revista portuária 25 novembro 2013

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Revista Portuária 25 Novembro 2013

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4 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

PERFILHistória de quem muito viu

FRANCHISING Mercado de franquias aquece e movimenta a economia catarinense

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOIncubadora Tecnológica Empresarial da Univali ajuda você a montar o próprio negócio

6

COMEÇOU A FESTAREGATA TRANSAT JACQUES VABRE CHEGOU A ITAJAÍ NA SUA 11ª EDIÇÃO

36

42

OBRAS E INVESTIMENTOSGovernador Raimundo Colombo anuncia R$ 31,6 milhões para a região de Itajaí52

Nicolle Lira

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

Neiva Daltrozo / Secom

Lloyd Images

Ronaldo Silva Jr

Divulgação

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Economia&Negócios • Novembro 2013 • 5

Editora BittencourtRua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Leonardo Thomé – DRT SC 04607 [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

Foto de Capa: Shutterstock

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não seresponsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 165 NOVEMBRO 2013

EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

O penúltimo mês do ano che-gou e com ele o evento mais esperado do ano em Itajaí e

região: Aventura Pelos Mares do Mun-do. Um misto de regata internacional, festival gastronômico e de música, feira de negócios e diversas outras atrações para gente de toda idade, desde os pe-querruchos até os bem vividos. O local é o mesmo da Volvo Ocean Race, o bem localizado Centreventos e a Vila da Regata, mas que agora está totalmente reformulado para abrigar num único es-paço um pouco de cada canto e cultura do mundo, sem esquecer é claro das ra-ízes itajaienses.

Mas esta edição da Revista Por-tuária – Economia & Negócios tem muito mais do que a Aventura e a Re-gata Transat Jacques Vabre. A publicação traz um perfil imperdível com o homem por detrás do sucesso de organização dos eventos náuticos na cidade: Amílcar Gazaniga. Ele que já foi prefeito de Itajaí, superintendente do Porto, entre outros cargos relevantes da política nacional, é também dono de uma memória prodi-giosa, capaz de lembrar nomes, datas e situações vividas décadas atrás. Na en-trevista com Amílcar, você vai conhecer um pouco mais desse senhor sexagená-rio que sempre acreditou na retomada da vocação náutica de Itajaí, desafiando os críticos e mostrando ao mundo a for-ça de sua terra.

Terra, aliás, que é a responsável por abrigar também a maior universi-dade privada de Santa Catarina: a Uni-vali. Academia que possui a Incubadora Tecnológica Empesarial. Um local onde os jovens estudantes anseiam por em-preender e encontrar as condições ne-cessárias para ingressar no concorrido e voraz mercado de trabalho. A Incuba-dora disponibiliza os cuidados para que essas empresas com idéias inovadoras tenham um esteio em que se agarrar no início da trajetória, sempre tão marcada por dificuldades e burocracia que fazem a maioria dos negócios em estágio inicial sucumbir antes dos dois anos de vida.

Tem mais. Você sabia que Santa Catarina é o sétimo estado mais empre-sarial do país? Pois é. Uma matéria falan-do sobre isso vai detalhar quais os seg-mentos estão em alta e o que indicam os números do Instituto Brasileiro de Plane-jamento Tributário (IBPT), o responsá-vel pelo levantamento. Falaremos ainda das melhores cidades catarinense para se abrir uma franquia, dos benefícios da navegação de cabotagem, da visita e do aporte financeiro essencial para algumas obras feito por Raimundo Colombo para Itajaí e região e, as já tradicionais secções fixas da Revista Portuária: Coluna Merca-do e Portos do Brasil.

Boa leitura! Boa regata! Boa festa!

Uma edição especial para marcar um evento excepcional

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6 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

PERFIL AMÍLCAR GAZANIGA

História de quem muito viu

O motivador otimista que executou sonhos: prazer, Amílcar Gazaniga

O ano era 1975. Ele, um jo-vem no frescor de 28 pri-maveras. Àquela altura, já

casado com a companheira de uma vida inteira, Amílcar Gazaniga não tinha motivos para chorar. Mas chorou. Por-que chorar também é para os fortes. Chorar é para os humildes, para os grandes. Chorar é uma arte em que não só o corpo participa. O coração é essencial. Naquele momento, as lágri-mas brotavam com gosto de desafio. E que desafio. Amílcar fora incumbido, por ninguém menos que o governador de Santa Catarina à época, Antônio Carlos Konder Reis, de ser o candidato

a prefeito de Itajaí dali dois anos, em 1977.

Depois do choque do anúncio, para um homem que até então não tinha nenhuma aspiração política, ao sair do Iate Clube Cabeçudas, local do encontro, Amílcar procurou a esposa, Sueli Canziani Gazaniga, com quem é casado desde os 21 anos, e chorou. Por que as lágrimas? “Porque eu não tinha intenção de me tornar candidato, sem falar que o candidato de oposição, o Delfim de Pádua Peixoto Filho, era o favorito, numa época em que a di-tadura militar começava uma lenta e gradual abertura. Mas eu fui em frente,

Foi Deus ter me dado a oportunidade de errar e reconhecer todos os erros que

cometi. Ter me dado a oportunidade de

modificar conceitos, princípios e atitudes, ter hoje a certeza que passei por essa vida

sem ter simplesmente vivido, mas sim

deixado alguma coisa

“ “

Amílcar Gazaniga

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Economia&Negócios • Novembro 2013 • 7

PERFIL AMÍLCAR GAZANIGA

o choro foi um momento de de-sabafo”, revela Amílcar, a memó-ria prodigiosa, capaz de lembrar nomes, datas, situações, quase um HD externo.

E Amílcar ganhou aquela eleição, se tornando o prefei-to mais jovem de Itajaí. A vida desse homem, entretanto, vai muito além dos cargos públicos que exerceu, da engenharia que escolheu, dos meandros políti-cos que conheceu. De persona-lidade forte e simpatia cativante, Amílcar teve que gastar muita

Júnior Dias

Em 1977, ele se tornava prefeito

de Itajaí, com recém-completadas

três décadas de vida.

Ronaldo Silva Jr

Divulgação

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PERFIL AMÍLCAR GAZANIGA

8 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

lábia e sola de sapato desde a adoles-cência, quando o intrépido jovem tra-balhara vendendo máquinas de escre-ver, a famosa Olivetti Lettera 22, uma coqueluche de seu tempo, tal qual o IPhone nos dias de hoje.

Pois esse itajaiense, que desde 2010 se envolveu sobremaneira com o mundo náutico e a inserção de sua cida-de natal nesse universo, encontrou-se com a Revista Portuária – Economia & Negócios, numa sexta-feira ensolara-da de outubro, para abrir o coração e passar a limpo sua carreira, vida e mui-tas alegrias, afinal, como ele faz questão de ressaltar, as alegrias ficaram, diferen-te dos arrependimentos e ressentimen-tos que diz não conhecer.

Engenheiro elétrico e outras coisas maisQuem vê Amílcar Gazaniga no

comando da organização da Rega-ta Transatlântica Jacques Vabre, bem como foi na Volvo Ocean Race em 2012, percebe que ele é uma pessoa metódica. Tanta organização está calca-da no fato de que sempre gostou das ciências exatas, desde os idos ginasiais. Naturalmente, os números e cálcu-los foram influenciando as escolhas de Amílcar, sendo que optou por cursar Engenharia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com posterior especialização em Eletricidade. “Na época, o setor elétrico estava em pleno desenvolvimento, com um mercado

O personagem desta reportagem

diz não ter arrependimentos,

tampouco ressentimentos, nessa trajetória

de sucesso e vitalidade.

Nelson Robledo

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PERFIL AMÍLCAR GAZANIGA

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 9

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

bastante promissor, foi um caminho na-tural que escolhi”, revela.

De origem humilde, Amílcar pas-sou por alguma dificuldade na adoles-cência, quando se mudou para Blume-nau com a finalidade de estudar, já que Itajaí naquele tempo não tinha escola com segundo grau. Na cidade de DNA alemão arranjou - apesar da ferrenha disputa - uma vaga no colégio Pedro 2°. Um dos requisitos determinantes na es-colha das vagas por parte da escola blu-menauense, naqueles anos 60, era que o postulante a vaga exercesse alguma atividade profissional durante o dia.

E lá foi ele ser ajudante de bar-beiro, na barbearia do tio. Trabalho e

estudo. Depois da experiência com tesouras e pentes, as vendas. Amílcar ingressou na empresa que detinha a representação das máquinas Olivetti, algo muito procurado pelos jovens de outrora. Um jovem, vendendo produ-tos para jovens. O sucesso foi imediato. “Estudei e trabalhei em Blumenau, dois anos, e no terceiro me desloquei para Florianópolis, no Instituto Estadual de Educação. E aí comecei a trabalhar na minha área, primeiro, como estagiário na Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), e depois ainda dei aulas de química e matemática no curso noturno do colégio Pio 12, com o professor Sei-xas Neto”, recorda.

Tantos ofícios nessa fase da vida, no entanto, contrastam com os mais de 10 anos em que serviu a Celesc. Mas a variedade de funções e trabalhos que exerceu na vida, diz Amílcar, lhe ensi-nou muita coisa, sobretudo a dar valor às conquistas obtidas profissionalmente. “O meu pai era dono de cinema em Itajaí e, na década de 60, os cinemas começaram a sucumbir em diversas ci-dades do Brasil. Não foi diferente com o do meu pai. Então, ele teve muitas dificuldades em manter eu e meus ir-mãos. Assim, como filho mais velho, achei que devesse ajudá-lo. E não me arrependo de nada por isso”, destaca, serenamente.

Um motivador nato, Amílcar se afastou de cargos públicos

há alguns anos, mas segue exercendo

influência em outros segmentos da

sociedade, como as regatas

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PERFIL AMÍLCAR GAZANIGA

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Vida públicaA profissão de Amílcar foi tam-

bém a responsável pelo seu ingresso na vida pública, no caso como candidato a prefeito de Itajaí, na eleição de 1977. Ao se formar, com 21 anos, se mudou para Lages, na Serra. Sua esposa vem de uma família com tradição na políti-ca, os Canziani. Depois do casamento, Amílcar ansiava começar uma vida com as próprias pernas, com independência, com seus erros e acertos. “Eu fui para Lages, sendo muito bem recebido. Tra-balhei durante dois anos por lá. Mas, depois desse período, infelizmente, recebemos a notícia de que minha so-gra estava muito doente. Então, pedi a transferência para mais perto de Itajaí, na época essa unidade era em Blume-nau”.

No Vale, ficou cerca de um ano. Em seguida, com a criação do escritó-rio da Celesc em Itajaí, surgiu o convite para ajudar no projeto de inserir a com-panhia de luz no Litoral. Mas o que tudo isso tem a ver com a política? Amílcar conta que, dois anos depois do retorno a Itajaí, uma reviravolta política toma-

va corpo na cidade, por conta de uma divergência entre duas alas veinculadas ao então prefeito municipal, Frederico Olíndio de Souza. “Essas alas não se en-tendiam. Na época, o governador era o senhor Antônio Carlos Konder Reis. Aí, num determinado dia à tarde, ele me chamou para uma reunião no Iate Clu-be Cabeçudas, e lá me falou: ‘você vai ser candidato a prefeito de Itajaí’. Eu só falei, Deus Meu”, exclama, hoje rindo ao recordar daquele momento, que foi sufocante na ocasião.

A eleição chegou, e Amílcar ga-nhou. Em 1977, ele se tornava prefeito de Itajaí, com recém-completadas três décadas de vida. Permaneceu no cargo até 1982, cinco anos, portanto. De fe-vereiro de 1983 a fevereiro de 1987, Amílcar foi deputado estadual. Vida pública que ainda teve outros capítu-los, como quando, entre 1990 e 1993, exerceu a função de diretor presidente da empresa Centrais Elétricas do Sul do Brasil (Eletrosul) e, de junho 1993 a março 1994, ocupou a cadeira de se-cretário de Tecnologia e Meio Ambiente do Governo de Santa Catarina.

Entre outros cargos, Amílcar também trabalhou no governo fede-ral, primeiro na função de presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, entre dezembro de 1995 e setembro de 1997. Depois de rodar por empresas públicas das esferas esta-dual e federal, Amílcar assumiu como superintendente do Porto de Itajaí, cargo que ocupou de 1999 a 2003. Ainda hoje, ele é membro voluntário do Conselho de Autoridade Portuária (CAP).

Voltando à época de sua eleição para prefeito, Amílcar pontua dizendo que naquele tempo a classe política passava por um momento muito se-melhante ao atual, sobretudo depois dos protestos de junho que sacudiram o povo e acuaram a classe dos engra-vatados. “A classe política estava muito desgastada, e eu, jovem, como enge-nheiro representava algo novo, algo técnico, sem politicagem, com vontade de trabalhar pela cidade. Assim, apesar de ser desconhecido na época, a par-tir do momento que passei a me en-volver com a campanha, a andar nas

Amílcar Gazaniga com material de

clipagem da Volvo Ocean Race, edição

de 2012

Ronaldo Silva Jr

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PERFIL AMÍLCAR GAZANIGA

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 11

ruas como candidato, passei a ser uma alternativa à política daquele período de transição da ditadura para a democra-cia”.

LiçõesEm meio a tanto tempo de vida

pública, quais lições Amílcar Gazaniga ti-rou desse período da vida? Ele é rápido ao responder que as melhores lembran-ças de quem exerce um cargo público são as recordações, isso que gratifica,

mesmo que só anos depois de deixar a função. “Quando você está exercendo a função pública, o trabalho é extrema-mente desgastante, mas quando, depois de um tempo, você olha para trás e vê a grande rede de amigos, os contatos e amizades que se cria nesse período, isso tudo faz valer a pena”, avalia.

Contatos e amizades que hoje são fundamentais para uma das tantas tarefas do polivalente Amílcar, como, por exemplo, sua empresa de consulto-

ria em engenharia, a WGC Networks, sediada em Florianópolis, na qual ele é um dos sócios. Desde 2001 no merca-do, afirma que o maior patrimônio da companhia é o relacionamento existen-te com diferentes segmentos do mer-cado, baseado muito nos contatos fei-tos ao longo da vida. “Várias empresas estrangeiras chegam até a gente, pedin-do o contato de pessoas proeminentes, como o presidente de Furnas, que é meu amigo, trabalhou comigo na Ele-

Marina de Itajaí: a maior do sul do paísQuando questionado sobre o papel da futura Marina

de Itajaí no desenvolvimento econômico da cidade e do esporte náutico de alto rendimento, Amílcar solta uma ono-matopeia que denota otimismo e confiança no que está fa-lando: “Ahh (sorriso), a Marina... Vamos nos ater no proble-ma de ordem econômica: cada barco desses, obviamente, só pode ser adquirido por pessoas de alto poder aquisitivo, mas atrás disso vem o hotel que precisa abriga-lo, vem o apartamento que ele vai comprar, o marinheiro que ele vai contratar, a oficina de lanchas que vai precisar ter, vem o prestador de serviço, vem as empresas que fornecem ali-mentos, os restaurantes que melhoram, enfim, é toda uma estrutura que se modifica”, lista o presidente do Comitê

Central Organizador das etapas brasileiras da Jacques Vabre e da Volvo Ocean Race.

Existe ainda o fator, ressaltado por Amílcar, que a Ma-rina de Itajaí será a maior marina aguada do sul do país, com 300 vagas, onde cada barco necessita de duas a três pessoas para cuidados e manutenção. Com uma motivação que coraria de vergonha muito jogador de futebol milioná-rio, Amílcar é da opinião que o empreendimento, além de mudar o perfil da cidade, vai catapultar a aceleração de uma grande necessidade itajaiense: a diversificação de sua eco-nomia, tão dependente do porto e sua cadeia subsequente. “Eu acho que a Marina precisa agregar valores, e fazer com que essa cadeia por trás dela também seja lucrativa para a cidade e seus moradores”, avalia.

Para o ex-presidente dos Correios e da Eletrosul, a Marina do Saco da Fazenda e as regatas estão despertando a

economia de Itajaí para algo além do Porto

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PERFIL AMÍLCAR GAZANIGA

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trosul, então, essa rede de contatos eu vou levar para a vida toda. Além, claro, da gratificação que a gente tem quan-do olha o que foi possível fazer, como a Univali e a avenida Beira-Rio, dois sím-bolos de Itajaí”, expõe.

RetomadaEm 2010, depois de ultrapassar a

barreira dos 60 anos, Amílcar recebe-ra um convite do prefeito Jandir Bellini: seria o homem à frente de um projeto ambicioso, o de colocar Itajaí na vitri-ne internacional dos esportes náuticos, através da organização da etapa sul-americana da Volvo Ocean Race, edi-ção 2011/2012. Sua reposta positiva ao convite veio da convicção de que a ci-dade precisava diversificar a economia – tão dependente do Porto – e encontrar maneiras para que o nome Itajaí fosse minimamente reconhecido em outros recantos do Brasil e do mundo, sem que para isso fosse preciso dizer que o Porto de Itajaí é o segundo maior porto conteineiro do país.

Então, ele teve um estalo, o de que a cidade em que nasceu era tam-bém referência náutica em Santa Cata-rina nos tempos de adolescente. Bons tempos, faz questão de frisar. Pois bem, como em outras ocasiões, Amílcar en-xergou o que poucos viam, enxergou que através da regata e sua consequente exposição esportiva e de lazer interna-cional, havia uma oportunidade de fixar Itajaí como cidade que sabe organizar e realizar grandes eventos, tendo como diferencial primordial a receptividade de seu povo. “Quando a Volvo levou o nome de Itajaí ao conhecimento de mais de 2 bilhões de pessoas, que tive-ram a curiosidade de saber onde nós vivemos, quem nós somos, enfim, que tiveram curiosidade para conhecer nos-sa cidade e seu povo”.

E Amílcar, desde 2011, quando entrevistado por quem quer que seja, diz: ‘A Volvo vai quebrar paradigmas e vamos retomar a vocação náutica de Itajaí’. Segundo ele, a cidade precisava de mais personalidade para não ficar

Nelson Robledo

Amílcar, na foto com o prefeito de Itajaí, Jandir

Bellini, no anúncio dos patrocinadores

oficiais da Jacques Vabre

copiando o que outros municípios fa-zem, tal como as festas de outubro, no que estava inserida a Marejada, dita festa dos costumes açorianos. “Não adiantava, por exemplo, nós estarmos incluídos dentro das festas de outubro, porque nós não temos aqui em Itajaí, diferente de Blumenau, uma etnia pre-dominante. Lá, a etnia alemã é predo-minante. Então, ela cria todo um cená-rio para isso. Aqui em Itajaí, não. Nós temos portugueses, italianos, alemães,

Page 13: Revista Portuária 25 Novembro 2013

espanhóis, índios, mestiços, negros... Então, sempre foi difícil criar essa iden-tidade portuguesa, por mais esforço que se tenha feito”.

Assim, para a Regata Transa-tlântica Jacques Vabre, resolveu-se, na esteira da competição náutica, interna-cionalizar a Marejada, transformando-a na Aventura Pelos Mares do Mundo. Amílcar afirma que o seu papel, tanto na Volvo como na Jacques Vabre, é o de motivador, de cooperador. Motiva-ção e cooperação de um velho marujo do mar, que pode transmitir lições e experiências que garantam, ao menos, que o barco não vai afundar. “Eu sei que muitos devem pilotar um barco melhor do que eu, mas como não afundar um barco, isso eu aprendi muito bem, a vida me ensinou. Então, eu acho que isso me motivou e os resultados estão aparecendo, é um processo lento, mas eles já são visíveis”, aponta.

Tão visíveis que outras regatas internacionais já estão agendadas para Itajaí, como a Velas Latinoamérica, em fevereiro de 2014, e a Volvo Ocean Race, que aportará por aqui provavel-mente em abril de 2015. Antes, po-rém, agora em novembro, está acon-tecendo a Jacques Vabre, que com o colorido de seus mais de 40 veleiros faz do penúltimo mês do ano um dos mais alegres e divertidos da história itajaien-

se. “Os franceses da Jacques Vabre e o público do mundo todo chegaram em Itajaí, e viram o brilhantismo de nossa festa, eu não tenho dúvida que está sendo o nosso cartão de visitas para muitas outras regatas e eventos gran-diosos. Eu acredito”, dispara Amílcar.

Novo MundoOs moradores de Itajaí e os tu-

ristas que estão visitando a Aventura Pelos Mares do Mundo estão vivendo um mundo de sonhos e fantasia, aposta Amílcar. “Diferentemente da Volvo, nós temos aqui (por todo entorno do Cen-treventos) várias atrações, no campo da música, das artes, da gastronomia e, principalmente, do cenário, que é mui-to lúdico, e agrada desde o pequeninho até o mais intelectualizado, passando pela área esportiva, adentrando a área cultural... temos um planetário, entre tantas outras coisas. Eu tenho a sensa-ção de que se tudo ocorrer conforme o planejado, nós vamos ter uma festa surpreendente, muito mais surpreen-dente do que foi a Volvo Ocean Race. Eu espero”.

Na intimidadeE depois de períodos que se

sucedem entre longas e tediosas reu-niões, incansável busca por patroci-nadores e apoio, inevitável estresse e

cansaço após tantos pormenores, o que Amílcar Gazaniga faz para desligar, para entrar em off? “A única coisa é a família. Eu sou um cara extremamente caseiro. Eu, por ter uma atividade di-nâmica durante a semana inteira, com meu escritório em Florianópolis e ou-tras atividades em Itajaí, quando estou em casa gosto de estar por perto da minha família”, revela o pai de três fi-lhos e avô de cinco netos.

Como bom itajaiense, Amílcar é Marcílio Dias. Fora dos domínios ca-tarinenses, no entanto, seu coração é rubro-negro do Flamengo. No futebol, na hora de assistir partidas na televisão em companhia dos netos, não impor-ta o time que jogue, ele diz gostar de acompanhar toda e qualquer partida.

Antes de encerrar, a Revista Por-tuária – Economia & Negócios quis sa-ber quais as maiores alegrias que os 66 anos de Amílcar lhe proporcionaram: “Foi Deus ter me dado a oportunidade de errar e reconhecer todos os erros que cometi. Ter me dado a oportuni-dade de modificar conceitos, princípios e atitudes, ter hoje a certeza que pas-sei por essa vida sem ter simplesmente vivido, mas sim deixado alguma coisa”, conclui, não sem antes dizer que arre-pendimentos e ressentimentos são bo-bagens, perda de tempo. “Eu aproveito só o que é bom”. •

PERFIL AMÍLCAR GAZANIGA

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 13

Em Itajaí, onde nasceu, Amílcar é lembrado pelo forte papel que sempre desempenhou na sociedade e, sobretudo, pela dedicação que entrega às coisas de sua terra.

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14 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

A relativa solidez da economia brasileira tem propor-cionado o surgimento constante de novas empresas no Brasil. Tanto que, a cada cinco minutos, uma nova

empresa nasce no país. Os dados foram divulgados no início de outubro pelo Empresômetro, um novo mapeamento em tempo real do cenário empresarial no Brasil, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

O coordenador de estudos da entidade, Gilberto Luiz do Amaral, diz que o estudo pretende orientar políticas públi-cas e estratégias de negócios. Até agora, o termômetro regis-tra pouco mais de 16 milhões de companhias ativas, um salto de quase 10% em relação a 2012, quando 14,6 milhões de estabelecimentos operavam em território nacional.

Nascer é fácil, sobreviver nem tanto

UMA EMPRESA É CRIADA A CADA CINCO MINUTOS NO BRASIL; SANTA CATARINA É O SÉTIMO

ESTADO MAIS EMPRESARIAL DO PAÍS

O coordenador de estudos da IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, diz que o estudo pretende orientar políticas públicas e estratégias de negócios

Divulgação IBPT

Page 15: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 15

Do total, 45,19% atuam na área de serviços. Já 41,79% operam no comércio, ao passo que 7,17% pertencem à in-dústria e 4,24%, ao agronegócio. O setor varejista de roupas e acessórios predomina em quantidade de empresas, com 1,02 milhão – representando 6,39% entre todas as ativida-des econômicas.

Pessoas que trabalham por conta própria, incluindo microempreendedores individuais representam 50,4% das empresas abertas no país, enquanto sociedades empresariais abocanham 34,8% da fatia. O perfil familiar das companhias brasileiras é forte: apenas 7% de todas as empresas possuem sócios sem grau de parentesco, apontou o estudo.

A idade média das empresas brasileiras é de 8,8 anos. Há 3,9 milhões de corporações com tempo de vida entre 10 e 19 anos – a faixa etária mais numerosa. Com menos de um ano de existência, há 1,4 milhão de companhias. Menos de 2% possuem mais de 40 anos, enquanto há somente 190 centenárias.

Santa Catarina é o sétimo estado com mais empresasOs três estados que mais têm empresas são: São Paulo

com 4.657.838 (29,11% do total), seguido de Minas Gerais com 1.625.613 (10,16%) e Rio de Janeiro com 1.340.563 (8,38%). Santa Catarina aparece em sétimo lugar, atrás ainda de Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia. O Estado, baseado

Em nível nacional, o setor da indústria é o que apresenta o maior índice de faturamento, segundo o estudo do IBPT, com 28,26% do total

Em Itajaí, o porto é o catalizador de muitas das empresas que instalam-se no município, assim como em Navegantes

Ronaldo Silva Jr

REGIÃO QUANTIDADE %

SUDESTE 7.948.136 49,67%

SUL 2.975.271 18,59%

NORDESTE 2.902.779 18,14%

CENTRO-OESTE 1.350.106 8,44%

NORTE 826.601 5,17%

TOTAL 16.002.893 100,00%

(Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação)

Page 16: Revista Portuária 25 Novembro 2013

16 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

em números que vão até 30 de setembro deste ano, tem 677.113 empresas, o que representa algo como 4,23% do total das companhias brasileiras.

Entre as 200 cidades que mais abrem novas em-presas no Brasil, o Empresômetro aponta 12 catarinenses de diferentes regiões. Elas são Florianópolis (23ª), Joinville (39ª), Blumenau (54ª), São José (85ª), Itajaí (91ª), Balneário Camboriú (112ª), Chapecó (116ª), Criciúma (120ª), La-ges (147ª), Palhoça (168ª), Jaraguá do Sul (170ª), Brusque (183ª) e Tubarão (198ª). Entre as capitais, Florianópolis é a 18ª que mais possui empreendimentos, com 65,2 mil empresas.

O setor de serviços é o com maior número de em-preendimentos ativos (47,19%), seguido do comércio (41,79), indústria (7,17%), agronegócio (4,24%) financeiro (1,31%) e serviços públicos (0,29%). Porém, o que mais tem faturamento é o setor de Indústria, com 28,26% do total.

O queO Empresômetro tem como base de dados as in-

formações divulgadas pelas próprias empresas e entidades, pela Receita Federal do Brasil, Secretarias Estaduais da Fa-zenda, Secretarias Municipais de Finanças, Agências Regu-ladoras, Cartórios de Registro de Títulos e Documentos, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior, Juntas Comerciais, Portais da Transparência e IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cuja criação do empreendimento se deu até 30 de setembro de 2013.

Nesse estudo os termos empreendimento e estabe-lecimento são utilizados para denominar cada uma das uni-dades das empresas, entidades privadas, órgãos públicos, e todos os estabelecimentos que tenham obrigatoriedade de possuir CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, junto à Receita Federal do Brasil.

No site Empresômetro há também um contador em tempo real com a quantidade de empresas que existem e são abertas no país. A ferramenta é projetada mediante cálculos matemáticos, com base no crescimento médio do mesmo período nos três anos anteriores e considera fato-res sazonais que interfiram nas estatísticas. •

A – Em 30 de setembro de 2013, havia 16.002.893 empresas ativas no Brasil. A cada cinco minutos é aberta uma nova empresa; B - As regiões Sudeste e Sul somam mais de 68% de todas as empresas brasileiras; C – O estado de São Paulo possui mais de 4,6 milhões de empresas ou 29,11% do total; D – O estado com o menor número de empresas é Roraima, com pouco mais de 30 mil empreendimentos, ou 0,19% do total; E – O setor de serviços tem o maior número de empresas, somando mais de 7,2 milhões dos estabelecimentos, ou 45,19% do total; F - A cidade de São Paulo é a que tem o maior número de empresas, com quase 1,5 milhão de estabelecimentos ou 9,33% do total; G – As 50 cidades que têm o maior número de empresas somam 40,66% do total; H – Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios é a atividade que tem o maior número de empresas, com mais de 1 milhão de estabelecimentos, ou 6,39% do total; I – Em 2012 as empresas brasileiras tiveram faturamento de R$ 7,2 trilhões; J – As empresas de grande porte, apesar de representar somente 2,07% do total, são responsáveis por dois terços de todo o faturamento; K – Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte totalizam 74% de todos os empreendimentos ativos, mas somam somente 15% do faturamento empresarial; L - O valor médio do Capital Social de todas as empresas brasileiras é de R$ 13.425,63, sendo que 67% têm capital social de até R$ 10 mil e somente 3% têm capital social superior a R$ 500 mil; M - Os empreendimentos brasileiros têm idade média de 8,8 anos e menos de 2% dos empreendimentos têm mais de 40 anos de existência; N – As empresas individuais totalizam mais da metade de todos os empreendimentos; O – As empresas brasileiras são tipicamente familiares. Somente 7% de todos os empreendimentos têm sócios sem grau de parentesco entre si.

Principais conclusões do levantamento

Em Balneário Camboriú, o comércio e o setor de serviços são os campeões no quesito abertura de empresas

Divulgação Sectur BC

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18 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

SANTA CATARINA: CIDADES MAIS

PROMISSORAS PARA ABRIR UMA FRANQUIA

FRANCHISING Mercado de franquias aquece e movimenta a economia catarinense

A Rizzo Franchise – maior empresa de pesquisas do setor de franchising da América Latina – divulgou, no início

de outubro, o ranking das cidades de Santa Catarina mais promissoras para instalar uma franquia. O estudo, que faz parte da pesqui-sa: “100 melhores mercados para franquias no Brasil” aponta quatro cidades catarinen-ses com maior potencial para franquias. São elas:

Cidade Colocação no ranking Colocação no ranking Catarinense Nacional

Florianópolis 1º lugar 24º lugar

Joinville 2º lugar 36º lugar

Blumenau 3º lugar 50º lugar

Criciúma 4º lugar 92º lugar

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20 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

O estudo da Rizzo Franchise também revela que o Estado de Santa Catarina é o 6º no ranking nacional dos Estados Brasileiros com mais fran-queadores do Brasil. Estado possui hoje 103 empresas de origem catari-nense, que hoje possuem franquias em todo o país e, todas elas, juntas, já abriram 2.198 unidades em diversas localidades.

A maior parte desses franqueadores concentra-se no setor de Vestuá-rio (23,3%), seguido pelo setor de Alimentação, onde estão 20,4% do total de franqueadores. Em terceiro lugar está o setor de Mobiliário & Decora-ção, onde estão 8,7% dos franqueadores do Estado.

As franquias catarinenses geram hoje 13.421 empregos diretos em todo o Brasil – 708 a mais do que em 2012 somente neste primeiro semes-tre. O faturamento do Franchising de Santa Catarina já é de R$ 1,2 bilhões.

Franquias de olho em cidades Catarinenses para expandirO crescimento do Franchising de Santa Catarina tem feito com que

muitas franqueadoras coloquem as cidades do Estado como prioridade para expansão este ano. São elas:

PASTECARede de franquias de fast food de pastéis, de origem de Chapecó/SC,

atualmente possui 2 unidades – uma em Chapecó, uma em Xanxerê/SC e inaugura sua terceira unidade em Erechim/SC. O plano de expansão da empresa está concentrado na Região Sul do país e em Santa Catarina, a fran-

FRANCHISING

A Pasteca é uma rede de franquias de fast food de pastéis,

de Chapecó, que atualmente possui 2 unidades – uma em Chapecó, uma em

Xanxerê

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Economia&Negócios • Novembro 2013 • 21

FRANCHISING

quia vai abrir novas unidades em: São José, Florianópolis, Balneário Camboriú, Itajaí e Blumenau.

A Pasteca é uma franquia típica para maiores de 50 anos e pessoas em fase de pré-aposen-tadoria. O investimento total para abrir uma franquia da Pasteca é de R$ 190 mil, já com a Taxa de Fran-quia e o faturamento médio é de R$ 60 mil/mês, com uma rentabili-dade de 10% para o franqueado.

Informações sobre a fran-quia: www.pasteca.com.br

Com um investimento que varia de R$ 300 a R$ 400 mil é possível abrir uma franquia da Oficina Brasil de 250 a 300 m²

PRIMICIARede de franquias de malas e aces-

sórios, que depois de 60 anos de merca-do, resolveu expandir através da venda de franquias e está de olho nas 4 cidades mais promissoras de Santa Catarina para a aber-tura de novas lojas: Florianópolis, Joinville, Blumenau e Criciúma. O investimento para abrir uma franquia é de R$ 395 mil. Cada loja está programada para um atendimento de cerca de 800 clientes ao mês e faturamen-to médio mensal de R$ 120 mil, com uma rentabilidade que fica entre 10 e 14% para os franqueados.

Informações: www.primicia.com.br

OFICINA BRASILRede de franquias de ser-

viços automotivos, com mais de 50 unidades. Seu interesse prin-cipal é a cidade de Florianópolis. Com um investimento que varia de R$ 300 a R$ 400 mil é possí-vel abrir uma franquia da Oficina Brasil de 250 a 300 m², projeta-das para um faturamento médio de R$ 100 mil/mês e uma média de 15 a 18% de lucratividade.

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22 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

FRANCHISING

Candidatos a franqueadoAntes de se tornar um franqueado, faça as seguintes análises:

a) Perfil de franqueado/franquia: avalie diferentes oportunidades de negócios, compare e escolha a fran-quia que melhor se encaixa em seu perfil pessoal, pro-fissional e financeiro;

b) Oportunidades de franquias: avalie a Circular de Oferta de Franquia e o Contrato de Franquia da rede na qual você pretende ingressar;

c) Conteúdo extra: tenha acesso a um modelo de projeções financeiras para uma unidade franqueada. De-senvolva sua própria planilha a partir do exemplo.

Basta acessar o site www.sebrae.com.br/customizado/acesso-a-mercados/sebrae-mercado/sebrae-franquias e baixar os programas

Fonte: Sebrae (O Sebrae elaborou software para apoiar o candidato a franqueador a fazer essas análises)

Candidato a FranqueadorAntes de expandir seu negócio por meio de franquias é preciso avaliar algumas questões:

a) Análise de franqueabilidade: obtenha um laudo inicial da franqueabilidade de seu ne-gócio;

b) Plano de negócios para o franqueador: Elabore um plano de negócios que detalhe a in-tenção de franquear o negócio de sua empresa;

c) Conteúdo extra: tenha acesso a anexos do plano de negócios e à cartilha do Sebrae.

Fonte: Sebrae (A entidade elaborou um simulador para franqueados, que consiste em um programa de computador

que irá ajudá-lo na escolha da franquia ideal)

Estado possui 103 empresas de

origem catarinense, que hoje possuem franquias em todo

o país e, todas elas, juntas, já abriram 2.198 unidades

em diversas localidades

Divulgação

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24 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

Parabéns!

Portonave completa seis anos de operação

A Portonave completou no dia 21 de outubro seis anos de operação. Líder de mercado, a Companhia responde por 46% da movi-

mentação de cargas em contêineres de Santa Ca-tarina e ocupa o 18º lugar entra as 100 maiores empresas do estado, sendo a 85ª maior companhia do Sul do Brasil, segundo ranking da Revista Ama-nhã. A Portonave possui seis portêineres, 18 trans-

têineres, dois guindastes MHC, seis empilhadeiras, 25 carretas Terminals Tractors e um scanner.

A empresa é responsável por mais de 1.000 empregos diretos e recolheu, entre janeiro e agos-to desse ano, mais de R$ 5 milhões em impostos (ISS) – o que representa 53% de tudo o que foi arrecadado pela prefeitura do município de Nave-gantes no ano. •

Líder de mercado, a Companhia responde por 46% da movimentação de cargas em contêineres de

Santa Catarina e ocupa o 18º lugar entra as 100 maiores

empresas do estado

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orto

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Economia&Negócios • Novembro 2013 • 25

PORTOS DO BRASIL

A Portonave alcançou, no dia 31 de outubro, a marca de 3 milhões de TEUs (Twenty Equivalent Unit – unidade de medida equivalente a um contêiner de

20 pés) movimentados desde o início de suas operações, em outubro de 2007. O contêiner que registrou este nú-mero foi movimentado no navio MSC Seattle, de bandeira liberiana. Em seis anos, o Terminal já recebeu mais de 3,1 mil escalas de navios.

Atingir esta marca histórica representa o crescimen-to e evolução da empresa, alinhados ao desenvolvimento sustentável. O Terminal movimentou o primeiro milhão depois de quase três anos de atividade, em agosto de 2010, e o segundo milhão um ano e nove meses após, em maio de 2012. O terceiro milhão foi conquistado um ano e cinco meses mais tarde. “Em seis anos de opera-ção buscamos o nosso espaço e hoje somos responsáveis

por movimentar 46% de toda carga conteinerizada do Estado”, comenta Renê Duarte, Diretor-superintendente Operacional da Portonave.

Só em 2013, em nove meses, a Companhia já mo-vimentou 521.620 TEUs – um crescimento de 13,7% comparado com o mesmo período do ano passado. O aumento é sentido tanto nas importações quanto nas ex-portações. A empresa registrou aumento de 19,2% nas importações na comparação entre janeiro e setembro de 2012 e 2013. Os produtos mais importados foram plásti-cos e derivados, seguidos por cerâmicas, bebidas e fibras sintéticas. As exportações pela Portonave também tive-ram crescimento – 18% entre janeiro e setembro deste ano comparado com ano passado. As carnes congeladas representam o principal produto de exportação, seguido pela madeira. •

RÁPIDO

Portonave atinge a marca de 3 milhões de TEUs movimentados

Divulgação Portonave

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PORTOS DO BRASIL

26 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

Um navio do tipo Anchor Han-dling Tug Supply (AHTS) é o destino final de uma peça gigan-

te de 156 toneladas que foi desembar-cada no cais da APM Terminals, empresa responsável pela operação de contêine-res no Porto de Itajaí (SC), em outubro. A peça fabricada na Noruega integra o sistema de içamento de âncora de plata-formas de petróleo.

De acordo com informações da Portlink Logística Multimodal, agente da Fedex Trade Networks no Sul do Bra-sil e responsável por este transporte, a peça faz parte de um conjunto de equi-pamentos que compõem este tipo de embarcação, que conta também com um guindaste de bordo. As demais peças do sistema, de menor tamanho, foram embarcadas nos portos de Antuérpia na Bélgica, e Hamburgo, na Alemanha.

Os navios do tipo Anchor Han-dling Tug Supply são embarcações es-pecializadas na movimentação de ânco-ras, reboque e suprimento a unidades offshore. São embarcações muito ver-sáteis, de multiuso, que possuem capa-cidade de realizar reboques de grandes estruturas em alto-mar. Também podem servir como embarcações de socorro e salvamento, no combate a incêndio, na realocação de plataformas (DMA), e na desancorajem e ancoragem e no trans-porte de equipamentos para perfuração e operação de produção de petróleo em alto-mar. •

PETRÓLEO

APM Terminals Itajaí opera equipamento com 156 toneladas para navio

de apoio offshore

A peça faz parte de um conjunto de equipamentos que compõem embarcações offshore, que conta também com um guindaste de bordo

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PORTOS DO BRASIL

28 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

O Porto de São Francisco do Sul, o segundo do Brasil em movimen-tação de carga não conteinerizada,

amplia investimentos e passa por um processo de modernização para melhorar ainda mais as condições operacionais. Além da inauguração de um berço que vai ampliar a capacidade de embarque e desembarque de mercadorias, busca o aperfeiçoamento para facilitar as ma-nobras dos navios acima de 300 metros de comprimento, atento às tendências mundiais do mercado.

O presidente Paulo Corsi esteve recen-temente em Baltimore, nos Estados Unidos, para acompanhar uma simulação de mano-bras. Ele viajou com uma comitiva do Porto de Itapoá. Em tempo real, foi possível monitorar o comportamento de um navio, como se ele estivesse no complexo portuário da Baía da Babitonga, diante de agentes externos, como vento e ondulação. “Além desses investimen-tos, já concluímos o aprofundamento do cala-do e as melhorias no pátio. A próxima etapa é

a conclusão de um novo sistema de informáti-ca”, explica Corsi.

O Porto de São Francisco do Sul tam-bém comemora o crescimento de 17% na movimentação de carga em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 655.982 toneladas exporta-das, principalmente de refrigeradores, milho e soja em grãos. No acumulado do ano, o cres-cimento é de 24%.

1º no rankingEm uma pesquisa de opinião que ava-

liou 12 terminais, o Porto de São Francisco do Sul ficou em primeiro lugar no ranking. O Ins-tituto de Logística e Supply Chain (Ilos) ouviu operadores logísticos de 157 empresas brasi-leiras. Os profissionais que contratam serviços de movimentação de carga analisaram o cala-do, o acesso e os modais de transporte. Além de ser um porto de múltiplo uso, o de São Francisco do Sul é o único catarinense ligado ao transporte ferroviário. •

PENSANDO NO FUTURO

Porto de São Francisco do Sul investe para ampliar a capacidade operacional São Chico

busca o aperfeiçoamento

para facilitar ainda as

manobras dos navios acima de 300 metros de comprimento,

atento às tendências

mundiais do mercado

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PORTOS DO BRASIL

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 29

PARCERIA COM IBÉRICOS

Comitiva da Cesportos/SC participa de seminário em Madri

Após visitar os Portos de Hamburgo, na Alemanha e de Antuérpia, na Bélgica, a comitiva da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Termi-

nais e Vias Navegáveis em Santa Catarina – Cesportos/SC foi recebida pela equipe da Prosegur, na sede em Madri, na Espanha.

A comitiva formada por representantes da Cespor-tos/SC (Polícia Federal, Receita Federal, Governo do Es-tado e Administrações Portuárias Catarinense), dos Portos São Francisco do Sul, Itajaí e Imbituba e dos terminais Te-porti, Poly, Tesc, Portonave e Itapoá, além das empresas, HNS Consultoria, MD Consultoria, CBES Engenharia, RC Consultoria, Direta Telecomunicações, Prosegur e Revis-ta Inport, participaram de um seminário sobre Segurança Portuária.

Elena Bernad, Álvaro Comyn e Maria Prado Fraile, todos ligados à área de Segurança Portuária, puderam, du-rante mais de seis horas falar sobre temas como as novas Soluções Tecnológicas da Prosegur – quando foi apresen-tado o equipamento Proteus, a estrutura geral e o funcio-namento dos Portos Espanhóis e a gestão de segurança dos mesmos.

Para Reinaldo Garcia Duarte, os conhecimentos ad-quiridos no Seminário em Madri serão de suma importân-cia na melhoria de nossos procedimentos de segurança. “Observamos que na Espanha os armazéns alfandegados

(o equivalente no Brasil aos Recintos Especiais para Des-pacho Aduaneiro de Exportação - Redex) também estão contemplados nos Planos de Segurança das Instalações Portuárias, para os espanhóis os armazéns também preci-sam implementar medidas de segurança especiais por ser um participante indireto da interface porto/navio”, explica Reinaldo.

Outro procedimento que chamou a atenção do Coordenador da Cesportos/SC foi a questão do Catá-logo de Estrutura Crítica do Ministério do Interior onde além de constar as estruturas críticas de difícil reposição, também é destacado um responsável por cada uma des-sas estruturas.

Ángel Muro, Gerente de Projetos de Vigilância da Prosegur, em Madri – Espanha, revelou que o objetivo da empresa é disponibilizar aos clientes, serviços de seguran-ça integrada com alto valor agregado. “Primamos pela se-gurança prestada por vigilantes patrimoniais especialmente selecionados e treinados. Acompanhados e apoiados pela tecnologia mais recente”, diz Muro. Já em relação à par-ticipação da comitiva no Seminário, Muro diz que houve um alinhamento absoluto com o interesse da Cesportos/SC, “identificamos os processos e necessidades, e quere-mos colocar a Comissão como um parceiro estratégico, desenvolvendo soluções e treinamento de pessoal espe-cífico”, conclui Muro. •

A comitiva que representou

Santa Catarina no evento na capital

espanhola

Page 30: Revista Portuária 25 Novembro 2013

PORTOS DO BRASIL

30 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

BAÍA BOA

Porto Itapoá recebe dois navios de 300 metros numa mesma manhã

Na manhã do dia 9 de outubro, dois grandes navios atracaram no Porto Itapoá: o Santa Catarina, do armador Hamburg Süd e da li-

nha SAEC (Europa), de 299 metros de comprimento, e o navio MSC Athens, que faz a linha Bossa Nova/New Spain (Oriente Médio e Índia), de 300 metros.

Caracterizado como um terminal portuário apto a receber os maiores navios de contêineres em operação na costa brasileira, o Porto Itapoá tem um píer com 630 metros de comprimento, e está equi-pado com 4 portêineres Super-Post-Panamax. Além disso, a profundidade natural no píer é de 16 metros, uma das maiores da América do Sul.

Operação recorde no mês de outubroO Porto Itapoá fechou o mês de outubro ba-

tendo recordes de produtividade. Destaque para dois

números inéditos na operação do terminal: 55 navios e 31.619 contêineres (51 mil TEUs) foram movimen-tados no mês. As cargas da BMW movimentadas pelo Porto Itapoá, somadas ao grande volume de cargas refrigeradas, foram o grande expoente das movimen-tações do terminal durante o período.

Somente no ano de 2013, o terminal já re-cebeu mais de 400 navios e movimentou cerca de 250 mil contêineres. A previsão é que até o final do ano sejam operados mais de 500 navios e o porto se aproxime da marca de 300 mil contêineres movi-mentados, o que significa ultrapassar a marca dos 450 mil TEUs. O número é extremamente alto para um terminal que iniciou suas operações há pouco mais de dois anos (junho de 2011). Atualmente, mais de 800 grandes empresas utilizam o Porto Itapoá como operador logístico, que já conta com 14 serviços para o mundo todo. •

Números de outubro/2013

55 navios operados

31.619 contêineres movimentados

16.340 transações no gate

Caracterizado como um terminal portuário apto a receber os maiores navios de contêineres em operação na costa brasileira, o Porto Itapoá tem um píer com 630 metros de comprimento

Page 31: Revista Portuária 25 Novembro 2013

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Page 32: Revista Portuária 25 Novembro 2013

32 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

O governador Raimundo Colombo participou no dia 31 de outubro, em Brasília, de reunião com o ministro interino da Secretaria Especial dos Portos, Antonio Henrique Pi-

nheiro Silveira, para tratar da gestão e de investimentos nos portos de São Francisco do Sul e de Imbituba, que hoje são administrados pelo Governo do Estado.

“O desenvolvimento do setor portuário é uma questão es-tratégica. Dinamizando os portos catarinenses e aumentando ainda mais a movimentação, vamos fortalecer a economia e a competiti-vidade do Estado”, afirmou Colombo.

O futuro da gestão dos dois portos foi um dos pontos dis-cutidos. Hoje, os dois estão sob responsabilidade do Governo do Estado, mas o convênio do Porto de São Francisco, no Norte do Estado, vence no final deste ano. E o do Imbituba, no Sul, no final de 2014. O governo federal já decidiu pela delegação permanente ao Estado do Porto de São Francisco do Sul. Mas ainda está rea-lizando estudos para determinar o destino do Porto de Imbituba, que pode ser licitado para a iniciativa privada.

O presidente da SC Parcerias, Paulo Cesar da Costa, lem-brou que o Governo do Estado assumiu o Porto de Imbituba no fi-nal de dezembro de 2012 e que a estrutura deve fechar 2013 com uma movimentação de 2,6 milhões de toneladas, um aumento de cerca de 30% em relação ao ano anterior. O ministro Antonio Sil-veira elogiou o desempenho e disse que o governo federal tem total interesse em antecipar os passos para uma solução de longo prazo. “Vamos acelerar as conversas para chegar a um modelo que seja satisfatório e garanta condições para o porto seguir com esse bom desenvolvimento”, destacou o ministro.

ObrasAinda sobre o Porto de Imbituba, a comitiva catarinense des-

tacou a importância da obra de dragagem do canal, aumentando

O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior, participou em outubro, como palestrante, do 3º Encontro de

Protagonistas Portuários, realizado em Punta Del Este, no Uruguai. O evento reuniu representantes das autoridades portuárias do Brasil, da Argentina e do Uruguai e de em-presas do setor portuário dos três países. Ayres apresentou a Porto de Itajaí e os projetos de expansão, em painel que reuniu também representantes dos portos de Rio Grande e Santos. O Encontro de Protagonistas Portuários é organiza-do pela rede de meios TodoLogistica & Comercio Exterior.

APLOP Antonio Ayres também foi eleito vice-presidente da

Associação dos Portos de Língua Oficial Portuguesa (APLOP), no VII Congresso da instituição. A presidência ficou com o Porto de Lobito, na Angola, ficando a presidência com Ana-paz de Jesus Neto. O Porto de Itajaí passou a fazer parte da Associação em dezembro de 2011. Já a entidade foi criada em maio do mesmo ano, com o objetivo de aumentar as trocas comerciais e reforçar laços de cooperação entre os portos situados em países que falam o idioma português. •

Raimundo Colombo tratou de investimentos nos portos de

São Francisco e Imbituba

EM BRASÍLIA a profundidade dos atuais 11 metros para 15 metros, per-mitindo a operação de navios maiores. O investimento con-tará com R$ 40 milhões do governo federal e R$ 3 milhões do Governo do Estado. Após a reunião, a previsão é de que o anúncio oficial da obra ocorra ainda neste ano, em Santa Catarina, com a presença da presidente Dilma Rousseff. O governador Colombo destacou que o Governo do Estado também vai investir outros R$ 50 milhões nas obras de acesso ao porto.

Já em São Francisco do Sul, o porto acaba de concluir as obras de um novo berço, que vai ampliar a capacidade de embarque e desembarque de mercadorias e facilitar as ma-nobras dos navios acima de 300 metros de comprimento. A inauguração oficial da obra também ocorre neste ano.

Hoje, o Porto de São Francisco é o sétimo do país em movimentação de carga, com cerca de 11 milhões de tonela-das movimentadas em 2012. E o ritmo segue em crescimento neste ano. O porto comemora o crescimento de 17% na movimentação de carga no mês de setembro, na compara-ção com o mesmo período do ano passado. Foram 655.982 toneladas exportadas, principalmente de refrigeradores, milho e soja em grãos. No acumulado do ano, o crescimento é de 24%.•

PRAZER, URUGUAIOS

Porto de Itajaí é apresentado em encontro no Uruguay

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PORTOS DO BRASIL

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 33

De janeiro a outubro, os Portos do Paraná movimenta-ram pouco mais de 39 milhões de toneladas de car-gas. O volume é 3,7% maior que o movimentado,

no período, em 2012. O maior aumento foi registrado nas operações de Carga Geral: 20%. No ano passado, foram 6,27 milhões de toneladas. Este ano, são 7,55 milhões, consideran-do exportações e importações.

Entre os granéis sólidos, o aumento total registrado foi de 2%. De 27,1 milhões de toneladas movimentadas, de ja-neiro a outubro de 2012, passou para 27,6 milhões, este ano. O destaque nas exportações de granéis sólidos fica por conta da soja, que de janeiro a outubro alcançou as 7,65 milhões de toneladas movimentadas. Em 2012, no mesmo período, foram 6,6 milhões de toneladas, mostrando um aumento 16% no período.

Nas importações, os destaques são as movimentações do trigo e dos fertilizantes. Em ambos, o aumento registra-do foi de 9%. De trigo, de 141 mil toneladas importadas em 2012, passou para mais de 154 mil, este ano. De fertilizantes,

até outubro, os Portos do Paraná já importaram, em 2013, quase 7,9 milhões de toneladas. No período, no ano passado, foram pouco mais de 7,2 milhões de toneladas. •

GRÃO DOURADO

Portos paranaenses fecham outubro com alta de 16% nas exportações de soja

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34 • Setembro 2013 • Economia&Negócios

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36 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

No dia 07 de novembro de 2013, uma quinta-feira, após mais de 10 dias de ampla programação festiva ao redor da bacia Paul Vatine, em Le Havre, na Fran-

ça, 44 veleiros soltaram suas amarras e partiram em direção à América, mais especificamente Itajaí, em Santa Catarina. Da França para o Brasil. Uma regata unindo o município à cidade francesa de Havre, o que consolida a retomada da atividade náutica em Itajaí, que no passado teve grande destaque.

A largada, que deveria ter ocorrido no domingo ante-rior, dia 04, foi adiada por duas vezes devido ao mau tem-po. Para que os barcos pudessem enfim largar, a direção da competição decidiu que os 26 veleiros da Classe40 deveriam parar no porto de Bloscon (Roscoff, França) após o tiro de

largada.Assim, eles contornaram a costa noroeste francesa e,

em seguida, fizeram uma pausa na Baía de Biscay, até que as condições do tempo se tornaram favoráveis. As classes de porte maior mantiveram o sinal verde para prosseguir via-gem. A determinação tomou como base a previsão meteo-rológica.

Os MOD70, como era de se esperar, foram os mais rápidos do grupo, tendo percorrido em 24 horas mais de 130 quilômetros. O último da fila nesse intervalo era o Classe 40 EcoElec, que encontrou problemas para escapar da ilha Guernsey. Cerca de 24 horas depois da largada, segundo a organização, todos os barcos da Classe 40 pararam no porto

COMEÇOU A FESTAREGATA TRANSAT JACQUES VABRE

CHEGA A ITAJAÍ NA SUA 11ª EDIÇÃO

Lloyd Images

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38 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

de Roscoff, até que a tempestade seguisse seu curso até o norte da Europa, o que levou dois dias.

“O início da regata foi bastante molhado e com pouco vento. Esperava mais. Mesmo assim a primeira noite não foi tranquila. Nada de relaxar. A parte mais difícil ainda está por vir”, explicou Fabien Delahaye do GDF SUEZ, o primeiro a aportar em Roscoff para o pit stop de segurança contra a tempestade. “Os outros barcos que seguem viagem devem sofrer bas-tante com a condição atual”, disse, antes de confirmar as previsões.

Os veleiros das classes Multi50, IMO-CA e MOD70 não fizeram a parada, pois têm estrutura e velocidade suficiente para escapar do mau tempo que provavelmente atingirá os velejadores no trajeto. A previsão é de que os primeiros veleiros cheguem em Itajaí depois do dia 20 de novembro.

O que é a Jacques Vabre?Realizada a cada dois anos, a Regata Transat Jacques Va-

bre festeja sua 11ª edição em 2013 sabendo manter seu ob-jetivo e sendo fiel aos princípios que tinha quando foi criada:

porto de partida único; ter como destino um país produtor de café; Manter o princípio da regata em duplas, uma vez

que uma corrida com apenas dois competidores por embarcação representa duas vezes mais competência para levar o barco a 100% de sua capacidade.

O trajeto é feito em tiro único, saindo sempre de Le Havre – primeira e principal cidade importadora de café na França -, em direção a algum ponto produtor de café na América. O ponto de chegada é alterado ao longo dos anos, passando por cidades como Cartagena, na Colômbia, Salva-dor, no Brasil e Puerto Limon, na Costa Rica.

OndeO local de realização da regata é o Cen-

tro Comercial Portuário (Vila da Regata), onde ocorreu a etapa brasileira da Volvo Ocean Race em 2012, o Centreventos Itajaí e também parte da área do Saco da Fazenda, local que abrigará o Complexo Náutico e Ambiental de Itajaí, a popular Marina do Saco da Fazenda.

Pierrick Contin

Page 39: Revista Portuária 25 Novembro 2013

IMOCA

CLASSE MULTI50

CLASSE40

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 39

Lloyd Images

Jean-marie liot

Jean-marie liot

MOD70

Barcos caros e velozes A Jacques Vabre é a prova mais veloz de travessia à vela do

mundo, sempre a atravessar o Oceano Atlântico. Para isso é preciso o que de melhor e mais moderno exista no mundo náutico. Os barcos que disputam a Regata Transatlântica Jacques Vabre são de última geração tecnológica, implicam em grandes investimentos (al-guns podem custar aproximadamente U$ 3 milhões), e são de alta performance, pois atingem velocidade superior a 30 nós ou 55,56 km/h (a maioria das lanchas tem velocidade média de 25 nós ou 37,04 km/h).

As classes dos veleiros da Jacques Vabre A IMOCA (International Monohull Open Class

Association): 18m de comprimento, foi criada em 1991 para amadores de volta ao mundo, desejosos de estabelecer regras para os monocascos inscritos na corrida “Vendée Globe”. Com o passar dos anos, esses veleiros de 60 pés se tornaram máquinas rápidas e sofisticadas.

CLASSE MULTI50: 15m de comprimento, 15m de largura. A aposta inicial era criar uma categoria de multicascos próxi-ma dos trimarãs da grande época dos 60 pés, num preço razoável. Mas também, agrupar numa mesma categoria multicascos, atenden-do às mesmas medidas de jauge, sejam eles catamarãs ou trimarãs.

CLASS40: Uma categoria “pro-am”, monocasco de 12m de comprimento e 4m de largura. Os competidores dessa classe vêm de todos os horizontes e de todas as nacionalidades. Essa mistura de diferentes culturas faz o charme da classe, na qual a briga pode ser por alguns segundos, mas com a preservação da cordialidade entre os membros. Para eles, a Transat Jacques Vabre leva uma semana a mais, mas o prazer de estar no mar é maior.

MOD70: Com 21m de comprimento e 17m de largu-ra, esse tipo de embarcação tornar-se-á a referência em termo de multicasco oceânico. Ele atende a novas exigências de modernidade e de desempenho, como também confiabilidade, segurança e lon-gevidade.

Page 40: Revista Portuária 25 Novembro 2013

40 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

Para aproveitar a passagem da regata internacional pela cidade, Itajaí preparou uma nova edição da Ma-rejada para turistas e moradores. Este ano, a tradi-

cional festa da culinária e dos costumes portugueses é mais do que nunca um evento internacional.

Com a determinação de tornar a cidade um polo náutico de excelência, em nível internacional, Itajaí vem ao encontro de sua vocação original e volta seus olhos para o Rio Itajaí e para o Oceano Atlântico.

Assim, o Município apresenta em 2013 uma repa-ginação da sua tradicional festa Marejada que passa a ser denominada “Aventura Pelos Mares do Mundo”.

Valendo-se de uma apurada técnica cenográfica, essa aventura remete todos os participantes a uma viagem ao redor do mundo sem que seja necessário sair de Itajaí.

A Festa tem um novo formato, nome e data, além de um espaço físico com ambiente diferenciado. Ou seja, o formato anterior deixa de existir para dar lugar a um novo tipo de evento que proporciona novas atrações, mais qua-lidade e conforto.

Em 2013 o tema escolhido foi “Do Atlântico ao Mediterrâneo” que leva o visitante a percorrer o Brasil, França, Portugal, Espanha e Itália. São cinco atrações prin-cipais:

Marejada:

Page 41: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 41

Este é o novo layout da Vila da Regata, que concentra os eventos programados.

A Aventura Pelos Mares

do Mundo começou no dia 16

de novembro, um sábado, com

a abertura da festa. Até o dia 1°

de dezembro, um domingo, o

Centreventos será o ponto de

encontro de toda a região. A en-

trada é gratuita. •

Page 42: Revista Portuária 25 Novembro 2013

42 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

Aos fundos do campus da Univali, em Itajaí, numa sala do quarto andar de um dos prédios da Saúde, pessoas com espírito empreendedor encontram um suporte que mui-

tas vezes lhes é negado pela voracidade do mercado: ali, entre professores e colegas, os jovens empreendedores podem errar. Errar antes para acertar depois. Esse é o objetivo primordial da Incubadora Tecnológica Empresarial da Univali, que apoia o em-preendedorismo de acadêmicos, egressos e, a partir de 2014, da comunidade em geral no desenvolvimento de novas empre-

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Incubadora Tecnológica Empresarial da Univali ajuda você a montar o próprio negócio

sas, produtos e serviços, sempre com foco em inovação e geralmente adornados com requintes de tecnologia.

Coordenada pelo professor Ricardo Boeing da Sil-veira, a Incubadora tem uma definição comum para todas as universidades, centros e núcleos que desenvolvem a prática, visando sempre ajudar as empresas em seu estágio inicial, muitas vezes o mais difícil. “É como se fosse uma incubadora de recém-nascido, o qual a criança precisa de mais cuidados e tal, porque não está preparada. A mesma coisa é a Incubadora de Empresas, a gente oferece um cui-dado extra para as empresas que estão começando, que precisam de algum cuidado, alguma consultoria ou asses-soria no início de sua vida”, explica Boeing.

O professor ressalta que é notório, tanto em rápida análise no mercado como em estatísticas pelo Brasil afora, o fato de que dados e números comprovam que a maior taxa de mortalidade das empresas ocorre nos dois primei-ros anos de vida. A Incubadora também serve para preca-ver essa realidade, pois basta uma rápida caminhada pelo centro de cidades como Itajaí e Balneário Camboriú para perceber que muitas empresas fundadas em 2011, 2012, simplesmente fecharam as portas. “Prestamos toda a as-sessoria para que as empresas consigam passar por esse momento mais turbulento de sua vida, os primeiros dois anos”, pontua.

O clima na Incubadora Tecnológica da Univali, coordenada por Ricardo Boeing, é de intensa troca de ideias entre futuros empreendedores e professores

Leonardo Thomé

Page 43: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 43

Nicolle Lira

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

A Minha Casa Mais Bonita é uma das 14 empresas que atualmente estão em processo de incubação, no Núcleo de Inovação Tecnológica da Univali (Uniinova). A empresa dispõe de um espaço, dentro da universidade, com mobília, computador, telefone, acesso a internet, e sala de reuniões. “Além de nos poupar despesas, temos o acompanhamen-to de um tutor, assessoria jurídica, contábil e empresarial, durante a incubação. Esse suporte faz toda diferença para as empresas atravessarem o primeiro ano”, enfatiza Carlos Eduardo Medeiros, 31 anos, um dos sócios da Minha Casa Mais Bonita.

Minha Casa Mais Bonita entrou no

mercado há um ano comercializando peças

utilitárias para casa, com design e estilo

arrojados, de marcas como Coca-cola e

Tramontina

Nicolle Lira

Page 44: Revista Portuária 25 Novembro 2013

44 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Requisitos para ser um incubadoAté o último edital realizado pela

Incubadora, que se encerrou em junho deste ano, o principal requisito para in-teressados a ingressar no programa era ser aluno ou ex-aluno da instituição. No entanto, a partir de 2014, Boeing avisa, essa regra será derrubada, pois muitos talentos podem ser desperdiça-dos com esse pequeno entrave.

“A gente sabe que várias pessoas não estudaram na Univali, mas podem ser inovadoras, e a gente quer apoiar essas ideias também”, revela, para di-zer que para ser um incubado não é necessário o postulante ter curso su-perior. “Apesar de ser da Academia, a gente vê que grandes empresários mundiais não terminaram a faculdade, como o próprio exemplo do Bill Gates

e do Steve Jobs”, completa.Sem a obrigatoriedade de ter

passado pelos bancos acadêmicos, o principal requisito é ser inovador, mesmo com um produto ou serviço que já exista, a inovação é a alma do negócio. Existem alguns cursos que se destacam por serem mais inovadores, como é o exemplo das engenharias, da computação e da oceanografia. Boeing acredita que isso se dê pela motivação que esses alunos acabam adquirindo no decorrer dos respectivos cursos, notadamente mais complicados que muitos.

“A inovação se verifica quando os jovens incluem uma nova variável no empreendimento, começam a dar ofertas diferentes a determinado pro-duto, propõe a implementação de al-guma característica ainda não disponí-

A Brastax, empresa incubada no Núcleo de

Inovação Tecnológica da Universidade do Vale do

Itajaí, conquistou o 1º lugar no Prêmio Iberoamericano

a la Innovación y el Emprendimiento 2013

Nicolle Lira

Page 45: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 45

vel no mercado, enfim, quando criam alguma coisa nova ou diferenciada”, explica o professor.

A Incubadora Tecnológica Empresarial tem capaci-dade para atender até oito empresas em tempo integral. Já compartilhando o tempo, a Incubadora pode triplicar a capacidade de atendimento. “Se cada empresa, se cada em-preendimento puder vir num período, a gente pode chegar a 24 empreendimentos incubados, bem mais do que os 14 que temos atualmente”, afirma Boeing, antes de lembrar que a partir de 2014 a Incubadora pretende contar com mais de 20 empresas incubadas.

E a reação do mercado a essas iniciativas empreen-dedoras surgidas na Univali? Boeing avalia que é positiva, uma vez que órgãos de fomento a inovação, como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tec-nológico), a Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) e o Sebrae, estão dando mais oportunidades para as incubado-ras que existem, aumentando a capacidade de assessoria, consultoria e níveis de estrutura. “A gente vê que esses ór-gãos têm recursos para irmos buscar, assim como vemos que empresas e o mercado estão valorizando essas iniciati-vas inovadoras”, observa Boeing.

Passo a passoPara ter a chance de ingressar na Incubadora Tecno-

lógica Empresarial da Univali, é necessário seguir alguns pas-sos, segundo Boeing. O edital, geralmente, é lançado em maio. Depois de feito o anúncio, os interessados têm um mês para fazer a descrição das propostas, o que pretendem do projeto e qual o fator inovador da ideia. “Após a entre-ga das propostas, fazemos uma avaliação delas seguida de triagem, na qual ficam as melhores. Então, chamamos essas propostas para uma oficina, que a gente chama de ‘Curso de Modelagem de Negócios’. Esse curso aconteceu pela primeira vez em 2013, mas queremos dar continuidade. Ele acontece em julho, dura três semanas durante o período vespertino e, nesse período, além do tino para negócios, a gente consegue perceber mais características empreen-dedoras de alunos, como a pontualidade, a motivação, a responsabilidade... Depois disso, os chamamos para uma banca, de onde saíra a nota de cada um”, relata, acrescen-tando que a nota é uma média de três etapas: a proposta,

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

A entrega do prêmio para a Brastax foi no dia 17 de outubro, no Panamá, durante a 23ª Cúpula

Iberoamericana de Chefes de Estado e Governo

A Brastax, que em 2012 venceu o Prêmio Santander Universidades, na categoria Biotecnologia e Saúde,

desenvolve tecnologias sustentáveis de saneamento

Page 46: Revista Portuária 25 Novembro 2013

46 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

a participação no curso e a banca. Depois disso, entre o final de julho e o início de agosto, os de melhor nota na soma dos quesitos viram incubados.

Produtos do site Minha Casa Mais Bonita estão no The Voice BrasilO site Minha Casa Mais Bonita está em horário nobre

na TV Globo. Dois produtos da empresa compõem o cená-rio da segunda temporada do The Voice Brasil, programa de música que agora é exibido após a novela Amor à Vida, nas quintas-feiras. Escolhidos pela própria emissora, o kit almofadas Boombox e a mesa de centro X Disco já apareceram na sala de espera do programa, local onde os participantes ficam antes de se apresentar.

No ar desde o dia 12 de dezembro de 2012 e com mais de 9 mil curtidas em sua página no Facebook, o site oferece mais de 300 produtos com diferentes temáticas e design cria-

Natália e Carlos, ex-colegas na

academia, hoje sócios de uma promissora

startup, com nome dos mais apropriados para quem ama o lar, Minha

Casa Mais Bonita

A mesa de centro X Disco

aparece na sala de espera do programa The Voice Brasil, local onde os participantes

ficam antes de se apresentar

Escolhidos pela própria Rede Globo, produtos como o kit almofadas Boombox,

do Minha Casa Mais Bonita, alçam a empresa

incubada na Univali a voos em rede nacional

Nicolle Lira

Page 47: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 47

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

tivo. Nas peças escolhidas para o The Voice Brasil, a referência que aparece na estampa e na forma dos produtos é a música.

“Nossos produtos que foram escolhi-dos pela TV Globo combinam muito com o programa não só pelo fato de terem a música como inspiração, mas também porque têm qualidade e estilo”, diz Carlos Medeiros, sócio da Minha Casa Mais Bonita, junto com Natalia Schossland, 27 anos.

O site – www.minhacasamaisbonita.com.br também oferece armários baixos e horizontais, panos de prato, acessórios para a casa e moringas, além de produtos das con-ceituadas marcas Coca-Cola e Tramontina.

Localizada em Balneário Camboriú, a Minha Casa Mais Bonita atende a demandas

em todo o Brasil. Os sócios Carlos Medeiros e Natalia Schossland resolveram apostar no projeto quando perceberam que o valor para decorar uma casa com produtos diferenciados era muito alto. Eles também trabalharam du-rante dois anos no site de compras coletivas Peixe Urbano, onde adquiriram experiência no segmento online.

Da necessidade, surgiu a oportunida-de de negócio e a missão do site: ajudar as pessoas a deixar a casa mais bonita, com pro-dutos de qualidade, design moderno e preço acessível. E você, leitor, tem uma ideia bacana que possa ser inovadora em algum segmento? Se tiver, não perca tempo e comece logo a amadurecer esse projeto, para quem sabe em breve estar incubado na Univali. •

Da necessidade, surgiu a

oportunidade de negócio e a missão do site:

ajudar as pessoas a deixar a casa mais bonita,

com produtos de qualidade, design moderno e preço

acessível.

Page 48: Revista Portuária 25 Novembro 2013

48 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

A Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina manifestou novamente, no fim de outubro, na reunião virtual do Confaz – Con-

selho Nacional de Política Fazendária, posição con-trária à proposta de convênio 93/2013 apresentada aos Estados para convalidação de benefícios fiscais e alteração de alíquotas de ICMS. A contrariedade do Estado catarinense já havia sido manifestada em Bra-sília no último dia 17 de outubro, durante reunião presencial do Confaz, com os secretários de Fazenda

dos 27 Estados. Segundo o secretário de Fazenda de Santa

Catarina, Antonio Gavazzoni, o principal motivo foi a mudança de alíquota para o setor agropecuário, do qual dependem quase um milhão de pessoas em Santa Catarina. “Nosso Estado tem cerca de um milhão de pessoas dependentes da produção agro-pecuária, mas não é autossuficiente em insumos e precisa comprar de fora, em grande parte do Centro Oeste. Hoje, o setor agropecuário de Santa Cata-

PROBLEMA ANTIGOICMS DO AGRONEGÓCIO: SANTA CATARINA MANTÉM POSIÇÃO

CONTRÁRIA À PROPOSTA DE CONVÊNIO DO CONFAZ

Page 49: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 49

O ICMS do Agronegócio está na pauta de preocupações das lideranças catarinenses há um bom tempo

rina compra os insumos com alíquota de 12% e vende sua produção (frangos, por exemplo) também com 12%. Pela proposta do Confaz, o estado passaria a comprar com 7% e vender somente com 4%”, explica.

Segundo Gavazzoni, o maior risco é que as grandes indústrias desloquem suas unidades do Estado catarinense para locais produtores de insumos. “O que de-fendemos, com aval do governador Rai-mundo Colombo, é que a alíquota seja de 4% ou 7% para todos os Estados, como constava na proposta original da reforma do ICMS”, diz.

De acordo com Gavazzoni, outro agravante é que, pelo convênio propos-to, as operações se tornam ainda mais complexas: “Se aprovado o texto, pas-saríamos a trabalhar com oito alíquotas, que variam conforme origem, destinatá-

rio e tipo de produto. Desse jeito não se faz unificação nem se acaba com a guerra fiscal. A convalidação nos interessa, mas não a qualquer custo”, completou.

Projeto de Lei em debate no SenadoParalelamente à proposta do Con-

faz, Santa Catarina avalia o Projeto de Lei Complementar nº106, de autoria do senador Paulo Bauer, que trata exclusi-vamente da compensação de perdas de alguns estados pela redução das alíquo-tas interestaduais de ICMS. “Em termos gerais, o Projeto de Lei é melhor que a proposta do Confaz, já que as alíquotas deverão ser estabelecidas em 4% para todas as operações interestaduais, inde-pendente da origem, do destino ou da mercadoria, mesmo que gradualmente.

Page 50: Revista Portuária 25 Novembro 2013

50 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

Nesse aspecto, o PL tem o apoio de Santa Catarina, mas ainda assim, com todas as possíveis interferências de outros estados, a única certeza que temos é que nosso estado sairá perdendo”, pondera Gavazzoni.

O Projeto de Lei está pronto para ser votado na Comis-são de Assuntos Econômicos – CAE, do Senado Federal. Se virar lei, o projeto está condicionado à aprovação do convênio do Confaz que convalida os benefícios sem autorização.

PROBLEMA ANTIGO

10% nas saídas da zona franca de Manaus;

7% para produtos de informática da zona franca de

Manaus;

4% nas saídas da zona franca de Manaus para as

Áreas de Livre Comércio;

Gás natural, nacional ou importado:

10% nas saídas do Norte, Nordeste e

Centro-Oeste para o Sul e Sudeste e nas saídas

do Sul e Sudeste para o próprio Sul e Sudeste;

4% nas saídas do Sul e Sudeste para o Norte,

Nordeste e Centro-Oeste.

4% nas saídas do Sul e Sudeste para Norte,

Nordeste e Centro-Oeste e para o Sul e Sudeste;

Saídas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste para

o Sul e Sudeste:

7% no caso de produtos agropecuários e

produtos industrializados naquelas regiões;

4% para os demais produtos (simples

comercialização);

Quais são as alíquotas propostas pelo convênio do Confaz:

A proposta colocada em votação trata, em síntese, da convalidação ampla e geral dos benefícios fiscais

concedidos sem autorização do Confaz, condicionada à redução das alíquotas interestaduais para:

Exceções:

A contrariedade do Estado catarinense já havia sido manifestada em Brasília no último dia 17, durante reunião presencial do Confaz, com os secretários de Fazenda dos 27 Estados

nifestada em Brasília no último dia 17, durante reunião presencial do Confaz, com os secretários de Fazenda dos 27 Estados brasileiros

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Economia&Negócios • Novembro 2013 • 51

Uma pesquisa feita pelo Ibope Inteligência, com base em informações do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), comprovou aquilo que

dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econô-mico, Emprego e Renda (Sedeer) já apontavam: Itajaí é uma das cinco cidades catarinenses que mais se desenvolveu nos últimos anos. A análise, divulgada pela revista Você S/A na edição do dia 07 de novembro, traz dados obtidos entre os anos de 2004 a 2010, mas números mais atualizados da Se-deer confirmam que Itajaí vem crescendo rapidamente nos últimos anos. “Itajaí está bem localizada geograficamente, em uma região que obtêm 80% do PIB brasileiro”, explica o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Onézio Gonçalves Filho.

Itajaí possui atualmente um total de 18.950 empre-sas abertas, sendo que em 2012, 2.680 novas empresas se instalaram na cidade, um aumento em mais de 73% em relação a 2009. A cidade está entre os cinco maiores muni-cípios em arrecadação em Santa Catarina do Produto Inter-no Bruto (PIB). Só perde para Joinville, com R$ 15 bilhões arrecadados em 2010. Mas isso tende a mudar, de acor-do com Onézio. “Com as instalações de novas empresas, especialmente em relação ao Pré-Sal, Itajaí possivelmente

ultrapassará Joinville no PIB.”, completa.Atualmente, Itajaí está entre as 100 cidades brasileiras

que oferecem maiores oportunidades de emprego e renda. No Sul do Brasil, é a primeira colocada entre as cidades de porte médio, ficando atrás apenas das três capitais: Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. Segundo a pesquisa noticia-da pela Revista, Itajaí está entre as sete cidades médias que mais crescem na Região Sul. Em Santa Catarina, além de Itajaí, destacam-se Balneário Camboriú, Palhoça, São José e Joinville. Ainda segundo os dados do Ibope Inteligência, Itajaí está entre as 48 cidades que no intervalo de seis anos tiveram crescimento econômico médio de 153%, sendo que no mesmo período, o PIB brasileiro cresceu 94%.

A força da economia de Itajaí gira em torno do maior Complexo Portuário de Santa Catarina. As instalações de novos estaleiros, o incentivo no setor náutico e ser a única parada da América do Sul da 11ª Edição da Volvo Oce-an Race (2011) foram alguns dos fatores que ajudaram no crescimento de Itajaí. O excelente desenvolvimento econômico da cidade reflete na melhoria de qualidade de vida da população. “O objetivo é incentivar cada vez mais a economia para que Itajaí continue com esses excelentes índices”, finalizou Onézio. •

Itajaí está entre as cidades que mais crescemeconomicamente em Santa Catarina

Para cima

Nelson Robledo

Page 52: Revista Portuária 25 Novembro 2013

52 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

O governador Raimundo Colombo esteve Itajaí, no dia 05 de novembro, para anunciar investimentos no valor de R$ 31,6 milhões para as nove cidades

da região. Foram confirmados R$ 28,6 milhões em recursos do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam) para as prefeitu-ras. Ainda foram autorizados convênios de R$ 3 milhões, com verbas principalmente do Fundo Social.

“Queremos apoiar as ações dos municípios, com gran-des parcerias, para que possamos fazer mais e melhor. Isso vai gerar emprego, renda e desenvolvimento do Estado, além de melhorar a vida dos catarinenses”, disse Colombo.

Durante o ato de assinatura dos convênios, o governa-dor anunciou que as obras para duplicação da rodovia Anto-nio Heil, SC-486, trecho entre Brusque e Itajaí, devem iniciar

em breve. Os trabalhos abrangem 20,9 quilômetros. A obra está orçada em R$ 148,7 milhões. O edital de licitação já foi autorizado.

Os recursos do Fundam, anunciados na visita de Co-lombo a Itajaí, fazem parte do Pacto por SC e são prove-nientes de financiamentos obtidos pelo Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O repasse será feito de forma não-reembolsável e sem a necessidade de contrapartida dos municípios (veja abaixo os valores para cada município).

Convênios assinados com os municípiosEntre os convênios assinados, que beneficiarão todos

Governador Raimundo Colombo anuncia R$ 31,6 milhões para a região de Itajaí

OBRAS E INVESTIMENTOS

Durante o ato de assinatura dos convênios, o governador anunciou que as obras para duplicação da rodovia Antonio Heil, SC-486, trecho entre Brusque e Itajaí, devem iniciar em breve

Page 53: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Economia&Negócios • Novembro 2013 • 53

os municípios, está a produção de boletins estatísti-cos anuais da pesca industrial na região de Itajaí refe-rente aos anos 2011/2012 (Sindicato dos Armado-res e Indústrias de Pesca de Itajaí e Região) no valor de R$ 400 mil, através da Secretaria da Agricultura e Pesca. Também há o plano intermunicipal de re-síduos sólidos das cidades da região da Foz do Rio Itajaí (Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí), com investimentos de R$ 1,1 milhão, provenientes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável.

BombinhasPara o município de Bombinhas, foram assina-

dos convênios para construção de mirante (R$ 200 mil); pavimentação da Rua Peixe Donzela (R$ 200 mil); e reforma da Secretaria Municipal de Pesca e do galpão dos pescadores (R$ 60 mil).

ItajaíOs convênios assinados com o município de

Itajaí vão permitir a qualificação do atendimento e continuidade das atividades do asilo Dom Bosco (R$ 70 mil); aquisição de automóvel para a Associa-ção Pró Menor Lar Padre Jacó (R$ 35 mil); projeto Agente da Paz do instituto Estrela de Isabel (R$ 40 mil); e a construção da Sede da Associação Bom Pastor (R$ 120 mil).

Colombo avalia ações do Pacto por SC e libera

recursos

Page 54: Revista Portuária 25 Novembro 2013

54 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

Balneário PiçarrasOutros convênios assinados vão garantir, em Balneário Pi-

çarras, melhorias na sede social da Associação dos Aposentados e Pensionistas (R$ 40 mil); nas instalações da Associação Cami-nhar Juntos (R$ 20 mil); aquisição de veículo e equipamentos para o Conselho Tutelar (R$ 50 mil); material permanente para a Associação Assistencial Perpétuo Socorro (R$ 20 mil).

NavegantesPara Navegantes, foram assinados convênios para a aqui-

sição de equipamentos e fardamento para a Associação Bom-beiros Voluntários (R$ 50 mil); e reforma na paróquia da Nossa Senhora dos Navegantes (R$ 196 mil);

CamboriúEm Camboriú, os recursos serão aplicados na aquisição

de materiais e contratação de mão de obra para construção do muro da Associação Lar Maternal Bom Pastor (R$ 20 mil); e na implantação de telefonia e internet rural (R$ 100mil da Secreta-ria da Agricultura).

Balneário CamboriúO município de Balneário Camboriú vai adquirir material

OBRAS E INVESTIMENTOS

:: Balneário Camboriú R$ 3,2 milhões

:: Balneário Piçarras R$ 2,4 milhões

:: Bombinhas R$ 3,9 milhões

:: Camboriú R$ 3,4 milhões

:: Itajaí R$ 3,7 milhões

:: Itapema R$ 2,6 milhões

:: Navegantes R$ 4,7 milhões

:: Penha R$ 2,6 milhões

:: Porto Belo R$ 2,1 milhões

permanente para a Associação de Pais e Amigos do Autista (R$ 20mil).

Porto BeloOs convênios assinados com Porto Belo vão per-

mitir a aquisição de um ônibus adaptado para a Apae (R$ 150 mil); e projetos sociais da colônia de pescadores Z-8 (R$ 6 mil).

PenhaPara Penha, foi assinado convênio para o término

das obras de ampliação da Apae (R$ 120 mil).

:: Fundam

Page 55: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Economia&Negócios • Outubro 2013 • 55

Page 56: Revista Portuária 25 Novembro 2013

O planejamento para reduzir a dependência do trans-porte rodoviário nas longas distâncias dentro do Brasil é totalmente viável e trará benefícios na re-

dução de custos de transporte, faltas e avarias dos produtos. Também como efeito positivo, há redução das emissões de poluentes, a melhoria do trânsito e a redução de mortes nas

estradas. Por essas e outras que, cada vez mais, empresas adotam a navegação de cabotagem para reduzir gastos com transporte. Um exemplo disso é a Arxo - empresa do ramo metal-mecânico com matriz em Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina.

A companhia, que nasceu em Itajaí, está migrando seu

56 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

Navegação de cabotagem é a nova aposta da Arxo para conter gastos

BR DO MAR

Com a utilização do modal naval, a carga é transferida da Arxo de

Balneário Piçarras até o Porto de Navegantes, no Complexo

Portuário do Itajaí, onde é colocada em um navio para Suape

A cabotagem exige maior planejamento e tem um

processo próprio de trabalho

Page 57: Revista Portuária 25 Novembro 2013

Economia&Negócios • Outubro 2013 • 57

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frete de matéria-prima do modal rodoviário para o sistema de cabotagem. O objetivo da ação é reduzir gastos com transportes, minimizar riscos de sinistros - causados em grande parte pelas condições precárias das rodovias - e con-tribuir para a preservação do meio ambiente. Em média, com o processo de transferência de carga entre as unidades da empresa por navios, a redução de gastos com transportes oscila entre 30% e 50%. Em setembro, a Arxo transferiu 460 toneladas de cargas, número considerado alto, já que a média mensal varia entre 350 toneladas e 450 toneladas.

O diretor comercial e de marketing da Arxo, Cide-mar Dalla Zen, explica que o processo de transferência de carga do modal rodoviário para o naval começou em 2011, com dois serviços por mês. Hoje, o número de embarques varia de três a cinco contêineres/mês, sendo que cada um carrega em média 28 toneladas de chapa de aço. “Falando em conceito logístico, trata-se de uma transição multimodal, que mistura transporte marítimo e rodoviário, coerente para grande distância e volume de produto”, destaca Cidemar.

Com a utilização do modal naval, a carga é transferida da matriz de Balneário Piçarras até o Porto de Navegantes, no Complexo Portuário do Itajaí, onde é colocada em um navio para Suape (PE). De Suape, é transportada pelo modal rodoviário até a filial da Arxo de Cabo de Santo Agostinho, e futuramente também para Vitória de Santo Antão, local que está sendo construída a nova unidade fabril da empresa em Pernambuco.

Hoje, 30% da transferência de carga da empresa é marítima, mas a tendência é de que este número aumente. A meta Arxo é superar os 50% com a transferência de carga em, no máximo, seis meses. “O processo demanda um pou-co mais de planejamento por conta do tempo de viagem ser um pouco mais demorado se comparado com o rodoviário, mas ao final compensa a redução de impactos financeiros

e ambientais”, acrescenta Cidemar. O tempo de transporte pelo modal rodoviário é de uma semana, enquanto que na cabotagem gira entre 10 e 15 dias.

Estudo comprovaEspecialista em logística e diretora da Pratica One, em-

presa de logística sediada em Curitiba, Clara Rejane Scholles afirma que existem variações de tempos de trânsito na com-paração dos modais, entre o ponto de origem e destino, que são compensadas pela redução do custo do transporte e plenamente equacionáveis com um pouco de planejamen-to, entretanto, a necessidade de informação e promoção do modal da cabotagem também é uma realidade.

Esta constatação pode ser comprovada em recente estudo realizado pela especialista para a Federação das In-dústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e, provavelmen-te, aplicável a outros mercados. “A cabotagem exige maior planejamento e tem um processo próprio de trabalho. É um processo tranquilo de realizar, no entanto, requer a adap-tação do embarcador, um olhar para a intermodalidade, ou seja, o uso de mais que um modal de transporte, tanto para o transporte intermodal executado pelo transportador marítimo, na modalidade porta, quanto pelo próprio em-barcador, usando o seu prestador de transporte parceiro”, aponta.

O estudo para a Fiesc demonstrou ainda que, para 56% das indústrias catarinenses pesquisadas, há metas espe-cíficas de redução de emissões de poluentes e que as condi-ções de preço e prazos de entrega competitivos, a redução da burocracia e melhora da infraestrutura portuária são fato-res críticos para maior uso do modal da cabotagem. “Cada mercado tem as suas próprias demandas e precisamos agre-gar mais conhecimento sobre os anseios da indústria catari-nense e também paranaense”, conclui Clara Rejane. •

A Arxo, que nasceu em Itajaí, está migrando seu frete de matéria-prima do modal rodoviário

para o sistema de cabotagem

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Fecomércio SC estima

crescimento menor nas vendas de

Natal

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) estima crescimento de 3% das vendas de Natal deste ano na comparação

com o ano passado. O crescimento é considerado pequeno, já que em anos anteriores a expansão foi maior – segundo pesquisas da Fecomércio SC em 2012 a expansão foi de 4,35% e em 2011 de 3,89%. As vendas continuarão cres-cendo, porém em ritmo inferior ao de outros anos.

A expectativa da Federação é realizada com base em alguns aspectos da economia catarinense como o crescimento da renda das famílias, que aponta, entre setembro de 2012 até o mesmo mês deste ano, a renda média das famílias brasileiras cresceu, em termos reais, 2,2%. As famílias têm mais renda disponível para consumir neste Natal do que no anterior.

No primeiro semestre o cenário era diferente. Com a inflação elevada, que girava em torno do teto da meta do Banco Central (6,5%) – nos itens de alimentação, que são extremamente representativos no consumo das famílias, a in-flação chegou próxima dos 15% –, o poder de compra dos consumidores ficou comprometido e prejudicou as vendas, fazendo com que o crescimento deste ano provavelmente seja inferior ao do Natal anterior.

Aceleração de novos empregosA expansão do emprego também agrega a expectativa

da Fecomércio SC. Os últimos meses foram de aceleração na contratação de novos empregados, diferentemente do primeiro semestre. Segundo dados do Ministério do Traba-lho, de janeiro a setembro deste ano as empresas de Santa Catarina geraram 81.424 novas vagas formais de empregos,

número quase 20% maior do que o do mesmo período do ano anterior.

Para a Federação, o resultado é expressivo, mas em grande medida representa a formalização de vagas que es-tavam no mercado informal do que criação efetiva de novas vagas. Mesmo assim, estas novas vagas significam mais renda direcionada para as compras de final de ano.

Já o pagamento do 13º salário deve injetar um mon-tante de quase R$ 6 bilhões na economia de Santa Catarina. Deste valor, descontado aquilo que vai para pagamento de dividas e poupança, em torno de R$ 4,2 bilhões serão enca-minhados para as vendas de Natal, crescimento de 13% em comparação com o montante do ano anterior.

Conforme o índice de Intenção de Consumo das fa-mílias, o crescimento menor das vendas de Natal deste ano é o ICF, que apresentou queda de 0,8% na comparação de outubro deste ano com o mesmo mês de 2012. Portanto, as famílias estão menos predispostas a consumir neste final de ano do que no anterior. No quesito endividamento das famí-lias, os primeiros meses de 2013 foram de menos consumo e mais pagamento de contas. Os catarinenses notaram que com a inflação elevada e a menor renda o momento era de cautela. O percentual de famílias endividadas apontado pela PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Con-sumidores) caiu de 87,6% em outubro do ano passado para 85,7% no mesmo período deste ano.

Para a Federação, a relativa estabilidade do endivida-mento garante crescimento das vendas a prazo, porém de maneira bastante tímida, o que contribui para o provável re-sultado menos expressivo deste ano. •

Será?

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O governador Raimundo Colombo e o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, receberam no dia 05 de novembro, a visita do em-

baixador do Japão, Akira Miwa, e do cônsul-geral do Japão para a região Sul do Brasil, Yoshio Uchiyama, com o objetivo de es-treitar as relações comerciais entre os dois mercados, principal-mente na exportação da carne suína catarinense. A entrada do produto foi autorizada pelo governo japonês em maio deste ano. “Foi muito importante essa negociação e nos ajudou mui-to. A presença do mercado japonês em Santa Catarina criou uma estabilidade com os outros mercados e os produtores tra-balham com mais perspectiva”, enfatizou Colombo.

A primeira carga, com 21 toneladas de carne suína in-natura, saiu do Porto de Navegantes em julho de 2013 chegan-do ao destino em agosto. Os japoneses só importavam carne suína quando todo o país de origem possuísse o status de área livre de aftosa sem vacinação. Após negociações e missões para aquele país, foi aberta uma exceção para Santa Catarina pela qualidade do trabalho sanitário. “No primeiro momen-to vamos exportar em um pequeno volume, mas a tendência

é aumentar sensivelmente a comercialização”, destacou João Rodrigues.

Santa Catarina é o maior produtor nacional de carne su-ína, respondendo por um quarto do total produzido no país. Da média de 800 mil toneladas produzidas por ano no Estado, o mercado internacional consome cerca de 200 mil tonela-das. O Japão é o maior importador de carne suína do mundo, comprando o equivalente a 1,2 milhão de toneladas por ano. A expectativa do governo do Estado é de que, em uma primeira etapa, Santa Catarina responda por 10% desse mercado, ou seja, cerca de 120 mil toneladas. O montante representaria um ganho da ordem de 60% nos embarques de carne suína catarinense para o exterior.

O secretário explicou ainda que o Japão consome 90% de carne de frango brasileira e que aproximadamente 50% do produto é de Santa Catarina, ou seja, o Estado é o maior exportador de frango para o Japão. “É nessa expectativa que acreditamos alcançar os mesmo números na exportação da carne suína de um mercado sólido que não discute preço e sim qualidade que SC tem muito para oferecer”, concluiu. •

Embaixador do Japão visita

Santa Catarina e reforça comércio

da carne suína

Made in SC O Japão consome 90% de carne de frango brasileira e aproximadamente 50% do produto é de Santa Catarina

Jaqueline Noceti

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62 • Novembro 2013 • Economia&Negócios

Contratadas pela Petrobras

Mais duas embarcações finan-ciadas pelo Fundo da Mari-nha Mercante (FMM) foram

concluídas em Santa Catarina. Ambas destinam-se ao apoio a atividades de ex-tração de petróleo na Bacia de Campos e são contratadas pela Petrobras. Admi-nistrado pelo Ministério dos Transportes, por intermédio do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), o Fundo financia parte da construção de embarcações e estaleiros no Brasil.

O barco Starnav Ursus, modelo PSV 4.500 Fluid Carrier, adaptado para o transporte de fluidos a serem utiliza-dos nas plataformas, possui 91 metros de comprimento, 6,25 metros de ca-lado máximo e capacidade de carga de 4,5 mil toneladas. Tem valor total de R$ 80 milhões, dos quais 82% são financia-dos pelo FMM, por meio do BNDES, e com conteúdo nacional de 65%. A

embarcação foi construída no Estaleiro Detroit Brasil, em Itajaí.

A outra embarcação foi construí-da no Estaleiro Navship, em Navegan-tes. Trata-se do barco Bram Buccaner, modelo PSV NA 300E CD, adaptado para transporte e suprimentos em geral, que possui 92,6 metros de comprimen-to e 6,35 metros de calado. O projeto, que teve 72% dos componentes de fabricação nacional, contou com um investimento total de R$ 78 milhões, dos quais 77% foram financiados pelo Fundo por meio do BNDES e do Banco do Brasil.

No total, foram 282 embarcações e seis projetos em estaleiros concluídos desde 2007 com recursos do Fundo da Marinha Mercante. Atualmente, há em andamento outras 162 embarcações e 10 obras em estaleiros financiadas pelo FMM. •

Duas novas embarcações para explorar petróleo são concluídas em Itajaí e Navegantes

O barco Bram Buccaner possui 92,6 metros de comprimento e 6,35 metros de calado e é adaptado para transportes e suprimentos em geral

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Nas cabeças

Itajaí é sede da 12ª melhor universidade não-estatal do país

É de Itajaí a melhor Universidade não-estatal do Estado e a 12ª melhor do país. A Universidade do Vale do Itajaí (Uni-vali) aparece em destaque no Guia do Estudante Profissões

Vestibular 2014, lançado no mês de outubro pela editora Abril. No total, de acordo com a publicação, 34 cursos de graduação da Univali estão entre os melhores do Brasil. A publicação identi-fica as melhores instituições de ensino superior brasileiras. Nesse ano, foram avaliados 27.038 cursos de 2.037 instituições de en-sino superior de todo o Brasil.

No total, de acordo com a publicação, 34 cursos de gra-duação da Univali estão entre os melhores do Brasil. O curso de Comércio Exterior, ministrado em Itajaí, recebeu a melhor avaliação com cinco estrelas, pelo terceiro ano consecutivo. Na sequência, com quatro estrelas, foram contemplados os cursos de Administração (Balneário Camboriú, Biguaçu e Itajaí), Ciências Contábeis (Biguaçu e Itajaí), Direito (Itajaí), Enfermagem, Farmá-cia, Fonoaudiologia, Gastronomia, Nutrição, Oceanografia, Psi-cologia e Turismo e Hotelaria.

Já Administração (Tijucas), Arquitetura e Urbanismo, Ciên-cias Biológicas, Ciência da Computação (Itajaí), Design de Moda, Direito (Balneário Camboriú, Biguaçu, São José e Tijucas), Edu-cação Física (Itajaí), Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Fisioterapia, Jornalismo, Medicina, Odontologia, Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais (Balneário Camboriú) e Relações Públicas conquistaram três estrelas na avaliação.

A Univali é uma universidade comunitária. Com tal voca-ção, a Instituição está sintonizada com as necessidades de suas comunidades de entorno, implantando diversos projetos e pro-gramas sociais que contribuem para a disseminação do saber e compreensão da sua capacidade transformadora. E o faz, numa

estrutura multicampi, instalada ao longo do litoral Centro-Norte de Santa Catarina, nos municípios de Balneário Piçar-ras, Itajaí, Balneário Camboriú, Tijucas, Biguaçu (com dois campi), São José (dois campi) e Florianópolis.

Com esta estrutura, a Univali oferta 70 cursos de graduação presenciais e a distância, entre bacharelados, li-cenciaturas e tecnólogos. Ainda, a Univali oferece ensino desde a educação básica, com três unidades de Colégio de Aplicação, até a pós-graduação com cursos lato e stricto sensu. Os cursos lato sensu (de especialização) são ofer-tados semestralmente, de acordo com as demandas de mercado, e os stricto sensu compreendem nove cursos de mestrado (Administração, Ciência e Tecnologia Ambien-tal, Ciência Jurídica, Ciências Farmacêuticas, Computação Aplicada, Educação, Gestão de Políticas Públicas, Saúde e Gestão do Trabalho, e Turismo e Hotelaria) e seis doutora-dos (Administração e Turismo, Educação, Ciência Jurídica, Ciências Farmacêuticas, Ciência e Tecnologia Ambiental, e Turismo e Hotelaria), todos recomendados pela Coorde-nação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

A Instituição também tem forte contribuição com a pesquisa e a extensão, englobando, atualmente, 118 gru-pos de pesquisa, 266 projetos de iniciação científica, 42 projetos de extensão e 28 projetos permanentes de ex-tensão social. Embasada em sua proposta comunitária, a Fundação Universidade do Vale do Itajaí mantém, além da Universidade, o Hospital Universitário Pequeno Anjo, que atende crianças de 0 a 14 anos de toda a região da Amfri, o Instituto de Pesquisas Sociais, a Rádio Univali FM, e a TV Univali. Além disso, a Univali está em constante processo de internacionalização de seus currículos e convênios de dupla titulação, por meio de acordos com universidades em todo o mundo. •

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Fone: (47) 2104.0900 | Rua Rosa Orsi Dalçoquio, 775 | Bairro Cordeiros | Itajaí | SC

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, defendeu a adoção de medidas compensatórias para o Sul de Santa Catarina, em decorrência dos prejuízos

provocados pelo atraso nas obras de duplicação da BR-101. Durante reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, em Criciúma, no dia 11 de novembro, ele afirmou que o go-verno tem uma dívida com o Sul do Estado.

Conforme estudo da Fiesc, a região deixou de gerar o equivalente a R$ 32 bilhões em função da demora nas obras. “Estamos propondo medidas compensatórias para que o Sul possa recuperar no menor prazo possível as con-dições econômicas, voltando a ter o dinamismo que sem-pre teve”, afirmou.

Estudo feito pela Unisul a pedido da Fiesc mostra que de 2009 a 2012 o Norte do Estado registrou crescimento

econômico de quase 200% superior ao do Sul. “Temos que fazer grande esforço para que o governo federal pague sua dívida com o Sul catarinense”, propôs Côrte.

Entre os investimentos prioritários propostos no estudo da Fiesc para acelerar o desenvolvimento regional estão a modernização do porto de lmbituba; a conclusão dos 22 quilômetros restantes para a interligação dos 774 quilômetros da BR-285, que liga São Borja, cidade gaúcha que faz fronteira com a Argentina, ao litoral catarinense em Araranguá; implementação dos equipamentos, estruturas e infraestrutura turística integradas no Sul de Santa Catarina; e o início das obras de interligação da malha ferroviária da Ferrovia Tereza Cristina (FTC) ao norte à malha nacional e ao Sul à malha férrea do Rio Grande do Sul, constituindo-se a Ferrovia Litorânea. •

Passo de tartaruga

Fiesc defende compensação para o Sul de Santa Catarina

Reunião foi realizada no

dia 11 de novembro,

em Criciúma

divulgação FIESC

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Parlamentares, prefeitos e empresários do Sul do país, especialistas em malha ferroviária e representantes dos órgãos federais Valec Ferrovias e Empresa de Planeja-

mento e Logística (EPL) participaram no dia 07 de novembro, em Florianópolis, do Seminário Sul Brasileiro das Ferrovias. O evento foi promovido pela Frente Parlamentar das Ferrovias do Congresso Nacional e pela Frente Parlamentar Catarinen-se das Ferrovias.

Ao final do encontro, realizado na sede da Federação das Indústrias (Fiesc), foi proposto um documento pedindo ao governo federal que seja priorizada a construção dos novos trajetos ferroviários em Santa Catarina: Ferrovia da Integração (Extremo-Oeste – Itajaí), Litorânea (interligando os portos) e Norte-Sul (trecho entre Panorama-SP até o Porto de Rio Grande-RS, passando por Chapecó).

“O seminário mostrou mais uma vez que há união e unanimidade entres as lideranças políticas e empresariais quanto à prioridade de investimentos em ferrovias em nosso estado. Precisamos dessas obras o quanto antes, não pode-mos ficar esperando dez anos para que elas iniciem. Quere-mos ver essas obras prontas antes disso”, afirmou o deputado estadual Dirceu Dresch, coordenador da Frente Parlamentar Catarinense das Ferrovias da Assembleia Legislativa.

ReivindicaçõesNo documento ao governo também será pedida agi-

lidade na conclusão do projeto técnico da ferrovia litorânea, que foi iniciado em 2009, a um custo de R$ 20 milhões, e do Plano Básico Ambiental (PBA). As lideranças catarinenses vão solicitar ainda que a rodovia seja estendida até o porto de Itapoá. Hoje o projeto compreende um trecho de 235,6 qui-lômetros de extensão, de Imbituba, onde terminam os trilhos da ferrovia Tereza Cristina, a Araquari, no norte do Estado.

Os catarinenses também vão reivindicar a inclusão da construção das três ferrovias em estudo no Programa de In-vestimentos em Logística do Governo Federal. Hoje estão contemplados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) apenas os projetos, com R$ 90 milhões assegurados.

Segundo Fábio Barbosa, coordenador de Serviços Lo-gísticos da EPL, o Sul receberá nos próximos anos uma malha ferroviária de 3 mil quilômetros. “Precisamos estudar a viabi-lidade econômica e técnica antes de iniciar as obras. Estamos sofrendo as consequências da falta de planejamento nas últi-mas décadas no país”, destacou o especialista, justificando a demora no processo de construção de ferrovias no Brasil.

Estudo para Ferrovia da Integração barrado pelo TCUUm exemplo disso, conforme destacou Dirceu Dres-

ch, foi a suspensão, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), do processo de licitação do estudo de viabilidade técnica da Ferrovia do Frango. “A consequência é mais demora para os trilhos saírem do papel”, frisa.

Outro ponto que pode atrasar o processo, segundo o deputado Antonio Aguiar (PMDB), é a definição do traça-do dessa ferrovia. “Precisamos de uma decisão e lutar por ela”, argumentou. Um dos principais objetivos do seminário foi buscar consensos e união de forças entre as lideranças de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

“Queremos aglutinar forças e mostrar para o governo federal que o Sul está unido em torno desses projetos tão importantes para o desenvolvimento econômico. As ferrovias são estratégicas, são mais seguras e baratas do que o trans-porte rodoviário, com menos poluição”, justificou o deputado federal Pedro Uczai, que preside a Frente Parlamentar das Rodovias no Congresso Nacional. •

Pelos trilhos

Região Sul busca agilidade na construção de novas ferrovias

Filipe Scotti

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