revista portuária - 10 novembro 2014

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Revista Portuária - 10 Novembro 2014

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4 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

20

10 24 Governo do Estado e Federal assinam ordem de serviço para definir traçado da Ferrovia do Frango

26 Volvo Ocean Race : Abu Dhabi mantém a liderança da primeira etapa da competição que passa por Itajaí em abril de 2015

Santa Catarina desponta no cenárionacional como polo da construção naval

DestaqueSanta Catarina cresce

acima da média nacional

FIESC mobiliza R$ 7,3 milhões emprojetos de inovação na indústria22

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Economia&Negócios • Novembro 2014 • 5

Editora BittencourtRua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Anderson Silva - DRT SC 2208 [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

Contato Comercial (agências)Junior Zaguini - 47 [email protected]

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não seresponsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 177 Novembro 2014 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Santa Catarina se firma como polo naval e náutico

Com o anúncio da descoberta do pré-sal, em 2007, houve um cres-cimento natural de investimen-

tos no setor naval, principalmente pela Petrobras. Mas desde o ano passado, o mercado passou por uma desaceleração. Apesar da queda de investimentos após o boom que a descoberta do pré-sal ge-rou nos últimos anos, o mercado naval continua em alta. O Brasil possui hoje nove polos de construção naval. O maior deles é o do Rio de Janeiro seguido por Santa Catarina – onde praticamente to-dos os tipos de embarcações são produ-zidos - e Rio Grande do Sul.

Na reportagem especial, a Revista Portuária – Economia & Negócios expõe um resumo sobre a contribuição destes setores para o desenvolvimento econô-mico de Santa Catarina. A região de Itajaí e Navegantes, por exemplo, se destaca neste segmento e desponta no cenário nacional pelo fato de estaleiros e empre-sas especializadas na construção de bar-cos de apoio às plataformas de produção de petróleo e gás estarem se instalando nos municípios.

Esse fator é um dos motivos do crescimento e desenvolvimento econô-mico das cidades que viram seus PIBs (Produto Interno Bruto) crescer mais de 50% entre 2009 e 2011, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística), acima da média estadual de 30% no mesmo período. Às margens do rio Itajaí-Açu, se concentra a maior parte das cerca de 70 empresas de construção naval de Santa Catarina. Esse crescimen-to se reflete na oferta de trabalho.

Além de despontar no cenário nacional como polo da indústria naval, Santa Catarina caminha para ser o maior polo náutico do país. O Estado vem atraindo as melhores e maiores empresas estrangeiras do ramo. Nos últimos anos, quatro das maiores fabricantes do setor investiram aqui cerca de R$ 100 milhões em novas unidades, desenvolvimento de produtos e tecnologia. Multiplicaram empregos, geraram mais know-how e ajudaram a aumentar o faturamento da indústria náutica local para cerca de R$ 300 milhões.

De acordo com a Associação Bra-sileira de Construtores de Barcos e Im-plementos (Acobar), Santa Catarina é o segundo maior polo náutico do segmen-to, com 21% do total de estaleiros em operação. Perde apenas para São Paulo, com 35% das empresas.

Além da reportagem sobre o in-vestimento dos empresários no setor naval e náutico, destaque para as tradi-cionais secções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista. Boa leitura!

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6 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

Questões jurídicas envolvendo a atividade portuária no Brasil, problemas de infraestrutura logística multimodal, poli-gonais, dragagens e investimentos previstos no setor, foram alguns dos temas abordados na reunião realizada no gabine-te do Ministro da SEP, em Brasília.

O presidente-executivo da ATP, Murillo Barbosa, mani-festou a importância que os portos brasileiros possuem frente a economia brasileira. Nesse sentido, destacou a participação crescente dos terminais portuários privados na movimentação da produção do país, desde o minério de ferro até a variedade presente nas cargas conteinerizadas.

Na reunião, o ministro César Borges ratificou a relevân-cia da ATP frente aos projetos de investimento em infraes-trutura. Comentou ainda que a aproximação junto à SEP é fundamental para que o governo conheça as principais neces-sidades do setor.

Patrício Júnior, vice-presidente do conselho da Associa-ção e também presidente do Porto Itapoá, em Santa Catarina,

destacou a importância de investir na dragagem dos acessos aos portos brasileiros. Segundo ele, é fundamental a atuação dos governos – federal e estaduais, por meio da SEP, na busca de soluções que assegurem a aplicação adequada dos recur-sos oriundos da tabela 1 para investimentos em dragagem.

O tema envolve não apenas a viabilidade operacional dos terminais portuários, mas sim, uma questão econômica. “São bilhões de reais que deixam de ser movimentados na economia brasileira, em função das restrições de calado nos acessos aos portos”, comenta Patrício. O presidente Murillo Barbosa destacou ainda que “quanto mais adiarmos os in-vestimentos em infraestrutura, mais longe o Brasil ficará dos grandes navios que já estão operando mundo afora, e menos riquezas serão geradas no próprio País”.

O ministro César Borges sinalizou que a SEP tem traba-lhado em busca de superar os problemas e apontar soluções viáveis, de modo a garantir o desenvolvimento do setor por-tuário e o crescimento do país. •

Divulgação

ATP e SEP discutem pauta do setor portuário em Brasília

O presidente-executivo da ATP, Murillo Barbosa, o ministro César Borges e Patrício Júnior, vice-presidente do conselho da Associação e também presidente do Porto Itapoá

Representantes da ATP – Associação dos Terminais Portuários Privados estiveram em Brasília, reunidos com o Ministro César Borges, da Secretaria Especial de Portos (SEP)

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 7

Portonave

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8 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

A visita à indústria automobilística BAIC Bei-jing, que fatura US$ 30 bilhões ao ano e pretende chegar a US$ 120 bilhões/ano até

2020, chamou a atenção da missão de industriais brasileiros que visitou a China. “São números que impressionam, ainda mais quando comparados com o que acontece no Brasil, onde temos uma economia praticamente parada”, afirmou Tito Schmitt, vice-presidente regional da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e líder da comitiva de 66 em-presários. Segundo Schmitt, a participação na Feira de Cantão superou as expectativas dos brasileiros, que descobriram tecnologias e oportunidades de negócios além das inicialmente previstas. Conside-rado o maior evento chinês de negócios, a feira reu-niu 60,2 mil expositores, sendo 551 internacionais.

Em parceria com China Trade Center, a Fiesc participou do pavilhão internacional, servindo como ponto de encontro para a delegação brasileira e promovendo as indústrias catarinenses. No stand, recebeu visitantes interessados em conhecer opor-tunidades no Brasil nos segmentos de alimentos e bebidas, madeira e plásticos. Também divulgou o programa Portos.SC, que promove os terminais ca-tarinenses como ponto de conexão logística com o Brasil.

Durante seminário em Guangzhou, no sul do país, o representante da Apex-Brasil, Cesar Yu, des-tacou que a China tem comprado mais couro brasi-leiro por conta do aumento da demanda do setor automotivo. O país também tem importado calça-

dos, especialmente os infantis. Ele falou ainda do sucesso da marca Havaianas, que conta com 100 quiosques no país asiático.

O cônsul-geral do Brasil em Guangzhou, José Lessa, salientou que a China cresceu mais de 10% ao ano nos últimos anos. Ele lembrou que só a pro-víncia de Guangdong, onde a comitiva está, regis-trou em 2013 PIB de US$ 1,2 trilhão, metade do PIB brasileiro. Aos industriais ele lembrou que é uma província bastante promissora para fazer negócios.

Ainda em Guangzhou o grupo realizou visita técnica à Retop, empresa líder na fabricação de telas e painéis de LED na China, com atuação no mercado mundial. A comitiva foi recebida pelo vice-presiden-te da empresa, Jia Xiao Liang. A companhia, funda-da em 1997, emprega 20 mil trabalhadores e possui o maior parque fabril de produção de LED do país.

De acordo com Schmitt, após o retornarem ao Brasil, os industriais devem levar de 60 a 90 dias para analisar os contatos e prospecções e encami-nhar a realização de negócios com o país asiático.

ComércioA China é o principal parceiro comercial de

Santa Catarina. As exportações ao país asiático so-maram US$ 884,3 milhões de janeiro a agosto de 2014. O valor é 53,5% superior ao registrado no mesmo período no ano passado. As compras catari-nenses na China totalizaram US$ 3,35 bilhões, 16% a mais que as importações realizadas no mesmo pe-ríodo em 2013. •

Dinamismo da economia chinesa impressiona empresários catarinenses

Em

Guangzhou o

grupo realizou

visita técnica

à Retop,

empresa líder

na fabricação de

telas e painéis

de LED na China,

com atuação

no mercado

mundial.

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 9

Portonave

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10 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Santa Catarina desponta no cenárionacional como polo da construção naval

Com o anúncio da descoberta do pré-sal, em 2007, houve um crescimento natural de investimentos no setor naval, principalmente pela Petrobras. Mas desde o ano passado, o mercado passou por uma desaceleração. Apesar da que-

da de investimentos após o boom que a descoberta do pré-sal gerou nos últimos anos, o mercado naval continua em alta. O Brasil possui hoje nove polos de construção naval. O maior deles é o do Rio de Janeiro seguido por Santa Catarina – onde praticamente todos os tipos de embarcações são produzidos - e Rio Grande do Sul.

Estado também caminha para ser o maior

polo náutico do país, atraindo nos últimos

anos as melhores e maiores empresas

estrangeiras do ramo

MATÉRIA DE CAPA

Às margens do rio Itajaí-Açu, se concentra a maior parte das cerca de 70 empresas de construção naval de Santa Catarina

Andeson Silva

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Economia&Negócios • Novembro 2014 • 11

A região de Itajaí e Navegantes se destaca neste segmento e desponta no cenário nacional pelo fato de estaleiros e empresas especializadas na construção de barcos de apoio às plataformas de produ-ção de petróleo e gás estarem se instalan-do nos municípios. Esse fator é um dos motivos do crescimento e desenvolvimen-to econômico das cidades que viram seus PIBs (Produto Interno Bruto) crescer mais de 50% entre 2009 e 2011, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acima da média estadual de 30% no mesmo período. Às margens do rio Itajaí-Açu, se concentra a maior parte das cerca de 70 empresas de construção naval de Santa Catarina. Esse crescimento se reflete na oferta de trabalho.

A instalação do Estaleiro Navship e a compra do Estaleiro TWB pela empresa de Cingapura Keppel Singmarine fizeram com que gerasse um investimento bastante sig-nificativo nesse segmento em Navegantes. Assim como o incremento no investimento da empresa Keppel, que gira em torno de R$ 200 milhões. “Acredito que a constru-ção naval vai se tornar a principal ativida-de econômica do município junto com a atividade portuária. Atualmente já temos grandes estaleiros na cidade e outros que planejam se instalar em Navegantes”, res-saltou o prefeito Roberto Carlos de Souza.

Já em Itajaí, destaque para estaleiros como o Detroit Brasil, uma empresa que atua com capital chileno e investe milhões na cidade desde 2002, gerando mais de mil empregos diretos e centenas de empre-gos indiretos. Nos últimos anos, o estaleiro do Consórcio MGT formado pelas empre-

sas DM Construtora e TKK Engenharia para construir módulos de uso exclusivo da Pe-trobras também investiu cerca de R$ 600 milhões com a perspectiva de criar mais de 1500 empregos diretos.

A indústria naval brasileira encontra-se entre as quatro maiores do mundo, atrás apenas dos asiáticos: China, Coréia do Sul e Japão. Os desembolsos do Fundo da Ma-rinha Mercante quase quadruplicaram nos últimos cinco anos. A liberação de recursos do FMM, que totalizou R$ 1,3 bilhão em 2008, atingiu R$ 4,9 bilhões no ano passa-do, um incremento de 277%. O lançamento de programas específicos para construção de navios, barcos de apoio e sondas contri-buiu para ampliação dos desembolsos, que em 2001 haviam sido de R$ 300 milhões. De lá até o final de 2013, as liberações do FMM totalizam R$ 22,7 bilhões, de acordo com levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

O emprego na indústria naval deu um enorme salto de nos últimos anos. No ano 2000, apenas 1910 pessoas trabalha-vam no setor que atualmente emprega por volta de 78 mil pessoas nos estaleiros em operação. Nos próximos dois anos, quatro estaleiros entrarão em operação: Jurong Aracruz (ES); Enseada (BA); EBR (RS); e CMO (PE), o que aumentará a oferta de mão de obra. Segundo a projeção do Si-naval, o setor deverá gerar 30 mil novos empregos até 2016.

A retomada do setorApesar do aumento das importações

de embarcações nos últimos cinco anos,

MATÉRIA DE CAPA

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12 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

MATÉRIA DE CAPA

desde a metade da década de 1990, o setor voltou a contar com forte estímulo do governo. No segundo mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso, foi aprovada a Lei do Petróleo e a Petrobras passou a liderar o mer-cado de contratação de embarcações de apoio marítimo via licitações, que originaram encomendas nos estaleiros nacionais.

Nesse sentido foi criado em 1999, o Prorefam (Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo), que tem o objetivo de substituir importações e es-timular a produção de embarcações na-cionais. Ainda sob a administração de FHC, nasceu o programa Navega Brasil, que modificou as condições de crédito aos armadores (empresas proprietárias de embarcações) e estaleiros, aumen-

tando a participação do FMM (Fundo de Marinha Mercante) nas operações da indústria naval de 85% para 90%.

A partir de 2003, a segunda ro-dada do Prorefam contratou 30 novas embarcações nacionais e modernizou outras 21. O ex-presidente Lula de-terminou prioridade para estaleiros locais de navios e equipamentos de ex-ploração e produção de petróleo pela Petrobras. Isso atraiu grandes grupos empresariais do país a investirem no setor.

O Prorefam aumentou significati-vamente a demanda do setor e reativou indústria naval brasileira. A prioridade dada por lei à bandeira brasileira nos serviços de apoio marítimo aqueceu o mercado interno e estimulou toda a ca-deia produtiva do país.

A instalação do Estaleiro Navship e a compra do Estaleiro TWB pela empresa de Cingapura Keppel Singmarine fizeram com que gerasse um investimento bastante significativo nesse segmento em Navegantes.

Divulgação

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MATÉRIA DE CAPA

Além de despontar no cenário nacional como polo da indústria naval, Santa Catarina caminha para ser o maior polo náutico do país. O Estado vem atrain-do as melhores e maiores empresas estrangeiras

do ramo. Nos últimos anos, quatro das maiores fabricantes do setor investiram aqui cerca de R$ 100 milhões em novas unidades, desenvolvimento de produtos e tecnologia. Multi-plicaram empregos, geraram mais know-how e ajudaram a

aumentar o faturamento da indústria náutica local para cerca de R$ 300 milhões.

De acordo com a Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), Santa Catarina é o segun-do maior polo náutico do segmento, com 21% do total de estaleiros em operação. Perde apenas para São Paulo, com 35% das empresas.

No entanto, essa posição tende a se inverter em bre-

Santa Catarina deve se tornar o maior polo náutico do Brasil

A empresa italiana Azimut-Benetti, investiu R$ 40 milhões na primeira etapa da implantação da unidade brasileira para produzir iates de luxo, em Itajaí.

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MATÉRIA DE CAPA

14 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

ve, com os investimentos milionários que o Estado vem recebendo de grandes marcas da indústria náutica mundial. Nos últimos anos, quatro das maiores empresas do se-tor investiram cerca de R$ 100 milhões em novas unidades, desenvolvimento de pro-dutos e tecnologia em Santa Catarina.

Destaque para a empresa italiana Azimut-Benetti, que investiu R$ 40 milhões na primeira etapa da implantação da uni-

dade brasileira para produzir iates de luxo, em Itajaí. O projeto completo do estaleiro envolve a criação de um polo náutico pró-prio, que demandaria recursos de R$ 200 milhões e a atração de outros investidores e fornecedores.

Além disso, a indústria náutica da ci-dade catarinense foi escolhida pela família para construir o veleiro Kat que está sen-do utilizado na terceira grande viagem da

família Schurmann: a Expedição Oriente. Construída no estaleiro Caçapava, a embarcação tem 80 pés de comprimento e 6,65 me-tros de largura, quilha retrátil de 18,5 toneladas e peso total de cerca de 67 toneladas.

Itajaí também é o berço da Fibrafort, maior fabricante de lanchas da América Latina em unidades vendidas, com mais de 13 mil embarcações da marca navegando em águas do Brasil e de outros 41 países.

Reconhecimento internacionalEm sua trajetória de su-

cesso o estaleiro Kalmar também com sede em Itajaí, segue com direção e ventos próprios. A empresa especializada em mar-cenaria naval para a construção de barcos de lazer, fundada há 32 anos, é reconhecida inter-nacionalmente pelo qualificado trabalho de construção, reforma e restauração de embarcações.

Reconhecido por yacht de-signers de todo o mundo o es-taleiro criou uma especialidade rara diante dos demais estaleiros no Brasil. É referência na cons-trução de embarcações - cascos, cabines, decks e interiores - fei-tas com técnicas modernas da marcenaria naval, que envolve, além da própria madeira, o uso de resina epóxi, compensado na-val, lâminas naturais de madeira além de outros materiais de aca-bamento como tintas e vernizes específicos.Claus Lehm

ann

O estaleiro Kalmar também com sede em Itajaí é especializado em marcenaria naval para a construção de barcos de lazer.

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MATÉRIA DE CAPA

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MATÉRIA DE CAPA

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

16 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

Rota das grandes regatasItajaí está novamente incluída no roteiro da edição

2014/2015 da Volvo Ocean Race (VOR), a mais importante re-gata do planeta, com nove meses de duração e para na cidade durante a primeira semana de abril do próximo ano.

Além do retorno desta competição, Itajaí recebeu mais duas regatas internacionais nos últimos meses. Em novembro de 2013, aportou no município a regata Transatlântica Jacques Vabre e, em fevereiro de 2014, a regata Velas Latinoamérica 2014, com embarcações das Marinhas da América Latina.

Na edição itajaiense dos eventos náuticos, em comum o fato de o local de realização dos três ser a Vila da Regata, onde ocorreu a etapa brasileira da Volvo Ocean Race em 2012, o Cen-treventos Itajaí e também parte da área do Saco da Fazenda.

A indústria náutica da cidade catarinense foi escolhida pela família para construir

o veleiro Kat que está sendo utilizado na terceira grande viagem da família

Schurmann

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MATÉRIA DE CAPA

Economia&Negócios • Novembro 2014 • 17

As obras estruturais da Marina de Itajaí já foram ini-ciadas e o empreendimento será um dos destaques na área náutica no Sul do país e terá atrativos como lojas, restaurantes e hotel.

No total, serão 10 mil metros quadrados de área seca e 120 mil metros quadrados de espelho d’água. Terá capacida-de para abrigar 846 embarcações, sendo que deste número, 353 serão de vagas secas e 493 molhadas.

A obra será dividida em duas etapas, a conclusão da

primeira está prevista para outubro de 2015 e vai contem-plar 191 vagas secas e 192 molhadas, já a capacidade total será atendida ao longo dos próximos cinco anos. O prazo de concessão da marina é de 25 anos, prorrogável por igual pe-ríodo.

Além de movimentar a economia da cidade e ser um atrativo para moradores e turistas, depois de pronto, a previ-são é de que com o Complexo Náutico Ambiental do Saco da Fazenda, sejam criadas pelo menos 1600 vagas de emprego.

Um dos diferenciais em relação a outras marinas do Brasil ressaltado pelo administrador é a quantidade de vagas de estacionamento para automóveis disponi-bilizadas pelo empreendimento. “Vamos ter um estacio-namento com 138 vagas mais restritas aos proprietários das embarcações. Além disso, teremos 538 vagas den-tro do complexo comercial que vão atender aos eventos realizados no Centreventos e nas proximidades do em-preendimento”, explicou Manoel Carlos Maia, diretor da construtora Viseu e administrador da Marina de Itajaí.

No segundo semestre do ano passado quando foi assinado o contrato para o início da construção do empreendimento o prefeito Jandir Bellini, afirmou que quando todas as vagas da marina estiverem preenchi-das, a cidade dará um salto de competitividade em di-ferentes aspectos da economia. “Desde os prestadores de serviço até os estaleiros, todos vão ganhar com a marina”, avaliou Bellini. •

Marina de Itajaí será um dos

destaques na área náutica no

Sul do país

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18 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 19

Fone: 47 3029-3484 Engº Richard Förster Bayer

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20 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

Santa Catarina está puxando a geração de empregos da região Sul. Isso é o que apon-ta a reportagem da edição de outubro da

revista Você S/A. De acordo com a publicação, esse impulso, contudo, não vem da capital. É o interior o responsável pelo crescimento. A geo-grafia do Estado, que tem campos no Oeste, por-tos no Norte e indústria no Nordeste favorece o surgimento de vagas em diversos municípios e em várias áreas. Segundo o texto, Santa Catarina é compacta e logisticamente desenvolvida, por isso o interior é importante para o crescimento regional, que tem surpreendido em um período de pouco dinamismo econômico no país.

Joinville, Itajaí, São José, Blumenau e Cha-pecó encabeçam a lista das cidades com o maior número de oportunidades. Contudo, mesmo sen-do o Estado com o maior Índice de Desenvolvi-mento Humano do Brasil, faltam profissionais. E a questão não é a falta de qualificação. O proble-ma é a falta de gente para ocupar tantas vagas.

Para tentar solucionar o problema, as em-presas buscam alternativas para atrair e manter talentos. De acordo com uma pesquisa da Mi-chael Page, 63% das indústrias do Sul adotam estratégias como elevar a remuneração e conce-der benefícios para tornar os cargos ainda mais atrativos.

DestaqueSanta Catarina cresce

acima da média nacional

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Economia&Negócios • Novembro 2014 • 21

Portos e indústria navalA prosperidade de Itajaí vem do Porto. Com um PIB de

mais de R$ 20 bilhões, o segundo maior do Estado, o municí-pio é líder em movimentação de cargas.

O deslocamento de contêineres é responsável por 74% de todas as exportações catarinenses em 2013.

A localização, próximo de centros produtores como Blu-menau e Joinville favorece a cidade, que se beneficia do bom desempenho das exportações, que cresceram 6% em 2013 – o índice brasileiro foi de um recuo de 1,7%.

Além de Itajaí, Navegantes é outra cidade que vem na contramão do Brasil. No município, a soma de riquezas passou de R$ 912 milhões em 2009 para R$ 1,39 bilhão em 2010. Esse foi o maior crescimento do período no Estado.

IndústriaApesar da indústria brasileira estar em desaceleração,

em Santa Catarina ela continua crescendo. Em 2013, de acor-

do com a Fiesc, o desempenho foi de 1,5% e os destaques estão no segmento da metalurgia, madeira e vestuário.

Entre os feitos de Santa Catarina está a atração de no-vas indústrias, como é o caso da BMW, que escolheu Araquari para instalar sua primeira fábrica no Brasil. Até o fim do ano a empresa deve abrir, pelo menos 1000 vagas.

AgroindústriaA agroindústria é destaque na região Oeste. As cidades

de Chapecó e Concórdia abrigam duas das maiores fabrican-tes de alimentos do país: a BRF e a Aurora.

O Estado é o maior produtor de frango do Brasil e lidera mundialmente as exportações do produto. E isso deve crescer, porque a China habilitou a BRF e a Serasa para vender carne ao país.

Responsável por 25% do faturamento do setor alimen-tício no estado, a Aurora tem 1000 vagas em aberto para diversos níveis, desde o chão de fábrica até a gerência. •

Fone: 47 3029-3484 Engº Richard Förster Bayer

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22 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

Um total de R$ 7,3 milhões serão mobilizados nos próximos anos em 12 projetos de inovação nas áreas tecnológica e de qualidade de vida em in-

dústrias catarinenses, com participação do Senai/SC e do SESI/SC, entidades que integram a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIesc). A principal parcela dos recursos provêm do segundo ciclo do Edital SENAI SESI, de abran-gência nacional. Outros R$ 1,6 mi representam contrapar-tidas dos departamentos regionais dessas instituições e R$ 1,9 milhão correspondem às contrapartidas das empre-sas. Somados aos valores mobilizados no primeiro ciclo, divulgado em junho, são mais de R$ 11 milhões aplicados em inovação na indústria de Santa Catarina este ano.

Dos projetos aprovados no segundo ciclo, oito foram propostos pelo Senai/SC em parceria com as empresas e buscam melhorias no processo produtivo ou a criação de novos produtos. Entre eles, está o de desenvolvimento de mancais eletromagnéticos para motores de alta rotação, apresentado pela Weg e que foi o vencedor do Prêmio Na-cional de Inovação 2014. Os demais projetos são de equi-pamentos para identificação da tonalidade de dentes (para a Evo Prestadores), desenvolvimento de impressora 3D de metais (Alkimat), corantes e auxiliares para tingimento sem água (Siebert Química), processo produtivo aplicado

a polia com amortecimento (Zen), novo equipamento para compressão de ar (Schultz), aeronave não tripulada para aerolevantamento (Hórus) e rastreamento, controle e qua-lidade da higienização de mãos em hospitais (Neoprospec-ta). Esses projetos totalizam o repasse de R$ 2,5 milhões do Edital.

Já o Sesi/SC aprovou quatro projetos, num total de R$ 1,2 milhão captados no Edital, para o desenvolvimento de inovações na área de qualidade de vida, educação e saúde e segurança no trabalho. Estão contempladas as ini-ciativas de prevenção de riscos no armazenamento e trans-porte com ponte rolante (para a empresa Wanke), capaci-tação gameficada e colaborativa (Ambev), monitoramento de pontos de riscos (Softecsul) e máquina de descasque de bananas (Polpa Brasil).

Para 2014, o Edital Senai SESI de Inovação prevê a liberação, em quatro ciclos, de R$ 30,5 milhões, dos quais R$ 20 milhões para projetos do Senai, R$ 7,5 milhões para os do SESI e R$ 3 milhões em bolsas de pesquisa do Conse-lho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As inscrições para os próximos ciclos, cujos resul-tados serão divulgados em dezembro e fevereiro próximos, estão abertas. As empresas interessadas devem procurar unidades das duas instituições •

FIESC mobiliza R$ 7,3 milhões emprojetos de inovação na indústria

Divulgação/FIESC

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24 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior e o Minis-tro dos Transportes, Paulo Sergio de Oliveira Passos,

assinaram, em Chapecó, a ordem de serviço para a elabora-ção do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambien-tal (EVTEA) e o projeto básico de engenharia do Corredor Ferroviário de Santa Catarina - Ferrovia do Frango.

O vencedor da licitação é o Consórcio Prosul/Setepla/Urbaniza/Hansa, o investimento será de R$ 46,5 milhões. O prazo para conclusão do estudo é de 22 meses a partir da data de assinatura. A Ferrovia do Frango é um empre-endimento com 862 km que atravessará o Estado, ligando o município de Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste até o Porto de Itajaí.

Além de ligar as atividades econômicas e sociais do interior com as zonas portuárias do Litoral catarinense, a ferrovia vai facilitar o escoamento da produção para outros estados brasileiros.

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Ca-tarina (Fiesc), Glauco José Côrte, classificou como uma data importante para o Estado a ordem de serviço para realização de projeto executivo e estudos de viabilidade da Ferrovia da

Integração, para ligar o Oeste ao Litoral catarinense. Ele res-saltou, no entanto, que a entidade continuará monitorando os cronogramas e a realização das obras.

"É uma iniciativa valiosa do governo federal, que final-mente reconhece a importância de termos essa ferrovia da integração, ligando o Oeste ao Litoral catarinense", afirmou Côrte em seu pronunciamento no evento. E, dirigindo-se aos dois ministros, o industrial ressaltou a necessidade da reali-zação de mais duas obras para reduzir os custos de transpor-te da região: uma ferrovia do Oeste catarinense ao Centro Oeste brasileiro, extensão da Norte-Sul, e a duplicação da BR 282 (que liga o Extremo Oeste à Capital).

"O preço de um saco de milho em Sorriso [no Mato Grosso] é de cerca de R$ 12, mas chega aqui, ministro e mi-nistra, por R$ 24, R$ 25. Precisamos eliminar esse gargalo logístico que retira a competitividade de um patrimônio bra-sileiro que é a agroindústria de Santa Catarina", salientou.

Em linha com o pronunciamento do presidente da As-sociação Empresarial de Chapecó (ACIC), Bento Zanoni, Côr-te também defendeu a duplicação da BR 282, para que os produtos do Oeste catarinense cheguem mais rapidamente e mais baratos aos portos de SC. •

Governo do Estado e Federal assinam ordem deserviço para definir traçado da Ferrovia do Frango

James Tavares/Secom

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Economia&Negócios • Setembro 2014 • 25

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A equipe Abu Dhabi mantém a liderança da primeira etapa, seguida de perto pelo Dongfeng Race Team, da China, e o Team Brunel, da Holanda. O Abu Dhabi até

agora foi o time que por mais tempo liderou a etapa. Desde a passagem por Cabo Verde, a tripulação do comandante Ian Walker poucas vezes perdeu a ponta. Atrás dos três primeiros colocados da Volvo Ocean Race aparecem o Team Vestas Wind (4º), Team Alvimedica (5º), Mapfre (6º) e Team SCA (7º).

Em Itajai a Vila da Regata será aberta em 4 de abril de 2015, permanecendo com atrações e aguardando a chegada dos barcos até o dia 19 do mesmo mês quando os barcos partem em direção à próxima etapa da Volvo, em Newport, nos Estados Unidos.

Serão 15 dias de atividades e de uma população orgu-lhosa em receber tão importante evento internacional. Neste período o espaço, montado junto ao Centreventos de Itajaí, receberá o público das 14h às 23h de segunda a sexta-feira e das 10h às 23h nos sábados e domingos. Assim, como na edição anterior o público poderá entrar e usufruir das atrações gratuitamente.

Na primeira edição em que Itajaí foi sede, entre

2011/2012 mais de 282 mil pessoas mil pessoas visitaram o espaço e deram as boas-vindas aos atletas.

Acompanhe a regataDesde a largada da Volvo Ocean Race, em Alicante, os

internautas podem acompanhar a movimentação das sete equipes competidoras em tempo real pelo site da regata ou no celular. O recurso — disponível também para smartphones — mostra em um mapa a localização do barco, a que equipe pertence, quem são os tripulantes, a posição na etapa, além de detalhes do desempenho. Para os celulares, o aplicativo está disponível na App Store e no Google Play

PercursoOs 57 velejadores que participam da Volvo Ocean Race

vão percorrer 38,7 milhas náuticas para completar a volta ao mundo, o equivalente a 62,3 mil quilômetros. Depois de Ci-dade do Cabo (África do Sul), os competidores seguem para Abu Dhabi (Emirados Árabes), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia), Itajaí (Brasil), Newport (EUA), Lisboa (Portugal), Lo-rient (França) e Gotemburgo (Suécia). •

Volvo Ocean Race Abu Dhabi mantém a liderança da primeira etapa

da competição que passa por Itajaí em abril de 2015

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Economia&Negócios • Novembro 2014 • 27

Em outubro, o Brasil exportou US$ 18,3 bilhões, com média diária de US$ 797 milhões. Em comparação com o mesmo mês do ano passado (US$ 992,2 milhões),

houve redução de 19,7%, pela média.As importações mensais foram de US$ 19,5 bilhões,

com resultado médio diário de US$ 848,1 milhões, 15,4% abaixo da média registrada em outubro de 2013 (US$ 1,002 bilhão). Com estes resultados, a corrente de comércio chegou a US$ 37,8 bilhões e houve déficit de US$ 1,177 bilhão.

No acumulado do ano, as exportações brasileiras so-mam US$ 191,97 bilhões, com queda de 3,7% sobre o mes-mo período de 2013 pela média diária.

As importações (US$ 193,84 bilhões) apresentam re-cuo de 3,7% neste mesmo comparativo e a corrente de co-mércio (US$ 385,8 bilhões) cai 3,7%. Em 2014, o saldo está negativo em US$ 1,87 bilhão. O déficit é menor que o regis-trado entre janeiro e outubro de 2013 (-US$ 1,99 bilhão).

Em entrevista coletiva para comentar os resultados da balança comercial, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exte-rior (Mdic), Daniel Godinho, manteve a previsão de superávit para o ano.

“O mês de dezembro costuma ser tradicionalmente superavitário. Há uma expectativa de melhora na conta-pe-tróleo, principalmente, pelo lado das exportações. Há uma expectativa de melhora em relação aos preços do minério de

Brasil exportou US$ 18,3 bilhões em outubro

China US$ 36,7 bilhões

Estados Unidos US$ 22,4 bilhões

Argentina US$ 12,2 bilhões

Países Baixos US$ 11,5 bilhões

Japão US$ 5,6 bilhões

Os principais países de destino das exportações, no acumulado de 2014, foram:

China US$ 31,5 bilhões

Estados Unidos US$ 29,8 bilhões

Alemanha US$ 11,9 bilhões

Argentina US$ 11,8 bilhões

Nigéria US$ 7,8 bilhões

Os principais países de origens das importações brasileiras no ano foram:

ferro e, portanto, das quantidades embarcadas e dos valores exportados. Por fim, as exportações de carne também têm crescido de forma concentrada no fim de ano e podem impac-tar no seu conjunto o resultado”, explicou o secretário. •

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28 • Novembro 2014 • Economia&Negócios

O diretor-geral da Antaq, Mário Povia,

e o secretário da Re-ceita Federal do Bra-sil, Carlos Alberto Barreto, assinaram, na sede da Receita Federal, em Brasília, um convênio de co-operação para tro-ca de informações entre a Agência, a Receita e o Depar-tamento de Marinha

Mercante, do Ministério dos Transportes (DMM/MT).O convênio prevê a integração de dados das bases do

Mercante (Sistema de Controle de Arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante), que recente-mente passou a ser administrado pela Receita, e do Sistema de Desempenho Portuário - SDP, que é elaborado pela Antaq, permitindo à Agência consolidar dados mais detalhados sobre origem/destino, fretes, entre outros.

A Antaq consolida e publica dados referentes aos por-tos organizados e demais instalações portuárias, tais como movimentação de cargas, tarifas e tempos operacionais nas atracações/desatracações, e ainda indicadores diversos sobre a performance do setor aquaviário.

Essas informações são a base para a publicação do Anuário Estatístico Aquaviário e do Boletim Estatístico Trimes-tral, que são referência nacional e internacional em termos de estatísticas do setor aquaviário brasileiro, servindo ainda como subsídios para elaboração de políticas públicas, formu-lação e análise de projetos.

Para o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Bar-reto, o convênio é bastante significativo porque vai permitir a troca de informações de interesses comuns e uma maior aproximação entre as três instituições:

"Recentemente, a Receita passou a administrar o Adi-cional de Frete da Marinha Mercante, e esse trabalho para ser bem desenvolvido necessita de uma aproximação da Re-

ceita Federal com a Antaq e com o Departamento de Marinha Mercante. Do ponto de vista da administração tributária, o convênio vai permitir que isso aconteça de uma maneira mais concreta e mais sólida", afirmou.

Segundo o diretor-geral da Antaq, que estava acom-panhado na assinatura do convênio do superintendente de Desenvolvimento, Desempenho e Sustentabilidade da autar-quia, Rogério Menescal, a cooperação vai permitir à Agência aprimorar suas estatísticas, com a produção de dados mais ágeis, com maior confiabilidade e mais detalhados:

"Com esse convênio, a Antaq, que já é referência na produção de dados do setor aquaviário nacional, passa a ter mais uma ferramenta para trabalhar na melhoria constante das suas estatísticas. Esse é um passo muito importante para a Agência, que há muito tempo vínhamos buscando, e a gen-te agradece o esforço do secretário da Receita para a sua con-cretização", declarou Povia.

Assinatura de contratos para exploração de portos A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)

assinou contratos de adesão com quatro empresas de dife-rentes setores da economia: Bertolini (serviços), Dow Brasil (indústria), Cutrale (produtos alimentícios) e Braskem (petro-químico).

Todas as autorizações assinadas têm vigência por 25 anos contados da data de assinatura do contrato de adesão, prorrogável por períodos sucessivos mediante a manutenção da atividade pela auto-rizada e realização dos investimentos necessá-rios à expansão e moder-nização das instalações portuárias.•

Antaq, Marinha Mercante e Receita Federal celebram convênio para troca de dados

Mário Povia , diretor-geral da Antaq

Carlos Alberto Barreto, secretário da Receita Federal

do Brasil

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O presidente da Federação das Indústrias de Santa Ca-tarina (FIESC), Glauco José Côrte, foi empossado vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria

(CNI), em Brasília. O industrial compôs chapa de consenso, liderada pelo empresário mineiro e atual presidente da enti-dade, Robson Braga de Andrade.

Em seu discurso, Braga de Andrade falou dos desafios para os próximos anos. "É hora de fazer o Brasil voltar a cres-cer. Reconhecemos as dificuldades que nós e os governos te-remos pela frente, desde o câmbio até a alta carga tributária. Mas tenho certeza de que a CNI será uma grande aliada dos

governos estadual e federal na busca por alternativas para o crescimento do país. Precisamos de mais competitividade e vamos trabalhar muito com o Congresso em busca do desen-volvimento", afirmou.

Côrte, da FIESC, integrará os esforços da CNI, que pro-põe ao próximo governo uma intensa agenda nas áreas da educação, eficiência do Estado, ambiente macroeconômico, segurança jurídica e burocracia; desenvolvimento de merca-dos, financiamento, relações do trabalho, infraestrutura, tri-butação e inovação e competitividade.

Entre as prioridades que constam na agenda da indús-

Côrte é empossado vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria

Divulgação

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tria estão a reforma tributária, a modernização das leis do tra-balho e o aumento dos investimentos em infraestrutura. O setor defende uma reforma tributária que simplifique o sistema de arrecadação de impostos, acabe com a cobrança dos tributos em cascata desonere os investimentos e as exportações. "Isso ga-rantiria espaço para novos investimentos e para o crescimento da economia. Hoje, o industrial, ou qualquer empreendedor que se disponha a fazer um investimento, começa a pagar tributos já na fase de investimento, bem antes do início da operação da sua atividade", diz Côrte.

Para melhorar a infraestrutura do país, a CNI propõe aperfeiçoar a gestão, eliminar obstáculos, como o atraso das obras, reduzir a burocracia e aumentar os investimentos públi-cos e privados em estradas, portos, ferrovias e aeroportos, es-tabelecendo sistemas eficientes e integrados de logística. Além disso, é preciso fortalecer as agências reguladoras e criar um marco regulatório para o gás natural. A modernização das leis do trabalho deve priorizar a regulamentação da terceirização e a valorização das negociações coletivas.

Estatização do setor privado Cada vez mais, o industrial tem dificuldades de fazer uma

expansão, iniciar um novo empreendimento e até de mudar o seu produto, porque isso depende de autorizações do setor público, diz Côrte. "Nós temos alertado de que precisamos in-terromper este movimento de estatização do setor privado via burocracia; via exigências dos órgãos públicos dos três níveis. O setor industrial, particularmente, precisa ter mais liberdade, precisa ter condições de respirar e voltar a investir, a produzir, a gerar empregos", afirma. •

Institutos SENAI: Criação de rede nacional com 26 Institutos SENAI de Inovação e 60 Institutos SENAI de Tecnologia

Matrículas SENAI: Matrículas no SENAI pas-sando de 2 milhões em 2010 para 4 milhões em 2014

Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022: O Mapa identifica os dez fatores chave para a compe-titividade brasileira

Propostas da Indústria para as Eleições 2014: 42 estudos e recomendações com os temas da indústria para o desenvolvimento do país. As propos-tas foram debatidas com candidatos à Presidência na CNI.

Olimpíada do Conhecimento 2014: A maior Olimpíada de toda história do Sistema Indústria, com mais de 800 competidores.

Embrapii: Criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial em parceria com o Mi-nistério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

:: Destaques do mandato - 2010/2014

Eleito em 2010 para o primeiro mandato como presidente da CNI, Robson Braga de Andrade presidiu a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) também por dois mandatos. Ele é o 13º a ocupar o mais alto posto da CNI, instituição fundada há 75 anos. Mineiro de São João Del Rey, 63 anos, é engenheiro mecânico formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e industrial do setor de equipamentos. Ele dirige a Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda, empresa sediada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, que produz equipamentos para os segmentos de energia, petró-leo, gás, mineração, siderurgia, saneamento, teleco-municações e transportes.

Perfil Robson Braga de Andrade

Divulgação

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O assunto foi desta-que no 1º Ciclo de Orientação Profis-

sional, promovido pelo Sindicato das Indústrias da Construção Naval de Itajaí e Navegantes (Sinconavin), em Itajaí. A preocupação dos empresários do setor

tem um motivo: a cons-trução naval se enquadra

no nível 3 de risco, ou seja, é uma das áreas que causam maior

impacto na saúde do trabalhador.Durante o evento, o juiz Leonardo Frederico Fischer, da

2ª Vara do Trabalho de Itajaí, falou sobre a importância das empresas adotarem o programa “Trabalho Seguro". Trata-se de uma série de recomendações da Justiça do Trabalho, que envolvem projetos e ações de conscientização, para que em-presas optem pela prevenção para evitar acidentes envolven-do os funcionários e também indenizações.

Na região de Itajaí, a construção naval ganha mais for-

ça a cada ano. Só os oito grandes estaleiros associados ao Sinconavin, geram cerca de oito mil empregos diretos. “Fi-zemos questão de discutir esse assunto, porque entendemos que medidas de prevenção são importantes para assegurar a vida e a saúde de quem trabalha nos estaleiros. O emprega-do, muitas vezes, trabalha exposto a riscos como lesões, uma queda e choques. Também existe a possibilidade de se into-xicar com alguns materiais, já que essa atividade é considera insalubre” explica o presidente do Sinconavin, Rafael Theiss.

O último levantamento feito pelo Ministério Público do Trabalho em 2010 apontou Santa Catarina como o 6º do ranking Brasil, com uma média de 40 mil acidentes de traba-lho por ano. Outra estatística, baseada em dados da Previdên-cia Social, mostra que no Estado, o afastamento do trabalho por motivo de saúde é 48% maior que a média nacional.

Os números mais recentes sobre o assunto são de 2012. Ainda segundo informações da Previdência Social, a indústria da construção naval registrou naquele ano - 2.618 acidentes de trabalho no Brasil, e destes - 176 foram em Santa Catarina. “O que muitas pessoas não sabem é que o índice de acidentes de trabalho também gera um problema financeiro para as em-presas, se o número for alto a carga tributária pode aumentar em até 2%.” esclarece Theiss. •

Prevenção

Construção Naval de Itajaí e Navegantes conheceprograma para evitar acidentes no local de serviço

Santa Catarina ocupa o

sexto lugar no ranking nacional de

acidentes de trabalho, segundo Ministério Público do Trabalho

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Empenhadas em elevar a escolaridade bá-sica dos trabalhadores, empresas do Vale do Itajaí adotam diversas estratégias para

atrair e reter os estudantes em sala de aula. As iniciativas são resultados do Movimento A Indús-tria pela Educação, liderado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que estimula o setor a investir na qualificação do trabalhador e amplia a oferta de serviços educacionais.

Na Brandili, indústria têxtil de Apiúna, o programa de elevação da escolaridade, que ganhou o nome de Tempo de Estudar Brandili, procurou identificar as principais causas da eva-são escolar para criar ações que reduzam este entrave. Para os estudantes mais assíduos, a empresa financia uma viagem cultural a museus, teatros, cinema, roteiros históricos, entre outros. Além disso, os 30 trabalhadores que registram o

Divulgação/Brandili

Incentivo

Indústrias catarinense criam estratégias para estimular a formação do trabalhador

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melhor desempenho no ano no ensino médio são premiados com notebooks. As solenidades de formatura celebram o encerramento do ano letivo.

A companhia permite ainda que trabalhadores de outras indústrias, a co-munidade e os familiares dos seus cola-boradores frequentem as aulas. De acor-do com a gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Claudia Or-çati, elevar a escolaridade aumenta a produtividade e as chances de evoluir na carreira. Ela destaca que a Brandili preza pelo desenvolvimento profissional dos colaboradores, mas também quer incentivar o crescimento pessoal. "O co-nhecimento é algo para o resto da vida. Além de aumentarmos a qualificação da força de trabalho, proporcionamos estu-do e experiências culturais às pessoas faz com que a empresa cumpra seu pa-pel social e de cidadania", conclui.

Até 2016, a BN Papel Catarinen-se, de Benedito Novo, quer ter 90% dos seus colaboradores com a educação

básica completa. A meta foi esta-belecida em programa criado

com o auxílio do SESI, enti-dade da Fiesc, para melhorar os índices de escolaridade dos trabalhadores. Entre os incentivos estão o subsídio

para consultas oftalmológicas e óculos e a promoção condi-

cionada ao nível de escolaridade. "Com o andamento do programa já

observamos a diminuição do déficit de escolaridade da empresa, um in-dicador que acompanhamos semes-tralmente", relata Michelle Tribess, supervisora de recursos humanos da BN Papel Catarinense. A empresa de médio porte já foi reconhecida duas vezes consecutivas como uma das melhores empresas para trabalhar em Santa Catarina. Além disso, con-quistou na última semana o prêmio

Fiesc A Indústria pela Educação.

Incentivo a qualificaçãoJá na Baumgarten, o anseio por

cursos voltados à educação de jovens e adultos foi manifestado pelos próprios trabalhadores em pesquisa de satisfa-ção interna. Por conta disso, a empresa implantou escola in company que aten-de cerca de 20 trabalhadores. Outros 46 colaboradores da Baumgarten frequen-tam aulas na unidade do SESI de Blu-menau. "A educação básica dos nossos trabalhadores é importante para manter nossa empresa competitiva frente a um mercado cada vez mais tecnológico", afirma o presidente da indústria e vice-presidente da Fiesc para o Vale do Itajaí, Ronaldo Baumgarten Júnior.

Incentivar a qualificação contínua também é o objetivo de uma campanha criada pela Eletro Aço Altona, indús-tria de fundição e usinagem de peças em aço e ligas especiais. A companhia emprega cerca de mil colaboradores e, boa parte destes, participam de alguma capacitação - desde o ensino básico, cursos técnicos até programa de idio-mas e pós-graduações. "O Movimento A Indústria pela Educação inspirou nossa campanha e temos obtido resultados importantes", conta Karine Bona, analis-ta de treinamento da área de Gestão de Pessoas.

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2013, 46% dos trabalhadores formais do Vale do Itajaí possuem escolaridade básica incompleta. Este número sobe para 54% considerando apenas trabalhadores em atividades industriais. Na região, mais de 300 empresas tornaram-se signatá-rias do Movimento liderado pela Fiesc e buscam melhorar esses indicadores por meio de ações que promovam a educa-ção do trabalhador. •

Ronaldo Baumgarten Júnior

"A educação básica dos nossos trabalhadores é importante para

manter nossa empresa competitiva frente a um mercado

cada vez mais tecnológico."

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Florianópolis é a capital com a menor taxa de inadim-plência no país. Isso é o que mostra o estudo inédito Mapa da Inadimplência no Brasil, feito pela Serasa Ex-

perian. A taxa na capital catarinense fica em 22,3%, a menor entre as capitais. Em segundo lugar vem São Paulo (SP), com 23,9% de inadimplência e Campo Grande (MS) em terceiro, com 24,4%.

Manaus, no Amazonas, é a mais inadimplente: 38,1%, seguida por Porto Velho (RO), com 37,2%, e Macapá (AP), com 36,4% – todas na região Norte do país. Economistas da Serasa Experian explicam que Manaus e outras capitais das regiões Norte e Nordeste tendem a ter inadimplência mais alta pois possuem renda per capita menor que a de capitais do Centro-Sul.

Entre as regiões do País, o Norte é o líder em concentra-ção de inadimplentes, atingindo 31,1% da população, segui-da pelo Centro-Oeste, com 26,4%. Em seguida, vem a região Sudeste (24,5%) e a Nordeste (23,6%).

Os economistas da Serasa Experian afirmam que o in-terior do Nordeste possui baixo índice de inadimplência, pois grande parte dessa população ainda não possui acesso ao crédito, o que resulta em poucos endividados em relação ao tamanho da população. A região Sul é a que menos apresen-ta inadimplentes: 22,4% da população se encontram nessa situação.

Em seguida, vem a região Sudeste (24,5%) e a Nordeste (23,6%). Segundo economistas da Serasa Experian, o interior do Nordeste possui baixo índice de inadimplência, pois gran-de parte dessa população ainda não possui acesso ao crédito, o que resulta em poucos endividados em relação ao tamanho da população. A região Sul é a que menos apresenta inadim-plentes: 22,4% da população se encontram nessa situação.

O mapeamento também avaliou a inadimplência por idade. A faixa etária mais representativa é entre 26-30 anos, onde a taxa de inadimplentes chega a 29,9%. Em seguida, estão inadimplentes 29,3% dos consumidores entre 31-35 anos, seguidos por pessoas com idades entre 36 e 40 anos, com 28,2% de inadimplência, e o grupo entre 18 e 25 anos, com pouquíssima diferença – a taxa é de 28,1%. A inadim-plência diminuiu, segundo o estudo, à medida que a idade aumenta: acima de 70 anos, a taxa é de 10,3%.

O estudo, realizado de forma abrangente pela primeira vez, tomou como base todos os municípios brasileiros com população acima de 1.000 habitantes, revelando que existem diferentes índices de inadimplência de acordo com a maneira que o tema é avaliado – por cidades e regiões brasileiras.

Quando são avaliadas as dívidas atrasadas há mais de 90 dias e com valores acima de R$ 200,00, os inadimplentes totalizam 35 milhões de pessoas, o equivalente a 24,5% da população. •

Estudo do Serasa aponta Florianópolis como a capital menos inadimplente do país

A taxa na capital catarinense fica em 22,3%, em segundo lugar vem São Paulo (SP), com 23,9% de

inadimplência e Campo Grande (MS) em terceiro, com 24,4%

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Durante o 46° ENCONAMPE – Congresso Cata-rinense das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedor Individual realizado, em Itajaí, o

Grupo Diretiva e a Ampe Itajaí entregaram ao Asilo Dom Bosco um cheque simbólico. O valor total da doação foi de R$ 1.332,60 e parte dele foi arrecadado através da venda de copos ecológicos durante o evento.

O Congresso reuniu mais de 400 empresários e empreendedores de todo o Estado, que participam de pa-lestras, rodada de negócios, reuniões e eventos paralelos que vão tratar de diversas áreas ligadas ao setor. O obje-tivo é reunir e desenvolver os colaboradores e dirigentes das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Esta-do através do contato com todos os participantes.

“Fomos muito ousados em conseguir trazer o Con-gresso para Itajaí no primeiro ano da gestão da nova

diretoria. Estávamos confiantes que Itajaí preencheria as exigências para sediar o Enconampe, já que o nosso município destaca-se pela qualidade na rede hoteleira, recursos humanos próprios e serviços complementares”, contou a presidente da AMPE de Itajaí, Crislaine Kalk-mann, .

De acordo com os dados do Ranking Municipal do Empreendedorismo no Brasil, elaborado com base no Censo pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado em maio de 2013, as microempresas representam 99% das empresas do país e são responsá-veis por 51% de todos empregos existentes.

A Fampesc conta hoje com 20 Associações de Mi-cro e Pequenas Empresas (AMPEs) filiadas em municípios de Santa Catarina. A AMPE de Itajaí representa as cida-des de Penha, Piçarras, Luis Alves e Itajaí. •

Asilo Dom Bosco recebe doação durante o 46° Enconanpe

Crislaine e Geraldo Kalkmann, diretores do Grupo Diretiva durante a entrega do cheque simbólico

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ArtigoArtigo

Quem contempla um grão de mostarda dificilmente distingue algo além da minúscula semente. Não per-cebe que ali está, num estado essencial, o grande vegetal que pode crescer mais de dois metros. Há 50 anos, aqueles que viram surgir a semente da Univali tiveram a mesma dificuldade de vislum-brar a condição em que hoje estamos. Mas ali estava, entre seus pioneiros, o mesmo elemento fundamental que hoje impulsiona a nossa história. Havia uma ambição institucional, a despeito dos meios escassos e da estrutura insufi-ciente. Entretanto, gestores e comuni-dade acadêmica avançaram no tempo sem nunca se deitarem sobre as glórias passadas. Jamais encolheram o sonho.

É verdade que nem sempre essa ambição teve a mesma cor. No início, ela consistia em convencer uma comu-nidade de que a autonomia no ensino superior era possível; que os itajaien-ses poderiam, sim, construir um cami-nho alternativo de acesso à graduação superior, podendo evitar a evasão de seus jovens, antes obrigados a buscar formação profissional nas capitais.

O sucesso do esforço inicial deu vigor a uma nova ambição: a de expan-dir as opções de formação, avançando sobre as áreas da saúde, das ciências tecnológicas e sociais aplicadas. A experiência se consagrava na medida em que a comunidade identificava na Univali um recurso de promoção de vidas, transformadas pela educação. Ousadia após ousadia, a instalação

como universidade destravou um novo impulso: multiplicar o modelo em ou-tras cidades. A Univali se espraiou pelo litoral catarinense. Presente em muitos campi sedimentou-se como uma marca catarinense. Num mundo globalizado, esticou-se mundo afora. Mais de uma centena de convênios internacionais marcam sua integração com grandes centros de saber em três dos cinco con-tinentes.

Até aqui, nunca foi um caminho de flores. As crises fazem parte de toda organização aberta às transformações. É um exercício de flexibilidade que a Univali mostrou-se capaz de fazer. No começo da década passada, fomos desa-fiados pela própria grandeza adquirida. Inseridos numa realidade de mercado, precisamos redimensionar custos para nos mantermos competitivos. Com-preendemos, entretanto, que havia um limite para esse esforço. A qualidade de ensino não era negociável. Na verdade, ela era justamente nossa pedra de to-que, o capital institucional com o qual construímos uma nova oportunidade. Uma década depois, o reconhecimento desse avanço: 50 anos após a corajosa iniciativa de educadores e profissionais itajaienses, a Univali é destacada, me-nos por sua imensa envergadura, mais pela qualidade que a projeta como a melhor do Estado entre as não-estatais. É o prêmio de uma ambição que os des-bravadores nos deixaram como legado. É um bastão que passamos aos que vie-rem depois. •

Ambição cinquentenária

Por Mário Cesar dos Santos, reitor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali)

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mercadomercadocoluna coluna

A APM Terminals Itajaí - empresa responsável pela movimentação de contêineres no Porto de Itajaí – investiu US$ 2,2 milhões na compra de 24 termi-

nals tractors, equipamentos desenvolvidos especialmente para serem utilizados em portos. A tecnologia substitui o uso de caminhões para movimentações dentro do termi-nal, agregando segurança, eficiência, menor impacto am-biental e menor custo de manutenção.

A expectativa é que os equipamentos entrem em operação em novembro, após conclusão de 10 dias de treinamento de 100 trabalhadores portuários avulsos com instrutores da Maersk Training Brasil, empresa que está na vanguarda do fornecimento de capacitação para as in-dústrias marítimas e offshore. Ao final desta fase, serão contratados 40 operadores.

Os terminals tractors adquiridos pela APM Termi-nals foram projetados para suportar o engate frequente de marchas à frente e a ré - são cerca de quatro mil trocas a cada oito horas de operação – e, para isso, são equipa-dos com transmissão totalmente automática de uso se-vero. Trata-se de um veículo de fácil manobra, movido a diesel. A produtividade é muito maior, já que um terminal tractor chega a fazer o mesmo trabalho de três caminhões convencionais. Como são automáticos, os equipamen-tos identificam o tipo de torque ideal para quando está com peso ou vazio. Como os caminhões tradicionais são desenvolvidos para serviços de longa distância, quanto expostos a longos esforços, apresentam mais problemas mecânicos, o que já não ocorre com os equipamentos ad-quiridos pela APMT. •

Equipamentos

APM Terminals investe S$ 2,2 milhões na compra de 24 terminals tractors

A tecnologia substitui o uso de caminhões para movimentações dentro do terminal, agregando segurança, eficiência,

menor impacto ambiental e menor custo de

manutenção

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mercadomercadocoluna coluna

O governador Raimundo Colom-bo, juntamente com o prefeito de Lages, Elizeu Mattos, lançou

em Lages, o edital para a execução dos serviços de terraplenagem no terreno, onde será instalada a fábrica chinesa de caminhões Sinotruk. Para execução dos serviços serão investidos cerca de R$ 6 milhões do governo estadual, que serão repassados à Prefeitura de Lages. Acompanharam o ato o presidente da SCPar, Paulo César da Costa; e o diretor geral da Sinotruk Brasil, Joel Anderson.

“Uma fábrica de caminhões com essas dimensões vai contribuir muito para o desenvolvimento de toda a re-gião. É um novo setor econômico que se agrega e desenvolve um potencial extraordinário, e é isso que queremos para a região”, destacou o governador.

Com o edital, as empresas pode-rão apresentar suas propostas para no final do mês de novembro, iniciar as obras no terreno. A fábrica chinesa de caminhões será implantada dentro do Parque Industrial da Serra Catarinen-se (Pisc), na localidade de Índios, que possui aproximadamente 1,7 milhão de

metros quadrados. “Os serviços de ter-raplenagem serão executados nos 200 mil metros quadrados onde será cons-truída a Sinotruk”, explicou Paulo César da Costa.

Segundo ele, esse é mais um pas-so e para a reta final. “Uma montadora de veículos, nesse caso de caminhões, está inserida em um grande complexo automotivo que gera, além da renda e empregos de boa qualidade, a tecnolo-gia e a cadeia produtiva de fornecimen-to em termos de serviços e autopeças. Importante para gerar riqueza e acele-rar muito a participação de tributos na nossa região”.

Início da produçãoA empresa pretende iniciar com

uma produção experimental no pri-meiro semestre de 2016 e no segundo semestre com a produção comercial. A produção anual da planta vai come-çar com 400 caminhões montados por turno, com capacidade para chegar em cinco mil veículos por ano.

Para o prefeito de Lages, Elizeu Matos, é o início concreto de um pro-cesso, que coloca Lages na indústria au-

Com o edital, as empresas poderão

apresentar suas propostas para no

final do mês de novembro, iniciar

as obras no terreno

James Tavares / Secom

Desenvolvimento

Governo do Estado subsidia terraplenagem

para construção da Sinotruk em Lages

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mercadomercadocoluna coluna tomobilística, com a instalação da Sinotruk. “Os investimentos são altos e hoje lançamos, com alegria, esse edital. Para a cida-de é um grande fator de desenvolvimento que somente nesse primeiro momento vamos gerar trabalho para movimentar cerca de 333 mil metros cúbicos de terra”, comentou.

Situado no distrito de Índios, será um complexo desti-nado à produção industrial, realização de pesquisas e desen-volvimento de tecnologia, sendo que a produção de veículos motorizados é, em um primeiro momento, o vetor norteador do parque. Dentro do parque, haverá outras dezenas de em-presas, que juntas formarão um parque industrial e tecnológico do Estado.

A fábrica em Lages será a primeira unidade da Sinotruk fora da China. A China National Heavy Duty Truck Group Cor-poration (CNHTC), dona da marca Sinotruk, foi constituída na China em 1935. No início da década de 1980, adquiriu tecno-logia de motores Steyr, formando também outras parcerias com grandes empresas do setor automotivo. •

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mercadomercadocoluna coluna

Itajaí está em um momento privilegiado. Devido a sua po-sição estratégica com acesso às BRs e a sua vocação eco-nômica, oportunidades gigantescas de negócios surgem

constantemente e em diversos setores. Uma prova disso fo-ram os temas abordados na reunião realizada na Associação Empresarial de Itajaí (ACII). Oportunidades para quem quer investir, e principalmente para quem quer trabalhar.

O empresário Nilton Góes, proprietário da empresa Galaxy Aero apresentou o projeto do primeiro avião fabri-cado em fibra de carbono da categoria. Após a implantação completa da fábrica, o prazo para que a primeira aeronave esteja concluída é de 12 meses. Aeronave esta que já foi vendida.

Agora, com a implantação de uma fábrica de aviões de luxo na cidade, não é exagero dizer que Itajaí despontará ainda mais no cenário internacional, pois o mercado de luxo cresce a cada ano. E um nicho de mercado para pessoas que possuem alto poder de compra, que querem exclusividade e que muitas vezes buscam por esses produtos no mercado externo. Apesar de ter a matéria prima (a fibra de carbono e os instrumentos) trazidas de fora, estas aeronaves serão construídas aqui em solo brasileiro, e mais precisamente, em solo peixeiro.

E para aumentar ainda mais nossa vocação turística e atrair mais investimentos a nossa linda e bela Itajaí, foi ex-planado também o projeto técnico e comercial do Complexo Marina Itajaí.

O engenheiro responsável pelo projeto, Jetro Barbosa de Oliveira, explicou que o projeto é oriundo de uma licitação pública, e é um dos maiores complexos náuticos da região sul do país. A Marina terá 846 vagas, porém será divida em duas fases. A primeira fase terá um total de 383 vagas, que compreendem 191 vagas secas e 192 vagas molhadas. Já com a segunda fase se completará então a totalidade de va-gas com mais162 vagas secas e 301 vagas molhadas.

De acordo com o engenheiro a Marina vai gerar cerca de 1.600 empregos diretos e indiretos. O complexo poderá sediar eventos náuticos como o Stopover da Volvo Ocean Race e a Regata Transatlântica Jaques Vabre, dando maior visibilidade para a cidade de Itajaí. Por esse motivo muitos investimentos na área do turismo podem gerar um número ainda maior de empregos.

O projeto é uma concessão que permite ao Porto de Itajaí cuidar do complexo por 25 anos, dessa maneira as va-gas da Marina não serão vendidas, elas serão locadas aos interessados. O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Junior também esclareceu dúvidas a res-peito da questão técnica e dos impactos da obra da Marina. “A obra trará vários benefícios ambientais, a renovação das águas do Saco da Fazenda, pois caso contrário a área seria assoreada e geraria transtorno aos moradores, como aconte-cia quando a maré baixava e ficavam aparentes o lodo e a su-jeira. O esgoto já não desemboca mais naquele espaço, pois a Marina possui área de tratamento de esgoto”, explica. •

Novos negócios que vão gerar investimento e vagas de emprego no município foram abordados em reunião ACII

Divulgação

O empresário Nilton Góes, apresentou o projeto do primeiro avião fabricado em fibra de carbono da categoria

Em Itajaí, novas oportunidades vão chegar pelo ar e pelo mar

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mercadomercadocoluna coluna

Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

A empresa de exploração de gás e pe-tróleo Karoon Gas Australia recebeu a sonda Olinda Star, que estava com

a Petrobras, e vai utilizá-la na perfuração de um novo poço de exploração em bloco na Bacia de Santos, na costa do Estado de Santa Catarina, informou a companhia aus-traliana. A Olinda Star é uma plataforma semissubmersível de perfuração que per-tence à Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG) e presta serviço para petroleiras.

A Karoon disse que vai usar a sonda, que atualmente está na Bacia de Campos, para perfurar o poço de exploração Kanga-roo-2 a partir da segunda semana de no-vembro. "Estas informações serão cruciais para avaliar a comercialidade do campo de petróleo de Kangaroo", disse a companhia em nota. •

A Olinda Star é uma plataforma semissubmersível de perfuração

Karoon recebe sonda para poço no litoral de Santa Catarina

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mercadomercadocoluna coluna

San Jose, Capital do Vale do Silício

Os aromas são capazes de trazer boas recordações e também de despertar os sentidos, sejam eles de bem-estar, apetite, relaxamento, adrenalina, entre tantos

outros. Com o objetivo de proporcionar momentos marcantes e únicos, a Top Car lança seu primeiro aromatizador de am-bientes, o “Welcome to the Top”. A novidade reforça o con-ceito da empresa em oferecer os melhores carros, produtos, atendimento, ambiente personalizado e aconchegante.

Autorizada das marcas BMW, MINI, Jaguar Land Rover em Santa Catarina, a Top Car apostou em uma das estratégias mais bem sucedidas do mundo que é o marketing sensorial, uma forma sedutora de fazer o cliente se envolver com a mar-

ca. Ao sentir o perfume único, por exemplo, o cliente vai se lembrar dos produtos e das boas sensações associadas ao ambiente Top Car, despertando a vontade de retornar à loja e vivenciá-la novamente.

Neste sentido, para promover novas sensações praze-rosas aos seus clientes e admiradores, a Top Car mobilizou uma equipe de perfumistas para criar uma fragrância única, contemporânea, sofisticada, traduzindo o jeito Top Car de ser. “A fragrância criada cumpriu esse papel e também a proposta de representar a personalidade da marca reforçando o con-ceito de exclusividade”, afirma Cristina Borges, gerente de Eventos da Top Car. •

Novidade

Top Car aposta em estratégia de marketing para valorizar seus produtos

Top Car lança aromatizador especial batizado como "Welcome to the Top". A ideia é proporcionar experiências únicas aos clientes e admiradores da marca

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mercadomercadocoluna coluna

A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) é a melhor insti-tuição de ensino não-pública do Estado, e a 13º melhor do país, segundo o Guia do Estudante Profissões Vesti-

bular 2015, lançado pela editora Abril. A publicação identifica as melhores instituições de ensino superior brasileiras. Nesse

Reconhecimento

Univali é considerada a melhor universidade

não-pública do Estado e13ª melhor do país

Avaliação é do Guia do Estudante Profissões Vestibular 2015, da Editora Abril

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mercadomercadocoluna coluna

Economia&Negócios • Novembro 2014 • 53

ano, foram avaliados 27632 cursos de 2050 instituições de ensino superior de todo o Brasil.

No total, de acordo com a publicação, 39 cursos de graduação da Univali estão entre os melhores do Brasil. Os cursos de Gastronomia e Turismo e Hotelaria, ministrados em Balneário Camboriú, receberam as melhores avaliações, com cinco estrelas cada. Na sequência, com quatro estrelas, foram contemplados os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Design de Games, Design de Moda, Direito (Balneário Cam-boriú, Biguaçu, Itajaí, São José e Tijucas), Administração (Bi-guaçu e Itajaí), Ciências Contábeis (Itajaí), Comércio Exterior, Farmácia, Fonoaudiologia, Odontologia e Psicologia.

Já Administração (Balneário Camboriú, Tijucas e São José), Design (Balneário Camboriú), Relações Internacionais (Balneário Camboriú), Ciências Contábeis (Biguaçu), Educa-ção Física (Biguaçu e Itajaí), Ciência da Computação (Itajaí), Ciências Biológicas, Enfermagem, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Fisioterapia, Jornalismo, Medi-cina, Música, Nutrição, Oceanografia, Publicidade e Propa-ganda e Relações Públicas, conquistaram três estrelas na avaliação. •

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A Restoque (LLIS3) - dona das marcas Le Lis Blanc, BoBô, John John e Rosa Chá - e a Dudalina - dona das marcas Dudalina, Individual e Base - anunciaram

a união das duas companhias. Pelo acordo, a Dudalina terá 100% das suas ações incorporadas pela Restoque. A opera-ção será submetida à aprovação prévia do CADE e, após sua aprovação, os atuais acionistas da Dudalina deterão 50% do capital da Restoque.

Com a união, Restoque e Dudalina serão a maior em-presa de moda de alto padrão do país e terão no total 308 lojas próprias, número de deverá chegar a 338 até o final de 2014. Além disto, suas marcas estão presentes em aproxi-madamente 4 mil lojas multimarcas em todo o país. Juntas, as empresas faturaram R$ 573 milhões no 1º semestre deste

ano.A união entre as companhias, que têm atuação com-

plementar, proporcionará sinergias operacionais e também a diversificação dos canais de venda e do perfil dos seus clientes.

Criada em 1982 em São Paulo, a Restoque se tornou uma companhia aberta em 2008, com ações negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa. A Dudalina, criada em 1957 em Luiz Alves (SC), foi adquirida pelos fundos de private equity Warburg Pincus e Advent International em dezembro de 2013.

Os executivos Livinston Bauermeister e Sonia Hess, di-retores presidentes da Restoque e da Dudalina, respectiva-mente, permanecerão à frente da gestão das companhias.•

Restoque e Dudalina anunciam uniãoDivulgação

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A Racitec Empreendimentos entregou o seu 8º edifí-cio, o Joan Miró Residence. Com boa localização, na Rua Domingos José Cabral, nº78, no Centro de

Itajaí, o empreendimento utiliza os recursos disponíveis e investe em ambientes funcionais e práticos para solteiros, famílias jovens e pais que já criaram os seus filhos e bus-cam uma casa menor, mas com conforto.

São 36 unidades de uma suíte e um quarto, com 78 m² de área privativa cada, prédio com salão de festas e deck externo. “Nós projetamos este empreendimento para atender à uma necessidade de mercado, oferecendo uma oportunidade de morar próximo à Univali e com acesso fa-cilitado a uma série de serviços”, comenta o arquiteto da Racitec, Flávio Mussi.

A festa de lançamento realizada em meados de outubro contou com a presença de 150 pessoas, entre proprietários e convidados. Após quase três anos de cons-trução, o mestre de obras, Odair Paterno, olhava satisfeito para o resultado do seu trabalho. “É a sensação do dever cumprido, o prazer de ver como ficou”, comenta Paterno. A qualidade do serviço do mestre de obras e de toda a equipe Racitec foi o diferencial para que Catarina Gandhin Ardigó comprasse quatro apartamentos no edifício. “Visitei outros prédios da empresa e gostei muito do acabamento, dos detalhes, da qualidade do serviço”, diz Catarina.

Há 22 anos no mercado, a Racitec busca a melhora contínua nos seus empreendimentos e prova disso é a ISO 9001 – de qualidade no serviço. Há 12 anos a empresa faz parte do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtivida-de do Habitat (PBQPH). A Racitec investe em diferenciais e comodidades aos seus clientes como a instalação de lou-

Divulgação Divulgação

Mercado imobiliário

Racitec entrega mais um empreendimento em Itajaí

ças e metais nos banheiros, pisos de porcelanato, laminados nos quartos, portas laqueadas, toda a infraestrutura para ar-condicionado e tubulação para gás e áreas comuns equipadas, mobiliadas e decoradas.

Com todas as unidades vendidas, o Joan Miró Residence integra a coletânea de obras de arte da Racitec. “Nós fazemos o que nos propomos a fazer: projetar, construir e entregar. E completamos mais um ciclo com a entrega do Joan Miró Resi-dence. Nossos apartamentos são projetados e entregues com qualidade e isto conquista o cliente. Quem compra para investir, quando vende tem uma valorização de mais de 70% no imóvel, o que se torna um excelente negócio”, explica Mussi.

A Racitec Empreendimentos é uma empresa itajaiense especializada em projetos, construções e incorporações de em-preendimentos imobiliários. Em pouco mais de duas décadas de negócios a empresa já entregou 300 apartamentos em oito edifícios, está com 330 unidades em construção em dois em-preendimentos e deve lançar outros dois prédios, somando 77 unidades, em breve. •

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A BNT Mercosul promoveu Rodadas de Negócios em Santiago, no Chile, e em Córdoba, na Argentina. Mais de 300 importantes operadores e agentes de viagens das cidades chi-lena e argentina que mais vendem o Brasil compareceram nos workshops. Cada rodada teve duração de quatro horas onde empresas e destinos turísticos brasileiros apresentaram suas no-vidades e tarifários para a próxima temporada de verão.

Realizadas durante três dias no final do mês de outubro para promover o relacionamento comercial e a geração de ne-gócios, os eventos em formato de rodadas de negócios têm su-perado as expectativas dos expositores brasileiros participantes a cada ano devido, especialmente, pelo público qualificado que atrai.

Além da presença de empresas de turismo, como hotéis, pousadas, resorts, receptivos e outros serviços do setor, o even-to contou com a participação dos destinos turísticos brasileiros: Santa Catarina; Guarujá,SP; Mato Grosso do Sul; Foz do Iguaçu, PR; Rio de Janeiro e Costa Verde e Mar (SC). •

O aquecimento do mercado da construção civil e as projeções para os próximos meses foram os motivos que levaram a FG Empreendimentos a abrir 700 novas vagas para pedreiros, carpinteiros, armadores, serventes de limpeza, guincheiros, serventes, operadores de grua, eletricistas e pintores. O objetivo da empresa é oficializar a contratação evitando a terceirização dos trabalhos, com foco no aumento da produtividade. Além da carteira as-sinada, a construtora oferece outros diferenciais para os colaboradores.

Entre os benefícios estão transporte gratuito para os funcionários que residem em Itapema, Porto Belo, Nave-gantes e Itajaí, vale-transporte, alimentação na obra, am-bulatório próprio e oportunidade de formação escolar nos ensinos fundamental e médio por meio de uma parceria com o Sesi Escola. Os colaboradores também têm direito à assistência médica pelo Sesi Saúde e plano odontológico via Agemed e Sesi. Certificada pela ISO 9001, a FG disponi-biliza a todos os trabalhadores uniformes e Equipamentos de Proteção Individual. Mais informações através dos tele-fones (47) 3361-1000 e 9690-0201 ou pelo e-mail [email protected]

BNT Mercosul encerra Rodadas de Negócios no Chile e na Argentina

Divulgação

Projeção de crescimento faz FG abrir 700 novas vagas

Divulgação

Empresa catarinense está entre as 10 maiores emergentes do SulA seleção das 100 Empresas Emergentes do Sul, realizada pelo Gru-

po Amanhã, do Rio Grande do Sul, destacou a Wanke na sétima posição entre as organizações que se destacaram em 2013, conforme a receita bruta. No ano passado, a catarinense alcançou os R$ 102,55 milhões,23% a mais do que em 2012. Com a quarta geração da família fundadora no comando, a empresa completa 96 anos em outubro, mantendo a sede em Indaial e atuando em nível nacional com foco na classe C. Além de ser forte no Sul do país e no Paraguai, a Wanke cresce também na região Nordeste, onde possui um Centro de Distribuição. •Divulgação

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A Arxo – empresa do ramo metal metalme-ânico com matriz em Balneário Piçarras – fechou um contrato histórico no valor de R$ 85 milhões para produzir 80 Caminhões Tanques de Abaste-cimento de Aeronaves (CTAs) com o objetivo de equipar e renovar a frota da Petrobras. Os CTAs têm capacidade individual para transportar e armazenar 20 metros cúbicos de querosene de viação (QAV). O prazo final de entrega dos cami-nhões é de 450 dias, mas a primeira remessa já será entregue em 120 dias. Além de consolidar sua atuação no fornecimento de equipamentos para armazenagem e abastecimento para aviação o contrato vai alavancar o faturamento da empre-sa em 2015. A expectativa é de que o faturamen-to da Arxo ultrapasse R$200 milhões no próximo ano. •

Arxo fecha contrato de R$ 85 milhões com a Petrobras

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Localizado na Baia da Babitonga, no litoral norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá, foi o único porto do país a figu-rar entre os melhores em gestão de pessoas, de acordo

com premiação do jornal Valor Econômico, com avaliação da consultoria AON Hewitt. A premiação foi na categoria 501 a 1000 trabalhadores, na qual o Terminal conquistou o segundo lugar geral das empresas indicadas, ficando atrás da Coope-rativa Coopercampos, de Campos Novos, também de Santa Catarina.

O ano de 2014 vem sendo de grandes conquistas para o Porto Itapoá. Em agosto, um dos mais importantes institutos de infraestrutura e logística do Brasil, o ILOS (Instituto de Lo-gística e Supply Chain), divulgou o resultado de uma pesquisa realizada com usuários de terminais portuários do País, onde o Porto Itapoá foi avaliado como o melhor porto do Brasil.

Para o presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior, as duas premiações que o Terminal conquistou este ano têm uma relação muito íntima e que não pode ser vista de forma separada. “Para o Porto Itapoá as pessoas fazem a diferença. São as pessoas que geram valor para o nosso negócio. Ser o melhor na visão dos clientes só é possível porque investimos da mesma forma para sermos os melhores na visão de nossos Colaboradores. Aqui, trabalhamos intensamente para que o cliente tenha suas necessidades atendidas no primeiro conta-to que realiza com o nosso time”, destaca Patrício.

“Quando se fortalece os pilares da comunicação, da transparência e do desenvolvimento dos colaboradores, esta-mos deixando claro que o público interno é estratégico para empresa. Isso, embora óbvio, precisa ser aprimorado todos os dias. O colaborador acaba entendendo o seu papel no suces-

so da empresa e, por consequência, o Cliente percebe isso e, no fim, enxerga esta característica como um diferencial com-petitivo”, complementa o presidente.

Projeto de expansão O Porto Itapoá iniciou suas operações em junho de

2011. Atualmente o Terminal já é uma das referências em movimentação de contêineres no país. Em 2013 foi o quinto maior movimentador de carga conteinerizada no Brasil, e o segundo do estado de Santa Catarina. Em 2014, deve manter sua posição.

Para o próximo ano o Porto Itapoá deve iniciar a exe-cução do projeto de expansão. Até o momento, o Terminal possui capacidade para movimentar 500 mil TEUs (unidade de medida de um contêiner de 20 pés, ou 6 metros) por ano.

Em 2013 e 2014 a movimentação média do porto ficou em torno de 480 mil TEUs/ano. Com a expansão, a capacida-de deve ser quadriplicada para 2 milhões de TEUs por ano, o que significa ser o maior movimentador de cargas conteineri-zadas do Sul do País e, o segundo do Brasil.

Neste projeto de ampliação a empresa afirma que de-seja manter, e até elevar o nível de excelência em gestão de pessoas. “É um desafio muito grande manter nossa eficiência e qualidade junto aos clientes, a satisfação e engajamento das pessoas e ao mesmo tempo iniciar uma obra que vai qua-driplicar nossa capacidade operacional. Entendemos que tudo está interligado e queremos encarar este desafio buscando o reconhecimento em cada uma de nossas atuações”, afirma Ilcilene Oliveira, gerente de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas.•

Porto Itapoá conquista prêmio de gestão de pessoas

Colaboradores do Porto Itapoá comemoram conquista do prêmio Valor Carreira - As Melhores na Gestão de Pessoas 2014 –

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Brasilportos do

Economia&Negócios • Novembro 2014 • 59

A Portonave atingiu a marca de 270,4 movimentos por hora (mph) na movimentação de contêineres no navio MSC Agrigento e bateu o recorde sul-americano de

produtividade. Na operação do navio foram usados seis guin-dastes do tipo portêiner na atividade. Ao todo, foram realiza-dos 2064 movimentos em 7h38m de trabalho, com média de 45 movimentos por guindaste. O feito aconteceu na semana que o terminal completa sete anos de operação.

A produtividade, medida em mph, é um dos principais indicadores de eficiência operacional em terminais portuários. Nesta ação, cada embarque e desembarque de um contêiner é contado como um movimento, assim como a colocação e a retirada das tampas dos porões dos navios.

Segundo o diretor-superintendente operacional da Por-tonave, Renê Duarte, este recorde faz parte de um processo de melhoria contínua de produtividade da companhia e do trabalho competente da equipe. “Investimos em equipa-mentos, em treinamento e qualificação dos nossos cola-boradores e isto traz como consequência a produtividade. Ficamos orgulhosos de nossa equipe e felizes de poder celebrar sete anos de operação com esta marca tão expres-siva”, comenta Duarte.

O navio MSC Agrigento tem capacidade de trans-portar aproximadamente 9.000 TEUS (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e faz parte do ser-viço Ipanema, com escalas semanais entre a América do Sul e o Extremo Oriente, do armador suíço Mediterranean Shipping Company – MSC.

Aniversário de operaçãoEm 21 de outubro de 2007 atracou no Terminal o na-

vio MSC Uruguay, registrando o início da movimentação de contêineres. Desde então, a companhia movimentou mais de 3,6 milhões de TEUs e recebeu mais de 3,6 mil escalas de navios. Hoje, a Portonave emprega diretamente 1070 pes-soas. “A Portonave cresceu muito nestes sete anos e isso é resultado do trabalho e dedicação de todos os colaboradores e dos investimentos que a empresa fez em equipamentos e infraestrutura. Vamos continuar trabalhando para ajudar no desenvolvimento de Navegantes e região”, comenta o diretor-superintendente administrativo, Osmari de Castilho Ribas.

Entre janeiro e setembro de 2014 a Portonave movi-mentou 524.629 TEUs. O Terminal responde por 44% de toda carga conteinerizada operada pelos portos de Santa Catarina – os 56% restantes são divididos entre outros quatro termi-nais. •

Divulgação

Portonave bate recorde sul-americano de produtividade operacional

O navio MSC Agrigento faz parte do serviço Ipanema, com escalas semanais entre a América do Sul e o Extremo Oriente

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Estreitar laços comerciais e ampliar o tráfego de cargas entre os portos de Itajaí e Alicante. Esse foi o objetivo de reunião realizada na Espanha entre os superintendentes

do Porto de Itajaí e Portonave Terminais Portuários Navegan-tes, Antonio Ayres dos Santos Júnior e Osmari de Castilho Ri-bas, mais o presidente da Itajaí Práticos, Paulo Ferraz, com os dirigentes do Puerto de Alicante. Da Autoridad Portuaria de Alicante participaram o presidente, Joaquín Ripoll Serrano, o diretor geral Juan Ferrer Marsal e a diretora geral da Fundaci-ón Puerto Alicante, Maria Carmen Jiménez Egea. O encontro aconteceu na sede da Autoridad Portuaria de Alicante.

"Embora o Puerto de Alicante opere navios de menor porte e exerça o papel de porto de transbordo, pelo fato de estar ao lado do Puerto de Valência, um dos principais da Espanha, existem possibilidades de parcerias comerciais com Itajaí, uma vez que a Espanha tem interesse nas exportações brasileiras", disse Carmen Jiménez. O presidente do porto ali-cantino explicou que, pelo fato do porto espanhol operar con-têineres e navios Ro-ro, há possibilidades de parcerias entre os dois portos, que apresentam algumas características bem semelhantes.

O Puerto de Alicante é o 10º porto da Espanha na mo-vimentação de cargas conteinerizadas e encerrou o ano pas-

sado com 2,33 milhões de toneladas movimentadas. Tem a expectativa de chegar ao final de 2014 com 2,7 milhões de to-neladas operadas, devido ao crescimento nos volumes impor-tados e exportados das Ilhas Canárias e países africanos, que têm apresentado grande crescimento. Para o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, o encontro entre os gestores dos dois portos foi bastante proveitoso e pode render frutos futuros.

Marina A marina de Alicante, cuja construção iniciou nos anos

90 e que mudou a paisagem urbana da cidade, foi construída nos mesmos moldes da marina que está em construção em Itajaí. É uma área do Porto Organizado que foi concedida à iniciativa privada e os resultados foram excelentes. "Recupe-ramos uma área que não era utilizada no centro da cidade e hoje temos uma marina totalmente sustentável, que gera em-pregos, alavanca o turismo e ainda colabora na preservação ambiental", acrescentou o diretor geral da Autoridad Portuaria de Alicante, Juan Ferrer Marsal. Assim como o Centro Comer-cial Portuário, onde é realizada a Volvo Ocean Race em Itajaí, a área da sede da Volvo Ocean Race em Alicante, também pertence a Autoridade Portuária. •

Joaquín Ripoll Serrano e Antonio Ayres dos Santos Júnior

Autoridade Portuária de Itajaí busca estreitar laços com porto espanhol

Juan Ferrer Marsal, Maria Carmen Jiménez Egea, Joaquín Ripoll Serrano, Antonio Ayres dos Santos Júnior, Osmari

Castilho Ribas e Paulo Ferraz.

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Economia&Negócios • Novembro 2014 • 61

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu, a licença pré-via do terminal de granéis de Santa Catarina (TGSC),

localizado na Baía da Babitonga, no litoral norte do Estado. O complexo contará com estrutura para descarga de granéis sólidos, terá capacidade para movimentar até 10 milhões de toneladas anualmente e ficará ao lado do porto público de São Francisco do Sul.

O empreendimento, que receberá investimentos priva-dos de R$ 600 milhões, tem como sócios a Logz Logística, a Litoral Soluções e o grupo chinês Hopefful. A previsão do

consórcio é que os serviços de terraplanagem tenham início até o final de 2014. O prazo de construção do terminal será de 18 a 24 meses. O início de operação está previsto para safra de 2017.

O projeto prevê dois berços de atracações para navios graneleiros tipo panamax e capsizes, estrutura para armaze-nagem completa, capacidade estática para 250 mil tonela-das métricas, capacidade de embarque com dois shiploaders (carregadores) para quatro mil toneladas por hora. O licen-ciamento teve assessoria jurídica da Dietrich Advocacia Am-biental. •

Projeto de terminal de granéis em SantaCatarina recebe licença ambiental

James Tavares/Secom

Ao todo, serão R$ 600 milhões em investimentos na estrutura. Estiveram presentes o governador em exercício, Nelson Schaefer Martins, e o

ministro da Secretaria de Portos, César Borges

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Desenvolvido pela equipe de segurança do trabalho e meio am-biente do Terminal Portuário Santa Catarina (TESC), o trabalho “Otimização das operações de granel – uso de funil que incor-

pora tecnologias de controle ambiental e de segurança no trabalho” foi apresentadono III Congresso Nacional de Segurança e Saúde no Traba-lho Portuário e Aquaviário, realizado, na Univali, em Itajaí.

A apresentação expôs os benefícios da utilização de um funil ad-quirido pelo Terminal no fim de 2013. O equipamento tem capacidade de 50 m³, 80 toneladas e 2 mil toneladas/hora em fluxo contínuo, ca-bine de operação climatizada e controles eletro-hidráulicos das funções de abertura e fechamento das comportas de escoamento de material. Tais características reduzem a exposição dos trabalhadores a agentes nocivos e proporcionam melhor condição ergonômica de trabalho. Por possuir um sistema de despoeiramento, o funil reduz consideravelmen-te, também, a emissão de partículas ao meio ambiente.

Entre os trabalhos de diferentes regiões do país aceitos para apre-sentação no congresso, os temas predominantes foram gestão em segu-rança e saúde no trabalho, ergonomia, trabalho em alturas, educação para o trabalhador e higiene do trabalho.

O congresso foi destinado a trabalhadores portuários e aquaviá-rios, operadores portuários, técnicos em segurança e saúde no trabalho e profissionais de entidades públicas e privadas ligadas ao setor. Cerca de 500 profissionais participaram do evento divulgando conhecimentos, compartilhando experiências e dando continuidade a ações de melhoria das condições de trabalho.

Paralelamente ao congresso, foi será realizada a Feira de tecno-logia em segurança e saúde no trabalho, onde expositores compartilha-ram informações e apresentaram protótipos do que há de mais moder-no no segmento. •

TESC apresenta trabalho em congresso nacionalde segurança e saúde no trabalho portuário

Divulgação/Tesc

O equipamento tem capacidade de 50 m³, 80 toneladas e 2 mil

toneladas/hora em fluxo contínuo

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O TCP – Terminal de Contêineres de Paranaguá, segun-do maior terminal de contêineres da América do Sul, anunciou um novo plano de investimentos com valor

total de R$ 1.1 bilhão. O programa está ligado à aprovação por parte da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquavi-ários), da proposta de renovação antecipada do contrato de arrendamento do TCP por mais 25 anos a partir de 2024, nos termos do novo marco regulatório do setor portuário.

Na primeira fase, que vai até 2018, serão investidos R$ 540 milhões na ampliação e adequação do terminal, in-cluindo a expansão do cais de atracação, que ganhará mais 220 metros, passando a contar com 1099 metros de exten-são; a construção de dolphins exclusivos para a atracação de navios que fazem o transporte de veículos; e a ampliação da retroárea do terminal, que hoje conta com 320 mil m² e que será ampliada para cerca de 500 mil m².

Ao final do período, o TCP ampliará a sua capacida-de dos atuais 1,5 milhão de TEUs para 2,5 milhões de TEUs. Com a ampliação, o TCP estará preparado para o crescimento da demanda de exportações e importações em sua área de abrangência – Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina e Paraguai – pelos próximos 35 anos.

“Nos últimos anos investimos R$ 365 milhões na am-pliação e modernização do TCP, praticamente dobrando sua capacidade para 1,5 milhão de TEUs e incrementando sensi-velmente a produtividade”, afirma Luiz Antonio Alves, CEO do TCP. Com isso, além de oferecer melhores serviços para expor-tadores e importadores e elevar o TCP ao nível dos melhores terminais do mundo, o terminal se preparou para suportar o

crescimento da demanda até 2024.“Com os novos investimentos estamos indo um passo

além, nos adiantando às tendências do mercado de transpor-te de cargas, onde os navios são cada vez maiores. A nova ampliação do cais permitirá ao TCP receber, simultaneamente, até três dos maiores navios que fazem o comercio interna-cional”, destaca Alves, reforçando o compromisso do TCP em aumentar sua produtividade. “Em dois anos fizemos a pro-dutividade do TCP crescer 150%, atingindo a média de 85 mph [movimentos por hora]. Com o novo projeto, queremos ampliar ainda mais nossa produtividade, uma vez que isto re-presenta melhores serviços e custos menores para os usuários do terminal”.

MercadoAlém dos investimentos nos próximos três anos, o ter-

minal também assumiu compromisso de investi mais R$ 550 milhões em manutenção e substituição de ativos nos próxi-mos 35 anos. “São recursos que tem como objetivo manter o TCP constantemente atualizado para atender as necessidades do setor produtivo em um mercado extremamente exigente e disputado”, explica Alves, lembrando que o TCP está inserido na mais competitiva área de terminais de contêineres do Bra-sil entre o PR e SC, onde estão instalados cinco terminais de contêineres públicos e privados. “Estamos no chamado Clus-ter Sul Brasileiro, que apresenta maior nível de competitivida-de e exige dos terminais fortes investimentos com o objetivo de atender ao crescimento da demanda com serviços de alta qualidade e buscar mais eficiência”. •

Terminal de Contêineres de Paranaguá anunciaplano de investimento de R$ 1,1 bilhão

Fábio Scremim

/APPA

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O Tecon Rio Grande registrou crescimento de 17% na cabotagem – mo-vimentação entre portos de um mesmo país. Os principais setores que puxaram estes números foram o de móveis, madeiras, vinhos,

leite em pó, alimentos e vidros. No acumulado do ano, entre janeiro e setem-bro, o Terminal movimentou 27,6 mil TEUs (unidade referente a um contêiner de 20 pés), o que representou 4,7% a mais em relação aos nove primeiros meses do ano passado. O Tecon é um dos principais terminais de contêineres da América Latina, que movimenta cerca de 98% das cargas conteineirizadas e possui mais de três mil clientes ativos no Rio Grande do Sul.

Os bons resultados são destacados pelo diretor Comercial do Tecon Rio Grande, Thierry Rios, que também ressalta as condições oferecidas pelo Terminal: “Em Rio Grande, fornecemos ótima infraestrutura, segurança e boas condições para diferentes segmentos da economia, pois trabalhamos com cargas agrícolas, alimentícias e de outros setores industriais. Além disso, con-tamos com escritórios comerciais em Caxias do Sul e Porto Alegre para aten-der com maior agilidade nossos clientes de todo o Estado”, destacou. •

Tecon Rio Grande apresenta aumento de 17% na cabotagemDivulgação

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“Especializada no Transporte Rodoviário de Cargas”

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O que se entende por motorista profissional? É aquele apto a conduzir o veículo de transporte. Sendo res-

peitada a sua categoria, mediante vínculo empregatício. Deve haver a formação profissional, abrangendo o transporte rodoviário de cargas e passageiros.

Para quais tipos de veículos se aplica esta lei? Aos veículos de carga com peso bruto superior a 4.536 Kg e

aqueles de transporte de passageiros com mais de 10 lugares.

Do que se trata este seguro obrigatório criado em favor do motorista? Aqui não se pode confundir o seguro obrigatório DPVAT, exis-

tente para cobertura de danos pessoais em vias terrestres. O novo trata de uma modalidade criada, mas agora tornada obrigatória, que deverá ser paga pelo empregador. Se destina à cobertura de riscos pessoais inerentes as atividades. Este seguro deverá ser contratado pelo valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial da categoria ou em valor maior.

Quais os deveres do motorista? Estar atento às condições de segurança do veículo; Conduzir o veículo com perícia, prudência, zelo e observância

aos princípios de direção defensiva; Respeitar a legislação de trânsito e, em especial, as normas

relativas ao tempo de direção e de descanso; Zelar pela carga transportada e pelo veículo; Colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização

na via pública; Submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga

e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com ampla ciência do empregado.

Quais as penalidades para o motorista caso ele descumpra com seus deveres? A inobservância no cumprimento de suas obrigações é consi-

derada infração disciplinar, passível de penalização nos termos da lei (CLT). Ainda cabe salientar que a recusa do empregado em realizar o exame mencionado, implica nas sanções já previstas na CLT, podendo variar, conforme o caso, de uma simples advertência, até uma justa causa.

Qual a jornada de trabalho do motorista profissional empregado?A Lei prevê que o motorista profissional possui uma jornada

de trabalho igual a de outro trabalhador, ou seja, oito horas diárias, podendo prorrogar-se por mais duas extraordinárias, que serão pagas conforme estabelecido na Constituição Federal. Ainda, é assegurado ao motorista profissional um intervalo mínimo de uma hora para refeição, além do repouso diário de 11 horas (obrigatório), a cada vinte e quatro horas e descanso semanal de 35 horas.

O que é o tempo de espera?É um instituto jurídico novo, criado para resolver, até então, um

grave impasse entre patrão e empregado. O tempo de espera é aquele período que excede à jornada de trabalho, onde o motorista profissio-nal fica aguardando para carga ou descarga do veículo, ou ainda, para aguardar a fiscalização de mercadorias. Importante destacar que este lapso temporal não pode ser computado como hora extra. Já a hora relativa de espera será indenizada em 30%. Por possuir caráter indeni-zatório, não incide qualquer tributação sobre as mesmas.

Nos casos de viagem de longa distância, como ficam os intervalos de descanso? Deverá haver um intervalo mínimo de 30 minutos a cada 4 ho-

ras trabalhadas de forma ininterrupta, com também intervalo mínimo de 1 hora para refeição, podendo, neste caso, coincidir com o intervalo de descanso.

Nas viagens com período superior a uma semana, qual será o período de descanso semanal e quando deverá ocorrer?

Neste caso, o descanso semanal remunerado de 36 horas, será gozado pelo motorista, quando o mesmo retornar à base da empresa, salvo se a própria empregadora possuir condições adequadas para o efetivo descanso (não poderá ser no veículo). Este período poderá ser fracionado em dois: um de seis horas e outro de 30, desde que dentro da mesma semana.

No caso de a autoridade de trânsito multar o condutor que não observar o período de descanso, quem é o responsável e sofrerá as consequências?

Será o próprio condutor do veículo, que levará cinco pontos em sua CNH, multa e ainda o veículo poderá ser retido para o cumprimento do descanso aplicável, pelo período de 30 minutos ou 11 horas, con-forme o caso. •

As dúvidas mais frequentes da Lei 12.619/2012 – Lei dos Motoristas

* O questionário completo, e outros artigos de interesse do transportador, poderá ser visto através do site www.advocaciavieceli.com.br.

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