2015 - reconquistar esse espaço demanda tempo.

Hoje, os EUA constituem o se-

gundo principal parceiro comercial do Brasil. Os bens industriais, que alcan-çaram mais de 60% das exportações brasileiras para os EUA em 2015, re-gistraram avanço em relação aos 53% observados em 2014. Os três princi-pais produtos de exportação do Brasil para os EUA são máquinas, aeronaves e produtos de ferro e aço. O intercâm-bio bilateral total, somando-se bens e serviços, chegou próximo de US$ 100 bilhões em 2015, segundo dados do MDIC.

Para 2016, a Organização Mun-dial do Comércio (OMC) estima que o comércio no planeta terá uma expan-são de apenas 2,8%, bem abaixo da previsão inicial de 3,9%. Em 2015, a taxa já havia sido de apenas 2,8%, a pior em anos. Por isso, é fundamental investir na reaproximação comercial com os EUA. Afinal, trata-se do maior importador do mundo, com compras em 2015 de US$ 2,3 trilhões. Além dis-so, as importações dos EUA devem au-mentar 4,1% neste ano, ao passo que as da Ásia e da Europa devem registrar um crescimento de 3,2%.•

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Mercado Coluna

Os dez estudantes catarinenses do Sesi Escola em Brusque participaram em abril de um torneio in-ternacional de robótica, nos Estados Unidos, e

conquistaram resultados importantes para o Brasil. Eles desenvolveram um dos robôs com melhor desempenho da competição, dentre 106 equipes. O grupo de Santa Ca-tarina foi o melhor colocado também entre os três times brasileiros que competiram. O resultado é inédito para o Sesi/SC. A equipe criou ainda um robô feito totalmente de material reciclável, equipado com controle remoto e ca-racterizado com trajes típicos da Alemanha, por conta da colonização germânica de Brusque, cidade de origem dos competidores.

O desafio desta edição foi criar propostas para lidar com o lixo a partir de uma solução inovadora e apresentar seus projetos de pesquisa. Os robôs autônomos cumpri-ram missões na mesa de competição como, por exemplo, levar determinado tipo de lixo para um aterro. Usando peças de lego, os jovens foram avaliados pelo design me-cânico, programação, estratégia e inovação utilizados no projeto, além dos valores éticos e profissionais.

O Torneio de Robótica First Lego League (FLL) é voltado para crianças e adolescentes de 9 a 16 anos. Ao inserir a robótica em sala de aula, o torneio estimula o aprendizado de conteúdos de física, química, biologia e matemática, com mais inovação, criatividade e raciocínio lógico.

Para o superintendente do Sesi/SC, Fabrízio Macha-do Pereira, o resultado da equipe (18º colocação geral) mostra o quanto os catarinenses estão evoluindo neste campo. "Vamos avaliar o aperfeiçoamento de nossas com-petências e de nossos alunos para futuras competições. Queremos trazê-las para o centro da nossa agenda edu-cacional", comenta. A equipe catarinense também foi in-dicada como uma das melhores nos quesitos trabalho em equipe e design mecânico do robô.

O projeto desenvolvido por Santa Catarina atraiu olhares dos demais países. "O aplicativo que eles desen-volveram permite dar a destinação correta e também a reutilização do lixo eletrônico", explica o coordenador de desenvolvimento de projetos e produtos do Sesi/SC, Fabia-no Bachmann. •

Equipe do Sesi/SC está entre as 20 melhores do mundo em robótica

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Mercado Coluna

As vendas de veículos novos automotores, in-cluindo automóveis, caminhões, comerciais leves (como vans e furgões) e ônibus, encerraram o pe-

ríodo de janeiro a abril deste ano em baixa de 27,9%. Ao todo, foram comercializadas 893,7 mil unidades. Apenas no mês de abril, foram vendidos 162,9 mil veículos, nú-mero 9,1% menor do que o registrado em março deste ano e 25,7% inferior ao resultado de abril de 2015.

Os dados foram divulgados pela Associação Nacio-nal dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e expõe um período de forte queda no setor. As monta-doras instaladas no Brasil produziram em abril 169,8 mil veículos, número 13,6% abaixo em comparação a março e 22,9% inferior ao registrado em abril do ano passado. No acumulado desde janeiro, houve queda de 25,8%.

De acordo com o presidente da Anfavea, Antonio

Megale, as empresas têm se esforçado para manter os empregos. Hoje, 30% da força de trabalho está em re-gime de flexibilização, sendo 6.044 postos em regime lay-off e 29,6 mil no Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Em relação a abril do ano passado, as vagas enco-lheram 8%, tendo hoje uma base 128.441 trabalhadores. Para ampliar as ofertas, é necessário que o país volte a crescer, defende Megale.

CaminhõesO executivo apontou que, entre os segmentos que

mais apresentaram queda nas vendas, estão os cami-nhões, com recuo de 13,2% de março para abril e 31% no acumulado do ano. As vendas internas de máquinas agrícolas caíram 40,8% no quadrimestre. •

Agência Brasil

Venda de veículos tem queda de quase 30% no acumulado até abril

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O segredo da negociação é criar relações duradouras

Tropas de elite têm muita coisa em comum com empresas de alto desempenho, aponta Diógenes Lucca, tenente-coronel da reserva da Polícia Mili-

tar e cofundador do Gate (Grupo de Ações Táticas Espe-ciais). Segundo ele, em ambas não dá para resolver os problemas na base do custe o que custar. "É necessário criar relações duradouras”, enfatizou no encerramento do primeiro dia de palestras no Congresso da Expo-gestão, que aconteceu início de maio na Expoville, em Joinville (SC).

Lucca aponta que o segredo de um bom negocia-dor está na combinação entre o talento e o conhecimen-to. A base da negociação é a credibilidade, que ajuda a construir relacionamentos duradouros. E a receita fun-damental é sempre cumprir o que é combinado, para não frustrar expectativas. “Não se trabalha para uma missão. Há várias missões a zelar.”

Assim como nas tropas de elite, Lucca destaca que, no mundo corporativo, o líder precisa estar atento a quatro aspectos: potencial, desempenho, competên-cia e comprometimento. “Só assim é possível valorizar aqueles de alto potencial e alto desempenho.”

Na negociação, o principal ativo é a informação. Elas podem significar o sucesso de uma operação es-

pecial. Para as empresas, diz ele, é um fundamento essencial para a prosperidade das empresas. Outra habilidade fundamental é entender que negociar exige também “saber pensar com a cabeça do outro”. “Cada ser humano é um mundo por si só.” Para isso, diz Lucca, é importante ter paciência.

Uma virtude do bom negociador é saber ouvir. “A gente está perdendo a capacidade de se interessar pe-las pessoas. É preciso prestar atenção, dar valor a elas.” Nas negociações, destaca ele, é fundamental manter o controle. “Nas operações especiais, pode ser a diferença entre a vida e a morte.”

Negociação também prescinde de uma estrutura. É ela que dá suporte às operações, diz o tenente-coro-nel. “Todo mundo é vital para a missão.” Isto se traduz na necessidade de valorizar as equipes. Ele lembra que é preciso considerar que o ser humano é o principal ati-vo de uma empresa.

Mesmo equipes altamente preparadas, como as do Gate, estão sujeitas a cometer erros. Lucca destaca que são lições fundamentais para o aprendizado e para o crescimento. Após um erro, é preciso se reorganizar. “Reconsidere! Um recuo estratégico não faz mal a nin-guém.”•

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Santa Catarina inicia exportação de terneiros vivos para Europa

Depois de cinco anos de intensas articulações estimuladas e apoiadas pela Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Fa-

esc), Santa Catarina iniciará a exportação de terneiros vivos para a Europa. No dia 28 deste mês serão em-barcados 4,1 mil animais pelo porto de Imbituba, com destino a Turquia, onde serão terminados em proces-so de engorda e abatidos para produção de carne.

Esses terneiros foram adquiridos por um consór-cio empresarial italiano diretamente nas propriedades rurais e em feiras regionais, têm idade entre seis e oito meses, pesam em média 200 kg e são de raças euro-peias, especialmente Charolês e Limousin. A transação representa negócio da ordem de 5,7 milhões de reais.

A remuneração ao produtor rural é da ordem de R$ 7 por quilograma de animal vivo ou R$ 1,4 mil por cabeça. O vice-presidente da Faesc e presidente da Cidasc, Enori Barbieri, antecipa que, assim que for efetivado o embarque, imediatamente será iniciada a preparação de um segundo lote com mais 5 mil ter-neiros inteiros (não castrados) para o mesmo destino.

Todos os animais estão alojados na ZPE (zona de processamento de exportações) construída pelos empresários da Itália, sob concessão do governo ca-

tarinense, na retroárea do Porto de Imbituba, onde cumprem quarentena obrigatória de 21 dias.

Para Pedrozo e Barbieri, o Estado de Santa Ca-tarina está colhendo mais um resultado da conquista internacional do status de área livre de aftosa sem vacinação. Ambos elogiaram a atuação da Secretaria da Agricultura e os incentivos do governo catarinense para a abertura de novos mercados e elevação da ren-da dos produtores rurais.

Em uma série de encontros entre autoridades catarinenses, empresários italianos, Faesc, Ministé-rio da Agricultura e Cidasc, nos últimos anos, foram discutidos o sistema de identificação dos bovinos, o atendimento aos procedimentos sanitários da União Europeia para a exportação de bezerros corte de seis a oito meses de idade para aquele continente entre outros assuntos.

Presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo sa-lienta que se trata de um negócio pioneiro para a agropecuária catarinense, pois o Estado é deficitário em carne bovina. O rebanho bovino catarinense está totalmente integrado ao mais avançado sistema de controle sanitário que utiliza brincos para monitora-mento de animais de corte e leite.•

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Os Institutos Senai de Inovação firmaram parceria com o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, para desenvolvimento de negócios industriais nos pró-

ximos 12 meses. Uma das ações será a identificação de potenciais projetos para implantação dos conceitos da Indústria 4.0.

“O grande objetivo do projeto é estabelecer a co-operação entre as indústrias do Brasil e da Alemanha no âmbito da Indústria 4.0”, afirmou Eckart Uhlmann, diretor do Fraunhofer IPK, entidade que é referência internacional em manufatura avançada.

Uhlmann destacou que o conceito não exige obri-gatoriamente investimentos elevados. Ele cita que na tec-nologia de automação desenvolvida no instituto em que dirige, um robô aprende as operações copiando os movi-mentos do trabalhador. Com recursos tecnológicos como este, mesmo as indústrias de pequeno porte podem avan-çar em projetos alinhados à quarta revolução industrial.

“Santa Catarina tem plenas condições de se preparar adequadamente para a Indústria 4.0”, disse o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte. Ele defende que o Estado tem investido em educação porque uma das questões essen-ciais para a implantação da indústria 4.0 é a capacitação profissional. “Precisamos melhorar a produtividade dos trabalhadores, qualificando-os para usar adequadamente os novos equipamentos”, acrescentou.

Segundo Côrte, o Fraunhofer IPK é um aliado impor-tante para que se possa oferecer à indústria catarinense o que há de mais moderno e atual em termos de processos, produtos e equipamentos de tecnologia.

O diretor de operações do Senai Nacional, Gustavo Leal, ressalta que a instituição vem se preparando para se tornar o principal parceiro da indústria em inovação. “A competitividade da indústria está muito ligada à capaci-dade de apropriação do conhecimento e de transformá-lo em novos produtos e novos processos”.•

Institutos Senai de Inovação vão inserir o Brasil na Indústria 4.0

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O Balneário Shopping acaba de receber o Latin American Shoppings Centers Awards, na cate-goria Design and Development (Renovations/

Expansions), organizado pelo ICSC (The International Council of Shopping Centers) e considerada a mais im-portante premiação da América Latina para o segmento de shoppings centers. O prêmio foi anunciado oficial-mente no dia 10 de abril, no Moon Palace Golf & Spa Resort, em Cancun, no México. O Balneário Shopping foi o único finalista brasileiro na categoria Renovations/Expansions, ao lado de empreendimentos do Chile, Co-lômbia e Argentina.

O Latin American Shopping Center Awards 2016 é a quarta premiação importante que o Balneário Shop--ping recebe. Em março, o empreendimento ganhou o Prêmio Lide de Varejo, Consumo e Shopping Centers na categoria Arquitetura + Design com o case da Expansão e Transformação do shopping, inaugurada em novembro de 2014. Em 2015, o empreendimento também conquis-tou outros dois importantes reconhecimentos: o Ouro na categoria Revitalização & Expansão do Prêmio Abrasce

2015, da Associação Brasileira de Shopping Centers; e o Top de Marketing ADVB/SC (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing).

A expansão do Balneário Shopping resultou em uma completa transformação do empreendimento, que também revitalizou o pavimento já existente, ampliou em 50% a praça de alimentação, trouxe novos sanitá-rios, lounges e uma diversificada Praça Gourmet. Um dos destaques do novo Balneário Shopping é o Espaço Famí-lia, que é referência no Estado, com fraldário, cabines in-dividuais para amamentação, brinquedoteca com jogos educativos e banheiro exclusivo para famílias.

Hoje o Balneário Shopping é a porta de entrada das grandes marcas em Santa Catarina. O completo mix recebeu operações exclusivas como a Alô Bebê, a Ar-tefacto Home, a Canal, YouCom e a Swarovski. Marcas consagradas no Brasil e no mundo como Outback, Tok & Stok, Kalunga, Aramis, Le Lis Blanc, Adidas, John John, Shoulder, Kopenhagen, Paquetá, Zara, Ri Happy, Made-ro, The Body Shop, entre muitas outras, também chega-ram ao empreendimento com a expansão.•

Balneário Shopping recebe o Latin American Shopping Centers Awards em Cancun

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