revista portuária - 22 dezembro 2015

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Revista Portuária - 22 Dezembro 2015

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  • 4 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Editora Bittencourt

    Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itaja

    Santa Catarina | CEP 88303-020

    Fone: 47 3344.8600

    Diretor

    Carlos Bittencourt

    [email protected]

    Diagramao:

    Solange Alves

    [email protected]

    Redao:

    [email protected]

    Capa:

    Leandro Francisca

    Contato Comercial

    Rosane Piardi - 47 8405.8776

    [email protected]

    Elogios, crticas ou sugestes

    [email protected]

    Para assinar: Valor anual: R$ 300,00

    A Revista Porturia no se responsabiliza por

    conceitos emitidos nos artigos assinados, que

    so de inteira responsabilidade de seus autores.

    www.revistaportuaria.com.br

    twitter: @rportuaria

    ANO 15 EDIO N 190Dezembro 2015

    EDITORIAL

    Comercial para todo o Brasil

    VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

    MAIL: [email protected]: [email protected]

    Amfri como polo de desenvolvimento

    O ano de 2015 no foi fcil para a maioria dos brasilei-ros. Muitos setores sentiram a retrao causada pela crise poltica e econmica em todo o Brasil, mas ainda assim Santa Catarina conseguiu se manter com as taxas mais baixas de desemprego. Nesses momentos que se percebe a importncia de ter um estado autnomo no quesito desenvol-vimento.

    J se projeta, por exemplo, que Santa Catarina deve lu-crar com o turismo nesta temporada de vero em funo da alta do dlar. Sendo assim, por que no desenvolver as regies dentro do Estado para que elas tambm tenham autonomia sobre seu crescimento?

    Quando o coordenador voluntrio do projeto InvoAmfri, Paulo Bornhausen, fala em desamarrar as cidades para depois amarr-las isso que quer dizer. O programa tem como finali-dade desenvolver a regio da Amfri de forma autnoma. Fazen-do com que os municpios garantam pleno desenvolvimento independente da situao do pas e at do restante do Estado.

    Esse emponderamento que tratamos na manchete desta edio devidamente possvel se houver, como h agora com esse projeto, uma corrente de trabalho que qualifique a gesto pblica para tal. Alm de qualificao, o InovAmfri oferecer experincia de entidades parceiras e bons exemplos que pode-ro ser aproveitados. Tudo isso para favorecer reas como sa-de, turismo, mobilidade e, claro, desenvolvimento econmico.

    A iniciativa, que j est em prtica, deve comear dar os primeiros resultados em 2016. Fique atento, envolva-se e per-ceba que possvel continuar crescendo graas a boas ideias e iniciativa.

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 5

    TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAES28 anos transportando com agilidade e rapidez

    20 INCREMENTOSetor de alimentao fora do lar cresce R$ 21 bilhes em 2015

    Sumrio

    PARANAGUComplexo Porturio do Itaja perde liderana na exportao de frango

    39

    23 RECUPERAOInflao ser menor em 2016, conforme instituies financeiras

    28 PORTOGovernador entrega licena ambiental para obras da nova bacia de evoluo

    29 IMPORTAOPortal na internet faz tempo de despacho de cargas reduzir 10%

    34 COMRCIOConhea a nova diretoria da CDL de Balnerio Cambori

    40 DESENVOLVIMENTOEmpresa hngara de painis solares pode investir em SC

    43 CONSUMOVendas no Black Friday ultrapassam R$ 1,5 bilho

  • 6 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Com o cmbio favorvel ao turismo domstico, o valor desembolsado por brasileiros fora do pas em outubro deste ano caiu pela metade se com-parado ao mesmo perodo do ano anterior. De acordo com os dados do Banco Central, os gastos, que em ou-tubro de 2014 chegaram a US$ 2,1 bilhes, este ano fo-ram de US$ 1 bilho, uma queda de 52,7%. Estamos vivendo um momento oportuno para o setor produtivo do turismo domstico. a hora de captar esta parcela do mercado consumidor acostumada a viajar pelo mun-do, comentou o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.

    No acumulado do ano, o recuo tambm verifica-do. De janeiro a outubro de 2015, os brasileiros deixaram

    US$ 15,1 bilhes em destinos internacionais. Em 2014, o montante foi de US$ 21,7 bilhes. Estamos falando de US$ 6,6 bilhes, o equivalente a mais de R$ 24 bilhes que no foram gastos no exterior de janeiro a outubro e, se no todo o montante, por conta do cenrio econmico adverso, uma parcela significativa poderia movimentar a economia nacional, reforou Henrique Alves.

    Com o recuo nas despesas, a balana comercial do turismo registrou um dficit de US$ 10,35 bi, o menor nos ltimos cinco anos. So US$ 5,5 bi a menos que o dficit acumulado nos dez primeiros meses de 2014 (US$ 15,86 bi). Desde 2003, os nicos anos em que a balana comercial do turismo ficou superavitria foram 2003 e 2004, quando o dlar oscilou em mdia em R$ 3.

    Gastos de brasileiros no exterior caem pela metade

    Dados do Banco Central revelam recuo nas despesas fora do pas. Diferena entre os gastos de brasileiros no exterior e

    de estrangeiros no Brasil a menor dos ltimos cinco anos

  • 8 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Ncleo estratgico vai promover o desenvolvimento

    das cidades da Amfri InovAmfri tem como finalidade qualificar a gesto pblica para promover

    melhorias em reas como sade, mobilidade e turismo

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 9

    Tornar a Associao dos Municpios da Foz do Rio Itaja-Au autnoma e prspera. Essa a principal finalidade do projeto InovAmfri, lanado no incio de dezembro e que ser desenvolvido ao longo das prximos anos em parceria com instituies de ensino, entidades de classe e com os 10 municpios que fazem parte do con-srcio.

    O InovAmfri surge para promover o desenvolvimen-to das cidades nas mais diversas reas. O coordenador voluntrio do projeto, ex-deputado Paulo Bornhausen, ex-plicou que o projeto est baseado em trs eixos principais: desenvolvimento econmico, mobilidade regional integra-da e qualificao da gesto pblica municipal.

    O programa prev a execuo de nove aes relati-vas aos eixos do projeto, abordando desde a elaborao do plano diretor do distrito de inovao regional de Itaja at a elaborao de um plano de mobilidade Integrada regional, com destaque para o transporte coletivo. Ainda h a elaborao de estudos e relatrios de impacto am-biental para viabilizar a construo do distrito de forma sustentvel.

    "Mais que propor ideias, estamos envolvendo as pessoas, em especial gestores pblicos, e desenvolvendo neles a capacidade de inovar, gerenciar e resolver desa-fios. Dentro de quatro anos queremos ter o distrito de inovao em pleno funcionamento", explica Bornhausen.

    O InovAmfri comeou em agosto com um comit de gerenciamento do projeto formado por uma equipe exe-cutiva responsvel pela elaborao e todo o planejamento com a presena de universidades e instituies de fomen-to. A finalidade, colocando em prtica esse projeto atrair

    mais investimentos e promover conexes internacionais. Fazer com que a regio negocie com outros pases inde-pendente do desenvolvimento do Estado ou do pas:

    "Com a execuo do projeto, teremos ainda o dina-mismo na economia de toda regio, com foco na gerao de postos de trabalho mais qualificados, no fortalecimento das empresas, desde as microempresas at as grandes, passando por toda cadeia produtiva local, incrementando a qualidade de vida de toda populao".

    Conforme Bornhausen, um empoderamento re-gional. O coordenador entende que as cidades precisam se desamarrar e por outro lado se amarrar regionalmente para ganhar mais fora e se tornarem competitivas. Assim, tero avanos na gerao de emprego e renda.

    " trazer para c o poder de deci-dir o futuro da re-gio. Temos plenas condies disso, te-mos cidades j mui-to desenvolvidas como o caso de Itaja e qualificando as pessoas e tra-zendo exemplos de fora que deram cer-to, adaptando para a nossa realidade, tenho certeza de que iremos evoluir muito", conclui.

  • 10 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Aps consecutivas altas no primeiro semestre, duas leves quedas nos meses de julho e agosto, o pre-o da cesta bsica na cidade de Itaja no parou mais de subir. Em novembro, o valor da cesta aumentou 3,61%, passando de R$ 330,04 para R$ 341,96, e no acumulado do ano a alta registrada chega a 22,47%.

    O preo da batata no ms de novembro disparou e a alta foi de 53,77%, segundo a pesquisa mensal feita pelo projeto Cesta Bsica Alimentar de Itaja da Univali. O levantamento realizado sempre nos trs ltimos dias do ms, em oito dos principais supermercados de Itaja, que representam mais de 80% do consumo da cidade.

    Os dados apontam que houve um clima desfavor-vel para produtos in natura e a variao do dlar puxou a alta, que afetou alm da batata, a banana branca, com aumento de 27,49%, o tomate, que subiu 24,62%, e o caf em p, 16,15%. Tambm esto mais caros, o acar (12,17%), o feijo (7,66%), a manteiga (4,67%) e o leo de soja (2,36%).

    A carne, que normalmente o produto que mais encarece a cesta bsica, teve queda de 7,13%. Houve reduo tambm no preo do leite (6,48%), do arroz (5,03%), da farinha de trigo (4,25%) e do po francs (2,37%).

    No acumulado do ano, somente a banana e o feijo esto mais baratos que no incio de 2015. Na compara-o dos valores dos ltimos 12 meses, somente a banana est mais barata que em novembro do ano passado, e os demais itens da cesta bsica esto bem mais caros, como o tomate, que aumentou 88,82%, a batata, que subiu 69,78% e o acar, que teve alta de 58,04%.

    Impacto no salrio mnimoAinda de acordo com a pesquisa, o custo da cesta

    bsica sobre o salrio mnimo do itajaiense passou de 41,88% em outubro para 43,40% em novembro. Em ter-mos de horas de trabalho para aquisio da cesta, pas-sou de 92h12 para 95h28.

    Cesta bsica de Itaja acumula alta de 22,47% no acumulado do ano

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 11

    Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itaja - Balnerio Cambori - FlorianpolisEm Itaja novo endereo: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itaja - SC

    A Fecomrcio SC passou a integrar o movimento Santa Catarina pela Educao, projeto desenvol-vido pela Federao das Indstrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), desde 2012. O termo de coopera-o foi firmado entre a Fiesc e Fecomrcio SC com suas respectivas entidades.

    A iniciativa trata da educao a partir dos trs anos de idade at formao e ps-formao dos alunos ingressos no Sistema S, formado pelo Senai/Sesi e Sesc/ Senac, e busca estimular o setor produtivo para a promo-o de aes que elevem a qualificao do trabalhador.

    Para o vice-presidente da Fecomrcio SC, Clio Spagnoli, a mobilizao busca articular o poder pblico e a iniciativa privada para superar a fragilidade da edu-cao nos aspectos relacionados escolaridade, qualifi-cao profissional e qualidade de ensino, com foco nas demandas da rea profissional.

    "Vamos trabalhar em conjunto buscando a im-plementao de aes benficas dentro do sistema S e tambm fora dele, inclusive na educao pblica. Infe-lizmente temos um sistema poltico falido, que reflete negativamente na sade, segurana e educao, o momento de fazermos nossa parte, para que os futu-

    ros gestores do nosso pas tenham acesso formao familiar, social e educacional, s assim podemos efeti-vamente a melhorar as condies do Brasil", defendeu Spagnoli.

    Entre as aes desenvolvidas esto a qualificao de educadores, promoo do acesso e da concluso na educao bsica, com a adoo de novas estratgias e ferramentas por professores e alunos.

    "Estamos dando hoje um grande passo no sentido da qualificao da educao de Santa Catarina. Quere-mos fazer de SC um laboratrio que possa influenciar a educao dos demais estados do pas", salientou Glauco Crte, presidente da Fiesc.

    Segundo a Relao Anual de Informaes Sociais de 2014, do Ministrio do Trabalho e Emprego, cerca de 30% dos trabalhadores do comrcio no possuem esco-laridade bsica completa.

    "Estimular os jovens para sua formao educacio-nal e tcnica fundamental para mudarmos esse cen-rio", Spagnoli ainda reforou o engajamento da Federa-o no projeto, com a atuao de seus representantes nas Cmaras Regionais do Movimento, institudas nas 16 regies de vice-presidncias da Fiesc.

    A assinatura do termo de cooperao ocorreu na reunio da diretoria da FIESC, dia 20, em Florianpolis

    Fecomrcio SC e Fiesc juntas

    a favor da educao no

    Estado

    Fernando Willadino

  • 12 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    A diversidade econmica do Estado a princi-pal responsvel pelo fechamento do tercei-ro trimestre positivo, em relao taxa de desemprego que ficou em 4,4% - a menor do pas. Os nmeros foram apontados pela Pesquisa Nacio-nal por amostragem de Domiclio Contnua (Pnad Contnua). O ndice catarinense sofreu uma grande influncia da agroindstria que registrou uma varia-o de 4,69, em contraponto para o setor da cons-truo civil com ndice de desocupao de 1,63%.

    Esta a grande vantagem de Santa Catarina sobre as outras unidades da federao, avalia o diretor de Trabalho Emprego e Renda da Secretaria de Estado de Assistncia Social, Trabalho e Renda, Edilson Godinho.

    Godinho, que tambm coordena o Sine em Santa Catarina e interpreta o Cadastro Geral de Ad-

    mitidos e Desligados por Setor Econmico, garante que no Sine a procura por mo de obra na agroin-dstria ainda est em escala crescente, assim como o comrcio e o turismo. Em Santa Catarina, h 22 postos que so de execuo direta do Estado e ou-tros 93 conveniados com as prefeituras.

    No Brasil a taxa de desemprego ficou em 8,9% no terceiro trimestre, ante 8,3% no trimestre anterior, e 6,8% no trimestre correspondente de 2014. A marca de 8,9% a maior da srie iniciada em 2012.

    Em relao a 2014, o desemprego subiu em todas as regies do pas: Norte (de 6,9% para 8,8%), Nordeste (de 8,6% para 10,8%), Sudeste (de 6,9% para 9,0%), Sul (de 4,2% para 6,0%) e Cen-tro-Oeste (de 5,4% para 7,5%). A Bahia mostrou a maior taxa de desocupao (12,8%).

    Santa Catarina registra menor taxa de desemprego do pas no terceiro trimestre

  • 14 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Maior marina do Brasil inaugurada em grande

    estilo, em Itaja

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 15

    A noite do dia 21 de novembro foi de come-morao na Marina Itaja. O maior complexo nutico do Brasil foi oficialmente inaugurado e recebeu ilustres convidados para a celebrao que contou com show de mgica e um jantar exclusivo, oferecido pelo restaurante Zephir, anexo marina.

    Entre os convidados, importantes nomes da poltica local e estadual, alm de empresrios e im-prensa, que desfrutaram de um menu pra l de espe-cial com destaque para o prato Mar e Terra base de mignon grelhado, servido com congrio ao coulis de laranja e tabaq de cousine, acompanhado de risoto de palmito e aspargos.

    O ambiente especialmente preparado para a ocasio, contou com uma decorao delicada, inspi-rada no mar e na natureza. Para homenagear os no-mes que proporcionaram que o projeto se tornasse realidade, e tambm para reconhecer grandes em-presas locais, convidados receberam um trofu com a logomarca da Marina Itaja.

    A noite foi regada a boa msica e descontrao e coroou o momento que a Marina Itaja vive, sendo destaque internacional ao receber os barcos da regata francesa Jacques Vabre e dando incio s operaes.

  • 16 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Fotos: Marcos Cam

    pos

    O prefeito de Itaja, Jandir Bellini, o ex-governador do Estado, Jorge Bornhausen, o

    diretor da Marina Itaja, Manoel Carlos Oliveira e o presidente do PSB, Paulinho Bornhausen

    David Schurmann e lvaro Gayoso Francesco Caputto recebendo a escultura da Marina Itaja das mos de lvaro Gayoso

    1 Sede social;

    2 Loja de convenincia;

    3 Bistr;

    4 Estacionamento;

    5 Hangares vagas secas;

    6 Travel Lift 75 t;

    7 Prdio de servios;

    8 Hobby Box;

    9 Boulevard.

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 17

    lvaro Gayoso Neves e Annette Gayoso Neves

    Alexandra Gayoso Neves e Manoel Carlos Oliveira

    Ana Paula Freitas e Alexandre Gayoso Neves

    O presidente da Cmara de Vereadores de Itaja, Luis Carlos Pissetti,

    e a esposa Morgana

    O Presidente da Santur, Valdir Walendowsky e a

    esposa Silvana

    Patrcia Ferreira e o Capito Tenente da Marinha,

    Marcos Valrio Dias

    O diretor da Amfri, Clio Bernardino com a esposa Luciana; Elizabeth Yomoto e Agnaldo

    dos Santos, com o casal Patrcia Ferreira e Marcos Valrio Dias

    David Schurmann durante discurso representando os pais, Vilfredo e Heloisa Schurmann. A famlia a embaixadora da Marina Itaja

    Paulinho Bornhausen, o prefeito de Itaja Jandir

    Bellini, Agnaldo dos Santos e o

    superintendente do Porto, Antnio Ayres dos Santos

    Patrcia Almeida e Alexandre Fernandes

    Alexandre Gayoso, Manoel Carlos e Carlos Gayoso

  • 18 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Com US$ 160 milhes exportados e US$ 148 milhes importados at outubro deste ano, o comrcio exte-rior brasileiro importante fonte econmica nacional. O intercmbio de mercadorias em tempos de globalizao gera riqueza e desenvolvimento, mas tambm pode afetar a competitividade e a estabilidade das economias dos pases ou blocos caso no haja um acompanhado de mecanismos adequados de controle. A constante modificao de normas e costumes do comrcio exterior, cada vez mais normatizado, pode gerar diferentes interpretaes.

    Neste aspecto, destaca-se a importncia do estudo do Direito Aduaneiro como regulador deste processo, possibili-tando aos que dele se utilizam o conhecimento de direitos e obrigaes, de modo a minimizar divergncias pro-cedimentais com os rgos de controle. O livro En-saios de Direito Aduaneiro faz um apanhado geral apresentando aspectos polmicos do setor. Os temas apresentados tratam sobre classificao fiscal, valo-rao aduaneira, entre tantas outras questes prti-cas no novo setor do Direito. Os textos so estudos doutrinrios, anlises da realidade prtica de acordo com os ofcios de cada um dos participantes da obra.

    O livro foi lanado na ltima semana e co-ordenado pelos advogados Cludio Augusto Gon-alves Pereira e Raquel Segalla Reis, scios do es-critrio Reis Gonalves Associados. Eles reuniram em torno de 25 autores para fomentar ensaios do Direito Aduaneiro, trazendo questes prticas e novas interpretaes para o mercado em crescente desenvolvimento. So profissionais de diferentes estados do Brasil, trazendo novos olhares e possi-bilidades ao estudo do Direito Aduaneiro, explica Raquel. Pouco se escreve sobre Direito Aduaneiro e o ramo cada vez mais importante pelo cresci-mento exponencial das transaes internacionais do Brasil, ressalta Gonalves.

    Os autores dos estudos so advogados, pro-fessores, auditores fiscais e atuais ou ex-integrantes do CARF. So profissionais de Santa Catarina, So Paulo, Rio de Janeiro, Esprito Santo, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Editado pela Intelecto, a obra possui em torno de 500 pginas.

    Publicao apresenta aspectos polmicos sobre o Direito Aduaneiro

    Os coordenadores da obraCludio Augusto Gonalves Pereira doutorando

    em Direito Tributrio pela PUC/SP, tem Especializao em Direito Tributrio (USP), mestre em Filosofia do Direito e do Estado (PUC/SP) e especialista em Direito Processual Civil pelo Centro de Extenso Universitria. Raquel Se-galla Reis ps-graduada em Direito Aduaneiro da Unio Europeia pela Universidade de Valncia, na Espanha, es-pecialista em Direito de Aduana e do Comrcio Exterior (Univali/SC) e especialista em Direito Empresarial (Univer-sidade Estadual de Londrina/PR).

  • Economia&Negcios Novembro 2014 19

  • 20 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Apesar de dificuldades econmicas em muitos seto-res, os brasileiros continuam a manter e expandir velhos hbitos. o caso da alimentao fora do lar, ou food service, que neste ano deve ter um faturamento de R$ 178 bilhes, R$ 21 bilhes a mais que em 2014. Sinal de que cozinhar em casa est, aos poucos, deixando de ser uma prtica to comum.

    Essa realidade se explica, justamente, por conta das facilidades oferecidas hoje, que vo ao encontro da vida atribulada de grande parte da populao. Em muitos la-res os adultos trabalham, comem fora, e os adolescentes, quando comem em casa, optam por refeies prontas. Crianas tambm esto entre o pblico dos restaurantes, principalmente os localizados perto de colgios.

    Conforme pesquisa - realizada pela GS&MD (Gouva de Souza, consultoria especializada em varejo e consumo) em parceria com Instituto de Foodservice Brasil (IFB) - en-tre os anos de 2011 e 2014, o faturamento estimado de alimentao fora do lar saiu de R$ 121 bilhes para R$ 157 bilhes, crescimento mdio anual acima de 9%.

    O consumo estimado no segundo trimestre de 2015 foi de R$ 44,6 bilhes, sendo assim cerca de R$ 178 bi-lhes devem ser consumidos at o fim deste ano. A partici-pao do food service no gasto das famlias com Alimenta-o saltou de 24,1% em 2002 para 33,3% em 2014. Para efeito de comparao, a participao desse segmento no mercado norte americano de 49%, mercado esse dentre os mais desenvolvidos do mundo.

    Em Itaja, muitos empresrios do setor de restauran-tes sofreram queda ou lutaram para se manter no mesmo patamar, apesar da pesquisa positiva. Jlio Gama pro-prietrio de um restaurante de comida a quilo no Centro da cidade e como grande parte de seus clientes so de empresas ligadas ao comrcio exterior, o movimento caiu. Somente nos meses de setembro, outubro e novembro a queda foi de cerca de 40%.

    "Contudo, no geral, acho que os restaurantes da rota turstica, em diversos pontos do pas, sero beneficiados pelo fluxo de turismo interno que deve aumentar neste ano", lembra otimista.

    Brasileiro est comendo cada vez mais fora de casa

    Setor projeta incremento de R$ 21 bilhes em relao ao ano passado; valor referente tanto a quem opta por

    restaurantes quanto por quem compra comida pronta

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 21

    O preo atrativo e a qualidade no atendimento devem ser os diferenciais, segundo Gama, j que a con-corrncia grande. Investimento em marketing digital e promoes tambm outra alternativa para no deixar que o faturamento caia. Dona de um restaurante de comi-da natural tambm no Centro de Itaja, Thas dos Santos planeja um marketing mais agressivo nas redes sociais no ano que vem, alm de bolar promoes com combos de produtos e continuar trabalhando com o carto fidelidade que d direito a um almoo grtis a cada 15 almoos.

    Outros dados da pesquisaO percentual de pessoas que compraram uma co-

    mida ou bebida preparada fora do lar no dia anterior pesquisa de apenas 26% no Brasil. Isso, conforme a an-lise, mostra o potencial ainda inexplorado. O segmento de food service no apenas um, mas sim 24 diferentes segmentos dependendo do momento do dia (caf da ma-nh, lanche da amanh, almoo, lanche da tarde, jantar e lanche da noite), momentos na semana (dias teis e finais

    de semanas) e local de consumo (no estabelecimento e fora do estabelecimento).

    O segmento de fast food (formato de servio rpido com atendimento no balco) representa um pouco menos de metade do trfego de consumidores e dentro desse segmento o formato mais representativo ainda o tradi-cional (padarias, lanchonetes, vendedores, etc.). J o for-mato chamado de fast food moderno (onde est a maioria das principais redes) representam 22% desse segmento enquanto que o formato casual (modelo de restaurantes Por Quilo) tem 16% do trfego.

    Consumidores O levantamento tambm apontou que os consumi-

    dores entre 18 a 34 anos tm uma participao despro-porcional na alimentao fora do lar. Esse perfil de con-sumidor particularmente importante, pois alm de ser responsvel pela maior parte do trfego e do gasto no segmento, esse consumidor tambm carrega seus hbitos em formao por toda a vida.

    O fast food moderno representa 22% desse segmento

  • 22 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Fiesc refora posicionamento contra volta da CPMF

    Com a mensagem CPMF nunca mais, outdoors nas 16 vice-presidncias regionais da entidade rejeitam tentativa de retorno do tributo extinto em 2007

    Outdoors esto na sede da Fiesc em Florianpolis e nas 16 vice-presidncias regionais da entidade

    Filipe Scotti

    A Federao das Indstrias de Santa Catarina (Fiesc) est distribuindo outdoors em suas 16 vice-presidncias no Estado com a mensagem CPMF Nunca Mais. A iniciativa, que tambm chegou s redes sociais da entidade, rejeita qualquer tentati-va de retorno da Contribuio Provisria sobre Movi-mentao Financeira (CPMF). O imposto foi extinto em 2007, mas o governo federal pretende recriar o tributo para ajudar a fechar as contas pblicas. Na internet, a populao pode participar usando a palavra-chave (hashtag) #CPMFnao.

    As aes da Fiesc esto alinhadas e reforam a posio do Sistema Indstria contra a recriao da CPMF, imposto j rejeitado pelos brasileiros com vee-mncia. O pas no precisa ressuscitar essa distoro, mas de uma estratgia para retomar o crescimento

    econmico, os investimentos e a gerao de empre-gos, diz o presidente da Fiesc, Glauco Jos Crte. At agora no houve reduo concreta dos gastos com a manuteno da mquina pblica, apenas a distribuio de cargos para a obteno de apoio junto ao Congres-so Nacional, o que remete necessidade de buscar o equilbrio das contas pblicas com a cobrana de mais impostos, completa, reforando a importncia de a so-ciedade manter a vigilncia.

    Na avaliao da indstria, a volta da CPMF au-mentaria custos e tiraria ainda mais a competitividade do setor produtivo, potencializando o desemprego no Pas. A elevao da carga tributria, que j passa de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), vai na contramo do mundo, que reduz juros e impostos para tornar suas economias mais competitivas.

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 23

    A projeo de instituies financeiras para a infla-o, medida pelo ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, subiu pela 12 semana seguida, ao passar de 10,38% para 10,44%. Para 2016, a estimativa para o IPCA tambm subiu: de 6,64% para 6,70%. Essas projees fazem parte do Boletim Focus do Banco Central (BC), publi-cao semanal, feita com base em projees de instituies financeiras.

    Devido s dificuldades na poltica fiscal do governo, o BC espera que a inflao fique na meta somente em 2017. Anteriormente a expectativa era 2016. Na ata da ltima reunio do Comit de Poltica Monetria (Copom), divulgada quinta-fei-ra (3), o BC disse que adotar as medidas necess-rias para trazer a inflao o mais prximo possvel de 4,5%, sem estourar o teto da meta (6,5%), em 2016. Para 2017, o comit esperar fazer a inflao convergir para o centro da meta (4,5%).

    Antes de adiar o objetivo de levar a inflao ao centro da meta, o Copom elevou a taxa bsi-ca de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Nas reunies do comit em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.

    A taxa usada nas negociaes de ttulos pbli-cos no Sistema Especial de Liquidao e Custdia (Selic) e serve como referncia para as demais taxas de juros da economia. Ao reajust-la para cima, o BC contm o excesso de demanda que pressiona os preos, porque os juros mais altos encarecem o crdito e estimulam a poupana.

    A pesquisa do BC tambm traz a projeo para a inflao medida pelo ndice Geral de Preos Disponi-bilidade Interna (IGP-DI), que passou de 10,91% para

    11,04%, este ano. Para o ndice Geral de Preos - Merca-do (IGP-M), a estimativa subiu de 10,77% para 10,80%, em 2015. A estimativa para o ndice de Preos ao Con-sumidor da Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas (IPC-Fipe) foi ajustada de 10,32% para 10,77%, este ano.

    A projeo para a alta dos preos administrados passou de 17,50% para 17,65%, em 2015, e de 7,08% para 7,35%, em 2016. J a projeo para o dlar per-manece em R$ 3,95, ao final deste ano, e em R$ 4,20, no fim de 2016.

    A inflao alta vem acompanhada de encolhimen-to da economia, tanto neste ano, quanto em 2016. A projeo para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e servios produzidos no pas, este ano, passou de 3,19% para 3,50%, este ano, e de 2,04% para 2,31%, em 2016.

    Instituies financeiras projetam inflao de 10,44% este ano e de 6,7% em 2016

    Agncia Brasil

  • Praticagem e acesso aos portos foram debatidos pela Cmara para Assuntos de Transporte e Logstica da entidade

    Os diferentes modelos de praticagem porturia foram debatidos em reunio da Cmara para As-suntos de Transporte e Logstica da Federao das Indstrias de Santa Catarina (Fiesc). Foram abordadas as opes de prticos independentes, como ocorre hoje, e ligados aos portos ou ao governo. Para o presidente da cmara e primeiro vice-presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, importante analisar as opes para o servio de assistncia a manobras de forma tcnica e integrada entre as partes envolvidas, conciliando a manuteno da segurana com ganhos de competitividade.

    Mrcio de Souza, diretor de Praticagem do Porto de So Francisco do Sul, ressaltou a importncia do papel dos prticos no zelo pela segurana da operao porturia. Ele apresentou dados dos principais portos catarinenses, des-tacando a dificuldade crescente de operar navios cada vez maiores em canais sem trabalho constante de manuteno da profundidade. Os representantes da categoria foram convidados a participar das prximas reunies da cmara sobre o assunto.

    Henry Rossdeutsher, assessor jurdico do Porto de Itaja, criticou a lentido do governo no atendimento das necessidades dos portos. No dia 25 de novembro, o Ministrio da In-tegrao no aceitou as justificativas do decreto de emergncia de Itaja. O documento embasava o pedido de dragagem emergencial no canal de acesso ao complexo. Segundo o Ins-tituto Nacional de Pesquisas Hidrovi-rias (INPH), aps as chuvas de ou-tubro, 3,8 milhes de metros cbicos de sedimentos devem ser retirados do canal.

    Rodrigo Orsoletta, gerente co-mercial da Santos Brasil, abordou o ganho de competitividade obtido com

    a concluso da construo da ponte Anita Garibaldi, em Laguna. Ele destacou tambm a facilidade do porto em receber navios de maior porte, por operar em guas pro-fundas.

    Cabotagem O transporte martimo no utilizado por 55,3% das

    76 empresas ouvidas pela pesquisa Cabotagem: alterna-tiva para a melhoria da mobilidade e competitividade. O levantamento foi realizado pela Fiesc e apresentado em junho, como parte da Agenda da Indstria para Infraestru-tura e Transportes. Entre os principais motivos apontados para a baixa adeso esto o no atendimento de destinos especficos e a burocracia ligada a este modal de transpor-te. Por outro lado, as empresas que adotam o transporte martimo elogiam o baixo custo e a segurana para as car-gas. O documento ressalta ainda a facilidade de ampliao da oferta deste servio, que independe da construo de novas vias.

    Fiesc defende amplo debate para aprimorar competitividade dos portos

    Henry Rossdeutsher, assessor jurdico do Porto de Itaja.

    24 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    PortosdoBrasil

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 25

    PortosdoBrasil

    Desde 2008, alunos do Ensino Mdio de Nave-gantes tm a oportunidade de ingressar pela primeira vez no mercado de trabalho e auxiliar na formao profissional. So jovens com idade entre 15 e 17 anos, que participam dos cursos de rotinas adminis-trativas ou operaes logsticas.

    Durante este perodo, eles tm aulas tericas e prticas, so supervisionados na empresa, e acompa-nham a rotina de trabalho em diversas reas do terminal porturio. Os participantes do Jovem Aprendiz recebem remunerao e os mesmos benefcios dos demais cola-boradores.

    Em quase sete anos, 110 jovens concluram o curso, que tem durao de dois anos para cada turma.

    Deste total, 48% dos jovens foram efetivados ao final do programa.

    No dia seguinte ao encerramento da turma 2014/2015, dia 3 de dezembro, novos jovens j sele-cionados, iniciam o processo e no dia 22, j comeam a atuar na Portonave.

    Jovem Aprendiz em Balnerio Cambori

    No dia 3 de dezembro, 20 jovens tambm se for-maram no Centro de Treinamento Comunitrio. O Pro-grama Jovem Aprendiz de Balnerio Cambori atende jovens entre 14 e 18 anos de idade e busca a insero deles no mercado de trabalho, com qualificao profis-sional.

    Parceria entre Senac e Portonave forma alunos do programa Jovem Aprendiz

  • 28 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    O governador Raimundo Colombo e o presidente da Fundao do Meio Ambiente (Fatma), Ale-xandre Waltrick Rates, entregaram no dia 1 de dezembro a licena ambiental de instalao para a nova bacia de evoluo e canal de acesso para o Complexo Porturio do Itaja.

    Essa obra indispensvel e fundamental para que o porto seja cada vez mais competitivo e continue ajudando no desenvolvimento de Santa Catarina. uma obra grande, de custo elevado, mas precisa ser feita. Com a licena ambiental, a obra pode ser iniciada imediata-mente. O porto um dos principais vetores do nosso de-senvolvimento, disse o governador.

    A entrega da licena foi realizada durante o Frum de Mobilidade Urbana Sustentvel e apresentao do InovAmfri. O empreendimento trata-se da primeira fase das obras de reestruturao do canal de navegao do Complexo Porturio do Rio Itaja-Au. A obra vai abranger a dragagem de alargamento do canal de navegao e a implantao da nova bacia de evoluo para permitir acesso de navios com at 336 metros de comprimento

    (hoje de 306). O volume estimado de pedras a ser remo-vido de 463.140,39 metros cbicos. O valor investido pelo governo do Estado de R$ 105 milhes.

    O superintendente do Porto de Itaja, Antonio Ayres dos Santos Jnior, salientou que a licena vai manter o local competitivo. Se no houver essa obra, os navios no entram e, com isso, perdemos toda a forma de mo-vimentar. O Complexo Porturio de Itaja e Navegantes movimenta cerca de 1,1 milho de contineres por ano, sendo o segundo porto de movimentao de contineres do Brasil, perdemos s para Santos. Sem as obras essa condio est perdida. Todo o processo de importao e exportao, ou seja 70% das cargas de Santa Catarina, perde. uma grande obra, que traz muitos benefcios, explicou.

    uma obra importncia vital para o nosso Estado. O porto poder crescer e receber mais navios. O licencia-mento foi demorado, porque todo o complexo ambiental foi avaliado tanto na parte martima, quanto na terrestre. Santa Catarina ganha muito com isso, destacou o presi-dente da Fatma.

    PortosdoBrasil

    Governo entrega licena para nova bacia de evoluo do Porto

    James Tavares

    Governador Raimundo colombo anunciou o

    licenciamento durante frum

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 29

    A adoo de tecnologias nos procedimentos e a me-lhoria da logstica reduziram o tempo de despacho de mercadorias importadas por meio martimo. Segundo levantamento divulgado pela Receita Federal, o intervalo mdio entre a chegada do navio ao porto e a entrega da mercadoria ao destino final caiu de 16,44 dias no fim de 2013 para 14,39 dias no incio deste ano, queda de 12,5%.

    O coordenador-geral de Administrao Aduanei-ra da Receita, Jos Carlos Arajo, destacou a articulao entre os rgos pblicos e o setor privado para desburo-cratizar a importao de mercadorias. A Receita Federal trabalha em conjunto com os demais rgos pblicos e o setor privado na melhoria da performance do comrcio exterior brasileiro, declarou.

    A Receita destacou, como medida de reduo do tempo de despacho, o lanamento do Portal nico do Comrcio Exterior, que concentra numa nica pgina na internet os procedimentos de importao e exportao de mercadorias.

    Os dados foram colhidos por meio de apuraes

    de registros eletrnicos em dois perodos: de outubro de 2013 a maro de 2014 e de abril de 2014 a fevereiro de 2015. Todos os portos martimos foram pesquisados. O porto mais gil do pas foi o de Paranagu (PR), com in-tervalo mdio de 8,86 dias. O porto em que as cargas de-moraram mais para serem liberadas foi o de Vitria, com intervalo de 18,92 dias.

    Responsvel por 44,2% do total das cargas impor-tadas entregues no pas, o porto de Santos foi o quarto mais lento na liberao das mercadorias, com prazo mdio de 12,8 dias. Os intervalos em cada porto referem-se segunda etapa do levantamento.

    Apesar de assegurar que a etapa de responsabilida-de da Receita Federal, entre o registro e o desembarao da mercadoria, demora pouco (1,49 dias em mdia), o coor-denador ressaltou que h espao para reduo dos prazos em todas as etapas do processo. Entre as fases em que o prazo pode diminuir, esto a presena de carga (quando o desembarque da carga registrado no porto), o registro da declarao de importao, a anuncia e a retirada dos bens desembaraados.

    PortosdoBrasil

    Tempo de liberao de importaes nos portos cai mais de 10%

    Agncia Brasil

  • 30 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    PortosdoBrasil

    O Porto Itapo conquistou duas importantes premia-es em novembro na rea de responsabilidade socioambiental. Na semana passada, foi anuncia-do como o vencedor da edio 2015 do prmio "Ser Huma-no", concedido anualmente pela Associao Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Seo de Santa Catarina, nas categorias "Pessoas" e "Meio Ambiente". O prmio ABRH/SC destinado s empresas que se destacam em projetos socioambientais.

    O Porto tambm foi anunciado como o vencedor do Trofu Responsabilidade Social (Destaque), conferido pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Neste caso, Itapo venceu na categoria empresa de grande porte do segmento comrcio/servio/turismo, recebendo ainda a Certificao de Responsabilidade Social do Poder Legislati-vo catarinense. A premiao ocorreu na Assembleia no dia 9 de dezembro.

    No prmio "Ser Humano", Itapo venceu com o projeto "Porto Itapo, o resgate da identidade local, uma preparao para o mundo globalizado", de autoria da oce-angrafa Giseli Aguiar de Oliveira Fernandes, em conjunto

    com o engenheiro ambiental Christiano Jos de Anhaia Pereira. A cerimnia de premiao ocorreu no dia 19 de novembro, em Tubaro.

    O trabalho revela como o terminal, inaugurado em junho de 2011, desenvolveu, desde a sua implantao, aes e programas que viessem a garantir o fortalecimen-to da identidade local, a valorizao dos patrimnios cul-tural e natural e a capacitao profissional da populao sob a sua rea de influncia, por meio de cursos e outras iniciativas.

    Para o presidente do Porto Itapo, Patrcio Jr, essas premiaes so um reconhecimento ao esforo empreen-dido para que o terminal operasse integrado comunida-de, com responsabilidade social e ambiental.

    "Um Porto que projeta a ampliao de suas opera-es e j figura entre os maiores movimentadores de car-ga do Pas precisa ter em seu DNA a preocupao com o meio ambiente, em seus mais variados nveis: sociais, ecolgicos e econmicos. O reconhecimento dado pela Assembleia do Estado e pela ABRH-SC, com a conquista desses prmios, a confirmao dessas premissas, que

    Divulgao

    Porto Itapo conquista prmio Ser Humano e Trofu Destaque em Responsabilidade Social

    Cerimnia de entrega do prmio Ser Humano ocorreu em Tubaro

  • PortosdoBrasil

    Economia&Negcios Dezembro 2015 31

    esto presentes no dia a dia do Porto Itapo, desde sua concepo. Crescer de forma sustentvel, va-lorizando e trabalhando para o equilbrio do meio ambiente o desafio de nosso tempo. Acreditamos que, com este prmio, estamos no caminho certo", afirmou Patrcio Jr.

    Essas premiaes juntam-se a outras que o Porto Itapo tem recebido. No ano passado, o termi-nal foi eleito a segunda melhor empresa do Brasil em gesto de pessoas, na categoria das organizaes que tm entre 501 a mil colaboradores, e o nico terminal do pas a figurar entre os melhores neste quesito, de acordo com pesquisa realizada pelo jor-nal Valor Econmico em conjunto com a Consultoria AON Hewitt.

    Em 2014, tambm j havia recebido o Prmio da ABRH-SC pela gesto de excelncia em Recursos Humanos. E, ainda no ano passado, pesquisa reali-zada pelo Instituto Ilos de Logstica e Supply Chain, entre os usurios de terminais porturios, apontou o Porto Itapo como o de melhor desempenho do Brasil.

    Recorde operacional e de produtividadeNete ano, Itapo bateu seu recorde mensal de

    movimentao de carga, com 56 mil TEUs movimen-tados em outubro. O recorde anterior era de junho de 2013, com 51 mil TEUs. Nos dez primeiros meses de 2015, Itapo j movimentou 475 mil TEUs, 2,5% superior ao movimento de 2014. A direo do Porto j considera que o ano foi de conquistas.

    Os nmeros referentes especificamente s ex-portaes do terminal so 2% maiores aos de 2014: 139.5 mil TEUs (2015) contra 136.6 mil TEUs (2014). As importaes tambm devem superar 2014: at aqui, 90.000 TEUs contra 96.000 TEUs.

    Em setembro, o terminal bateu o seu recorde de produtividade, alcanando 145,7 MPH (movi-mentos por hora) e 37 movimentos por equipamento (portiner). Com o resultado, Itapo passa a ser o terminal mais eficiente do pas, e estaria entre os dez mais geis do Planeta, pelo critrio de produtividade medida por MPH, frente de portos reconhecidos como os melhores do mundo, entre os quais Cinga-pura, Hong Kong, Roterdam, e Hamburgo.

  • 32 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    O ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, disse que at 2016, 93 reas em todo o litoral bra-sileiro sero ofertadas ao mercado, para ampliar a capacidade de movimentao de cargas no pas. No dia ltimo dia 9 o governo federal fez o primeiro leilo de re-as porturias no pas.

    O primeiro bloco de licitaes foi dividido em duas

    fases: a primeira com o leilo de quatro reas, trs em Santos (SP) e uma em Vila do Conde (PA), que prev in-vestimentos da ordem de R$ 1,1 bilho. Na segunda fase, segundo o ministro, sero quatro reas no estado do Par, trs em Outeiro e uma em Santarm.

    A escolha das reas a serem licitadas faz parte do Plano Nacional de Logstica Porturia que diagnosti-

    PortosdoBrasil

    Brasil arrendar 93 reas porturias at 2016

  • Kim Augusto Zanoni OAB/SC 36.370

    Scio do escritrio Silva e Silva Advogados Associados.Ps-graduado em Direito Empresarial e Advocacia Empresarial pela Universidade Anhanguera.Ps-graduando em Direito Tributrio pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributrios (IBET).Advogado atuante nas reas Tributria, Aduaneira e Societria em nvel administrativo e contencioso.

    ArtigoArtigoAs operaes societrias

    em tempos de crise

    O famigerado cenrio econmico exige mudanas no compor-tamento das sociedades empresrias. Muitos - at ento resistentes s mudanas - buscam incansavelmente por so-lues para os problemas financeiros que se avolumam. As opera-es societrias como a fuso, a ciso, a incorporao e a transfor-mao surgem como veredas capazes de proporcionar resultados surpreendentes.

    Vale citar as operaes de ciso, que possibilitam, por exem-plo, a segregao de operaes deficitrias e superavitrias da em-presa, de modo a permitir ajustes tributrios ou mesmo a alienao de segmentos que possam ser estrategicamente viveis e conve-nientes do ponto de vista da captao de recursos.

    Na mesma toada as fuses se revelam opes interessan-tssimas na otimizao de recursos e na conteno de despesas, permitindo que a nova sociedade possa se fortalecer com a unio das foras.

    As operaes de incorporao se revelam um expediente lar-gamente utilizado na vivncia empresarial em tempos de dificulda-de econmica. Isso porque, de um lado a sociedade incorporada passar a integrar outra conferindo-lhe maior projeo e de outro a sociedade incorporadora poder realizar a abertura de novos mer-cados com o objetivo de maximizar seus resultados.

    A alterao do regime societrio da empresa, conhecido como transformao, tambm capaz de produzir efeitos benfi-cos para as empresas, citando-se como exemplo a transformao de sociedades limitadas em sociedades annimas com o objetivo de lanar a empresa transformada para o mercado, possibilitando a captao de investidores, emisso de ttulos, debentures, entre outros.

    Os substratos jurdicos encontram-se definidos na Lei das So-ciedades Annimas (arts. 220 a 234), para sociedades dessa natu-reza, e no Cdigo Civil para as demais espcies de sociedade (arts. 1113 a 1122), aplicando-se subsidiariamente a LSA.

    No se pode olvidar que o sucesso dessas operaes depen-de da elaborao de um projeto econmico-financeiro adequado, e, sobretudo, da definio de uma estratgica jurdica que envolva profissionais capacitados nas reas do direito societrio e do direi-to tributrio.

    Maiko Roberto MaierOAB/SC 31.939Scio do escritrio Silva e Silva Advogados AssociadosPs-graduado em Anlise Tributria pela Universidade do Vale do Itaja (UNIVALI).Advogado atuante nas reas Bancria, Societria e de Contratos.

    Economia&Negcios Dezembro 2015 33

    ca onde esto os gargalos do setor, onde as atividades esto efetivamente precisando de mais investimento e novas operaes porturias. E o arco norte do Brasil estratgico para que possamos escoar a produo do Centro-Oeste, disse Barbalho, em entrevista ao pro-grama Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicao Social da Presidncia da Repblica em par-ceria com a EBC Servios.

    Em seguida, prosseguiremos a agenda fazendo com que todas as regies do Brasil possam ter a opor-tunidade, atravs da modalidade desses leiles, de am-pliar sua movimentao de carga, ressaltou o ministro.

    InvestimentosOs investimentos pblicos e privados previstos

    para o setor nos prximos cinco anos somam R$ 51 bi-lhes, sendo R$ 3,8 bilhes de investimentos pblicos em dragagens e modernizao porturia. Estamos to-dos certos de que neste momento de travessia econ-mica, de encontro para o crescimento, o setor porturio ser estratgico e ir colaborar para que o Brasil possa crescer, disse Barbalho.

    No total, 95% do comrcio exterior brasileiro pas-sa pelo setor porturio. Ns tivemos um crescimento, nos ltimos 11 anos, de 70% na demanda de movimen-tao de carga e temos uma projeo para os prximos 25 anos de crescer em 103% a movimentao de carga nos portos brasileiros. Isso precisa ser enxergado como uma oportunidade para que o investimento chegue e, com o investimento, o aquecimento econmico, a gera-o de emprego e renda.

    Agncia Brasil

    Helder Barbalho, ministro da Secretaria

    de Portos

  • 34 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    PortosdoBrasil

    O Porto de Paranagu assumiu a liderana nacional nas exportaes de carne de frango com 1,25 mi-lhes de toneladas exportadas nos dez ltimos me-ses. A marca supera em 14% o volume de 1,10 milhes de toneladas do produto enviadas pelos portos do Complexo Porturio do Itaja, composto por terminais de Itaja e Na-vegantes.

    A ampliao do modal ferrovirio trouxe uma op-o mais econmica para os produtores, fazendo com que a carne fosse canalizada para Paranagu, afirmou o secretrio de Infraestrutura e Logstica, Jos Richa Filho. Ele se refere aos investimentos feitos desde 2011 na mo-dernizao da Ferroeste para dobrar sua capacidade de operao.

    Para o diretor-presidente da Administrao dos Portos de Paranagu e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, os investimentos na modernizao do terminal paranaense trouxeram maior agilidade para as operaes e impulsionaram as exportaes.

    A ampliao do cais do Porto e a aquisio de no-vos equipamentos possibilitaram um aumento de produ-tividade e trouxeram novas rotas de navios para Parana-gu. Alm disso, temos a nosso favor todo o trabalho dos avicultores do Paran que lideram a produo no Pas, ressaltou Dividino.

    As exportaes de contineres refrigerados carrega-dos com carne de frango so feitas pelo Terminal de Con-tineres de Paranagu. A TCP empresa que administra o Terminal possui a maior capacidade de tomadas reefer (tomadas para contineres refrigerados) do Brasil, com 2.832 tomadas. Esta capacidade ser aumentada para 3.100 tomadas reffers no incio de 2016.

    O diretor comercial da TCP, Juarez Moraes, disse que Paranagu virou o jogo para a exportao de carnes con-geladas a partir do momento que entendeu a vocao produtiva do Paran e tambm do Mato Grosso do Sul.

    Para otimizar o conjunto logstico foi criado o cor-redor de congelados do Paran, com participao do Go-verno do Estado, da Appa e do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, em conjunto com os operadores porturios. Este projeto envolveu investimentos privados e a desburocratizao do processo de exportao, destacou Juarez Moraes.

    Lder em produoO Paran lidera tambm a produo de frango. De

    acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, desde 2012 o Estado tem o ttulo de maior exportador nacional repre-senta 32% da exportao de carne de frango do Brasil.

    Em 2014, o volume de exportao atingiu a marca de 1,29 milhes de toneladas exportadas, enquanto o Bra-sil exportou 3,9 milhes de toneladas de carne de frango.

    No que se refere ao abate de frangos de corte, no ano passado o Paran atingiu 1,59 bilho de cabeas. Em 2015, at setembro, foram abatidas 1,2 bilho de cabeas.

    O Paran conta com 18.668 avicultores envolvidos na atividade 41% localizados na regio Noroeste, 28% no Sudoeste, 18,4% no Nordeste e 12,4% na regio Su-deste do Estado. Segundo a Ocepar (Organizao das Co-operativas do Paran), oito cooperativas so responsveis por 37,7% da capacidade instalada de abate de frangos para corte.

    Complexo Porturio do Itaja perde liderana na exportao de frango

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 35

    PortosdoBrasil

    No Dia Nacional e Estadual de Combate Pirataria, 3 de dezembro, foram apresen-tados dados de uma pesquisa que revela queda de 25% na aquisio de produtos piratas em Santa Catarina em relao a 2014. O levanta-mento foi realizado pela Federao do Comrcio de Bens, Servios e Turismo (Fecomrcio) de Santa Catarina e divulgado em reunio com os membros do Conselho Estadual de Combate Pirataria (Ce-cop), rgo vinculado Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econmico Sustentvel (SDS).

    Felizmente temos observado decrscimo na compra destes produtos. Na primeira pesquisa da Fecomrcio, em 2011, 52,8% das pessoas afir-maram ter consumido artigos piratas. Em 2014 o nmero caiu para 43,9% e, este ano, baixou para 32,9%, revela o presidente do Cecop, Jair Schmitt.

    As informaes foram coletadas entre os dias 13 a 20 de outubro, com 420 entrevistados. Para o diretor da Fecomrcio, Luciano Caminha, a

    pesquisa se prope a trazer uma radiografia da pi-rataria. um debate recorrente e necessrio. Com estas informaes, coletadas em sete municpios de Santa Catarina, podemos identificar o perfil dos consumidores, como idade, classe social e o mo-tivo pelo qual consomem produtos falsificados, analisa.

    Mais de 88% dos participantes afirmaram que o principal motivo para a aquisio de arti-gos pirateados o baixo preo. Entre os produtos mais consumidos, aparecem os CDs e DVDs, como 36,8%; equipamentos eletrnicos, com 15,9%; e roupas, com 10,5%. Dos itens pirateados que so-freram rejeio dos consumidores, destacam-se os medicamentos, com 32,3% e culos, com 13,5%.

    Vamos continuar trabalhando para coibir esta prtica ilegal e que pode trazer inmeros ma-lefcios para a sociedade, tanto para quem conso-me, quanto para os comerciantes e poder pbli-co, afirma o presidente do Cecop.

    Pesquisa aponta queda no consumo de produtos piratas em Santa Catarina

  • 36 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Mercado Coluna

    Comitiva da Repblica Tcheca busca parcerias com Santa Catarina

    O governador Raimundo Colombo recebeu no incio do ms uma comitiva da Repblica Tcheca para tratar de parcerias comerciais e educacionais. A fora do agronegcio catarinense e os investimentos em inovao no Estado foram destaques do encontro realiza-do no Centro Administrativo. A comitiva foi liderada pelo embaixador da Repblica Tcheca no Brasil, Jir Havlk, que tambm visitar outras regies do Estado.

    Hoje, a economia est globalizada. E a mudana do cmbio permite ao Brasil realizar aes que antes eram limitadas. Agora, o momento favorece a exportao e te-mos que abrir mercados para gerar mais empregos aqui, manter o nosso dinamismo e o bom desempenho da eco-nomia catarinense. A insero cada vez maior no merca-do internacional indispensvel para enfrentarmos com sucesso a crise econmica que o pas vive atualmente, destacou Colombo.

    O governador ressaltou a fora da agroindstria catarinense, com forte exportao de carne suna, entre outros produtos. E citou tambm os investimentos para

    promover a inovao em Santa Catarina, como a parceria do Governo do Estado na expanso do Sapiens Parque, em Florianpolis, um parque de inovao que rene em-preendimentos de cincia, tecnologia, educao, turismo e servios.

    Destacou, ainda, o papel da Fundao de Amparo Pesquisa e Inovao do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e a construo dos 13 Centros de Inovao nas cidades de Jaragu do Sul, So Bento do Sul, Lages, Chapec, Joaa-ba, Tubaro, Itaja, Blumenau, Rio do Sul, Brusque, Floria-npolis, Cricima e Joinville. Os centros abrigaro acelera-doras de empresas, incubadora, laboratrios de pesquisa, de capacitao e de consultoria para novos negcios.

    O embaixador Jir Havlk ressaltou tambm o interes-se em promover parcerias na rea da educao, tanto na graduao quanto na ps-graduao, com intercmbios de estudantes em diferentes reas de pesquisa.

    Tambm participaram do encontro em Florianpo-lis, o secretrio de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond; a diplomata Pavla Havrlkova, cnsul-geral da

    Fotos: James Tavares/Secom

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 37

    Mercado Coluna

    Rua Manoel Vieira Garo, 10 Sala 204 - Esq. Dr. Jos Bonifcio MalburgCep: 88301-425 Centro- Itaja SC Edifcio PHD

    Repblica Tcheca; a embaixadora Ana Maria Sampaio Fernandes, que est se despedindo da chefia do Escritrio de Representao do Ministrio de Relaes Exteriores de Santa Catarina (Eresc); e Rafael Thales de Freitas, que ser nomea-do oficialmente nesta tera-feira, em ato em Blumenau, como cnsul honorrio da Repblica Tcheca durante a instalao do consulado na cidade.

    Parceria com a FecomrcioTambm foi assinado um acordo

    entre a Repblica Tcheca e a Federao do Comrcio de Santa Catarina (Fecomr-cio), que formaliza a parceria em mbitos culturais, educacionais e de incentivo s exportaes de empresas brasileiras para Europa. O documento busca fomentar projetos entre o Estado e a Rep-

    blica Tcheca para o desenvolvimento educacional e apresentao de produtos e servios que venham a aumentar a representatividade junto ao setor empre-sarial.

  • 38 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Investimentos e planejamento so debatidos em frum na capital

    O presidente da Cmara Empresarial de Turismo da Fecomrcio SC, Joo Moritz, participou do Frum de Turismo e Gastronomia que abriu o ciclo "Como Santa Catarina diferente em relao ao Brasil?".

    O evento contou com a presena de Henrique Eduardo Alves, Ministro do Turismo e Vincius Lummertz, presidente da Embratur. Participaram tambm lideranas e autoridades da regio. O encontro discutiu o tema "Desenvolvimento do turismo gastronmico como atrativo para o turismo nacional e internacional".

    Para o presidente da Cmara de Turismo da Fecomrcio SC, Joo Eduardo Moritz, o turismo est inserido em uma economia diversificada, ligado diretamente ao comrcio: "Essa atividade gera renda e intensifica a cadeia produtiva. O Sistema Fecomrcio SC tem papel muito importante para o diferencial turstico catarinense, pois contribui para a qualifi-cao da mo de obra do setor, por meio de cursos e treina-mentos ofertados aos catarinenses".

    "Em um cenrio de retrao econmica o turismo a grande bandeira nacional de recuperao", aposta o Ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, que defendeu a partici-pao do turismo na agenda econmica e financeira do pas.

    Os nmeros confirmam a necessidade de mais inves-timentos no setor - muito abaixo em um comparativo dos pases vizinhos. Em 2015 o governo argentino investiu U$ 58 milhes para a promoo e divulgao, enquanto que no Brasil foram destinados cerca de U$ 20 milhes, segundo o ministro.

    "Em 2014 o turismo trouxe 6 milhes e 400mil pessoas ao nosso pas. Como o Brasil das serras gachas e catarinen-ses, da Amaznia e do Rio de Janeiro, trouxe o mesmo nme-ro de turistas que visitaram a Torre Eiffel", questionou Alves.

    Alm da necessidade urgente de investimentos para sua promoo eficiente, foram apontados outros desafios para o turismo nacional. Entre eles o respeito com a iniciati-va privada, a qualificao de mo de obra e o alinhamento de aes com os governos municipais, que devem investir nas melhorias da iluminao pblica e limpeza das vias, por exemplo.

    " preciso um novo modelo de desenvolvimento no turismo, mais rpido, que permita a chamada do investidor nacional e internacional, estando integrado nas cadeias pro-dutivas internacionais" defendeu Vincius Lummertz, presi-dente da Embratur.

    Desafios para o turismo em Santa CatarinaEm 2014 o setor movimentou R$ 1,8 bilho, ficando

    na quinta colocao dos estados brasileiros com a maior entrada de turistas estrangeiros. Com grande potencial turstico o Estado ainda precisa enfrentar algumas bar-reiras para seu desenvolvimento, no campo legislativo e de planejamento.

    Para Egdio Martorano da Fiesc, o transporte a principal chave do turismo e deveria ser tratado como poltica pblica, com busca de recursos e planejamento de suas aes.

    "Um dos caminhos para o desenvolvimento do se-tor a implantao de organismos para subsidiar plane-jamento, sistmico e integrado da logstica catarinense, com a participao dos integrantes de setores pblico e privados", sugeriu Martorano.

    Fabio da Paula Queiroz, presidente da Associao de Bares e Restaurantes de Santa Catarina (Abrasel), fa-lou do reconhecimento da gastronomia local, que vem ganhando evidncia nos ltimos anos. Tambm ressal-tou o papel dos bares e restaurantes, que representam 35% do PIB do turismo, e sua importante contribuio social na gerao de empregos, mas alertou para a ne-cessidade de avanos na legislao.

    "Uma das maiores dificuldades do setor est na in-segurana jurdica para a contratao dos jovens, prin-cipalmente no seu primeiro emprego", avaliou Queiroz.

    "Investimentos no setor e o planejamento de aes so fundamentais para que possamos apresentar a gastronomia diferenciada, a cultura dos catarinenses e nossas belezas naturais que vo do litoral ao mar, da serra aos cnions. Santa Catarina um estado privile-giado, garantiu o presidente da Cmara de Turismo da Fecomrcio SC, Joo Eduardo Moritz.

    Joo Moritz,presidente da Cmara Empresarial de Turismo Fecomrcio SC ao lado do Ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, em evento na capital

    Laureci Cordeiro/RICTV Record/Divulgao

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  • Economia&Negcios Dezembro 2015 39

    com grande satisfao que a Multilog compartilha este momento mpar, que marcou a expanso do Polo de Sade e a inaugurao do Entreposto Fis-cal da Zona Franca de Manaus em SC, realizado em 26 de novembro, no complexo Multilog, em Itaja. O entre-posto o 4 do pas.

    A ocasio tambm foi uma oportunidade de atu-alizao sobre o cenrio econmico atual e suas opor-tunidades de negcios. Por meio da palestra O Brasil que d certo acontece aqui, ministrada pelo Secretrio do Estado da Fazenda Antonio Marcos Gavazzoni, fo-ram mostrados os nmeros da economia catarinense, demonstrando como SC no tem sido to afetada pela crise como os outros estados brasileiros. Conforme Ga-vazzoni, pelo menos dois fatores respondem por essa situao: Santa Catarina no aumentou o ICMS e o Es-tado com a menor taxa de desemprego do pas. Quan-do essa crise acabar, seremos o Estado mais competitivo do Brasil, disse.

    Diante deste cenrio, a Multilog coloca a disposi-o do mercado seu Polo de Sade (com 5 mil posies-

    Mercado Coluna

    Expanso do Polo de Sade e inaugurao do Entreposto Fiscal da Zona Franca de Manaus em SC

    -paletes, em trs cmaras com temperatura controlada e um armazm Dry com mais de 15 mil m), um armazm de 26 mil m dedicado aos produtos fabricados na ZFM, alm de uma estrutura completa de Centro Logstico e Industrial Aduaneiro (CLIA) e Armazns Gerais, nas cidades de Itaja, Joinville e Araquari, com mais de 700 mil m de rea para os seus negcios.

  • 40 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Mercado Coluna

    A empresa hngara Ecosolifer apresentou ao gover-no de Santa Catarina o projeto de instalao de uma fbrica de painis solares de alta eficincia no Brasil. O grupo procura um local e parceiros brasileiros para a unidade que atuar de forma complementar ma-triz na Hungria. Os representantes da empresas preveem investir at 10 milhes de euros, cerca de R$ 40 milhes, na primeira fase do empreendimento, com a criao de 90 empregos diretos 60 deles de alta qualificao.

    O governador Raimundo Colombo comemorou o interesse dos europeus e avaliou que o ambiente de ne-gcios em Santa Catarina atualmente o melhor e mais seguro do Brasil. Queremos que a empresa tome a deci-so certa e se instale no local correto. Achamos que Santa Catarina o melhor lugar, disse Colombo.

    Segundo o governo, o momento bom pra inves-tidores externos se instalarem no Estado. A segurana jurdica para investimentos de longo prazo essencial. Oferecemos isso aqui. E a nossa poltica de atrao de in-vestimentos uma das mais avanadas no Brasil, sobretu-

    do para setores estratgicos, como tecnologia e energia, concluiu.

    De acordo com o CEO da Ecosolifer, kos Haidegger, na primeira fase do empreendimento, a empresa projeta entregar ao mercado nacional 100 megawatts/ano em pai-nis solares. A unidade brasileira ir montar estes mdulos de gerao de energia com clulas fotovoltaicas importa-das da fbrica matriz, que ser inaugurada em janeiro de 2016 em Csorna, na Hungria.

    Estas clulas usam uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores suos e hngaros chamada heterojuno. Com a tcnica, os painis solares atingem eficincia ener-gtica entre 22% e 24%, enquanto os principais concor-rentes no mercado chegam a no mximo 20% de efici-ncia. Esse produto nico no mundo e se tornar uma referncia, analisa Haidegger.

    A Ecosolifer garantiu a exclusividade de uso desta tecnologia no Brasil e prev a transferncia tecnolgica para a unidade local at o final da dcada. "No protoco-lo que assinamos com o Ministrio do Desenvolvimento,

    James Tavares/Secom

    Fabricante europeia de painis solares estuda investir em Santa Catarina

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  • Economia&Negcios Dezembro 2015 41

    Mercado Coluna

    Rua Brusque, 337 - Itaja - SC

    Rafael Paulo/SAI

    Indstria e Comrcio Exterior, prevemos fazer 100% da transferncia da tecnologia para o Brasil at 2020", ga-rantiu o diretor da Ecosolifer para a Amrica Latina, Bruno Zacharias. H ainda a possibilidade de pesquisadores bra-sileiros participarem do desenvolvimento da tecnologia junto com os suos e hngaros.

    Para o empreendimento, explicam os representantes da empresa, a Ecosolifer procura parceiros que conheam o mercado de energia brasileiro e que tenham condies de contribuir para a produo dos mdulos e futuramente das clulas no Brasil.

    Os representantes da Ecosolifer foram apresentados pelo presidente do Instituto de Previdncia do Estado de Santa Catarina (Iprev), Renato Hinnig, e recebidos tambm pelo secretrio de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond. Para Virmond, Santa Catarina tem boas oportu-

    nidades de atrair o investimento. A presena de capital humano qualificado e de cursos de engenharia de nvel internacional soma-se ao bom momento do nosso am-biente de negcios como diferenciais catarinenses, listou Virmond. As equipes tcnicas da Secretaria da Fazenda e da Secretaria de Assuntos Internacionais participaram da reunio, que teve a participao ainda do secretrio da Administrao, Joo Matos.

    Hoje, o pas tem cerca de 21 megawatts de capa-cidade solar instalada, de acordo com a Agncia Nacio-nal de Energia Eltrica (Aneel), o que representa apenas 0,02% do total. A previso da Aneel que o Brasil tinha 2 GW de potncia instalada at 2024.

    A maior usina solar em operao no pas a Nova Aurora, localizada na cidade de Tubaro, no sul catarinen-se, com capacidade de 3 megawatts.

  • Por Milton Loureno Presidente da Fiorde

    Logstica Internacional e diretor do Sindicato dos

    Comissrios de Despachos, Agentes de Cargas e

    Logstica do Estado de So Paulo (Sindicomis) e da

    Associao Nacional dos Comissrios de Despachos,

    Agentes de Cargas e Logstica (ACTC)

    A crise e a falta de bom senso

    Por Milton Loureno, presidente

    da Fiorde Logstica Internacional e diretor do Sindicato dos Comissrios de Despachos, Agentes de

    Cargas e Logstica do Estado de So Paulo (Sindicomis) e da Associao Nacional dos Comissrios de Despachos,

    Agentes de Cargas e Logstica (ACTC). E-mail:

    [email protected]. Site: www.fiorde.com.br.

    ArtigoArtigo

    De 2000 para 2014 as exportaes mundiais saltaram de US$ 6 trilhes para US$ 22 trilhes e o Brasil acompanhou essa tendncia quadruplicando suas vendas para o mercado externo, que passaram de US$ 55 bilhes para US$ 225 bilhes. Pode parecer muito, mas esse crescimento poderia ter sido maior, tivesse tido o pas administradores p-blicos mais responsveis, que promo-vessem investimentos em infraestrutura superiores aos 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da ltima dcada.

    O resultado disso que hoje o pas tem de suportar um custo logstico equi-valente a 11,5% do PIB, ou seja, aproxi-madamente US$ 270 bilhes, levando--se em conta o PIB de 2014 (US$ 2,3 trilhes), segundo dados do Fundo Mo-netrio Internacional (FMI), o que repre-senta o dobro do que gasto pelos EUA, o triplo do que gasto pela Europa e o qudruplo do que gasto pela China. Segundo especialistas, o mximo admis-svel seria um custo logstico de at 5% do PIB, ou seja, US$ 115 bilhes. Esse custo provocado por estradas precrias e portos ineficientes, entre outros proble-mas, influi diretamente nas vendas para o exterior, principalmente de produtos manufaturados.

    Obviamente, no s o governo que deve fazer investimentos, mas tam-

    bm a iniciativa privada que depende diretamente de um ambiente otimista e de crescimento, o que no se v hoje em funo de uma instabilidade poltica sem razo de ser, j que o Brasil apresenta uma dvida externa lquida de apenas 34% em relao ao PIB, menor que a da Alemanha (50%), pas exemplo de administrao pblica, dos EUA (80%), da Unio Europeia (70%) e do Japo (127%).

    Vive-se, portanto, hoje o pior dos mundos unicamente porque se perdeu o bom senso poltico, o que ocasionou uma grave crise de confiana que parali-sou investimentos e consumo, sem base na realidade dos nmeros. Vivesse o pas hoje sob um regime parlamentaris-ta, como as naes da Europa Ocidental, o atual governo (ou seja, o gabinete) j teria sido substitudo por outro que, com um primeiro-ministro de credibilidade frente, pudesse devolver a confiana populao e ao empresariado.

    Enquanto isso no ocorre, o que se prev que o pas dever cair at o final do ano mais dois postos no ranking das maiores economias do planeta, pas-sando de stimo para nono, com um PIB estimado de US$ 1,8 trilho, sendo ultra-passado por ndia e Itlia. Tudo isso em funo de uma carncia de lideranas polticas nunca vista no pas.

    42 Dezembro 2015 Economia&Negcios

  • Economia&Negcios Dezembro 2015 43

    As vendas de produtos na Black Friday, realizada em 27 de novembro, totalizaram R$ 1,53 bilho, 76% a mais que o registrado no mesmo dia em 2014 (R$ 872 mi-lhes). A quantidade de pedidos feitos nas 24 horas da sexta--feira de ofertas tambm aumentou: foram 3,12 milhes, 49% acima do registrado no ano passado.

    Os dados, divulgados so da consultoria Clearsale e levam em conta todas as regies do pas. A Black Friday uma tradio norte-americana e foi promovida no Brasil pelo quinto ano consecutivo pelo portal Busca Descontos.

    O preo mdio dos produtos vendidos tambm cresceu. Em 2014, foi de R$ 416 e em 2015, R$ 492, uma elevao de 18%. So Paulo foi a cidade com maior volume de venda de produtos: R$ 194,2 milhes, seguida do Rio de Janeiro (R$ 116,6 milhes), Belo Horizonte (34,8 milhes), Braslia (32,8 milhes) e Curitiba (23,1 milhes).

    Os eletrodomsticos foram os produtos mais procura-dos, com um total de R$ 370,8 milhes em vendas, seguidos dos celulares (R$ 327,8 milhes), eletrnicos (R$ 240,1 mi-lhes), produtos de informtica (R$ 146,9 milhes) e mveis

    (R$ 74,1 milhes).A consultoria Clearsale, que realizou a pesquisa, uma

    empresa especializada em preveno de fraudes e a parcei-ra oficial do blackfriday.com.br. O Procon-SP, rgo vinculado Secretaria da Justia e da Defesa da Cidadania, registrou, entre 19h de quinta-feira (26) at meia-noite de sexta-feira (27), 1.184 reclamaes relacionadas a Black Friday. Desses, 331 resultaram em abertura de aes fiscalizatrias.

    Os principais problemas relatados foram maquiagem de desconto (28,3%), produto ou servio indisponvel (26%), mudana de preo ao finalizar a compra (16,4%) e site inter-mitente (5,1%). A empresa mais reclamada foi a B2W (ame-ricanas.com, Submarino e Shoptime) seguida pelo Grupo Po de Acar.

    Em 2014, foram registradas 1.356 reclamaes. Na-quele ano, as empresas mais reclamadas foram a B2W (Americanas, Submarino e Shoptime) e Saraiva. Os principais problemas relatados foram produto ou servio anunciado in-disponvel, sites intermitentes (falha na pgina) e mudana de preo na finalizao da compra.

    Agncia Brasil

    Mercado Coluna

    Vendas na Black Friday aumentam 76% e ultrapassam R$ 1,5 bilho

  • Por Milton Loureno Presidente da Fiorde

    Logstica Internacional e diretor do Sindicato dos

    Comissrios de Despachos, Agentes de Cargas e

    Logstica do Estado de So Paulo (Sindicomis) e da

    Associao Nacional dos Comissrios de Despachos,

    Agentes de Cargas e Logstica (ACTC)

    Quem assina embaixo?

    Por Rubens Passos, economista e administrador, presidente da Associao

    Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos

    Escolares e de Escritrio (ABFIAE) e da Tilibra e membro de vrios

    conselhos.

    ArtigoArtigo

    Quando um cidado assina contra-tos comerciais ou de financiamento, pro-missrias e quaisquer documentos que impliquem compromissos, o no cumpri-mento do que foi firmado gera sanes financeiras, penhora de bens e a incluso nas listas de inadimplncia dos servios de proteo ao crdito. Ou seja, o seu nome torna-se sujo. Partindo dessa lgica, como ficar, daqui a 15 anos, a imagem do Bra-sil, que j no anda muito boa, se no cumprir a Agenda 2030 para o Desenvol-vimento Sustentvel, da qual signatrio?

    Pode-se argumentar que todos os 193 estados-membros da ONU assinaram o documento no final de setembro. Con-tudo, nossa preocupao prioritria, por maior que seja o esprito cosmopolita, com o Brasil, pois cada um dos 202 mi-lhes de habitantes do Pas sofrer conse-quncias caso fracassemos nas 17 metas estabelecidas ou nas mais significativas delas, pois o descrdito prejudica as re-laes comerciais e os investimentos es-trangeiros, com impacto direto em nossas vidas. Nossos objetivos mais importantes so a erradicao da pobreza e da fome, sade e educao de qualidade, gua po-tvel e energia baratas e sustentveis para todos, emprego pleno e reduo drstica da violncia urbana.

    Entramos num jogo j perdendo de goleada. Afinal, temos pssimos sis-temas pblicos de sade e educao; enfrentamos graves problemas hdricos e energticos, com expressiva majorao tarifria; ainda temos cerca de 13 milhes de habitantes abaixo da linha da pobreza, com risco de agravamento devido crise econmica; a criminalidade e a violncia continuam elevadas. Temos 15 anos para conseguir uma virada, que seria uma vi-tria histrica, no apenas por honrar o compromisso assumido perante o mun-do, mas principalmente por indicar que conseguimos colocar o Brasil nos trilhos, corrigindo os equvocos que insistem em nos manter alijados do grupo das naes desenvolvidas.

    No tocante aos graves erros estru-turais, so prementes algumas medidas: proibio aos governantes de gastarem mais do que arrecadam e provocarem

    dficit fiscal; reduo da absurda carga tributria, que crescente (em 1975, era 23% e hoje de 36% do PIB) e inibe o desenvolvimento econmico; fim do inter-vencionismo estatal.

    Nossos governos ps-ditadura fra-cassaram em desenvolver nosso pas. O Estado, de modo disfarado, procura con-trolar completamente nossa economia. O captulo final desse processo j conheci-do: acaba em controle da vida pessoal de todas as pessoas, privando os indivduos completamente de suas liberdades (vide o fracasso da ex-Unio Sovitica, Cuba, Coreia do Norte e Venezuela). As econo-mias de planejamento central ou similares, como a que sofremos com o atual governo brasileiro, impem a viso de uma pessoa, restringindo nossa liberdade individual e a capacidade das empresas e indivduos de se desenvolverem conforme as foras econmicas de mercado.

    Adotando ideias liberais e dizendo no ao intervencionismo estatal, cria-ramos condies para atender Agenda 2030. Porm, para ter xito no enfrenta-mento dos problemas estruturais essen-cial fazer uma reforma poltica de verdade, de modo que o poder pblico no seja mais objeto de clientelismo, corrupo, mercantilizao do apoio ou oposio ao governo da vez e da ateno aos interes-ses de poucos, em detrimento de muitos. necessrio que a democracia, conquista preciosa do povo, faa com que o Estado deixe de servir-se da sociedade e passe a trabalhar por ela.

    Os brasileiros j superaram numero-sas crises econmicas em meio aos proble-mas polticos e estruturais crnicos. Entre-tanto, o Pas est h dcadas patinando em sua condio de subdesenvolvido, jamais conseguindo ascender condio de desenvolvimento e economia de renda elevada. Continuar assim se no tivermos polticos ticos e de ideias liberais. Sim, a mudana possvel. Que melhores candi-datos apresentem-se nas urnas de 2016, para termos esperana de dias melhores. Sem esse avano, ningum em s cons-cincia endossar a assinatura do Brasil na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentvel.

    44 Dezembro 2015 Economia&Negcios

  • A Alkord Sistemas, empresa catarinense com sede em Balnerio Cambori, acaba de lanar uma platafor-ma para que indstrias, atacadistas e distribuido-res possam disponibilizar formas diferentes para que clien-tes possam ter contato com seus produtos e compr-los no momento que lhes for mais conveniente. As solues de mobilidade e comrcio eletrnico desenvolvidas pela Alkord se baseiam no conceito de negcios Omni-Channel. A soluo conta com tecnologias de ltima gerao para entregar ao usurio um sistema rpido, muito seguro e extremamente simples de ser operado.

    "O Omni-Channel uma das grandes tendncias do varejo. O objetivo levar este conceito para as empresas que fazem vendas no atacado", afirma Marcos Both, ge-rente comercial da Alkord. O principal benefcio oferecer vrias possibilidades de compra. "Aps conhecer o produ-to, o cliente pode compr-lo pela internet, por meio de um vendedor, por telefone, diretamente no estabelecimento de venda ou por meio do servio de pronta entrega ofere-cido pela empresa", explica.

    Uma das ferramentas que mais vem agregando visi-bilidade aos produtos a loja virtual de atacado, o chama-do B2B, que complementa as vendas via telemarketing e fora de vendas. Estamos oferecendo o que h de melhor e mais moderno disponvel para atender o mercado, per-mitindo o uso de ferramentas que possibilitem um consis-tente aumento no volume de vendas, acrescenta Marcos Both.

    O nmero de consumidores brasileiros que faz com-pras on-line semanalmente cresceu 25% no ltimo ano, segundo a pesquisa Total Retail 2015, da PwC. Quando o resultado analisado por canais, o aumento de 82% entre os que usam celular e smartphone para comprar dia-riamente, semanalmente ou mensalmente, e 55% entre os que usam tablet. Alm de comprar, o consumidor est usando os dispositivos mveis para pesquisar produtos (69%), comparar preos (63%), e pesquisar a localizao das lojas fsicas (34%). Essas pesquisas, voltadas ao vare-jo, demonstram que as possibilidades so muito grandes para as empresas que operam no atacado.

    Mercado Coluna

    Alkord lana plataforma multicanais para ambiente de vendas Omni-Channel

    Economia&Negcios Dezembro 2015 45

  • A empresria Eliane Colla, 49 anos, foi eleita no final de novembro presidente da Cmara de Dirigentes Lojistas de Balnerio Cambori (CDL) para o binio 2016/2017, em substituio ao empresrio Jos Roberto Cruz. Essa a primeira vez que uma mulher assume a pre-sidncia da entidade. Eliane j fazia parte da atual dire-toria da CDL e teve seu nome aprovado por unanimidade pelos eleitores.

    A nova diretoria assumir em 1 de janeiro de 2016. Ela vai dividir a direo dos trabalhos da entidade com o empresrio Bernardo Werner, diretor-administrativo e fi-nanceiro da faculdade Avantis, que assume como vice-pre-sidente. Eliane explica que o primeiro desafio orientar cada um dos membros da nova diretoria sobre o papel que ele ter dentro da administrao, para que aprofundem o conhecimento sobre o trabalho realizado pela CDL.

    O presidente da CDL Jos Roberto Cruz, Beto Cruz, destaca a importncia da escolha de Eliane como parte do processo de fortalecimento e continuidade da misso da entidade que atender as necessidades da comunidade empresarial, em prol do desenvolvimento do varejo do mu-nicpio.

    DIRETORIA EXECUTIVA 2016/2017PRESIDENTE: Eliane CollaVICE PRESIDENTE: Bernardo WernerDIRETORA FINANCEIRA: Cler da SilvaDIRETOR SECRETRIO: Marcelo VrennaDIRETOR DE SPC: Carlos Samuel Freire de OliveiraDIRETOS DE RELAES INSTITUCIONAIS: Alexandre Ro-chaDIRETOR SOCIAL: Gerson Jnior CollaCONSELHO DIRETORAnsio Fenner

    Eleita a nova diretoria da CDL de Balnerio Cambori

    Hlio DagnoniJos Felcio PereiraLuiz de Aquino VieiraAltamir Osni TeixeiraJos Roberto Cruz CONSELHO FISCALClaudia Roberta Coelho Dagnoni Moiss RossiRosemari Tomazoni SUPLENTESVilton Joo dos SantosJos Dionsio FilhoFabio Machado Colla

    Mercado Coluna

    46 Dezembro 2015 Economia&Negcios

  • Mercado Coluna

    O Natal deste ano deve repetir o mesmo desempenho do ano passado no comrcio de Balnerio Cambori, de acordo com estimativas da Cmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. Para o presidente da entidade, Jos Roberto Cruz, o Beto Cruz, o cenrio econmico, de infla-o alta e aperto nos juros deve fazer com que as empresas adotem mais promoes. Estender o prazo para pagamento deve ser uma das prticas adotadas pelo setor nos prximos meses.

    O perodo do Natal, explica Beto Cruz, uma poca em que, independentemente do momento econmico, boas ven-das sempre acontecem. O perodo ser bom para os comer-ciantes. O faturamento ser positivo, mas, claro, consideran-do a realidade econmica que estamos vivendo. Ficaremos satisfeitos se o ndice do ano passado se mantiver, afirma.

    Para Cruz, o valor do ticket mdio por presente deve ficar entre R$ 150 e R$ 300. O consumidor no deixa de presentear seus familiares, mas o valor ser menor diz.

    A CDL recomenda aos associados que apostem na excelncia do atendimento, em produtos e vitrines atrativas, preos e condies de pagamento parceladas e ambientes agradveis para atrair os consumidores. A diretoria da en-tidade tambm recomenda que os lojistas decorem os seus estabelecimentos para despertar o interesse da compra nos consumidores.

    O Natal a melhor data para o comrcio por movi-mentar todos os segmentos da economia. Uma das prin-cipais vantagens de proporcionar a ampliao do nmero de produtos comercializados, uma vez que o cliente compra presentes para toda a famlia, ressalta.

    Comrcio de Balnerio Cambori quer repetir desempenho do ano passado no Natal

    Economia&Negcios Dezembro 2015 47

  • Investe SC, lanada pela Fiesc em parceria com o governo do Estado, ir trabalhar na divulgao de oportunidades e na

    prospeco de empresas interessadas em investir

    Aumentar o investimento nos setores de alto valor agregado, reduzindo as importaes, reforando o nvel tecnolgico da indstria e fomentando o desenvolvimento de todas as regies do Estado. Estes so alguns dos principais objetivos da Investe SC, a agncia de atrao de investimentos lanada em 26 de novembro pela Federao das Indstrias de Santa Catarina (Fiesc) e o governo do Estado.

    A agncia trabalhar na divulgao de oportunida-des em Santa Catarina e na prospeco de empresas inte-ressadas em realizar investimentos. Tambm concentrar o atendimento das demandas de investidores interessa-dos no Estado, acionando os rgos, entidades e parceiros responsveis e acompanhando os processos. Para isso, foi desenvolvida uma ferramenta prpria de gesto de rela-cionamento com o cliente (CRM, na sigla em ingls).

    "O que nos une um objetivo em comum: fortalecer o processo de atrao de investimentos estratgicos para Santa Catarina, identificar setores e definir polticas claras na atrao de novos empreendimentos. Estes so diferen-ciais de economias que esto vencendo o jogo no mun-

    do, destacou o presidente da Fiesc, Glauco Jos Crte. Nosso Estado um dos mais industrializados do Brasil, mas precisamos fortalecer ainda mais a matriz econmica. Uma das formas atrair elos faltantes da economia. Va-mos trabalhar para complementar a nossa cadeia produti-va, complementou.

    O secretrio de Estado do Desenvolvimento Econ-mico Sustentvel, Carlos Chiodini, destacou a formatao inovadora de parceria que resultou na agncia Investe SC e os benefcios de investir no Estado. Queremos que o Estado seja um dos principais receptores de investimento, alm de ter reconhecimento internacional, fortalecer as ca-deias produtivas e ampliar os investimentos estratgicos, afirmou.

    Mauro Mariani, coordenador do Frum Parlamentar Catarinense, afirmou que em outros estados esse tipo de iniciativa exclusivamente estatal e defendeu mais parce-rias como esta.

    Entre os setores considerados prioritrios pela Inves-te SC esto educao, energia, logstica, meio ambiente, sade, automotivo, nutico, tecnologia da informao, au-

    Agncia mira em investimentos que desenvolvam a indstria e a economia do Estado

    Heraldo Carnieri

    48 Dezembro 2015 Economia&Negcios

  • tomao e turismo. Eles foram indicados aps estudos e debates que evidenciaram elos faltantes em suas cadeias produtivas, alm de apresentarem mercado em ascenso, potencial de crescimento no Estado ou grande volume de importaes.

    Esta parceria, na forma como se encontra constru-da, inovadora no processo de atrao de investimen-tos no Brasil. Confiamos que esta iniciativa dar certo e produzir bons resultados, sobretudo para a gerao de novos empregos, razo de esperana e segurana para os jovens catarinenses que se preparam para o mundo do trabalho, reforou Crte.

    Dados levantados pelo Observatrio de Inteligncia Industrial da Fiesc mostram que, de um total de 60 mil empresas multinacionais ao redor do mundo, 40% pre-tendem investir em projetos de inovao e pesquisa fora do seu pas de origem. Os estudos tambm indicam que, de 35 mil projetos de investimento de mdia e alta tec-nologia lanados nos ltimos cinco anos, 73% foram rea-lizados por multinacionais norte-americanas e europeias.

    So companhias com as quais Santa Catarina pode refor-ar seus vnculos culturais e socioeconmicos, ressaltou Crte. Estas regies representam hoje 25% da origem de todas as importaes do Estado e 40% do destino das ex-portaes.

    Tambm nesta quinta-feira foi apresentado o portal da Investe SC na internet. No endereo www.investesc.com esto disponveis informaes sobre as oportunida-des de investimento, as facilidades oferecidas pela agn-cia e dados estatsticos de Santa Catarina. A ferramenta tambm conta com canal de comunicao, que ligado ao CRM.

    Filipe Scotti

    Economia&Negcios Dezembro 2015 49

  • Por Milton Loureno Presidente da Fiorde

    Logstica Internacional e diretor do Sindicato dos

    Comissrios de Despachos, Agentes de Cargas e

    Logstica do Estado de So Paulo (Sindicomis) e da

    Associao Nacional dos Comissrios de Despachos,

    Agentes de Cargas e Logstica (ACTC)

    Valorizao da mulher no mercado de trabalho

    Por Joo Doria, jornalista, presidente

    do Grupo Doria

    ArtigoArtigo

    50 Dezembro 2015 Economia&Negcios

    Entre as temticas que envolvem as abordagens sobre gesto, uma delas se repete: a mulher como gestora. Por que a mulher ainda no ascendeu ao mesmo patamar masculino? Seria proce-dente uma poltica de cotas para expan-dir a quantidade de mulheres nas em-presas? Essas questes esto na ordem do dia, seja pela conscincia de igualda-de de gneros que se consolida no pas, na esteira da valorizao da cidadania, seja pelo extraordinrio crescimento da mulher no ranking da educao.

    Para comear, as mulheres supe-ram os homens na demografia brasileira: so 103,5 milhes de mulheres, equiva-lente a 51,4% da populao (pesquisa IBGE 2013), responsveis pelo sustento de 37,3% das famlias, o que denota ocupao crescente no mercado de tra-balho e menor nmero de filhos na dcada de 80, a mdia era de quatro por mulher, agora de um a dois. Na elei-o de 2014, as eleitoras somaram 77,5 milhes contra 68,2 milhes de homens.

    Porm, com 16 milhes de empre-sas, as mulheres no possuem cargos de liderana em mais da metade. E o pior que a presena feminina em cargos mais elevados vem diminuindo: em 2012, 26% das empresas no tinham funcio-nrias em posies de comando, taxa que aumenta para 33% em 2013 e 47% em 2014, tendncia que se observa na moldura latino-americana, onde a taxa de 34% em 2012 sobe para 53% no ano passado. Essa radiografia emerge no momento em que as mulheres apre-sentam boa performance em muitos se-tores, da educao ao trabalho. como se pode ver em nosso pas.

    Uma pesquisa feita pela Caliper do Brasil, quando as mulheres ocupam cargos gerenciais, so assertivas e me-nos agressivas que os homens. Sabem defender de maneira firme seus pontos de vista, so mais precisas e cuidadosas, mostrando bom senso incomum, a par de serem perfis empticos, sociveis e

    extrovertidos. capaz de lidar com situ-aes prticas, engajando-se plenamen-te no planejamento estratgico. O que existe ainda, isso sim, uma forte dose de preconceito.

    Mesmo sendo legalmente assegu-rados s mulheres os mesmos direitos concedidos aos homens, esses ainda no atingem 100% do universo feminino, seja no nvel salarial, nas oportunidades de promoo, nas facilidades para o ple-no desempenho profissional.

    J dispomos da lei que amplia a licena-maternidade de quatro para seis meses, sendo a concesso dos ltimos 60 dias opcional para a empresa. A pro-teo maternidade torna-se mais efe-tiva, preservando um direito social. As barreiras vo sendo derrubadas por no-vas leis e pelo preceito da imprescindibi-lidade da presena feminina no mercado de trabalho. Quanto a cotas para au-mentar o nmero de mulheres nas em-presas, trata-se de medida polmica. O mercado de trabalho um campo aberto de competio e a disputa por cargos sugere um vale tudo, incluindo-se as cargas discriminatrias.

    As mulheres j somam mais da metade dos concluintes dos ensinos fundamental, mdio e superior no pas e predominam entre os candidatos aos exames vestibulares de instituies p-blicas e privadas. Entre os trabalhadores com nvel superior no mercado de traba-lho, 54% so mulheres.

    No h razo para remunerao diferente entre homens e mulheres que assumem cargos semelhantes na hie-rarquia das administraes. preciso acabar com o preconceito na poltica de remunerao. Em geral, as mulheres ain-da ganham 20% a 30% a menos que os homens mesmo que ocupem as mesmas funes. O respeito condio femini-na e aos valores por ela encarnados a base para a construo de uma civili-zao mais igualitria, mais solidria e mais democrtica.