revista portuária - 01 outubro 2015

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Revista Portuária - 01 Outubro 2015

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4 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Editora Bittencourt

Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí

Santa Catarina | CEP 88303-020

Fone: 47 3344.8600

Diretor

Carlos Bittencourt

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Diagramação:

Solange Alves

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Redação:

Carla Superti

[email protected]

Capa:

Leandro Francisca

Contato Comercial

Rosane Piardi - 47 8405.8776

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Contato Comercial (agências)

Junior Zaguini - 47 8415.7782

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Elogios, críticas ou sugestões

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Para assinar: Valor anual: R$ 300,00

A Revista Portuária não se responsabiliza por

conceitos emitidos nos artigos assinados, que

são de inteira responsabilidade de seus autores.

www.revistaportuaria.com.br

twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 188Outubro 2015 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Crescimento baseado em impostos

O governo federal está contando com incentivos fiscais

para que o país saia da crise e volte a crescer em 2016. O ministro da Fazen-da, Joaquim Levy, defende a necessidade de focar na questão da estabilidade fis-cal e da segurança jurídica.

O ministro acredita que somente com a esta-bilidade fiscal será possível levar o país de volta à rota de crescimento, que seria “rápido e duradouro”, se-gundo ele. Assim, obvia-mente Levy defende a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Finan-ceira (CPMF), em aprecia-ção no Congresso Nacional.

Enquanto a proposta segue em análise, cresce o descontentamento da população em relação ao possível retorno. Para muita gente a CPMF é quase um roubo, visto que implica diretamente sobre o contri-buinte.

Para outra grande par-

cela dos brasileiros, ainda que não sejam absoluta-mente contrários à volta da CPMF, a descrença com o poder público faz pensar de que adianta retomar uma contribuição obrigatória em um país onde se rouba tanto dos cofres públicos? Além disso, os mesmos es-cândalos de corrupção fa-zem cair por terra qualquer “boa intenção” no que diz respeito à rigidez do con-trole fiscal.

Chega a soar desres-peitoso falar em controle em um país onde o desca-so com o dinheiro público é latente. De todo modo, o governo federal entende que a CPFM “terá papel muito importante nesse equilíbrio fiscal”. Novamen-te, quem pagará a conta do descontrole é o contri-buinte. O mais engraçado disso tudo é que enquanto isso a classe empresarial e o consumidor fazem por si tentando driblar a inflação para sobreviver. •

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Economia&Negócios • Outubro 2015 • 5

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6 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Marina Itajaí inaugura em novembro

Na primeira etapa serão entregues 320 vagas para embarcações

A Marina Itajaí, um dos maiores investimentos do setor privado na cidade, será inaugurada no dia 20 novembro. Na primeira etapa serão

oferecidas 320 vagas para embarcações, 155 secas e 165 molhadas. A capacidade é para barcos de até 120 pés.

Apesar da entrega do empreendimento estar programada apenas para a segunda quinzena do mês, a Marina vai operar a partir do dia 1º de no-vembro, quando recebe os barcos da Transat Jacques Vabre. Os eventos ligados à regata acontecem entre 3 e 15 de novembro no Centreventos.

As etapas pelas quais a construção da Mari-na, que fica na baía Afonso Wippel, já passou foram apresentadas pelo diretor geral do Complexo Marina Itajaí, Carlos Maia de Oliveira, a empresários, repre-sentantes dos terminais portuários de Itajaí e Nave-

gantes, do poder público, parceiros e associados da Associação Empresarial de Itajaí (ACII) em um evento no empreendimento no dia 28 de setembro.

Oliveira mostrou desde a retirada da vegetação, terraplanagem, montagem da estrutura física que abriga atualmente os prédios de serviços, de adminis-tração e o restaurante. Além disso, também foi apre-sentado o projeto de como ficará o complexo depois que ele estiver pronto.

A previsão de conclusão da Marina é para 2019. No total, serão mais de 900 vagas para embarcações. O projeto ainda conta com centro comercial com bar-cos, cinema, academia, lojas, restaurantes, bistrôs, cafés, boulevard com acesso ao público, mirante com vista para a Marina e o porto, ciclovia e pista ilumina-da para caminhadas. Os investimentos no empreendi-mento devem passar dos R$ 40 milhões.•

Revista PortuáriaDivulgação/Projeto

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8 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

ENTREVISTA: Thierry Montagne

Duas décadas no mercado brasileiro

Revista Portuária - A Equiport fez 20 anos. Como vocês avaliam o crescimento da empresa desde o início e a que atribuem o sucesso de estarem no mer-cado brasileiro há duas décadas?

Thierry Montagne – Fomos pioneiros a traba-lhar especificamente com Reach Stackers, equipamen-to que na época era novidade no mercado brasileiro, assim como a marca TEREX|PPM a qual representa-mos. O nosso crescimento foi gradativo junto com a

privatização dos portos e na medida que os nossos clientes foram conhecendo e aprovando tanto o equi-pamento quanto o suporte técnico oferecido pela Equi-port. Atribuímos o sucesso de estarmos no mercado há tanto tempo à nossa equipe especializada, focada em resolver o problema in loco, priorizando o bom funcio-namento do equipamento nos terminais. Tudo isto, cla-ro, representa um cliente satisfeito. Hoje a marca Terex é tida como referência em Reach Stackers.

Os portos estão em constante expansão e pas-saram por inúmeras mudanças ao longo dos anos. Acompanhar o mercado não é uma ta-

refa fácil, mesmo quando a economia está em ritmo acelerado. Exemplo de distribuição de equipamentos para o segmento portuário, a Equiport, empresa de

São Paulo, distribui produtos para todo o Brasil há 20 anos com uma carta de 100 clientes em 200 terminais, inclusive em Itajaí e Navegantes. Thierry Montagne, fundador e diretor da empresa, falou exclusivamente à Revista Portuária sobre o desenvolvimento de duas décadas de negócios e os planos para o futuro.

Divulgação Equiport

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Economia&Negócios • Outubro 2015 • 9

ENTREVISTA: Thierry Montagne

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

Revista Portuária - Qual a área de atuação da Equiport e quais os equipamentos mais vendidos?

Thierry Montagne – A Equiport trabalha no segmento portuário, especificamente na comerciali-zação dos equipamentos Reach Stackers Terex e Ter-minal Tractors Capacity. Nossos clientes contam com toda a segurança das peças de reposição originais, assim como o atendimento especializado de nossos técnicos nos serviços de pós-vendas e manutenção 24 horas. Nosso carro-chefe é o Reach Stacker mo-delo TFC 45h por ser um equipamento de fácil ma-nutenção, operação e confiabilidade, consolidado no mercado onde temos vários equipamentos com 20 anos ainda em operação.

Revista Portuária - Qual o papel de vocês no desenvolvimento dos portos do Brasil?

Thierry Montagne – Por trabalharmos com equipamentos europeus e americanos de última ge-ração, trazemos para o mercado interno o que há de melhor em tecnologia, promovendo uma cadeia de desenvolvimento, principalmente na procura de menor consumo e poluição. Outra coisa importante é que nossa equipe é constantemente treinada pelas

fábricas gerando um fluxo de conhecimento e infor-mação. Este intercâmbio de conhecimento, quando compartilhado com nossos clientes, gera um ciclo de desenvolvimento contínuo.

Revista Portuária - Em quais portos vocês atu-am e qual o tamanho da frota da Equiport no país?

Thierry Montagne – Atuamos nos maiores portos do Brasil, contando com mais de 100 clien-tes em 200 terminais cadastrados em nosso siste-ma de atendimento. É bom salientar que a Equiport não possui equipamentos próprios, porém somos responsáveis pela comercialização e entrega técnica de quase 500 Reach Stackers em todo o território brasileiro.

Revista Portuária - Como é a atuação da Equi-port nos terminais portuários de Itajaí e Navegantes?

Thierry Montagne – Esta região é muito im-portante para nós, pois é o principal canal de ex-portação de produtos alimentícios conteinerizados e refrigerados. Dentro da estrutura da Equiport esta é a nossa terceira maior região se falarmos de serviço e frota de Reach Stackers localmente.

Divulgação Equiport

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10 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

ENTREVISTA: Thierry Montagne

Revista Portuária - Quando a empresa foi fundada houve dificuldade na contratação de mão de obra? Atual-mente são quantos empregos diretos?

Thierry Montagne – Hoje temos 26 colaboradores sendo a metade focada no departamento técnico. Devido às tecnologias embarcadas nos equipamentos, isto gerou uma dificuldade muito grande na contratação de mão de obra, mas como venho da área técnica da fábrica, a so-lução foi treinar profissionais até poder contar hoje com uma equipe altamente especializada. Nossa proximidade com a fábrica nos garantiu uma empresa forte que está consolidada há 20 anos no mercado brasileiro e que ain-da há muito a crescer no setor portuário.

Revista Portuária - Com 20 anos no mercado vo-cês passaram por diversas mudanças no cenário econômi-co do Brasil. Como vocês avaliam o momento pelo qual o país passa atualmente?

Thierry Montagne – Este final de ano vem se mos-trando um dos mais desafiadores pela falta de perspectiva do mercado. O Brasil vive uma crise política, um câmbio instável e uma alta na taxa de juros que afetam qualquer vontade de investimento em equipamentos novos.

Revista Portuária - Como a alta do dólar impacta na produção e venda dos equipamentos da Equiport?

Thierry Montagne – Esta variação representa um aumento direto no orçamento do cliente devido ao equi-pamento ser importado.

Revista Portuária - Como a empresa trabalha com bens duráveis é mais complicado manter receita durante o ano todo? Manutenções e fidelização de novos clientes são algumas das ferramentas para isso?

Thierry Montagne – Sem dúvida. A Equiport ofe-rece diferentes tipos de serviços que permitem ter uma receita variada e constante sem depender exclusivamente da venda de equipamentos novos. Entre eles podemos destacar os contratos de manutenção preventiva e corre-tiva, atendimento 24 horas, treinamento in loco, assesso-ria de vendas de máquinas usadas e vendas de peças de reposição originais.

Revista Portuária - A Equiport é representante de uma empresa francesa. Em termos de tecnologia o Brasil ainda está muito à margem de países europeus, China, Japão e Estados Unidos?

Thierry Montagne – Em relação às novas tecno-logias acredito que o Brasil está no caminho certo. Hoje temos acesso às tecnologias de ponta, mas o governo ainda precisa de um projeto mais agressivo de capacita-ção profissional.

Revista Portuária - Quais os planos para os próxi-mos anos?

Thierry Montagne – Acreditamos que em breve os portos voltarão a trabalhar em sua capacidade máxima. Também confiamos no aumento da demanda em equipa-mentos novos devido às novas licitações e renovação de contratos dos terminais portuários.•

Divulgação Equiport

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Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Outubro 2015 • 11

A Transat Jacques Vabre terá 42 duplas neste ano. Esta é a 12ª edi-

ção da regata, que parte de Le Havre, na França, para o Brasil no dia 25 de outubro. O evento acontece em Itajaí entre os dias 3 e 15 de novembro, no Cen-treventos com a Marejada.

Nesta edição, com 42 duplas participantes, entre elas duas brasileiras, haverá duas classes de multicascos, a Ulti-me e a Multi50, e duas classes de monocascos, a Imoca e a Classe 40. A distância a ser per-corrida pelos velejadores entre os dois países é de 5,4 mil mi-lhas. Na edição de 2013, entre Le Havre e Itajaí, o número de visitantes da regata foi superior a 590 mil.

O secretário executivo da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), Célio Bernardino, afirma que rece-ber a regata pela segunda vez é uma espécie de recompensa pelo trabalho feito em 2013 e uma motivação para ter os visitantes de maneira ainda

Transat Jacques Vabre terá 42 barcos rumo a Itajaí

Largada das embarcações da França para o Brasil acontece no dia 25 de outubro

mais próxima em novembro. “A cidade se transforma durante os dias em que recebe a Transat Jacques Vabre. As pessoas são contagiadas pela atmosfera da festa. Ape-sar de ser um município jovem no âmbito de eventos náuticos, as pessoas abraçaram a regata. Nós acreditamos que é essa aco-lhida calorosa que desperta em quem vem de fora a vontade de voltar e abrir novas possibilidades econômicas para o futuro”, enfatiza.

O embaixador do Brasil, Paulo de Oliveira Campos, ressalta o desafio da tra-

vessia, que tem quase 10 mil quilômetros pelo mar. “Além da questão esportiva, eu estou impressionado com a organização da regata e das duas cidades envolvidas. O Brasil é bastante conhecido pelo seu fu-tebol, mas não é só futebol. É a segunda vez que a regata vai para Itajaí depois do grande sucesso que foi em 2013. A região se mobiliza enormemente e tem muito en-tusiasmo. Enfim, a Transat Jacques Vabre oferece duas oportunidades para conhecer o Brasil: a semana cultural brasileira, em Le Havre, e a chegada em Itajaí”.•

Jean-Marie

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12 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

A prefeitura de Itajaí registrou superávit de R$ 61,9 milhões neste ano. O dado foi apresen-tado em uma audiência pública para avaliação

das metas fiscais no dia 29 de setembro na Câmara de Vereadores. A previsão de arrecadação do município em 2015 é de R$ 1,1 bilhão. Até agosto foram arreca-dados R$ 777,2 milhões, o que representa 64,93% do previsto.

As despesas até o oitavo mês do ano somaram R$ 715,3 milhões na cidade, o que gerou o superávit supe-

rior a R$ 61 milhões. Nas áreas de educação e saúde, a prefeitura precisa investir 25% e 15%, respectivamente, do valor arrecadado com impostos. Nos dois casos, o investimento até agora é superior ao obrigatório pela Constituição. Na educação foram investidos 27,74% e na saúde 21,02% da arrecadação.

Na mesma audiência, o Legislativo também apre-sentou as contas. Para 2015, o orçamento é de R$ 35,9 milhões. Até agosto, o total de despesas liquidadas foi de R$ 17,8 milhões.•

Nelson Robledo

Prefeitura de Itajaí registra superávit de R$ 61,9 milhões neste ano

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14 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

O e-commerce está em plena expansão no Brasil. Ao contrário da retração sentida em diversos segmentos, o setor deve fechar o

ano com quase 30% de crescimento na compara-ção com 2014 e faturamento de R$ 49,8 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm). Em Santa Catarina, o cresci-

mento do e-commerce acontece de forma análo-ga. Há desvantagens numéricas, porém vantagens qualitativas no faturamento e especificamente para Itajaí a plataforma tem sido a escolhida de impor-tadores buscando driblar tarifas.

No primeiro semestre deste ano, o setor de vendas online faturou R$ 18,6 bilhões, o que re-

Bem-vindo à era do

SEGMENTO PROMETE FECHAR 2015 COM CRESCIMENTO DE 30% E ATRAI EMPRESÁRIOS

INTERESSADOS EM MAIS OPÇÕES DE FATURAMENTO

Divulgação

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 15

presenta aumento de 16% com relação ao mesmo perío-do de 2014, que fechou em R$ 16,1 bilhões. A previsão para o segundo semestre do ano também é positiva, com crescimento de 15% na comparação com os últimos seis meses de 2014 e faturamento de R$ 41,2 bilhões, confor-me dados divulgados no relatório WebShoppers do E-Bit/Buscapé.

O presidente da Associação Brasileira de Comér-cio Eletrônico em Santa Catarina (ABComm/SC) Cristiano Chaussard explica que existem duas grandes vertentes no segmento. O B2C, que é a venda ao consumidor final, e nesta o Estado cresce com o mesmo desempenho do resto do país. E o B2B, das indústrias para suas revendas ou para outras empresas.

“No âmbito de Itajaí também é relevante entender que o e-commerce B2B é uma das principais estratégias escolhidas pelos importadores para que em momentos de crise encurtem suas cadeias de distribuição chegando mui-to mais rápido aos revendedores e desonerando a mar-

gem final do produto”, explica o presidente da ABComm/SC, que também é membro da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB/SC).

Chaussard afirma que o crescimento da modalida-de ainda não foi medido cientificamente no Estado, mas já mostra impressionantes números na comparação com todo o Brasil. A agência de pesquisas dos Estados Unidos E-marketer estima que o e-commerce B2B deve atingir R$ 1,65 trilhões em faturamento neste ano.

Um dos principais fatores para este crescimento é a comodidade. Para comprar um produto online não é pre-ciso sair de casa nem realizar transações com dinheiro e o produto chega até o cliente após alguns dias. Outro é a propaganda nas redes sociais, escolhida a dedo para o usuário de acordo com suas preferências. “Não há como negar que o e-commerce cresce quanto maior é a intera-ção com a comunicação diária provocada pela mídia digi-tal, que antes era unidirecional. Hoje a opinião do cliente a transformou em mídia e em vendedor”.

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16 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

O diretor comercial da rede Bistek, implantada recen-temente em Itajaí, ressalta que todos os outros segmentos de varejo sofreram grande interferência nos lucros por causa do e-commerce, com exceção dos supermercados. “Hoje você não vai para uma loja comprar um aparelho de som sem antes consultar o preço na internet em lojas especializadas. Qualquer segmento comercial sofre uma influência muito grande e o supermercado ainda não”.

Para acompanhar o crescimento do mercado virtual e incrementar os lucros, lojas físicas começaram a atuar também nas vendas pela internet. “O e-commerce passou a ser vital para o comércio. Ter um bom site, informativo e funcional já é meio caminho para as vendas”, explica Feli-pe Nespolo, que atua no departamento comercial de uma loja de artigos para premiações, como medalhas e troféus.

A primeira venda online da empresa, localizada no Centro de Itajaí, aconteceu em 2012. Hoje, a loja comercia-liza produtos para cidades de todo o Brasil, principalmente

nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. “Curiosamente, a região sul e Santa Catarina estão entre os menores polos de venda da nossa empresa”, avalia Felipe, que atribui a grande concorrência na região como o motivo principal para essa estatística.

Desde que a empresa começou a atuar no segmen-to do e-commerce, pelo menos 80% do faturamento vem das vendas online. Mas para Felipe o sucesso do negó-cio está na conciliação do espaço físico com o online. O e-commerce agiliza o atendimento e aumenta o público alvo, enquanto o espaço próprio serve para que os clientes conheçam os produtos, o que aumenta a credibilidade da empresa.

“Nem todas as pessoas confiam totalmente no co-mércio eletrônico e nem sempre comprar pela internet é o melhor negócio por causa de valores de frete, prazo de entrega, entre outros. Acredito que deve haver um equilí-brio entre as partes. Mas para quem vai abrir um negócio

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 17

agora é obrigatório prever o investimento no e-com-merce”, diz.

Uma empresa do bairro Cordeiros com seis anos de experiência no ramo de produtos náuticos se in-seriu no mercado online há pouco mais de um mês e já sente os resultados nos lucros. “Houve um aumen-to significativo nas vendas. Tivemos vários acessos e muitos contatos após o lançamento da loja virtual”, avalia a sócia administradora da empresa Josiane Ar-digó.

A empresária enfatiza que hoje é essencial que uma loja invista no e-commerce, pois assim é possí-vel alcançar um novo público, principalmente fora da região. Durante o pouco tempo que a loja trabalha com vendas pela internet, clientes de diversas partes do Brasil já entraram em contato com a empresa e compraram artigos náuticos para embarcações como radares, GPS, motores.

Loja física x loja virtualA necessidade de introduzir um negócio ao

mundo virtual é evidente para diversos empresários. Porém, não é preciso ter receio que o e-commerce possa ofuscar as lojas físicas. Há espaço para os dois no mercado. O presidente da ABComm/SC, Cristiano Chaussard, afirma que a loja online não acabará com a física, mas a transformará. “A tendência imediata é a loja física em harmonia com a virtual servindo como provador e a online como a primeira vitrine”.

O sucesso de uma loja física está ligado prin-cipalmente à sua localização. As propagandas pela televisão, rádio, jornal, outdoors, entre outros meios somados ao atendimento e qualidade auxilia na con-quista de novos clientes. Na loja virtual bastam alguns cliques para que a compra possa ser feita de qualquer lugar do mundo.

Para chamar a atenção do e-consumidor, fotos, vídeos, textos, tabelas comparativas, propagandas nas redes sociais e até animações em 3D são feitas pelos comerciantes online. “Esta apresentação pode ser tão rica quanto for a capacidade do criador deste

descritivo em encantar o cliente com uma vantagem. Esse nível de encantamento se repetirá igualmente em cada consumidor que acessar este descritivo. Isso se repete e é à prova de mau-humores, despreparos, cansaços e outras inconveniências da instabilidade humana”, acrescenta Chaussard.

Uma loja física que se coloca também no merca-do online tem as duas vantagens. O ponto de vendas e a virtualização dos produtos, com opções de paga-mento online e frete. Assim, o cliente escolhe o modo que prefere comprar e a empresa pode conquistar novos compradores que têm acesso às mercadorias em qualquer lugar, independentemente de estarem na mesma cidade.

Além das lojas que estão somente no mundo virtual e das empresas que também vendem online, existem espécies de shoppings centers da internet. Chaussard explica que grandes varejistas ou mesmo empresários focados nesta estratégia agregam diver-sos lojistas em um único endereço para atrair o consu-midor. “As redes sociais despontam como grande ten-dência em apresentar-se como os shoppings centers virtuais”.

Mas para aparecer é preciso investir. E o valor designado para uma loja online pode ser bem menor do que o utilizado para abrir um espaço na rua ou em um shopping. “Para cada nível de faturamento é necessário investir um valor à altura. Se compararmos o investimento de uma loja física de 80 metros qua-drados em um shopping consagrado, essa mesma que investiu cerca de R$ 800 mil para se lançar na região poderia ter investido cerca de R$ 200 mil em e-com-merce para atingir o Brasil inteiro”, conta Chaussard.

O presidente da ABComm explica que existem investimentos bem menores no e-commerce, com pre-ços irrisórios e estratégias de divulgação alternativas. Mas para lançar uma boa plataforma de e-commerce é preciso de um capital que fará com que o resultado apresentado ao público seja de qualidade e a empre-sa tenha o auxílio de uma agência digital capaz de co-municar sua marca e produtos com o público certo.•

TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES28 anos transportando com agilidade e rapidez

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18 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

O CEO da Volvo Ocean Race, o norueguês Knut Fros-tad, anunciou que vai deixar o comando da maior regata volta ao mundo no fim da temporada 2015

por motivos familiares. O ex-atleta olímpico de 48 anos es-teve oito anos no cargo e comandou a regata nas últimas três edições.

Um dos principais legados de Frostad no cargo má-ximo da organização foi a introdução dos barcos rigorosa-mente iguais no evento. “Estou muito orgulhoso por ajudar a transformar a regata numa organização profissional e de alto nível. O evento consumiu quase metade da minha vida! Foi uma das decisões mais difíceis que tomei na minha car-reira. Agora quero dedicar meu tempo para a minha família”.

Segundo o CEO, a Volvo Ocean Race se inseriu no fu-

turo da modalidade com o formato one-design dos barcos. “Temos uma grande equipe em nossa sede em Alicante e os patrocinadores Volvo Car Group e Volvo Group continuam empenhados em elevar o nível da regata”.

Como velejador, Frostad disputou quatro edições da Volvo Ocean Race. Na edição 2005/06 ele foi integrante do Brasil 1. Em 2001/02, o norueguês comandou Djuice Dra-gons, em 1997/98 correu com o Innovation Kvaerner e em 1993/94 no Intrum Justitia.

"Tem sido um privilégio trabalhar para a Volvo e estar envolvido com todas as partes da regata. Muitos se torna-ram amigos pessoais", disse Frostad, que permanecerá no cargo de CEO até o final de 2015. O seu substituto ainda não foi definido.•

Knut Frostad deixa o comando da Volvo Ocean Race

Norueguês ficou oito anos como CEO da maior regata volta ao mundo

Divulgação Volvo Ocean Race

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20 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

O desejo por um corpo em forma e saudável movi-menta negócios de estética em todo o Brasil. O setor passou por um boom nos últimos anos, que

levou o país ao posto de terceiro maior mercado consumi-dor destes serviços do planeta, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

Os dados não foram alcançados à toa. O mercado da estética aumentou 10% ao ano nas últimas duas décadas, conforme a Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Per-fumaria e Cosméticos (Abihpec) e movimenta mais de R$ 38 bilhões por ano em todas as suas áreas de atuação no país. Em 2014, o crescimento foi de 148% com relação a 2013 e a expectativa é que 2015 feche com faturamento 160% maior que no ano anterior.

Coordenadora do curso de Estética da Univali em Balneário Camboriú, Maria Enói dos Santos ressalta que a procura não se restringe apenas ao corpo perfeito, mas também ao bem-estar, relaxamento e autoestima. “A ten-dência para os próximos anos é que o país ocupe o segun-do lugar no mercado mundial, ficando apenas atrás dos Estados Unidos”.

Juliana Cristina Galles, coordena o mesmo curso na Univali de Florianópolis. Ela revela que o setor continua em expansão, apesar da situação atual brasileira. A cate-goria é favorecida também pela internet, onde se concen-tra grande parte das propagandas e informações. “O aces-so às informações por redes sociais e internet despertou maior preocupação com a saúde e o bem-estar, além de

Novos hábitos, novos gastos

Estética e alimentação saudável movimentam bilhões na economia brasileira e, na região de Itajaí, fazem aumentar abertura de novas empresas e procura por especializações

Page 21: Revista Portuária - 01 Outubro 2015

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 21

programas de televisão com excelentes assuntos rela-cionadas ao tema”, acrescenta.

Outro fator interessante para o crescimento do mercado de estética e beleza é a mudança de compor-tamento dos homens, que estão mais interessados em manter o corpo em forma. “A área da estética deixou de ser algo direcionado somente para o sexo feminino e esse perfil está cada vez mais exigente”, conta Maria

Enói.Como o investimento na área é pro-

missor, a busca por conhecimento e forma-ção profissional cresce assim como a pro-

cura das pessoas por tratamentos estéticos. O curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética foi lançado na Univali de Balneário Camboriú em 2005 e começou a ser ofertado em Florianópolis a partir de 2007. O sucesso e a procura foram tão grandes que em 2013 a universidade lançou o bacharel em Estética nos dois campi. A primeira turma se forma em 2016. O Bra-sil conta com apenas 19 cursos de bacharelado e cerca de 100 de tecnologia na área.

No total, 893 profissionais já se formaram em Cosmetologia e Estética na universidade, que foi a pri-meira a ter o curso e a implantar o bacharelado na área em Santa Catarina. “Com a tecnologia em ascensão, as várias áreas de atuação, o interesse e conhecimento do público em geral a procura pela especialização está em alta”, diz a coordenadora do curso no litoral norte.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Tu-rismo de Santa Catarina (Fecomercio/SC) divulgou que mais de 16 mil estabelecimentos atuam na área de es-tética no Estado, entre eles clínicas, salões de beleza, lojas e outros. No Brasil, em cinco anos, o número de re-gistros no segmento teve incremento de 567% e passou de 72 mil em 2010 para 482 mil em janeiro de 2015, conforme aponta o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Na região de Itajaí, o crescimento do mercado também é notado por profissionais da área. A dermato-

logista Ana Paula Scremin diz que o aumento no número de estabelecimentos que trabalham com beleza e estética é evi-dente. Porém, quando o mercado é disputado pode acabar afetando os consumidores, já que nem todos os profissionais que atuam na área são habilitados e não existe uma fiscali-zação correta para o segmento.

Ana Paula seguiu a tendência de expansão e especiali-zação em mais áreas relacionadas à beleza para aprimorar o atendimento ao público. A dermatologista atendia no Centro de Itajaí e mudou o consultório para um edifício de negócios na rodovia Osvaldo Reis, entre a cidade e Balneário Cambo-riú. “Tudo foi planejado para oferecer ao paciente um aten-dimento individualizado. Estou fazendo também uma espe-cialização em nutrologia e em breve iniciarei o atendimento nesta área com a intenção de agregar mais informação à consulta médica e associar as duas especialidades”.

Como o mercado da estética movimenta bilhões ao ano e necessita de produtos e equipamentos que custam caro, os valores dos tratamentos são repassados aos pacien-tes com preços salgados. A média da maioria dos procedi-mentos é superior a R$ 1 mil. Mesmo assim, o mercado é acirrado.

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22 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Na clínica de Ana Paula, o procedimento mais procu-rado é a aplicação da toxina botulínica, o botox, para tra-tamentos de linhas de expressão. “Este produto também pode ser usado para hiperidrose, que é excesso de suor,

principalmente nas axilas”, explica. O valor, segundo ela, depende da área a ser tratada e dos materiais utilizados, que vão desde a aplicação de loções até produtos injetá-veis e lasers fracionados.

Aliado à estética, o merca-do de produtos naturais caminha junto ao crescimento do setor no Brasil, já que também envolve a busca pela saúde e pelo corpo perfeito. Uma pesquisa divul-gada pela revista Exame em fe-vereiro mostra que enquanto as vendas de alimentos e bebidas tradicionais aumentaram 67% no Brasil em cinco anos, as de pro-dutos saudáveis cresceram 98%. Em 2014, o país passou de sexto para quarto maior mercado do gênero no mundo.

Um levantamento divulga-do pelo Ministério da Saúde que envolveu 18 mil pessoas de 18 países revelou que 79% dos bra-sileiros entrevistados têm a saúde e a nutrição como prioridades em suas vidas. Essa alta na procura, que também acontece por cau-sa das intolerâncias alimentares como ao glúten e à lactose, faz com que estabelecimentos do se-tor sejam cada vez mais comuns nas cidades.

Camila Fernandes Urio re-solveu investir no mercado de produtos naturais fabricando ali-mentos sem glúten, lactose, soja ou conservantes. A empresária e o marido, Marlon Urio, moraram 10 anos fora do Brasil e quando voltaram colocaram em prática os conhecimentos adquiridos

em outros países para explorar essa fatia de mercado, conside-rada pelo casal como promissora. “Com a preocupação das pessoas cada vez maior em procurar al-ternativas saudáveis, esse é um nicho de mercado que está em amplo crescimento”.

A loja foi aberta no centro de Balneário Camboriú há qua-tro meses, mas atua também na distribuição de mercadorias para outros estabelecimentos de pro-dutos naturais da região, inclu-sive em Itajaí. “De modo geral podemos dizer que os resultados estão sendo bem positivos e nos-sos produtos cada dia mais bem aceitos no mercado”. As merca-dorias vendidas pela empresa, a maioria fabricada pelos proprie-tários, custam entre R$ 6 e R$ 21.

Adriana Maria da Costa está no mercado de produtos para restrições alimentares de Itajaí há 10 anos. A empresária abriu a loja especializada no seg-mento no bairro Dom Bosco de-pois de perceber como o setor era fraco na região. Mesmo assim, acredita que o ramo ainda é limi-tado no que se refere à expansão de estabelecimentos, apesar da busca ser cada vez maior por par-te dos consumidores. “As pessoas estão cuidando mais da saúde”, pontua.•

Brasil é o quarto maior mercado de produtos naturais do mundo

Fotos: Mais Leve Alim

entação Saudável

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24 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

A empresa americana Sutherland Global Services abriu recentemente a primeira unidade do Brasil em Itajaí, com planos de duplicar em até dois anos.

A afirmação foi feita pelo vice-presidente da unidade na cidade, Jair Bondicz.

A multinacional com sede em Nova Iorque, nos Es-tados Unidos, tem mais de 60 centros espalhados por 20 países, entre eles México, Austrália e Egito, que cresceram 20% nos últimos anos. “Acreditamos que o grande poten-cial de crescimento agora é do Brasil”, enfatiza Bondicz.

O primeiro cliente da multinacional é atendido em Itajaí desde julho. Conforme o vice-presidente, os serviços prestados pela Sutherland à empresa do ramo da tecnolo-gia são de processamento de ordens de venda, revisão e liberação de ordens de serviço.

A empresa prospectava a vinda ao país há alguns anos, mas pensava nas cidades de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e de Fortaleza, no Ceará, para se insta-lar. Itajaí foi a escolhida após contato com o governo do

Estado e a prefeitura, que apresentaram os potenciais do município conhecido como polo náutico, um dos princi-pais polos do comércio exterior do país e eleito o maior gerador de Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina. O investimento da multinacional em Itajaí também está associado a fatores como a localização geográfica estraté-gica, disponibilidade de mão de obra qualificada, acesso à comunicação e qualidade de vida.

Especializada em terceirização de processos empre-sariais (Business Process Outsorcing – BPO), a multinacio-nal trabalha com um amplo leque de suporte para diversos setores, como tecnologia, varejo, saúde e bancário. Uma das especializações está nos serviços de back-office, uma técnica que executa o trabalho de atender clientes de or-ganizações com pós-venda e marketing. Contratos globais serão trazidos para a unidade de Itajaí, que ainda aten-de empresas brasileiras com negócios apenas no país e também no exterior. Google, Microsoft, Aetna, Citi, Visa e United Online são algumas das grandes empresas que

Multinacional projetando duplicar em dois anos

Unidade é a primeira do Brasil e deve contratar mais 400 funcionários em até um ano

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 25

recebem o suporte da multinacional.A unidade localizada no Centro de Itajaí tem 1,5

mil metros quadrados divididos em três pisos e abriga 75 funcionários. Em todas as unidades, esse número chega a mais de 36 mil. Com os planos de expansão da empresa, a contratação de novos funcionários também é prevista. Jéssica Mendonça, gerente de Recursos Huma-nos da Sutherland Global Services itajaiense explica que entre seis meses e um ano outras 400 pessoas devem ser inseridas na empresa, que foca no recrutamento de jovens. “Hoje não temos nenhum tipo de discriminação. Mas entendemos que os jovens têm um grande diferen-cial”.

Jéssica elucida que não há critério de experiência na hora da contratação. O comportamento e o talento dos jovens são os aspectos analisados. Depois de um

processo de seleção para o preenchimento de vagas, as primeiras semanas do novo funcionário na multinacional são dedicadas exclusivamente a um treinamento. Quan-do eles começam as operações têm o acompanhamento de um mentor e também podem pedir o auxílio de um coach sempre que precisarem.

Hoje, 51% dos funcionários da multinacional têm entre 21 e 25 anos com acesso livre aos executivos da empresa, que trabalha com a política de portas abertas, e ainda podem ser transferidos para vagas em outros países. Por trabalhar com a terceirização de processos empresariais, seja com suporte comercial, financeiro ou administrativo, Jéssica comenta que a empresa busca o aperfeiçoamento dos funcionários. “O nosso papel é oferecer tecnologia de ponta e serviços de excelência para os nossos clientes e os clientes deles”.•

João Souza

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ArtigoArtigo

Os prejuízos do comércio ilegal

Por Carlos Chiodini,secretário

de Estado do Desenvolvimento

Econômico Sustentável (SDS)

26 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

A indústria brasileira deixa de vender pelo menos R$ 30 bilhões por ano com o

comércio de produtos piratas e de contrabando, segundo levantamento divulgado pelo Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). Entre os produtos mais comercializados, destacam-se os óculos, CDs e DVDs, softwares, roupas, calçados, perfumes e até mesmo medicamentos.

A pirataria prejudica toda a cadeia produtiva, da indústria à co-mercialização. Cerca de dois milhões de empregos formais deixam de ser criados no Brasil todo ano por causa da pirataria. Prejudica aquele empre-sário que paga seus impostos em dia, os encargos trabalhistas que investe no seu produto para que tenha cada vez mais qualidade, mas não suporta a concorrência desleal do mercado ile-gal. Bem como os comerciantes, que pagam o aluguel de suas lojas, água,

luz e tantas outras taxas.O prejuízo não é apenas finan-

ceiro, com a falta de arrecadação de impostos que seriam usados para a manutenção de direitos públicos, como também para o consumidor. Apesar dos preços atraentes, pro-dutos piratas podem oferecer riscos, além de apresentarem qualidade infe-rior aos originais.

Objetos de baixa qualidade, como óculos de sol, não protegem os usuários da ação de raios ultravioletas e infravermelhos, podendo acelerar o surgimento da catarata e causar de-generação da retina. Outro exemplo são as bebidas falsificadas, feitas com substâncias como iodo, álcool etílico e metanol, fabricadas sem qualquer padrão de qualidade, que podem causar várias lesões no aparelho di-gestivo. É o famoso “barato que sai caro”, pois alguns danos podem ser irreversíveis.•

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28 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Três jovens engenheiros mecânicos de Santa Catarina embarcaram no negócio de aeronaves não tripula-das e criaram um drone diferente dos vistos no mer-

cado. A tecnologia é 100% catarinense, o material usado é mais leve e o equipamento custa até quatro vezes menos que o encontrado na concorrência. Ele já está sendo em-pregado na agricultura e setores de pesquisa.

Fabrício Hertz, 27 anos, Lucas Bastos, 25, e Lucas Mondadori, 26, desenvolveram o drone Isis. A decolagem é feita por lançamento manual e o pouso pode ser em qualquer área com um espaço disponível de 10 metros de comprimento. O drone volta de sua missão com uma imagem em alta resolução chamada ortofoto, que conse-gue cobrir áreas com até 350 hectares e autonomia de 40 minutos por voo.

“Nós trabalhávamos com aeronaves não tripuladas ao longo da graduação de engenharia mecânica e perce-

bemos o potencial de aplicação desse tipo de equipamen-to para diversas atividades”, afirma Fabrício.

Os sócios fundaram a empresa Hórus Aeronaves e seguiram com a construção do drone com o objetivo de apresentar um produto de qualidade, mas com preço mais acessível aos consumidores brasileiros e latino-america-nos.

O drone, com tecnologia totalmente catarinense, foi finalizado em janeiro de 2014 com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fa-pesc) e da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). O equipamento é comercializado princi-palmente para empresas do ramo agrícola, como a Embra-pa de São Paulo, e também instituições como universida-des. “Atualmente, as atividades atendidas pelo drone são de agricultura, topografia, controle ambiental, mineração e pesquisas”, ressalta Fabrício.

Catarinenses apostam no mercado de drones

Engenheiros

mecânicos criaram

aeronave não

tripulada que

custa quatro vezes

menos que as

concorrentes

Divulgação Hórus

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 29

O empresário revela que o drone Isis custa quatro vezes menos que os concorrentes importados, aproximadamente R$ 55 mil, e ainda agrega uma série de diferenciais, como assistência técnica personalizada. Outro fator relevante do equipamento catarinense é que ele é feito de fibra de carbono e pesa apenas 1,3kg com a bateria.

A ideia dos empreendedores ficou conhecida no segmento e a empresa foi citada como uma das 94 apostas promissoras de 2015 em um artigo do site Tech in Brazil, importante fonte do setor da tecnologia.

Resultados positivos no setor agrícolaUma das clientes do drone Isis é a Empresa Bra-

sileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de São Car-los, em São Paulo, que usa a tecnologia para pesquisas. Para o uso no setor de agricultura, são desenvolvidos softwares que fazem diagnósticos da lavoura, com tra-tamento de imagens fotografadas pelo drone e coleta de dados georreferenciados da área de uma fazenda.

O equipamento auxilia no aumento da produti-vidade agrícola com funções como a demarcação de uma área ocupada por parasitas ou plantas invasoras, a identificação de falhas no plantio, entre outras. Com a captação das imagens é possível determinar ações para recuperar as lavouras e até mesmo otimizar o plantio.

Uma pesquisa feita pelo Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação da Universidade de São Paulo (USP) mostra que pela análise de áreas agrícolas em que os drones já foram utilizados o uso de informa-ções coletadas disponibilizadas permite um acréscimo de 15% a 20% na produtividade agrícola.•

Divulgação HórusDivulgação Hórus

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30 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

A rede Bistek de Supermercados investiu R$ 55 milhões na loja de Itajaí, inaugurada no dia 30 de setembro no bairro São João. Esse foi o

maior investimento de toda a empresa em uma filial até hoje e a expectativa, conforme a diretoria, é que o retorno seja obtido dentro de seis ou sete anos.

Para aoperar a unidade de Itajaí foram gerados mil empre-gos diretos e indiretos. Somente na loja, 350 pessoas foram con-tratadas inicialmente. As obras começaram em 2014 e resulta-ram em um espaço com equipa-mentos ecoeficientes. O prédio foi projetado para recolher e rea-proveitar a água da chuva e ain-da tem sistema de refrigeração fechado, que deixa os produtos até 30% mais preservados e gera economia de energia, também garantida no sistema de ilumina-ção por LED.

O supermercado conta com padaria, rotisseria, floricultura, açougue, hortifrúti, bazar e uma adega com mais de 800 rótulos de diversos países. O em-preendimento tem estacionamento para 440 carros, 32 checkouts, área de lojas de apoio com 40 estabe-lecimentos e praça de alimentação com lojas como

Subway, General Pepper, Grão Sabor Cafeteria, Cia da Saúde e Vivo.

Esta é a terceira loja da rede no Vale do Itajaí, que também atua em Brusque e Blumenau. No total são 15 lo-jas espalhadas por Santa Ca-tarina, que geram 3,5 mil em-pregos. “Com isso atingimos o mesmo grau de atendimento que mantemos na região de Florianópolis, suprindo uma lacuna existente na região”, ressalta o diretor comercial da rede, Walter Ghislandi. •

Rede Bistek investe R$ 55 milhões em Itajaí

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Mercado Coluna

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor de Distribuição de Veículos Automotores e da Mobilidade foi lançada no dia 30 de setembro

em Brasília. Presidida pelo deputado Herculano Passos, essa medida deve ser um importante marco entre as ações em defesa do setor junto ao governo federal.

O presidente da Fenabrave/SC, Ademir Saorin, foi até o Distrito Federal para participar do evento de lançamento da frente parlamentar, onde representou as concessionárias do Estado. “Esperamos que cada con-cessionário utilize de seu relacionamento para nos unir-mos em mais esta empreitada”, afirma.

Ivo Scheidt Filho, da concessionária Toyoville, enviou uma carta ao deputado Esperidião Amim expli-cando que o setor automotivo representa 5,3% do Pro-duto Interno Bruto (PIB) brasileiro e é representado em Santa Catarina por mais de 650 concessionários, que empregam 18 mil colaboradores e produzem 7% da ar-

Lançada frente parlamentar em defesa do setor automotivo

recadação estadual de tributos. No documento, ele pede a participação de Amim na frente parlamentar e destaca que o ato enobrece os esforços da Fenabrave, em especial de SC. •

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Mercado Coluna

Balneário Camboriú pretende ser referência em economia criativa. O tema foi debatido no seminário so-

bre economia criativa, que aconteceu no auditório da faculdade Avantis em setem-bro. Durante o encontro foram tratados a conjuntura, diagnóstico do setor, desafios e possibilidades para a implantação da iniciativa na cidade.

O presidente da Fundação Cultural de Balneário Camboriú, instituição que promoveu o evento, Anderson Beluzzo, falou dos detalhes dos objetivos e cro-nograma de trabalho do BC Criativo para tornar a cidade um polo de referência no assunto, que está ligado aos setores de economia, cultura, tecnologia e criativi-dade.

Cadu Somaggio, diretor do instituto Catarina Criativa, discutiu o assunto du-rante o seminário e destacou o potencial de Balneário Camboriú para a implanta-

ção de negócios criativos. Ele ressaltou que a vida noturna da cidade, os bares e restaurantes famosos são algumas das ca-racterísticas que contribuem para o desen-volvimento dessa nova matriz econômica.

Ao falar num contexto estadual, ele elencou a criatividade do que é produzi-do como um principal diferencial. “Nossa criatividade é reconhecida mundialmente, basta sabermos transformar isso em de-senvolvimento econômico”, afirmou.

Durante o evento também foram formadas câmaras setoriais de trabalho as áreas da gastronomia, libro e leitura (revistas/jornais), música, patrimônio cul-tural, publicidade, software (aplicativos/games), artes cênicas (teatro/dança/circo), artesanato, arquitetura e urbanismo, au-diovisual (rádio, televisão, cinema, vídeo, web), design e fotografia, onde os partici-pantes discutiram os desafios e dificulda-des de cada setor. •

Balneário Camboriú quer ser referência na economia criativa

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ArtigoArtigo

Por Roberto Vilela,Consultor da Mega

Empresarial

Liderando no caos

A média liderança cada vez mais assume posições estraté-gicas nas organizações, prin-

cipalmente quando nos referimos aos momentos de incerteza e críticos. O mercado retraído, empresas buscan-do o equilíbrio, efetuando ajustes e cortes nos orçamentos e, até mesmo, nas equipes de trabalho.

Este cenário é perfeito para o surgimento de boatos, suposições e pessimismo. A liderança, principal-mente a média liderança, que atua diretamente com a equipe de traba-lho, passa a exercer um papel fun-damental no que se refere a blindar a organização e seus colaboradores desta avalanche negativa.

Ouvir a base operacional e mantê-la motivada e produtiva é premissa básica para evitar que o momento se torne ainda mais crítico. Podemos acrescentar ao contexto o fato de que uma parcela significativa dos colaboradores das organizações é jovem. Portanto, com elevado nível de ansiedade, expectativas e impaci-ência.

Sem dúvida, o desafio da lide-rança é grande e para os fortes. Por isso, algumas orientações são impor-tantes para auxiliar nesta jornada:

ouvir a equipe com frequência, con-duzir e ensinar sempre que perceber dificuldade por parte do colabora-dor, estabelecer metas desafiadoras, acompanhar os resultados de perfor-mance, corrigir e ser firme quando ne-cessário. Além disso, é imprescindível elogiar e enaltecer os profissionais que entregam suas tarefas, promo-ver reuniões criativas e inovadoras, incentivar a participação da equipe. Procurar ser flexível quando possível e ser rápido e determinado sempre também são atitudes fundamentais.

O orgulho e o comprometimen-to de fazer parte de um time e perten-cer a uma empresa estão diretamente relacionados com os valores e perfil da companhia, além das caracterís-ticas das principais lideranças. Não se esqueça: bons exemplos sempre foram e serão seguidos.

A liderança é o espelho para a carreira e vida pessoal de muitos co-laboradores das empresas. Portanto analise sua conduta, observe seus hábitos, acerte os detalhes e acelere o passo. E, claro, não se esqueça de sorrir. Afinal, a liderança e a influên-cia não precisam de uma fisionomia fechada, mas sim de atitude e bons exemplos.•

Economia&Negócios • Outubro 2015 • 33

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36 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

Um decreto que regula as feiras itinerantes em Santa Catarina começa a valer a partir do dia 1º

de novembro. Este tipo de evento pre-cisará seguir quatro novas regras para acontecer no estado, que vão desde

prazo das licenças até critérios para a cobrança de impostos.

“O decreto regulamenta esta con-dição e protege o comércio catarinense sem impedir que os outros participem, mas colocando regras que precisam ser

Fiscalização de feiras itinerantes será mais rigorosa em SC

imposto continua sendo antecipado, uma vez que aguardar o resultado das ven-das pode resultar em prejuízos ao Fisco. A diferença é que a conta passa a con-siderar alguns itens, como o valor total das entradas vendidas, a margem de lucro, o gasto com aluguel do estande, box ou imóvel, outras despesas para a manutenção do estabelecimento e ainda a alíquota aplicada nesses casos. “A base de cálculo será obtida pelo somatório do valor do custo das mercadorias que serão comercializadas com a margem de lucro ou com o valor do aluguel do estande: vai valer o valor maior”, explica o diretor de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda, Carlos Roberto Molim, que esteve à frente das discussões com os co-merciantes.

O comerciante que pretende par-ticipar das feiras itinerantes em Santa Catarina também deve apresentar os do-cumentos fiscais e a prestação de contas dentro do prazo de 15 dias após a reali-zação do evento. Aquele que desrespeitar a obrigação estará sujeito a ter negados os futuros pedidos para participar de qualquer atividade comercial temporária no estado. O objetivo da Secretaria da Fazenda, ao solicitar esses dados, é me-lhorar os controles relativos à fiscalização das atividades que são enquadradas nes-se regime especial.

Para elaborar o decreto, o estado ouviu a Federação das Câmaras de Di-rigentes Lojistas (FCDL), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) de Santa Catarina e outras instituições da categoria.•

cumpridas. A preocupação não é somen-te a arrecadação de ICMS e, sim, regular o mercado e valorizar quem está aqui os 12 meses do ano, gerando e mantendo emprego”, disse o governador Raimun-do Colombo durante a assinatura do decreto.

Uma das regras regulamenta que os comerciantes de outros estados que têm interesse em participar de eventos em Santa Catarina devem solicitar auto-rização à Gerência Regional da Fazenda com pelo menos 15 dias de antecedên-

cia. Atualmente, esse prazo é de três dias. Para estar apto a comercializar seus produtos temporariamente no Estado, esse comerciante também será obrigado a estar inscrito no CCICMS, que é o ca-dastro do contribuinte do estado. A ins-crição é facultativa apenas para os casos do microempreendedor individual que optar pelo Simples Nacional (Simei).

Outra mudança, que segundo o governo é uma das mais aguardadas pelos comerciantes catarinenses, está no cálculo do ICMS. O pagamento do

Júlio Cavalheiro/Secom

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Mercado Coluna

Economia&Negócios • Outubro 2015 • 37

Uma empresa de Balneário Camboriú lançou um aplicativo de vendas que também fun-ciona offline. O VendasExternas é uma solu-

ção para gestão de vendas que acontecem fora das empresas, seja através de vendedores próprios ou representantes e pode ser baixada gratuitamente.

A solução, criada pela startup Alkord Siste-mas, utiliza tecnologia de última geração para en-tregar um sistema rápido, seguro e simples de ser operado ao usuário. O aplicativo está disponível para o sistema operacional Android e pode ser usa-do para que usuários consultem clientes, produtos e registrem pedidos pelo tablet ou smartphone.

O aplicativo também tem uma versão paga, a Premium, onde os usuários podem emitir nota

fiscal eletrônica e boletos na presença do cliente utilizando uma impressora portátil. O usuário pode sincronizar seus dados com um sistema de reta-guarda, o tradicional ERP, pois a solução já oferece as bases para integração com outros sistemas.

O aplicativo exigiu anos de trabalho da em-presa de Balneário Camboriú. “Estando com acesso à internet ou não, os usuários continuam operando normalmente o sistema de atendimento”, destaca Andreas Elias, um dos responsáveis pelo desenvol-vimento do VendasExternas. O aplicativo também pode ser utilizado por empresas que trabalham com pré-venda. Nesse caso, uma das grandes vantagens está na possibilidade de impressão do pedido. •

Empresa de Balneário Camboriú lança aplicativo de vendas que funciona offline

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38 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

A Convenção de Contabilidade do Estado de Santa Catari-na (Contesc) de 2017 já tem

endereço. O evento, considerado o maior do setor no estado, vai acon-tecer em Balneário Camboriú em sua 30ª edição e promete reunir mais de 1,2 mil participantes.

Para a executiva do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bu-reau Adriana Both de Pin a confirma-ção da convenção na cidade reforça o grande potencial para o turismo de eventos e negócios. “Teremos aqui os principais representantes da classe contábil de Santa Catarina, o que irá gerar, além da movimenta-ção econômica, grande visibilidade”, ressalta.

O diretor financeiro do Sindi-cont Litoral, Roberto Castilho, enfati-za que a boa fama de Balneário Cam-boriú com seus inúmeros atrativos e o engajamento da instituição e do BC Convention foram determinantes para esta conquista, já que a vaga para a edição do evento de 2017 es-tava disputada.

A edição deste ano da Contesc, que é realizada a cada dois anos, acontece entre os dias 14 e 16 de outubro em Florianópolis. Durante o evento, um vídeo de Balneário Cam-boriú será apresentado e materiais sobre o destino feitos pelo BC Con-vention serão distribuídos para mos-trar a cidade que sedia a convenção em 2017 aos participantes.•

Convenção de contabilidade estadual acontece em Balneário Camboriú em 2017

Arquivo/Sectur BC

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Economia&Negócios • Outubro 2015 • 39

Mercado Coluna

A DC Logistics, com sede em Itajaí, venceu cinco das sete categorias do prêmio Infraero de Eficiência Lo-gística 2015 para os aeroportos da região sul. Entre

os cinco prêmios está o de Agente de Carga Destaque. A empresa atua com soluções logísticas inovadoras e otimi-zadas há 21 anos. A premiação aconteceu nesta semana no Expoville Centro de Convenções e Exposições, em Join-ville.

A empresa foi premiada nos segmentos: Agente de Carga Destaque, Equipamentos e Instrumentos Médicos--Farmacêuticos, Metal-Mecânico, Têxtil e Diversos. Foram

avaliados os embarques entre abril de 2014 a maio de 2015. Mensalmente a estatal faz um ranking das empre-sas que realizam operações de comércio exterior, que após uma análise serão premiadas de acordo com o menor tem-po médio despendido em seus processos logísticos.

A empresa de logística itajaiense tem outros nove es-critórios no Brasil e um crescimento médio de 15% ao ano. “Estamos localizados estrategicamente no território nacio-nal para oferecer agilidade e experiência local na conexão entre os principais polos logísticos nacionais e internacio-nais”, enfatiza o managing director Guilherme Mafra.•

Empresa itajaiense vence prêmio Infraero de Eficiência Logística

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40 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

A nova sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já está funcionando em Itajaí. O espaço, inaugurado no dia 11 de setembro, fica na aveni-

da Vereador Abraão João Francisco, próximo à Câmara de Vereadores e à Justiça Federal. O evento que abriu a nova casa dos advogados na cidade reuniu a classe e autorida-des. “A missão foi cumprida. Esse é um prédio a serviço da advocacia” afirma João Paulo Tavares Bastos Gama, presidente da subseção da OAB de Itajaí.

As obras do novo prédio foram concluídas em três anos. A estrutura foi construída em um terreno de 6,8 mil metros quadrados e conta com estacionamento, agência bancária, salas para os advogados, salão nobre, central de inclusão digital, espaço para atendimento médico e odontológico, além de um restaurante para atender even-tos. “O que mais me orgulha são os espaços virtuais, por-que muitos advogados não têm local digno para a sua advocacia e os nossos projetos dos escritórios virtuais é para que o advogado recém-formado ou aquele que está

fazendo mudança de endereço que não tem um escritó-rio ligue para subseção e peça uma sala, um gabinete”, explica Gama.

O restaurante, que também vai servir como espa-ço para eventos que não são da OAB, foi pensado para criar outra fonte de renda para a instituição, já que uma das receitas da instituição, proveniente das cópias dos processos, deixou de existir após a implantação de um novo programa da Justiça. “É um projeto de futuro que vai se repetir em todas as outras subseções. Nós lutamos muito pela economia financeira das subseções. Estamos passando por um momento de muitas modificações no exercício da profissão. O projeto inteligente, de futuro, vai permitir que essa sede da OAB seja completa, voltada à cidadania, outras atividades da sociedade e que eviden-temente proporcionam outras receitas com seus espaços de atividades que aqui irão crescer”, explica o presidente da OAB de Santa Catarina, que também esteve presente no evento, Tullo Cavalazzi Filho. •

Itajaí tem nova sede da OABRodrigo Manoel da Silva

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Mercado Coluna

42 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

As decorações, principalmente natalinas, e pre-sentes vindos da China estão entre as importa-ções mais requisitados para o fim do ano entre

os comerciantes do ramo na região. Mesmo com a alta do dólar, empresários de lojas com artigos a partir de R$ 1,99, supermercados e outros estabelecimentos já fizeram ou ainda fazem as encomendas vindas do país asiático para se prepararem para o movimento no Na-tal.

De acordo com o gerente operacional da DC Lo-gistics Brasil, Bruno Meurer de Souza, o prazo para o transporte de uma importação da China até os portos do sudeste e sul do Brasil é de aproximadamente 48 dias, por isso, a maioria das negociações começaram antes de julho. Contudo, há empresas que ainda estão importando. “Os principais itens são artigos de decora-

ção natalina como enfeites, bolas de Natal, guirlandas, bonecos de neve, etc. Mesmo com a alta no dólar, a importação deste tipo de produto ainda supera o co-mércio interno”, explica.

Além dos produtos importados da China outros países asiáticos também são fornecedores de artigos com foco natalino e já aumentaram as negociações com o Brasil. “Os principais clientes são lojas de de-coração, supermercados, redes de R$ 1,99, atacados entre outros comércios que compram para revender e também para decorar os estabelecimentos, como é o caso dos supermercados”, afirma Bruno.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) di-vulgou uma pesquisa que apontou que o percentual de empresas brasileiras que importam da China au-mentou de 17% em 2010 para 18% em 2014. •

Decorações e presentes vindos da China estão entre as importações mais

requisitadas para o fim do ano

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Mercado Coluna

Economia&Negócios • Outubro 2015 • 43

A Univali fechou uma parceria com a Universidade de Florença, na Itália. O acordo foi assinado pelos reitores das duas instituições e estabelece coope-

ração cultural e científica para o desenvolvimento de ativi-dades de ensino e pesquisa.

Inicialmente, o convênio vai privilegiar os cursos li-gados ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Univali e ao Dipartimenti di Scienze per I’Economia e I’Imprensa da universidade italiana. Programas conjuntos para in-tercâmbio de professores e alunos de graduação e pós--graduação, desenvolvimento e publicação de pesquisas, realização de eventos, visitas e trocas de experiências são algumas das ações a serem realizadas durante a parceria, que tem previsão de iniciar em 2016. O acordo pode ser renovado pelos próximos sete anos. •

Univali fecha convênio com universidade italiana

Nelson Robledo

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44 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Empresas de Itajaí veem geração Y como formas de oportunidades para rever conceitos e crescer no mercado

O futuro dos negócios

Divulgação

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Destemidos, ambiciosos, curiosos, modernos e com pensamentos além do

tradicional. Estes são apenas al-guns adjetivos que caracterizam a geração Y, formada por nascidos principalmente na década de 80. Eles cresceram na era da tecnolo-gia, não sofreram com os efeitos da ditadura, por isso têm formas de pensar diferentes das gerações anteriores. Hoje lutam por boas co-locações no mercado de trabalho e se destacam, muitas vezes, como preferências das empresas. Porém, as características que significam qualidade para alguns, para outros são obstáculos.

Pesquisas mostram que a geração Y quer ser levada cada vez mais a sério, está crescida e tem responsabilidades. O estudo da multinacional IBM “Mitos, exageros e verda-des incômodas: a verdadeira história sobre a geração Y no trabalho” evidencia, por exemplo, que entre as prefe-rências da geração Y nas empresas estão a oportunidade de participar de conferências e eventos, de treinamentos em sala de aula e trabalhar próximo de colegas mais experientes. Esse resultado desmitifica a generalização de que esses jovens, também chamados de geração da tecnologia, priorizam a comunicação de forma moderna, como por meio de redes sociais e e-mails.

No Brasil, um estudo feito pela empresa focada no público jovem Bridge Research traça os integrantes da geração Y como multitarefas, organizados em comu-nidades físicas e virtuais, que julgam constantemente, são individualistas e valorizam o nível de atualização das informações. A coordenadora de Recursos Humanos da DC Logistics Brasil, Lidiane Hoffmann, ressalta que a geração Y cresceu em meio a muita ação, estímulo de atividades variadas e tarefas múltiplas. “Eles querem dar sentido à vida, e rápido. Enquanto fazem outras 10 coisas ao mesmo tempo, consomem milhares de infor-mações com rapidez”.

O assunto dos prós e contras da geração Y é de-batido com frequência entre especialistas e tem mudado a opinião de muitos. Lidiane explica que o que alguns enxergam como rebeldia com relação aos jovens, a em-presa de logística vê como grande oportunidade para

rever processos, valores e culturas para adaptação à nova realidade mundial. “A geração Y tem muito a aprender, mas tam-bém tem muito a ensinar”. Na empresa, 85% do quadro de funcionários é compos-to por profissionais da geração Y. “Temos colaboradores extremamente engajados com o resultado, ágeis e que buscam ino-vação constante dos procedimentos. Esses comportamentos devem-se à percepção de pertencimento ao negócio”, acrescenta.

Para matar a sede de conhecimento da geração Y, a empresa treina e estipula metas para que a sensação de superação esteja presente no dia a dia dos funcioná-rios e seja feita uma interação entre uma faixa etária e outra. “Utilizamos a expe-riência e know-how dos profissionais da geração X para a capacitação e desenvol-vimento da geração Y e vice-versa”, expli-

ca Lidiane, que ainda afirma que com essas experiências as duas gerações conseguem trabalhar em harmonia na obten-ção de melhores resultados.

A concessionária de veículos pesados Dicave, localiza-da às margens da BR-101 em Itajaí, também trabalha com a geração Y e leva esses jovens a sério dentro da empresa. “As pessoas dessa geração são conectadas nà tecnologia, o que nos possibilita sermos ainda mais competitivos no mercado”, afirma a coordenadora de Recursos Humanos Ana Luisa Oli-veira.

Na hora do treinamento, a geração Y tem uma gama variada de atividades para o desenvolvimento e crescimento dentro do ambiente de trabalho. Mas a captação de jovens no quadro de funcionários da empresa não para por aí. A

As pessoas dessa geração são conectadas à

tecnologia, o que nos possibilita

sermos ainda mais competitivos no

mercado

Ana Luisa Oliveira, coordenadora de

Recursos Humanos

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geração Z também é bem-vinda dentro da concessio-nária com um projeto que tem como foco a formação profissional de adolescentes em situação de vulnera-bilidade social.

O projeto Pescar atende jovens de 16 a 19 anos e também está presente em outras concessionárias da rede. Os alunos têm 800 horas de aula de formação contínua com orientação técnica e prática de mecâ-nica veicular, aprenderem a se desenvolver pessoal-mente e são incluídos em ações de cidadania. Tudo é gratuito, assim como o transporte e a alimentação.

“Alguns jovens formados no projeto passam a cada fim de ano por uma avaliação para recrutamento de vagas dentro da própria empresa. “Hoje temos 10 desses jovens trabalhando nas mais diversas áreas. Todos que se formam no projeto são acompanhados durante dois anos para auxílio e encaminhamento ao mercado de trabalho”, diz Ana Luisa.

Rótulos desnecessáriosMuitos rótulos foram dados à geração Y ao lon-

go dos últimos anos, principalmente pela mudança

de comportamento com relação às gerações mais ex-perientes, como a X, formada por pessoas na faixa dos 40 anos e a Baby Boom, que está na casa dos 60. A própria definição do que significa a geração Y também é colocada em discussão por alguns espe-cialistas.

Professor de Administração da Univali, Alexan-dre de Sá Oliveira, que realiza pesquisas sobre com-portamento empreendedor e tem experiência como empresário, defende que o termo refere-se mais a uma forma de pensar e agir do que uma determinada geração. “Vejo jovens extremamente conservadores, preconceituosos e caretas, características que não combinam com o perfil da geração Y, e conheço mui-tas pessoas com mais idade que pensam e agem de forma criativa, inovadora”.

Alexandre ressalta que o comportamento curio-so e ao mesmo tempo ágil, características da geração Y, também estão presentes em pessoas com idades acima dos 35. “Não é um privilégio de uma idade. É uma característica de um comportamento, produto da motivação, entusiasmo”, enfatiza.•

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ArtigoArtigo

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A nova Lei da Lavagem de Dinheiro, a Lei n° 12.683/2012, diz que pratica o crime de la-vagem de dinheiro aquele que ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes direta ou indiretamente de infração penal, sujeitando-se à pena de reclusão de 3 (três) a 10 (dez) anos mais multa.

Isso vale dizer que bens, direitos ou valores provenientes de crime são, para a legislação, ativos ilícitos; quem os conver-te em ativos lícitos, por conta de operações subsequentes de compra, venda, troca, entre outros, também está sujeito à mesma pena. E ainda quem os guarda, deposita, movimenta ou transfere, tendo ciência da sua origem ilícita.

Especificamente, com re-lação ao crime de lavagem de dinheiro, exige-se como ele-mento subjetivo do tipo o dolo; ou seja, o crime existe quando há intenção deliberada de pra-ticá-lo, ou, ainda, no caso em que o agente possui consciência concreta do ato de lavagem, ca-racterizando o dolo eventual.

Com efeito, aquele que não conhece a origem crimino-sa dos valores que oculta, não pratica o crime de lavagem de dinheiro.

Um exemplo é a casa de

câmbio que, ao operar com al-guns clientes que lhe entregam dinheiro para operações de câmbio, não sabe a origem das moedas e não conhece a forma de aquisição dos valores pelos clientes.

Da mesma forma aconte-ce com diretores de instituições financeiras, quando também não têm ciência das operações dos seus clientes.

Por outro lado, a casa de câmbio ou o diretor financeiro praticará crime quando forem-negligentes em procedimentos administrativos que visem o conhecimento de tais operações e suas origens, em situações em que seja possível distinguir objetivamente um ato de lava-gem. Noutras palavras, aquele que conhece a origem ilícita dos valores que deposita ou com os quais pratica operação financei-ra também responde pelo crime de lavagem de dinheiro.

Assim é essencial que o agente crie barreiras ao conheci-mento com a intenção de deixar de tomar contato com a ativida-de ilícita, se ela vier a ocorrer, evitando a prática do crime e a consequente responsabilização.

Se não ficar comprovada a intenção ou pelo menos uma consciência objetiva do masca-ramento de capitais, não haverá nem dolo nem dolo eventual, não se podendo falar em condu-ta ilícita.

A caracterização do crime de lavagem de dinheiro

Celso Almeida da SilvaOAB/SC 23.796-AOAB/MT 5.952Sócio do Escritório Silva e Silva AdvogadosAdvogado atuante nas áreas Cível, Tributária, Ambiental, Criminal, Comercial e Empresarial de forma geral, em nível administrativo e contencioso.Especialista em Direito Tributário, Administrativo, Constitucional, Penal Empresarial e Ambiental.

Uma empresa de Balneário Camboriú detentora das marcas e restaurantes Guacamole Cocina Mexicana, Didge Steakhouse Pub e da Maria Pa-

leta foi destaque no Prêmio Catarinense de Excelência. O grupo Ozmex foi premiado no segmento micro e pe-quenas empresas como uma organização que tem dado os primeiros passos rumo à excelência.

A entrega da premiação aconteceu em Floria-nópolis no primeiro dia de outubro. Para o diretor do grupo, João Francisco Galvão Barão, o reconhecimento serve como mais um estímulo na busca pela evolução da empresa. “Temos feito muito progresso neste sen-tido e no ano passado tivemos o reconhecimento na categoria Turismo, do Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, na etapa estadual. Como a evolução contínua é um dos valores que pregamos em nosso dia a dia, decidimos submeter a Ozmex ao Prê-mio Catarinense da Excelência e felizmente tivemos este resultado. Agora, teremos novos desafios que exigirão bastante empenho e melhorias na condução de nossos negócios”, enfatiza.

O prêmio é realizado anualmente pelo Movimento Catarinense pela Excelência (MCE) e esta foi a 10ª edi-ção. O objetivo é incentivar e reconhecer os esforços das empresas na busca pela excelência. O MCE foi fundado em 2014 a partir da união de entidades, empresas e profissionais que queriam melhorar a competitividade empresarial aperfeiçoando o cenário socioeconômico catarinense.

O Prêmio Catarinense da Excelência é conferido anualmente pelo Movimento Catarinense pela Excelên-cia (MCE) e está na sua 10ª edição. O objetivo da inicia-tiva é incentivar e reconhecer os esforços das empresas na busca pela excelência, tornando-as referência para as demais. Entre as ações da entidade está a dissemi-nação do Modelo de Excelência na Gestão (MEG), que é baseado em 13 fundamentos e oito critérios de excelên-cia, que são os pilares de uma boa gestão e que devem ser seguidos pelas organizações avaliadas.•

Empresa de Balneário Camboriú é destaque

em premiação

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Redução da burocracia e maior incentivo ao setor produtivo por parte do governo. Esse foi o tom do 1º Sul for Export, evento que reuniu as empresas exportadoras destaque da região Sul do país na última sexta-feira (2) na Fiesc, em Florianópolis. O fórum, uma iniciativa do Instituto e Revista AMANHÃ em parceria com as federa-ções do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, apresentou uma série de palestras com especialistas e autoridades com o objetivo de identificar soluções para impulsionar os números no segmento.

O painel “Indústria Brasileira: inovar para competir” reuniu os representantes das federações das indústrias do Sul e trouxe duras críticas. Segundo o presidente da Fiergs, Heitor Müller, o Brasil, apesar de ser a 7ª economia do mundo, está em 75º lugar nas exportações, participando com apenas 1,2% no mercado estrangeiro. “Já passamos

por muitas crises, mas, hoje, vivemos uma crise política, econômica, de credibilidade, moral e ética. O final desses desdobramentos causa muita preocupação para o futuro do país e exige uma constante reinvenção por parte das empresas”.

Müller informou que as indústrias investiram cerca de R$ 100 bilhões para seguir exigências de segurança, trabalhistas, de acessibilidade e regras ambientais. “Aqui no Brasil, ao contrário dos demais países, não se incentiva nem valoriza os empresários. É o consumidor quem paga e, por isso, não queremos que aumentem os impostos”, reivindicou.

“Como vamos falar em cadeia global se não nos entendemos nem com os vizinhos?”, questionou o vice--presidente da Fiep, Paulo Pupo, referindo-se aos acordos com os países do Mercosul. “Estamos fadados a ser expor-

O Brasil está fadado a ser exportador de commodities?

A 1ª edição do Fórum Sul for Export reuniu lideranças da exportação brasileira para debater os rumos do setor

na última sexta-feira, em Florianópolis.

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tadores de commodities?”, provocou. “Quem deve inovar e muito neste momento é o governo. Os exportadores não aguentam mais pagar essa conta. Temos que nos descolar dessa paralisia política”, afirmou.

Para o vice-presidente da Fiesc, Mario Cesar de Aguiar, o diagnóstico do empresariado é muito compreen-sível. “É consenso que a burocracia precisa ser reduzida. Além disso, o Brasil investe pouco em infraestrutura e isso interfere diretamente na competitividade. Nesse sentido, o Sul pode unir suas competências para fortalecer a re-gião”.

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, defendeu a constante aposta no desenvolvimento. “O conceito de inovação não deve ser visto apenas com produtos novos. Ele deve se antecipar e descobrir de que maneira aquilo que já existe pode ser aperfeiçoado para atender a novas demandas”, argumentou.

Oportunidades x barreirasSegundo o Banco Mundial, o sistema brasileiro tem

a maior carga tributária entre os Brics e emergentes. Aqui, se paga 37% em impostos, enquanto que, na China, o valor é de 20%. Na América Latina, todos estão abaixo: Uruguai 26,5%, Chile 22%, Colômbia 19% e Peru 17%. “Isso acontece, em partes, pois o Brasil tem 5,5 mil mu-nicípios que, dia a dia, criam regras”, declarou o sócio da Carvalho, Machado, Timm e Luz Advogados, Cristiano Carvalho, no painel “Oportunidades e barreiras para as exportações”.

“O relatório do Banco Mundial aponta que as com-panhias brasileiras gastam 3.600 horas apenas para cum-prir a legislação. Na Bolívia, são 1.025 e, no Vietnã, 871. Além disso, 97,7% das empresas exportadoras necessita utilizar despachantes aduaneiros e 88,7%, cujas exporta-ções respondem por mais da metade do faturamento, são afetadas pela burocracia”, explicou Carvalho.

Seguindo o tom de críticas ao cenário desfavorável, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse que, em 2013, foram exportados 1 milhão de veículos, número que caiu para 320 mil no ano passado. “As peças para produ-ção de um carro em São Paulo custam 18% em tributos, enquanto que, em outros Estados, custam 12%. Com isso, é impossível ter uma competitividade verdadeira, pois esse custo afeta o mercado interno”.

Segundo Moan, a redução da alíquota do Reintegra – programa de benefício aos exportadores – foi um deses-tímulo, mas, em compensação o acordo governamental com o México aumentou a exportação para aquele país em 60%. “Não existe um momento para exportar. Este

deve ser um desafio permanente. O câmbio não é o único problema. As ineficiências estão da porteira para fora, mas não adianta chorar, temos que ir à luta”, resignou-se.

ContrapontoCoube ao secretário de Desenvolvimento da Produ-

ção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior (Mdic), Carlos Gadelha, representar o governo federal no debate. Sobre as cadeias globais, o especialista defendeu que não se trata apenas de vender mais, mas sim, de como se inserir em um mercado globalizado. “Te-mos de importar mais, mas exportar muito mais. Não po-demos praticar uma política fragmentada, mas com foco na competitividade”, afirmou.

De acordo com Gadelha, o modelo de desenvolvi-mento que o governo está colocando na agenda aposta na qualidade da produção. “É fundamental para o Brasil com-petir na cadeia global. Exportar mais não é positivo ape-nas para gerar mais emprego e investimento, mas para a própria competitividade das empresas. O governo está trabalhando duro na modernização do parque industrial brasileiro que tem, em média, 14 anos, enquanto que, na Alemanha, essa média cai para sete”. O secretário desta-cou que é preciso sair de uma agenda paralisante a partir de uma estratégia progressiva e finalizou sua participação em tom diplomático. “Nós nunca vamos deixar de estar nos lugares para não ouvir críticas”.

PremiaçãoApós os debates, foi realizada a premiação dos 90

maiores exportadores do Sul divididos em três categorias: Maiores Exportadores, Campeãs por Setor e Empresas que Mais Exportaram pelo Sul entre 2012 e 2014. O ranking é elaborado pelo Instituto e Revista AMANHÃ com base nos indicadores oficiais do Mdic. Nomes como Bunge, BRF, Seara e Nidera integram a lista.

Mesmo com a queda de 15,9% nas exportações da região Sul em 2014, algumas empresas expandiram sua participação no mercado externo. O ramo de produtos bá-sicos é o carro-chefe e, impulsionadas pelas boas safras, algumas companhias tiveram destaque – como é o caso da Alibem Alimentos, que viu suas exportações aumenta-rem 53% no ano passado pelos portos gaúchos.

Entre as dez empresas que apresentaram maior cres-cimento, oito vêm do setor de alimentos, como as para-naenses Copacol, Coopavel e da Cooperativa Agroindus-trial Lar, que aumentou seus embarques em 105%, o que garantiu o primeiro lugar ente as campeãs da expansão internacional no período. Já Santa Catarina foi o único es-tado da região a crescer, apresentando aumento de 3,4% em comparação aos vizinhos.•

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ArtigoArtigo

Estatuto de Defesa do Consumidor completa 25 anos: o que ainda

precisa mudar?

Por Lélio Braga Calhau.

Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério

Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela

Univali, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira

para Todos".

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Em setembro, o Brasil comemo-rou os 25 anos de aprovação do Código de Defesa do Consumi-

dor (CDC). No embalo da Constituição Federal de 1988, que elevou a prote-ção do consumidor a um direito cons-titucional, veio essa lei com uma pro-posta avançada para novos tempos.

Muita coisa mudou para melhor nesse período e a lei (com apoio na doutrina e na nova jurisprudência) implantou uma nova cultura entre as relações de fornecedores e consumi-dores. Em muitos pontos foi positiva, acesso à justiça, responsabilidade ci-vil, inversão do ônus de prova. Mas em outros, como os "litigantes pro-fissionais", entre eles alguns grandes bancos, companhias telefônicas e planos de saúde, os objetivos do CDC ainda passam longe de sua efetiva-ção.

Mesmo com a criação do Siste-ma Nacional de Defesa do Consumi-dor, a resposta efetiva e justa para o consumidor, em muitos casos, não consegue ser rápida. De forma assus-tadora, algumas grandes empresas possuem Serviço de Atendimento do Consumidor (SAC) com qualidade sofrível, terceirizados, onde pagam salários baixos aos trabalhadores e as próprias empresas empurram os con-

sumidores a demandar o judiciário, onde mantém estruturas de defesa com bons escritórios contratados.

Um ponto que ainda não con-seguimos avançar é o da populariza-ção dos direitos do consumidor. Muita gente ainda desconhece os seus di-reitos por práticas comerciais ilegais, como a venda casada, no seu dia a dia. O CDC, para muitos, é uma lei difícil de entender, mas que é salva-guarda de direitos importantes para o consumidor e sua família.

A meu ver, os pontos que mais demandam uma atualização do CDC no momento, e que não podem espe-rar mais, são o comércio eletrônico e a proteção do consumidor superendivi-dado. Encontram-se no Senado Fede-ral iniciativas legislativas sobre isso. A sociedade tem urgência na aprovação dessa nova legislação.

Por fim, é preciso levar, de for-ma mais ampla, esses direitos e a boa educação financeira para as escolas em todo território nacional, de forma que dentro de suas disciplinas origi-nárias os alunos passem a entender e dominar, numa visão integrada, esses conteúdos. Assim podemos construir um Brasil com consumidores mais conscientes e assertivos sobre os seus direitos.•

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O governo federal lançou em setembro o Plano de Desenvolvimento da Aquicultura Brasileira (PDA) orçado em R$ 500 milhões. O objetivo da iniciati-

va é colocar o país em posição de destaque na atividade até 2020.

O PDA, segundo o governo federal, vai incentivar o desenvolvimento da aquicultura em águas marinhas em domínio da União, a piscicultura em tanques e viveiros escavados, o desenvolvimento da carnicicultura, da Ama-zônia Legal e do semiárido. Conforme o Ministério da Pes-ca e Aquicultura, o plano vai ordenar a atividade aquícola brasileira de modo a aproveitar os 8,5 mil quilômetros de costa marítima e a água doce disponível no país, dentro dos critérios estabelecidos pela Agência Nacional das Águas (ANA).

O ministro da pasta Helder Barbalho afirma que o

plano foi construído de forma participativa com o setor produtivo e tem como objetivo ser um parâmetro na exe-cução de políticas públicas de planejamento da atividade. “A aquicultura representa nova fronteira para o crescimen-to do nosso agronegócio”, ressalta.

Com o plano, também serão criados Distritos Indus-triais Aquícolas (DIA) que vão verticalizar a produção nos locais de maior potencial. “Tenho a certeza de que o PDA pode nos ajudar a conquistar os objetivos que todos que-remos para a nossa aquicultura”, destaca o ministro.

O negócio envolvendo o pescado no mundo movi-menta US$ 600 bilhões todos os anos. Entretanto, o Brasil é apenas o 12º maior produtor mundial em aquicultura. Com o Plano, a meta do governo brasileiro é chegar à quinta colocação, com a produção de 2 milhões de tone-ladas por ano.•

Governo federal lança plano de pesca orçado em R$ 500 milhões

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52 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Santa Catarina está entre os estados participantes do programa Leite Saudável, que prevê investimentos de R$ 387 milhões na cadeia leiteira do Brasil. Até

2019, 15 mil produtores de leite de 78 municípios cata-rinenses vão receber investimento de R$ 66 milhões do governo federal para incentivo do setor.

O anúncio foi feito no dia 28 de setembro pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Kátia Abreu em um evento na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), onde o programa foi lançado.

No Brasil, a expectativa é promover a ascensão so-cial de 80 mil produtores e melhorar a competitividade do setor lácteo. Além de Santa Catarina, serão beneficiados produtores de Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Os cinco, juntos, representam 72,5% da produção nacional. “É uma grande conquista para os produtores de leite do Estado que terão seu trabalho reconhecido e aprimorado e a produção alavancada com esses investi-mentos”, salientou o secretário de Articulação Nacional, Acélio Casagrande, que representou oficialmente o go-vernador Raimundo Colombo no ato e assinou o termo de cooperação técnica Leite Saudável para participação

de Santa Catarina no programa.A meta para os catarinenses é aumentar a produ-

ção diária por vaca, que atualmente é de sete litros, para 16 litros, quantia similar a da Argentina. “Este programa vai ajudar a garantir a sustentabilidade do nosso setor leiteiro, sendo que 73% da produção está no oeste cata-rinense”, disse o deputado federal Celso Maldaner, presi-dente da Frente Parlamentar em Defesa da Bovinocultura de Leite.

O programa será desenvolvido pelo Ministério da Agricultura (Mapa) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Terá sete eixos principais de atuação: assistência técnica ge-rencial, melhoramento genético, política agrícola, sa-nidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados. “O objetivo é aumentar a renda dos produtores e melhorar a produtividade e a qualidade do leite, além de ampliar os mercados interno e externo. Em um prazo de dois anos teremos uma diferença signifi-cativa na vida desses produtores e na qualidade do leite brasileiro”, acrescentou Kátia. Segundo ela, o objetivo é ampliar a produção dos participantes, a maioria das clas-ses sociais C e D, para 50 mil litros por dia.•

SC participa de programa que prevê R$ 387 milhões para a cadeia leiteira no Brasil

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Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

Itajaí recebeu uma Câmara Regional de Educação no pri-meiro dia de outubro. Ao todo são 16 entidades do gê-nero espalhadas por cidades catarinenses. O projeto das

câmaras regionais do movimento A Indústria pela Educação é da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Vin-culados às vice-presidências da federação, os grupos de tra-balho vão promover a articulação e mobilização do público visando a análise e priorização de ações necessárias na área educacional em cada região.

Lembrando a campanha Pais pela Educação, que esti-mula o envolvimento com os estudos dos filhos, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, citou o professor James Heck-man, da Universidade de Chicago. O economista ganhou o Prêmio Nobel ao demonstrar também os ganhos econômi-cos decorrentes da valorização da educação nos primeiros anos de vida das crianças. “O que não aprendem nessa fase, aprenderão depois de maneira mais lenta. E isso será 60% mais caro, pois o momento mais eficiente para desenvolver competências e habilidade é nos primeiros anos de vida. Heckman também enfatizou a participação da família, de-monstrando o retorno para as cidades e os estados”, afirmou

Côrte.O vice-presidente regional da FIESC, Maurício Cezar

Pereira, destacou o objetivo de mudar as estatísticas rela-tivas à educação em Santa Catarina. ”Hoje se completa a fase de implantação das 16 câmaras regionais do movimen-to. Agora vamos trabalhar, em sintonia com as demais, para fazer de Santa Catarina uma referência no Brasil. Queremos levar educação básica aos colaboradores. Eles melhorarão a sua capacitação profissional, serão melhores cidadãos e agentes transformadores. Pela educação vão ter cargos me-lhores, ajudarão as empresas a serem mais competitivas e serão indutores de conhecimento na família e na comunida-de”, disse.

A descentralização do Movimento A Indústria pela Edu-cação, por meio das câmaras regionais é estratégica, avalia o diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos. “Esta é uma iniciativa inspiradora, inclusive para o movimen-to Todos pela Educação. Para mobilizar tem que trabalhar em rede. Por isso, tem que ter capacidade de articulação, de co-municação e trazer para o movimento central o sentimento local: O desafio é trabalhar de forma colaborativa”. •

Itajaí recebe Câmara Regional de Educação da Fiesc

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A construtora FG Empreendimentos de Balneário Camboriú ficou entre as cinco melhores empre-sas do setor de construção imobiliária na cate-

goria Sustentabilidade Financeira, conforme o ranking “As Melhores da Dinheiro”, realizado pela revista Isto É Dinheiro. O evento oficial de premiação aconteceu em São Paulo e reuniu representantes das empresas que se destacaram nas práticas de gestão.

Com estratégia de desenvolvimento sustentável, a empresa sinaliza uma ótima fase, mesmo diante de um cenário econômico instável. Dados da construtora catarinense mostram crescimento de 20% em 2014 com relação ao ano anterior, encerrando o ano com R$ 1,5 bilhão em estoques para venda e um banco de terrenos de 2,5 milhões de metros quadrados.

Em 2013 e 2014, a empresa foi auditada pela Ernst & Young, uma das maiores auditorias do mundo com clientes como Coca-Cola, Walmart, Google e Fiat. Neste ano, a empresa renovou a parceria vitoriosa com

a atriz Sharon Stone, garota-propaganda da construtora desde 2012.

“Para 2015, a expectativa da FG Empreendimentos é crescer cerca de 30%. Permanecemos com participação comercial efetiva nos mercados de todo o Brasil, além de operações em países do Mercosul. Nosso foco de cons-trução é Balneário Camboriú, mas pretendemos continu-ar o processo de expansão de mercado, construindo em cidades com até 100 quilômetros de distância do muni-cípio”, avalia o diretor presidente da FG, Jean Graciola.

O prêmio da Isto É Dinheiro está na décima segun-da edição e é um dos maiores reconhecimentos corpora-tivos do mercado brasileiro. São avaliadas e comparadas empresas do mesmo segmento que devem responder a perguntas relacionadas à sustentabilidade financei-ra, governança corporativa, inovação e qualidade, res-ponsabilidade social e ambiental e recursos humanos. O ranking será publicado na edição especial “As 1.000 Melhores da Dinheiro”.•

Construtora catarinense está entre as melhores

empresas de sustentabilidade financeira do Brasil

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Contadores de Itajaí foram homenageados no dia 3 de outubro em um evento do Sindicato dos Conta-bilistas de Itajaí (Sindicont). Pela primeira vez foi

entregue o troféu Rudolpho Below, que homenageia o profissional da categoria que mais se destacou na cidade. Dirceu Paulo Nascimento foi o escolhido.

O profissional começou a trabalhar na área aos 14 anos e se formou contador na primeira turma de Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Nas-cimento, que tem 50 anos de carreira, foi professor do curso universitário entre 1983 e 2004, um dos fundadores da Associação dos Contabilistas de Itajaí, que originou o Sindicont, e atualmente é vice-presidente da Federação dos Contabilistas de Santa Catarina.

Como requisito para receber o prêmio, o contador

precisa ter contribuído com a profissão na comunidade empresarial e ter se destacado também no lado social. Além do grande homenageado, outros contadores que se destacaram no município também receberam troféus.

A homenagem a Rudolpho Below com o nome do troféu para o contador de destaque na região é o reconhecimento ao profissional que dedicou boa parte da vida a categoria. Natural de Joinville e formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná, se estabeleceu em Itajaí em 1961, quando fundou com a esposa a organização contábil Itajaí Ltda. Foi perito con-tábil e delegado do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina. Na gestão do Sindicont promoveu, em Itajaí, a Convenção dos Contabilistas de Santa Catarina. Below faleceu em 2013 aos 78 anos. •

Contadores de destaque em Itajaí são homenageados

O homenageado Dirceu Paulo Nascimento e o

presidente do Sindicont Marcos Alexandre Emílio

João Souza

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56 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

O Brasil perdeu 86.543 em-pregos com carteira assi-nada em agosto, confor-

me dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Traba-

lho e Emprego. Pelo quinto mês consecutivo houve queda no ní-vel de emprego formal celetista no país. A variação negativa é de 0,21% em comparação ao esto-que anterior.

Brasil perde quase 90 mil empregos com carteira assinada em um mês

Apesar dos dados, o in-dicativo foi de desaceleração do ritmo de queda do emprego se comparado a julho, quando foram perdidas 157 mil vagas. No acumulado do ano já foram desativadas 572 mil vagas de emprego no país e nos últimos 12 meses foram perdidos 985 mil postos. Este é o pior resul-tado desde 1995.

Durante o período, ape-nas dois dos oito setores da atividade econômica acompa-nhados pelo Caged elevaram o nível de emprego, serviços e administração pública, depois de quatro meses de queda. A maior perda de postos de tra-balho foi identificada na indús-tria de transformação. Dos 12 ramos de atividade que com-põem o setor, 11 reduziram o

nível de emprego. A exceção foi a indústria de produtos alimentícios (+7.649 postos). Já a agricultura teve queda de 4.448 postos (-0,27%) em relação ao estoque, embora essa seja a menor queda desde 2005 para o setor, no mês de agosto.

O Caged mostra queda do emprego em agosto em quatro das cinco regiões bra-sileiras. A única região que gerou emprego foi o nordeste, com 893 empregos celetistas criados. No acumulado do ano, com exceção do centro-oeste brasileiro, as demais regiões diminuíram o nível de empre-go. Já nos últimos 12 meses, todas as regiões tiveram per-das.•

Fonte: Agência BrasilValdecir Galor - SMCS - Fotos Públicas

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58 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

O carro próprio é uma realidade para muitos. Tanto que o Brasil tem mais de 45 milhões de veículos le-ves em circulação conforme dados divulgados pelo

Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) em 2014. Porém, a retração da economia brasileira sugere que é pre-ciso segurar os gastos na hora de efetuar qualquer compra, seja de pequenos produtos até grandes investimentos, como a aquisição de um veículo. Nesse setor, financiamen-tos, leasing e consórcios são boas alternativas para quem quer ou precisa adquirir um carro, mas não pode dar o valor total à vista.

“Cada modalidade tem as suas vantagens e desvan-tagens. O que precisa ser analisado é o perfil do compra-dor e a necessidade que ele tem na aquisição do bem, se é imediata ou não”, afirma o economista e financista Ricardo Mayer Galacha, que também é delegado do Conselho Re-gional de Economia (Corecon) em Itajaí. É importante ana-lisar qual taxa de juros está sendo praticada no momento

da compra e a prestação que será assumida, conforme o orçamento pessoal ou familiar de quem vai comprar.

O especialista ressalta que se o consumidor tem uma demanda imediata pelo veículo não deve optar por um consórcio. Nestes casos, o financiamento bancário ou o leasing seriam as melhores formas de adquirir o bem. Para saber qual escolher é preciso simular a condição de financiamento que vai gerar o menor valor de parcela den-tro do mesmo prazo. “Pode ser que um desses tipos de financiamento esteja com uma taxa de juros melhor para aquele dia”, lembra.

Apesar de não conseguir ter o bem no momento do contrato, o consórcio continua sendo uma das escolhas favoritas do brasileiro. Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) mostram que houve crescimento no setor durante este ano. Somente de janeiro a julho, conforme informações divulgadas em setembro, a alta foi de 17% nas adesões de veículos leves, com 55,5

LEASING, CONSÓRCIOS E EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS SÃO BOAS PEDIDAS PARA QUEM PRECISA COMPRAR UM CARRO

Como financiar?

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Economia&Negócios • Outubro 2015 • 59

mil cotas comercializadas no período. Os consórcios de veículos pesados tiveram aumento de 11% nos primeiros sete meses do ano, com 25,5 mil novos participantes. O primeiro se-mestre também apresentou um indicador de 26% de participação dos consórcios sobre o volume geral de valores disponibilizados para aquisições de veículos com le-asing e financiamentos.

O economista enfatiza que essa ainda é a forma mais reco-mendada para adquirir um veículo a prazo, principalmente para quem troca de carro com frequência, já que apresenta menores custos. “Quan-to mais os juros de mercado sobem maior é a economia do consórcio em relação ao financiamento”, diz.

Financiar é uma forma mais rápida de adquirir um veículo, mas não é a mais requisitada. Neste setor, a Cen-tral de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Priva-dos (Cetip) afirma que houve queda no acumulado do ano. De janeiro até agosto foram financiadas 3.612.747 unidades, entre elas automóveis de passeio, comerciais leves, motos e pesados. A quantidade é 11,6% menor que no mesmo período do ano passado. O menor recuo, se-gundo a Cetip, foi nos financiamentos de veículos usados. O volume, 1.999.847 unidades, é 3,2% menor que o dos oito primeiros meses de 2014. A queda de financiamentos de veículos novos é de 20,2% no mesmo período, que registrou 1.612.900 unidades.

A retração nos financiamentos no Brasil foi afetada diretamente pela alta de juros. Galacha explica que as ele-vações que o Banco Central realiza na Selic não têm muito efeito sob os juros passados ao consumidor quando são analisadas isoladamente. “Porém, um movimento de alta na Selic por um longo período de tempo afeta os juros ao consumidor, que sobem junto”.

Na hora de comprar um veículo, seja à vista ou fi-nanciado, o economista aconselha que o consumidor pre-cisa pensar, também, nos outros custos que este bem vai gerar. Após a compra, além da parcela no caso de finan-ciamento, gastos com seguro, manutenção, licenciamento e combustível são obrigatórios para o dono do carro e minimizam o orçamento.

As concessionárias também podem auxiliar os com-pradores nas opções de financiamento. O autônomo Leo-nardo Dequi elogia essa característica em uma concessio-nária na rodovia Osvaldo Reis, em Itajaí, onde comprou seu carro modelo 2011 em abril deste ano. “Pedi o limite

de R$ 500 na parcela do veículo e o vendedor buscou di-versas opções para conseguir encaixar o meu pedido”. O comprador deu o seu veículo como entrada e vai pagar o carro novo em 48 vezes por leasing, tendo posse como dono após o término do pagamento das parcelas.

Queda nas vendasO ano foi de queda nas vendas de veículos em todo

o Brasil e a tendência é pessimista para os próximos me-ses. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) Luiz Moan afirma que as vendas totais de veículos novos no país devem cair cer-ca de 24% em 2015 ante 2014.

Até agosto, segundo a Federação Nacional de Distri-buição de Veículos Automotores (Fenabrave), houve uma redução de 347 concessionárias em todo o território nacio-nal. Somente no setor de distribuição de veículos, 17 mil empregos deixaram de existir. “As causas que justificam os números são a crise política, que está piorando a situação econômica, a falta de confiança do consumidor, desem-prego e inflação em alto, aumento dos juros e a queda do Produto Interno Bruto (PIB) já registrada no ano de 2015”, diz o presidente da Fenabrave em Santa Catarina.

Mais de 2 milhões de veículos de todos os segmen-tos foram comercializados no Estado nos oito primeiros meses do ano, o que representa retração de 18% no perí-odo comparado a 2014, quando este número ultrapassou os três milhões. No acumulado do ano, os segmentos de carros e utilitários leves registrou queda de 20,38% nas vendas. Foram vendidos 1.698.468 veículos deste gênero em 2015 contra 2.121.468 no mesmo período de 2014.

O representante da Fenabrave/SC na região de Itajaí, Osmar Nunes Filho, enfatiza que como todas as atividades registraram mudanças no Brasil nos últimos meses, o setor automotivo também passou por variações. Na região, a crise é sentida nas concessionárias, mas a situação não chega a ser tão desastrosa quanto em outras áreas. “As pessoas desejam comprar, mas têm um pouco de falta de confiança. Estamos nos adaptando aos poucos a esse mo-mento para voltar a crescer”.

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60 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Divulgação APM

Saiba a diferença entre os tipos de financiamentos

O consorciado é um cotista que contribui mensalmente durante prazo determinado para a formação de um fundo. Todos os participantes desse grupo têm o direito de utilizar essa poupança para aquisição de bens ou serviços, conforme o que foi estabelecido no contrato.

Consórcio:

Podem ser feitos em bancos privados e públicos por meio do Crédito Direto ao Consumidor (CDC), onde é feito um empréstimo para comprar o veículo, que fica na posse do comprador, mas fica alienado ao banco até que todas as prestações estejam pagas. Pode ser feito direto nos bancos ou nas concessionárias, que praticam a modalidade.

Financiamento:

Neste caso, o veículo é do banco, que o aluga para o cliente, até o término do pagamento das prestações. As taxas de juros são fixadas no início do contrato e não sofrem alterações ao longo do período de pagamento.

Leasing:

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Economia&Negócios • Outubro 2015 • 61

A APM Terminals, administradora do terminal portuá-rio de Itajaí, lançou uma iniciativa junto com outros quatro dos maiores operadores portuários do mun-

PortosdoBrasil

APM Terminals lança iniciativa para promover a consciência ambiental em Itajaí

do para promover a consciência ambiental. O projeto, chamado Go Green, aconteceu em setembro em centenas de terminais dos cinco continentes, inclusive na cidade catarinense.

A campanha teve como obje-tivo sensibilizar o público interno e externo sobre seus três temas prin-cipais, que são a reutilização e a reciclagem, as mudanças climáticas e o engajamento com as comunida-des. “Trabalhando juntos, podemos abordar as questões críticas enfren-tadas no ambiente e agir como um catalisador para a mudança global", enfatizou Kim Fejfer, CEO da APM Terminals em âmbito global.

Atividades de voluntariado em áreas de preservação, ações de educação ambiental e envolvimento das comunidades, programas de re-dução de emissões de gases poluen-tes na atmosfera, além de adoção de medidas de reaproveitamento de insumos constaram na agenda. As ações da campanha em Itajaí envolveram também convênios de descontos em postos de combustí-veis para uso de etanol e em lojas de bicicletas para incentivar o uso do transporte limpo.

O incentivo a carona entre os colegas de trabalho da APM Termi-nals, plantio de árvores nativas em uma área de preservação permanen-te do terminal, pedágio para doação de mudas de árvores e flores nativas da região na Rodovia Jorge Lacerda, além de coleta de lâmpada fluores-cente, óleo de cozinha, pilhas, ba-terias e material eletroeletrônico e arrecadação de materiais de limpeza para instituições que cuidam de ani-mais abandonados são outras ações que fizeram parte do Go Green.•

Divulgação APM

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PortosdoBrasil

O porto de Itapoá superou duas vezes o recorde na operação de navios durante o mês de se-tembro. Os novos números bateram o último

recorde, que tinha sido registrado em novembro de 2014, com 143 movimentos por hora (MPH).

O primeiro recorde de setembro deste ano foi quando o navio Monte Rosa, da Hamburg Süd atingiu a marca de 145,7 MPH. Quatro dias depois, o navio Monte Sarmiento, também da Hamburg Süd, superou os números e registrou 155,6 MPH.

A operação do Monte Sarmiento foi feita em pou-co menos de seis horas e efetuou 856 movimentos com um índice de produtividade considerado extremamente alto por equipamento, de 46,5 MPH por portêiner, um

dos mais altos do mundo.Com os dois novos recordes, que foram obtidos

em menos de uma semana, a média de produtividade do terminal deve fechar o ano próxima a 90 MPH, índi-ce superior de terminais internacionais como Singapu-ra, Hong Kong, Rotterdam e Hamburgo.

O índice de movimentos por hora é utilizado no meio portuário para pedir a produtividade dos termi-nais. Ele é calculado pelo número de movimentos fei-tos por um terminal em determinado navio durante um período de tempo específico. Quanto maior o índice de MPH, mais rápida a operação, que resulta em menos custos gerados para armadores, exportadores e impor-tadores.•

Porto de Itapoá supera recorde operacional em menos de uma semana

Divulgação Porto de Itapoá

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Economia&Negócios • Outubro 2015 • 63

O porto de Rio Grande registrou o maior recor-de de movimentação mensal com os resul-tados alcançados em agosto. Foram 4,067

milhões de toneladas movimentadas no período e superou o recorde anterior, que havia sido obtido em abril de 2015. No acumulado do ano o porto regis-tra 25.845.634 toneladas, que significa aumento de 3,7% com relação ao mesmo período de 2014.

A China segue sendo o principal destino das exportações pelo porto do Rio Grande neste ano. Até o final de agosto foram exportadas 15.443.748 toneladas no total e 53,3% foram enviadas ao país asiático. Nas importações, a Rússia aparece como principal origem com o acumulado de 439.729 to-neladas e o total de importações somam 3.836.572 toneladas.

Comparado aos primeiros oito meses de 2014, neste ano o porto teve crescimento nos segmentos de carga geral e granel sólido. A carga geral passou de 5.282.904 para 5.519.146 toneladas. Já o gra-nel sólido teve acréscimo de 5,6% na movimentação passando de 16.528.803 para 17.497,865. Os gra-

néis líquidos somaram 2.828.624 toneladas.Somente o complexo soja representa 41,5% da

movimentação do porto de Rio Grande. Até agosto foram movimentadas 10.738.902 toneladas, um au-mento de 19% com relação ao ano anterior. Ainda no acumulado de 2015, a movimentação de containers teve crescimento de 3,37% no comparativo entre os anos passando de 458.710 para 474.200 TEUs.

“A safra recorde do Estado do Rio Grande do Sul tem sido o grande motivador dos expressivos nú-meros de movimentação de nosso Porto. O complexo portuário está ligado a produção agrícola gaúcha e mesmo diante das dificuldades do cenário interna-cional estamos conseguindo manter o ritmo de ativi-dade”, afirmou o superintendente Janir Branco.

Apenas no mês de agosto a movimentação ficou dividida: carga geral (926.573); granel sólido (2.776.917) e; granel líquido (363.685). “Conseguir-mos bater recordes em ano de crise é um sinal muito positivo de que a estrutura está preparada para aten-der ao estado a aos países do Mercosul”, concluiu o superintendente.•

PortosdoBrasil

Porto de Rio Grande registra recorde de movimentação

Divulgação Porto de Rio Grande

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O porto de Itajaí recebeu uma comi-tiva formada por parlamentares da subcomissão de Portos e Vias Nave-

gáveis da Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal no início deste mês. O objetivo foi mostrar a essas autoridades a situação dos portos catarinenses para que soluções para o desenvolvimento possam ser discutidas.

Em uma reunião com o prefeito Jan-dir Bellini, a secretária de Desenvolvimento Regional, Eliane Rebello, o superintendente do porto de Itajaí Antonio Ayres dos Santos Júnior, entre outras autoridades, também entrou em pauta a descentralização da ges-tão dos portos organizados. Com a nova Lei dos Portos, sancionada pelo governo fe-deral em 2013, essas organizações sofrem maior ingerência da Secretaria de Portos da Presidência da República e da Agência Na-cional de Transportes Aquaviários (Antaq).

“Não estamos pedindo nada demais. O que queremos é a possibilidade de gerir nosso porto, que tem sua gestão municipa-lizada, de forma a possibilitar investimentos da iniciativa privada, ganhar competitivida-de no mercado e também tratamento igua-litário com os demais portos atrelados a SEP, em termos de investimentos federais”, diz o superintendente do porto de Itajaí.

Ayres mostrou aos os deputados Edi-nho Bez, João Paulo Papa, Alexandre Valle, Juscelino Filho e Milton Monti, que formam a comitiva, um breve histórico do cresci-mento do porto nos 20 anos de gestão mu-nicipal, com números significativos, e pediu a ajuda dos parlamentares e do diretor Geral da Antaq, Mário Povia, que também participou da reunião, na agilidade das de-cisões em Brasília. O prefeito Bellini e o pre-sidente do Legislativo de Itajaí, Luiz Carlos Pissetti também pediram a descentralização aos parlamentares.•

PortosdoBrasil

64 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

Autoridades discutem descentralização das gestões dos portos no porto de Itajaí

Victor Schneider

Victor Schneider

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Economia&Negócios • Outubro 2015 • 65

PortosdoBrasil

Porto de Santos é o principal na movimentação de contêineres

da América Latina

O Porto de Santos se manteve em 2014 como o principal complexo na movimentação

de contêineres da América Latina. O ranking do ano passado foi divul-gado pela publicação americana The Journal of Commerce, especializada em tráfico marítimo.

A publicação “Top 50 Word Container Ports” mostra que o porto de Santos é 0 38º porto do mundo na movimentação de contêineres, com resultado de 3,68 milhões TEU. O número mantém o porto na liderança da América Latina.

O Porto de Santos se mantém como o principal complexo na movi-mentação de contêineres da América Latina. O ranking de 2014 foi divul-gado pela publicação americana The Journal of Commerce, especializada em tráfego marítimo. Nas dez primei-ras posições se destacam portos da

Ásia, ficando Roterdan, na Holanda, com a 11ª colocação. Em relação a 2013, o Porto de Santos já havia sido apontado como 38º do mundo na movimentação de contêineres, em ranking divulgado pela revista britâ-nica “Conteinerisation international”.

De acordo com o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Angelino Caputo e Oliveira, a expectativa é que o porto de Santos se destaque cada vez mais nesse ranking, tendo em vista as no-vas estruturas disponibilizadas para esse segmento de carga. Nos sete primeiros meses deste ano, Caputo disse que as operações com contê-ineres cresceram 7,2%, saindo de 2 milhões para 2,2 milhões teu. Em toneladas, o aumento foi de 12,8%, passando de 21 milhões no mesmo período em 2014 para 23,7 milhões em 2015.•

Sérgio Coelho/Codesp

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66 • Outubro 2015 • Economia&Negócios

ArtigoArtigo

Por Valdir Colatto Deputado

federal, presidente da Frente Parlamentar da

Desburocratização

Burocracia e corrupção

Legislações e normas que infernizam a vida de quem produz e trabalha provocam

um Custo Brasil sem limites e ultrapassam qualquer fronteira de bom senso e razoabilidade. Eliminar a burocracia inútil será o desafio para enfrentar a crise econômico-financeira, política e ética no Brasil, buscando recomeçar, como uma “luz no fim do túnel”. A burocracia impede o desenvolvimento susten-ado da nossa economia, traz ine-ficiência aos serviços públicos e fracassa qualquer iniciativa de me-lhoria das condições de vida. Por isso insisto que “muito ajuda quem pouco atrapalha”.

No ranking mundial que mede a simplificação da vida, o Brasil é o 127º na lista do Banco Mundial. O custo anual da burocracia brasileira é estimado em R$ 46 bilhões, ou seja, 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Não só pelo mal da letargia, mas a burocracia vai além. Ela é a principal responsável pela corrupção no país e no mundo. A ganância e a burocracia geram a cultura do subor-no. Descomplicar a máquina buro-crática significa dar resposta positiva contra a corrupção.

O resultado da máquina escle-rosada é o engessamento de toda e qualquer necessidade do cidadão. É

o empecilho no processo de abertura ou encerramento de uma empresa, no patenteamento de produtos, no registro de uma marca, no encami-nhamento de documentos pessoais, numa fila de SUS. Dar as mesmas ex-plicações em várias instâncias sobre um desejo ou uma necessidade de um cidadão é aumentar as filas da burocracia e alimentar este mal. São milhares de organismos públicos exi-gindo satisfação. E quando a buro-cracia sai do grau de inteligência ela migra para o retrabalho ineficiente. Somos reféns de tramitações inúteis que poderiam ser superadas com a simples utilização da tecnologia.

Precisamos desatar estes nós. Por isso lutamos com a criação da Frente Parlamentar da Desburocra-tização na Câmara dos Deputados com metas para consolidar e mo-dernizar a legislação e acabar com o “carimbório” inútil. É diária a nossa luta no Congresso Nacional contra a burocracia na liberação de regis-tros de indústrias, produtos, portos e licenças ambientais que travam e oneram o setor produtivo brasileiro e nos coloca como um dos países mais burocráticos do planeta.

O desafio é eliminar os ex-cessos que atrapalham o Brasil que deseja produzir e desenvolver. Que se respeite o cidadão, refém da ine-ficiente burocracia estatal.•

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